rede compartilhada de monitoramento da qualidade … · luiz pereira de brito engo civil, mestre em...

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Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN- IDEMA Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARN Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARN Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRN Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN Universidade Federal Rural do Semi-Árido- UFERSA REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA 1.º R E L A T Ó R I O T R I M E S T R A L Natal, Julho de 2009

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Page 1: REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE … · LUIZ PEREIRA DE BRITO Engo Civil, Mestre em Engenharia Química, Doutor e Pós Doutor em ... ALFREDO OSVALDO DANTAS DE AZEVEDO

Governo do Estado do Rio Grande do NorteSecretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN- IDEMAInstituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARN

Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARNUniversidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRNUniversidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERNUniversidade Federal Rural do Semi-Árido- UFERSA

REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA

1.º R E L A T Ó R I O T R I M E S T R A L

Natal, Julho de 2009

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Governo do Estado do Rio Grande do NorteSecretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte- IDEMA

Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARNUniversidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRNUniversidade Federal Rural do Semi-Árido- UFERSA

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERNEmpresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARN

REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DA ÁGUA

PROGRAMA ÁGUA AZUL

I RELATÓRIO:

TOMO I- MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO PERÍODO DE AGOSTO A NOVEMBRO DE 2008

TOMO II- MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO DE AGOSTO A NOVEMBRO DE 2008

TOMO III - MONITORAMENTO DOS TEORES DE ELEMENTOS-TRAÇO EM SEDIMENTOS NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ NO PERÍODO DE AGOSTO A NOVEMBRO DE 2008

NATAL, JULHO DE 2009

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ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande

do Norte (IDEMA),

Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN),

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN),

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN),

Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),

Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte (EMPARN)

COORDENAÇÃO GERAL

SÉRGIO LUIZ MACÊDO - IDEMAEngo Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Núcleo de Monitoramento Ambiental –NMA/IDEMA

NELSON CÉSIO FERNANDES SANTOS- IGARNEngo Civil, Mestre em Recursos Hídricos, Coordenador de Gestão Operacional – IGARN

MANOEL LUCAS FILHO- UFRNEngo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor e Diretor do Centro de Tecnologia da UFRN

TÉCNICOS RESPONSÁVEIS - TOMO I

LUIZ PEREIRA DE BRITOEngo Civil, Mestre em Engenharia Química, Doutor e Pós Doutor em Engenharia Sanitária e Ambiental, Professor Associado da UFRN

DJALMA RIBEIRO DA SILVAQuímico, DSc - UFRN.

IVANEIDE ALVES SOARES DA COSTABióloga, Mestre em Bioecologia Aquática, Doutora em Ecologia e Recursos Naturais, Pós-Doutora em Ecologia, Fisiologia e toxicologia de Cianobactérias, Professora Adjunto I da UFRN.

GUILHERME FULGÊNCIO DE MEDEIROS

SUELY SOUZA LEAL DE CASTROLicenciada e Bacharel em Química, Mestre em Ciências, Doutora em Química Analítica e,Professora Adjunto IV do Departamento de Química da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN.LUIZ DI SOUZAEng° Industrial e Químico, Mestre e Doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais , Professor adjunto IV da UERN.

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ALFREDO OSVALDO DANTAS DE AZEVEDO

SELMA MARIA DA SILVAEngenheira Química.

EQUIPE TÉCNICA - TOMO I

Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN):

ANTONIO GOMES DE PAIVABacharel em Química.

NATHALIA AUGUSTA SEABRA DANTAS DE OLIVEIRAGraduanda em Aqüicultura-UFRN e estagiária de Aqüicultura-UFRN

ROSEANE RODRIGUES DE AZEVEDO LEOCÁDIOGraduanda em Ciências Biológicas-UFRN e estagiária de Biologia-UFRN.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

AÉCIA SELEIDE DANTASBacharel e Mestre em Química, Técnica do ICP-OES.

ANDRÉ LUIZ PEREIRA DE ALMEIDABacharel e Mestrando em Química. Técnico do TOC.

ANA PAULA CARDOSO DE MELOGraduanda em Ciências Biológicas, UFRN.

DANIELA KARLA DE SOUZA XAVIERBacharel e Mestranda em Química.

EMILY CINTIA TOSSI DE ARAÚJO COSTALicenciada, Bacharel, Mestre e Doutoranda em Química, Técnica do IC.Química Responsável.

FABÍOLA DA COSTA CATOMBÉ DANTASTécnica em edificações, Graduanda em Ecologia, UFRN.

JULIANA DELGADO TINÔCOEngenheira Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Doutoranda da Escola de Engenharia de São Carlo- EESC/USP- Departamento de Hidráulica e Saneamento.

JULIANA PATRÍCIA SOUZA DUARTEBacharel e Mestranda em Química.

KIONARA SARABELLA TURÍBIO E SILVATécnica em Meio Ambiente, Graduanda em Ecologia, UFRN.

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MIQUÉIAS ARAÚJO DANTASLicenciado em Química, Mestrando em Ciência e Engenharia do Petróleo.

RAFAELA KALINE COSTA XAVIERCurso Técnico em Segurança do Trabalho, Licenciatura Plena em Educação Fisíca e Mestranda em Psicobiologia.

RAYANNA HOZANA BEZERRILBacharel e Mestranda em Química, Técnica do TOG.

RINA LOURENA DA SILVA MEDEIROSBacharel e Mestre em Química, Técnica do ICP-OES.

ROSE LEOCÁDIOGraduanda em Ciências biológicas, UFRN.

SANDRO ARAÚJO DA SILVATécnico em Tecnologia Ambiental, Graduando em Química, Técnico do Laboratório de Análises Físico-Químicas e Microbiológicas do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental da UFRN.

TARCILA MARIA PINHEIRO FROTAEngenheira de Materiais, Especialista em Ciência e Tecnologia de Materiais Aplicados à Indústria, Mestre em Ciência e Engenharia de Materiais.

VERUSHKA SYMONNE DE MEDEIROS LOPESBacharel em Química, Mestranda em Ciência e Engenharia do Petróleo.

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN):

ALRIBERTO GERMANO DA SILVAGraduando em Química, UERN.

ANDRÉ VICTOR FERNANDES SILVAGraduando em Química, UERN.

ANTÔNIO RANK-SERMILHER DE SALES BARBOSAGraduando em Química, UERN.

JOSÉ ROGRIGUES DE LIMA FILHOGraduando em Química, UERN.

KAIO CÉSAR ALVES DA SILVAGraduando em Química, UERN.

LARISSA MATILDE DA SILVAGraduando em Química, UERN.

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LIDIANE ALVES DE MORAISGraduando em Química, UERN.

PAULO ROBERTO FREIRE DE MORAESGraduando em Química, UERN.

PEDRO HENRIQUE C. S. COSTA Graduando em Química, UERN.

RAQUEL F. DOS SANTOSGraduando em Gestão Ambiental, UERN.

TAISA CRISTINE DE MOURA DANTASGraduando em Química, UERN.

THIAGO MIELLE B. F. OLIVEIRAQuímico e Especialista em Química e Biologia, Técnico de Laboratório de Química do Departamento de Química da UERN.

WYSLLLEY DOUGLAS ALVES PAIVAGraduando em Química, UERN.

EQUIPE TÉCNICA - TOMO II

ANDRÉ LUIS CALADO ARAÚJO Engenheiro Civil, Doutor em Engenharia Sanitária, University of Leeds, England.

ANDRÉA LESSA DA FONSECA Engenheira Química, Doutora em Engenharia Química, UFRN.

DOUGLISNILSON DE MORAES FERREIRA Químico - UFRN

LEÃO XAVIER DA COSTA NETOGeólogo, Mestre em Geologia e Geofísica Marinha, UFF-RJ

LUIZ EDUARDO MELO DE LIMABiólogo, Mestre em Gerenciamento Ambiental, UFPB.

MILTON BEZERRA DO VALEEngenheiro Químico, Mestre em Engenharia Sanitária, UFRN.

RONALDO FERNANDES DINIZGeólogo, Doutor em Geologia Sedimentar, UFBA.

HUGO PAIVA TAVARES DE SOUZAAluno do Curso Técnico de Geologia e Mineração, CEFET-RN.

MIRLENE NEYCE SOARES PEREIRAAluna do Curso Técnico de Controle Ambiental, CEFET-RN.

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PALOMA DE PAULA GOMESAluna do Curso Técnico de Controle Ambiental, CEFET-RN RAONI DANTAS BRANDÃO MARINHOAluno do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, CEFET-RN.

EQUIPE TÉCNICA - TOMO III

FRANCISCO NILDO DA SILVAEngenheiro Agrônomo pela UFERSA. Mestre em Solos pela UFC. Doutor em Solos pela Universidade Federal de Lavras – UFLA/University of California - UCR-USA. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da UFERSA. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Ambientais da UFERSA.

MARIA MÉRCIA SALVIANO DE OLIVEIRATécnica em laboratório. Servidora Publica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

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ÍNDICE

1.0 INTRODUÇÃO.................................................................................................................12

2.0 – OBJETIVOS...................................................................................................................13

2.1 - GERAL..................................................................................................................................................... 132.2 – ESPECÍFICOS ......................................................................................................................................... 13

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS .....................................................................................................14

3.1 ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO ................................................................................................................... 143.2 PERÍODO E FREQUÊNCIA DE COLETA............................................................................................................ 203.3 PARÂMETROS ANALISADOS E MÉTODOS UTILIZADOS................................................................................... 21

3.3.1 VARIÁVEIS NÃO MENSURÁVEIS...................................................................................................... 213.3.2 VARIÁVEIS MENSURÁVEIS .............................................................................................................. 21

4.0 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...........................................34

4.1 BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ........................................................................................ 344.2 BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO .......................................................................................... 634.3 BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CEARÁ-MIRIM ............................................................................... 694.4 BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ.......................................................................................... 794.5 BACIA HIDROGRÁFICA DO JACÚ ....................................................................................................... 904.6 BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE..................................................................................... 1004.7 BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANGI................................................................................................ 1094.8 BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇÚ .................................................................................. 1244.9 BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI..................................................................................................... 1534.10 BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ................................................................................................ 1684.11 BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ........................................................................................... 1764.12 FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ............................................................................. 1864.13 BACIA HIDROGRÁFICA DO TRAIRI................................................................................................. 192

5. CONCLUSÕES.................................................................................................................203

5.1. BACIA DO APODI-MOSSORÓ............................................................................................................. 2035.2 BACIA DO BOQUEIRÃO ....................................................................................................................... 2035.3 BACIA DO CEARÁ-MIRIM ................................................................................................................... 2045.4 BACIA DO CURIMATAÚ....................................................................................................................... 2045.5 BACIA DO JACU..................................................................................................................................... 2055.6 BACIA DO MAXARANGUAPE............................................................................................................. 2055.7 BACIA DO PIRANGI .............................................................................................................................. 2065.8 BACIA DO PIRANHAS-AÇU ................................................................................................................. 2065.9 BACIA DO POTENGI.............................................................................................................................. 2075.10 BACIA DO PUNAÚ............................................................................................................................... 2085.11 BACIA DO RIO DOCE .......................................................................................................................... 2085.12 BACIA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO.................................................. 2085.13BACIA DO TRAIRÍ ................................................................................................................................ 209

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................210

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LISTA DE TABELAS

TABELA 3.1 QUANTIDADE DE ESTAÇÕES POR BACIA HIDROGRÁFICA..................................................................... 15

TABELA 3.2 - ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM .......................................................................................................... 16

TABELA 3.3 – PARÂMETROS E PESOS PARA CÁLCULO DO IQA. .............................................................................. 23

TABELA 3.4 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q1 (OD) ......................... 24

TABELA 3.5 – OXIGÊNIO DE SATURAÇÃO (MG/L) EM FUNÇÃO DA ALTITUDE (PRESSÃO) E TEMPERATURA DA ÁGUA.

..................................................................................................................................................................... 25

TABELA 3.6 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q2 (CTE)........................ 25

TABELA 3.7 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q3 (PH). ......................... 25

TABELA 3.8 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q4 (DBO5). .................... 26

TABELA 3.9 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q5 (NT). ........................ 26

TABELA 3.10 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q6 (PT). ....................... 26

TABELA 3.11 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q7 (TUR)...................... 26

TABELA 3.12 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q8 (ST). ....................... 27

TABELA 3.13 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q9 (T). ......................... 27

TABELA 3.14 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IQA.............................................................. 28

TABELA 3.15 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IET (CETESB/SP). ...................................... 32

TABELA 3.16 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IET............................................................... 34

TABELA 4.1- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI/MOSSORÓ/RN. .................................. 36

TABELA 4.2- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA BOQUEIRÃO. ................................................. 64

TABELA 4.3- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ............................................. 70

TABELA 4.4- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ.................................................. 81

TABELA 4.5- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ. ............................................................ 92

TABELA 4.6- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE........................................ 102

TABELA 4.7- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. ..................................................... 110

TABELA 4.8- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANHAS/AÇU/RN. ................................... 126

TABELA 4.9- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI...................................................... 155

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TABELA 4.10- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA PUNAÚ. ....................................................... 170

TABELA 4.11- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA RIO DOCE.................................................... 177

TABELA 4.13- RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS

AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRÍ. ....................................................... 194

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 3.1 – MAPA DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM...................................................................................... 20

FIGURA 4.1 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ............................................ 35FIGURA 4.1 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-

MOSSORÓ............................................................................................................................................. 60FIGURA 4.1 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-

MOSSORÓ............................................................................................................................................. 61FIGURA 4.1 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ......................................................................................................... 62FIGURA 4.1 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-

MOSSORÓ............................................................................................................................................. 62FIGURA 4.2 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO................................................ 63FIGURA 4.2 (A) - CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO DA LAGOA DO BOQUEIRÃO .............................................. 66FIGURA 4.2 (B) - CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA LAGOA DO BOQUEIRÃO.................. 67FIGURA 4.2 (D) – IQA E IQAC DA LAGOA DO BOQUEIRÃO ............................................................................. 68FIGURA 4.2 (E) – IET DA LAGOA DO BOQUEIRÃO............................................................................................. 68FIGURA 4.3 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM ................................................... 69FIGURA 4.7 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-

MIRIM.................................................................................................................................................... 76FIGURA 4.7 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM............................................................................................................... 77FIGURA 4.7 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-

MIRIM.................................................................................................................................................... 78FIGURA 4.7 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM ................... 78FIGURA 4.7 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM................................... 79FIGURA 4.8 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ ................................................ 80FIGURA 4.10 – CUR 2 – PEDRO VELHO ........................................................................................................... 84FIGURA 4.10 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA

CURIMATAÚ ........................................................................................................................................... 87FIGURA 4.10 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ............................................................................................................. 88FIGURA 4.10 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO

CURIMATAÚ ........................................................................................................................................... 89FIGURA 4.10 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ................ 89FIGURA 4.10 (F) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ............................... 90FIGURA 4.11 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ ............................................................. 91FIGURA 4.12- RIO JACU – SÍTIO CHOAR – ESPÍRITO SANTO ............................................................................... 94FIGURA 4.12 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ

............................................................................................................................................................. 97FIGURA 4.12 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ98FIGURA 4.12 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA JACÚ ............................................................................................................................ 98FIGURA 4.12 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ .. 99FIGURA 4.12 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ............................... 99FIGURA 4.12 (F) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ ............................................100FIGURA 4.13 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE..........................................101FIGURA 4.14 – MAX01 – RN 064 – RIO MAXARANGUAPE EM DOM MARCOLINO. ........................................103FIGURA 4.14 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA

MAXARANGUAPE................................................................................................................................. 106FIGURA 4.14 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE ........................................................................................................107FIGURA 4.14 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA

MAXARANGUAPE................................................................................................................................. 107FIGURA 4.14 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE ......................... 108FIGURA 4.15 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI ....................................................... 109FIGURA 4.16 – DETALHE DO PONTO DE COLETA PIR03 ................................................................................... 114

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FIGURA 4.17 – PIR5 – PONTE TRAMPOLIM DA VITÓRIA ....................................................................................116FIGURA 4.18 – PIR 07 – BALNEÁRIO DE PIUM................................................................................................. 119FIGURA 4.19 – PIR 8 – PONTE VELHA NA RN 063 ..........................................................................................120FIGURA 4.19 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA

PIRANGI............................................................................................................................................... 121FIGURA 4.19 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI

........................................................................................................................................................... 122FIGURA 4.19 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA PIRANGI ......................................................................................................................123FIGURA 4.19 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI

........................................................................................................................................................... 123FIGURA 4.19 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI......................... 124FIGURA 4.19 (F) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI ........................................124FIGURA 4.20 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANHAS-AÇU ............................................125FIGURA 4.20 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA

PIRANHAAÇÚ ......................................................................................................................................152FIGURA 4.20 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA

PIRANHAAÇÚ ......................................................................................................................................153FIGURA 4.20 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA PIRANHAAÇÚ ..............................................................................................................153FIGURA 4.21 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI....................................................... 154FIGURA 4.22 – RIO CAMARAGIBE NA TRAVESSIA DA RN 064 ..........................................................................157FIGURA 4.21 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA

POTENGI..............................................................................................................................................165FIGURA 4.21 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA

POTENGI..............................................................................................................................................165FIGURA 4.21 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA POTENGI ..................................................................................................................... 166FIGURA 4.21 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI

........................................................................................................................................................... 167FIGURA 4.21 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ........................167FIGURA 4.21 (F) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ....................................... 168FIGURA 4.23 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ....................................................169FIGURA 4.24 – PUN 1 – RIO PUNAÚ ..............................................................................................................171FIGURA 4.24 (A) - CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ........................... 173FIGURA 4.24 (B) - CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ

........................................................................................................................................................... 174FIGURA 4.24 (C) - DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ............................. 174FIGURA 4.24 (D) - IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ........................................................... 175FIGURA 4.24 (E) - IET NA BACIA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ................................................................175FIGURA 4.25– MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ............................................... 176FIGURA 4.26 – LAGOA DE EXTREMOZ - PONTO DE CAPTAÇÃO DA CAERN..................................................... 180FIGURA 4.27 – LAGOA DE EXTREMOZ – VEGETAÇÃO FLUTUANTE......................................................................180FIGURA 4.21 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO

DOCE..................................................................................................................................................183FIGURA 4.21 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ............................................................................................................. 184FIGURA 4.21 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO

DOCE..................................................................................................................................................184FIGURA 4.21 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ............... 185FIGURA 4.21 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE............................... 185FIGURA 4.28 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO

........................................................................................................................................................... 186FIGURA 4.28 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DA

FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ................................................................................. 189FIGURA 4.28 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO....................................................190

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FIGURA 4.28 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA

LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ........................................................................................... 190FIGURA 4.28 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE

DE ESCOAMENTO DIFUSO ..................................................................................................................... 191FIGURA 4.28 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE

ESCOAMENTO DIFUSO..........................................................................................................................192FIGURA 4.29 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAIRI ............................................... 193FIGURA 4.30 – TRA 4 – JUSANTE DE MONTE ALEGRE......................................................................................198FIGURA 4.30 (A) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI

........................................................................................................................................................... 199FIGURA 4.30 (B) - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI

........................................................................................................................................................... 200FIGURA 4.30 (C) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA

HIDROGRÁFICA TRAIRI ..........................................................................................................................200FIGURA 4.30 (D) - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI 201FIGURA 4.30 (E) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI............................. 201FIGURA 4.30 (F) - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI............................................202

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APRESENTAÇÃO

O presente documento constitui o primeiro Relatório Técnico do Programa da Rede

Compartilhada de Monitoramento de Qualidade da Água – Programa Água Azul,

executado por equipe multidisciplinar constituída pela FUNPEC (Fundação Norte-Rio-

Grandense de Educação e Cultura), visando atender à Resolução 357/2005 que estabelece a

classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como

as condições e padrões de lançamento de efluentes.

Neste relatório (Tomo I) são apresentados e discutidos os resultados referentes ao

“Monitoramento da qualidade das águas superficiais”, coletadas entre agosto a novembro de

2008 correspondente à meta I do cronograma de metas estabelecido no plano de trabalho; os

resultados referentes ao monitoramento de balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte

no período de agosto a novembro de 2008, parte integrante do Programa Água Azul, são

apresentados em relatórios específicos (Tomo II) elaborados a parte. Também será

apresentado em relatório específico (Tomo III) a análise do sedimento da Bacia Hidrográfica

Apodi-Mossoró.

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1.0 INTRODUÇÃO

A manutenção da qualidade ambiental está diretamente relacionada ao conhecimento e

controle das principais variáveis que interferem no ambiente, sejam elas resultados das ações

antrópicas sobre o ambiente ou de suas transformações naturais. Dentre os recursos naturais

existentes no planeta, a água tem sido um dos mais atingidos pela ação humana. Rios, lagos e

estuários vêm sendo utilizados como destino final de esgotos e resíduos industriais e urbanos,

o que vem gerando um grande desequilíbrio ambiental, com perda na qualidade das águas

destinadas ao abastecimento.

Dentre os instrumentos disponíveis de atuação, o monitoramento ambiental, definido como

um processo de coleta de dados, estudo e acompanhamento contínuo e sistemático das

variáveis ambientais, com o objetivo de identificar e avaliar qualitativa e quantitativamente as

condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como as tendências ao

longo do tempo é um dos mais adequados. Desta forma, subsidia medidas de planejamento,

controle, recuperação, preservação e conservação do ambiente em estudo, bem como auxilia

na definição das políticas ambientais.

A UFRN, o IFRN, a UFERSA e a UERN, em parceria com o IDEMA, IGARN e EMPARN

têm participado de muitos projetos de caráter ambiental, fornecendo suporte técnico-

científico. Suas participações no Programa Água Azul têm a finalidade de monitorar, através

de coletas e análises, os corpos de águas superficiais e subterrâneos mais relevantes para

abastecimento do RN, que abrange as bacias hidrográficas: Apodi-Mossoró, Boqueirão,

Ceará-Mirim, Curimatau, Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso, Faixa Litorânea Norte

de Escoamento Difuso, Jacu, Maxaranguape, Pirangi, Piranhas-Açu, Potengi, Punaú, Rio

Doce e Trairi, assim como a balneabilidade das praias e de alguns balneários interiores.

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2.0 – OBJETIVOS

2.1 - GERAL

Identificar e avaliar as condições da qualidade das águas dos principais corpos d’água interiores do Rio Grande do Norte (águas de superfície e subterrâneas) através do monitoramento sistemático conforme os condicionamentos e padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA N.º 357/2005, com a finalidade de projetar situações futuras de uso e preservação dessas águas para o consumo humano.

Investigar o Passivo Ambiental decorrente da contaminação, por derivados de petróleo, do aqüífero que alimenta os poços de abastecimento d’água da cidade de Natal e do solo onde os mesmos estão inseridos, com a finalidade de identificar e avaliar as condições da qualidade das águas e sua evolução.

Realizar o monitoramento dos sedimentos do Açude Gargalheiras e dos estuários, incluindo o estuário do Rio Potengi, para a caracterização das composições e propriedades mineralógicas, geotécnicas e químicas dos sedimentos de fundo, visando identificar concentrações de metais tóxicos (Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Mercúrio total, Cromo total, Níquel total e Zinco total), desta forma contribuindo para o reconhecimento de fontes poluidoras naturais e antropogênicas.

Realizar monitoramento sistemático das condições de balneabilidade de praias do Estado do Rio Grande do Norte, classificando-as conforme os padrões e critérios de balneabilidade determinados pela Resolução – CONAMA N.º 274/2000.

2.2 – ESPECÍFICOS Verificar os trechos dos corpos d’água que estão com parâmetros em desacordo com

as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução CONAMA N.º 357/2005 para a respectiva classe de enquadramento;

Avaliar a qualidade das águas subterrâneas;

Proporcionar ao IDEMA e ao IGARN, ao longo do monitoramento, condições dedesenvolver investigações com vistas à identificação de fontes potenciais de poluição dos recursos hídricos estudados, bem como o desenvolvimento e implementação de ações mitigadoras visando à efetivação de metas que assegurem os usos preponderantes de acordo com o enquadramento dos respectivos corpos d’água;

Avaliar a qualidade de alguns efluentes líquidos industriais ou sanitários que são lançados em corpos hídricos, para constatação de atendimento ao Artigo 34 da Resolução CONAMA N.º 357/2005, alterada pela Resolução CONAMA N.º 397/2008;

Coletar e avaliar amostras de águas superficiais ou subterrâneas para atendimento à demanda da sociedade, referentes a: emergências, denúncias, perícias e solicitação de promotorias;

Divulgar relatórios técnicos trimestrais contendo informações a respeito das condições de qualidade das águas dos corpos d’água monitorados;

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Possibilitar a utilização dos laboratórios envolvidos para atendimento a situações emergenciais;

Realizar estudo sistemático das condições de balneabilidade das principais praias dos Municípios de Nísia Floresta, Parnamirim, Natal e Extremoz;

Avaliar, com base nas quantidades de coliformes termotolerantes encontrados na água e em observações de campo, a qualidade ambiental do rio Pium e dos seus principais afluentes;

Realizar o estudo das condições de balneabilidade das principais praias dos Municípios de Baía Formosa, Canguaretama, Tibau do Sul, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Touros, Macau, Areia Branca, Grossos e Tibau;

Avaliar as condições de balneabilidade e determinação da quantidade de cianobactérias presentes nas águas dos Balneários Interiores: Gargalheiras (Acari), Caldeirão (Parelhas), Passagem das Traíras e Itans (Caicó), Lucrécia (Lucrécia), Cortez Pereira (Alexandria), Barragem de Pau dos Ferros (Pau dos Ferros), Santa Cruz (Apodi) e Barragem Armando Ribeiro Gonçalves (Itajá);

Desenvolver, no caso da balneabilidade das praias, investigações com vistas à identificação de potenciais poluidores dos recursos hídricos estudados e, quando possível, apresentar propostas e/ou sugestões com vistas à mitigação dos impactos ambientais negativos encontrados;

Divulgar boletins semanais contendo informações a respeito das condições de balneabilidade das praias estudadas;

Orientar a sinalização das praias no que diz respeito às suas condições de balneabilidade, inclusive sendo responsável pela troca das placas de sinalização (Própria / Imprópria), conforme os resultados encontrados;

Desenvolver, durante os meses de janeiro e fevereiro, campanhas educativas nas praias monitoradas;

Manter uma página própria na internet contendo dados sobre o projeto, incluindo participantes na execução, objetivos, textos com informações sobre as estações de amostragens e os resultados encontrados, boletins semanais (no caso da balneabilidade), gráficos, cópias de relatórios e outros trabalhos técnicos publicados para download;

Apresentar relatórios contendo todos os dados e informações obtidas durante o estudo, incluindo interpretações, discussões e sugestões.

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO

A área de atuação é todo o território do Estado do Rio Grande do Norte, cujas estações de monitoramento estão divididas por bacias hidrográficas, totalizando 92 pontos de amostragem, conforme representadas na figura 3.1. Na tabela 3.1 estão apresentadas as bacias

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hidrográficas em estudo com respectivas quantidades de estações e na tabela 3.2 estão representadas todas as estações de amostragem selecionadas por bacia hidrográfica.

Tabela 3.1 Quantidade de estações por bacia Hidrográfica

BACIA HIDROGRÁFICA N.º DE ESTAÇÕESAPODI-MOSSORÓ 26BOQUEIRÃO 1CEARÁ-MIRIM 4CURIMATAÚ 4JACÚ 4MAXARANGUAPE 2PIRANGI 8PIRANHAS-AÇU 25POTENGI 8PUNAÚ 1RIO DOCE 4TRAIRÍ 4FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO 1

TOTAL 92

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Tabela 3.2 - Estações de amostragem

NOMEBACIA

HIDROGRÁFICA LOCALIZACAO PONTO MUNICIPÍOSANTA CRUZ APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO ACUDE APODIAPANHA PEIXE APODI-MOSSORÓ RIACHO DO MULATO ACUDE CARAÚBASSANTO ANTÔNIO APODI-MOSSORÓ RIACHO SANTA MARIA ACUDE CARAÚBASENCANTO APODI-MOSSORÓ RIACHO ENCANTO ACUDE ENCANTOPEDRA DE ABELHAS APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO RIO FELIPE GUERRAGOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO RIO GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADOLUCRECIA APODI-MOSSORÓ RIACHO QUIXERÉ ACUDE LUCRÉCIAMARCELINO VIEIRA APODI-MOSSORÓ RIACHO BARRO PRETO ACUDE MARCELINO VIEIRAGENÉSIO APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO RIO MOSSORÓPASSAGEM DE PEDRA APODI-MOSSORÓ RIO DA PEDRA RIO MOSSORÓBREJO APODI-MOSSORÓ RIACHO DO BREJO ACUDE OLHO D'ÁGUA DO BORGESTOURÃO APODI-MOSSORÓ RIACHO TOURÃO ACUDE PATUPAU DOS FERROS APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO ACUDE PAU DOS FERROSSANTANA APODI-MOSSORÓ RIACHO SANTANA ACUDE PAU DOS FERROS25 DE MARÇO APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO ACUDE PAU DOS FERROSJUSANTE PAU DOS FERROS APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO RIO PAU DOS FERROSPILÕES APODI-MOSSORÓ RIO PILÕES ACUDE PILÕESRODEADOR APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO ACUDE RAFAEL GODEIROPASSAGEM APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO ACUDE RODOLFO FERNANDESFLEXAS APODI-MOSSORÓ RIACHO FLEXAS ACUDE SÃO JOSÉ DA PENHABONITO APODI-MOSSORÓ RIACHO SÃO MIGUEL ACUDE SÃO MIGUELMALHADA VERMELHA APODI-MOSSORÓ AÇUDE MALHADA VERMELHA ACUDE SEVERIANO MELOJESUS, MARIA, JOSÉ APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORO ACUDE TENENTE ANANIASMORCEGO APODI-MOSSORÓ RIACHO DA CACHOERINHA ACUDE AUGUSTO SEVEROPONTE BR 110 APODI-MOSSORÓ RIO DO CARMO ESTUÁRIO MOSSORÓRIO DO CARMO (FAZENDA ANGICOS) APODI-MOSSORÓ RIO DO CARMO RIO MOSSORÓUPANEMA APODI-MOSSORÓ RIO DO CARMO RIO UPANEMAUMARI APODI-MOSSORÓ RIO DO CARMO ACUDE UPANEMA

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Tabela 3.2 – Continuação - Estações de amostragem

NOMEBACIA

HIDROGRÁFICA LOCALIZACAO PONTO MUNICIPÍOGROSSOS APODI-MOSSORÓ RIO APODI-MOSSORÓ ESTUÁRIO GROSSOSLAGOA DO BOQUEIRÃO BOQUEIRÃO RIO BOQUEIRAO LAGOA TOUROSJUSANTE DE ESTIVAS CEARÁ-MIRIM RIO CEARA-MIRIM RIO EXTREMOZPONTE RN 120 CEARÁ-MIRIM RIO CEARA-MIRIM RIO EXTREMOZAÇUDE POÇO BRANCO CEARÁ-MIRIM RIO CEARA-MIRIM ACUDE POÇO BRANCOPONTE BR 406 CEARÁ-MIRIM RIO CEARA-MIRIM RIO TAIPUBARRA DE CUNHAÚ CURIMATAÚ RIO CURIMATAU ESTUARIO BAÍA FORMOSAJUSANTE DE NOVA CRUZ CURIMATAÚ RIO CURIMATAU RIO NOVA CRUZPEDRO VELHO CURIMATAÚ RIO CURIMATAU RIO PEDRO VELHOJUSANTE DE CANGUARETAMA CURIMATAÚ RIO PIQUIRI ESTUARIO CANGUARETAMACAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CAERN CURIMATAÚ RIO PIQUIRI RIO NÍSIA FLORESTACAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CAERN F.L.L.E.D LAGOA DO BONFIM LAGOA PEDRO VELHOJUSANTE DE GUAMARÉ F.L.N.E.D RIO CAMURUPIM ESTUARIO GUAMARÉLAGOA GUARAÍRA JACÚ LAGOA GUARAIRA LAGOA ARÊSSITIO CHOAR JACÚ RIO JACU RIO ESPÍRITO SANTOAÇUDE JAPI II JACÚ RIO JAPI ACUDE SÃO JOSÉ DE CAMPESTREDOM MARCOLINO MAXARANGUAPE RIO MAXARANGUAPE RIO MAXARANGUAPEMAXARANGUAPE MAXARANGUAPE RIO MAXARANGUAPE ESTUARIO MAXARANGUAPEPONTE VELHA NA RN 063 PIRANGI RIO PIRANGI ESTUARIO PARNAMIRIMLAMARÃO PIRANGI RIO PITIMBU RIO MACAÍBAPASSAGEM DE AREIA PIRANGI RIO PITIMBU RIO PARNAMIRIMPONTE BR 304 PIRANGI RIO PITIMBU RIO PARNAMIRIMPONTE VELHA/BR 101 PIRANGI RIO PITIMBU RIO PARNAMIRIMPONTE TRAMPOLIM DA VITÓRIA PIRANGI RIO PITIMBU RIO PARNAMIRIMLAGOA DO JIQUÍ PIRANGI RIO PITIMBU LAGOA PARNAMIRIMBALNEÁRIO DE PIUM PIRANGI RIO PIRANGI RIO NÍSIA FLORESTARIO DA PEDRA PIRANHAS-AÇU RIACHO DA PEDRA ACUDE SANTANA DO MATOSCALDEIRÃO DE PARELHAS PIRANHAS-AÇU RIACHO DOS QUINTOS ACUDE PARELHASCARNAÚBA PIRANHAS-AÇU RIACHO QUIXERÉ ACUDE SÃO JOÃO DO SABUGIAÇUDE CRUZETA PIRANHAS-AÇU RIACHO SAO JOSE ACUDE CRUZETA

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Tabela 3.2 – Continuação - Estações de amostragem

NOMEBACIA

HIDROGRÁFICA LOCALIZACAO PONTO MUNICIPÍOGARGALHEIRAS PIRANHAS-AÇU RIO ACAUA ACUDE ITAJÁBOQUEIRÃO DE ANGICOS PIRANHAS-AÇU RIO CABUGI ACUDE AFONSO BEZERRAJUSANTE DE CURRAIS NOVOS PIRANHAS-AÇU RIO CURRAIS NOVOS RIO CURRAIS NOVOSDOURADO PIRANHAS-AÇU RIO CURRAIS NOVOS ACUDE CURRAIS NOVOSZANGALHEIRAS PIRANHAS-AÇU RIO DA COBRA ACUDE JARDIM DO SERIDÓSERRA NEGRA PIRANHAS-AÇU RIO ESPINHARAS RIO SERRA NEGRA DO NORTEMENDUBIM PIRANHAS-AÇU RIO PARAU ACUDE AÇÚBELDROEGA PIRANHAS-AÇU RIO PARAU ACUDE PARAÚNOVO ANGICOS PIRANHAS-AÇU RIO PATAXÓS ACUDE ANGICOSPATAXÓS PIRANHAS-AÇU RIO PATAXÓS ACUDE IPANGUAÇUMACAU PIRANHAS-AÇU RIO PIRANHAS - ACU ESTUARIO MACAURIACHO DAS CONCHAS PIRANHAS-AÇU RIO PIRANHAS - ACU ESTUARIO PENDÊNCIASRIO DOS CAVALOS PIRANHAS-AÇU RIO PIRANHAS - ACU ESTUARIO PENDÊNCIASPENDÊNCIAS PIRANHAS-AÇU RIO PIRANHAS - ACU RIO PENDÊNCIASSANTO ANTÔNIO (S.J.SABUGI) PIRANHAS-AÇU RIO SABUGI ACUDE SÃO JOÃO DO SABUGIITANS PIRANHAS-AÇU RIO BARRA NOVA ACUDE CAICÓCAICÓ PIRANHAS-AÇU RIO SERIDO RIO JARDIM DO SERIDÓBOQUEIRÃO DE PARELHAS PIRANHAS-AÇU RIO SERIDO ACUDE PARELHASSÃO FERNANDO PIRANHAS-AÇU RIO SERIDO RIO SÃO FERNANDOPASSAGEM DAS TRAIRAS PIRANHAS-AÇU RIO SERIDO ACUDE SÃO JOSÉ DO SERIDÓRIO CAMARAGIBE NA TRAVESSIA DA RN 064 POTENGI RIO CAMARAGIBE RIO IELMO MARINHORIO GOLANDIM - PROXIMIDADE DA SUA DESEMBOCADURA POTENGI RIO GOLANDIM ESTUÁRIO SÃO GONÇALO DO AMARANTEMONTANTE CURTUME J. MOTA POTENGI RIO JUNDIAÍ ESTUARIO NATALRIO JUNDIAÍ NA TRAVESSIA DA BR 226 POTENGI RIO JUNDIAÍ RIO MACAÍBAPONTE PERI-PERI, PRÓXIMO À LINHA DE ALTA TENSÃO POTENGI RIO JUNDIAÍ RIO MACAÍBAEM FRENTE AO HOSPITAL EM MACAÍBA POTENGI RIO JUNDIAÍ ESTUÁRIO MACAÍBAJUSANTE DO PONTO DE LANÇAMENTO DO CIA POTENGI RIO JUNDIAÍ ESTUÁRIO MACAÍBAMONTANTE DA IMUNIZADORA RIOGRANDENSE POTENGI RIO JUNDIAÍ ESTUÁRIO MACAÍBA

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Tabela 3.2 – Continuação - Estações de amostragem

NOMEBACIA

HIDROGRÁFICA LOCALIZACAO PONTO MUNICIPÍOJUSANTE DA ALGOA AERADA DA CAERN -QUINTAS POTENGI RIO JUNDIAÍ ESTUÁRIO NATALJUSANTE DO CANAL DO BALDO POTENGI RIO POTENGI ESTUARIO NATALAÇUDE CAMPO GRANDE POTENGI RIO POTENGI RIO SÃO PAULO DO POTENGITELHA POTENGI RIO POTENGI RIO SÃO PEDRO DO POTENGIMONTANTE DA PONTE DE IGAPÓ - 50M POTENGI RIO POTENGI ESTUÁRIO NATALEM FRENTE AO DIQUE DA BASE NAVAL POTENGI RIO POTENGI ESTUÁRIO NATALEM FRENTE AO IATE CLUBE POTENGI RIO POTENGI ESTUÁRIO NATALVÃO CENTRAL DA PONTE NILTON NAVARRO POTENGI RIO POTENGI ESTUÁRIO NATALRIO PUNAÚ PUNAÚ RIO PUNAU RIO RIO DO FOGOJUSANTE DO ATERRO SANITÁRIO DE MASSARANDUBA RIO DOCE RIO DO MUDO RIO CEARÁ-MIRIMLAGOA DE EXTREMOZ RIO DOCE RIO DOCE LAGOA EXTREMOZGRAMOREZINHO RIO DOCE RIO DOCE RIO NATALMONTANTE DA LAGOA DE EXTREMOZ RIO DOCE RIO GUAJIRU RIO SÃO GONÇALO DO AMARANTEJUSANTE DE MONTE ALEGRE TRAIRÍ RIO TRAIRÍ RIO MONTE ALEGREAÇUDE SANTA CRUZ TRAIRÍ RIO TRAIRÍ ACUDE SANTA CRUZAÇUDE INHARÉ TRAIRÍ RIO TRAIRÍ ACUDE SANTA CRUZAÇUDE TRAIRÍ TRAIRÍ RIO TRAIRÍ ACUDE TANGARÁ

OBS.: As estações em negrito fazem parte do monitoramento das águas e sedimentos de fundo do Rio Jundiaí.

