gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

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2012 [Gestão do Conhecimento, da Aprendizagem e da Inteligência Organizacional]

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Page 1: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

2012

[Gestão do Conhecimento, da Aprendizagem e da Inteligência Organizacional]

Page 2: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

1

ÍNDICE

Índice ............................................................................................................................................. 1

I. Planeamento ......................................................................................................................... 4

II. Estrutura da Wiki ................................................................................................................... 6

III. Gestão Do Conhecimento...................................................................................................... 8

IV. Casos práticos de sucesso ................................................................................................... 17

V. Aprendizagem Organizacional ............................................................................................. 19

a. Introdução ........................................................................................................................... 19

b. Definições de aprendizagem organizacional ....................................................................... 20

c. Elementos definidores ......................................................................................................... 22

d. Níveis de Aprendizagem: Individual, Equipa e Organização ............................................... 23

e. Capital Social e a sua dimensão ........................................................................................... 24

f. Desempenho de Transferência de Conhecimento .............................................................. 25

g. Diversidade informativa ...................................................................................................... 25

i. Diversidade e Conflito .................................................................................................. 26

ii. Conflitos e Aprendizagem ............................................................................................ 27

h. Perspectivas para a Aprendizagem Organizacional ............................................................. 28

i. Aquisição vs Perspetiva da Participação ...................................................................... 28

ii. Perspetiva de Rede intra-organizacional ..................................................................... 29

iii. Multiplexidade ............................................................................................................. 29

iv. Dinâmica ...................................................................................................................... 30

i. Atributos para a identificação das práticas Aprendizagem Organizacional ........................ 30

ii. Aprendizagem de circuito duplo (DLL)......................................................................... 31

iii. Aprendizagem Deutero (DeuL) .................................................................................... 31

iv. Aprendizagem individual e coletiva ............................................................................. 32

VI. Transferência do Conhecimento ......................................................................................... 33

a. Introdução ........................................................................................................................... 33

b. Processo de Transferência de Conhecimento (KT) em E-Learning ...................................... 33

c. Conhecimento ..................................................................................................................... 33

d. Transferência de Conhecimento (KT) em Gestão do Conhecimento (KM) ......................... 34

e. E-learning como uma plataforma para KT ........................................................................... 35

f. E-learning e KT ..................................................................................................................... 35

g. Relação entre capital social, aprendizagem organizacional e desempenho de transferência

de conhecimento .................................................................................................................... 35

Page 3: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

2

i. O Impacto da dimensão Estrutura do Capital Social Aprendizagem Organizacional .. 35

ii. O Impacto da Dimensão Relacionamento do Capital Social na Aprendizagem

Organizacional ..................................................................................................................... 36

iii. O Impacto da Dimensão Cognição do Capital Social na Aprendizagem Organizacional

36

iv. A Relação entre Aprendizagem Organizacional e o Desempenho da Transferência de

Conhecimento ..................................................................................................................... 37

h. A influência do ambiente na aprendizagem organizacional ............................................... 38

i. Curvas de aprendizagem Organizacionais ........................................................................... 39

i. Modelo Curva de Aprendizagem: A ligação entre experiência e desempenho .......... 39

ii. Medida da experiência ................................................................................................ 39

iii. Medida de desempenho .............................................................................................. 40

iv. Frameworks para a compreensão da variação na curva de aprendizagem ................ 40

VII. A Gestão de Conhecimento, as necessidades de Aprendizagem e o e-Learning ................ 44

VIII. Framework para a Gestão do Conhecimento em ambientes e-Learning ........................... 46

1 - As três componentes da framework .................................................................................. 46

2 - Os Agentes da Gestão de Conhecimento ........................................................................... 47

3 - Processo de implementação na Varna Free University ..................................................... 48

IX. Plataformas para e-Learning - A importância dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem

(AVA) ........................................................................................................................................... 50

a. Comunicação síncrona e assíncrona.................................................................................... 50

b. Sistemas de Gestão de Aprendizagem (Learning Management Systems - LMSs) .............. 51

c. Papel de AVAs como mediadores de aprendizagem no ensino .......................................... 52

d. Implementação de Sistemas de Gestão de Aprendizagem (Learning Management Systems

- LMSs) ..................................................................................................................................... 52

X. A Web 2.0 e a melhoria das práticas e-Learning ................................................................. 53

a. e-Learning ............................................................................................................................ 55

b. Redes Sociais ....................................................................................................................... 55

c. Redes Sociais e e-Learning .................................................................................................. 57

d. Contribuição das redes sociais para o e-Learning ............................................................... 57

e. Integração das redes sociais nas plataformas e-Learning ................................................... 59

XI. Notas Finais ......................................................................................................................... 60

XII. Bibliografia ........................................................................................................................... 62

Page 4: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

3

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Adaptação de Bontis, Crossan, & Hulland, 2002; Dimovski, 1994; Shrivastava, 1983;

Sanchez, 2005.............................................................................................................................. 21

Tabela 2 - Definição das variáveis ............................................................................................... 27

Tabela 3 - Perspectivas para a Aprendizagem Organizacional .................................................... 29

Tabela 4 - Modelo SECI ................................................................................................................ 34

Tabela 5 - Framework de Dutton e Thomas com alguns exemplos ............................................ 41

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Estruturação do processo de gestão do conhecimento (fonte: Bukowitz e Williams,

2002, p.24) .................................................................................................................................... 8

Figura 2 - Os quatro processos de conversão do conhecimento (fonte: adaptado de Nonaka &

Takeuchi, 1997) ............................................................................................................................. 9

Figura 3 - Agentes da gestão do conhecimento .......................................................................... 12

Figura 4 - Ciclo de Aprendizagem Organizacional (March e Olsen) ............................................ 22

Figura 5 - Aprendizagem Conceptual e Operacional – Kim ......................................................... 23

Figura 6 - A influência do capital social e aprendizagem organizacional no desempenho da

transferência de conhecimento .................................................................................................. 38

Figura 7 - Visões da curva de aprendizagem ............................................................................... 42

Figura 8 - Framework baseada em agentes para a gestão do conhecimento num ambiente e-

Learning (Bakardjieva e Gercheva 2011) .................................................................................... 47

Figura 9 - Interações de grupo dependendo do tempo e do espaço (Kozaris 2010) .................. 50

Figura 10 - Diferenças nas características chave do Moodle e Blackboard (Kozaris 2010) ........ 53

Figura 11 - Interação entre a plataforma e-Learning e as redes sociais on-line (Rodrigues,

Sabino, e Zhou 2011) ................................................................................................................... 54

Figura 12 - Ilustração da comunidade Web 2.0 (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011) .................... 56

Figura 13 - Funcionalidades das redes sociais, blogs e wikis (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011) 58

Figura 14 - Ambiente e-Learning colaborativo com redes sociais (Rodrigues, Sabino, e Zhou

2011) ........................................................................................................................................... 59

Figura 15 - Sumário das principais características das plataformas e-Learning e contribuições

das redes sociais (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011) ................................................................... 60

Page 5: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

4

I. PLANEAMENTO

O planeamento deste projeto começou com uma análise à wiki no sentido de se verificar quais

os conteúdos existentes no âmbito da aprendizagem organizacional. Neste sentido, apurou-se

que não havia conteúdos produzidos nessa matéria o que proporcionou uma maior

flexibilidade ao grupo para a elaboração do artigo.

Assim sendo, procedeu-se à leitura de bibliografia. Uma vez que os conceitos relacionados com

esta temática são muitos variados, entendeu-se que a forma de estruturar as ideias seria a

construção de uma matriz de conceitos que foi sendo preenchida à medida que os artigos

eram lidos. Em suma, a ideia seria listar os conceitos mais importantes que permitam organizar

a estrutura da wiki a elaborar.

Não obstante, e sendo que o tema é muito abrangente, importa identificar os conceitos

indispensáveis à abordagem do tema em questão. Neste contexto o principal objetivo da

construção da matriz foi estruturar o pensamento que permitisse auxiliar a estrutura da wiki

de forma a interligar vários conhecimentos obtidos com a leitura da bibliografia.

Tarefa Descrição Tempo Recursos

Analisar Wiki

Nesta tarefa é analisada a Wiki. O objetivo é analisar o conteúdo e como esta funciona. Será também escolhido qual o tema a ser melhorado.

13 dias Pedro, Susana,

Vanessa

Ler Bibliografia

Um conjunto de bibliografia será disponibilizada e esta deverá ser analisada com o objetivo de formar conteúdo útil para partilhar na Wiki.

36 dias Pedro, Susana,

Vanessa

Melhorar Wiki

Com todo o conteúdo produzido na etapa anterior é feita a análise em conjunto pelo grupo para validar a informação e partilhar na Wiki.

18 dias Pedro, Susana,

Vanessa

Page 6: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

5

De seguida será apresentada a matriz elaborada.

(em anexo a este ficheiro, em formato .xlsx)

Page 7: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

6

II. ESTRUTURA DA WIKI

Depois de elaborada a matriz de conceitos e seleccionados aqueles que irão ser abordados, foi

então traçada a seguinte estrutura.

Conceitos relacionados com a aprendizagem.

Gestão de Conhecimento

Organização, Pessoas, Processos

Temáticas relacionadas com a aprendizagem

Aprendizagem organizacional (conceitos, princípios e práticas)

E-learning (SI que apoiam a aprendizagem – Tecnologias de Informação)

Transferência de conhecimento

A influência do ambiente na aprendizagem organizacional

Casos Práticos

Bibliografia

Page 8: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

7

“Os grandes ganhos de produtividade, daqui para frente, advirão das melhorias na gestão do conhecimento”, Peter Drucker

Page 9: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

8

III. GESTÃO DO CONHECIMENTO

Hoje em dia, vive-se num mundo

competitivo em que a palavra mudança

assume um papel importante no

quotidiano de qualquer organização.

Assiste-se a um crescimento da informação

a um rito acelerado. A preocupação com

que as organizações se deparam é a

competitividade e por isso importa referir

que a informação terá de ser confiável para

que estas possam tomar decisões com base

em dados de fontes fidedignas. Estamos

perante uma sociedade baseada no

conhecimento. Torna-se então imprescindível que as organizações estejam preparadas para

receber iniciativas e estratégias de Gestão de Conhecimento. Esta gestão deve ter em conta

três alicerces, a saber:

Mapeamento dos processos (conhecimento do negócio e das atividades na

organização);

Conhecimento das Tecnologias da Informação;

Cultura organizacional.

“O Conhecimento é a única arma que dispomos para enfrentar a grande viagem do amor, com

esperança de sucesso. É a nossa bússola. E uma bússola mais preciosa, porque, além de tentar

nos levar ao rumo certo, mantém a agulha implantada no rumo de nós mesmo.” (Marina

Colasanti)”.

Figura 1 - Estruturação do processo de gestão do conhecimento (fonte: Bukowitz e Williams, 2002, p.24)

Page 10: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

9

O conhecimento pode ser tácito ou explícito. Neste contexto, o conhecimento explicito pode

ser definido como sendo aquele que vem nos manuais e/ ou documentos e é aprendido pelo

ser humano. Um bom exemplo de conhecimento explícito é a wikipédia. Já o conhecimento

tácito é aquele que o indivíduo vai adquirindo pela experiência ao longo da vida. É subjetivo e

inerente às habilidades das pessoas.

Para Polanyy (1966), o conhecimento tácito é:

"espontâneo, intuitivo, experimental, conhecimento cotidiano, do tipo revelado pela criança

que faz um bom jogo de basquetebol, (…) ou que toca ritmos complicados no tambor, apesar

de não saber fazer operações aritméticas elementares. Tal como uma pessoa que sabe fazer

trocos mas não sabe somar os números. Se o professor quiser familiarizar-se com este tipo de

saber, tem de lhe prestar atenção, ser curioso, ouvi-lo, surpreender-se, e atuar como uma

espécie de detetive que procura descobrir as razões que levam as crianças a dizer certas

coisas. Esse tipo de professor se esforça por ir ao encontro do aluno e entender o seu próprio

processo de conhecimento, ajudando-o a articular o seu conhecimento-na-ação com o saber

escolar. Este tipo de ensino é uma forma de reflexão-na-ação que exige do professor uma

capacidade de individualizar, isto é, de prestar atenção a um aluno, mesmo numa turma de

trinta, tendo a noção do seu grau de compreensão e das suas dificuldades”

Para (Nonaka & Takeuchi, 1997), conhecimento tácito é aquele que as pessoas possuem, mas

não está descrito em lugar nenhum, residindo apenas em suas cabeças; já o conhecimento

explícito é aquele que está registrado de algumas formas, e assim disponível para as demais

pessoas. As duas formas de interação, entre conhecimento tácito e o conhecimento explícito e

entre o individuo e a organização realizarão quatro processos principais da conversão do

conhecimento que juntos, constituem a criação de conhecimento.

Figura 2 - Os quatro processos de conversão do conhecimento (fonte: adaptado de Nonaka &

Takeuchi, 1997)

Falar de conhecimento pressupõe falarmos de pessoas. Neste contexto podemos definir

pessoas como sendo um ser racional com identidade própria. Assim sendo, pessoa é um ser

social dotado de sensibilidade, com inteligência e vontade propriamente humanas.

Salvador (2002), defende que na maioria das organizações podem-se encontrar três tipos de

perfil de pessoas:

Page 11: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

10

Os resistentes. Resistem a qualquer tipo de mudança, que dirá a um novo sistema. Podem ser

resistentes, por falta de habilidades com a tecnologia, insegurança quanto ao futuro de seu

emprego ou simplesmente são os populares “do contra”. Mantenha esse grupo informado,

treinado e se possível não o deixe “contaminar” o projeto. O grande problema é quando esses

resistentes estão na alta cúpula da administração, o que provavelmente tornará a implantação

da GC mais difícil. Mas esse grupo tem um papel importante, pois ao ter de defender e

justificar seus planos eles se tornarão mais consistentes.

Os neutros. A grande maioria da população das organizações. Esse grupo deve ser conquistado

com informações precisas ao longo de todo o projeto de implementação da GC, como relatos

de casos de sucesso de outras organizações ou mesmo com projetos-pilotos realizados na

empresa e principalmente com a demonstração clara de como o novo sistema vai melhorar a

vida deles no trabalho e a produtividade na empresa.

Os inovadores. Esses provavelmente estarão na equipe que implantará a GC ou serão os

grandes patrocinadores de qualquer iniciativa nova na empresa. Tenha-os como os grandes

multiplicadores do projeto.

Outro conceito que não podemos dissociar é as competências. Entende-se por competência

um conjunto de conhecimentos e de habilidades que vão sendo adquiridos para a realização

de uma dada atividade, tarefa ou função e que permitem ao indivíduo ser competente ou não.

Competência não é mais do que:

aquilo que nos constitui e nos caracteriza como seres humanos;

as capacidades relacionais que permite uma boa inserção social;

a mobilização de um conjunto de saberes, capacidades, atitudes e informações que

permitem a resolução de problemas e para a toma de decisões adequadas para solucionar

de forma eficaz (Zabala, 1998);

Segundo Ramos e Bento (2006), a competência está relacionada com o resultado da ação e

com o êxito.

Ceitil (2007) afirma que a competência é como uma modalidade estruturada de ação requerida

num determinado contexto. Pode ser no contexto de regularidade, constância ou no

desempenho profissional.

Prahalamad e Hamel (1990) defendiam que o conceito de competência é utilizado na gestão

estratégia que permite considerar a aprendizagem coletiva e assim sendo possibilitará à

organização desenvolver um conjunto de “outputs” permitindo desta forma que a vantagem

competitiva seja assegurada.

Importa também referir que a competência pode ser vista sobre várias perspetivas e áreas

disciplinares (psicologia, educação, política, gestão, e gestão de recursos humanos). Para a

análise do tema em causa vai-se focar a questão da competência nas áreas da Gestão dos

Recursos Humanos e Gestão.

O conceito de competência de gestão pode ser visto como a melhoria da performance do

indivíduo, sendo apenas necessário a definição dos objetivos por parte da organização. Já na

Gestão de recursos humanos vê a competência como uma ferramenta técnica que permite

Page 12: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

11

implementar práticas de recrutamento, de seleção, de formação, de planeamento de pessoal,

entre outras.

Woodruffe (1993) defendia que a competência parece compreender tudo o que afeta, direta

ou indiretamente, o desempenho de um indivíduo.

Parry (1998) sustentava que o conceito de competência é visto como um corpo de

conhecimentos, atitudes e capacidades que:

afetam o desempenho de uma tarefa ou função;

podem ser medidas e comparadas com padrões (standards) previamente definidos;

podem ser melhoradas por via de formação e desenvolvimento

Importa também referir que este tema tem sido alvo de vários estudos e vários autores têm

destacado vários aspetos sobre as competências. Boterf (2005) defendia que a competência só

existe quando o indivíduo consegue demonstrar saber, poder e querer agir.

Não obstante da forma como pode ser vista e definida a competência, importa perceber de

que forma é que as organizações poderão tornar-se mais competitivas apostando em recursos

humanos competentes.

Assim sendo, as competências podem ser:

Técnicas - surgem com o conhecimento dos métodos, processos e das atividades

desenvolvidas na organização pelo indivíduo; representam ainda a energia e agilidade para

a realização de tarefas, o pragmatismo e autodomínio para resolução de problemas

urgentes, confusos e complexos. Segundo Robert L. Katz, as competências técnicas são

exigidas, com maior intensidade aos gestores de níveis hierárquicos mais baixos, uma vez

que são estes que lidam diretamente com os trabalhadores que executam as tarefas.

Transversais - engloba um conjunto de competências, que como o próprio termo indica,

são transversais a várias atividades. Assiter (1995) refere que estamos perante capacidades

genéricas que permitem aos indivíduos ter sucesso na realização das tarefas que executam.

