gestão do conhecimento
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Aula 2 da disciplina "Redes sociais e gestão do conhecimento - wikis e blogs corporativos", ministrada por Cely Carmo Giraldes no curso de Gestão de Hipermídia da Unicid.TRANSCRIPT
AULA 2 Redes Sociais e Gestão
do ConhecimentoConceitos básicos
Diagnóstico de imagem e reputação na web
Conceitos e definição dos temas dos trabalhos
DISCIPLINA: Redes Sociais e Gestão do Conhecimento (RGC) – Wikis, blogs corporativos e outras ferramentas
4º bimestre – Março a Maio de 2009Prof. Cely Carmo Giraldes
O que é conhecimento?
O que é conhecimento?
Dado Signi-ficado
Infor-mação
Conjunto de registros estruturados, distintos e objetivos sobre fatos,
eventos e/ou transações.
Mensagem com finalidade de exercer
algum impacto sobre o julgamento ou
comportamento do destinatário.
Ferdinand de Saussure: conceito, reside no
plano das idéias (e não da forma, como o
significante)
O que é conhecimento?
Infor-mação
Intenção
Conhe-
cimento
Aprendizado + fluxo de comunicação: processos SOCIAIS
O que é gestão do conhecimento?
Qual o maior problema na sua organização, falta ou excesso de dados e informações?
Mudanças de Paradigmas
Produção – do conhecimento: modernidade
Noção de estoque
Gestão – do conhecimento : pós-modernidade
Idéia de processo, dinâmica e abrangente
Fonte: Francisco Sodero Toledo - historiador, professor e pesquisador, gerente do Portal www.valedoparaiba.com
Produção do conhecimento
Dados Informações
Gestão do conhecimento (GC or KM)
Dados
Informaçõ
es
Wikipedia: Gestão = AdministraçãoA administração é um conjunto de normas e funções elaboradas para disciplinar elementos de produção, que têm como objetivo alcançar um resultado eficaz e retorno financeiro. Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.
Conhecimento tem mesmo valor?
Os computadores ficaram 8.000 vezes mais baratos entre 1970 e 2000; nessa mesma escala, um veículo “Classe A” da Mercedes Benz custaria algo em torno de 2 dólares.
Fonte: Gestão da Empresa na Sociedade do Conhecimento - Marcos Cavalcanti, Elisabeth Gomes e André Pereira, citado por José Alberto C. da C. Cadais – SERPRO/Ministério da Fazenda - 2001
No Brasil, considerando-se o critério peso,a exportação em 2000 foi de 55 bilhões de dólares (recorde), ou seja, 220 dólares a tonelada.
O valor médio da tonelada dos importados, no Brasil, passou de 329 dólares em 1993 para 600 dólares em 2000 (valorização dos intangíveis);
Conhecimento tem mesmo valor?
A Netscape, no primeiro dia na Nasdaq, foi cotada a 3 bilhões de dólares, tendo um faturamento à época de apenas 17 milhões (valorização de 176 vezes).
Netscape valia 10 vezes mais do que a AOL. Suprema ironia: hoje a AOL tem um valor de mercado 10 vezes superior ao da Netscape.
Fontes: José Alberto C. da C. Cadais – SERPRO/Ministério da Fazenda – 2001 / Folha de S. Paulo e IDGNow!
O Google alcançou US$ 200 bilhões de valor de mercado em outubro de 2008, deixando IBM e Oracle pra trás – meses depois de ultrapassar a Apple.
O que o Google vende? Palavras-chaves? Ou mais do que isso...?
Conhecimento tem mesmo valor?
- Em 2000 mais de 55% da riqueza mundial era proveniente de intangíveis;
- Exportações de intangíveis (USA): - em 1974 = 3%; - em 2000 = 17%;
Fonte: José Alberto C. da C. Cadais – SERPRO/Ministério da Fazenda - 2001
Quanto vale o conhecimento?
Ao contrário dos tradicionais fatores de produção (terra, mão de obra e capital), o conhecimento não se esgota com o uso.