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Fonte: IGARN (2009) Figura 3.1 – Mapa das estações de amostragem

3.2 PERÍODO E FREQUÊNCIA DE COLETA

A primeira campanha de coleta de amostras foi realizada no período de agosto a novembro de 2008, incluindo lagoas e todos os reservatórios superficiais com capacidade de acumulação acima de 5 milhões de metros cúbicos, trechos de rio perenizados e estuários.

As coletas de amostras de água das bacias Piranhas-Açu e Apodi-Mossoró foram realizadas pelo IGARN (cabe destacar que não houve coleta para a bacia da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso de responsabilidade do IGARN) e nas demais bacias pela UFRN. As análises necessárias para a avaliação da qualidade da água foram realizadas pelos laboratórios da EMPARN, IGARN, UFRN, UERN, UFERSA e IFRN de acordo com a metodologia analítica recomendada para cada parâmetro e apresentadas no item 3.3.

As análises dos parâmetro físico-químicos e microbiológicos e não mensuráveis foram realizados nos períodos de 07 agosto a 23 de setembro de 2008 para a bacia do Piranhas Açu, no período de 22 de outubro a 05 de novembro para a bacia de Apodi-Mossoró e entre os dias 07 a 18 de novembro de 2008 para as demais bacias. Estes parâmetros serão monitorados com frequência semestral

As análises de cianobactérias foram realizadas entre os dias 07 de agosto a 23 de setembro de 2008 e terão freqüência de coleta trimestral.

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As análises de agrotóxicos e de toxicidade terão freqüência semestral mas não foramrealizados nesta 1ª campanha.

3.3 PARÂMETROS ANALISADOS E MÉTODOS UTILIZADOS

3.3.1 VARIÁVEIS NÃO MENSURÁVEIS

No momento das coletas, em cada ponto, foram identificadas algumas características não mensuráveis, através do preenchimento de formulários específicos, contemplando as seguintes informações:

AMBIENTES LÓTICOS:

Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais Odor Corantes provenientes de fontes antrópicas Presença de óleos ou graxas Presença de resíduos sólidos objetáveis Ocorrência de mortandade de peixes Presença de lançamento de efluentes Vegetação aquática flutuante Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)

AMBIENTES LÊNTICOS E INTERMEDIÁRIOS:

Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais Odor Corantes provenientes de fontes antrópicas Presença de óleos ou graxas Presença de resíduos sólidos objetáveis Turvação Ocorrência de mortandade de organismos aquáticos Ocorrência de floração de algas Presença de lançamento de efluentes Vegetação aquática flutuante Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)

3.3.2 VARIÁVEIS MENSURÁVEIS

Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos determinados nas águas superficiais, em 95 estações, foram os seguintes: para determinar o Índice de Qualidade de Água - IQA:temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC) – DBO5, coliformes termotolerantes, nitrogênio total (NT), fósforo total (PT),

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sólidos totais (ST) (observar que em alguns pontos foi realizada análise de sólidos totais dissolvidos - STD, e não ST) e turbidez. Outros parâmetros: carbono orgânico total – COT, nitrogênio amoniacal total, salinidade, óleos e graxas (OG) ou teor de óleos e graxas(TOG), clorofila a, densidade de cianobactérias e os metais considerados tóxicos para determinar o Índice de Toxidez - IT: cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.

As variáveis ambientais monitoradas pelo IGARN (temperatura, pH, oxigênio dissolvido (campo) e turbidez) foram obtidas por leitura direta com uma sonda Horiba, U20XD. As coletas foram realizadas de acordo com os procedimentos de coleta de água descritos no manual da CETESB (1988). As análises determinadas pela EMPARN seguiram as recomendações preconizadas em APHA (1998)

Foi utilizado um disco de secchi para a medida da transparência e uma garrafa de Van dorn de 5 litros para a coleta e medida da profundidade.

As analises realizadas pela UERN, tais quais: TOG, salinidade, nitrogênio total e amoniacal e fósforo total seguiram as recomendações do Standart Methods, ou seja: TOG - método de partição gravimétrica; STD – método gravimétrico após secagem a 105 C.; salinidade –método da titulação com nitrato de prata; nitrogênio total, amoniacal e fósforo total –método colorimétrico com leitura em espectro de UV-visível. Cabe destacar que as análises foram feitas em triplicata, exceto o TOG onde as análises foram feitas em duplicata.

Da mesma forma, as análises de COT, clorofila a e os metais Cu, Zn, Ni, Pb, Cd, Cr e Hg seguiram, em sua maioria, os procedimentos preconizadas no Standart Methods e foram realizadas pelo Laboratório de Eletroquímica e Química Analítica - LEQA do Departamento de Química da UERN. Para a digestão das amostras de água para a análise dos metais Cu, Zn, Ni, Pb, Cd e Cr foi utilizado o método 3005 A da Agência de Proteção Ambiental do Estados Unidos – USEPA (1992) e para a análise de Hg foi usado o método 3112 B do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 1998). A determinação de COT foi realizada utilizando-se o método titrimétrico; a clorofila a foideterminada por espectroscopia de UV-visível e os metais foram determinados por espectrometria de absorção atômica, sendo que para a análise de Hg foi utilizado um sistema de geração de vapor a frio.

As coletas e análises realizadas pela UFRN seguiram as recomendações do Standard Methods. Foi utilizado o método eletrométrico, para as medições de temperatura, pH, OD e salinidade; a turbidez foi medida por turbidimetria; para a DBO aplicou-se a metodologia APHA2540; a analise de nitrogênio amoniacal foi através do método da Nesslerização; para metais utilizou-se o método do ICP-OES; os sólidos totais dissolvidos foram medidosatravés do processo gravimétrico após secagem a 105 C; a análise de COT foi realizada pela combustão; o teor de óleos e graxas foi medido pelo método infracal e os coliformes termotolerantes pela técnica dos tubos múltiplos.

A quantificação de cianobactérias foi realizada de acordo com a metodologia descrita por Utermöl (1958), usando microscópio invertido de marca Olimpus, modelo IX70. Foi usada

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câmara de sedimentação de 2, 5 e 10 mL dependendo da densidade da amostra. O tempo de sedimentação foi de 3h por centímetro de altura da câmara (Margalef, 1983; Lund et al. 1958). A contagem dos indivíduos (células, colônias e filamentos) foi feita em transectos horizontais e verticais, contados em campos alternados, sendo o erro menor que 20%, a um coeficiente de confiança de 95% seguindo o critério de Lund et. al. (1958). O número de campo variou de uma amostra para outra e a finalização da contagem foi feita tomando como critério a contagem de no mínimo 100 indivíduos de espécies mais abundantes e pela curva de estabilização das espécies, obtida a partir da adição de espécies novas adicionadas com o número de campos contados.

O sistema de classificação utilizado para as cianobactérias foi o de Komárek & Anagnostidis (1998) para a Chroococcales, Anagnostidis & Komárek (1988) para as Oscillatoriales e Komárek & Anagnostidis (1989) para as Nostocales.

Amostras planctônicas, para quantificação de cianobactérias, foram coletadas na superfície e preservadas com lugol acético 1%.

3.3.2.1 ÍNDICES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA

Os índices e indicadores ambientais são fundamentais no processo de decisão das políticas públicas e no acompanhamento de seus efeitos. O Índice de Qualidade das Águas – IQA serve de informação básica de qualidade de água para o público em geral, bem como para o gerenciamento ambiental das águas superficiais. O IQA foi desenvolvido em 1970 pela National Sanitation Foundation para avaliar a qualidade da água para abastecimento humano.

Para o cálculo do IQA, foram selecionados 9 (nove) parâmetros considerados os mais importantes na qualificação da água, e para cada um deles definiu-se um peso significativo da sua importância na determinação do índice. Na Tabela 3.3 são apresentados os parâmetros componentes do IQA, bem como seus pesos. Pode-se verificar que o somatório dos pesos é igual a 1,00.

O IQA pode ser calculado através de duas expressões matemáticas que definem o IQA aditivo (IQAA) e o IQA multiplicativo (IQAM), ou seja:

IQAA =

9

1iii Wq

IQAM =

9

1i

iiWq

Onde:IQA= índice de qualidade da água, representado por um número em escala contínua de 0 a 100.qi= qualidade individual (sub-índice de qualidade) do iésimo parâmetro, um valor entre 0 e100.Wi= peso unitário do iésimo parâmetro.

Tabela 3.3 – Parâmetros e pesos para cálculo do IQA.

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Nº Parâmetro Unidade Peso (W)1 Oxigênio Dissolvido (OD) % saturação 0,172 Coliformes Fecais (CF) NMP/100mL 0,153 pH - 0,124 DBO5 mg O2 /L 0,105 Nitrogênio total (NT) mg /L 0,106 Fósforo total (PT) mg /L 0,107 Turbidez (Tur) uT 0,088 Sólidos Totais (ST) mg /L 0,089 Temperatura de Desvio (T) ºC 0,10

Fonte: OTT (1978).

Os valores dos sub-índices são obtidos através de “curvas médias” para cada parâmetro de controle (OTT, 1978). Estudos desenvolvidos pela CETESB (1979) levaram à obtenção de várias expressões matemáticas que exprimem a variação de um parâmetro determinante do IQA. Para tal, as curvas de variação de qi x parâmetro, foram divididas em intervalos convenientes e a cada um desses intervalos foi ajustada uma expressão analítica, pelo método dos mínimos quadrados (equação da reta, exponencial, curva logarítmica, curva de potência e polinômios de 2º e 3º graus). Apresentam-se a seguir as expressões de cálculo dos índices parciais de qualidade (Tabelas 3.4 a 3.13)

OXIGÊNIO DISSOLVIDO - OD

Tabela 3.4 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q1 (OD).

% ODSat. Expressão 0 – 50 q1=[0,34.(%ODSat.)+0,008095.(%ODSat.)

2+1,35252.10-5. (%ODSat.)3]+3

51 – 85 q1=[-1,166.(%ODSat.)+0,058.(%ODSat.)2-3,803435.10-4. (%ODSat.)

3]+386 – 100 q1=[3,7745.(%ODSat.)

0,704889]+3101 –140 q1=[2,90.(%ODSat.)+0,025.(%ODSat.)

2+5,60919.10-5. (%ODSat.)3]+3

140 q1=50

O percentual de saturação do oxigênio dissolvido é calculado segundo a seguinte equação:

% Sat. OD = 100 x[OD em mg/L (a T ºC) / OD saturação em mg/L (a T ºC)]

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Tabela 3.5 – Oxigênio de saturação (mg/L) em função da altitude (pressão) e temperatura da água.

Altitude (m)Temperatura(ºC) 0 250 500 750 1000

0 14,6 14,2 13,8 13,3 12,92 13,8 13,4 13,0 12,6 12,24 13,1 12,7 12,3 12,0 11,66 12,5 12,1 11,7 11,4 11,08 11,9 11,5 11,2 10,8 10,5

10 11,3 11,0 10,7 10,3 10,015 10,2 9,9 9,5 9,3 9,020 9,2 8,9 8,6 8,4 8,125 8,4 8,1 7,9 7,6 7,430 7,6 7,4 7,2 7,0 6,7

Fonte: DERÍSIO (2000).

COLIFORMES TERMOTOLERANTES - CTe

Tabela 3.6 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q2 (CTe).

CTe/ 100 mL Expressão0 q2=100

1 – 10 q2=100- 33,5.logCTe11 - 105 q2=100- 37,2 logCTe + 3,607145.(logCTe)2

105 q2=3

POTENCIAL HIDROGENIÔNICO- pH

Tabela 3.7 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q3 (pH).

pH Expressão2,0 q3=2,0

2,1–4,0 q3=13,6- 10,64.pH+ 2,4364.(pH)2

4,1–6,2 q3=155,5- 77,36.pH+ 10,2481.(pH)2

6,3–7,0 q3=-657,2+ 197,38.pH- 12,9167.(pH)2

7,1–8,0 q3=-427,8+ 142,05.pH- 9,695.(pH)2

8,1–8,5 q3=21,6- 16,0.pH8,6–9,0 q3=1,415823.e-(1,1507.pH)

9,1–10,0 q3=288,0- 27,0.pH10,1–12,0 q3=633,0- 106,5.pH+ 4,5.(pH)2

12,0 q2=3,0

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO- DBO

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Tabela 3.8 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q4 (DBO5).

DBO5 Expressão0,0–5,0 q4=59,96.e-(0,1232728.DBO)

5,1–15,0 q4=104,67- 31,5463.lnDBO5

15,1–30,0 q3=4.394,91.(DBO5)-1,99809

30,0 q2=2,0

NITROGÊNIO TOTAL - NT

Tabela 3.9 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q5 (NT).

NT (mg/L) Expressão0,0–10,0 q5=100,0- 8,169.NT+ 0,3059(NT)2

10,1–60,0 q5=101,9- 23,1023.lnNT60,1–100,0 q5=159,3148.e-(0,0512842.NT)

100,0 q5=1,0

FÓSFORO TOTAL - PT

Tabela 3.10 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q6 (PT).

PT (mg/L) Expressão0,0–1,0 q6=99,9.e-(0,91629.PT)

1,1–5,0 q6=57,6- 20,178.PT+ 2,1326.(PT)2

5,1–10,0 q6=19,08.e-(0,13544.PT)

10,0 q6=5,0

TURBIDEZ - Tur

Tabela 3.11 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q7 (Tur).

Tur (uT) Expressão0,0–25,0 q7=100,17- 2,67.Tur+ 0,03755.(Tur)2

25,1–100,0 q7=84,96.e-(0,016206.Tur)

100,0 q7=5,0

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SÓLIDOS TOTAIS - ST

Tabela 3.12 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q8 (ST).

ST (mg/L) Expressão0–150 q8=79,75+ 0,166.ST- 0,001088.(ST)2

151–500 q8=101,67- 0,13917.ST500 q8=32,0

TEMPERATURA - T

Tabela 3.13 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q9 (T).

T= Ta- Te Expressão-5,0 q9=30,0

-4,9–0,0 q9=92,5+ 1,3. T - 1,32.( T)2

0,1–3,0 q9=92,5- 2,1. T - 1,8.( T)2

3,1–5,0 q9=233,17.( T)-(1,09576)

5,1–150 q9=75,27- 8,398. T+ 0,265455.( T)2

15,0 q9=9,0

Dentre as vantagens do uso do IQA está a facilidade de comunicação com o público leigo, a representação da média de diversas variáveis em um único número. Dentre as desvantagens, tem-se a perda de informação das variáveis individuais e da sua interação. É importante salientar que o índice, embora forneça informações importantes, não se constitui numa avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica. O cálculo do IQA através das variáveis usadas, refletem especialmente a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos. A atividade antrópica compromete a qualidade da águas dos mananciais e, em função do tipo de atividade desenvolvida e da complexidade dos poluentes, o IQA apresenta limitações, dentre elas o fato de ser utilizado apenas para abastecimento público, não contemplando outras variáveis importantes para a qualidade da água.No caso de não se dispor do valor de alguma, das 9 variáveis, o cálculo do IQA é inviabilizado. A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, que é indicada pelo IQA.

O IQA possui faixas que variam de 0 (zero) a 100 (cem) , sendo que quanto maior o valor do IQA, melhor é a qualidade da água (Tabela 3.14).

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Tabela 3.14 - Classificação de águas naturais, conforme o IQA.

Índice (IQA) Qualidade Cores80 - 100 Ótima52 - 79 Boa37 - 51 Aceitável20 - 36 Imprópria para tratamento convencional0 -19 Imprópria para consumo humano

Fonte: CETESB (1979)

SIGNIFICADO AMBIENTAL DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS PARA O CÁLCULO DO IQA

Variáveis Físicas

Sólidos totais - ST

Os sólidos nas águas correspondem a toda matéria que permanece como resíduo, após evaporação, secagem ou calcinação da amostra a uma temperatura pré-estabelecida durante um tempo fixado sendo classificados em: sólidos filtráveis (dissolvidos); sólidos não filtráveis (em suspensão), sólidos totais (dissolvidos + suspensos). Os sólidos dissolvidos são constituídos por carbonatos, bicarbonatos, cloretos, sulfatos, fosfatos, etc., os quais em altas concentrações são objetáveis, pelos seus efeitos fisiológicos e sabor mineral e conseqüências econômicas, além de diminuir a solubilidade do oxigênio. Os sólidos em suspensão produzem efeitos nocivos sobre os microorganismos. Os resíduos totais, que são os remanescentes da secagem de um volume de amostra de água em banho-maria e posteriormente, por duas horas, em estufa a 110ºC. O peso total do resíduo seco é considerado como representativo dos sólidos totais.

Temperatura - T

As variações sazonais e diurnas, bem como estratificação vertical da temperatura apresentada pelos corpos d’águas naturais é influenciada por fatores tais como latitude, altitude, estação do ano, período do dia, taxa de fluxo, profundidade e pelo lançamento de efluentes industriais. A temperatura desempenha um papel principal de controle no meio aquático, condicionando as influências de uma série de variáveis físico-químicas, tais como a viscosidade, tensão superficial, compressibilidade, calor específico, constante de ionização e calor latente de vaporização diminuem, enquanto a condutividade térmica e a pressão de vapor aumentam. Além da influência sobre as variáveis físico-químicas, a variação da temperatura influi nos organismos aquáticos, uma vez que estes possuem limites de tolerância térmica superior e inferior, temperaturas ótimas para crescimento, temperatura preferida em gradientes térmicos e limitações de temperatura para migração, desova e incubação do ovo.

Turbidez - Tur

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A turbidez de uma amostra de água está relacionada com o grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la, causada pela presença de sólidos em suspensão, tais como areia, silte, argila, detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc. Em um manancial aquático a turbidez de uma amostra de água é influenciada pela natureza da bacia de captação, e durante o período chuvoso as águas superficiais, por adquirirem maior velocidade, apresentam turbidez mais elevada. Os esgotos sanitários e diversos efluentes industriais também provocam elevações na turbidez das águas. Atividades de mineração têm provocado formação de grandes bancos de lodo em rios e alterações no ecossistema aquático. Turbidez elevada reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas, em decorrência da diminuição da disponibilidade de luz,levando a redução da produtividade de peixes e da eficiência da desinfecção da água em decorrência da proteção física dos microorganismos do contato direto com o desinfetante. A turbidez afeta também os usos: doméstico, industrial e recreacional de uma água.

Variáveis Químicas

Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO5,20

A DBO5,20ºC é a quantidade de oxigênio consumido por microorganismos em condições aeróbias para degradar uma determinada quantidade de matéria orgânica, durante um determinado período de tempo, numa temperatura de incubação específica. Um período de tempo de 5 dias numa temperatura de incubação de 20°C é freqüentemente usado e referido como DBO5,20. A DBO5,20 não indica a presença de matéria não biodegradável, nem leva em consideração o efeito tóxico ou inibidor de materiais sobre a atividade microbiana. Os efluentes orgânicos provocam grandes elevações na DBO5,20 de um corpo d´água, e podem extinguir o oxigênio na água, provocando o desaparecimento da vida aquática. Um elevado valor da DBO5,20 produz sabores e odores desagradáveis na água, obstrui os filtros de areia utilizados nas estações de tratamento de água, sendo um parâmetro importante no controle das eficiências das estações, tanto de tratamentos biológicos aeróbios e anaeróbios, bem como físico-químicos.

Fósforo Total - PT

O fósforo é um importante elemento para sobrevivência e manutenção da vida de determinados microorganismos. As descargas de esgotos sanitários contribuem significativamente para a presença deste elemento em águas naturais, destacando-se os detergentes superfosfatados empregados em larga escala no uso doméstico. Outras fontes de fósforo são os efluentes de indústrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades excessivas e as águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas. O fósforo apresenta-se em meio aquoso sob as formas orgânicas (fosfato e fotoproteínas) e inorgânica, sendo o principal nutriente para as reações de síntese de determinados tipos de algas. O fósforo é um dos principais nutrientes para os processos biológicos. Entretanto, o excesso de fósforo em esgotos sanitários e efluentes industriais conduz a processos de eutrofização das águas naturais.

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Oxigênio Dissolvido - OD

O oxigênio proveniente da atmosfera dissolve-se nas águas naturais, devido à diferença de pressão parcial, sendo a concentração deste constituinte função das variáveis físicas, químicas e bioquímicas que ocorrem nas mesmas. A taxa de reintrodução de oxigênio dissolvido em águas naturais através da superfície depende da ação fotossintética das algas e das características hidráulicas sendo a taxa de reaeração superficial proporcional a velocidade, de modo que em uma cascata é maior do que a de um rio de velocidade normal, que por sua vez apresenta taxa superior à de uma represa, com velocidade normalmente bastante baixa. A reintrodução do oxigênio na água através da fotossíntese das algas ocorre principalmente em águas eutrofizadas, onde a decomposição de compostos orgânicos, liberam nitrogênio e fósforo, que são utilizados como nutrientes pelas algas. Águas poluídas apresentam baixa concentração de oxigênio dissolvido e as águas limpas apresentam concentrações de oxigênio dissolvido elevadas, chegando até a um pouco abaixo da concentração de saturação. Águas eutrofizadas podem apresentar, durante o período diurno, concentrações de oxigênio bem superiores a 10 mg/L, mesmo em temperaturas superiores a 20°C, caracterizando uma situação de supersaturação, decorrente do fato de que a contribuição fotossintética de oxigênio ser expressiva somente após grande parte da atividade bacteriana na decomposição de matéria orgânica ter ocorrido, terem sido desenvolvidos os protozoários e os decompositores que consomem bactérias clarificando as águas e permitindo a penetração da luz.

Potencial Hidrogeniônico - pH

O pH, que expressa a atividade ou concentração do íon hidrogênio, é importante em diversos equilíbrios químicos, influenciando os ecossistemas aquáticos naturais, determinando a agressividade da água. As restrições de faixas de pH são estabelecidas para as diversas classes de águas naturais (Resolução nº357 do CONAMA, de 25 de março de 2005), que fixa o pH entre 6 a 9 como a faixa ideal para proteção da vida aquática. A água para consumo humano deve apresentar valores de pH entre 6,5 e 8,5, de acordo com a Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde. Outros processos de tratamento de água e de efluentes industriais e domésticos dependem do pH, sendo também um padrão de emissão de esgotos e de efluentes líquidos industriais definidos em legislação federal.

Formas de Nitrogênio

O nitrogênio nas águas naturais apresenta sob diversas formas, dependendo do nível de oxidação. As principais fontes de nitrogênio na água são os esgotos sanitários e efluentes das indústrias químicas, siderúrgicas, farmacêuticas, matadouros, etc. Mecanismos como a biofixação desempenhada por bactérias e algas, que incorporam o nitrogênio atmosférico em seus tecidos, contribuindo para a presença de nitrogênio orgânico nas águas; a fixação química, reação que depende da presença de luz, concorre para as presenças de amônia e nitratos nas águas e as lavagens da atmosfera poluída pelas águas pluviais concorrem para as presenças de partículas contendo nitrogênio orgânico bem como para a dissolução de amônia e nitratos. Outra fonte de contribuição é o escoamento das águas pluviais pelos solos fertilizados. O nitrogênio pode ser encontrado nas águas até a sua estabilização nas formas de nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato, sendo as duas primeiras formas

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reduzidas e as duas últimas, oxidadas. Os compostos de nitrogênio são macronutrientes, sendo exigido em maior quantidade pelas células vivas. A presença do nitrogênio associado ao fósforo e a outros nutrientes provoca o o crescimento exagerado dos seres vivos que os utilizam, especialmente as algas, o que é chamado de eutrofização. A redução do aporte de nitrogênio objetivando o controle da eutrofização é difícil em função da diversidade de fontes deste elemento. De acordo com a resolução nº357/2005 do CONAMA, o nitrogênio amoniacal é padrão de classificação das águas naturais e padrão de lançamento de efluentes.

Variáveis Microbiológicas

Coliformes termotolerantes - CTePrincipais indicadores de contaminação fecal, o grupo de bactérias coliformes inclui os generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria, restritas ao trato intestinal dos animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera.

3.3.2.2 ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT

O Índice de Toxidez – IT foi utilizado combinado com o IQA. O IT é um índice binário (valores 0 e 1), ou seja, quando alguma substância tóxica apresenta valores acima do limite permitido pela Resolução CONAMA N.º 357/2005, o IT assume valor 0 (zero), e quando nenhuma substância tóxica ultrapassar o limite permitido o IT assume o valor 1 (um). A nota final da qualidade de um ponto de amostragem será o produto do IQA pelo IT. Quando o IT = 0 o produto é zero, fazendo com que o IQA assuma valor 0 (zero), classificando a água como da pior qualidade. Quando o IT = 1 o produto confirmará o resultado do IQA. O Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc adotado será aquele resultante do produto do IT pelo IQA, conforme explicado anteriormente.

3.3.2.3 ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET

O índice do estado trófico tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de macrófitas aquáticas.

Das três variáveis utilizadas para o cálculo do Índice do Estado Trófico, foram aplicadas apenas duas: clorofila a e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos, além de muitas vezes não se dispor desses dados. Dessa forma, não será considerado o cálculo do índice de transparência em reservatórios e rios do Estado do Rip Grande do Norte.

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Métodos de análises utilizados nas bacia do Apodi-Mossoró e Piranhas Açu

O IET foi calculado pelo Índice de Estado Trófico para o fósforo - IET (PT) e o Índice de Estado Trófico para a clorofila a - IET (CL), segundo o Índice de Carlson, modificado por Lamparelli (2004), segundo as equações, 3.3. 1 a 3.3.2:

RiosIET (CL) = 10x(6-((-0,7-0,6x(ln CL))/ln 2))-20 3.3.1IET (PT) = 10x(6-((0,42-0,36x(ln PT))/ln 2))-20 3.3.2

Reservatórios

IET (CL) = 10x(6-((0,92-0,34x(ln CL))/ln 2)) 3.3.3IET (PT) = 10x(6-(1,77-0,42x(ln PT)/ln 2)) 3.3.4

Sendo o IET a média aritmética simples dos índices relativos ao fósforo total e a clorofila a, segundo a equação:

IET = [ IET ( PT ) + IET ( CL) ] / 2 3.3.5

onde:PT: concentração de fósforo total, em µg.L-1;CL: concentração de clorofila a, em µg.L-1;ln: logaritmo natural.

Na tabela 3. 15 apresenta-se a classificação das águas naturais, segundo o IET (CETESB/SP)

Tabela 3.15 - Classificação de águas naturais, conforme o IET (CETESB/SP).

Fonte: CETESB/SP

Métodos de análise dos dados utilizados nas demais bacias

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O índice do estado trófico adotado foi o índice clássico introduzido por Carlson modificado por Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de Secchi), clorofila a e ao fósforo total.

Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo. A avaliação correspondente a clorofila a , IET(CL), por sua vez, deve ser considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas.

O índice do estado trófico apresentado é composto pelo índice do Estado Trófico para o fósforo – IET(P), e o índice do estado trófico para a clorofila a – IET(CL), modificado por Toledo, sendo:

IET ((P) = 10 { 6 – [ In (80,32/P)/In 2]} 3.3.6IET ((CL) = 10 { 6 – [ In (2,04 – 0,695 In CL)/In 2]} 3.3.7

Onde:P = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em μ g.L-1CL = concentração de clorofila a medida á superfície da água, em μ g.L-1In = logaritmo natural

No caso de não haver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice será calculado com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo apenas constar uma observação junto ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi utilizado.

Em virtude da variabilidade sazonal dos processos ambientais que tem influencia sobre o grau de eutrofização de um corpo hídrico, esse processo pode apresentar variações no decorrer do ano, havendo épocas em que se desenvolve de forma mais intensa e outras em que pode ser mais limitado. Em geral, com o aumento da temperatura da água, maior disponibilidade de nutrientes e condições propícias de penetração de luz na água, é comum observar-se um incremento do processo. No período do inverno, ele se mostra menos intenso. Nesse sentido, a determinação do grau de eutrofização médio anual de um corpo hídrico pode não identificar de forma explícita as variações que ocorreram ao longo do período do ano.

Na tabela 3. 16 apresenta-se a classificação das águas naturais, segundo o IET (OTT, 1978)

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Tabela 3.16 - Classificação de águas naturais, conforme o IET.

Índice (IET) Qualidade≥ 61 Hipereutrófico

51 - 60 Eutrófico41- 50 Mesotrófico21 - 40 Oligotrófico

≤ 20 Ultraoligotrófico Fonte: OTT (1978)

4.0 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste relatório não são apresentados os resultados de resíduos de agrotóxicos.

4.1 BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ

A bacia hidrográfica Apodi/Mossoró, localizada na região oeste potiguar, é a segunda maior do Estado, ocupando 26,8% de sua área. Apesar de sua importância sócio-econômica para a região, tem sofrido consequências diretas de atividades antrópicas, que acabam constituindo-se em fonte de contaminação e uma ameaça ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, é de extrema importância o conhecimento da qualidade de suas águas superficiais e subterrâneas, de forma a planejar o gerenciamento adequado deste recurso hídrico, avaliando impactos e prevenindo sua degradação. Na figura 4.1 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água.

Nesta bacia foram selecionados 26 pontos de amostragem: APM01–Açude Encanto, APM02–Açude Bonito II, APM03–Açude Jesus, Maria, José, APM4–Açude Flechas, APM05–Açude Público de Pau dos Ferros, APM06–Açude Público de Pilões, APM07–Açude Público de Marcelino Vieira, APM08– Açude 25 de Março; APM09–Açude de Lucrécia, APM10–Açude Rodeador, APM11–Açude do Brejo, APM12–Açude Malhada Vermelha, APM13–Açude Passagem, APM14–Açude Morcego, APMP15– Açude Santo Antonio, APM16–Açude Apanha Peixe, APM17–Barragem de Santa Cruz, APM18– Rio Apodi/Mossoró - Pedra de Abelhas – Felipe Guerra, APM19– Rio Apodi/Mossoró – Gov. Dix-Sept Rosado, APM20– Rio Apodi/Mossoró – Barragem do Genésio, APM21– Rio Apodi/Mossoró – Passagem de Pedra, APM 22– Rio Apodi/Mossoró –Areia Branca, APM 23– Ponte – BR101, APM 24– Açude Barragem de Umari, APM 25– Rio do Carmo-Upanema e APM 26– Rio do Carmo- Fazenda Angicos.

Na tabela 4.1 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

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Fonte: IGARN (2009)Figura 4.1 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró

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Tabela 4.1- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

APM01 APM02 APM03 APM04 APM05 APM06 APM07 VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 7,8 7,51 7,8 8,12 8,49 7,9 8,28 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L1) 9,9 8,8 10,2 9,2 10,9 9,2 11,1 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 6,7 8,3 14,3 12,9 14,7 9,5 5,6 ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 13,92 13,22 14,27 13,92 13,92 14,62 13,22 ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

3 6 0 49 0 12 0 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 6, 3388 0, 545 9, 2301 4211,2 11,495 212,70 7,3141 -

Fósforo Total (mg/L) 0, 2999 0, 3977 0, 8364 4,83 0,5243 0,5584 4,3555≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais Dissolvidos (mg/L) 283,6 209,5 122,6 193,7 205,74 165,00 94,22 -

Turbidez (NTU) 5 63 17 0 20 0 4 ≤ 1001

Índice (IQA) 75 72 69 38 67 48 58 -Qualidade Boa Boa Boa Aceitável Boa Aceitável Boa -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,05 0,07 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,05 < 0,04 < 0,04 0,05 < 0,04 < 0,04 < 0,04 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1 0 1 1 1 1 1 -IQAc 75 0 69 38 67 48 58 -

Qualidade Boa Imprópria Boa Aceitável Boa Aceitável Boa -Índice do Estado Trófico (IET) 67,5 62,4 72,1 76,7 72,1 68,6 80,4 -

Categoria hipereutrófico Eutrófico Hipereutrófico Hipereutrófico Hipereutrófico HipereutróficoHipereutrófic

o-

Temperatura da amostra (0C) 27,8 27,4 28,4 28 28,6 28,1 28 -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 0,00 0,00 26,8 13,2 29,8 11,4 12,2 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 10,4 0,89 18,9 23,9 33,0 7,43 72,4 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,00 0,11 0,00 0,05 0,13 0,19 0,00 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) ND ND ND ND ND ND ND(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) 9 12 12 11 9 13 9Transparência (m) 0,6 0,8 0,8 0,6 0,6 1 0,4

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. APM01–Açude Encanto; APM02–Açude Bonito II; APM03–Açude Jesus Maria José; APM04–Açude Flechas; APM05–Açude Público de Pau dos Ferros; APM06–Açude Público de Pilões e APM07–Açude Público de Marcelino Vieira.

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Tabela 4.1(continuação) -Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

APM08 APM09 APM10 APM11 APM12 APM13 APM14 VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 8,13 7,8 8,02 7,98 7,8 8,14 7,9 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 8,8 10,4 11,9 10,9 9,1 9,9 7,5 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 9,2 1,4 5,2 7,9 8,1 4,1 5,4 ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 13,92 13,57 14,27 13,22 13,57 14,27 14,27 ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

14 4 0 0 0 0 3 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 8,4518 4,6704 6,3628 3,3065 10,02 5,5801 0,3903 -

Fósforo Total (mg/L) 0,3406 0,4596 0,2680 0,3200 0,3272 0,3239 0,3172≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124

≤ 0,0623;Sólidos Totais Dissolvidos (mg/L) 241,4 134,1 120,6 123,1 121,2 106,4 6,03 -

Turbidez (NTU) 9 22 0 11 0 0 0 ≤ 1001

Índice (IQA) 76 68 74 73 83 77 80Qualidade Boa Boa Boa Boa Ótima Boa Ótima -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) 0,08 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) < 0,04 < 0,04 < 0,04 0,07 < 0,04 < 0,04 < 0,04 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 0 1 1 1 1 1 1 -IQAc 0 68 74 73 83 77 80 -

Qualidade Imprópria Boa Boa Boa Ótima Boa Ótima -Índice do Estado Trófico (IET) 66,2 69,9 63,2 66,2 70,5 66,9 70,4 -

Categoria SupereutróficoHipereutrófic

oSupereutrófico Supereutrófico Hipereutrófico

Supereutrófico

Hipereutrófico -

Temperatura da amostra (0C) 8,5 27,5 27,5 27,7 27,8 27,5 26,9 -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 11,6 84,8 38,8 42,2 46,4 106,4 89,2 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 5,09 15,9 2,04 5,48 30,7 7,39 30,8 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,03 0,00 0,09 0,03 0,21 0,00 -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) ND ND ND ND ND ND ND(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/

pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) 7 10 16 11 8 15 6Transparência (m) 0,8 0,9 1,2 0,8 0,6 0,8 0,4

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. APM08– Açude 25 de Março; APM0m9–Açude de Lucrécia; APM 10–Açude Rodeador; APM 11–Açude do Brejo; APM 12–Açude Malhada Vermelha; APM 13–Açude Passagem e APM 14–Açude Morcego.

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Tabela 4.1(continuação) -Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

APM15 APM16 APM17 APM 18 APM 19 APM 20 APM 21 VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 7,5 7,7 8,05 8,04 7,89 8,08 8,65 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 10,1 9,1 11,2 12,4 14,3 11,2 11,5 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 10,8 6,0 5,5 9,4 2,1 12,0 11,6 ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 13,92 14,27 13,92 13,57 13,57 13,57 14,27 ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

0 0 4 0 0 8 0 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 5,5109 947,35 979,55 1,5839 3,0074 1,0273 9,0677 -

Fósforo Total (mg/L) 0,4635 1,0436 0,1854 0,4495 0,3328 0,1128 1,8760≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124

≤ 0,0623;Sólidos Totais Dissolvidos (mg/L)) 6,08 17,52 3,5 55,16 75,88 169,78 220,48 -

Turbidez (NTU) 0 260 0 5 0 2 73 ≤ 1001

Índice (IQA) 77 37 49 73 75 75 52 -Qualidade Boa Aceitável Aceitável Boa Boa Boa Boa -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 0,05 < 0,04 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1 1 1 1 1 1 1 -IQAc 77 37 49 73 75 75 52 -

Qualidade Boa Aceitável Aceitável Boa Boa Boa Boa -Índice do Estado Trófico (IET) 69,6 72,5 67,6 59,6 65,2 60,1 - -

Categoria HipereutróficoHipereutrófic

oHipereutrófico Eutrófico Supereutrófico Eutrófico - -

Temperatura da amostra (0C) 27,2 28 27,8 34 31,2 29,2 28,5 -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 24 12 27,46 72 64,8 77,2 125,6 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 17,8 16,7 19,5 1,50 6,52 3,80 204,0 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,00 0,07 0,01 0,00 0,09 0,45 0,80 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) ND 0,0533 ND ND 0,0266 0,0098 0,0438(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/

pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) 5 6 +20 <1 <1 <1 <1Transparência (m) 0,4 0,2 1,2 0 0 0 0

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. APMP15–Açude 25 Santo Antonio; APM16–Açude Apanha Peixe; APM17–Barragem de Santa Cruz; APM18– Rio Apodi/Mossoró /Felepe Guerra; APM19– Rio Apodi/Mossoró/Gov. Dix-Sept Rosado; APM20– Rio Apodi/Mossoró/Barragem do Genésio e APM21– Rio Apodi/Mossoró – Passagem de Pedra.

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Tabela 4.1(continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

APM22 APM23 APM24 APM 25 APM 26 -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 8,1 8,9 8,4 8,34 8,35 -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 8,5 12,8 10,2 10,5 10,2 -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 5,4 4,3 3,8 4,5 6,1 -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 14,27 14,96 14,96 14,62 14,62 -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

0 0 0 0 6 -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 18,112 13,895 2,9328 5,612 2,1546 -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,1781 0,4841 0,5656 0,2463 0,1910 -- --≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124

≤ 0,0623;Sólidos Totais Dissolvidos (mg/L) 711,54 9,58 2,98 3,5 5,16 -- -- -

Turbidez (NTU) 36 18 0 0 0 -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 75 64 76 76 80 -- -- -Qualidade Boa Boa Boa Boa Ótima -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) 0,08 < 0,05 < 0,05 0,06 < 0,05 -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,07 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 0 1 1 0 1 -- -- -IQAc 0 64 76 0 80 -- -- -

Qualidade Imprópria Boa Boa Imprópria Ótima -Índice do Estado Trófico (IET) 48,1 50,4 62,2 54,0 52,7 -- -- -

Categoria Oligotrófico Oligotrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 28,3 30,4 28,7 29,5 30,3 -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 76 166 26 78 39 -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,18 0,17 0,54 0,59 0,51 -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,82 0,08 0,00 0,02 0,00 -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) ND 0,0366 ND ND ND -- --(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/

pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) <1 <1 12 <1 <1Transparência (m) 0,4 0,5 1,4 1,4 0,8

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. APM 22– Rio Apodi/Mossoró –Areia Branca; APM 23– Ponte – BR101; APM 24– Açude Barragem de Umari; APM 25– Rio do Carmo- Upanema; APM 26– Rio do Carmo- Fazenda Angicos.

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APM01 - Açude Encanto

O ponto APM1 refere-se ao Açude Encanto, apresenta profundidade de 9 m (no local da coleta) e 0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰

A temperatura da amostra medida foi de 27,8 ºC, o pH da amostra (7,8) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra foi baixa (5 uT) e inferior ao VLP (≤100 uT). Neste ponto não se detectou óleos e graxas (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de STD foi de aproximadamente 284 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L.

