O CFA para os CRAs

Eleições 2016Sistema CFA/CRAs

ADM. WAGNER SIQUEIRACandidato à Presidência

1ª versão de uma proposta em construção e sujeita a correções, acréscimos e supressões, aprimoramentos e detalhamentos produzidos por discussões e debates junto às comunidades profissionais, empresariais, sociais e acadêmicas.

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Caro Adm. Wagner,

Pela primeira vez na vida, devo confessar a V., estou imen-samente impressionado com a Carta Compromisso. Ela ficou muito, muito, muito além daquilo que eu esperava.

Fiquei emocionado. Ela extrapolou completamente mi-nhas expectativas. Um trabalho de gente grande focado em um futuro maravilhoso para nossa comunidade de ad-ministradores do Brasil. Transformar o CFA em um celeiro de ideias novas, ações estratégicas, mirando a valorização da Administração e irmanando a solidariedade da classe para o benefício da pátria e de nossas organizações.

E ainda fiquei mais feliz com sua ideia de criar no item 21 um Prêmio Literário com meu nome. Uma soberba homenagem que agradeço do coração.

Meus parabéns pelas iniciativas. E conte comigo.

Forte abraço,Idalberto Chiavenato

Prefácio

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Compromisso FULCRAL: Colocar o CFA a serviço dos CRAs

O cotidiano de nossa profissão não existe no CFA mas, efetivamente, nos Conselhos Regionais.

Garantir a harmonia e o equilíbrio de desempenho do Sis-tema. Oferecer condições para que os Regionais tenham

autonomia financeira e de gestão.

É preciso inverter a atual polaridade que vive os Regio-nais, sem o devido suporte, que crescentemente acumulam tarefas, atividades e obrigações demandadas pelo CFA.

É necessário que o CFA se coloque, fundamentalmente, a serviço do maior e melhor desempenho dos Regionais: consultoria, apoio, infraestrutura, processos e procedi-mentos logísticos e estratégicos, e todas as facilidades operacionais deverão ser disponibilizadas e compartilha-das por todo o Sistema CFA/CRAs, a partir do CFA.

Administração: 50 anos de desafios

“O velho não acaba de morrer e o novo não consegue nascer” - Gramsci

Acabamos de comemorar 50 anos de aniversário de regulamentação profissional. Aniversário é sempre tem-po de retrospecto. É tempo de rever o que passou. É

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tempo de avaliar os ganhos e as perdas que tivemos nes-se período. É tempo de avaliar as vitórias, os avanços, as conquistas, as frustrações, os ganhos e as decepções.

Porém, mais do que tudo, é tempo de pensar: e agora, o que fazer?

Aniversário é tempo de firmar propósitos, de redefinir novos rumos, de construir um novo caminho. É tempo de trilhar uma nova senda, de percorrer uma nova vereda. E, claro, forjar uma nova trajetória assentada nos ombros de gigantes, que foram os colegas que nos antecederam nes-ses 50 anos de história profissional.

Se o Sistema CFA/CRAs já estivesse no NOVO, a crise atual não existiria.

O que os pioneiros nos legaram se transformou no presente. Por ter se eternizado, precisa ser respeitado e alavancado. Vivemos uma opção de destino. Precisamos construir um novo presente, um novo futuro.

Precisamos afirmar uma nova vontade política e, con-sequentemente, a busca por um consenso ajustado aos novos tempos.

Construir já e agora um novo Sistema CFA/CRAs, vis-lumbrar novos destinos para a profissão, transformá-los em realidade.

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FOCO

PROCESSOS

UNIVERSOMENTAL

CONCEITOS

TECNOLOGIA INOVAÇÃO+

Dispomos hoje dos indícios mais favoráveis, as circuns-tâncias se articulando em nosso favor. É um tempo perfei-to e de horizonte límpido que nos convoca à reflexão e à ação, ao pensar e ao agir.

O Sistema CFA/CRAs precisa assumir, de forma clara, in-tencional e deliberada, o comando dessa transformação, da mudança, da revolução que a profissão, os Administra-dores e a Administração tanto necessitam.

Por um novo Conselho de Administração, um novo Sistema CFA/CRAs

Não basta fazer o MESMO. Não basta nem fazer o MESMO MELHOR. É preciso fazer o NOVO!

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O Administrador experimenta de forma aguda, neste mo-mento de globalização e de mundialização da economia, o pro-blema de definição do seu papel e de suas funções essenciais no conjunto das profissões regulamentadas no nosso país.

O deslocamento de suas atribuições legais, pela sim-ples atualização da Lei 4769/65, em nada alterará o atual quadro de crise, de indefinição, de marca-passo e de, até mesmo, perplexidade, se acima de tudo não forem revis-tas as bases conceituais e doutrinárias sobre as quais a profissão e suas entidades profissionais se apoiam.

Parece-me útil analisar esse papel a partir de suas concep-ções básicas: uma desenvolvimentista e outra disciplinar ou jurisdicista. Essas concepções não se excluem mutuamente, nem excluem outras. Contudo, tal polarização desenvolvimen-tista versus jurisdicista facilita o exame de diferenças concei-tuais significativas na nossa forma de pensar e de agir. E essas diferenças conceituais decorrem de ênfases bastante distintas na estratégia de condução da profissão em todo o Brasil.

Dilema: Modelo Desenvolvimentista X Modelo Burocrático – Jurisdicista

Como vai ser o Sistema daqui em diante?

