governo do estado do rio grande do norte secretaria de ......coordenaÇÃo geral manoel lucas filho...
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Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN- IDEMA
Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARN
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARN
Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRN
REDE COMPARTILHADA DE
MONITORAMENTO
DA QUALIDADE DA ÁGUA
5º RELATÓRIO SEMESTRAL
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO
PERÍODO DE SETEMBRO A NOVEMBRO DE 2016
NATAL, MAIO DE 2017
QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS PRINCIPAIS CORPOS
D’ÁGUA INTERIORES NORTE-RIOGRANDENSES COM
VISTAS AO CONSUMO HUMANO E PRESERVAÇÃO
AMBIENTAL
PROGRAMA ÁGUA AZUL
5º RELATÓRIO SEMESTRAL:
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO PERÍODO
DE SETEMBRO A NOVEMBRO DE 2016
NATAL, MAIO DE 2017
COORDENAÇÃO GERAL
MANOEL LUCAS FILHO - UFRN
Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor do Centro de
Tecnologia da UFRN
SÉRGIO LUIZ MACÊDO - IDEMA
Engo Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Núcleo de Monitoramento Ambiental – NMA/IDEMA
NELSON CÉSIO FERNANDES SANTOS - IGARN
Engenheiro Civil e Mestre em Recursos Hídricos. Coordenador de Gestão Operacional –
CGO/IGARN
EQUIPE TÉCNICA – TOMO I
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
AGNALDO SOUZA CRUZ
Bacharel em Redes de Computadores. Mestre e Doutorando em Engenharia de Elétrica.
DINARTE AEDA DA SILVA
Engº Civil. Mestre em Engenharia Civil. Professor da UFRN.
DANIEL CAMPOS MOREIRA
Graduado em Ciência e Tecnologia, Graduando em Engenharia Ambiental.
DJALMA RIBEIRO DA SILVA
Mestre e Doutor em Química. Professor da UFRN.
EMILY CINTIA TOSSI DE ARAÚJO COSTA
Licenciada, Bacharel, Mestre e Doutora em Química.
GUILHERME F. DE MEDEIROS
Mestre e Doutor em Biologia. Professor da UFRN.
GUSTAVO MAGNO LIMA AMBRÓSIO
Graduando em Ciência Biológicas.
HERBET TADEU DE ALMEIDA ANDRADE
Doutor em Ecologia. Professor da UFRN
IVANEIDE ALVES SOARES DA COSTA
Doutor em Ecologia e Recursos Naturais. Professora da UFRN
JOSÉ FRANCINALDO DE OLIVEIRA
Bacharel, Mestre e Doutor em Química
JOSIELMA PRICILA PEDRO DE SOUZA
Graduando em Ciência Biológicas.
2
LUCYMARA DOMINGOS ALVES DA SILA
Bacharel em Ciência e Tecnologia. Graduanda em Engenharia Ambiental.
NATHÁLIA REGINA SOBRAL PAIVA
Graduando em Ciência Biológicas.
PRICILA CAVALCANTE DA SILVA GRILO
Graduando em Ecologia
RENNIO FELIX DE SENA
Mestre e Doutor em Engenharia Química. Professor do DEQ/CT/UFPB. Pesquisador da UFRN.
RINA LOURENA DA SILVA MEDEIROS
Bacharel, Mestre e Doutora em Química
SANDRO ARAÚJO DA SILVA
Técnico em Tecn. Ambiental.Químico.Técnico do Laboratório de Análises Físico-Químicas e
Microbiológicas do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária da UFRN.
SHIRLEY FEITOSA MACHADO SENA
Bacharel em Química, Mestre e Doutora em Ciência e Engenharia do Petróleo.
TARCILA MARIA PINHEIRO FROTA
Mestre e Doutora em Engenharia de Petróleo
VERA LÚCIA LOPES DE CASTRO
Geóloga. Mestre e Doutora em Geociências. Professora da UFRN
INSTITUTO DE GESTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DO RIO G. DO NORTE (IGARN):
SELMA MARIA DA SILVA
Engenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.
GLÁUCIA REGINA LUZ XAVIER DA COSTA
Engenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.
KALLYNY PEREIRA DA COSTA
Mestre em Biologia. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.
DEISEANE BEZERRA DA SILVA
Técnica em Controle Ambiental.
REYNALDO MELO CAVALCANTE ROCHA
Técnico em Meio Ambiente
NAJÁ FIGUEIREDO
Laboratorista.
3
ALEXSANDRO TORRES
Técnico de Campo.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UERN
SUELY SOUZA LEAL DE CASTRO
Licenciada e Bacharel em Química, Mestre em Ciências, Doutora em Química Analítica. Professora
do Departamento de Química da UERN.
LUIZ DI SOUZA
Eng. Químico, Mestre em Ciências, Doutor em Engenharia dos Materiais. Professor do
Departamento de Química da UERN.
THIAGO MIELLE B. F. OLIVEIRA
Licenciado em Química, Especialista em Química e Biologia, Técnico de Laboratório de Química
do Departamento de Química da UERN.
JANETE JANE FERNANDES ALVES
Bacharel em Química.
JEFFERSON BEZERRA DE MEDEIROS
Graduando em Licenciatura em Química
ANDERSON FELIPE FERNANDES SILVA
Graduando em Licenciatura em Química
MAYCON JANDERSON RODRIGUES DOS SANTOS
Graduando em Licenciatura em Química
JESYKA MACEDO GUEDES
Graduanda em Licenciatura em Química
GILBERTO GOMES FREIRE JÚNIOR
Graduando em Licenciatura em Química
FRANCISCO RUBENILTON FERNANDES
Graduando em Licenciatura em Química
MATEUS COSTA MEDEIROS
Graduando em Licenciatura em Química
MICHAEL DIEGO DE SOUSA
Graduando em Licenciatura em Química
ALEXANDRA BOAVENTURA DE OLIVEIRA
Graduanda em Licenciatura em Química
CRISLÂNIA CARLA DE OLIVEIRA MORAIS
Mestre em Ciências Naturais
4
ANNE GABRIELLA DIAS SANTOS CALDEIRA
Doutora em Química
ADRIANA PAULA BATISTA DOS SANTOS
Mestre em Química
EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
NORTE – EMPARN
ALFRÊDO OSVALDO DANTAS DE AZEVEDO
Msc. em Eng. Sanitária
INGRID ABASTOFLOR CARDOSO
Bióloga
MARIA DE FÁTIMA COSTA
Bel. em Química
GLEY BENÉVOLO XAVIER
Bel. em Química
MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES BENTES
Bióloga
MARIA DO SOCORRO VALENTIM CÂMARA
Assist. de Pesquisa I
ÂNGELA CRISTINA MELO LIBERATO
Bióloga
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 12
2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 12
3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................................ 13
3.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO ..................................................................................................................... 13 3.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN ..................................................................... 13 3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu e FLNED ..................................................................................... 16 3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ................................................................................................ 20
3.2. PERÍODO DE COLETA ...................................................................................................................................... 22 3.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN ..................................................................... 22 3.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu ................................................................................................... 22 3.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ................................................................................................ 22
3.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS .................................................................. 22 3.3.1. Variáveis Não Mensuráveis ....................................................................................................................... 23 3.3.2. Variáveis Mensuráveis .............................................................................................................................. 23
3.4. ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS – IQA ...................................................................................................... 24 3.5. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT .................................................................................................................................. 28 3.6. ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET ................................................................................................................. 28
4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 30
4.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN ............................................................. 30 4.1.1. Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão ........................................................................................................ 30 4.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Punaú .............................................................................................................. 33 4.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape ................................................................................................ 35 4.1.4. Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim .................................................................................................... 40 4.1.5. Bacia Hidrográfica do Rio Doce ................................................................................................................. 48 4.1.6. Bacia Hidrográfica do Rio Potengi ............................................................................................................ 56 4.1.7. Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi ............................................................................................................. 82 4.1.8. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso ............................................................................................ 95 4.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Trairi ................................................................................................................ 98 4.1.10. Bacia Hidrográfica do Rio Jacu ........................................................................................................... 106 4.1.11. Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú ................................................................................................. 113
4.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FLNED .............................................................................. 120 4.2.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu ...................................................................... 120 4.2.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu ........................................................................................... 152 4.2.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso ... 164
4.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APODI-MOSSORÓ ........................................................................................ 173 4.3.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró ........................................................................ 173 4.3.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró ........................................................................................ 203 4.3.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró................................................................................ 212
4.4 MONITORAMENTO DA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NAS BACIAS LITORÂNEAS, PIRANHAS-AÇÚ ................... 217
5. CONCLUSÕES ...................................................................................................................................... 221
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................... 229
6
LISTA DE TABELAS
TABELA 3-1– LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DOS CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN ........ 15 TABELA 3-2– ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU E FLNED ............................................................................ 19 TABELA 3-3–ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO APODI-MOSSORÓ .................................................................. 21 TABELA 3-4 – METODOLOGIA DE COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS. ...................................................................................... 22 TABELA 3-5 – PARÂMETROS E PESOS PARA CÁLCULO DO IQA. ........................................................................................................ 25 TABELA 3-6 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q1 (OD). ........................................................... 25 TABELA 3-7 – OXIGÊNIO DE SATURAÇÃO (MG/L) EM FUNÇÃO DA ALTITUDE (PRESSÃO) E TEMPERATURA DA ÁGUA. ................................... 26 TABELA 3-8 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q2 (CTE)............................................................ 26 TABELA 3-9 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q3 (PH). ............................................................ 26 TABELA 3-10 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q4 (DBO5). ...................................................... 26 TABELA 3-11 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q5 (NT). .......................................................... 27 TABELA 3-12 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q6 (PT). .......................................................... 27 TABELA 3-13 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q7 (TUR). ........................................................ 27 TABELA 3-14 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q8 (ST). .......................................................... 27 TABELA 3-15 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q9 (T). ............................................................ 27 TABELA 3-16 – CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IQA-NSF. ................................................................................. 28 TABELA 3-17- CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IET (CETESB, 2007). .................................................................. 29 TABELA 4-1 – QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO. .................................................................................................... 31 TABELA 4-2- QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ ...................................................................................................................... 34 TABELA 4-3- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE ........................................................................................... 38 TABELA 4-4–CARACTERIZAÇÃO DO SEDIMENTO NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE ..................................................................... 39 TABELA 4-5- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM .............................................................................................. 43 TABELA 4-6– QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO DOCE .......................................................................................................... 51 TABELA 4-7- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO POTENGI ...................................................................................................... 57 TABELA 4-8–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO DA BACIA DO RIO POTENGI ........................................................... 59 TABELA 4-9- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PIRANGI ....................................................................................................... 83 TABELA 4-10–CONCENTRAÇÕES DEMETAIS PESADOS NO SEDIMENTO DO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08) ......................................... 93 TABELA 4-11-QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01), SITUADA NA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ........ 96 TABELA 4-12- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO TRAIRI ..................................................................................................... 100 TABELA 4-13- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO JACU ....................................................................................................... 107 TABELA 4-14–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO NA LAGOA DAS GUARAÍRAS ...................................................... 112 TABELA 4-15 – QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CURIMATAÚ ............................................................................................ 114 TABELA 4-16–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NOSEDIMENTO DO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ .......................................... 118 TABELA 4-17-QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU ............................................................. 122 TABELA 4-18–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO DO AÇUDE GARGALHEIRAS (PIA07) ........................................... 130 TABELA 4-19- QUALIDADE DA ÁGUA NOS RIOS DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU .................................................................................. 153 TABELA 4-20- QUALIDADE DA ÁGUA NOS PONTOS ESTUARINOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU ...................................................... 165 TABELA 4-21- METAIS PESADOS E ARSÊNIO NOS SEDIMENTOS DOS ESTUÁRIOS DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU ........................................ 165 TABELA 4-22– QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO APODI-MOSSORÓ .......................................... 174 TABELA 4-23 – QUALIDADE DA ÁGUA NOS RIOS DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ ............................................................................. 204 TABELA 4-24 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ ............................................................................... 213 TABELA 4-25 – CONCENTRAÇÕES DE METAIS TRAÇOS NO SEDIMENTO DOS PONTOS ANALISADOS DA BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ ....... 215 TABELA 4-26 – MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE ÁGUA PELA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NOS RIOS DAS BACIAS ANALISADAS. ........... 218
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 3-1 – ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DO PROGRAMA ÁGUA AZUL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. ................................... 14 FIGURA 3-2 – MAPA DO TRECHO POTIGUAR DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU, CONTENDO OS PONTOS MONITORADOS PELO PROGRAMA ÁGUA
AZUL (FONTE: IGARN – 2009). .................................................................................................................................... 18 FIGURA 3-3 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSÓRO (FONTE: SEMARH, 2009) ........................................ 20 FIGURA 4-1 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO (FONTE: IGARN, 2009) ............................................... 30 FIGURA 4-2 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO (BOQ01) ................................................................... 32 FIGURA 4-3 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO (BOQ01) ............................................................................. 32 FIGURA 4-4 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIOPUNAÚ (FONTE: IGARN, 2009) ................................................ 33 FIGURA 4-5 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ (PUN01) .................................................................................. 35 FIGURA 4-6 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ (PUN01) ............................................................................................. 35 FIGURA 4-7 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIOMAXARANGUAPE (FONTE: IGARN, 2009) ................................... 36 FIGURA 4-8 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO MAXARANGUAPE – RN 064 (MAX01) ...................................................... 37 FIGURA 4-9 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO MAXARANGUAPE – RN 064 (MAX01) ................................................................ 37 FIGURA 4-10 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE (MAX02) ................................................ 39 FIGURA 4-11 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE (MAX02) .......................................................... 40 FIGURA 4-12 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE ..................................... 40 FIGURA 4-13 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CEARÁ-MIRIM (FONTE: IGARN, 2009) .......................................... 41 FIGURA 4-14 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM, AÇUDE POÇO BRANCO (CEA01) ....................................... 42 FIGURA 4-15 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM, AÇUDE POÇO BRANCO (CEA01) .................................................. 42 FIGURA 4-16 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR 406 (CEA02) ............................................... 44 FIGURA 4-17 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR 406 (CEA02) ......................................................... 45 FIGURA 4-18 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM A JUSANTE DA USINA SÃO FRANCISCO (CEA03)..................... 46 FIGURA 4-19 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM A JUSANTE DA USINA SÃO FRANCISCO (CEA03) ............................... 46 FIGURA 4-20 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR-101 (CEA04) ............................................... 47 FIGURA 4-21 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR-101 (CEA04) ......................................................... 47 FIGURA 4-22 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM ......................................... 48 FIGURA 4-23– MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE (FONTE: IGARN, 2009) ................................................ 49 FIGURA 4-24 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIACHO DO MUDO – PONTE BR-406 (DOC01) .............................................. 50 FIGURA 4-25 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIACHO DO MUDO – PONTE BR-406 (DOC01) ........................................................ 50 FIGURA 4-26 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIACHO GUAJIRU (DOC02)(SD: SEM DADO) .................................................. 52 FIGURA 4-27 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIACHO GUAJIRU (DOC02)(SD: SEM DADO) ............................................................ 52 FIGURA 4-28 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DE EXTREMOZ (DOC03) ................................................................... 53 FIGURA 4-29 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DE EXTREMOZ (DOC03) .............................................................................. 54 FIGURA 4-30 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA LAGOA DE EXTREMOZ (DOC03) ....................................... 54 FIGURA 4-31 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DOCE – GRAMOREZINHO (DOC04) ......................................................... 55 FIGURA 4-32 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DOCE – GRAMOREZINHO (DOC04) ................................................................... 55 FIGURA 4-33 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI (FONTE: IGARN, 2009) ...................................................... 56 FIGURA 4-34 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CAMARAGIBE – RN-064 (POT01) (SD: SEM DADO) .................................. 60 FIGURA 4-35 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CAMARAGIBE – RN-064 (POT01) .................................................................... 60 FIGURA 4-36 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CAMPO GRANDE (POT02) (SD: SEM DADO) ........................................ 61 FIGURA 4-37 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CAMPO GRANDE (POT02) .......................................................................... 62 FIGURA 4-38 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO POTENGI, NA LOCALIDADE TELHA, EM SÃO PEDRO/RN (POT03) (SD: SEM
DADO) ....................................................................................................................................................................... 62 FIGURA 4-39 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO POTENGI, NA LOCALIDADE TELHA, EM SÃO PEDRO/RN (POT03) (SD: SEM DADO)..... 63 FIGURA 4-40 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO GOLANDIM (POT04) (SD: SEM DADO) ................................. 64 FIGURA 4-41 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO GOLANDIM (POT04).................................................................... 64 FIGURA 4-42 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – DIQUE DA BASE NAVAL (POT05) (SD: SEM DADO) .. 65 FIGURA 4-43 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – DIQUE DA BASE NAVAL (POT05) (SD: SEM DADO) ............ 65 FIGURA 4-44 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – A JUSANTE DO CANAL DO BALDO (POT06) (SD: SEM
DADO) ....................................................................................................................................................................... 66 FIGURA 4-45 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – A JUSANTE DO CANAL DO BALDO (POT06) (SD: SEM DADO) 67 FIGURA 4-46 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – IATE CLUBE (POT07) (SD: SEM DADO) .................. 68 FIGURA 4-47 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – IATE CLUBE (POT07) (SD: SEM DADO) ............................ 68 FIGURA 4-48 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- PONTE NEWTON NAVARRO (POT08) (SD: SEM DADO)
................................................................................................................................................................................. 69
8
FIGURA 4-49 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- PONTE NEWTON NAVARRO (POT08) ................................ 69 FIGURA 4-50 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- MONTANTE DA PONDE DE IGAPÓ (POT09) .............. 70 FIGURA 4-51 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- MONTANTE DA PONDE DE IGAPÓ (POT09) ........................ 71 FIGURA 4-52 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DA LAGOA AERADA DA CAERN (POT10).. 71 FIGURA 4-53 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DA LAGOA AERADA DA CAERN (POT10) ............ 72 FIGURA 4-54 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DO CURTUME J. MOTTA (POT11) ....... 73 FIGURA 4-55 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DO CURTUME J. MOTTA (POT11) ................. 73 FIGURA 4-56 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DA IMUNIZADORA RIOGRANDENSE
(POT12) (SD-SEM DADO) ............................................................................................................................................. 74 FIGURA 4-57 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DA IMUNIZADORA RIOGRANDENSE (POT12) (SD-
SEM DADO) ................................................................................................................................................................. 74 FIGURA 4-58 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DO PONTO DE LANÇAMENTO DO CIA (POT13)
................................................................................................................................................................................. 75 FIGURA 4-59 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DO PONTO DE LANÇAMENTO DO CIA (POT13) ..... 76 FIGURA 4-60 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- EM FRENTE AO HOSPITAL DE MACAÍBA (POT14) ....... 76 FIGURA 4-61 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- EM FRENTE AO HOSPITAL DE MACAÍBA (POT14) ................. 77 FIGURA 4-62 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ BR-226 (POT15) .............................. 78 FIGURA 4-63 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ BR-226 (POT15) ........................................ 78 FIGURA 4-64 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ, PONTE PERI-PERI BR-226 (POT16) ..... 79 FIGURA 4-65 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ, PONTE PERI-PERI BR-226 (POT16) ............... 79 FIGURA 4-66 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO POTENGI ................................................. 81 FIGURA 4-67 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI (FONTE: IGARN, 2009) ....................................................... 82 FIGURA 4-68 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM LAMARÃO, MACAÍBA (PIR01)............................................... 84 FIGURA 4-69 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM LAMARÃO, MACAÍBA (PIR01) ......................................................... 84 FIGURA 4-70 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM PASSAGEM DE AREIA, PARNAMIRIM (PIR02) ........................... 85 FIGURA 4-71 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM PASSAGEM DE AREIA, PARNAMIRIM (PIR02) ..................................... 85 FIGURA 4-72 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE BR-304 (PIR03) ........................................................ 86 FIGURA 4-73 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE BR-304 (PIR03) .................................................................. 86 FIGURA 4-74 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – BR-101 (PIR04) .................................................................. 87 FIGURA 4-75 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – BR-101 (PIR04) ............................................................................ 87 FIGURA 4-76 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE TRAMPOLIM DA VITÓRIA (PIR05) .................................. 88 FIGURA 4-77 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE TRAMPOLIM DA VITÓRIA (PIR05) ............................................. 88 FIGURA 4-78 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO JIQUI (PIR06)............................................................................. 89 FIGURA 4-79 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DO JIQUI (PIR06) ....................................................................................... 90 FIGURA 4-80 – HISTÓRICO DE DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA LAGOA DO JIQUI (PIR06) ................................................. 90 FIGURA 4-81 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANGI, NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR07) ............................................... 91 FIGURA 4-82 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANGI, NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR07) ......................................................... 91 FIGURA 4-83 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08) .............................................................. 92 FIGURA 4-84 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08)......................................................................... 92 FIGURA 4-85 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DE PIUM (LAGOA AZUL), NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR09)...................... 93 FIGURA 4-86 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DE PIUM (LAGOA AZUL), NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR09) ................................ 94 FIGURA 4-87 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PIRANGI ................................................. 94 FIGURA 4-88 – MAPA ESQUEMÁTICO DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO (FONTE: IGARN, 2009) ............................. 95 FIGURA 4-89 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01) ........................................................................ 97 FIGURA 4-90 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01) ................................................................................... 97 FIGURA 4-91 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01) ............................................ 98 FIGURA 4-92 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAIRI (FONTE: IGARN, 2009) ............................................... 99 FIGURA 4-93 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE INHARÉ – SANTA CRUZ (TRA01) ...................................................... 100 FIGURA 4-94 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE INHARÉ – SANTA CRUZ (TRA01) ................................................................ 101 FIGURA 4-95 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NO AÇUDE INHARÉ – SANTA CRUZ (TRA01) ....................................... 101 FIGURA 4-96 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTA CRUZ (TRA02) .................................................................... 102 FIGURA 4-97 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE SANTA CRUZ (TRA02) .............................................................................. 102 FIGURA 4-98 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE TRAIRI, EM TANGARÁ (TRA03) ........................................................ 103 FIGURA 4-99 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE TRAIRI, EM TANGARÁ (TRA03) .................................................................. 103 FIGURA 4-100 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE TRAIRI, EM TANGARÁ (TRA03) .......................... 104 FIGURA 4-101 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO TRAIRI – MONTE ALEGRE (TRA04) ..................................................... 104 FIGURA 4-102 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO TRAIRI – MONTE ALEGRE (TRA04) ............................................................... 105
9
FIGURA 4-103 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO TRAIRI ................................................ 105 FIGURA 4-104 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA JACU (FONTE: IGARN, 2009) ....................................................... 106 FIGURA 4-105 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE JAPI II – SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE (JAC01) ...................................... 107 FIGURA 4-106 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE JAPI II – SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE (JAC01) ................................................ 108 FIGURA 4-107 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO JACU – ESPÍRITO SANTO (JAC02) ........................................................ 108 FIGURA 4-108 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO JACU – ESPÍRITO SANTO (JAC02) .................................................................. 109 FIGURA 4-109 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC03) .............................................................. 110 FIGURA 4-110 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC03) ........................................................................ 110 FIGURA 4-111 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC04) .............................................................. 111 FIGURA 4-112 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC04) ........................................................................ 111 FIGURA 4-113 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO JACU .................................................. 112 FIGURA 4-114 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ (FONTE: IGARN, 2009)......................................... 113 FIGURA 4-115 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE NOVA CRUZ (CUR01) ................................. 115 FIGURA 4-116 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE NOVA CRUZ (CUR01) ........................................... 115 FIGURA 4-117 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE PEDRO VELHO (CUR02) .............................. 116 FIGURA 4-118 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE PEDRO VELHO (CUR02) ........................................ 116 FIGURA 4-119 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ (CUR03) ................................................ 117 FIGURA 4-120 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ (CUR03) .......................................................... 117 FIGURA 4-121 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIQUIRI, EM PEDRO VELHO (CUR04) .................................................. 118 FIGURA 4-122 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIQUIRI, EM PEDRO VELHO (CUR04) ............................................................. 119 FIGURA 4-123 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CURIMATAÚ ........................................ 119 FIGURA 4-124 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MULUNGU (PIA01) (SD-SEM DADO) .............................................. 121 FIGURA 4-125 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MULUNGU (PIA01)(SD-SEM DADO) ......................................................... 121 FIGURA 4-126 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ESGUICHO (PIA02) (SD-SEM DADO)............................................... 124 FIGURA 4-127 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ESGUICHO (PIA02) ................................................................................ 124 FIGURA 4-128 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RIO DA PEDRA (PIA03) (SD-SEM DADO) ......................................... 125 FIGURA 4-129 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE RIO DA PEDRA (PIA03) (SD-SEM DADO) ................................................... 125 FIGURA 4-130 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CALDEIRÃO DE PARELHAS (PIA04) .................................................. 126 FIGURA 4-131 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CALDEIRÃO DE PARELHAS (PIA04) (SD-SEM DADO) ..................................... 127 FIGURA 4-132 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CARNAÚBA (PIA05) (SD-SEM DADO) ............................................. 127 FIGURA 4-133 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CARNAÚBA (PIA05) (SD-SEM DADO) ........................................................ 128 FIGURA 4-134 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CRUZETA (PIA06) (SD-SEM DADO) ................................................ 128 FIGURA 4-135 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CRUZETA (PIA06) (SD-SEM DADO) ........................................................... 129 FIGURA 4-136 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE CRUZETA (PIA06) ........................................... 129 FIGURA 4-137 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) (PIA07) .................................. 130 FIGURA 4-138 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) (PIA07) ............................................. 131 FIGURA 4-139 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) (PIA07) ...... 131 FIGURA 4-140 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DOURADO (PIA09) (SD-SEM DADO) .............................................. 132 FIGURA 4-141 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE DOURADO (PIA09) (SD-SEM DADO) ......................................................... 133 FIGURA 4-142 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ZANGALHEIRAS (PIA10) (SD-SEM DADO) ........................................ 133 FIGURA 4-143 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ZANGALHEIRAS (PIA10) (SD-SEM DADO) ................................................... 134 FIGURA 4-144 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MENDUBIM (PIA13) (SD-SEM DADO) ............................................ 134 FIGURA 4-145 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MENDUBIM (PIA13) (SD-SEM DADO) ....................................................... 135 FIGURA 4-146 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BELDROEGA (PIA14) (SD-SEM DADO) ............................................ 135 FIGURA 4-147 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BELDROEGA (PIA14) (SD-SEM DADO) ....................................................... 136 FIGURA 4-148 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE BELDROEGA (PIA14) ....................................... 136 FIGURA 4-149 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE NOVO ANGICOS (PIA15) .............................................................. 137 FIGURA 4-150 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE NOVO ANGICOS (PIA15) ........................................................................ 137 FIGURA 4-151 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PATAXÓS (PIA16) ....................................................................... 138 FIGURA 4-152 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PATAXÓS (PIA16) .................................................................................. 139 FIGURA 4-153 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PATAXÓS (PIA16) ........................................... 139 FIGURA 4-154 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (PIA20) ............................................................. 140 FIGURA 4-155 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (PIA20) ....................................................................... 140 FIGURA 4-156 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (PIA20) ................................. 141 FIGURA 4-157 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ITANS (PIA21) ............................................................................ 142 FIGURA 4-158 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ITANS (PIA21) ...................................................................................... 142 FIGURA 4-159 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE ITANS (PIA21) ................................................ 143
10
FIGURA 4-160 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE PARELHAS (PIA23) ................................................. 143 FIGURA 4-161 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE PARELHAS (PIA23) ........................................................... 144 FIGURA 4-162 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE PARELHAS (PIA23) – (SD-SEM DADO)
............................................................................................................................................................................... 144 FIGURA 4-163 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM DAS TRAÍRAS (PIA25) ................................................... 145 FIGURA 4-164 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM DAS TRAÍRAS (PIA25) ............................................................. 146 FIGURA 4-165 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM DAS TRAÍRAS (PIA25) – (SD-SEM DADO)
............................................................................................................................................................................... 146 FIGURA 4-166 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE ANGICOS (PIA26) .................................................. 147 FIGURA 4-167 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE ANGICOS (PIA26) ............................................................ 147 FIGURA 4-168 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA – RESERV. ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES – ITAJÁ (PIA30) – (SD-SEM DADO) .... 148 FIGURA 4-169 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA – RESERV. ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES – ITAJÁ (PIA30) ......................................... 148 FIGURA 4-170 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES, EM SÃO RAFAEL (PIA31) – (SD-SEM
DADO) ..................................................................................................................................................................... 149 FIGURA 4-171 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES, EM SÃO RAFAEL (PIA31) – (SD-SEM DADO)
............................................................................................................................................................................... 150 FIGURA 4-172 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU ....... 151 FIGURA 4-173 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, JARDIM DO SERIDÓ (PIA11) ................................................... 154 FIGURA 4-174 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, JARDIM DO SERIDÓ (PIA11) ............................................................. 154 FIGURA 4-175 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO ESPINHARAS, SERRA NEGRA (PIA12) ................................................... 155 FIGURA 4-176 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO ESPINHARAS, SERRA NEGRA (PIA12) ............................................................. 155 FIGURA 4-177 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, CAICÓ (PIA22) – (SD: SEM DADO).......................................... 156 FIGURA 4-178 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, CAICÓ (PIA22) – (SD: SEM DADO) .................................................... 156 FIGURA 4-179 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, SÃO FERNANDO (PIA24) ....................................................... 157 FIGURA 4-180 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, SÃO FERNANDO (PIA24) ................................................................. 157 FIGURA 4-181 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, PENDÊNCIAS (PIA29) ................................................. 158 FIGURA 4-182 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, PENDÊNCIAS (PIA29) ........................................................... 158 FIGURA 4-183 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JUCURUTU (PIA32) ................................................... 159 FIGURA 4-184 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JUCURUTU (PIA32).............................................................. 159 FIGURA 4-185 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JARDIM DE PIRANHAS (PIA33) ..................................... 160 FIGURA 4-186 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JARDIM DE PIRANHAS (PIA33) ............................................... 160 FIGURA 4-187 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIVISA RN-PB (PIA34) .............................................. 161 FIGURA 4-188 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIVISA RN-PB (PIA34) ........................................................ 161 FIGURA 4-189 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA35) .......................................................... 162 FIGURA 4-190 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA35) .................................................................... 162 FIGURA 4-191 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA36) .......................................................... 163 FIGURA 4-192 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA36) .................................................................... 163 FIGURA 4-193 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANHAS-AÇU, MACAU (PIA17) .................................... 166 FIGURA 4-194 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANHAS-AÇU, MACAU (PIA17) .............................................. 166 FIGURA 4-195 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DOS CAVALOS (PIA18)...................................................................... 167 FIGURA 4-196 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DOS CAVALOS (PIA18) ................................................................................ 168 FIGURA 4-197 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DAS CONCHAS (PIA28) ..................................................................... 169 FIGURA 4-198 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DAS CONCHAS (PIA28) ............................................................................... 169 FIGURA 4-199 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO CAMURUPIM – JUSANTE DE GUAMARÉ (FLNED) ................. 170 FIGURA 4-200 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO CAMURUPIM – JUSANTE DE GUAMARÉ (FLNED) ........................... 170 FIGURA 4-201 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS E PONTOS ESTUARINOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-
AÇU ........................................................................................................................................................................ 172 FIGURA 4-202 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ENCANTO (APM01) .................................................................... 177 FIGURA 4-203 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ENCANTO (APM01)............................................................................... 177 FIGURA 4-204 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE ENCANTO (APM01) ........................................ 178 FIGURA 4-205– HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BONITO II (APM02) ..................................................................... 179 FIGURA 4-206– HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BONITO II (APM02) ............................................................................... 179 FIGURA 4-207– HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE BONITO II (APM02) ........................................ 179 FIGURA 4-208 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE JESUS, MARIA, JOSÉ (APM03) ...................................................... 180 FIGURA 4-209 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE JESUS, MARIA, JOSÉ (APM03) ................................................................. 180 FIGURA 4-210 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE FLECHAS (APM04) ...................................................................... 181 FIGURA 4-211 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE FLECHAS (APM04) ................................................................................ 181
11
FIGURA 4-212 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PAU DOS FERROS (APM05) ......................................... 182 FIGURA 4-213 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PAU DOS FERROS (APM05) .................................................... 182 FIGURA 4-214 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PAU DOS FERROS (APM05) (SD-SEM
DADO; ND-NÃO DETECTADO)....................................................................................................................................... 183 FIGURA 4-215 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PILÕES (APM06) ....................................................... 183 FIGURA 4-216 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PILÕES (APM06) .................................................................. 184 FIGURA 4-217 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE MARCELINO VIEIRA (APM07) ....................................... 184 FIGURA 4-218 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE MARCELINO VIEIRA (APM07) ................................................. 185 FIGURA 4-219 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE MARCELINO VIEIRA (APM07) .......... 185 FIGURA 4-220 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DE LUCRÉCIA (APM09) ................................................................ 186 FIGURA 4-221 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE DE LUCRÉCIA (APM09)........................................................................... 186 FIGURA 4-222 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE DE LUCRÉCIA (APM09) .................................... 187 FIGURA 4-223 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RODEADOR (APM10) .................................................................. 187 FIGURA 4-224 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE RODEADOR (APM10) ............................................................................ 188 FIGURA 4-225 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE RODEADOR (APM10) ...................................... 188 FIGURA 4-226 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DO BREJO (APM11) .................................................................... 189 FIGURA 4-227 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE DO BREJO (APM11) .............................................................................. 189 FIGURA 4-228 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MALHADA VERMELHA (APM12) .................................................... 190 FIGURA 4-229 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MALHADA VERMELHA (APM12) .............................................................. 190 FIGURA 4-230 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM (APM13)................................................................... 191 FIGURA 4-231 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM (APM13) ............................................................................. 191 FIGURA 4-232 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MORCEGO (APM14) ................................................................... 192 FIGURA 4-233 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MORCEGO (APM14) ............................................................................. 193 FIGURA 4-234 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (APM15) .......................................................... 193 FIGURA 4-235 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (APM15) ..................................................................... 194 FIGURA 4-236 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE APANHA PEIXE (APM16) ............................................................. 194 FIGURA 4-237 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE APANHA PEIXE (APM16) ........................................................................ 195 FIGURA 4-238 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM DE SANTA CRUZ, EM APODI (APM17) ....................................... 195 FIGURA 4-239 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA BARRAGEM DE SANTA CRUZ, EM APODI (APM17) ................................................. 196 FIGURA 4-240 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA BARRAGEM DE SANTA CRUZ, EM APODI (APM17) ........... 196 FIGURA 4-241 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RIACHO DA CRUZ II (APM23)........................................................ 197 FIGURA 4-242 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE RIACHO DA CRUZ II (APM23) .................................................................. 198 FIGURA 4-243 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE RIACHO DA CRUZ II (APM23) ........................... 198 FIGURA 4-244 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM DE UMARI, EM UPANEMA (APM24) ......................................... 199 FIGURA 4-245 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA BARRAGEM DE UMARI, EM UPANEMA (APM24) ................................................... 199 FIGURA 4-246 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA BARRAGEM DE UMARI, EM UPANEMA (APM24) ............. 200 FIGURA 4-247 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE TOURÃO (APM27) ...................................................................... 200 FIGURA 4-248 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE TOURÃO (APM27) ................................................................................ 201 FIGURA 4-249 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ .... 202 FIGURA 4-250 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, FELIPE GUERRA (APM18) ....................................... 205 FIGURA 4-251 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, FELIPE GUERRA (APM18) ................................................. 205 FIGURA 4-252 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, GOV. DIX-SEPT ROSADO (APM19) ........................... 206 FIGURA 4-253 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, GOV. DIX-SEPT ROSADO (APM19) ..................................... 206 FIGURA 4-254 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, BARRAGEM DO GENÉSIO, MOSSORÓ (APM20) ........... 207 FIGURA 4-255 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, BARRAGEM DO GENÉSIO, MOSSORÓ (APM20) ..................... 207 FIGURA 4-256 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, PASSAGEM DE PEDRA, MOSSORÓ (APM21) ............... 208 FIGURA 4-257 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, PASSAGEM DE PEDRA, MOSSORÓ (APM21) ......................... 209 FIGURA 4-258 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, UPANEMA (APM25) ....................................................... 209 FIGURA 4-259 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, UPANEMA (APM25) ................................................................. 210 FIGURA 4-260 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, FAZENDA ANGICOS (APM26) ........................................... 210 FIGURA 4-261 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, FAZENDA ANGICOS (APM26) ...................................................... 211 FIGURA 4-262 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, BR-110 (APM30) ......................................................... 211 FIGURA 4-263 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, BR-110 (APM30) .................................................................... 212 FIGURA 4-264 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ, AREIA BRANCA (APM22) ..................... 214 FIGURA 4-265 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ, AREIA BRANCA (APM22) ............................... 214 FIGURA 4-266 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS E PONTO ESTUARINO DA BACIA DO RIO APODI-
MOSSORÓ ................................................................................................................................................................ 216
12
INTRODUÇÃO
A água é um dos recursos naturais mais atingidos pela ação humana. Rios, lagos e estuários têm
sido utilizados como destino para esgotos e resíduos industriais e urbanos, o que vem gerando um
grande desequilíbrio ambiental, com perda na qualidade das águas destinadas ao abastecimento,
irrigação, recreação e outros usos. Nesse contexto, o monitoramento ambiental das águas é um
importante instrumento de atuação, pois subsidia medidas de planejamento, controle, recuperação,
preservação e conservação do ambiente em estudo, bem como auxilia na definição das políticas
ambientais.
O Programa Água Azul (PAA) tem a finalidade de monitorar os corpos de águas superficiais e
subterrâneos do Rio Grande do Nortemais relevantes, principalmente para abastecimento,
abrangendo as bacias hidrográficas dos rios Apodi-Mossoró, Boqueirão, Ceará-Mirim, Curimataú,
Jacu, Maxaranguape, Pirangi, Piranhas-Açu, Potengi, Punaú, Doce e Trairi, além das Faixas
Litorâneas Leste e Norte de Escoamento Difuso. Além disso, o PAA monitora a balneabilidade das
praias e de alguns balneários interiores.
Neste relatório são apresentados e discutidos os resultados da Quinta campanha semestral completa
de coletas, referentes ao “Monitoramento da qualidade das águas superficiais”, que correspondem à
Meta I do cronograma estabelecido no plano de trabalho do Programa Água Azul. As coletas foram
realizadas de Setembro a Novembro de 2016, nas principais lagoas, nos reservatórios superficiais
com capacidade maior que 5 milhões de metros cúbicos, nos trechos de rios perenizados e nos
principais estuários do Estado do Rio Grande do Norte.
1. OBJETIVOS
Os objetivos deste relatório são enumerados a seguir, os quais se coadunam com os do Programa
Água Azul:
Identificar e avaliar as condições da qualidade das águas dos principais corpos d’água
interiores do Rio Grande do Norte (águas de superfície e subterrâneas) através do
monitoramento sistemático conforme os condicionamentos e padrões estabelecidos pelas
Resoluções CONAMA N.os
357/2005 e 396/2008, com a finalidade de projetar situações
futuras de uso e preservação dessas águas para o consumo humano e demais usos
preponderantes;
Estimar a qualidade ecológica da água através de índices bióticos nos trechos escolhidos a
partir de coletas sistemáticas de organismos bentônicos;
Realizar o monitoramento dos sedimentos do Açude Gargalheiras e dos estuários, para a
caracterização das composições e propriedades mineralógicas, geotécnicas e químicas dos
sedimentos de fundo visando identificar concentrações de metais tóxicos (por exemplo, Cr,
Ni, Cd, Cu, Pb, entre outros), desta forma contribuindo para o reconhecimento de fontes
poluidoras naturais e antropogênicas;
Fornecer ao IDEMA e ao IGARN, ao longo do período de monitoramento, subsídios para
desenvolver investigações com vistas à identificação de fontes potenciais de poluição dos
recursos hídricos estudados, bem como o desenvolvimento e implementação de ações
mitigadoras, visando à efetivação de metas que assegurem os usos preponderantes de acordo
com o enquadramento dos respectivos corpos d’água;
13
Divulgar relatórios técnicos trimestrais e semestrais contendo informações a respeito das
condições de qualidade das águas dos corpos d’água monitorados.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Neste item são indicados os pontos de coleta das amostras de água, por bacia hidrográfica, o
período de realização das coletas, a descrição dos parâmetros analisados e os procedimentos
analíticos adotados.
2.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO
As coletas e análises das amostras de águas superficiais foram divididas por sub-bacias entre as
instituições participantes do Programa Água Azul, conforme descrito a seguir:
Corpos d’água superficiais da região costeira Leste do RN, que abrange as bacias
hidrográficas dos rios Boqueirão, Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi,
Pirangi, Trairi, Jacu e Curimataú e Faixa Litotrânea Leste de Escoamento Difuso (FLLED) –
Intituição responsável: UFRN (coleta e análises);
Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e
análises) e EMPARN (análises);
Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e
análises) e UERN (análises).
