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O AVANÇO DAS TECNOLOGIAS LIMPAS O AVANÇO DAS TECNOLOGIAS LIMPAS ENTREVISTA ENTREVISTA Laerce de Paula Nunes, presidente da ABRACO ISNN 0100-1485 Ano 6 Nº 25 Jan/Fev 2009 INIBIDORES DE CORROSÃO INIBIDORES DE CORROSÃO

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O AVANÇO DASTECNOLOGIAS LIMPASO AVANÇO DASTECNOLOGIAS LIMPAS

ENTREVISTAENTREVISTA

Laerce de Paula Nunes,

presidente da ABRACO

ISNN 0100-1485

Ano 6Nº 25Jan/Fev 2009

INIBIDORES DE CORROSÃOINIBIDORES DE CORROSÃO

Capa25 1/1/04 6:25 AM Page 1

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Atotech 8/1/06 3:38 PM Page 1

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Sumário

A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968,e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir oestudo da corrosão e seus métodos de proteção.ISNN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaPresidenteEng. Laerce de Paula Nunes – IECVice-presidenteEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRAS/TRANSPETRODiretora FinanceiraDra. Olga Baptista Ferraz – INTGerente Administrativo/FinanceiroWalter Marques da Silva

Diretoria TécnicaEng. Alysson H. Santos Bueno – Akzo NobelEng. Fernando Benedicto Mainier – UFF

Eng. Fernando de Loureiro Fragata – CEPELMauro José Deretti – WEGM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Denise Souza de Freitas – INTM.Sc. Gutemberg Pimenta – PETROBRAS - CENPESEng. Jorge Fernando Pereira CoelhoEng. Laerce de Paula Nunes – IECDr. Luiz Roberto Martins Miranda – COPPEEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Zehbour Panossian – IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

GráficaVan Moorsel

Esta edição será distribuída em marçode 2009.

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

18Fosfatização de Metais Ferrosos

Parte 16 – Decapageme tratamento mecânicoPor Zehbour Panossiane Célia A. L. dos Santos

22Noções Básicas sobre Processode Anodização do Alumínio

e suas Ligas – Parte 12Por Adeval Antônio Meneghesso

26A corrosão por corrente alternadaem dutos instalados sob linhas de

transmissão elétrica – Parte 2Por Sérgio E. A. Filho (compilador)

Artigos Técnicos

6Entrevista

Com a palavra: o presidenteLaerce Nunes

8Matéria de Capa

O avanço das tecnologias limpas

16Notícias do Mercado

34Opinião

Ética empresarial, saúde e segurançaMário Ernesto Humberg

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009 3

ErrataNo artigo “A contribuição das LCRs no reves-timento de poços”, no intertítulo “As LCRs” –páginas 11 e 12, o trecho a seguir está incorre-to: O segundo grupo, mais ligado, é formadopelos aços inoxidáveis duplex e superduplex, osquais podem ser usados em limitadas con-dições de H2S na maioria das ligas austeníticas,apresentando mecânica superior. Quando ocorreto é: O segundo grupo, mais ligado, é for-mado pelos aços inoxidáveis duplex e superdu-plex, os quais podem ser usados em limitadascondições de H2S e apresentam resistênciamecânica superior às ligas austeníticas.

Sumário/Expedient25 1/1/04 8:00 AM Page 1

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ender bem quando a demanda está em alta é tarefa relativamente fácil para quem tembons produtos, preços compatíveis, logística e financiamento. Claro que existem riscos, mas porserem situações com variáveis bastante conhecidas das empresas, os sobressaltos são menores e mais

fáceis de serem absorvidos.O empresariado nacional é marcado por sua criatividade em momentos conturbados da economia,

tendo em vista que estes não foram raros nem longínquos (temos uma inflação estável a pouco mais de umadécada por exemplo, depois de mais de 20 anos sofrendo com esse cenário de instabilidade).

Essa dinâmica nos ensinou que quando o mercado está em retração é preciso, acima de tudo, colocar emprática a criatividade na busca de nichos e demandas reprimidas por produtos e serviços, além, é claro, deestar “antenado” com as expectativas e novos padrões de consumo e de gastos que essa crise global vemimpondo a diversos setores da economia. De qualquer forma, a estratégia “avestruz” evidentemente não trará

recuperação, ânimo e sustentação para ninguém.Os clientes continuam firmes nos mesmos propósitos de verem

atendidas e superadas as expectativas que mantêm em relação aos seusdesejos. Do hambúrguer à Ferrari.

Mais que isso, o encantamento do consumidor é hoje fundamen-tal para manter a satisfação e a fidelidade dos clientes, que trarão re-compensas significativas na propagação positiva de empresas, produ-tos, serviços e marcas.

O governo se esforça ao anunciar investimentos em projetos deinfraestrutura, responsáveis pela manutenção e contratação de profis-sionais das mais diversas áreas de atividades. Também não tem falta-do estímulo ao consumo e ao financiamento. Além disso, a projeção

indica um modesto crescimento econômico para 2009, que pode ser avaliado como animador em funçãoda conjuntura global.

A PETROBRAS concentra a maior parte de investimentos do governo, alguns modelos de automó-veis estão com 60 dias de espera para entrega, algumas empresas voltaram a efetivar turnos de trabalhocancelados. E o que estamos fazendo para reverter o processo de estagnação? Estamos nos comportan-do como um “avestruz” que coloca a cabeça num buraco quando se vê ameaçado, na tentativa de nãoser visto? Temos que encontrar o comportamento leonino que existe dentro de nós e caçar em grupopara que todos sobrevivam. Assim, emerge-se de uma crise muito mais fortalecido do que quando nelase entrou. Essa pode ser a escolha de sua empresa. Pense nisso.

Quando o mercado não está em expansão, crescer pode significar tomar o mercado do concorrente.Como os leões, é preciso demarcar constantemente o território conquistado e ainda ampliá-lo para garan-tir o futuro do grupo, protegendo-o contra invasores que possam se aventurar em invadi-lo. Em condiçõesfavoráveis, o rugido do leão pode ser ouvido a mais de oito quilômetros de distância.

O marketing de sua empresa tem impressionado a concorrência?

No alvo – Estratégias precisas de marketing e comunicação em tempos atribulados é uma forte ala-vanca para continuar na caminhada do desenvolvimento. A Revista Corrosão & Proteção, por exem-plo, pelo seu conteúdo editorial e apresentação gráfica, atinge altos índices de leitura por parte de pro-fissionais qualificados, influentes na especificação e decisão na compra de insumos para o setor.Maximiza a identificação de clientes predeterminados na aquisição de produtos e serviços, invertendoa via convencional de acesso ao mercado.

Mais racional e mais econômica alternativa de obter resultados em um mercado de dimensões con-tinentais. Faça da Revista Corrosão & Proteção uma parceira da sua empresa e sigamos juntos e deter-minados na busca de resultados positivos.

Boa Leitura!

Os Editores

Avestruz ou leão?

Carta ao leitor

Em condições favoráveis,

o rugido do leão pode ser ouvido

a mais de oito quilômetros de distância.

O marketing de sua empresa

tem impressionado a concorrência?

4 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009

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Com a palavra: o presidente

Entrevista

Laerce Nunes

e volta à presidência daAssociação Brasileira deCorrosão (ABRACO), a-

pós nove anos, o engenheiroLaerce de Paula Nunes iniciou,no último dia 2 de janeiro, suasegunda gestão à frente da enti-dade, desta vez para o biênio2009/2010. Para falar sobre anova diretoria, eleita pelos asso-ciados em dezembro de 2008, esobre o planejamento daABRACO para o ano que seinicia, em suas diversas áreas deatuação, Nunes recebeu a Re-vista Corrosão & Proteção, nasede da instituição, no Rio deJaneiro.

“Nós conseguimos formaruma das diretorias mais com-pletas dos últimos tempos, umavez que reunimos pessoas co-nhecidas no mercado, e de dife-rentes universidades, empresasprivadas e órgãos públicos. Nes-te mês de janeiro, todas as reu-niões feitas na sede da associa-ção contaram com a presençamaciça dos membros da direto-ria, o que mostra o comprome-timento e a motivação dessegrupo em fazer com que aABRACO continue em sua cur-va de crescimento. Outro pontopositivo foi a eleição do vice-presidente, visto que nos anosanteriores a escolha era feita porindicação e não por votação. Te-nho certeza, que o Professor Jo-ão Hipólito terá todo o apoionecessário, e vai estar bem pre-parado quando assumir a presi-dência da ABRACO no biênio2011/2012.”

EVENTOS“Em 2009, nosso principal evento é a 10ª COTEQ – Conferênciasobre Tecnologia de Equipamentos, que será realizada entre os dias12 e 15 de maio, no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador.Estaremos participando deste importante evento ao lado de outrasentidades, como o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás eBiocombustíveis (IBP) e a Associação Brasileira de Ensaios NãoDestrutivos e Inspeção (ABENDE). Afora isso, estamos nos progra-mando para organizar alguns seminários setoriais para discutirmosassuntos específicos como, por exemplo, tratamento de superfícies,inibidores de corrosão, proteção catódica e revestimentos metálicos.Aliás, este último tema é de fundamental importância técnica e temsido muito pouco abordado ao longo dos anos.”

CURSOS“Além de continuarmos com a mesma programação dos anos anterio-res, inclusive com o nosso principal curso – Formação de Inspetores dePintura, pretendemos lançar outros. Com a aprovação da nova normabrasileira de qualificação e certificação, um dos cursos que iremos de-

6 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009

O propósito da ABRACO é desenvolver edisseminar o conhecimento, e a

descoberta da camada do pré-sal éuma oportunidade que não podemos perder

“senvolver será o de formação de Inspetores de Proteção Catódica. Outrade nossas metas para 2009 é aprimorar ainda mais o material didáti-co utilizado em nossos cursos.”

PARCERIAS“Faz parte do nosso planejamento estratégico para este biênio, a buscade novas parcerias. A primeira delas, que já está em desenvolvimento,será com a Rede Petro, de Salvador. Trata-se de uma associação quecongrega micro e pequenas empresas de petróleo e gás natural da Bahia,e de outras partes do Nordeste. Outro tipo importante de parceria quetemos a pretensão de buscar, diz respeito às entidades de classe como,por exemplo, os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura eAgronomia (CREA) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas (SEBRAE).”

PETROBRAS“A PETROBRAS é de fundamental importância para a ABRACO.

Por Henrique Dias

Entrevista25 1/1/04 7:12 AM Page 1

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Nossa associação sempre estevemuito ligada aos projetos desen-volvidos pelo Centro de Pesquisase Desenvolvimento LeopoldoAmérico Miguez de Mello (CEN-PES), mas, este ano, a tendênciaé que estreitemos as relações coma parte de engenharia da PE-TROBRAS e com a TRANSPE-TRO, através de nosso vice-pre-sidente, João Hipólito. Essa di-versificação no relacionamentocom a PETROBRAS será im-portante para fortalecer aABRACO.”

PRÉ-SAL“O propósito da ABRACO édesenvolver e disseminar o co-nhecimento, e a descoberta dacamada do pré-sal é uma opor-tunidade que não podemos per-der. Uma iniciativa interessanteseria incluir o tema pré-sal nosseminários que iremos realizardurante este ano. Sem dúvida,esta é uma das formas de discu-tirmos esse assunto dentro dasnossas atividades.”

REVISTA CORROSÃO &PROTEÇÃO“Na minha opinião, a RevistaCorrosão & Proteção está comum bom padrão, mas nós pode-mos encontrar meios para torná-la ainda melhor. Uma das ma-neiras de fazer isso é buscar novosassociados que invistam na revis-ta e a tenham como uma ferra-menta de apoio, divulgação e co-nhecimento.”

