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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NNÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE APUCARANA MARIA ÉDNA DA GLÓRIA MATERIAL DIDÁTICO: FOLHAS PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL TÍTULO: CIDADE – PARAÍSO OU CAOS? Apucarana - 2008 - Sinopse: Este Folhas versa sobre o contraste entre o desenvolvimento econômico e as adversidades presentes nos grandes centros urbanos, enfatizando, principalmente, os problemas sociais. Utiliza atividades diversas para compreensão dos conteúdos, com destaque para atividades lúdicas e computacionais.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NNÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE APUCARANA

MARIA ÉDNA DA GLÓRIA

MATERIAL DIDÁTICO: FOLHAS

PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

TÍTULO: CIDADE – PARAÍSO OU CAOS?

Apucarana

- 2008 -

Sinopse: Este Folhas versa sobre o contraste entre o desenvolvimento econômico e as adversidades presentes nos grandes centros urbanos, enfatizando, principalmente, os problemas sociais. Utiliza atividades diversas para compreensão dos conteúdos, com destaque para atividades lúdicas e computacionais.

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Autora: Maria Édna da Glória NRE: Apucarana Escola: Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio Disciplina: Geografia ( ) Ensino Fundamental ( x ) Ensino Médio Título: Cidade - Paraíso ou Caos? Disciplina da relação interdisciplinar 1: História

Professora Validadora: Salete Zanlorenzi

Disciplina da relação interdisciplinar 2: Artes

Professora Validadora: Gleici Keli de Lima

Validadora da mesma disciplina (Geografia): Maria Luiza Pereira Conteúdo Estruturante: Dimensão Econômica da Produção do/no espaço Conteúdo Específico: Problemas Sociais dos Grandes Centros Urbanos Orientadora/Colaboradora da IES: Rosana Figueiredo Salvi Sinopse: Este Folhas versa sobre o contraste entre o desenvolvimento econômico e

as adversidades presentes nos grandes centros urbanos, enfatizando,

principalmente, os problemas sociais. Utiliza atividades diversas para compreensão

dos conteúdos, com destaque para atividades lúdicas e computacionais.

Para aguçar um pouco mais sua curiosidade e iniciar sua reflexão sobre

este assunto, leia e compare o que dizem uma marchinha de carnaval, composta em

1934, e um rap escrito sessenta e cinco anos depois dela:

3

Dá para acreditar que os dois compositores estão falando da mesma

cidade?!?!?! Você sabe que cidade é esta?

Com certeza, você conhece um número razoável de cidades. Algumas você

já visitou, outras, conhece por meio de fotos, livros, filmes ou da televisão. Mas, você

já parou para pensar como surgiram as primeiras cidades ou já se indagou sobre as

vantagens e desvantagens resultantes do seu desenvolvimento?

Para compreendermos o processo de formação das cidades, é necessário

que façamos uma viagem ao passado. Venha! Embarque comigo no túnel do tempo!

Quando o homem começou a deixar sua vida nômade, fixando-se à terra,

iniciou-se também a criação da propriedade e a necessidade de defendê-la dos

povos que ainda se mantinham nômades e dos que não tinham terra. A saída

encontrada foi a associação de famílias e tribos. Do acampamento dessas tribos em

tendas e barracos, surgiu a aldeia. Por volta de 5.000 a.C., na Mesopotâmia (entre

os rios Tigre e Eufrates) surgiram povoações as quais se pôde denominar de cidade.

Nos séculos seguintes, essas aldeias se desenvolveram numa complexa sociedade

mercante constituída por cidades-estados, com autonomia religiosa, política e

econômica. Entretanto, na Antiguidade as cidades, sustentadas pelo comércio, eram

pouco povoadas, pois a maior parte da população concentrava-se nas áreas rurais e

vivia da agricultura, do extrativismo e demais atividades primárias.

Já na Idade Média, com as constantes invasões dos bárbaros, as cidades e

o comércio perdem a importância anterior por falta de segurança. Começou, então,

Cidade Maravilhosa Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / coração do meu Brasil / Berço do samba e das lindas canções / Que vivem n’alma da gente/ É os altar dos nossos corações / Que cantam alegremente. Jardim florido de amor e saudade / Terra que a todos seduz / Que Deus te cubra de felicidade / Ninho de sonho e de luz. (André Filho, 1934)

Faixa de Introdução do CD Traficando Informação MV Bill está em casa, pode acreditar. Vamos fazer u ma longa viagem. Não para o inferno, tão pouco ao paraíso. Mas uma viagem na vi da dura, na vida simples, na vida triste. De muitas pessoas que como nós vivem às margens da sociedade. Vivem sem voz, acuadas e oprimidas. Vamos fazer uma long a viagem, a uma cidade que segue sofrendo, que sofre vivendo, que c hora sorrindo, e que sangra sem choro. Que tenta mudar o destino traçado para o s filhos seus. Uma viagem de ida e volta, a uma cidade chamada de Deus* . (MV Bill, 1999). * Cidade de Deus: favela da zona oeste carioca

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um processo de ruralização em que grande parte da população urbana foi viver nos

campos, prevalecendo agora uma agricultura de subsistência, onde a terra pertencia

aos mais fortes, aos que tinham condições de guerra e de defesa. Estavam criados

os Burgos, onde as pessoas passaram a viver e a produzir para quem tivesse terra e

um exército que lhes protegessem, ou seja, para os senhores feudais. Em torno do

ano 1 000 d.C. os burgos tornam-se auto-suficientes. A agricultura prospera e gera

excedentes, permitindo a transformação dos burgos em aglomerados urbanos onde

o comércio passa a ter destaque. A partir de então, o comércio ampliou seu alcance

e diversificou seus produtos, promovendo o desenvolvimento das cidades européias.

Esse ressurgimento das cidades mostrou-se como o elo responsável pelo fim do

modo de produção feudal e o início da transição para o capitalismo.