Os corpos d’água e seus respectivos pontos monitorados são apresentados na Figura 2-1 e indicados
nos subitens a seguir.
2.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN
A Região Costeira Leste reúne 10 bacias hidrográficas, mais a FLLED, que deságuam no litoral
Leste do RN. Os locais de monitoramento dos corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste
do RN totalizam 40 pontos de amostragem (ver Tabela 2-1).
14
Figura 2-1 – Estações de amostragem do Programa Água Azul no Estado do Rio Grande do Norte.
15
Tabela 2-1– Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região
Costeira Leste do RN
ESTAÇÃO MUNICÍPIO
BACIA
HIDROGRÁFICA
COORDENADAS
UTM(Zona 25 Sul)
SIGLA NOME LESTE NORTE
BOQ01 Lagoa do Boqueirão Touros Boqueirão 219.012 9.421.542
CEA01 Açude Poço Branco Poço Branco Ceará Mirim 205.397 9.376.862
CEA02 Ponte BR 406 – Taipu Taipu Ceará Mirim 211.403 9.377.954
CEA03 Jusante da Usina São Fco Ceará-Mirim Ceará Mirim 232.728 9.376.888
CEA04 Ponte BR 101 – Extremoz Extremoz Ceará Mirim 250.590 9.373.148
CUR01 Jusante de Nova Cruz Nova Cruz Curimataú 242.993 9.285.924
CUR02 Pedro Velho Pedro Velho Curimataú 255.818 9.286.736
CUR03 Barra de Cunhaú– estuário Baía Formosa Curimataú 273.628 9.300.978
CUR04 Captação de água CAERN Pedro Velho Curimataú 254.089 9.289.662
JAC01 Açude Japi II São José de
Campestre Jacu 190.932 9.297.558
JAC02 Rio Jacu – Sítio Choar Espírito Santo Jacu 239.600 9.298.940
JAC03 Lagoa das Guaraíras Arês Jacu 265.485 9.315.930
JAC04 Lagoa das Guaraíras Arês Jacu 265.222 9.315.342
MAX01 Rio Maxaranguape em
Dom Marculino Maxaranguape Maxaranguape 235.458 9.395.184
MAX02 Estuário do Rio
Maxaranguape Maxaranguape Maxaranguape
250.099 9.389.174
PIR01 Rio Pitimbu – Lamarão Macaíba Pirangi 240.510 9.344.020
PIR02 Passagem de Areia Parnamirim Pirangi 247.588 9.346.884
PIR03 Ponte BR 304 Parnamirim Pirangi 248.418 9.348.674
PIR04 Ponte Velha na BR 101 Parnamirim Pirangi 253.658 9.349.514
PIR05 Ponte Trampolim da
Vitória Parnamirim Pirangi
256.210 9.347.056
PIR06 Lagoa do Jiqui Parnamirim Pirangi 257.738 9.345.300
PIR07 Balneário de Pium Nísia Floresta Pirangi 260.610 9.341.440
PIR08 Ponte velha na RN 063 Parnamirim Pirangi 264.903 9.338.024
PIR09 Lagoa de Pium (Lagoa
Azul) Nísia Floresta Pirangi
255.368 9.337.909
POT01 Rio Camaragibe na
travessia da RN 064 Ielmo Marinho Potengi 218.431 9.359.850
POT02 Açude Campo Grande São Paulo do
Potengi Potengi 193.136 9.347.651
POT03 Telha São Pedro do
Potengi Potengi 212.784 9.350.820
POT04 Rio Golandim São Gonçalo
do Amarante Potengi 250.071 9.359.543
16
Tabela 2-1 – Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região
Costeira do RN (continuação)
ESTAÇÃO MUNICÍPIO
BACIA
HIDROGRÁFICA
COORDENADAS
UTM(Zona 25* Sul)
SIGLA NOME LESTE NORTE
POT05 Dique da Base Naval Natal Potengi 253.767 9.359.873
POT06 Jusante do canal do baldo Natal Potengi 254.899 9.360.328
POT07 Em frente ao Iate Clube Natal Potengi 255.754 9.362.347
POT08 Vão central da ponte
Newton Navarro Natal Potengi 256.125 9.363.325
POT09 Montante da Ponte de
Igapó Natal Potengi
232.089 9.302.542
POT10 Jusante da Lagoa Aerada Natal Potengi 250.768 9.358.678
POT11 Montante do Curtume J.
Motta Natal Potengi 250.222 9.357.746
POT12 Imunizadora Riograndense Macaíba Potengi 246.001 9.354.524
POT13 Lançamento do CIA Macaíca Potengi 241.497 9.352.619
POT14 Hospital Macaíba Potengi 239.871 9.352.113
POT15 Rio Jundiaí, BR-226 Macaíba Potengi 239.079 9.351.144
POT16 Ponte Peri-peri Macaíba Potengi 236.415 9.347.348
PUN01 Rio Punaú Rio do Fogo Rio Doce 235.025 9.408.338
DOC01 Ponte na BR 406 Ceará Mirim Rio Doce 233.785 9.372.322
DOC02 Jusante do aterro sanitário
de Massaranduba
São Gonçalo
do Amarante Trairi 238.600 9.366.200
DOC03 Lagoa de Extremoz Extremoz Rio Doce 247.088 9.366.960
DOC04 Gramorezinho Natal Rio Doce 252.674 9.367.278
FLL01 Lagoa do Bonfim Pedro Velho FLLED 253.603 9.331.690
TRA01 Açude Inharé Santa Cruz Trairi 829.826* 9.314.821*
TRA02 Açude Santa Cruz Santa Cruz Trairi 828.284* 9.311.405*
TRA03 Açude Trairi Tangará Trairi 187.088 9.307.566
TRA04 Rio Trairi Monte Alegre Trairi 244.110 9.329.244
* Os pontos TRA01 e TRA02 localizam-se na Zona 24 Sul.
2.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu e FLNED
A Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do Norte,
tendo como rio principal o Piranhas, de domínio federal. Esse rio nasce na Paraíba, no local
denominado Bonito de Santa Fé, atravessa o Estado da PB, onde recebe como principais afluentes
os rios Piancó e Aguiar. Ao entrar no Estado do RN recebe grande contribuição da sub-bacia do rio
Seridó. Desemboca no litoral norte do RN, próximo à cidade de Macau. A bacia cobre uma área
com cerca de 44.000 km2, abrangendo a parte ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do
RN, ocupando neste estado uma superfície de 17.489,5 km2, correspondente a cerca de 32,8% do
território estadual.
17
A bacia hidrográfica do Piranhas-Açu desempenha um importante papel na disponibilização de
água para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área geográfica, para grandes
projetos de irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo Açu, nos Estados da PB e RN,
respectivamente. Nela estão inseridos os reservatórios Coremas-Mãe D’Água, com capacidade de
armazenamento de 1,3 bilhão de metros cúbicos e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com
capacidade de armazenamento de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Na Figura 2-2 é apresentado o
mapa esquemático do trecho potiguar desta bacia, com a indicação das estações amostrais do PAA.
18
Figura 2-2 - Mapa do trecho potiguar da Bacia do Piranhas-Açu, contendo os pontos monitorados pelo Programa Água Azul (Fonte: IGARN - 2009).
19
A Tabela 2-2 relaciona os 34 pontos de amostragem na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu, mais
um ponto situado na Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED), com os respectivos
nomes das estações de monitoramento e coordenadas UTM.
Tabela 2-2– Estações de amostragem da Bacia do Piranhas-Açu e FLNED
ESTAÇÃO MUNICÍPIO
BACIA
HIDROGRÁFICA
COORDENADAS
UTM (Zona 24 Sul)
SIGLA NOME ESTE NORTE
PIA01 Açude Mulungu Currais Novos Piranhas-Açu 799.474 9.309.870
PIA02 Açude Esguicho Ouro Branco Piranhas-Açu 725.830 9.255.293
PIA03 Açude Rio da Pedra Santana dos Matos Piranhas-Açu 754.009 9.338.818
PIA04 Açude C. de Parelhas Parelhas Piranhas-Açu 756.481 9.257.134
PIA05 Açude Carnaúba São João do Sabugi Piranhas-Açu 704.705 9.266.204
PIA06 Açude Cruzeta Cruzeta Piranhas-Açu 744.090 9.290.837
PIA07 Açude Gargalheiras Acari Piranhas-Açu 765.475 9.290.111
PIA08 Rio São Bento Currais Novos Piranhas-Açu 775.029 9.302.065
PIA09 Açude Dourado Currais Novos Piranhas-Açu 775.935 9.308.697
PIA10 Açude Zangalheiras Jardim do Seridó Piranhas-Açu 748.878 9.270.292
PIA11 Rio Seridó Jardim do Seridó Piranhas-Açu 745.473 9.271.768
PIA12 Rio Espinharas Serra Negra Piranhas-Açu 676.713 9.262.929
PIA13 Açude Mendubim Açu Piranhas-Açu 725.198 9.371.406
PIA14 Açude Beldroega Paraú Piranhas-Açu 712.991 9.361.950
PIA15 Açude N.Angicos Angicos Piranhas-Açu 765.967 9.372.420
PIA16 Açude Pataxós Ipanguaçu Piranhas-Açu 740.003 9.378.723
PIA17 Rio Piranhas-Açú -
Estuario Macau Macau Piranhas-Açu 762.386 9.433,95
PIA18 Rio dos Cavalos Pendências Piranhas-Açu 749.342 9.427.517
PIA20 Açude Santo
Antônio (S.J.Sabugi) S. J. do Sabugi Piranhas-Açu 698.989 9.264.577
PIA21 Açude Itans Caicó Piranhas-Açu 710.124 9.284.813
PIA22 Rio Seridó Caicó Piranhas-Açu 711.171 9.286.532
PIA23 Açude B. de Parelhas Parelhas Piranhas-Açu 757.959 9.260.643
PIA24 Rio Seridó São Fernando Piranhas-Açu 701.279 9.295.504
PIA25 Açude Passagem das
Trairas São José do Seridó Piranhas-Açu 729.040 9.280.093
PIA26 Açude Boqueirão de
Angicos Afonso Bezerra Piranhas-Açu 779.814 9.383.285
PIA28 Estuário do Rio das
Conchas Porto do Mangue Piranhas-Açu 746.233 9.439.235
PIA29 Rio Piranhas-Açu Pendências Piranhas-Açu 752.346 9.418.445
PIA30 Barragem Armando
Ribeiro Gonçalves Itajá Piranhas-Açu 735.783 9.375.691
PIA31 Barragem Armando
Ribeiro Gonçalves São Rafael Piranhas-Açu 730.242 9.358.597
PIA32 Jucurutu Jucurutu Piranhas-Açu 719.163 9.332.643
PIA33 Jardim de Piranhas Jardim de Piranhas Piranhas-Açu 682.291 9.294.612
PIA34 Divisa RN-PB Jardim de Piranhas Piranhas-Açu 682.320 9.303.828
PIA35 DIBA Alto do Rodrigues Piranhas-Açu 748.059 9.415.071
PIA36 Rio Acauã Assu Piranhas-Açu 731.654 9.383.142
FLN01 Estuário do Rio
Camurupim Guamaré FLNED 798.431 9.434.402
20
2.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró
A bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró localiza-se na região oeste potiguar e é a segunda
maior do Estado, ocupando 26,8% de sua área. O Rio Apodi-Mossoró é o segundo maior rio do RN
(depois do Piranhas-Açu), com cerca de 210 km de extensão, sendo o maior inteiramente potiguar.
O rio nasce na Serra de Luís Gomes, atravessa os municípios potiguares da chapada do Apodi e,
depois de banhar a cidade de Mossoró, deságua no Oceano Atlântico, entre os municípios de
Grossos e Areia Branca. Na Figura 2-3 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os
principais corpos d´água e municípios. Nesta bacia foram selecionados 29 pontos de amostragem
(ver Figura 2-1 e Tabela 2-3).
Figura 2-3 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Apodi-Mossóro (Fonte: SEMARH, 2009)
21
Tabela 2-3–Estações de amostragem na bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró
ESTAÇÃO MUNICÍPIO
BACIA
HIDROGRÁFICA
COORDENADAS
UTM (Zona 24 Sul)
SIGLA NOME ESTE NORTE
APM01 Açude Encanto Encanto Apodi-Mossoró 9.323.064 575.482
APM02 Açude Bonito II São Miguel Apodi-Mossoró 9.313.425 563.245
APM03 Açude Jesus, Maria,
José - Umororó
Tenente
Ananias Apodi-Mossoró 9.284.041 591.336
APM04 Açude Flechas São José da
Penha Apodi-Mossoró 9.303.039 582.782
APM05 Barragem Pau dos
Ferros Pau dos Ferros Apodi-Mossoró 9.323.833 586.675
APM06 Açude Pilões Pilões Apodi-Mossoró 9.306.787 606.163
APM07 Açude Marcelino
Vieira
Marcelino
Vieira Apodi-Mossoró 9.300.349 591.034
APM09 Açude Lucrécia Lucrécia Apodi-Mossoró 9.323.055 630.861
APM10 Açude Rodeador Rafael Godeiro Apodi-Mossoró 9.330.601 635.204
APM11 Açude Brejo Olho D´água
dos Borges Apodi-Mossoró 9.341.357 641.679
APM12 Açude Malhada
Vermelha Severiano Melo Apodi-Mossoró 9.360.635 619.941
APM13 Açude Passagem Rodolfo
Fernandes Apodi-Mossoró 9.353.057 609.404
APM14 Açude Morcego Augusto Severo Apodi-Mossoró 9.349.426 682.667
APM15 Açude Santo Antônio Caraúbas Apodi-Mossoró 9.347.026 665.095
APM16 Açude Apanha Peixe Caraúbas Apodi-Mossoró 9.372.839 644.874
APM17 Barragem Santa Cruz
do Apodi Apodi Apodi-Mossoró 9.366.124 636.568
APM18 Rio Apodi-Mossoró -
Pedra de abelhas Felipe Guerra Apodi-Mossoró 9.381.589 645.735
APM19
Rio Apodi-Mossoró
Governador Dix-Sept
Rosado
Governador
Dix-Sept
Rosado
Apodi-Mossoró 9.397.390 664.519
APM20 Rio Apodi- Mossoró -
Barragem Genésio Mossoró Apodi-Mossoró 9.422.847 681.519
APM21 Rio Apodi- Mossoró -
Passagem de Pedra Mossoró Apodi-Mossoró 9.429.975 690.083
APM22
Estuário do Rio
Apodi-Mossoró -
Areia Branca
Areia Branca Apodi-Mossoró 9.453.499 704.213
APM23 Açude Riacho da Cruz Riacho da Cruz Apodi-Mossoró 9.343.315 617.328
APM24 Barragem Umari Upanema Apodi-Mossoró 9.370.120 694.452
APM25 Rio do Carmo –
Upanema Upanema Apodi-Mossoró 9.375.903 693.236
APM26 Rio do Carmo -
Fazenda Angicos Mossoró Apodi-Mossoró 9.415.173 689.625
APM27 Açude Tourão Patu Apodi-Mossoró 9.334.491 649.378
APM28 Açude Santana de PF Pau dos Ferros Apodi-Mossoró 9.318.016 591.286
APM30 Rio do Carmo-BR110 Mossoró Apodi-Mossoró 9.414.898 676.421
22
2.2. PERÍODO DE COLETA
2.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN
A 5ª campanha de coletas nos corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN foi
realizada no período de Setembro a Outubro de 2016.
2.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu
As amostragens referentes à 5ª campanha na Bacia do Piranhas-Açu foram realizadas no período
de Setembro a Outubro de 2016.
2.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró
A 5ª campanha de coleta de amostras na Bacia do Rio Apodi-Mossoró foi realizada no período de
Setembro a Novembro de 2016.
2.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS
Para garantir e preservar as características das amostras desde a coleta até o momento de sua
análise, foram utilizados procedimentos de conservação que levam em consideração o agente
conservante, o tipo de vasilhame e o volume adequado para a determinação de cada parâmetro. Na
Tabela 2-4 apresentam-se as metodologias adotadas para cada parâmetro eo limite de detecção do
método adotado.
Tabela 2-4 – Metodologia de coleta e preservação das amostras.
PARÂMETROS
DETERMINADOS MÉTODO UTILIZADOO
LIMITES DE DETECÇÃO
DO MÉTODO
Cádmio Total ICP-OES 0,0004 mg/L
Chumbo Total ICP-OES 0,0004 mg/L
Clorofila ‘a’ Espectrofotometria 0,3 µg/L
Cobre Dissolvido ICP-OES 0,0008 mg/L
Cromo Total ICP-OES 0,0007 mg/L
Carbono Orgânico Total Combustão 1,1 mg/L
DBO DBO5 1,0 mg/L
Fósforo Total ICP-OES 0,0003 mg/L
Mercúrio Total ICP-OES 0,0002 mg/L
Nitrogênio amoniacal Cromatografia de íons 0,033 mg/L
Nitrogênio Total Titulometria 0,28 mg/L
Níquel Total ICP-OES 0,0004 mg/L
Oxigênio Dissolvido Eletrométrico -
pH Eletrométrico -
Salinidade Eletrométrico -
Sólidos Totais Gravimetria -
23
Temperatura Eletrométrico -
Teor de Óleos e Graxas Infracal 1,0 mg/L
Turbidez Turbidimetria -
Zinco Total ICP-OES 0,0009 mg/L
2.3.1. Variáveis Não Mensuráveis
No momento das coletas, em cada ponto, foram identificadas algumas características não
mensuráveis, através do preenchimento de formulários específicos, contemplando as seguintes
informações:
AMBIENTES LÓTICOS:
Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais
Odor
Corantes provenientes de fontes antrópicas
Presença de óleos ou graxas
Presença de resíduos sólidos objetáveis
Ocorrência de mortandade de peixes
Presença de lançamento de efluentes
Vegetação aquática flutuante
Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)
AMBIENTES LÊNTICOS E INTERMEDIÁRIOS:
Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais
Odor
Corantes provenientes de fontes antrópicas
Presença de óleos ou graxas
Presença de resíduos sólidos objetáveis
Turvação
Ocorrência de mortandade de organismos aquáticos
Ocorrência de floração de algas
Presença de lançamento de efluentes
Vegetação aquática flutuante
Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)
2.3.2. Variáveis Mensuráveis
Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos analisados e usados para para determinar o Índice
de Qualidade de Água - IQA nas águas superficiais foram:temperatura da amostra, pH, oxigênio
dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC) – DBO5, coliformes
termotolerantes, nitrogênio total (NT), fósforo total (PT), sólidos totais (ST) e turbidez. Os demais
parâmetros analisados foram: carbono orgânico total – COT, nitrogênio amoniacal total, salinidade,
teor de óleos e graxas (TOG), clorofila ‘a’, densidade de cianobactérias e os metais considerados
24
tóxicos para determinar o Índice de Toxidez - IT: cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido,
mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.
As coletas e análises, salvo indicação em contrário neste ítem, seguiram as recomendações Standard
Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2005). Para a digestão das
amostras de água para a análise dos metais Cu, Zn, Ni, Pb, Cd e Cr foi utilizado o método 3005 A
da Agência de Proteção Ambiental do Estados Unidos - USEPA (1992) e para a análise de Hg foi
usado o método 3112 B do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater
(APHA, 1998). A determinação de COT foi realizada utilizando-se o método titrimétrico; a
clorofila ‘a’ foi determinada por espectroscopia de UV-visível e os metais foram determinados por
espectrometria de absorção atômica, sendo que para a análise de Hg foi utilizado um sistema de
geração de vapor a frio. Todas as análises foram realizadas, no mínimo, em duplicata.
As variáveis ambientais (temperatura, pH, oxigênio dissolvido e salinidade) foram obtidas por
leitura direta, com a sonda multiparâmetro HANNA - HI 9828 (coletas UFRN) ou com a sonda
Horiba U20XD (coletas IGARN). A transparência da água foi medida com disco de Secchi. Foi
utilizado o método eletrométrico, para as medições de temperatura, pH, OD e salinidade; a turbidez
foi medida por turbidimetria; para a DBO aplicou-se a metodologia APHA 5210 B (DBO5); a
análise de nitrogênio amoniacal foi através da Cromatografia de Íons; para metais utilizou-se o
método do ICP-OES; os sólidos totais foram medidos através do processo gravimétrico após
secagem a 105 °C; para a análise de COT aplicou-se a metodologia APHA 5310 B (combustão); o
teor de óleos e graxas foi medido pelo método infracal (metodologia APHA 5520 C) e os
coliformes termotolerantes pelo método dos Tubos Múltiplos.
Quanto as amostras planctônicas, estas foram coletadas na superfície e preservadas com
lugolacético 1%. A quantificação de cianobactérias foi realizada de acordo com ametodologia
descrita por Utermöl (1958), usando microscópio invertido de marca Olimpus, modelo IX70. Foi
usada câmara de sedimentação de 2, 5 e 10 mL dependendoda densidade da amostra. O tempo de
sedimentação foi de 3h por centímetro de alturada câmara (Margalef, 1983; Lund et al. 1958).A
contagem dos indivíduos (células,colônias e filamentos) foi feita em transectos horizontais e
verticais, contados emcampos alternados, sendo o erro menor que 20%, a um coeficiente de
confiança de 95% seguindo o critério de Lund et al. (1958). O número de campo variou de uma
amostrapara outra e a finalização da contagem foi feita tomando como critério a contagem de
nomínimo 100 indivíduos de espécies mais abundantes e pela curva de estabilização dasespécies,
obtida a partir da adição de espécies novas adicionadas com o número decampos contados.O
sistema de classificação utilizado para as cianobactérias foi o de Komárek & Anagnostidis (1998)
para a Chroococcales, Anagnostidis & Komárek (1988) para as Oscillatoriales e Komárek &
Anagnostidis (1989) para as Nostocales.
2.4. ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA
Os índices e indicadores ambientais são fundamentais no processo de decisão das políticas públicas
e no acompanhamento de seus efeitos. O Índice de Qualidade das Águas – IQA serve de informação
básica de qualidade de água para o público em geral, bem como para o gerenciamento ambiental
das águas superficiais. O IQA foi desenvolvido em 1970 pela National Sanitation Foundation (NSF)
para avaliar a qualidade da água para abastecimento humano.
Para o cálculo do IQA, foram selecionados 9 (nove) parâmetros considerados os mais importantes
na qualificação da água, e para cada um deles definiu-se um peso significativo da sua importância
na determinação do índice. Na
Tabela 2-5 são apresentados os parâmetros componentes do IQA, bem como seus pesos. Pode-se
verificar que o somatório dos pesos é igual a 1,00.
25
O IQA pode ser calculado através de duas expressões matemáticas que definem o IQA aditivo
(IQAA) e o IQA multiplicativo (IQAM), ou seja:
IQAA =
9
1i
ii Wq
IQAM =
9
1i
iiW
q
Em que:
IQA= índice de qualidade da água, representado por um número em escala contínua de 0 a 100.
qi= qualidade individual (sub-índice de qualidade) do iésimo parâmetro, um valor entre 0 e100.
Wi= peso unitário do iésimo parâmetro.
Os valores dos sub-índices são obtidos através de “curvas médias” para cada parâmetro de controle
(OTT, 1978). Estudos desenvolvidos pela CETESB (1979) levaram à obtenção de várias expressões
matemáticas que exprimem a variação de um parâmetro determinante do IQA. Para tal, as curvas de
variação de qi x Parâmetro, foram divididas em intervalos convenientes e a cada um desses
intervalos foi ajustada uma expressão analítica, pelo método dos mínimos quadrados (equação da
reta, exponencial, curva logarítmica, curva de potência e polinômios de 2º e 3º graus). Apresentam-
se a seguir as expressões de cálculo dos índices parciais de qualidade (Tabelas 3-6 a 3-15)
Tabela 2-5 – Parâmetros e pesos para cálculo do IQA.
Nº Parâmetro Unidade Peso (W)
1 Oxigênio Dissolvido (OD) % saturação 0,17
2 Coliformes Fecais (CF) NMP/100mL 0,15
3 pH - 0,12
4 DBO5 mg O2 /L 0,10
5 Nitrogênio total (NT) mg /L 0,10
6 Fósforo total (PT) mg /L 0,10
7 Turbidez (Tur) uT 0,08
8 Sólidos Totais (ST) mg /L 0,08
9 Temperatura de Desvio (T) ºC 0,10
Fonte: OTT (1978).
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - OD
Tabela 2-6 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q1 (OD).
% ODSat. Expressão
0 – 50 q1=[0,34.(%ODSat.)+0,008095.(%ODSat.)2+1,35252.10
-5. (%ODSat.)
3]+3
51 – 85 q1=[-1,166.(%ODSat.)+0,058.(%ODSat.)2-3,803435.10
-4. (%ODSat.)
3]+3
86 – 100 q1=[3,7745.(%ODSat.)0,704889
]+3
101 –140 q1=[2,90.(%ODSat.)+0,025.(%ODSat.)2+5,60919.10
-5. (%ODSat.)
3]+3
140 q1=50
O percentual de saturação do oxigênio dissolvido é calculado segundo a seguinte equação:
% Sat. OD = 100 x[OD em mg/L (a T ºC) / OD saturação em mg/L (a T ºC)]
26
Tabela 2-7 - Oxigênio de saturação (mg/L) em função da altitude (pressão) e temperatura da água.
Temperatura
(ºC)
Altitude (m)
0 250 500 750 1000
0 14,6 14,2 13,8 13,3 12,9
2 13,8 13,4 13,0 12,6 12,2
4 13,1 12,7 12,3 12,0 11,6
6 12,5 12,1 11,7 11,4 11,0
8 11,9 11,5 11,2 10,8 10,5
10 11,3 11,0 10,7 10,3 10,0
15 10,2 9,9 9,5 9,3 9,0
20 9,2 8,9 8,6 8,4 8,1
25 8,4 8,1 7,9 7,6 7,4
30 7,6 7,4 7,2 7,0 6,7
Fonte: DERÍSIO (2000).
COLIFORMES TERMOTOLERANTES - CTe
Tabela 2-8 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q2 (CTe).
CTe/ 100 mL Expressão
0 q2=100
1 – 10 q2=100- 33,5.logCTe
11 - 105 q2=100- 37,2 logCTe + 3,607145.(logCTe)
2
105 q2=3
POTENCIAL HIDROGENIÔNICO- pH
Tabela 2-9 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q3 (pH).
pH Expressão
2,0 q3=2,0
2,1–4,0 q3=13,6- 10,64.pH+ 2,4364.(pH)2
4,1–6,2 q3=155,5- 77,36.pH+ 10,2481.(pH)2
6,3–7,0 q3=-657,2+ 197,38.pH- 12,9167.(pH)2
7,1–8,0 q3=-427,8+ 142,05.pH- 9,695.(pH)2
8,1–8,5 q3=21,6- 16,0.pH
8,6–9,0 q3=1,415823.e-(1,1507.pH)
9,1–10,0 q3=288,0- 27,0.pH
10,1–12,0 q3=633,0- 106,5.pH+ 4,5.(pH)2
12,0 q2=3,0
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO- DBO5
Tabela 2-10 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q4 (DBO5).
DBO5 Expressão
0,0–5,0 q4=59,96.e-(0,1232728.DBO)
5,1–15,0 q4=104,67- 31,5463.lnDBO5
15,1–30,0 q3=4.394,91.(DBO5)-1,99809
30,0 q2=2,0
27
NITROGÊNIO TOTAL - NT
Tabela 2-11 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q5 (NT).
NT (mg/L) Expressão
0,0–10,0 q5=100,0- 8,169.NT+ 0,3059(NT)2
10,1–60,0 q5=101,9- 23,1023.lnNT
60,1–100,0 q5=159,3148.e-(0,0512842.NT)
100,0 q5=1,0
FÓSFORO TOTAL - PT
Tabela 2-12 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q6 (PT).
PT (mg/L) Expressão
0,0–1,0 q6=99,9.e-(0,91629.PT)
1,1–5,0 q6=57,6- 20,178.PT+ 2,1326.(PT)2
5,1–10,0 q6=19,08.e-(0,13544.PT)
10,0 q6=5,0
TURBIDEZ - Tur
Tabela 2-13 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q7 (Tur).
Tur (uT) Expressão
0,0–25,0 q7=100,17- 2,67.Tur+ 0,03755.(Tur)2
25,1–100,0 q7=84,96.e-(0,016206.Tur)
100,0 q7=5,0
SÓLIDOS TOTAIS - ST
Tabela 2-14 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q8 (ST).
ST (mg/L) Expressão
0–150 q8=79,75+ 0,166.ST- 0,001088.(ST)2
151–500 q8=101,67- 0,13917.ST
500 q8=32,0
TEMPERATURA - T
Tabela 2-15 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q9 (T).
T= Ta- Te Expressão
-5,0 q9=30,0
-4,9–0,0 q9=92,5+ 1,3. T - 1,32.( T)2
0,1–3,0 q9=92,5- 2,1. T - 1,8.( T)2
3,1–5,0 q9=233,17.( T)-(1,09576)
5,1–150 q9=75,27- 8,398. T+ 0,265455.( T)2
15,0 q9=9,0
Dentre as vantagens do uso do IQA está a facilidade de comunicação com o público leigo, a
representação da média de diversas variáveis em um único número. Dentre as desvantagens, tem-se
a perda de informação das variáveis individuais e da sua interação. É importante salientar que
oíndice, embora forneçainformações importantes, não se constitui numa avaliação detalhada da
28
qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica. O cálculo do IQA através das variáveis
usadas, refletem especialmente a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de
esgotos domésticos. A atividade antrópica compromete a qualidade da águas dos mananciais e, em
função do tipo de atividade desenvolvida e da complexidade dos poluentes, o IQA apresenta
limitações, dentre elaso fato de ser utilizado apenas para abastecimento público, não contemplando
outras variáveis importantes para a qualidade da água.
No caso de não se dispor do valor de alguma das 9 variáveis, o cálculo do IQA é inviabilizado. A
partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, que é indicada pelo
IQA.
O IQA possui faixas que variam de 0 (zero) a 100 (cem) , sendo que quanto maior o valor do IQA,
melhor é a qualidade da água (Tabela 2-16).
Tabela 2-16 - Classificação de águas naturais, conforme o IQA-NSF.
Ponderação Nível de Qualidade Cor representativa
90 ≤ IQA ≤ 100 Excelente
70 ≤ IQA < 90 Bom
50 ≤ IQA < 70 Médio
25 ≤ IQA < 50 Ruim
IQA < 25 Muito Ruim
2.5. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT
O Índice de Toxidez – IT é utilizado combinado com o IQA. O IT é um índice binário (valores 0 e
1), ou seja, quando alguma substância tóxica apresenta valores acima do limite permitido pela
Resolução CONAMA N.º 357/2005, o IT assume valor 0 (zero), e quando nenhuma substância
tóxica ultrapassa o limite permitido o IT assume o valor 1 (um). A nota final da qualidade de um
ponto de amostragem será o produto do IQA pelo IT. Quando o IT = 0 o produto é zero, fazendo
com que o IQA assuma valor 0 (zero), classificando a água como da pior qualidade. Quando o IT =
1 o produto confirmará o resultado do IQA. O Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc
adotado será aquele resultante do produto do IT pelo IQA, conforme explicado anteriormente.
2.6. ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET
O índice do estado trófico (IET) tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de
trofia, ou seja, avaliar a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito
relacionado ao crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de macrófitas
aquáticas (CETESB, 2007).
O índice do estado trófico adotado foi o índice clássico introduzido por Carlson modificado por
Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em regressão linear,
alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este índice utiliza três
avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de
Secchi), clorofila ‘a’ e ao fósforo total. Contudo, conforme adotado pela CETESB (2007), das três
variáveis utilizadas para o cálculo do Índice do Estado Trófico, foram aplicadas apenas duas:
clorofila ‘a’ e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são
representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de
29
material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos, além de
muitas vezes não se dispor desses dados. Dessa forma, não será considerado o cálculo do índice de
transparência em reservatórios e rios do Estado do Rio Grande do Norte.
Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como uma
medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo.
A avaliação correspondente a clorofila ‘a’, IET(CL), por sua vez, deve ser considerada como uma
medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de forma adequada o nível de
crescimento de algas que tem lugar em suas águas.
O Índice do Estado Trófico (IET) é composto pelo Índice do Estado Trófico para o fósforo –
IET(P), e o Índice do Estado Trófico para a clorofila a – IET(CL), modificados por Lamparelli
(2004), sendo estabelecidos para ambientes lóticos (rios) e lênticos (reservatórios), respectivamente,
segundo as equações a seguir:
- Rios (também usada, neste relatório, para estuários)
IET (CL) = 10x(6-((-0,7-0,6x(ln CL))/ln 2))-20
IET (PT) = 10x(6-((0,42-0,36x(ln PT))/ln 2))-20
- Reservatórios (açudes e lagoas)
IET (CL) = 10x(6-((0,92-0,34x(ln CL))/ln 2))
IET (PT) = 10x(6-((1,77-0,42x(ln PT))/ln 2))
IET = [IET(P) + IET(CL)]/2
Em que:
PT = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em μg.L-1
CL= concentração de clorofila ‘a’ medida à superfície da água, em μg.L-1
In = logaritmo natural
No caso de não haver resultados para o fósforo total ou para a clorofila ‘a’, o índice será calculado
com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo apenas constar uma
observação junto ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi utilizado.
Na Tabela 2-17 apresenta-se a classificação das águas naturais, segundo o IET (CETESB, 2007)
Tabela 2-17- Classificação de águas naturais, conforme o IET (CETESB, 2007).
Classificação do IET
Categoria Estado Trófico Ponderação
Ultraoligotrófico IET ≤ 47
Oligotrófico 47 < IET ≤ 52
Mesotrófico 52 < IET ≤ 59
Eutrófico 59 < IET ≤ 63
Supereutrófico 63 < IET ≤ 67
Hipereutrófico IET > 67
Fonte: CETESB (2007)
30
3. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados apresentados neste relatório foram comparados com os valores limites permitidos –
VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe I, e águas doces, classe II, da
Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de fundo,
fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os valores
previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível
1.
3.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN
Os resultados das análises nos corpos d’água da Região Costeira Leste do Rio Grande do Norte são
apresentados a seguir, ordenados das bacias ao Norte para as bacias ao Sul, nesta ordem: Boqueirão,
Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi, Pirangi, Faixa Litorânea Leste de Escoamento
Difuso (FLLED), Trairi, Jacu e Curimataú.
3.1.1. Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão
A bacia do Rio Boqueirão é uma das menores do Estado, comárea de 250,5 km2, correspondente a
cerca de 0,5% do território estadual. Nesta bacia não se encontram açudes de importância
quantitativa, cabendo destacar apenas a lagoa do Boqueirão. Na Figura 3-1 apresenta-se o mapa
esquemático desta bacia, na qual foi selecionada apenas uma estação de amostragem: BOQ01
(Lagoa do Boqueirão). Os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos obtidos
nesta campanha são apresentados na Tabela 3-1 e o histórico do IQA/IQAc, na Figura 3-2.
Figura 3-1 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Boqueirão (Fonte: IGARN, 2009)
31
Tabela 3-1 - Qualidade da água na Lagoa do Boqueirão.
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +
ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes lóticos.
BOQ01 – Lagoa do Boqueirão
A Lagoa do Boqueirão situa-se no município de Touros. Este ponto é avaliado como curso d’água
de água doce, classe 2, nos termos da Resolução CONAMA 357/2005.
Nesta campanha, o IQA e o IQAc foram determinados e apresentaram valores idênticos, igual a 84,
pois o valor de IQAc (índice combinado) foi igual ao IQA pelo fato do IT ter sido igual a 1,0 nesta
campanha, ou seja, não apresentando qualquer substância tóxica acima dos VLPs, o que classifica a
qualidade da água como “Boa” (ver Figura 3-2). A salinidade observada foi baixa (0,234‰),
caracterizando a água como doce nesta coleta. No entando, a determinação de nitrogênio e fósforo
totais apresentaram-se elevadas, 4,0 e 0,3 mg/L, respectivamente, acima do VLP. Quanto a série de
metais traços na água da lagoa, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de
PARÂMETROBOQ01 - Lagoa do
BoqueirãoVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 27,0 -
pH 8,1 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 7,7 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 1,4 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)2 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 4,00 -
Fósforo Total (mg P/L) 0,30≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 348,0 -
Turbidez (UNT) 3,8 ≤ 1001
IQA 84 -
Qualidade Bom -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 -
IQAc 84 -
Qualidade Bom -
IET 56 -
Categoria Mesotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,48 ≤ 301
Salinidade (‰) 0,234 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,10(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 -
32
determinação analítico, abaixo dos VLPs. O IET resultou Mesotrófico, devido as baixas
concentrações de fósforo total e clorofila ‘a’ (ver Tabela 3-1).
Figura 3-2 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Boqueirão (BOQ01)
Figura 3-3 – Histórico do IET da água na Lagoa do Boqueirão (BOQ01)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, onde a média para os índices resultou “Bom” e
“Médio”, respectivamente. Considera-se, portanto, que a água na lagoa apresenta, em geral, boa
qualidade, no entanto, eventualmente pode apresentar concentrações de DBO e coliformes
termotolerantes relativamente elevadas, devido provavelmente às atividades agropastoris que
ocorrem em seu entorno. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização na Lagoa do
Boqueirão.
0
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 dez-10 mar-11set-11 jan-12 mar-12ago-12 ago-14 mar-15ago-15 mai-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
BOQ01 - Lagoa do BoqueirãoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD
20
30
40
50
60
70
IET
BOQ01 - Lagoa do Boqueirão IET
Média IETHipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
33
3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Punaú
A bacia do Punaú ocupa uma superfície de 447,9 km2, correspondendo a cerca de 0,8% do território
estadual. Nesta bacia não se registra a ocorrência de açudes de maior importância. Na Figura 3-4
apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação do único ponto de coleta (PUN01 –
Rio Punaú - ponte BR 101). Os resultados das análises nesse ponto são apresentados na Tabela 3-2
e na Figura 3-5.
Figura 3-4 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do RioPunaú (Fonte: IGARN, 2009)
PUN01 – Rio Punaú – ponte BR 101
O ponto PUN01 situa-se no Rio Punaú, próximo à ponte da BR101 no município de Rio do Fogo.
34
Tabela 3-2- Qualidade da água no Rio Punaú
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +
ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
Neste ponto, nem todos os parâmetros atenderam aos VLPs para cursos d’água doce, classe 2,
segundo a Resolução CONAMA 357/2005, visto que a concentração de oxigênio dissolvido (OD) e
fósforo não atenderam aos respectivos VLPs, resultando 3,45 mg/L e 0,21 mg/L, respectivamente.
Desta forma, a água do rio apresentou qualidade “Médio”, conforme os valores do IQA e IQAc,
ambos 62 (ver Tabela 3-2). O IET apresentou valor 51, classificando a água com qualidade
“Oligotrófica” (ver Figura 3-5). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não
foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços no rio, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que
resultou abaixo do VLP.
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Considera-se, portanto, que a água do rio
PARÂMETRO
PUN01 - Rio
Punaú - Ponte BR-
101
VLP*
Temperatura da amostra (oC) 26,0 -
pH 9,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 3,5 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 0,2 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)125 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 3,40 -
Fósforo Total (mg P/L) 0,21≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 47,2 -
Turbidez (UNT) 5,0 ≤ 1001
IQA 62 -
Qualidade Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 -
IQAc 62 -
Qualidade Médio -
IET 51 -
Categoria Oligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,31 ≤ 301
Salinidade (‰) 0,037 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,24(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 -
35
Punaú apresenta, em geral, média qualidade, no entanto, eventualmente pode apresentar
concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas, e baixa concentração
de OD, devido provavelmente às atividades agropastoris que ocorrem em seu entorno. Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda
um baixo grau de eutrofização no Rio Punaú.
Figura 3-5 – Histórico da qualidade da água no Rio Punaú (PUN01)
Figura 3-6 – Histórico do IET da água no Rio Punaú (PUN01)
3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape
A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a
cerca de 1,9% do território estadual. Nesta bacia, destaca-se a Fonte de Pureza, fenômeno de
ressurgência que dá origem à principal fonte de água do Estado (em vazão), localizada na cidade de
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30
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PUN01 - Rio PunaúIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD 0
20
30
40
50
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70
80
nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
PUN01 - Rio PunaúIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
36
Pureza. Na Figura 3-2 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com indicação dos pontos
selecionados para monitoramento.
Figura 3-7 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do RioMaxaranguape (Fonte: IGARN, 2009)
Nesta bacia foram selecionadas duas estações para monitoramento: MAX01-RN064-Rio
Maxaranguape, em Dom Marcolino, e MAX02-Estuário do Rio Maxaranguape. Na Tabela 3-3 são
apresentados os resultados das análises físico-químicos e microbiológicas, nas Figuras 4-8 a 4-11,
os históricos dos valores do IQA/IQAc e IET nesses pontos, e na Figura 4-12 é feita uma
comparação entre os pontos, incluindo o IET. Na Tabela 3-4 é apresentada a caracterização do
sedimento no estuário de Rio Maxaranguape (MAX02).