O limite mínimo estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 é de 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (9,9 mg/L) encontra-se satisfatório. No entanto, a DBO calculada (6,7 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,9 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total (0,29 mg/L) encontra-se muito elevado e não atende ao VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 6,34 mg/L. Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi de 10,4 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L).

Quanto aos metais, foi encontrado um teor de 0,05 mg/L de zinco, menor que o VLP que é 0,18 mg/L. Os demais não foram detectados. Também não se identificou quantidade significativa de coliformestermotolerantes (3 NMP/100 mL). Por outro lado, o açude apresentou grande densidade de cianobactérias (aproximadamente 202.224 células/mL). A Resolução 357/2005 CONAMA estabelece até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. A Portaria 518/2004-MS limita este parâmetro em 20.000 células/mL.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 75 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, foi de 67,5 que corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM02 - Açude Bonito II

O ponto APM2 refere-se ao Açude Bonito II. Apresenta profundidade de 12 m no local da coleta e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005.Salinidade medida 0,1 ‰

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No momento da coleta mediram-se: temperatura (27,4 ºC); pH (7,51) que situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2; turbidez (63 uT) e inferior ao VLP (≤100 uT). Assim como em APM1, neste ponto também não se detectou óleos e graxas. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 209 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), (Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD).

A concentração medida de OD foi de 8,8 mg/L e portanto acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. No entanto, a DBO calculada (8,3 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,2mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi aproximadamente de 0,4 mg/L, este valor encontra-se muito acima do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,54 mg/L. Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi insignificante (0,89 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Em relação aos metais, foi encontrado 0,07 mg/L de chumbo total, ultrapassando o valor máximo permitido pela Resolução que é 0,01 mg/L. Os demais não foram detectados.. Também não seidentificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (6 NMP/100 mL). Neste ponto não se avaliou densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 72 o que corresponde a uma BOAqualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, foi de 62,4correspondendo a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO, como já esperado, a concentração de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM03 - Açude Jesus Maria José

O ponto APM3 refere-se ao Açude Jesus Maria José, com profundidade de 12 m (no local da coleta) e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰

No momento da coleta foram verificados: temperatura (28,4 ºC); pH (7,8) dentro do esperado para enquadramento para águas doces, classe 2; turbidez (17 uT), inferior ao VLP (≤100 uT). Neste ponto verifica-se concentração de óleos e graxas um pouco expressivo, com 26,8 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 123 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor aceitável até para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS que estabelece um limite de 1000 mg/L para STD.

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A concentração medida de OD foi de 10,2 mg/L e portanto acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. No entanto, a DBO calculada (14,3 mg/L) ultrapassa em 286 % o valor máximo da referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, aResolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,3 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total aproximadamente de 0,8 mg/L encontra-se acima do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 9,23 mg/L. Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi 18,9 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L).

Não foram detectados metais pesados e coliformes termotolerantes. O referido açude apresentoudensidade de cianobactérias de 158.060 células/mL, e, portanto, acima do que permite a Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e ao limite da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 69 o que corresponde a uma BOAqualidade. O IET calculado (72,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como esperado, a concentraçãode fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM04 - Açude Flechas

O ponto APM4 refere-se ao Açude Flechas, com profundidade de 11 m (no local da coleta) e 0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.Salinidade medida 0,05 ‰

A temperatura da amostra foi de 28 ºC; pH (8,5) dentro do esperado para enquadramento para águas doces, classe 2. Neste ponto não existe turbidez. A concentração de OG foi baixa, aproximadamente 13,2 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 194 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração medida de OD foi de 9,2 mg/L e portanto acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. No entanto, a DBO calculada (12,9 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida da Resolução 357/2005 CONAMA que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,9 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

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Pode-se perceber que a concentração de fósforo total está muito elevada (4,8 mg/L), ultrapassando em 16.000 % ao VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Da mesma forma concentração de nitrogênio total 4.111,2 mg/L (possivelmente este valor contêm erro experimental e não deve ser considerado). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi 23,9 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L).

Quanto aos metais, foi encontrado um teor de 0,05 mg/L de zinco, menor que o VLP que é 0,18 mg/L. Os demais não foram detectados. Os coliformes termotolerantes foi baixo (49 NMP/100 mL) e inferiorao limite do CONAMA (<1.000 NMP/100 mL). O referido açude apresentou densidade de cianobactérias de 435.864 células/mL, e, portanto, acima do que permite a Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2, bem como, ao limite da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 38 o que corresponde a uma ACEITÁVEL qualidade. O IET calculado (76,7), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como esperado, devido a elevada concentração de nutrientes neste açude.

APM05 – Açude Público de Pau dos Ferros

O ponto APM5 refere-se ao Açude Público de Pau dos Ferros. O referido açude possui profundidade de 9 m no ponto da coleta e 0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,13 ‰

No momento da coleta foram verificados: temperatura (28,6 ºC); pH (8,49) dentro do esperado para enquadramento para águas doces, classe 2; turbidez (20 uT), inferior ao VLP (≤100 uT); OG apresentou-se um pouco elevado, com 29,8 mg/L, (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 206mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor aceitável até para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

Verificou-se elevada concentração de OD (10,9) mg/L - acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO calculada também foi alta (14,7 mg/L) e bem maior que o VLP máximo que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,9mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,5 mg/L e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 11,5 mg/L. Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi elevada, 33 µg/L ultrapassando o VLP (30 µg/L).

Não foram detectados metais pesados e coliformes termotolerantes. O açude apresentou densidade decianobactérias muito elevada (1.070.848 células/mL), e, portanto, muito acima do que permite a

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Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 67 que corresponde a uma ACEITÁVEL qualidade. O IET calculado (72,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM06 – Açude Público de Pilões

O ponto APM5 refere-se ao Açude Público de Pilões. O referido açude possui profundidade de 13 m no ponto da coleta e 1 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,19 ‰)

A temperatura medida (28,1 ºC) condiz com a normalidade do clima e da temperatura ambiente. O pH (7,9) e turbidez (0 uT) medidos estão em conformidade com as águas doces, classe 2. A concentração de OG foi de baixa com 11,4 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). STD foi baixo (165 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L). Estevalor pode ser aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O OD medido foi de 9,2 mg/L - acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L e a DBO calculada foi de 9,5 mg/L - maior que o VLP máximo que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,5 mg/L e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 202,7 mg/L (possivelmente este dado apresenta algum erro experimental e deve ser verificado nas próximas análises). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi de 7,43 µg/L e portanto inferior ao VLP (30 µg/L).

Não foram detectados metais pesados. A quantidade estimada de coliformes termotolerantes ( 12NMP/100 mL) foi insignificante. O açude apresentou densidade de cianobactérias de 121.254células/mL, e, portanto, muito acima do que permite a Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. A Portaria 518/2004-MS estabelece um limite de 20.000 células/mL.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 48 o que corresponde a uma ACEITÁVEL qualidade. O IET calculado (68,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como já esperado, a concentração de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

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APM7 – Açude Público de Marcelino Vieira

O ponto APM7 refere-se ao Açude Público de Marcelino Vieira. O referido açude possui profundidade de 9 m no ponto da coleta e 0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,0 ‰)

Os parâmetros medidos in loco: temperatura- 28 ºC (normal e condizente ao clima e temperatura ambiente), pH- 8,3 e turbidez- 4 uT atendem aos VLPs de referência. A concentração de OG foi relativamente baixa com 12,2 mg/L (OG). O valor obtido de STD também foi baixo (94 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L) e pode ser aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O oxigênio medido foi de 11, 2mg/L e atende ao VLP para as águas doces de classe 2 que é de no mínimo 5 mg/L. A DBO calculada foi levemente superior ao desejado (5,6 mg/L), VLP ≤ 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,2 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi muito elevada (4,35 mg/L), superando em 14.500% o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 7,31 mg/L (não se tem VLP de referência para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. Como esperado, a clorofila ‘a’ também foi elevada (72,4 µg/L) e portanto superior ao VLP (30 µg/L).

Não foram detectados metais pesados e coliformes termotolerantes nas amostras analisadas. O açudeapresentou densidade de cianobactérias de 730.329 células/mL, e, portanto, muito acima do que permite a Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. A Portaria 518/2004-MS estabelece um limite de 20.000 células/mL. A espécie Cylindrospermopsis raciborskii representou > 80% da população do fitoplâncton. Cylindrospermopsis raciborskii é uma espécie potencialmente produtora de hepatoxina e neurotoxina e por isso a sua dominância representa riscos à saúde humana.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 58 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (80,4), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como já esperado pelos elevados valores obtidos para fósforo e clorofila ‘a’.

APM08 – Açude 25 de Março

O ponto APM8 refere-se ao Açude 25 de Março. O referido açude possui profundidade de 7 m no pontoda coleta e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,03 ‰

O valor obtido para temperatura da água (8,5 ºC) não condiz com os padrões normais, é provável que tenha ocorrido erro de leitura ou de preenchimento de dados.Os valores de pH (8,13) e de turbidez (9 uT) atendem ao VLP de referência para as águas doces, classe 2. Os valores obtidos para OG (11,6

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mg/L) e STD (165 mg/L) foram baixos. A concentração medida de STD ficou abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L) e pode ser considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração de OD foi satisfatória (8,8 mg/L) e atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. Contrariamente a DBO calculada (9,2 mg/L) superou o limite permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, ovalor obtido foi elevado (13,9 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de PT (0,34 ml/L) também foi elevada e superou em 1.135 % o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 8,45 mg/L (não se tem referência para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ foi baixa (5,09 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Em relação aos metais, foi encontrado 0,08 mg/L de chumbo total, ultrapassando o valor máximo permitido pela Resolução que é 0,01 mg/L. Os demais não foram detectados.. A quantidade estimada decoliformes termotolerantes (14 NMP/100 mL) foi insignificante. O açude apresentou densidade de cianobactérias de 39.592 células/mL, e, portanto, inferior ao limite permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. Por outro lado, esta densidade não atende a Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL).

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 76 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (66,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM09 – Açude de Lucrécia

O ponto APM9 refere-se ao Açude de Lucrécia. O referido açude possui profundidade de 10 m no pontoda coleta e 0,9 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰

A temperatura medida (27,5 ºC) situou-se dentro do esperado. Os valores de pH e turbidez estão compatíveis com os valores de referência (tabela 4.1). Neste ponto, óleos e graxas esteve presente em elevada concentração (84,8 mg/L), possivelmente, este resultado reflete a atividade econômica da exploração de petróleo da região de Apodi. O valor de STD (134 mg/L) foi baixo (VLP para STD ≤ 500 mg/L) e pode ser aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração de OD foi satisfatória (10,4 mg/L) e atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada (1,4 mg/L) foi baixa e inferior ao limite permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

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A concentração de PT (0,46 ml/L) também foi elevada e superou em 1.533 % o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 4,67 mg/L (não se tem referência para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ foi relativamente baixa (15,9 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Como nos pontos anteriores, não foram detectados metais pesados. A quantidade estimada de coliformestermotolerantes (4 NMP/100 mL) foi insignificante. O açude apresentou elevada densidade de cianobactérias (197.220 células/Ml), e, portanto, superior ao limite permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. Esta densidade também não atende a Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL).

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 68, o que corresponde a uma boa qualidade. O IET calculado (69,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM10 – Açude Rodeador

O ponto APM10 refere-se ao Açude Rodeador. O referido açude possui profundidade de 16 m no pontoda coleta e 1,2 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,09 ‰

O valor da temperatura medida situou-se dentro do esperado (27,5 ºC). O pH e turbidez estão compatíveis com os valores de referência (tabela 4.1). Assim como em APM8, neste ponto, óleos e graxas também esteve presente em elevada concentração (38,8 mg/L), possivelmente, este resultado reflete a atividade econômica da exploração de petróleo da região de Apodi. O valor de STD (120,6mg/L) ficou abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração de OD foi satisfatória (11,9 mg/L) e atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada (5,2 mg/L) situou-se próximo ao limite máximo permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,3 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de PT (0,27 ml/L) foi elevada e superou em 900% o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 6,36 mg/L (não se tem referência para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (2,04 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Não se detectou metais pesados neste açude. Também não se detectou coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 74 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (63,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,

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corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO, como já esperado, pela elevada concentração de PT obtida, na qual, sugere indicação de possível processo de eutrofização.

APM11 – Açude do Brejo

O ponto APM11 refere-se ao Açude do Brejo. O referido açude possui profundidade de 11 m no pontoda coleta e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,04 ‰

O valor da temperatura situou-se dentro do esperado. O pH e turbidez estão compatíveis com os valores de referência (tabela 4.1). A concentração de óleos e graxas foi representativa com 42,20 mg/L, possivelmente, este resultado reflete a atividade econômica da exploração de petróleo da região de Apodi. O valor de STD (123 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração de OD foi de 10,9 mg/L e portanto atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. Quanto a DBO, o valor obtido de 7,9 mg/L supera o limite permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,2 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras esalinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de PT (0,31 ml/L) foi elevada e superou em 1.033 % o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 3,31 mg/L (não se tem referência para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ foi baixa (5,48 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Quanto aos metais, foi encontrado um teor de 0,07 mg/L de zinco, menor que o VLP que é 0,18 mg/L. Os demais não foram detectados. Nesta amostra houve ausência de coliformes termotolerantes. Este ponto não faz parte da seleção para monitoramento de densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 73 o que corresponde a uma BOAqualidade. O IET calculado (66,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM12 – Açude Malhada Vermelha

O ponto APM12 refere-se ao Açude Malhada Vermelha. O referido açude possui profundidade de 8 m no ponto da coleta e 0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,21 ‰

No momento da coleta foram verificados temperatura (27,8 ºC), pH (7,8) e turbidez (0 uT), todos estes parâmetros satisfazem aos valores normais esperados. OG apresentou-se elevado, com 46,4 mg/L, possivelmente, este resultado reflete a atividade econômica da exploração de petróleo da região de

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Apodi . A concentração de sólidos totais dissolvidos foi baixa (121,2 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável até para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

Verificou-se elevada concentração de OD (9,10 mg/L) o que favorece a uma condição salutar ao corpo aquático, o valor obtido está acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO calculada também foi alta (8,1 mg/L) e superior ao VLP máximo que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,33 mg/L e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 10,20 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi relativamente elevada (30,7 µg/L) situando-se próximo ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se detectoupresença de coliformes termotolerantes. O ponto APM12 não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 83 o que corresponde a uma ÓTIMA qualidade. O IET calculado (70,5), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização. Os resultados obtidos para OD e DBO também pressupõem característica de um corpo aquático eutrofizado

APM13 – Açude Passagem

O ponto APM13 refere-se ao Açude Passagem. O referido açude possui profundidade de 15 m no pontoda coleta e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰

Os valores obtidos de temperatura (27,5 ºC), pH (8,14) e turbidez (0 uT) satisfazem aos valores esperados. OG apresentou-se muito elevado (106,4 mg/L) com concentração semelhante aos obtidos nos esgotos de origem doméstica, possivelmente, este resultado reflete a atividade econômica da exploração de petróleo da região de Apodi . A concentração de sólidos totais dissolvidos foi baixa (106,4 mg/L),ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L) e, aceitável até para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

Este ponto apresentou valores de OD e DBO compatíveis com os valores de referência. O OD foi de 9,9mg/L quando o limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 é de 5 mg/L. A DBO apresentou-se relativamente baixa (4,1 mg/L) e inferior ao máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,3 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

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A concentração de fósforo total foi elevada (0,33 mg/L) e supera em 1.100% o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 5,58 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foibaixa (7,39 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se detectou presença de coliformes termotolerantes. O ponto APM12 apresentou densidade de cianobactérias de 47.376 céls./mL, esta densidade situa-se próximo ao limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e supera o limite da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 77 o que corresponde uma BOA qualidade. O IET calculado (66,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi muito elevada e superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM14 – Açude Morcego

O ponto APM14 refere-se ao Açude Morcego. O referido açude possui profundidade de 6 m no ponto da coleta e 0,4 m de transparência. Devido a problemas técnicos não foi possível determinar a salinidade da amostra. No entanto, os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

Os valores obtidos de temperatura (26,9 ºC), pH (7,9) e turbidez (0 uT) satisfazem aos valores esperados. OG apresentou-se muito elevado (89,20 mg/L) com concentração semelhante aos obtidos nos esgotos de origem doméstica, possivelmente, este resultado reflete a atividade econômica da exploração de petróleo da região de Apodi . A concentração de sólidos totais dissolvidos foi insignificante (6,03mg/L) e muito inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Da mesma forma para o enquadramento daPortaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

O valor obtido de OD (7,9 mg/L) está compatível com o VLP estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO apresentou-se relativamente alta (5,4 mg/L) e superior ao máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,3 mg/L) considerando que o padrãode COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração fósforo total foi elevada (0,32 mg/L) e e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 6,3 1mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal na amostra. O valor obtido para aclorofila ‘a’ foi relativamente elevado (30,8 µg/L) e superior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. A quantidade de coliformestermotolerantes encontrados na amostra foi insignificante (3 NMP/100 mL). O ponto APM12 não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

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O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 80 o que corresponde a uma ÓTIMA qualidade. O IET calculado (70,4), considerando a ponderação somente para a clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

APM15 – Açude Santo Antonio

O ponto APM15 refere-se ao Açude Santo Antonio. O referido açude possui profundidade de 5 m no ponto da coleta e 0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰

Os valores obtidos de temperatura (27,2 ºC), pH (7,5) e turbidez (0 uT) satisfazem aos valores esperados. OG apresentou-se com concentração moderada (24 mg/L). A concentração de sólidos totais dissolvidos foi muito baixa (6,08 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor portanto, pode ser aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

Este ponto apresentou valores de OD e DBO muito próximos, o que não é normal para um ambiente aquático de boa qualidade. A concentração obtida de OD foi de 10,1 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), a DBO foi de 10,8 mg/L e supera ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,9 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,46 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 5,51mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). Não se observou presença de nitrogênio amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi de 17,8 µg/L e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se detectou presença de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 77 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (69,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM16 – Açude Apanha Peixe

O ponto APM16 refere-se ao Açude Apanha Peixe. O referido açude possui profundidade de 6 m no ponto da coleta e 0,2 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,08 ‰.

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Os valores obtidos de temperatura (28 ºC) e pH (7,7) satisfazem aos esperados. Diferentemente dos pontos anteriores desta bacia, este, apresentou turbidez elevada (260 uT) e supera o limite de referência (≤ 100 mg/L). OG apresentou-se com concentração baixa (12 mg/L). A concentração de STD foi baixa (17,52 mg/L) e muito inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode também ser aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

A concentração obtida de OD foi satisfatória (9,10 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), no entanto, a DBO obtida (6 mg/L) supera o valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,3 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (1,04 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O NT apresentou-se demasiadamente elevado com uma concentração medida de 947 mg/L (possivelmente este valor apresenta algum erro esperimental). O nitrogênio amoniacal obtido (0,053 mg/L) apresentou-se compatível ao pH medido (nitrogênio amoniacal igual a 2 para 7,5 < pH ≤ 8). A clorofila ‘a’ medida foi de 16,7 µg/L e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se detectou presença de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 37 o que corresponde a uma ACEITÁVEL qualidade. O IET calculado (72,5), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

APM17 – Açude Barragem de Santa Cruz

O ponto APM17 refere-se ao Açude Barragem de Santa Cruz. O referido açude possui profundidade superior a 20 m no ponto da coleta e 1,2 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,01 ‰.

Os valores obtidos de temperatura (27,8 ºC), pH (8,05) e turbidez (0 uT) satisfazem aos valores esperados. OG apresentou-se com concentração moderada (27,46 mg/L). A concentração de STD foi desprezível (3,5 mg/L) ficando muito abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor portanto, pode ser aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

A concentração obtida de OD foi satisfatória (11,2 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), no entanto, a DBO obtida (5,5 mg/L) situou-se levemente superior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,9 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,18mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Assim como em APM16, o NT apresentou-se demasiadamente elevado com uma concentração medida de 979 mg/L (possivelmente este dado apresenta algum erro experimental). Não se

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verificou nitrogênio na forma amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi de 19,5 µg/L e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados . O número de coliformes termotolerantes foi insignificante (4 NMP/100 mL), porém apresentou elevada densidade de cianobactérias (49.504 céls./mL). Esta densidade situa-se próximo ao limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e superior ao limite da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 49 o que corresponde a uma ACEITÁVEL qualidade. O IET calculado (67,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

APM18 – Rio Apodi Mossoró- Felipe Guerra- Pedra de Abelhas

O ponto APM18 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Felipe Guerra- Pedra de Abelhas. O referido ponto é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0 m de trasparência). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,00 ‰.

O valor obtido de temperatura (34 ºC) é normal ao clima da região em estudo. Os valores de pH (8,04) e turbidez (5 uT) atendem aos VLPs para águas doces, classe 2. OG apresentou-se elevado (72 mg/L), esteresultado pode refletir a atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi. A concentração de STD foi de 55,16 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

A concentração obtida de OD foi satisfatória (12,4 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), no entanto, a DBO obtida (9,4 mg/L) supera o valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,45 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). O valor para o NT foi de 1,58 mg/L (NT não é padrão de referência da Resolução CONAMA 357/2005). Não se verificou nitrogênio na forma amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (1,5 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se identificou coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 73 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (59,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

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APM19 – Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado

O ponto APM19 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado. Assim como em APM18, este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0 m de trasparência).Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,09 ‰.

O valor obtido de temperatura (31,2ºC) é normal ao clima da região em estudo. Os valores de pH (7,89) e turbidez (0 uT) atendem aos VLPs para águas doces, classe 2. Igualmente a APM18, OG também apresentou-se elevado (64,8 mg/L), este resultado pode refletir a atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi. A concentração de STD foi de 75,88 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).

Os valores de OD e DBO foram compatíveis aos esperados. A concentração obtida de OD foi de 14,3mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida foi de 2,1 mg/L e está abaixo do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,33 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). O valor para o NT foi de 3,00 mg/L (NT não é padrão de referência da Resolução CONAMA 357/2005). O nitrogênio amoniacal foi de 0,03 mg/L e portanto está condizente com a resolução (nitrogênio amoniacal igual a 2 para 7,5 < pH ≤ 8,0). A clorofila ‘a’ medida foi baixa (6,52 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se identificou coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultará em um IQAc igual ao IQA de 75 correspondendo a uma BOA qualidade. O IET calculado (65,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.

APM20 – Rio Apodi Mossoró- Barragem do Genésio

O ponto APM20 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Barragem do Genésio. Assim como em APM18 e APM19, este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0 m de transparência).Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,4 ‰.

O valor obtido de temperatura (29,2) é normal ao clima da região em estudo. Os valores de pH (8,08) e turbidez (2 uT) atendem aos VLPs para águas doces, classe 2. OG apresentou-se elevado (77,2 mg/L), este resultado pode refletir a atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi.

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A concentração de STD foi de 169,78 mg/L ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valoré portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).

Os valores de OD e DBO foram muito próximos, este comportamento não é muito comum em corpos d´águas com uma boa qualidade ambiental. A concentração obtida de OD foi satisfatória (11,2 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida (12 mg/L) foi um pouco superior ao OD e muitomaior que o valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, aResolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,11 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O valor para o NT foi de 1,03mg/L (NT não é padrão de referência da Resolução CONAMA 357/2005). O nitrogênio amoniacal foi baixo com uma concentração de 0,0098 mg/L e portanto está condizente com a resolução (nitrogênio amoniacal igual a 1 para 8 < pH ≤ 8,5). A clorofila ‘a’ medida foi baixa (3,8 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Em relação aos metais, foi encontrado um teor de 0,05 mg/L de zinco, menor que o VLP que é 0,18 mg/L. Os demais não foram detectados. O número de coliformes termotolerantes obtidos foi muito baixo (8 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 75 correspondendo a uma BOA qualidade. O IET calculado (60,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.

APM21 – Rio Apodi Mossoró- Passagem de pedra

O ponto APM21 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Passagem de Pedra. Assim como em APM18, APM19 e APM20, este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0 m de transparência). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.Salinidade medida 0,8 ‰.

A temperatura medida (28,5 ºC) se equipara a temperatura do ambiente.O pH foi de 8,65 e portanto está levemente fora dos valores comuns encontrados para o tipo de ambiente (oscila entre 6,5 a 8,5), no entanto, valores altos de pH podem ser encontrados em locais onde a evaporação supera a precipitação, como é o caso da região. Apesar de não se ter VLP para a turbidez em águas salobras, o valor obtido da turbidez foi baixo (73 uT).

Como já esperado para este ponto, a concentração de TOG (125,6 mg/L) apresentou-se elevada devidopossivelmente a existência da atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi. STD foi baixo (3 mg/L), STD não é um parâmetro de controle para a classe de água da resolução, no entanto, o valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

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Os valores de OD e DBO foram muito próximos, este comportamento não é muito comum em corpos d´águas com uma boa qualidade ambiental. A concentração obtida de OD foi satisfatória (11,5 mg/L) e superior ao VLP mínimo para águas salobras (5 mg/L). Por outro lado, a DBO obtida (11,6 mg/L) foi elevada apesar de não se dispor de um valor de referência deste parâmetro para as águas salobras. O COT apresentou-se elevado (14,3 mg/L) e superior ao máximo estabelecido que é de até 3 mg/L.

Quanto às concentrações de nutrientes tem-se: o fósforo total foi de 1,87 mg/L e superior ao VLP (0,124 mg/L). Assim como nas águas doces, também não se tem limites para nitrogênio total, no entanto, o NT foi relativamente elevado (9,0677 mg/L). O nitrogênio amoniacal foi de 0,0438 mg/L e atende ao máximo valor de referência que é de 0,4 mg/L. Quanto a clorofila ‘a’, esta apresentou-se com valor muito elevado (204 µg/L). Não se dispõe de VLP para a clorofila ‘a’ para as águas salobras, classe 1.

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se detectou presença de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 52 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (78,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

APM22 – Rio Apodi Mossoró- Areia Branca

O ponto APM22 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Areia Branca. Assim como nos pontos anteriores deste rio, este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0,4 m de transparência). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,82 ‰.

A temperatura medida (28,3 ºC) se equipara a temperatura do ambiente. O pH foi de 8,1 e portanto está dentro dos valores normais estabelecidos para as águas salinas (oscila entre 6,5 a 8,5). A turbidez medida foi baixa (36 uT) apesar de não se ter VLP para a turbidez em águas salinas.

Como esperado, a concentração de OG (76 mg/L) apresentou-se um pouco elevada devido possivelmente a existência da atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi. STD também foi elevado (711,54 mg/L), STD não é um parâmetro de controle para a classe de água da resolução, no entanto, o valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

A concentração de OD foi satisfatória (8,5 mg/L) e superior ao VLP mínimo para águas salinas classe 1 é 6 mg/L. A concentração medida de DBO foi de 5,4 mg/L, este valor pode ser considerado como aceitável ao tipo de ambiente monitorado apesar de não se dispor de um valor de referência deste parâmetro. O COT apresentou-se elevado (14,3 mg/L) e superior ao máximo estabelecido que é de até 3 mg/L.

Quanto às concentrações de nutrientes tem-se: o fósforo total foi de 0,1781 mg/L e superior ao VLP (≤ 0,06 mg/L). Assim como nas águas doces e salobras, também não se tem limites para nitrogênio totalnas águas salinas, no entanto, o NT foi elevado (18,11mg/L). Não se detectou nitrogênio amoniacal.

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Quanto a clorofila ‘a’, esta apresentou-se com valor muito baixo (0,18 µg/L). Não se dispõe de VLP para a clorofila ‘a’ para as águas salinas, classe 1.

Em relação aos metais, foi encontrado 0,08 mg/L de chumbo total, que ultrapassa o valor máximo permitido pela Resolução (0,01 mg/L), e 0,07 mg/L de zinco total, que é menor que o VLP (0,09 mg/L em águas salinas). Também não se detectou presença de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 75 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (48,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de OLIGOTRÓFICO. Cabe destacar a importância de se avaliar o IET para outras variáveis, como o nitrogênio e a transparência. Possivelmente, este ponto teria uma condição de avaliação mais restritiva se considerado o valor obtido de NT.

APM23 – Ponte BR 110

O ponto APM23 refere-se ao Rio do Carmo – Ponte BR 110. Este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0,5 m de transparência). Apesar deste ponto ser um estuário, os resultados apresentados estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,08‰.

Os valores obtidos de temperatura (30,4ºC), pH (8,9) e turbidez (18 uT) encontram-se dentro da faixa esperada. OG apresentou-se elevado (166 mg/L) como já esperado, este resultado pode refletir a atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi. A concentração de STD foi desprezível (< 10 mg/L) ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).

Os valores de OD e DBO foram satisfatórios. A concentração obtida de OD foi de 12,8 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida (4,3 mg/L) situou-se abaixo do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (15,0 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,48 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). O valor para o NT foi de aproximadamente 14 mg/L, NT não é padrão de referência da Resolução CONAMA 357/2005, no entanto, o valor obtido pode ser considerado elevado. O nitrogênio amoniacal foi baixo com uma concentração de 0,0366 mg/L e portanto está condizente com a resolução (nitrogênio amoniacal igual a 0,5 para pH > 8,5). A clorofila ‘a’ medida foi inexpressiva (0,17 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se detectou coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 64 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (50,4), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,

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corresponde a um corpo d’ água na condição de OLIGOTRÓFICO, contrariamente ao valor de PT obtido, o qual indicaria possível processo de eutrofização do corpo aquático. Cabe também destacar a importância da analise do IET considerando outras variáveis, como o nitrogênio e a transparência.

APM24 – Açude Barragem de Umari

O ponto APM24 refere-se ao Açude Barragem de Umari. O referido açude possui profundidade de 12 m no ponto da coleta e 1,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, daResolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,00 ‰.

Os valores obtidos de temperatura (28,7 ºC), pH (8,4) e turbidez (0 uT) satisfazem aos valores esperados. OG apresentou-se relativamente baixo (26 mg/L). A concentração de STD foi desprezível (< 3 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor é aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

As concentrações obtidas de OD e de DBO foram coerentes e satisfatórias ao tipo de ambiente. O valor obtido para OD foi de 8,4 mg/L e portanto superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida foi de 3,8 mg/L e inferior (como desejável) ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (15,0 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,56 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de NT foi < 3 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). Não se detectou nitrogênio na forma amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi desprezível (0,54 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. Também não se detectou presença de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para determinação da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 76 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (62,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO.

APM25 – Rio do Carmo- Upanema

O ponto APM25 refere-se ao Rio do Carmo-Upanema. Este ponto é de baixa profundidade e de águas escuras. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.Salinidade medida 0,02 ‰.

Os valores obtidos de temperatura (29,5 ºC), pH (8,34) e turbidez (0 uT) satisfazem aos valores esperados. OG apresentou-se elevado (78 mg/L), possivelmente devido a existência da atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi. A concentração de STD foi

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desprezível (< 4 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

As concentrações obtidas de OD e de DBO foram coerentes e satisfatórias ao tipo de ambiente. O valor obtido para OD foi de 10,5 mg/L e portanto superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida foi de 4,5 mg/L e inferior (como desejável) ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi um pouco elevada (0,25 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). A concentração de NT foi de 5,6 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). Não se detectou nitrogênio na forma amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi desprezível (0,59 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Quanto aos metais, foi encontrado 0,06 mg/L de chumbo total, ultrapassando o valor máximo permitido pela Resolução que é 0,01 mg/L. Não se detectou presença de coliformes termotolerantes. Este pontonão foi selecionado para determinação da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 76 o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (54,0), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO, apesar da concentração de PT ter superado o VLP de referência. Altas concentrações de nutrientes favorece o processo de eutrofização do corpo aquático.

APM26 – Rio do Carmo- Fazenda Angicos

O ponto APM26 refere-se ao Rio do Carmo-Fazenda Angicos. Este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (transparência 0,8 m). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,00 ‰.

Os valores obtidos de temperatura (30,3 ºC), pH (8,35) e turbidez (0 uT) satisfazem aos valores esperados. OG apresentou-se elevado (39 mg/L), possivelmente devido a existência da atividade econômica da exploração de petróleo a partir da região de Apodi. A concentração de STD foi desprezível (< 6 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)

O valor obtido para OD (10,2 mg/L) foi satisfatório e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida apresentou-se um pouco elevada (6,10 mg/L) e superior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (14,6 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo (0,1910 mg/L) situou-se próximo ao VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). A concentração de NT foi de 2,15 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). Não

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se detectou nitrogênio na forma amoniacal. A clorofila ‘a’ medida foi desprezível (0,51 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).

Neste ponto não foram detectados nenhum dos metais pesados analisados. O número obtido de coliformes termotolerantes foi muito baixo (6 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para determinação da densidade de cianobactérias.

O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 80 o que corresponde a uma ÓTIMA qualidade. O IET calculado (52,7), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ

Nas figuras 4.1(a) a a 4.1(d) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle dos mananciais da bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró.

AP

M 0

1A

PM

02

AP

M 0

3A

PM

04

AP

M 0

5A

PM

06

AP

M 0

7A

PM

08

AP

M 0

9A

PM

10

AP

M 1

1A

PM

12

AP

M 1

3A

PM

14

AP

M 1

5A

PM

16

AP

M 1

7A

PM

18

AP

M 1

9A

PM

20

AP

M 2

1A

PM

22

AP

M 2

3A

PM

24

AP

M 2

5A

PM

26

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Ág

ua

Sal

ina

Ág

ua

Sal

ob

ra

9,20

10,2

0

10,5

0

10,2

012

,80

11,2

0

14,3

012

,40

11,2

0

10,1

0

7,90

9,90

9,20

10,9

011,9

0

10,4

08,

80

11,2

09,

2010

,90

9,20

10,3

08,

80

6,10

4,50

3,804,

30

12,0

0

2,10

9,40

5,506,

0010

,80

5,40

4,10

8,10

7,90

5,20

1,40

9,20

5,60

9,50

14,7

0

12,9

0

14,3

08,

30

6,70

9,90

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

CONAMA 357/2005Água DoceClasse 2

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Apodi - MossoróFigura 4.1 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró

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61

APM 21 APM 220

2

4

6

8

10

12

14

8,50

14,27

9,06

11,50

COT < = 3 mg/LSalobra e Salina

OD > = 5 mg/LSalobra

OD > = 6 mg/LSalina

Res. CONAMA 357/2005Água Salobra e SalinaClasse 1

Oxigênio Dissolvido Carbono Orgânico Total

OD

e C

OT

(m

g/L)

Bacia do Apodi - Mossoró

Figura 4.1 (b) - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró

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62

AP

M 0

1A

PM

02

AP

M 0

3A

PM

04

AP

M 0

5A

PM

06

AP

M 0

7A

PM

08

AP

M 0

9A

PM

10

AP

M 1

1A

PM

12

AP

M 1

3A

PM

14

AP

M 1

5A

PM

16

AP

M 1

7A

PM

18

AP

M 1

9A

PM

20

AP

M 2

1A

PM

22

AP

M 2

3A

PM

24

AP

M 2

5A

PM

26

0

200

400

600

800

1000Água Doce, Classe 2Salina e Salobra, Classe 1

6,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

8,00

0,00

0,00

4,00

0,00

0,00

3,00

0,00

0,00

0,00

0,00

4,0014,0

00,

00

0,00 12,0

0

0,00

6,00

3,00 49

,00

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Coliformes Termotolerantes

Col

iform

es T

erm

otol

eran

tes

(NM

P/1

00m

L)

Bacia do Apodi - MossoróFigura 4.1 (c) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia HidrográficaApodi-Mossoró

AP

M 0

1

AP

M 0

3

AP

M 0

4

AP

M 0

5

AP

M 0

6

AP

M 0

7

AP

M 0

8

AP

M 0

9

AP

M 1

3

AP

M 1

7

10000

100000

1000000

49.5

04,0

47.3

76,0

197.

220,

0

39.5

92,0

730.

329,

0

121.

254,

01.07

0.84

8,0

435.

864,

0

158.

060,

0

202.

224,

0

Densidade de Cianobactérias

20.000,00

Padrão Portaria 518/2004 - MS

50.000,00

Padrão Res. CONAMA 357/2005Água Doce Classe 2

De

nsi

da

de d

e C

ian

ob

act

éri

as

(Ce

l/mL)

Bacia do Apodi - Mossoró

Figura 4.1 (d) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró

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63

4.2 BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO

A bacia do Boqueirão, que é uma das menores do Estado, ocupa uma superfície de 250,5 km2, correspondendo a cerca de 0,5% do território estadual. Nesta bacia não se encontram açudes de maior importância, cabendo destacar apenas a lagoa do Boqueirão. Na figura 4.2 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Nesta bacia foi selecionada apenas uma estação de amostragem: BOQ1 (Lagoa do Boqueirão). Na tabela 4.2 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.

Fonte: IGARN (2009)

Figura 4.2 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Boqueirão.

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64

Tabela 4.2- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Boqueirão.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

BOQ011 ---- -- -- --

--VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 2,86 -- -- -- -- -- -- -pH 8,03 -- -- -- -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 4,76 -- -- -- -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 7,00 -- -- -- -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 4,18 -- -- -- -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

>23,00--

-- -- -- ----

< 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 1,34 -- -- -- -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L)0,026 --

-- -- -- ---- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 156,00 -- -- -- -- -- -- -

Turbidez (NTU) 1,48 -- -- -- -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 72,43 -- -- -- -- -- -- -Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,036 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 -- -- -- -- -- -- -IQAc 72,43 -- -- -- -- -- -- -

Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 43,92 -- -- -- -- -- -- -

Categoria Mesotrófico -- -- -- -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 28,14 -- -- -- -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 2,00 -- -- -- -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 3,79 -- -- -- -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,15 -- -- -- -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) <0,01--

-- -- -- ---- (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤

8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. BOQ01- Lagoa do Boqueirão.

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BOQ01 – LAGOA DO BOQUEIRÃO

A estação de monitoramento BOQ01 está situado na Lagoa do Boqueirão, no município de Touros. A coleta foi efetuada com o auxílio de um barco seguindo as orientações fornecidas pelo IGARN.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 (Salinidade 0,15 ‰).

A campanha para coleta de amostras na lagoa do Boqueirão foi realizada no dia 05/11/2008, aproximadamente as 10:00 h. Como esperado, a temperatura da amostra medida (28,14 ºC) foi igual àtemperatura ambiente. O pH da amostra (8,03 – alcalino) situa-se dentro dos valores de enquadramento. A turbidez máxima permitida para a classe 2 de águas doces é de 100 Ut; o valor medido (1,48 uT), está muito abaixo do VLP. Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente ausentes.

O valor medido de óleos e graxas não foi significativo (2,0 mg/L). O parâmetro ST também foi baixo (156 mg/L), ficando bem abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo inclusive aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração de oxigênio dissolvido, 4,76 mg/L, encontra-se ligeiramente inferior ao limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 (5 mg/L). A DBO calculada (7 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução (5 mg/L), indicando, neste caso, um processo de redução de oxigênio na água como já confirmado pela medição de OD. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 4,18mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo encontra-se abaixo do VLP de referência para ambientes lênticos. Da mesma forma, a concentração de nitrogênio amoniacal. Para 8 < pH ≤ 8,5 a concentração máxima permitida para este parâmetro é de 1,0 mg/L; o valor medido em BOQ01 foi <0,01 mg/L N. A concentração denitrogênio total foi de 1,34 mg/L. A clorofila ‘a’ medida (3,79 µg/L), apresentou-se bem inferior ao VLP (30 µg/L).

Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes na lagoa. Porém apresentou elevada densidade de cianobactérias (466.674 céls./mL), sendo atribuída a uma floração de Geitlerinema unigranulatum que representou > 90% da população do fitoplâncton. Esta densidade supera os níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até 50.000 célulasl/mL, e pela Portaria 518/2004-MS, que é de 20.000 células/mL.

O IQA calculado (72,43) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (72,43) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. Cabe destacar que não hásegurança no IT quando considerado o mercúrio como um dos metais de controle pois o limite de detecção do método < 0,0009 é maior que o VLP estabelecido na Resolução do CONAMA para águas de classe 2.

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O IET calculado (43,92), considerando a ponderação para fósforo total e para clorofila classifica o manancial na categoria de MESOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA BOQUEIRÃO

Nas figuras 4.2 (a) a 4.2 (e) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Lagoa do Boqueirão.

-- BOQ 14

5

6

7

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão CONAMA 357/2005Água Doce - Classe 2

4,76

7,00

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

OD

e D

BO

(m

g/L

)

Bacia do Boqueirão

Figura 4.2 (a) - Concentrações de OD e DBO da Lagoa do Boqueirão

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67

-- BOQ 10

200

400

600

800

1000

Padrão da Resolução 357/2005CONAMA para Água Doce classe 2

Col

iform

es T

erm

otol

eran

tes

(NM

P/1

00m

L)

Bacia do Boqueirão

Coliformes Termotolerantes

Figura 4.2 (b) - Concentração de coliformes termotolerantes na Lagoa do Boqueirão

-- BOQ 11000

10000

100000

446.674,00

50.000,00

Padrão Res. 357/2005 - CONAMA Água Doce Classe 2

20.000,00

Padrão da Portaria 518/2004 - MS

Densidade de Cianobactérias

De

nsid

ade

de

Cia

noba

cté

rias

(Ce

l/mL)

Bacia do Boqueirão

Figura 4.2 (c) - Densidade de cianobactérias na Lagoa do Boqueirão

23 NMP/100mL

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68

-- BOQ 10

20

40

60

80

100

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

IQA = IQAc 72,43

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Boqueirão

Figura 4.2 (d) – IQA e IQAc da Lagoa do Boqueirão

-- BOQ 10

10

20

30

40

50

60

70

43,92

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

Índice de Estado Trófico

IET

Bacia do Boqueirão

Figura 4.2 (e) – IET da Lagoa do Boqueirão

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4.3 BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CEARÁ-MIRIM

A bacia hidrográfica de Ceará-Mirim ocupa uma superfície de 2.635,7 km2, correspondendo a cerca de 4,9 % do território estadual. Na bacia foram cadastrados 147 açudes, totalizando um volume de acumulação de 170.819.000 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 6,5% e 3,9% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. Na figura 4.3 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Fonte: IGARN (2009) Figura 4.3 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Ceará-mirim

Nesta bacia foram selecionados quatro pontos de monitoramento: CEA01 (açude Poço Branco), CEA02 (ponte BR 406 em Taipu), CEA03 (jusante da Usina São Francisco/Ceará-Mirim) e CEA04 (ponte BR 101 em Extremoz).

Na tabela 4.3 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.

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Tabela 4.3- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Ceará-Mirim.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

CEA011 CEA021 CEA032 CEA041 -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 5,73 2,71 4,44 0,84 -- -- -- -pH 8,32 8,32 7,84 7,62 -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 4,03 4,64 4,90 3,66 -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 7,50 2,70 4,80 6,00 -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 14,80 12,68 6,75 8,71 -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

1,10 1,10 5,10 1,10 -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,30 1,10 0,35 0,10 -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,022 0,034 0,124 0,082 -- -- --≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 247,00 290,00 836,00 473,00 -- -- -- -

Turbidez (NTU) 3,11 1,90 2,52 27,52 -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 43,22 56,03 70,88 71,79 -- -- -- -Qualidade Aceitável Boa Boa Boa -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) 0,0800 < 0,001 0,0090 0,068 -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) 0,005 < 0,001 < 0,001 0,027 -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,0320 0,0120 0,0120 0,015 -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 0,0050 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 0,00 1,00 1,00 0,00 -- -- -- -IQAc 0,00 56,03 0,00 0,00 -- -- -- -

Qualidade Imprópria Boa Boa Imprópria -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 39,31 41,60 52,10 45,43 -- -- -- -

Categoria Oligotrófico Mesotrófico Eutrófico Mesotrófico -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 27,27 31,29 29,56 27,16 -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 7,50 5,00 7,50 6,30 -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 1,93 1,62 2,09 1,00 -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,24 0,28 0,84 0,46 -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) <0,01 <0,01 0,10 0,10 -- -- --(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.CEA01– Açude Poço Branco; CEA02– Ponte BR 406 em Taipu; CEA03– Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim e CEA04 -Ponte BR 101 em Extremoz;

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71

A seguir apresenta-se a discussão dos resultados por pontos de amostragem, com enfoque comparativo com os padrões definidos para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, para os pontos CEA01, CEA02 e CEA04 (com salinidades < 0,5‰) e para o ponto CEA03 (com salinidade igual a 0,84‰) os padrões definidos para enquadramento das águas salobras classe 1. As amostras foram coletadas no dia 05/11/2008.

CEA01 - Açude Poço Branco

O ponto CEA01 é referente ao Açude Poço Branco, localizado no Município de Poço Branco. No aspecto visual não foram observadas irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 27,27 ºC, próximo `a temperatura ambiente do horário da coleta (14:30 h). O pH da amostra (8,32) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra (3,11 uT) encontra-se bem inferior ao VLP. O valor medido de óleos e graxas foi considerado relativamente baixo igual a 7,5 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 247 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O limite mínimo estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 é de 5 mg/L. A concentração de oxigênio dissolvido medido (4,03 mg/L) encontra-se inferior a esse limite. Da mesma forma, a DBO calculada (7,5 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 14,80 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo (0,022 mg/L) encontra-se abaixo do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,3 mg/L. O valor para nitrogênio amoniacal não foi significativo (< 0,01 mg/L) situando-se abaixo do VLP que é 1,0 mg/L para 8 < pH ≤8,5. A clorofila ‘a’ medida (1,93 µg/L), apresentou-se bem inferior ao VLP (30 µg/L).

As concentrações de metais não estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental., pois os níveis de cobre e chumbo obtidos estão acima do VLP. No entanto, como já mencionado, não há segurança na determinação do IT quando considerado o mercúrio como um dos metais de controle, pois o limite de detecção do método é superior ao VLP.

Neste ponto não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Por outro lado, o açude Poço Branco apresentou entre 400 e 700 mil células/mL de cianobactérias. A espécie Cylindrospermopsis raciborskii representou > 80% da população do fitoplâncton. Cylindrospermopsis raciborskii é uma espécie potencialmente produtora de Hepatotoxina e neurotoxina e por isso a sua dominância representa riscos à saúde humana. A densidade obtida supera os limites estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IQA neste ponto (43,22) corresponde à qualidade ACEITÁVEL. Ao ser avaliado em conjunto com o IT, cujo valor foi zero, resulta em um IQAc igual a zero e a condição de qualidade é alterada para PÉSSIMA. O mercúrio não foi considerado como um dos metais de controle.

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72

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 39,31, o que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos valores baixos de fósforo e de clorofila ‘a’.

CEA02 – Ponte BR 406

O ponto CEA02 está situado sob uma ponte na BR 406, no município de Taipu. No momento da coleta havia atividade de lavagem de roupas (figura 4.4) e crianças tomando banho nas proximidades. No entanto, não se observou presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduossólidos objetáveis, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante.

Figura 4.4 – CEA02 – Ponte BR406 Taipu

As amostras foram coletadas aproximadamente as 14:00 h. No momento da coleta foram medidos: temperatura (31,3 ºC); pH (8,32), dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2; turbidez (1,90 uT) bem inferior ao VLP para essa classe (≤ 100 uT). A concentração medida de OG foi baixa com 5,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 290 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD, cujo valor (4,6 mg/L) é inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 (5 mg/L). No entanto, a DBO calculada (2,7 mg/L) encontra-se dentro do valor de referência para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 12,70 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Para fósforo, a concentração foi de 0,034 mg/L, valor limítrofe para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,1 mg/L; o valor para nitrogênio amoniacal (< 0,01 mg/L) é bem inferior ao VLP máximo (1,0 mg/L para 8 < pH ≤ 8,5). A concentração de clorofila ‘a’, 1,62 µg/L, apresentou-se bem inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. No entanto, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é > 0,0009 mg/L, portanto maior do que o VLP de 0,0002 mg/L especificado na Resolução CONAMA N.º 357/2005.

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Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Neste ponto não se analisou densidade de cianobactérias.

O cálculo do IQA (56) neste ponto corresponde à condição de BOA qualidade, mantendo-se o mesmo valor (56) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1. Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio, pois a metodologia utilizada para sua análise não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é > 0,0009 mg/L, portanto maior do que o VLP de 0,0002 mg/L especificado na Resolução CONAMA N.º 357/2005.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 41,60 o que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.

CEA03 – Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim

A estação de monitoramento CEA03 está localizada à jusante da Usina São Francisco, no município de Ceará Mirim, nas proximidades da usina de álcool, em frente a uma subestação. Aspectos observados:lançamento de efluente e presença de óleos, como mostra os registros fotográficos (figuras 4.5 e 4.6).

Figura 4.5 – CEA 03 – detalhe da tubulação com lançamento de esgoto

Figura 4.6 – CEA 03 – detalhe da presença de óleos e graxas

As amostras foram coletadas as 11:50 h, com temperatura média da água em torno de 29,6 ºC, pH de 7,84 (em acordo com enquadramento das águas salobras classe 1, entre 6,5 e 8,5). Observou-se baixa turbidez da amostra (2,5 uT). A concentração de ST foi de 836 mg/L ainda considerado aceitável até para consumo humano pela Portaria 518-MS (< 1000 mg/L STD). Não se dispõe de VLP para a classe

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de água em avaliação. O valor medido de óleos e graxas foi baixo igual a 7,5 mg/L, sendo o VLP “virtualmente ausente”. A salinidade foi de 0,84‰ (água salobra).

Quanto à concentração de OD (4,9 mg/L) o valor situou-se próximo ao limite mínimo estabelecido para as águas salobras de classe 1 que é de 5 mg/L. A DBO medida foi de 4,8 mg/L. Não existe padrão estabelecido para este parâmetro para águas salobras de classe 1, mas há indícios de poluição por matéria orgânica neste ponto, como constatado através de registro fotográfico (figura4.5 e 4.6). O valor obtido para o COT foi elevado (6,75 mg/L) considerando que a Resolução CONAMA 357/2005 estabelece o valor padrão do COT para as águas salobras e salinas classe 1 ≤ 3,0 mg/L.

Constatou-se que concentração de fósforo (0,124 mg/L) atende no limite ao VLP para águas salobras classe 1 (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,35 mg/L. O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,10 mg/L situando-se abaixo do VLP para águas salobras classe 1 (≤ 0,4 mg/L). A clorofila ‘a’ medida foi de 2,09 µg/L.

As concentrações de metais não estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. O mercúrio não foi considerado nesta avaliação,. pois a metodologia utilizada para sua análise não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é > 0,0009 mg/L, portanto maior do que o VLP de 0,0002 mg/L especificado na Resolução CONAMA N.º 357/2005. A concentração de cobre dissolvido mensurada (0,0090mg/L) é superior ao VLP para águas salobras (0,005mg/L). Consequentemente, o valor de IT em CEA03 é zero, resultando em um IQAc de valor zero e, portanto, considerada péssima qualidade. O cálculo do IQA (70,88) corresponde a uma condição de qualidade BOA no ponto CEA03

Neste ponto, não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (5,1 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para analise da densidade de cianobactérias.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 52,10 o que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.

CEA04 – Ponte BR 101

A estação de monitoramento CEA04 está situada no Rio Ceará Mirim nas proximidades da ponte localizada na BR 101 no município de Extremoz (figura 4.7). Não se observou presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante.

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Figura 4.7 – CEA 4 – Ponte BR 101, Extremoz

A concentração de OG foi baixa com aproximadamente 6,3 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 473 mg/L considerado aceitável para consumo humano pela a Portaria 518-MS (<1000 mg/L STD).

As amostras foram coletadas aproximadamente às 17:50 h. No momento da coleta foram medidos: temperatura (27,16 ºC), pH (7,62) e turbidez (27,52 uT). Estes dois últimos valores são bem inferiores ao VLP, e se encontram dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. O TOG também foi baixo (6,3 mg/L). A concentração de sólidos totais obtida foi 473 mg/L, ficando ainda abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor considerado aceitável para consumo humano, considerando que a Portaria MS n.º 518/2004 admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A salinidade foi de 0,46‰ (água doce).

No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD que foi de 3,66 mg/L, inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. A DBO calculada (6,0 mg/L) encontra-se acima, como já esperado, do valor máximo de referência para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 8,70 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Para fósforo a concentração foi de 0,082 mg/L, inferior ao VLP de referência para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). As concentrações de nitrogênio total e amoniacal foram iguais a 0,1 mg/L, indicando que todo nitrogênio presente encontra-se na forma amoniacal. O nitrogênio amoniacal atende ao VLP máximo que é 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8,0. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (1,0 µg/L), bem inferior ao VLP (30 µg/L).

Dos metais analisados, o cobre dissolvido e o chumbo total apresentaram valores altos para enquadramento da Resolução 357/2005 CONAMA. A concentração de cobre foi de 0,0684 mg/L eportanto superior ao VLP (≤0,009 mg/L); a concentração de chumbo total foi 0,0274 mg/L também superior ao VLP (≤ 0,01 mg/L). Nessa região são desenvolvidas atividades agrícolas (plantações de banana) que utilizam agrotóxicos, atividade de carcinicultura e é cortada por uma estrada com trágego de veículos, mas não se pode precisar a fonte dessa contaminação. Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento, pois o limite de detecção é > 0,0009 mg/L, portanto maior do que o VLP máximo de 0,0002 mg/L especificado na Resolução CONAMA N.º 357/2005.

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Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para analise da densidade de cianobactérias.

O cálculo do IQA (71,79) corresponde à condição de BOA qualidade nesta estação. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a zero (0) devido ao não enquadramento de dois metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a zero (0), que equivale a uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO no ponto CEA04. Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 45,43 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM

Nas figuras 4.7 (a) a 4.7 (e) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica de Ceará-Mirim.

CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 42

4

6

8

3,66

6,00

4,90

4,80

2,70

4,644,03

7,50

Padrão CONAMA 357/2005

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Ceará Mirim

Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio

Figura 4.7 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim

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CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 40

200

400

600

800

1000

0,00

0,00

0,00

0,00

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Coliformes TermotolerantesC

olif

orm

es T

erm

oto

lera

nte

s (N

MP

/10

0mL)

Bacia do Ceará Mirim

Figura 4.7 (b) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim

1,1 1,1 5,1 1,1

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78

CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 41000

10000

100000

1000000

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

550.000

20.000,00

50.000,00Padrão Res. CONAMA 357/2005 - Água Doce Classe 2

Padrão Portaria 518/2004 MS

De

nsi

dad

e d

e C

ian

oba

cté

ria

s (C

el/m

L)

Bacia do Ceará Mirim

Densidade de Cianobactérias

Figura 4.7 (c) - Variação espacial das densidade de cianobactérias na bacia Hidrográfica Ceará-Mirim

CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 40

20

40

60

80

100

0,00 0,00

71,7970,88

56,03

43,22

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Ceará Mirim

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

Figura 4.7 (d) - Variação espacial do IQA e IQAc da Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim

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CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 40

10

20

30

40

50

60

70

45,43

52,10

41,60

39,31

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

IET

Bacia do Ceará Mirim

Índice de Estado Trófico

Figura 4.7 (e) - Variação espacial do IET da Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim

4.4 BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ

A bacia hidrográfica do Curimataú, ocupa uma superfície de 830,5 km2, correspondendo a cerca de 1,6% do território estadual. Na bacia foram cadastrados 25 açudes, totalizando um volume de acumulação de 3.918.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 1,1% e 0,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. A rede hidrográfica é composta principalmente pelos rios Parari, Espinho, Pequiri, Outeiro e Curimataú. Todavia, não existe nenhum açude com capacidade igual ou superior a 10 milhões de m3. Na figura 4.8 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Nesta bacia foram selecionadas 04 estações de amostragens: CUR01 – jusante de Nova Cruz-RN; CUR02 – jusante de Pedro Velho-RN; CUR03 – Estuário de Barra de Cunhaú-RN; PIQ01 – Estação de Tratamento de Água da CAERN em Pedro Velho-RN. Na tabela 4.4 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

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Fonte: IGARN (2009) Figura 4.8 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Curimataú

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Tabela 4.4- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Curimataú.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

CUR012 CUR022 CUR032 PIQ011 -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 0,06 -2,19 -0,80 2,24 -- -- -- -pH 9,20 9,02 7,91 5,92 -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 4,34 5,01 3,55 2,83 -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 9,30 7,50 5,40 8,40 -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 16,76 17,56 3,55 2,89 -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

< 1,10 6,90 < 1,10 12,00 -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,62 0,50 1,00 1,04 -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L)0,115

0,402 0,0150,011

-- ---- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 740,00 541,00 26.971,66 19,00 -- -- -- -

Turbidez (NTU) 5,66 16,57 1,35 4,64 -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 63,11 57,50 51,32 64,91 -- -- -- -Qualidade Boa Boa Aceitável Boa -- -- - -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 < 0,001 0,007 0,005 -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,017 0,031 0,013 0,027 -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 0,007 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 1,00 0,00 1,00 -- -- -- -IQAc 63,11 57,50 0,00 64,91 -- -- -- -

Qualidade Boa Boa Imprópria Boa -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 52,90 67,44 38,02 15,82 -- -- -- -

Categoria Eutrófico Hipereutrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 30,94 31,19 28,80 26,76 -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 3,00 7,00 2,00 2,00 -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 2,72 8,19 2,52 0,00 -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,73 0,53 24,43 0,02 -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,010 0,106 < 0,010 < 0,010 -- --- (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤

8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.. CRU01- Jusante de Nova Cruz -; CRU02- Pedro Velho; CRU03- Barra de Cunhaú em Baía Formosa e PIQ01-Captação de água da CAERN em Nísia Floresta.

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CUR01 – jusante de Nova Cruz- RN

O ponto CUR01 está localizado à jusante da cidade de Nova Cruz, mais especificamente no rio Curimataú. No momento da coleta foi possível observar que o nível do rio havia diminuído bastante, quando comparado com o período em que foi feita a marcação de pontos em julho do mesmo ano, por esse motivo, a coleta procedeu-se próximo do ponto que havia sido marcado em GPS.

À exceção de materiais sólidos flutuantes que foram observados na parte do rio de menor profundidade (figura 4.9), todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a legislação.

Figura 4.9 – CUR 01 – Rio Curimataú - jusante de Nova Cruz- RN

As amostras foram coletadas à tarde, mais especificamente, às 16h. Através das medições efetivadas no local constatou-se: a amostra apresentou salinidade de 0,73 ‰ e por conseguinte pode ser considerada como água salobra, sendo então comparada neste relatório com os valores limites permitido- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005; a temperatura medida (30,94 ºC) se equipara à temperatura do ambiente; o pH de 9,2 não é comum para as águas salobras (oscila entre 6,5 a 8,5), no entanto, valores altos de pH podem ser encontrados em locais onde a evaporação supera a precipitação, como é o caso da região. O valor obtido da turbidez foi inexpressivo(5,66 uT).

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Como esperado para esta bacia, o teor medido de OG (3,0 mg/L) foi insignificante. A concentração de ST foi de 740 mg/L, ST não é um parâmetro de controle para águas salobras, no entanto, o valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Neste ponto percebe-se baixa concentração de OD (4,34 mg/L), estando inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas salobras de classe 1, que é de 5 mg/L. A DBO não é um parâmetro de análise para as águas salobras, no entanto, o valor medido (9,3 mg/L) supera o VLP para as águas doces de classe 2, que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a concentração de COT foi muito elevada (16,76 mg/L) e extrapola o limite de enquadramento que de até 3,0 mg/L. Esses resultados podem evidenciar um processo de degradação deste manancial por fonte orgânica de contaminação.

Quanto às concentrações de nutrientes tem-se: o fósforo total foi de 0,115 mg/L e representa 93 % do VLP (0,124 mg/L). Assim como nas águas doces, também não se tem limites para nitrogênio total, no entanto, o NT foi baixo (0,62mg/L). O nitrogênio amoniacal foi < 0,010 mg/L e atende ao máximo valor de referência que é de 0,4 mg/L. Quanto à clorofila ‘a’, esta apresentou-se com valor igual a 2,72 µg/L. A clorofila ‘a’ não é padrão de referência para as águas salobras, classe 1.

Todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas salobras, classe 1. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento, pois o limite de detecção (< 0,0009 mg/L) é maior que o VLP máximo definido na Resolução (0,0002 mg/L).

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IQA calculado (63,11) corresponde à qualidade BOA neste ponto. O IQAc mantem a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 52,90 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.

CUR02 – jusante de Pedro Velho- RN

O CUR02 está situado à jusante da cidade de Pedro Velho- RN, no rio Curimataú. No momento da coleta (17h12min) não se observou nenhuma irregularidade quanto aos parâmetros não mensuráveis. Igualmente ao ponto anterior, este apresentou salinidade de 0,53 ‰, um pouco acima de 0,5 ‰, sendo, portanto, de água salobra. Por conseguinte, os dados obtidos neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

A temperatura medida foi de (31,19 ºC). Semelhante ao valor obtido no ponto anterior, o pH medido (9,02) extrapola a faixa normal para as águas salobras (6,5 a 8,5), no entanto, valores altos de pH podem ser encontrados em locais onde a evaporação supera a precipitação, como é o caso da região. O valor obtido para a turbidez foi baixo (16,57 uT).

A concentração de OG foi de 7,0 mg/L, este valor pode ter sido originado por algum resíduo de automóvel, pois no momento da coleta foi verificada a presença de um carro nas proximidades (figura

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4.10). A concentração de ST foi de 541 mg/L e portanto, é considerada aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). ST não é um parâmetro de controle para águas salobras.

Figura 4.10 – CUR 2 – Pedro Velho

O oxigênio dissolvido deste ponto não foi muito baixo, no entanto, o valor obtido (5,01 mg/L) enquadra-se no mínimo valor aceitável para a classe de referência. Como mencionado no item anterior, a DBO não é um parâmetro de controle para as águas salobras, no entanto o valor medido (7,5 mg/L) supera o VLP para as águas doces de classe 2, que é de até 5 mg/L. Assim como em CUR01, a concentração de COT foi muito elevada (17,56 mg/L) e extrapola o limite de enquadramento, que é de até 3,0 mg/L.Esses resultados podem evidenciar um processo de degradação deste manancial por aporte de carga orgânica.

A concentração de fósforo total deste ponto foi elevada (0,402 mg/L) e supera o VLP ( ≤ 0,124 mg/L). Por outro lado, os valores obtidos de nitrogênio total (0,5 mg/L) e amoniacal (0,106 mg/L) foram baixos. O nitrogênio amoniacal atende ao máximo valor de referência, que é de 0,4 mg/L. A clorofila ‘a’ apresentou-se com valor de 8,19 µg/L. A clorofila ‘a’ não é padrão de referência para as águas salobras, classe 1.

Todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas salobras, classe 1. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento, pois o limite de detecção (< 0,0009 mg/L) é maior que o VLP máximo definido na Resolução (0,0002 mg/L).

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 7 NMP/100 mL). Este ponto também não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IQA calculado (57,50) corresponde à qualidade BOA neste ponto. O IQAc mantem a mesma classificação, pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 67,44 que corresponde a um corpo d’ água no estado HIPEREUTRÓFICO, como já esperado pela alta concentração de fósforo total.

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CUR03 – Estuário Barra de Cunhaú-RN

O ponto CUR03 está localizado no estuário de Barra de Cunhaú, no município de Baia Formosa. A coleta foi efetuada ao final do dia, às 18h25min. De acordo com a salinidade medida (24,43 ‰) este ponto é considerado como água salobra e portanto os dados obtidos estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

No momento da coleta não se observou nenhuma irregularidade quanto aos parâmetros não mensuráveis. Os valores de temperatura, pH e turbidez foram compatíveis ao tipo do ambiente (tabela 4.4). A concentração de OG foi muito baixa (2,0 mg/L). O valor de ST foi muito elevado (26.971,66 mg/L), no entanto, é comum em estuários. ST não é um parâmetro de controle para águas salobras.

Este ponto apresentou baixa concentração de OD (3,55 mg/L), provavelmente, devido ao horário da coleta. A DBO não é um parâmetro de controle para as águas salobras, no entanto o valor medido (5,40 mg/L) é comum ao tipo de ambiente. O COT apresentou resultado (3,55 mg/L) um pouco acima do limite máximo de enquadramento (≤3,0 mg/L).

As concentrações de nutrientes, especificamente fósforo total, nitrogênio total e nitrogênio amoniacal foram baixas e dentro dos valores de referência para ambientes de águas salobras (tabela 4.4) .A clorofila ‘a’ também foi baixa, com 2,52 µg/L.

Dos metais analisados, somente o cobre apresentou-se com concentração elevada (0,007 mg/L) superando o VLP de referência (≤ 0,005 mg/L). A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento, pois o limite de detecção (< 0,0009 mg/L) é maior que o VLP máximo definido na Resolução (0,0002 mg/L).

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes neste ponto. Da mesma forma, também não se detectou grandes densidades de cianobactérias. Apesar de não se dispor de valor de referência para águas salobras, o valor obtido de cianobactérias (810 células/mL), atende aos níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS, que é de 20.000 células/mL.

O IQA calculado (51,32) corresponde à qualidade ACEITÁVEL neste ponto. O IQAc não mantêm a mesma classificação, pois o índice de toxidez IT foi igual a 0 (zero), por conseguinte, o IQAc altera a condição para uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de (38,02) que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.

PIQ01 – Estação de Tratamento de Água da CAERN em Pedro Velho-RN

O ponto PIQ01 localiza-se junto à captação d´água da CAERN, no município de Pedro Velho- RN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade medida foi de 0,02 ‰.

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As amostras foram coletadas aproximadamente às 17h12min. No momento da coleta verificou-se extensiva vegetação flutuante. Os parâmetros temperatura, pH e turbidez apresentaram-se dentro do valor esperado (tabela 4.4). A concentração medida de OG foi inexpressiva (2,0 mg/L) (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). Da mesma forma para ST, o valor obtido foi muito baixo (19 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (STD ≤ 1000 mg/L).

OD e DBO não atenderam aos VLPs para as águas doces de classe 2. A concentração de OD foi baixa (2,83 mg/L) e inferior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO apresentou-se elevada (8,4 mg/L) e acima do limite máximo de referência, que é de até 5 mg/L. Estes valores podem indicar um possível início de processo de poluição do rio por matéria orgânica. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 2,89mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor de fósforo total foi baixo (0,011 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). As concentrações de nitrogênio total e amoniacal também foram baixas, com 1,04 mg/L e < 0,01 mg/L, respectivamente. A resolução 357/2005 CONAMA estabelece que para pH ≤ 7,5 o limite máximo de nitrogênio amoniacal é de 3,7 mg/L. Não se detectou clorofila ‘a’ na amostra avaliada.

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Cabe ressaltar que, como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento, pois o limite de detecção (< 0,0009 mg/L) é maior que o VLP máximo definido na Resolução (0,0002 mg/L).

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (12 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramente da densidade de cianobactérias.

O IQA calculado foi de 64,91 e, portanto, corresponde a condição de BOA qualidade. O IQAc mantém a mesma classificação (BOA) pois o IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 15,82 o que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ

Nas figuras 4.10 (a) a 4.10 (f) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Curimataú.

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CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 10,0

2,5

5,0

7,5

8,40

2,83

Ág

ua

Sal

ob

ra

Ág

ua

Sal

ob

ra

Ág

ua

Sal

ob

ra

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão Res. 357/2005CONAMA

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Curimataú

Figura 4.10 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Curimataú

CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 10

4

8

12

16

Do

ce

Sal

ob

ra

Sal

ob

ra

Sal

ob

ra

3,55

17,56

16,76

5,014,34

OD > = 6

OD > = 5

COT < = 3Água Salobra e SalinaClasse 1

Padrão Res. 357/2005Água Salina, classe 1

Padrão Res. 357/2005Água Salobra, classe 1

OD

e C

OT

(m

g/L

)

Bacia do Curimataú

Carbono Orgânico Total Oxigênio Dissolvido

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Figura 4.10 (b) - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica do Curimataú

CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 10

200

400

600

800

1000

12,00< 1,10< 1,10 6,90

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Coliformes Termotolerantes

Col

iform

es

Ter

mot

oler

ante

s (N

MP

/100

mL)

Bacia do Curimataú

Figura 4.10 (c) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Curimataú

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CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 1100

1000

10000

100000

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u 810,00

50.000,00

20.000,00Padrão da Portaria 518/2004 - MS

Padrão Res. 357/2005 - CONAMA

De

nsid

ade

de

Cia

noba

ctér

ias

(Ce

l/mL)

Bacia do Curimataú

Densidade de Cianobactérias

Figura 4.10 (d) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica do Curimataú

CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 10

20

40

60

80

100

0,00

64,91

51,3257,50

63,11

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Curimataú

Figura 4.10 (e) - Variação espacial do IQA e IQAc da Bacia Hidrográfica do Curimataú

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90

CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 10

10

20

30

40

50

60

70

15,82

38,02

67,44

52,90

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

Índice de Estado TróficoIE

T

Bacia do Curimataú

Figura 4.10 (f) - Variação espacial do IET da Bacia Hidrográfica do Curimataú

4.5 BACIA HIDROGRÁFICA DO JACÚ

A bacia hidrográfica do Jacú ocupa uma superfície de 1.805,5 km2, correspondendo a cerca de 3,4 % do território estadual. Na bacia foram cadastrados 44 açudes, totalizando um volume de acumulação de 51.127.500 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,0% e 1,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. O principal açude da bacia é o Japi II, localizado no município de São José do Campestre e com uma capacidade de acumulação de 20,6 milhões de m3. Na figura 4.11apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Na tabela 4.5 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

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Fonte: IGARN (2009) Figura 4.11 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Jacú

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Tabela 4.5- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Jacú.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

JAC011 JAC022 JAC033 JAC043 -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 3,98 -0,31 4,01 3,85 -- -- -- -pH 8,23 8,71 8,28 8,25 -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 4,44 5,78 5,70 5,07 -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 5,60 3,60 4,50 4,50 -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 9,86 28,35 2,60 2,45 -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

2,20 16,10 <23,00 9,20 -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,50 0,70 1,50 1,00 -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,028 0,088 0,020 0,013 -- -- --≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 369,00 2.911,00 38.951,15 39.093,52 -- -- -- -

Turbidez (NTU) 4,52 11,25 4,09 4,56 -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 48,74 64,36 46,59 46,97 -- -- -- -Qualidade Aceitável Boa Aceitável Aceitável -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) 0,007 < 0,001 0,009 0,009 -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,027 0,032 0,014 0,023 -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 0,005 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 1,00 0,00 0,00 -- -- -- -IQAc 48,74 64,36 0,00 0,00 -- -- -- -

Qualidade Aceitável Boa Imprópria Imprópria -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 39,78 58,06 19,92 17,13 -- -- -- -

Categoria Oligotrófico Eutrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 27,02 33,31 28,99 29,15 -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 2,00 2,00 2,00 2,00 -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 1,52 11,23 0,00 0,00 -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,36 3,11 36,9 37,1 -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,078 < 0,010 < 0,010 < 0,010 -- -- --(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. JAC01- Açude Japi II em São José de Campestre ; JAC02- Sítio Choar em Espírito Santo; JAC0 3 Lagoa de Guaraíra e JAC 04 Lagoa de Guaraíra.

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Na bacia do Jacu foram selecionados quatro pontos para monitoramento: JAC01 -Açude Japi II em São José do Campestre), JAC02- Sítio Choar em Espírito Santo, JAC03 - Lagoa de Guaraíra e JAC04 -Lagoa de Guaraíra. Na seqüência está sendo apresentada a discussão dos resultados para esta bacia, comparando com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, águas salobras e salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

JAC01 – Açude Japi II em São José do Campestre

O ponto JAC01 é referente ao Açude Japi II, localizado no Município de São José do Campestre. A coleta foi realizada no dia 07/11/2008, aproximadamente às 11h12min. Os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005.

Cabe ressaltar que os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade medida foi de 0,36 ‰.

Da mesma forma, os parâmetros: temperatura da amostra (27,02 °C); temperatura ambiente (31,00 °C); pH (8,23) e turbidez (4,52 uT) enquadram-se dentro dos valores esperados para a classe de água. A concentração de sólidos totais obtida foi de 369,00 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L), pode ainda ser considerada adequada para consumo humano pela Portaria 518-MS/2004 (≤1000 mg/L STD).

A concentração medida de OD (4,44 mg/L) foi um pouco inferior ao VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 5,60 mg/L apresentando-se também fora do limite máximo permitido (5,0 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 9,86 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

As concentrações de nutrientes apresentaram-se normais. O fósforo total medido foi de 0,028 mg/L quando o VLP é de 0,03 mg/L para ambientes lênticos. Os valores obtidos para nitrogênio total e amoniacal foram de 0,50 mg/L e 0,078 mg/L, respectivamente.Para 8,0 < pH < 8,5, a concentração máxima permitida de nitrogênio amoniacal é de 1 mg/L..O valor para clorofila (1,52 µg/L) foi insignificante e muito inferior ao VLP máximo (≤ 30,0 µg/L).

Todos os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. No entanto, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L e a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 3 NMP/100 mL). O valor obtido para cianobactérias, 56.277 células/mL, supera aos níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O cálculo para determinação do IQA (48) corresponde à condição de qualidade ACEITÁVEL, mantendo-se o mesmo valor (48) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1. Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

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O IET calculado, considerando as análises de fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 39,78 que corresponde a um corpo aquático no estado OLIGOTRÓFICO.

JAC02 – Sítio Choar – Espírito Santo

O ponto denominado JAC02 está situado no Sítio Choar, sob uma ponte sobre o rio Jacu, em Espírito Santo. Com relação aos parâmetros não mensuráveis foram verificadas turvação e presença de vegetação flutuante (figura 4.12).

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade medida foi de 3,11 ‰.

Figura 4.12- Rio Jacu – Sítio Choar – Espírito Santo

As amostras foram coletadas no dia 07/11/2008 aproximadamente às 14h. No momento da coleta foram medidos: temperatura, pH e turbidez. A temperatura medida foi de 33,31 ºC e, portanto compatível com o horário da coleta; o pH foi de 8,71 estando levemente superior ao valor máximo para águas salobras, classe 1; e turbidez de 11,25 uT, este valor pode ser considerado baixo apesar de não se ter referência para as águas salobras.

A concentração medida de OG foi baixa com 2,0 mg/L (pela Resolução 357/2005 CONAMA, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais foi de 2.911 mg/L, este valor supera o limite da Portaria 518-MS (não se dispõe de VLP para águas salobras).

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O limite mínino estabelecido de OD para as águas salobras classe 1 é de 5,0 mg/L, de modo que a concentração de oxigênio dissolvido medido (5,78 mg/L) atende ao padrão estabelecido. A DBO calculada (3,60 mg/L) também encontra-se dentro do valor de referência para a referida classe de águas, que é de até 5,0 mg/L.O valor obtido para o COT foi muito elevado (28,35 mg/L) considerando que, para as águas salobras e salinas de classe 1, o padrão deste parâmetro é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total (0,088 mg/L) encontra-se abaixo do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L). O valor para nitrogênio total foi 0,70 mg/L e o nitrogênio amoniacal (< 0,01 mg/L). O nitrogênio amoniacal encontra-se inferior ao VLP máximo que é 0,40 mg/L para a classe de águas salobras. A concentração de clorofila ‘a’ foi de 11,23 µg/L (não se dispõe de VLP na classe de água em avaliação).

As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. No entanto, como já mencionado anteriormente, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

A quantidade de coliformes termotolerantes foi muito baixa (16,1 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O IQA calculado (64) corresponde à condição de qualidade BOA neste ponto, mantendo-se o mesmo valor (64) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1 (um).

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 58,06 que corresponde a um corpo d’água no estado EUTRÓFICO.

JAC03 – Lagoa de Guaraíra

A estação de monitoramento referente ao JAC03 fica localizada na Lagoa de Guaraíra, no município de Arês-RN. A campanha para coleta de amostras nesta estação foi realizada no dia 12/11/2008, aproximadamente às 15h45min. Não se observou a presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, turvação, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade medida foi de 36,9 ‰.

A temperatura da amostra medida foi de 28,99 ºC e a temperatura ambiente foi de 33,00°C. O pH da amostra (8,28 – alcalino) situa-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1. O valor medido para turbidez foi 4,09 uT. O valor medido de óleos e graxas não foi significativo (2,0 mg/L).

A concentração de oxigênio dissolvido, 5,70 mg/L, encontra-se ligeiramente inferior ao limite mínimo estabelecido para classe de águas em avaliação (≥ 6,0). A DBO calculada foi 4,5 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). O COT (2,60 mg/L) encontra-se dentro da faixa esperada, VLP (≤ 3,0 mg/L). A concentração de ST foi de 38.951,15 mg/L, própria de águas salinas (não se dispõe de VLP para águas salinas).

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Os nutrientes apresentaram-se em pequenas concentrações. O valor para o fósforo total (0,020 mg/L) se enquadra abaixo do VLP de referência (0,062 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,50 mg/L e o amoniacal de 0,01 mg/L, estando este abaixo do VLP (0,40 mg/L). Na amostra, não se detectou clorofila ‘a’.

Dos metais analisados, o cobre dissolvido apresentou valor um pouco acima para enquadramento da Resolução 357/2005 CONAMA. A concentração de cobre foi de 0,009 mg/L e, portanto superior ao VLP (≤ 0,005 mg/L). Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

Neste ponto, não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O cálculo do IQA (46) corresponde à condição de qualidade ACEITÁVEL neste ponto. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero), devido ao não enquadramento de um dos metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero), que corresponde a uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO nesta estação. Para esta avaliação foi desconsiderado omercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 19,92 que corresponde a um corpo d’água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.

JAC04 – Lagoa de Guaraíra

O ponto denominado JAC04 também está localizado na Lagoa de Guaraíra, porém na outra extremidade.Este ponto também não apresentou não conformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A salinidade medida foi de 37,10 ‰ e portanto, os resultados apresentados estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

No momento da coleta foram medidos: temperatura (29,15 ºC); pH (8,25); dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1, e turbidez (4,56 uT). A concentração medida para óleos e graxas foi baixa, com 2,0 mg/L (o padrão aceitável para OG é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais foi de 39.093,52 mg/L (não se dispõe de VLP para águas salinas).

A concentração de oxigênio dissolvido medido foi de 5,07 mg/L. Este valor encontra-se inferior ao valor de referência para as águas salinas que é maior ou igual a 6,0 mg/L. A DBO calculada foi de 4,50 mg/L (não se dispõe de VLP). A concentração de COT foi de aproximadamente 2,45 mg/L e portanto atende ao VLP (≤ 3,0 mg/L).