A chegada da Revolução industrial, há cerca de duzentos e trinta anos,

transformou a vida das cidades. Nos séculos XVIII e XIX, o processo industrial exigiu

a concentração de mão-de-obra perto das fontes de energia e transporte,

favorecendo o surgimento das cidades industriais que cresceram rapidamente no

Reino Unido, noroeste da Europa e nordeste da América.

Formação das cidades nacionais

Aqui no Brasil, o padrão que imperou desde o início de sua colonização

pelos portugueses, foi o povoado, que quando cresce torna-se vila, sede do distrito e

logo aspira à condição de cidade, sede do município.

Enquanto a Revolução Industrial teve início na Europa no século XVIII, no

Brasil a industrialização, seguida da conseqüente urbanização, só se consolida e se

aprofunda a partir de 1930, quando os interesses urbanos industriais conquistaram a

hegemonia na orientação da política econômica.

A possibilidade de desenvolvermos atividades instigantes e significativas amplia- se enormemente quando usamos a Internet como instru mento de aprendizagem. Se você gosta de surfar pela Internet , sugiro que consulte os sites abaixo para aprender um pouco mais sobre os assunto s históricos ab ordados no texto:

1.www.scipione.com.br./ap/ggb/unidade7 2. www.suapesquisa.com/imperioromano/ 3 www.culturabrasil.org.revoluçãoindustrial.htm 4. www.tg3.com.br/industrial

Urbanização: processo pelo qual a população urbana cresce em

proporção superior à população rural.

O processo de industrialização propor

cionou um grande crescimento ao Brasil entre

5

1940 e 1980. Nesse período cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo

Horizonte transformaram-se em grandes metrópoles1 e eram vistas como alternativa

de melhora das péssimas condições da vida rural. Um gigantesco movimento

migratório foi o principal responsável por ampliar a população urbana em 125

milhões de pessoas em apenas 60 anos. Em 1940, cerca de apenas 18,8% da

população brasileira era urbana. Em 2000 essa proporção era de 81,2%, e em 2007

é de 82%, aproximadamente, conforme estimativas de especialistas no assunto. Os

dados censitários do IBGE confirmam esta realidade. Observe-os na tabela abaixo:

POPULAÇÃO URBANA / RURAL Indicador Unidade 1940 1980 1991 2000

População urbana Hab. 12.865.730 80.437.327 110.990.990 137.953.959

População rural Hab. 28.370.585 38.573.725 35.834.485 31.845.211

IBGE – Censo Demográfico

MuniNet – Rede Brasileira para o Desenvolvimento Municipal

Fonte: adaptado de: http://muninet.org.br

Grandes Cidades – Paraíso ou Inferno?

Hoje em dia, a maior parte da população brasileira vive nas cidades, o que

permite classificar o Brasil como um dos países mais urbanizados2 do planeta,

1 Metrópoles: grandes cidades que oferecem uma enorme quantidade de serviços e funções (comércio, saúde, educação, lazer, etc.). 2 País urbanizado: país onde mais de 50% de sua população total vivem em suas áreas urbanas, ou seja, nas cidades.

Atividade: Observe o mapa da

atual distribuição da população

brasileira. Repare que as maiores

concentrações populacionais

encontram-se localizadas nos

grandes centros urbanos, ou seja,

nas maiores cidades brasileiras.

Registre em seu caderno que

cidades são essas e onde as

mesmas se localizam.

Fonte: http://www.portalbrasil.net/brasil_população.htm

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sendo que perto de 30% dessa população vive em apenas nove metrópoles, onde

moram cerca de 55 milhões de pessoas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,

Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Belém e Fortaleza.

Entretanto, é importante destacar que, enquanto nos países desenvolvidos

a urbanização ocorreu gradativamente com a Revolução Industrial, nos países

subdesenvolvidos ela tem ocorrido de forma acelerada devido a fatores como a

industrialização tardia, o aumento da natalidade, a migração da população

interiorana para os grandes centros e o êxodo rural, que tem como principais causas

a má condição de vida no campo e a liberação de mão-de-obra em razão da

mecanização da lavoura ou das inovações da pecuária.

No entanto, não se pode negar que a industrialização/urbanização foi

determinante para a melhora dos indicadores sociais, devido às conquistas como a

expansão da rede de água tratada, a ampliação do uso de antibióticos, aumento da

escolaridade, maior acesso à informação, expansão do emprego industrial, entre

outros. Nas grandes cidades prosperam o comércio e a indústria. Nelas é mais fácil

ter acesso à luz, ao saneamento básico, ao transporte e a serviços como educação,

saúde, lazer, cultura, etc. Todos estes benefícios atraem os pobres rurais que se

mudam para as cidades porque buscam melhorar de vida. Destaque-se também que

os países urbanizados são os que apresentam menores taxas de mortalidade

infantil, elevada longevidade, maior renda per capta e melhores índices

educacionais.

Atividades:

• Converse com pessoas mais velhas

(pais, avós, tios) e procure saber como

eram as cidades e as condições de

vida na época da infância e juventude

dessas pessoas.

• Faça uma pesquisa sobre as principais

conquistas científico-tecnológicas

ocorridas no último século.

Fonte: www.azeitão.net.costazul.fotos_antigas_setubal.htm

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Contudo, a urbanização não trouxe somente benefícios para a humanidade.

As condições de vida nas grandes cidades, principalmente as dos países

subdesenvolvidos, têm se deteriorado nas últimas décadas. De pólo atrativo que

propiciava o acesso a uma intensa vida cultural e social, melhores oportunidades de

emprego, possibilidade de vida com maior conforto e um enriquecedor convívio com

diferentes experiências de vida, elas têm se tornado centros irradiadores de

problemas sociais e ambientais.

Dentre os problemas ambientais causados pela grande concentração

humana nas cidades, destacam-se a contaminação do solo e da água pelo acúmulo

de lixo, a poluição do ar e seus diversos efeitos (chuva ácida, ilhas de calor, efeito

estufa, etc.), a escassez de água.

