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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
MARIA SALETE SASSO
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIAS UTILIZANDO ATIVIDADES EM GRUPO
CALIFÓRNIA – PARANÁ 2012
MARIA SALETE SASSO
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIAS UTILIZANDO ATIVIDADES EM GRUPO
Artigo científico apresentado à
Universidade Estadual de Londrina, como
requisito para aprovação no Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE – da
Secretaria de estado da Educação –
Paraná, sob a orientação do Prof. Md.
Wagner José Martins Paiva.
CALIFÓRNIA – PARANÁ 2012
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIAS UTILIZANDO ATIVIDADES EM GRUPO
Maria Salete Sasso
APRESENTAÇÃO O presente artigo apresenta os resultados obtidos na implementação de um material pedagógico –
Unidade Didática produzida e aplicada em 2011 no Colégio Estadual João Plath, do município de
Mauá da Serra, Pr, como atividade integrante do Programam de Desenvolvimento Educacional –
PDE.
A unidade didática foi preparada com o intuito de buscar conhecimentos prévios sobre átomos e
elementos químicos, conteúdos até então aplicados para alunos de 8ª séries do ensino fundamental.
Diante das dificuldades apresentadas no desenvolvimento desses conteúdos em anos anteriores,
procurou-se desenvolver atividades em grupo, para que os alunos pudessem compartilhar seus
conhecimentos prévios sobre o assunto e, assim aumentar o interesse nessas aulas e
consequentemente, o rendimento escolar.
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIAS UTILIZANDO ATIVIDADES EM GRUPO
RESUMO
A partir do pressuposto de que os alunos apresentam maior interesse quando conseguem fazer
alguma relação do conteúdo estudado com o seu cotidiano ou a algum conhecimento prévio, o
material didático foi proposto para que, em grupos, os alunos pudessem fazer melhor essa relação,
uma vez que poucos conseguem fazê-la previamente e isoladamente.
Diante dessa situação, houve a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre a teoria da
aprendizagem significativa, de David Ausubel, procurando aumentar a substantividade dos conteúdos
Átomos e elementos químicos para a implementação de uma unidade didática, material elaborado
dentro dos encaminhamentos metodológicos propostos pelas Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná, propondo atividades em grupo, onde os alunos, a partir de experimentos e perguntas pré-
elaboradas registram os conhecimentos prévios e posteriores à exposição do conteúdo propriamente
dito, realizada através de vídeos, leitura de livro didático, consulta à tabela periódica, entre outros.
Palavras - Chave: aprendizagem significativa, conhecimento prévio, atividades em grupo.
INTRODUÇÃO
O conhecimento é significativo por definição. É o produto significativo de um
processo psicológico cognitivo (“saber”) que envolve a interação entre ideias
“logicamente” (culturalmente) significativas, ideias anteriores (“ancoradas”)
relevantes da estrutura cognitiva particular do aprendiz (ou estrutura dos
conhecimentos deste) e o “mecanismo” mental do mesmo para aprender de forma
significativa ou para adquirir e reter conhecimentos. (David P. Ausubel, 1999)
As dificuldades que um professor encontra hoje em sala de aula são
muitas. Uma delas vem me incomodando bastante ultimamente com relação a
conteúdos da 8ª série, principalmente nos conteúdos relacionados a átomos e
elementos químicos, onde os alunos apresentam maior dificuldade na
compreensão, o que consequentemente diminui o interesse pelas aulas e afeta os
resultados da aprendizagem.
Na prática o que se percebe é que quanto mais os alunos relacionam o
conteúdo ao seu cotidiano ou a algum conhecimento prévio o interesse e a
participação pelas aulas aumentam e há uma maior chance de aprendizagem, pois:
O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e
não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores (nível de desenvolvimento real –
conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN,1980, apud
DCE - 2008).