PUBLICAÇÃO DE LIVROS“Uma das funções da ABRACOé buscar a produção de literatu-ra técnica na área de corrosão.Sendo assim, o associado quetiver um bom material deve nostrazer para análise, e, em casode aprovação, a associação aju-dará na publicação desse mate-rial. Muitas vezes, a maior di-ficuldade do autor para publi-car um livro é o seu custo ini- Mais informações sobre a ABRACO no site www.abraco.org.br.

cial, mas, a partir do momento, que ele encontra um parceiro tudofica mais fácil. O IBP tem feito isso e vem conseguindo bons resul-tados junto às editoras.”

MENSAGEM AOS ASSOCIADOS“Gostaria de dizer, que a nossa diretoria irá trabalhar sempre de formacoletiva, com a intenção de colocar a ABRACO em um patamar demaior importância no cenário nacional. Foi para isso que nós fomosescolhidos, e esse é o retorno que precisamos dar aos associados. Nós fare-mos tudo o que pudermos, principalmente em relação a novos serviços,com a finalidade de melhorar o nível de informação para os profissio-nais que trabalham na área de corrosão, não só no Rio de Janeiro e emSão Paulo, mas em todas as partes do Brasil.”

MENSAGEM AO MERCADO“É de fundamental importância que empresas imbuídas de interessescomuns unam suas forças na busca de soluções que, direta ou indireta-mente, acabem favorecendo a todos que militam em um determinado seg-mento. Os resultados das iniciativas da ABRACO contribuem não apenascom os associados, mas com todos, empresas e profissionais que se dedicamao estudo da prevenção e controle da corrosão. Precisamos compartilharnossos conhecimentos e nossas necessidades.Estudos dimensionam índices de até 3% do Produto Interno Bruto – PIBde cada país com os gastos em prevenção, controle, manutenção e inativi-dade de equipamentos e componentes. São números extremamente rele-vantes e que demonstram a importância de ações que possam minimizaresses custos.Segundo o relatório do Fundo Monetário Internacional – FMI, o valordo PIB mundial em 2007 foi de 54 trilhões de dólares americanos, sendo1,62 trilhão em gastos globais com corrosão. Se projetarmos os mesmoscálculos para o PIB brasileiro, estaremos falando em valores correspon-dentes a 39,4 bilhões para o setor de corrosão, algo equivalente à par-ticipação da indústria automobilística nacional no PIB brasileiro den-tro do mesmo período.Como lidar com um mercado de tamanha expressão se não estivermosorganizados, unidos, preparados e em sintonia com toda a comunidadetécnico-empresarial do setor? A sinergia é a força que nos unirá.”

Presidente:Laerce de Paula Nunes – Instalações e Engenharia de Corrosão Ltda. (IEC)

Vice-Presidente:João Hipólito de Lima Oliver – PETROBRAS Transportes S/A (TRANSPETRO)

Diretores:Alysson Helton Santos Bueno – Akzo Nobel Ltda.Fernando Benecdito Mainier – Universidade Federal Fluminense (UFF)Fernando de Loureiro Fragata – Centro de Pesquisas Elétricas (CEPEL)Mauro José Deretti – WEG Indústrias S/ANeusvaldo Lira de Almeida – Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)Olga Baptista Ferraz – Instituto Nacional de Tecnologia (INT)Simone Louise Delarue Cezar Brasil – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

A NOVA DIRETORIA

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Entrevista25 1/1/04 7:12 AM Page 2

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Inibidores de Corrosão

o longo dos anos, com odesenvolvimento dosprocessos químicos, mi-

lhares de novos produtos vêmsendo lançados no mercadomundial. As formulações per-mitem uma grande variedade denovos produtos, abarcando des-de novas atribuições a um sabãoem pó, encontrado em qualquersupermercado, até uma com-plexa formulação de inibidoresde corrosão, usada para aumen-tar a vida útil de um duto depetróleo, por exemplo. Mas, deacordo com a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), amaioria dessas formulações ja-mais foi estudada com vistas aocomprometimento da quali-dade de vida do homem. Sendoassim, faz-se necessário o desen-volvimento de uma tecnologialimpa para a utilização dosinibidores de corrosão, e issoinclui uma avaliação cuidadosados produtos químicos usados,assim como das técnicas de pro-teção ambiental.

“O inibidor de corrosão éum produto que se adiciona aomeio com a intenção de dimi-nuir a sua agressividade em rela-ção aos metais. A vantagem doseu uso, além de diminuir oscustos, é continuar trabalhandocom o mesmo material, e a des-vantagem é que são produtos al-tamente tóxicos. No passado,não existia nenhum tipo de pre-venção quanto à utilização dosinibidores de corrosão, uma vezque a preocupação com o meioambiente e com a saúde do tra-balhador era mínima. Hoje, ascoisas mudaram e um exemplodisso é que, antigamente, o usodos cromatos pelas indústrias era

Os inibidores de corrosão são fundamentais para garantir a produtividade dos dutos.A nanotecnologia e cuidados ambientais devem alterar radicalmente esse mercado

O avanço das tecnologias limpas

Por Carlos Sbarai e Henrique Dias

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009 9

de 5.000 ppm (parte por milhão) e, atualmente, não pode ultrapassar0,05 ppm, tendo como base uma das resoluções do ConselhoNacional do Meio Ambiente (CONAMA)”, explica FernandoMainier, professor titular da Escola de Engenharia Química e Petróleoda Universidade Federal Fluminense (UFF).

Utilizados com frequência na indústria petrolífera, os inibidores decorrosão têm grande eficiência na proteção interna de oleodutos, gaso-dutos e caldeiras, e os primeiros registros do uso dessas substânciasdatam do ano de 1921. Naquela época, foi utilizado silicato de sódiona proteção do aço-carbono exposto a águas agressivas. Na década de30, do século passado, vários compostos orgânicos como: toluidinas,fenilhidrazina, piridinas, dimetilamina, entre outros, aparecem, junta-mente com o óxido de arsênio, na decapagem de aço-carbono.Chegam os anos 40, e o cromato de sódio se destaca na proteção anti-corrosiva dos sistemas de água de refrigeração. A partir da década de50, nota-se um avanço da tec-nologia dos inibidores de cor-rosão na obtenção de produtosorgânicos com grande capacidadede adsorção e formação de filmesaderentes à superfície metálica.

“Tanto os produtos orgânicos,quanto o cromato de sódio e oóxido de arsênio são substânciasde alta tóxicidade. Vale lembrarque o banimento dos compostosde arsênio, utilizados nos sistemasde acidificação, ocorreu a partirda década de 70. Quanto ao cro-mato, tem havido uma reduçãodo seu uso e, sendo assim, novoscaminhos já indicam a aplicação de molibdatos e outros produtos”,observa Mainier. Segundo o professor da UFF, as grandes empresaspraticamente desativaram a utilização do cromato nos sistemas derefrigeração, porém, o mesmo não acontece nas pequenas e médias.Estima-se que 90% destas empresas, localizadas no Rio de Janeiro eem São Paulo, ainda usam o cromato na ordem de 600 ppm a 1000ppm. “Atualmente, existe uma preocupação ambiental no sentido deminimizar, ou utilizar produtos não tóxicos e compatíveis com o meioambiente. Daí a necessidade da criação de tecnologias limpas dire-cionadas aos inibidores de corrosão”, afirma Mainier.

A tecnologia limpa pode ser definida como o conjunto de méto-dos e de técnicas que objetiva a minimização dos resíduos, e tem comoeixo central a preservação do meio ambiente. As matérias-primas e aenergia necessárias ao processo devem ser otimizadas e integradas aociclo de produção e consumo, a fim de minimizar o impacto ambi-ental. A operação e os equipamentos envolvidos devem ser ge-renciados com base na gestão crítica, sempre visando diminuir a pos-

FernandoMainer,professortitular daEscola deEngenhariaQuímica ePetróleo daUniversidadeFederalFluminense(UFF)

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possam prever o passivo ambiental e convergir para tecnologiaslimpas”, avalia Mainier.

A professora da Universidade de São Paulo – USP, Isabel Guedes,reforça a postura do professor Mainier. Segundo ela atualmente estu-dar inibidores de corrosão exige não apenas inibir a corrosão dosmateriais metálicos e suas ligas, mas sobretudo não agredir o meioambiente. “Nos últimos anos o mercado vem exigindo aditivos e pig-mentos inibidores de corrosão isentos de metais pesados, além de pro-dutos que ofereçam desempenho superior aos produtos tradicional-mente utilizados”, comenta Isabel.

NanotecnologiaNos estudos recentes relacionados aos inibidores de corrosão, à

questão ambiental deve-se somar aos esforços relacionados à aplicaçãode nanotecnologia no setor. Para Idalina Vieira Aoki, professora edoutora do Departamento de Engenharia Química da EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo – USP, a nanotecnologiaterá, em um futuro próximo, uma grande participação nos conceitosde proteção anticorrosiva, principalmente quanto às tecnologiasbaseadas em moléculas híbridas organo-inorgânicas. “Trata-se daunião das vantagens da parte inorgânica de uma excelente proteçãocom a ótima ancoragem da parte orgânica fazendo o papel de barreira.As inovações ocorridas nos últimos anos nesse segmento têm comofoco o desenvolvimento de produtos considerados atóxicos ou isentosde metais controlados que podem oferecer desempenho igual ou atésuperior aos pigmentos baseados em metais pesados”.

Para a pesquisadora atualmente os holofotes estão voltados para ouso de inibidores de corrosão ecológicos, evitando-se os cromatossempre que possível. “O cromato de zinco tem sido um dos mais efi-cientes aditivos no combate a ferrugem e corrosão, porém as novas leisambientais e de saúde limitaram o uso desse produto. A utilizaçãodeste produto deve acabar, tanto é que na Europa seu uso já éproibido. Vale lembrar que a utilização de óleos minerais, que fun-cionam como uma excelente barreira física contra ar e umidade estásendo gradativamente diminuída por demandarem uma linha dedesengraxamento para sua remoção, antes da aplicação de um sistemade pintura, por exemplo”.

Idalina Aoki aponta outro processo que tem atraído considerávelinteresse dos pesquisadores: o uso da tecnologia sol-gel para produzir

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Isabel Guedes,professora daUniversidadede São Paulo

(USP)

sibilidade de falhas e danos. Euma ferramenta importante nodesenvolvimento de todo esseprocesso, que tem como princi-pal finalidade a melhoria daqualidade de vida do homem, éo Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente(PNUMA), cujo escopo é apre-sentar informações atualizadassobre as mudanças ambientaisaos governos, às indústrias e atodos que delas necessitarem.

“É difícil fazer previsões,entretanto, é fundamental o es-tabelecimento da responsabili-dade diante do futuro, princi-palmente sobre a questão doscontaminantes e da geração deresíduos. De certa forma, taisproblemas podem ser resolvidosatravés de uma avaliação deimpacto ambiental, ou seja, umestudo para identificar e pre-venir as consequências ambien-tais que determinadas ações,projetos e instalações industriaispossam causar à saúde, à segu-rança e ao bem-estar dos sereshumanos e seu entorno. Faz-senecessário o desenvolvimento deuma consciência técnica crítica,que deve ser construída na so-ciedade, sobretudo dentro dasuniversidades, visando o enten-dimento das rotas industriais, asqualificações e as quantificaçõesdos possíveis contaminantes eresíduos gerados durante oprocesso industrial. E, comometa, devemos buscar rotas que

Idalina Aoki, professora e doutora da Escola Politécnica da Universidadede São Paulo (USP)

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quer pré-tratamentos anticorrosivos quanto materiais sensores paraaplicações analíticas. A aplicação dá-se devido a numerosos fatores,como a facilidade de fabricação, a flexibilidade do projeto de síntese eo fato das enzimas incluídas na matriz de sol-gel (caso dos biossen-sores) para manter a sua respectiva atividade catalítica. Dentro dessalinha, pode-se destacar duas resinas, uma à base silanos, usada para asolução de resina de silicone modificada com íons de terras raras oumoléculas orgânicas de inibidores de corrosão, e os compósitos car-bono-cerâmicos, mais precisamente à base de óxidos de zircônio, umavariação do processo sol-gel, a qual visa uma maior proteção para asuperfície dos metais. “Os biossensores construídos com materiaishíbridos impregnados por enzimas apresentam uma lenta lixiviaçãodos mediadores somente após longos períodos de utilização e podemservir de modelo para a formulação de revestimentos impregnados deinibidores de corrosão que seriam liberados da matriz de forma con-trolada ou quando necessário”, comenta Idalina Aoki.