As organizações vivem num mundo de incertezas, rodeadas de ambientes em constante

mudanças, num mercado muito competitivo. Para combater esse paradigma é necessário

aproveitar o capital humano, uma vez que o recurso mais valioso nas organizações são as

pessoas. “O fator humano é preponderante em qualquer processo de mudança organizacional,

mais do que os fatores tecnológicos ou quaisquer outros [ILHARCO 1993]. Neste contexto

importa referir que é necessário apostar no processo de aprendizagem dessas pessoas que

possibilite novo conhecimento fazendo com que este seja uma mais-valia quer a nível

individual quer a nível organizacional. A gestão de conhecimento surge como uma estratégia

que pode ser utilizada pela organização com vista à prossecução dos objetivos, ajustando o

conhecimento aos recursos existentes.

Page 13: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

12

Figura 3 - Agentes da gestão do conhecimento

Importa também dar uma breve explicação dos agentes que estão subjacentes à Gestão de

Conhecimento.

Organização

Pode-se definir organização como sendo a congregação de todos os elementos orientados por

um objetivo comum, ou seja, é formada por pessoas suportadas por máquina que simplificam

o trabalho tornando-o produtivo.

Segundo Maximiano (1992) uma organização é uma combinação de esforços individuais que

tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se

possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande

empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou

uma escola são todos exemplos de organizações, que costumam se classificar desde micro -

organizações, a pequenas, a médias, a grandes e até mega - organizações.

Segundo Robbins (1990), a organização é "uma entidade social conscientemente coordenada,

liderada, com uma fronteira relativamente identificável, que funciona numa base

relativamente contínua para alcançar um objetivo e/ou objetivos comuns". Uma organização é

constituída por pessoas – para que ela mude, também as pessoas têm que mudar. No entanto,

o ser humano é único e, como tal, cria o seu próprio pensamento individual, quer por

antecipação, quer por reação. A forma como estes pensamentos e correspondentes ações se

refletem no contexto organizacional poderá ganhar uma dimensão tal, que torna a reação do

sistema imprevisível.

Grupos

Conjunto de dois ou mais indivíduos que interagem entre si questão psicologicamente

conscientes uns dos outros e tem a perceção de constituir um grupo, e que são influenciados

Page 14: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

13

uns pelos outros cujo objetivo é apesar da multiplicidade de definições é o consenso em torno

de um assunto. É habitual as organizações possuírem grupos de trabalho. Estes são definidos

por se identificarem uns com os outros, possuírem objetivos comuns e possuem uma interação

mútua frequente.

Nas organizações existem vários tipos de grupos, podendos os indivíduos pertencer a um ou

vários grupos. Assim sendo, pode-se afirmar que os grupos são formados para a realização de

uma tarefa específica. Os grupos podem ser formais ou informais. Os grupos formais são

criados deliberadamente pela gestão da organização, enquanto, os grupos informação surgem

porque os indivíduos se juntam procurando satisfazer as necessidades pessoais. Pode-se

afirmar que a energia do grupo é canalizada para o desempenho da tarefa com sucesso

permitindo desta forma alcançar os objetivos a que a organização definiu

Em suma, as organizações que pretendam maximizar a sua eficácia deverão considerar uma

multiplicidade de fatores, nomeadamente as características pessoais dos seus membros, bem

como o desempenho de cada um, pois só assim será possível rentabilizar o conhecimento que

cada um possui.

Pessoas

Pode-se definir pessoa como um ser racional e consciente de si mesmo, com identidade

própria, ou seja é um ser humano dotado de sensibilidade, com inteligência e vontade

propriamente humanas.

A gestão de pessoas dentro das organizações é um processo complexo e que requer tato por

parte de quem desempenha essa função. Assim cabe aos líderes essa tarefa. A Liderança é

uma das maiores competências nos dias de hoje, requer pessoas com visão, habilidades de

relacionamento, boa comunicação, capazes de influenciar e motivar pessoas dentro das

organizações.

Neste contexto, liderança não é mais que o processo utilizado para conduzir um grupo de

trabalho em que o objetivo final são os resultados apresentados. Para tal torna-se necessário

motivar o grupo de trabalho de forma ética e positiva.

É nesta parte que o líder tem um papel crucial na prossecução dos objetivos para que estes

sejam alcançados com sucesso.

Assim, não se pode dissociar poder de liderança, pois um líder tem por objetivo o comando de

uma equipa, ou grupos de pessoas, exercendo sobre as mesmas o poder de autoridade e de

obediência, zelando desta forma pelos objetivos da equipa e da organização.

É notório que o poder organizacional é um assunto cada vez mais discutido, pois se por um

lado pode ser visto como um aspeto positivo, represente domínio, status, realização, por outro

lado é também visto como discórdia, sabotagens, manobras antiéticas por parte de alguém

que também quer chegar ao poder.

Page 15: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

14

Importa também referir que as organizações são, estruturas políticas que possuem uma base

de poder para as pessoas. O poder organizacional é atribuído em função do desenvolvimento

da carreira e dos cargos que as pessoas desempenham.

O poder pode ser definido como sendo a capacidade que o indivíduo possui para impor a sua

vontade, ou seja, a autoridade que tem para exercer sobre os outros em função do cargo que

ocupa.

Para SROUR (1998), a fonte originária do poder encontra-se na capacidade de coagir ou de

estabelecer uma relação de domínio sobre os outros, na produção de “efeitos desejados” ou

no controle das ações dos outros. MORGAN (1996) afirma que “O poder influência quem

consegue o quê, quando e como”.

Podemos então afirmar que o poder só existe quando o indivíduo possui uma relação de

dependência em relação a outros. Acresce que o poder organizacional é fundamental para o

crescimento e a prossecução dos objetivos.

Nos dias de hoje a diferença será feita pelas pessoas que compõem a organizações, indivíduos

com capacidade de comunicação, espírito de equipa, liderança, perceção da relação custo-

benefício e foco nos resultados. O espirito de iniciativa, a vontade de assumir riscos e agilidade

na adaptação a novas situações, a motivação e a disciplina, a procura constante de

conhecimento e a habilidade no relacionamento pessoal são ingredientes fundamentais para

tornarem as organizações mais fortes e competitivas no mercado.

Não podemos esquecer de referir que os indivíduos estejam em constante aprendizagem pois

para além de ser uma mais-valia, consegue mais rapidamente superar novos desafios e assim

obter reconhecimento por parte da organização. Esta aprendizagem poderá ser:

Saber-Saber (conhecimentos teóricos);

Saber-Fazer (conhecimentos práticos);

Saber-Ser/Estar (conhecimentos comportamentais);

Saber-Evoluir (querer aprender, querer evoluir, MUDAR)

Processo

Processo pode ser descrito como sendo um conjunto de atividades através das quais uma

organização deve ser estruturada com o objetivo de produzir valor (output) para os seus

clientes.

Para uma organização, quer seja pequena, médio ou grande, constitui um sistema vivo no qual

coexistem e interagem entidades (fornecedores, clientes, funcionários, produtos/serviços) e

funções básicas (produção, marketing e vendas, contabilidade e finanças, recursos humanos).

Cada uma destas funções/departamentos implicam múltiplos processos de negócio, que

viabilizam determinado resultado.

Importa referir que o sucesso da organização só é concretizado se houver uma boa gestão dos

seus processos de negócio. Assim sendo é necessário identificar e planear de forma adequada

as tarefas, determinando a sua prioridade e descrevendo os respetivos procedimentos a fim de

evitar perda de tempo, repetição de tarefas, desmotivação e queda de produtividade. Os

Page 16: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

15

processos de negócio devem funcionar alinhados uns aos outros e em relação a toda a

estrutura organizacional, pois somente desta forma será possível concretizar os objetivos da

organização com eficiência dos recursos.

O QUE É GESTÃO DE CONHECIMENTO?

Para o Grupo Gartner, “É uma disciplina que promove, com visão integrada, a gestão e o

compartilhamento de todo o ativo de informação possuído pela empresa. Esta informação

pode estar em um banco de dados, documentos, procedimentos, bem como em pessoas,

através de suas experiências e habilidades”.

Georg van Krogh (2002), defende que a Gestão de Conhecimento é a “A investigação na área

da gestão do conhecimento está ligada à várias disciplinas, entre as quais, a gestão estratégica,

a teoria das organizações, os sistemas de informação, a gestão da tecnologia e inovação, o

marketing, a economia, a psicologia, a sociologia.”

“A arte de criar valor a partir dos ativos intangíveis da organização” - K. Sveiby

“The sum of everything the people of the company know wich gives a competitive advantage in

the market” - Tom Stewart - Fortune, 1991

“Knowledge that can be converted into value” - Leif Edvinsson, 1996

“Intellectual material that has been formalized, captured and leveraged to produce a

highervalued asset.”

É importante lembrar que a gestão do conhecimento não é sobre gestão do conhecimento por

causa do conhecimento, o objetivo geral é criar valor e alavancar, melhorar e refinar as

competências da empresa e ativos de conhecimento para atender às metas organizacionais e

metas. Implementar a gestão do conhecimento, portanto, tem várias dimensões, incluindo:

Organizacional: Os processos corretos, ambientes, culturas e sistemas.

Liderança/ Gestão: O foco certo, estratégia de implementação.

Cultural: A cultura organizacional, bem como a cultura nacional para as empresas

multinacionais, influencia o modo como as pessoas interagem, o contexto no qual o

conhecimento é criado, a resistência que eles terão para certas mudanças, e,

finalmente, a forma como eles compartilham (ou a forma como eles fazem não

compartilhamento de conhecimento).

Tecnológica: Os sistemas de direito, ferramentas e tecnologias - devidamente

implementadas.

Política: O suporte para implementar e apoiar iniciativas que envolvem praticamente

todas as funções organizacionais, que pode ser caro para implementar (tanto do ponto

de vista de tempo e dinheiro), e que muitas vezes não têm um retorno sobre o

investimento diretamente visível.

A gestão de competências é um processo contínuo, cujo objetivo principal é a definição de

uma estratégia para a organização seguindo a missão e visão delineada pelas chefias de topo.

Page 17: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

16

A Gestão de Competência aparece como alternativa aos modelos de gestão tradicionais

utilizados pelas organizações. A gestão de competências assenta em pilares base da

organização, ou seja, é responsável pelo planeamento, por captar, desenvolver e validar nos

diferentes níveis na organização as competências necessárias para que os objetivos sejam

concluídos com sucesso. Assim, torna-se necessário compreender quais são as competências

organizacionais críticas para o sucesso empresarial.

Podemos então concluir que se está perante uma metodologia moderna em que o objetivo é a

gestão hodierna, focado nos negócios, no mercado e no desenvolvimento profissional. Está

direcionada para combater a lacuna existente na organização, nomeadamente ao nível dos

recursos humanos. Para tal, torna-se necessário estimular os profissionais e eliminar as

diferenças entre o que eles são capazes de fazer e o que a organização espera deles.

Quais os pilares em que assenta?

A investigação na área da gestão do conhecimento está ligada a várias disciplinas, entre as

quais, a gestão estratégica, a teoria das organizações, os sistemas de informação, a gestão da

tecnologia e inovação, o marketing, a economia, a psicologia, a sociologia (Georg van Krogh,

2002)

Entre as diversas vantagens de uma boa gestão de conhecimento, reconhecem-se as

seguintes:

Vantagem competitiva em relação à concorrência

Redução dos custos e tempo de produção e desenvolvimento de produtos

Rápida comercialização de novos produtos

Aumento do valor das ações

Maximização do capital intelectual/ativos intelectuais

Melhoria dos processos internos e maior fluidez nas operações

Processos de tomada de decisões mais eficientes e melhores resultados

Melhoria na coordenação de esforços entre unidades de negócios

Melhoria da prestação de serviços (agilidade), da qualidade dos produtos e da

qualidade do serviço cliente

Podemos então concluir que a gestão do conhecimento tem como objetivos:

Tornar acessíveis grandes quantidades de informação organizacional, compartilhando

as melhores práticas e tecnologias;

Permitir a identificação e mapeamento dos ativos de conhecimento e informações

ligados a qualquer organização, seja ela com ou sem fins lucrativos (Memória

Organizacional);

Apoiar a geração de novos conhecimentos, proporcionando o estabelecimento de

vantagens organizacionais

Dar vida aos dados tornando-os utilizáveis e úteis transformando-os em informação

essencial ao nosso desenvolvimento pessoal e comunitário.

Organiza e acrescenta lógica aos dados de forma a torná-los compreensíveis.

Aumentar a competitividade da organização através da valorização de seus bens

intangíveis.

Page 18: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

17

Vários autores (Drucker, 1993; Davenport et al., 1996; Staples et al., 2001; Holsapple, 2008,

etc.) afirmam que boas iniciativas e práticas de gestão do conhecimento contribuem para a

sustentabilidade das vantagens competitivas das organizações que as empreendem.

IV. CASOS PRÁTICOS DE SUCESSO

Um estudo sobre transferência de conhecimento/ de aprendizagens

Um pressuposto importante em muitos algoritmos de conhecimento/ aprendizagem

automatizada (machine learning) e de extração de dados (data mining) é que a aprendizagem/

conhecimento futura(o) e dados futuros devem estar num mesmo espaço de características

(feature space) e ter a mesma distribuição. No entanto, em muitas aplicações do mundo real,

este pressuposto pode não se verificar. Por exemplo, às vezes temos uma tarefa de

classificação num determinado domínio de interesse, mas só temos dados de aprendizagem

suficientes num outro domínio de interesse, em que os últimos dados podem estar num

espaço de características diferentes ou seguir uma distribuição de dados diferente. Nesses

casos, a transferência de conhecimento, se fosse realizada com sucesso, iria melhorar muito o

desempenho da aprendizagem, evitando sistemas de classificação de dados muito

dispendiosos. Nos últimos anos, a transferência de aprendizagens/conhecimento emergiu

como um novo quadro de aprendizagem para resolver este problema.

Este estudo centra-se na categorização e análise dos progressos em curso sobre transferência

de conhecimento/ aprendizagens para a classificação, regressão, e os problemas de agregação

(clustering). Nesta pesquisa, discutimos a relação entre transferência de conhecimento/

aprendizagens e outras técnicas de aprendizagem automatizada que estão relacionadas com a

transferência de conhecimento, técnicas como: a adaptação de domínios, a aprendizagem

multitarefa e desvios na seleção da amostras, bem como mudança co variável. Também

exploramos algumas questões potenciais futuras, da transferência de conhecimento, em

investigação.

Em suma, neste trabalho, foram analisadas várias orientações atuais da transferência de

conhecimento. Transferência de conhecimento é classificada de três formas diferentes:

transferência de conhecimento indutiva, transferência de conhecimento transdutora (por

transdução) e transferência e de conhecimento não-supervisionada.

A maioria dos trabalhos anteriores recaiu sobre as duas primeiras definições. Mas a

transferência de conhecimento não-supervisionada deverá atrair, cada vez mais, as atenções

futuras.

Além disso, cada uma das abordagens, para transferir conhecimento, pode ser classificada em

quatro contextos baseados em "o que se pretende transferir" na aprendizagem. Estes

contextos incluem a abordagem transferência-instância (instance-transfer approach), a

abordagem transferência-característica-representação (feature-representation-transfer), a

abordagem transferência-parâmetro (parameter-transfer), e a abordagem transferência-

Page 19: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

18

conhecimento-relacional (relacional-knowledge-transfer), respetivamente. Os três primeiros

contextos pressupõem que os dados sejam i.i.d. (dados independentes e identicamente

distribuídos), enquanto que o último contexto trabalha com dados relacionados para a

transferência de conhecimento. A maioria destas abordagens pressupõe que o domínio fonte

selecionado está relacionado com o domínio de destino.

Page 20: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

19

V. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

a. Introdução

A aprendizagem organizacional emergiu como um dos conceitos mais promissores na

literatura de gestão estratégica, no final de 1980, em relação ao conceito de vantagem

competitiva. No entanto, o conceito de aprendizagem organizacional estendesse muito mais

longe e é incorporado também em diferentes escolas de pensamento, incluindo a teoria da

contingência, desenvolvimento organizacional, economia industrial, teoria da informação e

dinâmica de sistemas, teoria de sistemas, ciência da gestão, produção e gestão da operação, a

antropologia social, sociologia, psicologia e teoria organizacional (Skerlavaj and Dimovski 2007)

A aprendizagem organizacional é uma das mais importantes fontes de vantagem competitiva

sustentável que as empresas têm (De Geus 1988), bem como um importante fator de

desempenho corporativo (Stata 1989). Tendo em conta os ambientes turbulentos em que as

organizações trabalham (no seu interior), a aprendizagem contínua é um fator-chave para a

sua capacidade de permanecer adaptável e flexível - sobreviver e competir com eficiência

(Burke et al. 2006).

Estudos têm mostrado que a aprendizagem afeta a vantagem competitiva (Jashapara 2003), o

desempenho financeiro e não financeiro (David 2002; Bontis, Crossan, and Hulland 2002;

Dimovski and Škerlavaj 2005), benefícios colaborativos tangíveis e intangíveis em alianças

estratégicas (Simonin 1997), o custo unitário de produção (Darr, Argote, and Epple 1995) e

inovação ( loréns Montes, Ruiz Moreno, and Garc a Morales 2005).

A principal tarefa da gestão do conhecimento é a inovação do conhecimento. E, a

transferência de conhecimento dentro da organização não pode ser separada da uma inovação

do conhecimento organizacional eficaz. Transferência de conhecimento organizacional

necessita não só de tecnologia avançada, como uma garantia, mas também uma forma eficaz,

o que significa aprendizagem organizacional (Li and Luo 2011).