MAX01 –Rio Maxaranguape, RN-064, em Dom Marcolino
Este ponto situa-se no Rio Maxaranguape, sob uma ponte da rodovia RN-064, em Dom Marcolino,
município de Maxaranguape. Nas proximidades do ponto de coleta observam-se atividades
agropastoris e de carcinicultura.
A qualidade da água neste ponto resultou “Média” segundo o IQA e o IQAc (72) (ver Figura 3-8),
devido principalmente ao valor elevado de nitrogênio, fósforo e sólidos totais (acima do VLP da
Resolução CONAMA 357/2005 para cursos d’água de água doce da classe 2) e coliformes
termotolerantes (ver Tabela 3-3). Dados referentes às análises COT e TOG nesta campanha não
foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (abaixo dos VLPs). O
IET apresentou valor 37, classificando a água com qualidade “Ultraoligotrófica” (ver Figura 3-5).
37
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Em média, a água no rio Maxaranguape tem
qualidade “Média” (mas próximo a “Boa”), apresentando eventualmente concentrações de DBO e
coliformes termotolerantes relativamente elevadas. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização
no Rio Maxaranguape.
Figura 3-8 – Histórico da qualidade da água no Rio Maxaranguape – RN 064 (MAX01)
Figura 3-9 – Histórico do IET da água no Rio Maxaranguape – RN 064 (MAX01)
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
MAX01 - Rio MaxaranguapeIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD
20
30
40
50
60
70
80
nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
MAX01 - Rio Maxaranguape IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
38
Tabela 3-3- Qualidade da água na Bacia do Rio Maxaranguape
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +
ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
PARÂMETROMAX01 - Rio
Maxaranguape - RN 064
MAX02- Estuário do Rio
MaxaranguapeVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 26,7 27,0 -
pH 8,3 7,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 6,7 6,0 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 4,2 1,9 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)210 1.553 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 3,00 < LD -
Fósforo Total (mg P/L) 0,32 < LD≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 253,6 41.075,6 -
Turbidez (UNT) 7,4 9,8 ≤ 1001
IQA 72 64 -
Qualidade Bom Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 1 -
IQAc 72 64 -
Qualidade Bom Médio -
IET 37 40 -
Categoria Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - < LD ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - < 10,00 Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,01 0,09 ≤ 301
Salinidade (‰) 0,197 31,365 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,07 0,38(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 out-16 -
39
Tabela 3-4–Caracterização do sedimento no Estuário do Rio Maxaranguape
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.
MAX02 – Estuário do Rio Maxaranguape
O ponto MAX02 localiza-se no estuário do Rio Maxaranguape, a jusante da cidade de
Maxaranguape. Nesta campanha este ponto apresentou água com média qualidade (IQA e IQAc
iguais a 64 – “Médio”), sendo que a concentração elevada de coliformes termotolerantes e sólidos
totais foram os fatores que mais contribuiram para reduzir este índice (ver Figura 3-2). A salinidade
observada foi elevada (31,360‰), caracterizando a água como salina nesta coleta. Dados referentes
à análise de COT nesta campanha apresentou resultado abaixo do LD e do respectivo VLP. Quanto
a série de metais traços, para a água do estuário todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do
limite de determinação analítico, e para o sedimento, de maneira análogo, todos os metais
apresentaram valores abaixo dos respectivos VLPs (ver Tabela 3-3 e Tabela 3-4).
Figura 3-10 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” em apenas uma campanha, Dez-15).
Em média, a água no rio Maxaranguape tem qualidade “Média” (mas próximo a “Boa”),
apresentando eventualmente concentrações de sólidos totais relativamente elevadas. Quanto ao
PARÂMETROMAX02- Estuário do Rio
MaxaranguapeVLP*
Cobre Total (mg/Kg) < LD 34,0
Chumbo Total (mg/Kg) < LD 46,7
Cromo Total (mg/Kg) < LD 81,0
Cádmio Total (mg/Kg) < LD 1,2
Zinco Total (mg/Kg) 0,362 150,0
Níquel Total (mg/Kg) < LD 20,9
Arsênio Total (mg/Kg) < LD 8,0
Mercúrio Total (mg/Kg) < LD 0,15
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
IQA
/IQ
Ac
MAX02 - Rio Maxaranguape IQA IQAc
Média IQA Média IQAc
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD S D SD SD SD SD SD SD
40
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda
um baixo grau de eutrofização neste ponto estuarino do Rio Maxaranguape.
Figura 3-11 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02)
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Maxaranguape. Pela figura, é possível observar
que embora ambos os pontos apresentam boa e média qualidade, respectivamente, e estados
ultraoligotróficos, ambos (MAX01 e MAX02) encontra-se com qualidade um pouco comprometida.
Figura 3-12 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Maxaranguape
3.1.4. Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim
20
30
40
50
60
70
80
IET
MAX02 - Estuário do Rio MaxaranguapeIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
MAX01 MAX02
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Bom (70-89)
Muito Ruim (<25)
HipereutróficoSupereutróficoEutróficoMesotróficoOligotróficoUltraoligotrófico
41
A bacia do Rio Ceará-Mirim ocupa uma área de 2.635,7 km2, correspondendo a cerca de 4,9% do
território estadual. Nesta bacia estão cadastrados 147 açudes, totalizando um volume de acumulação
de 170.819.000 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 6,5% e 3,9% dos totais de açudes
e volumes acumulados do Estado. Na Figura 3-13 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do
Ceará-mirim (Fonte: IGARN, 2009)
apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de coleta. Os resultados
das análises nesta Bacia são apresentados na Tabela 3-5 e os valores do IQA/IQAc e do IET, nas
Figuras 3-14 a 3-21, e um comparativo entre os pontos na Figura 3-22.
Figura 3-13 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Ceará-mirim (Fonte: IGARN, 2009)
CEA01 - Açude Poço Branco
O Açude Poço Branco localiza-se no Município de Poço Branco/RN. Embora a salinidade neste
ponto tenha sido 1,62‰ nesta campanha, os resultados obtidos são comparados com o padrão de
qualidade de águas doces (salinidade < 0,5‰), classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005), por se
tratar de um reservatório que tipicamente tem água doce.
Nesta campanha, devido as concentrações de sólidos totais, fósforo e nitrogênio total relativamente
elevadas, o açude apresentou índice de qualidade (IQA e IQAc) “Médio” (ambos iguais a 64) (ver
Figura 3-38). A concentração de clorofila ‘a’ foi relativamente elevada (10,56 µg/L, embora abaixo
do VLP), o que resultou em IET “Supereutrófico” (ver Tabela 3-5). Dados referentes às análises de
COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série
de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de
determinação analítico, consequentemente, abaixo do VLP.
42
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em média, contudo, a água do Açude Poço
Branco tem qualidade “Média”, devido às concentrações de coliformes termotolerantes
relativamente elevadas em algumas campanhas. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando que já ocorre algum grau de eutrofização
neste ponto do Açúde Poço Branco.
Figura 3-14 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim, Açude Poço Branco (CEA01)
Figura 3-15 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim, Açude Poço Branco (CEA01)
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IQA
/IQ
Ac
CEA01 - Açude Poço BrancoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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nov-08 jun-09 mar-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
CEA01 - Açude Poço BrancoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
43
Tabela 3-5- Qualidade da água na Bacia do Rio Ceará-Mirim
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
PARÂMETROCEA01 - Açude
Poço Branco
CEA02 – Rio Ceará-
Mirim - Ponte BR
406
CEA03 - Rio
Ceará-Mirim -
Jusante Usina S.
Francisco
CEA04 - Rio Ceará-
Mirim - Ponte BR-101VLP
*
Temperatura da amostra (oC) 27,0 26,0 29,7 27,0 -
pH 8,2 7,5 7,5 6,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 5,7 0,6 2,0 4,5 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 3,9 5,6 8,9 3,5 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)65 199 > 2.420 65 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 4,00 3,30 6,70 1,60 -
Fósforo Total (mg P/L) 0,51 0,49 1,29 0,50≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 1.800,8 1.932,8 741,2 10.327,2 -
Turbidez (UNT) 23,2 1,0 47,8 16,0 ≤ 1001
IQA 64 42 36 62 -
Qualidade Médio Ruim Ruim Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -
IQAc 64 42 36 62 -
Qualidade Médio Ruim Ruim Médio -
IET 65 50 44 57 -
Categoria Supereutrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 10,56 0,17 0,02 0,75 ≤ 301
Salinidade (‰) 1,620 1,647 0,420 7,809 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,26 0,56 2,26 0,34(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 -
44
CEA02 – Rio Ceará-Mirim - Ponte BR 406 - Taipu
O ponto CEA02 situa-se no Rio Ceará-Mirim, sob uma Ponte na BR 406, em Taipu/RN. Embora
este ponto eventualmente apresente salinidade pouco superior a 0,5‰ (nesta campanha, o valor
medido foi 1,650‰), por se tratar de um rio, os valores obtidos são comparados com o padrão de
qualidade para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, este ponto do Rio Ceará-Mirim apresentou água de média qualidade (IQA e IQAc:
42 - “Ruim”), sendo que este índice foi prejudicado principalmente pela concentração elevada de
nitrogênio, fósforo, sólidos totais e coliformes termotolerantes, que aponta para o possível
lançamento de esgotos no rio ou a poluição devido a atividades agropastoris, como observado em
campanhas anteriores, e pela baixíssima concentração de OD (0,56 mg/L, muito abaixo do VLP). A
concentração de fósforo total e clorofila ‘a’ foram baixas, o que resultou em IET “Oligotrófico” (ver
Tabela 3-5). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos
pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, consequentemente,
valores abaixo do VLP.
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, sendo que a qualidade da água nesta campanha
apresentou qualidade “Média” (ver Figura 3-38). É possível observar que a qualidade deste ponto
encontra-se em declínio, o que demanda medidas mais eficazes de proteção. Quanto ao histórico do
IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo
grau de eutrofização neste ponto do Rio Ceará-Mirim.
Figura 3-16 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR 406 (CEA02)
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
CEA02 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR 406IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD 0
45
Figura 3-17 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR 406 (CEA02)
CEA03 – Rio Ceará-Mirim, a jusante da Usina São Francisco - Ceará Mirim
A estação de monitoramento CEA03 está localizada no Rio Ceará-Mirim, a jusante da Usina São
Francisco (açúcar e álcool), no município de Ceará-Mirim. Este ponto tipicamente apresenta
salinidade relativamente elevada (entre 0,45 e 1,20‰) nas campanhas já realizadas, com água
geralmente salobra (i.e., com salinidade entre 0,5 e 30‰). Nesta campanha, a salinidade do rio foi
0,42‰. Apesar disso, por se tratar de um rio que eventualmente tem águas doces, os resultados
obtidos neste ponto são comparados com o padrão de qualidade de águas doces, classe 2 (Resolução
CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, a qualidade da água neste ponto do Rio Ceará-Mirim foi considerada “Ruim” pelo
IQA e IQAc (36 para ambos, ver Figura 3-18), sendo que as concentrações elevadas de coliformes
termotolerantes (superior à 2.420 NMP/100ml), DBO, nitrogênio total, fósforo e sólidos totais
foram os fatores que mais influenciaram para redução desse índice (ver Tabela 3-5), e baixa
concentração de OD. As elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, nitrogênio total e
sólidos atestam o lançamento de esgotos domésticos no rio pela cidade de Ceará-Mirim, o que já foi
comprovado in loco pelos técnicos do Programa Água Azul. Dados referentes às análises de COT e
TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de
metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de
determinação analítico, abaixo dos VLPs. O IET resultou Ultraoligotrófico.
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (Bom em apenas uma campanha), sendo que, em média, a
qualidade da água foi “Média”, segundo o IQA. Pelo IQAc, contudo, a qualidade variou entre
“Muito ruim” (uma campanha) e “Média” (três campanhas anteriores). No entanto, nesta campanha,
a qualidade geral da água resultou em “Ruim” (ver Figura 3-18). Quanto ao histórico do IET, a
média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando que já ocorre algum grau
de eutrofização neste ponto do Rio Ceará-Mirim.
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
CEA02 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR406IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
46
Figura 3-18 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim a jusante da Usina São Francisco
(CEA03)
Figura 3-19 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim a jusante da Usina São Francisco
(CEA03)
CEA04 – Ponte BR 101 - Extremoz
O ponto CEA04 está situada no Rio Ceará Mirim, nas proximidades da ponte da BR-101, que cruza
o rio, no município de Extremoz. Este ponto apresentou salinidade relativamente elevada nesta
campanha (7,81‰), o que corresponde à salobra, mas seus resultados são comparados com o padrão
de qualidade de águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”, sendo que as elevadas
concentrações sólidos, nitrogênio e fósforo foram os fatores que mais contribuíram para a redução
desse índice (ver Tabela 3-5). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não
foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do rio,
todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico ou VLP.
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IQA
/IQ
Ac
CEA03 - Rio Ceará-Mirim - Jusante Usina S. FranciscoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 SD SD 0
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 mai-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
CEA03 - Rio Ceará-Mirim - Jusante Usina S. FranciscoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
47
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA
oscilou entre “Ruim” e “Bom”, resultando em média em qualidade “Média”. Nesta campanha, o
IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Ruim” (ver Figura 3-20). O IQAc foi “Muito ruim” em
algumas campanhas anteriores. Esses índices foram prejudicados principalmente pelas
concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, sólidos totais e, no caso do
IQAc, pelas concentrações acima dos VLP de alguns metais, o que não ocorreu nesta campanha
(ver Tabela 3-5). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver
Figura 3-2), indicando que já ocorre algum grau de eutrofização neste ponto do Rio Ceará-Mirim.
Figura 3-20 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR-101 (CEA04)
Figura 3-21 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR-101 (CEA04)
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Ceará-Mirim. Pela figura, é possível observar
que embora todos os pontos apresentam qualidade próximo entre Ruim e Média, e estados
Supereutrófico (CEA01), Oligotrófico (CEA02), Mesotrófico (CAE03) e Ultraoligotrófico
(CEA04), o ponto CEA01 e CEA03 encontram-se com qualidade um pouco comprometida em
relação aos demais, provavelmente devido a efluentes não tratados lançados pela usina São
Francisco.
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
CEA04 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR-101IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 0 SD SD SD
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
CEA04 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR-101IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
48
Figura 3-22 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Ceará-Mirim
3.1.5. Bacia Hidrográfica do Rio Doce
A bacia hidrográfica do Rio Doce ocupa uma área de 387,8 km2, correspondendo a cerca de 0,7%
do território estadual. Nesta bacia não há açudes de maior importância. O corpo hídrico de maior
destaque nesta bacia é a Lagoa de Extremoz, que tem como afluentes o Riacho do Mudo, ao Norte,
e o Riacho Guajiru, ao Sul. O Rio Doce recebe esta denominação a partir de sua nascente no
exutório da Lagoa de Extremoz. Na Figura 3-23 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com
a indicação dos pontos selecionados para monitoramento.
Na Tabela 3-6 apresentam-se os resultados das análises físico-químicos e exames microbiológicos,
assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Para esta bacia, dos quatro pontos de amostragem, apenas um
foi selecionado para análise trimestral da densidade de cianobactérias (DOC03 - Lagoa de
Extremoz). Os resultados de todos os pontos são comparados com o padrão de qualidade para águas
doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005), pois todos tipicamente apresentam salinidade
inferior a 0,5‰ (águas doces). Os resultados do IQA/IQAc e do IET em cada ponto são
apresentados nas Figuras 3-24 a 3-32.
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CEA01 CEA02 CEA03 CEA04
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Bom (70-89)
Muito Ruim (<25)
Hipereutrófico
SupereutróficoEutrófico
MesotróficoOligotrófico
Ultraoligotrófico
49
Figura 3-23– Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Fonte: IGARN, 2009)
DOC01 – Riacho do Mudo - Ponte BR 406 – Ceará-Mirim
O ponto DOC01 situa-se no Riacho do Mudo, afluente norte da Lagoa de Extremoz, sob uma ponte
na BR 406, no município de Ceará-Mirim. Nesta campanha, não houve coleta de água neste ponto
(ver Figura 3-24 e Tabela 3-6), e de acordo com os técnicos do PAA, este ponto apresentava água
estagnada, com muito capim e lixo, além de macrófitas.
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2015, a qualidade
da água neste ponto oscila entre “Ruim” e “Média”. A má qualidade da água no Riacho do Mudo,
que constitui um importante afluente da Lagoa de Extremoz, se deve provavelmente a lançamentos
de esgoto e presença de atividades agropastoris no entorno do rio, o que demanda ações dos órgãos
de controle ambiental. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Oligotrófico (ver Figura 3-24), indicando ainda um baixo grau de eutrofização neste ponto do Rio.
50
Figura 3-24 – Histórico da qualidade da água no Riacho do Mudo – Ponte BR-406 (DOC01)
Figura 3-25 – Histórico do IET da água no Riacho do Mudo – Ponte BR-406 (DOC01)
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IQA
/IQ
Ac
DOC01 - Ponte BR-406 - Ceará-MirimIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
DOC01 - Ponte BR-406 - Ceará-MirimIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
51
Tabela 3-6– Qualidade da água na Bacia do Rio Doce
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
PARÂMETRO
DOC01 - Riacho
do Mudo - Ponte
BR 406 - Ceará-
Mirim
DOC02 - Rio Guajiru -
BR 406 - S . G.
Amarante
DOC03 - Lagoa de
Extremoz
DOC04 - Rio Doce -
Gramorezinho - NatalVLP
*
Temperatura da amostra (oC) - - 27,0 27,0 -
pH - - 8,6 8,2 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - - 8,2 4,3 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - 2,6 1,6 0,5 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- 138 3 727 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - 0,60 4,90 4,60 -
Fósforo Total (mg P/L) - < LD 0,18 < LD≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - 178,8 182,0 178,8 -
Turbidez (UNT) - - 2,6 - ≤ 1001
IQA - * 84 * -
Qualidade - * Bom * -
Cobre dissolvido (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) - 1 1 1 -
IQAc - * 84 * -
Qualidade - * Bom * -
IET - 30 52 40 -
Categoria - Ultraoligotrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - 115.805,0 - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - 0,01 0,16 0,10 ≤ 301
Salinidade (‰) - 0,160 0,101 0,091 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,29 0,26 0,15(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 out-16 set-16 out-16 -
52
DOC02 – Riacho Guajiru,ponte BR 406, São Gonçalo do Amarante
O ponto DOC02 localiza-se no Riacho Guajiru, afluente sul da Lagoa de Extremoz, a jusante do
aterro sanitário de Massaranduba e do Novo Aeroporto da Grande Natal, sob uma ponte da BR 406,
no município de São Gonçalo do Amarante. O IQA e o IQAc não foram calculados devido a falta
de alguns parâmetros que compõem o cálculo destes índices (ver Figura 3-26 e Tabela 3-6). Mesmo
assim, é possível observar valores elevados de coliformes (abaixo do VLP) e nitrogênio total. Dados
referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios
responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do riacho, todos os parâmetros apresentaram
valores abaixo do limite de determinação analítico, e consequentemente, abaixo dos VLPs (ver
Tabela 3-6). O IET resultou 30, determinando estado Ultraoligotrófico.
Figura 3-26 – Histórico da qualidade da água no Riacho Guajiru (DOC02)(SD: Sem dado)
Figura 3-27 – Histórico do IET da água no Riacho Guajiru (DOC02)(SD: Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc oscilam entre “Ruim” e “Médio” (e apresentou qualidade “Boa” apenas em uma campanha),
com a qualidade da água, pela média desses índices, classificada como “Média”. Quanto ao
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
DOC02 - Jusante Aterro Massaranduba - S. G. Amarante IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD
20
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IET
DOC02 - Jusante Aterro Massaranduba - S.G. AmaranteIET
Média IETHipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
53
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando
ainda um baixo grau de eutrofização neste ponto do riacho. A qualidade da água no Riacho Guajiru,
que constitui o outro importante afluente da Lagoa de Extremoz, encontra-se comprometida
também provavelmente por lançamentos de esgoto e pela presença de atividades agropastoris no
entorno do rio, o que também requer ações urgentes do Poder Público, especialmente dos órgãos de
controle ambiental. Este manancial deve se tornar ainda mais degradado com a contínua operação
do Novo Aeroporto e o crescimento urbano dele decorrente.
DOC03 – Lagoa de Extremoz
O ponto DOC03 localiza-se na Lagoa de Extremoz, na estação elevatória da CAERN que abastece a
Estação de Tratamento de Água (ETA) de Extremoz. O IQA e o IQAc foram calculados nesta
campanha e resultaram “Bom” (84) para ambos (ver Figura 3-28 e Tabela 3-6). O IET resultou
Oligotrófico. Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos
pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água da lagoa, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, consequentemente,
abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-6). A densidade de cianobactérias foi elevada (115.805 cél./mL)
nesta campanha, muito acima dos VLPs da Portaria MS 2914/2011 e da Resolução CONAMA
357/2005, com dominância das espécies Planktolyngbya minor, Snowela lacustris e Aphanocapsa
delicatissima (não produtoras de toxina) (ver Tabela 3-6).
Figura 3-28 – Histórico da qualidade da água na Lagoa de Extremoz (DOC03)
(SD: Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc oscilam entre “Médio” e “Excelente”, com a qualidade da água, pela média desses índices,
classificada como “Boa”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização na Lagoa. A
densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 190.312 cél./mL, com
predominância das espécies Planktolyngbya minor e Merismopedia tenuissima, em concentrações
acima dos VLPs para diversas campanhas, incluindo esta (ver Figura 3-2). No entanto, em virtude
da má qualidade dos riachos afluentes à lagoa, à intensa ocupação urbana e industrial no entorno, à
utilização de toda a capacidade de exploração de água da lagoa e à importância da mesma para
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IQA
/IQ
Ac
DOC03 - Lagoa de ExtremozIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD
54
abastecimento da Zona Norte de Natal, a Lagoa de Extremoz necessita de medidas de proteção
sanitária e ambiental, para garantir a qualidade e disponibilidade de água no futuro.
Figura 3-29 – Histórico do IET da água na Lagoa de Extremoz (DOC03)
Figura 3-30 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Lagoa de Extremoz (DOC03)
DOC04 – Gramorezinho - Natal
O ponto DOC04 localiza-se no Rio Doce, no bairro Gramorezinho, em Natal, na estrada que dá
acesso à praia de Jenipabu. Este trecho do rio é rodeado por intensa ocupação urbana, sendo que o
local da coleta fica localizado entre dois bares, o que, historicamente, apresenta elevada
concentração de coliformes termotolerantes e baixa concentração de OD, provavelmente devido a
lançamentos de esgoto no rio. O IQA e o IQAc não foram calculados devido a falta de um
parâmetros que compõe o cálculo destes índices (neste caso, turbidez, ver Tabela 3-6 e Figura
3-31), mesmo apresentando baixa concentração de OD e presença de coliformes termotolerantes
(727 NMP/100mL, abaixo do VLP, ver Tabela 3-6). O IET resultou Ultraoligotrófico nesta
campanha. Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16
IET
DOC03 - Lagoa de ExtremozIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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1.000
10.000
100.000
1.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
DOC03 - Lagoa de Extremoz
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (190.312 cél./mL)
55
laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, consequentemente, apresentaram
valores abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-6).
Figura 3-31 – Histórico da qualidade da água no Rio Doce - Gramorezinho (DOC04)
(SD: Sem dado)
Figura 3-32 – Histórico do IET da água no Rio Doce - Gramorezinho (DOC04)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc no Rio Doce oscilaram entre “Ruim” e “Excelente”, com a qualidade da água, pela média
desses índices, classificada como “Média”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização no
rio. O Rio Doce encontra-se atualmente poluído, com intensa ocupação de suas margens por
habitações e hortigranjeiros, com lançamentos de esgotos e de dejetos de animais, o que demanda
ações de controle sanitário e ambiental por parte do Poder Público.
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IQA
/IQ
Ac
DOC04 - Rio Doce - GramorezinhoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD
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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IET
DOC04 - Rio Doce - GramorezinhoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
56
3.1.6. Bacia Hidrográfica do Rio Potengi
A Bacia Hidrográfica do Rio Potengi ocupa uma área de 4.093 km2, correspondendo a cerca de
7,7% do território estadual, e possui 245 açudes cadastrados. Na Figura 3-33 apresenta-se o mapa
esquemático desta bacia, no qual são indicados os seguintes pontos de monitoramento: POT01 - Rio
Camaragibe, na RN 064; POT02 - Açude Campo Grande, em São Paulo do Potengi; POT03 – Rio
Potengi, na localidade Telha, em São Pedro do Potengi; POT04 - Rio Golandim, próximo à foz;
POT05 – Estuário do Potengi em frente ao Dique da Base Naval; POT06 - Estuário do Potengi a
jusante do Canal do Baldo; POT07 Estuário do Potengi, em frente ao Iate Clube; POT08 - Estuário
do Potengi, sob o vão central da ponte Newton Navarro; POT09 – Montante da Ponte de Igapó;
POT10 – Montante da Lagoa Aerada CAERN; POT11 – Curtume J. Mota; POT12 – Montante da
Imunizadora Riograndense; POT13 – Lançamento do CIA/Macaíba; POT14 – Hospital Macaíba;
POT15 – Rio Jundiaí-BR-226, em Macaíba; e POT16 – Ponte Peri-Peri, Macaíba.
Figura 3-33 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Potengi (Fonte: IGARN, 2009)
Nesta campanha, nos pontos POT01, POT02 e POT16 não foram calculados o IQA e IQAc em
relação a qualidade da água, já que não houve coleta de água, porque não havia água nesses pontos
ou havia água estagnada, misturada com lama, o que não demonstra representatividade analítica.
Quanto a análise de metais, os pontos analisados apresentaram valores abaixo do limite de
determinação analítico ou dos respectivos VLPs. Não há monitoramento da densidade de
cianobactérias nesta bacia hidrográfica. Na Tabela 3-7 apresentam-se os resultados dos parâmetros
físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Na Tabela 3-7 são
apresentadas as concentrações de metais pesados no sedimento dos pontos da bacia.
57
Tabela 3-7- Qualidade da água na Bacia do Rio Potengi
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.
PARÂMETROPOT01 – Rio
Camaragibe - RN 064
POT02 - Açude
Campo Grande -
S . P. Potengi
POT03 - Rio
Potengi - Telha -
São Pedro
POT04 – Estuário
do Rio Golandim
POT05 - Dique
Base Naval
POT06 - Jusante
Canal Baldo
POT07 - Iate
Clube
POT08 - Ponte
Newton NavarroVLP
*
Temperatura da amostra (oC) - 27,3 - 28,4 27,0 29,0 27,5 27,6 -
pH - 8,3 - 7,4 7,8 7,8 7,9 7,9 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - 7,4 - 4,2 4,6 5,1 5,9 6,0 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - 4,0 - 4,8 2,8 1,0 1,0 2,6 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- 4 - 689 914 > 2.420 467 > 2.420 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - 5,90 - < LD < LD < LD 0,20 < LD -
Fósforo Total (mg P/L) - 0,49 - < LD < LD 0,11 < LD < LD≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - 5.044,0 - 39.039,0 39.821,2 39.771,6 40.554,4 40.265,6 -
Turbidez (UNT) - 77,1 - 209,7 6,7 11,0 8,7 11,6 ≤ 1001
IQA - 66 - 51 62 61 69 62 -
Qualidade - Médio - Médio Médio Médio Médio Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) - 1 - 1 1 1 1 1 -
IQAc - 66 - 51 62 61 69 62 -
Qualidade - Médio - Médio Médio Médio Médio Médio -
IET - 66 - 49 35 47 41 42 -
Categoria - Supereutrófico - Oligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - 1,9 2,2 < LD < LD 1,5 ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - < 10,00 < 10,00 < 10,00 < 10,00 < 10,00 Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - 13,43 - 0,75 0,03 0,17 0,12 0,15 ≤ 301
Salinidade (‰) - 1,572 - 30,812 32,671 31,875 35,328 32,937 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,41 - 0,93 0,91 0,69 0,76 0,51(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 set-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 -
58
Tabela 3-7- Qualidade da água na Bacia do Rio Potengi (continuação)
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.
PARÂMETROPOT09 - Montante
da Ponte de Igapó
POT10 – Jusante
da Lagoa Aerada
CAERN
POT11 –
Montante do
Curtume J. Motta
POT12 –
Montante da
Imunizadora
Riograndense
POT13 –
Lançamento do
CIA - Macaiba
POT14 – Hospital -
Macaiba
POT15 – Rio
Jundiaí - BR226 -
Macaiba
POT16 – Ponte
Peri-PeriVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 27,8 - - - 28,3 28,2 25,0 - -
pH 7,5 - - - 7,4 7,3 7,7 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 3,2 - - - 2,9 2,5 2,2 - ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 0,3 - - - 1,2 2,1 3,9 - ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)237 - - - > 2.420 289 > 2.420 - < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 0,20 - - - 0,30 0,50 6,40 - -
Fósforo Total (mg P/L) 0,11 - - - < LD < LD < LD -≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 39.340,0 - - - 38.222,0 37.655,0 4.342,8 - -
Turbidez (UNT) 180,0 - - - 72,6 27,8 29,7 - ≤ 1001
IQA 49 - - - 48 54 44 - -
Qualidade Ruim - - - Ruim Médio Ruim - -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 - - - 1 1 1 - -
IQAc 49 - - - 48 54 44 - -
Qualidade Ruim - - - Ruim Médio Ruim - -
IET 50 - - - 49 52 50 - -
Categoria Oligotrófico - - - Oligotrófico Oligotrófico Oligotrófico - -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) 1,2 - - - 2,9 4,8 - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) < 10,00 - - - < 10,00 < 10,00 - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,41 - - - 0,65 2,48 1,28 - ≤ 301
Salinidade (‰) 30,812 - - - 29,537 29,112 4,343 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,42 - - - 0,47 0,53 7,03 -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 -
59
Tabela 3-8–Concentrações de metais pesados no sedimento da Bacia do Rio Potengi
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004
Tabela 3-8–Concentrações de metais pesados no sedimento da Bacia do Rio Potengi (continuação)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004
PARÂMETROPOT01 – Rio
Camaragibe - RN 064
POT02 - Açude
Campo Grande -
S . P. Potengi
POT03 - Rio
Potengi - Telha -
São Pedro
POT04 – Estuário
do Rio Golandim
POT05 - Dique
Base Naval
POT06 - Jusante
Canal Baldo
POT07 - Iate
Clube
POT08 - Ponte
Newton NavarroVLP*
Cobre Total (mg/Kg) - - - 7,467 16,946 < LD 8,172 < LD 34,0
Chumbo Total (mg/Kg) - - - < LD 9,885 < LD 11,872 < LD 46,7
Cromo Total (mg/Kg) - - - 28,287 < LD < LD 30,992 < LD 81,0
Cádmio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 1,2
Zinco Total (mg/Kg) - - - 23,549 11,58 9,604 25,749 < LD 150,0
Níquel Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 20,9
Arsênio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 8,0
Mercúrio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 0,15
PARÂMETROPOT09 - Montante
da Ponte de Igapó
POT10 – Jusante
da Lagoa Aerada
CAERN
POT11 –
Montante do
Curtume J. Motta
POT12 –
Montante da
Imunizadora
Riograndense
POT13 –
Lançamento do
CIA - Macaiba
POT14 – Hospital -
Macaiba
POT15 – Rio
Jundiaí - BR226 -
Macaiba
POT16 – Ponte
Peri-PeriVLP*
Cobre Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 34,0
Chumbo Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 46,7
Cromo Total (mg/Kg) < LD - - - < LD 16,612 - - 81,0
Cádmio Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 1,2
Zinco Total (mg/Kg) < LD - - - < LD 14,397 - - 150,0
Níquel Total (mg/Kg) < LD - - - 4,45 < LD - - 20,9
Arsênio Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 8,0
Mercúrio Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 0,15
60
POT01 – Rio Camaragibe, RN 064, em Ielmo Marinho
O ponto POT01 situa-se no rio Camaragibe, sob uma ponte da rodovia RN-064, no município de
Ielmo Marinho. Este ponto historicamente apresenta salinidade elevada (entre 0,62 e 5,03‰) nas
campanhas já realizadas, o que caracterizaria suas águas como salobras. Apesar disso, por se tratar
de um ponto situado em um rio, em um local cuja salinidade da água não sofre influência marinha,
mas pode sofrer grande influência das chuvas, os resultados obtidos são comparados com os VLP
para águas doces, classe 2, segundo a Resolução CONAMA 357/2005. Nesta campanha, não houve
coleta de água para este ponto (ver Tabela 3-7 e ver Figura 3-34).
Figura 3-34 – Histórico da qualidade da água no Rio Camaragibe – RN-064 (POT01) (SD: Sem dado)
Figura 3-35 – Histórico do IET da água no Rio Camaragibe – RN-064 (POT01)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA no Rio
Camaragibe oscilou entre “Ruim” e “Bom” (e o IQAc oscilou entre “Muito Ruim” e “Bom”), com a
qualidade da água classificada como “Ruim” pelas médias tanto do IQA como do IQAc. Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando um
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IQA
/IQ
Ac
POT01 – Rio Camaragibe - RN 064 IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 SD SD SD SD SD SD
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set-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 set-16
IET
POT01 - Rio Camaragibe - RN 064IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
61
elevado grau de eutrofização no rio. A qualidade da água neste rio não é melhor provavelmente por
força da ocupação de sua bacia, com a criação extensiva de bovinos – o que pode eventualmente
resultar em concentrações elevadas de material orgânico e coliformes termotolerantes – e de suas
condições naturais – que, por estar situada em terreno do cristalino, tende a apresentar elevada
salinidade nas águas.
POT02 – Açude Campo Grande, em São Paulo do Potengi
O Açude Campo Grande localiza-se no município de São Paulo do Potengi. Por se tratar de um
reservatório, os resultados são comparados com os VLP para águas doces, classe 2 (Resolução
CONAMA 357/2005). Nesta campanha, a concentração de coliformes termotolerantes foi baixa,
mas apresentou valores de nitrogênio, fósforo, turbidez e sólidos totais elevados. Nesta campanha, o
IQA e o IQAc resultaram em qualidade “Média” (66 para ambos, ver Figura 3-36). O reservatório
apresentou concentrações elevadas de clorofila “a”, o que resultou em IET “Supereutrófico”(ver
Tabela 3-7).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc no Açude Campo Grande oscilaram entre “Bom” e “Médio”, ao longo de todas as campanhas,
sendo que as médias desses índices indicam que a qualidade da água é Média nesse reservatório.
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (próximo a Eutrófico,
ver Figura 3-2), indicando um elevado grau de eutrofização no açude Campo Grande.
Figura 3-36 – Histórico da qualidade da água no Açude Campo Grande (POT02) (SD: Sem dado)
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IQA
/IQ
Ac
POT02 - Açude Campo Grande - S.P. PotengiIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD
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Figura 3-37 – Histórico do IET da água no Açude Campo Grande (POT02)
POT03 – Rio Potengi, na localidade Telha, São Pedro
O ponto POT03 situa-se no Rio Potengi, na localidade de Telha, sob uma ponte da BR-304, no
município de São Pedro. O Rio Potengi geralmente tem águas salobras neste ponto (nesta
campanha, a salinidade não foi medida). Mas, por se tratar de um ponto de rio, não sujeito à
influência do mar, mas sim às chuvas, os resultados obtidos são comparados com os VLP para
águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005). Nessa campanha, tanto os valores do IQA,
do IQAc e do IET não foram calculados, pois não houve coleta para este ponto do rio Potengi (ver
Tabela 3-7 e Figura 3-38).
Figura 3-38 – Histórico da qualidade da água no Rio Potengi, na localidade Telha, em São
Pedro/RN (POT03) (SD: Sem dado)
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IET
POT02 - Açude Campo Grande - S.P. PotengiIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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IQA
/IQ
Ac
POT03 - Telha - São Pedro IQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
63
Figura 3-39 – Histórico do IET da água no Rio Potengi, na localidade Telha, em São Pedro/RN
(POT03) (SD: Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou
em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando um elevado grau de eutrofização neste ponto do rio. Em
geral, o que mais prejudica a qualidade da água neste ponto é a elevada salinidade, que resulta em
concentrações elevadas de sólidos e, principalmente, elevadas concentrações do coliformes
termotolerantes. A elevada salinidade provavelmente se deve à condição natural de rio “sertanejo”
do Potengi, cortando o cristalino potiguar.
POT04 – Rio Golandim - Estuário
O ponto POT04 localiza-se no Estuário do Rio Golandim, próximo à desembocadura no Rio
Potengi. As coletas são realizadas com barco, seguindo as orientações do IGARN e do IDEMA.
Devido à influência das marés, a salinidade deste ponto oscila entre águas salinas e salobras (nesta
campanha, 30,810‰), de modo que os resultados são comparados com os VLP para águas salinas
ou salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ambos iguais à 51, ver Figura
3-40), devido principalmente às concentrações elevadas de sólidos totais, devido à salinidade, e
coliformes e turbidez (este acima do VLP). O COT apresentou-se abaixo do VLP (1,94 mg/L), o
que demonstra baixa concentração de matéria orgânica na água. As concentrações de metais
pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver
Tabela 3-7), abaixo dos VLPs. No sedimento, todos os metais analisados apresentaram
concentrações inferiores aos VLPs (ver Tabela 3-7). O IET resultou Oligotrófico, devido a baixa
concentração de fósforo e clorofila ‘a’.
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos e coliformes, e
ocasionalmente baixa concentração de OD. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando um elevado grau de eutrofização neste ponto
do estuário. Neste ponto, além dos esgotos sanitários das ETEs, também contribuem com matéria
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IET
POT03 - Telha - São PedroIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD
64
orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão situadas ao longo do Estuário e
lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos industriais, principalmente o
Distrito Industrial de Natal.
Figura 3-40 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Golandim (POT04) (SD: Sem dado)
Figura 3-41 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Golandim (POT04)
POT05 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Dique da Base Naval
O ponto de monitoramento do Estuário do Rio Potengi situado em frente ao Dique da Marinha do
Brasil apresenta águas salobras à salinas, sendo que a salinidade nesta campanha foi de 32,67‰.
Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas,
classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
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Ac
POT04 - Estuário do Rio Golandim IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 SDSD 0 SD SD SD SD SD SD SD
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IET
POT04 – Estuário do Rio Golandim IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram 62, classificando o ponto como de
qualidade “Média” (ver Figura 3-42). No entanto, observa-se que a qualidade apresenta-se
comprometida devido às concentrações elevadas de sólidos totais, devido à salinidade, e coliformes.
O IET resultou Ultraoligotrófico. Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 3-7). No
sedimento, todos os metais analisados apresentaram também concentração inferior aos VLPs (ver
Tabela 3-7).
Figura 3-42 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – Dique da Base Naval
(POT05) (SD: Sem dado)
Figura 3-43 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi – Dique da Base Naval (POT05)
(SD: Sem dado)
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POT05 - Dique da Base Naval IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SDSDSD SD SD SD SD SDSD SDSD SDSD SDSD
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IET
POT05 – Dique da Base Naval IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
66
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do
IQA e do IQAc neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de
sólidos, e ocasionalmente, elevadas concentrações de coliformes termotolerantes. Tais
concentrações de coliformes termotolerantes se devem a lançamentos de esgotos provenientes das
áreas urbanas ao redor do estuário, que nele lançam esgotos não tratados ou tratados precariamente.
Também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão
situadas ao longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos
industriais. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (próximo
a Mesotrófico) (ver Figura 3-2), indicando algum grau de eutrofização neste ponto do estuário.
POT06 – Estuário do Rio Potengi, a jusante do Canal do Baldo
O ponto POT06 situa-se no Estuário do Rio Potengi, a jusante do Canal do Baldo, apresentando
geralmente águas salinas e eventualmente salobras, sendo que a salinidade medida foi de 31,87‰
nesta campanha. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas
salinas e salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ambos iguais a 61, ver Figura
3-42), devido às elevadas concentrações de coliformes termotolerantes (superior a 2.420
NMP/100mL, muito acima do VLP), fósforo e sólidos totais. As concentrações de metais pesados
na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver Tabela 3-7).
No sedimento, todos os metais analisados apresentaram concentração inferior ao VLP (ver Tabela
3-7). O IET resultou Ultraoligotrófico.
Figura 3-44 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – a jusante do Canal do
Baldo (POT06) (SD: Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” e o IQAc, entre “Muito Ruim” e “Médio”. Em geral, o que
mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em
concentrações elevadas de sólidos, e elevadas concentrações de coliformes termotolerantes. Tais
concentrações de coliformes termotolerantes se devem aos lançamentos de esgotos provenientes das
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POT06 - Jusante do canal do baldo IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 SDSD SD 0 SD SD SD SDSD SDSD SDSD 0
67
áreas urbanas ao redor do estuário, sendo que no caso deste ponto merece destaque o lançamento
proveniente do canal do Baldo, que recebe principalmente a contribuição da ETE do Baldo.
Também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão
situadas ao longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos
industriais. Apesar dessa contribuição, a qualidade da água neste ponto é semelhante à observada no
ponto POT05, situado a montante. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.