Ainda no campo da nanotecnologia, Isabel Guedes alerta que, de-vido às dimensões em que esses materiais são trabalhados, a ciênciaainda desconhece por completo os efeitos resultantes desses materiaismanipulados. Porém, não se questiona que o caminho será esse e aindústria se encontra em estágio de desenvolvimento em algumas apli-cações, como tintas com poder de auto-recuperação. São os chamadosrevestimentos “inteligentes” que se auto-recuperam quando danifica-dos e tem a capacidade de liberar substâncias que combatem a corrosão.

A pesquisadora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado

de São Paulo, responsável peloLaboratório de Corrosão e Pro-teção Zehbour Panossian, tam-bém acredita que o segmento ca-minha a passos largos no que dizrespeito à utilização de inibido-res de corrosão ecologicamentecorreto. E essa postura decorretambém em função da conquistade novos investimentos. “Em

ZehbourPanossian,pesquisadorado Instituto dePesquisasTecnológicasdo Estado deSão Paulo(IPT)

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EmpresasA Revista Corrosão e Proteção consultou empresas do mercado

nacional de inibidores de corrosão para que comentassem a aplicação,eficiência, inovações e outras questões relacionadas ao tema. Via deregra, a aplicação do inibidor de corrosão na indústria do petróleo écontínua, ou seja, uma bomba dosadora envia o produto inibidorpuro para um sistema de diluição em linha (chamada sistema slipstream) com algum solvente específico como nafta, que na freqüência,o inibidor mais o solvente entram no sistema através de um bico deaspersão à montante do ponto que se deseja proteger. Esse inibidortenderá a seguir o fluxo onde foi injetado e ocorrerá a proteção do sis-tema pela distribuição pela superfície metálica por todos os equipa-mentos por onde o inibidor irá passar. Como existem diferentes sis-temas, também existem diferentes inibidores que se adaptam paracada situação e para cada conjunto sistema/inibidor de corrosão/situ-ação haverá um procedimento e equipamentos de aplicação de ini-bidor de corrosão específico.

O sistema de aplicação geralmente é simples, e a manutenção dosequipamentos de dosagem (bombas dosadoras), quando corretamentedimensionados, é esporádica exigindo recursos mínimos para mantero sistema em perfeita operação. A manutenção do sistema não neces-sita ser local, ou seja, quando uma bomba dosadora que injeta oinibidor de corrosão apresenta algum defeito mais complicado, amesma pode ser rapidamente substituída por uma outra, enquanto aprimeira segue para manutenção, evitando qualquer trabalho de

manutenção na área aonde a aplicação está ocorrendo, comisso evita riscos desnecessários aos trabalhadores envolvidosna manutenção. “O suporte e consultorias técnicas que aempresa tratadora pode oferecer para a refinaria no sentidode efetuar recomendações, ajustar rotas, interpretar resulta-dos, é de suma importância no sucesso de uma aplicação”,comenta Américo Apóstolo, gerente da Dorf Ketal.

Apóstolo avalia inicialmente que as propriedades da bar-reira formada pelos inibidores dependerão do produto queestá sendo utilizado e da superfície que se deseja proteger,assim como as condições do meio, como temperatura.“Existem inibidores orgânicos e inorgânicos, com mecanis-mos de formação da barreira totalmente distintos.Normalmente caso o meio agressivo apresenta pH com va-lores reduzidos, abaixo do ponto da neutralidade, énecessária utilização coadjuvante de aminas neutralizantesou qualquer outro composto alcalino para ajustar o pH emvalores ótimos. Este valor ótimo de ajuste de pH vai depen-der da indústria, do sistema, dos contaminantes, do meioagressivo, do tipo de inibidor de corrosão fílmico, da me-talurgia ou material que se quer proteger, e de mais outrasdiversas variáveis”, comenta Apóstolo.

A Dorf Ketal anuncia que possui diversas novas tecnolo-gias para proteção contra corrosão dos equipamentos dasrefinarias e petroquímicas. “Especificamente um dos maisfortes desenvolvimentos foi a tecnologia Unicor J, que setrata de um inibidor de corrosão para proteção de dutos epolidutos de transferência de combustíveis. “O desenvolvi-mento da Tecnologia ColdTop voltada principalmente paraa proteção de sistemas de topo de unidades de destilaçãoatmosférica que trabalham sob baixa temperatura tem sido

qualquer setor, sempre que setrata de garantir o menor im-pacto ecológico, tanto os órgãosgovernamentais como a iniciati-va privada, participam com for-tes investimentos com o objeti-vo de conseguir um produtonão tóxico. E não é diferentecom as empresas do setor deinibidores”.

AméricoApóstolo,

gerente daDorf Ketal

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o foco do outro grande desenvolvimento da empresa. Quanto maisbaixa a temperatura de topo de uma coluna atmosférica maior opotencial para deposição de sais. A tecnologia compõe-se de aminasneutralizantes especiais que formam sais dentro dos sistemas e deinibidores de corrosão robustos que apresentam maior resistência àflutuações de pH comparativamente nos inibidores a base de imida-zolinas convencionais.

O profissional da Dorf Ketal destaca que as duas principaisfrentes de trabalho da empresa na área de corrosão são: desenvolvi-mento de tecnologias como sequestrante de H2S livre de triazina enitrogênio para a aplicação em petróleo, que não terá impacto norefino comparativamente à própria triazina e outras tecnologiasconhecidas atualmente. “Um outro grande investimento da empre-sa é na área de controle da corrosão por ácidos naftênicos no proces-so de refino. Esses desenvolvimentos são resultado do investimento

de cerca de 5% do faturamentoglobal em pesquisa e desen-volvimento”, diz Apóstolo.

Romeu Rovai Filho, da Dex-ter, explica que os inibidores sãousados também na limpeza dechapas de aço com carepas. “Aína etapa de decapagem, as usinasadicionam pequenas quanti-dades de inibidores, normal-mente produtos orgânicos deelevado peso molecular, queagem como uma barreira, evi-tando ataques preferenciais. Nocaso dos protetores, normal-

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América Latina da Nalco, Paulo Sergio Soares Santiago, acredita dosinibidores de corrosão para aplicação em água industrial, eles se apli-cam a quaisquer segmentos industriais: químicos, petroquímicos,siderúrgico, geração de energia, alimentos e bebidas, manufatura etc.

Das soluções mais recentes apresentadas pela Nalco, Santiago desta-ca o desenvolvimento de um inibidor químico e o controle de aplicaçãode inibidores. “O inibidor recente desenvolvido é o oligômero do ácidofosfino-succínico (PSO, em inglês) que é um derivado de fosfato orgâ-nico (fosfonato) que tem características de atuar como inibidor catódi-co de corrosão e de incrustação de carbonato de cálcio, além de nãoreverter para orto-fosfato. O PSO atua como inibidor catódico, pre-cipitando como um filme de Ca-PSO ou de Fe-PSO, de forma similarao pirofosfato. O filme é formado no cátodo devido ao pH local alto,decorrente da redução do oxigênio que forma íons hidroxila. Trata-sede um filme não-condutor, eliminando a reação do oxigênio na águacom os elétrons produzidos pela reação de dissociação do ferro”.

A empresa informa que investe cerca de US$ 60 milhões anual-mente em P&D, possuindo centro de pesquisas nos Estados Unidos,Europa e Ásia. No Brasil existem desenvolvimentos locais visandoadequação a características específicas do país e que envolvem a divisãode Vendas, Marketing e Suporte Técnico.

A Adexim-Comexim comenta que a presença de inibidores éextensa e estando presente em toda a tinta de fundo (primers) auto-motiva e industriais, nos revestimentos pelo sistema coil coating, nasprimers de tinta uso em navegação, plataformas marítimas e na linhade eletrodomésticos e imobiliária. “Uma questão importante éressaltar que a durabilidade da aplicação é mais em função do merca-do do que do próprio inibidor. Existem produtos que oferecem 20anos de garantia, algo que exige muita responsabilidade”, afirmaCarlos Celso Russo, diretor técnico da empresa. “E cada caso mereceuma atenção especial, pelas condições objetivas de uso e manutenção”.

Russo ressalta que existe ainda certa resistência à substituição dealgumas formulações. “Nos processos de aplicação coil coating para ossistemas de mais longo tempo de resistência, há uma relativa dificul-dade em substituir o cromato de estrôncio por outros produtos”, pon-tua Russo que o aperfeiçoamento e variações de inibidores de corrosãoà base de fosfatos, polifosfatos, ortofosfatos com zinco, alumínio, den-tre outros, proporcionaram o desenvolvimento de inibidores de cor-rosão “ecológicos” de alta qualidade e que já são aplicados no Brasil.

Paulo Sergio Soares Santiago, con-sultor técnico da Nalco

Carlos Celso Russo, diretor técnicoda Adexim-Comexim

14 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009

Romeu Rovai Filho, gerente de Pes-quisa e Desenvolvimento da Dexter

mente são empregados nas eta-pas intermediárias de processosprodutivos de transformação –estampagem, trefilação etc. Po-dem proteger a superfície metáli-ca por algumas horas ou entãopor meses. Já os conversores fa-zem parte do grupo de produtos/processos destinados a prepararas superfícies metálicas ferrosas enão-ferrosas para outros pro-cessos posteriores de acabamen-to superficial, tais como: pintu-ra a pó, pintura líquida, eletro-forese, anodização etc”.

Segundo Rovai, a Dexter,tem como objetivo desenvolver eproduzir produtos e processosamigáveis ao meio ambiente,com elevado padrão de qualida-de e segurança ocupacional com-prometendo-se permanente-mente na busca de novas tec-nologias. “Iniciamos as ativi-dades da Dexter com um pro-grama intenso de nacionalizaçãodas formulações, buscando sem-pre adequar de maneira eficienteas especificações da matriz, nãopoupando esforços para atingir ameta de todos – custo x benefí-cio”, diz Ravoi. Como destaque,ele cita o desenvolvimento e aimplantação de processo para opré-tratamento de plásticos deEngenharia, com o produtoDexsurg VL 80, que age comoum desaguante e anti-estático.

O consultor técnico para

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PubliEditorial Dexter Brasil

A parceria baseada no conceito ganha-ganha é um dos pontos altos da Dexter. Todos osproblemas dos clientes quanto ao tratamento de metais são avaliados como um desafio. Estudar

soluções específicas que atenda necessidades peculiares é um dos nossos maiores diferenciais

Dexter: soluções emtratamento de superfície

Em seu portfólio de serviços,a Dexter Brasil ainda apresentasoluções em sistemas de controlee gerenciamento, tecnicamentedesenvolvidos para otimizar oconsumo dos produtos, reduzin-do custos operacionais e de ma-nutenção de diversos processos,tais como sistema de controle egerenciamento automático debanhos e long life para desengra-xantes e tanques de lavagem. “Aparceria baseada no conceitoganha-ganha é um dos pontosaltos da Dexter”, complementaRovai Filho.

