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Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN- IDEMA Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARN Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARN Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRN REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA 5º RELATÓRIO SEMESTRAL MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO PERÍODO DE SETEMBRO A NOVEMBRO DE 2016 NATAL, MAIO DE 2017

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Page 1: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

Governo do Estado do Rio Grande do Norte

Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN- IDEMA

Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARN

Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARN

Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRN

REDE COMPARTILHADA DE

MONITORAMENTO

DA QUALIDADE DA ÁGUA

5º RELATÓRIO SEMESTRAL

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO

PERÍODO DE SETEMBRO A NOVEMBRO DE 2016

NATAL, MAIO DE 2017

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QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS PRINCIPAIS CORPOS

D’ÁGUA INTERIORES NORTE-RIOGRANDENSES COM

VISTAS AO CONSUMO HUMANO E PRESERVAÇÃO

AMBIENTAL

PROGRAMA ÁGUA AZUL

5º RELATÓRIO SEMESTRAL:

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO PERÍODO

DE SETEMBRO A NOVEMBRO DE 2016

NATAL, MAIO DE 2017

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COORDENAÇÃO GERAL

MANOEL LUCAS FILHO - UFRN

Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor do Centro de

Tecnologia da UFRN

SÉRGIO LUIZ MACÊDO - IDEMA

Engo Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Núcleo de Monitoramento Ambiental – NMA/IDEMA

NELSON CÉSIO FERNANDES SANTOS - IGARN

Engenheiro Civil e Mestre em Recursos Hídricos. Coordenador de Gestão Operacional –

CGO/IGARN

EQUIPE TÉCNICA – TOMO I

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

AGNALDO SOUZA CRUZ

Bacharel em Redes de Computadores. Mestre e Doutorando em Engenharia de Elétrica.

DINARTE AEDA DA SILVA

Engº Civil. Mestre em Engenharia Civil. Professor da UFRN.

DANIEL CAMPOS MOREIRA

Graduado em Ciência e Tecnologia, Graduando em Engenharia Ambiental.

DJALMA RIBEIRO DA SILVA

Mestre e Doutor em Química. Professor da UFRN.

EMILY CINTIA TOSSI DE ARAÚJO COSTA

Licenciada, Bacharel, Mestre e Doutora em Química.

GUILHERME F. DE MEDEIROS

Mestre e Doutor em Biologia. Professor da UFRN.

GUSTAVO MAGNO LIMA AMBRÓSIO

Graduando em Ciência Biológicas.

HERBET TADEU DE ALMEIDA ANDRADE

Doutor em Ecologia. Professor da UFRN

IVANEIDE ALVES SOARES DA COSTA

Doutor em Ecologia e Recursos Naturais. Professora da UFRN

JOSÉ FRANCINALDO DE OLIVEIRA

Bacharel, Mestre e Doutor em Química

JOSIELMA PRICILA PEDRO DE SOUZA

Graduando em Ciência Biológicas.

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LUCYMARA DOMINGOS ALVES DA SILA

Bacharel em Ciência e Tecnologia. Graduanda em Engenharia Ambiental.

NATHÁLIA REGINA SOBRAL PAIVA

Graduando em Ciência Biológicas.

PRICILA CAVALCANTE DA SILVA GRILO

Graduando em Ecologia

RENNIO FELIX DE SENA

Mestre e Doutor em Engenharia Química. Professor do DEQ/CT/UFPB. Pesquisador da UFRN.

RINA LOURENA DA SILVA MEDEIROS

Bacharel, Mestre e Doutora em Química

SANDRO ARAÚJO DA SILVA

Técnico em Tecn. Ambiental.Químico.Técnico do Laboratório de Análises Físico-Químicas e

Microbiológicas do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária da UFRN.

SHIRLEY FEITOSA MACHADO SENA

Bacharel em Química, Mestre e Doutora em Ciência e Engenharia do Petróleo.

TARCILA MARIA PINHEIRO FROTA

Mestre e Doutora em Engenharia de Petróleo

VERA LÚCIA LOPES DE CASTRO

Geóloga. Mestre e Doutora em Geociências. Professora da UFRN

INSTITUTO DE GESTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DO RIO G. DO NORTE (IGARN):

SELMA MARIA DA SILVA

Engenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.

GLÁUCIA REGINA LUZ XAVIER DA COSTA

Engenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.

KALLYNY PEREIRA DA COSTA

Mestre em Biologia. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.

DEISEANE BEZERRA DA SILVA

Técnica em Controle Ambiental.

REYNALDO MELO CAVALCANTE ROCHA

Técnico em Meio Ambiente

NAJÁ FIGUEIREDO

Laboratorista.

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3

ALEXSANDRO TORRES

Técnico de Campo.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UERN

SUELY SOUZA LEAL DE CASTRO

Licenciada e Bacharel em Química, Mestre em Ciências, Doutora em Química Analítica. Professora

do Departamento de Química da UERN.

LUIZ DI SOUZA

Eng. Químico, Mestre em Ciências, Doutor em Engenharia dos Materiais. Professor do

Departamento de Química da UERN.

THIAGO MIELLE B. F. OLIVEIRA

Licenciado em Química, Especialista em Química e Biologia, Técnico de Laboratório de Química

do Departamento de Química da UERN.

JANETE JANE FERNANDES ALVES

Bacharel em Química.

JEFFERSON BEZERRA DE MEDEIROS

Graduando em Licenciatura em Química

ANDERSON FELIPE FERNANDES SILVA

Graduando em Licenciatura em Química

MAYCON JANDERSON RODRIGUES DOS SANTOS

Graduando em Licenciatura em Química

JESYKA MACEDO GUEDES

Graduanda em Licenciatura em Química

GILBERTO GOMES FREIRE JÚNIOR

Graduando em Licenciatura em Química

FRANCISCO RUBENILTON FERNANDES

Graduando em Licenciatura em Química

MATEUS COSTA MEDEIROS

Graduando em Licenciatura em Química

MICHAEL DIEGO DE SOUSA

Graduando em Licenciatura em Química

ALEXANDRA BOAVENTURA DE OLIVEIRA

Graduanda em Licenciatura em Química

CRISLÂNIA CARLA DE OLIVEIRA MORAIS

Mestre em Ciências Naturais

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ANNE GABRIELLA DIAS SANTOS CALDEIRA

Doutora em Química

ADRIANA PAULA BATISTA DOS SANTOS

Mestre em Química

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO

NORTE – EMPARN

ALFRÊDO OSVALDO DANTAS DE AZEVEDO

Msc. em Eng. Sanitária

INGRID ABASTOFLOR CARDOSO

Bióloga

MARIA DE FÁTIMA COSTA

Bel. em Química

GLEY BENÉVOLO XAVIER

Bel. em Química

MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES BENTES

Bióloga

MARIA DO SOCORRO VALENTIM CÂMARA

Assist. de Pesquisa I

ÂNGELA CRISTINA MELO LIBERATO

Bióloga

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 12

2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 12

3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................................ 13

3.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO ..................................................................................................................... 13 3.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN ..................................................................... 13 3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu e FLNED ..................................................................................... 16 3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ................................................................................................ 20

3.2. PERÍODO DE COLETA ...................................................................................................................................... 22 3.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN ..................................................................... 22 3.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu ................................................................................................... 22 3.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ................................................................................................ 22

3.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS .................................................................. 22 3.3.1. Variáveis Não Mensuráveis ....................................................................................................................... 23 3.3.2. Variáveis Mensuráveis .............................................................................................................................. 23

3.4. ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS – IQA ...................................................................................................... 24 3.5. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT .................................................................................................................................. 28 3.6. ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET ................................................................................................................. 28

4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 30

4.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN ............................................................. 30 4.1.1. Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão ........................................................................................................ 30 4.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Punaú .............................................................................................................. 33 4.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape ................................................................................................ 35 4.1.4. Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim .................................................................................................... 40 4.1.5. Bacia Hidrográfica do Rio Doce ................................................................................................................. 48 4.1.6. Bacia Hidrográfica do Rio Potengi ............................................................................................................ 56 4.1.7. Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi ............................................................................................................. 82 4.1.8. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso ............................................................................................ 95 4.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Trairi ................................................................................................................ 98 4.1.10. Bacia Hidrográfica do Rio Jacu ........................................................................................................... 106 4.1.11. Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú ................................................................................................. 113

4.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FLNED .............................................................................. 120 4.2.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu ...................................................................... 120 4.2.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu ........................................................................................... 152 4.2.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso ... 164

4.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APODI-MOSSORÓ ........................................................................................ 173 4.3.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró ........................................................................ 173 4.3.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró ........................................................................................ 203 4.3.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró................................................................................ 212

4.4 MONITORAMENTO DA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NAS BACIAS LITORÂNEAS, PIRANHAS-AÇÚ ................... 217

5. CONCLUSÕES ...................................................................................................................................... 221

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................... 229

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LISTA DE TABELAS

TABELA 3-1– LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DOS CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN ........ 15 TABELA 3-2– ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU E FLNED ............................................................................ 19 TABELA 3-3–ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO APODI-MOSSORÓ .................................................................. 21 TABELA 3-4 – METODOLOGIA DE COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS. ...................................................................................... 22 TABELA 3-5 – PARÂMETROS E PESOS PARA CÁLCULO DO IQA. ........................................................................................................ 25 TABELA 3-6 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q1 (OD). ........................................................... 25 TABELA 3-7 – OXIGÊNIO DE SATURAÇÃO (MG/L) EM FUNÇÃO DA ALTITUDE (PRESSÃO) E TEMPERATURA DA ÁGUA. ................................... 26 TABELA 3-8 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q2 (CTE)............................................................ 26 TABELA 3-9 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q3 (PH). ............................................................ 26 TABELA 3-10 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q4 (DBO5). ...................................................... 26 TABELA 3-11 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q5 (NT). .......................................................... 27 TABELA 3-12 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q6 (PT). .......................................................... 27 TABELA 3-13 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q7 (TUR). ........................................................ 27 TABELA 3-14 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q8 (ST). .......................................................... 27 TABELA 3-15 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q9 (T). ............................................................ 27 TABELA 3-16 – CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IQA-NSF. ................................................................................. 28 TABELA 3-17- CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IET (CETESB, 2007). .................................................................. 29 TABELA 4-1 – QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO. .................................................................................................... 31 TABELA 4-2- QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ ...................................................................................................................... 34 TABELA 4-3- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE ........................................................................................... 38 TABELA 4-4–CARACTERIZAÇÃO DO SEDIMENTO NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE ..................................................................... 39 TABELA 4-5- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM .............................................................................................. 43 TABELA 4-6– QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO DOCE .......................................................................................................... 51 TABELA 4-7- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO POTENGI ...................................................................................................... 57 TABELA 4-8–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO DA BACIA DO RIO POTENGI ........................................................... 59 TABELA 4-9- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PIRANGI ....................................................................................................... 83 TABELA 4-10–CONCENTRAÇÕES DEMETAIS PESADOS NO SEDIMENTO DO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08) ......................................... 93 TABELA 4-11-QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01), SITUADA NA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ........ 96 TABELA 4-12- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO TRAIRI ..................................................................................................... 100 TABELA 4-13- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO JACU ....................................................................................................... 107 TABELA 4-14–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO NA LAGOA DAS GUARAÍRAS ...................................................... 112 TABELA 4-15 – QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CURIMATAÚ ............................................................................................ 114 TABELA 4-16–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NOSEDIMENTO DO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ .......................................... 118 TABELA 4-17-QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU ............................................................. 122 TABELA 4-18–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO DO AÇUDE GARGALHEIRAS (PIA07) ........................................... 130 TABELA 4-19- QUALIDADE DA ÁGUA NOS RIOS DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU .................................................................................. 153 TABELA 4-20- QUALIDADE DA ÁGUA NOS PONTOS ESTUARINOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU ...................................................... 165 TABELA 4-21- METAIS PESADOS E ARSÊNIO NOS SEDIMENTOS DOS ESTUÁRIOS DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU ........................................ 165 TABELA 4-22– QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO APODI-MOSSORÓ .......................................... 174 TABELA 4-23 – QUALIDADE DA ÁGUA NOS RIOS DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ ............................................................................. 204 TABELA 4-24 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ ............................................................................... 213 TABELA 4-25 – CONCENTRAÇÕES DE METAIS TRAÇOS NO SEDIMENTO DOS PONTOS ANALISADOS DA BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ ....... 215 TABELA 4-26 – MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE ÁGUA PELA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NOS RIOS DAS BACIAS ANALISADAS. ........... 218

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 3-1 – ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DO PROGRAMA ÁGUA AZUL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. ................................... 14 FIGURA 3-2 – MAPA DO TRECHO POTIGUAR DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU, CONTENDO OS PONTOS MONITORADOS PELO PROGRAMA ÁGUA

AZUL (FONTE: IGARN – 2009). .................................................................................................................................... 18 FIGURA 3-3 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSÓRO (FONTE: SEMARH, 2009) ........................................ 20 FIGURA 4-1 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO (FONTE: IGARN, 2009) ............................................... 30 FIGURA 4-2 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO (BOQ01) ................................................................... 32 FIGURA 4-3 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO (BOQ01) ............................................................................. 32 FIGURA 4-4 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIOPUNAÚ (FONTE: IGARN, 2009) ................................................ 33 FIGURA 4-5 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ (PUN01) .................................................................................. 35 FIGURA 4-6 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ (PUN01) ............................................................................................. 35 FIGURA 4-7 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIOMAXARANGUAPE (FONTE: IGARN, 2009) ................................... 36 FIGURA 4-8 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO MAXARANGUAPE – RN 064 (MAX01) ...................................................... 37 FIGURA 4-9 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO MAXARANGUAPE – RN 064 (MAX01) ................................................................ 37 FIGURA 4-10 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE (MAX02) ................................................ 39 FIGURA 4-11 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE (MAX02) .......................................................... 40 FIGURA 4-12 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE ..................................... 40 FIGURA 4-13 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CEARÁ-MIRIM (FONTE: IGARN, 2009) .......................................... 41 FIGURA 4-14 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM, AÇUDE POÇO BRANCO (CEA01) ....................................... 42 FIGURA 4-15 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM, AÇUDE POÇO BRANCO (CEA01) .................................................. 42 FIGURA 4-16 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR 406 (CEA02) ............................................... 44 FIGURA 4-17 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR 406 (CEA02) ......................................................... 45 FIGURA 4-18 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM A JUSANTE DA USINA SÃO FRANCISCO (CEA03)..................... 46 FIGURA 4-19 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM A JUSANTE DA USINA SÃO FRANCISCO (CEA03) ............................... 46 FIGURA 4-20 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR-101 (CEA04) ............................................... 47 FIGURA 4-21 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR-101 (CEA04) ......................................................... 47 FIGURA 4-22 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM ......................................... 48 FIGURA 4-23– MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE (FONTE: IGARN, 2009) ................................................ 49 FIGURA 4-24 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIACHO DO MUDO – PONTE BR-406 (DOC01) .............................................. 50 FIGURA 4-25 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIACHO DO MUDO – PONTE BR-406 (DOC01) ........................................................ 50 FIGURA 4-26 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIACHO GUAJIRU (DOC02)(SD: SEM DADO) .................................................. 52 FIGURA 4-27 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIACHO GUAJIRU (DOC02)(SD: SEM DADO) ............................................................ 52 FIGURA 4-28 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DE EXTREMOZ (DOC03) ................................................................... 53 FIGURA 4-29 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DE EXTREMOZ (DOC03) .............................................................................. 54 FIGURA 4-30 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA LAGOA DE EXTREMOZ (DOC03) ....................................... 54 FIGURA 4-31 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DOCE – GRAMOREZINHO (DOC04) ......................................................... 55 FIGURA 4-32 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DOCE – GRAMOREZINHO (DOC04) ................................................................... 55 FIGURA 4-33 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI (FONTE: IGARN, 2009) ...................................................... 56 FIGURA 4-34 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CAMARAGIBE – RN-064 (POT01) (SD: SEM DADO) .................................. 60 FIGURA 4-35 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CAMARAGIBE – RN-064 (POT01) .................................................................... 60 FIGURA 4-36 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CAMPO GRANDE (POT02) (SD: SEM DADO) ........................................ 61 FIGURA 4-37 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CAMPO GRANDE (POT02) .......................................................................... 62 FIGURA 4-38 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO POTENGI, NA LOCALIDADE TELHA, EM SÃO PEDRO/RN (POT03) (SD: SEM

DADO) ....................................................................................................................................................................... 62 FIGURA 4-39 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO POTENGI, NA LOCALIDADE TELHA, EM SÃO PEDRO/RN (POT03) (SD: SEM DADO)..... 63 FIGURA 4-40 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO GOLANDIM (POT04) (SD: SEM DADO) ................................. 64 FIGURA 4-41 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO GOLANDIM (POT04).................................................................... 64 FIGURA 4-42 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – DIQUE DA BASE NAVAL (POT05) (SD: SEM DADO) .. 65 FIGURA 4-43 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – DIQUE DA BASE NAVAL (POT05) (SD: SEM DADO) ............ 65 FIGURA 4-44 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – A JUSANTE DO CANAL DO BALDO (POT06) (SD: SEM

DADO) ....................................................................................................................................................................... 66 FIGURA 4-45 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – A JUSANTE DO CANAL DO BALDO (POT06) (SD: SEM DADO) 67 FIGURA 4-46 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – IATE CLUBE (POT07) (SD: SEM DADO) .................. 68 FIGURA 4-47 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – IATE CLUBE (POT07) (SD: SEM DADO) ............................ 68 FIGURA 4-48 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- PONTE NEWTON NAVARRO (POT08) (SD: SEM DADO)

................................................................................................................................................................................. 69

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FIGURA 4-49 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- PONTE NEWTON NAVARRO (POT08) ................................ 69 FIGURA 4-50 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- MONTANTE DA PONDE DE IGAPÓ (POT09) .............. 70 FIGURA 4-51 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- MONTANTE DA PONDE DE IGAPÓ (POT09) ........................ 71 FIGURA 4-52 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DA LAGOA AERADA DA CAERN (POT10).. 71 FIGURA 4-53 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DA LAGOA AERADA DA CAERN (POT10) ............ 72 FIGURA 4-54 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DO CURTUME J. MOTTA (POT11) ....... 73 FIGURA 4-55 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DO CURTUME J. MOTTA (POT11) ................. 73 FIGURA 4-56 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DA IMUNIZADORA RIOGRANDENSE

(POT12) (SD-SEM DADO) ............................................................................................................................................. 74 FIGURA 4-57 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DA IMUNIZADORA RIOGRANDENSE (POT12) (SD-

SEM DADO) ................................................................................................................................................................. 74 FIGURA 4-58 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DO PONTO DE LANÇAMENTO DO CIA (POT13)

................................................................................................................................................................................. 75 FIGURA 4-59 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DO PONTO DE LANÇAMENTO DO CIA (POT13) ..... 76 FIGURA 4-60 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- EM FRENTE AO HOSPITAL DE MACAÍBA (POT14) ....... 76 FIGURA 4-61 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- EM FRENTE AO HOSPITAL DE MACAÍBA (POT14) ................. 77 FIGURA 4-62 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ BR-226 (POT15) .............................. 78 FIGURA 4-63 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ BR-226 (POT15) ........................................ 78 FIGURA 4-64 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ, PONTE PERI-PERI BR-226 (POT16) ..... 79 FIGURA 4-65 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ, PONTE PERI-PERI BR-226 (POT16) ............... 79 FIGURA 4-66 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO POTENGI ................................................. 81 FIGURA 4-67 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI (FONTE: IGARN, 2009) ....................................................... 82 FIGURA 4-68 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM LAMARÃO, MACAÍBA (PIR01)............................................... 84 FIGURA 4-69 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM LAMARÃO, MACAÍBA (PIR01) ......................................................... 84 FIGURA 4-70 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM PASSAGEM DE AREIA, PARNAMIRIM (PIR02) ........................... 85 FIGURA 4-71 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM PASSAGEM DE AREIA, PARNAMIRIM (PIR02) ..................................... 85 FIGURA 4-72 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE BR-304 (PIR03) ........................................................ 86 FIGURA 4-73 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE BR-304 (PIR03) .................................................................. 86 FIGURA 4-74 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – BR-101 (PIR04) .................................................................. 87 FIGURA 4-75 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – BR-101 (PIR04) ............................................................................ 87 FIGURA 4-76 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE TRAMPOLIM DA VITÓRIA (PIR05) .................................. 88 FIGURA 4-77 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE TRAMPOLIM DA VITÓRIA (PIR05) ............................................. 88 FIGURA 4-78 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO JIQUI (PIR06)............................................................................. 89 FIGURA 4-79 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DO JIQUI (PIR06) ....................................................................................... 90 FIGURA 4-80 – HISTÓRICO DE DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA LAGOA DO JIQUI (PIR06) ................................................. 90 FIGURA 4-81 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANGI, NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR07) ............................................... 91 FIGURA 4-82 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANGI, NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR07) ......................................................... 91 FIGURA 4-83 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08) .............................................................. 92 FIGURA 4-84 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08)......................................................................... 92 FIGURA 4-85 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DE PIUM (LAGOA AZUL), NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR09)...................... 93 FIGURA 4-86 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DE PIUM (LAGOA AZUL), NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR09) ................................ 94 FIGURA 4-87 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PIRANGI ................................................. 94 FIGURA 4-88 – MAPA ESQUEMÁTICO DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO (FONTE: IGARN, 2009) ............................. 95 FIGURA 4-89 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01) ........................................................................ 97 FIGURA 4-90 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01) ................................................................................... 97 FIGURA 4-91 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01) ............................................ 98 FIGURA 4-92 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAIRI (FONTE: IGARN, 2009) ............................................... 99 FIGURA 4-93 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE INHARÉ – SANTA CRUZ (TRA01) ...................................................... 100 FIGURA 4-94 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE INHARÉ – SANTA CRUZ (TRA01) ................................................................ 101 FIGURA 4-95 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NO AÇUDE INHARÉ – SANTA CRUZ (TRA01) ....................................... 101 FIGURA 4-96 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTA CRUZ (TRA02) .................................................................... 102 FIGURA 4-97 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE SANTA CRUZ (TRA02) .............................................................................. 102 FIGURA 4-98 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE TRAIRI, EM TANGARÁ (TRA03) ........................................................ 103 FIGURA 4-99 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE TRAIRI, EM TANGARÁ (TRA03) .................................................................. 103 FIGURA 4-100 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE TRAIRI, EM TANGARÁ (TRA03) .......................... 104 FIGURA 4-101 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO TRAIRI – MONTE ALEGRE (TRA04) ..................................................... 104 FIGURA 4-102 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO TRAIRI – MONTE ALEGRE (TRA04) ............................................................... 105

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FIGURA 4-103 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO TRAIRI ................................................ 105 FIGURA 4-104 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA JACU (FONTE: IGARN, 2009) ....................................................... 106 FIGURA 4-105 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE JAPI II – SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE (JAC01) ...................................... 107 FIGURA 4-106 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE JAPI II – SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE (JAC01) ................................................ 108 FIGURA 4-107 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO JACU – ESPÍRITO SANTO (JAC02) ........................................................ 108 FIGURA 4-108 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO JACU – ESPÍRITO SANTO (JAC02) .................................................................. 109 FIGURA 4-109 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC03) .............................................................. 110 FIGURA 4-110 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC03) ........................................................................ 110 FIGURA 4-111 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC04) .............................................................. 111 FIGURA 4-112 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC04) ........................................................................ 111 FIGURA 4-113 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO JACU .................................................. 112 FIGURA 4-114 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ (FONTE: IGARN, 2009)......................................... 113 FIGURA 4-115 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE NOVA CRUZ (CUR01) ................................. 115 FIGURA 4-116 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE NOVA CRUZ (CUR01) ........................................... 115 FIGURA 4-117 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE PEDRO VELHO (CUR02) .............................. 116 FIGURA 4-118 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE PEDRO VELHO (CUR02) ........................................ 116 FIGURA 4-119 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ (CUR03) ................................................ 117 FIGURA 4-120 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ (CUR03) .......................................................... 117 FIGURA 4-121 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIQUIRI, EM PEDRO VELHO (CUR04) .................................................. 118 FIGURA 4-122 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIQUIRI, EM PEDRO VELHO (CUR04) ............................................................. 119 FIGURA 4-123 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CURIMATAÚ ........................................ 119 FIGURA 4-124 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MULUNGU (PIA01) (SD-SEM DADO) .............................................. 121 FIGURA 4-125 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MULUNGU (PIA01)(SD-SEM DADO) ......................................................... 121 FIGURA 4-126 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ESGUICHO (PIA02) (SD-SEM DADO)............................................... 124 FIGURA 4-127 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ESGUICHO (PIA02) ................................................................................ 124 FIGURA 4-128 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RIO DA PEDRA (PIA03) (SD-SEM DADO) ......................................... 125 FIGURA 4-129 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE RIO DA PEDRA (PIA03) (SD-SEM DADO) ................................................... 125 FIGURA 4-130 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CALDEIRÃO DE PARELHAS (PIA04) .................................................. 126 FIGURA 4-131 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CALDEIRÃO DE PARELHAS (PIA04) (SD-SEM DADO) ..................................... 127 FIGURA 4-132 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CARNAÚBA (PIA05) (SD-SEM DADO) ............................................. 127 FIGURA 4-133 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CARNAÚBA (PIA05) (SD-SEM DADO) ........................................................ 128 FIGURA 4-134 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CRUZETA (PIA06) (SD-SEM DADO) ................................................ 128 FIGURA 4-135 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE CRUZETA (PIA06) (SD-SEM DADO) ........................................................... 129 FIGURA 4-136 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE CRUZETA (PIA06) ........................................... 129 FIGURA 4-137 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) (PIA07) .................................. 130 FIGURA 4-138 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) (PIA07) ............................................. 131 FIGURA 4-139 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) (PIA07) ...... 131 FIGURA 4-140 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DOURADO (PIA09) (SD-SEM DADO) .............................................. 132 FIGURA 4-141 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE DOURADO (PIA09) (SD-SEM DADO) ......................................................... 133 FIGURA 4-142 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ZANGALHEIRAS (PIA10) (SD-SEM DADO) ........................................ 133 FIGURA 4-143 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ZANGALHEIRAS (PIA10) (SD-SEM DADO) ................................................... 134 FIGURA 4-144 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MENDUBIM (PIA13) (SD-SEM DADO) ............................................ 134 FIGURA 4-145 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MENDUBIM (PIA13) (SD-SEM DADO) ....................................................... 135 FIGURA 4-146 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BELDROEGA (PIA14) (SD-SEM DADO) ............................................ 135 FIGURA 4-147 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BELDROEGA (PIA14) (SD-SEM DADO) ....................................................... 136 FIGURA 4-148 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE BELDROEGA (PIA14) ....................................... 136 FIGURA 4-149 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE NOVO ANGICOS (PIA15) .............................................................. 137 FIGURA 4-150 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE NOVO ANGICOS (PIA15) ........................................................................ 137 FIGURA 4-151 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PATAXÓS (PIA16) ....................................................................... 138 FIGURA 4-152 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PATAXÓS (PIA16) .................................................................................. 139 FIGURA 4-153 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PATAXÓS (PIA16) ........................................... 139 FIGURA 4-154 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (PIA20) ............................................................. 140 FIGURA 4-155 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (PIA20) ....................................................................... 140 FIGURA 4-156 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (PIA20) ................................. 141 FIGURA 4-157 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ITANS (PIA21) ............................................................................ 142 FIGURA 4-158 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ITANS (PIA21) ...................................................................................... 142 FIGURA 4-159 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE ITANS (PIA21) ................................................ 143

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FIGURA 4-160 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE PARELHAS (PIA23) ................................................. 143 FIGURA 4-161 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE PARELHAS (PIA23) ........................................................... 144 FIGURA 4-162 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE PARELHAS (PIA23) – (SD-SEM DADO)

............................................................................................................................................................................... 144 FIGURA 4-163 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM DAS TRAÍRAS (PIA25) ................................................... 145 FIGURA 4-164 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM DAS TRAÍRAS (PIA25) ............................................................. 146 FIGURA 4-165 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM DAS TRAÍRAS (PIA25) – (SD-SEM DADO)

............................................................................................................................................................................... 146 FIGURA 4-166 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE ANGICOS (PIA26) .................................................. 147 FIGURA 4-167 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE ANGICOS (PIA26) ............................................................ 147 FIGURA 4-168 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA – RESERV. ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES – ITAJÁ (PIA30) – (SD-SEM DADO) .... 148 FIGURA 4-169 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA – RESERV. ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES – ITAJÁ (PIA30) ......................................... 148 FIGURA 4-170 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES, EM SÃO RAFAEL (PIA31) – (SD-SEM

DADO) ..................................................................................................................................................................... 149 FIGURA 4-171 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES, EM SÃO RAFAEL (PIA31) – (SD-SEM DADO)

............................................................................................................................................................................... 150 FIGURA 4-172 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU ....... 151 FIGURA 4-173 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, JARDIM DO SERIDÓ (PIA11) ................................................... 154 FIGURA 4-174 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, JARDIM DO SERIDÓ (PIA11) ............................................................. 154 FIGURA 4-175 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO ESPINHARAS, SERRA NEGRA (PIA12) ................................................... 155 FIGURA 4-176 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO ESPINHARAS, SERRA NEGRA (PIA12) ............................................................. 155 FIGURA 4-177 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, CAICÓ (PIA22) – (SD: SEM DADO).......................................... 156 FIGURA 4-178 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, CAICÓ (PIA22) – (SD: SEM DADO) .................................................... 156 FIGURA 4-179 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, SÃO FERNANDO (PIA24) ....................................................... 157 FIGURA 4-180 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, SÃO FERNANDO (PIA24) ................................................................. 157 FIGURA 4-181 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, PENDÊNCIAS (PIA29) ................................................. 158 FIGURA 4-182 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, PENDÊNCIAS (PIA29) ........................................................... 158 FIGURA 4-183 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JUCURUTU (PIA32) ................................................... 159 FIGURA 4-184 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JUCURUTU (PIA32).............................................................. 159 FIGURA 4-185 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JARDIM DE PIRANHAS (PIA33) ..................................... 160 FIGURA 4-186 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JARDIM DE PIRANHAS (PIA33) ............................................... 160 FIGURA 4-187 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIVISA RN-PB (PIA34) .............................................. 161 FIGURA 4-188 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIVISA RN-PB (PIA34) ........................................................ 161 FIGURA 4-189 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA35) .......................................................... 162 FIGURA 4-190 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA35) .................................................................... 162 FIGURA 4-191 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA36) .......................................................... 163 FIGURA 4-192 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA36) .................................................................... 163 FIGURA 4-193 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANHAS-AÇU, MACAU (PIA17) .................................... 166 FIGURA 4-194 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANHAS-AÇU, MACAU (PIA17) .............................................. 166 FIGURA 4-195 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DOS CAVALOS (PIA18)...................................................................... 167 FIGURA 4-196 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DOS CAVALOS (PIA18) ................................................................................ 168 FIGURA 4-197 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DAS CONCHAS (PIA28) ..................................................................... 169 FIGURA 4-198 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DAS CONCHAS (PIA28) ............................................................................... 169 FIGURA 4-199 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO CAMURUPIM – JUSANTE DE GUAMARÉ (FLNED) ................. 170 FIGURA 4-200 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO CAMURUPIM – JUSANTE DE GUAMARÉ (FLNED) ........................... 170 FIGURA 4-201 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS E PONTOS ESTUARINOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-

AÇU ........................................................................................................................................................................ 172 FIGURA 4-202 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ENCANTO (APM01) .................................................................... 177 FIGURA 4-203 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE ENCANTO (APM01)............................................................................... 177 FIGURA 4-204 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE ENCANTO (APM01) ........................................ 178 FIGURA 4-205– HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BONITO II (APM02) ..................................................................... 179 FIGURA 4-206– HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE BONITO II (APM02) ............................................................................... 179 FIGURA 4-207– HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE BONITO II (APM02) ........................................ 179 FIGURA 4-208 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE JESUS, MARIA, JOSÉ (APM03) ...................................................... 180 FIGURA 4-209 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE JESUS, MARIA, JOSÉ (APM03) ................................................................. 180 FIGURA 4-210 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE FLECHAS (APM04) ...................................................................... 181 FIGURA 4-211 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE FLECHAS (APM04) ................................................................................ 181

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FIGURA 4-212 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PAU DOS FERROS (APM05) ......................................... 182 FIGURA 4-213 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PAU DOS FERROS (APM05) .................................................... 182 FIGURA 4-214 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PAU DOS FERROS (APM05) (SD-SEM

DADO; ND-NÃO DETECTADO)....................................................................................................................................... 183 FIGURA 4-215 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PILÕES (APM06) ....................................................... 183 FIGURA 4-216 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PILÕES (APM06) .................................................................. 184 FIGURA 4-217 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE MARCELINO VIEIRA (APM07) ....................................... 184 FIGURA 4-218 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE MARCELINO VIEIRA (APM07) ................................................. 185 FIGURA 4-219 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE MARCELINO VIEIRA (APM07) .......... 185 FIGURA 4-220 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DE LUCRÉCIA (APM09) ................................................................ 186 FIGURA 4-221 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE DE LUCRÉCIA (APM09)........................................................................... 186 FIGURA 4-222 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE DE LUCRÉCIA (APM09) .................................... 187 FIGURA 4-223 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RODEADOR (APM10) .................................................................. 187 FIGURA 4-224 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE RODEADOR (APM10) ............................................................................ 188 FIGURA 4-225 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE RODEADOR (APM10) ...................................... 188 FIGURA 4-226 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DO BREJO (APM11) .................................................................... 189 FIGURA 4-227 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE DO BREJO (APM11) .............................................................................. 189 FIGURA 4-228 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MALHADA VERMELHA (APM12) .................................................... 190 FIGURA 4-229 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MALHADA VERMELHA (APM12) .............................................................. 190 FIGURA 4-230 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM (APM13)................................................................... 191 FIGURA 4-231 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM (APM13) ............................................................................. 191 FIGURA 4-232 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MORCEGO (APM14) ................................................................... 192 FIGURA 4-233 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE MORCEGO (APM14) ............................................................................. 193 FIGURA 4-234 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (APM15) .......................................................... 193 FIGURA 4-235 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (APM15) ..................................................................... 194 FIGURA 4-236 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE APANHA PEIXE (APM16) ............................................................. 194 FIGURA 4-237 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE APANHA PEIXE (APM16) ........................................................................ 195 FIGURA 4-238 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM DE SANTA CRUZ, EM APODI (APM17) ....................................... 195 FIGURA 4-239 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA BARRAGEM DE SANTA CRUZ, EM APODI (APM17) ................................................. 196 FIGURA 4-240 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA BARRAGEM DE SANTA CRUZ, EM APODI (APM17) ........... 196 FIGURA 4-241 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RIACHO DA CRUZ II (APM23)........................................................ 197 FIGURA 4-242 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE RIACHO DA CRUZ II (APM23) .................................................................. 198 FIGURA 4-243 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NO AÇUDE RIACHO DA CRUZ II (APM23) ........................... 198 FIGURA 4-244 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM DE UMARI, EM UPANEMA (APM24) ......................................... 199 FIGURA 4-245 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NA BARRAGEM DE UMARI, EM UPANEMA (APM24) ................................................... 199 FIGURA 4-246 – HISTÓRICO DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS DA ÁGUA NA BARRAGEM DE UMARI, EM UPANEMA (APM24) ............. 200 FIGURA 4-247 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE TOURÃO (APM27) ...................................................................... 200 FIGURA 4-248 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO AÇUDE TOURÃO (APM27) ................................................................................ 201 FIGURA 4-249 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ .... 202 FIGURA 4-250 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, FELIPE GUERRA (APM18) ....................................... 205 FIGURA 4-251 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, FELIPE GUERRA (APM18) ................................................. 205 FIGURA 4-252 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, GOV. DIX-SEPT ROSADO (APM19) ........................... 206 FIGURA 4-253 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, GOV. DIX-SEPT ROSADO (APM19) ..................................... 206 FIGURA 4-254 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, BARRAGEM DO GENÉSIO, MOSSORÓ (APM20) ........... 207 FIGURA 4-255 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, BARRAGEM DO GENÉSIO, MOSSORÓ (APM20) ..................... 207 FIGURA 4-256 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, PASSAGEM DE PEDRA, MOSSORÓ (APM21) ............... 208 FIGURA 4-257 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, PASSAGEM DE PEDRA, MOSSORÓ (APM21) ......................... 209 FIGURA 4-258 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, UPANEMA (APM25) ....................................................... 209 FIGURA 4-259 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, UPANEMA (APM25) ................................................................. 210 FIGURA 4-260 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, FAZENDA ANGICOS (APM26) ........................................... 210 FIGURA 4-261 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, FAZENDA ANGICOS (APM26) ...................................................... 211 FIGURA 4-262 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, BR-110 (APM30) ......................................................... 211 FIGURA 4-263 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, BR-110 (APM30) .................................................................... 212 FIGURA 4-264 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ, AREIA BRANCA (APM22) ..................... 214 FIGURA 4-265 – HISTÓRICO DO IET DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ, AREIA BRANCA (APM22) ............................... 214 FIGURA 4-266 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS E PONTO ESTUARINO DA BACIA DO RIO APODI-

MOSSORÓ ................................................................................................................................................................ 216

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INTRODUÇÃO

A água é um dos recursos naturais mais atingidos pela ação humana. Rios, lagos e estuários têm

sido utilizados como destino para esgotos e resíduos industriais e urbanos, o que vem gerando um

grande desequilíbrio ambiental, com perda na qualidade das águas destinadas ao abastecimento,

irrigação, recreação e outros usos. Nesse contexto, o monitoramento ambiental das águas é um

importante instrumento de atuação, pois subsidia medidas de planejamento, controle, recuperação,

preservação e conservação do ambiente em estudo, bem como auxilia na definição das políticas

ambientais.

O Programa Água Azul (PAA) tem a finalidade de monitorar os corpos de águas superficiais e

subterrâneos do Rio Grande do Nortemais relevantes, principalmente para abastecimento,

abrangendo as bacias hidrográficas dos rios Apodi-Mossoró, Boqueirão, Ceará-Mirim, Curimataú,

Jacu, Maxaranguape, Pirangi, Piranhas-Açu, Potengi, Punaú, Doce e Trairi, além das Faixas

Litorâneas Leste e Norte de Escoamento Difuso. Além disso, o PAA monitora a balneabilidade das

praias e de alguns balneários interiores.

Neste relatório são apresentados e discutidos os resultados da Quinta campanha semestral completa

de coletas, referentes ao “Monitoramento da qualidade das águas superficiais”, que correspondem à

Meta I do cronograma estabelecido no plano de trabalho do Programa Água Azul. As coletas foram

realizadas de Setembro a Novembro de 2016, nas principais lagoas, nos reservatórios superficiais

com capacidade maior que 5 milhões de metros cúbicos, nos trechos de rios perenizados e nos

principais estuários do Estado do Rio Grande do Norte.

1. OBJETIVOS

Os objetivos deste relatório são enumerados a seguir, os quais se coadunam com os do Programa

Água Azul:

Identificar e avaliar as condições da qualidade das águas dos principais corpos d’água

interiores do Rio Grande do Norte (águas de superfície e subterrâneas) através do

monitoramento sistemático conforme os condicionamentos e padrões estabelecidos pelas

Resoluções CONAMA N.os

357/2005 e 396/2008, com a finalidade de projetar situações

futuras de uso e preservação dessas águas para o consumo humano e demais usos

preponderantes;

Estimar a qualidade ecológica da água através de índices bióticos nos trechos escolhidos a

partir de coletas sistemáticas de organismos bentônicos;

Realizar o monitoramento dos sedimentos do Açude Gargalheiras e dos estuários, para a

caracterização das composições e propriedades mineralógicas, geotécnicas e químicas dos

sedimentos de fundo visando identificar concentrações de metais tóxicos (por exemplo, Cr,

Ni, Cd, Cu, Pb, entre outros), desta forma contribuindo para o reconhecimento de fontes

poluidoras naturais e antropogênicas;

Fornecer ao IDEMA e ao IGARN, ao longo do período de monitoramento, subsídios para

desenvolver investigações com vistas à identificação de fontes potenciais de poluição dos

recursos hídricos estudados, bem como o desenvolvimento e implementação de ações

mitigadoras, visando à efetivação de metas que assegurem os usos preponderantes de acordo

com o enquadramento dos respectivos corpos d’água;

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Divulgar relatórios técnicos trimestrais e semestrais contendo informações a respeito das

condições de qualidade das águas dos corpos d’água monitorados.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Neste item são indicados os pontos de coleta das amostras de água, por bacia hidrográfica, o

período de realização das coletas, a descrição dos parâmetros analisados e os procedimentos

analíticos adotados.

2.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO

As coletas e análises das amostras de águas superficiais foram divididas por sub-bacias entre as

instituições participantes do Programa Água Azul, conforme descrito a seguir:

Corpos d’água superficiais da região costeira Leste do RN, que abrange as bacias

hidrográficas dos rios Boqueirão, Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi,

Pirangi, Trairi, Jacu e Curimataú e Faixa Litotrânea Leste de Escoamento Difuso (FLLED) –

Intituição responsável: UFRN (coleta e análises);

Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e

análises) e EMPARN (análises);

Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e

análises) e UERN (análises).

Os corpos d’água e seus respectivos pontos monitorados são apresentados na Figura 2-1 e indicados

nos subitens a seguir.