Creio que parcela substancial dos dirigentes e lideranças da profissão, ao longo do tempo e do espaço, tem conduzi-do a nossa profissão dentro do script disciplinar, burocrá-tico e jurisdicista. Mas é jurisdicista mesmo, tamanha a

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ênfase na dimensão legal e legalista sob as quais a gestão das nossas entidades se apoia.

Não importa quão intencional, deliberada, conscien-te, ou não, irreversível ou circunstancial, tenha sido essa orientação. O fato é que a percepção generalizada que hoje se tem da profissão, tanto internamente, quanto no conjunto da sociedade e no mundo das organizações, é a mesma em termos de papel e de nível de contribuição so-cial. Embora aqui ou ali, todos nós, nos nossos Regionais, no Conselho Federal, mas sempre assistematicamente, tenhamos todos tentado introduzir orientações moderni-zantes para superação do velho papel social de uma pro-fissão ainda secundária no elenco das profissões do Brasil.

À bem da clarificação do que pretendo postular para o Sistema CFA/CRAs, é bom ficar bastante explícito: não estou minimizando a importância do script disciplinar ou jurisdicista para o fortalecimento da profissão em todo o país, em especial para precatar ou prevenir a sociedade do amadorismo dos leigos, dos gestores chambões, empíricos ou aproximativos. Mas é preciso que todos nós aprenda-mos a capitalizar o fracasso reiterado de leigos na ação de gestão empresarial e de administração pública

Não basta fiscalizar, mas denunciar publicamente o de-sastre da má gestão para as organizações públicas e par-ticulares, que se metem a entregar funções de Adminis-trador e de Tecnólogos de Gestão a leigos, amadores e despreparados profissionalmente.

O papel disciplinar e jurisdicista das entidades profissio-nais é fundamental, não estou negando isso, tanto para o

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interesse da própria profissão, quanto para o conjunto da sociedade e das organizações em geral. A ação disciplina-dora do exercício profissional do Administrador deve ser fortalecida, enriquecida e estimulada.

No entanto, é bem mais do que isto que estou concla-mando aqui: convoco a todos à reconceptualização da nossa ação, das bases estratégicas sob as quais até agora temos implementado as nossas entidades classistas.

O novo espaço social da profissão é bem mais amplo e generoso. Não se esgota com as eventuais conquistas e vitórias decorrentes, aqui ou ali, da ação fiscalizadora e disciplinar. É o espaço voltado para a contribuição da pro-fissão ao desenvolvimento do país, ao desenvolvimento da sociedade em geral, especificamente das organizações públicas e privadas na construção do desenvolvimento, na contribuição do Administrador à plenitude do bra-sileiro como cidadão-cliente, cidadão-contribuinte e ci-dadão-consumidor.

Dentre as reflexões que o papel disciplinar e jurisdicista me evoca, destaco: a dificuldade crescente que o contexto brasileiro apresenta para o desenvolvimento de uma pro-fissão fundamentada na restrição e no disciplinamento, que muitas vezes passa a ser percebida como corporati-vista, autoritária e dissociada da nova realidade mundial da globalização e da sociedade do conhecimento. Estamos principalmente alheios à trajetória migratória dos profis-sionais bem-sucedidos, que militam por uma miríade dife-renciada de funções e organizações atípicas e distintas ao longo da vida.

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E apenas uma parcela muito diminuta, e cada vez me-nos talentosa, se mantém numa mesma atividade profis-sional ao longo de toda uma vida. A maior parte muda o tempo todo e todo o tempo, de organização, de cargos e de funções, e até de profissões.

ÊNFASE

FISCALIZAÇÃO

LEGISLATIVO

EXECUTIVO

JUDICIÁRIO

SOCIEDADE CIVIL

GESTÃO DO SISTEMA

LOBBY POLÍTICO

PARTICIPAÇÃO NODEBATE NACIONAL

Por um CFA para os CRAs

A história nos convoca. A nossa profissão demanda a desenfatização progressiva da linha disciplinar ou juris-dicista, em favor da linha desenvolvimentista. Não é a exclusão da primeira, o que seria inviável e indesejável, mas a primazia do papel desenvolvimentista, pelo qual nós não temos optado conceitual e operacionalmente ao longo de nossa história.

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Estamos no olho do furacão. Precisamos liderar a cons-trução desse novo tempo. Temos exatamente dois anos para começar essa transformação.

É preciso dar o primeiro passo e tanger a letargia do imobilismo e da realidade burocrática que nos envolve, mesmo que edulcorada por resultados indiscutivelmente positivos, alcançados pela trajetória trilhada até agora.

Seguem alguns pontos que, baseados em experiências que já foram implantadas e se consagraram bem-sucedi-das, ou identificadas em pesquisas e observações, ou da nossa própria vivência do cotidiano, que consideramos fundamentais para que elevemos juntos o Sistema CFA/CRAs e a Administração profissional no Brasil a um novo patamar de qualidade, visibilidade e referência.

CRAs

INTELIGÊNCIAEM SISTEMA

INTELIGÊNCIAEM DADOS

ÉTICAREPRESENTAÇÃO

E VISIBILIDADE DAPROFISSÃO

AÇÃO POLÍTICA:ADMINISTRADOR

COMO AGENTE

UNIVERSIDADECORPORATIVA DOADMINISTRADOR

CFA ITINERANTE:TREINAMENTO, ASSESSORIA ESUPORTE AOSCONSELHOS

COMUNICAÇÃO:RÁDIO, REVISTA,

IMPRENSA, CHAT,APP E OUVIDORIA

ADM+: CLUBE DESERVIÇOS,

VANTAGENS EBENEFÍCIOS

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Inteligência em Sistemas

1) Implantação de novos sistemas de gestão com in-teligência em tecnologia que ofereçam, com total autono-mia regional, condições objetivas de ampliação da base de registrados, arrecadação de taxas e anuidades via e-com-merce, controles financeiros e contábeis, além de outros serviços para os profissionais e empresas registrados.

