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Geraldo Magela Fernandes Residência Médica em Neonatologia HRAS Brasília DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 5 de novembro de 2011 Varicela ,Rubéola, Herpes simples, Chagas, Infecção perinatal pelo virus HIV, Tétano

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Page 1: Geraldo Magela Fernandes Residência Médica em Neonatologia HRAS Brasília DF  Brasília, 5 de novembro de 2011 Varicela,Rubéola,

Geraldo Magela FernandesResidência Médica em Neonatologia

HRAS Brasília DFwww.paulomargotto.com.br

Brasília, 5 de novembro de 2011

Varicela ,Rubéola, Herpes simples, Chagas, Infecção perinatal pelo virus HIV,

Tétano

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Varicela A varicela é uma doença infecto-contagiosa

decorrente da infecção primária do vírus varicela-zoster.

A incidência na gestação pode ocasiornar complicações maternas e fetais

O vírus é transmitido diretamente do indivíduo doente, por gotículas de secreção da nasofaringe e pelo contato com lesões cutâneas.

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Varicela Manifestações clínicasSíndrome da varicela congênita (SVC)Pode ocorrer quando a mãe adquire varicela no primeiro e no

segundo trimestre da gestação.Caracteriza-se por:- Lesões cicatriciais distribuídas em dermátomos ao nascimento- Baixo peso ao nascer- Hipoplasia unilateral de membros com hipoplasia muscular- Anormalidades do SNC: microcefalia, hidrocefalia, atrofia

cerebelar e cerebral, S. Honer, paralisia do VIII e VII pares cranianos e bexiga neurogênica

-Anormalidades oftamológicas como coriorretinite, micro-oftalmia, catarata, nistagmo, estrabismo e atrofia do nervo óptico.

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VaricelaVaricela congênita Quando a infecção materna ocorre no

terceiro trimestre

Cerca de 25% desses RN desenvolvem um quadro típico de varicela que se instala até o décimo dia de vida. Em geral trata-se de um quadro mais tênue (provavelmente devido a transferência de anticorpos maternos protetores).

Quando o início do rash materno ocorre cinco dias antes do parto ou até 48 horas após, não há tempo hábil para a transferência de anticorpos e o RN corre o risco de desenvolver um quandro de varicela disseminada.

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VaricelaVaricela pós-natal

A exposição do RN a casos de varicela pode ocasionar um quadro de varicela que em geral, no RN termo é brando

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VaricelaDiagnóstico:- Epidemiologia materna- Laboratório: IgM contra o vírus

no feto, ou IgG no RN, que persiste positiva até 7 meses; detecção da partícula viral por PCR no líquido amniótico

- Ecografia pré-natal: 4 a 5 semanas após a doença materna – detecção de alterações fetais

- Clínica: presença de lesões cicatriciais na pele, acometimento do SNC e oftamológico e hipoplasia de membros

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VaricelaPrevenção

A vacina tem eficácia de 90-95% para formas graves da doença. É contra-indicada para gestantes.

A vacinação pós-exposição está indicada até 72h após o contato.

A imunoglobulina humana antivaricela-zoster (VZIG) deve ser utilizada em situações especiais em até 96h após a exposição à varicela, tais como:

- - Gestantes susceptíveis, expostas à varicela, principalmente antes de 20 semanas de idade gestacional

- - RN cujas mães desenvolvam início do rash entre 5 dias antes até 2 dias após o parto

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VaricelaPrevenção

Em caso de ocorrer exposição à varicela na UTIN, deve-se indicar VZIG para:

- - Todos os RN com < 28 semanas de IG e peso inferior a 1000g

- - Nos RN prematuros com IG > 28 semanas, usar VZIG na ausência de história materna de varicela. Nesta situação deve-se providenciar a alta mais precoce possível e manter os RNs em isolamento do 8 ao 21 dia pós-exposição

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VaricelaIndicações de isolamento

O RN deve permanecer isolado dos demais e separado da mãe, quando esta apresentar lesões ativas ao momento do parto.