2.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN

A Região Costeira Leste reúne 10 bacias hidrográficas, mais a FLLED, que deságuam no litoral

Leste do RN. Os locais de monitoramento dos corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste

do RN totalizam 40 pontos de amostragem (ver Tabela 2-1).

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Figura 2-1 – Estações de amostragem do Programa Água Azul no Estado do Rio Grande do Norte.

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Tabela 2-1– Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região

Costeira Leste do RN

ESTAÇÃO MUNICÍPIO

BACIA

HIDROGRÁFICA

COORDENADAS

UTM(Zona 25 Sul)

SIGLA NOME LESTE NORTE

BOQ01 Lagoa do Boqueirão Touros Boqueirão 219.012 9.421.542

CEA01 Açude Poço Branco Poço Branco Ceará Mirim 205.397 9.376.862

CEA02 Ponte BR 406 – Taipu Taipu Ceará Mirim 211.403 9.377.954

CEA03 Jusante da Usina São Fco Ceará-Mirim Ceará Mirim 232.728 9.376.888

CEA04 Ponte BR 101 – Extremoz Extremoz Ceará Mirim 250.590 9.373.148

CUR01 Jusante de Nova Cruz Nova Cruz Curimataú 242.993 9.285.924

CUR02 Pedro Velho Pedro Velho Curimataú 255.818 9.286.736

CUR03 Barra de Cunhaú– estuário Baía Formosa Curimataú 273.628 9.300.978

CUR04 Captação de água CAERN Pedro Velho Curimataú 254.089 9.289.662

JAC01 Açude Japi II São José de

Campestre Jacu 190.932 9.297.558

JAC02 Rio Jacu – Sítio Choar Espírito Santo Jacu 239.600 9.298.940

JAC03 Lagoa das Guaraíras Arês Jacu 265.485 9.315.930

JAC04 Lagoa das Guaraíras Arês Jacu 265.222 9.315.342

MAX01 Rio Maxaranguape em

Dom Marculino Maxaranguape Maxaranguape 235.458 9.395.184

MAX02 Estuário do Rio

Maxaranguape Maxaranguape Maxaranguape

250.099 9.389.174

PIR01 Rio Pitimbu – Lamarão Macaíba Pirangi 240.510 9.344.020

PIR02 Passagem de Areia Parnamirim Pirangi 247.588 9.346.884

PIR03 Ponte BR 304 Parnamirim Pirangi 248.418 9.348.674

PIR04 Ponte Velha na BR 101 Parnamirim Pirangi 253.658 9.349.514

PIR05 Ponte Trampolim da

Vitória Parnamirim Pirangi

256.210 9.347.056

PIR06 Lagoa do Jiqui Parnamirim Pirangi 257.738 9.345.300

PIR07 Balneário de Pium Nísia Floresta Pirangi 260.610 9.341.440

PIR08 Ponte velha na RN 063 Parnamirim Pirangi 264.903 9.338.024

PIR09 Lagoa de Pium (Lagoa

Azul) Nísia Floresta Pirangi

255.368 9.337.909

POT01 Rio Camaragibe na

travessia da RN 064 Ielmo Marinho Potengi 218.431 9.359.850

POT02 Açude Campo Grande São Paulo do

Potengi Potengi 193.136 9.347.651

POT03 Telha São Pedro do

Potengi Potengi 212.784 9.350.820

POT04 Rio Golandim São Gonçalo

do Amarante Potengi 250.071 9.359.543

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Tabela 2-1 – Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região

Costeira do RN (continuação)

ESTAÇÃO MUNICÍPIO

BACIA

HIDROGRÁFICA

COORDENADAS

UTM(Zona 25* Sul)

SIGLA NOME LESTE NORTE

POT05 Dique da Base Naval Natal Potengi 253.767 9.359.873

POT06 Jusante do canal do baldo Natal Potengi 254.899 9.360.328

POT07 Em frente ao Iate Clube Natal Potengi 255.754 9.362.347

POT08 Vão central da ponte

Newton Navarro Natal Potengi 256.125 9.363.325

POT09 Montante da Ponte de

Igapó Natal Potengi

232.089 9.302.542

POT10 Jusante da Lagoa Aerada Natal Potengi 250.768 9.358.678

POT11 Montante do Curtume J.

Motta Natal Potengi 250.222 9.357.746

POT12 Imunizadora Riograndense Macaíba Potengi 246.001 9.354.524

POT13 Lançamento do CIA Macaíca Potengi 241.497 9.352.619

POT14 Hospital Macaíba Potengi 239.871 9.352.113

POT15 Rio Jundiaí, BR-226 Macaíba Potengi 239.079 9.351.144

POT16 Ponte Peri-peri Macaíba Potengi 236.415 9.347.348

PUN01 Rio Punaú Rio do Fogo Rio Doce 235.025 9.408.338

DOC01 Ponte na BR 406 Ceará Mirim Rio Doce 233.785 9.372.322

DOC02 Jusante do aterro sanitário

de Massaranduba

São Gonçalo

do Amarante Trairi 238.600 9.366.200

DOC03 Lagoa de Extremoz Extremoz Rio Doce 247.088 9.366.960

DOC04 Gramorezinho Natal Rio Doce 252.674 9.367.278

FLL01 Lagoa do Bonfim Pedro Velho FLLED 253.603 9.331.690

TRA01 Açude Inharé Santa Cruz Trairi 829.826* 9.314.821*

TRA02 Açude Santa Cruz Santa Cruz Trairi 828.284* 9.311.405*

TRA03 Açude Trairi Tangará Trairi 187.088 9.307.566

TRA04 Rio Trairi Monte Alegre Trairi 244.110 9.329.244

* Os pontos TRA01 e TRA02 localizam-se na Zona 24 Sul.

2.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu e FLNED

A Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do Norte,

tendo como rio principal o Piranhas, de domínio federal. Esse rio nasce na Paraíba, no local

denominado Bonito de Santa Fé, atravessa o Estado da PB, onde recebe como principais afluentes

os rios Piancó e Aguiar. Ao entrar no Estado do RN recebe grande contribuição da sub-bacia do rio

Seridó. Desemboca no litoral norte do RN, próximo à cidade de Macau. A bacia cobre uma área

com cerca de 44.000 km2, abrangendo a parte ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do

RN, ocupando neste estado uma superfície de 17.489,5 km2, correspondente a cerca de 32,8% do

território estadual.

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A bacia hidrográfica do Piranhas-Açu desempenha um importante papel na disponibilização de

água para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área geográfica, para grandes

projetos de irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo Açu, nos Estados da PB e RN,

respectivamente. Nela estão inseridos os reservatórios Coremas-Mãe D’Água, com capacidade de

armazenamento de 1,3 bilhão de metros cúbicos e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com

capacidade de armazenamento de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Na Figura 2-2 é apresentado o

mapa esquemático do trecho potiguar desta bacia, com a indicação das estações amostrais do PAA.

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Figura 2-2 - Mapa do trecho potiguar da Bacia do Piranhas-Açu, contendo os pontos monitorados pelo Programa Água Azul (Fonte: IGARN - 2009).

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A Tabela 2-2 relaciona os 34 pontos de amostragem na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu, mais

um ponto situado na Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED), com os respectivos

nomes das estações de monitoramento e coordenadas UTM.

Tabela 2-2– Estações de amostragem da Bacia do Piranhas-Açu e FLNED

ESTAÇÃO MUNICÍPIO

BACIA

HIDROGRÁFICA

COORDENADAS

UTM (Zona 24 Sul)

SIGLA NOME ESTE NORTE

PIA01 Açude Mulungu Currais Novos Piranhas-Açu 799.474 9.309.870

PIA02 Açude Esguicho Ouro Branco Piranhas-Açu 725.830 9.255.293

PIA03 Açude Rio da Pedra Santana dos Matos Piranhas-Açu 754.009 9.338.818

PIA04 Açude C. de Parelhas Parelhas Piranhas-Açu 756.481 9.257.134

PIA05 Açude Carnaúba São João do Sabugi Piranhas-Açu 704.705 9.266.204

PIA06 Açude Cruzeta Cruzeta Piranhas-Açu 744.090 9.290.837

PIA07 Açude Gargalheiras Acari Piranhas-Açu 765.475 9.290.111

PIA08 Rio São Bento Currais Novos Piranhas-Açu 775.029 9.302.065

PIA09 Açude Dourado Currais Novos Piranhas-Açu 775.935 9.308.697

PIA10 Açude Zangalheiras Jardim do Seridó Piranhas-Açu 748.878 9.270.292

PIA11 Rio Seridó Jardim do Seridó Piranhas-Açu 745.473 9.271.768

PIA12 Rio Espinharas Serra Negra Piranhas-Açu 676.713 9.262.929

PIA13 Açude Mendubim Açu Piranhas-Açu 725.198 9.371.406

PIA14 Açude Beldroega Paraú Piranhas-Açu 712.991 9.361.950

PIA15 Açude N.Angicos Angicos Piranhas-Açu 765.967 9.372.420

PIA16 Açude Pataxós Ipanguaçu Piranhas-Açu 740.003 9.378.723

PIA17 Rio Piranhas-Açú -

Estuario Macau Macau Piranhas-Açu 762.386 9.433,95

PIA18 Rio dos Cavalos Pendências Piranhas-Açu 749.342 9.427.517

PIA20 Açude Santo

Antônio (S.J.Sabugi) S. J. do Sabugi Piranhas-Açu 698.989 9.264.577

PIA21 Açude Itans Caicó Piranhas-Açu 710.124 9.284.813

PIA22 Rio Seridó Caicó Piranhas-Açu 711.171 9.286.532

PIA23 Açude B. de Parelhas Parelhas Piranhas-Açu 757.959 9.260.643

PIA24 Rio Seridó São Fernando Piranhas-Açu 701.279 9.295.504

PIA25 Açude Passagem das

Trairas São José do Seridó Piranhas-Açu 729.040 9.280.093

PIA26 Açude Boqueirão de

Angicos Afonso Bezerra Piranhas-Açu 779.814 9.383.285

PIA28 Estuário do Rio das

Conchas Porto do Mangue Piranhas-Açu 746.233 9.439.235

PIA29 Rio Piranhas-Açu Pendências Piranhas-Açu 752.346 9.418.445

PIA30 Barragem Armando

Ribeiro Gonçalves Itajá Piranhas-Açu 735.783 9.375.691

PIA31 Barragem Armando

Ribeiro Gonçalves São Rafael Piranhas-Açu 730.242 9.358.597

PIA32 Jucurutu Jucurutu Piranhas-Açu 719.163 9.332.643

PIA33 Jardim de Piranhas Jardim de Piranhas Piranhas-Açu 682.291 9.294.612

PIA34 Divisa RN-PB Jardim de Piranhas Piranhas-Açu 682.320 9.303.828

PIA35 DIBA Alto do Rodrigues Piranhas-Açu 748.059 9.415.071

PIA36 Rio Acauã Assu Piranhas-Açu 731.654 9.383.142

FLN01 Estuário do Rio

Camurupim Guamaré FLNED 798.431 9.434.402

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2.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró

A bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró localiza-se na região oeste potiguar e é a segunda

maior do Estado, ocupando 26,8% de sua área. O Rio Apodi-Mossoró é o segundo maior rio do RN

(depois do Piranhas-Açu), com cerca de 210 km de extensão, sendo o maior inteiramente potiguar.

O rio nasce na Serra de Luís Gomes, atravessa os municípios potiguares da chapada do Apodi e,

depois de banhar a cidade de Mossoró, deságua no Oceano Atlântico, entre os municípios de

Grossos e Areia Branca. Na Figura 2-3 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os

principais corpos d´água e municípios. Nesta bacia foram selecionados 29 pontos de amostragem

(ver Figura 2-1 e Tabela 2-3).

Figura 2-3 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Apodi-Mossóro (Fonte: SEMARH, 2009)

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Tabela 2-3–Estações de amostragem na bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró

ESTAÇÃO MUNICÍPIO

BACIA

HIDROGRÁFICA

COORDENADAS

UTM (Zona 24 Sul)

SIGLA NOME ESTE NORTE

APM01 Açude Encanto Encanto Apodi-Mossoró 9.323.064 575.482

APM02 Açude Bonito II São Miguel Apodi-Mossoró 9.313.425 563.245

APM03 Açude Jesus, Maria,

José - Umororó

Tenente

Ananias Apodi-Mossoró 9.284.041 591.336

APM04 Açude Flechas São José da

Penha Apodi-Mossoró 9.303.039 582.782

APM05 Barragem Pau dos

Ferros Pau dos Ferros Apodi-Mossoró 9.323.833 586.675

APM06 Açude Pilões Pilões Apodi-Mossoró 9.306.787 606.163

APM07 Açude Marcelino

Vieira

Marcelino

Vieira Apodi-Mossoró 9.300.349 591.034

APM09 Açude Lucrécia Lucrécia Apodi-Mossoró 9.323.055 630.861

APM10 Açude Rodeador Rafael Godeiro Apodi-Mossoró 9.330.601 635.204

APM11 Açude Brejo Olho D´água

dos Borges Apodi-Mossoró 9.341.357 641.679

APM12 Açude Malhada

Vermelha Severiano Melo Apodi-Mossoró 9.360.635 619.941

APM13 Açude Passagem Rodolfo

Fernandes Apodi-Mossoró 9.353.057 609.404

APM14 Açude Morcego Augusto Severo Apodi-Mossoró 9.349.426 682.667

APM15 Açude Santo Antônio Caraúbas Apodi-Mossoró 9.347.026 665.095

APM16 Açude Apanha Peixe Caraúbas Apodi-Mossoró 9.372.839 644.874

APM17 Barragem Santa Cruz

do Apodi Apodi Apodi-Mossoró 9.366.124 636.568

APM18 Rio Apodi-Mossoró -

Pedra de abelhas Felipe Guerra Apodi-Mossoró 9.381.589 645.735

APM19

Rio Apodi-Mossoró

Governador Dix-Sept

Rosado

Governador

Dix-Sept

Rosado

Apodi-Mossoró 9.397.390 664.519

APM20 Rio Apodi- Mossoró -

Barragem Genésio Mossoró Apodi-Mossoró 9.422.847 681.519

APM21 Rio Apodi- Mossoró -

Passagem de Pedra Mossoró Apodi-Mossoró 9.429.975 690.083

APM22

Estuário do Rio

Apodi-Mossoró -

Areia Branca

Areia Branca Apodi-Mossoró 9.453.499 704.213

APM23 Açude Riacho da Cruz Riacho da Cruz Apodi-Mossoró 9.343.315 617.328

APM24 Barragem Umari Upanema Apodi-Mossoró 9.370.120 694.452

APM25 Rio do Carmo –

Upanema Upanema Apodi-Mossoró 9.375.903 693.236

APM26 Rio do Carmo -

Fazenda Angicos Mossoró Apodi-Mossoró 9.415.173 689.625

APM27 Açude Tourão Patu Apodi-Mossoró 9.334.491 649.378

APM28 Açude Santana de PF Pau dos Ferros Apodi-Mossoró 9.318.016 591.286

APM30 Rio do Carmo-BR110 Mossoró Apodi-Mossoró 9.414.898 676.421

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2.2. PERÍODO DE COLETA

2.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN

A 5ª campanha de coletas nos corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN foi

realizada no período de Setembro a Outubro de 2016.

2.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu

As amostragens referentes à 5ª campanha na Bacia do Piranhas-Açu foram realizadas no período

de Setembro a Outubro de 2016.

2.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró

A 5ª campanha de coleta de amostras na Bacia do Rio Apodi-Mossoró foi realizada no período de

Setembro a Novembro de 2016.

2.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS

Para garantir e preservar as características das amostras desde a coleta até o momento de sua

análise, foram utilizados procedimentos de conservação que levam em consideração o agente

conservante, o tipo de vasilhame e o volume adequado para a determinação de cada parâmetro. Na

Tabela 2-4 apresentam-se as metodologias adotadas para cada parâmetro eo limite de detecção do

método adotado.

Tabela 2-4 – Metodologia de coleta e preservação das amostras.

PARÂMETROS

DETERMINADOS MÉTODO UTILIZADOO

LIMITES DE DETECÇÃO

DO MÉTODO

Cádmio Total ICP-OES 0,0004 mg/L

Chumbo Total ICP-OES 0,0004 mg/L

Clorofila ‘a’ Espectrofotometria 0,3 µg/L

Cobre Dissolvido ICP-OES 0,0008 mg/L

Cromo Total ICP-OES 0,0007 mg/L

Carbono Orgânico Total Combustão 1,1 mg/L

DBO DBO5 1,0 mg/L

Fósforo Total ICP-OES 0,0003 mg/L

Mercúrio Total ICP-OES 0,0002 mg/L

Nitrogênio amoniacal Cromatografia de íons 0,033 mg/L

Nitrogênio Total Titulometria 0,28 mg/L

Níquel Total ICP-OES 0,0004 mg/L

Oxigênio Dissolvido Eletrométrico -

pH Eletrométrico -

Salinidade Eletrométrico -

Sólidos Totais Gravimetria -

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Temperatura Eletrométrico -

Teor de Óleos e Graxas Infracal 1,0 mg/L

Turbidez Turbidimetria -

Zinco Total ICP-OES 0,0009 mg/L

2.3.1. Variáveis Não Mensuráveis

No momento das coletas, em cada ponto, foram identificadas algumas características não

mensuráveis, através do preenchimento de formulários específicos, contemplando as seguintes

informações:

AMBIENTES LÓTICOS:

Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais

Odor

Corantes provenientes de fontes antrópicas

Presença de óleos ou graxas

Presença de resíduos sólidos objetáveis

Ocorrência de mortandade de peixes

Presença de lançamento de efluentes

Vegetação aquática flutuante

Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)

AMBIENTES LÊNTICOS E INTERMEDIÁRIOS:

Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais

Odor

Corantes provenientes de fontes antrópicas

Presença de óleos ou graxas

Presença de resíduos sólidos objetáveis

Turvação

Ocorrência de mortandade de organismos aquáticos

Ocorrência de floração de algas

Presença de lançamento de efluentes

Vegetação aquática flutuante

Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)

2.3.2. Variáveis Mensuráveis

Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos analisados e usados para para determinar o Índice

de Qualidade de Água - IQA nas águas superficiais foram:temperatura da amostra, pH, oxigênio

dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC) – DBO5, coliformes

termotolerantes, nitrogênio total (NT), fósforo total (PT), sólidos totais (ST) e turbidez. Os demais

parâmetros analisados foram: carbono orgânico total – COT, nitrogênio amoniacal total, salinidade,

teor de óleos e graxas (TOG), clorofila ‘a’, densidade de cianobactérias e os metais considerados

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tóxicos para determinar o Índice de Toxidez - IT: cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido,

mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.

As coletas e análises, salvo indicação em contrário neste ítem, seguiram as recomendações Standard

Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2005). Para a digestão das

amostras de água para a análise dos metais Cu, Zn, Ni, Pb, Cd e Cr foi utilizado o método 3005 A

da Agência de Proteção Ambiental do Estados Unidos - USEPA (1992) e para a análise de Hg foi

usado o método 3112 B do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater

(APHA, 1998). A determinação de COT foi realizada utilizando-se o método titrimétrico; a

clorofila ‘a’ foi determinada por espectroscopia de UV-visível e os metais foram determinados por

espectrometria de absorção atômica, sendo que para a análise de Hg foi utilizado um sistema de

geração de vapor a frio. Todas as análises foram realizadas, no mínimo, em duplicata.

As variáveis ambientais (temperatura, pH, oxigênio dissolvido e salinidade) foram obtidas por

leitura direta, com a sonda multiparâmetro HANNA - HI 9828 (coletas UFRN) ou com a sonda

Horiba U20XD (coletas IGARN). A transparência da água foi medida com disco de Secchi. Foi

utilizado o método eletrométrico, para as medições de temperatura, pH, OD e salinidade; a turbidez

foi medida por turbidimetria; para a DBO aplicou-se a metodologia APHA 5210 B (DBO5); a

análise de nitrogênio amoniacal foi através da Cromatografia de Íons; para metais utilizou-se o

método do ICP-OES; os sólidos totais foram medidos através do processo gravimétrico após

secagem a 105 °C; para a análise de COT aplicou-se a metodologia APHA 5310 B (combustão); o

teor de óleos e graxas foi medido pelo método infracal (metodologia APHA 5520 C) e os

coliformes termotolerantes pelo método dos Tubos Múltiplos.

Quanto as amostras planctônicas, estas foram coletadas na superfície e preservadas com

lugolacético 1%. A quantificação de cianobactérias foi realizada de acordo com ametodologia

descrita por Utermöl (1958), usando microscópio invertido de marca Olimpus, modelo IX70. Foi

usada câmara de sedimentação de 2, 5 e 10 mL dependendoda densidade da amostra. O tempo de

sedimentação foi de 3h por centímetro de alturada câmara (Margalef, 1983; Lund et al. 1958).A

contagem dos indivíduos (células,colônias e filamentos) foi feita em transectos horizontais e

verticais, contados emcampos alternados, sendo o erro menor que 20%, a um coeficiente de

confiança de 95% seguindo o critério de Lund et al. (1958). O número de campo variou de uma

amostrapara outra e a finalização da contagem foi feita tomando como critério a contagem de

nomínimo 100 indivíduos de espécies mais abundantes e pela curva de estabilização dasespécies,

obtida a partir da adição de espécies novas adicionadas com o número decampos contados.O

sistema de classificação utilizado para as cianobactérias foi o de Komárek & Anagnostidis (1998)

para a Chroococcales, Anagnostidis & Komárek (1988) para as Oscillatoriales e Komárek &

Anagnostidis (1989) para as Nostocales.

2.4. ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA

Os índices e indicadores ambientais são fundamentais no processo de decisão das políticas públicas

e no acompanhamento de seus efeitos. O Índice de Qualidade das Águas – IQA serve de informação

básica de qualidade de água para o público em geral, bem como para o gerenciamento ambiental

das águas superficiais. O IQA foi desenvolvido em 1970 pela National Sanitation Foundation (NSF)

para avaliar a qualidade da água para abastecimento humano.

Para o cálculo do IQA, foram selecionados 9 (nove) parâmetros considerados os mais importantes

na qualificação da água, e para cada um deles definiu-se um peso significativo da sua importância

na determinação do índice. Na

Tabela 2-5 são apresentados os parâmetros componentes do IQA, bem como seus pesos. Pode-se

verificar que o somatório dos pesos é igual a 1,00.

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O IQA pode ser calculado através de duas expressões matemáticas que definem o IQA aditivo

(IQAA) e o IQA multiplicativo (IQAM), ou seja:

IQAA =

9

1i

ii Wq

IQAM =

9

1i

iiW

q

Em que:

IQA= índice de qualidade da água, representado por um número em escala contínua de 0 a 100.

qi= qualidade individual (sub-índice de qualidade) do iésimo parâmetro, um valor entre 0 e100.

Wi= peso unitário do iésimo parâmetro.

Os valores dos sub-índices são obtidos através de “curvas médias” para cada parâmetro de controle

(OTT, 1978). Estudos desenvolvidos pela CETESB (1979) levaram à obtenção de várias expressões

matemáticas que exprimem a variação de um parâmetro determinante do IQA. Para tal, as curvas de

variação de qi x Parâmetro, foram divididas em intervalos convenientes e a cada um desses

intervalos foi ajustada uma expressão analítica, pelo método dos mínimos quadrados (equação da

reta, exponencial, curva logarítmica, curva de potência e polinômios de 2º e 3º graus). Apresentam-

se a seguir as expressões de cálculo dos índices parciais de qualidade (Tabelas 3-6 a 3-15)

Tabela 2-5 – Parâmetros e pesos para cálculo do IQA.

Nº Parâmetro Unidade Peso (W)

1 Oxigênio Dissolvido (OD) % saturação 0,17

2 Coliformes Fecais (CF) NMP/100mL 0,15

3 pH - 0,12

4 DBO5 mg O2 /L 0,10

5 Nitrogênio total (NT) mg /L 0,10

6 Fósforo total (PT) mg /L 0,10

7 Turbidez (Tur) uT 0,08

8 Sólidos Totais (ST) mg /L 0,08

9 Temperatura de Desvio (T) ºC 0,10

Fonte: OTT (1978).

OXIGÊNIO DISSOLVIDO - OD

Tabela 2-6 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q1 (OD).

% ODSat. Expressão

0 – 50 q1=[0,34.(%ODSat.)+0,008095.(%ODSat.)2+1,35252.10

-5. (%ODSat.)

3]+3

51 – 85 q1=[-1,166.(%ODSat.)+0,058.(%ODSat.)2-3,803435.10

-4. (%ODSat.)

3]+3

86 – 100 q1=[3,7745.(%ODSat.)0,704889

]+3

101 –140 q1=[2,90.(%ODSat.)+0,025.(%ODSat.)2+5,60919.10

-5. (%ODSat.)

3]+3

140 q1=50

O percentual de saturação do oxigênio dissolvido é calculado segundo a seguinte equação:

% Sat. OD = 100 x[OD em mg/L (a T ºC) / OD saturação em mg/L (a T ºC)]

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Tabela 2-7 - Oxigênio de saturação (mg/L) em função da altitude (pressão) e temperatura da água.

Temperatura

(ºC)

Altitude (m)

0 250 500 750 1000

0 14,6 14,2 13,8 13,3 12,9

2 13,8 13,4 13,0 12,6 12,2

4 13,1 12,7 12,3 12,0 11,6

6 12,5 12,1 11,7 11,4 11,0

8 11,9 11,5 11,2 10,8 10,5

10 11,3 11,0 10,7 10,3 10,0

15 10,2 9,9 9,5 9,3 9,0

20 9,2 8,9 8,6 8,4 8,1

25 8,4 8,1 7,9 7,6 7,4

30 7,6 7,4 7,2 7,0 6,7

Fonte: DERÍSIO (2000).

COLIFORMES TERMOTOLERANTES - CTe

Tabela 2-8 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q2 (CTe).

CTe/ 100 mL Expressão

0 q2=100

1 – 10 q2=100- 33,5.logCTe

11 - 105 q2=100- 37,2 logCTe + 3,607145.(logCTe)

2

105 q2=3

POTENCIAL HIDROGENIÔNICO- pH

Tabela 2-9 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q3 (pH).

pH Expressão

2,0 q3=2,0

2,1–4,0 q3=13,6- 10,64.pH+ 2,4364.(pH)2

4,1–6,2 q3=155,5- 77,36.pH+ 10,2481.(pH)2

6,3–7,0 q3=-657,2+ 197,38.pH- 12,9167.(pH)2

7,1–8,0 q3=-427,8+ 142,05.pH- 9,695.(pH)2

8,1–8,5 q3=21,6- 16,0.pH

8,6–9,0 q3=1,415823.e-(1,1507.pH)

9,1–10,0 q3=288,0- 27,0.pH

10,1–12,0 q3=633,0- 106,5.pH+ 4,5.(pH)2

12,0 q2=3,0

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO- DBO5

Tabela 2-10 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q4 (DBO5).

DBO5 Expressão

0,0–5,0 q4=59,96.e-(0,1232728.DBO)

5,1–15,0 q4=104,67- 31,5463.lnDBO5

15,1–30,0 q3=4.394,91.(DBO5)-1,99809

30,0 q2=2,0

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NITROGÊNIO TOTAL - NT

Tabela 2-11 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q5 (NT).

NT (mg/L) Expressão

0,0–10,0 q5=100,0- 8,169.NT+ 0,3059(NT)2

10,1–60,0 q5=101,9- 23,1023.lnNT

60,1–100,0 q5=159,3148.e-(0,0512842.NT)

100,0 q5=1,0

FÓSFORO TOTAL - PT

Tabela 2-12 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q6 (PT).

PT (mg/L) Expressão

0,0–1,0 q6=99,9.e-(0,91629.PT)

1,1–5,0 q6=57,6- 20,178.PT+ 2,1326.(PT)2

5,1–10,0 q6=19,08.e-(0,13544.PT)

10,0 q6=5,0

TURBIDEZ - Tur

Tabela 2-13 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q7 (Tur).

Tur (uT) Expressão

0,0–25,0 q7=100,17- 2,67.Tur+ 0,03755.(Tur)2

25,1–100,0 q7=84,96.e-(0,016206.Tur)

100,0 q7=5,0

SÓLIDOS TOTAIS - ST

Tabela 2-14 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q8 (ST).

ST (mg/L) Expressão

0–150 q8=79,75+ 0,166.ST- 0,001088.(ST)2

151–500 q8=101,67- 0,13917.ST

500 q8=32,0

TEMPERATURA - T

Tabela 2-15 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q9 (T).

T= Ta- Te Expressão

-5,0 q9=30,0

-4,9–0,0 q9=92,5+ 1,3. T - 1,32.( T)2

0,1–3,0 q9=92,5- 2,1. T - 1,8.( T)2

3,1–5,0 q9=233,17.( T)-(1,09576)

5,1–150 q9=75,27- 8,398. T+ 0,265455.( T)2

15,0 q9=9,0

Dentre as vantagens do uso do IQA está a facilidade de comunicação com o público leigo, a

representação da média de diversas variáveis em um único número. Dentre as desvantagens, tem-se

a perda de informação das variáveis individuais e da sua interação. É importante salientar que

oíndice, embora forneçainformações importantes, não se constitui numa avaliação detalhada da

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qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica. O cálculo do IQA através das variáveis

usadas, refletem especialmente a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de

esgotos domésticos. A atividade antrópica compromete a qualidade da águas dos mananciais e, em

função do tipo de atividade desenvolvida e da complexidade dos poluentes, o IQA apresenta

limitações, dentre elaso fato de ser utilizado apenas para abastecimento público, não contemplando

outras variáveis importantes para a qualidade da água.

No caso de não se dispor do valor de alguma das 9 variáveis, o cálculo do IQA é inviabilizado. A

partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, que é indicada pelo

IQA.

O IQA possui faixas que variam de 0 (zero) a 100 (cem) , sendo que quanto maior o valor do IQA,

melhor é a qualidade da água (Tabela 2-16).

Tabela 2-16 - Classificação de águas naturais, conforme o IQA-NSF.

Ponderação Nível de Qualidade Cor representativa

90 ≤ IQA ≤ 100 Excelente

70 ≤ IQA < 90 Bom

50 ≤ IQA < 70 Médio

25 ≤ IQA < 50 Ruim

IQA < 25 Muito Ruim

2.5. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT

O Índice de Toxidez – IT é utilizado combinado com o IQA. O IT é um índice binário (valores 0 e

1), ou seja, quando alguma substância tóxica apresenta valores acima do limite permitido pela

Resolução CONAMA N.º 357/2005, o IT assume valor 0 (zero), e quando nenhuma substância

tóxica ultrapassa o limite permitido o IT assume o valor 1 (um). A nota final da qualidade de um

ponto de amostragem será o produto do IQA pelo IT. Quando o IT = 0 o produto é zero, fazendo

com que o IQA assuma valor 0 (zero), classificando a água como da pior qualidade. Quando o IT =

1 o produto confirmará o resultado do IQA. O Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc

adotado será aquele resultante do produto do IT pelo IQA, conforme explicado anteriormente.

2.6. ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET

O índice do estado trófico (IET) tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de

trofia, ou seja, avaliar a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito

relacionado ao crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de macrófitas

aquáticas (CETESB, 2007).

O índice do estado trófico adotado foi o índice clássico introduzido por Carlson modificado por

Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em regressão linear,

alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este índice utiliza três

avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de

Secchi), clorofila ‘a’ e ao fósforo total. Contudo, conforme adotado pela CETESB (2007), das três

variáveis utilizadas para o cálculo do Índice do Estado Trófico, foram aplicadas apenas duas:

clorofila ‘a’ e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são

representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de

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material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos, além de

muitas vezes não se dispor desses dados. Dessa forma, não será considerado o cálculo do índice de

transparência em reservatórios e rios do Estado do Rio Grande do Norte.

Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como uma

medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo.

A avaliação correspondente a clorofila ‘a’, IET(CL), por sua vez, deve ser considerada como uma

medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de forma adequada o nível de

crescimento de algas que tem lugar em suas águas.

O Índice do Estado Trófico (IET) é composto pelo Índice do Estado Trófico para o fósforo –

IET(P), e o Índice do Estado Trófico para a clorofila a – IET(CL), modificados por Lamparelli

(2004), sendo estabelecidos para ambientes lóticos (rios) e lênticos (reservatórios), respectivamente,

segundo as equações a seguir:

- Rios (também usada, neste relatório, para estuários)

IET (CL) = 10x(6-((-0,7-0,6x(ln CL))/ln 2))-20

IET (PT) = 10x(6-((0,42-0,36x(ln PT))/ln 2))-20

- Reservatórios (açudes e lagoas)

IET (CL) = 10x(6-((0,92-0,34x(ln CL))/ln 2))

IET (PT) = 10x(6-((1,77-0,42x(ln PT))/ln 2))

IET = [IET(P) + IET(CL)]/2

Em que:

PT = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em μg.L-1

CL= concentração de clorofila ‘a’ medida à superfície da água, em μg.L-1

In = logaritmo natural

No caso de não haver resultados para o fósforo total ou para a clorofila ‘a’, o índice será calculado

com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo apenas constar uma

observação junto ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi utilizado.

Na Tabela 2-17 apresenta-se a classificação das águas naturais, segundo o IET (CETESB, 2007)

Tabela 2-17- Classificação de águas naturais, conforme o IET (CETESB, 2007).

Classificação do IET

Categoria Estado Trófico Ponderação

Ultraoligotrófico IET ≤ 47

Oligotrófico 47 < IET ≤ 52

Mesotrófico 52 < IET ≤ 59

Eutrófico 59 < IET ≤ 63

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67

Hipereutrófico IET > 67

Fonte: CETESB (2007)

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30

3. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados apresentados neste relatório foram comparados com os valores limites permitidos –

VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe I, e águas doces, classe II, da

Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de fundo,

fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os valores

previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível

1.

3.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN

Os resultados das análises nos corpos d’água da Região Costeira Leste do Rio Grande do Norte são

apresentados a seguir, ordenados das bacias ao Norte para as bacias ao Sul, nesta ordem: Boqueirão,

Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi, Pirangi, Faixa Litorânea Leste de Escoamento

Difuso (FLLED), Trairi, Jacu e Curimataú.

3.1.1. Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão

A bacia do Rio Boqueirão é uma das menores do Estado, comárea de 250,5 km2, correspondente a

cerca de 0,5% do território estadual. Nesta bacia não se encontram açudes de importância

quantitativa, cabendo destacar apenas a lagoa do Boqueirão. Na Figura 3-1 apresenta-se o mapa

esquemático desta bacia, na qual foi selecionada apenas uma estação de amostragem: BOQ01

(Lagoa do Boqueirão). Os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos obtidos

nesta campanha são apresentados na Tabela 3-1 e o histórico do IQA/IQAc, na Figura 3-2.

Figura 3-1 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Boqueirão (Fonte: IGARN, 2009)

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Tabela 3-1 - Qualidade da água na Lagoa do Boqueirão.

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes lóticos.

BOQ01 – Lagoa do Boqueirão

A Lagoa do Boqueirão situa-se no município de Touros. Este ponto é avaliado como curso d’água

de água doce, classe 2, nos termos da Resolução CONAMA 357/2005.

Nesta campanha, o IQA e o IQAc foram determinados e apresentaram valores idênticos, igual a 84,

pois o valor de IQAc (índice combinado) foi igual ao IQA pelo fato do IT ter sido igual a 1,0 nesta

campanha, ou seja, não apresentando qualquer substância tóxica acima dos VLPs, o que classifica a

qualidade da água como “Boa” (ver Figura 3-2). A salinidade observada foi baixa (0,234‰),

caracterizando a água como doce nesta coleta. No entando, a determinação de nitrogênio e fósforo

totais apresentaram-se elevadas, 4,0 e 0,3 mg/L, respectivamente, acima do VLP. Quanto a série de

metais traços na água da lagoa, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de

PARÂMETROBOQ01 - Lagoa do

BoqueirãoVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 27,0 -

pH 8,1 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 7,7 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 1,4 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)2 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 4,00 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,30≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 348,0 -

Turbidez (UNT) 3,8 ≤ 1001

IQA 84 -

Qualidade Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 -

IQAc 84 -

Qualidade Bom -

IET 56 -

Categoria Mesotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,48 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,234 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,10(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 -

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determinação analítico, abaixo dos VLPs. O IET resultou Mesotrófico, devido as baixas

concentrações de fósforo total e clorofila ‘a’ (ver Tabela 3-1).

Figura 3-2 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Boqueirão (BOQ01)

Figura 3-3 – Histórico do IET da água na Lagoa do Boqueirão (BOQ01)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, onde a média para os índices resultou “Bom” e

“Médio”, respectivamente. Considera-se, portanto, que a água na lagoa apresenta, em geral, boa

qualidade, no entanto, eventualmente pode apresentar concentrações de DBO e coliformes

termotolerantes relativamente elevadas, devido provavelmente às atividades agropastoris que

ocorrem em seu entorno. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização na Lagoa do

Boqueirão.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 dez-10 mar-11set-11 jan-12 mar-12ago-12 ago-14 mar-15ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

BOQ01 - Lagoa do BoqueirãoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD

20

30

40

50

60

70

IET

BOQ01 - Lagoa do Boqueirão IET

Média IETHipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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33

3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Punaú

A bacia do Punaú ocupa uma superfície de 447,9 km2, correspondendo a cerca de 0,8% do território

estadual. Nesta bacia não se registra a ocorrência de açudes de maior importância. Na Figura 3-4

apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação do único ponto de coleta (PUN01 –

Rio Punaú - ponte BR 101). Os resultados das análises nesse ponto são apresentados na Tabela 3-2

e na Figura 3-5.

Figura 3-4 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do RioPunaú (Fonte: IGARN, 2009)

PUN01 – Rio Punaú – ponte BR 101

O ponto PUN01 situa-se no Rio Punaú, próximo à ponte da BR101 no município de Rio do Fogo.

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Tabela 3-2- Qualidade da água no Rio Punaú

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Neste ponto, nem todos os parâmetros atenderam aos VLPs para cursos d’água doce, classe 2,

segundo a Resolução CONAMA 357/2005, visto que a concentração de oxigênio dissolvido (OD) e

fósforo não atenderam aos respectivos VLPs, resultando 3,45 mg/L e 0,21 mg/L, respectivamente.

Desta forma, a água do rio apresentou qualidade “Médio”, conforme os valores do IQA e IQAc,

ambos 62 (ver Tabela 3-2). O IET apresentou valor 51, classificando a água com qualidade

“Oligotrófica” (ver Figura 3-5). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não

foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços no rio, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que

resultou abaixo do VLP.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Considera-se, portanto, que a água do rio

PARÂMETRO

PUN01 - Rio

Punaú - Ponte BR-

101

VLP*

Temperatura da amostra (oC) 26,0 -

pH 9,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 3,5 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 0,2 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)125 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 3,40 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,21≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 47,2 -

Turbidez (UNT) 5,0 ≤ 1001

IQA 62 -

Qualidade Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 -

IQAc 62 -

Qualidade Médio -

IET 51 -

Categoria Oligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,31 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,037 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,24(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 -

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Punaú apresenta, em geral, média qualidade, no entanto, eventualmente pode apresentar

concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas, e baixa concentração

de OD, devido provavelmente às atividades agropastoris que ocorrem em seu entorno. Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda

um baixo grau de eutrofização no Rio Punaú.

Figura 3-5 – Histórico da qualidade da água no Rio Punaú (PUN01)

Figura 3-6 – Histórico do IET da água no Rio Punaú (PUN01)

3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape

A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a

cerca de 1,9% do território estadual. Nesta bacia, destaca-se a Fonte de Pureza, fenômeno de

ressurgência que dá origem à principal fonte de água do Estado (em vazão), localizada na cidade de

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PUN01 - Rio PunaúIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD 0

20

30

40

50

60

70

80

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IET

PUN01 - Rio PunaúIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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Pureza. Na Figura 3-2 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com indicação dos pontos

selecionados para monitoramento.

Figura 3-7 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do RioMaxaranguape (Fonte: IGARN, 2009)

Nesta bacia foram selecionadas duas estações para monitoramento: MAX01-RN064-Rio

Maxaranguape, em Dom Marcolino, e MAX02-Estuário do Rio Maxaranguape. Na Tabela 3-3 são

apresentados os resultados das análises físico-químicos e microbiológicas, nas Figuras 4-8 a 4-11,

os históricos dos valores do IQA/IQAc e IET nesses pontos, e na Figura 4-12 é feita uma

comparação entre os pontos, incluindo o IET. Na Tabela 3-4 é apresentada a caracterização do

sedimento no estuário de Rio Maxaranguape (MAX02).

MAX01 –Rio Maxaranguape, RN-064, em Dom Marcolino

Este ponto situa-se no Rio Maxaranguape, sob uma ponte da rodovia RN-064, em Dom Marcolino,

município de Maxaranguape. Nas proximidades do ponto de coleta observam-se atividades

agropastoris e de carcinicultura.

A qualidade da água neste ponto resultou “Média” segundo o IQA e o IQAc (72) (ver Figura 3-8),

devido principalmente ao valor elevado de nitrogênio, fósforo e sólidos totais (acima do VLP da

Resolução CONAMA 357/2005 para cursos d’água de água doce da classe 2) e coliformes

termotolerantes (ver Tabela 3-3). Dados referentes às análises COT e TOG nesta campanha não

foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (abaixo dos VLPs). O

IET apresentou valor 37, classificando a água com qualidade “Ultraoligotrófica” (ver Figura 3-5).