2) Sistema de Autoatendimento: evoluir, padronizar e unificar tecnologicamente os sistemas em um único modelo, totalmente web, reposicionando o Sistema CFA/CRAs junto aos seus registrados e à sociedade, através da excelência e velocidade no atendimento às demandas dos profissionais, das empresas e do público em geral.

3) Reposicionar os CRAs junto aos seus registrados e à sociedade através da excelência em seu atendimento e em serviços prestados via web. É preciso agregar valor à anuidade. É preciso agregar à gestão do Sistema CFA/CRAs os conceitos integrados de comércio eletrônico am-plamente aplicados na sociedade de mercado pelas orga-nizações privadas.

4) Oferecer aos registrados e à sociedade um Balcão de Autoatendimento moderno, integrado aos sistemas atuais, totalmente web, confiável e com boa usabilidade, a fim de possibilitar o pleno atendimento em suas resi-dências, empresas ou onde quer que estejam.

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5) Disponibilizar aos funcionários do Sistema CFA/CRAs o acesso a um sistema totalmente web, autônomo e seguro, com mais funcionalidades, moderno, confiável e com boa usabilidade, a fim de possibilitar o pleno aten-dimento às demandas dos registrados nos Regionais.

6) Proporcionar aos Presidentes e Conselheiros condi-ções objetivas de gestão de seus Regionais, através do uso de sistemas gerenciais que possibilitem a emissão de relató-rios cadastrais, financeiros e contábeis, e o acompanhamento, dia a dia, via web, de todas as demandas, receitas e despesas realizadas, em condições técnicas suficientes para o cumpri-mento das obrigações junto aos órgãos de controle internos e externos.

7) Possibilitar o financiamento total, com recursos do CFA, para a realização das Assembleias de Presidentes, Convenções e Plenárias Federais, em consonância e cum-primento às regras do regimento do próprio CFA.

8) Implantar um Sistema Corporativo certificado, que ofereça a imprescindível segurança de dados, responsabi-lidade do Sistema CFA/CRAs como um todo e, individual-mente a cada um dos Regionais, a quem cabe o controle e manutenção dos cadastros.

9) Definir e implantar um padrão gerencial de proces-sos online, como facilitador na melhor integração para o compartilhamento dos fluxos de informações entre os Re-gionais e o CFA.

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10) Criar o Painel do Profissional, na área de serviços exclusivos para os registrados, conectando o registrado ao mercado e à sociedade via Rede Social do Administrador, Sistema Integrado de Emprego e Estágio (SIEE), Registro de Comprovação de Aptidão Corporativo (Certificação com base no Acervo Técnico), ADM + (clube de serviços, vantagens e benefícios) e Assistência Sociojurídica.

PROFISIONALREGISTRADO

REGISTRO DECOMPROVAÇÃO

DE APTIDÃO

SISTEMA INTEGRADODE EMPREGO

E ESTÁGIO

REDE SOCIALADMINISTRADOR

ASSISTÊNCIASOCIOJURÍDICA

ADM +CLUBE DE SERVIÇOS

E VANTAGENS

Inteligência em Dados - Fiscalização Prospectiva

11) Disponibilização de ferramenta de Bigdata (inteli-gência em busca de dados) para a amplificação das ações de fiscalização de pessoas físicas e jurídicas, que possibili-tarão crescentes aumentos de registrados e receitas, am-pliando o alcance das ações e a autonomia financeira dos

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Regionais. Trazer para o Sistema CFA/CRAs a inteligência de mercado na gestão de dados e de informações.

12) Compartilhamento permanente de experiências e de competências através de grupos executivos mistos, constituídos por Conselheiros Regionais e Federais, sob a li-derança e patrocínio do CFA, mas capitalizando em sinergia o know-how de todos na busca dos resultados pretendidos.

Ética, representação e visibilidade da profissão

13) Criação da WikiAdm, uma área web livre e colabo-rativa para inserção de termos, artigos, mídias, notícias, livros sobre gestão. Fazer do Sistema CFA/CRAs referência informacional em Administração.

14) Fomentar ampla discussão nacional para aprovação das Normas Brasileiras de Administração.

15) Discussão e Reforma do CEPA – Código de Ética dos Profissionais de Administração, frente às novas exigên-cias da sociedade.

16) Criação da Câmara Nacional de Mediação e Arbi-tragem (CNMAdm), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça e demais instituições pertinentes.

17) Atualização da normatização e controle do uso do Símbolo da Profissão.

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18) Oferta anual do Fórum Internacional de Adminis-tração (1º semestre) e do ENBRA – Encontro Brasileiro de Administração (2º semestre), com aporte financeiro per-manente do CFA para a realização de eventos de elevado nível técnico-institucional.

19) Criação de Fóruns Regionais bienais (Norte, Nor-deste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), com apoio técnico e financeiro do CFA.

20) Instituição de novos formatos para os Prêmios Bel-miro Siqueira e Guerreiro Ramos, com a criação de por-tais online permanentes para a inserção da produção inte-lectual, de forma a que sejam automaticamente reabertos a cada encerramento de premiação.

