renascimento e grandes navegações

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Se é possível afirmar que houve rupturas consideráveis entre o Renascimento e os valores medievais. Os pensadores renascentistas não romperam completamente com a Idade Média. Os referenciais religiosos cristãos, operavam de forma significativa em suas elaborações teóricas e nas criações artísticas do Renascimento. É possível perceber isso nos temas religiosos recorrente a literatura, na escultura e na pintura renascentista:

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1. Se possvel afirmar que houve rupturas considerveis entre o Renascimento e os valores medievais. Os pensadores renascentistas no romperam completamente com a Idade Mdia. Os referenciais religiosos cristos, operavam de forma significativa em suas elaboraes tericas e nas criaes artsticas do Renascimento. possvel perceber isso nos temas religiosos recorrente a literatura, na escultura e na pintura renascentista: 2. O Juzo Final. 3. A Criao 4. A Santa Ceia 5. A Anunciao 6. As Madonas. 7. A Crucificao. 8. Alguns desses temas so atrados da tradio judaico-cristo e reelaborado dentro da perspectiva humana do Renascimento. Alguns representantes da cincias renascentistas. *Nicolau Coprnico- Negou a teoria geocntrica e defendeu o heliocntrica. Suas ideias foram expostas na obra Das revolues celestiais, representando uma revoluo no pensamento astronmico da poca. *Leonardo da Vinci- Cientista, engenheiro e artista, foi elemento fundamental na defesa dos mtodos da experincia para a aquisio do conhecimento. Seus estudos sobre a razo associados ao corpo humano, recuperados de Vitrvio, serviram de inspirao para outros intelectuais 9. Paraceirso- Difundiu estudos sobre a composio da matria e da associao dos elementos, constituindo os pilares da qumica no ocidente. Seus trabalhos tiveram forte influncia da alquimia islmica. *William Harvey- Os estudos da circulao sangunea a partir do corao foram realizados por este mdico ingls. Seus trabalhos serviram de fundamentao para a defesa da distribuio dos nutrientes pela circulao do sangue. *Miguel de Servet- Iniciou os estudos mdicos relativos circulao sangunea, descobrindo a chamada pequena circulao (pulmonar) Perseguido pela inquisio, foi morto na fogueira. *Galileu Galilei- Defendeu o modelo heliocntrico apresentado primeiramente por Coprnico. Seus estudos foram sistematizados em uma propostas metdica para chegar ao conhecimento, o chamado mtodo experimental. 10. *Giordano Bruno- No cedeu as presses da igreja para mudar sua posio em relao defesa do heliocentrismo, o que lhe valeu a condenao morte na fogueira. *Johannes Kleper- Estabeleceu leis do movimento planetrio, indicando uma relao de proporcionalidade entre as rbitas dos planetas. Forneceu as bases para a teoria da gravitao universal apresentada, posteriormente por Issac Newton 11. Erasmo de Roterd- Pensador que criticou, por meio da obra Elogio da loucura, os costumes e prticas medievais. Alguns autores veem influncia de seu pensamento na Reforma Religiosa. *Francesco Petrarca- Humanista que defendeu os valores clssicos. Construiu a ideia da Idade Mdia como um perodo tenebroso e desenvolveu o soneto (poema com catorze estrofe) *Franois Rabelais- Realizou a crtica dos costumes em Gargntua e Pantagruel. 12. Gargntua e Pantagruel uma srie de romances do francs Franois Rabelais. Mdico em Lyon, a publicou Pantagruel, em 1532, seguido, em 1534, por Gargntua. Em virtude da censura da Sorbonne, Rabelais escreveu ambos os livros sob o pseudnimo Alcofrybas Nasier, um anagrama de seu prprio nome. De todo modo, Pantagruel acabou condenado pela Sorbonne, sendo includo entre os livros obscenos e censurados. Em 1564 o Index librorum prohibitorum, promulgado pelo Papa, classificou as obras de Rabelais como herticas. 13. *Giovanni Baccaccio- Em sua obra Decameron narra cem histria fantstica em que aparecem os elementos que compem na natureza humana *Lus Vaz de Cames- Os ideiais renascentistas aparecem em sua obra mxima O Lusadas. O modelo pico antigo reconstrudo na epopeia do povo portugus: a navegao ruma a ndia *Miguel de Vervantes- criticou os valores medievais, indicando por meio de seu personagem, Dom Quixote. O descompasso entre o mundo moderno e o mundo medieval, na figura do cavaleiro andante e errante. **Nicolau Maquiavel- pensador que, na obra O Prncipe, faz consideraes sobre o exerccio do poder poltico, deslocando-o da esfera religiosa 14. *Thomas Morus- - Humanista ingls que escreveu A utopia, obra que tece crticas poltica dos cercamentos. Essa poltica expulsava o homem do campo para dar espao criao de ovelhas, entre outros aspectos. *William Shakespeare- Dramaturgo ingls da poca da rainha Elizabeth. Suas vrias peas teatrais so ambientadas na Idade Mdia, mas apresentam contedo relativo condio humana. 