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Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Em média, a água no rio Maxaranguape tem

qualidade “Média” (mas próximo a “Boa”), apresentando eventualmente concentrações de DBO e

coliformes termotolerantes relativamente elevadas. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização

no Rio Maxaranguape.

Figura 3-8 – Histórico da qualidade da água no Rio Maxaranguape – RN 064 (MAX01)

Figura 3-9 – Histórico do IET da água no Rio Maxaranguape – RN 064 (MAX01)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

MAX01 - Rio MaxaranguapeIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD

20

30

40

50

60

70

80

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IET

MAX01 - Rio Maxaranguape IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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Tabela 3-3- Qualidade da água na Bacia do Rio Maxaranguape

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

PARÂMETROMAX01 - Rio

Maxaranguape - RN 064

MAX02- Estuário do Rio

MaxaranguapeVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 26,7 27,0 -

pH 8,3 7,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 6,7 6,0 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 4,2 1,9 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)210 1.553 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 3,00 < LD -

Fósforo Total (mg P/L) 0,32 < LD≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 253,6 41.075,6 -

Turbidez (UNT) 7,4 9,8 ≤ 1001

IQA 72 64 -

Qualidade Bom Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 -

IQAc 72 64 -

Qualidade Bom Médio -

IET 37 40 -

Categoria Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - < LD ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - < 10,00 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,01 0,09 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,197 31,365 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,07 0,38(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 out-16 -

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Tabela 3-4–Caracterização do sedimento no Estuário do Rio Maxaranguape

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

MAX02 – Estuário do Rio Maxaranguape

O ponto MAX02 localiza-se no estuário do Rio Maxaranguape, a jusante da cidade de

Maxaranguape. Nesta campanha este ponto apresentou água com média qualidade (IQA e IQAc

iguais a 64 – “Médio”), sendo que a concentração elevada de coliformes termotolerantes e sólidos

totais foram os fatores que mais contribuiram para reduzir este índice (ver Figura 3-2). A salinidade

observada foi elevada (31,360‰), caracterizando a água como salina nesta coleta. Dados referentes

à análise de COT nesta campanha apresentou resultado abaixo do LD e do respectivo VLP. Quanto

a série de metais traços, para a água do estuário todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do

limite de determinação analítico, e para o sedimento, de maneira análogo, todos os metais

apresentaram valores abaixo dos respectivos VLPs (ver Tabela 3-3 e Tabela 3-4).

Figura 3-10 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” em apenas uma campanha, Dez-15).

Em média, a água no rio Maxaranguape tem qualidade “Média” (mas próximo a “Boa”),

apresentando eventualmente concentrações de sólidos totais relativamente elevadas. Quanto ao

PARÂMETROMAX02- Estuário do Rio

MaxaranguapeVLP*

Cobre Total (mg/Kg) < LD 34,0

Chumbo Total (mg/Kg) < LD 46,7

Cromo Total (mg/Kg) < LD 81,0

Cádmio Total (mg/Kg) < LD 1,2

Zinco Total (mg/Kg) 0,362 150,0

Níquel Total (mg/Kg) < LD 20,9

Arsênio Total (mg/Kg) < LD 8,0

Mercúrio Total (mg/Kg) < LD 0,15

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

MAX02 - Rio Maxaranguape IQA IQAc

Média IQA Média IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD S D SD SD SD SD SD SD

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40

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda

um baixo grau de eutrofização neste ponto estuarino do Rio Maxaranguape.

Figura 3-11 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02)

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Maxaranguape. Pela figura, é possível observar

que embora ambos os pontos apresentam boa e média qualidade, respectivamente, e estados

ultraoligotróficos, ambos (MAX01 e MAX02) encontra-se com qualidade um pouco comprometida.

Figura 3-12 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Maxaranguape

3.1.4. Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim

20

30

40

50

60

70

80

IET

MAX02 - Estuário do Rio MaxaranguapeIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

MAX01 MAX02

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Bom (70-89)

Muito Ruim (<25)

HipereutróficoSupereutróficoEutróficoMesotróficoOligotróficoUltraoligotrófico

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41

A bacia do Rio Ceará-Mirim ocupa uma área de 2.635,7 km2, correspondendo a cerca de 4,9% do

território estadual. Nesta bacia estão cadastrados 147 açudes, totalizando um volume de acumulação

de 170.819.000 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 6,5% e 3,9% dos totais de açudes

e volumes acumulados do Estado. Na Figura 3-13 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do

Ceará-mirim (Fonte: IGARN, 2009)

apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de coleta. Os resultados

das análises nesta Bacia são apresentados na Tabela 3-5 e os valores do IQA/IQAc e do IET, nas

Figuras 3-14 a 3-21, e um comparativo entre os pontos na Figura 3-22.

Figura 3-13 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Ceará-mirim (Fonte: IGARN, 2009)

CEA01 - Açude Poço Branco

O Açude Poço Branco localiza-se no Município de Poço Branco/RN. Embora a salinidade neste

ponto tenha sido 1,62‰ nesta campanha, os resultados obtidos são comparados com o padrão de

qualidade de águas doces (salinidade < 0,5‰), classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005), por se

tratar de um reservatório que tipicamente tem água doce.

Nesta campanha, devido as concentrações de sólidos totais, fósforo e nitrogênio total relativamente

elevadas, o açude apresentou índice de qualidade (IQA e IQAc) “Médio” (ambos iguais a 64) (ver

Figura 3-38). A concentração de clorofila ‘a’ foi relativamente elevada (10,56 µg/L, embora abaixo

do VLP), o que resultou em IET “Supereutrófico” (ver Tabela 3-5). Dados referentes às análises de

COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série

de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de

determinação analítico, consequentemente, abaixo do VLP.

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42

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em média, contudo, a água do Açude Poço

Branco tem qualidade “Média”, devido às concentrações de coliformes termotolerantes

relativamente elevadas em algumas campanhas. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando que já ocorre algum grau de eutrofização

neste ponto do Açúde Poço Branco.

Figura 3-14 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim, Açude Poço Branco (CEA01)

Figura 3-15 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim, Açude Poço Branco (CEA01)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jun-09 mar-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

CEA01 - Açude Poço BrancoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SD 0

20

30

40

50

60

70

80

nov-08 jun-09 mar-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IET

CEA01 - Açude Poço BrancoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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Tabela 3-5- Qualidade da água na Bacia do Rio Ceará-Mirim

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

PARÂMETROCEA01 - Açude

Poço Branco

CEA02 – Rio Ceará-

Mirim - Ponte BR

406

CEA03 - Rio

Ceará-Mirim -

Jusante Usina S.

Francisco

CEA04 - Rio Ceará-

Mirim - Ponte BR-101VLP

*

Temperatura da amostra (oC) 27,0 26,0 29,7 27,0 -

pH 8,2 7,5 7,5 6,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 5,7 0,6 2,0 4,5 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 3,9 5,6 8,9 3,5 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)65 199 > 2.420 65 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 4,00 3,30 6,70 1,60 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,51 0,49 1,29 0,50≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 1.800,8 1.932,8 741,2 10.327,2 -

Turbidez (UNT) 23,2 1,0 47,8 16,0 ≤ 1001

IQA 64 42 36 62 -

Qualidade Médio Ruim Ruim Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -

IQAc 64 42 36 62 -

Qualidade Médio Ruim Ruim Médio -

IET 65 50 44 57 -

Categoria Supereutrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 10,56 0,17 0,02 0,75 ≤ 301

Salinidade (‰) 1,620 1,647 0,420 7,809 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,26 0,56 2,26 0,34(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 -

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CEA02 – Rio Ceará-Mirim - Ponte BR 406 - Taipu

O ponto CEA02 situa-se no Rio Ceará-Mirim, sob uma Ponte na BR 406, em Taipu/RN. Embora

este ponto eventualmente apresente salinidade pouco superior a 0,5‰ (nesta campanha, o valor

medido foi 1,650‰), por se tratar de um rio, os valores obtidos são comparados com o padrão de

qualidade para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, este ponto do Rio Ceará-Mirim apresentou água de média qualidade (IQA e IQAc:

42 - “Ruim”), sendo que este índice foi prejudicado principalmente pela concentração elevada de

nitrogênio, fósforo, sólidos totais e coliformes termotolerantes, que aponta para o possível

lançamento de esgotos no rio ou a poluição devido a atividades agropastoris, como observado em

campanhas anteriores, e pela baixíssima concentração de OD (0,56 mg/L, muito abaixo do VLP). A

concentração de fósforo total e clorofila ‘a’ foram baixas, o que resultou em IET “Oligotrófico” (ver

Tabela 3-5). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos

pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, consequentemente,

valores abaixo do VLP.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, sendo que a qualidade da água nesta campanha

apresentou qualidade “Média” (ver Figura 3-38). É possível observar que a qualidade deste ponto

encontra-se em declínio, o que demanda medidas mais eficazes de proteção. Quanto ao histórico do

IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo

grau de eutrofização neste ponto do Rio Ceará-Mirim.

Figura 3-16 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR 406 (CEA02)

0

10

20

30

40

50

60

70

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90

100

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

CEA02 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR 406IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD 0

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45

Figura 3-17 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR 406 (CEA02)

CEA03 – Rio Ceará-Mirim, a jusante da Usina São Francisco - Ceará Mirim

A estação de monitoramento CEA03 está localizada no Rio Ceará-Mirim, a jusante da Usina São

Francisco (açúcar e álcool), no município de Ceará-Mirim. Este ponto tipicamente apresenta

salinidade relativamente elevada (entre 0,45 e 1,20‰) nas campanhas já realizadas, com água

geralmente salobra (i.e., com salinidade entre 0,5 e 30‰). Nesta campanha, a salinidade do rio foi

0,42‰. Apesar disso, por se tratar de um rio que eventualmente tem águas doces, os resultados

obtidos neste ponto são comparados com o padrão de qualidade de águas doces, classe 2 (Resolução

CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, a qualidade da água neste ponto do Rio Ceará-Mirim foi considerada “Ruim” pelo

IQA e IQAc (36 para ambos, ver Figura 3-18), sendo que as concentrações elevadas de coliformes

termotolerantes (superior à 2.420 NMP/100ml), DBO, nitrogênio total, fósforo e sólidos totais

foram os fatores que mais influenciaram para redução desse índice (ver Tabela 3-5), e baixa

concentração de OD. As elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, nitrogênio total e

sólidos atestam o lançamento de esgotos domésticos no rio pela cidade de Ceará-Mirim, o que já foi

comprovado in loco pelos técnicos do Programa Água Azul. Dados referentes às análises de COT e

TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de

metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de

determinação analítico, abaixo dos VLPs. O IET resultou Ultraoligotrófico.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (Bom em apenas uma campanha), sendo que, em média, a

qualidade da água foi “Média”, segundo o IQA. Pelo IQAc, contudo, a qualidade variou entre

“Muito ruim” (uma campanha) e “Média” (três campanhas anteriores). No entanto, nesta campanha,

a qualidade geral da água resultou em “Ruim” (ver Figura 3-18). Quanto ao histórico do IET, a

média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando que já ocorre algum grau

de eutrofização neste ponto do Rio Ceará-Mirim.

20

30

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50

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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IET

CEA02 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR406IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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Figura 3-18 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim a jusante da Usina São Francisco

(CEA03)

Figura 3-19 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim a jusante da Usina São Francisco

(CEA03)

CEA04 – Ponte BR 101 - Extremoz

O ponto CEA04 está situada no Rio Ceará Mirim, nas proximidades da ponte da BR-101, que cruza

o rio, no município de Extremoz. Este ponto apresentou salinidade relativamente elevada nesta

campanha (7,81‰), o que corresponde à salobra, mas seus resultados são comparados com o padrão

de qualidade de águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”, sendo que as elevadas

concentrações sólidos, nitrogênio e fósforo foram os fatores que mais contribuíram para a redução

desse índice (ver Tabela 3-5). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não

foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do rio,

todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico ou VLP.

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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 mai-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

CEA03 - Rio Ceará-Mirim - Jusante Usina S. FranciscoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 SD SD 0

20

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40

50

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70

80

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 mai-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IET

CEA03 - Rio Ceará-Mirim - Jusante Usina S. FranciscoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA

oscilou entre “Ruim” e “Bom”, resultando em média em qualidade “Média”. Nesta campanha, o

IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Ruim” (ver Figura 3-20). O IQAc foi “Muito ruim” em

algumas campanhas anteriores. Esses índices foram prejudicados principalmente pelas

concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, sólidos totais e, no caso do

IQAc, pelas concentrações acima dos VLP de alguns metais, o que não ocorreu nesta campanha

(ver Tabela 3-5). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver

Figura 3-2), indicando que já ocorre algum grau de eutrofização neste ponto do Rio Ceará-Mirim.

Figura 3-20 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR-101 (CEA04)

Figura 3-21 – Histórico do IET da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR-101 (CEA04)

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Ceará-Mirim. Pela figura, é possível observar

que embora todos os pontos apresentam qualidade próximo entre Ruim e Média, e estados

Supereutrófico (CEA01), Oligotrófico (CEA02), Mesotrófico (CAE03) e Ultraoligotrófico

(CEA04), o ponto CEA01 e CEA03 encontram-se com qualidade um pouco comprometida em

relação aos demais, provavelmente devido a efluentes não tratados lançados pela usina São

Francisco.

0

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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

CEA04 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR-101IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 SD SD SD

20

30

40

50

60

70

80

nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IET

CEA04 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR-101IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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48

Figura 3-22 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Ceará-Mirim

3.1.5. Bacia Hidrográfica do Rio Doce

A bacia hidrográfica do Rio Doce ocupa uma área de 387,8 km2, correspondendo a cerca de 0,7%

do território estadual. Nesta bacia não há açudes de maior importância. O corpo hídrico de maior

destaque nesta bacia é a Lagoa de Extremoz, que tem como afluentes o Riacho do Mudo, ao Norte,

e o Riacho Guajiru, ao Sul. O Rio Doce recebe esta denominação a partir de sua nascente no

exutório da Lagoa de Extremoz. Na Figura 3-23 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com

a indicação dos pontos selecionados para monitoramento.

Na Tabela 3-6 apresentam-se os resultados das análises físico-químicos e exames microbiológicos,

assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Para esta bacia, dos quatro pontos de amostragem, apenas um

foi selecionado para análise trimestral da densidade de cianobactérias (DOC03 - Lagoa de

Extremoz). Os resultados de todos os pontos são comparados com o padrão de qualidade para águas

doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005), pois todos tipicamente apresentam salinidade

inferior a 0,5‰ (águas doces). Os resultados do IQA/IQAc e do IET em cada ponto são

apresentados nas Figuras 3-24 a 3-32.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

CEA01 CEA02 CEA03 CEA04

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Bom (70-89)

Muito Ruim (<25)

Hipereutrófico

SupereutróficoEutrófico

MesotróficoOligotrófico

Ultraoligotrófico

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49

Figura 3-23– Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Fonte: IGARN, 2009)

DOC01 – Riacho do Mudo - Ponte BR 406 – Ceará-Mirim

O ponto DOC01 situa-se no Riacho do Mudo, afluente norte da Lagoa de Extremoz, sob uma ponte

na BR 406, no município de Ceará-Mirim. Nesta campanha, não houve coleta de água neste ponto

(ver Figura 3-24 e Tabela 3-6), e de acordo com os técnicos do PAA, este ponto apresentava água

estagnada, com muito capim e lixo, além de macrófitas.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2015, a qualidade

da água neste ponto oscila entre “Ruim” e “Média”. A má qualidade da água no Riacho do Mudo,

que constitui um importante afluente da Lagoa de Extremoz, se deve provavelmente a lançamentos

de esgoto e presença de atividades agropastoris no entorno do rio, o que demanda ações dos órgãos

de controle ambiental. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Oligotrófico (ver Figura 3-24), indicando ainda um baixo grau de eutrofização neste ponto do Rio.

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50

Figura 3-24 – Histórico da qualidade da água no Riacho do Mudo – Ponte BR-406 (DOC01)

Figura 3-25 – Histórico do IET da água no Riacho do Mudo – Ponte BR-406 (DOC01)

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IQA

/IQ

Ac

DOC01 - Ponte BR-406 - Ceará-MirimIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD

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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IET

DOC01 - Ponte BR-406 - Ceará-MirimIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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Tabela 3-6– Qualidade da água na Bacia do Rio Doce

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

PARÂMETRO

DOC01 - Riacho

do Mudo - Ponte

BR 406 - Ceará-

Mirim

DOC02 - Rio Guajiru -

BR 406 - S . G.

Amarante

DOC03 - Lagoa de

Extremoz

DOC04 - Rio Doce -

Gramorezinho - NatalVLP

*

Temperatura da amostra (oC) - - 27,0 27,0 -

pH - - 8,6 8,2 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - - 8,2 4,3 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - 2,6 1,6 0,5 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- 138 3 727 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - 0,60 4,90 4,60 -

Fósforo Total (mg P/L) - < LD 0,18 < LD≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - 178,8 182,0 178,8 -

Turbidez (UNT) - - 2,6 - ≤ 1001

IQA - * 84 * -

Qualidade - * Bom * -

Cobre dissolvido (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) - 1 1 1 -

IQAc - * 84 * -

Qualidade - * Bom * -

IET - 30 52 40 -

Categoria - Ultraoligotrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - 115.805,0 - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - 0,01 0,16 0,10 ≤ 301

Salinidade (‰) - 0,160 0,101 0,091 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,29 0,26 0,15(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 out-16 set-16 out-16 -

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DOC02 – Riacho Guajiru,ponte BR 406, São Gonçalo do Amarante

O ponto DOC02 localiza-se no Riacho Guajiru, afluente sul da Lagoa de Extremoz, a jusante do

aterro sanitário de Massaranduba e do Novo Aeroporto da Grande Natal, sob uma ponte da BR 406,

no município de São Gonçalo do Amarante. O IQA e o IQAc não foram calculados devido a falta

de alguns parâmetros que compõem o cálculo destes índices (ver Figura 3-26 e Tabela 3-6). Mesmo

assim, é possível observar valores elevados de coliformes (abaixo do VLP) e nitrogênio total. Dados

referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios

responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do riacho, todos os parâmetros apresentaram

valores abaixo do limite de determinação analítico, e consequentemente, abaixo dos VLPs (ver

Tabela 3-6). O IET resultou 30, determinando estado Ultraoligotrófico.

Figura 3-26 – Histórico da qualidade da água no Riacho Guajiru (DOC02)(SD: Sem dado)

Figura 3-27 – Histórico do IET da água no Riacho Guajiru (DOC02)(SD: Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc oscilam entre “Ruim” e “Médio” (e apresentou qualidade “Boa” apenas em uma campanha),

com a qualidade da água, pela média desses índices, classificada como “Média”. Quanto ao

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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

DOC02 - Jusante Aterro Massaranduba - S. G. Amarante IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD

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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IET

DOC02 - Jusante Aterro Massaranduba - S.G. AmaranteIET

Média IETHipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando

ainda um baixo grau de eutrofização neste ponto do riacho. A qualidade da água no Riacho Guajiru,

que constitui o outro importante afluente da Lagoa de Extremoz, encontra-se comprometida

também provavelmente por lançamentos de esgoto e pela presença de atividades agropastoris no

entorno do rio, o que também requer ações urgentes do Poder Público, especialmente dos órgãos de

controle ambiental. Este manancial deve se tornar ainda mais degradado com a contínua operação

do Novo Aeroporto e o crescimento urbano dele decorrente.

DOC03 – Lagoa de Extremoz

O ponto DOC03 localiza-se na Lagoa de Extremoz, na estação elevatória da CAERN que abastece a

Estação de Tratamento de Água (ETA) de Extremoz. O IQA e o IQAc foram calculados nesta

campanha e resultaram “Bom” (84) para ambos (ver Figura 3-28 e Tabela 3-6). O IET resultou

Oligotrófico. Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos

pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água da lagoa, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, consequentemente,

abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-6). A densidade de cianobactérias foi elevada (115.805 cél./mL)

nesta campanha, muito acima dos VLPs da Portaria MS 2914/2011 e da Resolução CONAMA

357/2005, com dominância das espécies Planktolyngbya minor, Snowela lacustris e Aphanocapsa

delicatissima (não produtoras de toxina) (ver Tabela 3-6).

Figura 3-28 – Histórico da qualidade da água na Lagoa de Extremoz (DOC03)

(SD: Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc oscilam entre “Médio” e “Excelente”, com a qualidade da água, pela média desses índices,

classificada como “Boa”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização na Lagoa. A

densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 190.312 cél./mL, com

predominância das espécies Planktolyngbya minor e Merismopedia tenuissima, em concentrações

acima dos VLPs para diversas campanhas, incluindo esta (ver Figura 3-2). No entanto, em virtude

da má qualidade dos riachos afluentes à lagoa, à intensa ocupação urbana e industrial no entorno, à

utilização de toda a capacidade de exploração de água da lagoa e à importância da mesma para

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IQA

/IQ

Ac

DOC03 - Lagoa de ExtremozIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD

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abastecimento da Zona Norte de Natal, a Lagoa de Extremoz necessita de medidas de proteção

sanitária e ambiental, para garantir a qualidade e disponibilidade de água no futuro.

Figura 3-29 – Histórico do IET da água na Lagoa de Extremoz (DOC03)

Figura 3-30 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Lagoa de Extremoz (DOC03)

DOC04 – Gramorezinho - Natal

O ponto DOC04 localiza-se no Rio Doce, no bairro Gramorezinho, em Natal, na estrada que dá

acesso à praia de Jenipabu. Este trecho do rio é rodeado por intensa ocupação urbana, sendo que o

local da coleta fica localizado entre dois bares, o que, historicamente, apresenta elevada

concentração de coliformes termotolerantes e baixa concentração de OD, provavelmente devido a

lançamentos de esgoto no rio. O IQA e o IQAc não foram calculados devido a falta de um

parâmetros que compõe o cálculo destes índices (neste caso, turbidez, ver Tabela 3-6 e Figura

3-31), mesmo apresentando baixa concentração de OD e presença de coliformes termotolerantes

(727 NMP/100mL, abaixo do VLP, ver Tabela 3-6). O IET resultou Ultraoligotrófico nesta

campanha. Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos

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IET

DOC03 - Lagoa de ExtremozIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

100

1.000

10.000

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1.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

DOC03 - Lagoa de Extremoz

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (190.312 cél./mL)

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laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, consequentemente, apresentaram

valores abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-6).

Figura 3-31 – Histórico da qualidade da água no Rio Doce - Gramorezinho (DOC04)

(SD: Sem dado)

Figura 3-32 – Histórico do IET da água no Rio Doce - Gramorezinho (DOC04)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc no Rio Doce oscilaram entre “Ruim” e “Excelente”, com a qualidade da água, pela média

desses índices, classificada como “Média”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando ainda um baixo grau de eutrofização no

rio. O Rio Doce encontra-se atualmente poluído, com intensa ocupação de suas margens por

habitações e hortigranjeiros, com lançamentos de esgotos e de dejetos de animais, o que demanda

ações de controle sanitário e ambiental por parte do Poder Público.

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Ac

DOC04 - Rio Doce - GramorezinhoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD

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nov-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IET

DOC04 - Rio Doce - GramorezinhoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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3.1.6. Bacia Hidrográfica do Rio Potengi

A Bacia Hidrográfica do Rio Potengi ocupa uma área de 4.093 km2, correspondendo a cerca de

7,7% do território estadual, e possui 245 açudes cadastrados. Na Figura 3-33 apresenta-se o mapa

esquemático desta bacia, no qual são indicados os seguintes pontos de monitoramento: POT01 - Rio

Camaragibe, na RN 064; POT02 - Açude Campo Grande, em São Paulo do Potengi; POT03 – Rio

Potengi, na localidade Telha, em São Pedro do Potengi; POT04 - Rio Golandim, próximo à foz;

POT05 – Estuário do Potengi em frente ao Dique da Base Naval; POT06 - Estuário do Potengi a

jusante do Canal do Baldo; POT07 Estuário do Potengi, em frente ao Iate Clube; POT08 - Estuário

do Potengi, sob o vão central da ponte Newton Navarro; POT09 – Montante da Ponte de Igapó;

POT10 – Montante da Lagoa Aerada CAERN; POT11 – Curtume J. Mota; POT12 – Montante da

Imunizadora Riograndense; POT13 – Lançamento do CIA/Macaíba; POT14 – Hospital Macaíba;

POT15 – Rio Jundiaí-BR-226, em Macaíba; e POT16 – Ponte Peri-Peri, Macaíba.

Figura 3-33 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Potengi (Fonte: IGARN, 2009)

Nesta campanha, nos pontos POT01, POT02 e POT16 não foram calculados o IQA e IQAc em

relação a qualidade da água, já que não houve coleta de água, porque não havia água nesses pontos

ou havia água estagnada, misturada com lama, o que não demonstra representatividade analítica.

Quanto a análise de metais, os pontos analisados apresentaram valores abaixo do limite de

determinação analítico ou dos respectivos VLPs. Não há monitoramento da densidade de

cianobactérias nesta bacia hidrográfica. Na Tabela 3-7 apresentam-se os resultados dos parâmetros

físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Na Tabela 3-7 são

apresentadas as concentrações de metais pesados no sedimento dos pontos da bacia.

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Tabela 3-7- Qualidade da água na Bacia do Rio Potengi

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

PARÂMETROPOT01 – Rio

Camaragibe - RN 064

POT02 - Açude

Campo Grande -

S . P. Potengi

POT03 - Rio

Potengi - Telha -

São Pedro

POT04 – Estuário

do Rio Golandim

POT05 - Dique

Base Naval

POT06 - Jusante

Canal Baldo

POT07 - Iate

Clube

POT08 - Ponte

Newton NavarroVLP

*

Temperatura da amostra (oC) - 27,3 - 28,4 27,0 29,0 27,5 27,6 -

pH - 8,3 - 7,4 7,8 7,8 7,9 7,9 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - 7,4 - 4,2 4,6 5,1 5,9 6,0 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - 4,0 - 4,8 2,8 1,0 1,0 2,6 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- 4 - 689 914 > 2.420 467 > 2.420 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - 5,90 - < LD < LD < LD 0,20 < LD -

Fósforo Total (mg P/L) - 0,49 - < LD < LD 0,11 < LD < LD≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - 5.044,0 - 39.039,0 39.821,2 39.771,6 40.554,4 40.265,6 -

Turbidez (UNT) - 77,1 - 209,7 6,7 11,0 8,7 11,6 ≤ 1001

IQA - 66 - 51 62 61 69 62 -

Qualidade - Médio - Médio Médio Médio Médio Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - < LD - < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) - 1 - 1 1 1 1 1 -

IQAc - 66 - 51 62 61 69 62 -

Qualidade - Médio - Médio Médio Médio Médio Médio -

IET - 66 - 49 35 47 41 42 -

Categoria - Supereutrófico - Oligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - 1,9 2,2 < LD < LD 1,5 ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - < 10,00 < 10,00 < 10,00 < 10,00 < 10,00 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - 13,43 - 0,75 0,03 0,17 0,12 0,15 ≤ 301

Salinidade (‰) - 1,572 - 30,812 32,671 31,875 35,328 32,937 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,41 - 0,93 0,91 0,69 0,76 0,51(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 set-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 -

Page 60: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

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Tabela 3-7- Qualidade da água na Bacia do Rio Potengi (continuação)

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

PARÂMETROPOT09 - Montante

da Ponte de Igapó

POT10 – Jusante

da Lagoa Aerada

CAERN

POT11 –

Montante do

Curtume J. Motta

POT12 –

Montante da

Imunizadora

Riograndense

POT13 –

Lançamento do

CIA - Macaiba

POT14 – Hospital -

Macaiba

POT15 – Rio

Jundiaí - BR226 -

Macaiba

POT16 – Ponte

Peri-PeriVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 27,8 - - - 28,3 28,2 25,0 - -

pH 7,5 - - - 7,4 7,3 7,7 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 3,2 - - - 2,9 2,5 2,2 - ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 0,3 - - - 1,2 2,1 3,9 - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)237 - - - > 2.420 289 > 2.420 - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 0,20 - - - 0,30 0,50 6,40 - -

Fósforo Total (mg P/L) 0,11 - - - < LD < LD < LD -≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 39.340,0 - - - 38.222,0 37.655,0 4.342,8 - -

Turbidez (UNT) 180,0 - - - 72,6 27,8 29,7 - ≤ 1001

IQA 49 - - - 48 54 44 - -

Qualidade Ruim - - - Ruim Médio Ruim - -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD - - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 - - - 1 1 1 - -

IQAc 49 - - - 48 54 44 - -

Qualidade Ruim - - - Ruim Médio Ruim - -

IET 50 - - - 49 52 50 - -

Categoria Oligotrófico - - - Oligotrófico Oligotrófico Oligotrófico - -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) 1,2 - - - 2,9 4,8 - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) < 10,00 - - - < 10,00 < 10,00 - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,41 - - - 0,65 2,48 1,28 - ≤ 301

Salinidade (‰) 30,812 - - - 29,537 29,112 4,343 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,42 - - - 0,47 0,53 7,03 -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 -

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Tabela 3-8–Concentrações de metais pesados no sedimento da Bacia do Rio Potengi

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004

Tabela 3-8–Concentrações de metais pesados no sedimento da Bacia do Rio Potengi (continuação)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004

PARÂMETROPOT01 – Rio

Camaragibe - RN 064

POT02 - Açude

Campo Grande -

S . P. Potengi

POT03 - Rio

Potengi - Telha -

São Pedro

POT04 – Estuário

do Rio Golandim

POT05 - Dique

Base Naval

POT06 - Jusante

Canal Baldo

POT07 - Iate

Clube

POT08 - Ponte

Newton NavarroVLP*

Cobre Total (mg/Kg) - - - 7,467 16,946 < LD 8,172 < LD 34,0

Chumbo Total (mg/Kg) - - - < LD 9,885 < LD 11,872 < LD 46,7

Cromo Total (mg/Kg) - - - 28,287 < LD < LD 30,992 < LD 81,0

Cádmio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 1,2

Zinco Total (mg/Kg) - - - 23,549 11,58 9,604 25,749 < LD 150,0

Níquel Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 20,9

Arsênio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 8,0

Mercúrio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 0,15

PARÂMETROPOT09 - Montante

da Ponte de Igapó

POT10 – Jusante

da Lagoa Aerada

CAERN

POT11 –

Montante do

Curtume J. Motta

POT12 –

Montante da

Imunizadora

Riograndense

POT13 –

Lançamento do

CIA - Macaiba

POT14 – Hospital -

Macaiba

POT15 – Rio

Jundiaí - BR226 -

Macaiba

POT16 – Ponte

Peri-PeriVLP*

Cobre Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 34,0

Chumbo Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 46,7

Cromo Total (mg/Kg) < LD - - - < LD 16,612 - - 81,0

Cádmio Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 1,2

Zinco Total (mg/Kg) < LD - - - < LD 14,397 - - 150,0

Níquel Total (mg/Kg) < LD - - - 4,45 < LD - - 20,9

Arsênio Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 8,0

Mercúrio Total (mg/Kg) < LD - - - < LD < LD - - 0,15

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POT01 – Rio Camaragibe, RN 064, em Ielmo Marinho

O ponto POT01 situa-se no rio Camaragibe, sob uma ponte da rodovia RN-064, no município de

Ielmo Marinho. Este ponto historicamente apresenta salinidade elevada (entre 0,62 e 5,03‰) nas

campanhas já realizadas, o que caracterizaria suas águas como salobras. Apesar disso, por se tratar

de um ponto situado em um rio, em um local cuja salinidade da água não sofre influência marinha,

mas pode sofrer grande influência das chuvas, os resultados obtidos são comparados com os VLP

para águas doces, classe 2, segundo a Resolução CONAMA 357/2005. Nesta campanha, não houve

coleta de água para este ponto (ver Tabela 3-7 e ver Figura 3-34).

Figura 3-34 – Histórico da qualidade da água no Rio Camaragibe – RN-064 (POT01) (SD: Sem dado)

Figura 3-35 – Histórico do IET da água no Rio Camaragibe – RN-064 (POT01)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA no Rio

Camaragibe oscilou entre “Ruim” e “Bom” (e o IQAc oscilou entre “Muito Ruim” e “Bom”), com a

qualidade da água classificada como “Ruim” pelas médias tanto do IQA como do IQAc. Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando um

0

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set-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

POT01 – Rio Camaragibe - RN 064 IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 SD SD SD SD SD SD

20

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40

50

60

70

80

set-08 jun-09 fev-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 set-16

IET

POT01 - Rio Camaragibe - RN 064IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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61

elevado grau de eutrofização no rio. A qualidade da água neste rio não é melhor provavelmente por

força da ocupação de sua bacia, com a criação extensiva de bovinos – o que pode eventualmente

resultar em concentrações elevadas de material orgânico e coliformes termotolerantes – e de suas

condições naturais – que, por estar situada em terreno do cristalino, tende a apresentar elevada

salinidade nas águas.

POT02 – Açude Campo Grande, em São Paulo do Potengi

O Açude Campo Grande localiza-se no município de São Paulo do Potengi. Por se tratar de um

reservatório, os resultados são comparados com os VLP para águas doces, classe 2 (Resolução

CONAMA 357/2005). Nesta campanha, a concentração de coliformes termotolerantes foi baixa,

mas apresentou valores de nitrogênio, fósforo, turbidez e sólidos totais elevados. Nesta campanha, o

IQA e o IQAc resultaram em qualidade “Média” (66 para ambos, ver Figura 3-36). O reservatório

apresentou concentrações elevadas de clorofila “a”, o que resultou em IET “Supereutrófico”(ver

Tabela 3-7).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc no Açude Campo Grande oscilaram entre “Bom” e “Médio”, ao longo de todas as campanhas,

sendo que as médias desses índices indicam que a qualidade da água é Média nesse reservatório.

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (próximo a Eutrófico,

ver Figura 3-2), indicando um elevado grau de eutrofização no açude Campo Grande.

Figura 3-36 – Histórico da qualidade da água no Açude Campo Grande (POT02) (SD: Sem dado)

0

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nov-08 jun-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 abr-15 ago-15 mai-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

POT02 - Açude Campo Grande - S.P. PotengiIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD

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62

Figura 3-37 – Histórico do IET da água no Açude Campo Grande (POT02)

POT03 – Rio Potengi, na localidade Telha, São Pedro

O ponto POT03 situa-se no Rio Potengi, na localidade de Telha, sob uma ponte da BR-304, no

município de São Pedro. O Rio Potengi geralmente tem águas salobras neste ponto (nesta

campanha, a salinidade não foi medida). Mas, por se tratar de um ponto de rio, não sujeito à

influência do mar, mas sim às chuvas, os resultados obtidos são comparados com os VLP para

águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005). Nessa campanha, tanto os valores do IQA,

do IQAc e do IET não foram calculados, pois não houve coleta para este ponto do rio Potengi (ver

Tabela 3-7 e Figura 3-38).

Figura 3-38 – Histórico da qualidade da água no Rio Potengi, na localidade Telha, em São

Pedro/RN (POT03) (SD: Sem dado)

20

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40

50

60

70

80

IET

POT02 - Açude Campo Grande - S.P. PotengiIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

0

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20

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100

set-08 jun-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 jul-12 ago-14 abr-15 ago-15 mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT03 - Telha - São Pedro IQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

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63

Figura 3-39 – Histórico do IET da água no Rio Potengi, na localidade Telha, em São Pedro/RN

(POT03) (SD: Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou

em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando um elevado grau de eutrofização neste ponto do rio. Em

geral, o que mais prejudica a qualidade da água neste ponto é a elevada salinidade, que resulta em

concentrações elevadas de sólidos e, principalmente, elevadas concentrações do coliformes

termotolerantes. A elevada salinidade provavelmente se deve à condição natural de rio “sertanejo”

do Potengi, cortando o cristalino potiguar.

POT04 – Rio Golandim - Estuário

O ponto POT04 localiza-se no Estuário do Rio Golandim, próximo à desembocadura no Rio

Potengi. As coletas são realizadas com barco, seguindo as orientações do IGARN e do IDEMA.

Devido à influência das marés, a salinidade deste ponto oscila entre águas salinas e salobras (nesta

campanha, 30,810‰), de modo que os resultados são comparados com os VLP para águas salinas

ou salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ambos iguais à 51, ver Figura

3-40), devido principalmente às concentrações elevadas de sólidos totais, devido à salinidade, e

coliformes e turbidez (este acima do VLP). O COT apresentou-se abaixo do VLP (1,94 mg/L), o

que demonstra baixa concentração de matéria orgânica na água. As concentrações de metais

pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver

Tabela 3-7), abaixo dos VLPs. No sedimento, todos os metais analisados apresentaram

concentrações inferiores aos VLPs (ver Tabela 3-7). O IET resultou Oligotrófico, devido a baixa

concentração de fósforo e clorofila ‘a’.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos e coliformes, e

ocasionalmente baixa concentração de OD. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando um elevado grau de eutrofização neste ponto

do estuário. Neste ponto, além dos esgotos sanitários das ETEs, também contribuem com matéria

20

30

40

50

60

70

80

set-08 jun-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 jul-12 ago-14 abr-15 ago-15 mai-16 out-16

IET

POT03 - Telha - São PedroIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD

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orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão situadas ao longo do Estuário e

lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos industriais, principalmente o

Distrito Industrial de Natal.

Figura 3-40 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Golandim (POT04) (SD: Sem dado)

Figura 3-41 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Golandim (POT04)

POT05 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Dique da Base Naval

O ponto de monitoramento do Estuário do Rio Potengi situado em frente ao Dique da Marinha do

Brasil apresenta águas salobras à salinas, sendo que a salinidade nesta campanha foi de 32,67‰.

Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas,

classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

0

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40

50

60

70

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90

100

IQA

/IQ

Ac

POT04 - Estuário do Rio Golandim IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SDSD 0 SD SD SD SD SD SD SD

30

40

50

60

70

80

IET

POT04 – Estuário do Rio Golandim IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram 62, classificando o ponto como de

qualidade “Média” (ver Figura 3-42). No entanto, observa-se que a qualidade apresenta-se

comprometida devido às concentrações elevadas de sólidos totais, devido à salinidade, e coliformes.

O IET resultou Ultraoligotrófico. Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 3-7). No

sedimento, todos os metais analisados apresentaram também concentração inferior aos VLPs (ver

Tabela 3-7).

Figura 3-42 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – Dique da Base Naval

(POT05) (SD: Sem dado)

Figura 3-43 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi – Dique da Base Naval (POT05)

(SD: Sem dado)

0

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30

40

50

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70

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100

IQA

/IQ

Ac

POT05 - Dique da Base Naval IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SDSDSD SD SD SD SD SDSD SDSD SDSD SDSD

30

40

50

60

70

80

IET

POT05 – Dique da Base Naval IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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66

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do

IQA e do IQAc neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de

sólidos, e ocasionalmente, elevadas concentrações de coliformes termotolerantes. Tais

concentrações de coliformes termotolerantes se devem a lançamentos de esgotos provenientes das

áreas urbanas ao redor do estuário, que nele lançam esgotos não tratados ou tratados precariamente.

Também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão

situadas ao longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos

industriais. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (próximo

a Mesotrófico) (ver Figura 3-2), indicando algum grau de eutrofização neste ponto do estuário.

POT06 – Estuário do Rio Potengi, a jusante do Canal do Baldo

O ponto POT06 situa-se no Estuário do Rio Potengi, a jusante do Canal do Baldo, apresentando

geralmente águas salinas e eventualmente salobras, sendo que a salinidade medida foi de 31,87‰

nesta campanha. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas

salinas e salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ambos iguais a 61, ver Figura

3-42), devido às elevadas concentrações de coliformes termotolerantes (superior a 2.420

NMP/100mL, muito acima do VLP), fósforo e sólidos totais. As concentrações de metais pesados

na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver Tabela 3-7).

No sedimento, todos os metais analisados apresentaram concentração inferior ao VLP (ver Tabela

3-7). O IET resultou Ultraoligotrófico.

Figura 3-44 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – a jusante do Canal do

Baldo (POT06) (SD: Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” e o IQAc, entre “Muito Ruim” e “Médio”. Em geral, o que

mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em

concentrações elevadas de sólidos, e elevadas concentrações de coliformes termotolerantes. Tais

concentrações de coliformes termotolerantes se devem aos lançamentos de esgotos provenientes das

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IQA

/IQ

Ac

POT06 - Jusante do canal do baldo IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SDSD SD 0 SD SD SD SDSD SDSD SDSD 0

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áreas urbanas ao redor do estuário, sendo que no caso deste ponto merece destaque o lançamento

proveniente do canal do Baldo, que recebe principalmente a contribuição da ETE do Baldo.

Também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão

situadas ao longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos

industriais. Apesar dessa contribuição, a qualidade da água neste ponto é semelhante à observada no

ponto POT05, situado a montante. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.