21) Instituição do Prêmio Literário de Administração Professor Idalberto Chiavenato, para premiação de auto-res nacionais. Por muitos anos, o Prêmio Brahma de Ad-ministração protagonizou a maior premiação da produção nacional em livros de Administração. Ajustado aos tempos atuais, a criação deste prêmio contemplará apenas livros publicados e prestará uma justa homenagem e reconhe-cimento ao Prof. Chiavenato pelo conjunto de sua obra, nacional e internacionalmente consagrada.

22) Instituição do Prêmio Delmiro Gouveia, premiação bie-nal destinada ao reconhecimento da profissão e aos casos de sucesso concreto de empreendedorismo e de inovação orga-nizacional, start-ups, pesquisas, estudos e teses dedicadas ao

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desenvolvimento do tema, independentemente de que tais itens possam constar ou não das demais premiações promo-vidas pelo Sistema CFA/CRAs. O título da premiação – Delmiro Gouveia – expressa o reconhecimento a mais importante ex-periência de empreendedorismo e de inovação organizacional já produzida em nosso País, no interior do Nordeste brasileiro, na virada do século XX, sob condições absolutamente adver-sas. Muito pouco conhecido no Brasil, resgatar a contribuição do nordestino empreendedor Delmiro Gouveia faz parte do conhecimento necessário de todos que se dedicam ao estudo e à prática de gestão das organizações.

23) Fórum Permanente de Administração, com discus-são, debate e posicionamento dos grandes temas nacio-nais, colocando os administradores e tecnólogos como agentes de efetiva transformação da sociedade. É preciso institucionalizar a participação da categoria nos temas na-cionais e regionais, dar-lhe voz e vez, implementar ações efetivas consequentes à luta.

24) Promoção de Fórum exclusivo para debate e de ampla discussão nacional da aplicação e uso do Exame de Suficiência em nosso Sistema.

25) Promoção de Fórum de debate e de ampla discussão nacional sobre a possibilidade do Registro de Mestres e Dou-tores não graduados em Administração em nosso Sistema.

26) Promoção de Fórum de debate e de ampla discus-são nacional sobre a possibilidade do Registro de Técnicos

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de Administração de Nível Médio em nosso Sistema.

27) Busca de propostas convergentes e ações comuns com os movimentos sociais de representação da profissão – sin-dicatos e federações – objetivando a melhoria da valorização da categoria no mercado de trabalho e perante a sociedade. Buscar a sinergia convergente entre o conselho e o sindicato em prol das lutas comuns da comunidade profissional.

Ação Política : Administrador Como Agente De Transformação Social

28) Garantir a assessoria parlamentar, jurídica e de im-prensa sustentada por pareceres de especialistas e de profis-sionais em distintos temas, para promover ação política e de marketing institucional e profissional junto às instituições de governo, parlamento, judiciário e sociedade em geral.

CFA Itinerante – Treinamento, Assessoria e Suporte aos Regionais

Assessoria Jurídica

29) Criação de Banco de Pareceres Jurídicos e Juris-prudência Online, elaborado como resultado de estu-dos e análises jurídicas de natureza complexa que exijam aprofundamento, como também para responder consul-

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tas que exijam a demonstração do raciocínio jurídico e o seu desenvolvimento, fornecendo informações como pre-cedentes administrativos, legislação, doutrina jurídica e jurisprudências dos mais diversos tribunais, com objetivo de oferecer subsídios técnicos aos Plenários, Assessorias Jurídicas, Setores de Fiscalização e demais servidores dos CRAs em seus pareceres e decisões administrativas. Vade Mecum eletrônico a serviço da ação de nossas entidades.

30) Suporte e assessoramento jurídico permanente para atendimento às demandas específicas dos Regionais, de forma a otimizar de maneira eficiente e econômica o compartilhamento do saber, propiciando segurança jurídi-ca em relação aos atos praticados, de modo a não acarre-tar penalidades pelos órgãos de controles, emitindo pare-cer com as ações adequadas a serem tomadas. Tudo para garantir que os gestores dos CRAs atuem dentro de uma racionalidade jurídica harmônica, evitando multas adminis-trativas e demandas judiciais. Compartilhar experiências.

31) Instituição do Serviço Online de Orientação Socio-jurídica Gratuita, com objetivo de auxiliar os profissionais registrados nos CRAs e adimplentes, assim como os estu-dantes cadastrados, assegurando-lhes informação e orien-tação voltada à defesa de direitos individuais, nas áreas do Direito do Trabalho, Família, Consumidor, Concurso Públi-co e Estágio. Permitir assim a ampliação do conhecimento sobre direitos e obrigações prioritariamente nos assuntos relacionados à carreira profissional, bem como auxiliando

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direta e indiretamente à Ouvidoria do CFA. O serviço visa à valorização profissional do administrador e do tecnólogo de gestão, por meio de orientações jurídicas em assuntos que reverberem diretamente no seu desempenho profissional.

Concursos Públicos e Capacitação de Pessoal

32) Prover o CFA e os CRAs de pessoal técnica e geren-cialmente qualificado e atualizado para fazer frente às de-mandas dos profissionais e empresas registrados no CRA-RJ.

33) Atuar junto aos poderes públicos para a definição do regramento legal para a realização de concursos pú-blicos em âmbito nacional para os Conselhos Profissionais. Auxiliar os CRAs na elaboração de editais e na coordena-ção dos processos de recrutamento e seleção públicos.

Área Financeira e Contábil

34) Fornecimento de assessoria e orientação especia-lizada permanente aos Regionais para a elaboração das prestações de contas e para o cumprimento efetivo da Lei de Transparência.