- Troque um Dólar por Real com alguém, e cada um continuará com o equivalente a um dólar. Compartilhe seu conhecimento com alguém e o total acumulado dobrará.
O valor do conhecimento pode diminuir a medida em que ele é difundido.
Na Economia do Conhecimento, empresas têm sido valorizadas pelos intangíveis, chegando a valer mais do que possuem materialmente.
- Ativos Intangíveis: aptidão profissional, relações com clientes e fornecedores, marcas, patentes, competência coletiva, alguns indivíduos específicos etc.
Fonte: José Alberto C. da C. Cadais – SERPRO/Ministério da Fazenda – 2001. Adaptado de STEWART + SVEIBY
Qual é o valor intangível de uma marca
Calcula-se que os valores intangíveis – incluindo imagem e reputação – correspondam a
35% do valor total de uma marca.
Maior empresa em valor de mercado do mundo, a Petrochina teria US$ 350 bilhões em ativos intangíveis!
Contexto empresarial
• 94% das companhias consideram a gestão do conhecimento estratégico para seus processos empresariais de TI;
• capturam em média somente cerca de 45% de seu capital intelectual;
• 36% das companhias têm políticas formais para o compartilhamento do patrimônio de conhecimento;
• e um número ainda menor tem políticas formais para capturar esse patrimônio;
• 66% diz que o maior desafio é modificar o comportamento dos funcionários e 62% afirmam que aumentariam seus investimentos em gestão do conhecimento.
Fonte: INFORMATIONWEEK – Pesquisa com 200 gerentes de tecnologia da informação de empresas americanas - 01/06/2000, citado por José Alberto C. da C. Cadais – SERPRO/Ministério da Fazenda - 2001
Quem faz a gestão do conhecimento?
Alta direção
Média gerência
Chefes, encarr-gados, líderes
Todos os profis-sionais ???
Consumidores e usuários da internet ????
MANIFESTO CLUETRAIN
Gestão do Conhecimento Conjunto de procedimentos estabelecidos para desenvolver e controlar todo tipo de conhecimento essencial para a organização atingir seus objetivos.
Objetivo Apoiar o processo decisório em todos os níveis
Metas Identificar os fluxos informais de comunicação Mapear as formas pelas quais o conhecimento é compartilhado / socializado Verificar se houve a criação de novo conhecimento
Planejamento Estratégico Realizar um diagnóstico da situação atual; Estabelecer políticas, procedimentos e tecnologias Coletar, distribuir, utilizar o conhecimento como fator de mudança organizacional
Fonte: Clarice Muhlethaler de Souza: Gestão do Conhecimento - uma estratégia para a tomada de decisão
Gestão do conhecimento: estratégia
1. Quais são as categorias de informação necessárias a apoiar as estratégias da organização ?
2. Quais os departamentos e atividades são os mais relevantes no cumprimento da missão institucional ?
3. Qual o estado atual do conhecimento organizacional?4. Como é o acesso rotineiro a informação?5. Onde estão as fontes potencias internas de produção e recuperação de
informação?6. Que categorias de informação relevantes são geradas externamente? 7. Como transformar o estado atual da base de conhecimentos da organização em
uma nova e poderosa ferramenta?8. De que modo as pessoas envolvidas na produção e uso do conhecimento
organizacional mantém contato ? 9. Como deve ser gerenciado o conhecimento para assegurar o cumprimento da
missão organizacional?
Fonte: Clarice Muhlethaler de Souza: Gestão do Conhecimento - uma estratégia para a tomada de decisão
Gestão do conhecimento: estratégia
Empresa Criadora do Conhecimento
Apresentação criada por Alexandre B. Marques, M.Sc. – CEFET (RJ)
– slides 20 a 37
SUMÁRIO
I. Diferenças relativas entre a abordagem oriental e a ocidental.
II. Conhecimento tácito e explícito, modos de conversão – revisão.
III. Espiral do conhecimentoIV. Condições capacitadoras para a criação do
conhecimento.V. A organização em hipertexto.