Problemas Sociais dos Grandes Centros Urbanos

As discussões sobre a qualidade de vida nos grandes centros urbanos,

principalmente quanto às questões socioeconômicas e culturais, são constantes nos

meios de comunicação, nas escolas, na sociedade em geral. Há quem apregoe que

as metrópoles se assemelham a grandes necrópoles, ou seja, espaços criados para

a morte do homem. As grandes cidades são mais sensíveis às más condições

socioeconômicas e uma parte considerável de seus habitantes não tem acesso às

facilidades e aos confortos proporcionados pelas metrópoles, pois a população

dessas cidades cresceu de uma forma mais acelerada do que a oferta de empregos,

infra-estrutura, habitações e serviços sociais.

Há quem afirme que a crise do mercado de trabalho nos grandes centros

urbanos é a principal causa do aumento da precariedade de vida nas cidades. O

desemprego crescente agravou a exclusão social nas metrópoles, que, ao

Você pode aprender um pouco mais sobre as questões ambientais, consultando sites de pesquisa e livros de Geografia. Sugiro o site http://www.brasilescola.com/geografia/problemas-ambientais-dos-grandes-centros.htm A ludicidade pode ser uma outra forma interessante de aprender, pois ela

possibilita a associação entre o prazer e o dever. A partir das pesquisas realizadas, você pode montar diversos tipos de jogos, como cruzadas, trilha, forca, e trocar com os amigos da sala para que encontrem a solução. Quer ver um exemplo de jogo da forca, fácil de montar e divertido de se jogar? É só acessar o site http://www.semarh.se.gov.br/srh/modules/tinyd0/index.php?id=35 e divertir-se pra valer, enquanto aprende.

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concentrar a produção industrial, passaram a ser pólos de atração de migrantes,

oriundos das regiões interioranas e mesmo de imigrantes vindos de várias partes do

mundo, porém não havia emprego para todos. A partir dos anos de 1990, com o

processo de reestruturação econômica e estabilização monetária, houve um

aumento nas taxas de desemprego em todo o país. Dados do IBGE apontam que

desde 2001, o mercado de trabalho voltou a melhorar no país, mas a oferta de

novas vagas ainda é muito inferior ao número de pessoas desempregadas.

Opa! São muitas informações novas? Então, dê uma paradinha e faça a

atividade sugerida na seqüência.

Agora que você já solucionou algumas de suas dúvidas surgidas ao longo

do texto estudado, vamos refletir juntos sobre os problemas sociais que afetam mais

intensamente os moradores das grandes cidades. Para guiar nossa reflexão, vamos

dar um mergulho no mundo da arte, visitando alguns movimentos e ritmos da música

brasileira.

Saiba que a música, em diferentes momentos históricos, foi utilizada como

forma de protesto contra as situações que angustiam a sociedade. Como exemplos,

podemos citar dois movimentos que ocorreram durante a ditadura militar: Tropicália

e MPB (Música Popular Brasileira), e na atualidade, o Rap. Na segunda metade dos

anos sessenta, a população brasileira sofria uma forte repressão que abatia os

movimentos populares e coibia a criação artística. Uma crise utópica caracterizou o

sentimento de opressão e de falta de liberdade de expressão vivido por artistas que

acabaram encontrando na contracultura3 o caminho viável para expor suas idéias.

3 Contracultura – tipo de produção e atuação cultural que busca trazer novas informações para ler e interpretar o mundo, em contraposição à cultura formal estabelecida.

Pesquisa: Você pode utilizar-se de um dicionário da língua portuguesa para saber o significado

de alguns vocábulos que surgiram no texto acima e que talvez você não saiba conceituar, como

por exemplo, as palavras necrópoles, migrante, imigrante, oriundos, pavimentação.

Pode também navegar nos sites abaixo listados para saber um pouco mais sobre assuntos

citados no texto acima:

a) Mercado de Trabalho – sites: www.mte.gov.br/observatório/default.asp

www.ceaee.ibmecmg.br/wp/wp1.pdf

b) Desemprego – sites: www.ai.com.br/pessoal/índices/EMPREGOS.HTM

www.ibge.org.br

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Surgiam aí a Tropicália e a MPB, formada, em geral, por jovens de classe média,

fortemente influenciados por uma cultura nova e importada, que trazia

especificidades de outros contextos e realidades sociais, uma vez que estes jovens

tinham o privilégio de estudar e conhecer outras realidades fora das fronteiras

nacionais. A contracultura, no movimento tropicalista revela-se no deboche e na

crítica implícitos nas letras das músicas e no comportamento dos jovens, os quais

adotavam uma espécie de “estilo de vida” perceptível na maneira de se vestir, nas

relações afetivas, na revolução sexual e nas experimentações espirituais, entre

outras. São representantes deste movimento músicos como Caetano Veloso,

Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Os Mutantes. Veja um trecho da música Tropicália,

onde o compositor satiriza nas entrelinhas (pois a ditadura não permitia que se

falasse claramente) o controle político autoritário da sociedade imposto pelos

governos ditadores, que ele define, implicitamente, como “palhaçada”:

Já a MPB – surgida em meados de 1960 - caracterizou-se pelo propósito

de criar uma linguagem artística congruente com o ideal de brasilidade. Dela derivou

a chamada música de protesto. Veja um trecho da música Apesar de você, onde o

cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, um dos representantes deste

movimento musical, expressa seu repudio à opressão e ao autoritarismo e lança

para o povo a esperança de liberdade.

Eu organizo o movimento / Eu oriento o carnaval / E u inauguro o

monumento / No Planalto Central do país / Viva a bo ssa-sa-sa /

Viva a palhoça-ça-ça-ça-ça. (Caetano Veloso, 1968)

Hoje você é quem manda / Falou, ta falado / Não tem discussão / A minha gente hoje anda / Falando de lado / E olhando pro chão / Viu? / Você que inventou esse estado / E inventou de inventar / Toda a escuridão / Você que inventou o pecado / Esqueceu de inventar o perdão / Apesar de você / Amanhã há de ser outro dia. (Chico B. de Holanda, 1970 ).

