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GESTÃO DE NEGÓCIOS – ART. 464º Ss. QUESTIONÁRIO 1. Defina gestão de negócios e diga quais os seus pressupostos. 2. O que se entende por «por conta» e «no interesse» do dominus? 3. Defina «negócio», para efeitos do art. 464.º. 4. Distinga gestão de negócios de representação voluntária e mandato. 5. Como se designam os sujeitos, na gestão de negócios? 6. Distinga ratificação de aprovação. 7. Distinga a gestão regular da gestão irregular e diga quais os direitos do gestor em cada caso. 8. Consequências da aprovação? 9. Sendo a gestão irregular, quais os direitos do gestor? 10. E na regular? 11. Sendo a gestão regular, mas não tendo sido aprovada pelo dono do negócio, quais os direitos do gestor? 12. Sendo a gestão irregular, mas tendo sido aprovada pelo dominus, quais os direitos do gestor e como pode exercê-los? 13. Refira os deveres do gestor. 14. Entendo o gestor iniciado a gestão, pode desistir dela a todo o tempo? 15. Distinga gestão representativa e gestão não representativa. 16. Qual o regime aplicável, na gestão representativa, nas relações internas e externas. 17. Qual o regime aplicável, na gestão não representativa, nas relações internas e externas? 18. O que acontece, na gestão representativa, se o dono do negócio não ratificar o negócio celebrado entre o gestor e o terceiro? 19. Qual a forma que deve revestir a ratificação? 20. Qual o regime da responsabilidade do gestor? 21. Pode falar-se de gestão de negócios quando o gestor suponha, erroneamente, que o negócio lhe pertence? 1

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Direito das obrigações II

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Page 1: Gest Neg Resolvido 2 (5)

GESTÃO DE NEGÓCIOS – ART. 464º Ss.QUESTIONÁRIO

1. Defina gestão de negócios e diga quais os seus pressupostos.

2. O que se entende por «por conta» e «no interesse» do dominus?

3. Defina «negócio», para efeitos do art. 464.º.

4. Distinga gestão de negócios de representação voluntária e mandato.

5. Como se designam os sujeitos, na gestão de negócios?

6. Distinga ratificação de aprovação.

7. Distinga a gestão regular da gestão irregular e diga quais os direitos do gestor em cada

caso.

8. Consequências da aprovação?

9. Sendo a gestão irregular, quais os direitos do gestor?

10. E na regular?

11. Sendo a gestão regular, mas não tendo sido aprovada pelo dono do negócio, quais os

direitos do gestor?

12. Sendo a gestão irregular, mas tendo sido aprovada pelo dominus, quais os direitos do

gestor e como pode exercê-los?

13. Refira os deveres do gestor.

14. Entendo o gestor iniciado a gestão, pode desistir dela a todo o tempo?

15. Distinga gestão representativa e gestão não representativa.

16. Qual o regime aplicável, na gestão representativa, nas relações internas e externas.

17. Qual o regime aplicável, na gestão não representativa, nas relações internas e

externas?

18. O que acontece, na gestão representativa, se o dono do negócio não ratificar o negócio

celebrado entre o gestor e o terceiro?

19. Qual a forma que deve revestir a ratificação?

20. Qual o regime da responsabilidade do gestor?

21. Pode falar-se de gestão de negócios quando o gestor suponha, erroneamente, que o

negócio lhe pertence?

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Tendo havido aprovação do negócio: Inversão do ónus da prova Quer isto dizer que é o dominus que tem que provar que a gestão é

irregular.

E não o gestor que tem de provar a regularidade da gestão.

Quando é que a gestão é regular?