A partir dessa dificuldade faz-se necessário buscar uma maior
substantividade do conteúdo tanto quando o aluno faz a relação com o seu
cotidiano, quanto quando ele relaciona a algum conceito já assimilado, uma vez que
Quando o estudante relaciona uma noção a ser aprendida com um conceito já
presente na sua estrutura cognitiva, ele incorpora “a substância do novo conhecimento, das novas
ideias” e a esse processo denomina-se substantividade (MOREIRA, 1999, p.77, apud DCE-2008).
Nas aulas de Ciências percebe-se que a aprendizagem significativa
supera a aprendizagem mecânica, pois ao longo das experiências vivenciadas com
as 8ª séries, percebe-se que os alunos, em sua maioria, procuram aprender
mecanicamente, não fazendo as relações possíveis entre os conhecimentos, o que
posteriormente cai no esquecimento facilmente, pois conceitos isolados, mesmo que
retidos para uma avaliação se perdem cedo ou tarde.
Pode-se, portanto concluir que, conforme Moreira e Masini, 1982, p.9:
Supondo que a aprendizagem significativa deva ser preferida em relação à
aprendizagem mecânica, e que isso pressupõe a existência prévia de conceitos subsunçores, o que fazer quando eles não existem? Como pode a aprendizagem ser significativa nesse caso? De onde vem os subsunçores? Como se formam?
Ainda conforme Moreira e Masini, 1982, p.10:
Uma resposta plausível é que a aprendizagem mecânica é sempre necessária
quando um indivíduo adquire informação numa área de conhecimento completamente nova para ele.
Isto é, a aprendizagem mecânica ocorre até que alguns elementos do conhecimento, relevantes a
novas informações na mesma área, existam na estrutura cognitiva e possam servir de subsunçores,
ainda que pouco elaborados. À medida que a aprendizagem começa a ser significativa, esses
subsunçores vão ficando cada vez mais elaborados e mais capazes de ancorar novas informações.
Procurando uma aprendizagem mais significativa, pode-se
aproveitar o conhecimento que alguns alunos conseguem trazer para a sala de aula,
tanto do cotidiano, como da relação com conteúdos anteriores e possibilitar uma
integração com os demais alunos, que são a maioria, realizando atividades em
grupo, onde os alunos possam se interagir e socializar o conteúdo a ser estudado
antes da exposição do mesmo. Dessa forma pode haver um aumento do interesse e
da participação e consequentemente as chances de aprendizagem para aqueles que
sequer lembram o mínimo possível do conteúdo estudado em ciências nos anos
anteriores, ou até mesmo nas aulas anteriores.
A aprendizagem significativa pressupõe o uso de organizadores prévios
que sirvam de âncora para a nova aprendizagem e levem ao desenvolvimento de
conceitos subsunçores que facilitem a aprendizagem subseqüente. O uso de
organizadores prévios é uma estratégia proposta por Ausubel para deliberadamente,
manipular a estrutura cognitiva a fim de facilitar a aprendizagem significativa.
(Moreira, Masini, p.11,1982)
A estratégia da atividade em grupo para responder a questões pré-
elaboradas servirá como organizador prévio, pois assim haverá uma chance de troca
de experiências do cotidiano e de conceitos previamente conhecidos por alguns
alunos em anos anteriores sobre o assunto a ser trabalhado, pois:
No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências,
apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Essa atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa do conhecimento pelo estudante. (DCE – CIÊNCIAS, 2008)
Segundo Moreira, 2006:
Os organizadores prévios podem tanto fornecer “idéias-âncora” relevantes para a
aprendizagem significativa do novo material, quanto estabelecer relações entre idéias, proposições e conceitos já existentes na estrutura cognitiva e aqueles contidos no material de aprendizagem. No caso do material relativamente não familiar, um organizador “expositivo”, formulado em termos daquilo que o aprendiz já sabe em outras áreas do conhecimento.