Figura 3-45 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi – a jusante do Canal do Baldo
(POT06) (SD: Sem dado)
POT07 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Iate Clube
O ponto POT07 situa-se no estuário do Rio Potengi, em frente ao Iate Clube, em local que sofre
intensa influência do mar. Por isso, a água neste ponto é geralmente salina (às vezes salobra), sendo
que a salinidade medida nesta campanha foi de 35,33‰. Assim, seus resultados são comparados
com o padrão de qualidade para águas salinas e salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ambos iguais a 69, próximo a
“Bom”, ver Figura 3-46), sendo prejudicados principalmente pelas concentrações elevadas de
sólidos totais (devido à salinidade elevada) e coliformes (ver Tabela 3-7). O IET resultou
Ultraoligotrófico. As concentrações de todos os metais analisados na água e no sedimento foram
menores que os VLPs (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (assim como o IQAc). Os valores médios do IQA e do IQAc
resultaram, respectivamente “Médio” e “Ruim”. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto
do estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada
salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e elevadas concentrações de
coliformes termotolerantes. Tais concentrações de coliformes termotolerantes se devem aos
lançamentos de esgotos provenientes da área urbana da Região Metropolitana de Natal ao redor do
estuário. Também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de
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IET
POT06 – Jusante do canal do baldo IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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68
camarão situadas ao longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois
distritos industriais.
Figura 3-46 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – Iate Clube (POT07)
(SD: Sem dado)
Figura 3-47 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi – Iate Clube (POT07)
(SD: Sem dado)
POT08 – Estuário do Rio Potengi, ponte Newton Navarro
A estação de monitoramento POT08 está localizada no Estuário do Rio Potengi, sob o vão central
da ponte Newton Navarro. Devido à influência do mar, os resultados deste ponto são comparados
com o padrão de qualidade para águas salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”, iguais a 62 (ver Figura 3-48).
Foi detectada elevada concentração de sólidos totais (devido a salinidade, igual a 39,94‰), além de
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POT07 - Iate Clube IQA
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Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
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POT07 – Iate Clube IET
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Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
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coliformes (muito acima do VLP). O IET resultou Ultraoligotrófico, devido a baixa concentração de
clorofila ‘a’. (ver Tabela 3-7). Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal
apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução CONAMA 344/2004 (Tabela 3-7).
Figura 3-48 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Ponte Newton navarro
(POT08) (SD: Sem dado)
Figura 3-49 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Ponte Newton navarro (POT08)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (assim como o IQAc). Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização
neste ponto do estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a
elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e, apesar da diluição com as
águas oceânicas, concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, devido aos
lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário.
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POT08 - Ponte Newton Navarro IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
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Muito Ruim (< 25)
0 SDSD 0 SD 0 SD SD SD SD SDSDSDSD SDSD 0
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IET
POT08 – Ponte Newton NavarroIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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POT09 – Estuário do Rio Potengi, a montante da Ponte de Igapó
A estação de monitoramento POT09 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante da
ponte de Igapó (50m), em Natal. Devido à influência do mar, os resultados deste ponto são
comparados com o padrão de qualidade para águas salinas, classe 1, sendo que a salinidade médida
nesta campanha foi de 30,81‰ (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, este ponto apresentou IQA e IQAc iguais a 49, o que classifica o ponto como
“Ruim”,mas próximo a “Médio” (ver Figura 3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações
elevadas de sólidos totais (devido à salinidade), turbidez, nitrogênio, coliformes termotolerantes
(abaixo do VLP) e baixa concentração de OD. O IET resultou Oligotrófico. Com relação aos metais
na água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas
Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).
Figura 3-50 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Montante da Ponde de
Igapó (POT09)
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado
média qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em diversos
pontos do Rio Potengi, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do
estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário. Também contribuem
com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão situadas ao longo do
Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos industriais. Quanto
ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando
médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.
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POT09 - Montante da Ponte de Igapó IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
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Figura 3-51 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Montante da Ponde de Igapó
(POT09)
POT10 – Estuário do Rio Potengi, a jusante da Lagoa Aerada da CAERN
A estação de monitoramento POT10 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a jusante da Lagoa
Aerada da CAERN, no bairro das Quintas, zona oeste de Natal. Devido à influência do mar, este
ponto apresenta em geral elevada salinidade. Assim, seus resultados são comparados com o padrão
de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, não houve coleta de água para este ponto (ver Figura 3-48 e Tabela 3-7).
Figura 3-52 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a jusante da Lagoa
Aerada da CAERN (POT10)
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado em
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IET
POT09 – Montante da Ponte de Igapó IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
POT10 - Jusante da lagoa aerada CAERNIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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72
geral média qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em alguns
pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do
estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Também
contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão situadas ao
longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos industriais,
principalmente o Centro Industrial Avançado. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do
estuário.
Figura 3-53 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a jusante da Lagoa Aerada da
CAERN (POT10)
POT11 – Estuário do Rio Potengi, a montante do Curtume J. Motta
A estação de monitoramento POT11 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante do
Curtume J. Motta, Rio Jundiaí, em Natal. Devido à influência do mar, este ponto apresenta em geral
elevada salinidade. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas
salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, não houve coleta de água para este ponto (ver Figura 3-48 e Tabela 3-7).
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado em
geral média qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em alguns
pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do
estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Neste
ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão
situadas ao longo do Estuário e lançamento de efluentes do sistema de tratamento do Centro
Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento de dejetos de duas empresas de
limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver
Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IET
POT10 – Jusante da Lagoa Aerada CAERN IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
73
Figura 3-54 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a montante do Curtume J.
Motta (POT11)
Figura 3-55 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a montante do Curtume J.
Motta (POT11)
POT12 – Estuário do Rio Potengi, a montante da Imunizadora Riograndense
A estação de monitoramento POT12 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante da
Imunizadora Riograndense, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, este ponto
apresenta em geral elevada salinidade. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de
qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
POT11 - Montante do curtume J. MottaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 SD SD
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IET
POT11 – Montante do curtume J. Motta IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
74
Figura 3-56 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a montante da
Imunizadora Riograndense (POT12) (SD-sem dado)
Nesta campanha, não houve coleta de água para este ponto (ver Figura 3-48 e Tabela 3-7).
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e
concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e são frequentemente
observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da
área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário
do Rio Potengi. Neste ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca
das fazendas de camarão situadas ao longo do Estuário e lançamento de efluentes do sistema de
tratamento do Centro Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento de dejetos
de duas empresas de limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.
Figura 3-57 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a montante da Imunizadora
Riograndense (POT12) (SD-sem dado)
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
POT12 - Montante da
Imunizadora Riograndense
IQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD
30
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50
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70
80
jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IET
POT12 – Montante da Imunizadora Riograndense
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
75
POT13 – Estuário do Rio Potengi, a jusante do ponto de lançamento do CIA
A estação de monitoramento POT13 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a jusante do ponto
de lançamento do CIA, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, a salinidade nesta
campanha foi de 29,54‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para
águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).
Figura 3-58 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a jusante do ponto de
lançamento do CIA (POT13)
Nesta campanha, este ponto POT13 apresentou IQA e IQAc iguais à 48, o que classifica o ponto
como “Ruim” (ver Figura 3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de
sólidos totais (devido à salinidade), elevadíssima concentração de coliformes e DBO (que embora
não haja mais padrão para os estuários, devido a salinidade, a análise é realizada para compor o
cálculo do IQA e IQAc), além da baixa concentração de OD (muito abaixo do VLP). O IET
resultou Oligotrófico, devido as baixas concentrações de clorofila ‘a’. Com relação aos metais na
água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução
CONAMA 357/2005 e Resolução CONAMA 344/2004 (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado
qualidade média, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e são frequentemente observadas em alguns
pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do
estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Neste
ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão
situadas ao longo do Estuário, e também fortemente influenciado pelo lançamento de efluentes do
sistema de tratamento do Centro Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento
de dejetos de duas empresas de limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste ponto do
estuário.
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
POT13 - Lançamento do CIA - MacaíbaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
76
Figura 3-59 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a jusante do ponto de
lançamento do CIA (POT13)
POT14 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Hospital de Macaíba
A estação de monitoramento POT14 está localizada no Estuário do Rio Potengi, em frente ao
Hospital de Macaíba, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, a salinidade nesta
campanha foi de 29,11‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para
águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005). Nesta campanha, este ponto
POT14 apresentou IQA e IQAc iguais à 54, o que classifica o ponto como “Médio” (ver Figura
3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à
salinidade), COT, nitrogênio, além da baixa concentração de OD. O IET resultou Oligotrófico,
devido a baixa concentração de clorofila ‘a’. Com relação aos metais na água e no sedimento,
nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução CONAMA 357/2005
e Resolução CONAMA 344/2004 (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).
Figura 3-60 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- em frente ao Hospital de
Macaíba (POT14)
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50
60
70
80
jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IET
POT13 – Lançamento do CIA - Macaíba IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
0
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90
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
POT14 - Hospital MacaíbaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
77
Figura 3-61 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- em frente ao Hospital de
Macaíba (POT14)
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado qualidade
média, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente
elevadas de coliformes termotolerantes e fósforo são frequentemente observadas em alguns pontos
do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do
estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Neste
ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão
situadas ao longo do Estuário, e também pelo lançamento de efluentes do sistema de tratamento do
Centro Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento de dejetos de duas
empresas de limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Eutrófico (próximo a Mesotrófico, ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste
ponto do estuário
POT15 – Estuário do Rio Potengi, Rio Jundiaí, travessia da BR-226
A estação de monitoramento POT15 está localizada no Estuário do Rio Potengi, no Rio Jundiaí, na
travessia da BR-226, em Macaíba. A salinidade nesta campanha foi de 4,34‰. Assim, seus
resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1
(Resolução CONAMA 357/2005).
Nesta campanha, este ponto POT15 apresentou IQA e IQAc iguais à 44, o que classifica o ponto
como “Ruim” (ver Figura 3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de
sólidos totais e turbidez (devido à salinidade), e coliformes termotolerantes (muito acima do VLP).
O IET resultou Oligotrófico, mesmo com a baixa concentração de clorofila ‘a’. Com relação aos
metais na água, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução
CONAMA 357/2005 (ver Tabela 3-7).
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jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16
IET
POT14 – Hospital Macaíba IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
78
Figura 3-62 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí BR-226
(POT15)
Figura 3-63 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí BR-226 (POT15)
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado
qualidade ruim (com apenas três campanhas devidamente monitoradas), concentrações elevadas de
sólidos (devido à salinidade) são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí,
devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem
comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Quanto ao histórico do IET, a
média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de
eutrofização neste ponto do rio.
POT16 – Estuário do Rio Potengi, Rio Jundiaí, ponte Peri-Peri
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jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
POT15 - Rio Jundiaí BR-226 Macaíba
IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
Excelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
30
40
50
60
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80
jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16
IET
POT15 - Rio Jundiaí BR-226 Macaíba
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
79
A estação de monitoramento POT16 está localizada no Estuário do Rio Potengi, no Rio Jundiaí, na
ponte Peri-Peri, em Macaíba. Nesta campanha, não houve coleta de água no ponto POT16 (ver
Figura 3-48 e Tabela 3-7).
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado
qualidade média a partir das duas campanhas anteriores onde houve o devido monitoramento,
concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente elevadas de
coliformes termotolerantes e são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí,
devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem
comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Quanto ao histórico do IET, a
média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de
eutrofização neste ponto do rio.
Figura 3-64 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí, ponte Peri-
Peri BR-226 (POT16)
Figura 3-65 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí, ponte Peri-Peri
BR-226 (POT16)
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jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
POT16 - Ponte Peri-Peri
IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
Excelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD
30
40
50
60
70
80
jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16
IET
POT16 - Ponte Peri-Peri
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD
80
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Potengi. Pela figura, é possível observar que os
pontos monitorados apresentam qualidade Média (exceto os pontos POT09, POT13 e POT15, que
apresentam qualidade “Ruim”) e estados tróficos variando entre ultraoligotrófico à oligotrófico
(supereutrófico apenas para o ponto POT02). Infelizmente, a ausência de dados de alguns pontos
impossibilitaram a cálculo dos índices de qualidade da bacia por completo, o que compromete a
avaliação global mais detalhada da mesma. Mesmo assim, pode-se afirmar que todos os pontos da
bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido a efluentes não tratados
(ou tratados indevidamente) lançados pelas cidades de Macaíba e Natal.
81
Figura 3-66 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Potengi
0
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30
40
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POT01 POT02 POT03 POT04 POT05 POT06 POT07 POT08 POT09 POT10 POT11 POT12 POT13 POT14 POT15 POT16
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO RIO POTENGI IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
HipereutróficoSupereutróficoEutróficoMesotróficoOligotrófico
Ultraoligotrófico
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
82
3.1.7. Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi
A bacia hidrográfica do Rio Pirangi ocupa uma área de 458,9 km2, correspondendo a cerca de 0,9%
do território estadual e não possui açudes de importância. Na Figura 3-67 apresenta-se o mapa
esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de coleta. Na Tabela 3-9 apresentam-se os
resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.
Todos os pontos analisados nesta bacia historicamente apresentam salinidade inferior a 0,5‰,
exceto PIR08, que é um ponto estuarino. Assim, os resultados do PIR08 são comparados com o
padrão de qualidade para águas salobras, classe 1; nos demais pontos, os resultados são comparados
com o padrão para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).
Figura 3-67 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Pirangi (Fonte: IGARN, 2009)
PIR01 – Rio Pitimbu – Lamarão - Macaíba
O ponto PIR01 localiza-se no rio Pitimbu, próximo a sua nascente, na localidade de Lamarão, em
Macaíba. Neste ponto, apenas a turbidez apresentou-se elevada, muito superior ao padrão de
qualidade para cursos d’água classe 2, enquanto que a concentração de OD foi baixa (3,3 mg/L),
inferior ao limite mínimo da Resolução CONAMA 357/2005. Devido a isso, o IQA e o IQAc
resultaram “Médio” (ambos igual a 56) neste ponto (ver Figura 3-68). O IET resultou Mesotrófico.
As concentrações de metais pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os
metais analisados, consequentemente, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).
83
Tabela 3-9- Qualidade da água na Bacia do Rio Pirangi
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1 Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
PARÂMETRO
PIR01 - Rio
Pitimbu - Lamarão
- Macaíba
PIR02 - Rio
Pitimbu -
Passagem Areia -
Parnamirim
PIR03 - Rio
Pitimbu - Ponte
BR 304
PIR04 - Rio Pitimbu -
BR-101
PIR05 - Rio Pitimbu -
Ponte Trampolim da
Vitória
PIR06 - Lagoa do
Jiqui
PIR07 - Rio Pirangi -
Balneário Pium
PIR08 - Estuário Rio
Pirangi - Ponte velha
RN-063
PIR09 - Lagoa
AzulVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 24,0 - 25,0 26,0 28,0 29,3 27,0 27,0 29,1 -
pH 7,4 - 7,2 7,2 8,7 7,9 7,5 7,5 8,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 3,3 - 2,0 3,5 7,6 8,9 4,4 5,9 7,8 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 4,8 - 2,4 1,5 0,6 4,8 6,3 3,2 4,1 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)41 - 131 548 517 31 381 > 2.420 4 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) < LD - < LD < LD 1,00 4,30 < LD < LD 1,90 -
Fósforo Total (mg P/L) < LD - < LD < LD < LD 0,18 < LD < LD 0,58≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 73,7 - 66,4 64,4 100,0 68,4 91,7 30.381,2 47,4 -
Turbidez (UNT) 562,1 - 5,7 0,0 2,0 4,7 - 4,4 1,9 ≤ 1001
IQA 56 - 60 66 74 81 * 62 85 -
Qualidade Médio - Médio Médio Bom Bom * Médio Bom -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 - 1 1 1 1 1 1 1 -
IQAc 56 - 60 66 74 81 * 62 79 -
Qualidade Médio - Médio Médio Bom Bom * Médio Bom -
IET 56 - 40 39 36 57 33 43 58 -
Categoria Mesotrófico - Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - - 88.317,0 - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - - 1,0 - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - < 10,00 - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,12 - 0,11 0,06 0,04 0,56 0,02 0,2 0,57 ≤ 301
Salinidade (‰) 0,048 - 0,059 0,043 0,038 0,032 0,043 24,1 0,027 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,39 - 0,24 0,10 0,18 0,15 0,12 0,4 0,19(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 set-16 out-16 out-16 set-16 -
84
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA
neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO, além da baixa
concentração de OD. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem
provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto. Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando
baixo grau de eutrofização neste ponto do rio.
Figura 3-68 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu em Lamarão, Macaíba (PIR01)
Figura 3-69 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu em Lamarão, Macaíba (PIR01)
PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem de Areia - Parnamirim
No ponto situado no Bairro Passagem de Areia, município de Parnamirim, o Rio Pitimbu já se
encontra em meio a uma região densamente urbanizada. Nesta campanha, não houve coleta de água
neste ponto (ver Figura 3-70 e Tabela 3-9).
0
10
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70
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IQA
/IQ
Ac
PIR01 - Rio Pitimbu - Lamarão - Macaíba IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 0 SD 0 0
30
40
50
60
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80
IET
PIR01 - Rio Pitimbu - Lamarão - Macaíba
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
85
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do
IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, DBO, e baixas
concentrações de OD. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem
provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto. Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando
baixo grau de eutrofização neste ponto do rio.
Figura 3-70 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu em Passagem de Areia, Parnamirim
(PIR02)
Figura 3-71 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu em Passagem de Areia, Parnamirim
(PIR02)
PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte BR 304, em Parnamirim
O Rio Pitimbu, no ponto situado sob a ponte da BR 304, no município de Parnamirim, apresentou
IQA e IQAc “Médio” (60) (ver Figura 3-72), apresentando baixíssima concentração de OD (1,98
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nov-08 jul-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 abr-15 ago-15 abr-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIR02 - Rio Pitimbu - Passagem de Areia IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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nov-08 jul-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 abr-15 ago-15 abr-16 out-16
IET
PIR02 - Rio Pitimbu - Passagem de Areia IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
86
mg/L), e demais parâmetros dentro dos VLPs, de acordo com o padrão de qualidade para águas
doces classe 2 da Resolução CONAMA 357/2005 (ver Tabela 3-9).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e IQAc resultaram na
classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA
neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente,
concentrações elevadas de DBO e reduzidas de OD, devido provavelmente aos usos agropastoris e à
ocupação urbana que ocorrem na bacia a montante do ponto. Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (igual a 46, ver Figura 3-2), indicando ainda baixo
grau de eutrofização neste ponto do rio.
Figura 3-72 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – Ponte BR-304 (PIR03)
Figura 3-73 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu – Ponte BR-304 (PIR03)
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IQA
/IQ
Ac
PIR03 - Rio Pitimbu - Ponte BR-304 IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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nov-08 jul-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16
IET
PIR03 - Rio Pitimbu - Ponte BR-304
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
87
PIR04 – Rio Pitimbu - Ponte BR 101, em Parnamirim
O ponto PIR04 situa-se no Rio Pitimbu, nas proximidades da Ponte da BR-101, no Município de
Parnamirim. Neste ponto, o rio Pitimbu apresentou IQA e IQAc “Médio” (66 para ambos) (ver
Figura 3-74) apresentando concentração de OD abaixo do VLP, agravados principalmente pela
concentração elevada coliformes (548 NMP/100mL, abaixo do VLP). O IET resultou
Ultraoligotrófico. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram
valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).
Figura 3-74 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – BR-101 (PIR04)
Figura 3-75 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu – BR-101 (PIR04)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do
IQAc resultaram na classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do IET,
a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de
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/IQ
Ac
PIR04 - Rio Pitimbu - BR-101 IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)0 0 0 0
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80
IET
PIR04 - Rio Pitimbu - BR-101
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
88
eutrofização neste ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram
as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, às concentrações
elevadas de DBO e baixas de OD, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na
cabeceira da bacia e à intensa urbanização a montante deste ponto, a exemplo dos demais pontos do
rio Pitimbu descritos anteriormente.
PIR05 – Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da Vitória, em Parnamirim
O ponto PIR05 situa-se no Rio Pitimbu, próximo à Ponte Trampolim da Vitória, no Município de
Parnamirim. Neste ponto, o IQA e o IQAc resultaram “Bom” (74 para ambos, ver Figura 3-76),
comprometido apenas pela elevada concentração de nitrogênio total e coliformes termotolerantes
(este abaixo do VLP, Resolução CONAMA 357/2005). O IET resultou Ultraoligotrófico (ver
Tabela 3-9).
Figura 3-76 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – Ponte Trampolim da Vitória
(PIR05)
Figura 3-77 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu – Ponte Trampolim da Vitória (PIR05)
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nov-08 jul-09 mar-10 set-10 mar-11 out-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15 abr-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIR05 - Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da VitóriaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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nov-08 jul-09 mar-10 set-10 mar-11 out-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16
IET
PIR05 - Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da Vitória
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
89
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom” (IQA igual a “Ruim” em apenas uma
campanha), sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio” e
“Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização neste ponto do rio. Em
geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de
coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris
que ocorrem na cabeceira da bacia e à intensa urbanização da bacia a montante deste ponto, a
exemplo do observado nos pontos deste rio descritos anteriormente.
PIR06 – Lagoa do Jiqui
A Lagoa do Jiqui é um importante manancial de abastecimento para a cidade de Natal, abastecendo
cerca de 30% das Zonas Sul, Leste e Oeste. Nesta campanha, a qualidade da água na lagoa foi
considerada “Boa” (IQA e IQAc iguais à 81 – ver Figura 3-78), sendo que o que mais contribuiu
para reduzir o valor do IQA foram as elevadas concentrações de nitrogênio e fósforo. Nesta
campanha, o IET resultou “Mesotrófico”, sendo que a densidade de cianobactérias foi de 88.317
cel./mL (muito acima do VLP), com predominância da espécie Snowela lacustris e Aphanocapsa
delicatissima (não produtora de toxinas). As concentrações de todos os metais pesados analisados
foram menores que os limites de detecção empregados, todos abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e
do IQAc resultaram na classificação “Bom” e “Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do
IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau
de eutrofização nesta lagoa. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi
de 11.242 cél./mL, em concentrações acima do VLP da Portaria MS nº 2914/2011 para algumas
campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA na Lagoa do Jiqui
foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, altas
concentrações de DBO, baixas concentrações de OD ou baixo pH. A lagoa sofre influência da
ocupação, principalmente urbana, da bacia do rio Pitimbu, a montante, o que tem deteriorado a
qualidade da água neste manancial.
Figura 3-78 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Jiqui (PIR06)
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Ac
PIR06 - Lagoa do JiquiIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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Figura 3-79 – Histórico do IET da água na Lagoa do Jiqui (PIR06)
Figura 3-80 – Histórico de Densidade de Cianobactérias da água na Lagoa do Jiqui (PIR06)
(ND- Não detectado)
PIR07 – Rio Pirangi, Balneário de Pium, em Nísia Floresta
O ponto PIR07 está localizado no Rio Pirangi, no Balneário de Pium, Município de Nísia Floresta.
Este trecho do rio é utilizado para lavagem de roupas e lazer, encontrando-se diversos bares em suas
margens. O IQA e o IQAc nesta campanha não foram calculados devido a falta do valor de turbidez
(ver Figura 3-78), no entanto, pelos demais parâmetros, apenas DBO apresentou acima do VLP. O
IET resultou Ultraoligotrófico, com baixa concentração de clorofila ‘a’ e fósforo. Quanto a série de
metais traços na água, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação
analítico, todos abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e
do IQAc resultaram na classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. A exemplo dos demais
pontos com águas doces da bacia, em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido
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IET
PIR06 - Lagoa do Jiqui IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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1.000
10.000
100.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIR06 - Lagoa do Jiqui
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (11.242 cél./mL)
ND ND
91
provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem nas cabeceiras e à intensa urbanização dos cursos
médios e baixos dos rios da bacia hidrográfica do Rio Pirangi. Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização
neste ponto do rio.
Figura 3-81 – Histórico da qualidade da água no Rio Pirangi, no Balneário de Pium (PIR07)
Figura 3-82 – Histórico do IET da água no Rio Pirangi, no Balneário de Pium (PIR07)
PIR08 – Estuário do Rio Pirangi - Ponte velha na RN 063, em Parnamirim
O ponto PIR08 situa-se no Estuário do Rio Pirangi, sob a Ponte Velha na RN 063, na Praia de
Pirangi, Município de Parnamirim. As características da água neste ponto variam (principalmente a
salinidade) com a maré, de maneira que as águas podem ora ser doces, ora salobras ou salinas.
Nesta campanha, a salinidade foi relativamente elevada (24,13‰, águas salobra). Nesta campanha,
este ponto apresentou elevadas concentrações de sólidos totais, devido à alta salinidade, e
coliformes (abaixo do VLP). Por isso, a qualidade da água foi classificada como “Média” (IQA e
IQAc iguais à 62 – ver Figura 3-83), com os demais parâmetros atendendo ao padrão de qualidade
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/IQ
Ac
PIR07 - Rio Pirangi - Balneário PiumIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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IET
PIR07 - Rio Pirangi - Balneário Pium
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
92
para águas salinas ou salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005) (ver Tabela 3-9). Na
água, nenhum metal apresentou concentração maior que o VLP, enquanto no sedimento, a análise
de metais não foi realizada (ver Tabela 3-9 e Tabela 3-10).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e
do IQAc resultaram na classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do
IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de
eutrofização neste ponto do estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, sólidos totais
(devido à elevada salinidade em algumas campanhas).
Figura 3-83 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Pirangi (PIR08)
Figura 3-84 – Histórico do IET da água no Estuário do Rio Pirangi (PIR08)
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PIR08 - Estuário Rio Pirangi IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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IET
PIR08 – Estuário do Rio Pirangi IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
93
Tabela 3-10–Concentrações demetais pesados no sedimento do estuário do Rio Pirangi (PIR08)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.
PIR09 – Rio Pirangi, Lagoa de Pium (Lagoa Azul), em Nísia Floresta
O ponto PIR09 está localizado no Rio Pium, bacia do Rio Pirangi, Município de Nísia Floresta,
conhecido como Lagoa de Pium ou Lagoa Azul. O IQA e o IQAc nesta campanha resultaram
“Bom” (ambos iguais a 85, ver Figura 3-78), apresentando apenas elevada concentração de
nitrogênio e fósforo. O IET resultou Mesotrófico, devido a concentração de fósforo elevada, e com
baixa concentração de clorofila ‘a’. Os demais parâmetros resultaram abaixo de seus respectivos
VLPs (ver Tabela 3-9).
Figura 3-85 – Histórico da qualidade da água na Lagoa de Pium (Lagoa Azul) (PIR09)
Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se
iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto apresentou boa qualidade,
concentrações elevadas de DBO podem sugerir o lançamento de esgotos ao redor da lagoa, o que
podem comprometer à longo prazo a qualidade da mesma. A exemplo dos demais pontos com águas
doces da bacia, em geral, o que mais reduziu os valores do IQA ao longo da bacia foram as elevadas
concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos
usos agropastoris que ocorrem nas cabeceiras ou à intensa urbanização dos cursos médios e baixos
dos rios da bacia hidrográfica do Rio Pirangi. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização nesta lagoa.
PARÂMETRO
PIR08 - Estuário Rio
Pirangi - Ponte velha
RN-063
VLP*
Cobre Total (mg/Kg) - 34,0
Chumbo Total (mg/Kg) - 46,7
Cromo Total (mg/Kg) - 81,0
Cádmio Total (mg/Kg) - 1,2
Zinco Total (mg/Kg) - 150,0
Níquel Total (mg/Kg) - 20,9
Arsênio Total (mg/Kg) - 8,0
Mercúrio Total (mg/Kg) - 0,15
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ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIR09 - Lagoa Azul IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD
94
Figura 3-86 – Histórico do IET da água na Lagoa de Pium (Lagoa Azul), no Balneário de Pium
(PIR09)
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Pirangi. Pela figura, é possível observar que os
pontos monitorados apresentam qualidade entre Média e Boa (embora nos pontos PIR02 e PIR07
não foi possível calcular tais indices) e estados tróficos variando entre Ultraoligotrófico à
Mesotrófico para todos os pontos. Desta forma, pode-se afirmar que a maioria dos pontos da bacia
encontram-se com qualidade em declínio, provavelmente, devido aos usos agropastoris nas
cabeceiras e intensa urbanização dos cursos médios e baixos dos rios da bacia hidrográfica do Rio
Pirangi, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
Figura 3-87 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Pirangi
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ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16
IET
PIR09 - Lagoa Azul IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
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PIR01 PIR02 PIR03 PIR04 PIR05 PIR06 PIR07 PIR08 PIR09
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO RIO PIRANGI IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
Hipereutrófico
SupereutróficoEutrófico
Mesotrófico
Oligotrófico
Ultraoligotrófico
SD SD SD SD SD
95
3.1.8. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso
A Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso (FLLED) ocupa uma área de 649,4 km2, o que
representa cerca de 1,2% do território estadual, sendo constituída por 8 (oito) sub-bacias
independentes, nas quais não existem açudes cadastrados. Na Figura 3-88 apresenta-se o mapa
esquemático da FLLED, com indicação do ponto de monitoramento na Lagoa do Bonfim (FLL01).
Na Tabela 3-11 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos,
assim como o IQA, IT, IQAc e IET na Lagoa do Bonfim.
Figura 3-88 – Mapa esquemático da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso (Fonte: IGARN,
2009)
FLL01 – Lagoa do Bonfim
O ponto FLL01 situa-se na Lagoa do Bonfim, junto à captação da Adutora Monsenhor Expedito,
operada pela CAERN. Nesta campanha, o IQA e o IQAc resultaram em qualidade “Ruim” (igual a
79 para ambos, ver Figura 3-89) apresentando a concentração de coliformes relativamente elevada,
fósforo e nitrogênio elevados (acima do VLP), e demais parâmetros dentro dos VLPs. A
concentração de metais traços na água apresentou valores abaixo do VLP para todos os metais
analisados (ver Tabela 3-11). O IET calculado resultou na categoria “Oligotrófico”. A densidade de
cianobactérias neste ponto foi de 74.067 cél./mL (acima de ambos os VLPs, ver Tabela 3-11), com
predominância das espécies Leptolyngbya sp., Aphanocapsa holsativa, Planktolyngbya minor e
Aphanocapsa elachista, todas não produtoras de toxinas.
96
Tabela 3-11-Qualidade da água na Lagoa do Bonfim (FLL01), situada na Faixa Litorânea Leste de
Escoamento Difuso
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.
1Águas doces,
2Águas
salobras, 3Águas salinas;
+ ambientes lênticos;
++ ambientes Intermediários;
+++ ambientes Lóticos.
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, os valores
médios do IQA e do IQAc neste ponto sempre resultaram com a classificação “Boa”, o que atesta,
ainda, a boa qualidade da água da Lagoa do Bonfim. Apesar disso, eventualmente já foi observado
concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO nas águas da lagoa,
além de densidades de cianobactérias relativamente elevadas em algumas campanhas, que são
indícios do processo de poluição da lagoa, decorrente principalmente da ocupação desordenada de
sua bacia, o que pode comprometer a qualidade da água da lagoa no futuro e demanda ações do
Poder Público para proteção deste manancial. Nesta campanha, embora a concentração de matéria
orgânica e outros parâmetros químicos tenha se apresentado baixa, a baixíssima concentração de
PARÂMETROFLL01 - Lagoa do
BonfimVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 28,2 -
pH 8,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 7,4 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 2,6 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)158 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 1,10 -
Fósforo Total (mg P/L) 0,28≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 65,2 -
Turbidez (UNT) 3,0 ≤ 1001
IQA 79 -
Qualidade Bom -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 -
IQAc 79 -
Qualidade Bom -
IET 52 -
Categoria Oligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) 74.067 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,09 ≤ 301
Salinidade (‰) 0,061 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,23(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 -
97
OD foi responsável pelo baixo IQA/IQAc, já que este parâmetro representa um elevado peso no
cálculo desses índices. Mesmo assim, houve significativa melhora em relação a qualidade da água
desta campanha comparado a campanhas anteriores, embora haja atividades agropastoris e crescente
urbanização que ocorrem nos arredores na lagoa, o que pode ser agravada em períodos de estiagem.
Figura 3-89 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Bonfim (FLL01)
Figura 3-90 – Histórico do IET da água na Lagoa do Bonfim (FLL01)
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2),
indicando baixo grau de eutrofização nesta lagoa. A densidade média de cianobactérias entre os
anos de 2008 e 2015 foi de 12.536 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya minor,
em concentrações acima do VLP da Portaria MS nº 2914/2011 para algumas campanhas, incluindo
esta (ver Figura 3-2).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
IQA
/IQ
Ac
FLL01 - Lagoa do Bonfim IQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD
30
40
50
60
70
80
IET
FLL01 - Lagoa do Bonfim IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
98
Figura 3-91 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Lagoa do Bonfim (FLL01)
(SD – sem dado)
3.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Trairi
A bacia hidrográfica do Trairi ocupa uma área de 2.867,4 km2, correspondendo a cerca de 5,4% do
território estadual. Na bacia estão cadastrados 63 açudes, totalizando um volume de acumulação de
92.567.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,8% e 2,1% dos totais de açudes e
volumes acumulados do Estado. Foram selecionadas 4 estações de monitoramento na bacia: TRA01
– Açude Inharé, em Santa Cruz; TRA02 – Açude Santa Cruz; TRA03 – Açude Trairi, em Tangará;
e TRA04 – Rio Trairi, em Monte Alegre. Os principais açudes da bacia são o Trairi e o Inharé, que
foram selecionados para monitoramento trimestral de cianobactérias. Na Figura 3-92 apresenta-se o
mapa esquemático desta bacia, contendo os principais corpos d´água e os pontos selecionados para
monitoramento. Na Tabela 3-12 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e
microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.
Por se tratar de três pontos situados em reservatórios e um em rio, ainda que eventualmente
apresentem águas salobras, os resultados apresentados nesta bacia são comparados com os valores
limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA
357/2005. Nesta 4ª campanha semestral, apenas o ponto TRA01 foi devidamente monitorado, os
demais pontos, não foram monitorados pois não havia água nos açudes e no trecho do rio Trairi para
a coleta de água.
100
1.000
10.000
100.000D
en
s. c
ian
ob
acté
rias
(cé
l./m
L)
FLL01 - Lagoa do Bonfim
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (12.536 cél./mL)
SD
99
Figura 3-92 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Trairi (Fonte: IGARN, 2009)
TRA01 – Açude Inharé – Santa Cruz
O ponto TRA01 refere-se ao açude Inharé, localizado no Município de Santa Cruz. Nesta campanha
a água deste açude apresentou-se salobra (salinidade = 28,523‰). O IQA e o IQAc resultaram em
qualidade “Ruim” (ambos 48, ver Figura 3-93), devido a elevada concentração de DBO, nitrogênio,
turbidez, (todos acima dos VLPs) e sólidos totais. A análise de metais traços detectou concentrações
abaixo do limite de detecção. Além disso, a densidade de cianobactérias foi baixa (8.064 cél./mL,
valor mais baixo entre todas as campanhas já realizadas para este ponto), inferior aos VLPs da
Resolução CONAMA357/2005 e da Portaria 2914/2011, o que implica na necessidade de
monitoramento do manancial e dos sistemas de abastecimento que dele se utilizem. O IET resultou
“Oligotrófico”, com dominância dos gêneros Planktolyngbya minor e Aphanocapsa delicatissima
(não produtoras de cianotoxinas), e baixa concentração de clorofila ‘a’ (0,61 µg/L, muito abaixo do
VLP, ver Tabela 3-12).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, este
reservatório apresentou águas salobras em todas as campanhas nele realizadas. O IQA e o IQAc
oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios desses índices resultaram na
classificação “Médio”, agravados principalmente pelas concentrações elevadas de coliformes
termotolerantes, DBO e sólidos totais (estes, parcialmente devidos à salinidade).
100
Tabela 3-12- Qualidade da água na Bacia do Rio Trairi
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +
ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
Figura 3-93 – Histórico da qualidade da água no Açude Inharé – Santa Cruz (TRA01)
PARÂMETROTRA01 - Açude
Inharé - Santa Cruz
TRA02 - Açude
Santa Cruz
TRA03 - Açude
Trairi - Tangará
TRA04 - Rio Trairi
- Monte AlegreVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 26,0 - - - -
pH 8,8 - - - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 5,1 - - - ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 11,2 - - - ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)64 - - - < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 3,10 - - - -
Fósforo Total (mg P/L) < LD - - -≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)
1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 32.134,0 - - - -
Turbidez (UNT) 482,5 - - - ≤ 1001
IQA 48 - - - -
Qualidade Ruim - - - -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD - - - ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 - - - -
IQAc 48 - - - -
Qualidade Ruim - - - -
IET 48 - - - -
Categoria Oligotrófico - - - -
Cianobactérias (cél./mL) 8.064 - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,61 - - - ≤ 301
Salinidade (‰) 28,523 - - - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 2,41 - - -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 -
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
TRA01 – Açude Inharé - Santa Cruz IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD
101
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2),
indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os
anos de 2008 e 2016 foi de 807.763 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya
minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações
muito acima dos VLPs da Portaria MS nº 2914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 para várias
campanhas até agora realizadas (ver Figura 3-2). Estes resultados mostram que a qualidade da água
neste açude encontra-se comprometida, o que demanda ações urgentes do Poder Público.
Figura 3-94 – Histórico do IET da água no Açude Inharé – Santa Cruz (TRA01)
Figura 3-95 – Histórico da Densidade de Cianobactérias no Açude Inharé – Santa Cruz (TRA01)
TRA02 – Açude Santa Cruz
O Açude Santa Cruz localiza-se no município de Santa Cruz - RN, barrando o rio Trairi. Possui
uma bacia hidrográfica de 300 km² e capacidade pouco superior a 5.000.000 m3. Nesta campanha,
não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água no açude (ver Figura 3-96 e Tabela
3-12).
30
40
50
60
70
80
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IET
TRA01 – Açude Inharé - Santa Cruz IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
5.000
50.000
500.000
5.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
TRA01 - Açude Inharé - Santa Cruz
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (807.763 cél./mL)
102
Figura 3-96 – Histórico da qualidade da água no Açude Santa Cruz (TRA02)
Figura 3-97 – Histórico do IET da água no Açude Santa Cruz (TRA02)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido
provavelmente aos usos agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia do açude. Quanto ao histórico
do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de
eutrofização neste açude, embora haja uma clara tendência de declínio da qualidade, através do
aumento dos valores de IET nas últimas campanhas.
TRA03 – Açude Trairi - Tangará
O Açude Trairi localiza-se no Município de Tangará/RN. Nesta campanha, não houve coleta para o
monitoramento, pois não havia água no açude (Figura 3-98 e Tabela 3-12).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12ago-14mar-15ago-15 mai-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
TRA02 – Açude Santa Cruz IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
30
40
50
60
70
80
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IET
TRA02 – Açude Santa Cruz IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
103
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do
IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos
totais, decorrentes dos usos agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia a montante do açude.
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2),
indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os
anos de 2008 e 2016 foi de 288.700 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya
minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações
muito acima dos VLPs da Portaria MS nº 2914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 para
diversas as campanhas até agora realizadas (ver Figura 3-2). Estes resultados mostram que a
qualidade da água neste açude encontra-se comprometida, o que demanda ações urgentes do Poder
Público.
Figura 3-98 – Histórico da qualidade da água no Açude Trairi, em Tangará (TRA03)
Figura 3-99 – Histórico do IET da água no Açude Trairi, em Tangará (TRA03)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
TRA03 – Açude Trairi - Tangará IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
30
40
50
60
70
80
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16
IET
TRA03 – Açude Trairi - Tangará
IET
Média IETHipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
104
Figura 3-100 – Histórico da Densidade de Cianobactérias no Açude Trairi, em Tangará (TRA03)
(SD-Sem dado; ND-Não detectado)
TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre
O ponto TRA04 localiza-se no Rio Trairi, a jusante de Monte Alegre. Este ponto apresenta
salinidade elevada, apresentando águas geralmente salobras. Nesta campanha, não houve coleta
para o monitoramento, pois não havia água neste trecho do rio Trairi (Figura 3-98 e Tabela 3-12).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do
IQAc resultaram na classificação “Médio”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste rio. Em geral,
o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes
termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido provavelmente às contribuições decorrentes de usos
agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia a montante deste ponto, e à elevada salinidade, que
resulta geralmente em concentrações elevadas de sólidos totais.