35) Auditorias e consultorias preventivas nos Regio-nais, orientadoras, de coaching e de mentoring ao desem-penho institucional, assegurando segurança aos gestores, principalmente nas execuções financeiras e nas prestações de contas aos órgãos de controle externo e à sociedade. Substituir a auditoria punitiva pela preventiva e orientativa.

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Tecnologia da Informação

36) Disponibilizar estudos de necessidades e assesso-ramento na área de informática, de forma a auxiliar os gestores dos CRAs a detectar problemas e buscar solu-ções que possibilitem o melhor uso da tecnologia da infor-mação nos seus Regionais.

Segurança de Sistemas

37) Implantação de Solução UTM (Unified Threat Ma-nagement ou Gestão Unificada de Ameaças). Diariamen-te as bases de dados dos CRAs sofrem ataques de hackers, obrigando o aumento na segurança. Essa solução engloba uma série de soluções de segurança, tais como firewall, prevenções de intrusões de rede, antivírus etc.

38) Disponibilizar Software de Monitoramento e Gestão de Rede, com oferta de relatórios integrados de inventário de hardware e software instalados em todos os computadores, com monitoramento contínuo de desempenho e disponibi-lidade em tempo real apresentado em um único dashboard, sob exclusivo e absoluto controle de cada entidade.

Solução em Comunicação: voz e internet

39) Implantação de comunicação via VoIP – Voz sobre IP, no CFA e nos CRAs, promovendo a integração no Siste-ma com redução de custos para os Regionais, mais seguran-ça e novas possibilidades de comunicação como teleconfe-

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rência, mensagem de atendimento (URA), maior segurança contra invasão na rede, qualidade e velocidade superiores à telefonia convencional, dispensa da necessidade de con-tratação de empresa para manutenção de PABX local e au-tonomia de gestão do sistema feita por cada CRA.

Treinamentos Corporativos – Live Player CFA/CRAs

40) Realização de seminários e encontros para treina-mentos de funcionários e colaboradores dos CRAs, via web conference, para informações e atualizações, pres-tando assessoria nas áreas jurídica, financeira e contábil, fiscalização e comunicação social.

Universidade Corporativa do Administrador

41) Expansão da Universidade Corporativa do Admi-nistrador para todo o Sistema CFA/CRAs, com a integração de profissionais, empresas e estudantes, com a ampliação da oferta de novos cursos com conteúdos exclusivos para o Sistema, como o de Responsabilidade Técnica do Admi-nistrador e de Capacitação de Fiscais.

42) Criação de cursos EAD, com conteúdos especiais para os Administradores e Tecnólogos registrados, vol-tados às expectativas e para atendimento às habilidades exigidas pelo mercado

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O CFA para os CRAs

43) Criação de curso EAD voltado à formação de Coor-denadores de Cursos de Administração, oferecendo ca-pacitação específica para o desenvolvimento de docentes e do mercado de trabalho do mundo acadêmico.

44) Criação de conteúdos voltados à gestão e consul-toria empresarial, para atendimento às demandas e ne-cessidades das empresas registradas no Sistema.

45) Formação de Banco de Conteudistas e Tutores, for-mado por especialistas na área da Administração registrados no Sistema, como valor agregado ao exercício da profissão.

46) Integração da plataforma da Universidade Cor-porativa do Administrador com instituições nacionais e estrangeiras, objetivando o intercâmbio de informações, desenvolvimento de programas educacionais, comparti-lhamento e discussão de artigos técnicos e de toda a pro-dução acadêmica brasileira na área da Administração.

Comunicação: TV e Rádio | Mídia Impressa e Digital

47) Transformar o Sistema CFA/CRAs em referência nacional e regional para todas as questões que envolvem a gestão pública e privada no Brasil.

48) Promover a aproximação e criação de uma rede na-cional de comunicação sobre Administração, interagindo

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O CFA para os CRAs

com as principais referências de mídia impressa e online.

49) Fornecimento de solução de Assessoria de Comu-nicação e Imprensa permanente à ação dos Regionais.

50) Criação de uma rede integrada de Rádio e TV Admi-nistração, com suporte nacional e geração de conteúdos e produções locais: uma TV e uma Rádio em cada Regional.

51) Abertura do canal Administração em TV fechada (Net, Sky), com programação nacional e local, de forma permanente e institucionalizada.

52) Abertura de um canal aberto de rádio, com progra-mação nacional e local

53) Estruturação de uma nova concepção editorial para a RBA, buscando novas bases de referências nacionais e internacionais para informação aos profissionais, empre-sas, estudantes e sociedade em geral. Transformar a RBA na maior referência em nosso país. Integrá-la à nossa luta em benefício das conquistas almejadas pela profissão.

54) Implantação de uma logística eficaz para a distri-buição da RBA entre os registrados.

Ouvidoria

55) Implantação de uma nova Ouvidoria Web para o Siste-ma CFA/CRAs, integrada aos sistemas corporativos nos Regio-nais e ao Serviço de Orientação Sociojurídica, agilizando o en-

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O CFA para os CRAs

caminhamento das demandas dirigidas aos regionais e ao CFA, assim como o devido controle dos atendimentos, respostas e informações aos profissionais, empresas, estudantes e socie-dade em geral. Uniformizar os procedimentos adotados pelo CFA e pelos CRAs com a devida orientação jurídica, quando for o caso. Compatibilizar as informações oriundas da Ouvidoria com os demais sistemas de informação e decisão.