No entanto, a aprendizagem organizacional não é um processo simples cognitivo, mas um

processo social complexo. A transferência de conhecimento organizacional deve fazer uso de

mecanismo3 de transferência social (Li and Luo 2011).

A teoria do sistema cognitivo, afetivo e da personalidade de Mitchell propôs a complexidade

da cognição social humana, ou seja, que o padrão da situação e as características do

comportamento humano e social têm interação. Esta teoria diz que todos têm o seu próprio e

único padrão cognitivo, e este método exclusivo cognitivo que determina que as pessoas têm

um comportamento diferente resultou deste padrão cognitivo diferente e padrões de

classificação, mesmo em relação à mesma pessoa ou coisa (Li and Luo 2011).

O modelo de mapeamento entre a complexidade da cognição social e organização é que o

capital social organizacional determina padrões da situação da organização, interação entre os

fatores humanos e situacionais produz aprendizagem organizacional e o desempenho da

transferência de conhecimento é usado para medir a eficácia das interações (Li and Luo 2011).

Page 21: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

20

b. Definições de aprendizagem organizacional

O conceito de aprendizagem organizacional pode ser traçado antes da pesquisa pioneira de

Argyris e Schon (1978) (in Li and Luo 2011), em que a aprendizagem organizacional é o

desenvolvimento e a expansão do conhecimento existente na organização e a capacidade para

satisfazer as exigências competitivas e aplicar estes conhecimentos e capacidade à ação

organizacional. March (1991) (in Li and Luo 2011), propôs que a exploração da aprendizagem

caracteriza-se pela descoberta, experimentação, e inovação e aprendizagem explorativa que é

marcada pelo aperfeiçoamento, implementação e decisões. A diferença fundamental entre os

dois são as atitudes do indivíduo em relação ao conhecimento atual da organização.

A proposta da organização para a efetiva transferência do conhecimento é aumentar seu stock

inicial de conhecimento, através da integração efetiva entre o conhecimento inicial e o novo

conhecimento transferido, a organização pode compartilhá-lo e permitir a sua aplicação, e

finalmente, a organização pode melhorar a sua própria capacidade de inovação (Zhou et al.

2009).

Sanchez (2001) alarga a compreensão da aprendizagem organizacional, a vários níveis,

enquanto Schwandt and Marquardt (2000) explicitamente tomaram a necessidade de

compreender a aprendizagem organizacional como fenómenos relacionais.

Autor Definição

Argyris Schön (1978) Aprendizagem Organizacional é o processo de detetar e

corrigir erros.

Daft Weick (1984) Aprendizagem Organizacional é o conhecimento sobre a

relação entre as ações da organização e o ambiente.

Fiol & Lyles (1985) A aprendizagem organizacional é o processo de

melhorar as ações através de um melhor conhecimento

e compreensão.

Stata (1989) A aprendizagem organizacional é o principal processo

pelo qual a inovação ocorre. Na verdade, diria que a

taxa na qual os indivíduos e as organizações aprendem

pode se tornar a única vantagem competitiva

sustentável, especialmente nos setores de

conhecimento intensivo.

Huber (1991) Uma entidade aprende se através do processamento

das informações, a gama dos seus potenciais

comportamentos for alterada.

Lee et al. (1992) O processo de aprendizagem organizacional é visto

como um ciclo em que as ações individuais levam às

interações organizacionais com o ambiente. Respostas

ambientais são interpretadas por indivíduos que

aprendem, atualizando as suas crenças sobre as

relações de causa-efeito.

Kim (1993) A aprendizagem organizacional é definida como o

Page 22: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

21

aumento de uma capacidade de organização para agir

de forma eficaz.

Levinthal & March (1993) Aprendizagem organizacional lida com o problema de

equilibrar os objetivos conflituantes de

desenvolvimento de novos conhecimentos (exploração)

e explorar as competências atuais (utilização), face às

tendências dinâmicas para enfatizar um ou outro.

Day (1994) A aprendizagem organizacional é composta pelos

seguintes processos: investigação open-minded,

interpretações fundamentadas e memória acessível.

Dimovski (1994) A aprendizagem organizacional é um processo de

aquisição de informação, interpretação e informações

resultantes das alterações comportamentais e

cognitivas, que por sua vez devem ter impacto no

desempenho organizacional.

Crossan et al. (1995) A aprendizagem é um processo de mudança na

cognição e comportamento, e essas mudanças não vão

necessariamente melhorar o desempenho.

Slater & Narver (1995) Na sua definição mais básica, a aprendizagem

organizacional é o desenvolvimento de novo

conhecimento ou introspeções que têm o potencial

para influenciar o comportamento.

Schwandt & Marquardt

(2000)

A aprendizagem organizacional representa uma

complexa relação entre as pessoas, as suas ações,

símbolos e processos dentro da organização.

Sanchez (2001) A aprendizagem organizacional tem como objetivo

gerar, difundir e aplicar o conhecimento numa

organização. É composto de cinco ciclos de

aprendizagem: (1) individual, (2) individual / grupo, (3)

grupo, (4) grupo / organizacional (5) organizacional.

Tabela 1 - Adaptação de Bontis, Crossan, & Hulland, 2002; Dimovski, 1994; Shrivastava, 1983;

Sanchez, 2005.

Page 23: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

22

c. Elementos definidores

Figura 4 - Ciclo de Aprendizagem Organizacional (March e Olsen)

A maioria das definições tem três elementos em comum. O primeiro elemento é o foco da

organização. Um membro de uma organização pode aprender alguma coisa, mas se a

aprendizagem não é capturada no nível organizacional, a aprendizagem organizacional não

ocorreu. Assim, a aprendizagem organizacional é diferente da aprendizagem dos indivíduos

dentro das organizações. O segundo elemento comum nas definições de aprendizagem

organizacional é melhorar o conhecimento. As organizações tendem a ter um conhecimento

limitado sobre o porquê e como suas ações produzem resultados organizacionais (Jaikumar

and Bohn 1992). Uma parte crítica de aprendizagem organizacional é melhorar o

conhecimento e a compreensão dentro da organização. O terceiro elemento é melhorar as

ações. O propósito da aprendizagem organizacional é facilitar mudanças nas ações para

produzir um melhor desempenho organizacional. Implícita, na maioria dos pontos de vista de

aprendizagem organizacional, um quarto elemento: o esforço contínuo (Lapré and Nembhard

2011).

Assim, integrando os elementos comuns de aprendizagem organizacional através das

definições, aprendizagem organizacional pode ser definida como o esforço contínuo da

organização para usar melhor o conhecimento e melhorar as suas ações.

Para entender melhor como ocorre a aprendizagem organizacional, é útil rever modelos

clássicos como o de March and Olsen (1975) e Kim (2004). Segundo o modelo de a March e

Olsen (ver Figura 4):

Num determinado momento alguns participantes vêm uma discrepância entre o que eles

acham que o mundo deveria ser (dadas as possibilidades presentes e as restrições) e o que o

mundo realmente é. Esta discrepância gera um comportamento individual, que é agregado em

ação coletiva (organizacional) ou escolhas. O mundo lá fora, de seguida, "responde" a esta

Ação Individual

Ação Organizacional

Resposta do Ambiente

Crenças Individuais

Page 24: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

23

escolha, de alguma forma que afeta avaliações individuais, tanto do estado do mundo e da

eficácia das ações.

Todos os quatro elementos identificados nas definições de aprendizagem organizacional são

evidentes na descrição de March and Olsen (1975), de como ocorre a aprendizagem. Embora

as crenças e ações individuais desempenham um papel fundamental, a ação organizacional é

diferente da ação individual (o elemento organizacional). Atualização de crenças - em especial

sobre a ação-resposta - representa uma melhor compreensão (melhor conhecimento). Ao

modificar o comportamento, devem ser obtidas mais respostas ambientais favoráveis

(melhoria das ações). Por último, o ciclo repete-se, esperando que produza melhorias ao longo

do tempo (esforço contínuo).

Kim (2004) argumentou que existem dois subprocessos adicionais dentro do ciclo de

aprendizagem - aprendizagem conceptual e operacional - que forma o primeiro passo no

processo de aprendizagem (isto é, a formação de crenças individuais). Aprendizagem

conceptual consiste em avaliar as relações de causa e efeito que governam eventos

experientes, e projetar um conceito abstrato - uma teoria - para explicar esta experiência.

Aprendizagem conceptual é, em essência tentar entender por que os eventos ocorrem, que

facilita a aquisição de know-why. Em contraste, a aprendizagem operacional consiste na

aplicação de alterações observando os resultados destas alterações. Aprendizagem

operacional é basicamente desenvolver uma habilidade para lidar com eventos experientes,

que facilita a aquisição de know-how.

Este ciclo de observar-avaliar-design-implementar, representado na figura 5, tem vários nomes

na literatura. Por exemplo, Deming and Study (1982) chamou-lhe de ciclo "plan-do-study-act”

(PDSA)".

Figura 5 - Aprendizagem Conceptual e Operacional – Kim

d. Níveis de Aprendizagem: Individual, Equipa e Organização

Como mencionado anteriormente, muitas das definições e modelos de aprendizagem

organizacional na literatura focam sobre as ações das organizações e os indivíduos que

trabalham dentro delas (por exemplo, (March and Olsen 1975)). No entanto, existe a crença de

que essas conceituações percam um grupo crítico de atores: as equipas ou grupos de trabalho.

Page 25: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

24

Equipas são constituídas por um grupo de indivíduos que existem dentro de uma organização,

tem uma participação claramente definida, e são responsáveis por um produto ou serviço

compartilhado (Hackman 1987).

Como os membros da equipa trabalham juntos, são capazes de se envolverem na

aprendizagem da equipa. A aprendizagem da equipa descreve as atividades através das quais

os membros adquirirem, compartilham ou combinam os seus conhecimentos com o objetivo

de adaptar e melhorar os seus processos de trabalho (Argote 1999). Embora existam muitos

comportamentos que podem servir este propósito, três comportamentos são associados

consistentemente com a equipa de aprendizagem: falar, colaborar e experimentar

(Edmondson 1999; Nembhard and Edmondson 2011).

Aprendizagem individual influencia a equipa de aprendizagem organizacional. Da mesma

forma, normas institucionalizadas, procedimentos e rotinas na equipa e níveis organizacionais

influenciam a atenção dos indivíduos, o pensamento, a capacidade, a motivação e as ações

(Crossan, Lane, and White 1999).

Neste processo integrado, a aprendizagem individual ocorre quando os indivíduos fazem

inferências sobre a relação entre as suas ações e resultados baseados nas suas experiências.

Quando o individuo partilha as suas lições individuais aprendidas com outros membros da

organização, a aprendizagem individual combina-se com a aprendizagem e interpretação de

outros membros do grupo para influenciar a aprendizagem no nível da equipa. Como os

membros da equipa compartilham a sua aprendizagem, eles podem desenvolver uma

compreensão partilhada com outra experiência, conhecimento e perspetiva. Esta

compreensão pode conduzir à modificação da prática corrente; eficazes sub-práticas podem

ser incorporadas, enquanto ineficazes sub-práticas são refinadas ou substituídas (Lapré and

Nembhard 2011).

Mudanças eficazes de práticas são suscetíveis de se difundir por toda a organização. Quando

isso acontece, a organização aprende e institucionalizam-se práticas. As práticas

institucionalizadas, em seguida, tornam-se a base para a nova aprendizagem individual. Assim,

a aprendizagem é um processo iterativo, de processo multinível nas organizações (Crossan,

Lane, and White 1999; Kim 2004).

e. Capital Social e a sua dimensão

No final de 1990, o capital social teve um forte desenvolvimento, e a sua pesquisa associada

quase cobria toda a esfera das ciências sociais, tais como social, política, administração,

económico, de mercado entre outros (Li and Luo 2011). Tsai and Ghoshal (1998) introduziram

o capital social na divisão do capital intelectual da organização, depois de totalmente revisto o

estudo de Granovetter, Bourdieu, Coleman, Putnam e Burt.

Os autores dão a definição de capital social que é a soma dos recursos existentes e potenciais

derivados da rede de relações incorporado na propriedade dos indivíduos ou da comunidade.

E eles também se dividem em três dimensões de estudo: estrutura, relacionamento e

cognição.

Page 26: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

25

• Estrutura. Discute-se toda a rede incorporado na organização ou comunidade, reduzir as

diferentes relações nos sistemas sociais e a forma de conectividade geral da rede a

partir de um ponto de vista objetivo.

• Relacionamento. São as relações interpessoais criadas e mantidas pela interação dentro

da organização, incluindo a confiança, normas, obrigações, expectativas e assim por

diante. Se a dimensão estrutural diz respeito à existência de tal relação, então na

dimensão de relacionamento o foco é na qualidade desse relacionamento.

• Cognição. Fornece os recursos do sistema para a expressão comum, interpretação e

significado dentro da organização entre diferentes atores. Tais como: linguagem,

formação profissional, hábitos culturais e assim por diante. Concretamente é perceber

a interpretação dos indivíduos e a perceção para as coisas comuns.

f. Desempenho de Transferência de Conhecimento

O conhecimento é considerado como dos mais importantes recursos estratégicos da empresa,

e hoje em dia, a empresa ou organização concentra-se principalmente na integração e

transferência de conhecimento (Grant 1996; Riusala and Suutari 2004).

A relação entre o capital social e o conhecimento tem sido amplamente reconhecida, por

exemplo, diz Tsai que a interacção social pode melhorar significativamente a organização da

partilha do conhecimento (Tsai 2000), Zhihong Li confirmaram que o capital social tem efeitos

sobre a transferência de conhecimento informal entre os indivíduos das três dimensões: a

relação entre a estrutura e cognição (Li and Zhu 2009), etc.

Lam (2000) salientou que é a condição necessária da construção de conhecimento tácito, que

a interação intensiva e extensiva entre os membros da organização contribuem para a

aplicação e a transferência de conhecimentos, que também está de acordo com as

características de conhecimento tácito.

O desempenho da transferência de conhecimento pode ser medido com um modelo de gestão

do comportamento, tais como: balanced scorecard, comunicação e conhecimento de

integração e reorganização (Kogut e Zander, 1992 in (Li and Luo 2011)). Com base no quadro

de indicadores de balanced scorecard, o desempenho de transferência de conhecimento pode

ser avaliado com a aprendizagem e crescimento, processos internos de gestão, a satisfação do

cliente e os efeitos financeiros.

g. Diversidade informativa

A pesquisa sobre onde as equipas podem gerar conhecimento sugere que a interação social

entre as diversas perspetivas devido a diversas origens pode levar ao surgimento de novas

ideias e de aprendizagem efetiva, onde a aprendizagem diz respeito aos processos e tecnologia

necessários para realizar as tarefas necessárias (Liang et al. 2010).

A composição da equipa é uma questão primordial para saber se há valor na diversidade.

Alguns pesquisadores sugerem que a diversidade pode ser benéfica para o desempenho da

equipa, talvez por promover o debate saudável sobre as melhores maneiras de completar as

Page 27: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

26

tarefas do projeto (conflito de tarefa) (Wang et al. 2006). No entanto, pode haver uma relação

prejudicial entre a diversidade e desempenho, normalmente através de um aumento dos

conflitos prejudiciais entre os membros da equipa sobre questões pessoais (conflito de

relacionamento) (Yeh and Chou 2005). Além disso, a diversidade vem numa variedade de

formas, tendo cada um o seu próprio impacto potencial.

Três categorias de diversidade incluem a diversidade informativa (por exemplo, variações de

competências, habilidades e conhecimentos), categoria da diversidade social (por exemplo,

variações de dados demográficos, como idade, estado e sexo), e o valor da diversidade (por

exemplo, variações de atributos como atitudes, ideais e princípios).

Diversidade informativa refere-se a diferenças nas bases de conhecimento e perspetivas de

que os membros trazem para o grupo de diferentes formações e experiências de trabalho

(Jehn, Northcraft, and Neale 1999). Uma equipa com membros com conhecimento em

diferentes domínios tem uma distribuição mais ampla do conhecimento que uma equipa com

membros com conhecimentos dentro do mesmo domínio. A evidência empírica demonstra

que a diferença na escolaridade é o fator mais crítico para medir a diversidade informativa de

uma equipa (Jehn, Northcraft, and Neale 1999).

i. Diversidade e Conflito

Quando os membros de uma equipa têm diferentes formações académicas e experiência, eles

provavelmente têm estruturas de crenças diferentes (Wiersema and Bantel 1992). Por

exemplo, os pesquisadores descobriram que os administradores que têm vendas e fundos de

marketing tipicamente vêm oportunidades e problemas a partir de pontos de vista que

diferem daqueles que têm principalmente na área das finanças (Eisenhardt, Kahwajy, and

Bourgeois 1997).

Devido às suas respetivas estruturas de crenças, membros com diferentes especialidades e

formações educacionais, muitas vezes possuem preferências divergentes e interpretações de

tarefas, que, por sua vez, são propensas a manifestar-se como conflito intragrupal.

Em IS, um estudo relacionado descobriu que a diversidade cultural contribui para ambos os

conflitos de tarefa e de relacionamento em grupos globais e virtuais (Kankanhalli, Tan, and Wei

2007). Conflito de relacionamento pode surgir com as mesmas diferenças. Assim, para as

equipas de SD, que postulam o seguinte:

H1a: Diversidade Informativa tem impacto positivo no conflito de tarefa.

H1b: Diversidade Informativa tem impacto positivo no conflito de relacionamento.

Termos Definição

Qualidade do Software A medida da capacidade de resposta de software, a

eficácia operacional, e flexibilidade.

Diversidade Informacional As diferenças entre os membros da equipa em relação à

educação e experiência de trabalho, que servem para

fornecerem uma variedade de conhecimento baseado no

contexto.

