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PÁG 3 Gestão Democrática do Poder Judiciário é tema do IX Congresso Estadual da Magistratura PAG 5 Projeto de Goiás concorre a prêmio da ONU A ideia do apadrinhamento afetivo, criada pelo juiz Maurício Porfírio, pode render ao Juizado da Infância e Juventude de Goiânia um valioso prêmio da ONU – Organização das Nações Unidas. O resultado do concurso sai em novembro. INF´NCIA E JUVENTUDE INF´NCIA E JUVENTUDE INF´NCIA E JUVENTUDE INF´NCIA E JUVENTUDE INF´NCIA E JUVENTUDE Centro de Comunicaªo TJGO Juiz Maurício Porfírio com crianças do Projeto Anjo da Guarda Encontro em Caldas Novas discute estrutura das comarcas PAG 4 Caminhada pela saúde e bem-estar dos associados Magistrados participam do II Encontro da Região Sudeste Comunicaªo Social ASMEGO PAG 8 Asmego incentiva ação de pensionistas PAG 2

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PÁG 3

Gestão Democrática do PoderJudiciário é tema do IX Congresso

Estadual da Magistratura

PAG 5

Projeto de Goiás concorrea prêmio da ONU

A ideia do apadrinhamento afetivo, criada pelo juizMaurício Porfírio, pode render ao Juizado da Infância eJuventude de Goiânia um valioso prêmio da ONU –Organização das Nações Unidas. O resultado do concursosai em novembro.

INFÂNCIA E JUVENTUDEINFÂNCIA E JUVENTUDEINFÂNCIA E JUVENTUDEINFÂNCIA E JUVENTUDEINFÂNCIA E JUVENTUDE

Centro de Comunicação TJGO

Juiz Maurício Porfírio com crianças do Projeto Anjo da Guarda

Encontro em Caldas Novasdiscute estrutura das comarcas

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Caminhada pela saúde ebem-estar dos associados

Magistrados participam do II Encontro da Região Sudeste

Comunicação Social ASMEGO

PAG 8

Asmego incentivaação de pensionistas

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O MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADO2 2 2 2 2 | Goiânia, setembro/2009

EDITORIAL

www.asmego.org.br [email protected]

A Asmego dá ao IX Congresso Goiano da Magistratura uma dimensãoinstitucional de grande relevância, neste momento de cobranças por uma Justiça maiságil e menos burocrática. O tema do evento, Gestão Democrática do Poder Judiciá-rio: A participação efetiva dos juízes de primeiro grau, colabora para reforçar o deba-te e alerta para a necessidade de o juiz, desde o início da carreira, ter consciência dapadronização e racionalização dos serviços do Poder que ele representa.

O Congresso quer ampliar essa discussão não só para os magistrados, mas tam-bém com outros segmentos da sociedade, trazendo inclusive para debater essa ques-tão com os congressistas goianos importantes nomes da academia jurídica do país.

Em relação a atuação institucional da Asmego, o leitor poderá conferir na pági-na 7 desta edição, algumas das principais vitórias alcançadas neste ano, todas embenefício do crescimento da magistratura e da valorização dos seus membros.

Uma reportagem especial mostra o Projeto Anjo da Guarda, idealizado e coor-denado pelo Juizado da Infância e Juventude de Goiânia e que está concorrendo aprêmio da ONU – Organização das Nações Unidas. Destaque também para o perfildos novos desembargadores que assumiram as vagas criadas no Tribunal de Justiça doEstado de Goiás.

Noticiamos também os detalhes de mais um encontro regional da Asmego.Desta vez, em Caldas Novas, o tema mais comentado foi a criação e implementaçãodo Centro de Pacificação Social de Uruaçu. Os juízes estudam a possibilidade deextensão do projeto a todas as comarcas do Estado, considerando o sucesso alcança-do inclusive em âmbito nacional. A “Carta de Caldas Novas”, com as reivindicaçõesserá encaminhada à presidência do Tribunal.