O suporte a esse trabalho sobmedida é dado por laboratóriosanalíticos e tecnológicos equipa-dos com modernos equipamen-tos para ensaios e testes comple-xos. Quanto à produção, especialatenção é dada ao controle dequalidade, fundamental paragarantir a conformidade dos pro-dutos acabados e a confiabilidadedurante seu uso. “Além disso,estamos alinhados com a tendên-cia mundial de buscar soluçõesque garantam a segurança ocupa-cional e o meio ambiente. ADexter atua conforme a Diretivada RoHS (Restriction of CertainHazardous Substances – Restriçãode Certas Substâncias Perigosas).Trata-se de uma diretiva euro-péia, ainda não transformada emlei, que proíbe que certas substân-cias perigosas sejam usadas emprocessos de fabricação de pro-dutos: cádmio (Cd), mercúrio(Hg), cromo hexavalente(Cr(VI)), bifenilos polibromados(PBBs), éteres difenil-polibroma-dos (PBDEs) e chumbo (Pb)”comenta Ronald Gama, gerentetécnico da Dexter Brasil.

specializada em produtose processos para o trata-mento de superfícies me-

tálicas ferrosas, não-ferrosas eplásticas, a Dexter Brasil é umasubsidiária da Dexter Itália, em-presa que possui um time de es-pecialistas na Engenharia de A-plicação, que desenvolvem pro-dutos há mais de 20 anos emdiversos países europeus na áreade pré-tratamento de superfícies.

A sede mundial da empresa éem Casale Litta (Varese) e noBrasil a empresa tem sede em SãoPaulo e vem conquistando o

mercado a partir da oferta desoluções sob medida para omercado industrial. “Procura-mos desenvolver soluções técni-cas e operacionais para a aplica-ção de produtos e processosecoeficientes, com o objetivode proporcionar elevados pa-drões de qualidade e a melhorrelação custo-benefício em tra-tamento de superfície”, observao gerente de Desenvolvimentoe Pesquisa da Dexter Brasil,Romeu Rovai Filho.

A Dexter mantém rígida polí-tica de Eco-eficiência na área deTratamento de Superfície.

Segmentos de atuaçãoAutomotivo e seuscomponentesLimpeza IndustrialLinha Branca – fogões,geladeiras, ar-condicionadosEletroeletrônicoIndústria GeralEquipamentos pesadose manutençãoPlásticoTransporte e rodasPrestadores de serviço –SistemistasCoil Coating

Romeu Rovai Filho, gerente dePesquisa e Desenvolvimento

Ronald Gama, gerente técnico

DEXTER: SOLUÇÃO ECO-EFICIENTE

Mais informações:(11) [email protected]

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009 15

Publi25 1/1/04 7:29 AM Page 1

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Notícias do Mercado

Conforme amplamente divulgado, está emvigor a nova legislação da IMO projetada para sealcançar uma expectativa de durabilidade de nomínimo 15 anos em tanques de lastro de obrasnovas com >500 GT (Gross Tonelage) e cascosduplos de graneleiros de 150m ou mais de com-primento.

A norma IMO MSC.215(82) PSPC (Perfor-mance Standard for Protective Coatings) foi ado-tada em 8 de dezembro de 2006, inicialmentepara todos os navios >500 GT em que o contra-to de construção for acertado em ou após 1º dejulho de 2008. Para todos os petroleiros e grane-leiros, as regras estruturais comuns do IACS in-dicam que os requisitos de revestimentos sejamaplicáveis imediatamente.

A International deu início a um amplo pro-grama de ensaios para testar seus produtos eesquemas de pintura para atender a essa legisla-ção. Com isso, o Grupo já possui 87 sistemasaprovados mundialmente, dentre eles os produ-tos Intershield 300 e Interbond 808 diretamen-te sobre o aço preparado confome o padrão exi-gido pela norma.

International atende à legislação da IMO para Tanques de Lastro

Como resultado de mais um teste, a empresainforma que alcançou a certificação Type Appro-val do Lloyd Register para o sistema de Tanquesde Lastro com os produtos fabricados no Brasilque atendem a IMO/PSPC sem necessidade deremoção do shop primer de zinco. O sistema écomposto pelos produtos – Interplate 855 (shopprimer de zinco) e Interbond 808 (primer/aca-bamento epoxi).

A fábrica da empresa no Brasil já foi audita-da e certificada para a fabricação dos produtosque atenderão à norma pelas classificadorasLloyds Register, DNV e, em breve, passará pelocrivo da ABS e BV. As certificações garantemque a empresa fabrique os produtos na plantabrasileira, evitando a importação e, assim, ge-rando maior confiabilidade e pronto atendi-mento.

Além disso, a Lloyds Register também certi-ficou o Programa de Treinamento da Interna-tional como equivalente à NACE nível 2 eFROSIO nível III, exigidos para a qualificaçãodos inspetores que atestarão o cumprimento danorma.

16 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009

Anticorrosivos na ABRAFATIO tema central do 11º Congresso Brasi-

leiro de Tintas, organizado entre 23 e 25 desetembro, no Transamérica Expo Center, emSão Paulo, será “Tintas do Futuro”, e terá co-mo destaque as mais recentes pesquisas e ino-vações relacionadas à sustentabilidade dacadeia produtiva.

Quem tiver interesse em apresentar traba-lhos técnicos deverá enviar uma sinopse dostrabalhos para avaliação do Comitê Científicoaté o dia 15 de maio de 2009. O texto dasinopse deverá ter entre 20 e 30 linhas emportuguês, inglês ou espanhol e conter o títu-lo do trabalho, nome do autor(es), nome dequem apresentará o trabalho e o resumo doconteúdo técnico.Maiores informações: www.abrafati2009.com.br.

Tintas Renner com ISO 14001Alinhada à busca de soluções que apresen-

tem pouca ou nenhuma agressividade ao meioambiente, a unidade Marítima e ManutençãoIndustrial da Renner Herrmann conquistou acertificação ISO 14001, que avalia a gestão am-

WEG e PETROBRAS no BCGA Boston Consulting Group (BCG) divul-

gou a sua lista das 100 empresas de países emer-gentes consideradas "desafiadoras", durante arealização do no 39º Fórum Mundial, emDavos. A WEG e a PETROBRAS fazem partedo grupo de quatorze empresas brasileiras queconstam dessa lista.

Empresas consideradas “desafiadoras” são a-quelas que estão se globalizando rapidamente edesafiando as líderes mundiais já estabelecidas.O Brasil foi o terceiro país do ranking, ultrapas-sado por China, com 36 empresas na lista, e aíndia, com 20 empresas. As outras empresasbrasileiras listadas são: Coteminas, Embraer,Gerdau, JBS-Friboi, Marcopolo, Natura, Gru-po Odebrecht, Perdigão, Sadia, Vale e GrupoVotorantim.

biental dos processos da empresa.Esse é mais um importante passo da Tintas

Renner na questão ambiental, que já possuiuma linha ecológica classificada como Low Voce No Voc.Para mais informações: www.rennermm.com.br

Mercado25 1/1/04 7:30 AM Page 1

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Artigo Técnico

Fosfatização de Metais FerrososParte 16 – Decapageme Tratamento Mecânico

posição da carepa é a seguinte:• uma camada externa mais rica

em oxigênio, relativamente fi-na, constituída principalmentede hematita (Fe2O3);

• uma camada intermediária,mais grossa, constituída prin-cipalmente de magnetita(Fe3O4);

• uma camada mais próxima aosubstrato, ainda mais espessa,mais pobre em oxigênio, cons-tituída basicamente de wüstita(composição que se aproximade FeO).

Se a carepa fosse uniforme elivre de quaisquer descontinui-dades, ela seria uma excelentebarreira contra a corrosão atmos-férica dos metais ferrosos. Noentanto, esta carepa apresentamuitas fissuras que alcançam asuperfície metálica e por estarazão não são capazes de evitar acorrosão.

A decapagem química podeser realizada em solução alcalinaou ácida enquanto que o trata-mento mecânico pode ser feitopor: jateamento com areia, lixa-mento, escovamento, esfrega-mento com abrasivos. Em am-bos os casos, deve-se limpar asuperfície com solventes orgâni-cos ou desengraxantes alcalinospara retirar eventuais contamina-ções com óleos e graxas, senãopoder-se-á ter problemas:• nos casos da decapagem quími-

ca, a presença de óleos e graxaspode impedir o contato diretoentre o decapante e os produ-tos de corrosão;

• e no caso da limpeza mecânicapoderá ocorrer o empastamen-to do abrasivo utilizado.

No caso de fosfatização, nemtodos os tipos de carepas devemser retiradas: se o tratamento tér-mico, responsável pela formaçãoda carepa, for realizado em at-mosfera controlada e a carepaformada constituir-se de uma fi-na camada de coloração azul,não há necessidade de decapa-gem. Esta fina camada não inter-fere na formação da camada defosfatização (METALS HAND-BOOK, 1987, p.439).

Decapagem com ácidosA decapagem com ácidos é

muito mais eficiente do que adecapagem com soluções alcali-nas, no entanto, apresenta algunsproblemas, citando-se:• danificação por hidrogênio: a

principal reação catódica du-rante a decapagem é a reduçãodo cátion hidrogênio. Por estarazão, a probabilidade de dani-ficação por hidrogênio durantea decapagem ácida é bastanteelevada, especialmente nos ca-sos em que se utilizam longostempos de decapagem e ácidosconcentrados. No caso de açosde alta resistência, este proble-ma torna-se mais grave, deven-do-se evitar decapar com áci-dos estes tipos de aço (TT C-490D, 1993). Em caso de ne-cessidade, deve-se submeter omaterial a tratamento térmicode alívio de tensões e de desi-drogenação;

• contaminação da superfíciemetálica: a contaminação dasuperfície metálica com resídu-os de ácidos é extremamenteprejudicial aos metais. Cuida-dos extremos devem ser toma-

Neste artigo, o foco será a decapagem e o tratamento mecânico das superfícies

antes do processo de fosfatização

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

anto a decapagem quantoo tratamento mecânicosão processos que consis-

tem em remover da superfíciemetálica produtos da corrosãodo substrato tais como os óxidos.Pelo exposto, conclui-se que adecapagem ou o tratamentomecânico constitui-se em umestágio necessário somente noscasos em que na superfície dometal a ser fosfatizado estiverempresentes produtos de corrosão,caso contrário pode-se dispensareste estágio.

Os produtos de corrosão po-dem ter sido formados à tempe-ratura ambiente durante o trans-porte e armazenamento. Estesrecebem a denominação de fer-rugem1. Sua composição básica éuma mistura de óxidos e hidróxi-dos de ferro II e ferro III e suacoloração é avermelhada.

Os produtos de corrosão po-dem ter sido formados a tempe-raturas elevadas durante algumtratamento térmico ou deforma-ção a quente. Neste caso, os pro-dutos de corrosão recebem o no-me de carepas e normalmentesão mais aderentes e de mais difí-cil remoção, tendo coloração azu-lada ou preta. A carepa, normal-mente, é formada por diferentescamadas de óxidos. A composi-ção e a espessura da carepa va-riam com muitos fatores, citan-do-se tempo e temperatura deexposição, composição do aço,composição da atmosfera, severi-dade da deformação. No entan-to, de uma maneira geral, a com-

1. Ferrugem é a denominação dada aosprodutos de corrosão de metais ferrosos.

18 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009

Zehbour25 1/1/04 7:35 AM Page 1

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dos para retirar através de lava-gem com água todo e qualquerresíduo de decapagem. Nestesentido, a decapagem com áci-dos deve ser adotada apenaspara itens de superfícies planasdevendo-se evitar decapar pe-ças rebitadas, soldadas, peçasde geometria complexa que te-nham canais estreitos, peque-nos furos, frestas ou superfíciesporosas (WOLYNEC, WEXLER &FENILI, 1992);

• obtenção de camadas fosfatiza-das de granulação grosseira: àsemelhança dos desengraxantesalcalinos fortes, a decapagemcom ácidos determina a obten-ção de camadas fosfatizadas degranulação grosseira (BIESTEK

& WEBER, 1974, p.166).Mesmo para peças de geome-

tria simples ou peças confeccio-nadas com aços com dureza bai-xa, sempre que possível, deve-seevitar a decapagem com ácidos.Assim sendo, deve-se fazer umaavaliação criteriosa da necessida-de do estágio de decapagem, ins-pecionando as peças antes da fos-fatização. Se a quantidade de fer-rugem for muito pouca, deve-seoptar por ácidos muito diluídos.