Page 28: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

27

Diversidade Demográfica As diferenças entre os membros da equipa com base em

características pessoais como a idade, género e grau.

Aprendizagem A extensão dos conhecimentos adquiridos pelos

membros da equipa sobre o uso da tecnologia-chave,

métodos de desenvolvimento, e as atividades do

utilizador.

Qualidade de Interação O grau de participação e comunicação produtiva entre

membros da equipa durante o processo de

desenvolvimento do sistema.

Conflito de tarefas O grau de desacordo entre os membros da equipa sobre

processos das tarefas e métodos.

Conflito de relações A extensão das adversas relações pessoais entre os

membros da equipa.

Tabela 2 - Definição das variáveis

ii. Conflitos e Aprendizagem

Os investigadores têm observado as interações durante o desenvolvimento do sistema de

promover a aprendizagem (Kankanhalli, Tan, and Wei 2007; Pawlowski and Robey 2004).

Quando as pessoas são obrigadas a refletir sobre como realizar o seu trabalho a fim de explicar

como automatizar isso, têm a oportunidade de modificar a sua compreensão de como os seus

processos de trabalho podem ser melhorados. Esses insights, experiência e intuição são

trocados e transferidos de pessoa para pessoa.

Além disso, os membros da equipa de projeto muitas vezes continuam a solicitar o feedback

dos outros membros da equipa para refinar os requisitos do sistema e recursos até que um

acordo seja alcançado (Majchrzak et al. 2005). Este processo de diálogo estende-se ao ponto

onde o profissional de sistema de informação (SI) é considerado ser um revisor do

conhecimento numa organização, alastrando-se tanto na tecnologia como no conhecimento

funcional, através das fronteiras internas (Kankanhalli, Tan, and Wei 2007).

De um modo geral, os investigadores acreditam que o conflito de tarefa pode melhorar a

aprendizagem através da incorporação de papéis e críticas construtivas (Liang et al. 2010). Os

indivíduos são mais propensos a aprender quando a evidência é contraditória às expectativas

dos entes em vez de confirmar. A pesquisa também sugere que os conflitos de tarefas são

construtivas, pois estimulam o debate de ideias que ajudam grupos a ter melhor desempenho

(Liang et al. 2010). Equipas com uma ausência de conflito de tarefa pode perder a

oportunidade de aprender novas maneiras de aumentar a produtividade. Conflito de

relacionamento, no entanto, pode impedir a aprendizagem através de comunicações de

inibição (Liang et al. 2010).

Baseado na teoria da aprendizagem e na discussão anterior sobre as equipas, é postulado o

seguinte:

H2a: conflito de tarefas afeta positivamente a aprendizagem.

H2b: conflito de relacionamento afeta negativamente a aprendizagem.

Page 29: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

28

h. Perspectivas para a Aprendizagem Organizacional

No pensamento de aprendizagem organizacional atual, duas perspetivas contrastantes para a

aprendizagem organizacional colidem. Na perspetiva de aquisição, a mente é vista como sendo

um recipiente de conhecimento, como uma substância e de aprendizagem como a

transferência e adição de substância para a mente, enquanto que a perspetiva de participação

deriva de estudos de aprendizagem em que nenhum ensinamento foi observado e a

aprendizagem entendida com a participação em comunidades práticas (Lave and Wenger

1991). A contribuição seguinte pretende contrastar aquisição e perspetiva de participação para

a aprendizagem organizacional e desenvolver uma perspetiva de rede intra-organizacional de

aprendizagem.

i. Aquisição vs Perspetiva da Participação

A aprendizagem por aquisição está muito subjacente na literatura no início da aprendizagem

organizacional (Cyert and March 1992; Huber 1991; March 1991). Este ponto de vista sobre a

aprendizagem organizacional compreende um entendimento da aprendizagem como a

aquisição individual de conhecimentos e habilidades. A mente é vista como sendo um local de

armazenamento, o conhecimento como uma essência e aprendizagem é a transferência e

acumulação de essência à mente. Esta compreensão da aprendizagem é predominante, pois

reflete uma compreensão de aprendizagem conhecida desde a educação formal. Segundo a

teoria de aquisição, o conhecimento é um pacote que alguém transfere para outra pessoa.

Uma crítica importante da perspetiva de aquisição é que ela negligencia o fato de que a

aprendizagem é também um processo social fortemente dependente das dimensões das

relações entre os membros da organização. Por exemplo, para aprender a acontecer não é

suficiente que a pessoa A queira adquiri-lo. Existem várias condições necessárias. Primeiro, há

uma questão de que a pessoa B está disposta e capaz de ensinar a pessoa A. Aqui, a questão

da acessibilidade, confiança e compromisso (PRUSAK and Borgatti 2001) são cruciais. Em

segundo lugar, esta pessoa deve ser capaz de absorver o conhecimento que a pessoa B tem

(Cohen and Levinthal 1990). A aquisição de informações e a sua reformulação em

conhecimento acontece nas relações entre as pessoas e estende-se de indivíduo para nível de

grupo e intra-organizacional. Isso é algo que a perspetiva de aquisição não explica.

A perspetiva da participação por outro lado é derivado a partir de estudos baseado na prática,

(por exemplo, através de estágios de aprendizagem), na qual nenhum ensino foi observado

(Lave and Wenger 1991). A perspetiva de participação leva a aprendizagem fora da mente

individual e as configurações de educação formal e coloca no cotidiano organizacional e do

trabalho, tal como ilustrado por Pahor, Dlesk, Lisjak e Zdouc (2004) (Skerlavaj and Dimovski

2007) em contexto de empresa multinacional eslovena. Embora a perspetiva de participação

considerar a aprendizagem organizacional como fenómenos relacionais, fá-lo apenas num tipo

particular de aprendizagem - aprender fazendo. A este respeito, desconsidera uma vasta gama

de outros tipos de aprendizagem e também negligencia a perspetiva de aquisição.

Como tal, as perspetivas parecem ser bastante incompletas na explicação do processo de

aprendizagem organizacional dentro das organizações. A perspetiva de aquisição parece

negligenciar o aspeto da aprendizagem como fenómenos relacionais (Schwandt and

Page 30: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

29

Marquardt 2000), enquanto a perspetiva de participação desconsidera o papel do indivíduo

dentro da organização e define aprendizagem organizacional demasiado restritiva. Perspetiva

de aprendizagem de rede intra-organizacional visa fundir e expandir essas duas perspetivas

diferentes através da construção de várias teorias sobre redes sociais e examinando processo

de aprendizagem a nível individual, de grupo e intra-organizacional.

ii. Perspetiva de Rede intra-organizacional

Elkjaer (2004) partiu da teoria pragmática e sugeriu a chamada "terceira via" que é uma

tentativa de fazer uma síntese da perspetiva de participação e comunidades de prática,

incluindo elementos da aprendizagem como a aquisição de conhecimentos, bem como

habilidades analíticas e de comunicação.

Na perspetiva da rede intra-organizacional, a teoria de aquisição e perspetiva de participação

precisam ser feitos de tal forma que o indivíduo é reconhecido como uma fonte primária e

destino para a aprendizagem (o "primeiro caminho"), embora reconhecendo que a

aprendizagem ocorre principalmente na interação social (a "segunda forma").

Como síntese na Tabela 3, como as elaborações anteriores contrasta, a perspetiva de aquisição

e participação para a aprendizagem organizacional com vista a atualizá-los com a perspetiva de

aprendizagem de rede intra-organizacional

Perspetiva

Aquisição

Perspetiva

Participação

Perspetiva

Rede

Conteúdo de Aprendizagem

Para ser qualificado e conhecedor sobre as organizações.

Para se tornar um profissional hábil em organizações.

Para ser qualificado e conhecedor sobre as organizações e para se tornar um profissional hábil em organizações.

Método de Aprendizagem

Aquisição de competências e conhecimentos.

Participação em comunidade de práticas.

Aquisição de competências e conhecimentos e participação em comunidade de práticas.

Organização Sistema Comunidades de práticas

Mundos sociais

Nível de pesquisa

Individual Relacional Vários níveis (individual, grupo, intra-organizacional e nível relacional.

Tabela 3 - Perspectivas para a Aprendizagem Organizacional

iii. Multiplexidade

É preciso ter em consideração que a aprendizagem organizacional não é um processo stand-

alone. De acordo com uma teoria mais ampla estrutural da ação coletiva (Lazega 2001) pode-

se assumir que as redes de aprendizagem são incorporadas noutros tipos de redes, tais como

rede de amizade, redes de conselhos e redes de confiança, conforme descrito na Tabela 3. Este

argumento tem sido apoiado também por (Granovetter 1992) que afirma que as transações

económicas são muitas vezes incorporadas nas relações sociais.

Page 31: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

30

A questão da multiplexidade é importante na literatura moderna e geralmente contribui para a

compreensão da complexidade em análise de rede. É razoável esperar que o processo de

aprendizagem envolve outros processos intra-organizacionais de comunicação, enquanto as

pessoas principalmente aprenderem na interação com o outro.

Aparentemente, não existe uma relação muito clara entre multiplexidade e desempenho.

iv. Dinâmica

Várias teorias de redes sociais sugerem explícita ou implicitamente que as redes evoluem ao

longo do tempo. Assim, é importante dedicar a atenção necessária à dimensão temporal e

dinâmica do processo de aprendizagem intra-organizacional (Bapuji and Crossan 2004; Crossan

et al. 1995; Easterby‐Smith, Crossan, and Nicolini 2000).

Seguindo a tradição de (Huber 1991), (Dimovski and Reimann 1994), (Dimovski and Škerlavaj

2005), os autores entendem a aprendizagem intra-organizacional como um conceito mais

amplo que envolve a aquisição de informação, interpretação e também as consequentes

mudanças comportamentais e cognitivas que são necessárias para dizer que a aprendizagem

realmente aconteceu. Tal contexto, envolve principalmente aconselhamento de aspetos de

aquisição de informação interpessoais, fase de interpretação organizacional e processo de

aprendizagem.

i. Atributos para a identificação das práticas Aprendizagem Organizacional

Uma série de estilos de Aprendizagem Organizacional foram identificados em estudos

anteriores (Argyris; Hayes and Allinson 1998; Kurtyka 2003). (Argyris) (1978) identificaram que

as organizações, exibiram principalmente três principais tipos de estilo de aprendizagem, os

quais: Aprendizagem de circuito único (SLL), Aprendizagem de circuito duplo (DLL) e

Aprendizagem deutero (DeuL).

i. Aprendizagem de circuito único (SLL)

SLL refere-se à alteração de comportamentos e ações tomadas quando o "descompasso entre

as intenções e o que realmente acontece" é descoberto (Argyris)(1978). Isto implica a deteção

e correção de erros para garantir o cumprimento dos resultados esperados.

Kurtyka (2003) descreve SLL como uma alteração de ações sem questionar os pressupostos

que levam à diferença entre o esperado e os resultados reais. Kululanga et al. (1999)

descreveu SLL como um estilo de aprendizagem de nível mais baixo que guarda pressupostos

das organizações, apesar de ser talvez uma das razões que leva a um desempenho

insatisfatório.

Apesar de alguns investigadores terem questionado a eficácia da prática de SLL para sustentar

as vantagens competitivas das organizações, principalmente no ambiente empresarial em

constante mudança, (Kululanga et al. 1999) relatou que as ações de melhoria das organizações

foram derivadas principalmente de praticar SLL. Estudos anteriores também sugerem que a

prática da SLL num ambiente de projeto podem ser identificados pela existência dos seguintes

seis atributos (Kululanga et al. 1999; Hayes and Allinson 1998).

Page 32: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

31

• Fazer o trabalho certo da primeira vez para cumprir as normas pré-determinadas

(SLL1);

• Concentrar-se em informações que possam refletir o desempenho insatisfatório

(SLL2);

• Estabelecer objetivos claros do projeto, que todos os funcionários devem cumprir

(SLL3);

• Procurar e adotar abordagens de gestão adequadas, com referência às atuais práticas

de trabalho das empresas (SLL4);

• Proporcionar formação na empresa de “práticas de aprendizagem dos funcionários das

empresas” (S 5), e;

• Terceirização da formação do pessoal e incentivar equipas de funcionários a participar

nesses cursos (SLL6).

ii. Aprendizagem de circuito duplo (DLL)

DLL refere-se às alterações das ações de melhoria de desempenho tomadas depois de analisar

a necessidade de alterar os pressupostos subjacentes que levaram às ações tomadas

anteriormente.

DLL permite que uma organização detete e trate as causas do mau desempenho e auxilia na

reforma dos seus métodos de trabalho (Argyris 1978).

Kurtyka (2003) distinguiu as diferenças entre os estilos DLL e SLL pelas causas que mudam a

atuação direta. A este respeito, o estilo de SLL formula ações de melhoria da descoberta dos

sintomas. O estilo DLL formula ações de melhoria usando sintomas como indicadores para a

necessidade de reexaminar os pressupostos subjacentes (Kurtyka 2003; Kululanga et al. 1999).

O estilo SLL procura assegurar que as organizações "fazem as coisas direito", enquanto o estilo

DLL visa ajudar as organizações a "fazer as coisas certas" para a consecução dos objetivos do

projeto. Semelhante a SLL, as práticas de DLL podem ser identificadas por seis atributos (Hayes

and Allinson 1998; Kululanga et al. 1999):

• Procurando continuamente novas formas de trabalho para melhoria do desempenho

(DLL1);

• Abordar as novas exigências do cliente para ações de melhoria (D 2);

• Identificação das raízes dos problemas em erros anteriores ou de desempenho

insatisfatório (DLL3);

• Mudar a prática de trabalho para satisfazer as procuras em mudança dos clientes

(DLL4);

• Procurar métodos de melhoria de parceiros (D 5), e;

• Procurar métodos de melhoria da experiência adquirida noutros projetos (DLL6).

iii. Aprendizagem Deutero (DeuL)

DeuL refere-se à capacidade de aprender a aprender (Argyris) 1978). Francis (1997) descreve

DeuL como um mecanismo de desenvolvimento ou do sistema, que obriga a aprender a

tornar-se explícito, e é o caminho para as organizações promoverem o compromisso de

continuar a aprender. A fim de realizar aprendizagem DeuL, as organizações devem mapear

Page 33: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

32

todas as áreas que contribuem para sua melhoria como uma entidade e seguirem o caminho

para melhorar a sua capacidade de aprender, de forma eficaz, em cada uma das áreas que

constitui a sua aprendizagem total (Pedler, Burgoyne, and Boydell 1996).

Kululanga et al. (1999) enfatizou a necessidade do estilo DeuL para as organizações atingirem

melhorias de desempenho sustentável. Considerando que os estilos SLL e DLL estão

preocupados com "os eventos operacionais que são o sujeito da aprendizagem" (Francis 1997),

DeuL "conceitua a aprendizagem como um evento no seu próprio direito, tornando o processo

de aprendizagem muito mais conceitual e transferível". Na revisão de literatura anterior, a

prática da DeuL num ambiente de projeto pode ser identificada por seis atributos (Kululanga et

al. 1999; Wong and Cheung 2008):

• Sistematizar as informações e compartilhar experiências num ambiente aberto e de

mútua confiança (DeuL1);

• Avaliar a estratégia de melhoria a longo prazo pela previsão da mudança das procuras

dos clientes (DeuL2);

• Avaliar a estratégia de melhoria a longo prazo, considerando planos para o futuro

(DeuL3);

• Utilizando um sistema de medição de desempenho mais eficaz (PMS) (Deu 4);

• Estabelecer canal de comunicação eficaz entre colegas (Deu 5), e;

• Fornecimento de esquemas de incentivo para incentivar a aprendizagem (DeuL6).

iv. Aprendizagem individual e coletiva

Simon (1991) sustenta que toda a aprendizagem organizacional ocorre nas mentes dos

indivíduos e Cohen and Bacdayan (1994)) sustentam que o conhecimento individual e

conhecimento do grupo devem ser tratados como formas distintas, com o mesmo nível de

significância teórica. Embora o conhecimento individual seja uma condição necessária para a

aprendizagem organizacional, não o é de forma suficiente (Visentin 2011). Isso ocorre porque

os indivíduos, que são limitados em termos racionais, aumentam as suas capacidades

cognitivas por meio das decisões de grupo e ações (Cyert and James 1963; Gigone and Hastie

1997; Bonner, Sillito, and Baumann 2007).

É, de fato, possível apresentar um comportamento de aprendizagem coletiva da qual os

participantes não estão conscientes, ou as decisões do grupo que são diferentes a partir da

combinação de decisões dos participantes, feitas durante a fase de pré-discussão (Argote,

Beckman, and Epple 1990; angfield‐Smith 1992; Argote et al. 1995). Simon (1991) critica as

diferenças estabelecidas por Polanyi (1967) entre conhecimento implícito e explícito. A sua

crítica desempenha um papel importante na avaliação da possibilidade de representar

atividades de grupos cognitivos, mesmo quando não há qualquer possibilidade de

proporcionar uma representação exaustiva de todos os conhecimentos possuídos pelo grupo

simulado.

Finalmente, estudos recentes sobre a criatividade Hargadon and Bechky (2006) reconhecem

casos em que a não contribuição individual é responsável para a solução para um problema,

tanto quanto a solução é encontrada coletivamente pelo grupo como um todo.

Page 34: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

33

VI. TRANSFERÊNCIA DO CONHECIMENTO

a. Introdução

A transferência de aprendizagem visa resolver novos problemas de aprendizagem, extraindo e

fazendo uso do conhecimento comum encontrada em domínios relacionados. Um elemento

fundamental da transferência de aprendizagem é identificar o conhecimento estruturado para

permitir a transferência de conhecimento.