Por uma Justiça mais ágil

A Asmego conta, atualmente, com 75 pensionis-tas filiadas. Desde o início deste ano, elas se reúnem naassociação, na primeira segunda-feira de cada mês, paraconversar, se divertir e discutir as reivindicações da ca-tegoria. O departamento de pensionistas, dirigido pelasenhora Marília Pires de Campos, surgiu depois da par-ticipação dela em congressos nacionais promovidos pelaAssociação dos Magistrados Brasileiros (AMB). “Vi-mos a importância de criar um departamento próprio erecebemos o aval do presidente Átila Naves Amaral”,recorda.

No âmbito nacional, as pensionistas se movimen-tam em torno de um departamento próprio da AMB,dirigido por Eneida Barbosa, que promove encontros econgressos onde discutem e apresentam as reivindica-ções da categoria e orientam as colegas sobre seus di-reitos. O último congresso foi realizado emFlorianópolis-SC, entre os dias 16 e 20 de setembro,com a participação de mais de 260 pensionistas. Foieditada uma carta de princípios, cujo principal item dizrespeito à rejeição da aprovação de verbas paralelas aosubsídio da magistratura que não contemplem as pensi-onistas e os magistrados aposentados.

Eneida Barbosa com PauloRicardo Bruschi, presidente da

Associação dos MagistradosCatarinenses

Asmego incentiva ação de pensionistas

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PROGRAMAÇÃO

O MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADO Goiânia, setembro/2009 ||||| 33333www.asmego.org.br [email protected]

nstala-se neste 22 de outubro, em Goiânia, o IX Congresso Goianoda Magistratura, que debaterá o tema “Gestão Democrática doPoder Judiciário: a Participação Efetiva do Juiz de PrimeiroGrau”. Como em 2008, o congresso deste ano contará com a

participação de grandes nomes do cenário jurídico nacional e será abertoà comunidade em geral, para que haja ampla participação e melhoria daqualidade dos debates. Dois convidados foram ouvidos pelo MAGISTRA-DO e concordaram em antecipar a tônica de suas palestras:

Juízes buscam maior participaçãona gestão do Poder Judiciário

Quais os principais fatores que influenciam umaboa gestão do Poder Judiciário?O bom funcionamento do Judiciário depende do de-sempenho dos juízes e demais funcionários do Po-der que, atualmente, apresentam-se em número in-suficiente para atender a demanda. A Justiça Co-mum do Estado de São Paulo tem hoje em torno de20.000.000 processos, cujos prazos estão compro-metidos pelo reduzido número de funcionários ejuízes.Como realizar uma gestão democrática diantedessas dificuldades?Uma gestão democrática deve incentivar a partici-pação. Somente com participação será possível umagestão moderna e eficiente. Para isso, também é pre-ciso definir prioridades e pensar o Judiciário do pontode vista do destinatário do serviço, pensar formas deatender melhor o cidadão de baixa renda, os maio-res de sessenta anos, os portadores de necessidadesespeciais, fazendo chegar o serviço público a todos.A gestão democrática significa transparência no pro-cesso decisório e valorização do trabalho dos servi-dores da justiça.

Pode-se dizer que o Poder Judiciário brasileiro tem realizado uma ges-tão democrática?O Judiciário brasileiro não tem realizado ainda uma gestão democráticaque signifique a solução da morosidade e da má qualidade dos serviçosprestados. Uma gestão que construa pontos comuns sobre a padronizaçãoe a racionalização dos serviços. Tem que se entender que novas e moder-nas técnicas, em especial a informática, ajudam na disseminação dessesvalores, pois possuem sistemas voltados para a criação de uma melhorestrutura funcional e de meios materiais. Daí a necessidade de se investirnesses setores de forma expressiva.O que pode ser feito para estimular a participação dos juízes de pri-meiro grau na gestão do Judiciário?Os magistrados de primeiro grau devem ter consciência da necessidade deuma boa gestão da coisa pública. Esta noção vem sendo passada atravésdas Escolas da Magistratura, com a realização de cursos de aperfeiçoa-mento que discutem a gestão democrática do Poder Judiciário com basena Resolução nº 02/2008, da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoa-mento de Magistrados. É preciso manter de forma permanente esses cur-sos que servem como ferramenta para difundir a nova cultura da gestãodemocrática. Há, ainda, o Curso de iniciação que na primeira semanaoferece um módulo específico de gestão.