Figura 3-101 – Histórico da qualidade da água no Rio Trairi – Monte Alegre (TRA04)
100
1.000
10.000
100.000
1.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
TRA03 - Açude Trairi - Tangará
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (288.700 cél./mL)
SD SD SD SD SD ND SD SD
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
nov-08 jul-09 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD
105
Figura 3-102 – Histórico do IET da água no Rio Trairi – Monte Alegre (TRA04)
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET do único ponto analisado da bacia do Rio Trairi. Pela figura, é possível observar que
o IQA e o IQAc do ponto TRA01 apresentou qualidade Ruim, e estado trófico classificado como
Oligotrófico. Nos demais pontos, não houve monitoramento por não haver água. Desta forma, pode-
se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, principalmente
tendo como base as análises anteriores, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos
urbanos ao longo da bacia do Rio Trairi, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
Figura 3-103 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Trairi
30
40
50
60
70
80
nov-08 jul-09 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16
IET
TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
TRA01 TRA02 TRA03 TRA04
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO RIO TRAIRI IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
HipereutróficoSupereutrófico
EutróficoMesotrófico
Oligotrófico
Ultraoligotrófico
SD SD SD SD SD SD SD SD SD
106
3.1.10. Bacia Hidrográfica do Rio Jacu
A bacia hidrográfica do rio Jacu ocupa uma área de 1.805,5 km2, correspondendo a cerca de 3,4%
do território estadual. Na bacia foram cadastrados 44 açudes, totalizando um volume de acumulação
de 51.127.500 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,0% e 1,1% dos totais de açudes e
volumes acumulados do Estado. O principal açude da bacia é o Japi II, localizado no município de
São José do Campestre, com uma capacidade de acumulação de 20,6 milhões de m3. Na Figura
3-104 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de monitoramento.
Na Tabela 3-13 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos,
assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Nesta 5ª campanha semestral, apenas os pontos JAC03 e
JAC04 foi devidamente monitorados, os demais pontos, não foram monitorados pois não havia água
para a coleta.
Figura 3-104 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Jacu (Fonte: IGARN, 2009)
JAC01 – Açude Japi II
O ponto JAC01 situa-se no Açude Japi II, localizado no Município de São José do Campestre.
Nesta campanha, não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água neste açude (ver
Figura 3-105 e Tabela 3-13).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2015, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste açude.
107
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de
coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris
que ocorrem na bacia a montante do açude, além da elevada salinidade, que contribui para o
aumento da concentração de sólidos totais.
Tabela 3-13- Qualidade da água na Bacia do Rio Jacu
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +
ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
Figura 3-105 – Histórico da qualidade da água no Açude Japi II – São José de Campestre (JAC01)
PARÂMETROJAC01 - Açude Japi
II - S .J. Campestre
JAC02 – Rio Jacu -
Sítio Choar -
Espírito Santo
JAC03 - Lagoa das
Guaraíras
JAC04 - Lagoa das
GuaraírasVLP
*
Temperatura da amostra (oC) - - 31,0 31,0 -
pH - - 6,6 6,6 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - - 7,2 7,2 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - - 0,4 1,9 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- - 45 1.986 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - - 17,00 < LD -
Fósforo Total (mg P/L) - - < LD < LD≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - - 40.002,8 41.323,6 -
Turbidez (UNT) - - 3,1 3,0 ≤ 1001
IQA - - 71 66 -
Qualidade - - Bom Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) - - 1 1 -
IQAc - - 71 66 -
Qualidade - - Bom Médio -
IET - - 43 48 -
Categoria - - Ultraoligotrófico Oligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - < LD 1,2 ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - < 10,00 < 10,00 Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - - 0,21 0,44 ≤ 301
Salinidade (‰) - - 31,633 32,705 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,11 0,20(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 -
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nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14 mar-15ago-15 mai-16out-16
IQA
/IQ
Ac
JAC01 - Açude Japi II - S.J. CampestreIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
108
Figura 3-106 – Histórico do IET da água no Açude Japi II – São José de Campestre (JAC01)
JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar – Espírito Santo
O ponto JAC02 situa-se no rio Jacu, na localidade Sítio Choar, sob uma ponte na rodovia RN 003,
em Espírito Santo. Nesta campanha, não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água
neste trecho de rio (ver Figura 3-105 e Tabela 3-13).
Figura 3-107 – Histórico da qualidade da água no Rio Jacu – Espírito Santo (JAC02)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, este ponto
apresentou elevada salinidade, com águas salobras em várias as campanhas. O IQA neste ponto
oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando alto grau de eutrofização neste ponto do rio. Em geral, o
que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos
(decorrentes da salinidade), coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido
30
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nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IET
JAC01 - Açude Japi II - S.J. Campestre IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
0
10
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40
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70
80
90
100
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar - Espírito SantoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
109
provavelmente à carga de resíduos agropastoris e urbanos (esterco, esgoto etc.) lançados no rio a
montante deste ponto.
Figura 3-108 – Histórico do IET da água no Rio Jacu – Espírito Santo (JAC02)
JAC03 – Lagoa das Guaraíras
O ponto JAC03 situa-se na Lagoa das Guaraíras, no município de Arês-RN. A Lagoa das Guaraíras
na verdade é uma laguna, pois suas águas se comunicam com o mar através de um canal, de modo
que sofre influência da maré e tem águas geralmente salinas. Por isso, os resultados apresentados
neste ponto são comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das
águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A salinidade medida nesta campanha foi
de 31,63‰, que implicou em elevada concentração de sólidos totais. O IQA e o IQAc resultaram na
classificação “Boa” (iguais a 71, ver Figura 3-109). Percebe-se que o que mais prejudivou o índice
foi a elevada concentração sólidos totais, devido à salinidade, e nitrogênio total. O IET resultou
“Ultraoligotrófico” (ver Tabela 3-13). Quanto a análise de metais na água e no sedimento, todos os
metais apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método.
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização na lagoa. Em
geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos
(devido à salinidade) e, eventualmente, de coliformes termotolerantes, decorrentes dos usos
(agricultura, pecuária, áreas urbanas, etc.) que ocorrem ao longo da bacia hidrográfica.
30
40
50
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70
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nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16
IET
JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar - Espírito SantoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
110
Figura 3-109 – Histórico da qualidade da água na Lagoa das Guaraíras (JAC03)
Figura 3-110 – Histórico do IET da água na Lagoa das Guaraíras (JAC03)
JAC04 – Lagoa das Guaraíras
O ponto denominado JAC04 também está localizado na Lagoa (laguna) das Guaraíras, porém em
outra extremidade. Os resultados obtidos neste ponto foram semelhantes aos do ponto JAC03. A
salinidade medida nesta campanha foi de 30,560‰, que implicou em elevada concentração de
sólidos totais. O IQA, no entanto, resultou em “Bom” (igual a 74, ver Figura 3-111), prejudicado
principalmente pelas concentrações elevadas de coliformes (acima do VLP) e sólidos totais. O IET
resultou “Oligotrófico”. Quanto a presença de metais na água e no sedimento, ambos apresentaram
valores abaixo do limite de detecção do método.
0
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70
80
90
100IQ
A/I
QA
cJAC03 - Lagoa das Guaraíras IQA
IQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD 0
30
40
50
60
70
80
IET
JAC03 - Lagoa das GuaraírasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
111
Figura 3-111 – Histórico da qualidade da água na Lagoa das Guaraíras (JAC04)
Figura 3-112 – Histórico do IET da água na Lagoa das Guaraíras (JAC04)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o
IQAc neste ponto também oscilaram entre “Médio” e “Bom” (como no JAC03). Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando
baixo grau de eutrofização na lagoa. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram as elevadas concentrações de sólidos e, eventualmente, de coliformes termotolerantes e DBO,
pelos mesmos motivos enumerados na descrição do ponto JAC03.
Para ambos os pontos, JAC03 e JAC04, no sedimento, nenhum metal apresentou concentração
maior que o VLP da Resolução CONAMA 344/2004 (Tabela 3-10).
0
10
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30
40
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70
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IQA
/IQ
Ac
JAC04 - Lagoa das GuaraírasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD 0
30
40
50
60
70
80
IET
JAC04 – Lagoa das Guaraíras IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
112
Tabela 3-14–Concentrações de metais pesados no sedimento na Lagoa das Guaraíras
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Jacu. Pela figura, é possível observar que os
pontos monitorados apresentam qualidade em termos do IQA classificados como “Boa” (JAC03) e
“Média” (JAC04) e estados tróficos classificados como ultraoligotrófico e oligotrófico,
respectivamente. Desta forma, pode-se afirmar que os pontos da bacia do rio Jacu encontram-se
com qualidade um pouco comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos
urbanos ao longo da bacia, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
Figura 3-113 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Jacu
PARÂMETROJAC03 - Lagoa das
Guaraíras
JAC04 - Lagoa das
GuaraírasVLP*
Cobre Total (mg/Kg) < LD < LD 34,0
Chumbo Total (mg/Kg) < LD < LD 46,7
Cromo Total (mg/Kg) 18,158 9,97 81,0
Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD 1,2
Zinco Total (mg/Kg) 16,669 8,934 150,0
Níquel Total (mg/Kg) < LD < LD 20,9
Arsênio Total (mg/Kg) < LD < LD 8,0
Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD 0,15
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
JAC01 JAC02 JAC03 JAC04
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO RIO JACUIQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
HipereutróficoSupereutrófico
EutróficoMesotróficoOligotróficoUltraoligotrófico
SD SD SD SD SD SD
113
3.1.11. Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú
A bacia hidrográfica do Rio Curimataú ocupa uma área de 830,5 km2, correspondendo a cerca de
1,6% do território estadual. Na bacia estão cadastrados 25 açudes, totalizando um volume de
acumulação de 3.918.400 m3 de água, correspondente, respectivamente, a 1,1% e 0,1% dos totais de
açudes e volumes acumulados do Estado. A rede hidrográfica é composta principalmente pelos rios
Parari, Espinho, Pequiri, Outeiro e Curimataú. Nesta bacia, não há nenhum açude com capacidade
igual ou superior a 10 milhões de m3. Na Figura 3-114 apresenta-se o mapa esquemático desta
bacia, com a indicação dos pontos selecionados para monitoramento: CUR01 – jusante de Nova
Cruz-RN; CUR02 – jusante de Pedro Velho-RN; CUR03 – Estuário de Barra de Cunhaú-RN;
PIQ01 – Captação da CAERN em Pedro Velho-RN. Destes, somente o ponto CUR03 é monitorado
trimestralmente, com exame da densidade de cianobactérias. Na Tabela 3-15 apresentam-se os
resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.
Na Tabela 3-16 apresentam-se os resultados das concentrações de metais pesados no sedimento do
estuário de Barra de Cunhaú, em Canguaretama (CUR03).
Nesta campanha, para o ponto CUR03, as análises da densidade de cianobactérias não foi fornecida
pelo laboratório responsável pelas análises do programa. Ainda, os pontos CUR01 e CUR02 não
foram monitorados, pois não havia água para coleta nesses pontos, enquanto para o ponto CUR04,
não foi possível calcular o IQA e o IQAc devido a falta de um parâmetro, turbidez.
Figura 3-114 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Curimataú (Fonte: IGARN, 2009)
114
Tabela 3-15 - Qualidade da água na Bacia do Rio Curimataú
*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +
ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
CUR01 – Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz-RN
O ponto CUR01 está localizado no rio Curimataú, a jusante da cidade de Nova Cruz. Nesta
campanha, não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água neste trecho de rio (ver
Tabela 3-15).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na
classificação “Médio” (ver Figura 3-115). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização no rio. Em geral, o
que mais reduziu os valores desses índices neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos
totais, decorrentes da salinidade. Além disso, eventualmente, as concentrações de coliformes
termotolerantes e DBO também foram elevadas, devido provavelmente aos usos agropastoris e ao
lançamento de despejos na cidade de Nova Cruz (p.ex., esgotos), que ocorrem a montante deste
ponto.
PARÂMETRO
CUR01 - Rio
Curimataú -
Jusante de Nova
Cruz
CUR02 - Rio
Curimataú -
Jusante de Pedro
Velho
CUR03 - Barra de
Cunhaú -
Canguaretama
CUR04 - Rio
Piquiri - Captação
CAERN Pedro
Velho (PIQ01)
VLP*
Temperatura da amostra (oC) - - 27,4 24,0 -
pH - - 7,9 8,2 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - - 5,8 8,0 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - - 1,7 0,7 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- - 159 133 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - - < LD < LD -
Fósforo Total (mg P/L) - - < LD < LD≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - - 40.055,6 115,6 -
Turbidez (UNT) - - 222,0 - ≤ 1001
IQA - - 58 * -
Qualidade - - Médio * -
Cobre dissolvido (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) - - 1 1 -
IQAc - - 58 * -
Qualidade - - Médio * -
IET - - 45 49 -
Categoria - - Ultraoligotrófico Oligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - < LD - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - < 10,00 - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - - 0,36 0,02 ≤ 301
Salinidade (‰) - - 27,076 0,027 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,04 0,05(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 -
115
Figura 3-115 – Histórico da qualidade da água no Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01)
(SD: Sem dado)
Figura 3-116 – Histórico do IET da água no Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01)
CUR02 – Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho- RN
O ponto CUR02 localiza-se no rio Curimataú, a jusante da cidade de Pedro Velho. Nesta campanha,
não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água neste trecho de rio (ver Tabela 3-15).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram
na classificação “Médio” (ver Figura 3-115). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização no rio. Em
geral, o que mais reduziu os valores do IQA e do IQAc neste ponto foram as elevadas
concentrações de sólidos totais (devido à elevada salinidade das águas, geralmente salobras),
0
10
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100
IQA
/IQ
Ac
CUR01 - Rio Curimataú - Jusante de Nova CruzIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
30
40
50
60
70
80
IET
CUR01 - Rio Curimataú - Jusante de Nova Cruz
IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD
116
coliformes termotolerantes e, eventualmente, de nitrogênio e fósforo, devido principalmente aos
usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto, além dos dejetos lançados na área
urbana e periurbana de Pedro Velho.
Figura 3-117 – Histórico da qualidade da água no Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho
(CUR02) (SD: Sem dado)
Figura 3-118 – Histórico do IET da água no Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho (CUR02)
(SD: Sem dado)
CUR03 – Estuário do Rio Curimataú, em Barra de Cunhaú
O ponto CUR03 situa-se no estuário do Rio Curimataú, em Barra de Cunhaú, no Município de
Canguaretama. Por se tratar de um estuário, este ponto apresenta elevada salinidade, com águas
salobras a salinas, como nesta campanha (salinidade = 27,08‰), o que resultou em elevada
concentração de sólidos totais (40.055 mg/L) e turbidez (acima do VLP). Assim, o IQA e o IQAc
0
10
20
30
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70
80
90
100
IQA
/IQ
Ac
CUR02 - Rio Curimataú - Jusante de Pedro VelhoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
30
40
50
60
70
80
IET
CUR02 - Rio Curimataú - Jusante de Pedro VelhoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD
117
resultaram em qualidade “Média” (igual à 58). O IET resultou Ultraoligotrófico, com baixa
concentração de clorofila ‘a’ e fósforo (ver Tabela 3-15). As concentrações de metais pesados na
água e no sedimento do estuário de Barra de Cunhaú foram inferiores aos VLPs para todos os
metais analisados (ver Tabela 3-16).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Bom” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA resultaram na
classificação “Médio”, enquanto a média do IQAc resultou “Muito Ruim” (ver Figura 3-115).
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2),
indicando médio grau de eutrofização no estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA
e do IQAc neste ponto foram as concentrações de sólidos totais (devido à salinidade), coliformes
termotolerantes e, eventualmente, de nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos diversos usos
agropastoris – incluindo a carcinicultura no próprio estuário – e urbanos observados na bacia, que
resultaram em baixas concentrações de OD em algumas campanhas (o que não ocorreu nesta).
Figura 3-119 – Histórico da qualidade da água no Estuário de Barra de Cunhaú (CUR03)
(SD: Sem dado)
Figura 3-120 – Histórico do IET da água no Estuário de Barra de Cunhaú (CUR03)
(SD: Sem dado)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
IQA
/IQ
Ac
CUR03 - Estuário de Barra de CunhaúIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SD SD SD SD SD SD 0
30
40
50
60
70
80
IET
CUR03 – Estuário de Barra de Cunhaú IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
118
Tabela 3-16–Concentrações de metais pesados nosedimento do estuário de Barra de Cunhaú
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.
CUR04– Rio Piquiri - captação da CAERN em Pedro Velho
O ponto CUR04 localiza-se no rio Piquiri, junto à captação de água da CAERN, no município de
Pedro Velho. Nesta campanha, não possível calcular o IQA e o IQAc por falta de um parâmetro
(turbidez, ver Figura 3-115 e Tabela 3-15). No entanto, pelos demais parâmetros, é possível
observar que a água deste trecho de rio apresenta boa qualidade nesta campanha, pois nenhum
parâmetro apresentou valores acima do VLP. O IET resultou oligotrófico.
Figura 3-121 – Histórico da qualidade da água no Rio Piquiri, em Pedro Velho (CUR04)
(SD: Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Bom” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram
na classificação “Médio”e “Bom”, respectivamente (ver Figura 3-115). Quanto ao histórico do IET,
a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de
eutrofização no rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA e do IQAc neste ponto foram
as concentrações coliformes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos diversos usos
agropastoris.
PARÂMETRO
CUR03 - Barra de
Cunhaú -
Canguaretama
VLP*
Cobre Total (mg/Kg) < LD 34,0
Chumbo Total (mg/Kg) < LD 46,7
Cromo Total (mg/Kg) < LD 81,0
Cádmio Total (mg/Kg) < LD 1,2
Zinco Total (mg/Kg) < LD 150,0
Níquel Total (mg/Kg) < LD 20,9
Arsênio Total (mg/Kg) < LD 8,0
Mercúrio Total (mg/Kg) < LD 0,15
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
CUR04 - Rio Piquiri - Pedro Velho - captação CAERNIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
119
Figura 3-122 – Histórico do IET da água no Rio Piquiri, em Pedro Velho (CUR04)
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Curimataú. Pela figura, é possível observar que
apenas o ponto CUR03 foi monitorado, enquanto que o CUR04 foi parcialmente monitorado,
obtendo qualidade Média, segundo o IQA e IQAc. Desta forma, pode-se afirmar, com base nas
campanhas anteriores, que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida,
provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Curimataú,
o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
Figura 3-123 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Curimataú
30
40
50
60
70
80IE
T
CUR04 - Rio Piquiri - Captação CAERN Pedro Velho (PIQ01)
IET
Média IETHipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
CUR01 CUR02 CUR03 CUR04
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO RIO CURIMATAÚ IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
HipereutróficoSupereutrófico
EutróficoMesotróficoOligotróficoUltraoligotrófico
SD SD SD SD SD SD SD SD
120
3.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FLNED
Os resultados referentes à Bacia do Rio Piranhas-Açu e à Faixa Litorânea Norte de Escoamento
Difuso (FLNED) são apresentados a seguir por tipo de curso d’água (reservatórios, rios e estuários),
no intuito de facilitar a comparação e a avaliação geral da qualidade da água nos diferentes corpos
hídricos. Assim, neste item são apresentados os resultados referentes à qualidade de água de 36
pontos amostrais da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu, sendo 20 reservatórios (PIA01- Açude
Mulungu; PIA02- Açude Esguicho; PIA03- Açude Rio da Pedra; PIA04- Açude Caldeirão de
Parelhas; PIA05- Açude Carnaúba; PIA06-Açude Cruzeta; PIA07-Açude Gargalheiras; PIA09-
Açude Dourado; PIA10- Açude Zangalheiras; PIA13- Açude Mendubim; PIA14-Açude Beldroega;
PIA15- Açude Novo Angicos; PIA16-Açude Pataxós; PIA20-Açude Santo Antônio; PIA21-Açude
Itans; PIA23-Açude Boqueirão de Parelhas; PIA25-Açude Passagem das Traíras; PIA 26- Açude
Boqueirão de Angicos; PIA30 –Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá; e PIA31 –
Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael), 12 rios (PIA11- Rio Seridó, em Jardim do
Seridó; PIA12- Rio Espinharas; PIA22- Rio Seridó, em Caicó; PIA24- Rio Seridó, em São
Fernando; PIA29- Rio Piranhas-Açu, em Pendências, PIA32- Rio Piranhas-Açu, Jucurutu; PIA33-
Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas; PIA34- Rio Piranhas-Açu, Divisa RN-PB; PIA35- Rio
Piranhas-Açu, DIBA, Alto do Rodrigues; PIA36- Rio Piranhas-Açu, Acauã;e 4 estuários (PIA17-
Rio Piranhas-Açu, em Macau; PIA18- Rio dos Cavalos, em Pendências; PIA28-Rio das Conchas,
em Porto do Mangue; e FLNED- Rio Camurupim, em Guamaré).
Os resultados apresentados foram comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs da
Resolução CONAMA 357/2005, para águas doces, classe 2, nos pontos situados em reservatórios e
trechos de rios, e para águas salobras e salinas, classe 1, nos pontos estuarinos. Os resultados das
análises de sedimento de fundo foram comparados com os valores limite da Tabela III do anexo da
Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível 1. Com relação aos resultados de
metais pesados quantificados nas amostras de água, os resultados foram avaliados quanto ao Índice
de Toxicidade – IT e ao Índice de Qualidade de Água Combinado – IQAc, seguindo os limites de
detecção – LD para todos os metais analisados pelo equipamento no NUPPRAR/UFRN apresentou-
se inferior aos VLPs definidos pela Resolução CONAMA n° 357/2005.
3.2.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu
Na
Tabela 3-17 são apresentados os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos
índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos reservatórios da bacia hidrográfica do Rio
Piranhas-Açu/RN. Como os reservatórios situados no semi-árido sofrem intensa influência das
chuvas e frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os
resultados referentes às amostragens em reservatórios são comparados com os Valores Limites
Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que
eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.
Nesta 5ª campanha semestral completa, quase todos os dados dos pontos de reservatório foram
completamente coletados e analisados, de maneira que, foi possível dar suporte a completa
caracterização de cada corpo d’água, exceto PIA01 – Açude Mulungu, PIA02 – Açude Esguicho,
PIA05 – Açude Carnaúba e PIA10 – Açude Zangalheira.
121
PIA01 – Açude Mulungu
O ponto PIA01 situa-se no Açude Público Mulungu, localizado no município de Currais Novos.
Nesta campanha, não houve coleta de água neste reservatório (ver
Tabela 3-17, Figura 3-124 e Figura 3-124).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou
em Mesotrófico (ver, indicando médio grau de eutrofização no açude. Em geral, o que mais reduziu
os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos totais – decorrentes da
salinidade da água, coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido provavelmente aos
usos agropastoris que ocorrem na bacia, a montante do açude.
Figura 3-124 – Histórico da qualidade da água no Açude Mulungu (PIA01) (SD-Sem dado)
Figura 3-125 – Histórico do IET da água no Açude Mulungu (PIA01)(SD-Sem dado)
0
10
20
30
40
50
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70
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90
100
out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA01 - Açude MulunguIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0 SD 0 0 0 0 0 SD 0 SD SD 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
20
30
40
50
60
70
80
out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA01 - Açude MulunguIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
122
Tabela 3-17-Qualidade da água nos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++
ambientes Lóticos.
PARÂMETRO
PIA01 - Açude
Mulungu - Currais
Novos
PIA02 - Açude
Esguicho
PIA03 - Açude
Rio da Pedra
PIA04 - Açude
Caldeirão
Parelhas
PIA05 - Açude
Carnaúba
PIA06 - Açude
Cruzeta
PIA07 - Açude
Gargalheiras
PIA09 - Açude
Dourado
PIA10 - Açude
Zangalheiras
PIA13 - Açude
MendubimVLP
*
Temperatura da amostra (oC) - - 27,8 28,0 - 29,0 27,0 27,0 - 27,9 -
pH - - 8,2 8,8 - 8,3 7,8 9,3 - 8,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - - 10,3 7,9 - 8,5 7,2 6,4 - 9,2 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - - 18,6 10,7 - 14,5 10,1 14,9 - 10,7 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- - < 1 2 - 461 < 1 6 - 2 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - - 5,4 4,8 - 3,2 3,1 0,4 - 2,0 -
Fósforo Total (mg P/L) - - 0,930 0,440 - 1,510 0,600 0,660 - 0,640 ≤ (0,03+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1; ≤ 0,124
2; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - - 1.789,2 385,6 - 866,0 621,5 182,0 - 388,8 -
Turbidez (UNT) - - 25,7 34,6 - 2314,4 118,1 20,8 - 25,2 ≤ 1001
IQA - - 59 67 - 42 58 60 - 69 -
Qualidade - - Médio Médio - Ruim Médio Médio - Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) - - 1 1 - 1 1 1 - 1 -
IQAc - - 59 67 - 42 58 60 - 69 -
Qualidade - - Médio Médio - Ruim Médio Médio - Médio -
IET - - 61 54 - 70 57 55 - 62 -
Categoria - - Eutrófico Mesotrófico - Hipereutrófico Mesotrófico Mesotrófico - Eutrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - - 7.987.950 49.980 - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - - 1,00 0,12 - 17,15 0,30 0,12 - 2,15 ≤ 301
Salinidade (‰) - - 1,18 0,16 - 0,33 0,27 0,06 - 0,19 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,55 0,48 - 0,45 0,45 0,27 - 0,22(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -
123
Tabela 4-17-Qualidade da água nos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu (continuação)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++
ambientes Lóticos; ND- não detectado
PARÂMETRO PIA14 -Açude BeldroegaPIA15 - Açude Novo
AngicosPIA16 - Açude Pataxós
PIA20 - Açude
Santo Antônio
PIA21 - Açude
Itans
PIA23 - Açude
Boqueirão
Parelhas
PIA25 - Açude
Passagem das Trairas
PIA26 -
Boqueirão de
Angicos
PIA30 - Armando
Ribeiro Gonçalves -
Itajá
PIA31 - Arm. Rib.
Gonçalves - São
Rafael
VLP*
Temperatura da amostra (oC) 26,7 25,8 27,5 25,0 28,0 29,0 31,0 24,6 28,1 27,0 -
pH 8,4 9,0 8,4 9,4 8,7 8,7 9,1 8,3 8,5 8,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 5,3 7,6 7,9 3,1 6,1 9,4 11,0 7,3 8,5 6,4 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 1,1 2,6 9,5 9,2 9,4 12,5 11,9 10,4 7,9 12,4 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)< 1 11 < 1 20 23 < 1 8 3 < 1 < 1 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 3,3 < LD 1,6 0,1 2,0 2,2 1,0 7,1 1,8 2,5 -
Fósforo Total (mg P/L) 0,226 0,043 0,800 0,580 0,810 0,530 0,730 0,490 1,020 0,470 ≤ (0,03+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1; ≤ 0,124
2; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 1.240,4 203,2 294,4 228,4 662,4 938,4 733,2 3.890,8 224,0 227,6 -
Turbidez (UNT) 119,4 12,4 7,4 19,1 45,4 22,2 23,0 38,9 15,0 21,1 ≤ 1001
IQA 61 76 75 51 59 66 53 64 74 72 -
Qualidade Médio Bom Bom Médio Médio Médio Médio Médio Bom Bom -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD 0,035 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -
IQAc 61 76 75 51 59 66 53 64 74 72 -
Qualidade Médio Bom Bom Médio Médio Médio Médio Médio Bom Bom -
IET 56 47 50 59 58 60 63 63 58 56 -
Categoria Mesotrófico Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) 336 - 16.338 80.430 103.803 725.335 529.055 - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,77 0,13 0,00 0,73 0,32 1,13 2,90 3,92 0,23 0,29 ≤ 301
Salinidade (‰) 0,67 0,04 0,15 0,09 0,37 0,64 0,40 3,03 0,10 0,09 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,37 0,40 0,76 0,35 0,31 0,27 0,50 0,34 0,25 0,14(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 out-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -
124
PIA02 – Açude Público Esguicho
O ponto PIA02 situa-se no açude Esguicho, localizado no município de Ouro Branco. Nesta
campanha, não houve coleta de água neste reservatório (ver Figura 3-126 e Tabela 3-17).
Figura 3-126 – Histórico da qualidade da água no Açude Esguicho (PIA02) (SD-Sem dado)
Figura 3-127 – Histórico do IET da água no Açude Esguicho (PIA02)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação
“Médio”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura
3-127), indicando elevado grau de eutrofização no açude (onde em várias campanhas o estado
oscilou entre eutrófico e supereutrófico). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste
ponto foram as concentrações de DBO e, eventualmente de sólidos totais e coliformes
termotolerantes.
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA02 - Açude EsguichoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 000 00 0 0 SD SD
20
30
40
50
60
70
80
out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA02 - Açude EsguichoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
125
PIA03 – Açude Público Rio da Pedra
O ponto PIA03 situa-se no Açude Rio da Pedra, localizado no município de Santana dos Matos.
Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (1,18‰), com água apresentando
qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ambos 59, ver
Figura 3-126). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio,
DBO, turbidez e sólidos totais. A concentração de clorofila ‘a’ apresentou valor baixo (muito
abaixo do VLP), resultando em IET “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde,
todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 3-
17). O resultado da densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela laboratório
responsável.
Figura 3-128 – Histórico da qualidade da água no Açude Rio da Pedra (PIA03) (SD-Sem dado)
Figura 3-129 – Histórico do IET da água no Açude Rio da Pedra (PIA03) (SD-Sem dado)
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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA03 - Açude Rio da PedraIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD 0 0 0 0 0 0 SD SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
20
30
40
50
60
70
80
out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IET
PIA03 - Açude Rio da PedraIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
126
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA
apresentou valor médio correspondente à classificação “Médio”, enquanto o IQAc, contudo,
resultou “Muito ruim”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as
concentrações de fósforo total e pH, cujo valor superou o VLP, e o IQAc, determinações de metais
acima do VLP em várias campanhas, o que anula o mesmo. Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-129), indicando elevado grau de eutrofização
no açude (onde em várias campanhas o estado oscilou entre eutrófico e supereutrófico). Observa-se
que o açude apresenta água com média qualidade físico-química, exceto pela presença de metais
pesados em algumas campanhas, que parece ser uma característica inerente aos corpos d’água da
bacia do rio Piranhas-Açu.
PIA04 – Açude Público Caldeirão de Parelhas
O ponto PIA04 refere-se ao açude Caldeirão de Parelhas, localizado no município de Parelhas.
Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,16‰), com água apresentando
“Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (67 para
ambos, ver Figura 3-130). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de
nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais (provavelmente devido a elevada salinidade) (acima dos
VLPs). O IET resultou “mesotrófico”, com baixa concentração de fósforo e clorofila ‘a’. Quanto a
série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite
de determinação analítico (ver Tabela 3-17). O resultado da densidade de cianobactérias neste açude
não foi fornecido pela laboratório responsável.
Figura 3-130 – Histórico da qualidade da água no Açude Caldeirão de Parelhas (PIA04)
(SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou
em Mesotrófico (ver Figura 3-131), indicando elevado grau de eutrofização no açude (onde em
várias campanhas o estado oscilou entre eutrófico e supereutrófico). Em geral, o que mais reduziu
os valores do IQA neste ponto foram as relativamente elevadas concentrações de DBO e,
eventualmente, de fósforo e sólidos totais – decorrentes da salinidade da água – e coliformes
termotolerantes (o que não ocorreu nesta campanha), em consequência dos usos agropastoris que
ocorrem na bacia, a montante do açude.
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IQA
/IQ
Ac
PIA04 - Açude Caldeirão ParelhasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 0 0 00 SD SD SD
127
Figura 3-131 – Histórico do IET da água no Açude Caldeirão de Parelhas (PIA04) (SD-Sem dado)
PIA05 – Açude Público Carnaúba – São João do Sabugi
O açude Carnaúba (PIA05) localiza-se no município de São João do Sabugi. Nesta campanha, não
houve coleta de água neste reservatório (ver Figura 3-132).
Figura 3-132 – Histórico da qualidade da água no Açude Carnaúba (PIA05) (SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto, sempre foi “Bom” e o IQAc, contudo, “Muito ruim”, exceto em duas campanhas, devido às
elevadas concentrações de chumbo, cobre e níquel na água, acima dos VLPs (o que não foi
observado em apenas uma campanha, de julho de 2014). Quanto ao histórico do IET, a média para
este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-133), indicando baixo grau de eutrofização no
açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO.
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IET
PIA04 - Açude Caldeirão ParelhasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA05 - Açude CarnaúbaIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 0 00 SD SD SD SD SD SDSD SD
128
Figura 3-133 – Histórico do IET da água no Açude Carnaúba (PIA05) (SD-Sem dado)
PIA06 – Açude Público Cruzeta
O Açude Cruzeta localiza-se no município de Cruzeta. Nesta campanha, o reservatório apresentou
baixa salinidade (0,33‰), com água apresentando qualidade “Ruim” de acordo com os parâmetros
usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-134). Os índices de qualidade foram prejudicados
pela elevada concentração nitrogênio, fósforo, DBO, turbidez e sólidos totais (muito acima dos
VLPs). A concentração de cianobactérias foi muuito elevada (7.987.950 cél./ml, com dominância
do gênero Aphanocapsa holsatica, Planktolyngbia minor, Merismopedia tenuissima, Snowela
lacustris e Chroococcus minutus, entre várias outras espécies (nenhuma produtora de toxinas).
Devido à elevada concentração de fósforo, o IET resultou “Hipertrófico”. Quanto a série de metais
traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de
determinação analítico (abaixo dos VLPs) (ver Tabela 3-17).
Figura 3-134 – Histórico da qualidade da água no Açude Cruzeta (PIA06) (SD-Sem dado)
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA05 - Açude CarnaúbaIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD
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IQA
/IQ
Ac
PIA06 - Açude CruzetaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SDSD SD 0 0 0 0 SD SD SD 0
129
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em várias
campanhas em que foi calculado. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Mesotrófico (ver Figura 3-135), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade
média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2015 foi de 832.869 cél./mL, com predominância
das espécies Planktolyngbya minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de
cianotoxinas), em concentrações muito acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução
CONAMA 357/2005 para diversas as campanhas até agora realizadas (ver Figura 3-136). Em geral,
o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas
de turbidez, sólidos totais – decorrentes principalmente da turbidez, pois a salinidade da água é
historicamente baixa– coliformes, fósforo total e, eventualmente, DBO.
Figura 3-135 – Histórico do IET da água no Açude Cruzeta (PIA06) (SD-Sem dado)
Figura 3-136 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Cruzeta (PIA06)
(SD-Sem dado)
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA06 - Açude CruzetaIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SDSD
800
8.000
80.000
800.000
8.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIA06 - Açude Cruzeta
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (832.869 cél./mL)
SD SD
130
PIA07 – Açude Público Marechal Dutra (Gargalheiras)
O Açude Público Marechal Dutra, mais conhecido como Gargalheiras, localiza-se no município de
Acari. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,27‰, caracterizando água
doce), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir
o IQA e o IQAc (ver Figura 3-137). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada
concentração de nitrogênio, fósforo, DBO e turbidez. As concentrações de cianobactérias (49.980
cél./ml, com dominância do gênero Chroococcus minutus, Aphanocapsa delicatissima,
Merismopedia tenuissima, Snowela lacustris (não produtoras de cianotoxinas), resultando em IET
“Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram
valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo do VLP (ver
Tabela 3-17). Não houve coleta de sedimento para análise de metais no ponto PIA07 nesta
campanha (ver
Tabela 3-17).
Tabela 3-18–Concentrações de metais pesados no sedimento do Açude Gargalheiras (PIA07)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.
Figura 3-137 – Histórico da qualidade da água no Açude Marechal Dutra (Gargalheiras) (PIA07)
(SD-Sem dado)
PARÂMETROPIA07 - Açude
GargalheirasVLP*
Cobre Total (mg/Kg) - 34
Chumbo Total (mg/Kg) - 46,7
Cromo Total (mg/Kg) - 81
Cádmio Total (mg/Kg) - 1,2
Zinco Total (mg/Kg) - 150
Níquel Total (mg/Kg) - 20,9
Mercúrio Total (mg/Kg) - 0,15
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IQA
/IQ
Ac
PIA07 - Açude GargalheirasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0 0 0 SD 0 0 SD SD SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
131
Figura 3-138 – Histórico do IET da água no Açude Marechal Dutra (Gargalheiras) (PIA07)
(SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, e o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em varias
campanhas, devido às elevadas concentrações de cobre, chumbo e cádmio na água, acima dos
VLPs, ou falta de dados (exceto na campanha de julho de 2014, e na atual). Quanto ao histórico do
IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-138), indicando elevado grau de
eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2015 foi de
676.316 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya minor e Cylindrospermopsis
raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações muito acima dos VLPs da
Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 para todas as campanhas até agora
realizadas (ver Figura 3-139).
Figura 3-139 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Marechal Dutra
(Gargalheiras) (PIA07)
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a turbidez, fósforo total, as
concentrações de sólidos totais – decorrentes da turbidez e da salinidade da água –, de DBO e de
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IET
PIA07 - Açude GargalheirasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
3.000
30.000
300.000
3.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIA07 - Açude Gargalheiras
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (676.316 cél./mL)
132
coliformes termotolerantes. Além disso, as concentrações de fósforo no açude eventualmente
ultrapassaram o VLP (o cálculo do IQA, contudo, não é muito sensível ao aumento das
concentrações de fósforo). Vale salientar que, o açude Gargalheiras recebe os esgotos (não tratados
ou tratados precariamente) da cidade de Currais Novos,eencontra-se com a qualidade bastante
comprometida, o que demanda ações urgentes do Poder Público do estado do Rio Grande do Norte.
PIA09 – Açude Público Dourado
O Açude Dourado localiza-se no município de Currais Novos. Nesta campanha, o reservatório
apresentou salinidade baixa (0,06‰, caracterizando água doce), com água apresentando qualidade
“Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (iguais a 60, ver Figura
3-140). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio,
fósforo, DBO e sólidos totais, e elevado pH. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa, resultando
em IET “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-
17).
Figura 3-140 – Histórico da qualidade da água no Açude Dourado (PIA09) (SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” nas
campanhas em que foi calculado (exceto três). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Mesotrófico, mas próximo de Eutrófico (ver Figura 3-141), indicando elevado grau de
eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as
concentrações relativamente elevadas de turbidez, sólidos totais – decorrentes principalmente da
turbidez, pois a salinidade da água é historicamente baixa– coliformes, fósforo total e,
eventualmente, DBO, provavelmente devido à falta de proteção do manancial e aos usos
agropastoris e urbanos que ocorrem no açude e em sua bacia hidrográfica.
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IQA
/IQ
Ac
PIA09 - Açude DouradoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 00
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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133
Figura 3-141 – Histórico do IET da água no Açude Dourado (PIA09) (SD-Sem dado)
PIA10 – Açude Público Zangalheiras
O Açude Zangalheiras localiza-se no município de Jardim do Seridó. Nesta campanha, não houve
coleta de água neste reservatório (ver Figura 3-142 e Tabela 3-17).
Figura 3-142 – Histórico da qualidade da água no Açude Zangalheiras (PIA10) (SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou com valor médio do IQA correspondente à classificação “Médio” (próximo a
“Bom”). O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as campanhas, exceto três, em que
resultou “Médio” e “Ruim”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Mesotrófico (próximo a Eutrófico, ver Figura 3-143), indicando elevado grau de eutrofização neste
açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores relativamente
elevados de turbidez, sólidos totais e, eventualmente, DBO e coliformes termotolerantes.
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA09 - Açude DouradoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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IQA
/IQ
Ac
PIA10 - Açude ZangalheirasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD 0 0 0 0 SD SD SD SD 0 SD SD
134
Figura 3-143 – Histórico do IET da água no Açude Zangalheiras (PIA10) (SD-Sem dado)
PIA13 – Açude Público Mendubim
O Açude Mendubim localiza-se no município de Açu. Nesta campanha, o reservatório apresentou
baixa salinidade (0,19‰), com água apresentando “Média” qualidade (próximo a “Boa”) de acordo
com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ambos 69, ver Figura 3-144). Os índices de
qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos
totais. O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo do VLP (ver
Tabela 3-17).
Figura 3-144 – Histórico da qualidade da água no Açude Mendubim (PIA13) (SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Excelente”, contudo, o IQAc resultou “Muito ruim” em 6 das 11
campanhas em que foi calculado. Em geral, o que mais contribuiu para reduzir os valores do IQA
neste ponto foram as concentrações de DBO, sólidos totais e coliformes termotolerantes (o cálculo
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA10 - Açude ZangalheirasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SDSD
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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA13 - Açude MendubimIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 0 SD 0 0 0 0 SD SD
135
do IQA é muito sensível à elevação do valor deste parâmetro). Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-145), indicando baixo grau de eutrofização
neste açude.
Figura 3-145 – Histórico do IET da água no Açude Mendubim (PIA13) (SD-Sem dado)
PIA14 – Açude Público Beldroega
O Açude Beldroega localiza-se no município de Paraú. Nesta campanha, o reservatório apresentou
baixa salinidade (0,67‰), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros
usados para medir o IQA e o IQAc (ambos iguais a 61, ver Figura 3-146). Os índices de qualidade
foram levemente prejudicados pela elevada concentração de sólidos totais, turbidez, nitrogênio e
fósforo. A concentração de cianobactérias resultou 336 cél./ml, abaixo de ambos os VLPs. O IET
resultou “Mesotrófico” (ver Figura 3-147). Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos
os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs
(ver Tabela 3-17).