Cabe citar o fato de que nemsempre a decapagem determinaa obtenção de camadas de cris-tais grosseiros: é o caso de açoscom alto teor de carbono.Quando estes aços são decapa-dos em soluções ácidas forma-sesobre a sua superfície um resíduoescuro. Acredita-se que este resí-duo promove a nucleação decristais de fosfatos o que resultana formação de camadas fosfati-zadas de cristais finos (BIESTEK &WEBER, 1974, p. 166; RAUSCH,1990, p. 85).

Os ácidos utilizados nadecapagem de metais ferrosossão: o ácido clorídrico, o ácidosulfúrico e mais raramente oácido fosfórico.

O ácido clorídrico pode serusado com concentrações vari-ando de 1% a 50% e à tempera-

tura ambiente. Concentraçõesmaiores de ácido removem maisrapidamente os produtos de cor-rosão, mas também atacam maisfortemente o aço e necessitam delavagem mais rigorosa, devendoser evitadas sempre que possível.

O ácido sulfúrico pode serusado com concentrações entre5% a 20% e a temperatura podevariar de 60ºC a 85ºC.

Apesar do ácido clorídrico sermais caro do que o ácido sulfúri-co, o primeiro é muito mais uti-lizado devido a algumas vanta-gens, dentre as quais se podecitar (SHREIR, 1977; WOLYNEC,WEXLER & FENILI, 1992):• o ácido clorídrico produz su-

perfícies mais limpas e maisbrilhantes;

• o ácido clorídrico não requeraquecimento;

• os resíduos de ácido clorídricosão mais facilmente removíveiscom água do que os resíduosdo ácido sulfúrico;

• de um modo geral, em solu-ções de ácido clorídrico de con-centrações equivalentes à deuma solução de ácido sulfúrico,a quantidade de hidrogênioatômico incorporada é menor.

Conforme já citado, pode-seainda adotar decapagem comácido fosfórico. A concentraçãodo ácido fosfórico pode variarde 15% a 20% (RAUSCH, 1990,p.35). Na prática é raro o usodeste ácido devido ao seu altocusto e baixa velocidade dedecapagem. (SHREIR, 1977, p.12.19; WOLYNEC, WEXLER &FENILI, 1992, p.46). Caso seopte por este ácido, alguns cui-dados devem ser adotados paraevitar a formação de cristais defosfato durante a decapagem,citando-se (BIESTEK & WEBER,1976, p.179):• adotar curtos tempos de deca-

pagem;• adotar temperaturas baixas;• evitar o enriquecimento do de-

capante com íons ferrosos pois,se isto ocorrer, o decapante pas-

sará a funcionar como um ba-nho de fosfatização à base defosfato ferroso.

Muitas vezes, para evitar oataque pronunciado do substra-to, adicionam-se inibidores decorrosão às soluções ácidas. Nocaso de fosfatização, cuidadosextremos devem ser tomadoscom tais inibidores, pois a gran-de maioria destes produtos sãotambém inibidores de processosde fosfatização (RAUSCH, 1990,p.79). Assim, se a lavagem após adecapagem não for eficiente,resíduos destes inibidores adsor-vidos na superfície do metal emprocesso de fosfatização poderãoalcançar o tanque de fosfatizaçãoe causar a diminuição da veloci-dade de formação ou mesmo ini-bição da formação da camada defosfatos. As normas ISO 9717(1990) e a BS 3189 (1991) reco-mendam a imersão em soluçãoácida sem inibidores ou a imer-são em soluções alcalinas parapromover a remoção dos inibi-dores adsorvidos na superfíciemetálica.

Decapantes alcalinosOs decapantes alcalinos são

soluções que contêm agentescomplexantes ou quelantes co-mo o EDTA e gluconatos(FREEMAN, 1988, p.45) e ope-ram a temperaturas elevadas(95ºC). Estes decapantes, porserem alcalinos, apresentampropriedades desengraxantes,removem os óxidos presentesna superfície dos metais e prati-camente não atacam o substra-to de aço e, portanto, não libe-ram gás hidrogênio. Por estarazão, metais susceptíveis àdanificação por hidrogêniocomo os aços de alta resistênciasão preferencialmente decapa-dos com soluções alcalinas.

Estes decapantes são menoseficientes do que os ácidos. Suaeficiência pode ser aumentadapela imposição de correnteanódica ou alternada.

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Tratamento mecânicoMuitos pesquisadores afir-

mam que as melhores camadasfosfatizadas são obtidas quandoas superfícies dos substratos sãosubmetidas a algum tratamentomecânico (BIESTEK & WEBER,1974, p.165; RAUSCH, 1990, p.80-83; MENKE, 1991), tais co-mo: jateamento com granalha,jateamento com areia, escova-mento, lixamento e esfregamen-to. Superfícies assim preparadasapresentam uma rugosidademaior e são mais reativas. Istofavorece a nucleação dos cristaisde fosfatos determinando a ob-tenção de camadas de cristaisfinos. O efeito benéfico do trata-mento mecânico diminui se assuperfícies são colocadas emcontato com desengraxantesalcalinos, decapantes ácidos ousimplesmente com água ou arúmido (BIESTEK & WEBER, 1974,p.165). Além disso, por seremmuito reativas, as superfíciessubmetidas a um tratamentomecânico, especialmente jatea-mento com areia, corroem rapi-damente. Por esta razão, nãopodem ser expostas por muitotempo ao ar atmosférico. Assimsendo, quando se opta por trata-mento mecânico, deve-se evitaro contato com qualquer soluçãoaquosa antes da fosfatização e,ainda, deve-se fosfatizar o maisrápido possível.

Uma outra vantagem do tra-tamento mecânico em compara-ção à decapagem química é aminimização da probabilidadede danificação por hidrogênio.

Apesar das vantagens citadas,no campo da fosfatização o trata-mento mecânico é pouco utiliza-do, salvo em processos contínuospara fosfatização de chapas, fios etiras: neste caso pode-se adotar oescovamento. Isto é devido aofato da fosfatização ser um pro-cesso aquoso, o que torna maisfácil a adoção de pré-tratamentoem meio líquido. Por exemplo,se o pré-tratamento for feito

através de jateamento com areia,este deverá ser realizado em umoutro ambiente de trabalho, poispartículas provenientes do jatode areia poderiam contaminar assoluções utilizadas no processode fosfatização. Um outro incon-veniente seria a corrosão atmos-férica das peças jateadas: o am-biente de fosfatização é normal-mente muito úmido devido aouso de soluções aquosas o quedeterminaria rápida corrosão dassuperfícies jateadas.

Verificação da eficiência dalimpeza

A eficiência de uma limpeza,antes da fosfatização propria-mente dita, é de fundamentalimportância para o bom desem-penho de camadas fosfatizadas.A limpeza ineficiente é uma dasprincipais causas de falhas emserviço de tratamentos suple-mentares aplicados sobre cama-das fosfatizadas como, por exem-plo, tintas e vernizes. Assimsendo, é comum verificar-se aeficiência da limpeza de um pro-cesso de fosfatização.

Podem-se realizar alguns en-saios para esta finalidade. Anorma TT-C-490D (1994) reco-menda a verificação da quebrad’água como um método deverificação da eficiência de lim-peza. No entanto, é importantechamar a atenção de que a que-bra d’água nem sempre é ummétodo eficiente. Por exemplo,quando se adota como desengra-xante uma emulsão que torna asuperfície do substrato hidrófo-ba, o ensaio de quebra d’águaindicaria uma limpeza ineficien-te, porém este é um pré-trata-mento extremamente eficientepara os processos de fosfatização.

Segundo BLOCK (1980), amelhor maneira de verificar a efi-ciência de limpeza num processode fosfatização é o esfregamentoda superfície do substrato comum papel absorvente branco outecido macio branco e limpo

(wipe test). Este esfregamentoretirará da superfície do substra-to qualquer resíduo o que pode-ria ser facilmente verificado peloaspecto da superfície do papel oupano branco. Este autor apresen-ta resultados de ensaios realiza-dos com vários corpos-de-provaque passaram no ensaio da que-bra d’água porém não no ensaiode esfregamento com papel oupano. Ensaios de desempenhorealizados com tais corpos-de-prova mostraram resultados insa-tisfatórios quando comparadoscom corpos-de-prova que passa-ram tanto no ensaio de quebrad’água como no de esfregamentocom papel ou pano.

Uma maneira de verificar aeficiência de um pré-tratamentoé o exame visual da própria cama-da fosfatizada: camadas unifor-mes só são obtidas sobre superfí-cies bem limpas isentas de óleosou graxas ou óxidos. Qualquerdeficiência da limpeza é imedia-tamente percebida pela não-uni-formidade da camada fosfatizada(FREEMAN, 1988, p. 48-49).

Outros ensaios ainda são cita-dos na literatura (FERNANDEZ,1999), a saber:• ensaio com fita adesiva: colocar

uma fita adesiva transparentesobre a superfície metálica,arrancar e em seguida colocarsobre um folha de papel branca(tipo sulfite). Ao lado desta fitacolocar uma outra fita adesivasem uso, como ensaio embranco. Comparar as duas fitasadesivas, ou, visualmente, ouatravés de um calorímetro. Estetipo de ensaio é eficiente ape-nas para verificar a presença desujeiras que podem ser removi-das pela fita adesiva utilizada;

• ensaio com solução de sulfatode cobre: imergir a superfíciemetálica em uma solução desulfato de cobre acidificada poralguns segundos (por exemplo10 s) e em seguida observarvisualmente a superfície metáli-ca: a deposição não-uniforme

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RAUSCH, W. 1990. The phosphating ofmetals. 1st.ed. Great Britain : Red-wood Press, 416p.

WOLYNEC, S.; WEXLER, S. B.;FENILI, C. 1992. Proteção contracorrosão durante armazenamento etransporte. 2. ed. São Paulo : IPT.222p. (Publicação IPT 1997).

BLOCK, William V. 1980. How to cutphosphating costs through cleaning.Plating and Surface Finishing. v.67,n.2, p. 20-22, Feb.

BS 3189 : 1991; ISO 9717; 1990. Me-thod for specifying phosphate conversioncoatings for metals. London : BritishStandards Institution, 1990, 15p.

FERNANDEZ, V. 1999. How clean isclean? COATING’99, 1999,Dallas. Proceedings… Dallas, p.825-838.

FREEMAN, D. B. 1988. Phospatingand metal pre-treatment. 1st ed.New York : Industrial Press, 229p.

METALS Handbook. 1987. 9 ed. Me-tals Park : ASM, 17v. v.5 : Surfacecleaning, finishing and coating. p.439.

MENKE, Joseph T. 1991. Phosphate coa-ting specifications – a comparison. MetalFinishing. v.89, n.10, p.23-27, Oct.

de cobre é indicativa de limpe-za deficiente (o cobre deposi-tar-se-á apenas em superfícieslimpas, no entanto, se a sujeirafor de partículas metálicas oufina camada de ferrugem, esteensaio pode não detectar pois ocobre pode depositar-se sobreeste tipo de sujeira). Este ensaioé eficiente para detectar presen-ça de óleos e graxas.