Pode-se dizer que a democracia é exercida hojeno âmbito do Poder Judiciário?Nós vivemos em um Estado Democrático de Direi-to, criado pela Constituição de 1988, que veio subs-tituir o regime autoritário, e se configura como umademocracia representativa. Espera-se, portanto, queo Poder Judiciário seja democrático, mas nós aindaestamos muito atrelados a práticas antigas, algumascom mais de 200 anos, resquícios da República Ve-lha, quando as oligarquias estaduais exerciam o Po-der Judiciário.Como promover democracia no Judiciário?A democracia exige uma tomada de consciência queleve a uma participação efetiva e faça com que oindivíduo se sinta responsável e solidário. Para exer-cer a democracia não basta que o juiz vote no presi-dente e no corregedor. É preciso muito mais queisso. Ele precisa se integrar e participar efetivamen-te da administração.E quais mecanismos podem ser usados para pro-mover democracia no Judiciário?O juiz deve participar não somente através dos ór-gãos que compõem a estrutura dos tribunais, mas

também através das suas associações de classe, por meio de propostas ad-ministrativas. Áreas como a comunicação social, por exemplo, precisamcontinuamente de propostas integradas dos magistrados de primeira e desegunda instância.

Dia 22

19h Palestra do desembargador Antônio Rulli Junior, sobre“Gestão democrática do Poder Judiciário: a participaçãoefetiva dos juízes de primeiro grau”.

Dia 23

9h Palestra do desembargador Nagib Slaibi Filho, sobre “For-mação administrativa do magistrado para fazer frente àsnovas demandas”.

11h Palestra do desembargador Sérgio Cavalieri Filho, sobre“Boas práticas de gestão judiciária: a necessidade de parti-cipação dos magistrados de primeiro grau na administra-ção dos tribunais”.

14h30 Palestra do secretário do Conselho Nacional de JustiçaRubens Curado, sobre “Planejamento estratégico do Judi-ciário”.

16h30 Palestra do ministro do STJ Nilson Naves, sobre “A demo-cracia interna como paradigma de efetividade e legitimaçãodo Judiciário”.

Práticas administrativas inovadoras

É preciso melhorar a estrutura funcional

Antônio RulliJúnior

Desembargadordo TJ-SP, diretorda EscolaPaulista daMagistratura eprofessor domestrado edoutorado doUniFmu

Nagib SlaibiFilho

Desembargadordo TJ-RJ,professor daEscola daMagistratura doEstado do Riode Janeiro e daUniversidadeSalgado deOliveira

O MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADO4 4 4 4 4 | Goiânia, setembro/2009 www.asmego.org.br [email protected]

ENCONTROS REGIONAIS

Integração damagistratura

e comunidadeII Encontro da Regio-nal Sudeste, realizadoem Caldas Novas nodia 25 de setembro, foi

mais um passo rumo à integraçãoda magistratura e à pacificação so-cial, uma das novas bandeiras daAsmego, além da tradicional trocade experiências e discussão dos pro-blemas institucionais da magistra-tura.

A diretora do Foro da Comar-ca, Lara de Siqueira, enfatizou os ob-jetivos do encontroque, segundo disse,são de propiciar a tro-ca de experiências ea discussão de proble-mas institucionais queafligem a magistratu-ra goiana. O presi-dente Átila Amaral complementoudizendo que o encontro também ti-nha intenção de reunir magistrados,operadores do direito e comunida-de local e servir de canal de enca-minhamento de demandas com vis-tas a aperfeiçoar a prestação jurisdi-cional no Estado de Goiás.