Figura 3-146 – Histórico da qualidade da água no Açude Beldroega (PIA14) (SD-Sem dado)
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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IET
PIA13 - Açude MendubimIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIA14 -Açude BeldroegaIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 SD 0 SD 0 0 0 0 SD SD
136
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Excelente”, com valor médio do IQA correspondente à classificação
“Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-
147), indicando baixo grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre
os anos de 2008 e 2016 foi de 87.321 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya
minor, Aphanocapsa elachista e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de
cianotoxinas), em concentrações acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução
CONAMA 357/2005 em algumas campanhas (ver Figura 3-148). Em geral, o que mais contribuiu
para reduzir os valores do IQA neste ponto foram as concentrações de DBO e coliformes.
Figura 3-147 – Histórico do IET da água no Açude Beldroega (PIA14) (SD-Sem dado)
Figura 3-148 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Beldroega (PIA14)
(SD-Sem dado; ND- Não detectado)
20
30
40
50
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70
80
out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16
IET
PIA14 -Açude BeldroegaIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
100
1.000
10.000
100.000
1.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIA14 - Açude Beldroega
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (87.321 cél./mL)
SD SD ND
137
PIA15 – Açude Novo Angicos
O açude Público Novo Angicos localiza-se no município de Angicos. Nesta campanha, o
reservatório apresentou salinidade baixa (0,04‰, caracterizando água doce), com água
apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc
(ver Figura 3-149). Os índices de qualidade foram muito prejudicados pela elevada concentração de
fósforo, pH e sólidos totais. O IET resultou “Ultraoligotrófico”, com baixa concentração de
clorofila ‘a’. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram
valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco (ver Tabela 3-17). O resultado da
densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela laboratório responsável.
Figura 3-149 – Histórico da qualidade da água no Açude Novo Angicos (PIA15)
(SD-Sem dado)
Figura 3-150 – Histórico do IET da água no Açude Novo Angicos (PIA15)
(SD-Sem dado)
0
10
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50
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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIA15 - Açude Novo AngicosIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD 0 SD 0 0 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
20
30
40
50
60
70
80
out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16
IET
PIA15 - Açude Novo AngicosIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
138
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” (apenas em uma campanha) e “Bom”, contudo, o IQAc resultou “Muito
ruim” em várias campanhas analisadas anteriormente. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-150), indicando médio grau de eutrofização neste
açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA e o IQAc neste ponto foram as
concentrações de sólidos totais, coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido
provavelmente aos usos agropastoris e periurbanos que ocorrem no açude e em sua bacia.
PIA16 – Açude Público Pataxós
O Açude Pataxós situa-se no município de Ipanguaçu. Nesta campanha, o reservatório apresentou
baixa salinidade (0,15‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros
usados para medir o IQA e o IQAc (ambos iguais a 75, ver Figura 3-151). Os índices de qualidade
foram bastante prejudicados pela elevada concentração de DBO e sólidos totais. O IET resultou
“Oligotrófico”. A concentração de cianobactérias resultou 16.338 cel./mL, abaixo de ambos os
VLPs. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores
abaixo do limite de determinação analítico (ver tabela 3-17).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, contudo, o IQAc resultou “Muito ruim” em várias
campanhas analisadas anteriores, exceto nas cinco últimas campanhas, onde este índice foi
calculado e resultou em “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-152), indicando baixo grau de eutrofização neste açude. A
densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 14.117 cél./mL, com
predominância das espécies Planktolyngbya minor, Aphanocapsa parasitica e Cylindrospermopsis
raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações abaixo dos VLPs da Portaria
MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em praticamente todas as campanhas (ver
Figura 3-153). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de DBO, turbidez, sólidos totais e coliformes termotolerantes.
Figura 3-151 – Histórico da qualidade da água no Açude Pataxós (PIA16)
(SD-Sem dado)
0
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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA16 - Açude PataxósIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 SD 0 0 0 0 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
139
Figura 3-152 – Histórico do IET da água no Açude Pataxós (PIA16)
(SD-Sem dado)
Figura 3-153 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Pataxós (PIA16)
(SD-Sem dado; ND- Não detectado)
PIA20 – Açude Público Santo Antônio
O Açude Santo Antônio localiza-se no município de São João do Sabugi. Nesta campanha, o
reservatório apresentou baixa salinidade (0,09‰), com água apresentando qualidade “Média” de
acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (iguais a 51, ver Figura 3-154). Os
índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de fósforo, DBO, pH, sólidos
totais, e baixa concentração de OD. A concentração de cianobactérias foi elevada (80.430 cél./ml,
acima de ambos os VLPs), com predominância da espécie Merismopedia tenuissima, Snowela
lacustris e Chroococcus minutus. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na
20
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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IET
PIA16 - Açude PataxósIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
100
1.000
10.000
100.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIA16 - Açude Pataxós
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (14.117 cél./mL)
SD ND
140
água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação
analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-17).
Figura 3-154 – Histórico da qualidade da água no Açude Santo Antônio (PIA20)
(SD-Sem dado)
Figura 3-155 – Histórico do IET da água no Açude Santo Antônio (PIA20)
(SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação
“Médio”. O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em sete das treze campanhas realizadas, devido
às concentrações elevadas de zinco, cobre e chumbo na água, acima dos VLPs (fato que não ocorreu
na atual campanha). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico
(ver Figura 3-155), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade média de
cianobactérias entre os anos de 2008 e 2015 foi de 497.530 cél./mL, com predominância das
espécies Planktolyngbya minor, Planktolyngbya limnetica e Cylindrospermopsis raciborskii
(potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria
0
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out-08 jun-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA20 - Açude Santo AntônioIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 SD 0 0 0 SD SD 0 0
20
30
40
50
60
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out-08 jun-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA20 - Açude Santo AntônioIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
141
MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em praticamente todas as campanhas (ver
Figura 3-156).
Figura 3-156 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Santo Antônio (PIA20)
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores de DBO, turbidez e
coliformes termotolerante, e o IQAc, a detecção de metais na água do açude, principalmente de
cobre (presente em 5 campanhas acima do VLP) e chumbo (presente em 6 campanhas acima do
VLP), o que parece ser inerente a própria bacia.
PIA21 – Açude Público Itans
O Açude Itans localiza-se no município de Caicó, constituindo um de seus principais mananciais de
abastecimento da cidade. Nesta campanha, o reservatório apresentou alta salinidade (0,37‰), com
água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o
IQAc (ambos iguais a 59, ver Figura 3-157). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados
pela elevada concentração de nitrogênio total, fósforo, DBO e sólidos totais. A concentração de
cianobactérias foi elevada (103.803 cél./ml), com predominância da espécie Planktotrix agardhii
(potencial produtora de cianotoxinas), Merismopedia tenuissima, Snowela lacustris, Chroococcus
minutus, Aphanocapsa delicatissima, Aphanocapsa holsatica e Aphanocapsa koodersii. O IET
resultou “Mesotrófico”, enquanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 3-17).
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram os valores de DBO, turbidez, pH e coliformes termotolerantes (o cálculo do IQA é muito
sensível à elevação no valor deste parâmetro). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-158), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A
densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 231.710 cél./mL, com
predominância das espécies Planktolyngbya minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial
produtora de cianotoxinas), em concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria MS nº
2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em diversas campanhas (ver Figura 3-159). O açude
Itans situa-se na área periurbana de Caicó, da qual recebe cargas poluidoras devido a usos como
2.000
20.000
200.000
2.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIA20 - Açude Santo Antônio
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011(20.000 cél./mL)
Densidade Média (497.530 cél./mL)
142
baneário, criação de animais nos arredores do açude etc., o que demanda medidas de controle do
poder público.
Figura 3-157 – Histórico da qualidade da água no Açude Itans (PIA21)
(SD-Sem dado)
Figura 3-158 – Histórico do IET da água no Açude Itans (PIA21)
(SD-Sem dado)
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA21 - Açude ItansIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD0 0 0 SD 0
20
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA21 - Açude ItansIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
143
Figura 3-159 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Itans (PIA21)
(SD-Sem dado)
PIA23 – Açude Público Boqueirão de Parelhas
O Açude Boqueirão de Parelhas localiza-se no município de Parelhas. Nesta campanha, o
reservatório apresentou salinidade elevada (0,64‰, caracterizando água salobra), com água
apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc
(ver Figura 3-160). Os índices de qualidade foram levemente prejudicados pela elevada
concentração de nitrogênio total, fósforo, DBO e sólidos totais. A concentração de cianobactérias
foi bastante elevada (725.335 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii,
Aphanizomenon gracile, Merismopedia tenuissima, Snowela lacustris, Chroococcus minutus,
Aphanocapsa delicatissima, Aphanocapsa holsatica e Planktolyngbya minor. O IET resultou
“Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram
valores abaixo do limite de determinação analítico (abaixo do VLP) (ver Tabela 3-17).
Figura 3-160 – Histórico da qualidade da água no Açude Boqueirão de Parelhas (PIA23)
(SD-Sem dado)
100
1.000
10.000
100.000
1.000.000D
en
s. c
ian
ob
acté
rias
(cé
l./m
L)PIA21 - Açude Itans
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (231.710 cél./mL)
SD
0
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60
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90
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA23 - Açude Boqueirão ParelhasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0 SD SD 0 SD 0 SD 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
144
Figura 3-161 – Histórico do IET da água no Açude Boqueirão de Parelhas (PIA23)
(SD-Sem dado)
Figura 3-162 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Boqueirão de Parelhas
(PIA23) - (SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação
“Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-
161), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre
os anos de 2008 e 2016 foi de 375.416 cél./mL, com predominância das espécies
Cylindrospermopsis raciborskii, Planktolyngbya minor e Microcystis aeruginosa (potenciais
produtora de cianotoxinas, e a última, também produtora de neurotoxinas), em concentrações
geralmente acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em
diversas campanhas (ver Figura 3-162). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste
ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e coliformes
20
30
40
50
60
70
80
out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA23 - Açude Boqueirão ParelhasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
100
1.000
10.000
100.000
1.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIA23 - Açude Boqueirão Palheras
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (375.416 cél./mL)
SD
145
termotolerantes, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e no entorno do
açude.
PIA25 – Açude Público Passagem das Traíras
O Açude Público Passagem das Traíras localiza-se no município de São José do Seridó. Nesta
campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,40‰, caracterizando água doce), com água
apresentando qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc
(53 para ambos, ver Figura 3-163). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada
concentração de DBO, fósforo total, nitrogênio total, sólidos totais e pH. A concentração de
cianobactérias foi bastante elevada (529.055 cél./ml, com dominância dos gêneros Merismopedia
tenuissima, Snowela lacustris, Chroococcus minutus e Aphanocapsa holsatica, e baixa
concentração de clorofila ‘a’, abaixo do VLP. O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais
traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de
determinação analítico (ver Tabela 3-17).
Figura 3-163 – Histórico da qualidade da água no Açude Passagem das Traíras (PIA25)
(SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação
“Médio”, mas muito próximo a “Bom”. O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as
campanhas anteriores a 2014. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as
concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e coliformes termotolerantes (o
cálculo do IQA é muito sensível à elevação no valor deste parâmetro). Quanto ao histórico do IET,
a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-164), indicando elevado grau de
eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de
1.133.036 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii,
Planktolyngbya minor e Planktotrix agardhii (potenciais produtora de cianotoxinas), em
concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA
357/2005 em quase todas as campanhas (ver Figura 3-165).
0
10
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50
60
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90
100
out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA25 - Açude Passagem das TrairasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0 SD 0 0 0 0 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
146
Figura 3-164 – Histórico do IET da água no Açude Passagem das Traíras (PIA25)
(SD-Sem dado)
Figura 3-165 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Passagem das Traíras
(PIA25) - (SD-Sem dado)
PIA26 – Açude Boqueirão de Angicos
O Açude Boqueirão de Angicos localiza-se no município de Afonso Bezerra. Nesta campanha, o
reservatório apresentou salinidade elevada (3,03‰, caracterizando água salobra), com água
apresentando qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc
(ver Figura 3-166). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados pela elevada concentração
de nitrogênio total, fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Eutrófico”, com baixa
concentração de clorofila ‘a’. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, concequentemente, todos abaixo
dos VLPs (ver Tabela 3-17).
20
30
40
50
60
70
80
out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA25 - Açude Passagem das Trairas IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
8.000
80.000
800.000
8.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
PIA25 - Açude Passagem das Trairas
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (1.133.036 cél./mL)
SD
147
Figura 3-166 – Histórico da qualidade da água no Açude Boqueirão de Angicos (PIA26)
(SD-Sem dado)
Figura 3-167 – Histórico do IET da água no Açude Boqueirão de Angicos (PIA26)
(SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA foi
classificado como “Bom” em diversas campanhas, e o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em
campanhas anteriores a 2014. Como este açude não possui áreas urbanas ou usos agropastoris
intensivos em sua bacia, seu principal poluidor são os metais pesados, provavelmente de origem
natural, oriundos dos minerais do solo da própria bacia hidrográfica. Quanto ao histórico do IET, a
média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-167), indicando médio grau de
eutrofização neste açude. No entanto, pelos resultados das quatro últimas campanhas (entre 2014 e
2016), é possível notar que a qualidade da água do Açude encontra-se em declínio, o que demanda
ações de controle e prevenção do poder público.
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jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA26 - Boqueirão de AngicosIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15mar-16 set-16
IET
PIA26 - Boqueirão de AngicosIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
148
PIA30 – Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá
O ponto PIA30 situa-se na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Itajá. Nesta
campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,10‰, caracterizando água doce), com água
apresentando qualidade “Boa” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc
(ver Figura 3-168). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de DBO,
nitrogênio, fósforo e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços
na água da barragem, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação
analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-17). O resultado da densidade de cianobactérias neste
açude não foi fornecido pela laboratório responsável.
Figura 3-168 – Histórico da qualidade da água - Reserv. Armando Ribeiro Gonçalves - Itajá
(PIA30) - (SD-Sem dado)
Figura 3-169 – Histórico do IET da água - Reserv. Armando Ribeiro Gonçalves - Itajá (PIA30)
(SD-Sem dado)
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mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA30 - Armando Ribeiro - Itajá
IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0 SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IET
PIA30 - Armando Ribeiro - ItajáIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
149
Historicamente, os valores de IQA neste ponto resultaram “Bom” em cinco das nove campanhas
realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016. O IQAc foi “Muito ruim” em apenas
uma campanha, devido às concentrações de cobre e chumbo acima dos VLPs, fato que não ocorreu
nas últimas campanhas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Mesotrófico (ver Figura 3-169), indicando médio grau de eutrofização nesta barragem. De maneira
geral, a água da barragem apresenta boa qualidade, embora ações de prevenção devam ser tomadas
pelo poder público para evitar futuras fontes de poluição.
PIA 31– Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael
O ponto PIA31 situa-se na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no município de São Rafael.
Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,09‰, caracterizando água doce),
com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o
IQAc (ver Figura 3-170). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de
DBO (acima do VLP), nitrogênio, fósforo, pH e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”.
Quanto a série de metais traços na água da barragem, todos os parâmetros apresentaram valores
abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-17).
Figura 3-170 – Histórico da qualidade da água na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São
Rafael (PIA31) - (SD-Sem dado)
Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste
ponto foi “Bom” em quase todas as campanhas analisadas (exceto em Ago-2015). Naturalmente,
ocorre a presença de metais na água da barragem, pricipalmente zinco e cobre, embora acima do
VLP apenas na primeira campanha, de Maio de 2011, fato que não ocorreu nesta campanha. Quanto
ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-171), indicando
médio grau de eutrofização nesta barragem.
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mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA31 - Armando Ribeiro - São RafaelIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 0 0 SD SD
150
Figura 3-171 – Histórico do IET da água na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael
(PIA31) - (SD-Sem dado)
A Figura 3-172Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo
o IQA, IQAc e o IET dos reservatórios analisados da bacia do Rio Piranhas-Açú. Pela figura, é
possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade variando entre Média e Boa
(embora os pontos PIA01, PIA02, PIA05 e PIA10 não foram calculados por falta de dados) e
estados tróficos variando entre ultraoligotróficos à hipereutróficos, com atenção especial para os
pontos, PIA03, PIA06, PIA13, PIA23, PIA25 e PIA26 cujos estados de trofia foram bastante
comprometidos, devido à elevadíssimas concentrações de clorofila ‘a’ e/ou fósforo, além da elevada
densidade de cianobactérias em alguns pontos, fato que também ocorreu na última campanha. Desta
forma, pode-se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida,
provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Piranhas-
Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
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mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IET
PIA31 - Armando Ribeiro - São RafaelIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
151
Figura 3-172 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu
(SD – sem dado para todos os índices)
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IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
Ultraoligotrófico
Hipereutrófico
Eutrófico
OligotróficoMesotrófico
Supereutrófico
SD SD SD SD
152
3.2.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu
Na Tabela 3-19 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices
IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos rios da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN.
Como os rios do semiárido sofrem intensa influência das chuvas (pois são intermitentes ou
perenizados), podendo apresentar águas doces, principalmente durantes os períodos chuvosos, e
águas salobras, principalmente nos períodos de estiagem, todos os resultados referentes às
amostragens em rios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas
doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras
apresentem salinidade superior a 0,5‰.
153
Tabela 3-19- Qualidade da água nos rios da Bacia do Piranhas-Açu
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas;+ ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.
PARÂMETRO
PIA11 - Rio
Seridó - Jardim do
Seridó
PIA12 - Rio
Espinharas
PIA22 - Rio
Seridó - Caicó
PIA24 - Rio Seridó
- São Fernando
PIA29 - Rio Piranhas-
Açu - captação CAERN
Pendências
PIA32 - Rio
Piranhas-Açu -
Jucurutu
PIA33 - Rio Piranhas-Açu
- Jardim de Piranhas
PIA34 - Rio Piranhas-
Açu - Divisa RN-PB
PIA35 - DIBA – Alto do
Rodrigues
PIA36 - Rio
Piranhas-Açu -
Acauã
VLP*
Temperatura da amostra (oC) - - - - 29,0 32,0 29,5 25,0 26,3 - -
pH - - - - 9,1 10,2 9,0 8,1 8,1 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - - - - 6,3 16,9 6,5 5,6 8,3 - ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - - - - 16,8 24,5 3,8 8,3 7,8 - ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- - - - 18 < 1 69 23 4 - < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - - - - 0,800 2,400 < LD 2,000 1,800 - -
Fósforo Total (mg P/L) - - - - 0,400 1,370 0,106 0,960 0,710 -≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - - - - 541,6 245,8 273,2 196,0 238,0 - -
Turbidez (UNT) - - - - 10,1 1660,5 4,4 9,1 0,7 - ≤ 1001
IQA * * * * 57 37 71 68 77 * -
Qualidade * * * * Médio Ruim Bom Médio Bom * -
Cobre dissolvido (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - - - - < LD < LD 0,027 < LD < LD - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) * * * * 1 1 1 1 1 * -
IQAc * * * * 57 37 71 68 77 * -
Qualidade * * * * Médio Ruim Bom Médio Bom * -
IET * * * * 57 70 51 40 57 * -
Categoria * * * * Mesotrófico Hipereutrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico * -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - - - - 0,91 7,61 0,48 0,01 0,22 - ≤ 301
Salinidade (‰) - - - - 0,17 0,10 0,09 0,07 0,10 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - - - 0,36 0,39 0,40 0,19 0,32 -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 out-16 set-16 set-16 set-16 -
154
PIA11 – Rio Seridó, em Jardim do Seridó
O ponto PIA11 situa-se no Rio Seridó, no município Jardim do Seridó. Nesta campanha, não houve
coleta de água neste ponto de rio (ver Figura 3-173 e ver Tabela 3-19).
Historicamente, o IQA médio neste ponto foi “Bom” em apenas uma campanha, e “Médio” nas
outras duas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016. O IQAc foi
“Muito ruim” em cinco das doze campanhas, devido às concentrações de cobre e chumbo acima dos
VLPs. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-
174), indicando médio grau de eutrofização neste ponto.
Figura 3-173 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, Jardim do Seridó (PIA11)
(SD: Sem dado)
Figura 3-174 – Histórico do IET da água no Rio Seridó, Jardim do Seridó (PIA11)
(SD: Sem dado)
PIA12 – Rio Espinharas, em Serra Negra
O ponto PIA12 situa-se no Rio Espinharas, no município de Serra Negra. Nesta campanha, não
houve coleta de água neste ponto de rio (ver Figura 3-175 e ver Tabela 3-19).
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out-08 jul-09 jun-10 abr-11 dez-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA11 - Rio Seridó - Jardim do SeridóIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 0 0SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
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out-08 jul-09 jun-10 abr-11 out-11 dez-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA11 - Rio Seridó - Jardim do SeridóIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD SD SD SD SD
155
Figura 3-175 – Histórico da qualidade da água no Rio Espinharas, Serra Negra (PIA12)
(SD: Sem dado)
Figura 3-176 – Histórico do IET da água no Rio Espinharas, Serra Negra (PIA12)
(SD: Sem dado)
Historicamente, o IQA médio neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, nas campanhas realizadas
do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016. O IQAc foi “Muito ruim” em quase todas as
campanhas anteriores, devido às concentrações de cobre, chumbo e cádmio acima dos VLPs.
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-176),
indicando médio grau de eutrofização neste ponto.
PIA22 – Rio Seridó, em Caicó
O ponto PIA22 situa-se no Rio Seridó, a jusante da cidade de Caicó. Nesta campanha, não foi
realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-177 e ver Tabela 3-19).
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA12 - Rio EspinharasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 0 SD 0SD 0 00 SD 0 SD SDSD SD SD SD SD SDSD 0
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
PIA12 - Rio EspinharasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SDSDSD SD SD SD
156
Figura 3-177 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, Caicó (PIA22) - (SD: Sem dado)
Figura 3-178 – Histórico do IET da água no Rio Seridó, Caicó (PIA22) - (SD: Sem dado)
Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o
IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-178), indicando médio grau de eutrofização neste
ponto. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de sólidos totais, DBO e coliformes termotolerantes, devido principalmente
aos lançamentos (esgoto, drenagem, etc.) que ocorrem na área urbana de Caicó.
PIA 24 – Rio Seridó, em São Fernando
O PIA24 situa-se no Rio Seridó, no município de São Fernando. Nesta campanha, não foi realizada
a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-179 e ver Tabela 3-19).
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IQA
/IQ
Ac
PIA22 - Rio Seridó - CaicóIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SDSD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
00 00 SD 0 SD 0 SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA22 - Rio Seridó - CaicóIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD SD SD SD
157
Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o
IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou
“Médio”. O IQAc, contudo, foi igual a zero, “Muito Ruim”, em todas as campanhas em que foi
calculado (exceto a anterior), devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo e cádmio.
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-180),
indicando médio grau de eutrofização neste ponto. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA
neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e,
eventualmente, coliformes termotolerantes, devido provavelmente aos lançamentos (esgoto,
drenagem urbana, etc.) que ocorrem em São Fernando e em cidades a montante deste ponto.
Figura 3-179 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, São Fernando (PIA24)
(SD: Sem dado)
Figura 3-180 – Histórico do IET da água no Rio Seridó, São Fernando (PIA24)
(SD: Sem dado)
PIA 29 – Rio Piranhas-Açu, captação da CAERN em Pendências
O ponto PIA29 situa-se no Rio Piranhas-Açu, na captação da CAERN no município de Pendências.
Nesta campanha, o rio apresentou salinidade elevada (0,17‰, caracterizando água doce), com água
apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA24 - Rio Seridó - São FernandoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 0 00 SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
PIA24 - Rio Seridó - São FernandoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD SD SD
158
(ver Figura 3-181). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de
nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais
traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação
analítico, ou abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-19).
Figura 3-181 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Pendências (PIA29)
Figura 3-182 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, Pendências (PIA29)
Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o
IQA foi calculado em apenas seis campanhas, resultando entre “Médio” e “Bom”. O IQAc também
foi calculado em apenas oito campanhas, resultando nulo em três delas. Quanto ao histórico do IET,
a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-182), indicando baixo grau de
eutrofização da água neste ponto.
PIA32 - Rio Piranhas-Açu, em Jucurutu
O ponto PIA32 situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Jucurutu. Nesta campanha, o rio apresentou
salinidade baixa (0,10‰, caracterizando água doce), com água apresentando qualidade “Ruim” de
0
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100
jul-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA29 - Rio Piranhas-Açu - captação CAERN PendênciasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0SD SD SD SD SD SD 0 SD 0
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jul-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA29 - Rio Piranhas-Açu - captação CAERN PendênciasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SDSD
159
acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-183). Os índices de
qualidade foram prejudicados pela concentração elevada de nitrogênio, fósforo, turbidez e sólidos
totais. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver
Tabela 3-19).
Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o
IQA foi “Bom” em seis das sete campanhas já realizadas neste ponto, sendo que o IQAc foi “Muito
Ruim” em duas delas devido ao excesso de chumbo na água, provavelmente devido a ocorrência
natural deste metal proveniente do sedimento. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-184), indicando baixo grau de eutrofização da água neste
ponto.
Figura 3-183 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Jucurutu (PIA32)
Figura 3-184 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, Jucurutu (PIA32)
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mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA32 - Rio Piranhas Açu - JucurutuIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
SD0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SDSD SD 0
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mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
PIA32 - Rio Piranhas Açu - JucurutuIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
160
PIA33 - Rio Piranhas-Açu, em Jardim de Piranhas
Este ponto, PIA33, situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Jardim de Piranhas. Nesta campanha, o rio
apresentou salinidade baixa (0,09‰, caracterizando água doce), com água apresentando “Boa”
qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-185). Os
índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de fósforo, pH e
sólidos totais. O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que
apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).
Figura 3-185 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas (PIA33)
Figura 3-186 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas (PIA33)
Das sete campanhas realizadas neste ponto, ao longo do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e
2016, o IQA resultou “Bom” em apenas quatro delas. Contudo, o IQAc foi “Muito Ruim” em cinco,
devido às concentrações de chumbo, cádmio, ziinco ou cobre terem superado os VLPs, o que não
ocorreu nesta campanha. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Ultraoligotrófico (ver Figura 3-186), indicando baixo grau de eutrofização da água neste ponto.
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mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIA33 - Rio Piranhas-Açu - Jardim de PiranhasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 SD 0 SD SD 0 0
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mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 out-16
IET
PIA33 - Rio Piranhas-Açu - Jardim de PiranhasIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
161
PIA34 - Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB
O ponto PIA34 situa-se no Rio Piranhas-Açu, na divisa dos Estados do RN e da PB. A salinidade
medida foi 0,07‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (iguais a 68, ver Figura
3-187). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de
nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Ultraoligotrófico”. Quanto a série de
metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de
determinação analítico (ver Tabela 3-19).
Figura 3-187 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB (PIA34)
Figura 3-188 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB (PIA34)
Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o
IQA foi calculado apenas em sete campanhas, classificado assim na média como de qualidade
“Média”, sendo que o IQAc foi “Muito Ruim” em seis, devido ao excesso de cobre, zinco e chumbo
na água, sendo calculado apenas em três campanhas, resultando “Médio” em todas. Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-188), indicando
baixo grau de eutrofização da água neste ponto.
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mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA34 - Rio Piranhas-Açu - Divisa RN-PBIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 SD 0 0 0 0
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mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16
IET
PIA34 - Rio Piranhas-Açu - Divisa RN-PBIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
162
PIA35 – Rio Piranhas-Açu - DIBA – Alto do Rodrigues
O ponto PIA35 situa-se no Rio Piranhas-Açu, DIBA, em Alto do Rodrigues. Não há histórico deste
ponto em campanhas anteriores do Projeto Agua Azul, pois este foi inserido apenas em 2014. A
salinidade medida foi 0,10‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Bom” (ambos iguais a 77,
ver Figura 3-189). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração nitrogênio,
fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. A concentração de clorofila ‘a’
resultou 0,22 µg/L, abaixo do VLP. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver
Tabela 3-19).
Figura 3-189 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA35)
Figura 3-190 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA35)
Nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2014 e 2016, o IQA e o IQAc
foram calculados nas cinco campanhas realizadas, sendo classificados como “Médio” em três, e
“Bom” na duas últimas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Oligotrófico (ver Figura 3-190), indicando baixo grau de eutrofização da água neste ponto.
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ago-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA35 - DIBA – Alto do Rodrigues IQA
IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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ago-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16
IET
PIA35 - DIBA – Alto do Rodrigues IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
163
PIA36 – Rio Piranhas-Açu - Acauã
O ponto PIA36 situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Acauã. Não há histórico deste ponto em
campanhas anteriores do Projeto Agua Azul, pois assim como o PIA35, este foi inserido apenas em
2014. Não foi realizado amostragem deste ponto para esta campanha. Na única campanha em que o
IQA, IQAc e IET foram monitorados (Julho-2014), estes resultaram em “Médio”, “Médio” e
“Ultraoligotrófico”, respectivamente (ver Figura 3-191, Figura 3-192 e Tabela 3-19).
Figura 3-191 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA36)
Figura 3-192 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA36)
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jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIA36 - Rio Piranhas-Açu - Acauã IQA
IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD SD SD SD
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jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16
IET
PIA36 - Rio Piranhas-Açú – Acauã IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD
164
3.2.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de
Escoamento Difuso
Na Tabela 3-20 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices
IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos pontos estuarinos da bacia hidrográfica do Piranhas-
Açu/RN. Como os pontos situados em estuários sofrem intensa influência do mar, o que resulta em
salinidade elevada em algumas coletas, todos os resultados referentes às amostragens em estuários
são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas salobras e salinas, Classe
1, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem
salinidade inferior a 0,5‰. Na
Tabela 3-21 são apresentados os resultados referentes às análises de metais no sedimento dos pontos
amostrais situados nos estuários da Bacia do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de
Escoamento Difuso.
165
Tabela 3-20- Qualidade da água nos pontos estuarinos da Bacia do Rio Piranhas-Açu
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.
Tabela 3-21- Metais pesados e arsênio nos sedimentos dos estuários da Bacia do Piranhas-Açu
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004
PARÂMETROPIA17 - Estuário Rio
Piranhas-Açu - Macau
PIA18 - Estuário Rio
dos Cavalos
FLNED - Estuário Rio
Camurupim (antigo
PIA27)
PIA28 - Estuário Rio das
ConchasVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 28,4 27,0 28,7 29,0 -
pH 7,9 8,0 7,7 8,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 6,5 1,7 7,9 6,8 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 2,3 2,8 3,4 1,9 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)579 770 1.733 < 1 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) < LD 1,400 < LD < LD -
Fósforo Total (mg P/L) < LD 2,840 < LD < LD≤ (0,03
+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1;
≤ 0,1242; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 50.431,2 73.188,0 41.270,4 42.416,8 -
Turbidez (UNT) 14,5 25,4 23,9 0,0 ≤ 1001
IQA 68 39 64 87 -
Qualidade Médio Ruim Médio Bom -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) 0,053 < LD 0,022 < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -
IQAc 68 39 64 87 -
Qualidade Médio Ruim Médio Bom -
IET 40 67 35 42 -
Categoria Ultraoligotrófico Supereutrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) < LD 22,5 < LD < LD ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) < 10,00 < 10,00 < 10,00 < 10,00 Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,11 2,91 0,03 0,17 ≤ 301
Salinidade (‰) 38,51 31,90 32,67 34,00 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,14 0,14 0,11 0,21(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta out-16 set-16 out-16 out-16 -
PARÂMETROPIA17 - Estuário Rio
Piranhas-Açu - Macau
PIA18 - Estuário Rio
dos Cavalos
FLNED - Estuário Rio
Camurupim (antigo
PIA27)
PIA28 - Estuário Rio das
ConchasVLP*
Cobre Total (mg/Kg) 29,81 < LD 4,245 11,965 34
Chumbo Total (mg/Kg) 25,115 < LD 4,367 10,821 46,7
Cromo Total (mg/Kg) 51,639 < LD 8,733 14,878 81
Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 1,2
Zinco Total (mg/Kg) 60,558 < LD 10,674 24,971 150
Níquel Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 20,9
Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 0,15
Arsênio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 8,2
166
PIA17- Estuário do Rio Piranhas-Açu, em Macau
O ponto PIA17 situa-se no estuário do Rio Piranhas-Açu, em Macau. Nesta campanha, o estuário
apresentou salinidade elevada (38,51‰, caracterizando água salina), com água apresentando
qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-
193). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de coliformes (abaixo
do VLP) e sólidos totais (devido a elevada salinidade). O IET resultou “Ultraoligotrófico”. Quanto a
série de metais traços na água e no sedimento do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores
abaixo do limite de determinação analítico e/ou do VLP, (ver Tabela 3-19 e Tabela 3-19),
respectivamente.
Figura 3-193 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Piranhas-Açu, Macau (PIA17)
Figura 3-194 – Histórico do IET da água no Estuário do Rio Piranhas-Açu, Macau (PIA17)
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out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIA17 - Estuário Rio Piranhas-Açu - MacauIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 0 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16
IET
PIA17 - Estuário Rio Piranhas-Açu - Macau IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD
167
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio”. O IQAc, contudo, foi “Muito Ruim” em praticamente todas as
campanhas (exceto as sete últimas), devido às concentrações elevadas de vários metais pesados na
água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura
3-194), indicando baixo grau de eutrofização da água neste estuário. A qualidade da água no
estuário encontra-se bastante comprometida, o que requer medidas de controle urgentes do Poder
Público.
PIA18 – Estuário do Rio dos Cavalos
O ponto PIA18 situa-se no estuário do Rio dos Cavalos, entre os municípios de Macau e Porto do
Mangue. Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (31,90‰, caracterizando água
salina), com água apresentando qualidade “Ruim” de acordo com os parâmetros usados para medir
o IQA e o IQAc (ver Figura 3-195). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada
concentração de nitrogênio, fósforo, COT, coliformes termotolerantes (770 NMP/100mL, abaixo do
VLP), sólidos totais (devido a elevada salinidade), além da baixa concentração de OD (1,7 mg/L,
muito abaixo do VLP). O IET resultou “Supereutrófico” (devido a elevada concentração de
fósforo), com baixa concentração de clorofila ‘a’. Quanto a série de metais traços na água do
estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver
Tabela 3-19). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).
Figura 3-195 – Histórico da qualidade da água no Rio dos Cavalos (PIA18)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio resultando na
classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, resultou “Muito Ruim” em todas as campanhas
anteriores a 2014, devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo, cádmio e níquel na
água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores elevados de
sólidos totais e turbidez e, eventualmente, de coliformes termotolerantes e DBO. Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Supertrófico (ver Figura 3-196), indicando
elevadíssimo grau de eutrofização da água neste estuário. A qualidade da água no estuário encontra-
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out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16
IQA
/IQ
Ac
PIA18 - Estuário Rio dos CavalosIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD 0 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD 0 0 SD 0
168
se bastante comprometida, indicando o lançamento de esgotos e outros efluentes, o que requer
medidas de controle urgentes do Poder Público.
Figura 3-196 – Histórico do IET da água no Rio dos Cavalos (PIA18)
PIA28 – Estuário do Rio das Conchas
O ponto PIA28 refere-se ao estuário do Rio das Conchas, localizado no município de Porto do
Mangue. Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (34,00‰, caracterizando água
salina), com água apresentando qualidade “Boa” de acordo com os parâmetros usados para medir o
IQA e o IQAc (iguais a 87, ver Figura 3-197). Os índices de qualidade foram prejudicados pela
elevada concentração de sólidos totais (devido a elevada salinidade). O IET resultou
“Ultraoligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, este abaixo do VLP
(ver Tabela 3-19). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto resultou em “Médio” em várias campanhas onde foi calculado
(exceto uma, que resultou “Ruim”, e últimas três que resultaram em “Boa”). O IQAc, por sua vez,
foi “Muito ruim” em todas as campanhas (anteriores a 2014), devido às concentrações elevadas de
cobre, chumbo, cromo, cádmio, zinco e níquel na água (o que não ocorreu nesta campanha). Quanto
ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-198),
indicando baixo grau de eutrofização da água neste estuário. Em geral, o que mais reduziu os
valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de coliformes
termotolerantes e sólidos totais e, eventualmente, de DBO. De maneira análoga aos demais
estuários do Rio Piranhas-açú, são necessárias ações de prevenção, o que requer medidas de
controle urgentes do Poder Público.
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out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16
IET
PIA18 - Estuário Rio dos Cavalos
IET Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD
169
Figura 3-197 – Histórico da qualidade da água no Rio das Conchas (PIA28)
Figura 3-198 – Histórico do IET da água no Rio das Conchas (PIA28)
FLNED – Estuário do Rio Camurupim
O ponto FLNED (antigo PIA27) situa-se no estuário do Rio Camurupim, a jusante do município de
Guamaré, e é um ponto da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED). Nesta
campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (32,67‰, caracterizando água salina), com
água apresentando qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o
IQAc (ver Figura 3-199). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de
sólidos totais (devido a elevada salinidade) e coliformes termotolerantes (1.733 NMP/100 mL,
acima do VLP). O IET resultou “Ultraoligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do
estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico,
exceto zinco (ver Tabela 3-19). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).
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jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 mai-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
PIA28 - Estuário Rio das ConchasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16
IET
PIA28 - Estuário Rio das ConchasIET Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
170
Figura 3-199 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Camurupim – jusante de Guamaré
(FLNED)
Figura 3-200 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Camurupim – jusante de Guamaré
(FLNED)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em diversas campanhas (exceto as
últimas campanhas, incluindo a atual), devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo,
cádmio e níquel (o que não foi observado nesta campanha). Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-200), indicando baixo grau de
eutrofização da água neste estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram as concentrações relativamente elevadas de sólidos totais (devido à salinidade) e,
eventualmente, DBO e coliformes termotolerantes. A qualidade da água no estuário encontra-se
bastante comprometida, o que requer medidas de controle urgentes do Poder Público.
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jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 out-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 mai-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16
IQA
/IQ
Ac
FLNED - Estuário Rio Camurupim (antigo PIA27)IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
0 SD 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD SD SD SD
20
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40
50
60
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80
jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 out-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 mai-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16
IET
FLNED - Estuário Rio Camurupim (antigo PIA27)IET Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
171
A Figura 3-201 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos rios e/ou trechos de rio e pontos estuarinhos analisados da bacia do Rio Piranhas-
Açú, além do FLNED, estuário do Rio Camurupim. Pela figura, é possível observar que os pontos
monitorados apresentam qualidade entre Média e Boa, exceto os pontos PIA18 e PIA32, que
apresentou qualidade Ruim, e estados tróficos variando entre ultraoligotróficos à hipereutróficos.
Desta forma, pode-se afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade
comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do
Rio Piranhas-Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
172
Figura 3-201 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos rios e pontos estuarinos da Bacia do Rio Piranhas-Açu
(SD-Sem dado)
0
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PIA11 PIA12 PIA22 PIA24 PIA17 PIA18 FLNED PIA28 PIA29 PIA32 PIA33 PIA34 PIA35 PIA36
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DOS RIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇUIQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
SD SD SD SD SD SDSD SD SD SD SD SD SD SD SD
Ultraoligotrófico
Hipereutrófico
Eutrófico
Oligotrófico
Mesotrófico
Supereutrófico
173
3.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APODI-MOSSORÓ
Os resultados referentes aos pontos da Bacia do Rio Apodi-Mossoró são apresentados neste
relatório por tipo de curso d’água (reservatórios, rios e estuários), no intuito de facilitar a
comparação e avaliação geral da qualidade da água nos diferentes tipos de corpos hídricos. Assim,
neste item são apresentados os resultados referentes à qualidade de água de 30 pontos amostrais,
sendo 21 reservatórios (APM01- Açude Encanto; APM02- Bonito II; APM03- Açude Jesus,
Maria, José; APM04- Açude Flechas; APM05- Açude Pau dos Ferros; APM06-Açude de Pilões,
APM07-Açude Marcelino Vieira; APM09-Açude de Lucrécia; APM10- Açude Rodeador; APM11 -
Açude do Brejo; APM12 - Açude Malhada Vermelha; APM13- Açude Passagem; APM14-Açude
Morcego; APM15- Açude Santo Antônio; APM16-Açude Apanha Peixe; APM17-Barragem de
Santa Cruz; APM23-Açude Riacho da Cruz; APM24-Açude Barragem de Umari; APM27-Açude
de Tourão – Patu; APM28 - Açude Santana de Pau dos Ferros; APM31 - Açude Riacho da Cruz II),
7 rios (APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe Guerra; APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-
Sept Rosado; APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do Genésio; APM21 - Rio Apodi/Mossoró
- Passagem de Pedra; APM25 - Rio do Carmo – Upanema;APM26 - Rio do Carmo - Fazenda
Angicos;APM29 -Rio Apodi/Mossoró - Jusante de Pau dos Ferros) e 2 pontos situados em
estuários (APM22 - Rio Apodi/Mossoró – Areia Branca e APM30 - Ponte BR101 - Estuário Rio
Apodi/Mossoró).