Conhecimento estruturado vem em diferentes formas, dependendo da natureza do problema

de aprendizagem e as características dos domínios (Yang et al. 2011).

Um grande desafio na educação da transferência é identificar o conhecimento comum entre as

tarefas auxiliares ou fonte e aplicar tais conhecimentos para novas tarefas ou alvo de

interesse. Conhecimento comum, tal pode ser explícito ou implícito, e pode ser representado

em mais ou menos sofisticadas maneiras, dependendo da natureza do problema. Muito

trabalho de transferência de aprendizagem tem sido feito no passado para tarefas de

classificação e regressão, revista num artigo recente sobre a pesquisa de (Yang et al. 2011; Pan

and Yang 2010). Nestas tarefas de aprendizagem, o conhecimento a ser transferido são

principalmente de natureza declarativa, e pode ser tão simples como as instâncias de dados ou

recursos próprios.

b. Processo de Transferência de Conhecimento (KT) em E-Learning

KT foi proclamado como uma das mais críticas atividades de Gestão do Conhecimento (KM) na

era da informação atual, onde as organizações têm de aprender constantemente e inovar

continuamente para se manterem competitivas (Joshi and Sarker 2004). Além disso, a

competitiva economia global de hoje caracteriza-se por aquisição de conhecimento, onde o

conceito de KM tornou-se cada vez mais prevalente em práticas académicas e de negócios

(Huang and Liaw 2004).

Basicamente, o processo de KT ocorre entre individuais, grupos e organizações. No entanto, no

ambiente e-learning, conhecimento é transferido através das tecnologias de informação. As

Tecnologias de Informação são reconhecidas como o facilitador do e-learning, que

desempenha papel muito importante como meio de KT.

E-learning é um método baseado em computador que utiliza tecnologia da informação para

transferência de conhecimento. É de custo eficaz e capaz de entregar conhecimento para um

grande número de pessoas (Abdullah et al. 2011).

A consideração mais importante em KT medição é determinar o que é preciso medir. (Alavi

and Leidner 2001) sugere que um dos maiores motivos para centrar a atenção sobre KT é que

a geração de conhecimento por si só não pode levar à excelência da organização. Pelo

contrário, as organizações têm de criar valor usando esse conhecimento, e conhecimento só

pode ser utilizada se for transferido com êxito.

c. Conhecimento

A fim de facilitar a KT numa organização, primeiro é essencial entender o que está a ser

transferido ou aprendido (Smith and McKeen 2003). Como no caso desta pesquisa em que o

foco é o ambiente de aprendizagem online, e é de conhecimento que deve ser transferido e

aprendido pelos recetores.

Page 35: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

34

O conhecimento é mais do que informação. Informações são dados organizados em padrões

significativos. A informação é transformada em conhecimento quando uma pessoa lê,

compreende, interpreta e aplica a informação para uma função de trabalho específica. Se uma

pessoa não pode entender e aplicar a informação a qualquer coisa, ele permanece apenas a

informação (Lee and Yang 2000).

Conhecimento é classificado em conhecimento explícito e tácito. O conhecimento explícito é

um conhecimento que pode ser codificado e documentado, enquanto o conhecimento tácito é

incorporado na formação e experiência de um indivíduo ou grupo e é, portanto, altamente

idiossincrático (Dixon 2000; Roberts 2000). Ambos interagem conhecimento explícito e tácito

um com o outro e mudam de uma forma para outra durante as atividades (Nonaka and

Takeuchi 1995) como mostra tabela 4.

Tabela 4 - Modelo SECI

d. Transferência de Conhecimento (KT) em Gestão do Conhecimento (KM)

No atual ambiente competitivo, o conhecimento é reconhecido como um ativo fundamental

para as organizações. Neste contexto, KT tornou-se um dos processos de conhecimento mais

críticos da gestão (Abecker 1997; Von Krogh and Grand 2000).

(Von Krogh, Ichijō, and Nonaka 2000) também afirmam que com o aumento da globalização,

KT também pode ocorrer em locais geográficas separados. Além disso, parte das informações

pode ser gerada automaticamente pelo SI (Verkasolo and Lappalainen 1998) que indica que a

transferência de conhecimento pode ocorrer entre as pessoas e é fornecido com o

conhecimento relacionado.

(Davenport and Prusak 2000) cita que KT é o processo de transmissão (apresentando ou

partilha de conhecimentos para um destinatário potencial) e absorção (utilização) por parte do

destinatário. A transferência de conhecimento é geralmente acompanhada por uma fase de

aplicação do conhecimento ou prática pelo destinatário. Se o conhecimento não é absorvido

então considera-se que não tenha sido transferido. Esta fase adicional é muitas vezes

fundamental para adquirir os aspetos tácitos e contextuais do conhecimento não transmitidos

ou adquiridos pela primeira fase de KT (Pfeffer and Sutton 1999). Claramente, a capacidade de

usar ou aplicar o conhecimento recebido pelo recetor é essencial e deve ser considerado como

uma necessidade para assegurar uma completa KT eficaz. No contexto do ambiente e-learning,

KT é um processo onde o conhecimento é transferido de provedor de conhecimento para o

recetor do conhecimento através da tecnologia da informação como meio de transferência.

Tácito para Explicito

Explicito para Tácito Socialização Externalização

Internalização Combinação

Page 36: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

35

e. E-learning como uma plataforma para KT

E-learning é um método baseado em computador que pode ser usado para treinar e transferir

conhecimento de aplicações de tecnologia da informação. É rentável e pode ser utilizada para

transferir o conhecimento para um grande número de pessoas.

f. E-learning e KT

Em primeiro lugar é necessário delimitar a relação estabelecida entre e-learning e KT.

Aprendizagem e conhecimento têm uma relação simbiótica, pois eles dependem uns dos

outros (Mason 2005). De uma perspetiva um pouco mais complexa da criação, aquisição,

transferência e troca de conhecimentos são todas as atividades que estão a ajudar a definir o

carater da informação e do conhecimento economias em que os principais ativos de dados,

informações e conhecimento manifestam tudo digitalmente. As ferramentas que facilitam

muito dessas interações são as Tecnológicas de Informação e Comunicação (TIC). E é através

do envolvimento com as TIC que a aprendizagem se define como e-learning. No contexto da KT

em e-learning, pode ser seguramente descrito como o fornecimento do conhecimento

eletronicamente para potenciais recetores. A transferência só é bem sucedida se o recetor

compreende a relação. Isto é chamado de aprendizagem.

KT é também uma dimensão-chave da aprendizagem da organização que tem sido bem

articulada por (Goh 1998), (Garvin 1985) (Senge 1994), que descreve-a por certos atributos.

Um deles é a capacidade de transferir conhecimento de forma rápida e eficaz de uma parte da

organização para as outras. Se o conhecimento é apenas um repositório de informações numa

base de dados, então a organização não pode usá-la para aprender (Goh 1998). A

aprendizagem ocorre quando o conhecimento numa parte da organização é transferida de

forma eficaz para as outras partes e usada para resolver problemas lá ou para fornecer

informações novas e criativas.

g. Relação entre capital social, aprendizagem organizacional e desempenho de

transferência de conhecimento

As pesquisas existentes sobre aprendizagem organizacional incidem principalmente sobre os

processos de aprendizagem, métodos, mecanismos e influência sobre a inovação do

conhecimento organizacional e desenvolvimento da capacidade do núcleo (Li and Luo 2011).

Na verdade, o capital social fornece mecanismo de mobilização interna e meios de execução

eficazes.

i. O Impacto da dimensão Estrutura do Capital Social Aprendizagem

Organizacional

Dimensão estrutura de capital social é todo o padrão de relações entre atores na rede social

embutidos na organização e também mostra a impessoalização da rede social. O impacto da

dimensão estrutural do capital social sobre a aprendizagem organizacional, principalmente

manifesta-se de forma diferente da relação de rede.

Coleman (1988) (Li and Luo 2011) diz que é muito favorável para a sua aquisição de

conhecimento que os indivíduos em redes sociais tenham fortes laços com os outros membros

da organização. A contribuição de laços fortes para o desempenho da organização é realizado

principalmente através da vantagem direta para conseguir recurso útil.

Page 37: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

36

A contribuição dos laços fracos para o desempenho da organização é a vantagem da

informação, pois ela pode fornecer novas informações e não repetidas.

O objetivo da aprendizagem exploratória é refinar os elementos inovadores, e as novas

informações úteis e é um elemento essencial da inovação organizacional. Portanto, os laços

fracos e capital social sem redundância pode fornecer mais reconhecimento para a

organização e as oportunidades para a utilização de novos conhecimentos, contribuindo assim

para a aprendizagem exploratória organizacional.

ii. O Impacto da Dimensão Relacionamento do Capital Social na

Aprendizagem Organizacional

Enquanto dimensão estrutura de capital social organizacional caracteriza as características

estruturais da rede, a dimensão centra-se em relação ao motivo, as expectativas comuns e

normas de comportamento (que é a confiança na sua essência) de grupos relevantes dentro e

fora dos limites (Xie and Mao 2008) organizacionais. A confiança é o núcleo da dimensão

relação de capital social organizacional, e Kang e outros acreditam que os atos individuais de

confiança têm os dois tipos: confiança generalizada e confiança diádica resiliente. Confiança

generalizada, adaptada a todo o grupo ou as normas da comunidade e as expectativas não são

diretamente geradas pela confiança entre os dois indivíduos.

Mas na confiança diádica resiliente, a força dessa confiança é muito maior do que

normalmente e a confiança é a confiança mútua direta baseada na compreensão dos dois

indivíduos.

A alta intensidade de confiança é construído com base na comunicação direta entre os

indivíduos, completamente promovidas pela vontade dos dois lados em interação e não

interveio pelo terceiro. Por isso, é mais favorável para a troca e partilha de novos

conhecimentos. No entanto, devido à confiança diádica resiliente, facilmente influenciada por

fatores incertos das pessoas e do meio ambiente, não é útil para a persistência e a

regularidade de partilha de conhecimentos. Assim, o Confiança diádica resiliente não é

favorável à aprendizagem organizacional exploratória.

iii. O Impacto da Dimensão Cognição do Capital Social na Aprendizagem

Organizacional

A dimensão da cognição do capital social é o paradigma cognitivo na rede, especificamente

detalhado no código compartilhado, nas histórias e em exemplos. Ela promove um

entendimento geral de metas comuns, bem como a maneira adequada de agir no sistema da

organização.

Conhecimento é limitado à racionalidade, de modo que os peritos muitas vezes encontram

limitação na absorção do conhecimento (Rindfleisch and Heide 1997), enquanto Nonka e

Takeuchi também fez um ponto de vista semelhante, eles acreditam que, no processo de

transferência de conhecimento, se os recetores de conhecimento entenderem a expressão do

conteúdo é decidido por eles se possuem um conhecimento comum. Assim, o conhecimento

de comum entre indivíduos é a chave para promover a aprendizagem organizacional.

Henderson dividiu o conhecimento comum entre os indivíduos em duas formas de acordo com

características diferentes: Conhecimento de componentes e conhecimento arquitetónico.

Page 38: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

37

O primeiro refere-se à forma localizada do conhecimento, que é a codificação do

conhecimento linear, e é usado o "Conhecimento Comum" para marcar a componente do

conhecimento da organização, este último é o conhecimento sistemático integrado e tácito, e

usada a "visão compartilhada" para marcar o conhecimento arquitetónico. Conhecimento

comum é usado para resolver os assuntos correntes da organização com base no mesmo

fundo e paradigma dentro da organização. A visão compartilhada significa que os membros da

organização têm o planeamento comum e um consenso sobre a estratégia de

desenvolvimento a longo prazo para a organização, o que é benéfico a longo prazo de

desenvolvimento e operação das organizações (Li and Luo 2011).

iv. A Relação entre Aprendizagem Organizacional e o Desempenho da

Transferência de Conhecimento

A transferência de conhecimento e aprendizagem organizacional estão intimamente

integrados, e efetiva transferência de conhecimento não é estático, mas um processo

dinâmico de aprendizagem para alcançar os objetivos (Shu and Jia 2008). A aprendizagem

organizacional não só leva a mudanças de conhecimento organizacional, crenças e

comportamento, mas também melhora o desempenho da transferência de conhecimento da

organização. Garvin acredita que a aprendizagem organizacional é um processo da organização

para criar o acesso a disseminação do conhecimento, e também é bom para mudar o

comportamento original dentro da organização para se adaptar a novos conhecimentos e

necessidades de desenvolvimento futuro.

Garvin divide a aprendizagem organizacional em dois extremos: a transferência de

conhecimentos e mudanças comportamentais (Guo-Quan 2007). A aprendizagem

organizacional é a força motriz e uma importante fonte de desenvolvimento organizacional e

inovação, enquanto a transferência de conhecimento é o meio necessário para atingir o

desenvolvimento organizacional e inovação.

O impacto de diferentes estilos de aprendizagem sobre o desempenho organizacional de

transferência de conhecimentos é principalmente encarnada nos benefícios organizacionais e

comportamentos financeiros para a inovação. Aprendizagem de exploração com o objetivo de

refinar os fatores de produção existentes e melhorar os produtos e serviços existentes, têm

efeitos sobre o desempenho de curto prazo da organização, mas não influencia a capacidade

de inovação e desenvolvimento de novos produtos.

A organização onde a aprendizagem exploradora desempenha um papel dominante mostra

uma melhoria constante, graduais melhorias tecnológicas e melhoria contínua da adaptação

dinâmica no ambiente relativamente estável. A desvantagem dessa aprendizagem exploradora

é que a dependência excessiva sobre os resultados existentes de conhecimento organizacional

numa falta de atividade de inovação, e se uma mudança significativa ocorre no ambiente

externo competitivo, o conhecimento organizacional existente é muito antigo para se adaptar

as novas mudanças que levarão a organização encontrar gargalos técnicos e risco de

rolamento e perda.

Aprendizagem exploratória incide no acesso a novos conhecimentos, novas ideias e novos

métodos, e tem como objetivo desenvolver o novo produto, tecnologia e técnicas para ganhar

a vantagem da entrada no mercado. Assim esta organização pode ter acesso a uma rutura

através do tipo de crescimento, capacidade de resistência relativamente alta e capacidade de

resposta dinâmica no ambiente de incerteza.

Page 39: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

38

Em resumo, o capital social tem efeitos sobre a aprendizagem organizacional a partir de três

dimensões: estrutura, relações e cognição. E, diferentes estilos de aprendizagem

organizacional levam a diferenças no desempenho de transferência de conhecimento.

Portanto, o caminho entre o capital social influência a aprendizagem organizacional e o

desempenho de transferência de conhecimento, como mostra a figura seguinte (Figura 2).

Figura 6 - A influência do capital social e aprendizagem organizacional no desempenho da transferência de

conhecimento

h. A influência do ambiente na aprendizagem organizacional

O sucesso das atividades de aprendizagem colaborativas requer a constante geração,

transferência e compreensão de conhecimento, tornando a colaboração um processo essencial

e altamente valorizada. Além disso, a aprendizagem colaborativa pode enriquecer as

experiências de aprendizagem dos alunos, motivando-os a procurar novas ideias e perspetivas.

Estudos acompanharam e analisaram padrões de interação para orientar a aprendizagem

colaborativa (Su et al. 2010).

A aprendizagem colaborativa baseia-se na teoria construtivista da aprendizagem, que afirma

que as pessoas são aprendizes ativos e deve construir o conhecimento por si mesmos (Geary

1995) através da interação entre os indivíduos e um ambiente (Schunk 1991).(Avouris et al.

2004), projetaram um ambiente de monitorização e examinando os padrões de aprendizagem

do grupo a partir de dois aspetos: análise da atividade e análise da colaboração. Feedbacks de

colaboração também são usados para melhorar a aprendizagem colaborativa (Zumbach,

Hillers, and Reimann 2004).

(Liaw, Chen, and Huang 2008) relatou que sistemas baseados na Web de aprendizagem

colaborativa permitem mais oportunidades para os alunos de participar, sem a limitação de

níveis de conhecimento. Em aprendizagem colaborativa em contexto de Web-based, (Kagan

and Kagan 1994) apontou as ideias dos alunos sobre aprendizagem colaborativa e sua

experiência com o uso da tecnologia pode inibir ou promover a sua participação no processo

de aprendizagem colaborativa. Além disso, uma tarefa colaborativa requer colaboradores não

apenas para compartilhar informações, mas também para discutir ou determinar como

classificar o trabalho de outro colaborador. (Dewiyanti et al. 2007) também mencionaram que

os alunos são estimulados a trocar ideias, perspetivas compartilhar e usar o conhecimento

anterior ou experiência, a fim de decidir sobre a melhor solução para a questão. (Dori and

Page 40: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

39

Herscovitz 1999) sugeriram que o papel central da educação deve ser o de desenvolver nos

alunos uma apreciação de colocar perguntas. Na pesquisa aqui relatada, os alunos foram

convidados a elaborar as questões relativas aos conteúdos de aprendizagem do curso. Através

da utilização de sistemas baseados na Web de aprendizagem colaborativa, os alunos foram

convidados a compartilhar essas questões com os seus colaboradores, acumular essas

questões como forma de preparação para o pós-teste e avaliar questões colocadas pelos seus

colaboradores.