Quando está de acordo com o interesse e a vontade real ou presumida

do dominus – art,. 466º e 468º nº1

Será irregular quando desconforme àquela vontade ou interesse

APROVAÇÃO Juízo de valor dirigido pelo dominus à gestão efectuada pelo gestor Apreciando a regularidade da gestão É regular a gestão que vai de encontro à vontade real ou presumida do dominus

Sendo regular :- Os direitos do gestor que actuou regularmente são sempre os do art. 468º,

quer tenha, ou não, existido aprovação- A aprovação ou não aprovação pelo dominus em nada altera aqueles direitos.- Tendo como consequência prática a inversão do ónus da prova i.e:

Não havendo aprovação: é ao gestor que cabe provar a regularidade da gestão.

Havendo aprovação: é ao dominus que caberá provar que a gestão não foi, de algum modo, regular.

RATIFICAÇÃO No âmbito da gestão representativa Acto pelo qual o dono do negócio chama a si os direitos e obrigações emergentes da

gestão Acto que produz o efeito de considerar que foi o dominus a actuar “ab initio”; Efeito retroactivo – ex- tunc

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HIPÓTESE 1

Durante a ausência de Alberto num cruzeiro, uma grande árvore caiu sobre o telhado de sua casa, causando estragos no telhado e numa das paredes da casa.

Bento, seu vizinho, constatando que as chuvas começavam a molhar a colecção de selos e gravuras que Alberto guardava no sótão de sua casa, contratou um empreiteiro para remover a árvore e proceder à reparação do telhado e da parede, o que importou em € 1.500,00.

De seguida, Bento vendeu a árvore numa serração por € 500,00.Para que não se notasse o conserto, Bento mandou pintar a casa, o que custou € 2.500,00.

1. Regressado do cruzeiro, Alberto não aprovou os actos de Bento. Quid iuris?2. Imagine que Bento tinha contratado o referido empreiteiro, o qual o informou ser

preferível cobrir o telhado com plástico até passarem as chuvas, sob pena de maior inundação do sótão durante os trabalhos, conselho que Bento ignorou e que, em virtude dessa opção, tinham ocorrido vastos prejuízos.

3. Suponha agora que Bento, após contratar o empreiteiro, e como estivesse demorada a reparação, desistiu de intervir, informando o empreiteiro que estava cansado de tratar de um assunto que não lhe pertencia e que, se este quisesse, que continuasse o serviço por sua conta e risco, tendo o empreiteiro desistido da obra, ocorrendo grandes prejuízos para o proprietário da casa.

4. Exponha o regime dos direitos e deveres de cada um dos sujeitos, nos seguintes casos:

1. O gestido aprova a gestão.2. O dono do negócio não aprova a gestão3. No âmbito da gestão representativa, o dominus ratifica o negócio com o

empreiteiro4. O dominus não ratifica o negócio e recusa-se a pagar ao empreiteiro.

Quais os direitos do empreiteiro?

Respostas:1. Fonte de obrigações em causa: gestão de negócios – art.464º ss do C.C.

i. Bento assume a direcção de negócio alheio – compreendendo actos de gestão e de disposição necessários

ii. Consciência do carácter alheio do negócio – não havendo consciência do carácter alheio será enriquecimento sem causa.

iii. No interesse do dominus - utilidade da gestãoiv. E por conta do dominus – intenção de transferir benefícios e encargos

para a esfera jurídica do dominus negotiiv. Não autorização – ilicitude – carácter de urgência. Sendo autorizado

teremos mandato.

Actos praticados pelo gestor: 1. Venda da árvore2. contrato de empreitada3. pintura da casa

Verificar, quanto a cada um dos actos, a regularidade da gestão:DEVERES DO GESTOR:

1) Art. 465º a) - Bento deve actuar de acordo com a vontade do Alberto ( real ou presumida)

vi. No interesse de A – interesse avaliado objectivamente - melhor solução para o caso em concreto

vii. Vontade real ou presumida – subjectiva ( não é o critério do Homem médio ou do bom pai de família)

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2) Venda da árvore:Art. 465ºc) gestor tem de prestar contas , findo o negócio e 465 e) – restituir tudo o que tiver recebido de terceiros no exercício da gestão

gestor tem de restituir dinheiro e juros No entanto, se o gestor tivesse lareira ou aquela árvore tivesse um

valor sentimental ou fosse escultor de estátuas em madeira, e esses factos fossem conhecidos do gestor, já seria de presumir que a sua vontade seria ficar com a árvore – e não seria gestão regular ( sabemos se a gestão é ou não regular socorrendo-nos dos critérios plasmados no art. 468º), porque desconforme com a sua vontade presumida – poderia haver lugar a indemnização.