Figura 3-45 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi – a jusante do Canal do Baldo

(POT06) (SD: Sem dado)

POT07 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Iate Clube

O ponto POT07 situa-se no estuário do Rio Potengi, em frente ao Iate Clube, em local que sofre

intensa influência do mar. Por isso, a água neste ponto é geralmente salina (às vezes salobra), sendo

que a salinidade medida nesta campanha foi de 35,33‰. Assim, seus resultados são comparados

com o padrão de qualidade para águas salinas e salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ambos iguais a 69, próximo a

“Bom”, ver Figura 3-46), sendo prejudicados principalmente pelas concentrações elevadas de

sólidos totais (devido à salinidade elevada) e coliformes (ver Tabela 3-7). O IET resultou

Ultraoligotrófico. As concentrações de todos os metais analisados na água e no sedimento foram

menores que os VLPs (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (assim como o IQAc). Os valores médios do IQA e do IQAc

resultaram, respectivamente “Médio” e “Ruim”. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto

do estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada

salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e elevadas concentrações de

coliformes termotolerantes. Tais concentrações de coliformes termotolerantes se devem aos

lançamentos de esgotos provenientes da área urbana da Região Metropolitana de Natal ao redor do

estuário. Também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de

30

40

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IET

POT06 – Jusante do canal do baldo IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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68

camarão situadas ao longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois

distritos industriais.

Figura 3-46 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – Iate Clube (POT07)

(SD: Sem dado)

Figura 3-47 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi – Iate Clube (POT07)

(SD: Sem dado)

POT08 – Estuário do Rio Potengi, ponte Newton Navarro

A estação de monitoramento POT08 está localizada no Estuário do Rio Potengi, sob o vão central

da ponte Newton Navarro. Devido à influência do mar, os resultados deste ponto são comparados

com o padrão de qualidade para águas salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”, iguais a 62 (ver Figura 3-48).

Foi detectada elevada concentração de sólidos totais (devido a salinidade, igual a 39,94‰), além de

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

POT07 - Iate Clube IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SDSD SD 0 SD SD SD SD SDSD SDSD 0

30

40

50

60

70

80

IET

POT07 – Iate Clube IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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69

coliformes (muito acima do VLP). O IET resultou Ultraoligotrófico, devido a baixa concentração de

clorofila ‘a’. (ver Tabela 3-7). Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal

apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução CONAMA 344/2004 (Tabela 3-7).

Figura 3-48 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Ponte Newton navarro

(POT08) (SD: Sem dado)

Figura 3-49 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Ponte Newton navarro (POT08)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (assim como o IQAc). Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização

neste ponto do estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a

elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e, apesar da diluição com as

águas oceânicas, concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, devido aos

lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

POT08 - Ponte Newton Navarro IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SDSD 0 SD 0 SD SD SD SD SDSDSDSD SDSD 0

30

40

50

60

70

80

IET

POT08 – Ponte Newton NavarroIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

Page 72: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

70

POT09 – Estuário do Rio Potengi, a montante da Ponte de Igapó

A estação de monitoramento POT09 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante da

ponte de Igapó (50m), em Natal. Devido à influência do mar, os resultados deste ponto são

comparados com o padrão de qualidade para águas salinas, classe 1, sendo que a salinidade médida

nesta campanha foi de 30,81‰ (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, este ponto apresentou IQA e IQAc iguais a 49, o que classifica o ponto como

“Ruim”,mas próximo a “Médio” (ver Figura 3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações

elevadas de sólidos totais (devido à salinidade), turbidez, nitrogênio, coliformes termotolerantes

(abaixo do VLP) e baixa concentração de OD. O IET resultou Oligotrófico. Com relação aos metais

na água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas

Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).

Figura 3-50 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Montante da Ponde de

Igapó (POT09)

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado

média qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em diversos

pontos do Rio Potengi, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do

estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário. Também contribuem

com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão situadas ao longo do

Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos industriais. Quanto

ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando

médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT09 - Montante da Ponte de Igapó IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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71

Figura 3-51 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Montante da Ponde de Igapó

(POT09)

POT10 – Estuário do Rio Potengi, a jusante da Lagoa Aerada da CAERN

A estação de monitoramento POT10 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a jusante da Lagoa

Aerada da CAERN, no bairro das Quintas, zona oeste de Natal. Devido à influência do mar, este

ponto apresenta em geral elevada salinidade. Assim, seus resultados são comparados com o padrão

de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, não houve coleta de água para este ponto (ver Figura 3-48 e Tabela 3-7).

Figura 3-52 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a jusante da Lagoa

Aerada da CAERN (POT10)

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado em

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IET

POT09 – Montante da Ponte de Igapó IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT10 - Jusante da lagoa aerada CAERNIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD

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72

geral média qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em alguns

pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do

estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Também

contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão situadas ao

longo do Estuário e lançamentos de efluentes de sistemas de tratamento de dois distritos industriais,

principalmente o Centro Industrial Avançado. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do

estuário.

Figura 3-53 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a jusante da Lagoa Aerada da

CAERN (POT10)

POT11 – Estuário do Rio Potengi, a montante do Curtume J. Motta

A estação de monitoramento POT11 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante do

Curtume J. Motta, Rio Jundiaí, em Natal. Devido à influência do mar, este ponto apresenta em geral

elevada salinidade. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas

salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, não houve coleta de água para este ponto (ver Figura 3-48 e Tabela 3-7).

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado em

geral média qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em alguns

pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do

estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Neste

ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão

situadas ao longo do Estuário e lançamento de efluentes do sistema de tratamento do Centro

Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento de dejetos de duas empresas de

limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver

Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IET

POT10 – Jusante da Lagoa Aerada CAERN IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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73

Figura 3-54 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a montante do Curtume J.

Motta (POT11)

Figura 3-55 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a montante do Curtume J.

Motta (POT11)

POT12 – Estuário do Rio Potengi, a montante da Imunizadora Riograndense

A estação de monitoramento POT12 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante da

Imunizadora Riograndense, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, este ponto

apresenta em geral elevada salinidade. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de

qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

0

10

20

30

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60

70

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90

100

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT11 - Montante do curtume J. MottaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SD SD

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IET

POT11 – Montante do curtume J. Motta IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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74

Figura 3-56 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a montante da

Imunizadora Riograndense (POT12) (SD-sem dado)

Nesta campanha, não houve coleta de água para este ponto (ver Figura 3-48 e Tabela 3-7).

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e

concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e são frequentemente

observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da

área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário

do Rio Potengi. Neste ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca

das fazendas de camarão situadas ao longo do Estuário e lançamento de efluentes do sistema de

tratamento do Centro Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento de dejetos

de duas empresas de limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste ponto do estuário.

Figura 3-57 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a montante da Imunizadora

Riograndense (POT12) (SD-sem dado)

0

10

20

30

40

50

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80

90

100

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT12 - Montante da

Imunizadora Riograndense

IQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IET

POT12 – Montante da Imunizadora Riograndense

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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POT13 – Estuário do Rio Potengi, a jusante do ponto de lançamento do CIA

A estação de monitoramento POT13 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a jusante do ponto

de lançamento do CIA, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, a salinidade nesta

campanha foi de 29,54‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para

águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Figura 3-58 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a jusante do ponto de

lançamento do CIA (POT13)

Nesta campanha, este ponto POT13 apresentou IQA e IQAc iguais à 48, o que classifica o ponto

como “Ruim” (ver Figura 3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de

sólidos totais (devido à salinidade), elevadíssima concentração de coliformes e DBO (que embora

não haja mais padrão para os estuários, devido a salinidade, a análise é realizada para compor o

cálculo do IQA e IQAc), além da baixa concentração de OD (muito abaixo do VLP). O IET

resultou Oligotrófico, devido as baixas concentrações de clorofila ‘a’. Com relação aos metais na

água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução

CONAMA 357/2005 e Resolução CONAMA 344/2004 (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado

qualidade média, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e são frequentemente observadas em alguns

pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do

estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Neste

ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão

situadas ao longo do Estuário, e também fortemente influenciado pelo lançamento de efluentes do

sistema de tratamento do Centro Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento

de dejetos de duas empresas de limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste ponto do

estuário.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT13 - Lançamento do CIA - MacaíbaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Page 78: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

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Figura 3-59 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- a jusante do ponto de

lançamento do CIA (POT13)

POT14 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Hospital de Macaíba

A estação de monitoramento POT14 está localizada no Estuário do Rio Potengi, em frente ao

Hospital de Macaíba, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, a salinidade nesta

campanha foi de 29,11‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para

águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005). Nesta campanha, este ponto

POT14 apresentou IQA e IQAc iguais à 54, o que classifica o ponto como “Médio” (ver Figura

3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à

salinidade), COT, nitrogênio, além da baixa concentração de OD. O IET resultou Oligotrófico,

devido a baixa concentração de clorofila ‘a’. Com relação aos metais na água e no sedimento,

nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução CONAMA 357/2005

e Resolução CONAMA 344/2004 (ver Tabela 3-7 e Tabela 3-7).

Figura 3-60 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- em frente ao Hospital de

Macaíba (POT14)

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IET

POT13 – Lançamento do CIA - Macaíba IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT14 - Hospital MacaíbaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Page 79: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

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Figura 3-61 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- em frente ao Hospital de

Macaíba (POT14)

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado qualidade

média, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente

elevadas de coliformes termotolerantes e fósforo são frequentemente observadas em alguns pontos

do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do

estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Neste

ponto, também contribuem com matéria orgânica os efluentes da despesca das fazendas de camarão

situadas ao longo do Estuário, e também pelo lançamento de efluentes do sistema de tratamento do

Centro Industrial Avançado, além dos efluentes de sistemas de tratamento de dejetos de duas

empresas de limpa-fossas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Eutrófico (próximo a Mesotrófico, ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste

ponto do estuário

POT15 – Estuário do Rio Potengi, Rio Jundiaí, travessia da BR-226

A estação de monitoramento POT15 está localizada no Estuário do Rio Potengi, no Rio Jundiaí, na

travessia da BR-226, em Macaíba. A salinidade nesta campanha foi de 4,34‰. Assim, seus

resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1

(Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, este ponto POT15 apresentou IQA e IQAc iguais à 44, o que classifica o ponto

como “Ruim” (ver Figura 3-48), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de

sólidos totais e turbidez (devido à salinidade), e coliformes termotolerantes (muito acima do VLP).

O IET resultou Oligotrófico, mesmo com a baixa concentração de clorofila ‘a’. Com relação aos

metais na água, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução

CONAMA 357/2005 (ver Tabela 3-7).

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 mai-15 ago-15 dez-15 abr-16 jul-16 out-16

IET

POT14 – Hospital Macaíba IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

Page 80: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

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Figura 3-62 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí BR-226

(POT15)

Figura 3-63 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí BR-226 (POT15)

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado

qualidade ruim (com apenas três campanhas devidamente monitoradas), concentrações elevadas de

sólidos (devido à salinidade) são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí,

devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem

comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Quanto ao histórico do IET, a

média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de

eutrofização neste ponto do rio.

POT16 – Estuário do Rio Potengi, Rio Jundiaí, ponte Peri-Peri

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT15 - Rio Jundiaí BR-226 Macaíba

IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16

IET

POT15 - Rio Jundiaí BR-226 Macaíba

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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79

A estação de monitoramento POT16 está localizada no Estuário do Rio Potengi, no Rio Jundiaí, na

ponte Peri-Peri, em Macaíba. Nesta campanha, não houve coleta de água no ponto POT16 (ver

Figura 3-48 e Tabela 3-7).

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora a média do IQA neste ponto tenha apresentado

qualidade média a partir das duas campanhas anteriores onde houve o devido monitoramento,

concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente elevadas de

coliformes termotolerantes e são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí,

devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem

comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi. Quanto ao histórico do IET, a

média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de

eutrofização neste ponto do rio.

Figura 3-64 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí, ponte Peri-

Peri BR-226 (POT16)

Figura 3-65 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí, ponte Peri-Peri

BR-226 (POT16)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

POT16 - Ponte Peri-Peri

IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD

30

40

50

60

70

80

jul-14 nov-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16

IET

POT16 - Ponte Peri-Peri

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD

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80

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Potengi. Pela figura, é possível observar que os

pontos monitorados apresentam qualidade Média (exceto os pontos POT09, POT13 e POT15, que

apresentam qualidade “Ruim”) e estados tróficos variando entre ultraoligotrófico à oligotrófico

(supereutrófico apenas para o ponto POT02). Infelizmente, a ausência de dados de alguns pontos

impossibilitaram a cálculo dos índices de qualidade da bacia por completo, o que compromete a

avaliação global mais detalhada da mesma. Mesmo assim, pode-se afirmar que todos os pontos da

bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido a efluentes não tratados

(ou tratados indevidamente) lançados pelas cidades de Macaíba e Natal.

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Figura 3-66 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Potengi

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

POT01 POT02 POT03 POT04 POT05 POT06 POT07 POT08 POT09 POT10 POT11 POT12 POT13 POT14 POT15 POT16

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO POTENGI IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

HipereutróficoSupereutróficoEutróficoMesotróficoOligotrófico

Ultraoligotrófico

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

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82

3.1.7. Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi

A bacia hidrográfica do Rio Pirangi ocupa uma área de 458,9 km2, correspondendo a cerca de 0,9%

do território estadual e não possui açudes de importância. Na Figura 3-67 apresenta-se o mapa

esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de coleta. Na Tabela 3-9 apresentam-se os

resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.

Todos os pontos analisados nesta bacia historicamente apresentam salinidade inferior a 0,5‰,

exceto PIR08, que é um ponto estuarino. Assim, os resultados do PIR08 são comparados com o

padrão de qualidade para águas salobras, classe 1; nos demais pontos, os resultados são comparados

com o padrão para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Figura 3-67 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Pirangi (Fonte: IGARN, 2009)

PIR01 – Rio Pitimbu – Lamarão - Macaíba

O ponto PIR01 localiza-se no rio Pitimbu, próximo a sua nascente, na localidade de Lamarão, em

Macaíba. Neste ponto, apenas a turbidez apresentou-se elevada, muito superior ao padrão de

qualidade para cursos d’água classe 2, enquanto que a concentração de OD foi baixa (3,3 mg/L),

inferior ao limite mínimo da Resolução CONAMA 357/2005. Devido a isso, o IQA e o IQAc

resultaram “Médio” (ambos igual a 56) neste ponto (ver Figura 3-68). O IET resultou Mesotrófico.

As concentrações de metais pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os

metais analisados, consequentemente, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).

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Tabela 3-9- Qualidade da água na Bacia do Rio Pirangi

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1 Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

PARÂMETRO

PIR01 - Rio

Pitimbu - Lamarão

- Macaíba

PIR02 - Rio

Pitimbu -

Passagem Areia -

Parnamirim

PIR03 - Rio

Pitimbu - Ponte

BR 304

PIR04 - Rio Pitimbu -

BR-101

PIR05 - Rio Pitimbu -

Ponte Trampolim da

Vitória

PIR06 - Lagoa do

Jiqui

PIR07 - Rio Pirangi -

Balneário Pium

PIR08 - Estuário Rio

Pirangi - Ponte velha

RN-063

PIR09 - Lagoa

AzulVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 24,0 - 25,0 26,0 28,0 29,3 27,0 27,0 29,1 -

pH 7,4 - 7,2 7,2 8,7 7,9 7,5 7,5 8,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 3,3 - 2,0 3,5 7,6 8,9 4,4 5,9 7,8 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 4,8 - 2,4 1,5 0,6 4,8 6,3 3,2 4,1 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)41 - 131 548 517 31 381 > 2.420 4 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) < LD - < LD < LD 1,00 4,30 < LD < LD 1,90 -

Fósforo Total (mg P/L) < LD - < LD < LD < LD 0,18 < LD < LD 0,58≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 73,7 - 66,4 64,4 100,0 68,4 91,7 30.381,2 47,4 -

Turbidez (UNT) 562,1 - 5,7 0,0 2,0 4,7 - 4,4 1,9 ≤ 1001

IQA 56 - 60 66 74 81 * 62 85 -

Qualidade Médio - Médio Médio Bom Bom * Médio Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD - < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 - 1 1 1 1 1 1 1 -

IQAc 56 - 60 66 74 81 * 62 79 -

Qualidade Médio - Médio Médio Bom Bom * Médio Bom -

IET 56 - 40 39 36 57 33 43 58 -

Categoria Mesotrófico - Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - 88.317,0 - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - - 1,0 - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - < 10,00 - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,12 - 0,11 0,06 0,04 0,56 0,02 0,2 0,57 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,048 - 0,059 0,043 0,038 0,032 0,043 24,1 0,027 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,39 - 0,24 0,10 0,18 0,15 0,12 0,4 0,19(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 out-16 set-16 out-16 out-16 set-16 -

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84

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA

neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO, além da baixa

concentração de OD. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem

provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto. Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando

baixo grau de eutrofização neste ponto do rio.

Figura 3-68 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu em Lamarão, Macaíba (PIR01)

Figura 3-69 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu em Lamarão, Macaíba (PIR01)

PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem de Areia - Parnamirim

No ponto situado no Bairro Passagem de Areia, município de Parnamirim, o Rio Pitimbu já se

encontra em meio a uma região densamente urbanizada. Nesta campanha, não houve coleta de água

neste ponto (ver Figura 3-70 e Tabela 3-9).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

PIR01 - Rio Pitimbu - Lamarão - Macaíba IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 SD 0 0

30

40

50

60

70

80

IET

PIR01 - Rio Pitimbu - Lamarão - Macaíba

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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85

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do

IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, DBO, e baixas

concentrações de OD. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem

provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto. Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando

baixo grau de eutrofização neste ponto do rio.

Figura 3-70 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu em Passagem de Areia, Parnamirim

(PIR02)

Figura 3-71 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu em Passagem de Areia, Parnamirim

(PIR02)

PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte BR 304, em Parnamirim

O Rio Pitimbu, no ponto situado sob a ponte da BR 304, no município de Parnamirim, apresentou

IQA e IQAc “Médio” (60) (ver Figura 3-72), apresentando baixíssima concentração de OD (1,98

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 abr-15 ago-15 abr-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIR02 - Rio Pitimbu - Passagem de Areia IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 SD 0 SD SD

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 abr-15 ago-15 abr-16 out-16

IET

PIR02 - Rio Pitimbu - Passagem de Areia IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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mg/L), e demais parâmetros dentro dos VLPs, de acordo com o padrão de qualidade para águas

doces classe 2 da Resolução CONAMA 357/2005 (ver Tabela 3-9).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e IQAc resultaram na

classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA

neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente,

concentrações elevadas de DBO e reduzidas de OD, devido provavelmente aos usos agropastoris e à

ocupação urbana que ocorrem na bacia a montante do ponto. Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (igual a 46, ver Figura 3-2), indicando ainda baixo

grau de eutrofização neste ponto do rio.

Figura 3-72 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – Ponte BR-304 (PIR03)

Figura 3-73 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu – Ponte BR-304 (PIR03)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

PIR03 - Rio Pitimbu - Ponte BR-304 IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 0 0

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 mar-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16

IET

PIR03 - Rio Pitimbu - Ponte BR-304

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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PIR04 – Rio Pitimbu - Ponte BR 101, em Parnamirim

O ponto PIR04 situa-se no Rio Pitimbu, nas proximidades da Ponte da BR-101, no Município de

Parnamirim. Neste ponto, o rio Pitimbu apresentou IQA e IQAc “Médio” (66 para ambos) (ver

Figura 3-74) apresentando concentração de OD abaixo do VLP, agravados principalmente pela

concentração elevada coliformes (548 NMP/100mL, abaixo do VLP). O IET resultou

Ultraoligotrófico. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram

valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).

Figura 3-74 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – BR-101 (PIR04)

Figura 3-75 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu – BR-101 (PIR04)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do

IQAc resultaram na classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do IET,

a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

PIR04 - Rio Pitimbu - BR-101 IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)0 0 0 0

30

40

50

60

70

80

IET

PIR04 - Rio Pitimbu - BR-101

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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88

eutrofização neste ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram

as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, às concentrações

elevadas de DBO e baixas de OD, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na

cabeceira da bacia e à intensa urbanização a montante deste ponto, a exemplo dos demais pontos do

rio Pitimbu descritos anteriormente.

PIR05 – Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da Vitória, em Parnamirim

O ponto PIR05 situa-se no Rio Pitimbu, próximo à Ponte Trampolim da Vitória, no Município de

Parnamirim. Neste ponto, o IQA e o IQAc resultaram “Bom” (74 para ambos, ver Figura 3-76),

comprometido apenas pela elevada concentração de nitrogênio total e coliformes termotolerantes

(este abaixo do VLP, Resolução CONAMA 357/2005). O IET resultou Ultraoligotrófico (ver

Tabela 3-9).

Figura 3-76 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – Ponte Trampolim da Vitória

(PIR05)

Figura 3-77 – Histórico do IET da água no Rio Pitimbu – Ponte Trampolim da Vitória (PIR05)

0

10

20

30

40

50

60

70

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90

100

nov-08 jul-09 mar-10 set-10 mar-11 out-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15 abr-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIR05 - Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da VitóriaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 0 0

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 mar-10 set-10 mar-11 out-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 out-16

IET

PIR05 - Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da Vitória

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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89

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom” (IQA igual a “Ruim” em apenas uma

campanha), sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio” e

“Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização neste ponto do rio. Em

geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de

coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris

que ocorrem na cabeceira da bacia e à intensa urbanização da bacia a montante deste ponto, a

exemplo do observado nos pontos deste rio descritos anteriormente.

PIR06 – Lagoa do Jiqui

A Lagoa do Jiqui é um importante manancial de abastecimento para a cidade de Natal, abastecendo

cerca de 30% das Zonas Sul, Leste e Oeste. Nesta campanha, a qualidade da água na lagoa foi

considerada “Boa” (IQA e IQAc iguais à 81 – ver Figura 3-78), sendo que o que mais contribuiu

para reduzir o valor do IQA foram as elevadas concentrações de nitrogênio e fósforo. Nesta

campanha, o IET resultou “Mesotrófico”, sendo que a densidade de cianobactérias foi de 88.317

cel./mL (muito acima do VLP), com predominância da espécie Snowela lacustris e Aphanocapsa

delicatissima (não produtora de toxinas). As concentrações de todos os metais pesados analisados

foram menores que os limites de detecção empregados, todos abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e

do IQAc resultaram na classificação “Bom” e “Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do

IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau

de eutrofização nesta lagoa. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi

de 11.242 cél./mL, em concentrações acima do VLP da Portaria MS nº 2914/2011 para algumas

campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA na Lagoa do Jiqui

foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, altas

concentrações de DBO, baixas concentrações de OD ou baixo pH. A lagoa sofre influência da

ocupação, principalmente urbana, da bacia do rio Pitimbu, a montante, o que tem deteriorado a

qualidade da água neste manancial.

Figura 3-78 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Jiqui (PIR06)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

PIR06 - Lagoa do JiquiIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 0 0

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90

Figura 3-79 – Histórico do IET da água na Lagoa do Jiqui (PIR06)

Figura 3-80 – Histórico de Densidade de Cianobactérias da água na Lagoa do Jiqui (PIR06)

(ND- Não detectado)

PIR07 – Rio Pirangi, Balneário de Pium, em Nísia Floresta

O ponto PIR07 está localizado no Rio Pirangi, no Balneário de Pium, Município de Nísia Floresta.

Este trecho do rio é utilizado para lavagem de roupas e lazer, encontrando-se diversos bares em suas

margens. O IQA e o IQAc nesta campanha não foram calculados devido a falta do valor de turbidez

(ver Figura 3-78), no entanto, pelos demais parâmetros, apenas DBO apresentou acima do VLP. O

IET resultou Ultraoligotrófico, com baixa concentração de clorofila ‘a’ e fósforo. Quanto a série de

metais traços na água, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação

analítico, todos abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-9).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e

do IQAc resultaram na classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. A exemplo dos demais

pontos com águas doces da bacia, em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido

20

30

40

50

60

70

80

IET

PIR06 - Lagoa do Jiqui IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

10

100

1.000

10.000

100.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIR06 - Lagoa do Jiqui

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (11.242 cél./mL)

ND ND

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91

provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem nas cabeceiras e à intensa urbanização dos cursos

médios e baixos dos rios da bacia hidrográfica do Rio Pirangi. Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização

neste ponto do rio.

Figura 3-81 – Histórico da qualidade da água no Rio Pirangi, no Balneário de Pium (PIR07)

Figura 3-82 – Histórico do IET da água no Rio Pirangi, no Balneário de Pium (PIR07)

PIR08 – Estuário do Rio Pirangi - Ponte velha na RN 063, em Parnamirim

O ponto PIR08 situa-se no Estuário do Rio Pirangi, sob a Ponte Velha na RN 063, na Praia de

Pirangi, Município de Parnamirim. As características da água neste ponto variam (principalmente a

salinidade) com a maré, de maneira que as águas podem ora ser doces, ora salobras ou salinas.

Nesta campanha, a salinidade foi relativamente elevada (24,13‰, águas salobra). Nesta campanha,

este ponto apresentou elevadas concentrações de sólidos totais, devido à alta salinidade, e

coliformes (abaixo do VLP). Por isso, a qualidade da água foi classificada como “Média” (IQA e

IQAc iguais à 62 – ver Figura 3-83), com os demais parâmetros atendendo ao padrão de qualidade

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

PIR07 - Rio Pirangi - Balneário PiumIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 0 0 0 SD SD

30

40

50

60

70

80

IET

PIR07 - Rio Pirangi - Balneário Pium

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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92

para águas salinas ou salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005) (ver Tabela 3-9). Na

água, nenhum metal apresentou concentração maior que o VLP, enquanto no sedimento, a análise

de metais não foi realizada (ver Tabela 3-9 e Tabela 3-10).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Muito Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e

do IQAc resultaram na classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. Quanto ao histórico do

IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de

eutrofização neste ponto do estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, sólidos totais

(devido à elevada salinidade em algumas campanhas).

Figura 3-83 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Pirangi (PIR08)

Figura 3-84 – Histórico do IET da água no Estuário do Rio Pirangi (PIR08)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

PIR08 - Estuário Rio Pirangi IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 0 0 0 0 0

30

40

50

60

70

80

IET

PIR08 – Estuário do Rio Pirangi IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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93

Tabela 3-10–Concentrações demetais pesados no sedimento do estuário do Rio Pirangi (PIR08)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

PIR09 – Rio Pirangi, Lagoa de Pium (Lagoa Azul), em Nísia Floresta

O ponto PIR09 está localizado no Rio Pium, bacia do Rio Pirangi, Município de Nísia Floresta,

conhecido como Lagoa de Pium ou Lagoa Azul. O IQA e o IQAc nesta campanha resultaram

“Bom” (ambos iguais a 85, ver Figura 3-78), apresentando apenas elevada concentração de

nitrogênio e fósforo. O IET resultou Mesotrófico, devido a concentração de fósforo elevada, e com

baixa concentração de clorofila ‘a’. Os demais parâmetros resultaram abaixo de seus respectivos

VLPs (ver Tabela 3-9).

Figura 3-85 – Histórico da qualidade da água na Lagoa de Pium (Lagoa Azul) (PIR09)

Não há um longo histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se

iniciaram a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto apresentou boa qualidade,

concentrações elevadas de DBO podem sugerir o lançamento de esgotos ao redor da lagoa, o que

podem comprometer à longo prazo a qualidade da mesma. A exemplo dos demais pontos com águas

doces da bacia, em geral, o que mais reduziu os valores do IQA ao longo da bacia foram as elevadas

concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos

usos agropastoris que ocorrem nas cabeceiras ou à intensa urbanização dos cursos médios e baixos

dos rios da bacia hidrográfica do Rio Pirangi. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização nesta lagoa.

PARÂMETRO

PIR08 - Estuário Rio

Pirangi - Ponte velha

RN-063

VLP*

Cobre Total (mg/Kg) - 34,0

Chumbo Total (mg/Kg) - 46,7

Cromo Total (mg/Kg) - 81,0

Cádmio Total (mg/Kg) - 1,2

Zinco Total (mg/Kg) - 150,0

Níquel Total (mg/Kg) - 20,9

Arsênio Total (mg/Kg) - 8,0

Mercúrio Total (mg/Kg) - 0,15

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIR09 - Lagoa Azul IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD

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94

Figura 3-86 – Histórico do IET da água na Lagoa de Pium (Lagoa Azul), no Balneário de Pium

(PIR09)

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Pirangi. Pela figura, é possível observar que os

pontos monitorados apresentam qualidade entre Média e Boa (embora nos pontos PIR02 e PIR07

não foi possível calcular tais indices) e estados tróficos variando entre Ultraoligotrófico à

Mesotrófico para todos os pontos. Desta forma, pode-se afirmar que a maioria dos pontos da bacia

encontram-se com qualidade em declínio, provavelmente, devido aos usos agropastoris nas

cabeceiras e intensa urbanização dos cursos médios e baixos dos rios da bacia hidrográfica do Rio

Pirangi, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

Figura 3-87 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Pirangi

30

40

50

60

70

80

ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16

IET

PIR09 - Lagoa Azul IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PIR01 PIR02 PIR03 PIR04 PIR05 PIR06 PIR07 PIR08 PIR09

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO PIRANGI IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Hipereutrófico

SupereutróficoEutrófico

Mesotrófico

Oligotrófico

Ultraoligotrófico

SD SD SD SD SD

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95

3.1.8. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

A Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso (FLLED) ocupa uma área de 649,4 km2, o que

representa cerca de 1,2% do território estadual, sendo constituída por 8 (oito) sub-bacias

independentes, nas quais não existem açudes cadastrados. Na Figura 3-88 apresenta-se o mapa

esquemático da FLLED, com indicação do ponto de monitoramento na Lagoa do Bonfim (FLL01).

Na Tabela 3-11 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos,

assim como o IQA, IT, IQAc e IET na Lagoa do Bonfim.

Figura 3-88 – Mapa esquemático da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso (Fonte: IGARN,

2009)

FLL01 – Lagoa do Bonfim

O ponto FLL01 situa-se na Lagoa do Bonfim, junto à captação da Adutora Monsenhor Expedito,

operada pela CAERN. Nesta campanha, o IQA e o IQAc resultaram em qualidade “Ruim” (igual a

79 para ambos, ver Figura 3-89) apresentando a concentração de coliformes relativamente elevada,

fósforo e nitrogênio elevados (acima do VLP), e demais parâmetros dentro dos VLPs. A

concentração de metais traços na água apresentou valores abaixo do VLP para todos os metais

analisados (ver Tabela 3-11). O IET calculado resultou na categoria “Oligotrófico”. A densidade de

cianobactérias neste ponto foi de 74.067 cél./mL (acima de ambos os VLPs, ver Tabela 3-11), com

predominância das espécies Leptolyngbya sp., Aphanocapsa holsativa, Planktolyngbya minor e

Aphanocapsa elachista, todas não produtoras de toxinas.

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Tabela 3-11-Qualidade da água na Lagoa do Bonfim (FLL01), situada na Faixa Litorânea Leste de

Escoamento Difuso

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.

1Águas doces,

2Águas

salobras, 3Águas salinas;

+ ambientes lênticos;

++ ambientes Intermediários;

+++ ambientes Lóticos.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, os valores

médios do IQA e do IQAc neste ponto sempre resultaram com a classificação “Boa”, o que atesta,

ainda, a boa qualidade da água da Lagoa do Bonfim. Apesar disso, eventualmente já foi observado

concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO nas águas da lagoa,

além de densidades de cianobactérias relativamente elevadas em algumas campanhas, que são

indícios do processo de poluição da lagoa, decorrente principalmente da ocupação desordenada de

sua bacia, o que pode comprometer a qualidade da água da lagoa no futuro e demanda ações do

Poder Público para proteção deste manancial. Nesta campanha, embora a concentração de matéria

orgânica e outros parâmetros químicos tenha se apresentado baixa, a baixíssima concentração de

PARÂMETROFLL01 - Lagoa do

BonfimVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 28,2 -

pH 8,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 7,4 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 2,6 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)158 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 1,10 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,28≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 65,2 -

Turbidez (UNT) 3,0 ≤ 1001

IQA 79 -

Qualidade Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 -

IQAc 79 -

Qualidade Bom -

IET 52 -

Categoria Oligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) 74.067 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,09 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,061 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,23(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 -

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97

OD foi responsável pelo baixo IQA/IQAc, já que este parâmetro representa um elevado peso no

cálculo desses índices. Mesmo assim, houve significativa melhora em relação a qualidade da água

desta campanha comparado a campanhas anteriores, embora haja atividades agropastoris e crescente

urbanização que ocorrem nos arredores na lagoa, o que pode ser agravada em períodos de estiagem.

Figura 3-89 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Bonfim (FLL01)

Figura 3-90 – Histórico do IET da água na Lagoa do Bonfim (FLL01)

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-2),

indicando baixo grau de eutrofização nesta lagoa. A densidade média de cianobactérias entre os

anos de 2008 e 2015 foi de 12.536 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya minor,

em concentrações acima do VLP da Portaria MS nº 2914/2011 para algumas campanhas, incluindo

esta (ver Figura 3-2).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

FLL01 - Lagoa do Bonfim IQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD

30

40

50

60

70

80

IET

FLL01 - Lagoa do Bonfim IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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Figura 3-91 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Lagoa do Bonfim (FLL01)

(SD – sem dado)

3.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Trairi

A bacia hidrográfica do Trairi ocupa uma área de 2.867,4 km2, correspondendo a cerca de 5,4% do

território estadual. Na bacia estão cadastrados 63 açudes, totalizando um volume de acumulação de

92.567.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,8% e 2,1% dos totais de açudes e

volumes acumulados do Estado. Foram selecionadas 4 estações de monitoramento na bacia: TRA01

– Açude Inharé, em Santa Cruz; TRA02 – Açude Santa Cruz; TRA03 – Açude Trairi, em Tangará;

e TRA04 – Rio Trairi, em Monte Alegre. Os principais açudes da bacia são o Trairi e o Inharé, que

foram selecionados para monitoramento trimestral de cianobactérias. Na Figura 3-92 apresenta-se o

mapa esquemático desta bacia, contendo os principais corpos d´água e os pontos selecionados para

monitoramento. Na Tabela 3-12 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e

microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.

Por se tratar de três pontos situados em reservatórios e um em rio, ainda que eventualmente

apresentem águas salobras, os resultados apresentados nesta bacia são comparados com os valores

limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA

357/2005. Nesta 4ª campanha semestral, apenas o ponto TRA01 foi devidamente monitorado, os

demais pontos, não foram monitorados pois não havia água nos açudes e no trecho do rio Trairi para

a coleta de água.

100

1.000

10.000

100.000D

en

s. c

ian

ob

acté

rias

(cé

l./m

L)

FLL01 - Lagoa do Bonfim

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (12.536 cél./mL)

SD

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Figura 3-92 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Trairi (Fonte: IGARN, 2009)

TRA01 – Açude Inharé – Santa Cruz

O ponto TRA01 refere-se ao açude Inharé, localizado no Município de Santa Cruz. Nesta campanha

a água deste açude apresentou-se salobra (salinidade = 28,523‰). O IQA e o IQAc resultaram em

qualidade “Ruim” (ambos 48, ver Figura 3-93), devido a elevada concentração de DBO, nitrogênio,

turbidez, (todos acima dos VLPs) e sólidos totais. A análise de metais traços detectou concentrações

abaixo do limite de detecção. Além disso, a densidade de cianobactérias foi baixa (8.064 cél./mL,

valor mais baixo entre todas as campanhas já realizadas para este ponto), inferior aos VLPs da

Resolução CONAMA357/2005 e da Portaria 2914/2011, o que implica na necessidade de

monitoramento do manancial e dos sistemas de abastecimento que dele se utilizem. O IET resultou

“Oligotrófico”, com dominância dos gêneros Planktolyngbya minor e Aphanocapsa delicatissima

(não produtoras de cianotoxinas), e baixa concentração de clorofila ‘a’ (0,61 µg/L, muito abaixo do

VLP, ver Tabela 3-12).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, este

reservatório apresentou águas salobras em todas as campanhas nele realizadas. O IQA e o IQAc

oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios desses índices resultaram na

classificação “Médio”, agravados principalmente pelas concentrações elevadas de coliformes

termotolerantes, DBO e sólidos totais (estes, parcialmente devidos à salinidade).

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100

Tabela 3-12- Qualidade da água na Bacia do Rio Trairi

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Figura 3-93 – Histórico da qualidade da água no Açude Inharé – Santa Cruz (TRA01)

PARÂMETROTRA01 - Açude

Inharé - Santa Cruz

TRA02 - Açude

Santa Cruz

TRA03 - Açude

Trairi - Tangará

TRA04 - Rio Trairi

- Monte AlegreVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 26,0 - - - -

pH 8,8 - - - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 5,1 - - - ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 11,2 - - - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)64 - - - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 3,10 - - - -

Fósforo Total (mg P/L) < LD - - -≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)

1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 32.134,0 - - - -

Turbidez (UNT) 482,5 - - - ≤ 1001

IQA 48 - - - -

Qualidade Ruim - - - -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD - - - ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD - - - ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 - - - -

IQAc 48 - - - -

Qualidade Ruim - - - -

IET 48 - - - -

Categoria Oligotrófico - - - -

Cianobactérias (cél./mL) 8.064 - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,61 - - - ≤ 301

Salinidade (‰) 28,523 - - - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 2,41 - - -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 -

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

TRA01 – Açude Inharé - Santa Cruz IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD

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101

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2),

indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os

anos de 2008 e 2016 foi de 807.763 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya

minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações

muito acima dos VLPs da Portaria MS nº 2914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 para várias

campanhas até agora realizadas (ver Figura 3-2). Estes resultados mostram que a qualidade da água

neste açude encontra-se comprometida, o que demanda ações urgentes do Poder Público.

Figura 3-94 – Histórico do IET da água no Açude Inharé – Santa Cruz (TRA01)

Figura 3-95 – Histórico da Densidade de Cianobactérias no Açude Inharé – Santa Cruz (TRA01)

TRA02 – Açude Santa Cruz

O Açude Santa Cruz localiza-se no município de Santa Cruz - RN, barrando o rio Trairi. Possui

uma bacia hidrográfica de 300 km² e capacidade pouco superior a 5.000.000 m3. Nesta campanha,

não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água no açude (ver Figura 3-96 e Tabela

3-12).

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IET

TRA01 – Açude Inharé - Santa Cruz IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

5.000

50.000

500.000

5.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

TRA01 - Açude Inharé - Santa Cruz

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (807.763 cél./mL)

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102

Figura 3-96 – Histórico da qualidade da água no Açude Santa Cruz (TRA02)

Figura 3-97 – Histórico do IET da água no Açude Santa Cruz (TRA02)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido

provavelmente aos usos agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia do açude. Quanto ao histórico

do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de

eutrofização neste açude, embora haja uma clara tendência de declínio da qualidade, através do

aumento dos valores de IET nas últimas campanhas.

TRA03 – Açude Trairi - Tangará

O Açude Trairi localiza-se no Município de Tangará/RN. Nesta campanha, não houve coleta para o

monitoramento, pois não havia água no açude (Figura 3-98 e Tabela 3-12).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12ago-14mar-15ago-15 mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

TRA02 – Açude Santa Cruz IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IET

TRA02 – Açude Santa Cruz IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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103

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do

IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos

totais, decorrentes dos usos agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia a montante do açude.

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2),

indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os

anos de 2008 e 2016 foi de 288.700 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya

minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações

muito acima dos VLPs da Portaria MS nº 2914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 para

diversas as campanhas até agora realizadas (ver Figura 3-2). Estes resultados mostram que a

qualidade da água neste açude encontra-se comprometida, o que demanda ações urgentes do Poder

Público.

Figura 3-98 – Histórico da qualidade da água no Açude Trairi, em Tangará (TRA03)

Figura 3-99 – Histórico do IET da água no Açude Trairi, em Tangará (TRA03)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

TRA03 – Açude Trairi - Tangará IQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16

IET

TRA03 – Açude Trairi - Tangará

IET

Média IETHipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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104

Figura 3-100 – Histórico da Densidade de Cianobactérias no Açude Trairi, em Tangará (TRA03)

(SD-Sem dado; ND-Não detectado)

TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre

O ponto TRA04 localiza-se no Rio Trairi, a jusante de Monte Alegre. Este ponto apresenta

salinidade elevada, apresentando águas geralmente salobras. Nesta campanha, não houve coleta

para o monitoramento, pois não havia água neste trecho do rio Trairi (Figura 3-98 e Tabela 3-12).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do

IQAc resultaram na classificação “Médio”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste rio. Em geral,

o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes

termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido provavelmente às contribuições decorrentes de usos

agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia a montante deste ponto, e à elevada salinidade, que

resulta geralmente em concentrações elevadas de sólidos totais.

Figura 3-101 – Histórico da qualidade da água no Rio Trairi – Monte Alegre (TRA04)

100

1.000

10.000

100.000

1.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

TRA03 - Açude Trairi - Tangará

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (288.700 cél./mL)

SD SD SD SD SD ND SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD

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105

Figura 3-102 – Histórico do IET da água no Rio Trairi – Monte Alegre (TRA04)

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET do único ponto analisado da bacia do Rio Trairi. Pela figura, é possível observar que

o IQA e o IQAc do ponto TRA01 apresentou qualidade Ruim, e estado trófico classificado como

Oligotrófico. Nos demais pontos, não houve monitoramento por não haver água. Desta forma, pode-

se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, principalmente

tendo como base as análises anteriores, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos

urbanos ao longo da bacia do Rio Trairi, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

Figura 3-103 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Trairi

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16

IET

TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

TRA01 TRA02 TRA03 TRA04

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO TRAIRI IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

HipereutróficoSupereutrófico

EutróficoMesotrófico

Oligotrófico

Ultraoligotrófico

SD SD SD SD SD SD SD SD SD

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106

3.1.10. Bacia Hidrográfica do Rio Jacu

A bacia hidrográfica do rio Jacu ocupa uma área de 1.805,5 km2, correspondendo a cerca de 3,4%

do território estadual. Na bacia foram cadastrados 44 açudes, totalizando um volume de acumulação

de 51.127.500 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,0% e 1,1% dos totais de açudes e

volumes acumulados do Estado. O principal açude da bacia é o Japi II, localizado no município de

São José do Campestre, com uma capacidade de acumulação de 20,6 milhões de m3. Na Figura

3-104 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de monitoramento.