Em suma, as estratégias de aprendizagem colaborativa (por exemplo, grupo de aprendizagem,

investigação de grupo, jigsaw estratégia de aprendizagem cooperativa, e estratégia de

aprendizagem cooperativa diádica) pode ser aplicado a vários cenários institucionais (Bravo et

al. 2006; Hwang, Wang, and Sharples 2007).

i. Curvas de aprendizagem Organizacionais

i. Modelo Curva de Aprendizagem: A ligação entre experiência e

desempenho

A curva de aprendizagem organizacional capta a noção de que a prática leva à

perfeição. O fenômeno curva de aprendizado também tem sido descrito como "aprender

fazendo" (Arrow 1962). Modelos de curvas de aprendizagem organizacional, geralmente

incluem dois componentes principais: Uma medida de experiência e uma medida de

desempenho. Nesta seção, iremos rever as medidas de experiência organizacional e de

desempenho organizacional que têm sido utilizados, e os modelos relativos a experiência

organizacional e desempenho organizacional.

ii. Medida da experiência

A medida mais comummente usada para medir a experiência da organização é o volume

acumulado. Numa fábrica, o volume acumulado é a quantidade total de unidades produzidas

desde que a fábrica iniciou a produção.

Numa organização de serviço, o volume acumulado é o valor total do serviço encontra desde

que a organização começou a servir os clientes. Desde o estudo de Wright (Wright 2001),

muitos estudos de curvas de aprendizagem têm utilizado o volume acumulado. Volume

acumulado capta a noção de "aprender fazendo". Repetição de tarefas para aumentar o

volume permite a uma organização aperfeiçoar as operações.

Uma medida alternativa da experiência organizacional é o tempo de calendário decorrido

desde o início da operação. Calendário do tempo decorrido capta a noção de "aprender por

meio do pensamento". A visão "aprender a pensar" considera o tempo para refletir como a

entrada mais crítica para a aprendizagem. Segundo esta visão, não importa o quanto é

produzido em cada período. Em vez disso, a quantidade de questões do tempo decorrido, pois

cada período permite a uma organização aprender (Levin 2000; Field and Sinha 2005). Num

estudo de processamento de químicos industriais, Lieberman (Lieberman 1984) descobriu que

o volume acumulado é uma medida melhor do que a experiência do tempo de calendário.

Tempo de calendário pode atuar como um proxy para as variáveis que mudam ao longo do

tempo, ainda não estão relacionados com a aprendizagem real. Por exemplo, o tempo do

Page 41: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

40

calendário pode capturar o progresso tecnológico que ocorre fora da organização. Por causa

desta possibilidade, estudos da curva de aprendizagem tendem a usar volume acumulado ao

invés de tempo calendário como medida de experiência. Estudos da curva de aprendizagem

que usam volume acumulado devem incluir o tempo do calendário, bem como excluir

explicações alternativas.

Uma terceira medida para a experiência organizacional é o volume máximo - a maior

quantidade de unidades produzidas por período desde o início da operação. O volume máximo

representa, portanto, a capacidade máxima comprovada até o momento. Volume máximo

capta a noção de "aprender novas experiências" ou "aprender por distensão" (Lapré,

Mukherjee, and Van Wassenhove 2000; Mishina 1999). Quando uma organização está a

ampliar a produção, a organização precisa descobrir como executar tarefas num ambiente

alterado.

iii. Medida de desempenho

Os primeiros estudos da curva de aprendizagem focados no tempo para produzir uma unidade

e custo para produzir uma unidade como indicadores de desempenho. Ao longo das últimas

duas décadas os estudiosos expandiram significativamente o conjunto de medidas de

desempenho organizacional.

Um efeito da curva de aprendizagem para a unidade de tempo - o tempo para processar uma

unidade - indica que uma organização está cada vez mais rápida. Wright (Wright 2001) usou o

número de horas de trabalho directos para produzir um avião. Muitos estudos de curvas de

aprendizagem têm usado as horas de trabalho diretos para medir o desempenho

organizacional em contextos de produção (Yelle 1979). Mais recentemente, os estudos da

curva de aprendizagem investigaram unidade de tempo em configurações de serviço, bem

como, particularmente em hospitais. Pisano et al. (Pisano, Bohmer, and Edmondson 2001) e

Edmondson et al. (Edmondson et al. 2003) estudaram curvas de aprendizagem para os tempos

para completar a cirurgia cardíaca; Reagans et al. (Reagans, Argote, and Brooks 2005)

estudaram o número de vezes necessárias para concluir a substituição da articulação. A rápida

organização pode efetivamente fazer mais com a mesma quantidade de recursos.

Assim, como uma organização reduz o tempo de unidade como uma função da experiência

operacional, seria de esperar que o custo unitário a caísse também. Portanto, os estudiosos da

curva de aprendizagem têm estendido a curva de aprendizagem de unidades de tempo para o

custo unitário - o custo para produzir uma única unidade. Mesmo com um conjunto alargado

de medidas de desempenho, produtividade e qualidade permanecem sendo importantes

dimensões do desempenho organizacional.

Ao mesmo tempo, é importante continuar a expandir o conjunto de medidas de desempenho,

além da produtividade e da qualidade avaliadas pelos atores dentro da organização como

também aqueles que estão fora da organização (por exemplo, clientes) que determinam o

sucesso organizacional.

Pesquisas futuras que investigam o desempenho organizacional com base em métricas

externamente orientadas para a satisfação, repetição de compra, lealdade e desempenho em

relação à concorrência deve ser particularmente frutífero.

iv. Frameworks para a compreensão da variação na curva de

aprendizagem

Page 42: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

41

Levy (1965): Origens da aprendizagem autónoma vs Induzida

Como discutido na seção anterior, Levy (Levy 1965) a curva de adaptação modela a

taxa de aprendizagem como uma função explícita de variáveis que a empresa poderia usar

para melhorar o desempenho mais rápido. Para categorizar tais variáveis, Levy identificou três

tipos de aprendizagem organizacional: aprendizagem planeada ou induzida, a aprendizagem

aleatória ou exógena, e aprendizagem autónoma. Aprendizagem planeada ou induzida é

definida como "a aprendizagem que os resultados das técnicas de aplicação da empresa que

são projetados para aumentar a taxa de saída ou, equivalentemente, para reduzir custos no

processo de produção".

Aprendizagem planeada poderia envolver pré-planeamento, tais como a construção de

protótipos e testes de matérias-primas.

Aprendizagem aleatória ou exógena consiste em "melhorias nos processos de

produção que podem resultar quando uma empresa adquire informações inesperadamente do

seu ambiente". Fontes de informação externa que poderiam acelerar a produção incluem

fornecedores, governo e publicações comerciais, concorrentes e clientes.

Aprendizagem autónoma é "devido à melhoria na aprendizagem no local de trabalho

ou treino de funcionários". Como os funcionários ganham experiência com o processo de

produção, tornam-se melhores na resolução de problemas. Os funcionários podem beneficiar

dos erros ou problemas que ocorreram no passado, e corrigir os problemas mais rapidamente.

Da mesma forma, os empregados que trabalham juntos num grupo, acostumam-se com cada

uma das outras ações e respostas, permitindo ao grupo trabalhar mais rápido.

Dutton e Thomas (1984): Autónomo vs induzido e endógena vs exógena

Dutton e Thomas(Dutton and Thomas 1984) descreveram a variação impressionante

de estudo das taxas de aprendizagem. Com base na tremenda variação em taxas de

aprendizagem, os autores concluíram que a taxa de aprendizagem não é fixa, nem automática.

Assim, a taxa de aprendizagem deve ser visto como uma variável dependente influenciada por

um certo número de variáveis de potenciais políticas.

Segundo a classificação de Levy (Levy 1965), Dutton e Thomas perceberam que a

aprendizagem induzida versus autónoma constituiu uma "aprendizagem do tipo" dimensão,

enquanto a "origem" (exógena vs endógena) é uma dimensão que é ortogonal à dimensão do

tipo de aprendizagem. Assim, tanto a aprendizagem induzida e autónoma poderia ter origens

endógenas e exógenas. Ver a Tabela 5.

Tabela 5 - Framework de Dutton e Thomas com alguns exemplos

Dutton e Thomas (Dutton and Thomas 1984) caracterizaram a aprendizagem induzida como

exigindo "a indução de investimentos, ou os recursos disponíveis que não estão presentes na

situação operacional atual". Aprendizagem autónoma, por outro lado, "envolve melhorias

Page 43: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

42

automáticas que resultam da produção sustentada ao longo de longos períodos ".

Aprendizagem exógena "resulta de informações e benefícios adquiridos a partir de fontes

externas, como fornecedores, clientes, concorrentes e governo", enquanto que a

aprendizagem endógeno "é atribuível à aprendizagem do funcionário dentro de uma empresa

que se manifesta por alterações técnicas, direta ao trabalho de aprendizagem e fluxos de

produção ".

Bohn (1994): Dentro da curva de aprendizagem

Tradicionalmente, a literatura sobre a curva de aprendizagem tem tratado "aprendizagem"

como uma caixa preta, como na Figura 7, Parte A. Aprendizagem é inferida se o custo ou a

qualidade melhora em função da experiência operacional. Bohn (1994), no entanto, ressaltou

que há um processo real de aprendizagem dentro da curva de aprendizagem, conforme

ilustrado na figura 7, Parte B. Aprendizagem pode resultar de experiência (aprendizagem

autónoma) ou das actividades deliberadas (aprendizagem induzida). Além disso, ele postulou

que a aprendizagem pode render um melhor conhecimento organizacional. Melhor

conhecimento organizacional pode persuadir os membros da organização para modificar seu

comportamento. Mudar o comportamento, por sua vez, pode melhorar o desempenho

organizacional. Nenhuns desses passos são triviais.

Figura 7 - Visões da curva de aprendizagem

A Figura 7 fornece uma imagem convincente de porque há tanta variação nas taxas de

aprendizagem. Organizações podem diferir em termos de:

•Quantidade de experiência,

•Natureza da experiência,

•Capacidade de aprender com a experiência,

•Quantidade de atividades de aprendizagem deliberadas,

•Natureza das atividades de aprendizagem deliberadas,

•Capacidade de aprender com as actividades intencionais,

•Capacidade de traduzir a aprendizagem num melhor conhecimento organizacional,

Page 44: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

43

•Capacidade de mudar o comportamento como resposta a um melhor conhecimento

organizacional, e;

•Capacidade de obter um melhor desempenho organizacional como um resultado da

mudança de comportamento.

Equipa vs Individual vs Experiência Organizacional

Além de investigar como os atributos da experiência alteram a curva de aprendizagem

organizacional, os investigadores concentraram-se numa série de perguntas sobre como o

nível em que a aprendizagem na organização ocorre em formas da curva. Como mencionado

anteriormente, existem três níveis em que a aprendizagem é dito que ocorrem nas

organizações: o indivíduo, equipa e a organização (Argote 1993; Chuang, Ginsburg, and Berta

2007; Crossan, Lane, and White 1999). No entanto, fica a pergunta: Em que nível deve ser a

experiência acumulada para as organizações aprenderem de forma mais eficaz? Deve ocorrer a

aprendizagem do indivíduo, equipa e nível organizacional, ou alguma combinação destes?

Cada nível de experiência tem sido teorizada para proporcionar benefícios de aprendizagem e

desempenho (Reagans, Argote, and Brooks 2005). Com o aumento da experiência acumulada

indivíduo vem proficiência individual através do conhecimento e desenvolvimento de

competências. Com a experiência acumulada da equipa (ou seja, a experiência de trabalhar em

conjunto) vem uma melhor coordenação e trabalho em equipa onde os indivíduos aprendem

quem sabe o quê, quem é melhor na execução de cada tarefa, e como confiar uns nos outros.

Com a experiência acumulada organizacional, a equipa ganha a oportunidade de aprender com

o conhecimento acumulado por outros.

Page 45: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

44

VII. A GESTÃO DE CONHECIMENTO, AS NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM E O E-LEARNING

Em cada organização, o conhecimento tem que estar organizado de acordo com o seu

contexto, baseado numa taxonomia corporativa. O conhecimento pode estar distribuído

através de portais, se necessário por várias aplicações tais como e-learning, competence

management, intelectual property management e customer relationship management

(Bakardjieva e Gercheva 2011; Lindvall, Rus, e Sinha 2003). A gestão de conhecimento tem que

proporcionar a construção de uma cultura de partilha de conhecimento, e comunicações

abertas para apoiar os trabalhadores do conhecimento a satisfazerem as suas necessidades de

aprendizagem (Bakardjieva e Gercheva 2011; Bennet e Bennet 2003).

Aprender com outros trabalhadores do conhecimento e partilhar com eles é um componente

fundamental dos processos de criação de conhecimento (Bakardjieva e Gercheva 2011;

Nonaka e Takeuchi 1995). Há uma visão que a gestão do conhecimento é um conceito de

negócio que pode aumentar a rentabilidade para as organizações. No entanto, a gestão dos

processos, tais como, criação do conhecimento, captura, partilha e utilização não são

exclusivos do negócio e as boas práticas de gestão do conhecimento poderão ajudar em cada

organização. Há medida que a gestão do conhecimento aplica abordagens para utilizar o

conhecimento e criar valor, a gestão do conhecimento pode ser valorizada como um acesso às

práticas que criam desempenho superior, promovem a inovação e aumentam o valor para o

cliente.

O objetivo principal da gestão de conhecimento é ajudar as pessoas a adquirirem novo

conhecimento, bem como, “compactar” e disponibilizar conhecimento existente. Há medida

que o ambiente da gestão do conhecimento promove o fluxo do conhecimento e a troca ideias

através de feedbacks e colaborações, as técnicas de gestão do conhecimento e as tecnologias

levariam a melhores decisões – criar competências/recursos, melhorar os serviços académicos

e de administração (no caso do ensino), bem com, reduzir custos (Bakardjieva e Gercheva

2011; Abdullah e Doria 2009). O e-Learning é amplamente utilizado pelas pessoas dado que

oferece flexibilidade em tempo e espaço e colaboração entre estudantes e tutores. E-learning

refere-se aos recursos de aprendizagem derivados da aplicação das tecnologias de informação

e comunicação.

A aprendizagem é um processo social que envolve a construção ativa de novo conhecimento e

entendimento através de interações de aprendizagem individuais, em grupo e em pares

(Kozaris 2010; McMahon 1997). Isto significa que uma competência importante na

aprendizagem é a comunicação.

O e-Learning utiliza computadores e redes de computadores como um canal de comunicação

adicional e complementar aos canais convencionais. Este canal de comunicação conecta as

pessoas com os meios de aprendizagem, outras pessoas, dados e capacidade de

processamento. O e-Learning possibilita muitas melhorias às práticas de ensino e

aprendizagem; o maior impacto ocorre quando a tecnologia possibilita interação social e

colaborativa onde pessoas, estudantes, ou as partes constroem ativamente os seus

entendimentos (Kozaris 2010; Lu e Yeh 2008). Existem uma infinidade de ferramentas e-

Learning disponíveis hoje em dia. Com o crescimento do e-Learning que se está a observar,

cada aplicação computacional que está na Internet, e algumas que não estão, tem potencial

para serem uma ferramenta e-Learning.

Page 46: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

45

A gestão do conhecimento e o e-Learning são dois campos complementares. Hoje em dia,

referido por vários investigadores, a sobreposição entre a gestão do conhecimento e o e-

Learning está amplamente reconhecida e as empresas inteligentes estão em processo de

integração para melhor aproveitarem os recursos e otimizarem as atividades (Bakardjieva e

Gercheva 2011; Morrison 2003). A gestão do conhecimento e o e-Learning melhoram a

construção, preservação, integração, transferência e utilização do conhecimento e das

competências (Bakardjieva e Gercheva 2011; Maier e Schmidt 2007). Ao passo que, o e-

Learning tem as suas origens na pedagogia, psicologia e na didática e enfatiza a importância de

orientações estruturais e pessoais, a gestão do conhecimento refere-se a uma memória

organizacional ou conhecimento organizacional baseada nas quais o conhecimento individual é

suposto ser explicito e no qual é a base para a transferência de conhecimento. Nos dias de

hoje, a gestão do conhecimento tem-se tornado cada vez mais uma abordagem de alto perfil

para tomar decisões mais eficazes, particularmente para ambientes de aprendizagem

geograficamente dispersos. A gestão do conhecimento permite novas formas de reduzir as

limitações das estruturas existentes de gestão operacional para melhorar a inovação,

capacidade de resposta e criatividade. O conhecimento tem que ser disponibilizado de uma

forma personalizada, de acordo com as preferências dos utilizadores a respeito de conteúdo e

apresentação.

Outra questão tem que ver com os sistemas dispersos. A gestão do conhecimento orientada

aos agentes aparece como solução em tais ambientes de aprendizagem (Bakardjieva e

Gercheva 2011; Dignum 2006). As abordagens baseadas em agentes oferecem várias

vantagens potenciais sobre as abordagens alternativas. Os sistemas baseados em agentes

exibem níveis altos de flexibilidade e robustez em ambientes dinâmicos e imprevisíveis em

virtude da sua intrínseca autonomia. Os agentes facilitam a partilha de conhecimento no

negócio pois necessitam de um modelo de meta dados comum que descreve o quê e onde a

informação está para a sua utilização. Os agentes permitem que capacidades de aprendizagem

sejam incorporadas de forma natural, possibilitando que o comportamento mude com o

tempo baseado na experiência adquirida. Os agentes servem como assistentes pessoais,

mantendo as preferências e o perfil dos utilizadores. Um ambiente e-Learning baseada em

agentes é um local onde o conhecimento emerge como um resultado do processo de

colaboração contínuo e onde a relação entre os estudantes e os professores é não hierárquica.

Todos os participantes do sistema são pares que colaboram na criação de conhecimento,

integração e distribuição. Um perfil de utilizador e a base de conhecimento são mantidos com

a ajuda de agentes de software. Outros agentes carregam a responsabilidade de encontrar o

melhor par para responder à questão, e para gerir os recursos de conhecimento.