Quer saber mais sobre o Tropicalismo e a MPB? Consulte os sites abaixo:

*http://www2.uol.com.br/uptodate/500/1965c.html *http://www.cliquemusic.uol.com.br/br/generos.asp?Nu_Materia=28 *http://revistacult.uol.com.br/website/dossie.asp?edtCode=5CE31EF8-D245-4ACF-8449-9F6C2C3ECC1F&nwsCode=D7B88A75-64A1-4197-A15C-3B5484BD7E17

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Continuando nossa trajetória pela história da música brasileira, chegamos

ao início dos anos oitenta, quando, importado da Jamaica e dos guetos4 americanos,

chega ao Brasil o rap5 . Trata-se de um estilo musical marcado por um forte discurso

verbal; é uma música mais falada do que cantada.

Investigando as raízes do rap, chegamos à música soul, um estilo musical

que mistura o Jazz e a música Gospel, sendo conhecida no Brasil como música

black. Este estilo musical originou-se no final dos anos 50, nos EUA, como forma de

expressão solidária dos negros que procuravam o fim da segregação racial,

encontrando nele a sua identidade e espiritualidade. Seus precursores foram Ray

Charles, James Brown e Sam Cooke. Assim, o rap nasceu e se desenvolveu a partir

de uma tradição na qual a música estava ligada a movimentos de luta popular,

tornando-se, em nosso país, uma possibilidade de ação política, por meio dos

protestos e críticas presentes nas letras compostas por rappers como os Racionais

Mc’s6, liderado por Mano Brown, Marcelo D2 e MV Bill (entenda-se por MV

“mensageiro da verdade”).

Enquanto a música de protesto de outros tempos foi feita pela classe média,

atualmente, são as classes desfavorecidas que a produzem, pois as juventudes

marginalizadas permanecem açoitadas por uma condição de vida precária, marcada

pela escassez de acesso aos bens básicos: saúde, educação, moradia, emprego e

renda. Assim, as condições de vida nos grandes centros urbanos, amplamente

discutidas pela sociedade, também são temas de raps compostos por músicos

oriundos de comunidades marginalizadas, que se desenvolvem nas periferias das

grandes cidades. Leia uma parte do rap “Contraste social”, de MV Bill:

4 Gueto: Formação socioespacial limitada racial e/ou culturalmente. Nos Estados Unidos, os guetos são constituídos por população da raça negra, em sua maioria, e se caracterizam como áreas urbanas de extrema pobreza. 5 Rap: sigla de rithyn and poetry, que pode ser entendido em livre tradução como: ritmo e poesia. 6 Mc’s: Mestres de cerimônia.

Eu quero denunciar o contraste social / Enquanto o rico vive bem, o povo pobre vive mal / Cidade maravilhosa é uma grande il usão / Desemprego, pobreza, miséria, corpos no chão / As crianças da f avela não têm direito ao lazer / Governantes só falam e nada querem fazer / O posto de saúde é uma indecência/ Só atendem se o caso for uma emergê ncia / Sociedade capitalista com o sorriso aberto / Rir de longe é m elhor do que sofrer de perto/ Miséria e morte é o nosso dia a dia / Pelo menos entre nós não existe judaria / Um amigo estudou, não teve oportun idade / Brigou, lutou por sua dignidade / Mas uma vez por falta de opção / O seu trabalho foi na boca com uma nove na mão / Ele queria um dia voltar atrás / Infelizmente

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MV Bill expressa nos versos de seu rap a vida difícil nas cidades, retratando

alguns dos problemas mais graves das grandes aglomerações urbanas – a

favelização da população, o desemprego, a falta de assistência médico-hospitalar, a

violência urbana, enfim, a pobreza urbana, que, nos grandes centros, é maior do que

a média da pobreza brasileira. Calcula-se que dos pobres brasileiros, em torno de

33% estão nas “ricas” metrópoles do sudeste. Concentram-se também nas regiões

metropolitanas 80% da população moradora das favelas. E o que é mais grave: os

problemas das metrópoles começam a surgir nas cidades de porte médio que ainda

apresentam melhor qualidade de vida: Florianópolis, Aracajú, Ribeirão Preto, São

José dos Pinhais, Londrina, Foz do Iguaçu, dentre outras. O censo do IBGE verificou

uma tendência confirmada em 2000, de que as cidades médias (entre 100.000 e

500.000 habitantes) crescem a taxas mais altas do que as regiões metropolitanas

(4,8% contra 1,3%).

Nas últimas décadas houve um aumento do número de favelas e cortiços

que ocupam, muitas vezes, áreas de riscos. A ocupação de áreas ambientalmente

frágeis – beira de córregos, encostas deslizantes, várzeas inundáveis, área de

proteção de mananciais – é a alternativa que sobra para os excluídos do mercado

de trabalho e dos insuficientes programas habitacionais do governo. Em algumas

cidades como São Paulo e Curitiba, as regiões onde a ocupação mais cresce, são

as áreas de proteção dos mananciais, ou seja, áreas produtoras de água potável.

A falta de infra-estrutura normalmente acompanha o crescimento das

favelas. As redes de água encanada, de luz, de telefone, de esgoto, de coleta de lixo

são insuficientes para atender a demanda populacional.

Outro grande desafio para a administração das grandes cidades é o

transporte coletivo urbano. Trânsito parado, congestionamentos quilométricos: para

muita gente, essa é a imagem da vida urbana. A deficiência do transporte coletivo e

os freqüentes congestionamentos implicam em elevado consumo de combustíveis,

esse amigo já não vive mais / Se ele tivesse uma ch ance podia ser trabalhador/ Como não teve, para o inferno alguém l he mandou/ [ ...] Chibatada que a gente levava no tronco não cicatriz ou/ Se você não se ligou / Se liga então, nada mudou / Se na sua cabeça, eu es tou equivocado / Desça da cobertura e passe aperto do meu lado / Contraste social, o povo é que vive mal / Eles querem negão dentro da prisão. (MV Bill, 1999).