Abordagem Oriental x Ocidental Segundo Nonaka e Takeuchi, existem diferenças básicas entre o pensamento
japonês e o ocidental sobre o conhecimento. Essas diferenças residiriam no fato do pensamento ocidental ter uma compreensão estreita do que seja conhecimento, conseqüentemente, também dos meios para a sua exploração, e de não ter se desvencilhado do dualismo cartesiano impregnado no pensamento ocidental.
Para os japoneses, o conhecimento vai além dos dados quantificáveis e das
informações codificadas, e o dualismo estaria presente em separações tais como tácito e explícito, corpo e mente, individual e organizacional, burocracia e força-tarefa, racionalismo e empirismo, planejamento e implementação, entre outros.
A proposta principal do trabalho desses autores foi formular uma nova teoria sobre a criação de conhecimento no âmbito organizacional. Para isso eles investigaram três dimensões do tema: ontológica, epistemológica e temporal. Investigaram também as condições necessárias para a sua criação e exploração.
Nonaka & Takeuchi (“Criação e Conhecimento nas Empresas – 1997)”
Dimensão ontológica*
*Ontologia: teoria ou ciência do ser, independente do modo pelo qual se manifesta.
Indivíduo Equipe de Trabalho
Departamento Unidade de Negócio
Empresa
Dimensão Epistemológica*
A dimensão epistemológica* está fundamentada na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito.
Essa teoria estudou a interação entre o conhecimento tácito e o explícito, identificando quatro modos de conversão.
Diálogo
Cons
truç
ão d
o ca
mpo
Aprender fazendo
Associação do Conhecim
ento explícito
Socializaçãotácito em tácito
conhecimento compartilhado
Externalizaçãotácito em explícito
conhecimento conceitual
Internalização:explícito em tácito
conhecimento operacional
Combinação:explícito em explícito
conhecimento sistêmico
*Epistemologia: estudo / teoria sobre o conhecimento.
Dimensão Temporal
Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo (terceira dimensão desta teoria), é formada uma espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do conhecimento.
A capacidade de realizar as conversões é inerente ao ser humano. No âmbito organizacional, tais conversões só tem relevância se puderem ser difundidos.
Tal difusão requer que a criação do conhecimento, a qual ocorre por meio daquelas conversões, ultrapasse o nível ontológico individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o inter-organizacional.
Para não ser um evento estático do passado, é preciso que isso ocorra o “tempo todo”, o que permitirá à organização ser inovadora.
Sintetizando ...
As 5 Condições Capacitadoras para a criação do
conhecimento
1. Intenção2. Autonomia3. Flutuação e caos criativo4. Redundância5. Variedade de requisitos
Apresentação criada por Alexandre B. Marques, M.Sc. – CEFET (RJ)
– slides 20 a 37
INTENÇÃO
No contexto organizacional, a intenção diz respeito à estratégia e foi definida como sendo a aspiração de uma organização às suas metas. Sua utilidade seria direcionar os esforços da aquisição, criação, acúmulo e emprego do conhecimento, servindo de referência para a validação do que seria útil ou não.
Por esse raciocínio, a visão de futuro, expressa na estratégia, tem o poder de conceitualizar as intenções da organização e inseri-las nos sistemas gerenciais bem como nas operações do negócio.
A atuação do Líder é fundamental
AUTONOMIA
Relacionada à motivação e à possibilidade de iniciativas inesperadas. Isso é possível porque, em ambientes em que há oportunidade para a autonomia, os indivíduos tendem a auto-definir as fronteiras de sua atuação e de se auto-organizar a fim de concretizar os objetivos organizacionais.
A excelência dessa autonomia e auto-organização é o que Maturana descreveu como um sistema auto-poiético, onde as unidades elementares (células) do sistema controlam com autonomia suas atividades, inclusive reprodução, embora estejam inseridas no todo maior subseqüente (tecidos e órgãos) e este, por sua vez, no todo completo (organismo).
Nesse caso, a relação entre aqueles elementos não é do tipo dominador-subordinado.