Para o presidente, a Comar-ca de Caldas goza hoje de uma es-trutura física invejável, mas há dese perguntar se o número de servi-dores é suficiente e se o número demagistrados contempla as necessi-dades da região. “Essas são algumas

Átila Amaral preside a solenidade de abertura doEncontro da Regional Sudeste, em Caldas Novas

das questões que preocupam a As-mego e fazem com que a associa-ção realize encontros como esses”,declarou. Segundo Átila, muitosjuízes têm a tendência de se isolar,acreditando que com isso irão ga-rantir imparcialidade em suas deci-sões, mas que não é assim que amagistratura chegará a níveis deexcelência. “É papel da associação,reforçar o congraçamento dos ma-gistrados com os demais operado-res do direito e com a sociedade”,

frisou.“Espero con-

seguir plantar aquihoje não apenas asemente da integra-ção entre nós, mastambém a sementeda pacificação soci-

al, trazendo para Caldas Novas ummodelo que já é vitorioso em Uru-açu e que já tem sido implantandocom sucesso também em outrascomarcas do Estado”, finalizou.

Representando o TJ-GO, ojuiz auxiliar da presidência WiltonMüller Salomão falou da importân-cia dos encontros regionais realiza-dos pela Asmego e os resultados namelhoria da prestação jurisdicionalalcançados até agora que, para ele,só se concretizaram graças à parce-ria firmada com o Tribunal de Jus-tiça.

Em palestra, o juiz de Uru-açu Murilo de Faria explicoucomo funciona o Centro de Paci-ficação Social que implantou emsua comarca, em termos de estru-turas física, financeira e instituci-onal. Disse que este não é umprojeto de um homem só, masresultado de di-versas parceri-as, entre elas, afirmada com aAsmego. Res-saltou a viabili-dade de implan-tação em todasas comarcas, apartir do exem-plo bem sucedi-do de ÁguasLindas.

Juiz apo-sentado, advo-gado militantee residente nomunicípio deCaldas Novas, Orimar Bastostestemunhou que, ao desafogaro Poder Judiciário, o projeto doCentro de Pacificação Socialserá muito benéfico para a co-munidade local. “Por acreditarnele, atuarei com muito prazerno projeto como voluntário”,prometeu.

Encontros Regionais continuam com grande participação de público

Caldas Novas implantaráCentro de Pacificação

O prefeito da cidade deCaldas Novas, Ney de Souza, jámanifestou interesse em apoiar aimplantação do Centro de Paci-ficação Social. De acordo comLara de Siqueira, está sendo ava-liada a possibilidade de se firmarum convênio para que o Procon

possa funcionar nasmesmas instalações doCentro.

Na parte insti-tucional, foram discu-tidas questões relativasao aumento do núme-ro de servidores dacomarca; criação demais um cargo de as-sistente de juiz; neces-sidade de melhoria dalogística e da estrutu-ra material das comar-cas da região; determi-nação do TJ para quese altere a carga horá-ria dos magistrados, de

seis para oito horas diárias, e ain-da questões salariais.

A Carta de Caldas Novas,a ser encaminhada à presidênciado TJGO, resumiu as conclusõesdo encontro. A pauta de 2009 seráfechada com o II Encontro doMato Grosso Goiano, a ser reali-zado em novembro.

Momento de descontração após a realização do Encontro

UM CANAL PARA

ENCAMINHAMENTO

DAS DEMANDAS

DOS JUÍZES

CENTRO DE

PACIFICAÇÃO

PODE SER

IMPLANTADO

EM TODAS AS

COMARCAS

COM APOIO

DAS

PREFEITURAS

Fotos: Comunicação Social ASMEGO

O MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADO Goiânia, setembro/2009 ||||| 55555www.asmego.org.br [email protected]

INOVAÇÃO SOCIAL

Projeto Anjo da Guardaconcorre a prêmio da ONU

Comissão Econômica paraAmérica Latina e Caribe(Cepal) da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU)

selecionou o Anjo da Guarda, ideali-zado e supervisionado pelo juiz dainfância e juventude de Goiânia, Mau-rício Porfírio, para participar, junta-mente com outros 19 projetos latinoamericanos, do concurso Experiên-cias em Inovação Social. Dos seleci-onados, cinco serão premiados pelaONU no mês de novembro. Maurí-cio diz que a seleção foi uma gratasupressa, já que “não imaginávamosque a iniciativa fosse tão longe”. Ojuiz acredita que tal reconhecimentose deve aos resultados alcançados atéagora.