3) Contrato de empreitada Retirada da árvore e conserto do telhado – Manifesta interesse real De acordo com a vontade presumível do dono do negócio Legítima actuação do gestor – utilização dos meios adequados à

prossecução da finalidade que é impedir maiores estragos. Gestão regular – o dono teria que indemnizar o gestor dos

prejuízos que aquele tiver sofrido.

4) Pintura da casa Não se pode considerar gestão regular. Não reveste carácter de urgência – não são indispensáveis pelo

que, ao abrigo do art. 468º, o dominus não é obrigado a reembolsar o gestor destas despesas

Art.º 468º - Regras do enriquecimento sem causa – o dono do negócio teria que devolver ao gestor uma quantia avaliada segundo as regras do enriquecimento sem causa.

DIREITO DE RETENÇÃO – Art. 755º d) - Sendo a gestão regular, B poderia reter os 25.000$00 enquanto A não lhe pagasse os 500.000$00 – embora não fosse compensador, tendo em atenção os valores em causa.

I. Imaginando que o gestor já pagara ao empreiteiro o valor da empreitada.

A que é que o gestor tem direito?- Será ressarcido, do seguinte modo:

Sendo uma gestão regular , o gestor tem direito ao pagamento do valor dispendido com a gestão e, ainda, a ser indemnizado pelos prejuízos que tenha sofrido em virtude dessa gestão.

Sendo irregular , terá direito a ser indemnizado na medida do seu empobrecimento, de acordo com as regras do enriquecimento sem causa.

Quando é que a gestão é regular? Quando está de acordo com o interesse e a vontade real ou presumida

do dominus – art,. 466º e 468º nº1 Será irregular quando desconforme àquela vontade ou interesse

II. O gestido não aprova a gestão e recusa-se a pagar ao gestor o valor que aquele pagara ao empreiteiro:

- O gestor pode recorrer ao tribunal para ver ressarcido o seu direito.- Não havendo aprovação, cabe ao gestor provar a regularidade da gestão.

III.Tendo havido aprovação do negócio: Inversão do ónus da prova

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Page 5: Gest Neg Resolvido 2 (5)

Quer isto dizer que é o dominus que tem que provar que a gestão é irregular.

E não o gestor que tem de provar a regularidade da gestão.

Tínhamos visto que o negócio celebrado com o empreiteiro estaria de acordo com o interesse e vontade do dominus pelo que este terá que reembolsar o gestor do valor pago.

No âmbito da gestão não representativa, imaginando que o gestor ainda não tinha pago ao empreiteiro

ATENÇÃO:A distinção entre gestão representativa e não representativa só faz sentido no âmbito da prática de actos jurídicos.Quando se trate apenas de actos materiais praticados pelo gestor, o regime é sempre o mesmo – aquele que rege as relações internas entre o gestor e o gestido.

Tendo existido actos jurídicos praticados pelo gestor em nome próprio

mas no interesse e por conta do dono do negócioAs normas aplicadas são as do mandato sem representação – art. 471º + art.1178º

O que é o mandato? – art. 1157º- Mandato é o contrato pelo qual uma das partes (mandatário) se obriga a praticar um ou

mais actos jurídicos por conta de outrem (mandante).- Neste caso é sem representação porque não existe procuração.- O que seja a procuração vem no art. 262º - O acto pelo qual alguém atribui a outrem ,

voluntariamente, poderes representativos.

Regime:- Os efeitos da gestão repercutem-se na sua esfera jurídica.

- O gestor que actue em nome próprio tem a obrigação de transferir para o dominus todos os direitos que adquiriu em virtude da gestão.