Em se tratando de conteúdos relacionados às noções de química das
8ª séries, principalmente quanto à constituição da matéria – átomos e elementos
químicos – a aprendizagem acontece por memorização, com pouco significado para
o aluno, geralmente através de símbolos ou fórmulas. Cabe, portanto, ao professor
organizar essas idéias para que sirvam de ancoradouros para o grupo, instigando o
pensamento dos alunos para buscar a relação com os conhecimentos adquiridos em
anos anteriores ou mesmo em programas de TV, como acontece na maioria das
vezes. Por isso,
A aprendizagem significativa processa-se quando o material novo, idéias e
informações que apresentam uma estrutura lógica, interage com conceitos relevantes e inclusivos,
claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo por eles assimilados, contribuindo para sua
diferenciação, elaboração e estabilidade. Essa interação constitui, segundo Alsubel (1968, pp.37,39)
uma experiência consciente, claramente articulada e precisamente diferenciada, que emerge quando
sinais, símbolos, conceitos e proposições potencialmente significativos são relacionados à
estrutura cognitiva e nela incorporados. (MARCO A. MOREIRA, ELCIE F. SALZANO MASINI,
1982.p.04)
A partir do momento que o professor busca alcançar os subsunçores
com perguntas que estimulem os grupos a explorarem o que tem de conhecimento
prévio e discutirem sobre, há uma maior chance de integração tanto do conteúdo a
ser trabalhado, quanto dos integrantes do grupo compartilhar seus conhecimentos,
melhorando assim, o interesse pelo conteúdo.
A ideia central desse material é melhorar a qualidade das aulas sobre
átomos e elementos químicos nas 8ª séries, uma vez que estes conteúdos são
mais abstratos e de difícil compreensão pela maioria dos alunos.
Partindo do pressuposto que quando a aula se torna mais significativa
para o aluno há uma maior chance de retenção dos conteúdos e da necessidade de
conhecimentos prévios para isso, a aplicação de atividades em grupos com
questões que levem o aluno a pensar sobre o assunto e compartilhar suas
experiências com os colegas acaba sendo uma importante estratégia para
concretizar a idéia.
Para melhorar o interesse e a aprendizagem dos alunos, o trabalho em
grupo é uma boa alternativa, desde que bem direcionado pelo professor, pois é uma
oportunidade de compartilhar seus conhecimentos e tornar a ciência mais próxima
daqueles que a vêem muito distante de seu dia-a-dia.
Segundo as DCEs, 2008:
O educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o conhecimento
científico, no entanto, constantemente reconstrói suas representações a partir do conhecimento
cotidiano, formando as bases para a construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua vida
diária.
Na tentativa de se ampliar essas informações que alguns têm acesso e
outros não, a estratégia da atividade em grupo para buscar esse compartilhamento
dos conhecimentos prévios passa a ser de grande valia, tornando a aula mais
dinâmica e oportunizando àqueles que além de viverem em uma realidade um pouco
distante da dos demais apresentam também dificuldade de socialização, uma
realidade constante na escola em que o trabalho foi realizado.
METODOLOGIA
Para a implementação do material didático (Unidade Didática) elaborado na busca
de melhorar a qualidade das aulas sobre átomos e elementos químicos foram
realizadas as seguintes atividades:
BUSCANDO CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE MATÉRIA – PARTÍCULAS
I- Experimento:
Colocar um copo vazio de boca para baixo dentro de uma vasilha com
água e responder às questões:
a) O que aconteceu?
b) Por que isso aconteceu?
II- Discuta com os colegas sobre o que você sabe sobre:
1-O que é matéria? Dê exemplos:
2- De que a matéria é formada?
3- Como você representaria essa formação (partículas)?
4- Onde podemos encontrá-las? Podemos vê-las?
Quanto ao experimento, os alunos em sua maioria, já conheciam, mas não
conseguiam fazer a relação com o conhecimento científico sobre a matéria. As
respostas das questões sobre a formação da matéria – átomos e sua representação
foram bastante variadas, indo desde comparações com um grão de areia até com
uma célula.
Terminada a discussão nos grupos, os alunos expuseram seus
conhecimentos prévios sobre matéria – átomos para a classe, e em seguida, cada
grupo acrescentou em seus registros os conhecimentos que os outros grupos
apresentaram de diferente de seus registros.
Em um segundo encontro, os grupos foram formados novamente para
analisar e discutir sobre os elementos químicos.
BUSCANDO CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE ELEMENTOS QUÍMICOS
I- Discuta com os seus colegas sobre as seguintes questões:
1- Qual o gás da atmosfera que você respira?
2- Você já teve anemia, o que usou para curá-la?
3- A fórmula química da água é H2O. O que compõe a água?
4- Cite nomes de elementos químicos que você já ouviu falar:
5- Onde podemos encontrar esses elementos químicos?
II- Experimento: Eletrólise da água
Analise a decomposição da água e responda as questões propostas:
1- O que acontece quando a corrente elétrica atravessa a água?
2- Como ficaram os tubos de ensaio?
3- Por que um dos tubos de ensaio ficou com o dobro de “ar” do outro?
4- Que elementos químicos estão presentes nos gases dos tubos de
ensaio? Você pode vê-los?
Após a realização dos experimentos, os alunos formaram grupos para
discutir e responder às questões propostas, registrando os conhecimentos prévios
de cada grupo. Após, os grupos expuseram seus registros para os demais.
O segundo passo foi a exposição do conteúdo propriamente dito, que
seguiu a seguinte ordem:
Para partículas da matéria, primeiramente foi apresentado o vídeo
Mundos invisíveis (disponível em www.diaadiaeducação.pr.gov.br. Acesso em
25/07/2011).
Após a apresentação do vídeo, a aula prosseguiu com a leitura do
livro didático e permanente diálogo entre professor e alunos e entre estes
ressaltando as novas relações entre o conhecimento científico e os conhecimentos
prévios e o cotidiano dos mesmos.
Para elementos químicos: Festa Química e Mundos invisíveis
(disponível em www.diaadiaeducação.pr.gov.br. Acesso em 25/07/2011)
Nesse momento também abriu-se espaço para novas relações que
possam surgir durante a explicação e que não foram registradas nos grupos.
Com o auxílio da tabela periódica, o professor apresenta os elementos
químicos e respectivos símbolos, procurando discutir sobre a aplicação daqueles
mais presentes no cotidiano dos alunos.
Ao término do estudo, os alunos receberam as seguintes atividades:
I- Analise cada situação e responda:
1- Você, o papel do caderno, a cadeira, o ar, as rochas, todos os seres vivos são
formados por pequeníssimas partículas. Como se chamam essas partículas?
2- Todas essas partículas são iguais? Explique, comparando a infinidade de
materiais existentes na natureza:
3- A água, mesmo pura, não é um elemento. Explique por quê:
4- Durante muito tempo acreditava-se que tudo no universo era formado por 4
elementos: ar, terra, água e fogo. Hoje sabemos que isso não é verdade. Por
quê?
5- Onde podemos encontrar os elementos químicos?
6- A fórmula química da glicose é C6H12O6. Quais elementos químicos formam a
glicose?
II- Carta de um químico apaixonado (fonte:
http://desciclopedia.org/wiki/Deslivros. Acesso em 30/07/2011)
III- Analise a ilustração e responda:
Representa átomo de oxigênio
Representa átomo de hidrogênio
1- Quantos elementos químicos estão representados?
2- Quantos átomos estão representados?
RESULTADOS Foram analisadas as respostas dos alunos antes e após a exposição do conteúdo
propriamente dito e o que se pôde concluir é o seguinte:
Quanto à constituição da matéria - átomos - os conhecimentos prévios
foram de grande importância, pois os alunos conseguiram relacionar os novos
conceitos e incorporá-los de maneira satisfatória aos conceitos previamente
levantados através do experimento e das questões propostas.
Quanto aos elementos químicos, os alunos tiveram mais dificuldades pois,
para a maioria deles, os elementos químicos estão presentes somente na
tabela periódica e em laboratórios. Alguns alunos, porém, relacionaram
alguns elementos com episódios de séries de TV como CSI, por exemplo.
Quando questionada a composição da água e o gás que respiramos, a
resposta foi imediata e praticamente unânime. A partir de algumas dicas sobre
outros elementos químicos comuns ao nosso cotidiano, como em que mineral
que o leite é rico, qual gás se enche balões que são muito mais leve que o ar,
os alunos foram levados a pensar pesquisando na tabela periódica sobre
esses elementos.
As sugestões de atividades para avaliar o trabalho foram respondidas sem maiores
dificuldades, ficando dessa maneira, claro que houve progresso na aprendizagem e
que esta apresentou uma maior substantividade após a implementação do material
pedagógico.
A carta de um químico apaixonado foi a atividade que os alunos mais gostaram e por
sugestão dos próprios alunos, ela foi colocada em exposição para conhecimento da
comunidade escolar.
CONCLUSÃO O objetivo principal desse trabalho foi desenvolver uma estratégia de
encaminhamento metodológico no ensino de ciências utilizando atividades em
grupo, onde os alunos pudessem compartilhar seus conhecimentos prévios e assim,
tornar a aprendizagem mais significativa nas aulas onde o professor tem dificuldade
em conseguir alcançar esse objetivo.
De maneira geral o que se percebe é que os conteúdos de Ciências estão
mais próximos do dia-a-dia dos alunos e, com isso, as aulas se tornam mais
atrativas. Mas, na realidade, isso é bem complicado, pois conteúdos relacionados às
noções de química, como átomos e elementos químicos, por mais que o professor
utilize atividades experimentais, como as utilizadas na implementação da unidade
didática, os alunos apresentam grande dificuldade em fazer essa relação entre a
teoria e a prática.
A proposta de implementação foi para buscar uma maior substantividade
desses conteúdos, valorizando os conhecimentos prévios de cada aluno e
oportunizando àqueles que não têm acesso às informações tanto quanto os demais
ou que apresentam maior dificuldade na relação do conteúdo com os conhecimentos
adquiridos anteriormente.
Para isso, a utilização dos trabalhos em grupo foi uma experiência
realmente válida e serviu para comprovar o que na correria do dia-a-dia em sala de
aula (com 40 alunos!) torna-se impossível de realizar: a troca de experiências.
Através das respostas obtidas nas atividades e, principalmente do grande
interesse dos alunos para realizarem as mesmas e apresentarem os resultados à
comunidade escolar, pode-se concluir realmente que, quando a aprendizagem se
torna significativa para o aluno, o interesse aumenta e a aquisição do conhecimento
se torna mais efetiva.
A realização das atividades em grupo proporcionou ainda um ambiente
bastante interativo entre os integrantes do grupo e destes com os demais grupos,
atingindo assim, mais um dos objetivos propostos, pois a comunidade na qual o
colégio em que o projeto foi implementado apresenta uma acentuada diferença
social que na sala de aula faz geralmente uma divisão, onde os mais carentes são
menos participativos que os demais e apresentam dificuldades de socialização.
Finalizando, conclui-se que os resultados obtidos na pesquisa e
implementação do material didático comprova que a atividade em grupo é uma boa
estratégia de encaminhamento metodológico para as aulas de ciências se tornarem
mais atrativas e significativas, sendo importante ressaltar a importância de se
trabalhar com números pequenos de alunos, visto que a implementação aconteceu
com vinte alunos.
REFERÊNCIAS
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.
AUSUBEL, D. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Paralelo, 2003.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares da educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. MOREIRA, M.A. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: UnB, 2006. Festa Química e Mundos Invisíveis. Disponível em< http://diaadiaeducação.gov.pr.br> Acesso em 25/07/2011. Carta de um Químico Apaixonado. Disponível em<
http://desciclopedia.org/wiki/Deslivros> Acesso em 30/07/2011.