O contato entre a mãe e a criança deve ser permitido após a evolução de todas as lesões maternas para crosta e ausência de novas lesões ativas por 72h.

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VaricelaTratamento

O uso de aciclovir é recomendado para RNs que apresentam manifestações clínicas da varicela congênita. A dose preconizada é de 10-15mg/kg/dose, de 8/8h, EV, devendo ser iniciada nas primeiras 24h após o surgimento das lesões

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Rubéola Ainda são relatados casos

esporádicos e os secundários à perda da oportunidade vacinal

O potencial teratogênico é elevado quando o vírus da rubéola acomete a gestante nas primeiras 12 semanas de gravidez.

A infecção congênita pode afetar todos os órgãos e sistemas do feto, tendo alta morbimortalidade.

A manifestação típica da rubéola congênita inclui catarata, retardo docrescimento intrauterino, trombocitopenai, púrpura, PCA, osteíte e perda auditiva senso neural.

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Rubéola Diagnóstico

Detecção do anticorpo IgM positivo juntamente com os detalhes clínicos epidemiológicos, pois a fração IgM pode ser detectada por um longo período após infecção natural ou vacinação.

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Rubéola Vacinação

Pelo risco teórico de infecção pelo vírus vacinal, segue-se a orientação de evitar gravidez por um período de 3 meses após a administração da vacina

Tratamento

Não existe tratamento específico

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Herpes simples A infecção pelo vírus herpes

simples (HSV) 1 e 2 é comum entre as gestantes.

O risco de transmissão é alto em mulheres que adquirem herpes genital próximo ao parto comparado ao baixo risco entre as mulheres que apresentam infecções recorrentes.

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Herpes simplesDiagnóstico

O diagnóstico clínico é insensível e inespecífico.

A susposição clínica deve ser confirmada por testes sorológicos específicos.

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Herpes simplesPrevenção

Evitar o contato

Frente ao risco de transmissão neonatal há autores que indicam a cesárea e a terapia materna com aciclovir.

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Herpes simplesManifestações clínicas

Podem ocorrer no primeiro dia de vida ou até 8 semanas pós-parto.

Caracteriza por envolvimento da pele, dos olhos e do SNC.

Cerca de 35% desenvolvem encefalite com manifestação de infecções focais de difícil controle

O prognóstico é ruim principalmente nas formas de acometimento sistêmico e encefálico.

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Herpes simplesIndicações de isolamento

RNs com infecção ou com cultura positiva, mas assintomáticso, devem ser mantidos em isolamento total e manuseados com precauções de contato, até a evolução de todas as lesões parra crostas.

RNs com exposição de certeza durante o nascimento, nascidos de parto vaginal ou cesáreo com mais de 4-6 horas de bolsa rota, podem ser isolados junto com sua mãe.

Para mães com lesões ativas no pós-parto, é recomendado uso de avental ou máscara, dependendo do local das lesões, além de lavagem rigorosa das mãos. Não há contraindicação de amamentação desde que não haja lesões nas mamas.

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Herpes simplesTratamento

Aciclovir sistêmico 20mg/kg/dose IV a cada 8 horas por 21 dias para doença disseminada e encefálica, ou 14 dias, quando a doença for limitada a pele, olhos e mucosa.

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Chagas O Trypanossoma cruzi pode ser

transmitido ao feto nas fases aguda e crônica da doença materna, por passagem transplacentária ou transmissão no momento do parto.

A placenta pode proteger o feto da infecção. O aspecto placentário edematoso, pálida, de coloraçào amarelada, é semelhante ao observado na isoimunização Rh.

A infecção em RN com peso acima de 2500g é infrequente.

Ocorre em 1-4%das gestantes soropositivas, sendo frequente a evolução para abortos ou natimortos.