- Excepto os de crédito – porque não há necessidade dessa tranmissão – o dominus pode sempre exercê-los perante terceiros.

- Quanto às obrigações: não pode transferi-las unilateralmente – o empreiteiro apenas poderia exigir o pagamento do gestor e não do dominus, porque desconhecia que o negócio era, afinal, para este.

- Se o credor consentir – transmitir-se-ão ao dominus e poderão ser-lhe exigidas – Esta questão prende-se com a garantia do credor, que pode ter aceite contratar com o gestor porque sabia que dispunha de património suficiente ara garantir a dívida.

No âmbito da gestão representativa:

I. O dominus ratifica o negócio.- Aplica-se o regime da representação sem poderes – art. 268º C.C.

efeitos não se repercutem na esfera jurídica do gestor, porque actua em nome alheio

Mas não podem repercutir-se na esfera jurídica do dominus, porque não conferiu poderes representativos ao gestor para que este actuasse em seu nome.

No entanto, os efeitos do negócio repercutir-se-ão na esfera do dominus logo que este ratifique o negócio.

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- Ratificação é o negócio jurídico unilateral pelo qual o dominus assume os direitos e obrigações do negócio, como se fosse ele a praticá-lo desde o início.

- Eficácia ex-tunc, i.e. eficácia retroactiva desde o início.- O dominus assume os direitos e a obrigação de pagar ao empreiteiro o valor da empreitada.

FORMA DA RATIFICAÇÂO: -- A mesma exigida para a procuração - art.268º- A procuração deve ter a forma exigida para o negócio que se pretende celebrar - art. 262º

do C.C.

(Assim sendo, compreende-se que não possa existir ratificação na gestão não representativa, uma vez que os negócios são praticados entre o terceiro e o gestor, em nome próprio, e não poderia o gestido, por um acto unilateral, fazer seus os efeitos do negócio queridos com o gestor).

II. Imaginando que o gestido/dono do negócio não ratifica o negócio e recusa-se a pagar ao empreiteiro

- Ao contratar com o gestor, conhecendo a sua qualidade, o terceiro assume o risco inerente a tal negócio – isto é- assume o risco da não ratificação posterior pelo dominus.

- Sendo representativa, o empreiteiro não pode exigir o pagamento do gestor, porque este não actuou em nome próprio e, por isso, os efeitos não se repercutiram na sua esfera jurídica: ele não contraíu a dívida.

- O empreiteiro vem a exigir o pagamento do dominus que não ratifica a gestão: Não ratifica = não reconhece o negócio como seu – não assume os

direitos e obrigações O contrato só tem uma parte – o terceiro. O gestor não é parte, nem o

dono do negócio, porque não assumiu o negócio. por definição, contrato tem que ter duas ou mais partes.

Tendo apenas uma parte, o contrato é nulo

Regime da nulidade: art. 289º Restituição de tudo quanto foi prestado. No nosso caso em concreto, é impossível restituir, em espécie, o trabalho efectuado

pelo empreiteiro Assim sendo, a restituição será pelo equivalente – pelo valor da empreitada.

Haveria sempre a possibilidade de o terceiro recorrer ao instituto do enriquecimento sem causa – porque o dominus ficou enriquecido à sua custa.

Supondo que o gestor já pagou ao empreiteiro e que o dominus não ratifica:

- Já se disse que os efeitos não se produzem, nem na esfera jurídica do gestor, nem na esfera jurídica do dominus.

- E que o negócio com o empreiteiro é inválido – nulo por inexistência de uma das partes.- Efeitos da nulidade : devolução de tudo quanto se prestou:

Conclusão: O empreiteiro teria que devolver o valor recebido – porque o negócio

era nulo O empreiteiro deveria intentar acção de declarativa de condenação

contra o dominus, para que este pagasse o trabalho efectuado.