FLUTUAÇÃO E CAOS CRIATIVO
Mudança Organizacional. Flutuação = qualquer perturbação ao estado normal das coisas. Sua
utilidade seria remover a organização, ou parte dela, do estado de acomodação normal dos períodos de estabilidade do negócio.
Nessa situação, as pessoas tendem a não permanecer atentas, o que pode levá-las a não perceber mudanças no ambiente externo que poderiam colocar em risco a continuidade do negócio.
É comum nessas circunstâncias que o momento certo da ação seja perdido, ou mesmo que oportunidades e ou ameaças não sejam sequer reconhecidas como tal.
A flutuação pode ser provocada por forças externas à organização, dentre as quais órgãos regulamentadores, concorrentes, mudanças radicais nas necessidades de clientes, avanços tecnológicos.
Mas a flutuação poderia ser provocada intencionalmente por agentes internos à organização. Nesse caso, o objetivo seria manter o pessoal atento às ameaças potenciais para se antecipar à elas ao mesmo tempo em que novas oportunidades seriam investigadas e testadas, pró ativamente, pela organização.
FLUTUAÇÃO E CAOS CRIATIVO
Como caracterizar aqueles períodos em que “tudo” vai bem na organização?
Acomodação Desatenção à mudanças (ameaças e oportunidades) no
ambiente externo. Perde-se o momento certo de (re)agir.
REDUNDÂNCIA Diz respeito à disponibilidade intencional de informações que superam as
exigências operacionais mais imediatas. Em termos práticos, isso quer dizer que o conhecimento será compartilhado com mais pessoas do que seria necessário de imediato e não que haverá desperdício de recursos pela duplicação de iniciativas.
Uma forma empregada pelas empresas japonesas para promover a redundância é a superposição de etapas no desenvolvimento de produtos e processos, o que muito se assemelha às equipes de projeto simultâneo ou ao seu extremo oposto, isto é, equipes de projetos concorrentes.
Outro exemplo é o rodízio estratégico de pessoal (job rotation), que permite ao funcionário ver sua empresa de várias perspectivas, facilitando a compreensão e o compartilhamento de modelos mentais, conseqüentemente, facilitando a ambientação da pessoa e a socialização do conhecimento.
VARIEDADE DE REQUISITOS
Diz respeito à extensão da capacidade dos funcionários de responder eficientemente aos desafios impostos pelo ambiente de negócio.
A expansão dessa capacidade poderia ser promovida, por exemplo, pelo acesso à informação em todos os níveis da organização. Isso permitiria a combinação dessas informações com a flexibilidade necessária aos diferentes aspectos do negócio nos diferentes lugares e situações em que seu emprego seja necessário.
Vou aprender esse trabalho pra que? Isso não é minha função !
Por quais outros modos você
poderia desenvolver essa
capacidade ?
INTERAÇÃO DA GC com outras “ATIVIDADES FUNCIONAIS”.
TI
GCPlanejamento
EstratégiaDireção, contexto e
intenção.
Suporte tecnológico, agregação de valor
aos dados e às informações
P&D Técnicas específicas para
conversão do conhecimento; inovação
Cultura Org.
G. MudançaArquétipos
RH
Gestão por Competências
Estrutura Org.
Burocracia / Força-tarefa / Organização em Hipertexto
Gestão da Tecnologia
Garantia Qualidade
Melhoria contínua, acervo de
procedimentos e instruções
Propriedade Intelectual; proteção do
conhecimento
A Organização em hipertexto
Tipos de organização do trabalho
1. Burocrática2. Em equipe3. Força Tarefa4. Hypertexto
Como se caracteriza cada uma delas ? Onde estão presentes ? Qual é a melhor ?
Na próxima aula…
Organização em hipertexto – leitura do texto e discussão
Teoria de redes de comunicação… redes sociais Tecnologia, web 2.0 e gestão do conhecimento –
ERP, portais corporativos… As redes sociais na gestão do conhecimento Ferramentas web 2.0 definindo e influenciando os
negócios (blogs, redes sociais, fóruns, Twitter; widgets, blogs corporativos e outros)