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comprometimento considerável da renda mensal do trabalhador com transporte,

intensa poluição, além do grande índice de acidentes no trânsito.

Deixamos por último, o estudo sobre a violência urbana. Um dos maiores

problemas da atualidade, que, de maneira geral, está espalhada pelas grandes

cidades de todo o mundo e já se infiltra também nas médias e pequenas cidades.

No Brasil, a violência urbana decorre de fatores como o

subdesenvolvimento econômico, a má distribuição de renda, a falta de investimentos

na área social, o baixo nível de escolaridade das populações empobrecidas, o tráfico

de drogas, entre outros.

Todas as formas de violência estão presentes nos centros urbanos:

homicídio, seqüestros, assaltos, linchamentos, chacinas, guerras do tráfico, conflitos

entre tribos urbanas rivais (os punks e os skinheads, por exemplo). Existe também a

violência sutil, que passa despercebida como se não resultasse da ação humana

intencional. Não é natural, tampouco justo, o acentuado desnível entre pobres e

ricos, nem o desemprego, a fome, os menores abandonados, a mendicância, a

prostituição, pessoas morrendo em filas de hospitais... Afinal, esta realidade, como

questiona Piffer, “não é uma violência contra a dignidade humana?” (200?, p. 124).

Por outro lado, é preciso considerar que nem toda violência urbana decorre

da ligação que existe entre esta e a miséria. Presenciamos diariamente atos

violentos praticados por pessoas que desfrutam de melhores condições de vida,

como os crimes dos chamados criminosos do “colarinho-branco”, dos juízes, fiscais,

parlamentares e funcionários corruptos das esferas governamentais, ou os crimes

das grandes organizações de tráfico de entorpecentes, que normalmente são

coordenadas por pessoas de nível sociocultural e econômico elevado.

Diante desta realidade caótica, questiona-se: existe solução para todos

estes problemas urbanos?

O caos reinante nos grandes centros urbanos revela a urgente necessidade

de sermos mais atuantes como cidadãos, desempenhando com responsabilidade o

papel que cabe a cada um de nós perante a sociedade, e cobrando de nossos

governantes políticas governamentais mais eficientes no combate às desigualdades

sociais, ao crime organizado, à corrupção, bem como uma política de reordenação

urbanística que atenda às necessidades básicas das populações urbanas,

garantindo-lhes condições dignas de vida.

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BIBLIOGRAFIA BELLEI, Maria. Processo de urbanização. Disponível em www.direitonet.com.br/artigos/x/49/66/496/ Acessado em 03 out.2007 CARDOSO, Lourenço. A moderna música popular brasileira e movimento H ip-Hop . Disponível em http://www.mundonegro.com.br/noticias/index.php?noticiaID=143 Acessado em 19 out.2007. MARICATO, Ermínia. Dimensões da tragédia urbana . Disponível em www.comciencia.br/reportagens/cidades/cid18.htm Acessado em 03 out.2007. MOREIRA, Igor. O Espaço Geográfico . Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1998. PIFFER, Osvaldo. Apostila de Geografia do Brasil . São Paulo: IBEP, [200?] PIRES, J.R. Xavier. Da Tropicália ao Hip-Hop: Contracultura, repressão e alguns diálogos possíveis. Disponível em www.overmundo.com.br/banco/da-tropicalia -ao-hip-hop -contracultura-repressao-e-alguns-dialogos-possiveis Acessado em 09 out.2007. DISCOGRAFIA Apesar de você . Chico Buarque de Hollanda. Phillips, 1970. Cidade Maravilhosa . André Filho. Intérprete: Aurora Miranda. Odeon, 1934 Contraste Social . IN: CDD Mandando Fechado. MV Bill. Natasha Records, 1999 Introdução . IN: Traficando Informação. MV Bill. Natasha Records, 1999 Tropicália . IN: Tropicália ou Panis et Circenses. Caetano Veloso. Phillips, 1968

Atividade: Exercitando sua s capacidade s artísticas e seus conhecimentos geográficos

Organizem-se em grupos de quatro alunos e, inspirando-se na música Cidade Maravilhosa e

na fala de MV Bill que se encontram na página dois, componham um rap, cuja letra fale sobre os problemas sociais que afetam os grandes centros urbanos. Vocês podem também compor uma paródia a partir de algum rap que conheçam, e, depois de pronto, façam uma apresentação musical para a turma de sua sala de aula.

Se quiserem tornar suas apresentações mais memoráveis, pesquisem na Internet imagens que retratem as condições de vida nas grandes cidades e montem uma apresentação por meio do programa Power Point, utilizando o laboratório de informática de sua escola. Assim, enquanto vocês interpretam o rap que produziram, a apresentação das imagens ilustrará o show musical.

Vamos lá? Sucesso para vocês! Dica: você pode encontrar imagens sobre este assunto no site de busca www.google.com.br

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IMAGENS Foto 1: http://www.revistaglobal.org/default.php?mod=magazine_img_110_0.jpg. Acessado em 20 out.2007. Foto 2: http://www.arrakeen.ch/brasil6/316%20%20favela.JPG. Acessado em 20 out.2007. Foto 3: http://www.elitebrasil.com.br/parana/ . Acessado em 20 out.2007 Foto 4: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm Acessado em 20 out.2007. Foto 5: http://www.monroelab.net/blog/wp-content/uploads/2006/09/favela.JPG . Acessado em 20 out.2007.

15

ANEXOSANEXOSANEXOSANEXOS

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CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE VALIDAÇÃO DO PROJETO FOLH AS IDENTIFICAÇÃO

COLÉGIO Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio

AUTORA: Maria Édna da Glória

TEMA: Cidade: Paraíso ou Caos?