Page 47: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

46

VIII. FRAMEWORK PARA A GESTÃO DO CONHECIMENTO EM AMBIENTES E-LEARNING

Num ambiente e-Learning cada utilizador tem acesso de uma maneira simples através de

todas as redes, às ferramentas de comunicação e serviços, que são necessários para ele na sua

atividade. Tais ambientes são possíveis por causa dos desenvolvimentos dos sistemas agentes

onde a resolução de um problema ou a partilha de tarefas é o resultado de uma correlação

cooperativa entre diferentes agentes (Bakardjieva e Gercheva 2011; Harbouche e Djoudi

2007).

Num ambiente de aprendizagem existe a partilha de diferentes tipos de recursos:

- Documentos eletrónicos, referências e ligações web;

- Livros, artigos, outros artefactos educacionais;

- Conhecimento tácito, contido na mente das pessoas e frequentemente trocado

informalmente entre os participantes. As tecnologias para extrair conhecimento tácito devem

ser concebidas nos limites do comportamento cognitivo dos indivíduos. Por outras palavras, a

extração de conhecimento “leve” (soft knowledge) deve ser considerado num ambiente de

tempo real dinâmico onde existe uma interação contínua entre os aprendizes que exploram

ferramentas user-friendly para a aprendizagem (Bakardjieva e Gercheva 2011; Nyame-Asiamah

2009).

As atividades principais necessárias para construir uma base de dados de conhecimento são:

(Bakardjieva e Gercheva 2011; Roda et al. 2003) criar conhecimento, combinar/assegurar

conhecimento e distribuir/recuperar conhecimento.

A. Criar conhecimento: Os “desenvolvedores” e os utilizadores criam uma ou mais

soluções consistentes com os requisitos dos utilizadores. Sempre que os participantes

na conceção obtêm um novo entendimento sobre as necessidades dos utilizadores,

desenvolvem uma nova conceção de conhecimento.

B. Combinar/Assegurar o conhecimento: Desde que os sistemas de aprendizagem são

multidisciplinares, aumentar a colaboração em equipa é muito importante no processo

de conceção. Pode ser alcançado quando todos os participantes partilham

conhecimento e livremente integram o seu conhecimento no conhecimento existente.

Tudo isto requer armazenamento e indexação apropriada do conhecimento. Ao longo

do processo da conceção de um ambiente de aprendizagem, a nova conceção de

conhecimento parcialmente ou completamente especificada deve ser avaliada através

da verificação, se está ou não consistente, e especificar como deve ser integrada com

o conhecimento já armazenado na base de dados de conhecimento.

C. Distribuir/Recuperar conhecimento: Canais de comunicação abertos, flexíveis e

reativos são necessários para distribuir conhecimento num sistema de aprendizagem

colaborativo. A natureza dinâmica de tal ambiente requer obtenção/recuperação de

conhecimento baseada no conteúdo e no contexto

1 - As três componentes da framework

A framework combina três componentes interrelacionados:

1. Uma ontologia de domínio - um conjunto de objetos de aprendizagem e

elementos de conhecimento, para serem disponibilizados aos utilizadores e

acessível pelos agentes.

Page 48: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

47

2. Uma ontologia de utilizador – cobre a partilha de níveis de conhecimento, domínio

de interesses, metas de aprendizagem, etc (Bakardjieva e Gercheva 2011).

Figura 8 - Framework baseada em agentes para a gestão do conhecimento num ambiente e-

Learning (Bakardjieva e Gercheva 2011)

3. Agentes especializados, coordenados pelo agente pedagógico.

Os agentes especializados referem-se à informação da ontologia mantida no lado do servidor.

Diferentes tipos de agentes poderão ser integrados no sistema como tutores, agentes de

diagnóstico, etc. Diferentes tipos de objetos de aprendizagem podem ser acedidos por cada

agente especializado (Bakardjieva e Gercheva 2011).

A framework proposta cria possibilidades para a gestão dos diferentes domínios de

conhecimento e para integração de diferentes tipos de objetos de aprendizagem – recursos de

áudio e vídeo, hipertexto, imagens, etc.

O comportamento de partilha de conhecimento por parte dos utilizadores é um dos objetivos

principais relacionados com a implementação de estratégias de gestão do conhecimento. O

nível de adoção de práticas de partilha de conhecimento pode ser capturado através do

comportamento de partilha de conhecimento. Alguns autores descrevem os utilizadores como

passando por um processo de mudança que os move das suas práticas antigas para a adoção

de práticas de gestão do conhecimento (Bakardjieva e Gercheva 2011).

2 - Os Agentes da Gestão de Conhecimento

Os agentes de gestão de conhecimento são implementados para melhorarem a eficácia do

ambiente de e-Learning proposto e aumentar o fluxo de conhecimento no modelo

Page 49: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

48

complementar: agente de perfil de utilizadores, agente de conhecimento, agente gestor e

agente de segurança.

O agente de perfil de utilizadores mantem o perfil dos utilizadores relativamente aos

interesses e qualificação. Podem organizar dinamicamente a agenda pessoal. As tarefas do

agente do conhecimento incluem guardar, obter/recuperar e atualizar o conhecimento da

base de dados. O agente de conhecimento rastreia as fontes de informação disponíveis se

necessário e personaliza a informação obtida/recuperada de acordo com o perfil de interesses

dos utilizadores. O agente gestor monitoriza as mudanças na base de dados de conhecimento

e determina a alternativa mais favorável baseada nas preferências. O agente de segurança

controla a importação e a exportação de toda a informação e tem um papel de “firewall

guard” (Bakardjieva e Gercheva 2011).

3 - Processo de implementação na Varna Free University

As iniciativas de gestão do conhecimento podem beneficiar especialmente o Sistema de Ensino

Superior visto que aceder ao conhecimento a partir das fontes disponíveis tão rápido quanto

possível é um desejo natural do meio académico e dos estudantes (Bakardjieva e Gercheva

2011; Kumar e Kummar 2005). Apesar dos benefícios da gestão do conhecimento para a

educação muitas vezes reconhecidas, a sua investigação completa no campo educacional ainda

está para ser observada (Bakardjieva e Gercheva 2011; Guizzardi 2003). A construção do

espaço para utilizar a educação à distância como uma das tendências é uma meta comum das

atividades no campo da educação e a Bulgária não é uma exceção. A situação na Bulgária neste

campo pode ser vista como a melhorar dinamicamente. É só a forma eletrónica de educação

que é capaz de assegurar a expansão da aprendizagem à distância e desse modo também a

disponibilidade da educação para grandes grupos de pessoas (Bakardjieva e Gercheva 2011).

A Varna Free University (VFU) está entre as primeiras instituições educacionais na Bulgária que

decidiu introduzir uma plataforma e-Learning a fim de apoiar o modelo educacional da

universidade. Uma plataforma e-Learning é o meio perfeito para suportar a educação face-to-

face e ter uma aprendizagem combinada como um todo. A equipa do Institute of Technology

da VFU estabeleceu um projeto para criar um modelo de apoio para os professores quando

inovassem o seu processo de formação. O projeto começou então com uma formulação feita

pelos professores das hipóteses sobre o possível valor acrescentado de uma plataforma e-

Learning na Universidade (Bakardjieva e Gercheva 2011).

A framework permite a integração de diferentes tipos de agentes especializados, vários tipos

de objetos de aprendizagem e técnicas de modelação de utilizadores. Cria possibilidades para

um processo adaptativo de e-Learning. O sistema de gestão de conhecimento e-Learning está

em processo de implementação na Varna Free University, como já foi referido e será utilizado

para suportar o processo educacional na Universidade (Bakardjieva e Gercheva 2011).

O próximo passo será otimizar o apoio para a colaboração em tempo real e o processo de

partilha de conhecimento entre os utilizadores e a intervenção em tempo real de diferentes

agentes pessoais. As instituições educacionais que planeiam aventurar-se no e-Learning são

sugeridas primeiro a seguir a estratégia de educação e comunicação de mudança

organizacional onde os stakeholders devem ser informados em como as mudanças os irão

então afetar. De seguida será abordada a importância dos Ambientes Virtuais de

Page 50: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

49

Aprendizagem e as variadas ferramentas que fazem parte desses ambientes bem como as suas

implicações.

Page 51: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

50

IX. PLATAFORMAS PARA E-LEARNING - A IMPORTÂNCIA DOS AMBIENTES VIRTUAIS DE

APRENDIZAGEM (AVA)

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) estão cada vez mais a tornar-se uma parte

importante da estratégia para disponibilizarem uma aprendizagem on-line e flexível. Muitas

instituições têm já em funcionamento AVAs, apesar de relativamente poucas estarem a utiliza-

los com um grande número de estudantes, no caso do ensino. “Plataforma de aprendizagem”

é um termo genérico utilizado para descrever uma série de aplicações integradas baseadas na

Web. Estas podem incluir páginas Web, e-mail, painéis de mensagens, texto e

videoconferência, agendas partilhadas, áreas sociais on-line e ferramentas de avaliação

(Kozaris 2010).

A utilização principal das tecnologias de informação é criar ferramentas de apoio às atividades

de aprendizagem. Estas ferramentas podem ser divididas em duas categorias principais. As

ferramentas criadas são utilizadas para transmissão de conteúdo de aprendizagem e apoio de

comunicação. De forma similar, as AVAs integram uma variedade de ferramentas que

suportam múltiplas funções: informação, comunicação, colaboração, aprendizagem, e gestão.

A própria ideia de ambiente inclui esta noção de integração. Referindo-se à arquitetura, as

AVAs são espaços de informação bem estruturados (Kozaris 2010).

Figura 9 - Interações de grupo dependendo do tempo e do espaço (Kozaris 2010)

a. Comunicação síncrona e assíncrona

Ellis et al. (Kozaris 2010; Ellis, Gibbs, e Rein 1991) categorizaram as interações de grupo de

acordo com o tempo e o espaço (Figura 2). As ferramentas de comunicação síncrona são

utilizadas em situações ao mesmo tempo/diferentes sítios quando os participantes estão

localizados em (pelo menos dois) sítios diferentes, e comunicam através de computadores

utilizando salas de chat ou vídeo e conferências Web em tempo real. Utilizando ferramentas

de comunicação assíncrona, os estudantes podem partilhar dados e pontos de vista através da

Internet em tempo real tal como interação face-to-face sem se sentirem isolados (Kozaris

2010; Marjanovic 1999). Ferramentas comuns de comunicação síncrona são a

videoconferência e a conferência Web, onde os utilizadores recebem uma resposta em

segundos ou minutos. Um dos desafios para as tecnologias de comunicação é como fazer

interações distribuídas tao eficazes como as interações face-to-face, pois a criação de

entendimentos mútuos ou valores e metas partilhadas são difíceis de produzir no ambiente

distante (Kozaris 2010).

Uma ferramenta de comunicação assíncrona é utilizada em situações de diferente

tempo/diferentes sítios e refere-se às equipas dispersas que raramente se encontrar frente a

frente, e conduzem todo o seu trabalho através de sistemas de comunicação mediados por

Page 52: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

51

computador que possibilitam a combinação de base de dados, e-mail e recursos tipo fóruns.

Exemplos de ferramentas de comunicação assíncronas são os sistemas de gestão de

aprendizagem (em inglês, LMSs), fóruns, e-mail. Comunicação assíncrona é muito diferente da

comunicação face to face e permite que os aprendizes troquem dados e pontos de vista no seu

próprio tempo e espaço. Por exemplo, o e-mail foi originalmente concebido para suportar

comunicação assíncrona. Este tipo de colaboração oferece algumas vantagens. Primeiro, os

aprendizes ( no caso do ensino) não são pressionados a reagir num curto período de tempo, e

segundo, podem organizar as suas mensagens “ramificando-as” em torno de temas (Kozaris

2010; Veerman, Andriessen, e Kanselaar 2000).

b. Sistemas de Gestão de Aprendizagem (Learning Management Systems - LMSs)

As LMSs disponibilizam uma plataforma infraestrutural através do qual o conteúdo de

aprendizagem é disponibilizado e gerido. A gestão de conteúdos torna-se a questão principal

para todos os professores envolvidos nas AVAs, e tem sido adotadas por inúmeras

universidades para permitir aos professores terem um AVA flexível para disponibilizar quizzes

ou cursos on-line para além das aulas normais. Portanto, os estudantes podem aprender os

AVAs de uma maneira prática e tomarem consciência do fenómeno físico que é difícil de

explicar de um ponto de vista teórico. O seu papel como mediadores da aprendizagem é

fundamental para melhorar as práticas educacionais. As LMS assumem o conteúdo de

aprendizagem e organiza-o de maneira padronizada, como um curso dividido por módulos e

lições, suportada por quizzes, testes e discussões, e em muito sistemas hoje em dia, integrados

no sistema de informação dos estudantes da instituição (Kozaris 2010).

Tipicamente, uma LMS é software baseado na Internet que suporta principalmente quatro

recursos distintos importantes para ensinar e aprender (Kozaris 2010):

1. Conteúdo disponível (páginas HTML, ficheiros PDF, aulas em vídeo, apresentações em

PowerPoint, animações e simulações incorporadas, etc.)

2. Comunicação entre alunos e alunos e/ou alunos e professores (comunicação síncrona

e assíncrona)

3. Avaliação (quizzes on-line, tarefas/trabalhos)

4. Gere, regista, controla e reporta a interação entre o aluno e o conteúdo, e o aluno e o

professor.

Os sistemas de gestão de cursos (CMSs)/LMS incluem aplicações tais como o Blackboard e o

Moodle que criam uma “concha” na quais os instrutores podem organizar o conteúdo de

instrução. Estas aplicações CMS/LMS podem ser um pouco robustas na integração com muitos

outros diferentes tipos de aplicações, incluindo mundos virtuais, simulações, mecanismos de

avaliação, ferramentas de gestão de competências, repositórios de conteúdos, serviços de

reporting, quadros de discussão, ferramentas de gestão de salas de aulas, sistemas inteligentes

de explicações, sistema de apoio ao desempenho, sistema de gestão de conhecimento e

sistema de gestão documental.

Adicionalmente, de um ponto de vista pedagógico, os professores têm a oportunidade para

criar comunidades on-line de aprendizagem, onde os estudantes e os professores podem

participar ativamente no processo de aprendizagem e colaborar em grupos. Estas atividades

de colaboração promovem frequentemente processos metacognitivos, tais como, reflexão,

autoexplicação, autorregulação, estratégia de resolução de problemas e validação (Kozaris

2010; Goos, Galbraith, e Renshaw 2002). Esta plataforma aumenta o tempo de contacto entre

Page 53: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

52

o aluno e o professor pois o estudante esta em contacto com os seus pares e com a

aprendizagem de disciplinas por mais tempo utilizando tanto ferramentas assíncronas (fóruns)

como síncronas (chats) (Kozaris 2010).

c. Papel de AVAs como mediadores de aprendizagem no ensino

Estes mediadores são especialmente úteis no campo da ciência e mesmo no ensino, onde o

material das aulas surge de textos pré-determinados, dando aos estudantes pouco incentivo

de irem e participarem nas aulas. Nas sessões de laboratório, os estudantes estão perdidos no

esforço para combinar conceitos e princípios técnicos e científicos, que tendem a ser

incompreensíveis, ou separados de contexto do mundo real. Como resultado, os estudantes

não têm a oportunidade para criticamente pensar nas questões e argumentos apresentados

nas aulas (Kozaris 2010).

Consequentemente, os estudantes têm o sentimento que o passo mais importante em

dominar a matéria é memorizando grandes quantidades de informação científica a partir de

trechos de exemplos que aparentemente não estão relacionados (Kozaris 2010; Seng e

Mohamad 2002).

d. Implementação de Sistemas de Gestão de Aprendizagem (Learning

Management Systems - LMSs)

O Moodle, originalmente um acrónimo para Modular Object-Oriented Dynamic Learning

Environment, é uma plataforma livre, open-source para a implementação de uma CMS

(Content Management System) concebida utilizando princípios pedagógicos, para ajudar os

educadores a criarem comunidades on-line de aprendizagem eficazes. Pode ser utilizado como

um site único ou até a uma universidade com 50000 estudantes (Kozaris 2010).

As ferramentas Moodle focam-se em (Kozaris 2010):

1. Disponibilização de conteúdos

2. Utilização prevista para grupos de trabalho, colaboração, comunicação, partilha,

atividades e reflexões essenciais, um tipo de aprendizagem colaborativo.

3. Toda a gente pode fazer participar no desenvolvimento do Moodle.

O Sistema de Aprendizagem Blackboard, adquirido pela Blackboard, é outra plataforma que

permite aos professores colocar informação e material, leituras e tarefas e disponibiliza

funcionalidade para discussões e outras ferramentas colaborativas. É, no caso do ensino

(Kozaris 2010):

1. Concebido para disponibilização de conteúdos dos professores.

2. Especialmente orientado para grandes turmas

3. Proprietário, e tem um vasto número de utilizadores

4. Baseado numa taxa de licenciamento

Estes dois sistemas estão no mesmo nível com um grande número de semelhanças mas

também com algumas grandes diferenças.

Page 54: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

53

Figura 10 - Diferenças nas características chave do Moodle e Blackboard (Kozaris 2010)

As plataformas e-Learning atingiram a maioridade. Não são só são bem aceites, mas também

são acessíveis, fáceis de utilizar, e estão-se a tornar normais, especialmente por estudantes

que cresceram mergulhados na flexibilidade dos meios digitais – a geração dos nativos digitais

(Kozaris 2010). O surgimento da Web 2.0 e a proliferação das redes sociais tem levado a uma

mudança do paradigma da aprendizagem e como essa aprendizagem pode ser melhorada,

estabelecendo um contributo entre a importância das redes sociais e as práticas de

aprendizagem organizacional.