O fósforo total medido foi 0,013 mg/L e portanto encontra-se inferior ao VLP (≤ 0,062 mg/L). Onitrogênio total apresentou concentração de 1,00 mg/L (não se dispõe de VLP para NT). O nitrogênio amoniacal não foi detectado (o limite de detecção do método é < 0,01 mg/L), no entanto, o nitrogênio amoniacal atende ao VLP (0,40 mg/L). Não se detectou concentração de clorofila ‘a’ na amostra.

Igualmente ao ponto JAC03, dos metais analisados, o cobre dissolvido apresentou valor superior ao VLP de enquadramento. A concentração de cobre foi de 0,009 mg/L e portanto superior ao VLP (≤ 0,005

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mg/L). Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar sua concentração na água.

Da mesma forma que nos pontos anteriores desta bacia, também não se observou grande quantidade de coliformes termotolerantes (< 10 NMP/100 mL). O referido ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias.

O cálculo do IQA (46,97) corresponde à condição de qualidade ACEITÁVEL neste ponto. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero), devido ao não enquadramento de um dos metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero), que corresponde a uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO nesta estação. Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 17,13 que corresponde a um corpo d’água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ

Nas figuras 4.12 (a) a 4.12 (f) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica de Jacú.

JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 43

4

5

6

Ág

ua

Sal

ina

Ág

ua

Sal

ina

Ág

ua

Sal

ob

ra

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão CONAMA 357/2005Água Doce, Classe 2

4,40

5,60

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Jacu

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

Figura 4.12 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Jacú

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JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 40

4

8

12

16

20

24

28

OD > = 6 mg/LSalinaOD > = 5 mg/LSalobra

COT < = 3 mg/LSalobra e Salina

Res. CONAMA 357/2005Água Salobra e SalinaClasse 1

2,452,60

5,075,705,78

28,35

Ág

ua

Do

ce

OD

e C

OT

(m

g/L

)

Bacia do Jacu

Oxigênio Dissolvido Carbono Orgânico Total

Figura 4.12 (b) - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Jacú

JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 41

10

100

1000

9,20

< 23,0016,10

2,20

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Co

lifo

rme

s T

erm

oto

lera

nte

s (N

MP

/10

0m

L)

Bacia do Jacu

Coliformes Termotolerantes

Figura 4.12 (c) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Jacú

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JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 40

20000

40000

60000

56.277,00

50.000,00

Padrão Res. CONAMA 357/2005Água Doce Classe 2

20.000,00Padrão Portaria 518/2004 - MS

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Densidade de CianobactériasD

ensi

dad

e de

Cia

noba

ctér

ias

(Cel

/mL)

Bacia do Jacu

Figura 4.12 (d) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Jacú

JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 40

20

40

60

80

100

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

46,9746,59

64,36

48,74

0,000,00

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Jacu

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

Figura 4.12 (e) - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Jacú

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100

JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 40

10

20

30

40

50

60

70

17,1319,92

58,06

39,78

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

IET

Bacia do Jacu

Índice de Estado Trófico

Figura 4.12 (f) - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Jacú

4.6 BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE

A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a cerca de 1,9% do território estadual. Nesta bacia, destaca-se a Fonte de Pureza, fenômeno de ressurgência que dá origem à principal fonte de água do Estado, em vazão - localizada junto à cidade de Pureza. Nesta bacia não se destaca a ocorrência de açudes de maior importância. Na figura 4.13 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Nesta bacia foram selecionadas duas estações para monitoramento: MAX01-RN064-Rio Maxaranguapeem Dom Marcolino e MAX02-Estuário do Rio Maxaranguape. Na tabela 4.6 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’. Os resultados apresentados nestes pontos estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida foi de 0,24 ‰ para o MAX01 e de 0,28 ‰ para MAX02.

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Fonte: SEMARH (2009) Figura 4.13 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Maxaranguape

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Tabela 4.6- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Maxaranguape.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

MAX011 MAX021 -- -- -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 2,22 3,08 -- -- -- -- -- -pH 7,37 7,03 -- -- -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 4,17 4,17 -- -- -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 5,10 5,40 -- -- -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 3,36 3,77 -- -- -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

6,90 < 23,00 -- -- -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,66 0,59 -- -- -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,013 0,012 -- -- -- -- --≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 140,00 98,00 -- -- -- -- -- -

Turbidez (NTU) 10,30 6,13 -- -- -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 74,17 71,57 -- -- -- -- -- -Qualidade Boa Boa -- -- -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 < 0,001 -- -- -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 -- -- -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 -- -- -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 -- -- -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,0240 0,0290 -- -- -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 -- -- -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 -- -- -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 1,00 -- -- -- -- -- -IQAc 74,17 71,57 -- -- -- -- -- -

Qualidade Boa Boa -- -- -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 41,64 37,02 -- -- -- -- -- -

Categoria Mesotrófico Oligotrófico -- -- -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 28,78 27,92 -- -- -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 7,50 5,00 -- -- -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 6,52 3,14 -- -- -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,13 0,09 -- -- -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,020 0,016 -- -- -- -- --(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. MAX01– Rio Maxaranguape em Dom Marculino e MAX02- Maxaranguape.

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MAX01 – RN 064 – Rio Maxaranguape em Dom Marcolino

O Ponto denominado MAX01 está situado na RN 064, sob uma ponte sobre o rio Maxaranguape, em Dom Marcolino, no município de Maxaranguape. Com relação aos parâmetros não mensuráveis foram verificadas turvação e presença de vegetação flutuante (figura 4.14). Nas proximidades do ponto de coleta, identificaram-se atividades agrícolas e de carcinicultura.

Figura 4.14 – MAX01 – RN 064 – Rio Maxaranguape em Dom Marcolino.

As amostras foram coletadas aproximadamente às 11h. No momento da coleta foram medidos: temperatura (27,27 °C); pH (7,37), dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2; e turbidez (10,30 uT), inferior ao VLP (≤ 100). A concentração medida de OG foi baixa, com 7,5 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais foi de 140 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração de OD foi de aproximadamente 4,0 mg/L e portanto inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2, que é de 5 mg/L. A DBO calculada (5,1 mg/L) encontra-se um pouco acima do limite máximo de referência para águas doces de classe 2, que é de 5 mg/L. Estes valores podem indicar um possível início de processo de poluição do rio por matéria orgânica. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para

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COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,00 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor para fósforo total foi baixo (0,013 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). As concentrações de nitrogênio total e amoniacal foram baixas, de 0,66 mg/L e <0,01mg/L, respectivamente. O nitrogênio amoniacal atende ao VLP, que é de 3,7 mg/L para pH ≤7,5)Da mesma forma, a concentração de clorofila ‘a’ apresentou-se com valor baixo (1,93 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem aos VLP estabelecidos nesta resolução. Cabe ressaltar que, como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (6,9 NMP/100 mL). Esteponto não foi selecionado para monitoramente da densidade de cianobactérias.

O IQA calculado foi de 74,17, portanto, corresponde a uma condição de BOA qualidade neste ponto.Como o valor obtido para Cobre dissolvido, 0,08mg/L, está além do máximo valor permitido (0,009mg/L), o IT é 0 (zero) e, consequentemente, o valor do IQAc também é 0 (zero), que corresponde a uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 41,64 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.

MAX02 – Estuário do Rio Maxaranguape

O ponto MAX02 localiza-se em um estuário situado à jusante de Maxaranguape. Neste estuário existe um banco de areia que barra a entrada da água do mar, criando uma condição topográfica atípica, de modo a se considerar o rio como a influência predominante no estuário durante a maré. A salinidade medida foi de 0,28 ‰ e, portanto, nesta condição será comparado com as águas doces de classe 2.

No aspecto visual não foram observadas irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. As amostras foram coletadas aproximadamente às 7h46min, com as seguintes medições: temperatura (31,29ºC), pH (7,03), dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 e turbidez (6,13 uT), inferior ao VLP (≤ 100).

A concentração de OG foi baixa, com 5,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST (98 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Resultados de OD e de DBO se equiparam aos obtidos em MAX1. A concentração de OD foi de aproximadamente 4,0 mg/L, portanto inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2, que é de 5 mg/L. A DBO (5,40 mg/L), encontra-se um pouco acima do limite máximo de referência para águas doces de classe 2, que é de até 5 mg/L. Estes valores podem indicar um possível

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início de processo de poluição do estuário por matéria orgânica. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,77 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Quanto aos nutrientes tem-se: fósforo total de 0,012 mg/L, sendo portanto esperado para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L); nitrogênio total de 0,59 mg/L e nitrogênio amoniacal <0,01mg/L. O nitrogênio amoniacal atende ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (1,62 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Cabe ressaltar que, como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L enquando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL, Tabela 4.6). O estuário de Maxaranguape apresentou baixa densidade de cianobactérias (3.402 células/mL).Neste ambiente, espécies filamentosas como Pseudanabaena sp. Foram representativas na comunidade.O valor obtido está dentro dos níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até 50.000 células/mL, e pela Portaria 518/2004-MS, que é de 20.000células/mL.

O IQA e o IQAc calculados foram de 71,57, portanto, corresponde à condição de BOA qualidade neste ponto. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 37,02 que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE

Nas figuras 4.15 (a) a 4.15 (e) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica Maxaranguape.

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MAX 1 MAX 23

4

5

6

4,004,00

5,40

5,10

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão CONAMA 357/2005

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Maxaranguape

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

Figura 4.14 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Maxaranguape

MAX 1 MAX 20

200

400

600

800

1000

6,90 < 23,00

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Co

lifor

me

s T

erm

oto

lera

ntes

(N

MP

/10

0m

L)

Bacia do Maxaranguape

Coliformes Termotolerantes

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107

Figura 4.14 (b) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Maxaranguape

MAX 1 MAX 2100

1000

10000

100000

20.000,00

50.000,00

Padrão Portaria 518/2004 - MS

Padrão Res. CONAMA 357/2005Água Doce Classe 2

Não

se

anal

iso

u

3.402,00

De

nsi

dade

de C

ian

oba

ctéri

as

(Cel/m

L)

Bacia do Maxaranguape

Densidade de Cianobactérias

Figura 4.14 (c) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Maxaranguape

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108

MAX 1 MAX 20

20

40

60

80

100

71,5774,17

0 - 19 Imprópria para consumo

20 - 36 Imprópria para tratamento

37 - 51 Aceitável

52 - 79 Boa

80 - 100 Ótima

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Maxaranguape

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinada

Figura 4.14 (d) - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Maxaranguape

MAX 1 MAX 20

10

20

30

40

50

60

70

37,02

41,64

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

IET

Bacia do Maxaranguape

Índice de Estado Trófico

Figura 4.14 (e) - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Maxaranguape

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109

4.7 BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANGI

A bacia hidrográfica do Pirangi ocupa uma superfície de 458,9 km2, correspondendo a cerca de 0,9 % do território estadual. Essa pequena bacia não possui açudes de maior importância. Na figura 4.15apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Fonte: IGARN (2009) Figura 4.15 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Pirangi

Nesta bacia foram selecionadas oito estações de monitoramento: PIR01- Lamarão em Macaíba, PIR02-Passagem de Areia em Parnamirim, PIR03-Ponte BR 304 em Parnamirim, PIR04-Ponte Velha na BR 101 em Parnamirim, PIR05-Ponte Trampolim da Vitória em Parnamirim, PIR06-Lagoa do Jiqui em Parnamirim, PIR07-Balneário de Pium em Nísia Floresta e PIR08-Ponte Velha na RN 063 em Parnamirim. Na Tabela 4.7 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.

À exceção do ponto PIR08, que apresentou salinidade de 0,8 ‰ e, portanto, está sendo comparado com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, os demais pontos desta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

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Tabela 4.7- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Pirangi.PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

PIR011 PIR021 PIR031 PIR041 PIR051 PIR061 PIR071 VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 5,15 5,44 2,06 5,15 2,15 0,70 0,05 -pH 5,95 6,35 6,27 4,92 5,10 5,05 4,75 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 2,51 2,83 1,45 5,66 5,87 5,92 4,85 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 4,50 3,90 6,30 3,60 3,00 4,50 3,00 ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 16,10 2,36 3,29 2,46 2,67 3,43 3,38 ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

<23,00 <23,00 23,00 <23,00 <23,00 23,00 1,10 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,60 0,80 0,47 0,60 0,80 0,47 0,40 -

Fósforo Total (mg/L) 0,013 0,015 0,019 0,008 0,010 0,0110,021 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 48,00 40,00 41,00 35,20 32,50 31,10 35,90 -

Turbidez (NTU) 7,40 3,26 5,25 0,91 3,11 3,51 3,74 ≤ 1001

Índice (IQA) 61,35 64,82 64,95 66,98 72,68 72,70 76,23 -Qualidade Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 0,006 < 0,001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,028 0,029 0,028 0,036 0,024 0,027 0,032 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 -IQAc 61,35 64,82 64,95 66,98 72,68 72,70 76,23 -

Qualidade Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa -Índice do Estado Trófico (IET) 16,67 18,09 19,61 13,04 15,32 15,58 20,20 -

Categoria Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -

Temperatura da amostra (0C) 27,85 27,56 26,94 27,85 28,85 29,30 27,95 -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 2,00 3,00 2,00 3,00 3,00 2,50 3,00 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,04 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,020 0,012 0,012 0,010 0,011 0,030 < 0,010(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIR01- Lamarão em Macaíba; PIR02- Passagem de Areia em Parnamirim; PIR03- Ponte BR 304 em Parnamirim;PIR04- Ponte velha na BR 101 em Parnamirim:PIR05- Ponte Trampolim da Vitória em Parnamirim;PIR06- Lagoa do Jiqui e PIR07- Balneário de Pium em Nísia Floresta .

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Tabela 4.7(continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Pirangi.PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

PIR082 -- -- -- -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 3,90 -- -- -- -- -- -- -pH 5,62 -- -- -- -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 5,51 -- -- -- -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 4,20 -- -- -- -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 3,34 -- -- -- -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

< 1,10 -- -- -- -- ----

< 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,60 -- -- -- -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,017 -- -- -- -- ---- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 781,00 -- -- -- -- -- -- -

Turbidez (NTU) 4,09 -- -- -- -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 72,12 -- -- -- -- -- -- -Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,028 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 -- -- -- -- -- -- -IQAc 72,12 -- -- -- -- -- -- -

Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 18,65 -- -- -- -- -- -- -

Categoria Ultraoligotrófico -

Temperatura da amostra (0C) 28,10 -- -- -- -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 3,00 -- -- -- -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,00 -- -- -- -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,80 -- -- -- -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,010 -- -- -- -- ---- (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤

8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIR08- Ponte velha na RN 063 em Parnamirim.

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PIR01 – Lamarão em Macaíba

O ponto PIR01, também denominado Lamarão, refere-se ao rio Pitimbu. Este se situa próximo a sua nascente, na cidade de Macaíba. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.

As amostras foram coletadas aproximadamente às 9h42min, com as seguintes medições: temperatura de 27,85 ºC, normal e próxima à do ambiente; pH de 5,95, levemente ácido e fora dos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2, que está entre 6 e 9; turbidez baixa de 7,4 uT e inferior ao VLP (≤ 100) e salinidade de 0,04 ‰, sendo então classificada como água doce.

A concentração de OG foi muita baixa, com apenas 2,0 mg/L. OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. O valor obtido para ST (48 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pelaPortaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Os resultados de OD e de DBO indicam possível processo de poluição orgânica neste ponto. A concentração de oxigênio dissolvido foi muito baixa (2,51 mg/L) estando inferior ao VLP mínimo (5 mg/L). Quanto à DBO, o valor obtido (4,5 mg/L) encontra-se próximo ao limite máximo de referência (5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 16,10 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Não se identificaram concentrações significativas de nitrogênio e de fósforo. O fósforo total foi de 0,013 mg/L dentro do esperado para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L); o nitrogênio total foi de 0,6 mg/L, no entanto, não se dispõe de padrão para NT e; o nitrogênio amoniacal de 0,02 mg/L e inferior ao limite máximo permitido, que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. Não se detectou nenhuma concentração de clorofila ‘a’.

À exceção do mercúrio, todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L enquanto a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL, Tabela 4.7). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 61,35 e, portanto, correspondem a uma condição de BOA qualidade. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 16,67 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

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PIR02 – Passagem de Areia em Parnamirim

O ponto PIR02 refere-se ao ponto de Passagem de Areia, localizado no Município de Parnamirim. No momento da coleta foi possível observar que havia lixo nas proximidades e que o rio é utilizado para lavagem de animais

As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente às 9h15min. A temperatura medida (27,5 oC) foi normal e próxima à temperatura do ambiente. Os parâmetros, pH, turbidez e salinidade estão nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2.

A concentração de OG foi baixa, com apenas 3,0 mg/L. OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. O valor obtido para ST (40 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

O resultado de OD (2,83 mg/L) individualmente indicaria um possível processo de poluição orgânica neste ponto. No entanto, a DBO foi de 3,9 mg/L e encontra-se dentro do aceitável para as águas doces de classe 2, que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 2,36 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi de 0,015 mg/L, estando dentro do esperado para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L), intermediários (≤ 0,05 mg/L) e lóticos (≤ 0,1 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,8 mg/L (para este parâmetro não se dispõe de valor de referência) e o nitrogênio amoniacal foi de 0,012 mg/L,inferior ao limite máximo permitido, que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. Não se detectou clorofila ‘a’.

À exceção do mercúrio, todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L enquanto a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL, Tabela4.7). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 64,82, portanto correspondem a uma condição de BOA qualidadeneste ponto. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 18,09 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

PIR03 – Ponte BR 304 em Parnamirim

O ponto PIR03 está situado sob a ponte na BR 304 em Parnamirim. No momento da coleta observou-se presença de vegetação flutuante no local, conforme ilustrada na figura 4.16.

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Figura 4.16 – Detalhe do ponto de coleta PIR03

As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente às 8h42min. A temperatura medida foi de aproximadamente 27 oC e portanto comum para o horário da coleta. Os parâmetros pH(6,27), turbidez (5,25 uT) e salinidade (0,04 ‰) estão nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2.

A concentração de OG foi inexpressiva (2,0 mg/L) (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a ponto de não se observar nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. O valor obtido para ST (41 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

As concentrações obtidas de OD e DBO não foram satisfatórias e indicam possivelmente processo de poluição do corpo aquático por matéria orgânica. O OD medido foi de 1,45mg/L e muito inferior ao VLP mínimo (≥ 5 mg/L). Da mesma forma para a DBO, o valor medido foi de 6,30 mg/L e superior aoVLP máximo (≤ 5 mg/L).Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,29 mg/L . O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.A concentração de fósforo total foi de 0,019 mg/L e situou-se no limite do VLP de referência para ambientes lóticos (≤ 0,01 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,47 mg/L (para este padrão não se dispõe de valor de referência) e o nitrogênio amoniacal foi de 0,012 mg/L e inferior ao limite máximo permitido, que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. Não se detectou clorofila ‘a’.

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Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L enquanto a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL, Tabela 4.7). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 64,95 e, portanto, correspondem a uma condição de BOA qualidade qualidade. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 19,61 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.

PIR04 – Ponte velha na BR 101 em Parnamirim

A estação de monitoramento PIR04 está situada nas proximidades da Ponte Velha, localizada na BR 101, no Município de Parnamirim. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.

As amostras foram coletadas aproximadamente ao meio-dia (11h45min). A temperatura da amostra medida foi de 27,85 ºC, próximo à temperatura ambiente. Este ponto apresentou-se com pH ácido (4,92) e fora dos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2, que está entre 6 e 9. No entanto, esse pH pode ser considerado normal pois o rio recebe grandes contribuições de água subterrânea. A turbidez medida foi desprezível (0,91 uT) e inferior ao VLP (≤ 100).

A concentração de OG foi baixa com apenas 3,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST (35,20 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L).

Os resultados de OD, DBO e COT indicam boas condições ambientais neste ponto. A concentração de oxigênio dissolvido foi de 5,66 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). O valor obtido para a DBO (3,60 mg/L) foi aceitável em relação ao VLP (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 2,46 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo neste ponto foi a mais baixa dessa bacia (0,008 mg/L) dentro do esperado para ambientes lóticos (≤ 0,1mg/L). O nitrogênio total foi de 0,6 mg/L (não se dispõe de limite de referência para este parâmetro) e o nitrogênio amoniacal de 0,010 mg/L, inferior ao limite máximo permitido que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. Não se detectou nenhuma concentração de clorofila ‘a’.

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L enquanto a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

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Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL, Tabela 4.7). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 66,98 e, portanto, correspondem a uma condição de BOA qualidade neste ponto. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 13,04 (o menor valor dos pontos dessa bacia) que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

PIR05 – Ponte trampolim da Vitória em Parnamirim

A estação de monitoramento PIR05 está situada na Ponte Trampolim da Vitória, no Município de Parnamirim. No momento da coleta observou-se: quanto aos parâmetros não mensuráveis, verificou-se a não conformidade com relação à turvação da água, conforme se ilustra na figura 4.17. Esse trecho do rio é utilizado para lavagem de animais e de roupas e para prática de lazer.

Figura 4.17 – PIR5 – ponte Trampolim da vitória

As amostras foram coletadas aproximadamente no final da manhã 11h15min. A temperatura da amostra medida foi de 28,85 ºC. O pH da amostra foi de 5,10 (levemente ácido) e não está nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2 que é entre 6 e 9. Apesar do aspecto turvo da água, a turbidez medida foi baixa 3,11 uT e inferior ao VLP (≤ 100).

A concentração de OG foi baixa, inexpressiva com apenas 3,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST (32,50 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L).

Os resultados de OD, DBO e COT não indicam poluição orgânica neste ponto. A concentração de oxigênio dissolvido foi de 5,87 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida foi de 3,00 mg/L e inferior ao VLP máximo que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 2,67mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

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Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo total foi de 0,010 mg/L dentro do esperado para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L); o nitrogênio total foi de 0,8 mg/L (não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio amoniacal de 0,011 mg/L e inferior ao limite máximo permitido que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. Não se detectou concentração de clorofila ‘a’.

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L enquanto a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL, Tabela 4.7). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 72,68 e, portanto, correspondem a uma condição de BOA qualidade neste ponto. O IT foi igual a 1 (um). O mercúrio não foi considerado um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 15,32 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

PIR06 – Lagoa do Jiqui em Parnamirim

A estação de monitoramento PIR06 refere-se ao ponto localizado na Lagoa do Jiqui, próximo à captação da CAERN. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.

A coleta das amostras ocorreu pela manhã aproximadamente às 11:00 h, com as seguintes medições: temperatura de 29,30 ºC; pH de 5,05, levemente ácido e fora dos padrões de enquadramento para águasdoces de classe 2 que está entre 6 e 9; turbidez de 3,51 uT e inferior ao VLP (≤ 100 uT).

Como nos demais pontos desta bacia, a concentração de OG foi muita baixa, inexpressiva com apenas 2,5 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST (31,10 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L).

Os resultados de OD, DBO e COT indicam ausência de poluição orgânica neste ponto. A concentração de oxigênio dissolvido foi de 5,92 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). O valor obtido para a DBO foi de 4,50 mg/L e inferior ao limite máximo de referência (5,0 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,00 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo total foi de 0,011 mg/L dentro do esperado para ambientes lênticos (<0,03); o nitrogênio total foi de 0,47mg/L (não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio amoniacal de 0,030 mg/L e inferior ao limite máximo permitido que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. Não se detectou concentração de clorofila ‘a’.

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Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL, Tabela 4.7). Este ponto apresentou baixa densidade de cianobactérias (297 células/mL). O valor obtido estádentro dos níveis normais estabelecidos pelo Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IQA e o IQAc calculados foram de 72,70 e, portanto, correspondem a uma condição de BOA qualidade neste ponto. O IT foi igual a 1 (um). O mercúrio não foi considerado um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 15,58 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

PIR07 – Balneário de Pium em Nísia Floresta

O ponto PIR07 está localizado no rio Pium, especificamente no Balneário de Pium, no Município de Nísia Floresta. Esse trecho do rio é utilizado para lavagem de roupas e lazer, encontrando-se muitos bares em suas margens. Quanto aos parâmetros não mensuráveis, verificou-se muita turvação, conforme figura 4.18.

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Figura 4.18 – PIR 07 – Balneário de Pium

A coleta das amostras ocorreu pela manhã aproximadamente às 9h50min, com as seguintes medições: temperatura de 27,95 ºC; pH igual a 4,75, ácido e fora dos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2 que está entre 6 e 9; turbidez de 3,74 uT e inferior ao VLP (≤ 100uT).

Como em todos os pontos desta bacia, a concentração de OG foi muita baixa, com apenas 3,00 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST (35,90 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L).

A concentração de oxigênio dissolvido foi baixa (4,85 mg/L) e inferior ao VLP mínimo (5 mg/L). Por outro lado, os valores obtidos para a DBO e COT atendem ao esperado para o tipo do corpo aquático. A DBO foi de 3,00 mg/L e inferior ao limite máximo de referência (5,0 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,38 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo total foi de 0,021 mg/L, dentro do esperado para ambientes lóticos (<0,1 mg/L); o nitrogênio total foi de 0,40 mg/L (não se dispõe de padrão para NT); o nitrogênio amoniacal foi < 0,01 mg/L e inferior ao limite máximo permitido que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. Não se detectou concentração de clorofila ‘a’.

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L enquanto a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 2 NMP/100 mL, Tabela 4.7). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 76,23 e, portanto, correspondem a uma condição de de BOA qualidade neste ponto. O IT foi igual a 1 (um). O mercúrio não foi considerado um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 20,2 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

PIR08 – Ponte velha na RN 063 em Parnamirim.

O ponto PIR08 está situado sob a Ponte Velha na RN 063, Praia de Pirangi, no Município de Parnamirim. No momento da coleta observou-se a presença de barcos pequenos de pesca, nas proximidades (figura 4.19). De acordo com a sua salinidade (0,8 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

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Figura 4.19 – PIR 8 – Ponte Velha na RN 063

No que diz respeito ao aspecto visual não foi observado nenhuma irregularidade. A temperatura da amostra foi de 28,10°C, o pH da amostra (5,62) está acida e não atende ao VLP para as águas salobras (6,5 A 8,5). A turbidez medida foi baixa (4,09 uT). A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 781 mg/L, este concentração é comum as águas salobras devido a sedimentação dos sais (não se dispõe de VLP de referência para águas salobras). Assim como os pontos anteriores, neste também não se detectou presença significativa de OG (3,00 mg/L). OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente.

A concentração obtida de oxigênio dissolvido (5,51 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas salobras de classe 1 (≥ 5 mg/L). A DBO medida foi de 4,2 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). O COT (3,34 mg/L) encontra-se um pouco acima do limite estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 para águas salobras, classe 1, que é de 3 mg/L.

O fósforo total foi de 0,017 mg/L e inferior ao VLP (≤ 0,017 mg/L). O nitrogânio total foi de 0,6 mg/L (não se tem VLP de referência para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para águas salobras, classe 1, o nitrogênio amoniacal deve ter até 0,4 mg/L, não se detectou nitrogênio amoniacal na mostra (o limite de detecção do método é < 0,01 mg/L).Também não se detectou clorofila ‘a’.

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Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

O IQA e o IQAc calculados foram de 72,12 e, portanto, correspondem a condição de BOA qualidadeneste ponto. O IT foi igual a 1 (um). O mercúrio não foi considerado um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 18,65 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI

Nas figuras 4.12 (a) a 4.12 (f) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica de Pirangi.

PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 PIR 7 PIR 80

1

2

3

4

5

6

7

Águ

a S

alob

ra4,85

5,925,875,66

6,30

3,90

4,50

3,00

4,50

3,00

3,60

1,25

2,832,51

Padrão CONAMA 357/2005

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Pirangi

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

Figura 4.19 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Pirangi

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122

- PIR 80

1

2

3

4

5

6

5,51

3,34 Águas Salobras e Salinas

COT < = 3 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão CONAMA 357/2005Água Salobra, classe 1

OD

e C

OT

(m

g/L)

Bacia do Pirangi

Oxigênio Dissolvido Carbono Orgânico Total

Figura 4.19 (b) - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Pirangi

PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 PIR 7 PIR 81

10

100

1000

2,002,00

23,0023,0023,0023,0023,0023,00

Coliformes Termotolerantes

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Col

iform

es T

erm

otol

eran

tes

(NM

P/1

00m

L)

Bacia do Pirangi

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Figura 4.19 (c) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Pirangi

PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 PIR 7 PIR 8100

1000

10000

100000

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

297,00

20.000,00Padrão Portaria 518/2004 MS

50.000,00Padrão Res. CONAMA 357/2005 - Água Doce Classe 2

Densidade de Cianobactérias

De

nsi

da

de

de

Cia

no

ba

cté

ria

s (C

el/m

L)

Bacia do Pirangi

Figura 4.19 (d) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Pirangi

PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 PIR 7 PIR 80

20

40

60

80

100

72,1276,23

72,7072,6866,9864,9564,82

61,35

0 - 19 Imprópria para consumo

20 - 36 Imprópria para tratamento

37 - 51 Aceitável

52 - 79 Boa

80 - 100 Ótima

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Pirangi

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Figura 4.19 (e) - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Pirangi

PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 PIR 7 PIR 80

10

20

30

40

50

60

70

18,6520,02

15,5815,3213,04

19,6118,0916,67

< = 20 - Ultraoligotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

41 - 50 - Mesotrófico

51 - 60 - Eutrófico

> = 60 - Hipereutrófico

Índice de Estado Trófico

IET

Bacia do Pirangi

Figura 4.19 (f) - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Pirangi

4.8 BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇÚ

A Bacia hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do Norte tendo como rio principal o Piranhas, de domínio federal, nasce na Paraíba no local denominado Bonito de Santa Fé, atravessa todo o estado, tendo como principais afluentes o rio Piancó e o rio Aguiar, entra no Estado do RN, onde recebe grande contribuição da sub-bacia do rio Seridó, indo desembocar no litoral norte, próximo a cidade de Macau. Esta bacia cobre uma área com cerca de 44.000 km2, abragendo a parte ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do RN, ocupando uma superfície de 17.489,5 km2, que corresponde a cerca de 32,8% do território estadual. A bacia hidrográfica do piranhas-açu desempenha um importante papel na disponibilização de água para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área geográfica, para grandes projetos de irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo Açu, nos Estados da PB e RN. Nela estão inseridos os reservatórios Curema-Mãe D’Água, com capacidade de armazenamento de 1,3 milhões de metros cúbicos e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de armazenamento de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Na figura 4.20 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

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Fonte: IGARN (2009) Figura 4.20 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu

A seguir apresentam-se os resultados obtidos nos 25 pontos selecionados para a rede de monitoramento da qualidade da água (tabela 4.8): PIA01-Açúde Mulungu, PIA02-Açúde Esquincho, PIA03-Rio da Pedra (Açúde Alecrim), PIA04-Caldeirão de Parelhas, PIA05-Açúde Carnaúba, PIA06-Açúde Cruzeta, PIA07-Açúde Gargalheiras, PIA08-Rio São Bento, PIA09-Açúde Dourado, PIA10-Açúde Zangalheiras, PIA11-Rio Seridó, PIA12-Rio Espinharas, PIA13-Açúde Mendubim, PIA14-Açúde Beldroega, PIA15-Açúde Nono Angicos, PIA16-Açúde Pataxós, PIA17-Estuário Macau (salina), PIA18-Rio dos Cavalos, PIA19-Rio Piranhas-Açu - Ponte Alto dos Rodrigues, PIA20-Açude Santo Antônio, PIA21-Açúde Itans, PIA22-Rio Seridó, PIA23-Açúde Boqueirão de Parelhas, PIA24- Rio Seridó e PIA25-Barragem Passagem das Traíras.

Cabe destacar que não se dispõe dos resultados das análises de cianobactérias, possivelmente, estes dados serão apresentados no 2o relatório. Não se dispõe dos limites de detecção do método utilizado para as analises de metais e por isso não há total confiabilidade nos resultados dos Índices IT e IQAc.

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Tabela 4.8- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Piranhas/Açu/RN.PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

PIA01 PIA02 PIA03 PIA04 PIA05 PIA06 PIA07 VLP*

Temperatura da amostra (0C) 26,3 25,3 25,7 25,2 26,2 27 26 -

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 7,58 8,1 7,6 8,2 6,98 7,98 8,65 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg.L-1) 10,1 10,1 9 10,1 8,2 12,8 10,1 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg.L-1) 4,1 7 4,13 8,6 14,6 10,9 12,5 ≤ 5,0 1

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

0 0 17 0 0 9 0 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg.L-1) 0,78 0,27 0,41 0,45 0,41 -- 0,57 -

Fósforo Total (mg.L-1) 0,036 0,027 0,04 0,034 0,034 -- 0,164≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;;Sólidos Totais (mg.L-1) 622,40 180,80 266,40 352,00 108,00 252,40 293,20 -

Turbidez (NTU) 0 16 26 0 8 40 0 ≤ 1001

Índice (IQA) 81 87 78 86 90 -- 81 -Qualidade Ótima Ótima Boa Ótima Ótima -- Ótima -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg.L-1) 0,884 ND ND ND ND ND ND ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg.L-1) ND ND ND 0,034 ND ND ND ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg.L-1) ND ND ND 0,006 0,020 ND 0,004 ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg.L-1) 0,004 ND ND ND ND ND 0,004 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg.L-1) 0,006 ND 0,018 ND ND ND 0,018 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg.L-1) 0,004 ND 0,008 0,008 0,008 ND 0,004 ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg.L-1) <LD <LD ND <LD ND ND <LD ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 0 1 1 0 1 1 0 -IQAc 0 87 78 0 90 -- 0 -

Qualidade Imprópria Ótima Boa Imprópria Ótima -- Imprópria -Índice do Estado Trófico (IET) 61,6 62,0 62,5 64,8 63,2 - 69,3 -

Categoria Eutrófico Eutrófico Eutrófico Supereutrófico Supereutrófico - Hipereutrófico -COT (mg.L-1) 15,53 10,56 9,2 12,51 11,39 0 12,22 ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg.L-1) 12,77 21,49 15,99 49,99 26,13 8,58 44,38 ≤ 301

Salinidade (‰) 439,64 109,24 85,78 152,80 -- 107,23 123,31 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,32 0,18 0,32 0,42 0,30 0,16 0,26(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) 7 15 5 11 11 12 8Transparência (m) 0,6 1 0,4 0,4 0,4 0,6 1

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA01–Açude Mulungu; PIA02–Açude Esguincho; PIA03–Rio da pedra (açude alecrim); PIA04–Caldeirão de Parelhas; PIA05–Açude Carnaúba; PIA06–Açude Cruzeta e PIA07–Açude Gargalheiras.

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Tabela 4.8(continuação)- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Piranhas/Açu/RN.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

PIA08 PIA09 PIA10 PIA11 PIA12 PIA13 PIA14 VLP*

Temperatura da amostra (0C) 29,6 25,2 23,7 30 25,2 27 26,5 -

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 7,86 8,18 7,62 8,6 8,0 7,85 7,94 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg.L-1) 12,0 7,7 8,9 12,6 5,5 9,4 8,5 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg.L-1) 7,3 10,0 15,1 8,3 7,2 4,3 3,8 ≤ 5,0 1

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

0 0 120 0 38 0 0 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg.L-1) -- 0,76 0,85 -- 0,67 0,14 0,18 -

Fósforo Total (mg.L-1) -- 0,095 0,039 -- 0,246 0,022 0,025≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg.L-1) 1316,40 380,80 142,00 1075,20 461,60 112,00 176,00 -

Turbidez (NTU) 3 10 2 2 11 0 1 ≤ 1001

Índice (IQA) -- 85 69 -- 69 81 81 -Qualidade -- Ótima Boa -- Boa Ótima Ótima -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg.L-1) 0,884 ND ND ND 0,152 0,058 0,306 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg.L-1) 0,006 0,036 ND ND ND 0,030 0,040 ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg.L-1) ND 0,004 ND ND ND 0,100 0,004 ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg.L-1) 0,006 0,004 ND 0,006 ND ND ND ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg.L-1) 0,032 0,018 ND 0,040 ND 0,016 0,012 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg.L-1) ND 0,006 ND ND 0,004 ND ND ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg.L-1) ND <LD <LD ND <LD <LD <LD ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 0 0 1 0 0 0 0IQAc 0 0 69 0 0 0 0 -

Qualidade Imprópria Imprópria Boa Imprópria Imprópria Imprópria Imprópria -

Índice do Estado Trófico (IET)-

66,1 58,8 - 70,8 57,9 60,9 -

Categoria - Supereutrófico Mesotrófico - Hipertrófico Mesotrófico Eutrófico -

COT (mg.L-1) -- 10,95 11,31 42 13,85 9,65 9,83 ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg.L-1) 67,52 24,12 3,60 3,75 28,51 5,08 14,76 ≤ 301

Salinidade (‰) 857,84 150,12 92,85 654,10 268,07 32,17 61,66 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,30 0,27 0,16 0,10 0,03 0,20 0,47(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) <1 7 13 <1 <1 9 7Transparência (m) 0 0,4 1 0 0 1,2 0,8

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA08–Rio Jus. Currais Novos; PIA09–Açude Dourado; PIA10–Açude Zamgalheiras; PIA11–Rio Seridó; PIA12–Rio Espinharas; PIA13–Açude Mendubim e PIA14–Açude Beldroega.

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Tabela 4.8(continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Piranhas/Açu/RN.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

PIA15 PIA16 PIA17 PIA18 PIA19 PIA20 PIA21 VLP*

Temperatura da amostra (0C) 26,3 26,9 26,6 31 31,9 27 26 -

Temperatura do Ar (oC)

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 7,56 7,78 7,89 8,9 7,92 8,32 8,50 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg.L-1) 7,9 9,0 6,9 8,5 8,7 11 12,6 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg.L-1) 14,2 9,6 2,1 14,7 0,7 6,8 13,9 ≤ 5,0 1

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

0 0 0 15 0 0 0 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg.L-1) 0,64 0,42 -- -- -- 0,54 0,71 -

Fósforo Total (mg.L-1) 0,041 0,044 -- -- -- 0,037 0,159≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤

0,0623;Sólidos Totais (mg.L-1) 257,20 227,60 45850,80 12032,40 138,40 74,40 168,80 -

Turbidez (NTU) 46 20 160 52 7 14 77 ≤ 1001

Índice (IQA) 76 88 -- -- -- 72 62 -Qualidade Boa Ótima -- -- -- Boa Boa -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg.L-1) ND 0,232 0,166 0,054 ND ND ND ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg.L-1) ND ND 0,592 0,194 ND 0,016 0,006 ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg.L-1) ND ND 0,080 0,022 ND ND ND ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg.L-1) ND ND 0,138 0,030 0,006 ND ND ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg.L-1) 0,024 0,018 0,094 0,052 0,056 ND ND ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg.L-1) 0,006 0,008 0,514 0,092 ND ND ND ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg.L-1) <LD <LD ND ND ND <LD <LD ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1 0 0 0 0 0 1 -IQAc 76 0 0 0 0 0 62 -

Qualidade Boa Imprópria Imprópria Imprópria Imprópria Imprópria Boa -Índice do Estado Trófico (IET) 65 65,3 - - - 63,8 67,4 -

Categoria Supereutrófico Supereutrófico - - - Supereutrófico Hipereutrófico -

COT (mg.L-1) 9,5 9,35 -- -- -- 10,84 8,97 ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg.L-1) 44,08 44,24 20,46 39,96 0,52 29,70 21,69 ≤ 301

Salinidade (‰) 112,59 107,23 37530,60 10186,88 75,06 38,23 103,78 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,55 0,18 0,03 0,03 0,11 0,15 0,08(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 -1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1;

0,40 2,3

Profundidade (m) 7 7 <1 <1 <1 10 10Transparência (m) 0,7 0,6 0 0 0 0,6 0,9

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA15–Açude Novo Angicos; PIA16–Açude Pataxós; PIA17–Estuário Macau; PIA18–Rio dos Cavalos; PIA19–Rio Piranhas-Açu Ponte Alto do Rodrigues; PIA20–Açude Santo Antonio (S. J. Sabuji) e PIA21–Açude Itans.