Em 2001, quando o projetocomeçou a ser implantado, o Estadode Goiás tinha cerca de 600 criançasdesabrigadas, hoje existem em tornode 200. No mesmo período, houveuma melhora também no índice deadoções, que subiu de cerca de 50 aoano, para algo em torno de 150.

O projeto Anjo da Guarda érealizado em parceria com os vo-luntários do Grupo de Estudos e

Aproximação da sociedade com as criançasA ideia do projeto Anjo da

Guarda surgiu a partir das visitasque o juiz Maurício Porfírio (foto)fazia aos abrigos para criançasabandonadas de Goiânia. “Eu ob-servava que a maioria dessas cri-anças não tinha a esperança se-quer de serem vistas por alguéme, acreditando ser o povo goianotão generoso, eu imaginei que

De acordo com dados dacoordenação do projeto, em 2008,foram apadrinhadas 24 criançascom intenção de adoção e 32 semque houvesse intenção por partedo “padrinho” de adotar essas cri-anças. Segundo Maurício Porfírio,o projeto está entrando agora numa

Apoio à Adoção de Goiânia(GEAAGO) e é voltado para crian-ças com mais de cinco anos que, porcausa da idade, dificilmente sãoadotadas. O projeto se desenvolveatravés de três frentes de trabalho:uma que envolve iniciativas de pro-

teção à criança em situação de ris-co, outra que estimula o retorno dacriança desabrigada ao seu lar deorigem e uma terceira que incenti-va à adoção quando o retorno aolar não é possível ou desejável.

Com base nessas três linhas

são desenvolvidas atividades quepromovem a reaproximação da cri-ança desabrigada com a família na-tural; cursos para pessoas interessa-das em adotar e a aproximação depossíveis pais adotivos das criançasque vivem em abrigos.

Crianças do Abrigo Sol Nascente participam do projeto de apadrinhamento efetivo

muitas pessoas iriam gostar de aju-dar a melhorar essa situação.” Foientão que o juiz cogitou a ideia deque poderia ser a ponte entre essaspessoas e aquelas crianças.

A partir daí foram pensadas epostas em práticas formas de aproxi-mação dessas crianças com a socie-dade. Uma delas, chamadaapadrinhamento afetivo, prevê que a

Apadrinhamento de criança por empresas

criança passe um fim de semanaou uma data especial com os pos-síveis pais adotivos, a fim de secriarem laços de afetividade entreeles; outra é o apadrinhamento fi-nanceiro, que incentiva pessoas aajudar financeiramente criançasque vivem em abrigos e há aindaa possibilidade de ajudar por meioda prestação de serviços.

nova fase: de conclamar empresaspara que também se envolvam como projeto e apadrinhem crianças. Aideia é que as empresas contribuamnão apenas financeiramente, mas queseus membros se envolvamafetivamente, estando presentes nosabrigos e contribuindo para o resga-

te da dignidade dessas crianças apartir da criação de vínculos de so-lidariedade. O juiz afirma que jáestão sendo feitos os contatos comos possíveis parceiros e que essasegunda fase será iniciada aindaeste ano, antes das comemoraçõesnatalinas.

Fotos: Centro de Comunicação TJGO

Juiz Maurício Porfírio,idealizador do projeto

O MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADO6 6 6 6 6 | Goiânia, setembro/2009 www.asmego.org.br [email protected]

Nomeação e posse de trêsnovos desembargadores

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

rês novos desembarga-dores tomaram posseno último dia 16 e pas-saram a compor o Ple-

nário do TJGO. Foram nomeadospor critério de merecimento, Be-nedito Soares de Camargo Neto,

Conheça o perfil e o que pensam os novos desembargadores

BENEDITO SOARES DECAMARGO NETO nasceuem Goiânia, em 27 de outu-bro de 1960. Foi Promotor deJustiça até 1988, quando saiupara ingressar na magistratu-ra. Assumiu a comarca dePetrolina de Goiás, depois ade Pirenópolis, de onde saiupara entrância final da Capi-tal, em 1991.