MAS PODERIA SER DE OUTRO MODO – POR RECURSO À APROVAÇÃO

- ou o gestor aprova a gestão - considerando-a regular porque de acordo com o seu interesse e vontade e constitui-se no dever de reembolsar o gestor + indemnizar

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- Ou o gestor não aprova a gestão – Se o gestor conseguir provar a regularidade da gestão – obrigação de

reembolsar despesas + indemnizar Se o gestor não conseguir provar a regularidade da gestão –

enriquecimento sem causa.

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HIPÓTESE 2 – para resolver nas férias da Páscoa

Alberto teve um acidente de automóvel, tendo ficado em coma profundo.Como desconhecesse a existência de familiares e ninguém se tivesse apresentado

para tomar conta dos haveres de Alberto, Bernardo, seu vizinho, vendo apodrecer as frutas do seu pomar, contrata pessoal para apanhar a fruta, informando-os do sucedido com Alberto. Tais serviços importaram no pagamento de 300.000$00, quantia já paga por Bernardo.

De seguida, vendeu a referida fruta ao frigorífico onde Alberto geralmente a vendia, o que rendeu 1200.contos e depositou essa quantia numa instituição bancária.

Trata-lhe das ovelhas, vendendo as crias entretanto nascidas, pelo valor de 250.000$00, comprando ração no valor de 125.000$00, ainda não pagos, tratando dos prados.I.

1. Alberto regressa a casa e pede contas a Bernardo pela sua actuação. Quais os deveres de Alberto?

2. Suponha que Bernardo havia pago às apanhadoras de fruta os seus serviços. Quais são os direitos de Bernardo sabendo que Alberto

a) Não aprova a gestão.b) Aprova a gestão

II.-1. Supondo que Bernardo, ao contratar com o fornecedor da ração o havia informado da situação de Alberto e que agia na impossibilidade de aquele actuar e sem o seu conhecimento. Quais os direitos do fornecedor e contra quem poderá exercê-los sabendo que:

a) Alberto não ratificou o negóciob) Alberto ratificou o negócio

2. Imagine, agora, que, ao contratar, Bernardo nada dissera quanto a Alberto, contratando em seu nome. De quem pode o vendedor exigir o pagamento e porquê?

1. GESTÃO NÃO REPRESENTATIVA

Dominus aprovou a gestão:- Significa que entendeu , no juízo de valor que fez relativamente à gestão, que esta era regular

2- Se ele se recusar a pagar as despesas efectuadas por B, B pode instaurar uma acção para exercer o seu direito, sem ter necessidade de provar a regularidade da gestão

3- Haveria inversão do ónus da prova.4- Pelo que, se o Dominus pretendesse eximir-se ao pagamento, teria

que provar – ele – a irregularidade da gestão nalgum aspecto.

5- Seria de imaginar que a vontade do gestido fosse a apanha da fruta e não o seu apodrecimento - subjectivo

6- Seria, ainda, do seu interesse - objectivoQuanto às despesas necessárias : obrigação de reembolsar o gestor + com juros contados a partir do momento em que o gestor desembolsou o dinheiro

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HIPÓTESE

Carlos encomendou a Inácio uma aparelhagem de som pelo valor de 300.000$00, tendo ficado estipulado o pagamento da mesma aquando da entrega da aparelhagem em casa de Carlos, no dia seguinte, às 13 horas.

Devido a um imprevisto, não foi possível a Carlos estar em casa às horas combinadas.Ouvindo o toque da campainha do lado, Daniel, vizinho de Carlos, recolheu a

aparelhagem, tendo pago ao fornecedor o valor acordado.Daniel, no entanto, foi pouco cauteloso e deixou a aparelhagem junto a uma lata de

ácido, tendo a aparelhagem ficado esteticamente atingida, embora cumpra as finalidades a que se destina.

Carlos, no fim do dia, agradece a Daniel o favor prestado, mas recusa-se a pagar-lhe o valor total da aparelhagem, alegando o prejuízo provocado pela execução de Daniel.

1. Diga qual a fonte de obrigações em presença.2. Quais os direitos de Carlos e de Daniel?

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