Os resultados são comparados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das
águas salobras e salinas, classe I (estuários), e águas doces, classe II (reservatórios e rios), da
Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de fundo,
fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os valores
previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível
1.
3.3.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró
Na Tabela 3-22 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos
índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos reservatórios da bacia hidrográfica do Rio
Apodi-Mossoró.Como os reservatórios situados no semiárido sofrem intensa influência das chuvas
e frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os
resultados referentes às amostragens em reservatórios são comparados com os Valores Limites
Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que
eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.
174
Tabela 3-22– Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++
ambientes lóticos.
PARÂMETROAPM01 - Açude
Encanto
APM02 - Açude
Bonito II
APM03 - Açude
Jesus, Maria, José
APM04 - Açude
Flechas
APM05 - Açude de
Pau dos Ferros
APM06 -
Açude de
Pilões
APM07 - Açude de
Marcelino VieiraVLP
*
Temperatura da amostra (oC) 28,8 27,3 - 31,1 - - - -
pH 8,2 7,8 - 9,2 - - - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) 7,5 6,4 - 16,4 - - - ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) 7,6 9,0 - 9,0 - - - ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)< 1 7 - 5 - - - < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 14,90 19,37 - 43,78 - - - -
Fósforo Total (mg P/L) 0,692 2,233 - 1,032 - - - ≤ (0,03+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1; ≤ 0,124
2; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) 242,0 1058,0 - 2102,0 - - - -
Turbidez (UNT) 4,8 11,3 - 120,0 - - - ≤ 1001
IQA 73 58 * 37 * * * -
Qualidade Bom Médio * Ruim * * * -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) 0,0013 < LD - < LD - - - ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,0002 1,2,3
Índice (IT) 1 1 * 1 * * * -
IQAc 73 58 * 37 * * * -
Qualidade Bom Médio * Ruim * * * -
IET 55 62 * 69 * * * -
Categoria Mesotrófico Eutrófico * Hipereutrófico * * * -
Cianobactérias (cél./mL) 586.250 14.154 - - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 19,1 0,4 - 19,2 - - - ≤ 301
Salinidade (‰) 0,059 0,259 - 1,273 - - - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) < LD 4,438 - 1,352 - - -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -
175
Tabela 4-22– Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró (continuação)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++
ambientes lóticos.
PARÂMETROAPM09 - Açude de
Lucrécia
APM10 - Açude
Rodeador
APM11 - Açude
do Brejo
APM12 - Açude
Malhada Vermelha
APM13 - Açude
Passagem
APM14 -Açude
MorcegoVLP
*
Temperatura da amostra (oC) - 31,7 - - 27,1 28,0 -
pH - 9,0 - - 8,4 8,9 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - 12,4 - - 5,3 9,1 ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - 14,7 - - 15,0 8,0 ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- < 1 - - 4 13 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - 13,90 - - 48,07 4,37 -
Fósforo Total (mg P/L) - 4,018 - - 0,666 0,334 ≤ (0,03+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1; ≤ 0,124
2; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - 714,0 - - 1032,0 792,0 -
Turbidez (UNT) - 103,3 - - 45,0 952,2 ≤ 1001
IQA * 37 * * 48 53 -
Qualidade * Ruim * * Ruim Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - < LD - - < LD 0,0110 ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3
Índice (IT) * 1 * * 1 0 -
IQAc * 37 * * 48 0 -
Qualidade * Ruim * * Ruim Muito Ruim -
IET * 66 * * 70 71 -
Categoria * Supereutrófico * * Hipereutrófico Hipereutrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - 4.647.060 - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - 1,2 - - 64,1 152,9 ≤ 301
Salinidade (‰) - 0,330 - - 0,401 0,731 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,316 - - 1,472 < LD(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 nov-16 -
176
Tabela 4-22– Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró (continuação)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++
ambientes lóticos.
PARÂMETROAPM15 - Açude
Santo Antônio
APM16 - Açude
Apanha Peixe
APM17 - Barragem de
Santa Cruz
APM23 - Açude
Riacho da Cruz
APM24 - Açude
Barragem de Umari
APM27 - Açude
Tourão - PatuVLP
*
Temperatura da amostra (oC) - - 30,0 28,2 28,0 - -
pH - - 9,7 8,3 8,0 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5
2,3
OD (mg/L) - - 7,3 3,1 9,9 - ≥ 5,01,2
; ≥ 6,03
DBO (mg/L) - - 15,6 6,1 10,8 - ≤ 5,01
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- - < 1 < 1 7 - < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - - 4,79 22,17 7,22 - -
Fósforo Total (mg P/L) - - 0,553 0,825 0,366 - ≤ (0,03+, 0,05
++ ou 0,1
+++)1; ≤ 0,124
2; ≤ 0,062
3
Sólidos Totais (mg/L) - - 336,0 1126,0 322,0 - -
Turbidez (UNT) - - 5,4 58,9 4,1 - ≤ 1001
IQA * * 61 51 70 * -
Qualidade * * Médio Médio Médio * -
Cobre dissolvido (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,005
2,3
Chumbo Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,01 1,2,3
Cromo Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,05 1,2,3
Cádmio Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005
2
Zinco Total (mg/L) - - 0,0250 < LD < LD - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09
2,3
Níquel Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,025 1,2,3
Mercúrio Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0002 1,2,3
Índice (IT) * * 1 1 1 * -
IQAc * * 61 51 70 * -
Qualidade * * Médio Médio Médio * -
IET * * 54 72 53 * -
Categoria * * Mesotrófico Hipereutrófico Mesotrófico * -
Cianobactérias (cél./mL) - - 42.630 28.659.072 409.678 - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - ≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - - < LD 83,3 < LD - ≤ 301
Salinidade (‰) - - 0,165 0,636 0,118 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰
2; ;≥ 30 ‰
3
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,230 0,601 < LD -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -
177
APM01 - Açude Encanto
O ponto APM01 situa-se no Açude Encanto, no município de Encanto. Nesta campanha, a
salinidade medida foi de 0,059‰ (água doce). O IQA e o IQAc foram calculados, e resultaram 73,
o que classifica a água do açude como de “Boa” qualidade (ver Figura 3-202). A densidade de
cianobactérias nesta campanha resultou elevada, 586.250 cél./mL, muito acima de ambos os VLPs,
com dominância das espécies Aphanocapsa delicatissima, Merismopedia tenuissima,
Planktolyngbya minor, Snowela lacustris, Chroococcus minutus, Aphanocapsa koodersii e
Cylindrospermopsis raciborskii (esta última, potencial produtora de cianotoxinas). A concentração
de clorofila ‘a’ resultou 19,1 µg/l, abaixo do VLP. Os índices de qualidade foram prejudicados pela
elevada concentração de DBO, nitrogênio total, fósforo e sólidos totais. O IET resultou
“Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram
valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto chumbo, mesmo assim, abaixo dos VLPs
(ver Tabela 3-22).
Figura 3-202 – Histórico da qualidade da água no Açude Encanto (APM01)
Figura 3-203 – Histórico do IET da água no Açude Encanto (APM01)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
IQA
/IQ
Ac
APM01 - Açude EncantoIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
SD SD SD 0 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
20
30
40
50
60
70
80
set-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM01 - Açude EncantoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
178
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi
“Muito Ruim” em três campanhas, devido as concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo,
níquel e mercúrio. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico
(muito próximo a Supereutrófico) (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste
açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 487.584 cél./mL,
com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de
cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria
MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em todas as campanhas (ver Figura 3-2). Em
geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente
elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e, eventualmente, de coliformes termotolerantes.
Figura 3-204 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Encanto (APM01)
APM02 - Açude Bonito II
O ponto APM02 situa-se no Açude Bonito II, no município de São Miguel. Nesta campanha, a
salinidade medida foi de 0,259‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (58, ver Figura
3-205), devido as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais, fósforo e nitrogênio
(total e amoniacal). Nesta campanha, a concentração de todos os metais traços analisados foram
inferiores ao VLPs. A densidade de cianobactérias na água do açude nesta campanha foi de 14.154
cél/mL, abaixo de ambos os VLPs, com predominância das espécies Planktotrix agardhii (potencial
produtora de cianotoxinas) e Chroococcus minutus. O IET resultou “Eutrófico”, sendo que a
concentração de clorofila ‘a’ foi inferior ao VLP, igual a 0,4 µg/L (ver Tabela 3-22).
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio”, mas próximo a “Bom”. O IQAc foi “Muito Ruim” em três
campanhas, onde foram observadas concentrações elevadas de cobre, cromo, cádmio e níquel.
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (próximo a
Supereutrófico, ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade
média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 242.171 cél./mL, com predominância
das espécies Planktotrix agardhii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em
concentrações geralmente acima dos VLPs em várias campanhas (ver Figura 3-2).
2.000
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200.000
2.000.000
De
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bac
téri
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APM01 - Açude Encanto
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (487.584 cél./mL)
SD
179
Figura 3-205– Histórico da qualidade da água no Açude Bonito II (APM02)
Figura 3-206– Histórico do IET da água no Açude Bonito II (APM02)
Figura 3-207– Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Bonito II (APM02)
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IQA
/IQ
Ac
APM02 - Açude Bonito IIIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 SD 0 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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set-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM02 - Açude Bonito IIIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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1.000.000
De
ns.
cia
no
bac
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as (c
él./
mL)
APM02 - Açude Bonito II
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (242.171 cél./mL)
ND
180
APM03 - Açude Jesus, Maria, José
O ponto APM03 situa-se no Açude Jesus, Maria, José, no município de Tenente Ananias. Nesta
campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e
Tabela 3-22).
Figura 3-208 – Histórico da qualidade da água no Açude Jesus, Maria, José (APM03)
(SD: Sem dado)
Figura 3-209 – Histórico do IET da água no Açude Jesus, Maria, José (APM03)
(SD: Sem dado)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio resultou
na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em duas campanhas, devido ao
excesso de cobre e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, fósforo, coliformes termotolerantes e
nitrogênio, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do
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IQA
/IQ
Ac
APM03 - Açude Jesus, Maria, JoséIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 SD SD SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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IET
APM03 - Açude Jesus, Maria, JoséIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD SD SD
181
reservatório. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (próximo a
Supereutrófico) (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude.
APM04 - Açude Flechas
O ponto APM04 situa-se no Açude Flechas, no município de José da Penha. Nesta campanha, a
salinidade medida foi 1,273‰ (água salobra). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (ambos iguais a
37), com concentração elevadíssima de nitrogênio total, e amoniacal, DBO, fósforo, sólidos totais e
turbidez (ver Figura 3-210) e elevado pH. O IET resultou “Hipereutrófico” (69) onde a
concentração de clorofila ‘a’ foi elevada (19,2 µg/L), abaixo do VLP (ver Tabela 3-22). Nesta
campanha, a concentração de todos os metais traços analisados foram inferiores aos VLPs. O
resultado da densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela laboratório responsável.
Figura 3-210 – Histórico da qualidade da água no Açude Flechas (APM04)
Figura 3-211 – Histórico do IET da água no Açude Flechas (APM04)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, e o IQAc, por sua vez, foi “Muito
Ruim” em quase todas as campanhas, devido ao excesso de cobre, cromo e níquel na água. Quanto
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IQA
/IQ
Ac
APM04 - Açude FlechasIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD 0 0 0 0 0
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out-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM04 - Açude Flechas IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
182
ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando
elevado grau de eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste
ponto foram as concentrações elevadas de DBO e fósforo, devido provavelmente ao lançamento de
efluentes provenientes de usos urbanos (José da Penha) e agropastoris que ocorrem na bacia a
montante do reservatório.
APM05 – Açude Público de Pau dos Ferros
O ponto APM05 situa-se no Açude Público de Pau dos Ferros, no município de Pau dos Ferros.
Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura
3-208 e Tabela 3-22).
Figura 3-212 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Pau dos Ferros (APM05)
Figura 3-213 – Histórico do IET da água no Açude Público de Pau dos Ferros (APM05)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi
“Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e mercúrio na água.
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IQA
/IQ
Ac
APM05 - Açude de Pau dos FerrosIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
0 0 SD SD SD SD 0 SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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out-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM05 - Açude de Pau dos FerrosIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SDSD
183
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2),
indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os
anos de 2008 e 2016 foi de 717.422 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis
raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em concentrações acima
dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em várias campanhas
(ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as
concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris
que ocorrem na bacia, a montante do reservatório.
Figura 3-214 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Público de Pau dos
Ferros (APM05) (SD-Sem dado; ND-Não detectado)
APM06 – Açude Público de Pilões
O ponto APM06 situa-se no Açude Público de Pilões, no município de Pilões. Nesta campanha, não
foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).
Figura 3-215 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Pilões (APM06)
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APM05 - Açude de Pau dos Ferros
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (717.422 cél./mL)
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IQA
/IQ
Ac
APM06 - Açude de PilõesIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD 0 0 0 0 0 0 0 SD SD SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
184
Figura 3-216 – Histórico do IET da água no Açude Público de Pilões (APM06)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio resultou
na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao
excesso de cobre, níquel e mercúrio na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de
DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na
bacia, a montante do reservatório.
APM07 – Açude Público de Marcelino Vieira
O ponto APM07 situa-se no Açude Público de Marcelino Vieira, no município de Marcelino Vieira.
Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura
3-208 e Tabela 3-22).
Figura 3-217 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Marcelino Vieira (APM07)
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out-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM06 - Açude de PilõesIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD
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IQA
/IQ
Ac
APM07 - Açude de Marcelino VieiraIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 SD 0 0 SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
185
Figura 3-218 – Histórico do IET da água no Açude Público de Marcelino Vieira (APM07)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi
“Muito Ruim” em três campanhas, devido ao excesso de cobre e níquel. Quanto ao histórico do
IET, a média para este ponto resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau
de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi
de 1.677.748 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii (potencial
produtora de cianotoxinas), Planktolyngbya limnetica e Planktolyngbya minor em concentrações
acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em todas as
campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as
concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris
que ocorrem na bacia a montante do reservatório.
Figura 3-219 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Público de Marcelino
Vieira (APM07)
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IET
APM07 - Açude de Marcelino VieiraIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD
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10.000.000
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mL)
APM07 - Açude de Marcelino Vieira
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (1.677.748 cél./mL)
SD SD SD
186
APM09 – Açude de Lucrécia
O ponto APM09 situa-se no Açude de Lucrécia, no município de Lucrécia. Nesta campanha, não foi
realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).
Figura 3-220 – Histórico da qualidade da água no Açude de Lucrécia (APM09)
Figura 3-221 – Histórico do IET da água no Açude de Lucrécia (APM09)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto resultou entre “Médio” e “Bom” em todas as campanhas anteriores
(exceto uma, de Março de 2015,em que resultou “Ruim”), enquanto o IQAc, por sua vez, foi
“Muito Ruim” em duas campanhas avaliadas, devido ao excesso de cobre, chumbo e níquel na
água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Supereutrófico (ver Figura
3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias
entre os anos de 2008 e 2016 foi de 995.719 cél./mL, com predominância das espécies
Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), Planktolyngbya sp e
Planktolyngbya minor em concentrações acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e
Resolução CONAMA 357/2005 em todas as campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais
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IQA
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Ac
APM09 - Açude de LucréciaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
SD SD SD 0 0 SDSD SDSD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
20
30
40
50
60
70
80
IET
APM09 - Açude de LucréciaIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SDSD
187
reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO,
nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante
do reservatório.
Figura 3-222 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude de Lucrécia (APM09)
APM10 – Açude Rodeador
O ponto APM10 situa-se no Açude Rodeador, no município de Umarizal. Nesta campanha, a
salinidade medida foi 0,330‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (37, ver Figura
3-220), devido às concentrações muito elevadas de nitrogênio, fósforo, DBO, pH, turbidez e sólidos
totais (acima dos VLPs). O IET resultou “Supereutrófico”. A densidade de cianobactérias
(4.647.060 cél./mL) foi muito superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000
cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Aphanizomenon
gracile (potencial produtora de toxinas), Aphanocapsa incerta, Merismopedia tenuissima,
Aphanocapsa elachista, (estas, não produtoras de toxinas), e presença, em menor percentual, de
outras potenciais produtoras de cianotoxinas, como Cilindrospermopsis raborskii. A concentração
de clorofila ‘a’ resultou em 1,2 µg/L, abaixo do VLP. Nesta campanha, a concentração de todos os
metais traços analisados foram inferiores aos limites de determinação analíticos. (ver Tabela 3-22).
Figura 3-223 – Histórico da qualidade da água no Açude Rodeador (APM10)
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APM09 - Açude de Lucrécia
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (995.719 cél./mL)
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IQA
/IQ
Ac
APM10 - Açude RodeadorIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 SD 0 SD 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
188
Figura 3-224 – Histórico do IET da água no Açude Rodeador (APM10)
Figura 3-225 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Rodeador (APM10)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto foi “Bom” em todas as campanhas (exceto as três últimas). O
IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas em que pôde ser calculado, devido ao
excesso de cobre, chumbo e níquel na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A
densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 632.030 cél./mL, com
predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii, Sphaerocavum brasiliense,
Aphanizomenon gracile (potenciais produtoras de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em
concentrações acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em
todas as campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos
agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.
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50
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out-08 jul-09 dez-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM10 - Açude Rodeador IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
1.000
10.000
100.000
1.000.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
APM10 - Açude Rodeador
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (632.030 cél./mL)
SD SD SD SD SD
189
APM11 – Açude do Brejo
O ponto APM11 situa-se no Açude do Brejo, no município de Olho D’água do Borges. Nesta
campanha, não houve coleta para que fosse possível realizar a completa caracterização do mesmo
(ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em quase todas as
campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e mercúrio. Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização
neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo, sólidos e coliformes termotolerantes, devido
provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante e às margens do reservatório.
Figura 3-226 – Histórico da qualidade da água no Açude do Brejo (APM11)
Figura 3-227 – Histórico do IET da água no Açude do Brejo (APM11)
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/IQ
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APM11 - Açude do BrejoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 0 0 0 0 SDSD SDSD SDSD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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IET
APM11 - Açude do Brejo IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD
190
APM12 – Açude Malhada Vermelha
O ponto APM12 situa-se no Açude Malhada Vermelha, no município de Severiano Melo, a jusante
da área urbana. Nesta campanha, não houve coleta para que fosse possível realizar a completa
caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).
Figura 3-228 – Histórico da qualidade da água no Açude Malhada Vermelha (APM12)
Figura 3-229 – Histórico do IET da água no Açude Malhada Vermelha (APM12)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas,
devido ao excesso de cobre, chumbo e níquel. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude.
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de
sólidos, nitrogênio, fósforo e DBO, devido provavelmente ao lançamento de efluentes oriundos da
área urbana de Severiano Melo, além de usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante e às
margens do reservatório.
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IQA
/IQ
Ac
APM12 - Açude Malhada VermelhaIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 SD 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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out-08 jul-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM12 - Açude Malhada VermelhaIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
191
APM13 – Açude Passagem
O ponto APM13 situa-se no Açude Passagem, no município de Rodolfo Fernandes, a cerca de 3 km
a montante da sede municipal de Itaú. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,401‰ (água
doce). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (48, próximo a “Médio”, ver Figura 3-230), devido às
concentrações relativamente elevadas de nitrogênio, fósforo, DBO, sólidos totais, além do elevado
pH (acima do VLP). O IET resultou “Hipereutrófico”. A concentração de clorofila ‘a’ resultou em
64,1 µg/L, muito superior ao VLP. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, valor inferior ao VLP
(ver Tabela 3-22).
Figura 3-230 – Histórico da qualidade da água no Açude Passagem (APM13)
Figura 3-231 – Histórico do IET da água no Açude Passagem (APM13)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (resultando “Ruim” apenas nas três
últimas campanhas), enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em três das nove campanhas
em que foi calculado, devido aos excessos de cobre, chumbo e níquel. Quanto ao histórico do IET, a
média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de
eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as
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IQA
/IQ
Ac
APM13 - Açude PassagemIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 SD 0 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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IET
APM13 - Açude Passagem IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
192
concentrações elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e coliformes termotolerantes, devido
provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.
APM14 – Açude Morcego
O ponto APM14 situa-se no Açude Morcego, no município de Campo Grande (antigo Augusto
Severo). Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,731‰ (água salobra). O IQA resultou “Médio”
(53, ver Figura 3-232), devido à concentração relativamente elevada de nitrogênio, fósforo, DBO,
turbidez (acima dos VLPs) e sólidos totais. O IET resultou “Hipereutrófico”, onde a concentração
de clorofila ‘a’ resultou 152,9 µg/L, muito superior ao VLP. Quanto a série de metais traços na água
do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto
chumbo, este superior ao VLP (ver Tabela 3-22), o que anulou o IT e consequentemente o IQAc
(IQAc = 0). O resultado da densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela
laboratório responsável.
Figura 3-232 – Histórico da qualidade da água no Açude Morcego (APM14)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto foi “Bom” em todas as campanhas (exceto as três últimas). O
IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas (incluindo a atual), devido aos excessos
de cobre, chumbo, níquel e cádmio. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou
em Mesotrófico, mas próximo a Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização
neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris
que ocorrem na bacia a montante e às margens do reservatório.
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Ac
APM14 -Açude MorcegoIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 0 0 0 0 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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Figura 3-233 – Histórico do IET da água no Açude Morcego (APM14)
APM15 – Açude Santo Antônio
O ponto APM15 situa-se no Açude Santo Antônio, no município de Caraúbas. Nesta campanha, não
houve coleta para que fosse possível realizar a completa caracterização do mesmo (ver Figura
3-208, Figura 3-208 e Tabela 3-22).
Figura 3-234 – Histórico da qualidade da água no Açude Santo Antônio (APM15)
(SD: Sem dado)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio” (muito próximo de “Bom”). O IQAc, por sua vez, foi “Muito
Ruim” em várias campanhas em que pôde ser calculado, devido ao excesso de cobre, cromo e
mercúrio. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (próximo a
Eutrófico, ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste açude. Em geral, o que mais
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IET
APM14 - Açude MorcegoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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APM15 - Açude Santo AntônioIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 0 0 0 0 SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de coliformes
termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que
ocorrem na bacia a montante do reservatório.
Figura 3-235 – Histórico do IET da água no Açude Santo Antônio (APM15)
(SD: Sem dado)
APM16 – Açude Apanha Peixe
O ponto APM16 situa-se no Açude Apanha-Peixe, no município de Caraúbas. Nesta campanha, não
houve coleta de amostra para este ponto (ver Figura 3-236, Figura 3-236 e Tabela 3-22).
Figura 3-236 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas
em que pôde ser calculado, devido ao excesso de cobre, chumbo, cromo, mercúrio e eventualmente
níquel (sendo classificado como “Ruim” na única campanha em que foi mensurado). Quanto ao
histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado
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IET
APM15 - Açude Santo AntônioIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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APM16 - Açude Apanha PeixeIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAcExcelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD SD SD SD 0 0 0 0 0 SD SD SD SD SD SD SD SD
195
grau de eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
foram os valores elevados de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio, fósforo e turbidez
devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.
Figura 3-237 – Histórico do IET da água no Açude Apanha Peixe (APM16)
APM17–Barragem de Santa Cruz
O ponto APM17 situa-se na Barragem de Santa Cruz, no município de Apodi. O reservatório da
Barragem de Santa Cruz é o segundo maior do estado, com capacidade de acumulação de 600
milhões de metros cúbicos. Nesta campanha, a salinidade foi de 0,165‰ (água doce). O IQA e o
IQAc resultaram “Médio” (61, ver Figura 3-238), devido aos elevados valores de DBO, pH,
nitrogênio, fósforo e sólidos totais. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os
parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto zinco, mas
inferior ao VLP.
Figura 3-238 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi (APM17)
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IET
APM16 - Açude Apanha Peixe IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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/IQ
Ac
APM17 - Barragem de Santa CruzIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
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Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
SD SD 0 0
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Observa-se, contudo, com base nestes parâmetros, que a qualidade da água na barragem está
comprometida, embora alguns parâmetros atendam aos respectivos VLPs. O IET resultou
“Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias resultou 42.630 cel./mL, e as concentrações de
coliformes termotolerantes e de clorofila ‘a’ na água foram baixas, o que atesta sua qualidade
microbiológica (ver Tabela 3-22).
Figura 3-239 – Histórico do IET da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi (APM17)
Figura 3-240 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Barragem de Santa Cruz, em
Apodi (APM17)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio”, mas próximo a “Bom”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim”
em algumas campanhas em que foi calculado, devido aos excessos de cobre, chumbo e níquel.
Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2),
indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os
anos de 2008 e 2016 foi de 68.268 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis
raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) em concentrações acima dos VLPs da Portaria MS
nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em algumas campanhas (ver Figura 3-2). Em
geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente
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IET
APM17 - Barragem de Santa CruzIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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APM17 - Barragem de Santa Cruz
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (68.268 cél./mL)
SD ND ND ND ND
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elevadas de DBO, fósforo e nitrogênio, devido a usos agropastoris (agricultura, pecuária,
piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório, o que demanda um controle mais
efetivo por parte do poder público.
APM23 – Açude Riacho da Cruz II
O ponto APM23 situa-se no Açude Riacho da Cruz II, no município de Riacho da Cruz. Nesta
campanha, a salinidade medida foi 0,636‰ (água salobra). O IQA e o IQAc resultaram “Médio”
(51, ver Figura 3-241), bastante prejudicado pela concentração de fósforo, nitrogênio, turbidez, e
DBO (acima dos VLPs) e de sólidos totais (ver Tabela 3-22). A densidade de cianobactérias foi
muito elevada (28.659.072 cél./mL), superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000
cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância das espécies Planktotrix
agardhii, Cilindrospermopsis raciborskii (ambas potenciais produtoras de toxinas),
Pseudoanabaena galeata e Planktolyngbya minor (não produtoras de cianotoxinas). A concentração
de clorofila ‘a’ foi muito elevada, 83,3 µg/L, muito superior ao VLP, o que resultou em IET
“Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, inferior aos VLPs.
Figura 3-241 – Histórico da qualidade da água no Açude Riacho da Cruz II (APM23)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” apenas na campanha
anterior), enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em apenas duas campanhas, devido aos
excessos de cobre, cromo, zinco e níquel, e “Bom” em outras três campanhas. Quanto ao histórico
do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de
eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de
2.174.069 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii, Planktotrix
agardhii, Aphanizomenon gracile (potenciais produtoras de cianotoxinas), Merismopedia
tenuissima e Planktolyngbya minor (não produtoras de cianotoxinas) em concentrações acima dos
VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em seis das quatorze
campanhas analisadas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto
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APM23 - Açude Riacho da CruzIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
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Excelente (≥ 90)
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Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos
agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.
Figura 3-242 – Histórico do IET da água no Açude Riacho da Cruz II (APM23)
Figura 3-243 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Riacho da Cruz II
(APM23)
APM24– Barragem de Umari
O ponto APM24 situa-se na Barragem de Umari, no município de Upanema. O reservatório da
Barragem de Umari é o terceiro maior do estado, com capacidade de acumulação de 300 milhões de
metros cúbicos. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,118‰ (água doce). O IQA e o IQAc
resultaram em “Médio” (próximo a “Bom”, iguais a 70, ver Figura 3-241), com concentração
elevada de nitrogênio e DBO. O IET resultou “Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias foi
elevada (409.678 cél./mL), superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL)
e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Leptolyngbia sp.,
Aphanocapsa delicatissima, Merismopedia punctacta e Snowela lacustris (não produtoras de
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nov-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 set-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM23 - Açude Riacho da CruzIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
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as (c
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mL)
APM23 - Açude Riacho da Cruz
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 518/2004 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (2.174.069 cél./mL)
SD SD
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cianotoxinas). Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram
valores abaixo do limite de detecção do método, ou abaixo do VLP. A concentração de clorofila ‘a’
resultou baixa nesta campanha, inferior ao limite de detecção e ao VLP (ver Tabela 3-22).
Figura 3-244 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Umari, em Upanema (APM24)
Figura 3-245 – Histórico do IET da água na Barragem de Umari, em Upanema (APM24)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Bom”. O IQAc, por sua vez, foi “Bom” em apenas quatro campanhas, nas
demais mostrou-se “Médio” ou “Muito Ruim” ou não foi calculado. Quanto ao histórico do IET, a
média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de
eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de
50.552 cél./mL, com predominância das espécies Aphanocapsa delicatissima, Merismopedia
tenuissima e Planktolyngbya minor (não produtoras de cianotoxinas) em concentrações raramente
acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 em nove das vinte campanhas (ver Figura 3-2). Em
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IQA
/IQ
Ac
APM24 - Açude Barragem de UmariIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD 0 SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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50
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70
80
IET
APM24 - Açude Barragem de UmariIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
200
geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO,
nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris (agricultura, pecuária,
piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório.
Figura 3-246 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Barragem de Umari, em
Upanema (APM24)
APM27 – Açude Tourão - Patu
O ponto APM27 situa-se no Açude Tourão, no município de Patu. Nesta campanha, não houve
coleta de amostra para este ponto (ver Figura 3-236, Figura 3-236 e Tabela 3-22).
Figura 3-247 – Histórico da qualidade da água no Açude Tourão (APM27)
200
2.000
20.000
200.000
De
ns.
cia
no
bac
téri
as (c
él./
mL)
APM24 - Açude Barragem de Umari
Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)
Portaria MS 518/2004 (20.000 cél./mL)
Densidade Média (50.552 cél./mL)
SD SD
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IQA
/IQ
Ac
APM27 - Açude de Tourão - PatuIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD 0 SD 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
201
Figura 3-248 – Histórico do IET da água no Açude Tourão (APM27)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” apenas na campanha
anterior), enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em algumas campanhas, devido ao
excesso de cobre, chumbo e níquel, e “Médio” nas demais em que foi calculado (com exceção da
anterior, onde resultou também “Ruim”). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude.
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente
elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos totais, devido provavelmente aos usos agropastoris
(agricultura, pecuária, piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório.
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos reservatórios analisados da bacia do Rio Apodi-Mossoró. Pela figura, é possível
observar que os pontos monitorados apresentam qualidade entre Ruim e Boa, onde pontos como os
APM04 e APM10 apresentaram qualidade ruim, com situação mais crítica. E quanto aos estados
tróficos dos reservatórios, estes variaram entre mesotróficos à hipereutróficos, e que, com exceção
dos pontos APM01, APM17 e APM24, todos os demais apresentaram estados de trofia bastante
críticos. Desta forma, pode-se afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com
qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da
bacia do Rio Apodi-Mossoró, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
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jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM27 - Açude de Tourão - PatuIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
202
Figura 3-249 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos reservatórios da Bacia do Rio Apodi-Mossoró
(SD-Sem dado)
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IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
Hipereutrófico
Supereutrófico
Eutrófico
Mesotrófico
Oligotrófico
Ultraoligotrófico
SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD
203
3.3.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró
Na Tabela 3-23 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos
índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos rios da bacia hidrográfica do Rio Apodi-
Mossoró. Como os rios situados no semiárido sofrem intensa influência das chuvas e
frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os resultados
referentes às amostragens em rios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs –
para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as
amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.
204
Tabela 3-23 – Qualidade da água nos rios da Bacia do Apodi-Mossoró
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ambientes lóticos.
PARÂMETRO
APM18 - Rio
Apodi/Mossoró -
Felipe Guerra
APM19 - Rio
Apodi/Mossoró -
Gov. Dix-Sept
Rosado
APM20 - Rio
Apodi/Mossoró -
Barragem do
Genésio
APM21 - Rio
Apodi/Mossoró -
Passagem de Pedra
APM25 - Rio do
Carmo - Upanema
APM26 - Rio do
Carmo - Fazenda
Angicos
APM30 -Rio do
Carmo - Ponte BR-
110
VLP**
Temperatura da amostra (oC) - 30,0 29,0 28,0 - - -
pH - 9,1 8,5 8,7 - - - 6,0 a 9,0
OD (mg/L) - 9,8 4,1 2,3 - - - ≥ 5,0
DBO (mg/L) - 10,7 12,6 14,4 - - - ≤ 5,0
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)- 34 16 26 - - - < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) - 22,195 4,413 8,538 - - - -
Fósforo Total (mg P/L) - 0,625 5,667 2,291 - - - 0,1
Sólidos Totais (mg/L) - 678,0 3190,0 2262,0 - - - -
Turbidez (UNT) - 3,3 160,0 217,0 - - - ≤ 100
IQA * 52 37 33 * * * -
Qualidade * Médio Ruim Ruim * * * -
Cobre dissolvido (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,009
Chumbo Total (mg/L) - < LD < LD 0,010 - - - ≤ 0,01
Cromo Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,05
Cádmio Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,001
Zinco Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,18
Níquel Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,025
Mercúrio Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,0002
Índice (IT) * 1 1 1 * * * -
IQAc * 52 37 33 * * * -
Qualidade * Médio Ruim Ruim * * * -
IET * 49 88 52 * * * -
Categoria * Oligotrófico Hipereutrófico Oligotrófico * * * -
Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) - - - - - - - -
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) - < LD 247,7 < LD - - - ≤ 30
Salinidade (‰) - 0,259 1,862 1,579 - - - < 0,5
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,137 0,352 1,294 - - -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -
205
APM18 – Rio Apodi Mossoró - Felipe Guerra
O ponto APM18 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Felipe Guerra, em um trecho
perenizado do rio, a jusante da Barragem de Santa Cruz do Apodi. Nesta campanha, não houve
coleta de amostra para este ponto (ver Figura 3-250, Figura 3-251 e Tabela 3-23).
Figura 3-250 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Felipe Guerra (APM18)
Figura 3-251 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Felipe Guerra (APM18)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi
“Muito Ruim” em seis das dez campanhas em que foi calculado, devido ao excesso de cobre,
cromo, mercúrio e níquel (nesta campanha, isso não ocorreu). Quanto ao histórico do IET, a média
para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-251), indicando médio grau de eutrofização
neste rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido
provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes nas áreas
urbanas de Apodi e Felipe Guerra (esgotos, drenagem etc.).
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/IQ
Ac
APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe Guerra
IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD 0 0 SD 0 SD SD SD SD 0 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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out-08 jun-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16
IET
APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe GuerraIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
206
APM19 – Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado
O ponto APM19 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Governador Dix-Sept Rosado,
a jusante da área urbana. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,259‰ (água doce). O IQA e
o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (52, ver Figura 3-252), comprometido pela elevada
concentração de nitrogênio, fósforo, pH, DBO e sólidos. O IET resultou “Oligotrófico” com a
concentração de clorofila ‘a’ inferior ao limite de detecção. Quanto a série de metais traços na água
do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método (ver
Tabela 3-23).
Figura 3-252 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Gov. Dix-Sept Rosado
(APM19)
Figura 3-253 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Gov. Dix-Sept Rosado (APM19)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto que o IQAc, por sua vez,
foi “Muito Ruim” em três campanhas, devido ao excesso de cobre, chumbo, níquel e cromo na
água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura
3-2), indicando médio grau de eutrofização neste rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do
0
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IQA
/IQ
Ac
APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept RosadoIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
SD SD SD 0 SD SD SD 0 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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out-08 jun-09 dez-09 jul-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept RosadoIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
207
IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio e sólidos
totais, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de
efluentes nas áreas urbanas a montante deste ponto (esgotos, drenagem etc.).
APM20 – Rio Apodi Mossoró - Barragem do Genésio, em Mossoró
O ponto APM20 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Mossoró, a montante da área
urbana, no local denominado Barragem do Genésio. Nesta campanha, a salinidade medida foi de
1,862‰ (água salobra). O IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Ruim” (37, ver Figura 3-254),
com elevadas concentrações de sólidos totais, nitrogênio (total e amoniacal), fósforo, DBO, e baixo
OD. O IET resultou “Hipereutrófico” devido a elevada concentração de clorofila ‘a’, igual a 247,7
µg/L, muito superior ao VLP. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros
apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, inferiores aos VLPs (ver Tabela
3-23).
Figura 3-254 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Barragem do Genésio,
Mossoró (APM20)
Figura 3-255 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Barragem do Genésio, Mossoró
(APM20)
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IQA
/IQ
Ac
APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do GenésioIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
SD SD SD 0 SD SD SD SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
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out-08 jun-09 dez-09 jul-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16
IET
APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do GenésioIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
208
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” apenas nesta campanha),
enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em duas campanhas, devido aos excessos de
cobre, níquel e cromo na água, e oscilou entre “Ruim” e “Bom” nas demais. Quanto ao histórico do
IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de
eutrofização neste ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram
as concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos totais,
devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes
nas áreas urbanas a montante deste ponto (esgotos, drenagem etc.) e à condição atual da bacia, com
pouca vegetação e solo desprotegido.
APM21 – Rio Apodi Mossoró- Passagem de pedra, Mossoró
O ponto APM21 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Mossoró, a jusante da área
urbana, no local denominado Passagem de Pedra. Nesta campanha, a salinidade medida foi de
1,579‰ (água salobra). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (33 para ambos, ver Figura 3-254),
devido as elevadas concentrações de DBO, turbidez, fósforo e nitrogênio (total e amoniacal) acima
dos VLPs, além de sólidos totais. O IET resultou “Oligotrófico” com baixa concentração de
clorofila ‘a’, inferior ao limite de detecção. Em relação ao ponto APM20, que fica a montante da
área urbana, é patente a perda de qualidade da água no rio no trecho em que este atravessa a área
urbana de Mossoró, em consequência dos múltiplos lançamentos de esgotos (além das águas da
drenagem urbana e outros efluentes) (ver Tabela 3-23).
Figura 3-256 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Passagem de Pedra,
Mossoró (APM21)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio”, mas próximo a “Ruim”. O IQAc, por sua vez, foi “Médio” ou
“Ruim” em quatro das desesseis campanhas, sendo que não foi calculado nas demais (devido a falta
de dados), ou resultou nulo. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevadíssimo grau de eutrofização neste ponto do rio.
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de
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Ac
APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de PedraIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD SD SD SD SD 0 0 0 SD 0 SD 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
209
coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos totais, devido aos lançamentos de
efluentes (esgotos, drenagem etc.) na área urbana do Mossoró.
Figura 3-257 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Passagem de Pedra, Mossoró
(APM21)
APM25 – Rio do Carmo - Upanema
O ponto APM25 localiza-se no Rio do Carmo, no município de Upanema, a jusante da Barragem
Umari, em local próximo à área urbana de Upanema. Nesta campanha, não houve coleta de amostra
para este ponto (ver Figura 3-258, Figura 3-259 e Tabela 3-23).
Figura 3-258 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, Upanema (APM25)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” enquanto que o IQAc resultou
“Muito Ruim” em quatro das dez campanhas em que foi calculado, devido ao excesso de cobre,
chumbo, cromo, níquel e mercúrio na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
20
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80IE
T
APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de PedraIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD
0
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40
50
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IQA
/IQ
Ac
APM25 - Rio do Carmo - UpanemaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc
0 SD SD 0 0 SD 0 0 SD SD
Excelente (≥ 90)Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
210
resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização neste ponto do rio.
Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente
elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos
agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes na área urbana de Upanema
(esgotos, drenagem etc.).
Figura 3-259 – Histórico do IET da água no Rio do Carmo, Upanema (APM25)
APM26 – Rio do Carmo - Fazenda Angicos
O ponto APM26 localiza-se no Rio do Carmo, no município de Mossoró, a montante da área urbana
da cidade, sob uma ponte da BR-304. Nesta campanha, não havia água no trecho para amostragem,
de maneira que não foi avaliado a qualidade deste ponto (ver Figura 3-260, Figura 3-260 e Tabela
3-23).
Figura 3-260 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, Fazenda Angicos (APM26)
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nov-08 jul-09 dez-09 jul-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16
IET
APM25- Rio do Carmo - UpanemaIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
0
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IQA
/IQ
Ac
APM26 - Rio do Carmo - Fazenda AngicosIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
SD SD 0 0 SD SD SD SD 0 SD SD SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
211
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto que o IQAc, por
sua vez, foi “Muito Ruim” em quatro das onze campanhas anteriores, devido ao excesso de cobre,
chumbo, cromo e níquel na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em
Mesotrófico (próximo a Eutrófico) (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste
ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO, devido provavelmente aos usos
agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto. No entanto, esta foi a segunda vez que
não havia água para a coleta de amostras para análise pelo Projeto Água Azul.
Figura 3-261 – Histórico do IET da água no Rio do Carmo, Fazenda Angicos (APM26)
APM30 -Rio do Carmo - Ponte BR-110
O ponto APM30 situa-se no Rio do Carmo, sob a Ponte da BR-110. Nesta campanha, não havia
água no trecho para amostragem, de maneira que não foi avaliado a qualidade deste ponto (ver
Figura 3-262, Figura 3-262 e Tabela 3-23).