2º juiz da 9ª Vara Cível e JeováSardinha de Moraes, 1º juiz da 7ªVara Cível e, por antiguidade, IvoFávaro, titular da 1ª Vara Cívelde Porangatu. Uma quarta vaga éreservada ao chamado quintoconstitucional e está aguardando

indicação de nomes pela Ordemdos Advogados de Goiás.

As nomeações mudam a es-trutura da área Cível no Tribunalde Justiça, que atualmente temquatro Câmaras, cada uma com-posta por cinco desembargadores.

A mudança eleva para seis as Câ-maras Cíveis, cada uma com qua-tro membros. A alteração mexetambém com todo o quadro damagistratura, uma vez que abreespaço para novas promoções eremoções.

Como o senhor espera contribuir com o 2ºGrau da Justiça goiana?

Primeiro, me coloco à disposição da admi-nistração do Tribunal para trabalhar onde fornecessário. Nas comissões e nas bancas exa-minadoras de concurso, por exemplo. Depoistentarei imprimir o mesmo ritmo de traba-lho da primeira instância, na Câmara Cívelque eu venha a ocupar.

De juiz para desembargador mudam asresponsabilidades?

Acho que não. Essencialmente, devemos con-tinuar com a mesma responsabilidade e o

mesmo empenho. Como juiz, eu sempre tivea cautela de julgar com responsabilidade, ima-ginando que a decisão não pudesse ser refor-mada por uma instância superior. O quemuda, agora, é a forma de julgar. O julga-mento é compartilhado com outros colegas,mas a responsabilidade é a mesma.

Que tipo de conduta um desembargadordeve ter para desempenhar bem a função?

Ser dedicado ao trabalho e manter boas rela-ções com todos que trabalham com você, se-jam colegas, colaboradores, servidores ou ad-vogados. Esses foram os valores que pratiqueinos meus 22 anos de carreira.

Qual a expectativa em assumir uma vagano Tribunal de Justiça?

Muita alegria e muito entusiasmo. Estou pron-to para trabalhar e desempenhar bem a fun-ção, oferecendo o máximo de empenho paracorresponder a expectativa dos jurisdiciona-dos.

Qual a diferença entre o trabalho de umjuiz e o de um desembargador?

A diferença está na forma de julgar. O Tribu-nal é um órgão colegiado, não há como setrabalhar de forma isolada. É preciso se ade-quar, saber trabalhar em equipe para desen-

JEOVÁ SARDINHA DEMORAES é natural deParaúna, tem 58 anos, sendo26 deles dedicados à magis-tratura. Ingressou na carreiraem 1983, na Comarca deJoviânia, onde permaneceuaté julho de 1988. Depoisatuou nas comarcas de MaraRosa e Inhumas e, por últi-mo, na comarca de Goiânia.

volver bem o trabalho. Além disso, demons-trar uma conduta ilibada, saber compreen-der quando vencido em um julgamento.

Como o senhor avalia a Justiça goiana?

O Poder Judiciário, de uma forma geral, sem-pre foi criticado pela morosidade. Isso não ésimples de se resolver, pois decorre da grandedemanda de processos. Entretanto, as últimasadministrações, a anterior e a atual, principal-mente, têm se desdobrado para agilizar a pres-tação jurisdicional. Um exemplo foi a criaçãodos novos cargos de desembargador que temo objetivo de melhorar a estrutura do Tribunale contribuir com o trabalho jurisdicional.

Como o senhor se sente ocupando um as-sento no TJGO?

Sentimento gratificante por poder integrar umcolegiado respeitado e conviver com desem-bargadores experientes. Sinto que a respon-sabilidade aumenta, é necessário um esforçomaior para corresponder às expectativas.

O que esperar de um bom desembarga-dor?