Informação ao Cidadão

56) Criação do atendimento via Chat no CFA, interligado a todos os Regionais, como mais um canal de comunicação entre o Sistema CFA/CRAs, seus registrados e a sociedade.

App do ADM

57) Criação de aplicativo para todo o Sistema CFA/CRAs, compatível com os principais sistemas operacionais utiliza-dos em smartphones, tablets e desktops. Integrar todos os serviços nacionais e locais em um só espaço web (Autoaten-dimento, Ouvidoria, pagamentos, ADM +, Contatos etc.).

ADM + MAIS - SERVIÇOS, VANTAGENS E BENEFÍCIOS

58) Criação de um clube para os profissionais, empresas e estudantes, que reúna vantagens e descontos exclusivos

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O CFA para os CRAs

em transportes aéreos, rodoviários e marítimos, empresas de telefonia celular e de todos os demais serviços e produ-tos com vantagens diferenciadas para os profissionais, em-presas registradas, e estudantes de graduação.

59) Criação de portal institucional nacional, reunindo a oferta de serviços e produtos de profissionais e empresas registradas no Sistema, integrados aos portais institucio-nais dos Regionais.

Fiscalização: Profissional, Empresas, Acervo Técnico

Resgatando a MISSÃO do Conselho.

Quando alguém se pergunta “por que se registrar no CRA?”, já absorveu o processo de desagregação que existe no seio da profissão.

Praticamente 2 milhões de formados, e mal chegamos a 400 mil registrados.

Tal contexto de desagregação da profissão gera a possi-bilidade bem considerável de entrarmos em um beco sem saída que nos leve a marcar passos, a estagnarmos numa profissão que se vangloria de ser a maior do país em nú-mero de estudantes. Mas o número de registros profis-sionais é risível, quase ridículo, em relação à realidade do número de formados a cada semestre.

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O CFA para os CRAs

A nossa curva de crescimento de registros, comparativamen-te à curva de pessoas que estudam Administração, é absolu-

tamente achatada, inexpressiva, acanhada.

Qual é a verdadeira contribuição do Administrador? Qual é a nossa missão? Qual é o nosso domínio profissio-nal? Qual é o nosso campo profissional em nível superior, de graduação, de nível médio e fundamental, de pós-gra-duação, em que domínios nós atuamos? Ou vamos restrin-gir cada vez mais o nosso domínio à origem de uma lei de 1965, para um Brasil de 50 anos atrás? Vamos eterni-zar esse passado? Será que aqueles que formularam a lei 4769/65 a manteriam nos termos em que ela é hoje? As-sim como fizemos com os tecnólogos, é preciso ampliar o espaço de ação de nosso domínio profissional.

O poder não admite vácuo, colegas.

O espaço na luta social é obtido por aquele que o ocupa.

Na luta política-profissional quem vai à roça, perde a carroça. O domínio profissional deixado a Deus-dará por nós, sempre será ocupado por outras profissões. É assim que o contador avança sobre nossas atribuições. É assim que o economista, cujo conselho profissional quase moribundo, quer ressuscitar, ocupando nossas atividades. Todos querem ressuscitar em cima da gen-te, da nossa lei. Os contadores existiriam se não inva-dissem a nossa lei? Será que é só isso? E o engenheiro de produção? E o pedagogo? E vai por aí. E isto se dá no conjunto do domínio do campo profissional do Admi-

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nistrador, que vai do nível fundamental, do nível médio, passa pela graduação de curta e de longa duração, e se espraia pelos MBAs, mestrados e doutorados. Estão ocupando nosso domínio, certamente, cada vez mais. E com a nossa absoluta complacência.

Neste momento, vale a pena se perguntar se não seria opor-tuno, sem renunciar às conquistas já conseguidas, reformular a estratégia de direção do Sistema CFA/CRAs para um papel

marcadamente desenvolvimentista.

É preciso uma nova orientação para afirmação do Admi-nistrador como categoria profissional relevante no seio da sociedade e no mundo das organizações. A oportunidade, o momento atual que se nos apresenta, propicia ao Admi-nistrador o desempenho de um papel social que ainda não foi assumido por nenhuma outra profissão.

Em cada momento histórico, profissões diferencia-das têm desempenhado um papel relevante na socie-dade. Foi assim com os advogados, o país dos bacha-réis. Depois foi também com os engenheiros, no Brasil potência. Foi também com os militares, no período de chumbo da ditadura militar. Foi assim com os econo-mistas, no Brasil milagre.

A história nos convoca agora: é chegada a nossa hora, a vez do Administrador! E para isso, temos que mudar conceitos. Os conceitos modulam e dirigem os destinos. A sociedade nos chama. Como disse Peter Drucker: não há país subdesenvolvido, há país subadministrado.

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O CFA para os CRAs

A crise existe pelas circunstâncias gerais, mas também por-que nós ainda insistimos em manter os velhos hábitos, velhas

atitudes, que precisam ser reconsideradas.

O papel desenvolvimentista é certamente a melhor for-ma de o Sistema CFA/CRAs se desvencilhar do labirinto em que se meteu, a andar quase exclusivamente encilhado por funções legalistas relacionadas aos direitos e deveres do profissional. E a linha desenvolvimentista abrirá diferentes frentes mais prováveis de sucesso, as quais poderão servir de contrapeso às dificuldades inerentes ao jurisdicismo, ao legalismo, aos velhos hábitos, ao disciplinamento que teremos que apresentar como sistema também.