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Tabela 4.8(continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Piranhas/Açu/RN.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

PIA22 PIA23 PIA24 PIA25 -- -- -- VLP*

Temperatura da amostra (0C) 26,8 24,8 24,9 26,4 -- -- -- -

Temperatura do Ar (oC)

Variação de Temperatura ( 0C) -- -- -- -- -- -- -- -pH 7,6 7,95 8,53 7,73 -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg.L-1) 11,8 8,2 11,8 9,4 -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg.L-1) 1,7 4,4 16,7 7,2 -- -- -- ≤ 5,0 1

Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1)

42 0 28 0 -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg.L-1) 0,98 0,64 1,11 0,42 -- -- -- -

Fósforo Total (mg.L-1) 0,152 0,047 0,359 0,055 -- -- --≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg.L-1) 544,00 273,00 574,80 267,00 -- -- -- -

Turbidez (NTU) 64 5 78 4 -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 61 79 48 88 -- -- -- -Qualidade Boa Boa Aceitável Ótima -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg.L-1) 0,466 0,528 0,152 0,302 -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg.L-1) ND ND ND ND -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg.L-1) ND 0,044 ND 0,044 -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg.L-1) ND 0,002 0,004 ND -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg.L-1) 0,018 0,020 0260 0,016 -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg.L-1) 0,008 0,004 0,006 ND -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg.L-1) <LD ND <LD ND -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 0 0 0 0 -- -- -- -IQAc 0 0 0 0 -- -- -- -

Qualidade Imprópria Imprópria Imprópria Imprópria -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 65,8 62,4 69,7 64,7 -- -- -- -

Categoria Supereutrófico Eutrófico Hipereutrófico Supereutrófico -

COT (mg.L-1) 11,83 12,71 15,22 12,11 -- -- -- ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) <10 <10 <10 <10 -- -- -- Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg.L-1) 12,30 12,45 17,21 20,81 -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 377,05 -- 3,5386 -- -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,13 0,33 0,22 0,26 -- -- --(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) <1 18 <1 9 -- -- --Transparência (m) 0 0,4 0 0,3 -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.. PIA22–Rio Seridó; PIA23–Açude Boqueirão de Parelhas; PIA24–Rio Seridó e PIA25– Barragem Passagem das Trairas.

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PIA0 1 – Açude Público Mulungu

O ponto PIA 1 é referente ao Açude Mulungu, localizado no município de Currais Novos. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,44 ‰).

O ponto de coleta apresenta profundidade de 7 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 26,3 ºC. O pH da amostra (7,58) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. Não se observou turbidez na amostra indicando uma boa condição estética do açude. Também não se detectou OG (o limite de detecção do método é inferior a 10 mg/L). O mesmo não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 622,4 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

As concentrações de OD e DBO foram satisfatórias e coerentes entre si. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de OD medido (10,1 mg/L)encontra-se portanto acima do mínimo valor de referência. A DBO calculada (4,1 mg/L) não ultrapassou o valor máximo da referida resolução que deve ser menor 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (15,53 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo (0,036 mg/L) encontra-se acima do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 0,78 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,32 mg/L situando-se com segurança no VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8. A clorofila ‘a’ medida (12,77 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L).

As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do cobre dissolvido (0,884 mg/L) e do cádmio total (0,004 mg/L). Cabe destacar que não se dispõe do limite de detecção do método utilizado para à analise. Nesse ponto, não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (81) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição IMPROPRIA PARA CONSUMO HUMANO.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 61,6 que corresponde a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO.

PIA02 – Açude Público Esquincho

O ponto PIA02 refere-se ao açude Esquincho, localizado no município de Ouro Branco-RN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP

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para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,11‰).

O ponto de coleta apresenta profundidade média de 15 m e 1 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 25,3°C. O pH da amostra (8,1) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez (16 uT) foi baixa estando bem abaixo dos valores de enquadramento (≤ 100 uT). Não se detectou óleos e graxas (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 180,8 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de OD medido (10,1 mg/L) encontra-se portanto acima do mínimo estabelecido indicando uma condição favorável ao ambiente aquático. Por outro lado, a DBO calculada (7 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida resolução que deve ser menor 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (10,56 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,027 mg/L) encontra-se dentro do valor de referência (≤ 0,03 mg/L para ambientes lênticos). O nitrogênio total foi de 0,27 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8 < pH ≤ 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 1 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,18 mg/L) encontra-se dentro dos limites estabelecidos. A clorofila ‘a’ medida (21,49 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L). Não foram encontrados coliformes termotolerantes.

Nesse ponto, não houve detecção dos metais de controle, no entanto, não se dispõe do limite de detecção do método utilizado para à analise.

O IQA calculado (87) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, mantendo a mesma condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a um.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 62 que corresponde a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO.

PIA03 – Açude Público Rio da Pedra

O ponto PIA03 refere-se ao Rio da Pedra localizado no município de Santana dos Matos. A salinidade medida (0,08 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP paraenquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

O ponto de coleta apresenta profundidade média de 5 m e 0,4 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 25,7°C. Não se detectou OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (7,6)situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra foi de

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26 uT e inferior ao VLP de referência (≤ 100 uT). A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 266,4 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

As concentrações de OD e DBO foram satisfatórias e coerentes entre si. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvidomedido (9 mg/L) encontra-se portanto acima do mínimo desejável. A DBO calculada (4,13 mg/L) foi inferior ao valor máximo de referência (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, aResolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (9,2 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,04 mg/L) encontra-se superior ao VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,41 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,32 mg/L) encontra-se dentro dos limites estabelecidos. A clorofila ‘a’ medida (15,99 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L).

As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, cabe destacar que não se dispõe de limite de detecção do método utilizado para a analise. Neste ponto, não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (17 NMP/100mL).

O IQA calculado (78) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto, mantendo a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a um. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 62,5 que corresponde a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO..

PIA0 4 – Açude Público Caldeirão de Parelhas

O ponto PIA04 refere-se ao açude Caldeirão de Parelhas localizado no município de Parelhas. A salinidade medida (0,15 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos –VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 25,2°C. Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (8,2) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. Não se quantificou turbidez na amostra. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 352 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (10,1 mg/L) encontra-se portanto dentro do valor esperado. Por outro lado, a DBO calculada (8,6 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução que deve ser menor 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (12,51 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

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O valor medido de fósforo total (0,034 mg/L) encontra-se no limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,45 mg/L. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8 < pH ≤ 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 1 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,42 mg/L) encontra-se dentro dos limites estabelecidos. A clorofila ‘a’ medida (49,99 µg/L), encontra-se superior ao VLP que admite até 30 µg/L. Altos valores de fósforo e conseqüentemente de clorofila ‘a’, indicam um ambiente com processo de eutrofização.

Dos metais analisados, a concentração de chumbo (0,034 mg/L) encontra-se acima dos limites estabelecidos pela legislação ambiental (≤ 0,01 mg/L). Cabe destacar que não se dispõe do limite de detecção dos métodos utilizados para as analises. Não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (86) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição (IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO).

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,8 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.

PIA05 – Açude Público Carnaúba

O ponto PIA05 refere-se ao açude Carnaúba localizado no município de São João do Sabugi. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Cabe destacar que não se dispõe da medição da salinidade deste ponto o que não permite assegurar com segurança o tipo da água em avaliação.

O ponto de coleta apresenta profundidade média de 11 m e 0,4 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 26,2°C. Não se detectou presença de óleos e graxas (limite de detecção do método < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (6,98) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez foi baixa (8 uT) estando bem abaixo do limite estabelecido pela legislação ambiental (≤ 100 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 108 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (8,2 mg/L) encontra-se acima do valor mínimo de enquadramento. No entanto, a DBO calculada (14,6 mg/L) está bem acima do valor máximo da referida Resolução que é de 5 mg/L, indicando uma condição desfavorável do corpo aquático. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (11,39 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,034 mg/L) encontra-se no limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,41 mg/L (não se dispõe de VLP de

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referência para este parâmetro). O nitrogênio amoniacal medido foi de 0,3 mg/L e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A clorofila ‘a’ medida (26,13 µg/L) encontra-se dentro do VLP (30 µg/L).

As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental (não se dispõe do limite de detecção do método utilizado para as analises). Não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (90) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, mantendo a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a um.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 63,2 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.

PIA06 – Açude Público Cruzeta

O ponto PIA06 é referente ao Açude Cruzeta, localizado no município de Cruzeta. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,11 ‰)

O ponto de coleta apresenta profundidade média de 12 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 27 ºC. O pH da amostra (7,98) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra (40 uT) encontra-se inferior ao VLP (≤ 100 mg/L). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 252,4 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

As elevadas concentrações de oxigênio dissolvido (12,8 mg/L) e da DBO (10,9 mg/L) pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L e a DBO ≤ 5 mg/L. O valor medido para COT (zero) não deve ser considerado, provavelmente, este resultado decorre de algum erro de procedimento analítico.

Não há resultados para fósforo total e nitrogênio total. O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,16 mg/L situando-se com segurança no VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8. A clorofila ‘a’ medida (8,58 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L).

As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental (não se dispõe do limite de detecção da metodologia utilizada para avaliação dos metais). O valor encontrado para coliformes termotolerantes (9 NMP/100mL) está bem abaixo do valor de enquadramento.

O IQA não foi calculado em virtude da indisponibilidade dos dados de fósforo total e nitrogênio total. O IT foi igual a um, o que acarretará em um IQAc igual ao IQA. Também não se dispõe do valor do IET.

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PIA07 – Açude Público Gargalheiras

O ponto PIA07 refere-se ao Açude Gargalheiras localizado no município de Acari. A salinidade medida (0,12 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 26°C. Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (8,65) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. Também não se detectou turbidez (zero). A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 293,20 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

As elevadas concentrações de oxigênio dissolvido (10,1 mg/L) e de DBO (12,5 mg/L) pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L e a DBO ≤ 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (12,22 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,164 mg/L) encontra-se bem acima do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio foi de 0,57 mg/L (não se dispõe de padrão de referência para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH > 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 0,5 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,26 mg/L) encontra-se dentro dos limites estabelecidos. A clorofila ‘a’ medida (44,38 µg/L) encontra-se bem acima do valor estabelecido pela legislação ambiental. Os elevados valores de fósforo total e conseqüentemente de clorofila ‘a’ indicam um processo de eutrofização do corpo aquático, como já previsto na analise conjunta do OD e da DBO.

A exceção do cádmio total que obteve uma concentração de 0,004 mg/L quando o VLP de referência é de no máximo 0,001 mg/L, os demais metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. Não foram encontrados coliformes termotolerantes

O IQA calculado (81) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição (IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO).

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 69,3 que corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

PIA08 – Rio São Bento

O PIA08 é referente ao Rio São Bento localizado à jusante do município de Currais Novos. De acordo com a sua salinidade (0,85 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

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Este ponto é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (o m de transparência). No que diz respeito ao aspecto visual, foram observadas várias ligações de esgotos sanitários, fluindo na calha do rio e, também, uma ligação de água limpa com vazamentos que escorriam juntamente com os esgotos, formando um braço de água com características e cheiro forte de esgotos.

A temperatura da amostra foi de 29,6 °C. O pH da amostra (7,86) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas salobras, classe 1 (entre 6,5-8,5). A turbidez foi inexpressiva (3 uT). Não se detectou óleos e graxas (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 1316,4 mg/L.

O valor estabelecido de OD para as águas salobras de classe 1 deve ser superior ou igual a 6 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (12 mg/L) encontra-se dentro do valor de enquadramento. A DBO medida foi de 7,3 mg/L (não se dispõe de VLP de referência para este parâmetro). Não foi feita análise do carbono orgânico total (COT).

Neste ponto também não há resultados referentes a fósforo total e nitrogênio total. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para águas salobras, classe 1, o nitrogênio amoniacal deve ter até 0,4 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,3 mg/L) encontra-se dentro dos limites estabelecidos. Apesar de não se ter VLP de referência para a clorofila ‘a’, esta foi expressiva com concentração de 67,52 µg/L.

Dos metais analisados, a concentração de cobre dissolvido (0,884 mg/L) e a de cádmio total (0,006 mg/L) encontram-se acima dos limites estabelecidos pela legislação ambiental. Cade ressaltar que não se dispõe do limite de detecção do método utilizado para as analises de metais. Não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA não foi calculado em virtude da falta de dados como nitrogênio e fósforo. O IT foi igual a zero o que acarretará em um IQAc de qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANOindependentemente do valor obtido para o IQA. Também não se dispõe do valor do IET.

PIA09 – Açude Público Dourado

O ponto PIA09 refere-se ao Açude Dourado localizado no município de Currais Novos. A salinidade medida (0,15 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 25,2 ºC. O pH da amostra (8,18) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra (10 uT) encontra-se inferior ao VLP (≤ 100 mg/L). Não se detectou OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 380,8 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

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O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (7,7 mg/L) encontra-se dentro dos valores de enquadramento. No entanto, a DBO calculada (10 mg/L) está bem acima do valor máximo da referida Resolução que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (10,95 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,095 mg/L) encontra-se superior aos limites estabelecidos para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,76 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8 < pH ≤ 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 1 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,27 mg/L) encontra-se dentro dos limites estabelecidos. A concentração de clorofila ‘a’ foi expressiva (24,12 µg/L), no entanto, atende ao VLP que deve ser no máximo de 30 µg/L. As concentrações obtidas de fósforo total e clorofila ‘a’ refletem um provável processo de eutrofização do corpo aquático.

Dos metais analisados, o chumbo total e o cádmio total obtiveram concentrações acima dos valores de referência. O chumbo apresentou 0,036 mg/L quando o VLP é de no máximo 0,01 mg/L e o cádmio total foi de 0,004 mg/L quando o VLP é de no máximo 0,001 mg/L. Cabe ressaltar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais. Na amostra não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (85) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição refletindo uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 66,1 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.

PIA10 – Açude Público Zangalheiras

O ponto PIA10 refere-se ao Açude Zangalheiras localizado no município de Jardim do Seridó. A salinidade medida (0,09 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos –VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

Este ponto apresenta profundidade média 7 m e 0,4 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 23,7 ºC. O pH da amostra (7,62) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra foi inexpressiva (2 uT) e inferior ao VLP (≤ 100 mg/L). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o mesmo não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 142 mg/L, valor este e aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (8,9 mg/L) encontra-se dentro dos valores de enquadramento. No entanto, a DBO calculada (15,1 mg/L) está bem acima do valor máximo de referência que é de 5 mg/L.

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Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (11,31 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total (0,039 mg/L) situou-se levemente superior ao limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,85 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,16 mg/L) encontra-se portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (3,6 µg/L) foi baixa e atende ao VLP (≤ 30 µg/L).

As concentrações dos metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 120 NMP/100 mL estando dentro do valor de referência (< 1000 NMP/100 mL).

O IQA calculado (69) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto, mantendo a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a um, neste caso a qualidade IQAc mantém a condição de qualidade (BOA).

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 58,8 que corresponde a um corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.

PIA11 – Rio Seridó

O PIA11 é referente ao Rio Seridó um dos maiores afluentes do Rio Piranhas e está localizado no município de Jardim de Seridó. De acordo com a sua salinidade (0,65 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

Este ponto apresenta baixa profundidade (< 1 m) e águas escuras (0 m de transparência). No que diz respeito ao aspecto visual, foram observados grande quantidade de capim elefante no seu leito e depósitos de lixo em suas margens. A temperatura da amostra foi de 30°C. Assim como os pontos anteriores, neste também não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (8,6) está ligeiramente superior ao VLP máximo para as águas salobras, VLP (6,5 A 8,5). A turbidez medida foi muita baixa, inexpressiva (2 uT). A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 1075,2 mg/L. Esta concentração é comum nas águas salobras devido a sedimentação dos sais.

A concentração obtida de OD (12,6 mg/L) superou o VLP mínimo de referência para as águas salobras de classe 1 (≥ 6 mg/L). A DBO medida foi de 8,3 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). O COT (40 mg/L) encontra-se bem acima dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/2005 para águas salobras, classe 1, que estabelece que o limite máximo permitido é de 3 mg/L. As elevadas concentrações de OD e de COT, em conjunto, pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes.

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Neste ponto também não há resultados referentes a fósforo total e nitrogênio total. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para águas salobras, classe 1, o nitrogênio amoniacal deve ter até 0,4 mg/L, o valor encontrado (0,1 mg/L) encontra-se dentro do limite estabelecidos. Apesar de não se ter valor de referência para a clorofila ‘a’, esta, apresentou-se com uma baixa concentração de 3,75 µg/L, contrariando ao esperado.

Dos metais analisados, a concentração de cádmio total (0,006 mg/L) encontram-se acima do limite de referência (0,006 mg/L) (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Não se detectou presença de coliformes termotolerantes.

O IQA não foi calculado em virtude da falta de dados (nitrogênio total e fósforo total). O IT foi igual a zero, conseqüentemente, o IQAc será classificado como de qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO independente do IQA. Também não se dispõe do valor do IET.

PIA12 – Rio Espinharas

O ponto PIA 12 refere-se ao Rio Espinharas e está localizado no município de Serra Negra. A salinidade medida (0,27 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

Este ponto é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0 m de transparência). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 25,2 ºC. O pH da amostra (8) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra foi baixa (11 uT) e encontra-se inferior ao VLP (≤ 100 mg/L). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi representativo aproximadamente com uma concentração de 461 mg/L, no entanto, este valor é aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser ≥ 5 mg/L, a concentração de OD medido (5,5 mg/L) encontra-se portanto ligeiramente superior ao valor mínimo de enquadramento. A DBO calculada (7,2 mg/L) supera o valor máximo de referência que é de até 5 mg/L, este resultado, pode indicar um processo de poluição orgânica do corpo aquático. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (13,85 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração obtida de fósforo total (0,246 mg/L) foi elevada e supera o limite estabelecido para ambientes lóticos (0,1 mg/L). O nitrogênio foi de 0,67 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8,0 o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,03 mg/L) encontra-se muito inferior ao limite estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (28,51 µg/L) foi representativa, porém, encontra-se dentro do VLP (≤ 30 µg/L).

As concentrações dos metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do cobre dissolvido que teve a concentração de 0,152 mg/L quando o VLP de deve ser de no máximo 0,009

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mg/L (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi baixo (38 NMP/100 mL) estando dentro dos valor de referência (< 1000 NMP/100 mL).

O IQA calculado (69) corresponde a condição de qualidade BOA neste pontp, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição refletindo uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 70,8 que corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

PIA013 – Açude Público Mendubim

O ponto PIA013 é referente ao Açude Mendubim, localizado no município de Açu. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,03 ‰).

Este ponto é apresenta 9 m de profundidade e 1,2 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 27 ºC. O pH da amostra (7,85) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A “ausência” de turbidez na amostra indica uma boa condição estética que o açude apresenta. Não se detectou OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi de 112 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

Os valores de OD e de DBO foram coerentes e satisfatórios. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior ou igual a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido foi de 9,4 mg/L. A DBO calculada (4,3 mg/L) foi inferior ao valor máximo (5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (9,65 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Os valores para fósforo total, nitrogênio total e amoniacal foram baixos. A concentração de fósforo (0,022 mg/L) encontra-se dentro do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 0,14 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,20 mg/L situando-se com segurança no VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8,0. A clorofila ‘a’ medida (5,08 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L).

Com relação aos metais, o cobre dissolvido, o chumbo total e o cromo total encontram-se fora dos limites estabelecidos pela legislação ambiental. O Cobre dissolvido apresentou uma concentração de 0,058 mg/L sendo o VLP ≤ 0,009 mg/L. O chumbo total foi de 0,03 mg/L, sendo o VLP ≤ 0,01 mg/L. O cromo total foi de 0,1 mg/L, sendo o limite estabelecido pela Resolução de até 0,05 mg/L (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Nesse ponto, não foram encontrados coliformes termotolerantes.

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O IQA calculado (81) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição (IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO).

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,9 que corresponde a um corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.

PIA14 – Açude Público Beldroega

O ponto PIA14 é referente ao Açude Beldroega, localizado no município de Paraú. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,06 ‰).

Este ponto apresenta profundidade média de 7 m e 0,8 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 26,5 ºC. O pH da amostra (7,94) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra foi inexpressiva (1 uT). Não se detectou OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi de 176 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

Os valores obtidos para OD e DBO foram satisfatórios e coerentes entre si. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior ou igual a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido foi de (8,5 mg/L). A DBO calculada (3,8 mg/L) foi inferior, como desejável, ao valor máximo que deve ser de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (9,83 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo (0,025 mg/L) não foi elevada e encontra-se dentro do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 0,18 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,47 mg/L situando-se com segurança no VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8. A clorofila ‘a’ medida (14,76 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L). Esses resultados indicam uma boa condição ambiental do corpo aquático.

Com relação aos metais, o cobre dissolvido e o chumbo total encontram-se fora dos limites estabelecidos pela legislação ambiental. O cobre dissolvido apresentou uma concentração de 0,306 mg/L sendo o VLP ≤ 0,009 mg/L. O chumbo total foi de 0,04 mg/L, sendo o VLP de até 0,01 mg/L (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Nesse ponto, não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (81) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição (IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO).

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,9que corresponde a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO.

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PIA15 – Açude Público Novo Angicos

O ponto PIA15 refere-se ao açude Novo Angicos, localizado no município de Angicos-RN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 em virtude da salinidade medida (0,11‰).

Este ponto apresenta profundidade média de 7 m e 0,7 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 26,3°C. Assim como nos pontos anteriores desta bacia, também não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (7,56) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez medida (46 uT) atende satisfatoriamente o padrão de enquadramento para as águas doces de classe 2 (≤ 100 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 257,20 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ter o valor mínimo de 5 mg/L, a concentração de OD medido (7,9 mg/L) apresentou-se dentro do valor de enquadramento. No entanto, a DBO calculada (14,9 mg/L) foi elevada superando o limite máximo de referência (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (9,5 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. As elevadas concentrações de OD e de DBO, em conjunto, pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes.

Como já previsto, o valor medido de fósforo total (0,041 mg/L) encontra-se acima do limite para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,64 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, a concentração medida para esse parâmetro (0,55 mg/L) encontra-se portanto dentro do valor de aceitabilidade. Quanto à clorofila ‘a’ (44,08 µg/L), esta, apresentou-se elevada e superior ao VLP (30 µg/L). Altas concentrações de fósforo e conseqüentemente de clorofila ‘a’ pode estar associado a ambientes com processos de eutrofização.

Os metais analisados atendem aos VLPs de referências (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (76) corresponde a condição de qualidade BOA, mantendo a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a um, neste caso a qualidade IQAc permanece na condição de BOA qualidade.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 65 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPERTRÓFICO.

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PIA16 – Açude Público Pataxós

O ponto PIA16 diz respeito ao Açude Pataxós, localizado no município de Ipanguaçu-RN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 em virtude da salinidade medida (0,11‰).

Este ponto apresenta profundidade média de 7m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 26,9°C. Não se detectou OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (7,78) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 (6 a 9). A turbidez medida (20 uT) foi baixa e atende ao VLP (≤ 100 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 227,60 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

Os valores para OD e DBO foram próximos e não coerentes a um ambiente aquático natural sem processos de poluição. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ter o valor mínimo de 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (9,0 mg/L) encontra-se dentro do valor de enquadramento. No entanto, a DBO calculada (9,6 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida resolução (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (9,35 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Assim como em PIA15, o fósforo total (0,044 mg/L) encontra-se acima do VLP de ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total medido foi de 0,42 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,18 mg/L) encontra-se inferior, como desejável, ao limite estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (44,24 µg/L), apresentou-se superior ao VLP (30 µg/L). Altos valores de alguns nutrientes e de clorofila ‘a’ podem estar associados a ambientes eutrofizados.

A exceção do cobre dissolvido (0,232 mg/L) que superou o VLP (≤ 0,009 mg/L), os demais metais analisados, atendem os limites estabelecidos pela resolução (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Neste ponto não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (88) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc é alterado para condição de qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 65,3 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.

PIA 17 – Estuário Macau

O PIA 17 é referente ao estuário Macau, localizado no município de Macau. De acordo com a sua salinidade (37,53 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores

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limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

O ponto de coleta apresenta profundidade média < 1m e nenhuma transparência. A temperatura da amostra foi de 26,6 °C. Não se detectou presença de OG (o limite de detecção é < 10 mg/L), ou seja, virtualmente ausente. O pH da amostra (7,89) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1 (6,5-8,5). A turbidez medida foi baixa (160 uT) apesar de não se dispor na Resolução CONAMA 357/2005 de VLP de referência. Para águas salinas classe 1, substâncias que produzam odor e turbidez devem ser virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 45.850,8 mg/L, sendo então comum ao tipo de ambiente já que as águas salinas concentram grande quantidade de sais dissolvidos.

A concentração de OD foi satisfatória e atende ao VLP de referência, o valor estabelecido de OD para as águas salinas de classe 1 deve ser superior ou igual a 6 mg/L, a concentração de OD foi de 6,9 mg/L. Apesar de não se dispor na Resolução CONAMA 357/2005 de um VLP para o parâmetro DBO, a concentração medida foi baixa 2,1 mg/L indicando boa condição ambiental do corpo aquático. Não há resultados referentes a COT nesse ponto.

Neste ponto também não há resultados referentes a fósforo total e nitrogênio total. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para águas salinas, classe 1, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 0,4 mg/L. Assim, o valor medido (0,03 mg/L) encontra-se, como desejável, inferior ao limite estabelecido. A clorofila ‘a’ medida foi de 20,46 µg/L, apesar de não se ter VLP de referência, esta concentração pode ser considerada baixa e aceitável ao tipo do corpo aquático.

A exceção do mercúrio, todos os metais analisados ultrapassaram os VLPs de referências. O cobre dissolvido obteve uma concentração de 0,166 mg/L quando o VLP máximo é de 0,005 mg/L, o chumbo total obteve uma concentração de 0,592 mg/L quando o VLP máximo é de 0,01 mg/L, o cromo total obteve uma concentração de 0,08 mg/L quando o VLP máximo é de 0,05 mg/L, o cádmio total obteve uma concentração de 0,138 mg/L quando o VLP máximo é de 0,005 mg/L, o zinco total obteve uma concentração de 0,094 mg/L quando o VLP máximo é de 0,09 mg/L, o níquel total foi de 0,514 mg/L quando o VLP máximo é de 0,025 mg/L (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Neste ponto não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA não foi calculado em virtude da falta de dados como nitrogênio total e fósforo total. No entanto, o IT foi igual a zero e conseqüentemente o IQAc será classificado como de qualidade IMPÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Também não se dispõe do valor do IET.

PIA18 – Rios dos Cavalos

O PIA18 é referente ao Rio dos Cavalos (estuário), afluente do Rio Piranhas-açu e está localizado no município de Porto do Mangue. De acordo com a sua salinidade (10,19 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

Este ponto apresenta profundidade média < 1 m e nenhuma transparência. A temperatura da amostra foi de 31°C. Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH

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alcalino da amostra (8,9) encontra-se ligeiramente superior ao valor máximo de referência (6,5 a 8,5). A turbidez foi baixa com 52 uT. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 12.032,4 mg/L, este valor é comum as águas salobras devido a deposição dos sais.

O oxigênio dissolvido apresentou-se com concentração de 8,5 mg/L e portanto superior ao valor mínimo de referência (≥ 5 mg/L), no entanto, apesar de não se dispor de um VLP de referência, a DBO medida foi relativamente elevada (14,7 mg/L). Para esse ponto, não há resultado referente a COT.

Não há resultados referentes a fósforo total e nitrogênio total. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para águas salobras, classe 1, o nitrogênio amoniacal deve ter até 0,4 mg/L, dessa forma o valor obtido para esse parâmetro (0,03 mg/L) atende satisfatoriamente a resolução. A clorofila ‘a’ não é um parâmetro de referência das águas salobras, no entanto, a concentração obtida (39,96 µg/L) pode ser considerada representativa e possivelmente indicadora de processo de eutrofização do corpo aquático.

Dos metais analisados, o cobre dissolvido (0,054 mg/L), o chumbo total (0,194 mg/L), o cádmio total (0,030 mg/L) e o níquel total ( 0,092) ultrapassaram os VLPs de referência (ver tabela 4.8) (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Ovalor encontrado para coliformes termotolerantes (15 NMP/100 mL) encontra-se bem abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL).

O IQA não foi calculado em virtude da falta de dados como nitrogênio total e fósforo total. No entanto, o IT foi igual a zero e conseqüentemente o IQAc será classificado como de qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Também não se dispõe do valor do IET.

PIA19 – Rio Piranhas-Açu -Ponte Alto dos Rodrigues

O ponto PIA19 refere-se ao Rio Piranhas-Açu sob a ponte em Alto dos Rodrigues. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,07‰).

Este ponto apresenta profundidade média < 1 m e nenhuma transparência. A temperatura da amostra foi de 31,9 °C. Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O pH da amostra (7,92) situou-se dentro faixa aceitável (6-9). A turbidez medida foi inexpressiva (7 uT) e inferior ao VLp (≤ 100 uT). A concentração de sólidos totais foi de 138,40 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

Os valores de OD e DBO obtidos indicam boas condições ambientais do corpo aquático. O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser ≥ 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido foi de 8,7 mg/L. A DBO calculada foi baixa (0,7 mg/L) e inferior ao VLP de referência (≤ 5 mg/L). Não há resultado referente a COT para esse ponto.

Nesse ponto não há resultados relativos a fósforo total e nitrogênio total. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,11 mg/L) encontra-se dentro do limite estabelecido. A

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clorofila ‘a’ medida foi muita baixa (0,52 µg/L) e inferior, como desejável, ao VLP (30 µg/L). Esse resultado reforça a boa condição ambiental do rio.

A exceção do cádmio total que obteve uma concentração (0,006 mg/L) superior ao VLP (≤ 0,001 mg/L), os demais metais, atenderam aos VLPs de referências. (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA não foi calculado em virtude da falta de dados como nitrogênio total e fósforo total. No entanto, o IT foi igual a zero e conseqüentemente o IQAc será classificado como de qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Também não se dispõe do valor do IET.

PIA20 – Açude Público Santo Antônio do Sabugi

O ponto PIA20 é referente ao Açude Santo Antônio, localizado no município de São João do Sabugi. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,04 ‰).

Este ponto apresenta profundidade média de 10 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 27 ºC. O pH da amostra (8,32) situou-se dentro do valore esperado para o tipo de ambiente. A turbidez da amostra foi de 14 uT e inferior ao VLP (≤ 100 uT). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de 74,40 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior ou igual a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (11 mg/L) encontra-se portanto superior ao VLP mínimo. Por outro lado, a DBO calculada (6,8 mg/L) ultrapassa o valor máximo (≤ 5 mg/L). As elevadas concentrações de OD e de DBO, em conjunto, pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (10,84 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total (0,037 mg/L) encontra-se ligeiramente superior ao VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,54 mg/L (não se dispõe de VLP de referência para este parâmetro). O valor para nitrogênio amoniacal foi baixo (0,15 mg/L) situando-se inferior ao VLP que é de até 1,0 mg/L para 8 < pH ≤ 8,5. A concentração de clorofila ‘a’ medida (29,70 µg/L) apresentou-se significativa, porém, ainda dentro do valor máximo permitido (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem a Resolução CONAMA 357/2005 com exceção do chumbo total. O chumbo total apresentou uma concentração de (0,016 mg/L) e portanto encontra-se acima do limite estabelecido (≤ 0,01 mg/L) (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Nesse ponto, não foram encontrados coliformes termotolerantes.

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O IQA calculado (72) corresponde a condição de qualidade BOA, alterando a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc se altera para a pior condição (IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO).

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 63,8 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTROFICO.

PIA21 – Açude Público Itãns

O ponto PIA21 refere-se ao Açude Itans localizado no município de Caicó. A salinidade medida (0,10 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

Este ponto apresenta profundidade média de 10 m e 0,9 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 26 ºC. O pH alcalino da amostra (8,5) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 (6-9). A turbidez da amostra (77 uT) encontra-se inferior ao VLP (≤ 100 uT). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 168,80 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

Neste ponto verificaram-se elevadas concentrações de OD e de DBO. O OD medido foi de 12,6 mg/L e superior ao VLP de referência (≥ 5 mg/L), porém, apesar de se ter uma concentração elevada, esta não é favorável nas condições existentes (DBO elevada) pois elevadas concentrações de OD e de DBO, em conjunto, pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes. A DBO calculada foi de 13,9 mg/L e não atende ao VLP máximo de referência (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (8,97 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Como esperado, o valor medido de fósforo total (0,159 mg/L) encontra-se bem acima dos limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,71 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8 < pH ≤ 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 1,0 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,08 mg/L) encontra-se dentro do limites estabelecido. A clorofila ‘a’ medida foi de 21,69 µg/L e atende ao VLP (≤ 30 µg/L). Os valores obtidos para fósforo total e para clorofila ‘a’, apesar de não estarem exageradamente elevados, podem favorecer ao processo de eutrofização do corpo aquático.

Nesse ponto, os metais não ultrapassam os limites estabelecidos pela legislação ambiental adotada (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (62) corresponde a condição de qualidade MÉDIA neste ponto, mantendo a condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a um, neste caso a qualidade IQAc mantém a condição de qualidade MÉDIA.

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O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 67,4 que corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

PIA22 – Rio Seridó - jusante Caico

O PIA22 é referente ao Rio Seridó localizado à jusante da cidade de Caicó. A salinidade medida (0,38 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

Este ponto é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (nenhuma transparência). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 26,8 ºC. O pH da amostra (7,6) situou-se dentro do esperado. A turbidez da amostra (64 uT) foi muito inferior ao VLP máximo de referência (≤ 100 uT). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 544 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

Os valores de OD e de DBO foram satisfatórios. A concentração de OD medida foi 11,8 mg/L e superior, como desejável, ao VLP (≥ 5 mg/L). Da mesma forma para a DBO, a concentração medida foi de 1,7 mg/L quando o VLP máximo é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (11,83 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,152 mg/L) encontra-se acima do limite estabelecido para ambientes lóticos (0,1 mg/L). A concentração de NT foi de 0,98 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2,0 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,13 mg/L) encontra-se dentro do limite estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (12,30 µg/L) também atende ao VLP (≤ 30 µg/L).

A exceção do cobre dissolvido (0,466 mg/L) que superou o VLP de referência (≤ 0,009 mg/L), os demais metais atenderam aos VLPs de referência. (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). O valor encontrado para coliformes termotolerantes (42 NMP.100 mL-1) encontra-se inferior ao VLP (<1000 NMP/100 mL).

O IQA calculado (61) corresponde a condição de qualidade MÉDIA alterando sua condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc passa para a pior condição IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 65,8 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.

PIA23 – Açude Público Boqueirão de Parelhas

O PIA23 é referente ao Açude Boqueirão de Parelhas, localizado no município de Parelhas-RN. Cabe destacar que para este ponto não se dispõe do dado de salinidade, no entanto, os resultados apresentados

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neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

Este ponto apresenta profundidade média de 18 m e 0,4 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 24,8 ºC. O pH da amostra (7,95) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 (6-9). A turbidez da amostra foi muita baixa (5 uT) e inferior ao VLP (≤ 100 uT). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 273 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (8,2 mg/L) encontra-se portanto superior ao VLP mínimo. Da mesma forma a DBO medida (4,4 mg/L) também atende ao VLP (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (12,71 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total foi elevada (0,047 mg/L) e superior ao limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,64 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2,0 mg/L, o valor obtido para esse parâmetro (0,33 mg/L) encontra-se inferior ao estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (12,45 µg/L), encontra-se inferior ao VLP (≤ 30 µg/L).

Dos metais analisados, o cobre dissolvido (0,528 mg/L) e o cádmio total (0,002 mg/L) superaram os VLPs de referência, que são respectivamente ≤ 0,009 mg/L e ≤ 0,001 mg/L. (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). Neste ponto não foram encontrados coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (79) corresponde a condição de qualidade BOA alterando sua condição quandoavaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc passa para a pior condição IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 62,4 que corresponde a um corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO.

PIA 24 – Rio Seridó-São Fernando

O PIA 24 refere-se ao Rio Seridó, localizado no município de São Fernando. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,35 ‰).

Este ponto apresenta baixa profundidade (< 1 m) e águas escuras (sem transparência). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 24,9 ºC. O pH da amostra (8,53) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 (6-9). A turbidez da amostra (78 uT) encontra-se inferior ao VLP (≤ 100 uT). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que

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a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 574,8 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

As concentrações obtidas de OD e DBO foram elevadas e não satisfatórias. Elevadas concentrações de OD e de DBO, em conjunto, pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes.O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (11,8 mg/L) encontra-se portanto superior ao VLP mínimo de referência, porém, a DBO calculada (16,7 mg/L) está muito além do VLP mínimo (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (15,22 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,359 mg/L) encontra-se acima do limite estabelecido para ambientes lóticos (0,1 mg/L). O nitrogênio total foi de 1,11 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH > 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 0,5 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,22 mg/L) encontra-se portanto dentro do esperado. A clorofila ‘a’ medida (17,21 µg/L), atende ao VLP (≤ 30 µg/L).

O valor medido de cobre dissolvido (0,152 mg/L) situou-se acima do VLP de enquadramento para águas doces, classe 2 que determina que a concentração desse metal deve ter no máximo 0,009 mg/L. Da mesma forma, o valor encontrado para cádmio total (0,004 mg/L) também está acima do padrão estabelecido, devendo ter uma concentração de até 0,001 mg/L. Além desses, a concentração de zinco total que foi de 0,26 mg/L também está acima do VLP (0,18 mg/L). (cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais). O valor encontrado para coliformes termotolerantes (28 NMP/100 mL) encontra-se inferior ao VLP (< 1000 NMP/100 mL).

O IQA calculado (48) corresponde a condição de qualidade ACEITÁVEL alterando sua condição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc passa para uma pior condição IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 69,7 que corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.