Na Tabela 3-13 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos,

assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Nesta 5ª campanha semestral, apenas os pontos JAC03 e

JAC04 foi devidamente monitorados, os demais pontos, não foram monitorados pois não havia água

para a coleta.

Figura 3-104 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Jacu (Fonte: IGARN, 2009)

JAC01 – Açude Japi II

O ponto JAC01 situa-se no Açude Japi II, localizado no Município de São José do Campestre.

Nesta campanha, não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água neste açude (ver

Figura 3-105 e Tabela 3-13).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2015, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste açude.

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107

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de

coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris

que ocorrem na bacia a montante do açude, além da elevada salinidade, que contribui para o

aumento da concentração de sólidos totais.

Tabela 3-13- Qualidade da água na Bacia do Rio Jacu

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Figura 3-105 – Histórico da qualidade da água no Açude Japi II – São José de Campestre (JAC01)

PARÂMETROJAC01 - Açude Japi

II - S .J. Campestre

JAC02 – Rio Jacu -

Sítio Choar -

Espírito Santo

JAC03 - Lagoa das

Guaraíras

JAC04 - Lagoa das

GuaraírasVLP

*

Temperatura da amostra (oC) - - 31,0 31,0 -

pH - - 6,6 6,6 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - - 7,2 7,2 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - - 0,4 1,9 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- - 45 1.986 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - - 17,00 < LD -

Fósforo Total (mg P/L) - - < LD < LD≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - - 40.002,8 41.323,6 -

Turbidez (UNT) - - 3,1 3,0 ≤ 1001

IQA - - 71 66 -

Qualidade - - Bom Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - - < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) - - 1 1 -

IQAc - - 71 66 -

Qualidade - - Bom Médio -

IET - - 43 48 -

Categoria - - Ultraoligotrófico Oligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - < LD 1,2 ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - < 10,00 < 10,00 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - - 0,21 0,44 ≤ 301

Salinidade (‰) - - 31,633 32,705 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,11 0,20(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 -

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14 mar-15ago-15 mai-16out-16

IQA

/IQ

Ac

JAC01 - Açude Japi II - S.J. CampestreIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

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108

Figura 3-106 – Histórico do IET da água no Açude Japi II – São José de Campestre (JAC01)

JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar – Espírito Santo

O ponto JAC02 situa-se no rio Jacu, na localidade Sítio Choar, sob uma ponte na rodovia RN 003,

em Espírito Santo. Nesta campanha, não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água

neste trecho de rio (ver Figura 3-105 e Tabela 3-13).

Figura 3-107 – Histórico da qualidade da água no Rio Jacu – Espírito Santo (JAC02)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, este ponto

apresentou elevada salinidade, com águas salobras em várias as campanhas. O IQA neste ponto

oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando alto grau de eutrofização neste ponto do rio. Em geral, o

que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos

(decorrentes da salinidade), coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IET

JAC01 - Açude Japi II - S.J. Campestre IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar - Espírito SantoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

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109

provavelmente à carga de resíduos agropastoris e urbanos (esterco, esgoto etc.) lançados no rio a

montante deste ponto.

Figura 3-108 – Histórico do IET da água no Rio Jacu – Espírito Santo (JAC02)

JAC03 – Lagoa das Guaraíras

O ponto JAC03 situa-se na Lagoa das Guaraíras, no município de Arês-RN. A Lagoa das Guaraíras

na verdade é uma laguna, pois suas águas se comunicam com o mar através de um canal, de modo

que sofre influência da maré e tem águas geralmente salinas. Por isso, os resultados apresentados

neste ponto são comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das

águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A salinidade medida nesta campanha foi

de 31,63‰, que implicou em elevada concentração de sólidos totais. O IQA e o IQAc resultaram na

classificação “Boa” (iguais a 71, ver Figura 3-109). Percebe-se que o que mais prejudivou o índice

foi a elevada concentração sólidos totais, devido à salinidade, e nitrogênio total. O IET resultou

“Ultraoligotrófico” (ver Tabela 3-13). Quanto a análise de metais na água e no sedimento, todos os

metais apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização na lagoa. Em

geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos

(devido à salinidade) e, eventualmente, de coliformes termotolerantes, decorrentes dos usos

(agricultura, pecuária, áreas urbanas, etc.) que ocorrem ao longo da bacia hidrográfica.

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12ago-12 ago-14mar-15ago-15mai-16 out-16

IET

JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar - Espírito SantoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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110

Figura 3-109 – Histórico da qualidade da água na Lagoa das Guaraíras (JAC03)

Figura 3-110 – Histórico do IET da água na Lagoa das Guaraíras (JAC03)

JAC04 – Lagoa das Guaraíras

O ponto denominado JAC04 também está localizado na Lagoa (laguna) das Guaraíras, porém em

outra extremidade. Os resultados obtidos neste ponto foram semelhantes aos do ponto JAC03. A

salinidade medida nesta campanha foi de 30,560‰, que implicou em elevada concentração de

sólidos totais. O IQA, no entanto, resultou em “Bom” (igual a 74, ver Figura 3-111), prejudicado

principalmente pelas concentrações elevadas de coliformes (acima do VLP) e sólidos totais. O IET

resultou “Oligotrófico”. Quanto a presença de metais na água e no sedimento, ambos apresentaram

valores abaixo do limite de detecção do método.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100IQ

A/I

QA

cJAC03 - Lagoa das Guaraíras IQA

IQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD 0

30

40

50

60

70

80

IET

JAC03 - Lagoa das GuaraírasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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111

Figura 3-111 – Histórico da qualidade da água na Lagoa das Guaraíras (JAC04)

Figura 3-112 – Histórico do IET da água na Lagoa das Guaraíras (JAC04)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA e o

IQAc neste ponto também oscilaram entre “Médio” e “Bom” (como no JAC03). Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando

baixo grau de eutrofização na lagoa. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram as elevadas concentrações de sólidos e, eventualmente, de coliformes termotolerantes e DBO,

pelos mesmos motivos enumerados na descrição do ponto JAC03.

Para ambos os pontos, JAC03 e JAC04, no sedimento, nenhum metal apresentou concentração

maior que o VLP da Resolução CONAMA 344/2004 (Tabela 3-10).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

JAC04 - Lagoa das GuaraírasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD 0

30

40

50

60

70

80

IET

JAC04 – Lagoa das Guaraíras IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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112

Tabela 3-14–Concentrações de metais pesados no sedimento na Lagoa das Guaraíras

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Jacu. Pela figura, é possível observar que os

pontos monitorados apresentam qualidade em termos do IQA classificados como “Boa” (JAC03) e

“Média” (JAC04) e estados tróficos classificados como ultraoligotrófico e oligotrófico,

respectivamente. Desta forma, pode-se afirmar que os pontos da bacia do rio Jacu encontram-se

com qualidade um pouco comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos

urbanos ao longo da bacia, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

Figura 3-113 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Jacu

PARÂMETROJAC03 - Lagoa das

Guaraíras

JAC04 - Lagoa das

GuaraírasVLP*

Cobre Total (mg/Kg) < LD < LD 34,0

Chumbo Total (mg/Kg) < LD < LD 46,7

Cromo Total (mg/Kg) 18,158 9,97 81,0

Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD 1,2

Zinco Total (mg/Kg) 16,669 8,934 150,0

Níquel Total (mg/Kg) < LD < LD 20,9

Arsênio Total (mg/Kg) < LD < LD 8,0

Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD 0,15

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

JAC01 JAC02 JAC03 JAC04

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO JACUIQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

HipereutróficoSupereutrófico

EutróficoMesotróficoOligotróficoUltraoligotrófico

SD SD SD SD SD SD

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113

3.1.11. Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú

A bacia hidrográfica do Rio Curimataú ocupa uma área de 830,5 km2, correspondendo a cerca de

1,6% do território estadual. Na bacia estão cadastrados 25 açudes, totalizando um volume de

acumulação de 3.918.400 m3 de água, correspondente, respectivamente, a 1,1% e 0,1% dos totais de

açudes e volumes acumulados do Estado. A rede hidrográfica é composta principalmente pelos rios

Parari, Espinho, Pequiri, Outeiro e Curimataú. Nesta bacia, não há nenhum açude com capacidade

igual ou superior a 10 milhões de m3. Na Figura 3-114 apresenta-se o mapa esquemático desta

bacia, com a indicação dos pontos selecionados para monitoramento: CUR01 – jusante de Nova

Cruz-RN; CUR02 – jusante de Pedro Velho-RN; CUR03 – Estuário de Barra de Cunhaú-RN;

PIQ01 – Captação da CAERN em Pedro Velho-RN. Destes, somente o ponto CUR03 é monitorado

trimestralmente, com exame da densidade de cianobactérias. Na Tabela 3-15 apresentam-se os

resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.

Na Tabela 3-16 apresentam-se os resultados das concentrações de metais pesados no sedimento do

estuário de Barra de Cunhaú, em Canguaretama (CUR03).

Nesta campanha, para o ponto CUR03, as análises da densidade de cianobactérias não foi fornecida

pelo laboratório responsável pelas análises do programa. Ainda, os pontos CUR01 e CUR02 não

foram monitorados, pois não havia água para coleta nesses pontos, enquanto para o ponto CUR04,

não foi possível calcular o IQA e o IQAc devido a falta de um parâmetro, turbidez.

Figura 3-114 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Curimataú (Fonte: IGARN, 2009)

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114

Tabela 3-15 - Qualidade da água na Bacia do Rio Curimataú

*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

CUR01 – Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz-RN

O ponto CUR01 está localizado no rio Curimataú, a jusante da cidade de Nova Cruz. Nesta

campanha, não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água neste trecho de rio (ver

Tabela 3-15).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na

classificação “Médio” (ver Figura 3-115). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização no rio. Em geral, o

que mais reduziu os valores desses índices neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos

totais, decorrentes da salinidade. Além disso, eventualmente, as concentrações de coliformes

termotolerantes e DBO também foram elevadas, devido provavelmente aos usos agropastoris e ao

lançamento de despejos na cidade de Nova Cruz (p.ex., esgotos), que ocorrem a montante deste

ponto.

PARÂMETRO

CUR01 - Rio

Curimataú -

Jusante de Nova

Cruz

CUR02 - Rio

Curimataú -

Jusante de Pedro

Velho

CUR03 - Barra de

Cunhaú -

Canguaretama

CUR04 - Rio

Piquiri - Captação

CAERN Pedro

Velho (PIQ01)

VLP*

Temperatura da amostra (oC) - - 27,4 24,0 -

pH - - 7,9 8,2 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - - 5,8 8,0 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - - 1,7 0,7 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- - 159 133 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - - < LD < LD -

Fósforo Total (mg P/L) - - < LD < LD≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - - 40.055,6 115,6 -

Turbidez (UNT) - - 222,0 - ≤ 1001

IQA - - 58 * -

Qualidade - - Médio * -

Cobre dissolvido (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - - <LD <LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) - - 1 1 -

IQAc - - 58 * -

Qualidade - - Médio * -

IET - - 45 49 -

Categoria - - Ultraoligotrófico Oligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - < LD - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - < 10,00 - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - - 0,36 0,02 ≤ 301

Salinidade (‰) - - 27,076 0,027 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,04 0,05(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 out-16 out-16 out-16 -

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115

Figura 3-115 – Histórico da qualidade da água no Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01)

(SD: Sem dado)

Figura 3-116 – Histórico do IET da água no Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01)

CUR02 – Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho- RN

O ponto CUR02 localiza-se no rio Curimataú, a jusante da cidade de Pedro Velho. Nesta campanha,

não houve coleta para o monitoramento, pois não havia água neste trecho de rio (ver Tabela 3-15).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram

na classificação “Médio” (ver Figura 3-115). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização no rio. Em

geral, o que mais reduziu os valores do IQA e do IQAc neste ponto foram as elevadas

concentrações de sólidos totais (devido à elevada salinidade das águas, geralmente salobras),

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

CUR01 - Rio Curimataú - Jusante de Nova CruzIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

30

40

50

60

70

80

IET

CUR01 - Rio Curimataú - Jusante de Nova Cruz

IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD

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116

coliformes termotolerantes e, eventualmente, de nitrogênio e fósforo, devido principalmente aos

usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto, além dos dejetos lançados na área

urbana e periurbana de Pedro Velho.

Figura 3-117 – Histórico da qualidade da água no Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho

(CUR02) (SD: Sem dado)

Figura 3-118 – Histórico do IET da água no Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho (CUR02)

(SD: Sem dado)

CUR03 – Estuário do Rio Curimataú, em Barra de Cunhaú

O ponto CUR03 situa-se no estuário do Rio Curimataú, em Barra de Cunhaú, no Município de

Canguaretama. Por se tratar de um estuário, este ponto apresenta elevada salinidade, com águas

salobras a salinas, como nesta campanha (salinidade = 27,08‰), o que resultou em elevada

concentração de sólidos totais (40.055 mg/L) e turbidez (acima do VLP). Assim, o IQA e o IQAc

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

CUR02 - Rio Curimataú - Jusante de Pedro VelhoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

30

40

50

60

70

80

IET

CUR02 - Rio Curimataú - Jusante de Pedro VelhoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD

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117

resultaram em qualidade “Média” (igual à 58). O IET resultou Ultraoligotrófico, com baixa

concentração de clorofila ‘a’ e fósforo (ver Tabela 3-15). As concentrações de metais pesados na

água e no sedimento do estuário de Barra de Cunhaú foram inferiores aos VLPs para todos os

metais analisados (ver Tabela 3-16).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Bom” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA resultaram na

classificação “Médio”, enquanto a média do IQAc resultou “Muito Ruim” (ver Figura 3-115).

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2),

indicando médio grau de eutrofização no estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA

e do IQAc neste ponto foram as concentrações de sólidos totais (devido à salinidade), coliformes

termotolerantes e, eventualmente, de nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos diversos usos

agropastoris – incluindo a carcinicultura no próprio estuário – e urbanos observados na bacia, que

resultaram em baixas concentrações de OD em algumas campanhas (o que não ocorreu nesta).

Figura 3-119 – Histórico da qualidade da água no Estuário de Barra de Cunhaú (CUR03)

(SD: Sem dado)

Figura 3-120 – Histórico do IET da água no Estuário de Barra de Cunhaú (CUR03)

(SD: Sem dado)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

CUR03 - Estuário de Barra de CunhaúIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SD SD SD SD SD SD 0

30

40

50

60

70

80

IET

CUR03 – Estuário de Barra de Cunhaú IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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118

Tabela 3-16–Concentrações de metais pesados nosedimento do estuário de Barra de Cunhaú

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

CUR04– Rio Piquiri - captação da CAERN em Pedro Velho

O ponto CUR04 localiza-se no rio Piquiri, junto à captação de água da CAERN, no município de

Pedro Velho. Nesta campanha, não possível calcular o IQA e o IQAc por falta de um parâmetro

(turbidez, ver Figura 3-115 e Tabela 3-15). No entanto, pelos demais parâmetros, é possível

observar que a água deste trecho de rio apresenta boa qualidade nesta campanha, pois nenhum

parâmetro apresentou valores acima do VLP. O IET resultou oligotrófico.

Figura 3-121 – Histórico da qualidade da água no Rio Piquiri, em Pedro Velho (CUR04)

(SD: Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Bom” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram

na classificação “Médio”e “Bom”, respectivamente (ver Figura 3-115). Quanto ao histórico do IET,

a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de

eutrofização no rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA e do IQAc neste ponto foram

as concentrações coliformes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos diversos usos

agropastoris.

PARÂMETRO

CUR03 - Barra de

Cunhaú -

Canguaretama

VLP*

Cobre Total (mg/Kg) < LD 34,0

Chumbo Total (mg/Kg) < LD 46,7

Cromo Total (mg/Kg) < LD 81,0

Cádmio Total (mg/Kg) < LD 1,2

Zinco Total (mg/Kg) < LD 150,0

Níquel Total (mg/Kg) < LD 20,9

Arsênio Total (mg/Kg) < LD 8,0

Mercúrio Total (mg/Kg) < LD 0,15

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jul-09 fev-10 set-10 abr-11 set-11 mar-12 ago-14 mar-15 ago-15 mai-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

CUR04 - Rio Piquiri - Pedro Velho - captação CAERNIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

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119

Figura 3-122 – Histórico do IET da água no Rio Piquiri, em Pedro Velho (CUR04)

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Curimataú. Pela figura, é possível observar que

apenas o ponto CUR03 foi monitorado, enquanto que o CUR04 foi parcialmente monitorado,

obtendo qualidade Média, segundo o IQA e IQAc. Desta forma, pode-se afirmar, com base nas

campanhas anteriores, que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida,

provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Curimataú,

o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

Figura 3-123 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Curimataú

30

40

50

60

70

80IE

T

CUR04 - Rio Piquiri - Captação CAERN Pedro Velho (PIQ01)

IET

Média IETHipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

CUR01 CUR02 CUR03 CUR04

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO CURIMATAÚ IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

HipereutróficoSupereutrófico

EutróficoMesotróficoOligotróficoUltraoligotrófico

SD SD SD SD SD SD SD SD

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120

3.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FLNED

Os resultados referentes à Bacia do Rio Piranhas-Açu e à Faixa Litorânea Norte de Escoamento

Difuso (FLNED) são apresentados a seguir por tipo de curso d’água (reservatórios, rios e estuários),

no intuito de facilitar a comparação e a avaliação geral da qualidade da água nos diferentes corpos

hídricos. Assim, neste item são apresentados os resultados referentes à qualidade de água de 36

pontos amostrais da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu, sendo 20 reservatórios (PIA01- Açude

Mulungu; PIA02- Açude Esguicho; PIA03- Açude Rio da Pedra; PIA04- Açude Caldeirão de

Parelhas; PIA05- Açude Carnaúba; PIA06-Açude Cruzeta; PIA07-Açude Gargalheiras; PIA09-

Açude Dourado; PIA10- Açude Zangalheiras; PIA13- Açude Mendubim; PIA14-Açude Beldroega;

PIA15- Açude Novo Angicos; PIA16-Açude Pataxós; PIA20-Açude Santo Antônio; PIA21-Açude

Itans; PIA23-Açude Boqueirão de Parelhas; PIA25-Açude Passagem das Traíras; PIA 26- Açude

Boqueirão de Angicos; PIA30 –Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá; e PIA31 –

Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael), 12 rios (PIA11- Rio Seridó, em Jardim do

Seridó; PIA12- Rio Espinharas; PIA22- Rio Seridó, em Caicó; PIA24- Rio Seridó, em São

Fernando; PIA29- Rio Piranhas-Açu, em Pendências, PIA32- Rio Piranhas-Açu, Jucurutu; PIA33-

Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas; PIA34- Rio Piranhas-Açu, Divisa RN-PB; PIA35- Rio

Piranhas-Açu, DIBA, Alto do Rodrigues; PIA36- Rio Piranhas-Açu, Acauã;e 4 estuários (PIA17-

Rio Piranhas-Açu, em Macau; PIA18- Rio dos Cavalos, em Pendências; PIA28-Rio das Conchas,

em Porto do Mangue; e FLNED- Rio Camurupim, em Guamaré).

Os resultados apresentados foram comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs da

Resolução CONAMA 357/2005, para águas doces, classe 2, nos pontos situados em reservatórios e

trechos de rios, e para águas salobras e salinas, classe 1, nos pontos estuarinos. Os resultados das

análises de sedimento de fundo foram comparados com os valores limite da Tabela III do anexo da

Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível 1. Com relação aos resultados de

metais pesados quantificados nas amostras de água, os resultados foram avaliados quanto ao Índice

de Toxicidade – IT e ao Índice de Qualidade de Água Combinado – IQAc, seguindo os limites de

detecção – LD para todos os metais analisados pelo equipamento no NUPPRAR/UFRN apresentou-

se inferior aos VLPs definidos pela Resolução CONAMA n° 357/2005.

3.2.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu

Na

Tabela 3-17 são apresentados os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos

índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos reservatórios da bacia hidrográfica do Rio

Piranhas-Açu/RN. Como os reservatórios situados no semi-árido sofrem intensa influência das

chuvas e frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os

resultados referentes às amostragens em reservatórios são comparados com os Valores Limites

Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que

eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.

Nesta 5ª campanha semestral completa, quase todos os dados dos pontos de reservatório foram

completamente coletados e analisados, de maneira que, foi possível dar suporte a completa

caracterização de cada corpo d’água, exceto PIA01 – Açude Mulungu, PIA02 – Açude Esguicho,

PIA05 – Açude Carnaúba e PIA10 – Açude Zangalheira.

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121

PIA01 – Açude Mulungu

O ponto PIA01 situa-se no Açude Público Mulungu, localizado no município de Currais Novos.

Nesta campanha, não houve coleta de água neste reservatório (ver

Tabela 3-17, Figura 3-124 e Figura 3-124).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou

em Mesotrófico (ver, indicando médio grau de eutrofização no açude. Em geral, o que mais reduziu

os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos totais – decorrentes da

salinidade da água, coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido provavelmente aos

usos agropastoris que ocorrem na bacia, a montante do açude.

Figura 3-124 – Histórico da qualidade da água no Açude Mulungu (PIA01) (SD-Sem dado)

Figura 3-125 – Histórico do IET da água no Açude Mulungu (PIA01)(SD-Sem dado)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA01 - Açude MulunguIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 SD 0 0 0 0 0 SD 0 SD SD 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA01 - Açude MulunguIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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122

Tabela 3-17-Qualidade da água nos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++

ambientes Lóticos.

PARÂMETRO

PIA01 - Açude

Mulungu - Currais

Novos

PIA02 - Açude

Esguicho

PIA03 - Açude

Rio da Pedra

PIA04 - Açude

Caldeirão

Parelhas

PIA05 - Açude

Carnaúba

PIA06 - Açude

Cruzeta

PIA07 - Açude

Gargalheiras

PIA09 - Açude

Dourado

PIA10 - Açude

Zangalheiras

PIA13 - Açude

MendubimVLP

*

Temperatura da amostra (oC) - - 27,8 28,0 - 29,0 27,0 27,0 - 27,9 -

pH - - 8,2 8,8 - 8,3 7,8 9,3 - 8,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - - 10,3 7,9 - 8,5 7,2 6,4 - 9,2 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - - 18,6 10,7 - 14,5 10,1 14,9 - 10,7 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- - < 1 2 - 461 < 1 6 - 2 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - - 5,4 4,8 - 3,2 3,1 0,4 - 2,0 -

Fósforo Total (mg P/L) - - 0,930 0,440 - 1,510 0,600 0,660 - 0,640 ≤ (0,03+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1; ≤ 0,124

2; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - - 1.789,2 385,6 - 866,0 621,5 182,0 - 388,8 -

Turbidez (UNT) - - 25,7 34,6 - 2314,4 118,1 20,8 - 25,2 ≤ 1001

IQA - - 59 67 - 42 58 60 - 69 -

Qualidade - - Médio Médio - Ruim Médio Médio - Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - - < LD < LD - < LD < LD < LD - < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) - - 1 1 - 1 1 1 - 1 -

IQAc - - 59 67 - 42 58 60 - 69 -

Qualidade - - Médio Médio - Ruim Médio Médio - Médio -

IET - - 61 54 - 70 57 55 - 62 -

Categoria - - Eutrófico Mesotrófico - Hipereutrófico Mesotrófico Mesotrófico - Eutrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - 7.987.950 49.980 - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - - 1,00 0,12 - 17,15 0,30 0,12 - 2,15 ≤ 301

Salinidade (‰) - - 1,18 0,16 - 0,33 0,27 0,06 - 0,19 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,55 0,48 - 0,45 0,45 0,27 - 0,22(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -

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Tabela 4-17-Qualidade da água nos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu (continuação)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++

ambientes Lóticos; ND- não detectado

PARÂMETRO PIA14 -Açude BeldroegaPIA15 - Açude Novo

AngicosPIA16 - Açude Pataxós

PIA20 - Açude

Santo Antônio

PIA21 - Açude

Itans

PIA23 - Açude

Boqueirão

Parelhas

PIA25 - Açude

Passagem das Trairas

PIA26 -

Boqueirão de

Angicos

PIA30 - Armando

Ribeiro Gonçalves -

Itajá

PIA31 - Arm. Rib.

Gonçalves - São

Rafael

VLP*

Temperatura da amostra (oC) 26,7 25,8 27,5 25,0 28,0 29,0 31,0 24,6 28,1 27,0 -

pH 8,4 9,0 8,4 9,4 8,7 8,7 9,1 8,3 8,5 8,5 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 5,3 7,6 7,9 3,1 6,1 9,4 11,0 7,3 8,5 6,4 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 1,1 2,6 9,5 9,2 9,4 12,5 11,9 10,4 7,9 12,4 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)< 1 11 < 1 20 23 < 1 8 3 < 1 < 1 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 3,3 < LD 1,6 0,1 2,0 2,2 1,0 7,1 1,8 2,5 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,226 0,043 0,800 0,580 0,810 0,530 0,730 0,490 1,020 0,470 ≤ (0,03+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1; ≤ 0,124

2; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 1.240,4 203,2 294,4 228,4 662,4 938,4 733,2 3.890,8 224,0 227,6 -

Turbidez (UNT) 119,4 12,4 7,4 19,1 45,4 22,2 23,0 38,9 15,0 21,1 ≤ 1001

IQA 61 76 75 51 59 66 53 64 74 72 -

Qualidade Médio Bom Bom Médio Médio Médio Médio Médio Bom Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD 0,035 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -

IQAc 61 76 75 51 59 66 53 64 74 72 -

Qualidade Médio Bom Bom Médio Médio Médio Médio Médio Bom Bom -

IET 56 47 50 59 58 60 63 63 58 56 -

Categoria Mesotrófico Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) 336 - 16.338 80.430 103.803 725.335 529.055 - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,77 0,13 0,00 0,73 0,32 1,13 2,90 3,92 0,23 0,29 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,67 0,04 0,15 0,09 0,37 0,64 0,40 3,03 0,10 0,09 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,37 0,40 0,76 0,35 0,31 0,27 0,50 0,34 0,25 0,14(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 out-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -

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PIA02 – Açude Público Esguicho

O ponto PIA02 situa-se no açude Esguicho, localizado no município de Ouro Branco. Nesta

campanha, não houve coleta de água neste reservatório (ver Figura 3-126 e Tabela 3-17).

Figura 3-126 – Histórico da qualidade da água no Açude Esguicho (PIA02) (SD-Sem dado)

Figura 3-127 – Histórico do IET da água no Açude Esguicho (PIA02)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação

“Médio”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura

3-127), indicando elevado grau de eutrofização no açude (onde em várias campanhas o estado

oscilou entre eutrófico e supereutrófico). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste

ponto foram as concentrações de DBO e, eventualmente de sólidos totais e coliformes

termotolerantes.

0

10

20

30

40

50

60

70

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90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA02 - Açude EsguichoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 000 00 0 0 SD SD

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA02 - Açude EsguichoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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125

PIA03 – Açude Público Rio da Pedra

O ponto PIA03 situa-se no Açude Rio da Pedra, localizado no município de Santana dos Matos.

Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (1,18‰), com água apresentando

qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ambos 59, ver

Figura 3-126). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio,

DBO, turbidez e sólidos totais. A concentração de clorofila ‘a’ apresentou valor baixo (muito

abaixo do VLP), resultando em IET “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde,

todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 3-

17). O resultado da densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela laboratório

responsável.

Figura 3-128 – Histórico da qualidade da água no Açude Rio da Pedra (PIA03) (SD-Sem dado)

Figura 3-129 – Histórico do IET da água no Açude Rio da Pedra (PIA03) (SD-Sem dado)

0

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out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA03 - Açude Rio da PedraIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD 0 0 0 0 0 0 SD SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IET

PIA03 - Açude Rio da PedraIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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126

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA

apresentou valor médio correspondente à classificação “Médio”, enquanto o IQAc, contudo,

resultou “Muito ruim”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

concentrações de fósforo total e pH, cujo valor superou o VLP, e o IQAc, determinações de metais

acima do VLP em várias campanhas, o que anula o mesmo. Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-129), indicando elevado grau de eutrofização

no açude (onde em várias campanhas o estado oscilou entre eutrófico e supereutrófico). Observa-se

que o açude apresenta água com média qualidade físico-química, exceto pela presença de metais

pesados em algumas campanhas, que parece ser uma característica inerente aos corpos d’água da

bacia do rio Piranhas-Açu.

PIA04 – Açude Público Caldeirão de Parelhas

O ponto PIA04 refere-se ao açude Caldeirão de Parelhas, localizado no município de Parelhas.

Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,16‰), com água apresentando

“Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (67 para

ambos, ver Figura 3-130). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de

nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais (provavelmente devido a elevada salinidade) (acima dos

VLPs). O IET resultou “mesotrófico”, com baixa concentração de fósforo e clorofila ‘a’. Quanto a

série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite

de determinação analítico (ver Tabela 3-17). O resultado da densidade de cianobactérias neste açude

não foi fornecido pela laboratório responsável.

Figura 3-130 – Histórico da qualidade da água no Açude Caldeirão de Parelhas (PIA04)

(SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou

em Mesotrófico (ver Figura 3-131), indicando elevado grau de eutrofização no açude (onde em

várias campanhas o estado oscilou entre eutrófico e supereutrófico). Em geral, o que mais reduziu

os valores do IQA neste ponto foram as relativamente elevadas concentrações de DBO e,

eventualmente, de fósforo e sólidos totais – decorrentes da salinidade da água – e coliformes

termotolerantes (o que não ocorreu nesta campanha), em consequência dos usos agropastoris que

ocorrem na bacia, a montante do açude.

0

10

20

30

40

50

60

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80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA04 - Açude Caldeirão ParelhasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 00 SD SD SD

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127

Figura 3-131 – Histórico do IET da água no Açude Caldeirão de Parelhas (PIA04) (SD-Sem dado)

PIA05 – Açude Público Carnaúba – São João do Sabugi

O açude Carnaúba (PIA05) localiza-se no município de São João do Sabugi. Nesta campanha, não

houve coleta de água neste reservatório (ver Figura 3-132).

Figura 3-132 – Histórico da qualidade da água no Açude Carnaúba (PIA05) (SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto, sempre foi “Bom” e o IQAc, contudo, “Muito ruim”, exceto em duas campanhas, devido às

elevadas concentrações de chumbo, cobre e níquel na água, acima dos VLPs (o que não foi

observado em apenas uma campanha, de julho de 2014). Quanto ao histórico do IET, a média para

este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-133), indicando baixo grau de eutrofização no

açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO.

20

30

40

50

60

70

80

IET

PIA04 - Açude Caldeirão ParelhasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA05 - Açude CarnaúbaIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 0 00 SD SD SD SD SD SDSD SD

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128

Figura 3-133 – Histórico do IET da água no Açude Carnaúba (PIA05) (SD-Sem dado)

PIA06 – Açude Público Cruzeta

O Açude Cruzeta localiza-se no município de Cruzeta. Nesta campanha, o reservatório apresentou

baixa salinidade (0,33‰), com água apresentando qualidade “Ruim” de acordo com os parâmetros

usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-134). Os índices de qualidade foram prejudicados

pela elevada concentração nitrogênio, fósforo, DBO, turbidez e sólidos totais (muito acima dos

VLPs). A concentração de cianobactérias foi muuito elevada (7.987.950 cél./ml, com dominância

do gênero Aphanocapsa holsatica, Planktolyngbia minor, Merismopedia tenuissima, Snowela

lacustris e Chroococcus minutus, entre várias outras espécies (nenhuma produtora de toxinas).

Devido à elevada concentração de fósforo, o IET resultou “Hipertrófico”. Quanto a série de metais

traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de

determinação analítico (abaixo dos VLPs) (ver Tabela 3-17).

Figura 3-134 – Histórico da qualidade da água no Açude Cruzeta (PIA06) (SD-Sem dado)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA05 - Açude CarnaúbaIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA06 - Açude CruzetaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SDSD SD 0 0 0 0 SD SD SD 0

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129

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em várias

campanhas em que foi calculado. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Mesotrófico (ver Figura 3-135), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade

média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2015 foi de 832.869 cél./mL, com predominância

das espécies Planktolyngbya minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de

cianotoxinas), em concentrações muito acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução

CONAMA 357/2005 para diversas as campanhas até agora realizadas (ver Figura 3-136). Em geral,

o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas

de turbidez, sólidos totais – decorrentes principalmente da turbidez, pois a salinidade da água é

historicamente baixa– coliformes, fósforo total e, eventualmente, DBO.

Figura 3-135 – Histórico do IET da água no Açude Cruzeta (PIA06) (SD-Sem dado)

Figura 3-136 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Cruzeta (PIA06)

(SD-Sem dado)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA06 - Açude CruzetaIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SDSD

800

8.000

80.000

800.000

8.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIA06 - Açude Cruzeta

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (832.869 cél./mL)

SD SD

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130

PIA07 – Açude Público Marechal Dutra (Gargalheiras)

O Açude Público Marechal Dutra, mais conhecido como Gargalheiras, localiza-se no município de

Acari. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,27‰, caracterizando água

doce), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir

o IQA e o IQAc (ver Figura 3-137). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada

concentração de nitrogênio, fósforo, DBO e turbidez. As concentrações de cianobactérias (49.980

cél./ml, com dominância do gênero Chroococcus minutus, Aphanocapsa delicatissima,

Merismopedia tenuissima, Snowela lacustris (não produtoras de cianotoxinas), resultando em IET

“Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram

valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo do VLP (ver

Tabela 3-17). Não houve coleta de sedimento para análise de metais no ponto PIA07 nesta

campanha (ver

Tabela 3-17).

Tabela 3-18–Concentrações de metais pesados no sedimento do Açude Gargalheiras (PIA07)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

Figura 3-137 – Histórico da qualidade da água no Açude Marechal Dutra (Gargalheiras) (PIA07)

(SD-Sem dado)

PARÂMETROPIA07 - Açude

GargalheirasVLP*

Cobre Total (mg/Kg) - 34

Chumbo Total (mg/Kg) - 46,7

Cromo Total (mg/Kg) - 81

Cádmio Total (mg/Kg) - 1,2

Zinco Total (mg/Kg) - 150

Níquel Total (mg/Kg) - 20,9

Mercúrio Total (mg/Kg) - 0,15

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA07 - Açude GargalheirasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 0 0 SD 0 0 SD SD SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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131

Figura 3-138 – Histórico do IET da água no Açude Marechal Dutra (Gargalheiras) (PIA07)

(SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, e o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em varias

campanhas, devido às elevadas concentrações de cobre, chumbo e cádmio na água, acima dos

VLPs, ou falta de dados (exceto na campanha de julho de 2014, e na atual). Quanto ao histórico do

IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-138), indicando elevado grau de

eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2015 foi de

676.316 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya minor e Cylindrospermopsis

raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações muito acima dos VLPs da

Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 para todas as campanhas até agora

realizadas (ver Figura 3-139).

Figura 3-139 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Marechal Dutra

(Gargalheiras) (PIA07)

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a turbidez, fósforo total, as

concentrações de sólidos totais – decorrentes da turbidez e da salinidade da água –, de DBO e de

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA07 - Açude GargalheirasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

3.000

30.000

300.000

3.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIA07 - Açude Gargalheiras

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (676.316 cél./mL)

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132

coliformes termotolerantes. Além disso, as concentrações de fósforo no açude eventualmente

ultrapassaram o VLP (o cálculo do IQA, contudo, não é muito sensível ao aumento das

concentrações de fósforo). Vale salientar que, o açude Gargalheiras recebe os esgotos (não tratados

ou tratados precariamente) da cidade de Currais Novos,eencontra-se com a qualidade bastante

comprometida, o que demanda ações urgentes do Poder Público do estado do Rio Grande do Norte.

PIA09 – Açude Público Dourado

O Açude Dourado localiza-se no município de Currais Novos. Nesta campanha, o reservatório

apresentou salinidade baixa (0,06‰, caracterizando água doce), com água apresentando qualidade

“Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (iguais a 60, ver Figura

3-140). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio,

fósforo, DBO e sólidos totais, e elevado pH. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa, resultando

em IET “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-

17).

Figura 3-140 – Histórico da qualidade da água no Açude Dourado (PIA09) (SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” nas

campanhas em que foi calculado (exceto três). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Mesotrófico, mas próximo de Eutrófico (ver Figura 3-141), indicando elevado grau de

eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

concentrações relativamente elevadas de turbidez, sólidos totais – decorrentes principalmente da

turbidez, pois a salinidade da água é historicamente baixa– coliformes, fósforo total e,

eventualmente, DBO, provavelmente devido à falta de proteção do manancial e aos usos

agropastoris e urbanos que ocorrem no açude e em sua bacia hidrográfica.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA09 - Açude DouradoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 00

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 0 0 SD SD SD SD SD SD

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133

Figura 3-141 – Histórico do IET da água no Açude Dourado (PIA09) (SD-Sem dado)

PIA10 – Açude Público Zangalheiras

O Açude Zangalheiras localiza-se no município de Jardim do Seridó. Nesta campanha, não houve

coleta de água neste reservatório (ver Figura 3-142 e Tabela 3-17).

Figura 3-142 – Histórico da qualidade da água no Açude Zangalheiras (PIA10) (SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou com valor médio do IQA correspondente à classificação “Médio” (próximo a

“Bom”). O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as campanhas, exceto três, em que

resultou “Médio” e “Ruim”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Mesotrófico (próximo a Eutrófico, ver Figura 3-143), indicando elevado grau de eutrofização neste

açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores relativamente

elevados de turbidez, sólidos totais e, eventualmente, DBO e coliformes termotolerantes.

20

30

40

50

60

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80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA09 - Açude DouradoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA10 - Açude ZangalheirasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD 0 0 0 0 SD SD SD SD 0 SD SD

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134

Figura 3-143 – Histórico do IET da água no Açude Zangalheiras (PIA10) (SD-Sem dado)

PIA13 – Açude Público Mendubim

O Açude Mendubim localiza-se no município de Açu. Nesta campanha, o reservatório apresentou

baixa salinidade (0,19‰), com água apresentando “Média” qualidade (próximo a “Boa”) de acordo

com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ambos 69, ver Figura 3-144). Os índices de

qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos

totais. O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo do VLP (ver

Tabela 3-17).

Figura 3-144 – Histórico da qualidade da água no Açude Mendubim (PIA13) (SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Excelente”, contudo, o IQAc resultou “Muito ruim” em 6 das 11

campanhas em que foi calculado. Em geral, o que mais contribuiu para reduzir os valores do IQA

neste ponto foram as concentrações de DBO, sólidos totais e coliformes termotolerantes (o cálculo

20

30

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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA10 - Açude ZangalheirasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SDSD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA13 - Açude MendubimIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 SD 0 0 0 0 SD SD

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do IQA é muito sensível à elevação do valor deste parâmetro). Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-145), indicando baixo grau de eutrofização

neste açude.

Figura 3-145 – Histórico do IET da água no Açude Mendubim (PIA13) (SD-Sem dado)

PIA14 – Açude Público Beldroega

O Açude Beldroega localiza-se no município de Paraú. Nesta campanha, o reservatório apresentou

baixa salinidade (0,67‰), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros

usados para medir o IQA e o IQAc (ambos iguais a 61, ver Figura 3-146). Os índices de qualidade

foram levemente prejudicados pela elevada concentração de sólidos totais, turbidez, nitrogênio e

fósforo. A concentração de cianobactérias resultou 336 cél./ml, abaixo de ambos os VLPs. O IET

resultou “Mesotrófico” (ver Figura 3-147). Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos

os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs

(ver Tabela 3-17).

Figura 3-146 – Histórico da qualidade da água no Açude Beldroega (PIA14) (SD-Sem dado)

20

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40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IET

PIA13 - Açude MendubimIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIA14 -Açude BeldroegaIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SD 0 SD 0 0 0 0 SD SD

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136

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Excelente”, com valor médio do IQA correspondente à classificação

“Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-

147), indicando baixo grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre

os anos de 2008 e 2016 foi de 87.321 cél./mL, com predominância das espécies Planktolyngbya

minor, Aphanocapsa elachista e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de

cianotoxinas), em concentrações acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução

CONAMA 357/2005 em algumas campanhas (ver Figura 3-148). Em geral, o que mais contribuiu

para reduzir os valores do IQA neste ponto foram as concentrações de DBO e coliformes.

Figura 3-147 – Histórico do IET da água no Açude Beldroega (PIA14) (SD-Sem dado)

Figura 3-148 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Beldroega (PIA14)

(SD-Sem dado; ND- Não detectado)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16

IET

PIA14 -Açude BeldroegaIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

100

1.000

10.000

100.000

1.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIA14 - Açude Beldroega

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (87.321 cél./mL)

SD SD ND

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137

PIA15 – Açude Novo Angicos

O açude Público Novo Angicos localiza-se no município de Angicos. Nesta campanha, o

reservatório apresentou salinidade baixa (0,04‰, caracterizando água doce), com água

apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc

(ver Figura 3-149). Os índices de qualidade foram muito prejudicados pela elevada concentração de

fósforo, pH e sólidos totais. O IET resultou “Ultraoligotrófico”, com baixa concentração de

clorofila ‘a’. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram

valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco (ver Tabela 3-17). O resultado da

densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela laboratório responsável.