É preciso trocar de roupa, é preciso construir novos hábitos.

Permitam-me particularizar um pouquinho mais essas reflexões sobre a nossa profissão, submetendo à sua con-sideração o aprofundamento de um Programa de Metas e de Compromissos a ser encetado nos próximos 2 anos em direção à linha desenvolvimentista

Devolução de Competências e Autonomia para os CRAs

Inovação – Eficiência – Reinvenção

Administrar com Tecnologia

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O CFA para os CRAs

É preciso dar início ao processo de devolução de com-petências formais, indevidamente assumidas ao longo do tempo pelo CFA em detrimento dos Conselhos Regionais. A Lei 4769/65 diz uma coisa, o decreto regulamenta melhor, um pouco mais do que a lei. Mas os regimentos e normas infralegais ao longo destes 50 anos têm feito do Conselho Federal uma entidade que exacerba e se locupleta de suas competências através dos regimentos e das resoluções nor-mativas, que extrapolam suas competências em detrimen-to dos CRAs. É preciso voltar à origem, à velha Lei 4769/65, em respeito às atribuições dos Conselhos Regionais .

O CFA, pouco a pouco, se torna um grande ‘CRAzão’.

Para compensar o que o CFA executa indevidamente de atribuições em lugar dos regionais, ele perde a vocação de fazer o que lhe compete, como órgão formulador de polí-ticas e de ações estratégicas.

Os Presidentes dos CRAs e do CFA são todos gestores de instituições distintas, têm distintos CNPJ, não são su-bordinados um em relação ao outro. Todos são responsá-veis por suas contas, não há subordinação nem quaisquer níveis de vinculação hierárquica entre CFA e CRAs, apenas papéis e funções diferenciadas. Mas as normativas do CFA insistem em burlar tamanha obviedade institucional.

O CFA sofre crescentemente da síndrome de Brasília, em que se pensa que a vida se restringe à perspectiva atí-pica do Governo Federal, de capital federal. A federação americana nasceu de baixo para cima, os estados são for-

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O CFA para os CRAs

tes, a federação também é forte. Aqui no Brasil, os gover-nadores e prefeitos vivem de pires na mão. É sempre as-sim: “Hei, você aí, me dá um dinheiro aí...” Tal deformação se reedita integralmente no Sistema CFA/CRAs.

É preciso escoimar toda essa lenta acumulação de nor-mas e diretrizes infralegais no CFA, que enfeixa a assunção de competências que não lhe são pertinentes. Nós reedi-tamos no nosso Sistema a deformação que existe no siste-ma federativo brasileiro, em que a União é muito forte e os estados e municípios fracos. E tal deformação fragiliza todo o sistema CFA/CRAs.

Intervenções Potenciais

CFA fortíssimo e fragilidade institucional dos regionais.

A espada de Dâmocles que existe sobre os Regionais é a exacerbação concreta de acumulação de competências no CFA. Por exemplo, hoje depende apenas das circunstan-cialidades da vontade para se ter a edição de resoluções normativas de intervenções nos Regionais.

Desde que voltei em 2009 como conselheiro, e em 2011 como presidente do CRA-RJ, tenho ouvido burburinhos do porquê não ter havido uma intervenção aqui ou ali, porque se não fez ainda vai fazer. Felizmente, a serenidade dos Plená-rios do CFA não tem permitido esse tipo de ação totalitária.

Uma intervenção num Regional tem que ser funda-mentada em bons argumentos, com um processo bem

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constituído, para erradicar de todo o nosso arcabouço normativo-regimental quaisquer vislumbres de resquícios autoritários e intervencionistas, tão próprios da cultura brasileira em geral. Não é fácil matar o monstro do totali-tarismo. Mais difícil ainda é remover seus escombros.

Proder de Custeio

Um Sistema CFA/CRAs só existe quando todos se beneficiam.

É preciso se fazer um “Proder de Custeio”, que nivele os índices de desempenho dos conselhos maiores com os conselhos menores. Temos que ter desempenhos similares em todos os regionais. O Proder em si já é um grande pro-grama, que deve ser apoiado e continuado. Mas é preciso agora evoluir para condições harmônicas que garantam possibilidades análogas infraestruturais de desempenho.

Garantir sustentabilidade no cotidiano dos conselhos menores, criando as condições objetivas para que as nossas entidades tenham recursos adequados, os mesmos desem-penhos e as mesmas possibilidades em todos os rincões do Brasil. Que se equipare, nas possibilidades de desempenho, os conselhos pequenos aos conselhos grandes.

Sustentar o cotidiano dos nossos CRAs menores, dando--lhes tranquilidade para avançar e afirmar local e nacional-mente a nossa profissão. Essa diversidade tão gritante de entidades fortes e fracas precisa ser minimizada por ações de apoio aos Regionais mais frágeis.

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Os Quintos dos Infernos

Abandonar velhos hábitos e conceitos. A mudança dói, por-que significa negar o que a gente ainda acredita.

A relação de cota-parte, oitenta por cento e vinte por cento entre CRAs e CFA se justificava em 1965, quando os Conselhos Regionais existiam em apenas 3 ou 5 estados. É preciso que a nossa profissão tome consciência de que a regulamentação de nossa profis-são se deu nos primórdios da ditadura militar.

A profissão de sociólogo foi rejeitada pelo presidente Castelo Branco, mas a nossa foi sancionada. Nós somos rebentos da legislação da ditadura, que representava efetivamente forte o sistema central e fraco os estados.