PIA25 – Açude Público Passagem das Traíras

O PIA25 é referente ao Açude Público Passagem das Traíras, está localizado no município de São José do Seridó-RN. Cabe destacar que não se dispõe da medição da salinidade, no entanto, os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 26,4 ºC. O pH da amostra (7,73) situou-se dentro dos valore de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra foi baixa (4 uT) e inferior ao VLP (≤ 100 uT). Não se detectou presença de OG (o limite de detecção do método é < 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A

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concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 267 mg/L, valor este aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

O valor estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (9,4 mg/L) encontra-se portanto superior ao mínimo desejável, no entanto, a DBO medida (7,2 mg/L) encontra-se acima do VLP estabelecido (≤ 5 mg/L.). Elevadas concentrações de OD e de DBO, em conjunto, pode ser evidência de elevada produtividade fitoplactônica provavelmente associada a elevados teores de nutrientes eutrofizantes. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (12,11 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Como esperado, o valor medido de fósforo total (0,055 mg/L) encontra-se acima do limite estabelecidos para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,42 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2,0 mg/L, o valor obtido para esse parâmetro (0,26 mg/L) atende ao estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (20,81 µg/L) foi representativa, porém, encontra-se inferior ao VLP (≤ 30 µg/L). Ambientes com concentrações significativas de nutrientes e conseqüentemente de clorofila ‘a’ são passíveis de processos de eutrofização.

Dos metais analisados somente o cobre dissolvido (0,302 mg/L) situou-se acima do valor desejável. Segundo a Resolução CONAMA 357/2005 este metal deve ter no máximo 0,009 mg/L. Cabe destacar que não se dispõe dos limites de detecção dos métodos utilizados nas analises dos metais. Neste ponto não se detectou presença de coliformes termotolerantes.

O IQA calculado (88) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto, alterando suacondição quando avaliado conjuntamente com o IT que foi igual a zero, neste caso a qualidade IQAc passa para a pior condição de qualidade (IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO).

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,7 que corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA PIRANHAS-AÇÚ

Nas figuras 4.20 (a) a a 4.20 (c) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros de controle da Bacia Hidrográfica PiranhaAçú.

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PIA

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0

2

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6

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Sal

ina

Sal

obra

Sal

obr

a

Sal

obra

12,6

0

9,00

9,40

11,8

08,

2011

,80

11,0

08,

70

7,908,

509,40

5,50

8,90

7,70

10,1

0

12,8

0

8,20

10,1

09,

0010

,10

10,1

0

9,60

16,7

07,

20

4,40

1,70

13,9

0

6,80

0,70

14,9

03,

804,30

7,20

15,1

010

,00

12,5

010

,90

14,6

8,60

4,13

7,00

4,10 DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

CONAMA 357/2005Água Doce, Classe 2

Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Piranhas - Açu

Figura 4.20 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica PiranhaAçú

PIA 08 PIA 11 PIA 17 PIA 181

10

100

CO

T ?

CO

T ?

CO

T ?

40,00

8,506,90

12,6012,00

COT < = 3 mg/LSalobra e Salina

OD > = 5 mg/LSalobra

OD > = 6 mg/LSalina

Res. CONAMA 357/2005Água Salobra e SalinaClasse 1

OD

e C

OT

(m

g/L

)

Bacia do Piranhas - Açu

Carbono Orgânico Total Oxigênio Dissolvido

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Figura 4.20 (b) - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica PiranhaAçú

PIA

01

PIA

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PIA

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PIA

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PIA

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PIA

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25

0

200

400

600

800

1000

0,028

,00,

042,0

0,0

0,0

0,0

15,0

0,0

0,0

0,0

0,0

0,038

,00,

0

120,

00,

00,

00,

09,

00,

0

0,017

,00,

00,

0

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Coliformes Termotolerantes

Col

iform

es T

erm

otol

eran

tes

(NM

P/1

00m

L)

Bacia do Piranhas - Açu

Figura 4.20 (c) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica PiranhaAçú

4.9 BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI

A bacia hidrográfica Potengi ocupa uma superfície de 4.093 km2, correspondendo a cerca de 7,7 % do território estadual. Desaguando junto à cidade de Natal, a mesma possui 245 açudes cadastrados. Na figura 4.21 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Na tabela 4.9 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

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Fonte: IGARN (2009) Figura 4.21 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Potengi

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Tabela 4.9- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Potengi.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

POT012 POT021 POT032 POT043 POT053 POT063 POT073 VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 0,52 0,39 0,11 2,50 -0,90 -1,40 0,80 -pH 8,47 8,01 7,94 7,94 7,78 7,96 8,18 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 5,07 2,91 3,57 6,72 6,52 5,95 7,77 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 4,50 4,80 3,90 5,60 9,15 5,25 6,00 ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 21,46 14,58 11,40 2,46 2,10 1,24 1,04 ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

<23,00 1,10 < 1,10 1.100 2,20 < 1,10 < 1,10 < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 1,17 0,40 0,60 0,52 2,11 2,98 2,30 -

Fósforo Total (mg/L) 0,0570,031

0,092 0,180 0,121 0,0820,038 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 2.952,00 311,00 1.716,00 34.879,38 36.162,65 37.061,43 37.407,12 -

Turbidez (NTU) 5,38 5,40 2,43 2,71 8,61 9,31 7,38 ≤ 1001

Índice (IQA) 47,89 75,29 75,27 69,06 77,22 78,32 58,66 -Qualidade Aceitável Boa Boa Boa Boa Boa Boa -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 < 0,001 0,005 0,015 0,008 0,009 0,008 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 0,013 < 0,001 < 0,001 < 0,001 ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,026 0,022 0,027 0,021 0,015 0,023 0,017 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 0,008 0,008 0,007 ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 1,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -IQAc 47,89 75,29 75,27 0,00 0,00 0,00 0,00 -

Qualidade Aceitável Boa Boa Imprópria Imprópria Imprópria Imprópria -Índice do Estado Trófico (IET) 49,53 37,01 43,01 61,73 51,71 48,93 42,86 -

Categoria Mesotrófico Oligotrófico Mesotrófico Hipereutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico -

Temperatura da amostra (0C) 30,48 27,61 28,89 29,5 28,60 28,70 29,15 -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 5,00 2,00 2,00 4,00 3,00 3,00 3,00 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 3,81 0,77 0,52 8,34 2,01 2,01 1,80 ≤ 301

Salinidade (‰) 3,17 0,30 1,79 32,00 33,80 34,60 35,10 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) <0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,10 < 0,10 < 0,10 < 0,10(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. POT0 1-- Rio Camaragibe na travessia da RN 064 em Ielmo Marinho; POT0 2- Açude Campo Grande em São Paulo do Potengi; POT 03- Telha em São Pedro do Potengi; POT 04 - Rio Golandim; POT0 5- Em frente ao Dique da Base Naval em Natal; POT0 6- Jusante do Canal do Baldo e POT0 7- Em frente ao Iate Clube.

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Tabela 4.9 (continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Potengi.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

POT083 -- -- -- -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) -0,10 -- -- -- -- -- -- -pH 8,10 -- -- -- -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,18 -- -- -- -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 8,55 -- -- -- -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 0,42 -- -- -- -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

< 1,10 -- -- -- -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 3,29 -- -- -- -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,048--

-- -- -- ---- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 37.891,08 -- -- -- -- -- -- -

Turbidez (NTU) 8,70 -- -- -- -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 56,18 -- -- -- -- -- -- -Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) 0,008 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,008 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) 0,007 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 0,00 -- -- -- -- -- -- -IQAc 0,00 -- -- -- -- -- -- -

Qualidade Imprópria -- -- -- -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 44,28 -- -- -- -- -- -- -

Categoria Mesotrófico -- -- -- -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 28,80 -- -- -- -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 3,50 -- -- -- -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 1,70 -- -- -- -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 35,60 -- -- -- -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,10--

-- -- -- ---- (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤

8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. POT 08- Vão central da Ponte Nilton Navarro...

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Na bacia do Potengi foram selecionados oito pontos para monitoramento, POT01 (Rio Camaragibe na RN 064), POT02 (Açude Campo Grande em São Paulo do Potengi), POT03 (Telha em São Pedro do Potengi), POT04 (Rio Golandim), POT05 (em frente ao Dique da Base Naval), POT06 (Jusante do Canal do Baldo), POT07 (em frente ao Iate Clube) e POT08 (vão central da ponte Newton Navarro).

Na seqüência está sendo apresentada a discussão dos resultados para esta bacia, comparando com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, águas salobras e salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

POT01 – Rio Camaragibe na RN 064

A estação de monitoramento referente ao POT01 refe-se ao rio Camaragibe localizada na travessia da RN 064, sob uma ponte no município de Ielmo Marinho. Á água, no momento da coleta, apresenta-se turva (figura 4.22). Não se observou presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante.

Figura 4.22 – Rio Camaragibe na travessia da RN 064

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 3,17 ‰.

A coleta foi realizada no dia 05/11/2008, aproximadamente as 15:51 h. No momento da coleta foram medidos: temperatura da amostra (30,48 °C); pH 8,47, dentro dos valores de enquadramento para águas salobras, classe 1 (6,5-8,5); turbidez (5,38 uT) e portanto baixa. A concentração medida de OG também foi baixa (5 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de 2.952,00 mg/L, este valor é comum as águas salobras devido a deposição de sais 9não se dispõe de VLP de referência).

No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD que foi de 5,07 mg/L, este valor apesar de encontrar-se acima do VLP mínimo (≥ 5,0 mg/L), indica juntamente com o COT, início do processo de poluição orgânica do corpo aquático. A concentração de COT foi de aproximadamente 21,46 mg/L e ultrapassa o VLP mínimo (≤ 3 mg/L). A DBO calculada foi de 4,50 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro).

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Para o fósforo total a concentração foi de 0,057 mg/L e inferior ao VLP de referência (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,17 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). Não se detectou nitrogênio amoniacal na amostra (o limite de detecção do método- LDM utilizado para analise é < 0,01 mg/L), e porconseguinte pode-se assegurar que o nitrogênio amoniacal atende ao VLP máximo que é de 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ (3,81 µg/L) foi baixa, apesar de não se dispor de VLP para este parâmetro.

Todos os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. No entanto, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é <0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL). Neste ponto não se analisou densidade de cianobactérias.

O cálculo do IQA (47,89) corresponde a condição de ACEITÁVEL qualidade, mantendo-se o mesmo valor (47,89) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1 (um). Para esta avaliação foi desconsiderado mercúrio.

O IET calculado, considerando as análises de fósforo total e clorofila, foi de 49,53 que corresponde a um corpo d´água no estado MESOTRÓFICO.

POT02 – Açude Campo Grande

O ponto POT 2 é referente ao Açude Campo Grande, no município de São Paulo do Potengi. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensurávis.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida : 0,30 ‰.

A coleta foi efetuada no dia 12/11/2008 aproximadamente as 06:55 h. Como esperado a temperatura da amostra medida (27,61 °C) se equivale a temperatura ambiente. O pH da amostra (8,01) situa-se dentro dos valores de enquadramento. A turbidez medida foi baixa (5,40 uT) e inferior ao VLP para águas doces, classe 2. O valor medido para óleos e graxas não foi significativo (2,0 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo.). A concentração de sólidos totais foi de 311,00 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode seraceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.

A concentração de oxigênio dissolvido foi baixa (2,9 mg/L) e inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. A DBO calculada (4,8 mg/L) encontra-se ligeiramente inferior ao limite mínimo estabelecido para a referida classe de águas. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 14,58 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor obtido para fósforo total (0,031 mg/L) situou-se próximo ao VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,40 mg/L (não se dipõe de VLP de

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referência para este parâmetro). Não se detectou nitrogênio amoniacal na amostra (<0,01 mg/L) situando-se com segurança no VLP que é de até 1,0 mg/L para 8 < pH ≤ 8,5. A clorofila ‘a’ medida (0,77 mg/L) apresentou-se bem inferior ao VLP (30 µg/L).

As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. No entanto, como já mencionado, não se tem segurança no IT quando considerado o mercúrio como um dos metais de controle.

Nesta estação de monitoramento, não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Este ponto apresentou elevada densidade de cianobactérias (295.347 células/mL). A Resolução 357/2005 CONAMA estabelece que para as águas doces de classe 2 o limite de densidade de cianobactérias é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS é de 20.000 células/mL.

O IQA calculado (75,29) corresponde a condição de qualidade BOA, mantendo-se o mesmo valor (75,29) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1 (um). Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 37,01 que corresponde a um corpo d’água no estado OLIGOTRÓFICO.

POT03 – TELHA

O ponto POT03 é denominado Telha e está situado sob uma ponte, no município de São Pedro do Potengi. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 1,79 ‰.

As amostras foram coletadas no dia 12/11/2008 aproximadamente as 08:00 h. Como esperado, a temperatura da amostra mediada (28,89 °C) se equivale a temperatura ambiente. O pH da amostra (7,94) se enquadra na faixa dos valores limites permitidos (6,5-8,5). A turbidez foi baixa 2,43 uT. O valor para óleos e graxas também foi baixo 2,00 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 1.716,00 mg/L, este valor é comum para as águas salobras devido a deposição de sais (não se dispõe de VLP de referência).

O limite mínino estabelecido de OD para as águas salobras de classe 1 é de 5,0 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (3,57 mg/L) encontra-se abaixo desse limite. No entanto, apesar da DBO não ser considerada como parâmetro de referência para as águas salobras, a DBO calculada (3,90 mg/L) foi baixa. A concentração de COT foi de aproximadamente 11,40 mg/L e, portanto acima do VLP (3,0 mg/L). Os valores obtidos para OD e COT podem refletir processo de poluição orgânica do manancial.

A concentração de fósforo total (0,092 mg/L) encontra-se abaixo do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L). O valor para nitrogênio total foi 0,60 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). Não se detectou nitrogênio amoniacal na amostra (o limite de detecção do método é < 0,01 mg/L) e portanto inferior ao VLP máximo que é 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi muita baixa (0,52 µg/L).

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As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental (tabela 4.9). No entanto, como já mencionado anteriormente, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

Neste ponto não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. O referido ponto não foi selecionado para monitoramente a densidade de cianobactérias.

O IQA (75,27) corresponde a condição de qualidade BOA, mantendo-se o mesmo valor (75,27) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1 (um). Sendo desconsiderado nesta avaliação o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 43,01 que corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO.

POT04 – Rio Golandim

A estação de monitoramento referente ao POT04 está localizada nas imediações da desembocadura do rio Golandim, no Rio Potengi. Não foi verificada nenhuma desconformidade quanto aos aspectos visuais observados na coleta.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 20,4 ‰.

A campanha para coleta de amostras no Rio Golandim foi realizada no dia 10/12/2008, aproximadamente as 11:14 h. A temperatura da amostra medida foi de 29,5 °C e próxima a do ambiente (32 °C). O pH da amostra (7,94) situou-se dentro dos valores de enquadramento (6,5-9,5). O valor medido de turbidez foi baixa (2,71 uT). O valor medido para óleos e graxas não foi elevado (4,0 mg/L). O teor medido de ST foi elevado (34.879,28 mg/L), porém este valor é comum a ambientes com águas com elevados teores de sais dissolvidos (não se dispõe de VLP de referência).

A concentração de oxigênio dissolvido (6,72 mg/L) superou o limite mínimo permitido para águas salobras (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 5,60 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). O COT medido (2,46 mg/L) atende ao VLP máximo (3 mg/L).

A concentração de fósforo (0,180 mg/L) encontra-se acima do VLP (≤ 0,124). A concentração de nitrogênio total foi de 0,52 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). Não se detectou na amostra nitrogênio amoniacal (LDM <0,01) e portanto atende ao limite máximo que é de 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ apresentou-se baixa com 8,34 µg/L.

Dos metais analisados, somente o cobre dissolvido está acima do VLP. A concentração de cobre foi de 0,015 mg/L quando o valor de referência é ≤ 0,005 mg/L. Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

O número de coliformes termotolerantes foi expressivo (1.1000 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade (<1.000 NMP/100 mL). Não se dipõe dos resultados para cianobactérias.

O cálculo para determinação do IQA (69) corresponde a condição de qualidade BOA. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero) devido ao não enquadramento de um dos metais na

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legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero) que corresponde a uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 61,73 classificando o corpo d’água no estado HIPEREUTRÓFICO.

POT05 – em frente ao dique da Base Naval

A estação de monitoramento POT05 refere-se ao ponto em frente ao dique da Marinha do Brasil. Nesta estação, em relação aos parâmetros não mensuráveis, não foram encontradas não conformidades.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 33,8‰.

A temperatura da amostra medida foi de 28,60 °C, próximo a temperatura ambiente do horário da coleta (16:30 h). A coleta foi realizada no dia 18/11/2008. O pH da amostra (7,78) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1 (6,5-8,5). A turbidez da amostra foi baixa (8,61 uT). O valor medido para óleos e graxas foi baixo com 3,0 mg/L. O teor de sólidos totais foi elevado com 36.162,65 mg/L, no entanto, esse valor é comum às águas salinas devido a elevada concentração de sais(não se dispõe de VLP de referência).

No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD que foi de 6,52 mg/L e portanto maior que o valor mínimo aceitável para as águas salinas de classe 1 (≥ 6,0 mg/L). Apesar de não se dispor de VLP de referência para a DBO, a mesma apresentou-se relativamente elevada com uma concnetração de 9,15 mg/L. O COT foi baixo (2,10 mg/L) e se enquadra ao VLP que é ≤ 3,0 mg/L.

A concentração de fósforo total (0,121 mg/L) foi elevada e superior ao VLP (≤ 0,062). A concentração de nitrogênio total foi relativamente elevada (2,11 mg/L), não se dispõe de VLP para este parâmetro. Não se detectou nitrogênio amoniacal (LDM <0,10 mg/L) e portanto atende ao VLP (0,40 mg/L). A clorofila ‘a’ medida foi de 2,01 mg/L.

Dos metais analisados, o cobre dissolvido apresentou-se elevado (0,0083 mg/L) e superior ao VLP é ≤ 0,005 mg/L. Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes, tabela 4.9. Não se dipõe dos resultados para cianobactérias.

O cálculo para determinação do IQA (77,22) corresponde a condição de BOA qualidade. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero) devido ao não enquadramento do cobre dissolvido na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero) que corresponde uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 51,71 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.

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POT06 – Jusante do Canal do Baldo

O ponto POT06 está localizado a jusante do Canal do Baldo. Não foram observados visualmente presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante. As amostras foramcoletadas no dia 18/11/2008, aproximadamente as 16:00 h.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 34,6‰.

No momento da coleta foram medidos: temperatura (28,7 ºC); pH 7,96; dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1 (6,5-8,5), e turbidez (9,31 uT). A concentração medida para óleos e graxas foi baixa com 3,0 mg/L (o padrão aceitável para OG é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais foi de 37.061,43 mg/L, este valor apesar de elevado é comum as águas salinas devido ao elevado teor de sais (não se dispõe de VLP de referência).

A concentração de oxigênio dissolvido foi baixa (5,95 mg/L) e se encontra um pouco inferior ao valor de referência (≥ 6,0 mg/L). A DBO calculada foi de 5,25 mg/L (não se dipõe de VLP para este parâmetro). A concentração de COT foi de aproximadamente 1,24 mg/L e inferior, como desejável, ao VLP (≤ 3,0).

O fósforo total medido foi 0,082 mg/L e portanto superior ao VLP para águas salinas (≤ 0,062 mg/L). O nitrogênio total apresentou concentração relativamente expressiva (2,98 mg/L). Não se detectou nitrogênio amoniacal (LDM <0,10) e porconseguinte atende ao VLP (0,40 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ baixa (2,01 µg/L).

Dos metais analisados, o cobre dissolvido apresentou valor um pouco acima para enquadramento da Resolução 357/2005 CONAMA. A concentração de cobre foi de 0,0093 mg/L e, portanto superior ao VLP (≤0,005 mg/L). Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

Neste ponto, não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (<1 NMP/100 mL). Não se dispõe dos resultados para cianobactérias.

O cálculo do IQA (78,32) corresponde a condição de BOA qualidade. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero) devido ao não enquadramento de um dos metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero) que corresponde a uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO. Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 48,93 que corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO.

POT07 – em frente ao Iate Clube

A estação de monitoramento POT07 localiza-se em frente ao Iate Clube, no aspecto visual, não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.

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163

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidademedida: 35,1 ‰.

As amostras foram coletadas no dia 18/11/2008 aproximadamente as 15:30 h, com as seguintes medições: temperatura (29,15 ºC); pH 8,18, dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1 ( 6,5-8,5) e turbidez 7,38 uT. A concentração medida de OG foi baixa com 3,0 mg/L. O valor para sólidos totais dissolvidos foi expressivo com 37.407,12 mg/L, no entanto, essa concentração é comum as águas salinas devido ao teor de sais dissolvidos (não se dispõe de VLP de referência).

O oxigênio dissolvido foi satisfatório (7,77 mg/L) e se enquadra no valor de referência para águas salinas classe 1, que é acima de 6,0 mg/L. A DBO calculada foi de 6,0 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A concentração de COT foi de aproximadamente 1,04 mg/L e portanto dentro da faixa esperada (≤ 3 mg/L).

O valor para fósforo total foi baixo (0,038 mg/L) e na faixa do esperado (≤ 0,062 mg/L). A concentração de NT foi relativamente expressiva (2,30 mg/L). Não se detectou nitrogênio amoniacal na amostra(LDM <0,10 mg/L), no entanto, atende ao VLP que é de 0,4 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ apresentou-se baixa (1,80 µg/L).

Para a análise dos metais, o cobre dissolvido apresentou valor alto para enquadramento da Resolução 357/2005 CONAMA. A concentração de cobre foi de 0,0078 mg/L e, portanto, superior ao VLP (≤ 0,005 mg/L). Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes, tabela 4.10. Não se dispõe dos resultados para cianobactérias.

O cálculo do IQA (58,66) corresponde a condição de BOA qualidade. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero) devido ao não enquadramento de um dos metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero) que corresponde uma qualidade IMPRÓRIA PARA CONSUMO HUMANO. Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 42,86 que corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO.

POT08 – Vão central da ponte Newton Navarro

A estação de monitoramento POT08 está localizada sob o vão central da ponte Nilton Navarro. Os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução. A coleta foi efetuada no dia 18/11/2008 aproximadamente as 15:00 h.

Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos -VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 35,6 ‰.

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164

Como esperado a temperatura da amostra medida (28,80 °C) se equivale a temperatura ambiente. O pH da amostra (8,10) situa-se dentro dos valores de enquadramento (6,5-8,5). A turbidez apresentou baixa com 8,70 uT. Óleos e graxas não foi significativo (3,5 mg/L). A concentração medida de ST foi de 37.891,08 mg/L, este é comum ao tipo de ambiente devido ao elevado teor de sais dissolvidos (não se dispõe de VLP de referência).

O limite mínino estabelecido de OD para as águas salinas de classe 1 é de 6,0 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido foi de (7,18 mg/L) e portanto atende a referência. A DBO calculada foi relativamente elevada (8,55 mg/L). A concentração de COT foi muito baixa (0,42 mg/L) e, portanto na faixa esperada para o tipo de ambiente (≤ 3,0 mg/L).

A concentração de fósforo total (0,048 mg/L) encontra-se inferior, como desejável, ao VLP de referência (≤ 0,062 mg/L). O valor para nitrogênio total foi expressivo (3,29 mg/L). Não se detectou nitrogênioamoniacal (LDM <0,10 mg/L) e porcoseguinte atende ao VLP máximo que é 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (1,70 µg/L).

Dos metais analisados, o cobre dissolvido apresentou valor alto para enquadramento da Resolução 357/2005 CONAMA. A concentração de cobre foi de 0,0076 mg/L e, portanto superior ao VLP (≤ 0,005 mg/L). Como já comentado, a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Não se dispõe dedados para cianobactérias.

O cálculo do IQA (56,18) corresponde a condição de BOA qualidade. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero) devido ao não enquadramento de um dos metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero) que corresponde a uma qualidade PÉSSIMA. Para esta avaliação foi desconsiderado o mercúrio.

O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 44,28 que corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI

Nas figuras 4.21 (a) a 4.21 (f) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Potengi.

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165

POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 80

1

2

3

4

5

6

Águ

a S

alin

a

Águ

a S

alin

a

Águ

a S

alin

a

Águ

a S

alin

a

Águ

a S

alob

ra

Águ

a S

alob

ra

Águ

a S

alob

ra

4,80

2,90

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão CONAMA 357/2005

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Potengi

Figura 4.21 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Potengi

POT 1 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 80

5

10

15

20

25

0,421,041,242,102,46

3,575,07

7,187,77

5,956,526,72

11,40

21,46

COT < = 3 mg/LSalobra e Salina

OD > = 5 mg/LSalobra

OD > = 6 mg/LSalina

Res. CONAMA 357/2005Água Salobra e SalinaClasse 1

Carbono Orgânico Total Oxigênio Dissolvido

OD

e C

OT

(m

g/L

)

Bacia do Potengi

Figura 4.21 (b) - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Potengi

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166

POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 80

200

400

600

800

1000

<1,10<1,10

1.100,00

<1,10<1,10 2,201,10< 23,00

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Coliformes Termotolerantes

Co

lifor

mes

Ter

mot

oler

ante

s (N

MP

/10

0mL)

Bacia do Potengi

Figura 4.21 (c) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Potengi

POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8100

1000

10000

100000

1000000

295.347,00

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

20.000,00

Padrão Portaria 518/2004 - MS

50.000,00

Padrão Res. CONAMA 357/2005Água Doce Classe 2

Densidade de Cianobactérias

Den

sid

ade

de

Cia

no

bact

éria

s (C

el/m

L)

Bacia do Potengi

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167

Figura 4.21 (d) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Potengi

POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 80

20

40

60

80

100

56,18

58,66

78,32

77,2269,0075,27

75,29

47,89

0,000,000,000,000,00

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Potengi

Figura 4.21 (e) - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Potengi

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168

POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 80

10

20

30

40

50

60

70

44,2842,8648,93

51,71

61,73

43,01

37,01

49,53

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

Índice de Estado TróficoIE

T

Bacia do Potengi

Figura 4.21 (f) - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Potengi

4.10 BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ

A bacia ocupa uma superfície de 447,9 km2, correspondendo a cerca de 0,8% do território estadual. Nesta bacia não se registra a ocorrência de açudes de maior importância, cabendo destacar as bacias Punaú e Catolé. Na figura 4.23 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Nesta bacia foi selecionado uma única estação de monitoramento: PUN01 – Rio Punaú-ponte BR 101. Na tabela 4.10 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

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169

Fonte: IGARN (2009) Figura 4.23 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Punaú

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170

Tabela 4.10- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Punaú.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

PUN011 -- -- -- -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 3,04 -- -- -- -- -- -- -pH 6,65 -- -- -- -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 3,93 -- -- -- -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 4,50 -- -- -- -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 3,96 -- -- -- -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

9,20 -- -- -- -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,69 -- -- -- -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,015 -- -- -- -- -- -- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; 0,0623;

Sólidos Totais (mg/L) 26,00 -- -- -- -- -- -- -Turbidez (NTU) 2,70 -- -- -- -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 72,84 -- -- -- -- -- -- -Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,028 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 -- -- -- -- -- -- -IQAc 72,84 -- -- -- -- -- -- -

Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 42,63 -- -- -- -- -- -- -

Categoria Mesotrófico -- -- -- -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 27,96 -- -- -- -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 6,30 -- -- -- -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 6,86 -- -- -- -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,02 -- -- -- -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,01 -- -- -- -- ---- (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤

8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PUN 01 - Rio Punaú.

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Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 0,02 ‰.

PUN01 – Rio Punaú – ponte BR 101

O ponto denominado como PUN01 é referente ao Rio Punaú e está situado próximo a uma ponte localizada na BR 101, no município de Rio do Fogo. Foram verificados os seguintes parâmetros não mensuráveis: turvação e vegetação aquática flutuante (figura 4.24).

Figura 4.24 – PUN 1 – Rio Punaú

As amostras foram coletadas pela manhã aproximadamente as 8:44 h, com as seguintes medições: temperatura (27,96 ºC); pH 6,65 dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 ( 6-9) e turbidez de (2,7 uT), baixo e inferior ao VLP (≤ 100).

A concentração medida de OG foi baixa- 6,30 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST foi muito baixo (26 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

O valor obtido para OD (3,93 mg/L) pode ser considerado baixo e não atende ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO medida foi de 4,5

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172

mg/L e inferior, como desejável, ao máximo VLP para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,36 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. O fósforo total medido foi 0,015 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi 0,69 mg/L (não se dispõe de VLP para o NT). O nitrogênio amoniacal apresentou-se com concentração baixa (0,01 mg/L) e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (6,86 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Cabe ressaltar que, como já comentado a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 10 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de (72,84) e, portanto, corresponde a condição de BOA qualidade. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 42,63 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ

Nas figuras 4.24 (a) a 4.24 (e) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Punaú.

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173

- PUN 12

3

4

5

3,93

4,50 DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão CONAMA 357/2005Água Doce - Classe 2

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Punaú

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

Figura 4.24 (a) - Concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do Punaú

- PUN 11

10

100

1000

10,00

Padrão da Resolução 357/2005CONAMA para Água Doce classe 2

Coliformes Termotolerantes

Col

iform

es T

erm

otol

eran

tes

(NM

P/1

00m

L)

Bacia do Punaú

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174

Figura 4.24 (b) - Concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Punaú

- PUN 1100

1000

10000

100000

Não se analisou

Padrão da Portaria 518/2004 MS20.000,00

50.000,00

Padrão Res. 357/2005 - CONAMA Água Doce Classe 2

Den

sid

ad

e d

e C

ian

ob

act

éria

s (C

el/m

L)

Bacia do Punaú

Figura 4.24 (c) - Densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica do Punaú

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175

- PUN 10

20

40

60

80

100

IQA = IQAc 72,84

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Punaú

Figura 4.24 (d) - IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Punaú

- PUN 10

10

20

30

40

50

60

70

42,63

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

Índice de Estado Trófico

IET

Bacia do Punaú

Figura 4.24 (e) - IET na Bacia Bacia Hidrográfica do Punaú

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176

4.11 BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE

A bacia hidrográfica do Rio Doce ocupa uma superfície de 387,8 km2, correspondendo a cerca de 0,7 % do território estadual. Nesta bacia não se destaca a ocorrência de açudes de maior importância, porém quatro pontos foram selecionados como relevantes para o monitoramento ambiental do estado,são eles: DOC1– Ponte na BR 406- Ceará Mirim, DOC2– Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante, DOC3 Lagoa de Extremoz e DOC4 -Gramorezinho em Natal. Na figura 4.25apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Na tabela 4.11 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

Fonte: IGARN (2009) Figura 4.25– Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Doce

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177

Tabela 4.11- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Rio Doce.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

DOC011 DOC021 DOC031 DOC041 -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 0,23 -0,52 1,47 0,69 -- -- -- -pH 7,40 6,73 6,87 6,24 -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 2,75 1,65 2,77 1,35 -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 7,20 4,80 3,00 6,00 -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 11,84 6,70 8,67 3,51 -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

6,90 12,00 <23,00 <23,00 -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,40 0,58 0,50 0,40 -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,024 0,011 0,013 0,024 -- -- --≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 354,00 147,00 120,00 72,00 -- -- -- -

Turbidez (NTU) 9,48 7,97 5,84 1,14 -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 69,17 69,29 71,62 66,77 -- -- -- -Qualidade Boa Boa Boa Boa -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 0,0060 -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,0230 0,0110 0,0310 0,0160 -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 1,00 1,00 1,00 -- -- -- -IQAc 69,17 69,29 71,62 66,77 -- -- -- -

Qualidade Boa Boa Boa Boa -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 38,05 32,43 39,33 43,25 -- -- -- -

Categoria Oligotrófico Oligotrófico Oligotrófico Mesotrófico -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 29,77 29,52 27,53 27,31 -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 5,00 7,50 7,50 7,50 -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 1,38 1,38 4,05 3,86 -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,34 0,14 0,11 0,07 -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,034 0,017 0,032 0,029 -- -- --(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. DOC01– Ponte na BR 406- Ceará Mirim; DOC02– Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante; DOC03 Lagoa de Extremoz e DOC04 -Gramorezinho em Natal.

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Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Todos os pontos apresentam salinidade inferior a 0,5 ‰ e portanto são considerados como águas doces.

DOC01 – Ponte na BR 406 – Ceará-Mirim

O ponto DOC01 está situado sob a ponte na BR 406, na cidade de Ceará-Mirim. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis, com exceção de vegetação flutuante presente.

As amostras foram coletadas aproximadamente as 16:50 h, com as seguintes medições: temperatura (29,77 ºC); pH (7,4) dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 e turbidez (9,48 uT), inferior ao VLP (≤ 100). A salinidade medida foi de 0,34 ‰.

A concentração medida de OG foi baixa- 5,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido de ST foi de 354 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

O valor obtido para OD (2,75 mg/L) pode ser considerado baixo e não atende ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Cabe ressaltar que a coleta foi realizada no final da tarde, sendo esperado neste caso, menores concentrações de OD pela inexistência de radiação solar e menor taxa fotossintética do fitoplâncton. A DBO medida foi de 7,2 mg/L e superior ao máximo VLP para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 12,00 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O fósforo total medido foi 0,024 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L), o nitrogênio total e amoniacal foram baixos com concentrações de 0,4 mg/L e 0,034 mg/L respectivamente. Com relação ao nitrogênio amoniacal, o valor obtido atende ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (1,38 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Cabe ressaltar que, como já comentado a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 69,17 e, portanto, corresponde a condição de BOA qualidade. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 38,05 o que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.

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DOC02 – Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante

O DOC02 está localizado a jusante do aterro sanitário de Massaranduba, no município de São Gonçalo do Amarante. A coleta foi efetuada ao final do dia, as 17:13h. No local, verificou-se presença de óleos e graxas, turvação e vegetação aquática flutuante. A salinidade medida foi de 0,34 ‰.

A temperatura da amostra foi de 29,52 ºC. O pH foi de 6,73 e portanto, próximo a neutralidade e na faixa esperada para águas doces, classe 2. Apesar do aspecto turvo do rio, a turbidez medida foi baixa < 8 uT e muito inferior ao VLP (≤ 100 uT).

Além da identificação visual, as analises realizadas quantificaram 7,5 mg/L de óleos e graxas, no entanto este valor pode ser considerado baixo (OG não é um parâmetro mensurável, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de ST foi de 147 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). O valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Neste ponto observou-se baixa concentração de OD (1,65 mg/L), muito inferior ao VLP mínimo que é de 5 mg/L. Este valor pode indicar processo de poluição por matéria orgânica, outro aspecto a ser observado é que a coleta foi realizada no final da tarde, sendo esperado neste caso, menores concentrações de OD pela inexistência de radiação solar, com menor taxa fotossintética do fitoplâncton. Por outro lado, a DBO medida (4,8 mg/L) ainda situa-se no aceitável para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 6,70 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. Quanto às concentrações medidas de nutrientes tem-se: fósforo total, com 0,01 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L), intermediários (≤ 0,05 mg/L) e lóticos (≤ 0,1 mg/L); o nitrogênio total e amoniacal também foram baixos com concentrações de 0,58 mg/L e 0,017 mg/L respectivamente. Não se dispõe de VLP para o NT, no entanto o nitrogênio amoniacal foi inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (1,38 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados se equivalem com índice de 69,29 e portanto, correspondem a condição de BOA qualidade. O IT foi igual a 1 (um), sem prejuízos para classificação dos índices IQA e IQAc . Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 32,43 que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.

DOC03 – Lagoa de Extremoz

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O DOC03 refere-se ao ponto localizado na Lagoa de Extremoz, na estação de captação da CAERN. Com relação aos parâmetros não mensuráveis, foi verificada a presença de vegetação flutuante próximo ao ponto de coleta, conforme ilustradas nas figuras 4.26 e 4.27.

Figura 4.26 – Lagoa de Extremoz - Ponto de captação da CAERN

Figura 4.27 – Lagoa de Extremoz – vegetação flutuante

As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 7:00 h, com as seguintes medições: temperatura de 27,53 ºC; pH de 6,87 dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 e turbidez de 5,84 uT, inferior ao VLP (≤ 100). A salinidade medida foi de 0,11 ‰.

A concentração de OG foi pouco expressiva, em torno de 7,5 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST também foi baixo (120 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Neste ponto verificou-se baixa concentração de OD (2,77 mg/L) e portanto não atende ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Cabe destacar que a hora da coleta pode ter contribuído com esse resultado, as menores concentrações de OD justificam-se também pela inexistência de radiação solar e menor taxa fotossintética do fitoplâncton. No entanto, o valor obtido para DBO (3 mg/L) atende ao limite VLP para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para

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COT. O valor obtido para este parâmetro foi 8,67 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

As concentrações medidas de fósforo e nitrogênio atendem ao VLP de referência. O fósforo total foi 0,013 mg/L e portanto inferior ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,5 mg/L (o NT não é considerado para classificação das águas). O nitrogênio amoniacal foi de 0,4 mg/L e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (4,05 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. A lagoa de Extremoz apresentou densidade de cianobactérias (912 células/mL) dentro dos níveis normais estabelecidos pelo Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IQA e o IQAc calculados foram de 71,62 e, portanto, correspondem a condição de BOA qualidade. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 39,31 que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.

DOC04 – Gramorezinho em Natal

O ponto denominado como DOC04 está situado em Gramorezinho, na estrada que dá acesso a praia de Genipabu. O local de coleta fica localizado entre dois bares. Esta estação de monitoramento não apresentou nenhuma desconformidade quanto aos parâmetros não mensuráveis.

As amostras foram coletadas no início da manhã, aproximadamente as 5:00 h. Parâmetros medidos: temperatura (27,31 ºC); pH (6,24); turbidez (1,14 uT) e sanidade (0,07 ‰), todos dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2.

Igualmente a DOC 3, OG foi pouco expressiva, em torno de 7,5 mg/L. ST também foi baixo (72 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Assim como as estações anteriores da bacia do Rio Doce, nesta, também se verifica baixa concentração de OD (1,35 mg/L) e portanto não atende ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. OD baixo pode ser conseqüência de um processo de poluição orgânica do manancial. Também deve-se avaliar que a hora da coleta (início da manhã) pode ter contribuído com esse resultado, as menores concentrações de OD justificam-se também pela inexistência de radiação solar e menor taxa fotossintética do fitoplâncton. Estes valores de OD devem ser confirmados posteriormente na nova campanha de amostragem para um melhor diagnóstico da situação. O valor obtido para DBO (6 mg/L)confirma um possível processo de poluição. O VLP máximo de DBO para águas doces de classe 2 é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece

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valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,51 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor medido de fósforo total (0,024 mg/L) atende ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L), intermediários (≤ 0,05 mg/L) e lóticos (≤ 0,1 mg/L). O nitrogênio total foi de 0,4 mg/L (o NT não é considerado para classificação das águas). O nitrogênio amoniacal foi de 0,029 mg/L e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (3,86 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para avaliação de densidade de cianobactérias.