Figura 3-262 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, BR-110 (APM30)
20
30
40
50
60
70
80
nov-08 jun-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 ago-15 abr-16 set-16
IET
APM26 - Rio do Carmo - Fazenda AngicosIET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SDSD
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
IQA
/IQ
Ac
APM30 -Rio do Carmo - Ponte BR-110IQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0 0 SD 0 SD 0 0 SD 0 SD SD SD SD
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
212
Figura 3-263 – Histórico do IET da água no Rio do Carmo, BR-110 (APM30)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA
resultou na classificação “Médio” (mas, próximo a “Ruim”). O IQAc, por sua vez, foi “Muito
Ruim” em todas as campanhas em que foi calculado (exceto em quatro), devido ao excesso de
cobre, cromo, níquel e mercúrio na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto
resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevadíssimo grau de eutrofização neste
ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de DBO, fósforo, turbidez e sólidos totais. É notável a perda da qualidade
deste ponto em específico.
3.3.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró
Na Tabela 3-24 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos
índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água do estuário da bacia hidrográfica do Rio Apodi-
Mossoró (apenas um ponto de coleta). Como os estuários sofrem intensa influência do oceano,
todos os resultados referentes às amostragens em rios são comparados com os Valores Limites
Permitidos – VLPs – para águas salobras e salinas, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005,
mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade inferior a 0,5‰ (água doce).
20
30
40
50
60
70
80
IET
APM30 - Rio do Carmo - Ponte BR-110 IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD SD SD
213
Tabela 3-24 – Qualidade da água no estuário do Rio Apodi-Mossoró
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.
APM22 – Estuário do Rio Apodi Mossoró - Areia Branca
O ponto APM22, estuário do Rio Apodi-Mossoró, localiza-se no município de Areia Branca. Nesta
campanha, a salinidade medida no estuário foi de 58,940‰ (água salina). O IQA e o IQAc
resultaram “Médio” (52, ver Figura 3-264), devido à elevada concentração de nitrogênio, fósforo,
COT (estranhamente superior a DBO, o que pode ser interpretado como algum erro analítico, o que
já ocorreu em outras campanhas) e sólidos totais elevados, e baixa concentração de OD. O IET
resultou “Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias não foi analisada. A amostra também
apresentou concentração de clorofila ‘a’ abaixo do VLP. Todos os metais traços analisados
apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-24).
PARÂMETROAPM22 - Estuário Apodi-
Mossoró – Areia BrancaVLP
**
Temperatura da amostra (oC) 27,4
pH 7,9 6,0 a 9,0
OD (mg/L) 5,7 ≥ 5,0
DBO (mg/L) 4,0 ≤ 5,0
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)281 < 1.000
Nitrogênio Total (mg N/L) 2,944 -
Fósforo Total (mg P/L) 0,024 0,1
Sólidos Totais (mg/L) 55.224,0 -
Turbidez (UNT) 23,5 ≤ 100
IQA 52 -
Qualidade Médio -
Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,009
Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01
Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05
Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001
Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18
Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025
Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002
Índice (IT) 1 -
IQAc 52 -
Qualidade Médio -
IET 59 -
Categoria Mesotrófico -
Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000
MS
COT (mg/L) 1.962,8 -
Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 1,0 Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L) 8,4 ≤ 30
Salinidade (‰) 58,940 < 0,5
Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,241(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;
(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5
Data da coleta nov-16 -
214
Figura 3-264 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Apodi-Mossoró, Areia Branca
(APM22)
Figura 3-265 – Histórico do IET da água no Estuário do Rio Apodi-Mossoró, Areia Branca
(APM22)
Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de
2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio” (“Bom” em apenas uma
campanha), sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua
vez, foi “Muito Ruim” em oito das dezoito campanhas em que foi calculado, devido ao excesso de
cobre, chumbo, cromo, cádmio e níquel na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este
ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste ponto
estuarino. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações
relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, fósforo e sólidos totais.
A Tabela 3-25 apresenta as concentrações de metais traços nos sedimentos dos pontos APM21,
APM22 e APM30 (para este último, não houve coleta de sedimento para analises), onde é possível
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
IQA
/IQ
Ac
APM22 - Rio Apodi/Mossoró – Areia BrancaIQA
IQAc
Média IQA
Média IQAc
0 0 0 SD 0 0 SD SD 0 0 0
Excelente (≥ 90)
Médio (50-69)
Bom (70-89)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (< 25)
20
30
40
50
60
70
80
IET
APM22 - Rio Apodi/Mossoró - Areia Branca IET
Média IET
Hipereutrófico (≥ 67)
Eutrófico (59-63)
Supereutrófico (63-67)
Mesotrófico (52-59)
Ultraoligotrófico (< 47)
Oligotrófico (47-52)
SD
215
observar que os pontos analisados apresentaram valores inferiores ao VLP, e em alguns casos,
inferior aos limites de detecção do método (Resolução CONAMA Nº344/2004).
Tabela 3-25 – Concentrações de metais traços no sedimento dos pontos analisados da Bacia do Rio
Apodi-Mossoró
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.
A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,
IQAc e o IET dos rios e/ou trechos de rio e o ponto estuarino analisados da bacia do Rio Apodi-
Mossoró. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade entre
Ruim e Média, e estados tróficos variando entre oligotróficos à hipereutróficos, com atenção
especial para os pontos APM 20 e APM22, cujos estados de trofia apresentaram índices críticos,
devido às elevadas concentração de clorofila ‘a’, e em alguns casos, fósforo. Desta forma, pode-se
afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida,
provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Piranhas-
Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.
PARÂMETRO
APM21 - Rio
Apodi/Mossoró -
Passagem de Pedra
APM22 - Rio
Apodi/Mossoró –
Areia Branca
APM30 -Rio do
Carmo - Ponte BR-
110
VLP*
Cobre dissolvido (mg/Kg) < LD < LD - 34
Chumbo Total (mg/Kg) < LD < LD - 46,7
Cromo Total (mg/Kg) 30,50 49,75 - 81
Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD - 1,2
Zinco Total (mg/Kg) 27,25 41,50 - 150
Níquel Total (mg/Kg) < LD < LD - 20,9
Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD - 0,15
216
Figura 3-266 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos rios e ponto estuarino da Bacia do Rio Apodi-Mossoró
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
APM18 APM19 APM20 APM21 APM22 APM25 APM26 APM30
IQA
/IQ
Ac/
IET
ÍNDICES DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ IQA
IQAc
IETExcelente (≥ 90)
Bom (70-89)
Médio (50-69)
Ruim (25-49)
Muito Ruim (<25)
SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD
Hipereutrófico
Supereutrófico
Eutrófico
Mesotrófico
Oligotrófico
Ultraoligotrófico
217
4.4 MONITORAMENTO DA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NAS BACIAS
LITORÂNEAS, PIRANHAS-AÇÚ
Os resultados referentes às Bacias Litorâneas e Bacia do Rio Piranhas-Açu em relação a presença
de resíduos de agrotóxicos na água são apresentados a seguir, apenas para alguns rios de maior
relevância, no intuito de facilitar a comparação e a avaliação geral da qualidade da água nos
diferentes corpos hídricos. Assim, neste item são apresentados os resultados referentes à presença
de agrotóxicos em 23 pontos amostrais de 2 bacias hidrográficas monitoradas pelo Programa Água
Azul, sendo 20 rios das Bacias Litorâneas (BOQ01 - Lagoa do Boqueirão; PUN01 – Rio Punaú;
CEA01 - Açude de Poço Branco; CEA02 - em Taipu; CEA03, em Ceará-Mirim; CEA04, em
Extremoz ; DOC03 - Lagoa Extremoz; DOC04 - no Rio Doce; PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem
de Areia – Parnamirim; PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte BR 304, em Parnamirim; PIR04 – Rio
Pitimbu - Ponte velha da BR 101, em Parnamirim; PIR05 – Rio Pitimbu - Ponte trampolim da
Vitória, em Parnamirim; PIR06 – Lagoa do Jiqui, em Parnamirim; POT15 – Rio Jundiaí – BR-226;
JAC01 - açude Japi II, em São José de Campestre; JAC02 - rio Jacu, no Sítio Choar - Espírito
Santo; JAC03-Lagoa das Guaraíras; CUR01 - Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz; CUR02- Rio
Curimataú, Pedro Velho; e CUR04 - o rio Piquiri, na captação da CAERN em Pedro Velho, e 03
rios da Bacia do Piranhas-Açu (PIA29- Rio Piranhas-Açu, Pendências; PIA35- Rio Piranhas-Açu,
DIBA, Alto do Rodrigues; e PIA36- Rio Piranhas-Açu, em Acauã).
Os resultados apresentados foram comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs da
Resolução CONAMA 357/2005, para águas doces, classe 2.
Assim, como é possível ver pela Tabela 4-26, todos os pontos de monitoramento analisados
apresentaram valores inferiores aos respectivos limites de detecção do método/equipamento
utilizado, que foram por sua vez, inferiores aos VLPs. Isso mostra que, a qualidade do pontos
quanto a presença de agrotóxicos é “Excelente”, pois não há presença de nenhum dos compostos
monitorados, inclusive o Glifosato, que é bastante utilisado no Brasil pelo nome comercial
“Roundup”, como herbicida sistêmico pré-plantio.
218
Tabela 3-26 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas.
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.
PARÂMETRO
Limite de
Detecção (LD
em µg/l)
BOQ01 - Lagoa
do Boqueirão
PUN01 - Rio
Punaú - Ponte
BR-101
CEA01 -
Açude Poço
Branco
CEA02 – Rio Ceará-
Mirim - Ponte BR
406
CEA03 - Rio
Ceará-Mirim -
Jusante Usina S.
Francisco
CEA04 - Rio
Ceará-Mirim -
Ponte BR-101
VMP*
(µg/l)
2,4,5-T 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
2,4,5-TP 0,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0
2,4-D 0,10 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0
Alacloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0
Aldrin+Dieldrin 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005
Atrazina 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
Carbaril 0,02 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02
Clordano (Cis+Trans) 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04
DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,002 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002
Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1
Dodecacloro pentaciclodecano 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001
Endossulfan (a+b+sulfato 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056
Endrin 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004
Glifosato 5,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0
Glution 0,004 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005
Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01
Hexaclorobenzeno 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065
Lindano (g-BHC) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02
Malation 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1
Metolacloro 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0
Metoxicloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03
Pentaclorofenol 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009
Simazina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
Toxafeno 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01
Trifluralina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2
Parationa Metílica 1,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04
Data da coleta - set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -
219
Tabela 4-26 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas (continuação)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.
PARÂMETRO
Limite de
Detecção (LD
em µg/l)
DOC03 -
Lagoa de
Extremoz
DOC04 - Rio
Doce -
Gramorezinho -
Natal
CUR04 - Rio
Piquiri - Captação
da CAERN em
Pedro Velho
PIR03 - Rio
Pitimbu - Ponte
BR 304
PIR04 - Rio
Pitimbu - BR-101
PIR05 - Rio
Pitimbu - Ponte
Trampolim da
Vitória
VMP*
(µg/l)
2,4,5-T 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
2,4,5-TP 0,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0
2,4-D 0,10 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0
Alacloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0
Aldrin+Dieldrin 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005
Atrazina 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
Carbaril 0,02 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02
Clordano (Cis+Trans) 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04
DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,002 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002
Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1
Dodecacloro pentaciclodecano 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001
Endossulfan (a+b+sulfato 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056
Endrin 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004
Glifosato 5,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0
Glution 0,004 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005
Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01
Hexaclorobenzeno 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065
Lindano (g-BHC) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02
Malation 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1
Metolacloro 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0
Metoxicloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03
Pentaclorofenol 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009
Simazina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
Toxafeno 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01
Trifluralina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2
Parationa Metílica 1,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04
Data da coleta - set-16 set-16 set-16 out-16 out-16 out-16 -
220
Tabela 4-26 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas (continuação)
*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.
PARÂMETRO
Limite de
Detecção (LD
em µg/l)
PIR06 - Lagoa do
Jiqui
POT15 – Rio
Jundiaí - BR226 -
Macaíba
JAC03- Lagoa das
Guaraíras
PIA29 - Rio
Piranhas-Açú -
Pendências
PIA35 - DIBA –
Alto do Rodrigues
PIA36 - Rio
Piranhas-Açu -
Acauã
VMP*
(µg/l)
2,4,5-T 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
2,4,5-TP 0,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0
2,4-D 0,10 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0
Alacloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0
Aldrin+Dieldrin 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005
Atrazina 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
Carbaril 0,02 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02
Clordano (Cis+Trans) 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04
DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,002 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002
Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1
Dodecacloro pentaciclodecano 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001
Endossulfan (a+b+sulfato 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056
Endrin 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004
Glifosato 5,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0
Glution 0,004 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005
Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01
Hexaclorobenzeno 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065
Lindano (g-BHC) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02
Malation 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1
Metolacloro 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0
Metoxicloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03
Pentaclorofenol 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009
Simazina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0
Toxafeno 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01
Trifluralina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2
Parationa Metílica 1,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04
Data da coleta - out-16 out-16 out-16 nov-16 nov-16 nov-16 -
221
4. CONCLUSÕES
A seguir são apresentadas as principais conclusões sobre o monitoramento dos corpos d’água
superficiais pelo Programa Água Azul, no período de Setembro a Novembro de 2016, para as
principais bacias hidrográficas do Estado do Rio Grande do Norte.
BACIAS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN
As coletas das amostras de águas superficiais das Bacias da Região Costeira Leste do RN nesta 5ª
campanha semestral foram realizadas no período de Setembro a Outubro de 2016.
Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão
O único ponto monitorado nesta bacia é a Lagoa do Boqueirão (BOQ01), onde nesta campanha, o
IQA e IQAc resultaram “Bom”, mesmo com a concentração relativamente elevada de nitrogênio e
sólidos. Historicamente, a água na lagoa tem boa qualidade, mas eventualmente apresenta
concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas, devido a atividades
agropastoris que ocorrem em seu entorno.
Bacia Hidrográfica do Rio Punaú
O único ponto monitorado nesta bacia é o Rio Punaú (PUN01), cuja qualidade da água foi “Médio”
(IQA e IQAc) nesta campanha, devido a baixa concentração de OD e elevada concentração de
nitrogênio e fósforo. Historicamente, este ponto apresenta eventualmente concentrações de DBO e
coliformes termotolerantes relativamente elevadas e baixo OD, devido à poluição decorrente dos
usos agropastoris (pecuária, agricultura, etc.) que ocorrem na bacia.
Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape
Esta bacia é monitorada em dois pontos, sendo um no Rio Maxaranguape, em Dom Marcolino
(MAX01) e outro no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02). A qualidade da água nesta
campanha foi classificada pelo IQA e IQAc como “Boa” em MAX01 e “Média” em MAX02,
devido principalmente às concentrações elevadas de coliformes termotolerantes e sólidos totais, em
ambas. O Rio Maxaranguape apresentou elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e
DBO em seus histórico, devido provavelmente a usos agropastoris em sua bacia. Como este rio
deverá se tornar, em um futuro próximo, uma importante fonte de abastecimento para a Região
Metropolitana de Natal, há a necessidade de maior proteção deste manancial.
Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim
Nesta bacia são monitorados o Açude de Poço Branco (CEA01) e três pontos no rio Ceará-Mirim
(CEA02, em Taipu; CEA03, em Ceará-Mirim; e CEA04, em Extremoz). Nesta campanha, a água
nesta bacia foi classificada como de “Média” qualidade nos pontos CEA01 e CEA04, e de
qualidade “Ruim” nos demais pontos. Em geral, os pontos desta bacia apresentaram elevada
concentração de coliformes termotolerantes, baixa concentração de OD, além de sólidos totais. Isto
222
é consequência do lançamento dos esgotos não tratados ou tratados precariamente pela cidade.
Historicamente, os pontos monitorados na bacia do rio Ceará-Mirim apresentam geralmente águas
salobras (salinidade > 0,5‰), com concentrações relativamente elevadas de coliformes
termotolerantes e DBO, em virtude dos lançamentos de resíduos agroindustriais (pecuária, usina de
cana-de-açúcar, etc.) e urbanos (esgotos, águas de drenagem urbana etc.) que ocorrem na bacia,
com destaque para os lançamentos de esgotos na cidade de Ceará-Mirim e a intensa ocupação das
áreas de proteção permanente (APPs) às margens do rio, o que requer medidas de controle urgentes
do Poder Público.
Bacia Hidrográfica do Rio Doce
Nesta bacia são monitorados os riachos do Mudo (DOC01) e Guajiru (DOC02), a Lagoa Extremoz
(DOC03) e o Rio Doce (DOC04). Nesta campanha, o IQA e o IQAc apresentaram qualidade “Boa”
(apenas para o ponto DOC03, o único devidamente), em geral, com a qualidade da água
comprometida nos quatro pontos desta bacia, inclusive baixa concentração de OD, principalmente
DOC04. O ponto DOC03 apresentou alta densidade de cianobactérias (111.805 cél./mL), acima de
ambos os VLPs. O histórico do monitoramento, no entanto, indica que há uma redução da qualidade
em todos os pontos da bacia, devido a concentrações elevadas de coliformes termotolerantes, acima
dos valores limite permitidos (VLPs), além da baixa concentração de OD em um dos pontos, exceto
na Lagoa de Extremoz, que é o principal manancial para abastecimento da Zona Norte de Natal. Isto
se deve à poluição difusa (áreas agrícolas, com criação de animais) e pontual (principalmente
esgotos) observada em toda a bacia, o que tem sido ressaltado nos dados históricos de todos os
pontos da bacia, com concentrações eventualmente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO.
A densidade de cianobactérias na Lagoa de Extremoz foi elevada nesta campanha, embora com
predominância de espécies não produtoras de cianotoxinas. Assim, sugere-se que o manancial e os
efluentes dos filtros da ETA de Extremoz sejam monitorados regularmente pelo operador do
sistema de abastecimento (CAERN), nos termos da Portaria MS nº 2.914/2011.
Bacia Hidrográfica do Rio Potengi
Nesta bacia são monitorados dezesseis pontos no total, quatro situados em rios (POT01- Rio
Camaragibe, em Ielmo Marinho; POT03 – Rio Potengi, Telha, em São Pedro do Potengi: POT15 e
POT16, no Rio Jundiaí), um reservatório (POT02 – Açude Campo Grande, em São Paulo do
Potengi) e onze pontos estuarinos (POT04, POT05, POT06, POT07, POT08, POT09, POT10,
POT11, POT12, POT13 e POT14. Destes, 6 (seis) pontos (POT01, POT03, POT10, POT11, POT12
e POT16) não tiveram o IQA e IQAc calculados nesta campanha, pois não houve coleta de água
nestes pontos.
Nesta bacia, todos os pontos apresentam águas salobras ou salinas, sem exceção. A qualidade geral
da água pelos valores dos IQA e IQAc foi classificada como Média na grande maioria dos pontos e
classificada como “Ruim” nos pontos POT09, POT13 e POT15, devido principalmente às
concentrações muito elevadas coliformes, e baixa concentração de OD (parâmetro mais grave,
abaixo do VLP). A concentração de coliformes termotolerantes foi muito elevada (acima do VLP)
em quatro pontos da bacia (POT06, POT08, POT13 e POT15), em virtude dos diversos
lançamentos de esgoto no Rio Potengi. Devido a isso, o OD foi inferior ao recomendado pela
legislação (6 mg/L) em seis dos dezesseis pontos do estuário, demonstrando que o Rio Potengi
encontra-se poluído por material orgânico, o qual provém principalmente de esgotos domésticos e
industriais, além dos efluentes de despescas dos projetos de carcinicultura, mas também de fontes
difusas, como a drenagem urbana. Observa-se, portanto, que a carga de poluentes recebida pelo rio
223
ultrapassa seu limite de assimilação, o que vem sendo comprovado em todas as campanhas já
realizadas (a partir do histórico do PAA entre 2008 e 2016). Também, é importante ressaltar que em
vários pontos do Rio Potengi a análise de metais no sedimento apresentam valores acima do VLP,
pricipalmente cromo e níquel para os pontos POT10, POT13 e POT14, o que atesta a elevada
poluição em diversos pontos do rio. A reversão da poluição do Rio Potengi e seus afluentes
demanda diversas ações do poder público, com vultosos investimentos, com destaque para a
implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de Natal.
Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi
Nesta bacia são monitorados seis pontos situados em rios (PIR01 – Rio Pitimbu – Lamarão –
Macaíba; PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem de Areia – Parnamirim; PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte
BR 304, em Parnamirim; PIR04 – Rio Pitimbu - Ponte velha da BR 101, em Parnamirim; PIR 5 –
Rio Pitimbu - Ponte trampolim da Vitória, em Parnamirim; e PIR07 – Rio Pirangi, Balneário de
Pium, em Nísia Floresta), duas lagoas (PIR06 – Lagoa do Jiqui, e PIR09 – Lagoa Azul (ou de
Pium)) e um ponto estuarino (PIR08 – Estuário do Rio Pirangi - Ponte velha na RN 063, em
Parnamirim).
Nesta campanha, a qualidade da água (IQA) foi considerada “Boa” em três pontos da bacia (PIR05,
PIR06 e PIR09), enquanto os os demais classificados como de qualidade “Média”. Concentrações
baixas de OD foram quantificadas nos quase todos os pontos (exceto PIR05, PIR06 e PIR09),
algumas muito abaixo do valor mínimo permitido pela legislação. As concentrações de coliformes
termotolerantes (que são indicadores de contaminação da água por material fecal), contudo,
apresentaram-se abaixo do VLP na maioria dos pontos monitorados, exceto para o PIR08 (muito
acima do VLP), e em menor grau, PIR04 e PIR07, o que indica que os mananciais monitorados
(principalmente os rios Pitimbu e Pirangi) recebem esgotos e outros poluentes, que prejudicam a
qualidade da água. O grau de trofia resultou entre Ultraoligotrófico e Mesotrófico ao longo dos
pontos da bacia, o que ainda indica baixo grau de eutrofização. Outro parâmetro que merece
destaque é a densidade de cianobactérias na Lagoa do Jiqui (PIR06), que resultou 88.317 cel./mL
nesta campanha (acima de ambos os VLPs, muito acima da média para este ponto, que é de 11.242
cel./mL). No entanto, em algumas campanhas esses valores se apresentaram superiores ao VLP da
Portaria MS Nº 2914/2011, mas sem hitórico de espécies produtoras de toxinas, o que atesta a boa
qualidade da água neste ponto.
Os resultados obtidos nesta campanha são coerentes com os observados nas campanhas anteriores
do PAA entre 2008 e 2016, e evidenciam que o Rio Pitimbu, que é um dos mananciais mais
importantes para a cidade de Natal, recebe esgotos e outros poluentes, que são lançados no rio
principalmente nos trechos que atravessam áreas urbanas. Este fato aponta para a necessidade de
ações para proteção do manancial e também a atualização tecnológica dos sistemas de
abastecimento de água que utilizam o manancial, com destaque para a ETA do Jiqui (PIR06), como
forma de garantir a segurança sanitária da população abastecida.
Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso
O único ponto monitorado nesta bacia é a Lagoa do Bonfim (FLL01), em um local junto à captação
da CAERN. Nesta campanha, o IQA e o IQAc resultaram “Bom” próximo a “Médio”, com baixa
concentração de coliformes, elevada densidade de cianobactérias (74.067 cél./mL), e demais
parâmetros em condições razoavelmente preocupantes, onde a água da lagoa apresentou elevada
concentração de nitrogênio e fósforo e ambiente Oligotrófico. Embora esta não seja a condição
224
típica deste manancial, com base nas campanhas anteriores, é importante destacar que a Lagoa do
Bonfim tem apresentado concentrações elevadas de coliformes termotolerantes em algumas
campanhas (embora abaixo do VLP), o que pode ser atribuído à intensa e desordenada ocupação
que se processa no entorno da lagoa, o que é incompatível com sua grande importância no
abastecimento de diversas cidades do RN (através da adutora Monsenhor Expedito) e demanda a
intervenção do Poder Público, principalmente dos órgãos ambientais.
Bacia Hidrográfica do Rio Trairi
Nesta bacia são monitorados três reservatórios (TRA01- Açude Inharé; TRA02 – Açude Santa
Cruz; e TRA03 – Açude Trairi) e o rio Trairi (TRA04), em Monte Alegre. Nesta campanha, apenas
o ponto TRA01 foi devidamente monitorado, apresentando águas salobras (salinidade >0,5‰).
Ainda, o IQA e o IQAc resultaram “Ruim”, apresentando contaminação orgânica, principalmente às
concentrações de nitrogênio, DBO, turbidez e sólidos totais que foram elevadas, além do pH
elevado. A densidade de cianobactérias foi baixa, inferior a ambos os VLPs, com dominância das
espécies Planktolyngbya minor e Planktotrix isotrix (potencial produtora de cianotoxinas).
Também, destaca-se a elevada concentração de turbidez, muito acima do VLP.
Historicamente, todos os pontos da bacia do Rio Trairi têm apresentado águas salobras, com
qualidade da água média, agravada por concentrações elevadas de sólidos (parcialmente decorrentes
da salinidade das águas) e, eventualmente, de coliformes termotolerantes. As densidades de
cianobactérias nos açudes Inharé (TRA01) e Trairi (TRA03) têm sido muito elevadas, com eventual
dominância de espécies produtoras de cianotoxinas. Percebe-se, portanto, que, afora a condição
salina natural desses mananciais, os mesmos sofrem poluição decorrente das atividades agropastoris
(p.ex., pecuária) e ocupação urbana (no caso do açude Santa Cruz) em suas bacias.
Bacia Hidrográfica do Rio Jacu
Nesta bacia são monitorados o açude Japi II (JAC01), em São José de Campestre; o rio Jacu, no
Sítio Choar - Espírito Santo (JAC02), e dois pontos na Lagoa das Guaraíras (JAC03 e JAC04).
Nesta campanha, apenas os pontos JAC03 e JAC04 foram monitorados, pois não havia água nos
demais. A qualidade da água (IQA e o IQAc) resultou “Boa” (JAC03) e “Média” (JAC04) em
ambos os pontos na Lagoa das Guaraíras, mesmo com às elevadas concentrações sólidos totais e
nitrogênio (JAC03) e coliformes (JAC04), provavelmente devido a lançamentos de esgoto e
atividades agropastoris, incluindo a criação de animais. Historicamente, o açude Japi II (JAC01)
apresenta qualidade média; o Rio Jacu (JAC02), qualidade ruim; e a Lagoa de Guaraíras (JAC03 e
JAC04) qualidade média à boa, sendo que em todos os pontos a qualidade da água é prejudicada
pelas elevadas concentrações de sólidos totais (que se deve à condição natural da bacia, de elevada
salinidade) e de coliformes termotolerantes (decorrente da poluição urbana e agropastoril) na água.
Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú
Nesta bacia, são monitorados: o rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01) e a jusante de
Pedro Velho (CUR02), o rio Piquiri, na captação da CAERN em Pedro Velho (CUR04 – que não
foi monitorado nesta campanha) e o estuário de Barra de Cunhaú (CUR03). Nesta campanha,
apenas o ponto CUR03 foi devidamente monitorado, de maneira que a qualidade da água (em
relação ao IQA e ao IQAc) resultou “Média”. No entanto, chama a atenção a elevada concentração
225
de sólidos totais, turbidez e coliformes (abaixo do VLP), decorrente da poluição por esgoto não
tratado ou tratado precariamente, além da elevada salinidade.
Historicamente os pontos CUR01 e CUR02 apresentam qualidade da água média, com águas
salobras e elevadas concentrações de coliformes termotolerantes na maioria das campanhas. O
Estuário de Barra de Cunhaú apresenta qualidade média, agravada pela elevada concentração de
sólidos totais (devido à elevada salinidade, 27,76‰ nesta campanha) e, em algumas campanhas, de
coliformes termotolerantes. Na captação do Rio Piquiri (CUR04) a qualidade da água é
historicamente boa, exceto pelas concentrações elevadas de coliformes termotolerantes em algumas
campanhas, o que aponta para a necessidade de melhor proteção sanitária da bacia.
BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FAIXA LITORÂNEA NORTE DE ESCOAMENTO
DIFUSO (FLNED)
As coletas das amostras de águas superficiais das Bacias do Rio Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea
Norte do RN nesta 5ª campanha semestral foram realizadas no período de Setembro à Outubro
de 2016.
Reservatórios da Bacia do Piranhas-Açu
O Programa Água Azul monitora 20 reservatórios na bacia do Piranhas-Açu, com a finalidade de
avaliar a qualidade das águas superficiais. Nesta campanha, todos os pontos foram devidamente
monitorados, de maneira que o IQA e o IQAc resultaram na classificação entre “Boa” à “Ruim”
para os pontos. A classificação dos reservatórios quanto a salinidade foi, em geral, de águas doces,
com exceções para os pontos PIA03, PIA14, PIA23 e PIA26, que apresentaram águas salobras. Não
houve elevadas concentrações de coliformes termotolerantes em nenhum dos pontos, com exceção
do PIA06, mesmo assim, muito abaixo do VLP. A densidade de cianobactérias mostrou-se bastante
elevada (acima de ambos os VLPs) em vários pontos em que este parâmetro é monitorado,
especialmente o ponto PIA06. Os índices de trofia variaram entre Ultraoligotrófico a
Hipereutrófico, com IET crítico para os açudes PIA03, PIA06, PIA13, PIA15, PIA23, PIA25 e
PIA26. Os parâmetros que mais contribuíram para a redução no IQA e IQAc de todos os pontos
foram as elevadas concentrações de sólidos (eventualmente turbidez), DBO, fósforo e nitrogênio, e
eventualmente e pH. Para todos os pontos, a concentração de clorofila ‘a’ resultou abaixo do VLP, e
se mostrou elevada no ponto PIA06, o que demonstra que a qualidade geral da bacia já é um pouco
comprometida.
Rios da Bacia do Piranhas-Açu
Nesta campanha, 05 (cinco) dos dez pontos não foram devidamente monitorados pelo PAA. A
qualidade da água (IQA e IQAc) resultou “Boa” apenas nos pontos PIA33 e PIA35, e nos outros
pontos monitorados a qualidade da água foi classificada como “Média”, e “Ruim” para o ponto
PIA32. Os parâmetros que mais contribuíram para a redução no IQA e IQAc de todos os pontos
foram as elevadas concentrações de sólidos totais, DBO, fósforo e nitrogênio. Em nenhum ponto a
concentração de coliformes termotolerantes resultou acima do VLP. O mesmo se aplica à
concentração de clorofila ‘a’, o que impactou positivamente nos IETs, que variaram entre
Ultraoligotrófico e Hipereutrófico. Em nenhum ponto, a concentração de OD foi inferior ao VLP,
que também apresentaram elevada concentração de DBO, o que demonstra que a qualidade da bacia
em alguns pontos já é bastante comprometida. Em todos os pontos, as concentrações de metais
226
foram inferiores ao limite de detecção, exceto PIA33, que apresentou zinco dissolvido na água, no
entanto, abaixo do VLP.
Estuários da Bacia do Piranhas-Açu e Faixa Litorânea
Nesta campanha, os 3 pontos estuarinos na bacia do rio Piranhas-Açu: PIA17- Estuário do Rio
Piranhas-Açu, em Macau; PIA18- Estuário do Rio dos Cavalos, em Pendências; e PIA28 – Estuário
do Rio das Conchas, em Porto do Mangue, foram devidamente monitorados, e o IQA e IQAc
resultaram “Médio”, “Ruim” e “Bom”, respectivamente. Nos pontos PIA17 e PIA18, além da
elevada concentração de sólidos (devido a elevada salinidade), houve elevada concentração de
coliformes termotolerantes, o que contribuiu muito para estes resultados. O ponto PIA18 apresentou
baixa concentração de OD (muito abaixo do VLP), COT, fósforo e nitrogênio total elevados. Os
pontos PIA17 e PIA28 apresentaram-se Ultraoligotróficos, enquanto o PIA18 resultou
Supereutrófico. Todos os pontos apresentaram elevada salinidade, o que os classificam como de
águas salinas, e o ponto PIA18, em especial, apresentou, alem do elevado nitrogênio amoniacal,
elevada concentração de clorofila ‘a’ (mas abaixo do VLP). Também, é importante ressaltar que em
alguns estuários do Rio Piranhas-Açú a análise de metais no sedimento apresentam valores acima
do VLP (o que não ocorreu nesta campanha), pricipalmente cobre, cromo e níquel para os pontos
PIA17 e PIA18, o que atesta a elevada poluição em diversos pontos do rio.
Estuário da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED)
Na FLNED é monitorado apenas o ponto estuarino FLN01 – Estuário do Rio Camurupim, em
Guamaré (antigo PIA27). Nesse campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”,
agravado pelas elevadas concentrações de sólidos totais (provavelmente devido a elevada
salinidade) e elevada concentração de coliformes termotolerantes (acima do VLP para água salina).
O IET resultou Ultraoligotrófico, graças a baixa concentração de fósforo (<LD) e de clorofila ‘a’
(no limite de detecção do método). Em geral, a água deste estuário apresenta boa qualidade, tendo
seus índices prejudicados pela elevada salinidade, que lhe confere elevada concentração de sólidos
totais.
Considerações finais sobre a Bacia do Piranhas-Açu
A presença de metais pesados nas águas superficiais da bacia do Piranhas-Açu foi recorrente em
campanhas anteriores de monitoramento do Programa Água Azul, ocorrendo em todos os
reservatórios, rios e pontos estuarinos da bacia, na maioria das campanhas. Embora esta
característica não tenha se repetido nesta campanha, essa condição parece ser natural das águas da
bacia, sendo necessário que estudos sejam realizados para que se esclareça as causas (ou a origem)
da presença dos metais pesados na água, além dos riscos à população e às espécies aquáticas. Além
disso, observa-se que as densidades de cianobactérias na maioria dos reservatórios da bacia
frequentemente são elevadas. Como muitas dessas águas são utilizadas para abastecimento, muitas
vezes sem tratamento adequado, recomenda-se fortemente que sejam tomadas medidas urgentes e
prioritárias sobre as Estações de Tratamento de Água (ETAs) que tratam esses mananciais, no
intuito de adotar tecnologias e operações adequadas, que reduzam os riscos à saúde da população,
principalmente devido à ocorrência de florações de cianobactérias e de concentrações elevadas de
fósforo, nitrogênio e sólidos totais nas águas superficiais.
227
BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ
As coletas das amostras de águas superficiais da Bacia do Rio Apodi-Mossoró nesta 5ª campanha
semestral foram realizadas no período de Setembro à Novembro de 2016.
Reservatórios da Bacia do Apodi-Mossoró
Nesta campanha o Programa Água Azul monitorou apenas nove dos dezenove reservatórios
(açudes) na bacia do rio Apodi-Mossoró, com a finalidade de avaliar a qualidade das águas
superficiais. Desses reservatórios (açudes), segundo o IQA, apenas 1 (um) apresentou água com
Boa qualidade (APM01), 05 (cinco) com Média qualidade (de acordo com o IQA) e 3 com
qualidade Ruim. Entretanto, 10 reservatórios não foram monitorados. De acordo com o IQAc,
entretanto, nenhum dos reservatórios da bacia apresentaram qualidade “Muito Ruim” nesta
campanha. Dos nove reservatórios da bacia, todos apresentaram concentrações elevadas de DBO,
nitrogênio total e fósforo total, alguns superiores ao padrão recomendado para cursos d’água
lênticos de águas doces, classe II, de acordo com a Resolução CONAMA 357/2005. Estes valores
comprometem o estado trófico dos corpos d’água e propiciam florações de cianobactérias (fato este,
observado em alguns dos reservatórios em que este parâmetros foi analisado, com concentrações
acima dos VLPs nos pontos APM01, APM10, APM17, APM23 (o mais crítico) e APM24, todos
superiores a 20.000 cél./mL). Em relação ao estado trófico, três pontos foram classificados como
Mesotróficos, um ponto como “Eutrófico”, outro como “Supereutrófico” e os demais (quatro) como
“Hipereutróficos”, o que demonstra o estado preocupante de eutrofização de grande parte destes
açudes. Nesta campanha, dentre os nove açudes desta bacia em que se monitorou a concentração de
clorofila ‘a’, três apresentaram concentrações muito superiores ao VLP.
Rios da Bacia do Apodi-Mossoró
Nesta campanha, foram monitorados apenas três pontos situados em rios na bacia do rio apodi-
Mossoró: APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept Rosado, APM20 - Rio Apodi/Mossoró -
Barragem do Genésio, APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de Pedra. O IQA resultou Ruim
em todos os pontos, exceto o ponto APM19, que resultou Médio. Em relação ao estado trófico, dos
três rios amostrados, dois pontos foram classificados como Oligotróficos (APM19 e APM21) e o
ponto APM20 como “Hipereutrófico”, o que demonstra o estado preocupante de eutrofização de
grande parte destes pontos de rio. Nesta campanha, dentre os pontos, a concentração de clorofila ‘a’
apresentou concentração muito superior ao VLP apenas no ponto APM20, o que impactou
diretamente no IET (resultando Hipereutrófico). De maneira geral, os trechos perenizados desta
bacia recebem esgotos não tratados ao atravessar as áreas urbanas das cidades, além das
contribuições decorrentes de atividades agropastoris nas áreas rurais, o que contribui para piorar sua
qualidade. Historicamente, com base na média histórica do IQA do PAA entre os anos de 2008 e
2016, pode-se considerar com boa qualidade apenas o Rio de Carmo (APM25 e APM26), embora
mesmo estes pontos apresentem excesso de metais em algumas campanhas.
Estuário da Bacia do Apodi-Mossoró
O Programa Água Azul monitora apenas o ponto estuarino APM22 - Rio Apodi/Mossoró, em Areia
Branca, na bacia do rio Apodi-Mossoró. Nesta campanha, o IQA resultou Médio, devido a elevada
concentração de nitrogênio, COT (estranhamente, muito acima da DBO, o que deve ser conferido
228
pelos técnicos responsáveis por tal análise química), e sólidos totais neste ponto, e o IQAc
qualificou o ponto também como Médio. Historicamente, contudo, o valor médio do IQA resulta
em qualidade média neste ponto, sendo Muito ruim segundo o IQAc, devido ao excesso de metais
pesados na água em quase todas as campanhas (exceto as 4 últimas). Merece destaque ainda a
elevada concentração de óleos e graxas observada em várias campanhas (o que não ocorreu nesta
campanha), que pode se dever aos campos petrolíferos situado a montante da região. Este ponto
apresenta histórico de trofia igual a Mesotrófico (próximo a Eutrófico), baixa concentração de OD,
além de DBO e COT elevados. Por estes motivos, é necessário uma maior fiscalização do poder
público neste estuário. A análise de metais no sedimento dos estuários apresentam valores
geralmente baixos (abaixo dos VLPs), mesmo assim, deve ser monitorado continuamente.
Considerações finais sobre a Bacia do Apodi-Mossoró
Nesta 5ª campanha de coletas foi observada a presença recorrente de alguns metais pesados nas
águas dos reservatórios e rios da bacia do Apodi-Mossoró (nesta, apenas chumbo, em campanhas
anteriores, principalmente mercúrio, zinco e cromo, que ocorreram em quase todos os pontos), fato
que já tinha sido observado em campanhas anteriores do PAA entre os anos 2008 e 2016. Assim,
acredita-se que a detecção de metais pesados nesta bacia constitui um fator de preocupação que
deve ser mais bem investigado, principalmente quando esses mananciais forem usados para
abastecimento. De modo semelhante ao observado nos reservatórios das demais bacias
hidrográficas do RN, vários dos reservatórios da bacia do Apodi-Mossoró apresentam florações
intensas de cianobactérias, além de elevadas concentrações de clorofila ‘a’, sendo que em alguns
casos ocorre a dominância de espécies potencialmente produtoras de toxinas, o que representa um
risco significativo aos que usam as águas desses mananciais para abastecimento e deve ser
considerado na operação de sistemas de abastecimento que utilizam essas águas.
Considerações finais
Tendo em vista que as Estações de Tratamento de Água (ETAs) do Rio Grande do Norte, de
maneira geral, não são projetadas para remover adequadamente metais pesados e cianobactérias (e
cianotoxinas), observados em alguns reservatórios do estado, considera-se urgente que tais ETAs
sejam adequadas às atuais condições desses mananciais, com a melhoria de suas instalações
(atualização das tecnologias de tratamento) e da operação das mesmas. Além disso, é urgente que a
companhia de saneamento responsável pelo serviço de abastecimento (CAERN) faça o
monitoramento periódico dos metais pesados e das cianobactérias nesses reservatórios (e das
cianotoxinas nas saídas da ETAs), de acordo com as frequências indicadas na Portaria MS
2.914/2011, o que não é feito a contento atualmente.
Quanto a presença de compostos orgânicos nas bacias, em especial agrotóxicos, embora nesta 5ª
campanha ainda não se tenha detectado nenhum composto em nenhum ponto monitorado (fato que
também ocorreu nas últimas campanhas onde estes poluentes orgânicos foram monitorados, a partir
de 2014), é necessário que essas análises, que são complexas, sejam revistas, e que se continue com
o monitoramento, uma vez que o controle sobre o uso e comercialização destes compostos em todo
o território nacional ainda é bastante precário, e pode haver a presença destes em campanhas
futuras.
229
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DAEE/CETESB, termo 49/79. CETESB, São Paulo.96 p. 1979
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