15. Epopeia ou poema pico um gnero literrio constitudo de longos versos que narram histrias de um povo ou de uma nao, envolvendo aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos etc. Normalmente apresentam um tom de exaltao, isto , de valorizao de seus heris e seus feitos. Epopeia que significa poema pico vem da palavra grega epopoiia (epos = verso heroico + poiein = fazer). 16. Em meio as mudanas expressas no Renascimento, o universo poltico e econmico europeu ganhava novos contornos e dimenses. Em consonncia como a economia as moedas dos reis passaram a ter referncia no conjunto das trocas. Isso lhe garantia uma influncia e interesse pelo metal precioso que era alimento para a ampliao do poder real. Muitos monarcas imaginavam transformar seus domnios em imprio, mas as dificuldades eram enormes. Mesmo assim, esforos eram realizados no sentido de centralizao do poder e na configurao de uma realidade imperial. Um dos obstculos encontrava-se no controle do comrcio dos produtos orientais por islmicos e mercadores italianos (Genova e Veneza) 17. Nesse sentindo, pode-se associar a expanso martimo-comercial europeia, onde desenvolveram avanos tcnicos e cientficos: Caravela. 18. Vela triangular 19. Astrolbio 20. Mapas 21. Bussolas 22. Essa regio vivia uma guerra interna e constante entre cristo e muulmanos desde a investidura islmica de 711. Os pequenos reinos de cultura crist do norte eram fortemente militarizado, tendo a seu servio uma nobreza unida diante dos muulmanos. Assim, o rei era desde cedo elemento chave na organizao militar, no estabelecimento da justia e na poltica de ataque aos maometanos, mouros ( povos rabes), do centro sul da Pennsula. Os reis possuam pleno apoio da igreja, pois a empreitada da guerra contra os islmicos inseria-se no esprito da Cruzada, proclamada pelo papa Urbano II em 1095. Para cada conquista dos reinos cristos contabilizava-se uma conquista catlica 23. Portugal. 24. A formao de Portugal ocorreu enquanto as vitrias sobre os mouros sucediam-se e, como elas, aumentava-se o interesse mercantil lusutano. As guerras eram chamadas de Reconquista, pois aquele espao ao sul da Pennsula havia sido domnio romano e entendido como rea crist desde que Roma antiga optara pelo cristianismo. Assim fortes elementos simblicos confluam para a afirmao da autoridade real e para o anseio de novas conquistas. No caso portugus, ainda houve a resoluo de uma diviso interna que se fez sentir entre os anos de 1383-1385. na chamada da Revoluo de Avis. D. Joo, mestre da Ordem de Avis, conduziu um grupo de nobres, com apoio de populares, contra o regente D. Leonor Teles. As motivaes eram vrias e iam desde o interesse pessoal do D Joo em assumir o trono, pois eram meio irmo do rei casado com D Leonor que havia falecido naquele momento. 25. O interesse da nobreza na estabilidade da regio, devido ameaa de invaso pelo reino cristo vizinho de leo-Castela. Isso sem contar com a preocupao do grupo mercantil lusitano em defender seus negcios devido aos desmandos da rainha. O resultado dessa revoluo foi a subida ao trono de D. Joo, fundando uma nova dinastia chamada de Avis. D. Joo no apenas estabilizou o reino, mas empreendeu novas conquistas, atingindo Ceuta, no norte da frica em 1415, essa regio era um importante entreposto comercial. Segundo alguns historiadores, esse foi o marco da expanso martimo-comercial europeia, cabendo a Portugal a primazia na histria das Grande Navegaes da poca moderna. 26. priplo substantivo masculino 1. viagem de circum-navegao em torno de um pas, de um continente. 2. fig. viagem turstica de longa durao As conquista lusitanas animaram outros reis. Mas Portugal foi o pioneiro e avanava suas viagens sobre a costa africana, entabulando relaes com comunidades pequenas. As viagens eram de cabotagem, o que significada dizer que chegavam a um ponto da costa africana e retornavam levando mercadorias e ouro, para depois ir um pouco mais adiante. Assim, os portugueses conseguiam mais recursos para continuar seu priplo africano 27. Alguns estudiosos da poca afirmavam que era possvel chegar ao Oriente contornando a frica, mas ningum sabia ao certo a dimenso do continente africano. A soluo era continuar a navegao, explorando frica at chegar ao Oriente, o que ocorreu em 1498, quando Vasco da Gama chegou a Caliculte. Alguns historiadores afirmam que o ganho de Portugal em relao ao investido nas viagens superou os 4000%, mas o custo humano foi considervel: Dos 170 homens envolvidos na expanso apenas 55 regressaram,Vasco da Gama ainda teve que enterrar seu irmo no retorno da viagem. 28. 1415 Tomada de Ceuta 1434 Chegada ao cabo Bojador 1460 Comrcio do Senegal Costa da Leoa 1462 Explorao do ouro da Guin 1481 Decreto de monoplio rgio dos recursos. 1488 Contorno do Cabo da Boa Esperana 1498 Chegada a Calicute (ndias)