O IQA e o IQAc calculados foram de 66,77 e, portanto, correspondem a condição de BOA qualidade. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 43,25 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE

Nas figuras 4.27 (a) a a 4.27 (e) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

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DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 40

1

2

3

4

5

6

7

8

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão Res. 357/2005CONAMA

7,20

4,80

1,35

6,00

3,00

2,771,65

2,75

Demanda Bioquímica de Oxigênio Oxigênio Dissolvido

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Rio Doce

Figura 4.21 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do Rio Doce

DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 40

200

400

600

800

1000Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

6,90 12,00 < 23,00< 23,00

Coliformes Termotolerantes

Co

lifor

mes

Te

rmo

tole

ran

tes

(NM

P/1

00

mL

)

Bacia do Rio Doce

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184

Figura 4.21 (b) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Rio Doce

DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 4100

1000

10000

100000

912,00

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

Não

se

anal

iso

u

20.000,00Padrão Portaria 518/2004 - MS

50.000,00

Padrão Res. CONAMA 357/2005Água Doce Classe 2

Densidade de Cianobactérias

De

nsid

ade

de C

ian

obac

téri

as (

Ce

l/mL)

Bacia do Rio Doce

Figura 4.21 (c) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica do Rio Doce

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185

DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 40

20

40

60

80

100

66,7771,6269,2969,17

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Rio Doce

Figura 4.21 (d) - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Rio Doce

DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 40

10

20

30

40

50

60

70

43,25

39,33

32,43

38,05

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

Índice de Estado Trófico

IET

Bacia do Rio Doce

Figura 4.21 (e) - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica do Rio Doce

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4.12 FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO

Esta bacia ocupa uma superfície total de 649,4 km2, o que representa cerca de 1,2% do território estadual, sendo constituída por 8 (oito) sub-bacias independentes. Nas sub-bacias não existem açudes cadastrados. Na figura 4.28 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

Nesta bacia foi selecionada apenas uma estação de amostragem: FLL01 – Lagoa do Bonfim. Na tabela 4.12 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

Fonte: IGARN (2009)Figura 4.28 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

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Tabela 4.12- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

FLL011 -- -- -- -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 4,13 -- -- -- -- -- -- -pH 7,20 -- -- -- -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 4,35 -- -- -- -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 2,70 -- -- -- -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 2,87 -- -- -- -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

< 1,10 -- -- -- -- -- -- < 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 1,30 -- -- -- -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L)0,011 -- -- -- -- -- -- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;

0,0623;Sólidos Totais (mg/L) 57,00 -- -- -- -- -- -- -

Turbidez (NTU) 0,92 -- -- -- -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 79,23 -- -- -- -- -- -- -Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,052 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 -- -- -- -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 -- -- -- -- -- -- -IQAc 79,23 -- -- -- -- -- -- -

Qualidade Boa -- -- -- -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 15,55 -- -- -- -- -- -- -

Categoria Ultraoligotrófico -- -- -- -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 28,87 -- -- -- -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 2,00 -- -- -- -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,00 -- -- -- -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,05 -- -- -- -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,010 -- -- -- -- -- --(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >

8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --

Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. FLL01 - Lagoa do Bonfim.

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Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 0,05 ‰.

FLL01 – Lagoa do Bonfim

O ponto FLL01 refere-se a estação de monitoramento situada na Lagoa do Bonfim junto a captação de água da CAERN. No momento da coleta, não foram observados desconformidades quanto aosparâmetros não mensuráveis.

As amostras foram coletadas aproximadamente as 11:37 h, com as seguintes medições: temperatura (28,87 ºC); pH 7,2 e portanto dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 (6-9) e turbidez (<1 uT), valor desprezível e inferior ao VLP (≤ 100).

A concentração medida de OG foi muito baixa- 2,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para STD (57 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

A concentração obtida para OD não foi satisfatória (4,35 mg/L), este valor é inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO medida (2,70mg/L) foi baixa, como desejável, e inferior ao máximo VLP para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 2,87 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O fósforo total medido foi 0,011 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Apesar de não se dispor de um VLP de referência para o NT, o valor obtido deste parâmetro 1, 30 mg/L pode ser considerado representativo no corpo aquático. Na amostra não se detectou o nitrogênio amoniacal o limite de detecção do método é de < 0,01 mg/L). Também não se detectou clorofila ‘a’.

Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Cabe ressaltar que, como já comentado a metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. A lagoa do Bonfim não apresentou densidade de cianobactérias elevado (7.448 céls/mL) e inferior aos limites padrões da Resolução 357/2005 do CONAMA para a classe de águas doces que é de até 50.000 cél/mL e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.

O IQA e o IQAc calculados foram de 79,23 e, portanto, correspondem a condição de BOA qualidade. O IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 15,55 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.

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SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO

Nas figuras 4.28 (a) a 4.28 (e) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso.

- FLL 10

1

2

3

4

5

6

2,70

4,35

Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio

DBO < = 5 mg/L

OD > = 5 mg/L

Padrão CONAMA 357/2005Água Doce - Classe 2

OD

e D

BO

(mg/

L)

Bacia Faixa Litorânea Leste

Figura 4.28 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

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190

- FLL 10

200

400

600

800

1000

Padrão da Resolução 357/2005CONAMA para Água Doce classe 2

0,00

Coliformes TermotolerantesC

olifo

rmes

Ter

mot

oler

ante

s (N

MP

/100

mL)

Bacia Faixa Litorânea Leste

Figura 4.28 (b) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

- FLL 11000

10000

100000

7.448,00

20.000,00

50.000,00

Padrão da Portaria 518/2004 MS

Padrão Res. 357/2005 - CONAMA Água Doce Classe 2

Densidade de Cianobactérias

Den

sid

ad

e d

e C

iano

bact

éri

as

(Cel/m

L)

Bacia Faixa Litorânea Leste

Figura 4.28 (c) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

< 1,1

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191

- FLL 10

20

40

60

80

100

IQA = IQAc 79,23

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

IQA

e IQ

Ac

Bacia Faixa Litorânea Leste

Figura 4.28 (d) - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

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- FLL 10

10

20

30

40

50

60

70

15,55

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

Índice de Estado TróficoIE

T

Bacia Faixa Litorânea Leste

Figura 4.28 (e) - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

4.13 BACIA HIDROGRÁFICA DO TRAIRI

A bacia hidrográfica do Trairi ocupa uma superfície de 2.867,4 km2, correspondendo a cerca de 5,4% do território estadual. Na bacia foram cadastrados 63 açudes, totalizando um volume de acumulação de 92.567.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,8% e 2,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. Os principais açudes da bacia são o Trairi e o Inharé. Na figura 4.29apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.

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Fonte: IGARN (2009) Figura 4.29 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Trairi

Nesta bacia foram selecionadas 4 estações de monitoramento: TRA01 – Açude Inharé Santa Cruz, TRA02 – Açude Santa Cruz , TRA03 – Açude Trairi em Tangará e TRA04 – Rio Trairi-Monte Alegre. Na tabela 4.13 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.

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Tabela 4.13- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Trairí.

PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA

TRA012 TRA021 TRA031 TRA041 -- -- -- VLP*

Variação de Temperatura ( 0C) 1,76 3,71 3,67 5,37 -- -- -- -pH 8,44 8,11 8,60 7,92 -- -- -- 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 3,37 4,55 5,03 4,46 -- -- -- ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3

DBO (mg/L) 5,25 3,00 6,60 6,60 -- -- -- ≤ 5,0 1

COT (mg/L) 21,00 12,08 11,89 11,25 -- -- -- ≤ 3,02,3

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

3,60 < 1,10 1,10 <23,00 -- ----

< 1.000 1,2,3

Nitrogênio Total (mg/L) 0,60 0,40 0,50 0,51 -- -- -- -

Fósforo Total (mg/L) 0,057 0,034 0,045 0,025 -- -- -- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; 0,0623;

Sólidos Totais (mg/L) 540,00 453,00 435,00 467,00 -- -- -- -Turbidez (NTU) 6,80 8,70 4,43 49,55 -- -- -- ≤ 1001

Índice (IQA) 45,61 51,52 64,63 60,83 -- -- -- -Qualidade Aceitável Aceitável Boa Boa -

PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT

Cobre dissolvido (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3

Chumbo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,01 1, 2,3

Cromo Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,05 1, 2,,3

Cádmio Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,

Zinco Total (mg/L) 0,021 0,022 0,016 0,017 -- -- -- ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 -- -- -- ≤ 0,025 1, 2,3

Mercúrio Total (mg/L) < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 < 0,0009 -- -- -- ≤ 0,0002 1, 2,3

Índice (IT) 1,00 1,00 1,00 1,00 -- -- -- -IQAc 45,61 51,52 64,63 60,83 -- -- -- -

Qualidade Aceitável Aceitável Boa Boa -- -- -- -Índice do Estado Trófico (IET) 58,67 43,44 51,35 38,21 -- -- -- -

Categoria Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Oligotrófico -- -- -- -

Temperatura da amostra (0C) 26,24 26,29 27,33 29,63 -- -- -- -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 2,00 2,00 2,00 2,00 -- -- -- Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 23,37 2,39 7,76 0,00 -- -- -- ≤ 301

Salinidade (‰) 0,53 0,44 0,42 0,45 -- -- -- 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,318 0,050 0,035 0,018 -- ---- (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤

8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3

Profundidade (m) -- -- -- -- -- -- --Transparência (m) -- -- -- -- -- -- --

*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. TRA01 – Açude Inharé Santa Cruz , TRA02 – Açude Santa Cruz ,TRA03 – Açude Trairi em Tangará e TRA04 – Rio Trairi-Monte Alegre

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A exceção do ponto TRA1, os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Todos os pontos apresentam salinidade inferior a 0,5 ‰ e portanto são considerados como águas doces.

O ponto TRA1 apresentou salinidade de 0,53 ‰ e, portanto, está salobra sendo comparado neste relatório com os valores limites permitido- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

TRA01 – Açude Inharé – Santa Cruz

O ponto TRA1 refere-se ao açude Inharé, localizado no Município de Santa Cruz. Todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade. As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 6:50 h. A temperatura da amostra foi de 26,24 ºC, própria ao horário da coleta. O pH foi de 8,4 e portanto na faixa esperada (6,5 a 8,5). A turbidez medida foi inexpressiva (6,8 uT). O teor de OG também foi insignificante, com 2,0 mg/L. A concentração de ST foi de 540 mg/L (não se dispõe de VLP de referência).

Neste açude percebe-se baixa concentração de OD (3,37 mg/L) estando inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas salobras de classe 1 que é de 5 mg/L. Este fato pode ter sido influenciado pelo horário da coleta, a inexistência de radiação solar com menor taxa fotossintética do fitoplâncton interfere negativamente na concentrações de OD. A DBO não é um parâmetro de análise para as águas salobras, no entanto o valor medido (5,25 mg/L) situa-se próximo ao limite do padrão superior das águas doces de classe 2 (≤ 5 mg/L). Quanto ao carbono orgânico total, o valor obtido (21 mg/L) extrapola o limite de enquadramento que de até 3,0 mg/L.

Neste açude não se observou elevadas concentrações de nutrientes, o fósforo total foi de 0,057 mg/L e portanto, representa 50 % do limite para a classe de referência que é de até 0,124 mg/L. Assim como nas águas doces, também não se tem limites para nitrogênio total, no entanto, o NT foi baixo (0,6 mg/L). O nitrogênio amoniacal foi 0,318 mg/L e ainda atende ao máximo valor de referência que é de 0,4 mg/L. Quanto a clorofila ‘a’, esta apresentou-se com 23,37 µg/L. A clorofila ‘a’ não é padrão de referência para as águas salobras, classe 1, no entanto, o valor apresentado já é significativo.

Todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas salobras, classe 1. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 4 NMP/100 mL). Este açude apresentou densidade de cianobactérias muito elevado (1.112.999 céls/mL) e superior ao estabelecido pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. A Resolução 357/2005 CONAMA não estabelece limite deste parâmetro para a categoria da água em avaliação (salobra).

O IQA calculado (45,61) corresponde a condição de qualidade ACEITÁVEL, possivelmente os parâmetros OD e DBO contribuíram negativamente para esta avaliação. O IQAc mantêm a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

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O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 58,67 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.

TRA02 – Açude Santa Cruz

A barragem do Açude Santa Cruz está localizada no município de Santa Cruz -RN, barrando o rio Trairi, sistema complementar, a sua bacia hidrográfica cobre uma área de 300 km² e tem como finalidade principal o abastecimento d'água da cidade de Santa Cruz, além de propiciar pequena irrigação e piscicultura no local. Foi projetada e construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas -DNOCS.

Este ponto apresentou salinidade de 0,44 ‰, por conseguinte, está sendo comparado neste relatório com os valores limites permitido- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2 (≤ 0,5 ‰), da Resolução CONAMA 357/2005.

As amostras foram coletadas também pela manhã, aproximadamente as 7:49 h. O açude apresentava aspecto bom sem detecção de irregularidades. A temperatura, pH e turbidez da amostra estavam dentro dos limites preconizados para as águas doces de classe 2. O valor obtido de OG foi inexpressivo (2,0 mg/L). A concentração de ST foi de 453 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L).O valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Percebeu-se neste açude baixa concentração de OD (4,55 mg/L) estando um pouco inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Entretanto, o valor obtido para a DBO (3,0 mg/L) se enquadra na faixa do esperado e atende ao VLP (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 12,08 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

A exceção do fósforo total que obteve uma concentração equivalente ao VLP (aproximadamente 0,03 mg/L), os demais nutrientes apresentaram concentrações baixas, com 0,4 mg/L para o nitrogênio total e 0,05 mg/L para o nitrogênio amoniacal (o VLP para nitrogênio amoniacal é de de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5). Quanto a clorofila ‘a’, esta se apresentou baixa com apenas 2,39 µg/L.

Todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas doces, classe 2. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 2 NMP/100 mL). Este açude apresentou densidade de cianobactérias de 49.504 céls/mL, esta densidade ainda atende a Resolução 357/2005 do CONAMA para a classe de águas doces que é de até 50.000 cél/mL, porém supera ao limite estabelecido pela Portaria 518-MS que é de 20 mil células/mL.

O IQA calculado (51,52) corresponde a condição de qualidade ACEITÁVEL, possivelmente os parâmetros OD e fósforo total contribuíram negativamente para esta avaliação. O IQAc mantêm a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

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O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 43,44 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.

TRA03 – Açude Trairi em Tangará

A estação de monitoramento TRA03 é referente ao Açude Trairi, localizado no Município de Tangará/RN. As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 9:00 h. No momento da coleta, todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a Resolução 357/2005 CONAMA. A amostra apresentou valores de temperatura, pH e turbidez dentro dos valores esperados para as águas doces de classe 2 (tabela 4.13). A salinidade medida foi de 0,42 ‰. Como já esperado, a concentração de OG foi inexpressiva, 2,0 mg/L. O valor obtido de ST foi de 435 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Este açude apresentou valor de OD compatível com o padrão aceitável da resolução citada. A concentração de OD foi de 5,03 mg/L e atende ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO de 6,6 mg/L supera o máximo VLP das águas doces de classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 911,89 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

Para ambientes lênticos o VLP para o fósforo total é de 0,03 mg/L, este açude portanto, extrapola esse limite em 150 % com uma concentração obtida de 0,045 mg/L. O valor obtido para nitrogênio total e amoniacal foram baixos, com concentrações de 0,5 mg/L para NT e 0,035 mg/L para o amoniacal (o VLP para nitrogênio amoniacal é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5). O VLP para nitrogênio amoniacal é de até 0,5 mg/L para pH > 8,5. Não se detectou clorofila ‘a’ na amostra.

Assim como em TRA1 e TRA2, todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas doces, classe 2. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes. Este açude apresentou densidade de cianobactérias elevado (486.096 céls/mL) e superior aos limites padrões da Resolução 357/2005 do CONAMA para a classe de águas doces que é de até 50.000 cél/mL e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. A espécie Cylindrospermopsis rabiborskii representou > 80% da população do fitoplâncton. Cylindrospermopsis rabiborskii é uma espécie potencialmente produtora de hepatotoxina e neurotoxina e por isso a sua dominância representa riscos a saúde humana.

No entanto, o IQA calculado (64,63) corresponde a condição de BOA qualidade, pois o mesmo não leva em consideração outras variáveis que interferem, como por exemplo, a densidade e espécies de cianobactérias. O IQAc mantêm a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 51,35 classificando o corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.

TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre

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O ponto TRA04 está localizado a jusante de Monte Alegre, mais especificamente no rio Trairi. No momento da coleta foi possível observar que o nível do rio estava baixo, havia plantações nas proximidades e que o rio estava com turvação, como mostram os registros fotográficos da figura 4.29.

Figura 4.30 – TRA 4 – Jusante de Monte Alegre

As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 9:00 h. Os parâmetros de temperatura, pH e turbidez estavam compatíveis com os VLPs para as águas doces de classe 2 (Tabela 4.13). A salinidade medida foi de 0,45 ‰. Igualmente aos pontos anteriores desta bacia, a concentração de OG foi inexpressiva, 2,0 mg/L. O valor obtido de ST foi de 467 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor é considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).

Este açude apresentou valor de OD (4,46 mg/L) levemente inferior ao padrão mínimo aceitável da resolução citada que é de 5 mg/L. A DBO também está em desconformidade, com uma concentração de 6,6 mg/L quando o VLP máximo é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 11,25 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.

O valor obtido para fósforo total (0,025 mg/L) situa-se próximo ao limite para ambientes lênticos que de até 0,03 mg/L. O valor obtido para nitrogênio total e amoniacal foram baixos, com concentrações de 0,51 mg/L para NT e 0,018 mg/L para o amoniacal (o VLP para nitrogênio amoniacal é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5). O VLP para nitrogênio amoniacal é de 2,0 mg/L para 7,5 < pH = 8. Não se detectou clorofila ‘a’ na amostra.

Assim como nos demais pontos desta bacia, todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas doces, classe 2. A metodologia utilizada para a análise de mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. O limite de detecção é < 0,0009 mg/L quando a resolução CONAMA define o VLP máximo de 0,0002 mg/L.

Não se identificou quantidade significativa de coliformes termotolerantes (< 23 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para contagem de cianobacérias.

O IQA calculado (60,83) correponde a condição de BOA qualidade. O IQAc mantêm a mesmaclassificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). Nesta avaliação foi desconsiderado o mercúrio como um dos metais de controle.

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199

O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 38,21 que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.

SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO TRAIRI

Nas figuras 4.30 (a) a a 4.30 (f) apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Trairi.

TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 42

4

6

8

4,46

5,03

6,606,60

4,55

3,00

OD > = 5 mg/L

DBO < = 5 mg/L

Padrão Res. 357/2005CONAMA

Águ

a S

alo

bra

OD

e D

BO

(m

g/L)

Bacia do Trairi

Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio

Figura 4.30 (a) - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Trairi

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200

TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 40

4

8

12

16

20

Água DoceÁgua DoceÁgua Doce

21,00

3,37COT < = 3

OD > = 5

Padrão Res. 357/2005Água Salobra, classe 1

OD

e C

OT

(m

g/L

)

Bacia do Trairi

Carbono Orgânico Total Oxigênio Dissolvido

Figura 4.30 (b) - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Trairi

TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 40

200

400

600

800

1000

23,002,004,00 0,00

Padrão da Resolução CONAMA 357/2005

Coliformes Termotolerantes

Co

lifo

rme

s T

erm

oto

lera

nte

s (N

MP

/10

0m

L)

Bacia do Trairi

Figura 4.30 (c) - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Trairi

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201

TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 410000

100000

1000000

Densidade de Cianobactérias

20.000,00

50.000,00

Padrão Res. 357/2005 - CONAMA

Padrão da Portaria 518/2004 MS

Não se analisou

486.096,00

49.504,00

1.112.999,00

Den

sida

de d

e C

ian

oba

cté

rias

(C

el/m

L)

Bacia do Trairi

Figura 4.30 (d) - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Trairi

TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 40

20

40

60

80

100

60,83

64,63

51,52

45,61

80 - 100 Ótima

52 - 79 Boa

37 - 51 Aceitável

20 - 36 Imprópria para tratamento

0 - 19 Imprópria para consumo

IQA

e IQ

Ac

Bacia do Trairi

Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água Combinado

Figura 4.30 (e) - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Trairi

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202

TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 40

10

20

30

40

50

60

70

38,21

51,35

43,44

58,67

> = 60 - Hipereutrófico

51 - 60 - Eutrófico

41 - 50 - Mesotrófico

21 - 40 - Oligotrófico

< = 20 - Ultraoligotrófico

Índice de Estado Trófico

IET

Bacia do Trairi

Figura 4.30 (f) - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Trairi

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203

5. CONCLUSÕES

5.1. BACIA DO APODI-MOSSORÓ

Esta bacia atende ao padrão para oxigênio dissolvido (OD) em todas as estações de monitoramento

Quanto a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) somente as estações APM-09 (Açude de Lucrécia)APM-13 (Açude Passagem), APM-19 (Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado), APM-23 (Ponte BR 110), APM-24 (Açude Barragem de Umarí) e APM-25 (Rio do Carmo- Upanema) atendem ao padrão para água doce classe 2.

As concentrações de carbono orgânico total (COT) nas estações APM-21 (Rio Apodi Mossoró-Passagem de pedra) e APM-22 (Rio Apodi Mossoró- Areia Branca) apresentam valores muito superiores para águas salobras e salinas.

Quanto ao grau de trofia trata-se de uma bacia com predominância ao processo de eutrofização com as estações APM 01 (Açude Encanto), APM 03 (Açude Jesus Maria José), APM04 (Açude Flechas), APM 05 (Açude Público de Pau dos Ferros), APM 06 (Açude Público de Pilões), APM07 (Açude Público de Marcelino Vieira), APM 09 (Açude de Lucrécia), APM 12 (Açude Malhada Vermelha), APM 14 (Açude Morcego), APM15 (Açude 25 Santo Antonio), APM 16 (Açude Apanha Peixe), APM 17 (Açude Barragem de Santa Cruz) e APM 21 (Rio Apodi Mossoró- Passagem de pedra), já indicando condições hipereutróficas. As estações APM 08 (Açude 25 de Março), APM 10 (Açude Rodeador), APM 11 (Açude do Brejo), APM 13 (Açude Passagem) e APM 19 (Rio Apodi/Mossoró – Gov. Dix-Sept Rosado), apresentaram-se supereutróficas. As estações APM 02 (Açude Bonito), APM 18 (Rio Apodi/Mossoró – Felepe Guerra), APM 20 (Rio Apodi/Mossoró – Barragem do Genésio) e APM 24 (Açude Barragem de Umari), na condição de eutrófico. Somente as estações APM 25 (Rio do Carmo-Upanema) e APM 26 (Rio do Carmo- Fazenda Angicos) tem condições mesotróficas e APM 22 (Rio Apodi Mossoró- Areia Branca e APM 23 (Ponte BR 110), com condições oligotróficas.

Esta bacia não apresentou grandes problemas relacionados com a presença de metais pesados, pois o índice de toxidez foi igual a 1 (um) para todas as estações de monitoramento, a exceção das estações APM 02 (Açude Bonito), APM 08 (Açude 25 de Março), APM 22 (Rio Apodi Mossoró- Areia Branca e APM 25 (Rio do Carmo- Upanema) apresentaram resultado igual a zero.

Os resultados das analises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muito inferiores ao limite máximo permitido para águas doces,salobras e salinas em todas as estações de monitoramento.

Quanto a contagem de cianobactérias, dos pontos monitorados, apenas APM-08(Açude 25 de Março), APM-13 (Açude Passagem) e APM-17 (Açude Santo Antonio) atendem aos padrões para água doce classe 2.

5.2 BACIA DO BOQUEIRÃO

A única estação monitorada nesta bacia, BOQ-01 (Lagoa do Boqueirão), não atende aos padrões para oxigênio dissolvidos (OD) nem para demanda bioquímica de oxigênio (DBO).

Os índices de qualidade da água (IQA e IQA c) obtidos correspondem à condição de qualidade boa.

O índice do estado trófico (IET) nesta estação corresponde à condição de corpo aquático mesotrófico.

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O resultado da análise de coliformes termotolerantes apresentaram-se pouco significativo (< 23 NMP/100 mL) neste ponto de monitoramento.

Quanto à contagem de cianobactérias resultados obtidos nesta estação não atende aos padrões estabelecidos.

5.3 BACIA DO CEARÁ-MIRIM

Esta bacia não atende ao padrão para oxigênio dissolvido em todas as estações monitoradas.

Quanto a demanda bioquímica de oxigênio somente as estações CEA-02 (Ponte BR 406) e CEA-03 (Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim) atende ao padrão estabelecido para água doce classe 2.

O índice de qualidade da água (IQA) obtidos corresponde à condição de qualidade boa a exceção da estação CEA-01 (Açude Poço Branco) que apresentou IQA aceitável. Quanto ao IQAc, as estações CEA-02 (Ponto BR 406/Taipu) e CEA-03 (Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim) obtiveram condição boa e as estações CEA-01 (Açude Poço Branco) e CEA-04 (Ponte BR 101/Extremoz)condição imprópria.

Os índices do estado trófico (IET) variaram de oligotrófico a eutrófico. A estação CEA-01 (Açude Poço Branco) – Oligotrófico, CEA-02 (Ponte BR 406) e CEA-04 (Ponte BR 101/Extremoz)- Mesotrófico e CEA-03 (Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim)- eutrófico.

Os resultados das analises de coliformes termotolerantes apresentaram-se pouco significativo deste grupo de bactérias em todas as estações monitoradas.

Quanto à contagem de cianobactérias o resultado obtidos na estação monitorada CEA-01 (Açude Poço Branco) não atende aos padrões estabelecidos.

5.4 BACIA DO CURIMATAÚ

Esta bacia não atende aos padrões para oxigênio dissolvido (OD) em todas as estações monitoradas, a exceção da CUR-02 (Jusante de Pedro Velho- RN).

Quanto a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) a estação PIQ-01(ETA CAERN – Pedro Velho), único ponto de coleta desta bacia. Enquadrado como água doce classe 2, não atende ao padrão estabelecido para esta classe.

As concentrações de carbono orgânico total (COT) nas estações CUR-01 (Rio Curimataú - Jusante de Nova Cruz- RN), CUR-02 (Jusante de Pedro Velho- RN) e CUR-03 (Estuário Barra de Cunhaú – Baia Formosa) apresentaram valores superiores ao valor limite permitido para águas salobras e salinas.

Os índices de qualidade de água (IQA e IQA c) obtidos correspondem às condições de qualidades aceitável a boa, a exceção da estação CUR-03 (Estuário Barra de Cunhaú – Baia Formosa) cujo o índice de qualidade da água combinado (IQA c ) igual a zero corresponde a condição de qualidade imprópria para consumo humano.

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Os índices do estado trófico (IET) desta bacia variaram desde a condição de ultraoligotrófico a hipereutrófico, tendo as melhores condições as estações CUR-03 (Estuário Barra de Cunhaú – Baia Formosa) e PIQ-01 (ETA CAERN - Pedro Velho) oligotrófico e ultraoligotrófico, respectivamente. As estações CUR-01(Rio Curimataú - Jusante de Nova Cruz- RN) e CUR-02 (Jusante de Pedro Velho- RN) apresentaram condições eutrófica e hipereutrófica, respectivamente.

Os resultados das análises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muito inferiores ao valor limite permitido pela legislação.

Quanto a contagem de cianobactérias o resultado obtido na única estação monitorada nesta bacia CUR-03 (Estuário Barra de Cunhaú – Baia Formosa) atende aos padrões estabelecidos.

5.5 BACIA DO JACU

Esta bacia atende ao padrão para oxigênio dissolvido (OD) somente na estação JAC-02 (Sítio Choar –Espírito Santo).

Quanto à demanda bioquímica de oxigênio (DBO) a única estação enquadrada como água doce classe 2: JAC-01 (Açude Japi II – São José do Campestre) não atende ao padrão estabelecido para esta classe.

As concentrações de carbono orgânico total (COT) atendem ao padrão estabelecido para este parâmetro nas estações JAC-03 (JAC3 – Lagoa de Guaraíra) e JAC-04 (Lagoa de Guaraíra).

O índice de qualidade da água (IQA) da bacia variou da condição aceitável JAC-01 (Açude Japi II – São José do Campestre), JAC-03 (Lagoa de Guaraíra) e JAC-04 (Lagoa de Guaraíra) a boa para JAC-02 (Sítio Choar – Espírito Santo). Entretanto, o índice de qualidade da água combinado ( IQA c) para as estações JAC-03 (Lagoa de Guaraíra) e JAC-04 (Lagoa de Guaraíra) apresentam resultado igual a 0 (zero), que correspondência à condição imprópria para consumo humano.

O índice do estado trófico (IET) desta bacia correspondente à condições oligotrófica na estação JAC-01 (Açude Japi II – São José do Campestre), eutrófica na estação JAC-02 (Sítio Choar – Espírito Santo) e ultraoligotrófico nas estações JAC-03 (Lagoa de Guaraíra) e JAC-04 (Lagoa de Guaraíra).

Os resultados das analises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muito inferiores ao limite maximo permitido para águas doces classe 2, salobras e salinas classe 1, em todas as estações monitoradas.

Quanto a densidade da cianobactérias, a única estações monitorada bacia: JAC-01 (Açude Japi II – São José do Campestre), não atende aos padrões estabelecidos na legislação.

5.6 BACIA DO MAXARANGUAPE

Esta bacia não atende o padrão para oxigênio dissolvido (OD) nas duas estações monitoradas.

Quanto a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) as duas estações monitoradas atendem no limite ao padrão estabelecido para água doce classe 2.

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Os índices de qualidade de água (IQA e IQAc) correspondem a condição de qualidade boa em ambas estações monitoradas.

O índice do estado trófico (IET) para a estação MAX- 01(Rio Maxaranguape) corresponde à condição de mesotrófico e da estação MAX - 02 (Estuário do Rio Maxaranguape) a condição oligotrófica.

Os resultados das análises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muitos inferiores ao limite máximo permitido para água doce classe 2 em ambas estações monitoradas.

Quanto à densidade de cianobactérias, a única estação monitorada nessa bacia atende aos padrões estabelecidos na legislação.

5.7 BACIA DO PIRANGI

Esta bacia atende ao padrão para oxigênio dissolvido (OD) em quatro das oito estações monitoradas PIR-04 (Ponte velha - Parnamirim), PIR-05 (Ponte trampolim da Vitória - Parnamirim), PIR-06 (Lagoa do Jiqui – Parnamirim) e PIR-08 (Ponte velha na RN 063).

Quanto à demanda bioquímica de oxigênio (DBO) seis das oito estações monitoradas atendem ao padrão estabelecido para água doce classe 2: PIR-01(Lamarão - Macaíba), PIR-02 (Passagem de Areia -Parnamirim), PIR – 04 (Ponte velha - Parnamirim), PIR-05 (Ponte trampolim da Vitória - Parnamirim), PIR-06 (Lagoa do Jiquí – Parnamirim) e PIR-07 (Balneário de Pium – Parnamirim).

A estação PIR-08 (Ponte velha na RN 063), enquadrada como água salobra classe 1, não atende ao padrão para carbono orgânico total.

Os índices de qualidade da água (IQA e IQA c) correspondem à condição ultraoligotrófica em todas as estações monitoradas.

Os resultados das análises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muito inferiores ao limite máximo permitido para água doce classe 2 e água salobra classe 1 estações monitoradas.

Quanto à densidade de cianobactérias a única estação monitorada nesta bacia, PIR-06 (Lagoa do Jiquí –Parnamirim), atende aos padrões estabelecidos na legislação.

5.8 BACIA DO PIRANHAS-AÇU

Esta bacia atende ao padrão oxigênio dissolvido (OD) em todas as estações monitoradas.

Quanto à demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 7 (sete) das 24 (vinte e quatro) estações monitoradas atendem ao padrão estabelecido para água doce classe 2: PIA 01 (Açude Mulungu), PIA-03 (Rio da Pedra - Açude Alecrim), PIA 13(Açude Mendubim), PIA 14 (Açude Beldroega), PIA-19 (Rio Ponte Alto dos Rodrigues), PIA-22 (Rio Caicó) e 23 (Açude Boqueirão de Parelhas).

Nesta campanha nas estações enquadradas como de águas salobras e salinas PIA 08 (Rio jusante de Currais Novos), PIA-11 (Rio Seridó), PIA-17 (Estuário Macau) e PIA-18 (Rios dos Cavalos), só foi

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determinado o carbono orgânico total para a estação PIA-11 (Rio Seridó) que não atende ao padrãoestabelecido para este parâmetro.

O índice de qualidade da água (IQA) varia da condição de qualidade boa para ótima em todas as estações monitoradas a exceção da estação PIA-24 (Rio Sérido-São Fernando), cuja condição é qualidade aceitável. Entretanto, o índice de qualidade de água combinado (IQAc) desta bacia é preocupante pois apresentou resultado igual a 0 (zero) em 18 (dezoito) das 25 (vinte e cinco) estações monitoradas. Apresentaram condições de qualidade boa e ótima quanto ao índice de de qualidade da água combinado (IQAc ) apenas as estações PIA-02 (Açude Esquincho), PIA-03 (Rio da Pedra), PIA-05 (Açude Carnaúba), PIA-10 (Rio São Bento), PIA-15 (Açude Novo Angicos) e PIA 21 (Açude Itans).

O índice de estado trófico (IET) nesta bacia corresponde à condição mesotrófica nas estações PIA 10 e PIA 13; eutrófica nas estações PIA 01, PIA 02, PIA 03, PIA 14 e PIA 23; supereutrófica nas estações PIA 04, PIA 05, PIA 09, PIA 16, PIA 20, PIA 22 e PIA 25 e hipereutrófica nas estações PIA 07, PIA 12, PIA 21 e PIA 24.

Os resultados das analises de coliformes termotolerantes indicam valores muito inferiores ao limite Maximo permitido para água doce classe 2, salobra e salina classe 1.

5.9 BACIA DO POTENGI

A POT-02 (Açude Campo Grande), única nesta bacia enquadrada como água doce classe 2, não atende aos padrões para oxigênio dissolvido (OD) porém atende ao VLP para a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) estabelecidos para esta classe. As estações POT-03 (TELHA- São Pedro do Potengi) e POT-06 (Jusante do Canal do Baldo) estão enquadradas como água salobra classe 1 e água salina classe 1, respectivamente, e não atendem aos padrões estabelecidos para OD destas classes de água.

As concentrações de carbono orgânico total (COT) nas estações POT-01 (Rio Camaragibe na RN 064), e POT-03 (TELHA- São Pedro do Potengi) apresentaram valores muito superiores ao valor limite permitido para água salobra classe 1. As concentrações verificadas nas demais estações atendem ao padrão estabelecido para esse parâmetros referente a águas salobras e salinas classe 1.

O índice de qualidade de água (IQA) varia da condição aceitável na estação POT-01 (Rio Camaragibe na RN 064) a boa nas demais estações de monitoramento. Entretanto o índice de qualidade de água combinado (IQAc) para esta bacia apresentou resultado igual a zero em cinco das 8 (oito) estações monitoradas, estando em condições de qualidade aceitável a estação POT-01 (Rio Camaragibe na RN 064) e em condição de boa qualidade as estações POT-02 (Açude Campo Grande) e POT-03 (TELHA-São Pedro do Potengi). As demais estações correspondem a condição de qualidade imprópria para consumo humano.

O índice de estado trófico (IET) nesta bacia corresponde à condição oligotrófica na estação POT-02(Açude Campo Grande),eutrófica na POT-05 (em frente ao Dique da Base Naval), hipereutrófica na estação POT-04 (Rio Golandim) e mesotrófica nas demais estações monitoradas.

Os resultados das análises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muito inferiores ao valor limite permitido pela legislação, a exceção da POT-04 (Rio Golandim) cujo valor obtido ultrapassa ao valor limite permitido para água salobra classe 1.

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Quanto à densidade de cianobactérias, a única estação monitorada nesta bacia, POT-02 (Açude Campo Grande), não atende aos padrões estabelecidos para água doce classe 2.

5.10 BACIA DO PUNAÚ

A única estação monitorada nesta bacia, PUN-01 (Rio Punaú), não atende ao padrão para oxigênio dissolvido, entretanto a concentração da demanda bioquímica de oxigênio atende ao padrão estabelecido para água doce classe2.

Os índices de qualidade da água (IQA e IQAc) obtidos correspondem à condição de qualidade boa.

O índice do estado trófico (IET) nesta estação corresponde à condição de corpo aquático mesotrófico.

Os resultados das análises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muito inferiores ao valor limite permitido pela legislação neste ponto monitorado.

Quanto à contagem de cianobactérias esta bacia não foi selecionada para este tipo de analise.

5.11 BACIA DO RIO DOCE

Esta bacia não atende ao a padrão para oxigênio dissolvido (OD) nas quatro estações monitoradas.

Quanto à demanda bioquímica de oxigênio (DBO) as estações DOC-02 (Ponte BR 406 – Ceará-Mirim) e DOC-03 (Lagoa de Extremoz) atendem ao padrão estabelecido para água doce classe 2.

Os índices de qualidade de água (IQA e IQAc) correspondem à condição de qualidade boa em todas as estações monitoradas.

O índice de estado trófico para a estação DOC-04 (Gramorezinho) corresponde à condição mesotrófica e nas demais estações à condição oligotrófica.

Os resultados das analises de coliformes termotolerantes apresentaram valores muito inferiores ao limite máximo permitido para água doce classe 2 em todas as estações monitoradas na bacia.

Quanto à densidade de cianobactérias a única estação monitorada nesta bacia, DOC-02 (Ponte BR 406 –Ceará-Mirim), atende aos padrões estabelecidos pela legislação.

5.12 BACIA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO

A única estação monitorada nesta bacia, FLLED-01(Lagoa do Bonfim), não atende ao padrão para oxigênio dissolvido (OD), porém atende ao da demanda bioquímica de oxigênio para água doce classe 2.

Os índices de qualidade da água (IQA e IQAc) obtidos correspondem à condição de qualidade boa.

Os índices de estado trófico nesta estação correspondem a condição de corpo aquático ultraoligotrófico.

O resultado da análise de coliformes termotolerantes apresentou valor muito inferior ao valor limite permitido pela legislação..

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Quanto à contagem de cianobactérias o resultado obtido nesta estação atende aos padrões estabelecidos.

5.13 BACIA DO TRAIRÍ

Esta bacia não atende ao padrão de oxigênio dissolvido (OD) em todas as estações monitoradas, com exceção da estação TRA-03 (Açude Santa Cruz – Santa Cruz).

Quanto à demanda bioquímica de oxigênio (DBO) as estações TRA-03 (Açude Trairi/Tangará) e TRA-04 (Monte Alegre) não atendme ao padrão para água doce classe 2.

A concentração de carbono orgânico total (COT) na estação TRA-01 (Açude Inharé – Santa Cruz), única enquadrada como de água salobra classe 1. Apresentou valor muito superior ao limite permitido para esta classe de água.

Os índices de qualidade da água (IQA e IQAc) variaram da condição de qualidade aceitável nas estações TRA 01 (Açude Inharé – Santa Cruz) e TRA-02 (Açude Santa Cruz – Santa Cruz) à condição boa nas estações TRA-03 (Açude Trairi – Tangará) e TRA-04 (Monte Alegre).

Os índices do estado trófico desta bacia correspondem à condições eutróficas nas estações TRA-01 (Açude Inharé – Santa Cruz), TRA-02 (Açude Santa Cruz – Santa Cruz) e TRA-03 (Açude Trairi –Tangará) e condição oligotrófica na estação TRA-04 (Monte Alegre).

Os resultados das análises de coliformes termotoletrantes apresentaram valores muito inferior ao valor limite permitido pela legislação.

Quanto à contagem de cianobactérias atende aos padrões a estação TRA-02 (Açude Santa Cruz – Santa Cruz), não atendem as estações TRA-01 (Açude Inharé – Santa Cruz), TRA-03 (Açude Trairí –Tangará) e este indicador não foi selecionadao para este tipo de analise na estação TRA-04 (Monte Alegre).

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6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION - APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20th ed.. New York. 1998.

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