A limpeza adequada dasuperfície é uma das condiçõesimportantes para a obtenção decamadas fosfatizadas de boa qua-lidade. Na próxima edição, asetapas de ativação (condiciona-mento ou refinamento de grão) eneutralização serão abordadas.

Referências Bibliográficas

BIESTEK, T.; WEBER, J. 1976.Electrolytic and chemical conversioncoatings. 1st ed. Wydawnictwa :Porteceilles. 432p.

Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Ciências(Fisico-Química) pela USP.Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Química(Fisico-Química) pela USP.Pesquisadora do LCP.

Zehbour25 1/1/04 7:35 AM Page 4

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Artigo Técnico

Noções Básicas sobre Processode Anodização do Alumínio

e suas Ligas – Parte 12

Por Adeval

Antônio

Meneghesso

Colaborador:

João Inácio

Gracciolli

(Surface

Finishing - CBA)

sta parte do artigo irá tra-tar dos defeitos que sãorevelados durante o pro-

cesso de anodização, quandoestes são oriundos de diversasfontes e diversos estágios demanuseio das peças a serem tra-tadas.

Defeitos no processo deAnodização

Aprisionamento de ar/gasesdurante a coloração

Característica: áreas circula-res de vários diâmetros sobre olado inferior das peças engan-chadas.

Causas: Retenção de ar/ga-ses devido ao posicionamentoinadequado das peças na gan-cheira, inibindo a migração dopigmento para o interior dosporos.

Onde ocorre: No tanque deanodização.

Correção: Efetuar o engan-chamento com inclinação sufi-ciente que permita a saída do arou gases.

Contaminação do eletrólitoda anodização por cloretos

Característica: Pits profun-dos, em forma de estrelas pretas,localizadas ao acaso, onde não hápresença de filme anódico nasáreas corroídas.

Causas: Contaminação doeletrólito de anodização por clo-retos 150-200 ppm (máximo).

Onde ocorre: No banho deanodização.

Correção: Utilizar água livrede cloretos, de preferência, águadesmineralizada/deionizada.

Corrosão por água de lavagemCaracterística: Pitting em

forma de estrela ou aranha,muito superficial.

Causas: A causa precisanão é conhecida. Presume-secomo causa a combinação deuma superfície de alumínioativa ou contaminantes naágua de lavagem.

Onde ocorre: Aparece emsoluções e águas de lavagens áci-das, antes da anodização.

Correção: Independente dacondição das águas de lavagens,adicionar 0,1% de ácido nítrico.

Defeitos de polimentomecânico

Característica: Aparecem co-mo manchas de forma irregula-res ou regiões com diferentesgraus de brilho.

Causas: Falta de uniformida-de no polimento.

Onde ocorre: Na anodização.Correção: Utilizar técnicas

corretas de polimento.

Defeitos relacionados com aSelagem – A

Característica: Depósito depó sobre a superfície das peças(smut).

Causas: água da selagem comelevada dureza.

Onde ocorre: Na selagem.Correção: Abrandar a água

ou utilizar água desmineralizada.

Defeitos relacionados com aSelagem – B

Característica: Peças quemancham facilmente (retêmmarcas de dedos).

Causas: Condições de sela-

gem fora dos valores recomen-dados.

Onde ocorre: Na selagem.Correção: Verificar pH, tem-

peratura, tempo e concentração.

Descoloração das zonasafetadas termicamenteem juntas soldadas

Característica: Manchas irre-gulares claras ou escuras nas jun-tas soldadas.

Causas: Abundante precipta-ção incoerente de Mg2Si naregião termicamente afetada,com tamanho de partículas gros-seiras nesta região, atingindotemperaturas da ordem de400ºC – 450ºC.

Onde ocorre: No ataquealcalino e na anodização.

Correção: Não devem seranodizados perfis soldados. Usarjuntas mecânicas.

Desengraxe inadequadoCaracterística: Ataque alca-

lino (fosqueamento) não-uni-forme.

Causas: Solução de desengra-xe fraca ou gasta para esse fim oupráticas insuficientes que nãopromovem a remoção completade óleo, graxas, compostos depolimento etc.

Onde ocorre: No ataquealcalino.

Correção: Renovar a soluçãode desengraxe ou aumentar atemperatura ou tempo dobanho.

Flor de Zinco (Spangle)Característica: A aparência

do perfil adquire um aspecto desuperfície galvanizada de forma

11ª Etapa – Defeitos

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não-uniforme.Causas: Ataque preferencial

do grão devido à contaminaçãoda solução de fosqueamentocom zinco; teor de zinco na ligaalto.

Onde ocorre: No tanque deataque alcalino.

Correção: Controlar o teorde zinco em 6 ppm (máximo) nasolução de fosqueamento ou uti-lizar aditivo complexante dozinco.

Lavagem inadequadaCaracterística: Aparecimen-

to de manchas sobre a superfíciedo perfil quando se efetua a co-loração do filme anódico, resul-tando em um acabamento nãouniforme.

Causas: Remoção incomple-ta do sulfato de alumínio dosporos do filme anódico anteriora pigmentação.

Onde ocorre: Na coloração.Correção: Lavar o filme por

2 minutos, no mínimo, em umalavagem ácida (pH = 2,0 máx.),imediatamente após a anodiza-ção, seguindo-se uma lavagemmais neutra antes da coloração.

Mancha branca (White EtchBloom)

Característica: Aparece co-mo mancha branca não-unifor-me sobre perfis das ligasAlMgSi.

Causas: Ataque alcalino não-uniforme devido a presença dofilme de MgO/Al2O3 sobre per-fis das ligas AlMgSi resfriadosbruscamente ao ar. O MgO érelativamente insolúvel na sodagerando uma aspereza, a qualreflete a luz incidente, resultandoem uma aparência branca.

Onde ocorre: No tanque deataque alcalino.

Correção: O processo deanodização deve ser alterado,imergindo o perfil em uma solu-ção desengraxante a quente parao amolecimento de MgO, antesdo ataque alcalino.

Manchas de fosqueamentoCaracterística: Aparecem co-

mo manchas de escorrimento nosentido vertical de remoção daspeças do tanque, principalmenteem chapas, devido suas grandesdimensões.

Causas: Ataque preferencialdevido à temperatura elevada dasolução de fosqueamento, quan-do da passagem da gancheira dotanque de fosqueamento para otanque de lavagem.

Onde ocorre: No tanque deataque alcalino (fosqueamento).

Correção: Diminuir a tem-peratura da solução alcalina oudiminuir o tempo de transferên-cia do banho alcalino para o tan-que de lavagem. Instalar sprayintermediário para lavagem.

Perda de contato elétricodurante a anodização

Característica: Adquire colo-ração cinza escuro, próximo aoponto de contato, associado àformação de uma camada anódi-ca final iridescente (arco-íris).

Causas: Ataque do ácido sul-fúrico sobre o perfil, quando omesmo não tem contato elétricosuficiente; caso haja um contatoelétrico temporário, no inicio daanodização, haverá a formaçãode um filme com característicasiridescente.

Onde ocorre: No tanque deanodização.

Correção: Promover ótimocontato elétrico.

Pitting de solução deabrilhantamento químico

Característica: Pitting nasuperfície do alumínio.

Causas: Baixo teor de ácidofosfórico na solução, alta tem-peratura de operação, teor deácido nítrico elevado, desengra-xe inadequado, que não remo-vem os compostos de polimen-to (massa de polir).

Onde ocorre: No tanque deabrilhantamento químico.

Correção: Controle analítico

e operacional do processo e de-sengraxe adequado.

Pitting de solução defosqueamento

Característica: Aparecem co-mo pitting severo e marcas deerosão na superfície do perfil.

Causas: Descontrole nasconcentrações dos produtos quí-micos da solução.

Onde ocorre: No tanque deataque alcalino (fosqueamento).

Correção: Ajustar a soluçãopara a composição correta.

“Queima” de anodizaçãoCaracterística: O filme anó-

dico adquire um aspecto de póbranco, removível após a ano-dização, podendo dissolver ometal.

Causas: Combinação de ex-cessiva densidade de corrente,temperatura alta e agitação ina-dequada do eletrólito.

Onde ocorre: No tanque deanodização.

Correção: Uso de densidadesde corrente, temperatura e agita-ção do eletrólito adequada.

Obedecer aos parâmetrosdos processos pré-esatabelecidos.

Eng. Adeval Antônio MeneghessoDiretor superintendente da Italtecno do Brasil – Contato com o autor: [email protected].: (11) 3825-7022

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Publi Editorial

Proatividade nos negócios

Onda de demissões pega setor sindical despreparado.A atuação das centrais sindicais para enfrentar os efeitos da crise mundial no mercado de trabalho reveladespreparo para defender o trabalhador, falta de sintonia com o cenário econômico e social e atrelamento departe do movimento social ao governo Lula, na avaliação de especialistas… (Folha de S.Paulo, 28/2/2009)

Isto não é problema exclusivo dos sindicatos.Sua empresa está preparada? A maioria não está.Demitir funcionários, fechar unidades de negócios, cortar despesas etc., não garantem sua sobrevivência.Algumas desaparecem, apesar do encolhimento. Aquelas que sobrevivem, por outro lado, muitas vezesdescobrem novas formas de fazer o negócio e se perguntam: “Por que não fizemos isto antes?”São as empresas reativas. Só acordaram diante da grande ameaça.

Por outro lado, existem também empresas preparadas. São pouco afetadas pela crise.Para elas, a crise é apenas um acidente de percurso.

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Artigo Técnico

A corrosão por corrente alternadaem dutos instalados sob linhas de

transmissão elétrica – Parte 2

fase duto/ soloe cupom/ soloacrescido dovalor da quedaôhmica, não-compensada.Para uma aná-lise mais real,as medidasdeveriam sercorrigidas. Es-tudos estãosendo condu-zidos em labo-ratório para odesenvolvimento de técnicas demedição com compensação daqueda ôhmica em sistemas sujei-tos à corrente AC. De qualquermaneira, as medidas apresentadase discutidas neste trabalho serãoutilizadas para uma avaliaçãoqualitativa da existência ou nãode interferência de corrente ACno duto estudado. A previsão ter-modinâmica para ver se os níveisde interferência causarão ou nãocorrosão deverá ser realizadacomparando o potencial da in-terfase duto/ solo sem a contri-buição da queda ôhmica com opotencial de equilíbrio do ferro.

As figuras 29, 30 e 31 mos-tram as formas de onda do po-tencial tubo/solo de medidas rea-lizadas nas caixas de válvula V05-03, V 05-04 e V 05-05, respecti-vamente. Paralelamente são mos-trados os conteúdos harmônicos

de cada uma das formas de onda.Para facilitar a discussão é apre-sentada a tabela 3, que mostra arelação entre o conteúdo harmô-nico e a fonte de interferênciaAC, e a tabela 4 que mostra to-dos os parâmetros elétricos en-volvidos nas medidas de poten-cial duto/solo e cupom/solo.

A análise espectral da medidada forma de onda do potencialtubo/solo realizada na caixa deválvula V 05-03, mostrada nafigura 29, indica claramente aocorrência de interferência dossistema de distribuição de ener-gia elétrica devido à elevadacomponente 180Hz; já na caixade válvula V05-04 (figura 30)verifica-se uma forte influênciade linhas de transmissão de altatensão pela elevada componente60Hz e baixa componente180Hz; na caixa de válvula V 05-

O presente trabalho tem o objetivo de propor metodologias de medição para avaliaros níveis de tensão AC em dutos, bem como avaliar termodinamicamente

a probabilidade de ocorrência de corrosão por corrente AC dos dutos

s medidas de potencialduto/solo tiveram a fina-lidade de avaliar os ní-

veis de proteção catódica e osníveis de interferência AC tantonos dutos como nos cuponsinterligados aos dutos. Confor-me mencionado, foram selecio-nados três caixas de válvulas doOBATI para a condução doestudo. Antes de apresentar osresultados obtidos em campo,será apresentado um exemplode medidas obtidas em campo,os quais serão discutidos. Acre-dita-se que isto facilitará a com-preensão e a discussão das me-didas de campo.