X. A WEB 2.0 E A MELHORIA DAS PRÁTICAS E-LEARNING

A tradicional World-Wide-Web, proposta por Tim Berners Lee em 1989, era baseada em

websites estáticos, onde a informação estava disponível para navegação sem interação com o

utilizador. A criação da Web 2.0, veio quebrar com esse paradigma, oferecendo aos

utilizadores não só a oportunidade para consultar, mas também introduzir novos conteúdos e

opiniões nas já existentes, bem como, ter uma interação direta com os autores do conteúdo

original e outros utilizadores. A estrutura da Web 2.0 possibilitou espaços on-line para grupos

de pessoas com interesses comuns, tanto pessoais como profissionais, onde partilham

informação, opiniões e experiencias numa variedade de assuntos (Rodrigues, Sabino, e Zhou

2011; Sorensen e Skouby 2008). Estes novos tipos de serviços aumentam e melhoram a

relação entre indivíduos e a partilha da informação num ambiente de colaboração mútua

(Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011; Shaohua e Peilin 2008).

Page 55: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

54

A Web 2.0 é a tecnologia de informação mais poderosa que existe nos dias de hoje. Vai trazer

para as salas de aula experiencias (no caso do ensino), tais como, interatividade,

interdisciplinaridade, interação social, uma perspetiva cultural, um certo tipo de experiencia

que por outro lado esta indisponível mas é necessária para a construção ativa e harmoniosa do

conhecimento. Ainda no caso do ensino, a preponderância neste contexto é enorme e em

termos de e-Learning, as características oferecidas pela Web 2.0 são muito importantes visto

que os estudantes não têm mais um papel passivo. A possibilidade de editarem e postarem

novos conteúdos, bem como, participarem em discussões com outros estudantes e

professores sobre matérias em estudo, leva-os a ter um papel mais ativo no seu processo de

aprendizagem (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

A disponibilidade das redes de telecomunicações e das tecnologias de informação e

comunicação na educação são um elemento chave no processo de mudança do sistema de

educação atual. A escola necessita de manter uma ligação harmoniosa com a sociedade na

qual opera, e adotar abordagens de ensino e aprendizagem que sigam a nova realidade social.

Os novos sistemas de informação devem ser capazes de se adaptar a estas mudanças,

respondendo às necessidades da nova comunidade escolar contribuindo para a promoção de

ambientes de aprendizagem que são mais ricos em conteúdos de informação e em situações

de interação e aprendizagem colaborativa (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

As tecnologias de informação e comunicação e mais especificamente a Internet, têm um papel

central no processo de inovação. Ocorre, não só como forma de entretenimento e pesquisa de

informação (gestão ou de ensino) mas também no processo de gestão, e ao nível de

divulgação pública de informação através de páginas web, que começam a ser comuns em

muitas escolas. A figura 4 mostra o potencial da Web 2.0 e, mais especificamente, as redes

sociais on-line para e-Learning (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

Figura 11 - Interação entre a plataforma e-Learning e as redes sociais on-line (Rodrigues,

Sabino, e Zhou 2011)

Hoje em dia, as redes sociais estão cada vez mais presentes na vida das pessoas e são

estruturas de interação social que promovem o contacto e a partilha. Levando este estimulo

para o ambiente escolar numa plataforma de e-Learning, criando um ambiente de partilha e

Page 56: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

55

mais colaborativo entre os utilizadores irá, sem dúvida nenhuma, beneficiar as melhorias da

aprendizagem dos estudantes (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

a. e-Learning

O e-Learning pode ser definido como a utilização das tecnologias de Internet para

disponibilizar, à distância, um conjunto de soluções para melhoria ou aquisição de

conhecimento e aplicabilidade prática do mesmo (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011; Amaral e

Leal 2006). A principal vantagem do e-Learning é que pode ser utilizado independentemente

do tempo e da localização.

Atualmente, são observadas melhorias significativas nas tecnologias de informação e

comunicação e uma evolução rápida das ligações de Internet. Estes fatores tornam a Internet

uma forma extremamente importante de transmitir informação para os estudantes

(Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011; Bauerova e Sein-Echaluce 2007). Como resultado, o

desenvolvimento de plataformas de software para apoiar e assistir ao processo de

aprendizagem tem se tornado uma necessidade e tem um papel central no e-Learning. Estas

aplicações são referidas como sistemas de gestão da aprendizagem (LMSs).

Um ambiente virtual de aprendizagem que integra as características da Web 2.0 tem um

grande potencial para inovar e melhorar as plataformas de e-Learning existentes, fomentando

a interação social e a partilha de conhecimento entre os seus utilizadores. No entanto, é

necessário adaptar a estrutura de partilha de conhecimento informal das redes sociais

existentes para um sistema formal (Jin e Wen 2009). A Web 2.0 inclui aplicações, tais como,

ambientes de redes sociais, wikis e blogs que promovem a partilha e colaboração entre

utilizadores.

b. Redes Sociais

Hoje em dia, websites, tais como, Facebook, MySpace e Twitter são bem conhecidos

mundialmente e são utilizados de forma diária por milhões de pessoas. Contribuem para esta

nova visão da Web 2.0, uma nova abordagem web concetual, baseada em plataformas de

software com o aumento de conceitos, como comunidade, relação ou interação com

utilizadores. Na Web 2.0, um utilizador age como um contribuidor de conteúdos. Esta

contribuição é feita numa atmosfera de confiança e colaboração com outros utilizadores. A

Web 2.0 é composta por pequenas aplicações que permitem interligações uns com os outros,

promovendo desta forma a partilha e socialização (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011; Shaohua e

Peilin 2008). A figura 5 ilustra um exemplo da distribuição de pessoas por alguns websites que

constituem a Web 2.0.

Page 57: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

56

Figura 12 - Ilustração da comunidade Web 2.0 (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011)

As redes sociais aparecem como uma abordagem para suportar as relações emocionais e

profissionais dos seres humanos entre eles próprios ou entre os seus grupos de interesses

mútuos. A rede é responsável pela partilha de ideias entre pessoas que têm interesses e

objetivos comuns, bem como, valores semelhantes a serem partilhados. Deste modo, um

grupo de discussão é composto por indivíduos que têm identidades relacionadas. Estas redes

sociais estão localizadas principalmente na Internet visto que possibilitam um canal de

comunicação excelente para ideias serem postas em circulação e absorção de novos

elementos na pesquisa de algo em comum (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

Apesar de todas estas características, a maioria dos utilizadores utiliza a rede social como uma

lista de contactos. Esta característica torna-se a principal característica. Frequentemente, os

utilizadores aceitam ligações, muitas vezes de gente desconhecida, só para aumentar a sua

lista de amigos, não tendo qualquer interação com essas pessoas. Este comportamento torna

as redes sociais existentes de pouca utilização para algo mais produtivo, e a utilidade diária é

muito baixa. Existe também um lado negativo de tais redes, como questões de privacidade e

integridade moral de certos utilizadores. Algumas pessoas escondem-se por detrás de

identidades falsas e exploram este fato para fazerem crescer ideias racistas e xenófobas e

contactar potenciais vitima para os seus crimes (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

Page 58: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

57

c. Redes Sociais e e-Learning

Devido à grande expansão atual do Facebook e a sua capacidade de discussão sequencial, o

Facebook tem muito potencial como uma aplicação para incluir uma plataforma de e-Learning.

Permite aos utilizadores aceder e comentar algo de amigos quase em tempo real. A homepage

do utilizador está constantemente a ser atualizada com informação relacionada com a sua lista

de amigos, tais como, atualização do perfil, uploading de novas fotos, adicionar novos amigos

ou postar algum tipo de comentário. Isto permite aos utilizadores manterem-se atualizados

com os seus amigos, dependendo claro, da informação disponibilizada por eles (Rodrigues,

Sabino, e Zhou 2011).

Outra rede social com muito sucesso é o Twitter que foi fundada em 2006 por Jack Dorsey. Até

aos dias de hoje está a ganhar importância extensiva e popularidade, e agora, é um dos 20

sites mais utilizados em todo mundo. Atualmente, as empresas utilizam também este recurso

como um meio para anunciar os seus produtos, através de atualizações constantes e

disponibilizando ligações para páginas externas onde as pessoas podem encontrar informação

detalhada sobre o produto. O Twitter permite uma estreita proximidade entre os utilizadores,

por isso, é um meio excelente de divulgação de publicidade (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

Relativamente à wiki, esta pode ser definida como um software que permite edição de

documentos ou páginas num ambiente colaborativo entre utilizadores. A edição e a

consultação são feitas através de um browser comum. Uma das principais características das

wikis é a criação e modificação de páginas de forma fácil, o que permite aos utilizadores um

alto grau de interação entre eles. O que distingue as wikis de outros sites é que todos os

utilizadores podem editar as páginas web. Esta característica faz das wikis ideais como

ferramenta de aprendizagem, pois promove a colaboração e a partilha de informação entre

utilizadores num ambiente colaborativo (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

d. Contribuição das redes sociais para o e-Learning

No caso do ensino, a estrutura rígida das LCMSs (Learning Content Management Systems)

comuns, falham para estimular a participação proactiva dos estudantes no desenvolvimento

do processo de aprendizagem e a subsequente resolução de problemas.

Existem várias ferramentas disponíveis para apoiar os ambientes e-Learning. São compostas

por blogs, fóruns de discussão, chats, partilha de ficheiros, videoconferências, e-portfolios e

wikis. Todas elas podem ser utilizadas para apoiar atividades que envolvem o processo de

aprendizagem. Algumas destas ferramentas estão integradas em várias plataformas e-Learning

que são utilizadas. A figura 6 mostra algumas das maiores redes sociais nos dias de hoje e as

suas principais características. A utilização de aplicações sociais e redes sociais possibilita uma

abordagem diferente ao e-Learning do que possibilita a utilização das LCMSs. A primeira

aumenta a definição pessoal do estudante no processo de aprendizagem, bem como o contato

com um grande número de pessoas que partilham os mesmos interesses e objetivos

(Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011; Orehovacki, Bubas, e Konecki 2009).

Page 59: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

58

Figura 13 - Funcionalidades das redes sociais, blogs e wikis (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011)

Os grandes contatos sociais que vêm da utilização de uma rede social aumentam a interação e

a partilha de informação entre os seus utilizadores. Tal partilha poderá levar as pessoas a

aprender conjuntamente, partilhar pontos de vista e conteúdos relacionados com os assuntos

em questão.

A aprendizagem vem a partir da partilha de conhecimento. Alguém em posse de

conhecimento, partilha-o com outros a fim de disseminar e promover a criação de mais

conhecimento. Neste contexto, as redes sociais podem ter um papel fundamental na

disseminação e criação de conhecimento. As plataformas e-Learning são por definição

fechadas para os seus grupos de utilizadores. Permitindo a ligação entre as plataformas e-

Learning e as redes sociais, o número de potenciais participantes na partilha de informação

aumenta exponencialmente. Pode ser assim concluído que as duas forças das redes sociais são

a grande variedade em termos de contactos e ambiente de partilha e contactos sociais que as

mesmas permitem. Tendo em conta que hoje em dia a maioria da população utiliza uma ou

mais redes sociais, particularmente as pessoas mais jovens, é seguro referir que as redes

sociais são um recurso importante para a definição do processo de aprendizagem (Rodrigues,

Sabino, e Zhou 2011).

Page 60: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

59

Figura 14 - Ambiente e-Learning colaborativo com redes sociais (Rodrigues, Sabino, e Zhou

2011)

e. Integração das redes sociais nas plataformas e-Learning

Como anteriormente referido, as plataformas e-Learning tendem a serem fechadas e

inflexíveis para os utilizadores. A sua utilização é restringida às definições criadas e definidas

pelos seus administradores. As características inerentes das redes sociais, tais como,

colaboração, partilha de conteúdos e revisões catalisam a criação de ambientes ativos e

estimulantes (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011; Li e Liu 2009). Estas características são muito

importantes para a melhoria dos ambientes de aprendizagem (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011;

Figl, Kabicher, e Toifl 2008). Vive-se numa era onde a Internet é dominada pelas ferramentas

sociais (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011; Murugesan 2007), o que leva os utilizadores a

interagirem e partilharem conteúdos com utilizadores de muitos ambientes diferentes. A

tendência cada vez mais visível é integrar e estabelecer pontos de ligação na maioria das

plataformas existentes que compõem a Web 2.0. A criação de módulos dentro das plataformas

e-Learning que disponibilizem serviços semelhantes aqueles disponíveis na Web 2.0 e

permitam aceder a redes sociais é um requisito e um grande ativo (Rodrigues, Sabino, e Zhou

2011).

A partilha de informação e conhecimento é possível e promovida pelas redes sociais, deste

modo chega a uma maior variedade de pessoas, muitas ocupações diferentes e backgrounds

académicos diferentes, que potencia a aquisição de pontos de vista ecléticos. A criação de um

ambiente para a partilha de informação e conhecimento entre os estudantes numa plataforma

e-Learning aparece como uma contribuição importante. A figura 8 sumariza as principais

características das plataformas e-Learning e contribuições importantes das redes sociais

(Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011).

Page 61: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

60

Figura 15 - Sumário das principais características das plataformas e-Learning e contribuições

das redes sociais (Rodrigues, Sabino, e Zhou 2011)

As atuais LCMSs são plataformas com estruturas rígidas que não promovem a pro atividade

dos estudantes, tornando-se mesmo pouco atrativas ao longo do tempo. Esta falha pode ser

sobreposta com o ambiente dinâmico e cooperativo das redes sociais. Websites, tais como, o

Facebook, MySpace e Twitter pertencem à visão da Web 2.0. Esta nova estrutura permite aos

utilizadores espaços para contactarem outros e partilharem informação entre eles. Podem ter

inúmeros websites com vários serviços disponíveis que permitirão, por exemplo, contactar

com grupos de pessoas com interesses comuns ou websites onde alguém pode fazer ou editar

conteúdo existente, tais como as wikis. Pode ser realizado no futuro um estudo para avaliar a

melhor escolha, ou a melhor combinação, entre a possibilidade de integrar as redes sociais nas

plataformas de e-Learning ou mover dos sistemas e-Learning para redes sociais (Rodrigues,

Sabino, e Zhou 2011).

XI. NOTAS FINAIS

Nos últimos anos o impulso realizado pela chamada Web 2.0 (Acampora, Loia, e Gaeta 2010;

Oreilly 2007) tem envolvido também o campo do e-Learning onde estão a crescer novas

tendências. Ferramentas tais como Blogs (utilizados para partilhar ideias), Wikis (utilizados

como forma de construir conhecimento de maneira colaborativa), Podcast (utilizado para

distribuir ficheiros multimédia através da Internet) e outras Aplicações de Partilha na Web (ex.

Flickr, YouTube, del.icio.us, etc) permitem às comunidades da Internet trabalharem,

ensinarem, aprenderem, conduzirem negócios, etc. A utilização coerente das ferramentas

acima mencionadas nos processos de e-Learning é a denominada e-Learning 2.0 (Acampora,

Loia, e Gaeta 2010; Ebner 2007). Nesta visão, a natureza distribuída da Web traz diversas

críticas como a gestão das identidades dos utilizadores em várias aplicações web diferentes, a

gestão eficiente de diversos repositórios de conteúdo, a harmonização de conteúdos vindos de

websites heterogéneos, entre outras.

De maneira a ultrapassar as limitações bem reconhecidas do paradigma de aprendizagem

apoiado pelas atuais Learning Management Systems (LMS) (Acampora, Loia, e Gaeta 2010;

Dagger et al. 2007) e possibilitar novas tendências e-Learning, precisa-se de modelos e

processos apropriados que dinamicamente e inteligentemente estruturem o conhecimento e-

Learning distribuído e criem práticas e-eLearning (i.e., recolha estruturada de conteúdo e

Page 62: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

61

serviços capazes de facilitar e adquirir um conjunto de competências acerca de um domínio

especifico) adaptadas às expetativas e objetivos no novo ambiente Web.

As ontologias e os agentes meméticos são uma abordagem apropriadamente integrada para

definir práticas e-Learning personalizadas, i.e., sequências mais adequadas de atividades de

aprendizagem capazes de maximizar o nível de entendimento dos aprendizes no que diz

respeito aos objetivos específicos de aprendizagem (Acampora, Loia, e Gaeta 2010).

As redes sociais influenciam tanto a difusão de inovações quanto a propagação da informação

e do conhecimento que oportuna o desenvolvimento de inovações (Tomaél, Alcará, e Di Chiara

2005). A necessidade de informação é imanente ao individuo e às organizações. Mediante o

uso da informação, o estado existente modifica-se, expandindo o conhecimento que vai

fortalecer o fluxo de informação e respaldar os processos individuais e coletivos (Tomaél,

Alcará, e Di Chiara 2005). A aprendizagem é promovida pelo compartilhamento e uso da

informação, os quais, como resultado, possibilitam novos aportes, entre eles, os novos

conhecimentos. As redes que constituem espaços em que o compartilhamento da informação

e do conhecimento é proficiente e natural são espaços também de aprendizagem e, assim,

tornam-se um ambiente para o desenvolvimento e para a inovação (Tomaél, Alcará, e Di

Chiara 2005). As interações entre pessoas, entre organizações e entre os elementos humanos

sociais e culturais interferem diretamente nos processos de inovação e acirram a

aprendizagem organizacional, fortalecendo as relações e os benefícios advindo delas. As

ligações na rede acentuam a capacidade de inovação individual e organizacional, capacidade

esta que se reflete no sistema de inovação em que os atores estão inseridos, promovendo o

desenvolvimento local, que incide na expansão económica e social de uma nação (Tomaél,

Alcará, e Di Chiara 2005).

Page 63: Gestão do conhecimento, da aprendizagem e da inteligência organizacional

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