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Dimensão Econômica da Produção do/no espaço

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Problemas Sociais dos Grandes Centros Urbanos

SÉRIE: 2ª Série do Ensino Médio

DISCIPLINA DO PROJETO: Geografia

DISCIPLINA DO (A) VALIDADOR (A): Geografia

NOME DO PROFESSOR (A) VALIDADOR (A): Maria Luiza Pereira (Profª. PDE)

RG do professor validador: 4.287.337-3 e-mail: [email protected]

1. PROBLEMA

1.1 Relação do problema com o conteúdo a ser desenvolvido:

R: A relação do problema com o conteúdo – os problemas sociais urbanos - ficou

muito clara durante o desenvolvimento do conteúdo.

1.2 Provocação e mobilização indicadas pelo problema:

R: Há provocação que levará o aluno a refletir sobre os questionamentos suscitados

e a se mobilizar em busca de mais informações sobre o tema proposto.

1.3 Adequação do problema para alunos do Ensino Médio:

R: O problema apontado é de interesse de todos os alunos, independente da

modalidade de ensino, e a forma de desenvolvimento do conteúdo apresenta-se

adequada ao nível de compreensão de alunos do Ensino Médio.

1.4 Trajetória do problema no desenvolvimento do texto:

R: A trajetória do problema mantém-se ao longo do texto, de forma a motivar a

busca pela solução do problema proposto inicialmente.

1.5 Sugestão de melhoria e aprimoramento do problema:

17

R: O problema proposto está bem descrito, não necessitando de aprimoramento.

2. DESENVOLVIMENTO DO TEXTO

2.1 Relação dos conteúdos propostos com os conteúdos estruturantes do currículo

da disciplina:

R: O conteúdo estruturante – Dimensão Econômica da Produção do/no espaço

- relaciona-se adequadamente com os conteúdos pontuais propostos.

2.2 Forma de abordagem do conteúdo proposto, sua pertinência e grau de

complexidade para o Ensino Médio:

R: A forma de abordagem do conteúdo proposto, sua pertinência e complexidade

estão adequadas ao nível de desenvolvimento de alunos do Ensino Médio.

2.3 A abordagem do conteúdo, suas relações interdisciplinares, abordagem

contemporânea e sua contribuição para a compreensão do problema:

R: O conteúdo proposto encontra-se bem estruturado, relacionando-se com as

disciplinas de História e Arte, numa abordagem estimulante, de forma a levar o aluno

à compreensão do problema sob variados ângulos.

2.4 Interação entre textos, atividades, ilustrações, referências:

R: Existe interação adequada.

2.5 Coerência no desenvolvimento das idéias e do raciocínio:

R: Existe coerência no desenvolvimento das idéias e do raciocínio.

2.6 Correção gramatical e adequação da linguagem do texto ao aluno do Ensino

Médio:

R: A linguagem utilizada apresenta correção gramatical e é adequada ao aluno do

ensino médio

2.7 Distribuição de textos e imagens de forma equilibrada e adequada para auxiliar

na leitura e compreensão dos textos:

R: Os textos e imagens estão bem distribuídos, facilitando a compreensão dos

textos.

18

2.8 Indicações espaço-temporais que possibilitem ao interlocutor compreender a

construção histórica dos textos:

R: Existem indicações espaço-temporais que possibilitam ao aluno compreender a

construção geográfica e histórica dos textos.

2.9 Conceitos desenvolvidos e correção conceitual:

R: Os conceitos geográficos desenvolvidos estão corretos.

2.10 Presença de preconceitos ou indução ao preconceito de origem, gênero,

religião, idade, condição socioeconômica ou outros. Indicativos de privilégio a

membros de uma camada social ou habitantes de uma região do país ou do mundo:

R: Não há preconceito de espécie alguma.

2.11 Propaganda mercadológica, político-partidária, de doutrinação religiosa e

ideológica, etc.

R: Não existe propaganda de espécie alguma.

3. PROPOSTA DE ATIVIDADES

Quanto às propostas de atividades, analise os seguintes itens e faça seu

comentário argumentando e justificando seu parecer, incluindo suas sugestões:

3.1 Distribuição das atividades ao longo do texto:

R: As atividades estão bem formuladas e bem distribuídas ao longo dos textos.

3.2 Indicações para que o aluno continue a pesquisa do conteúdo proposto:

R: São várias as indicações para que o aluno continue a pesquisa do conteúdo

proposto.

3.3 Adequação das atividades para a resolução do problema proposto, possibilitando

ampliar o conhecimento do conteúdo abordado:

R: As atividades são provocativas e questionadoras, levando o aluno a pensar e

formar sua opinião em relação aos problemas sociais urbanos contemporâneos.

19

4. REFERÊNCIAS

4.1 Analise e faça seu comentário, argumentando e justificando seu parecer

incluindo sugestões quanto à sua adequação às regras básicas para apresentação

do Folhas contidas no manual:

R: Após análise do projeto, concluí que foi bem elaborado, com provocações e

questionamentos que levam o aluno a interagir no desenvolvimento dos conteúdos

propostos. As regras básicas par apresentação do Folhas foram devidamente

observadas na construção do presente Folhas.

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CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE VALIDAÇÃO DO PROJETO FOLH AS

IDENTIFICAÇÃO

COLÉGIO: Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio

AUTORA: Maria Édna da Glória

TEMA: Cidade – Paraíso ou Caos?

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Dimensão Econômica da Produção do/no espaço

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Problemas sociais dos grandes centros urbanos

SÈRIE: 2ª Série do Ensino Médio

DISCIPLINA DO PROJETO: Geografia

DISCIPLINA DO (A) VALIDADOR (A): História

NOME DO PROFESSOR (A) VALIDADOR (A): Salete Zanlorenzi

RG do professor validador: 5.838.167-5 - e-mail: [email protected]

1. PROBLEMA

1.1 Relação do problema com o conteúdo a ser desenvolvido:

R: Existe uma boa relação entre o problema proposto e o conhecimento histórico

relativo à formação das cidades e aos processos de industrialização e urbanização.