A figura 28 mostra um exem-plo típico de medida de forma deonda de potencial duto/solo rea-lizada em campo. Para facilitar aanálise, foi traçada uma linhahorizontal indicando o potencialde equilíbrio do ferro (–0,85VECSC). Potências abaixo destevalor indicam que o duto ou ocupom estará no domínio daimunidade, portanto catodica-mente protegidos. Para poten-ciais acima deste valor, o duto ouo cupom estariam termodinami-camente favoráveis à corrosãopor corrente AC. Para facilitar avisualização, o domínio da cor-rosão foi destacado em azul.Convém salientar, que os valoresde potencial medidos em camporepresentam o potencial da inter-

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Autores:Sérgio E.A. Filho,Zehbour

Panossian,Neusvaldo L.

de Almeida Mário L.

Pereira Filho,Diogo L. Silva,

Eduardo W.Laurino , JoãoHipólito de L.

Oliver Gutemberg de

S. Pimenta ,José Álvaro de

C. Albertini

TABELA 3 – ANÁLISE DO CONTEÚDO HARMÔNICO DA FORMA DE ONDA DO POTENCIAL TUBO/SOLO

Conteúdo harmônico Principal fonte de interferênciaElevada componente 60 Hz e baixa componente 180 Hz Linhas de transmissão de alta tensãoBaixa componente 60 Hz e elevada componente 180 Hz Sistemas de distribuição de energia elétrica

Componente 120 Hz Sistema de proteção catódica

Figura 28 – Forma de onda típica do potencialtubo/solo

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C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009 27

05 (figura 31) são verificadas in-terferências tanto de linhas detransmissão de alta tensão comode sistemas de distribuição deenergia elétrica.

Quanto aos valores de poten-ciais tubo/solo do acoplamentoAC + DC, verifica-se nas figuras29, 30 e 31 que os perfis das for-mas de onda em cada uma dascaixas de válvula foram bastantedistintos.

Parte da forma de onda dopotencial encontra-se acima dopotencial de equilíbrio do ferro(–0,85 VECSC) o que indica queos dutos estariam termodinami-camente sujeitos a corrosão AC.Vale ressaltar que não houve cor-reção da queda ôhmica nas me-

didas de potencial tubo/solo.Analisando os resultados

mostrados na tabela 4 pode-severificar que tanto os dutosquanto os cupons encontravam-se protegidos catodicamente, vis-to que os valores de EDC são maisnegativos do que –0,85 VECSC.No entanto, os valores de Epico

encontram-se acima do poten-cial de equilíbrio do ferro e, des-ta forma, tanto os dutos quantoos cupons estavam termodina-micamente favoráveis à corrosãoAC, em maior ou menor grau,salvo a questão da queda ôhmica,fato já observado nas figuras 29,30 e 31. Como os valores dospotenciais de pico (Epico) dasmedidas realizadas na caixa de

válvula V05-04 foram os maio-res encontrados, eles foram des-tacados em vermelho. Os valoresde potencial de pico das medidasrealizadas na caixa de válvulaV05-03 foram destacados emverde devido aos baixos valoresencontrados e, para a caixa deválvula V05-05, os valores fo-ram destacados em amarelodevido aos valores intermediá-rios entre as caixas de válvulaV05-03 e V05-04. Estes resul-tados apontam altos níveis deinterferência AC para os cu-pons e dutos da caixa de válvu-la V05-04; médios níveis deinterferência AC para os dacaixa de válvula V05-05 e bai-xos níveis de interferência AC

Figura 29 – Perfil da forma de onda do potencial tubo/solo das medidas realizadas nos dutos na caixa deválvula V05-03

TABELA 4 – PARÂMETROS ELÉTRICOS ENVOLVIDOS NAS MEDIDAS DE POTENCIAL TUBO/SOLO E CUPOM/SOLO

Local de medida EDC EAC EAC+DC Epico

(VECSC) (VECSC) (VECSC) (VECSC)

CP 13 –1,3 1,9 2,3 2,1Claros –1,5 2,1 2,5 2,2

V 05-03 CP 12 –1,4 2,0 2,4 1,5Escuros –1,6 2,0 2,6 1,8CP 11 –1,6 0,8 0,8 1,4CP 03 –1,4 15,1 15,1 20,0Claros –1,4 17,4 17,4 22,8

V 05-04 CP 02 –1,3 16,9 16,9 22,8Escuros –1,5 17,3 17,3 22,8CP 01 –1,4 16,8 16,9 22,0CP 06 –1,6 3,4 3,8 2,4Claros –1,8 4,2 4,5 3,2

V 05-05 CP 07 –1,6 3,3 3,7 2,2Escuros –1,6 4,0 4,3 3,0CP 08 –1,6 3,5 3,8 2,8

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28 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009

para os da caixa de válvula V05-03.

As tabelas 5, 6 e 7 mostramos aspectos dos corpos-de-prova

bem como as taxas de corrosãoobtidas após três meses de expo-sição às interferências de corren-te AC. Em cada tabela são mos-

trados também os resultados ob-tidos com os corpos-de-provabrancos, os quais ficaram enter-rados pelo mesmo período dos

TABELA 5 – TAXAS DE CORROSÃO DOS CUPONS INSTALADOS NA CAIXA DE VÁLVULA V 05-03 DO OBATILocal Cupom Dispositivo Cupom após Cupom após Taxa de

de retirada do local limpeza corrosãoinstalação (µm/a)

V 05-03 CP 11 0,689

CP 12 0,736

CP 13 23,2

CP 14* 42,2

CP 15* 40,1

*cupons de corrosão “brancos”, não interligados aos dutos e, portanto, sem proteção catódica e sem interferência de corrente AC.

Figura 30 – Perfil da forma de onda do potencial tubo/solo das medidas realizadas nos dutos na caixa deválvula V05-04

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TABELA 6 – TAXAS DE CORROSÃO DOS CUPONS INSTALADOS NA CAIXA DE VÁLVULA V 05-04 DO OBATILocal Cupom Dispositivo Cupom após Cupom após Taxa de

de retirada do local limpeza corrosãoinstalação (µm/a)

V 05-04 CP 01 55,8

CP 02 21,9

CP 03 45,1

CP 04* 73,4

CP 05* 89,7

*cupons de corrosão “brancos”, não interligados aos dutos e, portanto, sem proteção catódica e sem interferência de corrente AC.

de estarem catodicamente prote-gidos, visto que estavam comum potencial EDC mais negativosdo que –0,85 VECSC. Além disto,

Observando as referidas tabe-las, verifica-se que todos os cu-pons apresentaram corrosão emmaior ou menor grau, a despeito

demais, não interligados aos du-tos, portanto sem a interferênciade correntes AC e sem proteçãocatódica.

Figura 31 – Perfil da forma de onda do potencial tubo/solo das medidas realizadas nos dutos na caixa deválvula V05-05

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009 29

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TABELA 7 - TAXAS DE CORROSÃO DOS CUPONS INSTALADOS NA CAIXA DE VÁLVULA V 05-05 DO OBATILocal Cupom Dispositivo Cupom após Cupom após Taxa de

de retirada do local limpeza corrosãoinstalação (µm/a)

V 05-05 CP 06 2,76

CP 07 0,642

CP 08 0,731

CP 09* 93,3

CP 10* 58,8

*cupons de corrosão “brancos”, não interligados aos dutos e, portanto, sem proteção catódica e sem interferência de corrente AC.

30 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2009

verificou-se uma certa correlaçãoda taxa de corrosão e os níveis deinterferências AC: maiores taxasde corrosão foram observadaspara valores de Epico mais eleva-dos (CP 01, CP 02 e CP 03 ins-talados na caixa de válvula V 05-04). Cabe ressaltar que o CP 13instalados na caixa de válvulaV05-03 representa exceção aesta tendência, visto que apre-sentou uma taxa de corrosãocomparável às taxas de corrosãodos cupons instalados na caixade válvula V 05-05, mesmosujeita à menor interferência decorrente AC.

A tabela 8 relaciona todos os

resultados das medidas elétricasrealizadas nos cupons e as taxasde corrosão dos mesmos. As ta-xas de corrosão obtidas nos cu-pons podem ser relacionadoscom os seguintes parâmetros elé-tricos: potencial de pico da for-ma de onda do potencial tu-bo/solo (Epico), densidade de cor-rente AC (JAC) e razão densidadede corrente AC e DC (JAC/JDC).A medida do Epico foi introduzi-da pela equipe técnica do presen-te estudo e, o seu critério é que aestrutura metálica enterrada estáimune à corrosão AC se, e so-mente se, o Epico estiver maisnegativo do que –0,85 VECSC. Os

critérios para densidades de cor-rente (JAC e JAC/JDC) em relação àprobabilidade de ocorrência decorrosão AC foram apresentadosna tabela 1.

Pelo critério do Epico, todos oscupons estavam termodinamica-mente favoráveis à corrosão AC,salvo a questão da queda ôhmi-ca. Por esta razão, todos os valo-res de Epico foram destacados emvermelho indicando a probabili-dade de ocorrência da corrosãoAC. Pelo fato dos cupons CP01,CP02 e CP03 apresentaremmaiores valores de Epico em rela-ção aos demais, seria razoávelesperar que as taxas de corrosão

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rente AC com a corrente DC e aforma de onda resultante desteacoplamento, que em últimaanálise é a responsável por qual-quer processo eletroquímico quevenha a ocorrer na interfase du-to/solo. Havendo o acoplamen-to, o potencial a ser consideradoé a soma do potencial AC comDC, em cada instante, e o crité-rio para verificar se um determi-nado duto está ou não protegidocatodicamente não pode ser feitocom base no potencial duto/soloDC, mas sim com base no po-tencial duto/solo acoplado, qualseja, EAC+DC, devendo-se afirmarque um duto está catodicamenteprotegido ao longo do tempo, see somente se, em cada instante opotencial EAC+DC assumir valoresque posicionam o duto no do-mínio da imunidade no diagra-ma de Pourbaix, domínio estecujos limites dependem do valordo pH duto/solo. Como o maiorvalor do potencial EAC+DC é justa-mente o potencial de pico daforma de onda, pode-se simplifi-car o critério afirmando que umduto está catodicamente protegi-do ao longo do tempo, se esomente se, o potencial de picoda forma de onda do acopla-mento do potencial AC e DCassumir valores que posicionamo duto no domínio da imunida-de no diagrama de Pourbaix.

Assim sendo, é proposta, nes-te estudo, a obtenção da formade onda do acoplamento AC eDC e a comparação do potencialde pico desta forma de ondacom o potencial estabelecido co-

mitigação da corrosão por cor-rente AC. Tais critérios tiveramcomo base as medidas de densi-dade de corrente JAC e/ou JDC, asquais são determinadas experi-mentalmente em cupons de cor-rosão instalados em campo, sen-do o valor de JAC também esti-mado com uma fórmula empíri-ca, usando os valores de poten-cial eficaz AC e de resistividadedo solo. Os critérios mais aceitospelos autores e aqueles mais res-tritivos estão apresentados demaneira resumida na tabela 1.

Nenhum dos critérios citadosna literatura, incluindo os apre-sentados na tabela 1, é considera-do como sendo um critério segu-ro para a mitigação da corrosãopor AC, uma vez são relatados,na literatura, inúmeros casos defalhas em campo em dutos cujascondições de operação satisfa-ziam os critérios estabelecidos.