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Chagas Manifestações clínicas

Naqueles que apresentam sintomas, os mais comuns são: hepatoesplenomegalia, tremores, convulsão, edema, hidropsia, palidez, icterícia e hemorragias cutâneas.

Pode ocorrer infecções em vários tecidos, com coriorretinite, meningoencefalite, hepatite, miocardite e lesões esofágicas e colônicas.

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ChagasExames diagnósticos

1)Anatomopatologia da placenta: formas amastigotas

2)Reações sorológicas: Machado Guerreiro na mãe, IgG anti T.cruzi a partir de 6 meses de vida

3)Pesquisa do parasita: “creme leucocitário”4)Líquor: pleocitose à custa do aumento dos

leucócitos5)Reação de polimerase em cadeia (PCR)

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ChagasTratamento

Benzonidazol : 5-10 mg/Kg/dia, 12/12h, durante 60 dias.

Se realizado antes de 1 ano de idade há chance de 100% de sucesso

Controle de tratamento: A cada 3 meses – exame clínico e sorológicoCura = sorologias permancerem negativas após 2 anos de

tratamento

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Infecção perinatal pelo vírus HIV A taxa de transmissão do HIV, da mãe para o RN,

está estimada entre 20-40%, entretando essa taxa pode ser reduzida a menos de 1%, através da assossiação de um conjunto de intervenções médicas.

A transmissão está associada com múltiplos fatores :

- Carga viral elevada- Estado clínico, imunológico e nutricional- Uso de drogas- Sangramentos maternos- Prematuridade e baixo peso ao nascer

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Infecção perinatal pelo vírus HIV Medidas profiláticas:

Uso de uma combinação de antiretrovirais na gestação

Via de parto : Carga viral < 1000 cópias e feto com IG>34 semanas pode ser vaginal. Qualquer outra situação: cesárea.

Profilxia com AZT durante o parto

Profilaxia com AZT no RN

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Infecção perinatal eplo vírus HIV Profilaxia com AZT:EV: 1,5mg/kg/dose VO: 2mg/kg/dose Início do tratamento: Nas primeiras 8 horas de vidaDuração do tratamento: 42 dias

Intervalo entre as doses:

RN >= 35 sem : 6/6h de 0 a 42 dias de vidaRN 30-34 sem: 12/12h 0 a 14 dias de vida e 8/8 de 15 a 42 dias de

vidaRN < 30 sem: 12/12h 0 a 28 dias de vida e 8/8 de 29 a 42 dias de

vida

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Infecção perinatal pelo vírus HIV

A detecção PCR viral e carga viral deve ser realizada a partir de 1 mês de vida. Com 2 cargas virais detectáveis considerar a criança infectada.

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Infecção perinatal pelo vírus HIVCuidados com o RN

Identificar risco para outras infecções

Evitar procedimentos muito traumáticos

Realizar higiene do RN com água e sabão logo após o nascimento

Não é necessário isolamento

Realizar hemograma ao nascer, pela possibilidade de mielotoxidade da TARV materna

Iniciar a partir da sexta semana de vida quimioprofilaxia para infecções por Pneumocytis jirovesi

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Tétano Doença infecciosa aguda,

grave, não-contagiosa, que acomete o recém-nascido (RN) nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade, choro constante.

Agente etiológico Clostridium tetani, bacilo

gram-positivo, anaeróbico e esporulado produtor de várias toxinas, sendo a tetanospasmina a responsável pelo quadro de contratura muscular.

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Tétano O bacilo é encontrado no trato intestinal

dos animais, especialmente do homem e do cavalo. Os esporos são encontrados no solo contaminado por fezes, na pele, na poeira, em espinhos de arbustos e pequenos galhos de árvores, em pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados.

Modo de transmissão Por contaminação, durante a

manipulação do cordão umbilical ou dos cuidados inadequados do coto umbilical, quando se utilizam substâncias, artefatos ou instrumentos contaminados com esporos.