1.2 Provocação e mobilização indicadas pelo problema:

R: Há provocação e mobilização que induzem à reflexão dos conceitos históricos e

de suas relações com o problema investigado.

1.3 Adequação do problema para alunos do Ensino Médio:

R: O questionamento inicial é adequado ao nível de compreensão de alunos do

Ensino Médio.

1.4 Trajetória do problema no desenvolvimento do texto:

R: O problema, em sua trajetória no âmbito da História, tem um bom

desenvolvimento, de acordo com a proposta.

1.5 Sugestão de melhoria e aprimoramento do problema:

21

R: O problema proposto adequa-se à proposta de trabalho, não necessitando de

aprimoramento.

2. DESENVOLVIMENTO DO TEXTO

2.1 Relação dos conteúdos propostos com os conteúdos estruturantes do currículo

da disciplina:

R: O conteúdo estruturante da disciplina de História abordado – Relações de

Trabalho - relaciona-se adequadamente com os conteúdos pontuais propostos:

Renascimento urbano e comercial, Urbanização e Industrialização.

2.2 Forma de abordagem do conteúdo proposto, sua pertinência e grau de

complexidade para o Ensino Médio:

R: Forma de abordagem, pertinência e grau de complexidade adequados ao Ensino

Médio.

2.3 A abordagem do conteúdo, suas relações interdisciplinares, abordagem

contemporânea e sua contribuição para a compreensão do problema:

R: Em todos os pontos existe contribuição para a compreensão do problema e

reflexão do aluno.

2.4 Interação entre textos, atividades, ilustrações, referências:

R: Há interação adequada entre as partes.

2.5 Coerência no desenvolvimento das idéias e do raciocínio:

R: Existem coerência e linha de raciocínio dentro do objetivo da problematização.

2.6 Correção gramatical e adequação da linguagem do texto ao aluno do Ensino

Médio:

R: Os textos foram elaborados com correção gramatical e adequação da linguagem

ao aluno do ensino médio.

2.7 Distribuição de textos e imagens de forma equilibrada e adequada para auxiliar

na leitura e compreensão dos textos:

R: Boa distribuição, pois não contém exageros.

22

2.8 Indicações espaço-temporais que possibilitem ao interlocutor compreender a

construção histórica dos textos:

R: Boas indicações espaço-temporais que possibilitam ao aluno compreender a

evolução histórica ao longo dos textos.

2.9 Conceitos desenvolvidos e correção conceitual:

R: Os conceitos históricos desenvolvidos estão corretos.

2.10 Presença de preconceitos ou indução ao preconceito de origem, gênero,

religião, idade, condição socioeconômica ou outros. Indicativos de privilégio a

membros de uma camada social ou habitantes de uma região do país ou do mundo:

R: Não há preconceito de espécie alguma.

2.11 Propaganda mercadológica, político-partidária, de doutrinação religiosa e

ideológica, etc.

R: Não existe propaganda de espécie alguma.

3. PROPOSTA DE ATIVIDADES

Quanto às propostas de atividades, analise os seguintes itens e faça seu

comentário argumentando e justificando seu parecer, incluindo suas sugestões:

3.1 Distribuição das atividades ao longo do texto:

R: Boa distribuição de atividades, possibilitando reflexões paralelas ao problema

central, bem como aprofundamento do mesmo.

3.2 Indicações para que o aluno continue a pesquisa do conteúdo proposto:

R: Existe indicação para pesquisa de temas que contribuem para a aprendizagem

dos conteúdos desenvolvidos.

3.3 Adequação das atividades para a resolução do problema proposto, possibilitando

ampliar o conhecimento do conteúdo abordado:

R: As atividades permitem o aprofundamento do problema e a busca de soluções no

confronto com a realidade que o aluno pode vivenciar em seu meio.

23

4. REFERÊNCIAS

4.1 Analise e faça seu comentário, argumentando e justificando seu parecer

incluindo sugestões quanto à sua adequação às regras básicas para apresentação

do Folhas contidas no manual:

R: As observações aqui expostas são frutos de uma leitura que buscou considerar o

professor, o aluno e o que poderia ser gerado a partir da interação das partes. Ao se

observar as normas para produção de um Folhas, percebe-se que houve adequação

entre a proposta e seu desenvolvimento.

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CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE VALIDAÇÃO DO PROJETO FOLH AS

IDENTIFICAÇÃO

COLÉGIO: Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio

AUTORA: Maria Édna da Glória

TEMA: Cidade – Paraíso ou Caos?

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Dimensão Econômica da Produção do/no espaço

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Problemas sociais dos grandes centros urbanos

SÈRIE: 2ª Série do Ensino Médio

DISCIPLINA DO PROJETO: Geografia

DISCIPLINA DO (A) VALIDADOR (A): Arte

NOME DO PROFESSOR (A) VALIDADOR (A): Gleici Keli de Lima

RG do professor validador: 8.042.585-6

1. PROBLEMA

1.2 Relação do problema com o conteúdo a ser desenvolvido:

R: Os conteúdos de Arte utilizados inicialmente como forma de ilustrar o problema, e

ao longo do texto como subsídio para entendimento do questionamento, relacionam-

se perfeitamente com o conteúdo estruturante Movimentos e Períodos.

1.2 Provocação e mobilização indicadas pelo problema:

R: Há provocação que levará o aluno a refletir sobre a relação da arte com as

questões urbano-sociais estudadas.

1.3 Adequação do problema para alunos do Ensino Médio:

R: O problema proposto é adequado aos alunos do ensino médio.

1.4 Trajetória do problema no desenvolvimento do texto:

R: A trajetória do problema mantém-se de acordo com a proposta de estudo.