Fazendo uma análise críticade todas as informações apresen-tadas na literatura consultada,verificou-se que os critérios esta-belecidos têm como base parâ-metros cinéticos (densidade decorrente) e não termodinâmicos,o que é uma incongruência vistoque previsões de ocorrência ounão de qualquer evento devemser feitas tendo como base a ter-modinâmica e não a cinética.Além disto, percebeu-se que to-das as medidas realizadas referi-am-se individualmente à corren-te AC (JAC ou EAC eficaz) ou àcorrente DC (JDC ou EDC), nãohavendo nenhuma citação queconsidera o acoplamento da cor-

destes cupons fossem maiores,fato este que foi comprovado naprática.

Para JAC e JAC/JDC, algunsresultados foram destacados emverde e outros em amarelo. Osresultados destacados em verdeindicam baixa probabilidade deocorrência de corrosão AC e osresultados destacados em amare-lo indicam média probabilidadede corrosão AC, critérios estespropostos pela literatura (tabela1). Assim, nenhum dos cuponsestava com elevada probabilida-de de corrosão AC, o que nãoexplica os resultados das taxas decorrosão dos cupons.

DiscussãoA revisão bibliográfica reali-

zada mostrou que, a partir dadécada de oitenta do século pas-sado, a corrosão por corrente ACem dutos enterrados passou a sermuito estudada devido a inúme-ros casos de falhas observadosem campo decorrentes da inter-ferência de correntes AC. Estesestudos permitiram verificar quedutos com valores de potencialDC duto/solo dentro dos limitesde proteção catódica podemsofrer corrosão por AC, sendoesta corrosão mais provávelquanto maior a intensidade dacorrente AC e menor a freqüên-cia da corrente AC.

A partir de estudos de casosde falhas em campo e de expe-riências em laboratório, algunscritérios foram estabelecidospara serem usados como ferra-menta para detecção e posterior

TABELA 8 – RESULTADOS DAS MEDIDAS REALIZADAS NOS CUPONS DE CORROSÃO E TAXAS DE CORROSÃOCupom Epico (VECSC) JAC (A/m2) JAC/JDC EDC (VECSC) TC (µm/a)

CP 01 22,0 12,3 7,9 -1,4 55,8CP 02 22,8 6,3 5,7 -1,3 21,9CP 03 20,0 54,5 8,7 -1,4 45,1CP 06 2,4 6,2 1,8 -1,6 2,76CP 07 2,2 6,9 1,6 -1,6 0,642CP 08 2,8 4,9 1,5 -1,6 0,731CP 11 1,36 14,5 3,4 -1,6 0,689CP 12 2,52 7,0 2,3 -1,4 0,736CP 13 2,08 3,6 0,9 -1,3 23,2

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do potencial de pico desta formade onda com o potencial estabe-lecido como limite aceitável deproteção catódica, que tradicio-nalmente é –0,85VESCS é funda-mental para avaliação da proba-bilidade de ocorrência de corro-são AC. A corrosão por correnteAC ocorrerá se o potencial depico da forma de onda de poten-cial tubo/solo resultante do aco-plamento AC + DC for menormenos negativo do que–0,85VECSC.

Referências bibliográficas1. GOIDANICH, S.; LAZZARI, L.;

ORMELLESE, M; PEDEFERRI,M.P., Influence of AC on carbon steelcorrosion in simulated soil solutions,16th ICC, paper n. 04-03, Beijing,China, 2005

2. FUNK; PRINZ, SCHONEICH,Investigation of Corrosion ofCathodically Protected SteelSubjected to Alternating Currents,3R International, 32, 1992

3. NACE INTERNATIONAL 2007,AC Corrosion State-of-the-Art:Corrosion Rate, Mechanism, andMitigation Requirements, NACETG 327, 2007

4. WAKELIN, R., R. GUMMOW, S.SEGALL, AC Corrosion – CaseHistories, Test Procedures andMitigation, Corrosion/98, paper n.98565, Houston, 1998

5. COLLET, E; DELORES, B.;GABILLARD, M.; RAGAULT, I.,Corrosion due to AC influence ofvery high voltage power lines on pol-yethylene-coated steel pipelines: eva-luation of risks – prevestive measures,4, p. 221-226, 2001

6. D. FUNK, H.G. SCHOENEICH,Problems with Coupons whenAssessing the AC-Corrosion Risk ofPipelines, 3R International, Specialsteel Pipelines 41, 10-11, p. 54,2002

Os créditos dos autores en-contram-se na primeira partedeste trabalho (edição número24). Compilador: Sérgio E. A.Filho – [email protected].

tensão, dos sistemas de distribui-ção de energia elétrica ou do pró-prio sistema de proteção catódi-ca. Não há citações claras abor-dando a questão se a influênciada corrente alternada é devida àscorrentes alternadas de induçãoou às correntes alternadas disper-sas no solo. Neste projeto, foifeita uma investigação para iden-tificação da origem das prováveisfontes de interferência. Para tal,foi lançada mão da análise doconteúdo harmônico das formasde onda obtidas em campo, umavez que este parâmetro é umaferramenta eficaz para tentarmapear as possíveis fontes deinterferência em uma faixa dedutos.

A análise do conteúdo har-mônico das formas de onda obti-das, durante os ensaios com cu-pons de corrosão instalados noOBATI, mostrou que a correntealternada pode ter diferentes ori-gens em trechos diferentes doduto. No geral, foram observa-das no OBATI: elevada compo-nente 60Hz provavelmente ori-unda de interferências de linhasde transmissão de alta tensão,baixa amplitude da componente120Hz e, em alguns trechos, altacomponente 180Hz provavel-mente oriunda do sistema de dis-tribuição de energia elétrica dosgrandes centros urbanos.

ConclusãoCom base na literatura, cons-

tatou-se que os critérios adotadospara verificar possíveis interfe-rências de corrente AC ainda nãosão totalmente confiáveis. Alémdisto, foi verificado que as medi-das realizadas em campo levamem consideração apenas os valo-res individuais de corrente ACou DC, não se considerando osvalores decorrentes do acopla-mento das correntes AC maisDC. A obtenção da forma deonda do acoplamento dos poten-ciais AC e DC, com correção daqueda ôhmica, e a comparação

mo limite aceitável de proteçãocatódica, que tradicionalmente é–0,85 VECSC. Esta proposição éfeita com base na termodinâmi-ca, o que garante que a previsãoseja usada com segurança.

Para poder aplicar na práticao critério proposto, foram adqui-ridos equipamentos e desenvol-vida uma metodologia que per-mite a realização das seguintesmedidas em campo: potencialAC eficaz, potencial DC, poten-cial do acoplamento das corren-tes AC e DC, forma de onda doacoplamento AC e DC, poten-cial de pico AC e DC (obtido apartir da forma de onda), corren-te AC e corrente DC.

Apesar da adequação do cri-tério proposto, na prática, esbar-ra-se com o seguinte problema:ensaios realizados em laboratórioe em campo mostraram clara-mente que os valores de poten-cial duto/solo medidos em cam-po sofrem forte influência daqueda ôhmica. No caso de dutosnão sujeitos à interferência dacorrente AC, a queda ôhmica écorrigida fazendo-se a leituracom o sistema de proteção cató-dica desligado (potencial off). Noentanto, na presença de corren-tes de interferência AC, esta prá-tica não é adequada, pois, opotencial off lido engloba aqueda ôhmica da corrente ACque circula no sistema, mesmocom o sistema de proteção cató-dica desligado. Sendo assim,deve-se desenvolver uma meto-dologia em campo que permita aleitura do potencial duto/solosem a influência da queda ôhmi-ca decorrente da circulação dascorrentes AC e DC. Este será umdos objetivos de trabalhos aserem desenvolvidos.

Finalmente, foi verificadoque nenhum dos trabalhos con-sultados faz referência à origemdas fontes de corrente alternada,sendo citado, na literatura, ape-nas a ocorrência de interferênciasdas linhas de transmissão de alta

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Opinião

número de empresas quevêm criando seus códigosde ética ou de conduta e,

ao mesmo tempo, desenvolven-do significativos projetos de res-ponsabilidade social é crescente.Algumas denúncias públicas edeterminados números do mun-do do trabalho mostram, no en-tanto, uma situação menos favo-rável do que seria de se esperarcom essas iniciativas.

Assim, acusações feitas por en-tidades respeitadas sobre a cor-rupção na política têm, em mui-tos casos, uma empresa como cor-ruptora. A esse problema nas re-lações externas se somam as ques-tões internas de segurança e saú-de ocupacional, onde os dados pa-recem indicar que faltam medi-das efetivas para reduzir os preo-cupantes indicadores negativos.

Os números oficiais mostramque o Brasil continua sendo umdos campeões em acidentes detrabalho e mesmo de mortes. Eos dados recentemente divulga-dos pelo Ministério da Previdên-cia Social indicam um salto de134% nos casos de doenças ocu-pacionais, em menos de um ano,o que, em parte, tem como causaa mudança no critério de classifi-cação dessas doenças. Indepen-dente disso, o número real decasos deve ser bem maior do queo oficial, pois muitas moléstiasresultantes de atividades desen-volvidas no exercício profissionalnão são computadas. É o caso,

Mário Ernesto Humberg

Ética empresarial, saúde e segurança

Os números oficiais mostram que o Brasil continua sendo um dos campeões

em acidentes de trabalho e mesmo de mortes

Mario Ernesto HumbergConsultor e conferencista de ética organizacional e de comunicação, é presidente da CL-AComunicações e do Conselho do Instituto PNBE de Desenvolvimento SocialContato: [email protected]

por exemplo, de doenças de coluna adquiridas pelo excesso de esfor-ço, ou do câncer causado pelo manuseio ou pela exposição a produ-tos perigosos, que se manifestam anos depois, quando o trabalhadorjá se aposentou. Além disso, mais da metade da população economi-camente ativa atua na área informal, cujos dados não existem.

Outro aspecto não considerado nessa estatística são moléstias re-sultantes de empregos mal remunerados, que obrigam os trabalhado-res a viver em locais sem condições adequadas de higiene e habitabili-dade, do que decorrem doenças infectocontagiosas. Como consultorconstatei muitos casos de empresas com resultados vultosos, cujos em-pregados moravam em situação precária, o mesmo acontecendo, deforma mais intensa, com certas categorias do funcionalismo público.

Nenhum programa de sustentabilidade, responsabilidade social ouética empresarial pode ser considerado efetivo e real, e não apenas pro-mocional, se qualquer dessas situações acontece na organização. Piorainda é a observação do Ministério da Previdência de que há empresasque subnotificam os casos de doenças ocupacionais ou acidentes de tra-balho, por razões econômicas (recolhimento do FGTS e maior estabi-lidade aos afastados) ou para “aparecer bem na foto” (acidente zero).

Hoje há preocupação generalizada com o déficit da Previdência,parte do qual decorre do alto custo dos benefícios acidentários, queabsorveram R$ 10,7 bilhões em 2007. O Governo Federal tomou asalutar iniciativa de mudar o critério do Fator Acidentário de Preven-ção (FAP) que era igual para todas as empresas de um mesmo setor, eagora passa a ser definido por empresa – quanto menor o número deocorrências, menor a contribuição que ela vai pagar ao Seguro deAcidentes do Trabalho.

Essa iniciativa governamental representa mais um estímulo aosdirigentes de empresas éticas, socialmente responsáveis e sustentáveis,para que desenvolvam programas educativos e de prevenção internas,que possibilitem reduzir drasticamente os números de acidentes detrabalho, doenças ocupacionais e problemas correlatos dentro de suasempresas. E, ao mesmo tempo, para que identifiquem as situações derisco que possam estar ocorrendo na vida externa de seus colaborado-res, de modo a oferecer salários e benefícios que permitam condiçõesdignas de moradia e saúde para eles e suas famílias.

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