Figura 3-149 – Histórico da qualidade da água no Açude Novo Angicos (PIA15)

(SD-Sem dado)

Figura 3-150 – Histórico do IET da água no Açude Novo Angicos (PIA15)

(SD-Sem dado)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIA15 - Açude Novo AngicosIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD 0 SD 0 0 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16

IET

PIA15 - Açude Novo AngicosIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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138

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” (apenas em uma campanha) e “Bom”, contudo, o IQAc resultou “Muito

ruim” em várias campanhas analisadas anteriormente. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-150), indicando médio grau de eutrofização neste

açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA e o IQAc neste ponto foram as

concentrações de sólidos totais, coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido

provavelmente aos usos agropastoris e periurbanos que ocorrem no açude e em sua bacia.

PIA16 – Açude Público Pataxós

O Açude Pataxós situa-se no município de Ipanguaçu. Nesta campanha, o reservatório apresentou

baixa salinidade (0,15‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros

usados para medir o IQA e o IQAc (ambos iguais a 75, ver Figura 3-151). Os índices de qualidade

foram bastante prejudicados pela elevada concentração de DBO e sólidos totais. O IET resultou

“Oligotrófico”. A concentração de cianobactérias resultou 16.338 cel./mL, abaixo de ambos os

VLPs. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores

abaixo do limite de determinação analítico (ver tabela 3-17).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, contudo, o IQAc resultou “Muito ruim” em várias

campanhas analisadas anteriores, exceto nas cinco últimas campanhas, onde este índice foi

calculado e resultou em “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-152), indicando baixo grau de eutrofização neste açude. A

densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 14.117 cél./mL, com

predominância das espécies Planktolyngbya minor, Aphanocapsa parasitica e Cylindrospermopsis

raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações abaixo dos VLPs da Portaria

MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em praticamente todas as campanhas (ver

Figura 3-153). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de DBO, turbidez, sólidos totais e coliformes termotolerantes.

Figura 3-151 – Histórico da qualidade da água no Açude Pataxós (PIA16)

(SD-Sem dado)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA16 - Açude PataxósIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 SD 0 0 0 0 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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139

Figura 3-152 – Histórico do IET da água no Açude Pataxós (PIA16)

(SD-Sem dado)

Figura 3-153 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Pataxós (PIA16)

(SD-Sem dado; ND- Não detectado)

PIA20 – Açude Público Santo Antônio

O Açude Santo Antônio localiza-se no município de São João do Sabugi. Nesta campanha, o

reservatório apresentou baixa salinidade (0,09‰), com água apresentando qualidade “Média” de

acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (iguais a 51, ver Figura 3-154). Os

índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de fósforo, DBO, pH, sólidos

totais, e baixa concentração de OD. A concentração de cianobactérias foi elevada (80.430 cél./ml,

acima de ambos os VLPs), com predominância da espécie Merismopedia tenuissima, Snowela

lacustris e Chroococcus minutus. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IET

PIA16 - Açude PataxósIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

100

1.000

10.000

100.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIA16 - Açude Pataxós

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (14.117 cél./mL)

SD ND

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140

água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação

analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-17).

Figura 3-154 – Histórico da qualidade da água no Açude Santo Antônio (PIA20)

(SD-Sem dado)

Figura 3-155 – Histórico do IET da água no Açude Santo Antônio (PIA20)

(SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação

“Médio”. O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em sete das treze campanhas realizadas, devido

às concentrações elevadas de zinco, cobre e chumbo na água, acima dos VLPs (fato que não ocorreu

na atual campanha). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico

(ver Figura 3-155), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade média de

cianobactérias entre os anos de 2008 e 2015 foi de 497.530 cél./mL, com predominância das

espécies Planktolyngbya minor, Planktolyngbya limnetica e Cylindrospermopsis raciborskii

(potencial produtora de cianotoxinas), em concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jun-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA20 - Açude Santo AntônioIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SD 0 0 0 SD SD 0 0

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jun-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA20 - Açude Santo AntônioIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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141

MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em praticamente todas as campanhas (ver

Figura 3-156).

Figura 3-156 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Santo Antônio (PIA20)

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores de DBO, turbidez e

coliformes termotolerante, e o IQAc, a detecção de metais na água do açude, principalmente de

cobre (presente em 5 campanhas acima do VLP) e chumbo (presente em 6 campanhas acima do

VLP), o que parece ser inerente a própria bacia.

PIA21 – Açude Público Itans

O Açude Itans localiza-se no município de Caicó, constituindo um de seus principais mananciais de

abastecimento da cidade. Nesta campanha, o reservatório apresentou alta salinidade (0,37‰), com

água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o

IQAc (ambos iguais a 59, ver Figura 3-157). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados

pela elevada concentração de nitrogênio total, fósforo, DBO e sólidos totais. A concentração de

cianobactérias foi elevada (103.803 cél./ml), com predominância da espécie Planktotrix agardhii

(potencial produtora de cianotoxinas), Merismopedia tenuissima, Snowela lacustris, Chroococcus

minutus, Aphanocapsa delicatissima, Aphanocapsa holsatica e Aphanocapsa koodersii. O IET

resultou “Mesotrófico”, enquanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 3-17).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram os valores de DBO, turbidez, pH e coliformes termotolerantes (o cálculo do IQA é muito

sensível à elevação no valor deste parâmetro). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-158), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A

densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 231.710 cél./mL, com

predominância das espécies Planktolyngbya minor e Cylindrospermopsis raciborskii (potencial

produtora de cianotoxinas), em concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria MS nº

2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em diversas campanhas (ver Figura 3-159). O açude

Itans situa-se na área periurbana de Caicó, da qual recebe cargas poluidoras devido a usos como

2.000

20.000

200.000

2.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIA20 - Açude Santo Antônio

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011(20.000 cél./mL)

Densidade Média (497.530 cél./mL)

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baneário, criação de animais nos arredores do açude etc., o que demanda medidas de controle do

poder público.

Figura 3-157 – Histórico da qualidade da água no Açude Itans (PIA21)

(SD-Sem dado)

Figura 3-158 – Histórico do IET da água no Açude Itans (PIA21)

(SD-Sem dado)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA21 - Açude ItansIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD0 0 0 SD 0

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA21 - Açude ItansIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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143

Figura 3-159 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Itans (PIA21)

(SD-Sem dado)

PIA23 – Açude Público Boqueirão de Parelhas

O Açude Boqueirão de Parelhas localiza-se no município de Parelhas. Nesta campanha, o

reservatório apresentou salinidade elevada (0,64‰, caracterizando água salobra), com água

apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc

(ver Figura 3-160). Os índices de qualidade foram levemente prejudicados pela elevada

concentração de nitrogênio total, fósforo, DBO e sólidos totais. A concentração de cianobactérias

foi bastante elevada (725.335 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii,

Aphanizomenon gracile, Merismopedia tenuissima, Snowela lacustris, Chroococcus minutus,

Aphanocapsa delicatissima, Aphanocapsa holsatica e Planktolyngbya minor. O IET resultou

“Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram

valores abaixo do limite de determinação analítico (abaixo do VLP) (ver Tabela 3-17).

Figura 3-160 – Histórico da qualidade da água no Açude Boqueirão de Parelhas (PIA23)

(SD-Sem dado)

100

1.000

10.000

100.000

1.000.000D

en

s. c

ian

ob

acté

rias

(cé

l./m

L)PIA21 - Açude Itans

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (231.710 cél./mL)

SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA23 - Açude Boqueirão ParelhasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 SD SD 0 SD 0 SD 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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144

Figura 3-161 – Histórico do IET da água no Açude Boqueirão de Parelhas (PIA23)

(SD-Sem dado)

Figura 3-162 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Boqueirão de Parelhas

(PIA23) - (SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação

“Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-

161), indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre

os anos de 2008 e 2016 foi de 375.416 cél./mL, com predominância das espécies

Cylindrospermopsis raciborskii, Planktolyngbya minor e Microcystis aeruginosa (potenciais

produtora de cianotoxinas, e a última, também produtora de neurotoxinas), em concentrações

geralmente acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em

diversas campanhas (ver Figura 3-162). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste

ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e coliformes

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA23 - Açude Boqueirão ParelhasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

100

1.000

10.000

100.000

1.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIA23 - Açude Boqueirão Palheras

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (375.416 cél./mL)

SD

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145

termotolerantes, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e no entorno do

açude.

PIA25 – Açude Público Passagem das Traíras

O Açude Público Passagem das Traíras localiza-se no município de São José do Seridó. Nesta

campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,40‰, caracterizando água doce), com água

apresentando qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc

(53 para ambos, ver Figura 3-163). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada

concentração de DBO, fósforo total, nitrogênio total, sólidos totais e pH. A concentração de

cianobactérias foi bastante elevada (529.055 cél./ml, com dominância dos gêneros Merismopedia

tenuissima, Snowela lacustris, Chroococcus minutus e Aphanocapsa holsatica, e baixa

concentração de clorofila ‘a’, abaixo do VLP. O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais

traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de

determinação analítico (ver Tabela 3-17).

Figura 3-163 – Histórico da qualidade da água no Açude Passagem das Traíras (PIA25)

(SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação

“Médio”, mas muito próximo a “Bom”. O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as

campanhas anteriores a 2014. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e coliformes termotolerantes (o

cálculo do IQA é muito sensível à elevação no valor deste parâmetro). Quanto ao histórico do IET,

a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-164), indicando elevado grau de

eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de

1.133.036 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii,

Planktolyngbya minor e Planktotrix agardhii (potenciais produtora de cianotoxinas), em

concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA

357/2005 em quase todas as campanhas (ver Figura 3-165).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA25 - Açude Passagem das TrairasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 SD 0 0 0 0 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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146

Figura 3-164 – Histórico do IET da água no Açude Passagem das Traíras (PIA25)

(SD-Sem dado)

Figura 3-165 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Passagem das Traíras

(PIA25) - (SD-Sem dado)

PIA26 – Açude Boqueirão de Angicos

O Açude Boqueirão de Angicos localiza-se no município de Afonso Bezerra. Nesta campanha, o

reservatório apresentou salinidade elevada (3,03‰, caracterizando água salobra), com água

apresentando qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc

(ver Figura 3-166). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados pela elevada concentração

de nitrogênio total, fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Eutrófico”, com baixa

concentração de clorofila ‘a’. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, concequentemente, todos abaixo

dos VLPs (ver Tabela 3-17).

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA25 - Açude Passagem das Trairas IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

8.000

80.000

800.000

8.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

PIA25 - Açude Passagem das Trairas

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (1.133.036 cél./mL)

SD

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147

Figura 3-166 – Histórico da qualidade da água no Açude Boqueirão de Angicos (PIA26)

(SD-Sem dado)

Figura 3-167 – Histórico do IET da água no Açude Boqueirão de Angicos (PIA26)

(SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA foi

classificado como “Bom” em diversas campanhas, e o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em

campanhas anteriores a 2014. Como este açude não possui áreas urbanas ou usos agropastoris

intensivos em sua bacia, seu principal poluidor são os metais pesados, provavelmente de origem

natural, oriundos dos minerais do solo da própria bacia hidrográfica. Quanto ao histórico do IET, a

média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-167), indicando médio grau de

eutrofização neste açude. No entanto, pelos resultados das quatro últimas campanhas (entre 2014 e

2016), é possível notar que a qualidade da água do Açude encontra-se em declínio, o que demanda

ações de controle e prevenção do poder público.

0

10

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jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA26 - Boqueirão de AngicosIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 0 0 0 SD SD

20

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40

50

60

70

80

jul-09 nov-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15mar-16 set-16

IET

PIA26 - Boqueirão de AngicosIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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148

PIA30 – Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá

O ponto PIA30 situa-se na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Itajá. Nesta

campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,10‰, caracterizando água doce), com água

apresentando qualidade “Boa” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc

(ver Figura 3-168). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de DBO,

nitrogênio, fósforo e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços

na água da barragem, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação

analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-17). O resultado da densidade de cianobactérias neste

açude não foi fornecido pela laboratório responsável.

Figura 3-168 – Histórico da qualidade da água - Reserv. Armando Ribeiro Gonçalves - Itajá

(PIA30) - (SD-Sem dado)

Figura 3-169 – Histórico do IET da água - Reserv. Armando Ribeiro Gonçalves - Itajá (PIA30)

(SD-Sem dado)

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100

mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA30 - Armando Ribeiro - Itajá

IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IET

PIA30 - Armando Ribeiro - ItajáIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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149

Historicamente, os valores de IQA neste ponto resultaram “Bom” em cinco das nove campanhas

realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016. O IQAc foi “Muito ruim” em apenas

uma campanha, devido às concentrações de cobre e chumbo acima dos VLPs, fato que não ocorreu

nas últimas campanhas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Mesotrófico (ver Figura 3-169), indicando médio grau de eutrofização nesta barragem. De maneira

geral, a água da barragem apresenta boa qualidade, embora ações de prevenção devam ser tomadas

pelo poder público para evitar futuras fontes de poluição.

PIA 31– Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael

O ponto PIA31 situa-se na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no município de São Rafael.

Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,09‰, caracterizando água doce),

com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o

IQAc (ver Figura 3-170). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de

DBO (acima do VLP), nitrogênio, fósforo, pH e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”.

Quanto a série de metais traços na água da barragem, todos os parâmetros apresentaram valores

abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-17).

Figura 3-170 – Histórico da qualidade da água na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São

Rafael (PIA31) - (SD-Sem dado)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o IQA neste

ponto foi “Bom” em quase todas as campanhas analisadas (exceto em Ago-2015). Naturalmente,

ocorre a presença de metais na água da barragem, pricipalmente zinco e cobre, embora acima do

VLP apenas na primeira campanha, de Maio de 2011, fato que não ocorreu nesta campanha. Quanto

ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-171), indicando

médio grau de eutrofização nesta barragem.

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mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA31 - Armando Ribeiro - São RafaelIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 0 SD SD

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150

Figura 3-171 – Histórico do IET da água na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael

(PIA31) - (SD-Sem dado)

A Figura 3-172Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo

o IQA, IQAc e o IET dos reservatórios analisados da bacia do Rio Piranhas-Açú. Pela figura, é

possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade variando entre Média e Boa

(embora os pontos PIA01, PIA02, PIA05 e PIA10 não foram calculados por falta de dados) e

estados tróficos variando entre ultraoligotróficos à hipereutróficos, com atenção especial para os

pontos, PIA03, PIA06, PIA13, PIA23, PIA25 e PIA26 cujos estados de trofia foram bastante

comprometidos, devido à elevadíssimas concentrações de clorofila ‘a’ e/ou fósforo, além da elevada

densidade de cianobactérias em alguns pontos, fato que também ocorreu na última campanha. Desta

forma, pode-se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida,

provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Piranhas-

Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

20

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mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IET

PIA31 - Armando Ribeiro - São RafaelIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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Figura 3-172 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu

(SD – sem dado para todos os índices)

0

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IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Ultraoligotrófico

Hipereutrófico

Eutrófico

OligotróficoMesotrófico

Supereutrófico

SD SD SD SD

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152

3.2.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu

Na Tabela 3-19 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices

IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos rios da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN.

Como os rios do semiárido sofrem intensa influência das chuvas (pois são intermitentes ou

perenizados), podendo apresentar águas doces, principalmente durantes os períodos chuvosos, e

águas salobras, principalmente nos períodos de estiagem, todos os resultados referentes às

amostragens em rios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas

doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras

apresentem salinidade superior a 0,5‰.

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Tabela 3-19- Qualidade da água nos rios da Bacia do Piranhas-Açu

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas;+ ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

PARÂMETRO

PIA11 - Rio

Seridó - Jardim do

Seridó

PIA12 - Rio

Espinharas

PIA22 - Rio

Seridó - Caicó

PIA24 - Rio Seridó

- São Fernando

PIA29 - Rio Piranhas-

Açu - captação CAERN

Pendências

PIA32 - Rio

Piranhas-Açu -

Jucurutu

PIA33 - Rio Piranhas-Açu

- Jardim de Piranhas

PIA34 - Rio Piranhas-

Açu - Divisa RN-PB

PIA35 - DIBA – Alto do

Rodrigues

PIA36 - Rio

Piranhas-Açu -

Acauã

VLP*

Temperatura da amostra (oC) - - - - 29,0 32,0 29,5 25,0 26,3 - -

pH - - - - 9,1 10,2 9,0 8,1 8,1 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - - - - 6,3 16,9 6,5 5,6 8,3 - ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - - - - 16,8 24,5 3,8 8,3 7,8 - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- - - - 18 < 1 69 23 4 - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - - - - 0,800 2,400 < LD 2,000 1,800 - -

Fósforo Total (mg P/L) - - - - 0,400 1,370 0,106 0,960 0,710 -≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - - - - 541,6 245,8 273,2 196,0 238,0 - -

Turbidez (UNT) - - - - 10,1 1660,5 4,4 9,1 0,7 - ≤ 1001

IQA * * * * 57 37 71 68 77 * -

Qualidade * * * * Médio Ruim Bom Médio Bom * -

Cobre dissolvido (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - - - - < LD < LD 0,027 < LD < LD - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) * * * * 1 1 1 1 1 * -

IQAc * * * * 57 37 71 68 77 * -

Qualidade * * * * Médio Ruim Bom Médio Bom * -

IET * * * * 57 70 51 40 57 * -

Categoria * * * * Mesotrófico Hipereutrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico * -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - - - - 0,91 7,61 0,48 0,01 0,22 - ≤ 301

Salinidade (‰) - - - - 0,17 0,10 0,09 0,07 0,10 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - - - 0,36 0,39 0,40 0,19 0,32 -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 out-16 set-16 set-16 set-16 -

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154

PIA11 – Rio Seridó, em Jardim do Seridó

O ponto PIA11 situa-se no Rio Seridó, no município Jardim do Seridó. Nesta campanha, não houve

coleta de água neste ponto de rio (ver Figura 3-173 e ver Tabela 3-19).

Historicamente, o IQA médio neste ponto foi “Bom” em apenas uma campanha, e “Médio” nas

outras duas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016. O IQAc foi

“Muito ruim” em cinco das doze campanhas, devido às concentrações de cobre e chumbo acima dos

VLPs. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-

174), indicando médio grau de eutrofização neste ponto.

Figura 3-173 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, Jardim do Seridó (PIA11)

(SD: Sem dado)

Figura 3-174 – Histórico do IET da água no Rio Seridó, Jardim do Seridó (PIA11)

(SD: Sem dado)

PIA12 – Rio Espinharas, em Serra Negra

O ponto PIA12 situa-se no Rio Espinharas, no município de Serra Negra. Nesta campanha, não

houve coleta de água neste ponto de rio (ver Figura 3-175 e ver Tabela 3-19).

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out-08 jul-09 jun-10 abr-11 dez-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA11 - Rio Seridó - Jardim do SeridóIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 0 0SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

20

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50

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out-08 jul-09 jun-10 abr-11 out-11 dez-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA11 - Rio Seridó - Jardim do SeridóIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD SD SD SD SD

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155

Figura 3-175 – Histórico da qualidade da água no Rio Espinharas, Serra Negra (PIA12)

(SD: Sem dado)

Figura 3-176 – Histórico do IET da água no Rio Espinharas, Serra Negra (PIA12)

(SD: Sem dado)

Historicamente, o IQA médio neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, nas campanhas realizadas

do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016. O IQAc foi “Muito ruim” em quase todas as

campanhas anteriores, devido às concentrações de cobre, chumbo e cádmio acima dos VLPs.

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-176),

indicando médio grau de eutrofização neste ponto.

PIA22 – Rio Seridó, em Caicó

O ponto PIA22 situa-se no Rio Seridó, a jusante da cidade de Caicó. Nesta campanha, não foi

realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-177 e ver Tabela 3-19).

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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA12 - Rio EspinharasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 SD 0SD 0 00 SD 0 SD SDSD SD SD SD SD SDSD 0

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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

PIA12 - Rio EspinharasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SDSDSD SD SD SD

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156

Figura 3-177 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, Caicó (PIA22) - (SD: Sem dado)

Figura 3-178 – Histórico do IET da água no Rio Seridó, Caicó (PIA22) - (SD: Sem dado)

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o

IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-178), indicando médio grau de eutrofização neste

ponto. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de sólidos totais, DBO e coliformes termotolerantes, devido principalmente

aos lançamentos (esgoto, drenagem, etc.) que ocorrem na área urbana de Caicó.

PIA 24 – Rio Seridó, em São Fernando

O PIA24 situa-se no Rio Seridó, no município de São Fernando. Nesta campanha, não foi realizada

a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-179 e ver Tabela 3-19).

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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA22 - Rio Seridó - CaicóIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SDSD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

00 00 SD 0 SD 0 SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD

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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA22 - Rio Seridó - CaicóIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD SD SD SD

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157

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o

IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou

“Médio”. O IQAc, contudo, foi igual a zero, “Muito Ruim”, em todas as campanhas em que foi

calculado (exceto a anterior), devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo e cádmio.

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-180),

indicando médio grau de eutrofização neste ponto. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA

neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e,

eventualmente, coliformes termotolerantes, devido provavelmente aos lançamentos (esgoto,

drenagem urbana, etc.) que ocorrem em São Fernando e em cidades a montante deste ponto.

Figura 3-179 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, São Fernando (PIA24)

(SD: Sem dado)

Figura 3-180 – Histórico do IET da água no Rio Seridó, São Fernando (PIA24)

(SD: Sem dado)

PIA 29 – Rio Piranhas-Açu, captação da CAERN em Pendências

O ponto PIA29 situa-se no Rio Piranhas-Açu, na captação da CAERN no município de Pendências.

Nesta campanha, o rio apresentou salinidade elevada (0,17‰, caracterizando água doce), com água

apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc

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out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA24 - Rio Seridó - São FernandoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 0 00 SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jun-10 abr-11 out-11 abr-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

PIA24 - Rio Seridó - São FernandoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD SD SD

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158

(ver Figura 3-181). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de

nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais

traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação

analítico, ou abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-19).

Figura 3-181 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Pendências (PIA29)

Figura 3-182 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, Pendências (PIA29)

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o

IQA foi calculado em apenas seis campanhas, resultando entre “Médio” e “Bom”. O IQAc também

foi calculado em apenas oito campanhas, resultando nulo em três delas. Quanto ao histórico do IET,

a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-182), indicando baixo grau de

eutrofização da água neste ponto.

PIA32 - Rio Piranhas-Açu, em Jucurutu

O ponto PIA32 situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Jucurutu. Nesta campanha, o rio apresentou

salinidade baixa (0,10‰, caracterizando água doce), com água apresentando qualidade “Ruim” de

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA29 - Rio Piranhas-Açu - captação CAERN PendênciasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0SD SD SD SD SD SD 0 SD 0

20

30

40

50

60

70

80

jul-09 jul-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 mar-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA29 - Rio Piranhas-Açu - captação CAERN PendênciasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SDSD

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159

acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-183). Os índices de

qualidade foram prejudicados pela concentração elevada de nitrogênio, fósforo, turbidez e sólidos

totais. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver

Tabela 3-19).

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o

IQA foi “Bom” em seis das sete campanhas já realizadas neste ponto, sendo que o IQAc foi “Muito

Ruim” em duas delas devido ao excesso de chumbo na água, provavelmente devido a ocorrência

natural deste metal proveniente do sedimento. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-184), indicando baixo grau de eutrofização da água neste

ponto.

Figura 3-183 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Jucurutu (PIA32)

Figura 3-184 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, Jucurutu (PIA32)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA32 - Rio Piranhas Açu - JucurutuIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

SD0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SDSD SD 0

20

30

40

50

60

70

80

mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

PIA32 - Rio Piranhas Açu - JucurutuIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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160

PIA33 - Rio Piranhas-Açu, em Jardim de Piranhas

Este ponto, PIA33, situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Jardim de Piranhas. Nesta campanha, o rio

apresentou salinidade baixa (0,09‰, caracterizando água doce), com água apresentando “Boa”

qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-185). Os

índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de fósforo, pH e

sólidos totais. O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que

apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).

Figura 3-185 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas (PIA33)

Figura 3-186 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas (PIA33)

Das sete campanhas realizadas neste ponto, ao longo do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e

2016, o IQA resultou “Bom” em apenas quatro delas. Contudo, o IQAc foi “Muito Ruim” em cinco,

devido às concentrações de chumbo, cádmio, ziinco ou cobre terem superado os VLPs, o que não

ocorreu nesta campanha. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Ultraoligotrófico (ver Figura 3-186), indicando baixo grau de eutrofização da água neste ponto.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIA33 - Rio Piranhas-Açu - Jardim de PiranhasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 SD 0 SD SD 0 0

20

30

40

50

60

70

80

mai-11 nov-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 out-16

IET

PIA33 - Rio Piranhas-Açu - Jardim de PiranhasIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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161

PIA34 - Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB

O ponto PIA34 situa-se no Rio Piranhas-Açu, na divisa dos Estados do RN e da PB. A salinidade

medida foi 0,07‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (iguais a 68, ver Figura

3-187). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de

nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Ultraoligotrófico”. Quanto a série de

metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de

determinação analítico (ver Tabela 3-19).

Figura 3-187 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB (PIA34)

Figura 3-188 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB (PIA34)

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2016, o

IQA foi calculado apenas em sete campanhas, classificado assim na média como de qualidade

“Média”, sendo que o IQAc foi “Muito Ruim” em seis, devido ao excesso de cobre, zinco e chumbo

na água, sendo calculado apenas em três campanhas, resultando “Médio” em todas. Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-188), indicando

baixo grau de eutrofização da água neste ponto.

0

10

20

30

40

50

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70

80

90

100

mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA34 - Rio Piranhas-Açu - Divisa RN-PBIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 SD 0 0 0 0

20

30

40

50

60

70

80

mai-11 out-11 abr-12 ago-12 jul-14 jan-15 jul-15 mar-16 set-16

IET

PIA34 - Rio Piranhas-Açu - Divisa RN-PBIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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162

PIA35 – Rio Piranhas-Açu - DIBA – Alto do Rodrigues

O ponto PIA35 situa-se no Rio Piranhas-Açu, DIBA, em Alto do Rodrigues. Não há histórico deste

ponto em campanhas anteriores do Projeto Agua Azul, pois este foi inserido apenas em 2014. A

salinidade medida foi 0,10‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Bom” (ambos iguais a 77,

ver Figura 3-189). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração nitrogênio,

fósforo, DBO e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. A concentração de clorofila ‘a’

resultou 0,22 µg/L, abaixo do VLP. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, abaixo dos VLPs (ver

Tabela 3-19).

Figura 3-189 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA35)

Figura 3-190 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA35)

Nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2014 e 2016, o IQA e o IQAc

foram calculados nas cinco campanhas realizadas, sendo classificados como “Médio” em três, e

“Bom” na duas últimas. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Oligotrófico (ver Figura 3-190), indicando baixo grau de eutrofização da água neste ponto.

0

10

20

30

40

50

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70

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90

100

ago-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA35 - DIBA – Alto do Rodrigues IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

ago-14 fev-15 ago-15 mar-16 set-16

IET

PIA35 - DIBA – Alto do Rodrigues IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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163

PIA36 – Rio Piranhas-Açu - Acauã

O ponto PIA36 situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Acauã. Não há histórico deste ponto em

campanhas anteriores do Projeto Agua Azul, pois assim como o PIA35, este foi inserido apenas em

2014. Não foi realizado amostragem deste ponto para esta campanha. Na única campanha em que o

IQA, IQAc e IET foram monitorados (Julho-2014), estes resultaram em “Médio”, “Médio” e

“Ultraoligotrófico”, respectivamente (ver Figura 3-191, Figura 3-192 e Tabela 3-19).

Figura 3-191 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA36)

Figura 3-192 – Histórico do IET da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA36)

0

10

20

30

40

50

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70

80

90

100

jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIA36 - Rio Piranhas-Açu - Acauã IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD SD SD SD

20

30

40

50

60

70

80

jul-14 fev-15 ago-15 mar-16 out-16

IET

PIA36 - Rio Piranhas-Açú – Acauã IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD

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164

3.2.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de

Escoamento Difuso

Na Tabela 3-20 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices

IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos pontos estuarinos da bacia hidrográfica do Piranhas-

Açu/RN. Como os pontos situados em estuários sofrem intensa influência do mar, o que resulta em

salinidade elevada em algumas coletas, todos os resultados referentes às amostragens em estuários

são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas salobras e salinas, Classe

1, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem

salinidade inferior a 0,5‰. Na

Tabela 3-21 são apresentados os resultados referentes às análises de metais no sedimento dos pontos

amostrais situados nos estuários da Bacia do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de

Escoamento Difuso.

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165

Tabela 3-20- Qualidade da água nos pontos estuarinos da Bacia do Rio Piranhas-Açu

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

Tabela 3-21- Metais pesados e arsênio nos sedimentos dos estuários da Bacia do Piranhas-Açu

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004

PARÂMETROPIA17 - Estuário Rio

Piranhas-Açu - Macau

PIA18 - Estuário Rio

dos Cavalos

FLNED - Estuário Rio

Camurupim (antigo

PIA27)

PIA28 - Estuário Rio das

ConchasVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 28,4 27,0 28,7 29,0 -

pH 7,9 8,0 7,7 8,0 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 6,5 1,7 7,9 6,8 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 2,3 2,8 3,4 1,9 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)579 770 1.733 < 1 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) < LD 1,400 < LD < LD -

Fósforo Total (mg P/L) < LD 2,840 < LD < LD≤ (0,03

+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1;

≤ 0,1242; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 50.431,2 73.188,0 41.270,4 42.416,8 -

Turbidez (UNT) 14,5 25,4 23,9 0,0 ≤ 1001

IQA 68 39 64 87 -

Qualidade Médio Ruim Médio Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) 0,053 < LD 0,022 < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -

IQAc 68 39 64 87 -

Qualidade Médio Ruim Médio Bom -

IET 40 67 35 42 -

Categoria Ultraoligotrófico Supereutrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) < LD 22,5 < LD < LD ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) < 10,00 < 10,00 < 10,00 < 10,00 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,11 2,91 0,03 0,17 ≤ 301

Salinidade (‰) 38,51 31,90 32,67 34,00 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,14 0,14 0,11 0,21(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta out-16 set-16 out-16 out-16 -

PARÂMETROPIA17 - Estuário Rio

Piranhas-Açu - Macau

PIA18 - Estuário Rio

dos Cavalos

FLNED - Estuário Rio

Camurupim (antigo

PIA27)

PIA28 - Estuário Rio das

ConchasVLP*

Cobre Total (mg/Kg) 29,81 < LD 4,245 11,965 34

Chumbo Total (mg/Kg) 25,115 < LD 4,367 10,821 46,7

Cromo Total (mg/Kg) 51,639 < LD 8,733 14,878 81

Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 1,2

Zinco Total (mg/Kg) 60,558 < LD 10,674 24,971 150

Níquel Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 20,9

Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 0,15

Arsênio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 8,2

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166

PIA17- Estuário do Rio Piranhas-Açu, em Macau

O ponto PIA17 situa-se no estuário do Rio Piranhas-Açu, em Macau. Nesta campanha, o estuário

apresentou salinidade elevada (38,51‰, caracterizando água salina), com água apresentando

qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 3-

193). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de coliformes (abaixo

do VLP) e sólidos totais (devido a elevada salinidade). O IET resultou “Ultraoligotrófico”. Quanto a

série de metais traços na água e no sedimento do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores

abaixo do limite de determinação analítico e/ou do VLP, (ver Tabela 3-19 e Tabela 3-19),

respectivamente.

Figura 3-193 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Piranhas-Açu, Macau (PIA17)

Figura 3-194 – Histórico do IET da água no Estuário do Rio Piranhas-Açu, Macau (PIA17)

0

10

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out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIA17 - Estuário Rio Piranhas-Açu - MacauIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 0 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16

IET

PIA17 - Estuário Rio Piranhas-Açu - Macau IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD

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167

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio”. O IQAc, contudo, foi “Muito Ruim” em praticamente todas as

campanhas (exceto as sete últimas), devido às concentrações elevadas de vários metais pesados na

água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura

3-194), indicando baixo grau de eutrofização da água neste estuário. A qualidade da água no

estuário encontra-se bastante comprometida, o que requer medidas de controle urgentes do Poder

Público.

PIA18 – Estuário do Rio dos Cavalos

O ponto PIA18 situa-se no estuário do Rio dos Cavalos, entre os municípios de Macau e Porto do

Mangue. Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (31,90‰, caracterizando água

salina), com água apresentando qualidade “Ruim” de acordo com os parâmetros usados para medir

o IQA e o IQAc (ver Figura 3-195). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada

concentração de nitrogênio, fósforo, COT, coliformes termotolerantes (770 NMP/100mL, abaixo do

VLP), sólidos totais (devido a elevada salinidade), além da baixa concentração de OD (1,7 mg/L,

muito abaixo do VLP). O IET resultou “Supereutrófico” (devido a elevada concentração de

fósforo), com baixa concentração de clorofila ‘a’. Quanto a série de metais traços na água do

estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver

Tabela 3-19). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).

Figura 3-195 – Histórico da qualidade da água no Rio dos Cavalos (PIA18)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio resultando na

classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, resultou “Muito Ruim” em todas as campanhas

anteriores a 2014, devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo, cádmio e níquel na

água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores elevados de

sólidos totais e turbidez e, eventualmente, de coliformes termotolerantes e DBO. Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Supertrófico (ver Figura 3-196), indicando

elevadíssimo grau de eutrofização da água neste estuário. A qualidade da água no estuário encontra-

0

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out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

PIA18 - Estuário Rio dos CavalosIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD 0 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD 0 0 SD 0

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168

se bastante comprometida, indicando o lançamento de esgotos e outros efluentes, o que requer

medidas de controle urgentes do Poder Público.

Figura 3-196 – Histórico do IET da água no Rio dos Cavalos (PIA18)

PIA28 – Estuário do Rio das Conchas

O ponto PIA28 refere-se ao estuário do Rio das Conchas, localizado no município de Porto do

Mangue. Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (34,00‰, caracterizando água

salina), com água apresentando qualidade “Boa” de acordo com os parâmetros usados para medir o

IQA e o IQAc (iguais a 87, ver Figura 3-197). Os índices de qualidade foram prejudicados pela

elevada concentração de sólidos totais (devido a elevada salinidade). O IET resultou

“Ultraoligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, este abaixo do VLP

(ver Tabela 3-19). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto resultou em “Médio” em várias campanhas onde foi calculado

(exceto uma, que resultou “Ruim”, e últimas três que resultaram em “Boa”). O IQAc, por sua vez,

foi “Muito ruim” em todas as campanhas (anteriores a 2014), devido às concentrações elevadas de

cobre, chumbo, cromo, cádmio, zinco e níquel na água (o que não ocorreu nesta campanha). Quanto

ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-198),

indicando baixo grau de eutrofização da água neste estuário. Em geral, o que mais reduziu os

valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de coliformes

termotolerantes e sólidos totais e, eventualmente, de DBO. De maneira análoga aos demais

estuários do Rio Piranhas-açú, são necessárias ações de prevenção, o que requer medidas de

controle urgentes do Poder Público.

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out-08 jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16

IET

PIA18 - Estuário Rio dos Cavalos

IET Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD

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169

Figura 3-197 – Histórico da qualidade da água no Rio das Conchas (PIA28)

Figura 3-198 – Histórico do IET da água no Rio das Conchas (PIA28)

FLNED – Estuário do Rio Camurupim

O ponto FLNED (antigo PIA27) situa-se no estuário do Rio Camurupim, a jusante do município de

Guamaré, e é um ponto da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED). Nesta

campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (32,67‰, caracterizando água salina), com

água apresentando qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o

IQAc (ver Figura 3-199). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de

sólidos totais (devido a elevada salinidade) e coliformes termotolerantes (1.733 NMP/100 mL,

acima do VLP). O IET resultou “Ultraoligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do

estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico,

exceto zinco (ver Tabela 3-19). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 3-19).

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jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 mai-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

PIA28 - Estuário Rio das ConchasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0 SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 mai-11 nov-11 mar-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 jun-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16

IET

PIA28 - Estuário Rio das ConchasIET Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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170

Figura 3-199 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Camurupim – jusante de Guamaré

(FLNED)

Figura 3-200 – Histórico do IET da água no estuário do Rio Camurupim – jusante de Guamaré

(FLNED)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em diversas campanhas (exceto as

últimas campanhas, incluindo a atual), devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo,

cádmio e níquel (o que não foi observado nesta campanha). Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Ultraoligotrófico (ver Figura 3-200), indicando baixo grau de

eutrofização da água neste estuário. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram as concentrações relativamente elevadas de sólidos totais (devido à salinidade) e,

eventualmente, DBO e coliformes termotolerantes. A qualidade da água no estuário encontra-se

bastante comprometida, o que requer medidas de controle urgentes do Poder Público.

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jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 out-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 mai-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16

IQA

/IQ

Ac

FLNED - Estuário Rio Camurupim (antigo PIA27)IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

0 SD 0 0 0 0 0 0 SD 0 SD 0 SD SD SD SD

20

30

40

50

60

70

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jul-09 set-09 nov-09 mar-10 jul-10 out-10 mai-11 nov-11 mai-12 ago-12 ago-14 out-14 mar-15 mai-15 jul-15 dez-15 mar-16 jun-16 out-16

IET

FLNED - Estuário Rio Camurupim (antigo PIA27)IET Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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171

A Figura 3-201 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos rios e/ou trechos de rio e pontos estuarinhos analisados da bacia do Rio Piranhas-

Açú, além do FLNED, estuário do Rio Camurupim. Pela figura, é possível observar que os pontos

monitorados apresentam qualidade entre Média e Boa, exceto os pontos PIA18 e PIA32, que

apresentou qualidade Ruim, e estados tróficos variando entre ultraoligotróficos à hipereutróficos.

Desta forma, pode-se afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade

comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do

Rio Piranhas-Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

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172

Figura 3-201 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos rios e pontos estuarinos da Bacia do Rio Piranhas-Açu

(SD-Sem dado)

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PIA11 PIA12 PIA22 PIA24 PIA17 PIA18 FLNED PIA28 PIA29 PIA32 PIA33 PIA34 PIA35 PIA36

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DOS RIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇUIQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

SD SD SD SD SD SDSD SD SD SD SD SD SD SD SD

Ultraoligotrófico

Hipereutrófico

Eutrófico

Oligotrófico

Mesotrófico

Supereutrófico

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173

3.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APODI-MOSSORÓ

Os resultados referentes aos pontos da Bacia do Rio Apodi-Mossoró são apresentados neste

relatório por tipo de curso d’água (reservatórios, rios e estuários), no intuito de facilitar a

comparação e avaliação geral da qualidade da água nos diferentes tipos de corpos hídricos. Assim,

neste item são apresentados os resultados referentes à qualidade de água de 30 pontos amostrais,

sendo 21 reservatórios (APM01- Açude Encanto; APM02- Bonito II; APM03- Açude Jesus,

Maria, José; APM04- Açude Flechas; APM05- Açude Pau dos Ferros; APM06-Açude de Pilões,

APM07-Açude Marcelino Vieira; APM09-Açude de Lucrécia; APM10- Açude Rodeador; APM11 -

Açude do Brejo; APM12 - Açude Malhada Vermelha; APM13- Açude Passagem; APM14-Açude

Morcego; APM15- Açude Santo Antônio; APM16-Açude Apanha Peixe; APM17-Barragem de

Santa Cruz; APM23-Açude Riacho da Cruz; APM24-Açude Barragem de Umari; APM27-Açude

de Tourão – Patu; APM28 - Açude Santana de Pau dos Ferros; APM31 - Açude Riacho da Cruz II),

7 rios (APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe Guerra; APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-

Sept Rosado; APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do Genésio; APM21 - Rio Apodi/Mossoró

- Passagem de Pedra; APM25 - Rio do Carmo – Upanema;APM26 - Rio do Carmo - Fazenda

Angicos;APM29 -Rio Apodi/Mossoró - Jusante de Pau dos Ferros) e 2 pontos situados em

estuários (APM22 - Rio Apodi/Mossoró – Areia Branca e APM30 - Ponte BR101 - Estuário Rio

Apodi/Mossoró).

Os resultados são comparados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das

águas salobras e salinas, classe I (estuários), e águas doces, classe II (reservatórios e rios), da

Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de fundo,

fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os valores

previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível

1.

3.3.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró

Na Tabela 3-22 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos

índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos reservatórios da bacia hidrográfica do Rio

Apodi-Mossoró.Como os reservatórios situados no semiárido sofrem intensa influência das chuvas

e frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os

resultados referentes às amostragens em reservatórios são comparados com os Valores Limites

Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que

eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.

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174

Tabela 3-22– Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++

ambientes lóticos.

PARÂMETROAPM01 - Açude

Encanto

APM02 - Açude

Bonito II

APM03 - Açude

Jesus, Maria, José

APM04 - Açude

Flechas

APM05 - Açude de

Pau dos Ferros

APM06 -

Açude de

Pilões

APM07 - Açude de

Marcelino VieiraVLP

*

Temperatura da amostra (oC) 28,8 27,3 - 31,1 - - - -

pH 8,2 7,8 - 9,2 - - - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) 7,5 6,4 - 16,4 - - - ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 7,6 9,0 - 9,0 - - - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)< 1 7 - 5 - - - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 14,90 19,37 - 43,78 - - - -

Fósforo Total (mg P/L) 0,692 2,233 - 1,032 - - - ≤ (0,03+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1; ≤ 0,124

2; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) 242,0 1058,0 - 2102,0 - - - -

Turbidez (UNT) 4,8 11,3 - 120,0 - - - ≤ 1001

IQA 73 58 * 37 * * * -

Qualidade Bom Médio * Ruim * * * -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) 0,0013 < LD - < LD - - - ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD - < LD - - - ≤ 0,0002 1,2,3

Índice (IT) 1 1 * 1 * * * -

IQAc 73 58 * 37 * * * -

Qualidade Bom Médio * Ruim * * * -

IET 55 62 * 69 * * * -

Categoria Mesotrófico Eutrófico * Hipereutrófico * * * -

Cianobactérias (cél./mL) 586.250 14.154 - - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 19,1 0,4 - 19,2 - - - ≤ 301

Salinidade (‰) 0,059 0,259 - 1,273 - - - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) < LD 4,438 - 1,352 - - -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -

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175

Tabela 4-22– Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró (continuação)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++

ambientes lóticos.

PARÂMETROAPM09 - Açude de

Lucrécia

APM10 - Açude

Rodeador

APM11 - Açude

do Brejo

APM12 - Açude

Malhada Vermelha

APM13 - Açude

Passagem

APM14 -Açude

MorcegoVLP

*

Temperatura da amostra (oC) - 31,7 - - 27,1 28,0 -

pH - 9,0 - - 8,4 8,9 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - 12,4 - - 5,3 9,1 ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - 14,7 - - 15,0 8,0 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- < 1 - - 4 13 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - 13,90 - - 48,07 4,37 -

Fósforo Total (mg P/L) - 4,018 - - 0,666 0,334 ≤ (0,03+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1; ≤ 0,124

2; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - 714,0 - - 1032,0 792,0 -

Turbidez (UNT) - 103,3 - - 45,0 952,2 ≤ 1001

IQA * 37 * * 48 53 -

Qualidade * Ruim * * Ruim Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - < LD - - < LD 0,0110 ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - < LD - - < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice (IT) * 1 * * 1 0 -

IQAc * 37 * * 48 0 -

Qualidade * Ruim * * Ruim Muito Ruim -

IET * 66 * * 70 71 -

Categoria * Supereutrófico * * Hipereutrófico Hipereutrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - 4.647.060 - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - 1,2 - - 64,1 152,9 ≤ 301

Salinidade (‰) - 0,330 - - 0,401 0,731 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,316 - - 1,472 < LD(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 nov-16 -

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176

Tabela 4-22– Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró (continuação)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++

ambientes lóticos.

PARÂMETROAPM15 - Açude

Santo Antônio

APM16 - Açude

Apanha Peixe

APM17 - Barragem de

Santa Cruz

APM23 - Açude

Riacho da Cruz

APM24 - Açude

Barragem de Umari

APM27 - Açude

Tourão - PatuVLP

*

Temperatura da amostra (oC) - - 30,0 28,2 28,0 - -

pH - - 9,7 8,3 8,0 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,5

2,3

OD (mg/L) - - 7,3 3,1 9,9 - ≥ 5,01,2

; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - - 15,6 6,1 10,8 - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- - < 1 < 1 7 - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - - 4,79 22,17 7,22 - -

Fósforo Total (mg P/L) - - 0,553 0,825 0,366 - ≤ (0,03+, 0,05

++ ou 0,1

+++)1; ≤ 0,124

2; ≤ 0,062

3

Sólidos Totais (mg/L) - - 336,0 1126,0 322,0 - -

Turbidez (UNT) - - 5,4 58,9 4,1 - ≤ 1001

IQA * * 61 51 70 * -

Qualidade * * Médio Médio Médio * -

Cobre dissolvido (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,005

2,3

Chumbo Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005

2

Zinco Total (mg/L) - - 0,0250 < LD < LD - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09

2,3

Níquel Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - - < LD < LD < LD - ≤ 0,0002 1,2,3

Índice (IT) * * 1 1 1 * -

IQAc * * 61 51 70 * -

Qualidade * * Médio Médio Médio * -

IET * * 54 72 53 * -

Categoria * * Mesotrófico Hipereutrófico Mesotrófico * -

Cianobactérias (cél./mL) - - 42.630 28.659.072 409.678 - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - - < LD 83,3 < LD - ≤ 301

Salinidade (‰) - - 0,165 0,636 0,118 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰

2; ;≥ 30 ‰

3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - 0,230 0,601 < LD -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -

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177

APM01 - Açude Encanto

O ponto APM01 situa-se no Açude Encanto, no município de Encanto. Nesta campanha, a

salinidade medida foi de 0,059‰ (água doce). O IQA e o IQAc foram calculados, e resultaram 73,

o que classifica a água do açude como de “Boa” qualidade (ver Figura 3-202). A densidade de

cianobactérias nesta campanha resultou elevada, 586.250 cél./mL, muito acima de ambos os VLPs,

com dominância das espécies Aphanocapsa delicatissima, Merismopedia tenuissima,

Planktolyngbya minor, Snowela lacustris, Chroococcus minutus, Aphanocapsa koodersii e

Cylindrospermopsis raciborskii (esta última, potencial produtora de cianotoxinas). A concentração

de clorofila ‘a’ resultou 19,1 µg/l, abaixo do VLP. Os índices de qualidade foram prejudicados pela

elevada concentração de DBO, nitrogênio total, fósforo e sólidos totais. O IET resultou

“Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram

valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto chumbo, mesmo assim, abaixo dos VLPs

(ver Tabela 3-22).

Figura 3-202 – Histórico da qualidade da água no Açude Encanto (APM01)

Figura 3-203 – Histórico do IET da água no Açude Encanto (APM01)

0

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40

50

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90

100

IQA

/IQ

Ac

APM01 - Açude EncantoIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

SD SD SD 0 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

set-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM01 - Açude EncantoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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178

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi

“Muito Ruim” em três campanhas, devido as concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo,

níquel e mercúrio. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico

(muito próximo a Supereutrófico) (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste

açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 487.584 cél./mL,

com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de

cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em concentrações geralmente acima dos VLPs da Portaria

MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em todas as campanhas (ver Figura 3-2). Em

geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente

elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e, eventualmente, de coliformes termotolerantes.

Figura 3-204 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Encanto (APM01)

APM02 - Açude Bonito II

O ponto APM02 situa-se no Açude Bonito II, no município de São Miguel. Nesta campanha, a

salinidade medida foi de 0,259‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (58, ver Figura

3-205), devido as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais, fósforo e nitrogênio

(total e amoniacal). Nesta campanha, a concentração de todos os metais traços analisados foram

inferiores ao VLPs. A densidade de cianobactérias na água do açude nesta campanha foi de 14.154

cél/mL, abaixo de ambos os VLPs, com predominância das espécies Planktotrix agardhii (potencial

produtora de cianotoxinas) e Chroococcus minutus. O IET resultou “Eutrófico”, sendo que a

concentração de clorofila ‘a’ foi inferior ao VLP, igual a 0,4 µg/L (ver Tabela 3-22).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio”, mas próximo a “Bom”. O IQAc foi “Muito Ruim” em três

campanhas, onde foram observadas concentrações elevadas de cobre, cromo, cádmio e níquel.

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (próximo a

Supereutrófico, ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade

média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 242.171 cél./mL, com predominância

das espécies Planktotrix agardhii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em

concentrações geralmente acima dos VLPs em várias campanhas (ver Figura 3-2).

2.000

20.000

200.000

2.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM01 - Açude Encanto

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (487.584 cél./mL)

SD

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179

Figura 3-205– Histórico da qualidade da água no Açude Bonito II (APM02)

Figura 3-206– Histórico do IET da água no Açude Bonito II (APM02)

Figura 3-207– Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Bonito II (APM02)

0

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set-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM02 - Açude Bonito IIIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 SD 0 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

set-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM02 - Açude Bonito IIIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

100

1.000

10.000

100.000

1.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM02 - Açude Bonito II

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (242.171 cél./mL)

ND

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180

APM03 - Açude Jesus, Maria, José

O ponto APM03 situa-se no Açude Jesus, Maria, José, no município de Tenente Ananias. Nesta

campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e

Tabela 3-22).

Figura 3-208 – Histórico da qualidade da água no Açude Jesus, Maria, José (APM03)

(SD: Sem dado)

Figura 3-209 – Histórico do IET da água no Açude Jesus, Maria, José (APM03)

(SD: Sem dado)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio resultou

na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em duas campanhas, devido ao

excesso de cobre e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, fósforo, coliformes termotolerantes e

nitrogênio, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do

0

10

20

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100

IQA

/IQ

Ac

APM03 - Açude Jesus, Maria, JoséIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 SD SD SD 0 SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

IET

APM03 - Açude Jesus, Maria, JoséIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD SD

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181

reservatório. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (próximo a

Supereutrófico) (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude.

APM04 - Açude Flechas

O ponto APM04 situa-se no Açude Flechas, no município de José da Penha. Nesta campanha, a

salinidade medida foi 1,273‰ (água salobra). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (ambos iguais a

37), com concentração elevadíssima de nitrogênio total, e amoniacal, DBO, fósforo, sólidos totais e

turbidez (ver Figura 3-210) e elevado pH. O IET resultou “Hipereutrófico” (69) onde a

concentração de clorofila ‘a’ foi elevada (19,2 µg/L), abaixo do VLP (ver Tabela 3-22). Nesta

campanha, a concentração de todos os metais traços analisados foram inferiores aos VLPs. O

resultado da densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela laboratório responsável.

Figura 3-210 – Histórico da qualidade da água no Açude Flechas (APM04)

Figura 3-211 – Histórico do IET da água no Açude Flechas (APM04)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, e o IQAc, por sua vez, foi “Muito

Ruim” em quase todas as campanhas, devido ao excesso de cobre, cromo e níquel na água. Quanto

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out-08 jul-09 nov-09ago-10 jun-11 nov-11mai-12out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM04 - Açude FlechasIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD 0 0 0 0 0

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40

50

60

70

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out-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM04 - Açude Flechas IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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182

ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando

elevado grau de eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste

ponto foram as concentrações elevadas de DBO e fósforo, devido provavelmente ao lançamento de

efluentes provenientes de usos urbanos (José da Penha) e agropastoris que ocorrem na bacia a

montante do reservatório.

APM05 – Açude Público de Pau dos Ferros

O ponto APM05 situa-se no Açude Público de Pau dos Ferros, no município de Pau dos Ferros.

Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura

3-208 e Tabela 3-22).

Figura 3-212 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Pau dos Ferros (APM05)

Figura 3-213 – Histórico do IET da água no Açude Público de Pau dos Ferros (APM05)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi

“Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e mercúrio na água.

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out-08 jul-09 nov-09ago-10jun-11 nov-11mai-12set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM05 - Açude de Pau dos FerrosIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

0 0 SD SD SD SD 0 SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM05 - Açude de Pau dos FerrosIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SDSD

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183

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2),

indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os

anos de 2008 e 2016 foi de 717.422 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis

raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em concentrações acima

dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em várias campanhas

(ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris

que ocorrem na bacia, a montante do reservatório.

Figura 3-214 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Público de Pau dos

Ferros (APM05) (SD-Sem dado; ND-Não detectado)

APM06 – Açude Público de Pilões

O ponto APM06 situa-se no Açude Público de Pilões, no município de Pilões. Nesta campanha, não

foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).

Figura 3-215 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Pilões (APM06)

2.000

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200.000

2.000.000

De

ns.

cia

no

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téri

as (c

él./

mL)

APM05 - Açude de Pau dos Ferros

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (717.422 cél./mL)

SD ND SD SD

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90

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out-08 jul-09 nov-09ago-10 jun-11 nov-11mai-12 set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM06 - Açude de PilõesIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD 0 0 0 0 0 0 0 SD SD SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Page 186: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

184

Figura 3-216 – Histórico do IET da água no Açude Público de Pilões (APM06)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio resultou

na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao

excesso de cobre, níquel e mercúrio na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de

DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na

bacia, a montante do reservatório.

APM07 – Açude Público de Marcelino Vieira

O ponto APM07 situa-se no Açude Público de Marcelino Vieira, no município de Marcelino Vieira.

Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura

3-208 e Tabela 3-22).

Figura 3-217 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Marcelino Vieira (APM07)

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out-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM06 - Açude de PilõesIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD

0

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90

100

IQA

/IQ

Ac

APM07 - Açude de Marcelino VieiraIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 SD 0 0 SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Page 187: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

185

Figura 3-218 – Histórico do IET da água no Açude Público de Marcelino Vieira (APM07)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi

“Muito Ruim” em três campanhas, devido ao excesso de cobre e níquel. Quanto ao histórico do

IET, a média para este ponto resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau

de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi

de 1.677.748 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii (potencial

produtora de cianotoxinas), Planktolyngbya limnetica e Planktolyngbya minor em concentrações

acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em todas as

campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris

que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

Figura 3-219 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Público de Marcelino

Vieira (APM07)

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30

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out-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 set-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM07 - Açude de Marcelino VieiraIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

10.000

100.000

1.000.000

10.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM07 - Açude de Marcelino Vieira

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (1.677.748 cél./mL)

SD SD SD

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186

APM09 – Açude de Lucrécia

O ponto APM09 situa-se no Açude de Lucrécia, no município de Lucrécia. Nesta campanha, não foi

realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).

Figura 3-220 – Histórico da qualidade da água no Açude de Lucrécia (APM09)

Figura 3-221 – Histórico do IET da água no Açude de Lucrécia (APM09)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto resultou entre “Médio” e “Bom” em todas as campanhas anteriores

(exceto uma, de Março de 2015,em que resultou “Ruim”), enquanto o IQAc, por sua vez, foi

“Muito Ruim” em duas campanhas avaliadas, devido ao excesso de cobre, chumbo e níquel na

água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Supereutrófico (ver Figura

3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias

entre os anos de 2008 e 2016 foi de 995.719 cél./mL, com predominância das espécies

Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), Planktolyngbya sp e

Planktolyngbya minor em concentrações acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e

Resolução CONAMA 357/2005 em todas as campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais

0

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IQA

/IQ

Ac

APM09 - Açude de LucréciaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

SD SD SD 0 0 SDSD SDSD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

IET

APM09 - Açude de LucréciaIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SDSD

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187

reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO,

nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante

do reservatório.

Figura 3-222 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude de Lucrécia (APM09)

APM10 – Açude Rodeador

O ponto APM10 situa-se no Açude Rodeador, no município de Umarizal. Nesta campanha, a

salinidade medida foi 0,330‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (37, ver Figura

3-220), devido às concentrações muito elevadas de nitrogênio, fósforo, DBO, pH, turbidez e sólidos

totais (acima dos VLPs). O IET resultou “Supereutrófico”. A densidade de cianobactérias

(4.647.060 cél./mL) foi muito superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000

cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Aphanizomenon

gracile (potencial produtora de toxinas), Aphanocapsa incerta, Merismopedia tenuissima,

Aphanocapsa elachista, (estas, não produtoras de toxinas), e presença, em menor percentual, de

outras potenciais produtoras de cianotoxinas, como Cilindrospermopsis raborskii. A concentração

de clorofila ‘a’ resultou em 1,2 µg/L, abaixo do VLP. Nesta campanha, a concentração de todos os

metais traços analisados foram inferiores aos limites de determinação analíticos. (ver Tabela 3-22).

Figura 3-223 – Histórico da qualidade da água no Açude Rodeador (APM10)

10.000

100.000

1.000.000

10.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM09 - Açude de Lucrécia

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (995.719 cél./mL)

SD SD

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out-08 jul-09 dez-09ago-10jun-11 nov-11mai-12out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM10 - Açude RodeadorIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 SD 0 SD 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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188

Figura 3-224 – Histórico do IET da água no Açude Rodeador (APM10)

Figura 3-225 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Rodeador (APM10)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto foi “Bom” em todas as campanhas (exceto as três últimas). O

IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas em que pôde ser calculado, devido ao

excesso de cobre, chumbo e níquel na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude. A

densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de 632.030 cél./mL, com

predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii, Sphaerocavum brasiliense,

Aphanizomenon gracile (potenciais produtoras de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor em

concentrações acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em

todas as campanhas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos

agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

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out-08 jul-09 dez-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM10 - Açude Rodeador IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

1.000

10.000

100.000

1.000.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM10 - Açude Rodeador

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (632.030 cél./mL)

SD SD SD SD SD

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189

APM11 – Açude do Brejo

O ponto APM11 situa-se no Açude do Brejo, no município de Olho D’água do Borges. Nesta

campanha, não houve coleta para que fosse possível realizar a completa caracterização do mesmo

(ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em quase todas as

campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e mercúrio. Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização

neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo, sólidos e coliformes termotolerantes, devido

provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante e às margens do reservatório.

Figura 3-226 – Histórico da qualidade da água no Açude do Brejo (APM11)

Figura 3-227 – Histórico do IET da água no Açude do Brejo (APM11)

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out-08 jul-09 dez-09ago-10jun-11 nov-11mai-12out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

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APM11 - Açude do BrejoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 0 0 0 0 SDSD SDSD SDSD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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50

60

70

80

out-08 jul-09 dez-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM11 - Açude do Brejo IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD

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190

APM12 – Açude Malhada Vermelha

O ponto APM12 situa-se no Açude Malhada Vermelha, no município de Severiano Melo, a jusante

da área urbana. Nesta campanha, não houve coleta para que fosse possível realizar a completa

caracterização do mesmo (ver Figura 3-208 , Figura 3-208 e Tabela 3-22).

Figura 3-228 – Histórico da qualidade da água no Açude Malhada Vermelha (APM12)

Figura 3-229 – Histórico do IET da água no Açude Malhada Vermelha (APM12)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas,

devido ao excesso de cobre, chumbo e níquel. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude.

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de

sólidos, nitrogênio, fósforo e DBO, devido provavelmente ao lançamento de efluentes oriundos da

área urbana de Severiano Melo, além de usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante e às

margens do reservatório.

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out-08 jul-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11mai-12out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM12 - Açude Malhada VermelhaIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 SD 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM12 - Açude Malhada VermelhaIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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191

APM13 – Açude Passagem

O ponto APM13 situa-se no Açude Passagem, no município de Rodolfo Fernandes, a cerca de 3 km

a montante da sede municipal de Itaú. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,401‰ (água

doce). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (48, próximo a “Médio”, ver Figura 3-230), devido às

concentrações relativamente elevadas de nitrogênio, fósforo, DBO, sólidos totais, além do elevado

pH (acima do VLP). O IET resultou “Hipereutrófico”. A concentração de clorofila ‘a’ resultou em

64,1 µg/L, muito superior ao VLP. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, valor inferior ao VLP

(ver Tabela 3-22).

Figura 3-230 – Histórico da qualidade da água no Açude Passagem (APM13)

Figura 3-231 – Histórico do IET da água no Açude Passagem (APM13)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (resultando “Ruim” apenas nas três

últimas campanhas), enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em três das nove campanhas

em que foi calculado, devido aos excessos de cobre, chumbo e níquel. Quanto ao histórico do IET, a

média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de

eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

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IQA

/IQ

Ac

APM13 - Açude PassagemIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 SD 0 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jul-09 nov-09 jul-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM13 - Açude Passagem IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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192

concentrações elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e coliformes termotolerantes, devido

provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

APM14 – Açude Morcego

O ponto APM14 situa-se no Açude Morcego, no município de Campo Grande (antigo Augusto

Severo). Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,731‰ (água salobra). O IQA resultou “Médio”

(53, ver Figura 3-232), devido à concentração relativamente elevada de nitrogênio, fósforo, DBO,

turbidez (acima dos VLPs) e sólidos totais. O IET resultou “Hipereutrófico”, onde a concentração

de clorofila ‘a’ resultou 152,9 µg/L, muito superior ao VLP. Quanto a série de metais traços na água

do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto

chumbo, este superior ao VLP (ver Tabela 3-22), o que anulou o IT e consequentemente o IQAc

(IQAc = 0). O resultado da densidade de cianobactérias neste açude não foi fornecido pela

laboratório responsável.

Figura 3-232 – Histórico da qualidade da água no Açude Morcego (APM14)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto foi “Bom” em todas as campanhas (exceto as três últimas). O

IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas (incluindo a atual), devido aos excessos

de cobre, chumbo, níquel e cádmio. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou

em Mesotrófico, mas próximo a Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização

neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris

que ocorrem na bacia a montante e às margens do reservatório.

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APM14 -Açude MorcegoIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 0 0 0 0 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Page 195: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de ......COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor

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Figura 3-233 – Histórico do IET da água no Açude Morcego (APM14)

APM15 – Açude Santo Antônio

O ponto APM15 situa-se no Açude Santo Antônio, no município de Caraúbas. Nesta campanha, não

houve coleta para que fosse possível realizar a completa caracterização do mesmo (ver Figura

3-208, Figura 3-208 e Tabela 3-22).

Figura 3-234 – Histórico da qualidade da água no Açude Santo Antônio (APM15)

(SD: Sem dado)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio” (muito próximo de “Bom”). O IQAc, por sua vez, foi “Muito

Ruim” em várias campanhas em que pôde ser calculado, devido ao excesso de cobre, cromo e

mercúrio. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (próximo a

Eutrófico, ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste açude. Em geral, o que mais

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out-08 jul-09 nov-09 ago-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 nov-16

IET

APM14 - Açude MorcegoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

0

10

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50

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80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM15 - Açude Santo AntônioIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 0 0 0 0 SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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194

reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de coliformes

termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que

ocorrem na bacia a montante do reservatório.

Figura 3-235 – Histórico do IET da água no Açude Santo Antônio (APM15)

(SD: Sem dado)

APM16 – Açude Apanha Peixe

O ponto APM16 situa-se no Açude Apanha-Peixe, no município de Caraúbas. Nesta campanha, não

houve coleta de amostra para este ponto (ver Figura 3-236, Figura 3-236 e Tabela 3-22).

Figura 3-236 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas

em que pôde ser calculado, devido ao excesso de cobre, chumbo, cromo, mercúrio e eventualmente

níquel (sendo classificado como “Ruim” na única campanha em que foi mensurado). Quanto ao

histórico do IET, a média para este ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado

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out-08 jul-09 dez-09 ago-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM15 - Açude Santo AntônioIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD

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IQA

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APM16 - Açude Apanha PeixeIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD SD SD SD 0 0 0 0 0 SD SD SD SD SD SD SD SD

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195

grau de eutrofização neste açude. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

foram os valores elevados de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio, fósforo e turbidez

devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

Figura 3-237 – Histórico do IET da água no Açude Apanha Peixe (APM16)

APM17–Barragem de Santa Cruz

O ponto APM17 situa-se na Barragem de Santa Cruz, no município de Apodi. O reservatório da

Barragem de Santa Cruz é o segundo maior do estado, com capacidade de acumulação de 600

milhões de metros cúbicos. Nesta campanha, a salinidade foi de 0,165‰ (água doce). O IQA e o

IQAc resultaram “Médio” (61, ver Figura 3-238), devido aos elevados valores de DBO, pH,

nitrogênio, fósforo e sólidos totais. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os

parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto zinco, mas

inferior ao VLP.

Figura 3-238 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi (APM17)

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IET

APM16 - Açude Apanha Peixe IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD SD

0

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100

IQA

/IQ

Ac

APM17 - Barragem de Santa CruzIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD 0 0

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196

Observa-se, contudo, com base nestes parâmetros, que a qualidade da água na barragem está

comprometida, embora alguns parâmetros atendam aos respectivos VLPs. O IET resultou

“Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias resultou 42.630 cel./mL, e as concentrações de

coliformes termotolerantes e de clorofila ‘a’ na água foram baixas, o que atesta sua qualidade

microbiológica (ver Tabela 3-22).

Figura 3-239 – Histórico do IET da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi (APM17)

Figura 3-240 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Barragem de Santa Cruz, em

Apodi (APM17)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio”, mas próximo a “Bom”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim”

em algumas campanhas em que foi calculado, devido aos excessos de cobre, chumbo e níquel.

Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2),

indicando médio grau de eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os

anos de 2008 e 2016 foi de 68.268 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis

raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) em concentrações acima dos VLPs da Portaria MS

nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em algumas campanhas (ver Figura 3-2). Em

geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jun-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM17 - Barragem de Santa CruzIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

500

5.000

50.000

500.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM17 - Barragem de Santa Cruz

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (68.268 cél./mL)

SD ND ND ND ND

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197

elevadas de DBO, fósforo e nitrogênio, devido a usos agropastoris (agricultura, pecuária,

piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório, o que demanda um controle mais

efetivo por parte do poder público.

APM23 – Açude Riacho da Cruz II

O ponto APM23 situa-se no Açude Riacho da Cruz II, no município de Riacho da Cruz. Nesta

campanha, a salinidade medida foi 0,636‰ (água salobra). O IQA e o IQAc resultaram “Médio”

(51, ver Figura 3-241), bastante prejudicado pela concentração de fósforo, nitrogênio, turbidez, e

DBO (acima dos VLPs) e de sólidos totais (ver Tabela 3-22). A densidade de cianobactérias foi

muito elevada (28.659.072 cél./mL), superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000

cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância das espécies Planktotrix

agardhii, Cilindrospermopsis raciborskii (ambas potenciais produtoras de toxinas),

Pseudoanabaena galeata e Planktolyngbya minor (não produtoras de cianotoxinas). A concentração

de clorofila ‘a’ foi muito elevada, 83,3 µg/L, muito superior ao VLP, o que resultou em IET

“Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, inferior aos VLPs.

Figura 3-241 – Histórico da qualidade da água no Açude Riacho da Cruz II (APM23)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” apenas na campanha

anterior), enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em apenas duas campanhas, devido aos

excessos de cobre, cromo, zinco e níquel, e “Bom” em outras três campanhas. Quanto ao histórico

do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de

eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de

2.174.069 cél./mL, com predominância das espécies Cylindrospermopsis raciborskii, Planktotrix

agardhii, Aphanizomenon gracile (potenciais produtoras de cianotoxinas), Merismopedia

tenuissima e Planktolyngbya minor (não produtoras de cianotoxinas) em concentrações acima dos

VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 e Resolução CONAMA 357/2005 em seis das quatorze

campanhas analisadas (ver Figura 3-2). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM23 - Açude Riacho da CruzIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD SD SD SD 0 SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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198

foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos

agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

Figura 3-242 – Histórico do IET da água no Açude Riacho da Cruz II (APM23)

Figura 3-243 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água no Açude Riacho da Cruz II

(APM23)

APM24– Barragem de Umari

O ponto APM24 situa-se na Barragem de Umari, no município de Upanema. O reservatório da

Barragem de Umari é o terceiro maior do estado, com capacidade de acumulação de 300 milhões de

metros cúbicos. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,118‰ (água doce). O IQA e o IQAc

resultaram em “Médio” (próximo a “Bom”, iguais a 70, ver Figura 3-241), com concentração

elevada de nitrogênio e DBO. O IET resultou “Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias foi

elevada (409.678 cél./mL), superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL)

e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Leptolyngbia sp.,

Aphanocapsa delicatissima, Merismopedia punctacta e Snowela lacustris (não produtoras de

20

30

40

50

60

70

80

nov-08 jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 set-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM23 - Açude Riacho da CruzIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

30

300

3000

30000

300000

3000000

30000000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM23 - Açude Riacho da Cruz

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 518/2004 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (2.174.069 cél./mL)

SD SD

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199

cianotoxinas). Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram

valores abaixo do limite de detecção do método, ou abaixo do VLP. A concentração de clorofila ‘a’

resultou baixa nesta campanha, inferior ao limite de detecção e ao VLP (ver Tabela 3-22).

Figura 3-244 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Umari, em Upanema (APM24)

Figura 3-245 – Histórico do IET da água na Barragem de Umari, em Upanema (APM24)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Bom”. O IQAc, por sua vez, foi “Bom” em apenas quatro campanhas, nas

demais mostrou-se “Médio” ou “Muito Ruim” ou não foi calculado. Quanto ao histórico do IET, a

média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-2), indicando médio grau de

eutrofização neste açude. A densidade média de cianobactérias entre os anos de 2008 e 2016 foi de

50.552 cél./mL, com predominância das espécies Aphanocapsa delicatissima, Merismopedia

tenuissima e Planktolyngbya minor (não produtoras de cianotoxinas) em concentrações raramente

acima dos VLPs da Portaria MS nº 2.914/2011 em nove das vinte campanhas (ver Figura 3-2). Em

0

10

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30

40

50

60

70

80

90

100

nov-08 jun-09 dez-09 jul-10 mai-11 dez-11 jun-12 out-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM24 - Açude Barragem de UmariIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD 0 SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

IET

APM24 - Açude Barragem de UmariIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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200

geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO,

nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris (agricultura, pecuária,

piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório.

Figura 3-246 – Histórico da Densidade de Cianobactérias da água na Barragem de Umari, em

Upanema (APM24)

APM27 – Açude Tourão - Patu

O ponto APM27 situa-se no Açude Tourão, no município de Patu. Nesta campanha, não houve

coleta de amostra para este ponto (ver Figura 3-236, Figura 3-236 e Tabela 3-22).

Figura 3-247 – Histórico da qualidade da água no Açude Tourão (APM27)

200

2.000

20.000

200.000

De

ns.

cia

no

bac

téri

as (c

él./

mL)

APM24 - Açude Barragem de Umari

Res. CONAMA 357/2005 (50 .000 cél/mL)

Portaria MS 518/2004 (20.000 cél./mL)

Densidade Média (50.552 cél./mL)

SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM27 - Açude de Tourão - PatuIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD 0 SD 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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201

Figura 3-248 – Histórico do IET da água no Açude Tourão (APM27)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” apenas na campanha

anterior), enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em algumas campanhas, devido ao

excesso de cobre, chumbo e níquel, e “Médio” nas demais em que foi calculado (com exceção da

anterior, onde resultou também “Ruim”). Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Supereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste açude.

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente

elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos totais, devido provavelmente aos usos agropastoris

(agricultura, pecuária, piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório.

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos reservatórios analisados da bacia do Rio Apodi-Mossoró. Pela figura, é possível

observar que os pontos monitorados apresentam qualidade entre Ruim e Boa, onde pontos como os

APM04 e APM10 apresentaram qualidade ruim, com situação mais crítica. E quanto aos estados

tróficos dos reservatórios, estes variaram entre mesotróficos à hipereutróficos, e que, com exceção

dos pontos APM01, APM17 e APM24, todos os demais apresentaram estados de trofia bastante

críticos. Desta forma, pode-se afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com

qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da

bacia do Rio Apodi-Mossoró, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

20

30

40

50

60

70

80

jul-09 nov-09 ago-10 jun-11 nov-11 mai-12 out-12 jul-14 jan-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM27 - Açude de Tourão - PatuIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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202

Figura 3-249 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos reservatórios da Bacia do Rio Apodi-Mossoró

(SD-Sem dado)

0

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30

40

50

60

70

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90

100

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Hipereutrófico

Supereutrófico

Eutrófico

Mesotrófico

Oligotrófico

Ultraoligotrófico

SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD SDSDSD

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203

3.3.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró

Na Tabela 3-23 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos

índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos rios da bacia hidrográfica do Rio Apodi-

Mossoró. Como os rios situados no semiárido sofrem intensa influência das chuvas e

frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os resultados

referentes às amostragens em rios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs –

para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as

amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.

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204

Tabela 3-23 – Qualidade da água nos rios da Bacia do Apodi-Mossoró

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ambientes lóticos.

PARÂMETRO

APM18 - Rio

Apodi/Mossoró -

Felipe Guerra

APM19 - Rio

Apodi/Mossoró -

Gov. Dix-Sept

Rosado

APM20 - Rio

Apodi/Mossoró -

Barragem do

Genésio

APM21 - Rio

Apodi/Mossoró -

Passagem de Pedra

APM25 - Rio do

Carmo - Upanema

APM26 - Rio do

Carmo - Fazenda

Angicos

APM30 -Rio do

Carmo - Ponte BR-

110

VLP**

Temperatura da amostra (oC) - 30,0 29,0 28,0 - - -

pH - 9,1 8,5 8,7 - - - 6,0 a 9,0

OD (mg/L) - 9,8 4,1 2,3 - - - ≥ 5,0

DBO (mg/L) - 10,7 12,6 14,4 - - - ≤ 5,0

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)- 34 16 26 - - - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - 22,195 4,413 8,538 - - - -

Fósforo Total (mg P/L) - 0,625 5,667 2,291 - - - 0,1

Sólidos Totais (mg/L) - 678,0 3190,0 2262,0 - - - -

Turbidez (UNT) - 3,3 160,0 217,0 - - - ≤ 100

IQA * 52 37 33 * * * -

Qualidade * Médio Ruim Ruim * * * -

Cobre dissolvido (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,009

Chumbo Total (mg/L) - < LD < LD 0,010 - - - ≤ 0,01

Cromo Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,05

Cádmio Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,001

Zinco Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,18

Níquel Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,025

Mercúrio Total (mg/L) - < LD < LD < LD - - - ≤ 0,0002

Índice (IT) * 1 1 1 * * * -

IQAc * 52 37 33 * * * -

Qualidade * Médio Ruim Ruim * * * -

IET * 49 88 52 * * * -

Categoria * Oligotrófico Hipereutrófico Oligotrófico * * * -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) - - - - - - - -

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) - < LD 247,7 < LD - - - ≤ 30

Salinidade (‰) - 0,259 1,862 1,579 - - - < 0,5

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - 0,137 0,352 1,294 - - -(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -

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205

APM18 – Rio Apodi Mossoró - Felipe Guerra

O ponto APM18 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Felipe Guerra, em um trecho

perenizado do rio, a jusante da Barragem de Santa Cruz do Apodi. Nesta campanha, não houve

coleta de amostra para este ponto (ver Figura 3-250, Figura 3-251 e Tabela 3-23).

Figura 3-250 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Felipe Guerra (APM18)

Figura 3-251 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Felipe Guerra (APM18)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi

“Muito Ruim” em seis das dez campanhas em que foi calculado, devido ao excesso de cobre,

cromo, mercúrio e níquel (nesta campanha, isso não ocorreu). Quanto ao histórico do IET, a média

para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura 3-251), indicando médio grau de eutrofização

neste rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido

provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes nas áreas

urbanas de Apodi e Felipe Guerra (esgotos, drenagem etc.).

0

10

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30

40

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90

100

out-08 jun-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16

IQA

/IQ

Ac

APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe Guerra

IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD 0 0 SD 0 SD SD SD SD 0 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jun-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 ago-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16

IET

APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe GuerraIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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206

APM19 – Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado

O ponto APM19 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Governador Dix-Sept Rosado,

a jusante da área urbana. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,259‰ (água doce). O IQA e

o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (52, ver Figura 3-252), comprometido pela elevada

concentração de nitrogênio, fósforo, pH, DBO e sólidos. O IET resultou “Oligotrófico” com a

concentração de clorofila ‘a’ inferior ao limite de detecção. Quanto a série de metais traços na água

do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método (ver

Tabela 3-23).

Figura 3-252 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Gov. Dix-Sept Rosado

(APM19)

Figura 3-253 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Gov. Dix-Sept Rosado (APM19)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto que o IQAc, por sua vez,

foi “Muito Ruim” em três campanhas, devido ao excesso de cobre, chumbo, níquel e cromo na

água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em Mesotrófico (ver Figura

3-2), indicando médio grau de eutrofização neste rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do

0

10

20

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40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept RosadoIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

SD SD SD 0 SD SD SD 0 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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30

40

50

60

70

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out-08 jun-09 dez-09 jul-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept RosadoIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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207

IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio e sólidos

totais, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de

efluentes nas áreas urbanas a montante deste ponto (esgotos, drenagem etc.).

APM20 – Rio Apodi Mossoró - Barragem do Genésio, em Mossoró

O ponto APM20 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Mossoró, a montante da área

urbana, no local denominado Barragem do Genésio. Nesta campanha, a salinidade medida foi de

1,862‰ (água salobra). O IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Ruim” (37, ver Figura 3-254),

com elevadas concentrações de sólidos totais, nitrogênio (total e amoniacal), fósforo, DBO, e baixo

OD. O IET resultou “Hipereutrófico” devido a elevada concentração de clorofila ‘a’, igual a 247,7

µg/L, muito superior ao VLP. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros

apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, inferiores aos VLPs (ver Tabela

3-23).

Figura 3-254 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Barragem do Genésio,

Mossoró (APM20)

Figura 3-255 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Barragem do Genésio, Mossoró

(APM20)

0

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40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do GenésioIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

SD SD SD 0 SD SD SD SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

out-08 jun-09 dez-09 jul-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 ago-15 abr-16 set-16

IET

APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do GenésioIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

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208

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom” (“Ruim” apenas nesta campanha),

enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em duas campanhas, devido aos excessos de

cobre, níquel e cromo na água, e oscilou entre “Ruim” e “Bom” nas demais. Quanto ao histórico do

IET, a média para este ponto resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de

eutrofização neste ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram

as concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos totais,

devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes

nas áreas urbanas a montante deste ponto (esgotos, drenagem etc.) e à condição atual da bacia, com

pouca vegetação e solo desprotegido.

APM21 – Rio Apodi Mossoró- Passagem de pedra, Mossoró

O ponto APM21 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Mossoró, a jusante da área

urbana, no local denominado Passagem de Pedra. Nesta campanha, a salinidade medida foi de

1,579‰ (água salobra). O IQA e o IQAc resultaram “Ruim” (33 para ambos, ver Figura 3-254),

devido as elevadas concentrações de DBO, turbidez, fósforo e nitrogênio (total e amoniacal) acima

dos VLPs, além de sólidos totais. O IET resultou “Oligotrófico” com baixa concentração de

clorofila ‘a’, inferior ao limite de detecção. Em relação ao ponto APM20, que fica a montante da

área urbana, é patente a perda de qualidade da água no rio no trecho em que este atravessa a área

urbana de Mossoró, em consequência dos múltiplos lançamentos de esgotos (além das águas da

drenagem urbana e outros efluentes) (ver Tabela 3-23).

Figura 3-256 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Passagem de Pedra,

Mossoró (APM21)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio”, mas próximo a “Ruim”. O IQAc, por sua vez, foi “Médio” ou

“Ruim” em quatro das desesseis campanhas, sendo que não foi calculado nas demais (devido a falta

de dados), ou resultou nulo. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevadíssimo grau de eutrofização neste ponto do rio.

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de

0

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50

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70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de PedraIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD SD SD SD SD 0 0 0 SD 0 SD 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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209

coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos totais, devido aos lançamentos de

efluentes (esgotos, drenagem etc.) na área urbana do Mossoró.

Figura 3-257 – Histórico do IET da água no Rio Apodi-Mossoró, Passagem de Pedra, Mossoró

(APM21)

APM25 – Rio do Carmo - Upanema

O ponto APM25 localiza-se no Rio do Carmo, no município de Upanema, a jusante da Barragem

Umari, em local próximo à área urbana de Upanema. Nesta campanha, não houve coleta de amostra

para este ponto (ver Figura 3-258, Figura 3-259 e Tabela 3-23).

Figura 3-258 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, Upanema (APM25)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” enquanto que o IQAc resultou

“Muito Ruim” em quatro das dez campanhas em que foi calculado, devido ao excesso de cobre,

chumbo, cromo, níquel e mercúrio na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

20

30

40

50

60

70

80IE

T

APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de PedraIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM25 - Rio do Carmo - UpanemaIQAIQAcMédia IQAMédia IQAc

0 SD SD 0 0 SD 0 0 SD SD

Excelente (≥ 90)Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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210

resultou em Oligotrófico (ver Figura 3-2), indicando baixo grau de eutrofização neste ponto do rio.

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente

elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos

agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes na área urbana de Upanema

(esgotos, drenagem etc.).

Figura 3-259 – Histórico do IET da água no Rio do Carmo, Upanema (APM25)

APM26 – Rio do Carmo - Fazenda Angicos

O ponto APM26 localiza-se no Rio do Carmo, no município de Mossoró, a montante da área urbana

da cidade, sob uma ponte da BR-304. Nesta campanha, não havia água no trecho para amostragem,

de maneira que não foi avaliado a qualidade deste ponto (ver Figura 3-260, Figura 3-260 e Tabela

3-23).

Figura 3-260 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, Fazenda Angicos (APM26)

20

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nov-08 jul-09 dez-09 jul-10 mai-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 mar-15 jul-15 abr-16 set-16

IET

APM25- Rio do Carmo - UpanemaIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM26 - Rio do Carmo - Fazenda AngicosIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

SD SD 0 0 SD SD SD SD 0 SD SD SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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211

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto que o IQAc, por

sua vez, foi “Muito Ruim” em quatro das onze campanhas anteriores, devido ao excesso de cobre,

chumbo, cromo e níquel na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto resultou em

Mesotrófico (próximo a Eutrófico) (ver Figura 3-2), indicando médio grau de eutrofização neste

ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO, devido provavelmente aos usos

agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto. No entanto, esta foi a segunda vez que

não havia água para a coleta de amostras para análise pelo Projeto Água Azul.

Figura 3-261 – Histórico do IET da água no Rio do Carmo, Fazenda Angicos (APM26)

APM30 -Rio do Carmo - Ponte BR-110

O ponto APM30 situa-se no Rio do Carmo, sob a Ponte da BR-110. Nesta campanha, não havia

água no trecho para amostragem, de maneira que não foi avaliado a qualidade deste ponto (ver

Figura 3-262, Figura 3-262 e Tabela 3-23).

Figura 3-262 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, BR-110 (APM30)

20

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40

50

60

70

80

nov-08 jun-09 dez-09 jul-10 jun-11 dez-11 mai-12 out-12 jul-14 ago-15 abr-16 set-16

IET

APM26 - Rio do Carmo - Fazenda AngicosIET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SDSD

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM30 -Rio do Carmo - Ponte BR-110IQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 0 SD 0 SD 0 0 SD 0 SD SD SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

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212

Figura 3-263 – Histórico do IET da água no Rio do Carmo, BR-110 (APM30)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA

resultou na classificação “Médio” (mas, próximo a “Ruim”). O IQAc, por sua vez, foi “Muito

Ruim” em todas as campanhas em que foi calculado (exceto em quatro), devido ao excesso de

cobre, cromo, níquel e mercúrio na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este ponto

resultou em Hipereutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevadíssimo grau de eutrofização neste

ponto do rio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de DBO, fósforo, turbidez e sólidos totais. É notável a perda da qualidade

deste ponto em específico.

3.3.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró

Na Tabela 3-24 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos

índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água do estuário da bacia hidrográfica do Rio Apodi-

Mossoró (apenas um ponto de coleta). Como os estuários sofrem intensa influência do oceano,

todos os resultados referentes às amostragens em rios são comparados com os Valores Limites

Permitidos – VLPs – para águas salobras e salinas, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005,

mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade inferior a 0,5‰ (água doce).

20

30

40

50

60

70

80

IET

APM30 - Rio do Carmo - Ponte BR-110 IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD SD SD

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213

Tabela 3-24 – Qualidade da água no estuário do Rio Apodi-Mossoró

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

APM22 – Estuário do Rio Apodi Mossoró - Areia Branca

O ponto APM22, estuário do Rio Apodi-Mossoró, localiza-se no município de Areia Branca. Nesta

campanha, a salinidade medida no estuário foi de 58,940‰ (água salina). O IQA e o IQAc

resultaram “Médio” (52, ver Figura 3-264), devido à elevada concentração de nitrogênio, fósforo,

COT (estranhamente superior a DBO, o que pode ser interpretado como algum erro analítico, o que

já ocorreu em outras campanhas) e sólidos totais elevados, e baixa concentração de OD. O IET

resultou “Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias não foi analisada. A amostra também

apresentou concentração de clorofila ‘a’ abaixo do VLP. Todos os metais traços analisados

apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, abaixo dos VLPs (ver Tabela 3-24).

PARÂMETROAPM22 - Estuário Apodi-

Mossoró – Areia BrancaVLP

**

Temperatura da amostra (oC) 27,4

pH 7,9 6,0 a 9,0

OD (mg/L) 5,7 ≥ 5,0

DBO (mg/L) 4,0 ≤ 5,0

Coliformes Termotolerantes

(NMP/100 mL)281 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 2,944 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,024 0,1

Sólidos Totais (mg/L) 55.224,0 -

Turbidez (UNT) 23,5 ≤ 100

IQA 52 -

Qualidade Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,009

Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01

Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05

Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001

Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18

Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025

Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002

Índice (IT) 1 -

IQAc 52 -

Qualidade Médio -

IET 59 -

Categoria Mesotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000

MS

COT (mg/L) 1.962,8 -

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 1,0 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 8,4 ≤ 30

Salinidade (‰) 58,940 < 0,5

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,241(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta nov-16 -

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214

Figura 3-264 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Apodi-Mossoró, Areia Branca

(APM22)

Figura 3-265 – Histórico do IET da água no Estuário do Rio Apodi-Mossoró, Areia Branca

(APM22)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de

2008 e 2016, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio” (“Bom” em apenas uma

campanha), sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua

vez, foi “Muito Ruim” em oito das dezoito campanhas em que foi calculado, devido ao excesso de

cobre, chumbo, cromo, cádmio e níquel na água. Quanto ao histórico do IET, a média para este

ponto resultou em Eutrófico (ver Figura 3-2), indicando elevado grau de eutrofização neste ponto

estuarino. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, fósforo e sólidos totais.

A Tabela 3-25 apresenta as concentrações de metais traços nos sedimentos dos pontos APM21,

APM22 e APM30 (para este último, não houve coleta de sedimento para analises), onde é possível

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA

/IQ

Ac

APM22 - Rio Apodi/Mossoró – Areia BrancaIQA

IQAc

Média IQA

Média IQAc

0 0 0 SD 0 0 SD SD 0 0 0

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

20

30

40

50

60

70

80

IET

APM22 - Rio Apodi/Mossoró - Areia Branca IET

Média IET

Hipereutrófico (≥ 67)

Eutrófico (59-63)

Supereutrófico (63-67)

Mesotrófico (52-59)

Ultraoligotrófico (< 47)

Oligotrófico (47-52)

SD

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215

observar que os pontos analisados apresentaram valores inferiores ao VLP, e em alguns casos,

inferior aos limites de detecção do método (Resolução CONAMA Nº344/2004).

Tabela 3-25 – Concentrações de metais traços no sedimento dos pontos analisados da Bacia do Rio

Apodi-Mossoró

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

A Figura 3-2 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA,

IQAc e o IET dos rios e/ou trechos de rio e o ponto estuarino analisados da bacia do Rio Apodi-

Mossoró. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade entre

Ruim e Média, e estados tróficos variando entre oligotróficos à hipereutróficos, com atenção

especial para os pontos APM 20 e APM22, cujos estados de trofia apresentaram índices críticos,

devido às elevadas concentração de clorofila ‘a’, e em alguns casos, fósforo. Desta forma, pode-se

afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida,

provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Piranhas-

Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

PARÂMETRO

APM21 - Rio

Apodi/Mossoró -

Passagem de Pedra

APM22 - Rio

Apodi/Mossoró –

Areia Branca

APM30 -Rio do

Carmo - Ponte BR-

110

VLP*

Cobre dissolvido (mg/Kg) < LD < LD - 34

Chumbo Total (mg/Kg) < LD < LD - 46,7

Cromo Total (mg/Kg) 30,50 49,75 - 81

Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD - 1,2

Zinco Total (mg/Kg) 27,25 41,50 - 150

Níquel Total (mg/Kg) < LD < LD - 20,9

Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD - 0,15

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216

Figura 3-266 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos rios e ponto estuarino da Bacia do Rio Apodi-Mossoró

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

APM18 APM19 APM20 APM21 APM22 APM25 APM26 APM30

IQA

/IQ

Ac/

IET

ÍNDICES DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ IQA

IQAc

IETExcelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD SD

Hipereutrófico

Supereutrófico

Eutrófico

Mesotrófico

Oligotrófico

Ultraoligotrófico

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217

4.4 MONITORAMENTO DA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NAS BACIAS

LITORÂNEAS, PIRANHAS-AÇÚ

Os resultados referentes às Bacias Litorâneas e Bacia do Rio Piranhas-Açu em relação a presença

de resíduos de agrotóxicos na água são apresentados a seguir, apenas para alguns rios de maior

relevância, no intuito de facilitar a comparação e a avaliação geral da qualidade da água nos

diferentes corpos hídricos. Assim, neste item são apresentados os resultados referentes à presença

de agrotóxicos em 23 pontos amostrais de 2 bacias hidrográficas monitoradas pelo Programa Água

Azul, sendo 20 rios das Bacias Litorâneas (BOQ01 - Lagoa do Boqueirão; PUN01 – Rio Punaú;

CEA01 - Açude de Poço Branco; CEA02 - em Taipu; CEA03, em Ceará-Mirim; CEA04, em

Extremoz ; DOC03 - Lagoa Extremoz; DOC04 - no Rio Doce; PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem

de Areia – Parnamirim; PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte BR 304, em Parnamirim; PIR04 – Rio

Pitimbu - Ponte velha da BR 101, em Parnamirim; PIR05 – Rio Pitimbu - Ponte trampolim da

Vitória, em Parnamirim; PIR06 – Lagoa do Jiqui, em Parnamirim; POT15 – Rio Jundiaí – BR-226;

JAC01 - açude Japi II, em São José de Campestre; JAC02 - rio Jacu, no Sítio Choar - Espírito

Santo; JAC03-Lagoa das Guaraíras; CUR01 - Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz; CUR02- Rio

Curimataú, Pedro Velho; e CUR04 - o rio Piquiri, na captação da CAERN em Pedro Velho, e 03

rios da Bacia do Piranhas-Açu (PIA29- Rio Piranhas-Açu, Pendências; PIA35- Rio Piranhas-Açu,

DIBA, Alto do Rodrigues; e PIA36- Rio Piranhas-Açu, em Acauã).

Os resultados apresentados foram comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs da

Resolução CONAMA 357/2005, para águas doces, classe 2.

Assim, como é possível ver pela Tabela 4-26, todos os pontos de monitoramento analisados

apresentaram valores inferiores aos respectivos limites de detecção do método/equipamento

utilizado, que foram por sua vez, inferiores aos VLPs. Isso mostra que, a qualidade do pontos

quanto a presença de agrotóxicos é “Excelente”, pois não há presença de nenhum dos compostos

monitorados, inclusive o Glifosato, que é bastante utilisado no Brasil pelo nome comercial

“Roundup”, como herbicida sistêmico pré-plantio.

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Tabela 3-26 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas.

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.

PARÂMETRO

Limite de

Detecção (LD

em µg/l)

BOQ01 - Lagoa

do Boqueirão

PUN01 - Rio

Punaú - Ponte

BR-101

CEA01 -

Açude Poço

Branco

CEA02 – Rio Ceará-

Mirim - Ponte BR

406

CEA03 - Rio

Ceará-Mirim -

Jusante Usina S.

Francisco

CEA04 - Rio

Ceará-Mirim -

Ponte BR-101

VMP*

(µg/l)

2,4,5-T 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

2,4,5-TP 0,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

2,4-D 0,10 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0

Alacloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0

Aldrin+Dieldrin 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Atrazina 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

Carbaril 0,02 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Clordano (Cis+Trans) 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,002 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002

Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1

Dodecacloro pentaciclodecano 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001

Endossulfan (a+b+sulfato 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056

Endrin 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004

Glifosato 5,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0

Glution 0,004 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Hexaclorobenzeno 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065

Lindano (g-BHC) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Malation 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1

Metolacloro 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

Metoxicloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03

Pentaclorofenol 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009

Simazina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

Toxafeno 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Trifluralina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2

Parationa Metílica 1,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

Data da coleta - set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 set-16 -

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Tabela 4-26 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas (continuação)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.

PARÂMETRO

Limite de

Detecção (LD

em µg/l)

DOC03 -

Lagoa de

Extremoz

DOC04 - Rio

Doce -

Gramorezinho -

Natal

CUR04 - Rio

Piquiri - Captação

da CAERN em

Pedro Velho

PIR03 - Rio

Pitimbu - Ponte

BR 304

PIR04 - Rio

Pitimbu - BR-101

PIR05 - Rio

Pitimbu - Ponte

Trampolim da

Vitória

VMP*

(µg/l)

2,4,5-T 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

2,4,5-TP 0,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

2,4-D 0,10 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0

Alacloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0

Aldrin+Dieldrin 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Atrazina 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

Carbaril 0,02 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Clordano (Cis+Trans) 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,002 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002

Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1

Dodecacloro pentaciclodecano 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001

Endossulfan (a+b+sulfato 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056

Endrin 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004

Glifosato 5,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0

Glution 0,004 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Hexaclorobenzeno 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065

Lindano (g-BHC) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Malation 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1

Metolacloro 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

Metoxicloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03

Pentaclorofenol 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009

Simazina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

Toxafeno 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Trifluralina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2

Parationa Metílica 1,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

Data da coleta - set-16 set-16 set-16 out-16 out-16 out-16 -

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Tabela 4-26 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas (continuação)

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.

PARÂMETRO

Limite de

Detecção (LD

em µg/l)

PIR06 - Lagoa do

Jiqui

POT15 – Rio

Jundiaí - BR226 -

Macaíba

JAC03- Lagoa das

Guaraíras

PIA29 - Rio

Piranhas-Açú -

Pendências

PIA35 - DIBA –

Alto do Rodrigues

PIA36 - Rio

Piranhas-Açu -

Acauã

VMP*

(µg/l)

2,4,5-T 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

2,4,5-TP 0,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

2,4-D 0,10 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0

Alacloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0

Aldrin+Dieldrin 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Atrazina 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

Carbaril 0,02 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Clordano (Cis+Trans) 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,002 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002

Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1

Dodecacloro pentaciclodecano 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001

Endossulfan (a+b+sulfato 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056

Endrin 0,00 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004

Glifosato 5,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0

Glution 0,004 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Hexaclorobenzeno 0,005 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065

Lindano (g-BHC) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Malation 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1

Metolacloro 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

Metoxicloro 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03

Pentaclorofenol 0,001 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009

Simazina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0

Toxafeno 0,01 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Trifluralina 0,05 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2

Parationa Metílica 1,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

Data da coleta - out-16 out-16 out-16 nov-16 nov-16 nov-16 -

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4. CONCLUSÕES

A seguir são apresentadas as principais conclusões sobre o monitoramento dos corpos d’água

superficiais pelo Programa Água Azul, no período de Setembro a Novembro de 2016, para as

principais bacias hidrográficas do Estado do Rio Grande do Norte.

BACIAS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN

As coletas das amostras de águas superficiais das Bacias da Região Costeira Leste do RN nesta 5ª

campanha semestral foram realizadas no período de Setembro a Outubro de 2016.

Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão

O único ponto monitorado nesta bacia é a Lagoa do Boqueirão (BOQ01), onde nesta campanha, o

IQA e IQAc resultaram “Bom”, mesmo com a concentração relativamente elevada de nitrogênio e

sólidos. Historicamente, a água na lagoa tem boa qualidade, mas eventualmente apresenta

concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas, devido a atividades

agropastoris que ocorrem em seu entorno.

Bacia Hidrográfica do Rio Punaú

O único ponto monitorado nesta bacia é o Rio Punaú (PUN01), cuja qualidade da água foi “Médio”

(IQA e IQAc) nesta campanha, devido a baixa concentração de OD e elevada concentração de

nitrogênio e fósforo. Historicamente, este ponto apresenta eventualmente concentrações de DBO e

coliformes termotolerantes relativamente elevadas e baixo OD, devido à poluição decorrente dos

usos agropastoris (pecuária, agricultura, etc.) que ocorrem na bacia.

Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape

Esta bacia é monitorada em dois pontos, sendo um no Rio Maxaranguape, em Dom Marcolino

(MAX01) e outro no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02). A qualidade da água nesta

campanha foi classificada pelo IQA e IQAc como “Boa” em MAX01 e “Média” em MAX02,

devido principalmente às concentrações elevadas de coliformes termotolerantes e sólidos totais, em

ambas. O Rio Maxaranguape apresentou elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e

DBO em seus histórico, devido provavelmente a usos agropastoris em sua bacia. Como este rio

deverá se tornar, em um futuro próximo, uma importante fonte de abastecimento para a Região

Metropolitana de Natal, há a necessidade de maior proteção deste manancial.

Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim

Nesta bacia são monitorados o Açude de Poço Branco (CEA01) e três pontos no rio Ceará-Mirim

(CEA02, em Taipu; CEA03, em Ceará-Mirim; e CEA04, em Extremoz). Nesta campanha, a água

nesta bacia foi classificada como de “Média” qualidade nos pontos CEA01 e CEA04, e de

qualidade “Ruim” nos demais pontos. Em geral, os pontos desta bacia apresentaram elevada

concentração de coliformes termotolerantes, baixa concentração de OD, além de sólidos totais. Isto

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é consequência do lançamento dos esgotos não tratados ou tratados precariamente pela cidade.

Historicamente, os pontos monitorados na bacia do rio Ceará-Mirim apresentam geralmente águas

salobras (salinidade > 0,5‰), com concentrações relativamente elevadas de coliformes

termotolerantes e DBO, em virtude dos lançamentos de resíduos agroindustriais (pecuária, usina de

cana-de-açúcar, etc.) e urbanos (esgotos, águas de drenagem urbana etc.) que ocorrem na bacia,

com destaque para os lançamentos de esgotos na cidade de Ceará-Mirim e a intensa ocupação das

áreas de proteção permanente (APPs) às margens do rio, o que requer medidas de controle urgentes

do Poder Público.

Bacia Hidrográfica do Rio Doce

Nesta bacia são monitorados os riachos do Mudo (DOC01) e Guajiru (DOC02), a Lagoa Extremoz

(DOC03) e o Rio Doce (DOC04). Nesta campanha, o IQA e o IQAc apresentaram qualidade “Boa”

(apenas para o ponto DOC03, o único devidamente), em geral, com a qualidade da água

comprometida nos quatro pontos desta bacia, inclusive baixa concentração de OD, principalmente

DOC04. O ponto DOC03 apresentou alta densidade de cianobactérias (111.805 cél./mL), acima de

ambos os VLPs. O histórico do monitoramento, no entanto, indica que há uma redução da qualidade

em todos os pontos da bacia, devido a concentrações elevadas de coliformes termotolerantes, acima

dos valores limite permitidos (VLPs), além da baixa concentração de OD em um dos pontos, exceto

na Lagoa de Extremoz, que é o principal manancial para abastecimento da Zona Norte de Natal. Isto

se deve à poluição difusa (áreas agrícolas, com criação de animais) e pontual (principalmente

esgotos) observada em toda a bacia, o que tem sido ressaltado nos dados históricos de todos os

pontos da bacia, com concentrações eventualmente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO.

A densidade de cianobactérias na Lagoa de Extremoz foi elevada nesta campanha, embora com

predominância de espécies não produtoras de cianotoxinas. Assim, sugere-se que o manancial e os

efluentes dos filtros da ETA de Extremoz sejam monitorados regularmente pelo operador do

sistema de abastecimento (CAERN), nos termos da Portaria MS nº 2.914/2011.

Bacia Hidrográfica do Rio Potengi

Nesta bacia são monitorados dezesseis pontos no total, quatro situados em rios (POT01- Rio

Camaragibe, em Ielmo Marinho; POT03 – Rio Potengi, Telha, em São Pedro do Potengi: POT15 e

POT16, no Rio Jundiaí), um reservatório (POT02 – Açude Campo Grande, em São Paulo do

Potengi) e onze pontos estuarinos (POT04, POT05, POT06, POT07, POT08, POT09, POT10,

POT11, POT12, POT13 e POT14. Destes, 6 (seis) pontos (POT01, POT03, POT10, POT11, POT12

e POT16) não tiveram o IQA e IQAc calculados nesta campanha, pois não houve coleta de água

nestes pontos.

Nesta bacia, todos os pontos apresentam águas salobras ou salinas, sem exceção. A qualidade geral

da água pelos valores dos IQA e IQAc foi classificada como Média na grande maioria dos pontos e

classificada como “Ruim” nos pontos POT09, POT13 e POT15, devido principalmente às

concentrações muito elevadas coliformes, e baixa concentração de OD (parâmetro mais grave,

abaixo do VLP). A concentração de coliformes termotolerantes foi muito elevada (acima do VLP)

em quatro pontos da bacia (POT06, POT08, POT13 e POT15), em virtude dos diversos

lançamentos de esgoto no Rio Potengi. Devido a isso, o OD foi inferior ao recomendado pela

legislação (6 mg/L) em seis dos dezesseis pontos do estuário, demonstrando que o Rio Potengi

encontra-se poluído por material orgânico, o qual provém principalmente de esgotos domésticos e

industriais, além dos efluentes de despescas dos projetos de carcinicultura, mas também de fontes

difusas, como a drenagem urbana. Observa-se, portanto, que a carga de poluentes recebida pelo rio

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ultrapassa seu limite de assimilação, o que vem sendo comprovado em todas as campanhas já

realizadas (a partir do histórico do PAA entre 2008 e 2016). Também, é importante ressaltar que em

vários pontos do Rio Potengi a análise de metais no sedimento apresentam valores acima do VLP,

pricipalmente cromo e níquel para os pontos POT10, POT13 e POT14, o que atesta a elevada

poluição em diversos pontos do rio. A reversão da poluição do Rio Potengi e seus afluentes

demanda diversas ações do poder público, com vultosos investimentos, com destaque para a

implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de Natal.

Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi

Nesta bacia são monitorados seis pontos situados em rios (PIR01 – Rio Pitimbu – Lamarão –

Macaíba; PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem de Areia – Parnamirim; PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte

BR 304, em Parnamirim; PIR04 – Rio Pitimbu - Ponte velha da BR 101, em Parnamirim; PIR 5 –

Rio Pitimbu - Ponte trampolim da Vitória, em Parnamirim; e PIR07 – Rio Pirangi, Balneário de

Pium, em Nísia Floresta), duas lagoas (PIR06 – Lagoa do Jiqui, e PIR09 – Lagoa Azul (ou de

Pium)) e um ponto estuarino (PIR08 – Estuário do Rio Pirangi - Ponte velha na RN 063, em

Parnamirim).

Nesta campanha, a qualidade da água (IQA) foi considerada “Boa” em três pontos da bacia (PIR05,

PIR06 e PIR09), enquanto os os demais classificados como de qualidade “Média”. Concentrações

baixas de OD foram quantificadas nos quase todos os pontos (exceto PIR05, PIR06 e PIR09),

algumas muito abaixo do valor mínimo permitido pela legislação. As concentrações de coliformes

termotolerantes (que são indicadores de contaminação da água por material fecal), contudo,

apresentaram-se abaixo do VLP na maioria dos pontos monitorados, exceto para o PIR08 (muito

acima do VLP), e em menor grau, PIR04 e PIR07, o que indica que os mananciais monitorados

(principalmente os rios Pitimbu e Pirangi) recebem esgotos e outros poluentes, que prejudicam a

qualidade da água. O grau de trofia resultou entre Ultraoligotrófico e Mesotrófico ao longo dos

pontos da bacia, o que ainda indica baixo grau de eutrofização. Outro parâmetro que merece

destaque é a densidade de cianobactérias na Lagoa do Jiqui (PIR06), que resultou 88.317 cel./mL

nesta campanha (acima de ambos os VLPs, muito acima da média para este ponto, que é de 11.242

cel./mL). No entanto, em algumas campanhas esses valores se apresentaram superiores ao VLP da

Portaria MS Nº 2914/2011, mas sem hitórico de espécies produtoras de toxinas, o que atesta a boa

qualidade da água neste ponto.

Os resultados obtidos nesta campanha são coerentes com os observados nas campanhas anteriores

do PAA entre 2008 e 2016, e evidenciam que o Rio Pitimbu, que é um dos mananciais mais

importantes para a cidade de Natal, recebe esgotos e outros poluentes, que são lançados no rio

principalmente nos trechos que atravessam áreas urbanas. Este fato aponta para a necessidade de

ações para proteção do manancial e também a atualização tecnológica dos sistemas de

abastecimento de água que utilizam o manancial, com destaque para a ETA do Jiqui (PIR06), como

forma de garantir a segurança sanitária da população abastecida.

Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

O único ponto monitorado nesta bacia é a Lagoa do Bonfim (FLL01), em um local junto à captação

da CAERN. Nesta campanha, o IQA e o IQAc resultaram “Bom” próximo a “Médio”, com baixa

concentração de coliformes, elevada densidade de cianobactérias (74.067 cél./mL), e demais

parâmetros em condições razoavelmente preocupantes, onde a água da lagoa apresentou elevada

concentração de nitrogênio e fósforo e ambiente Oligotrófico. Embora esta não seja a condição

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típica deste manancial, com base nas campanhas anteriores, é importante destacar que a Lagoa do

Bonfim tem apresentado concentrações elevadas de coliformes termotolerantes em algumas

campanhas (embora abaixo do VLP), o que pode ser atribuído à intensa e desordenada ocupação

que se processa no entorno da lagoa, o que é incompatível com sua grande importância no

abastecimento de diversas cidades do RN (através da adutora Monsenhor Expedito) e demanda a

intervenção do Poder Público, principalmente dos órgãos ambientais.

Bacia Hidrográfica do Rio Trairi

Nesta bacia são monitorados três reservatórios (TRA01- Açude Inharé; TRA02 – Açude Santa

Cruz; e TRA03 – Açude Trairi) e o rio Trairi (TRA04), em Monte Alegre. Nesta campanha, apenas

o ponto TRA01 foi devidamente monitorado, apresentando águas salobras (salinidade >0,5‰).

Ainda, o IQA e o IQAc resultaram “Ruim”, apresentando contaminação orgânica, principalmente às

concentrações de nitrogênio, DBO, turbidez e sólidos totais que foram elevadas, além do pH

elevado. A densidade de cianobactérias foi baixa, inferior a ambos os VLPs, com dominância das

espécies Planktolyngbya minor e Planktotrix isotrix (potencial produtora de cianotoxinas).

Também, destaca-se a elevada concentração de turbidez, muito acima do VLP.

Historicamente, todos os pontos da bacia do Rio Trairi têm apresentado águas salobras, com

qualidade da água média, agravada por concentrações elevadas de sólidos (parcialmente decorrentes

da salinidade das águas) e, eventualmente, de coliformes termotolerantes. As densidades de

cianobactérias nos açudes Inharé (TRA01) e Trairi (TRA03) têm sido muito elevadas, com eventual

dominância de espécies produtoras de cianotoxinas. Percebe-se, portanto, que, afora a condição

salina natural desses mananciais, os mesmos sofrem poluição decorrente das atividades agropastoris

(p.ex., pecuária) e ocupação urbana (no caso do açude Santa Cruz) em suas bacias.

Bacia Hidrográfica do Rio Jacu

Nesta bacia são monitorados o açude Japi II (JAC01), em São José de Campestre; o rio Jacu, no

Sítio Choar - Espírito Santo (JAC02), e dois pontos na Lagoa das Guaraíras (JAC03 e JAC04).

Nesta campanha, apenas os pontos JAC03 e JAC04 foram monitorados, pois não havia água nos

demais. A qualidade da água (IQA e o IQAc) resultou “Boa” (JAC03) e “Média” (JAC04) em

ambos os pontos na Lagoa das Guaraíras, mesmo com às elevadas concentrações sólidos totais e

nitrogênio (JAC03) e coliformes (JAC04), provavelmente devido a lançamentos de esgoto e

atividades agropastoris, incluindo a criação de animais. Historicamente, o açude Japi II (JAC01)

apresenta qualidade média; o Rio Jacu (JAC02), qualidade ruim; e a Lagoa de Guaraíras (JAC03 e

JAC04) qualidade média à boa, sendo que em todos os pontos a qualidade da água é prejudicada

pelas elevadas concentrações de sólidos totais (que se deve à condição natural da bacia, de elevada

salinidade) e de coliformes termotolerantes (decorrente da poluição urbana e agropastoril) na água.

Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú

Nesta bacia, são monitorados: o rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01) e a jusante de

Pedro Velho (CUR02), o rio Piquiri, na captação da CAERN em Pedro Velho (CUR04 – que não

foi monitorado nesta campanha) e o estuário de Barra de Cunhaú (CUR03). Nesta campanha,

apenas o ponto CUR03 foi devidamente monitorado, de maneira que a qualidade da água (em

relação ao IQA e ao IQAc) resultou “Média”. No entanto, chama a atenção a elevada concentração

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de sólidos totais, turbidez e coliformes (abaixo do VLP), decorrente da poluição por esgoto não

tratado ou tratado precariamente, além da elevada salinidade.

Historicamente os pontos CUR01 e CUR02 apresentam qualidade da água média, com águas

salobras e elevadas concentrações de coliformes termotolerantes na maioria das campanhas. O

Estuário de Barra de Cunhaú apresenta qualidade média, agravada pela elevada concentração de

sólidos totais (devido à elevada salinidade, 27,76‰ nesta campanha) e, em algumas campanhas, de

coliformes termotolerantes. Na captação do Rio Piquiri (CUR04) a qualidade da água é

historicamente boa, exceto pelas concentrações elevadas de coliformes termotolerantes em algumas

campanhas, o que aponta para a necessidade de melhor proteção sanitária da bacia.

BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FAIXA LITORÂNEA NORTE DE ESCOAMENTO

DIFUSO (FLNED)

As coletas das amostras de águas superficiais das Bacias do Rio Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea

Norte do RN nesta 5ª campanha semestral foram realizadas no período de Setembro à Outubro

de 2016.

Reservatórios da Bacia do Piranhas-Açu

O Programa Água Azul monitora 20 reservatórios na bacia do Piranhas-Açu, com a finalidade de

avaliar a qualidade das águas superficiais. Nesta campanha, todos os pontos foram devidamente

monitorados, de maneira que o IQA e o IQAc resultaram na classificação entre “Boa” à “Ruim”

para os pontos. A classificação dos reservatórios quanto a salinidade foi, em geral, de águas doces,

com exceções para os pontos PIA03, PIA14, PIA23 e PIA26, que apresentaram águas salobras. Não

houve elevadas concentrações de coliformes termotolerantes em nenhum dos pontos, com exceção

do PIA06, mesmo assim, muito abaixo do VLP. A densidade de cianobactérias mostrou-se bastante

elevada (acima de ambos os VLPs) em vários pontos em que este parâmetro é monitorado,

especialmente o ponto PIA06. Os índices de trofia variaram entre Ultraoligotrófico a

Hipereutrófico, com IET crítico para os açudes PIA03, PIA06, PIA13, PIA15, PIA23, PIA25 e

PIA26. Os parâmetros que mais contribuíram para a redução no IQA e IQAc de todos os pontos

foram as elevadas concentrações de sólidos (eventualmente turbidez), DBO, fósforo e nitrogênio, e

eventualmente e pH. Para todos os pontos, a concentração de clorofila ‘a’ resultou abaixo do VLP, e

se mostrou elevada no ponto PIA06, o que demonstra que a qualidade geral da bacia já é um pouco

comprometida.

Rios da Bacia do Piranhas-Açu

Nesta campanha, 05 (cinco) dos dez pontos não foram devidamente monitorados pelo PAA. A

qualidade da água (IQA e IQAc) resultou “Boa” apenas nos pontos PIA33 e PIA35, e nos outros

pontos monitorados a qualidade da água foi classificada como “Média”, e “Ruim” para o ponto

PIA32. Os parâmetros que mais contribuíram para a redução no IQA e IQAc de todos os pontos

foram as elevadas concentrações de sólidos totais, DBO, fósforo e nitrogênio. Em nenhum ponto a

concentração de coliformes termotolerantes resultou acima do VLP. O mesmo se aplica à

concentração de clorofila ‘a’, o que impactou positivamente nos IETs, que variaram entre

Ultraoligotrófico e Hipereutrófico. Em nenhum ponto, a concentração de OD foi inferior ao VLP,

que também apresentaram elevada concentração de DBO, o que demonstra que a qualidade da bacia

em alguns pontos já é bastante comprometida. Em todos os pontos, as concentrações de metais

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foram inferiores ao limite de detecção, exceto PIA33, que apresentou zinco dissolvido na água, no

entanto, abaixo do VLP.

Estuários da Bacia do Piranhas-Açu e Faixa Litorânea

Nesta campanha, os 3 pontos estuarinos na bacia do rio Piranhas-Açu: PIA17- Estuário do Rio

Piranhas-Açu, em Macau; PIA18- Estuário do Rio dos Cavalos, em Pendências; e PIA28 – Estuário

do Rio das Conchas, em Porto do Mangue, foram devidamente monitorados, e o IQA e IQAc

resultaram “Médio”, “Ruim” e “Bom”, respectivamente. Nos pontos PIA17 e PIA18, além da

elevada concentração de sólidos (devido a elevada salinidade), houve elevada concentração de

coliformes termotolerantes, o que contribuiu muito para estes resultados. O ponto PIA18 apresentou

baixa concentração de OD (muito abaixo do VLP), COT, fósforo e nitrogênio total elevados. Os

pontos PIA17 e PIA28 apresentaram-se Ultraoligotróficos, enquanto o PIA18 resultou

Supereutrófico. Todos os pontos apresentaram elevada salinidade, o que os classificam como de

águas salinas, e o ponto PIA18, em especial, apresentou, alem do elevado nitrogênio amoniacal,

elevada concentração de clorofila ‘a’ (mas abaixo do VLP). Também, é importante ressaltar que em

alguns estuários do Rio Piranhas-Açú a análise de metais no sedimento apresentam valores acima

do VLP (o que não ocorreu nesta campanha), pricipalmente cobre, cromo e níquel para os pontos

PIA17 e PIA18, o que atesta a elevada poluição em diversos pontos do rio.

Estuário da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED)

Na FLNED é monitorado apenas o ponto estuarino FLN01 – Estuário do Rio Camurupim, em

Guamaré (antigo PIA27). Nesse campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”,

agravado pelas elevadas concentrações de sólidos totais (provavelmente devido a elevada

salinidade) e elevada concentração de coliformes termotolerantes (acima do VLP para água salina).

O IET resultou Ultraoligotrófico, graças a baixa concentração de fósforo (<LD) e de clorofila ‘a’

(no limite de detecção do método). Em geral, a água deste estuário apresenta boa qualidade, tendo

seus índices prejudicados pela elevada salinidade, que lhe confere elevada concentração de sólidos

totais.

Considerações finais sobre a Bacia do Piranhas-Açu

A presença de metais pesados nas águas superficiais da bacia do Piranhas-Açu foi recorrente em

campanhas anteriores de monitoramento do Programa Água Azul, ocorrendo em todos os

reservatórios, rios e pontos estuarinos da bacia, na maioria das campanhas. Embora esta

característica não tenha se repetido nesta campanha, essa condição parece ser natural das águas da

bacia, sendo necessário que estudos sejam realizados para que se esclareça as causas (ou a origem)

da presença dos metais pesados na água, além dos riscos à população e às espécies aquáticas. Além

disso, observa-se que as densidades de cianobactérias na maioria dos reservatórios da bacia

frequentemente são elevadas. Como muitas dessas águas são utilizadas para abastecimento, muitas

vezes sem tratamento adequado, recomenda-se fortemente que sejam tomadas medidas urgentes e

prioritárias sobre as Estações de Tratamento de Água (ETAs) que tratam esses mananciais, no

intuito de adotar tecnologias e operações adequadas, que reduzam os riscos à saúde da população,

principalmente devido à ocorrência de florações de cianobactérias e de concentrações elevadas de

fósforo, nitrogênio e sólidos totais nas águas superficiais.

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BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ

As coletas das amostras de águas superficiais da Bacia do Rio Apodi-Mossoró nesta 5ª campanha

semestral foram realizadas no período de Setembro à Novembro de 2016.

Reservatórios da Bacia do Apodi-Mossoró

Nesta campanha o Programa Água Azul monitorou apenas nove dos dezenove reservatórios

(açudes) na bacia do rio Apodi-Mossoró, com a finalidade de avaliar a qualidade das águas

superficiais. Desses reservatórios (açudes), segundo o IQA, apenas 1 (um) apresentou água com

Boa qualidade (APM01), 05 (cinco) com Média qualidade (de acordo com o IQA) e 3 com

qualidade Ruim. Entretanto, 10 reservatórios não foram monitorados. De acordo com o IQAc,

entretanto, nenhum dos reservatórios da bacia apresentaram qualidade “Muito Ruim” nesta

campanha. Dos nove reservatórios da bacia, todos apresentaram concentrações elevadas de DBO,

nitrogênio total e fósforo total, alguns superiores ao padrão recomendado para cursos d’água

lênticos de águas doces, classe II, de acordo com a Resolução CONAMA 357/2005. Estes valores

comprometem o estado trófico dos corpos d’água e propiciam florações de cianobactérias (fato este,

observado em alguns dos reservatórios em que este parâmetros foi analisado, com concentrações

acima dos VLPs nos pontos APM01, APM10, APM17, APM23 (o mais crítico) e APM24, todos

superiores a 20.000 cél./mL). Em relação ao estado trófico, três pontos foram classificados como

Mesotróficos, um ponto como “Eutrófico”, outro como “Supereutrófico” e os demais (quatro) como

“Hipereutróficos”, o que demonstra o estado preocupante de eutrofização de grande parte destes

açudes. Nesta campanha, dentre os nove açudes desta bacia em que se monitorou a concentração de

clorofila ‘a’, três apresentaram concentrações muito superiores ao VLP.

Rios da Bacia do Apodi-Mossoró

Nesta campanha, foram monitorados apenas três pontos situados em rios na bacia do rio apodi-

Mossoró: APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept Rosado, APM20 - Rio Apodi/Mossoró -

Barragem do Genésio, APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de Pedra. O IQA resultou Ruim

em todos os pontos, exceto o ponto APM19, que resultou Médio. Em relação ao estado trófico, dos

três rios amostrados, dois pontos foram classificados como Oligotróficos (APM19 e APM21) e o

ponto APM20 como “Hipereutrófico”, o que demonstra o estado preocupante de eutrofização de

grande parte destes pontos de rio. Nesta campanha, dentre os pontos, a concentração de clorofila ‘a’

apresentou concentração muito superior ao VLP apenas no ponto APM20, o que impactou

diretamente no IET (resultando Hipereutrófico). De maneira geral, os trechos perenizados desta

bacia recebem esgotos não tratados ao atravessar as áreas urbanas das cidades, além das

contribuições decorrentes de atividades agropastoris nas áreas rurais, o que contribui para piorar sua

qualidade. Historicamente, com base na média histórica do IQA do PAA entre os anos de 2008 e

2016, pode-se considerar com boa qualidade apenas o Rio de Carmo (APM25 e APM26), embora

mesmo estes pontos apresentem excesso de metais em algumas campanhas.

Estuário da Bacia do Apodi-Mossoró

O Programa Água Azul monitora apenas o ponto estuarino APM22 - Rio Apodi/Mossoró, em Areia

Branca, na bacia do rio Apodi-Mossoró. Nesta campanha, o IQA resultou Médio, devido a elevada

concentração de nitrogênio, COT (estranhamente, muito acima da DBO, o que deve ser conferido

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pelos técnicos responsáveis por tal análise química), e sólidos totais neste ponto, e o IQAc

qualificou o ponto também como Médio. Historicamente, contudo, o valor médio do IQA resulta

em qualidade média neste ponto, sendo Muito ruim segundo o IQAc, devido ao excesso de metais

pesados na água em quase todas as campanhas (exceto as 4 últimas). Merece destaque ainda a

elevada concentração de óleos e graxas observada em várias campanhas (o que não ocorreu nesta

campanha), que pode se dever aos campos petrolíferos situado a montante da região. Este ponto

apresenta histórico de trofia igual a Mesotrófico (próximo a Eutrófico), baixa concentração de OD,

além de DBO e COT elevados. Por estes motivos, é necessário uma maior fiscalização do poder

público neste estuário. A análise de metais no sedimento dos estuários apresentam valores

geralmente baixos (abaixo dos VLPs), mesmo assim, deve ser monitorado continuamente.

Considerações finais sobre a Bacia do Apodi-Mossoró

Nesta 5ª campanha de coletas foi observada a presença recorrente de alguns metais pesados nas

águas dos reservatórios e rios da bacia do Apodi-Mossoró (nesta, apenas chumbo, em campanhas

anteriores, principalmente mercúrio, zinco e cromo, que ocorreram em quase todos os pontos), fato

que já tinha sido observado em campanhas anteriores do PAA entre os anos 2008 e 2016. Assim,

acredita-se que a detecção de metais pesados nesta bacia constitui um fator de preocupação que

deve ser mais bem investigado, principalmente quando esses mananciais forem usados para

abastecimento. De modo semelhante ao observado nos reservatórios das demais bacias

hidrográficas do RN, vários dos reservatórios da bacia do Apodi-Mossoró apresentam florações

intensas de cianobactérias, além de elevadas concentrações de clorofila ‘a’, sendo que em alguns

casos ocorre a dominância de espécies potencialmente produtoras de toxinas, o que representa um

risco significativo aos que usam as águas desses mananciais para abastecimento e deve ser

considerado na operação de sistemas de abastecimento que utilizam essas águas.

Considerações finais

Tendo em vista que as Estações de Tratamento de Água (ETAs) do Rio Grande do Norte, de

maneira geral, não são projetadas para remover adequadamente metais pesados e cianobactérias (e

cianotoxinas), observados em alguns reservatórios do estado, considera-se urgente que tais ETAs

sejam adequadas às atuais condições desses mananciais, com a melhoria de suas instalações

(atualização das tecnologias de tratamento) e da operação das mesmas. Além disso, é urgente que a

companhia de saneamento responsável pelo serviço de abastecimento (CAERN) faça o

monitoramento periódico dos metais pesados e das cianobactérias nesses reservatórios (e das

cianotoxinas nas saídas da ETAs), de acordo com as frequências indicadas na Portaria MS

2.914/2011, o que não é feito a contento atualmente.

Quanto a presença de compostos orgânicos nas bacias, em especial agrotóxicos, embora nesta 5ª

campanha ainda não se tenha detectado nenhum composto em nenhum ponto monitorado (fato que

também ocorreu nas últimas campanhas onde estes poluentes orgânicos foram monitorados, a partir

de 2014), é necessário que essas análises, que são complexas, sejam revistas, e que se continue com

o monitoramento, uma vez que o controle sobre o uso e comercialização destes compostos em todo

o território nacional ainda é bastante precário, e pode haver a presença destes em campanhas

futuras.

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