Muito trabalho, muito estudo e empenho.Julgamentos sem preconceitos e a vontadede se fazer Justiça. Além disso, os desembar-gadores devem estar atentos e acompanhar

IVO FAVARO nasceu na ci-dade de São Paulo em 8 dedezembro de 1951. Formou-se em Direito na UFG em1977 e exerceu a advocacia apartir de 1979. Ingressou namagistratura em 1983, nacomarca de Itapirapuã. Pas-sou por Filadélfia (hojeTocantins) e Porangatu, ondepermanece até hoje.

as mudanças nas legislações e se manterematualizados com os avanços do Poder Judici-ário.

Qual o papel do Tribunal na melhoria daprestação jurisdicional?

O Tribunal tem tido ao longo dos anos umaconduta exemplar tentando acelerar os jul-gamentos e deve continuar agindo assim. Essadeve ser também a meta de todos os desem-bargadores.

O MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADO Goiânia, setembro/2009 ||||| 77777www.asmego.org.br [email protected]

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO

DIÁRIA POR DESLOCAMENTO

Requerimento ao TJGO para que o valor pago aos juízes pelasdiárias por deslocamento a serviço seja o mesmo pago aosdesembargadores.

LICENÇA MATERNIDADE

Decisão favorável em cinco pedidos de extensão de licença-maternidade, antes que o TJGO regulamentasse a prorrogação dalicença para 180 dias.

REGIÃO SUL

Realizado em Itumbiara o 1º Encontro da Regional Sul, compalestra do juiz de Rio Verde, Reinaldo Alves Ferreira, sobreTécnicas de Otimização de Processo.

REMUNERAÇÃO

CNJ determina pagamento da diferença remuneratória ao juiz quesubstituir outro magistrado em entrância superior a sua.

REGIÃO NORTE

Realizado em Goianésia o 2º Encontro da Regional Norte, compalestra do juiz Gustavo Dalul Faria, da comarca de Rio Verde,�Administração Judiciária�.

ABRIL/MAIO/JUNHO

QUINQUÊNIO

Começa a ser paga a diferença de qüinqüênios requerida combase na Res. nº 13 do CNJ. O montante foi dividido em 21 parcelas.

REGIÃO DO ENTORNO

Realizado em Santo Antônio do Descoberto o 1º Encontro daRegional do Entorno do Distrito Federal, com palestra de AntônioUmberto de Sousa Júnior, do CNJ.

GOIÁSPREV

Defesa dos interesses da magistratura em todas as reuniões sobreo projeto que regulamenta a Goiás Previdência.

AUXÍLIO MORADIA

Pagamento das diferenças referentes ao auxílio-moradia,compreendido entre os anos de 1994 a 1997, a chamada parcelaautonôma de equivalência.

TITULARIZAÇÃO

Preocupação com o tratamento de �juízes substitutos titularizados�,dado pelo TJGO aos Juízes de Direito titularizados.

REGIÃO SUDOESTE

Realizado em Rio Verde o 1º Encontro da Regional do Sudoeste,com palestra da juíza Stefane Fiúza Cançado Machado sobreReestruturação de Procedimentos.

PREVIDÊNCIA

Esclarecimentos aos associados sobre sistema único paraservidores dos poderes executivo, legislativo e judiciário, propostono projeto da Goiasprev.

GRATIFICAÇÕES

Requerimento ao TJGO para criação do Plano Geral deGratificações da Magistratura, regulamentado pela Res. 14 do CNJ.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

CNJ acolhe pedido de igualdade na distribuição dos feitos daassistência judiciária em todas as Varas Cíveis, da Capital, deforma indiscriminada.

FUNDESP

Anulada decisão que encaminhava os recursos pecuniáriosdecorrentes de transação penal para a conta Fundesp.

JULHO/AGOSTO/SETEMBRO

RESIDÊNCIA DO JUIZ

Delimitadas as regiões metropolitanas para que juízes possamresidir nos limites de cada região. Os que atuam distante até 50kmpodem residir na sede da região.

ADIN

Protocolada na AMB minuta de ação direta de inconstitucionalidade(Adin) contra a Lei Complementar Estadual n° 66, que criou aGoiásprev.

REGIÃO DO VALE DO ARAGUAIA

Realizado na cidade de Goiás o 2º Encontro da Regional do Valedo Araguaia, com palestra do juiz Murilo Vieira de Faria, de Uruaçu.

SDM

Pedida suspensão da implantação do Sistema de DecisõesMonocráticas (SDM), provocando o seu adiamento para novembro.

FÉRIAS

Mandado de segurança contra Decreto do Presidente do TJGOque suspendeu as férias dos magistrados até o cumprimento daMeta 2 do CNJ.

REGIÃO SUDESTE

Realizado em Caldas Novas o 2º Encontro da Regional Sudeste,com explicações sobre o funcionamento do Centro de Pacificaçãode Uruaçu.

VARAS DE FAZENDAS PÚBLICAS

Preocupação com a mudança das Varas das Fazendas PúblicasEstadual e Municipal para prédio inapropriado na Avenida 85.

PAE

Requerimento pedindo o deferimento da PAE (Parcela Autônomade Equivalência), a exemplo de outros estados.

PROMOÇÕES

Gestões para que o TJGO autorize a formação de lista tríplice naspromoções e nas remoções por merecimento ao invés das listasuninominais.

PAGAMENTO

O TJGO atendeu pedido da ASMEGO e incluiu na folha deste mêso aumento de 5% autorizado por lei sancionada no último dia 8. Opagamento é retroativo a setembro.

O MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADOO MAGISTRADO8 8 8 8 8 | Goiânia, setembro/2009 www.asmego.org.br [email protected]

SAÚDE

2ª Caminhada pela Saúdee Qualidade de Vida

FÉRIAS

Pousada São JoãoBosco, em Caldas No-vas, está preparadapara receberos associ-

ados na temporada de férias que seaproxima.

A gerente Maria José Tomazinforma que foram feitos reparos narede de esgoto e melhorias, comoexpansão do bar aquático e cons-trução de uma nova sauna. Os ar-mários de alguns apartamentos fo-ram reformados e todas as camas etelevisões destinadas aos hóspedesforam trocadas.

Pousada de Caldas Novas seprepara para alta temporada

As reservas já estão sendo re-tomadas. Iveta Rodrigues, respon-sável pelo Departamento de Clubese Pousadas, afirmou que não há maisapartamentos disponíveis, entre osdias 31 de outubro e 2 de novem-bro. Para a virada do ano, no dia 31de dezembro, já foram reservados17 apartamentos. Iveta alerta os as-sociados que planejam se hospedarna pousada, nas férias de fim deano, para que façam suas reservascom antecedência, sob risco de nãoencontrarem apartamentos disponí-veis na data desejada.

ERRATA - Na edição passada, publicamos na página 6 que o des. Gilberto Marques Filhopropôs a realização de uma sessão solene em homenagem ao des. Aluízio Ataídes deSousa. Na verdade, a sessão foi de iniciativa do presidente do TJGO, des. Paulo Teles.

Fotos: Comunicação Social ASMEGO

Fotos: Comunicação Social ASMEGO

ssociados da Asmego e seus familiares da Asmego participa-ram da 2ª Caminhada pela Saúde e Qualidade de Vida, pro-movida no Parque Flamboyant, na manhã do dia 3 de outu-bro. Cerca de 80 pessoas se reuniram no local, onde foi servi-

do lanche e distribuído kits contendo camiseta, protetor solar e sementesde árvores nativas do cerrado, como ipê e aroeira. Os participantes tam-bém contaram com serviços médicos, como aferição de pressão arterial edos níveis de colesterol e glicemia. Um professor de educação física orien-tou os magistrados durante a caminhada.

A diretora social Sandra Regina Teixeira afirmou que esse tipo deiniciativa é importante por reunir os associados e estreitar os laços deamizade. A diretora também ressaltou que o evento é um incentivo à prá-tica esportiva para os magistrados que sofrem com problemas decorrentesdo estresse da profissão.