Ah, sim, a nossa profissão, talvez nem todos os cole-gas saibam, em 50 anos, viveu 13 anos de intervenção. Nós somos uma organização marcada pelo arbítrio, pela ditadura, pelo totalitarismo, pela intervenção.

Treze anos em 50 anos são praticamente mais de 25% do tempo de repressão, de intervenção. Mas na-quela época, não estava no regulamento, nem na lei, nem no estatuto. O poder de intervenção se fazia com base no tacão da Revolução Militar.

Agora, a legislação da nossa profissão, uma legisla-ção abusiva lentamente elaborada pelo próprio CFA, permite que se não tivermos um plenário sereno, se-remos vítimas de novo do tacão, agora revestido do

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vermute edulcorado da legitimidade legal de normas absurdas e abusivas emanadas pelo próprio CFA.

Atenuar ou mitigar esse quinto dos infernos, oriun-do de uma realidade de 50 anos, quando existiam ape-nas 3 ou 5 dos Conselhos Regionais. Hoje somos 27.

Essa má distribuição de arrecadação reedita a con-centração equivocada da União, dos estados ricos e dos municípios pobres, com poucas exceções.

Um grande potencial de crescimento! Devemos cumprir nosso papel!

É preciso agora valermo-nos desse atual desequilí-brio para desenvolver, através dos recursos generosos do CFA, ações estruturantes imediatas que beneficiem todo o conjunto do Sistema CFA/CRAs.

Os recursos do CFA devem ser postos a equilibrar as realidades infraestruturais de todos os CRAs.

Utilizar intensa e plenamente recursos modernos da tecnologia de informação, que são caros, para garantir avanços operacionais que equilibrem todo o sistema e libertem todas as partes da dependência econômico--financeira de gestão do cotidiano.

E aí se utiliza o conceito de Tecnologia da Informa-ção em sua expressão e acepção mais ampla: o uso intensivo da tecnologia como alavanca do desenvolvi-mento de todo o Sistema CFA/CRAs.

A plena implantação de distintos sistemas digitais, em

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O CFA para os CRAs

planejamento, comunicação e gestão, nos garantirá a oti-mização de desempenho de todo o Sistema CFA/CRAs e a sua autonomia administrativa e financeira, sem quais-quer dependências indevidas. E só então se terá um Sis-tema efetivamente equilibrado, sem dependências nem interdependências indevidas.

Concentração Contábil e Financeira no CFA

Um grande potencial de crescimento! Devemos cumprir nosso papel!

É extremamente preocupante quando murmúrios e co-mentários ao pé do ouvido começam a disseminar a ideia de concentração de gestão contábil-financeira no CFA. Afirma-se, insistentemente, que se pretende realizar, sob a alegação da nova sistemática de prestação de contas ao TCU, um absoluto domínio do CFA na arrecadação para controlar inteiramente a transferência da cota-parte.

Assim, o CFA reteria, a seu bel-prazer, os quintos dos infernos – os famosos 20% a que tem direito – antes de depositar os 80% aos CRAs. É preciso denunciar e impedir quaisquer desvarios de centralização de arrecadação no CFA, como já acontece em algumas profissões coirmãs.

Eis aí um risco de mais uma investida totalitária, con-centracionista, antidemocrática a contaminar mais ainda a higidez de nosso Sistema CFA/CRAs.

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O CFA para os CRAs

Auditoria no CFA

Somos todos responsáveis pela gestão dos recursos recebidos dos registrados.

Auditoria dos Regionais no CFA. Sistema? Nós estamos falando de Sistema? Por que auditoria só do CFA nos Con-selhos Regionais? Por que a auditoria não é dos Regionais no CFA? Se o CFA audita os Conselhos Regionais, porque estes não o auditam? “Pereba que dá no Zé, dá no Mané. Pau que bate em Chico, bate em Francisco”.

Os recursos do CFA são oriundos dos Regionais porque lá são arrecadados. São as contribuições de pessoas físicas e de pessoas jurídicas registradas nos regionais que produ-zem os recursos. Portanto, os recursos de direito do CFA devem ser auditados pelos Regionais.

Pregão Eletrônico

Atender aos CRAs como orientador nas aquisições de bens e serviços

O Tribunal de Contas da União nos cobra, como Con-selhos Regionais, a realização de pregões eletrônicos. Se não os fizermos somos multados em nossas licitações. Mas esses pregões eletrônicos somente recentemente começaram a ser praticados no CFA. Cadê o registro de preços no CFA?

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O CFA para os CRAs

Por que o CFA não atua como banco de preços?

Por que o CFA não assume esse pioneirismo? E que cum-pra também as determinações do TCU, realizando pregões eletrônicos em todo o sistema.

Banco de Preços

Atender aos CRAs como facilitador nas aquisições de bens e serviços.

Está na hora da nossa profissão sair na frente: o Conse-lho Federal de Administração se transformar no banco de preços da nossa profissão. Vinte e oito organizações, o Fe-deral e os Regionais, todos comprando, os preços seriam muito mais baixos e nós estaríamos dando um exemplo ao cumprimento de um dispositivo absolutamente positi-vo na lei de licitações, que não é cumprido em toda a ad-ministração pública, porque agrega e atrapalha interesses não republicanos dos agentes públicos. Se o CFA operasse como banco de preços, todo o sistema compraria mais ba-rato. Vamos nos transformar em paradigma para toda a administração pública.

SISTEMACFA/CRAS

PROGRAMA DEMETAS E

COMPROMISSOS

BIÊNIO2017 - 2018

ADM. WAGNERSIQUEIRA