1.5 Sugestão de melhoria e aprimoramento do problema:

25

R: O problema proposto foi redigido e ilustrado de forma adequada, não

necessitando de aprimoramento.

2. DESENVOLVIMENTO DO TEXTO

2.1 Relação dos conteúdos propostos com os conteúdos estruturantes do currículo

da disciplina:

R: O conteúdo estruturante de Arte – Movimentos e Períodos - relaciona-se

adequadamente com os conteúdos pontuais propostos, a saber: arte engajada,

Tropicália, MPB e Rap.

2.2 Forma de abordagem do conteúdo proposto, sua pertinência e grau de

complexidade para o Ensino Médio:

R: A forma de abordagem do conteúdo proposto, sua pertinência e complexidade

estão adequadas ao nível de desenvolvimento de alunos do Ensino Médio.

2.3 A abordagem do conteúdo, suas relações interdisciplinares, abordagem

contemporânea e sua contribuição para a compreensão do problema:

R: O conteúdo proposto encontra-se bem estruturado, relacionando-se com as

disciplinas de História e Arte, numa abordagem estimulante, de forma a levar o aluno

à compreensão do problema sob variados ângulos.

2.4 Interação entre textos, atividades, ilustrações, referências:

R: Existe interação adequada.

2.5 Coerência no desenvolvimento das idéias e do raciocínio:

R: Existe coerência no desenvolvimento das idéias e do raciocínio.

2.6 Correção gramatical e adequação da linguagem do texto ao aluno do Ensino

Médio:

R: A linguagem utilizada apresenta correção gramatical e é adequada ao aluno do

ensino médio

2.7 Distribuição de textos e imagens de forma equilibrada e adequada para auxiliar

na leitura e compreensão dos textos:

26

R: Os textos e imagens estão bem distribuídos ao longo do Folhas.

2.8 Indicações espaço-temporais que possibilitem ao interlocutor compreender a

construção histórica dos textos:

R: Existem indicações espaço-temporais que possibilitam ao aluno compreender a

construção geográfica e histórica dos textos.

2.9 Conceitos desenvolvidos e correção conceitual:

R: Os conceitos da disciplina de Arte desenvolvidos estão corretos

2.10 Presença de preconceitos ou indução ao preconceito de origem, gênero,

religião, idade, condição socioeconômica ou outros. Indicativos de privilégio a

membros de uma camada social ou habitantes de uma região do país ou do mundo:

R: Não há preconceito de espécie alguma.

2.11 Propaganda mercadológica, político-partidária, de doutrinação religiosa e

ideológica, etc.

R: Não existe propaganda de espécie alguma.

3. PROPOSTA DE ATIVIDADES

Quanto às propostas de atividades, analise os seguintes itens e faça seu

comentário argumentando e justificando seu parecer, incluindo suas sugestões:

3.1 Distribuição das atividades ao longo do texto:

R: As atividades foram bem elaboradas e estrategicamente distribuídas ao longo dos

textos.

3.2 Indicações para que o aluno continue a pesquisa do conteúdo proposto:

R: São várias as indicações para que o aluno continue a pesquisa do conteúdo

proposto.

3.3 Adequação das atividades para a resolução do problema proposto, possibilitando

ampliar o conhecimento do conteúdo abordado:

27

R: As atividades são estimuladoras, levando o aluno a se interessar pelo assunto

estudado, a refletir e a formar sua opinião sobre os problemas sociais urbanos.

4. REFERÊNCIAS

4.1 Analise e faça seu comentário, argumentando e justificando seu parecer

incluindo sugestões quanto à sua adequação às regras básicas para apresentação

do Folhas contidas no manual:

R: O presente Folhas foi produzido de forma clara, objetiva, motivadora e eficiente,

primando pela relevância e adequação do assunto abordado e pela correção das

normas que devem ser observadas para elaboração de um Folhas.

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ANEXO

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓG ICA PROFESSOR PDE

1. Nome do(a) Professor(a) PDE: Maria Édna da Glória

2. Disciplina/Área: Geografia

3. IES: Universidade Estadual de Londrina

4. Orientador(a): Rosana Figueiredo Salvi

5. Co-Orientador (se houver): --0--

6. Caracterização do objeto de estudo (exceto Profe ssor PDE Titulado):

Este Folhas tem por objeto de estudo o contraste entre o desenvolvimento econômico e as adversidades presentes nos grandes centros urbanos, enfatizando, principalmente, os problemas sociais. Utiliza atividades diversas para compreensão dos conteúdos, com destaque para atividades lúdicas e computacionais, visto que o Plano de Trabalho proposto pela professora PDE norteia-se por essas duas alternativas metodológicas.

7. Título da Produção Didático-Pedagógica: Cidade – Paraíso ou Caos?

8. Justificativa da Produção:

Os problemas sociais urbanos que ocorrem com maior intensidade nas grandes cidades têm relação direta com os processos de industrialização e urbanização e agravam-se ainda mais em decorrência das desigualdades socioeconômicas presentes em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. O aluno de ensino médio deve ser capaz de perceber e compreender esta realidade, suas causas e conseqüências como condição para inserir-se na sociedade em que vive e para atuar como cidadão na busca de solução para as questões sociais com as quais convive. Assim, o presente Folhas justifica-se como material didático-pedagógico que possibilita ao aluno este entendimento.

9. Objetivo geral da Produção:

Fornecer material didático-pedagógico que possibilite ao aluno de ensino médio estabelecer relações entre o desenvolvimento dos grandes centros urbanos e o agravamento dos problemas sociais.

10. Tipo de Produção Didático-Pedagógica: ( x ) Folhas ( ) OAC ( ) Outros (descrever):

11. Público-alvo: Alunos do 2º ano do Ensino Médio

Apucarana, 08 de fevereiro de 2008.

___________________________________________________ Professor PDE

Secretaria de Estado da Educação – SEED Superintendência da Educação - SUED

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE