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Gestão Financeira
Estrutura de capitais(Tópicos complementares)
MBA em Finanças – FEP – 2007/08Rui Padrão ©
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Estrutura de capitais: tópicos
A estrutura de capitais e o financiamento da empresa:
“Voltamos sempre ao VAL”Brealey & Myers (2003), pg 346
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A estrutura óptima de capitais:
Valor
wacc
Estrutura Óptima Dívida
€ / %
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Estrutura de capitais: trade-offVantagens do endividamento:• Escudo fiscal dos juros;• Disciplina dos gestores: diminuição do free-cash-
flow e do ‘financial slack’;
Desvantagens do endividamento:• Custos de falência;• Custos de agência (entre accionistas e credores);• Perda de flexibilidade financeira.
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Estrutura de capitais: tópicos
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Custos de falência:Duas componentes:• Custos directos; e• Custos indirectos, resultantes da percepção de que
a falência é provável;
Em teoria, há que estimar ...
Probabilidade de falência* Valor Actual dos custos de falência = Valor Actual E(custo de falência), ...
mas nenhum dos parâmetros pode ser estimado directamente.
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Custos de falência:Probabilidade de falência função de:• Dimensão relativa dos cash-flows operacionais face
ao serviço de dívida;• Volatilidade dos cash-flows operacionais.
Custos de falência:• Nem óbvios, nem facilmente quantificáveis;• Custos directos:
• quantificáveis a posteriori em função dos cash-flows: custos legais e administrativos + V.A. dos efeitos de adiamento de pagamentos;
• Apesar de elevados, por si só não seriam justificação para resistência a endividamento elevado.
• Custos indirectos
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Custos de falência (cont.):• Custos indirectos:
• Maior ‘fatia’ dos custos de falência são indirectos e resultam da percepção de que a empresa está em dificuldades;
• Risco de perda dos clientes devido à possibilidade de quebra de continuidade de fornecimento / assistência;
• Risco de exigências acrescida dos fornecedores (e mesmo de quebra de fornecimento);
• Dificuldade de financiamento adicional (e custo elevado).
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Custos de falência (cont.):Estimação indirecta:• Estimar um rating para a dívida da empresa e
aplicar depois uma probabilidade de falência adequada; ou/e
• Estimar uma probabilidade indirecta através da aplicação de modelos de previsão de falência.
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Custos de falência (cont.):Consequências para gestão da estrutura de capitais:• Empresas com elevada volatilidade dos cash-flows
operacionais deverão optar por nível de endividamento inferior a empresas similares;
• Se houver possibilidade de relacionar serviço de dívida com nível dos cash-flows operacionais, estrutura óptima de capitais desloca-se para direita;
• Empresas que recorrem a seguros de crédito ou a factoring (sem regresso), vêem a sua estrutura óptima de capitais suportar mais endividamento;
• Estrutura assente em activos ‘vendáveis’ podem recorrer a mais endividamento;
• ...
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O conteúdo informativo da escolha CP/Dívida:Dois motivos pelos quais a escolha entre emissão de acções ou de dívida contêm informação para o mercado:1. Caso antevejam ‘financial distress’, os gestores
evitarão emitir dívida. Corolário: aumento do endividamento é sinal de confiança quanto ao futuro;
2. Caso considerem que as acções estão subavaliadas, os gestores evitarão a emissão de acções. Corolário: a emissão de acções pode ser vista como sinal de que o actual preço está elevado.
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O conteúdo informativo da escolha CP/Dívida:Assumindo que os gestores definem o nível de endividamento em função dos cash-flows que pensam ser a empresa capaz de gerar, então:• A estrutura de capitais é definida em função do
cash-flow esperado;• Então, a estrutura de capitais contém informação
sobre as expectativas dos gestores e estes podem ser tentados a gerir o valor actual das acções e não o seu valor intrínseco:• Poderão evitar redução da alavancagem, mesmo que
isso seja recomendado em termos de estrutura óptima; e/ou
• Podem aumentar endividamento para além do nível óptimo.
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IPO: porque abrir o capital? (cont.)Vantagens (referidas pelos accionistas):• Possibilidade de diversificação (rebalanceamento
de carteira);• Possibilidade de estrutura de capitais ‘à medida’• Liquidez.
Desvantagens:• Custos de entrada e permanência na Bolsa
(incluindo ‘underpricing’);• Custos associados a relações com accionistas
(minoritários);• Custos associados a divulgação de informação;• Visibilidade: ‘Obrigação de tomar a atitude ‘certa’ ‘;
pressão pública.
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Estrutura de capitais: tópicos
Uma vez tomada a decisão de abrir o capitak da empresa através do ipo, levantam-se quatro questões estruturais:
Qual o melhor momento de mercado para o fazer?Em que mercado o fazer?Como se procede?Qual o preço de emissão das acções?
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Ciclos de ipo’s:Períodos em que se concentra grande número de ipo’s;A questão que se levanta é se esses ciclos são impulsionados pela oferta ou pela procura de fundos:• Se forem impulsionados pela procura, isso significa
que existe um grande número de empresas com projectos / oportunidades de investimento que requerem financiamento, o que levará à subida dos preços de emissão dos títulos (ex: Internet nos 90’s);
• Se for a oferta que impulsiona esses ciclos, a liquidez disponível será maior e os preços de emissão menores.
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Processo dos IPO’s:Seleccionar os bancos subscritores (underwriters):• Aconselhamento e organização do processo de
emissão;• Intermediários financeiros:
• (‘Compra’ da emissão;tomada firme [caso da BP])• Colocação da emissão;
• Credibilização da operação (caso recente: Google);• Market-makers.
Organização e divulgação do prospecto de emissão (inclui intervalo de preço);
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Definição do preço de emissão dos IPO’s:Comparação com rácios de competidores cotados (avaliação por múltiplos);Avaliação pelo método dos cash-flows descontados;Road-show: • Contacto com investidores (potenciais) reacções e
interesse de compra de x acções;• Informação sobre limite máximo de preço que estão
dispostos a pagar; e/ou• Informação sobre montante máximo que estão dispostos
a investir
Lista de ordens de compra potenciais processo de bookbuilding
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Definição do preço de emissão dos IPO’s (cont.):
Risco de não concretização das intenções de compra reduzido:• Investidores não querem ficar ‘mal vistos’ pelos
underwriters, sob risco de problemas de alocaçãoem operações futuras;
• (Alocação de acções: risco de conflito de interesses? Worldcom!);
Processo alternativo ao bookbuilding?• Oferta de preço fixo (Portugal; UK);• Leilões.
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Definição do preço de emissão dos IPO’s (cont.):
Empresa procura maximização do encaixe financeiro, mas isso geralmente não acontece:• Resistência dos underwriters: risco de não
alienação da totalidade das acções (sobretudo se houver tomada firma);
• “É necessário algum grau de ‘underpricing’ para levar os accionistas a comprar as acções”.
Underpricing:• Accionistas que compram acções nos ipo’s ganham
(muito) dinheiro à custa dos accionistas originais;• ‘Custos’ do underpricing superam geralmente
restantes custos do ipo;
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Definição do preço de emissão dos IPO’s (cont.):
Underpricing:• Porque aceitam os actuais accionistas vender a
empresa por um preço claramente abaixo do seu valor de mercado?1. ‘Underwriters‘ defendem que o underpricing é
necessário porque torna as acções atractivas para futuras emissões;
• (Críticos: bancos de investimento preferem preços atractivos para.
• Minimizarem risco de ficarem com as acções;• Ficarem ‘bem vistos’ perante clientes a quem
alocaram as acções).
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Definição do preço de emissão dos IPO’s (cont.):
Underpricing:• Porque aceitam os actuais accionistas vender a
empresa por um preço claramente abaixo do seu valor de mercado?2. Outra justificação: intenção deliberada de manter no
mercado os investidores menos informados (particulares) que, em média, ficam com os ipo’s de menor qualidade (‘winner’s curse’);
3. ‘underpricing’ constitui uma forma de compensar os investidores pela informação sobre o verdadeiro valor das acções. A ‘garantia’ de um retorno positivo é a retribuição que os investidores recebem por esse ‘serviço’, pelo que o retorno supranormal positivo nada tem de ‘anormal’.
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Definição do preço de emissão dos IPO’s (cont.):
Underpricing:• Porque aceitam os actuais accionistas vender
a empresa por um preço claramente abaixo do seu valor de mercado?
intenção deliberada de manter no mercado os investidores menos informados (particulares), sendo que os últimos enfrentam a ‘maldição do vencedor’: , em média, ficam com os ipo’s de menor qualidade.
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Processo dos IPO’s (cont.):Remuneração dos underwriters:• Spread;• (Chen e Ritter (2001): ‘7%’, independentemente
da dimensão da emissão! Mercado competitivo?)• Comissões (trabalho administrativo).
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Existe ‘preparação’ do IPO?‘Earnings management’:• Capacidade/acto de aumentar ou diminuir
resultado divulgado discricionariamente;• Sinalização: sinalizar boa performance futura;• Manipulação: esconder má performance passada.• ‘Smoothers’
RO = CF Operacional + Aplicação princípios contabilísticos
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Estrutura de capitais: tópicos
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Gestão da estrutura de capitais:Alteração da estrutura de capitais:• Gradual;• Imediata / acelerada:
• Vantagem de usufruir imediatamente das vantagens;• Desvantagem: altera de forma súbita pressupostos e
ambiente da gestão operacional da empresa.
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Alteração da estrutura de capitais (cont.):Empresas subendividadas: aumento rápido ou gradual? factores de decisão:• Grau de confiança no nível óptimo de
endividamento estimado quanto maior a desconfiança, mais gradual será o processo;
• Comparação com concorrentes: distanciamento da prática corrente do sector poderá ser factor desfavorável perante mercado e analistas;
• Probabilidade de takeover:• Empirismo: empresas subendividadas são alvo
preferencial de takeovers (especialmente em conjugação com má performance);
• Capacidade de endividamento usada para financiar compra.
• ‘Financial slack’
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Alteração da estrutura de capitais (cont.):Empresas sobrendividadas: aumento rápido ou gradual? factores de decisão:• Grau de confiança no nível óptimo de
endividamento estimado;• Comparação com concorrentes;• Probabilidade de incumprimento do serviço de
dívida.
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Alteração da estrutura de capitais (cont.):Processo de alteração:• Alavancagem rápida:
1. Endividamento associado a compra imediata de acções próprias (ou a pagamento de dividendo especial);
2. Substituição de acções por dívida de igual valor de mercado deb-for-equity-swap. Geralmente, empresa oferece aos accionistas títulos de dívida + cash em troca das acções;
3. Alienação de activos, seguida de compra de acções próprias:
• Sell-offs;• Equity carve-outs;• Spin-offs: não originam cash-inflow, mas podem
alterar estrutura de capitais.
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Alteração da estrutura de capitais (cont.):Processo de alteração:• Desalavancagem rápida:
• Dificuldade acrescida porque risco de incumprimento de de dificuldades financeiras afecta capacidade negocial da empresa;
• Situação ideal: aumento de capital e pagamento de dívida, mas:
• Empresas cotadas: aumento de capital com sucesso duvidoso (ou a custo elevado);
• Private firms: disponibilidade de fundos limitada (e vontade também...);
• Alternativas mais viáveis:1. Renegociação de dívida com entrada dos
credores no capital;2. Alienação de activos, seguida de amortização da
dívida.
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Alteração da estrutura de capitais (cont.):Processo de alteração:• Alavancagem gradual:
1. Financiamento de novos projectos com recurso a endividamento;
2. Recompra de acções e/ou aumentando dividendos.
• Desalavancagem gradual: 1. Gerir autofinanciamento.
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Estrutura de capitais: tópicos
Gestão Financeira
Estrutura óptima de capitais(Cálculo)
MBA em Finanças – FEP – 2007/08Rui Padrão ©
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Estrutura óptima de capitais
Cálculo da estrutura óptima de capitais
Incógnitas:- wacc- ks
- S- Bl
- VParâmetros:
- FCF- g- t- Bu
- D e KDVS
SDt
kkkkVDtK
VSkwacc
gwaccFCFV
ul
fmlfs
ds
−=
⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ −+=
−+=
−+=
−=
)1(1
)(
)1(.
ββ
β
d
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Estrutura óptima de capitais
Cálculo da estrutura óptima de capitaisAtravés de substituição sucessiva temos:
[ ]
gVDtK
VDVkk
DVDtk
FCFV
gVDtK
VSkkk
FCFV
gVDtK
VSk
FCFgwacc
FCFV
dfmuf
dfmlf
ds
−−+−⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ −⎥⎦
⎤⎢⎣⎡
−−++
=
−−+−+=
−−+=
−=
)1(.)()1(1
)1(.)(
)1(.
β
β
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Estrutura óptima de capitais
Cálculo da estrutura óptima de capitaisNesta expressão,
a única incógnita é V (valor), pelo que resolvendo em ordem a V, temos:
após o que se obtêm os valores das restantes incógnitas.
gVDtK
VDVkk
DVDtk
FCFVdfmuf
−−+−⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ −⎥⎦
⎤⎢⎣⎡
−−++
=)1(.)()1(1β
gkkktDkDkDtkDtkDkFCF
Vfmf
ddfmf
−−++−−++
=ββββ
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Estrutura óptima de capitais
Cálculo da estrutura óptima de capitais
gktkkktkDFCF
V
gkkktkktktkkDFCF
V
gkkktDkDkDtkDtkDkFCF
V
s
dfmf
fmf
ddfmf
fmf
ddfmf
−−−−++
=
−−++−−++
=
−−++−−++
=
)]1()([)(
)(
ββ
ββββββ
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Estrutura óptima de capitaisCálculo da estrutura óptima de capitais: exemplo
DADOS:Rf 2% FCF (n+1) 500 Interv. D 250Bu 1,1 g 1% Interv. tx juro 1 ####Rm 8% T 25% Interv. tx juro 2 ####Euribor 2% N 1000
D/V D V spread Kd Bl Ks wacc SNº
acçõesN1-N0 Cotação J(1-t) FCF-J(1-t)
Var. Riq. S Ret. S
0,00% 0 6.553 0,250% 2,25% 1,10 8,63% 8,63% 6.553 1000 6,55 0,0 500,03,78% 250 6.610 0,250% 2,25% 1,13 8,83% 8,56% 6.360 971 29 6,55 4,2 495,8 303 4,62%7,50% 500 6.667 0,250% 2,25% 1,17 9,05% 8,50% 6.167 942 29 6,55 8,4 491,6 299 4,70%11,16% 750 6.719 0,325% 2,33% 1,20 9,28% 8,44% 5.969 912 30 6,55 13,1 486,9 289 4,68%14,76% 1.000 6.774 0,325% 2,33% 1,24 9,53% 8,38% 5.774 883 29 6,54 17,4 482,6 288 4,82%18,30% 1.250 6.830 0,325% 2,33% 1,28 9,79% 8,32% 5.580 854 29 6,53 21,8 478,2 284 4,91%21,87% 1.500 6.859 0,500% 2,50% 1,33 10,08% 8,29% 5.359 821 33 6,53 28,1 471,9 251 4,51%25,32% 1.750 6.910 0,500% 2,50% 1,38 10,39% 8,24% 5.160 791 30 6,52 32,8 467,2 268 5,00%28,73% 2.000 6.961 0,500% 2,50% 1,43 10,73% 8,18% 4.961 761 30 6,52 37,5 462,5 264 5,11%32,32% 2.250 6.963 0,725% 2,73% 1,49 11,11% 8,18% 4.713 723 38 6,52 46,0 454,0 205 4,14%35,67% 2.500 7.008 0,725% 2,73% 1,56 11,51% 8,13% 4.508 692 31 6,51 51,1 448,9 244 5,19%38,99% 2.750 7.054 0,725% 2,73% 1,63 11,95% 8,09% 4.304 661 31 6,51 56,2 443,8 239 5,31%42,26% 3.000 7.099 0,725% 2,73% 1,70 12,43% 8,04% 4.099 630 31 6,51 61,3 438,7 234 5,44%46,06% 3.250 7.057 1,000% 3,00% 1,80 13,07% 8,09% 3.807 586 44 6,50 73,1 426,9 135 3,28%49,63% 3.500 7.053 1,125% 3,13% 1,91 13,75% 8,09% 3.553 547 39 6,49 82,0 418,0 164 4,30%53,96% 3.750 6.950 1,500% 3,50% 2,07 14,72% 8,19% 3.200 493 54 6,49 98,4 401,6 49 1,38%59,00% 4.000 6.780 2,000% 4,00% 2,29 16,11% 8,37% 2.780 429 64 6,48 120,0 380,0 -40 -1,25%64,54% 4.250 6.585 2,500% 4,50% 2,60 18,09% 8,59% 2.335 361 68 6,47 143,4 356,6 -88 -3,17%70,69% 4.500 6.366 3,000% 5,00% 3,09 21,17% 8,85% 1.866 289 72 6,46 168,8 331,3 -138 -5,91%80,67% 4.750 5.889 4,000% 6,00% 4,54 30,31% 9,49% 1.139 177 112 6,43 213,8 286,3 -441 -23,64%93,25% 5.000 5.362 5,000% 7,00% 12,49 80,41% 10,32% 362 57 120 6,35 262,5 237,5 -539 -47,34%
109,68% 5.250 4.786 6,000% 8,00% -464 -73 130 6,35 315,0 185,0 -641 -176,93%