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TétanoSuscetibilidade e imunidade

A suscetibilidade é universal, afetando recém-nascidos de ambos os sexos. A doença não confere imunidade.

A imunidade do recém-nascido é conferida pela vacinação adequada da mãe, que recebeu 3 doses de vacina antitetânica (mínimo de 2 doses).

Se a gestante tomou a última dose há mais de 5 anos, deverá receber um reforço.

Para a população não gestante, o reforço deverá ser de 10 em 10 anos.

Os filhos de mães vacinadas nos últimos cinco anos com 3 doses apresentam imunidade passiva e transitória até 2 meses de vida.

A imunidade passiva, através do soro antitetânico (SAT), dura em média 2 semanas e pela imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT) cerca de 3 semana.

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TétanoAspectos clínicos

O coto umbilical pode apresenta-se normal ou com características de infecção, que dura cerca de 2 a 5 dias.

O RN passa a apresentar

choro constante, irritabilidade, dificuldade para mamar e abrir a boca, decorrente da contratura dolorosa dos músculos da mandíbula (trismo), seguida de rigidez de nuca, tronco e abdômen

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TétanoAspectos clínicos

Evolui com hipertonia generalizada, hiperextensão dos membros inferiores e hiperflexão dos membros superiores, com as mãos fechadas, flexão dos punhos (atitude deboxeador), paroxismos de contraturas, rigidez da musculatura dorsal (opistótono) e intercostal causando dificuldade respiratória.

A contração da musculatura da mímica facial leva ao cerramento dos olhos, fronte pregueada e contratura da musculatura dos lábios como se o recém-nascido fosse pronunciar a letra U.

As contraturas de musculatura abdominal podem ser confundidas com cólica intestinal. Quando há presença de febre, ela é baixa, exceto se houver infecção secundária.

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TétanoAspectos clínicos

Os espasmos são desencadeados ao menor estímulo (táctil, luminoso, sonoro, temperaturas elevadas) ou surgem espontaneamente. Com a piora do quadro clínico, o recém-nascido deixa de chorar, respira com dificuldade e as crises de apnéia passam a ser constantes, podendo podem levar ao óbito.

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TétanoTratamento :

• sedação do paciente antes de qualquer procedimento

• adoção de medidas gerais que incluem manutenção de vias aéreas permeáveis, hidratação, redução de qualquer tipo de estímulo externo, alimentação por sonda e analgésicos;

• utilizar imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT) 1.000 a 3.000 UI, dose única, somente via IM (devido a existência de conservante) ou, na indisponibilidade, soro antitetânico (SAT), 10.000 a 20.000UI, IM ou IV, diluídos em soro glicosado a 5%, em gotejament por 2 a 4 horas (uso de anti-histamínico prévio à administração do SAT);

• antibioticoterapia: no caso de infecção do coto umbilical, a escolha é a Penicilina Cristalina, 50.000 a 100.000 UI/kg/dia, 4/4 horas, por 7 a 10 dias, ou Metronidazol, 7,5 mg/dose, de 8/8 horas, por 7 a 10 dias .

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Referências Volmink J, Siegfried NL, van der Merwe L et al. Antiretrovirals for

reducing the risk of other-to-child transmission of HIV infection.

Reiche EmV, Inoue MMZ, Bonametti AM et al. Doença de Chagas congênita: epidemiologia, diagnóstico laboratorial, prognóstico e tratamento. J Pediatr (Rio J). 1996; 72 (3): 125-132

Mehta NM, Thomas RM. Antenatal screening for rubella infection or immunity? BMJ 2002; 325: 90-91

Kohl S. Neonatal herpes simplex virus infection. Clin Perinatol 1997: 24: 129-150

Consultem também:

Infecções Perinatais Crônicas

Infecções perinatais crônicas: Discussão com a Dra. Liú Campello Porto

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Consultem também, Aqui e Agora!Tétano neonatalAutor(es): Raulê de Almeida, Paulo R. Margotto

      

Síndrome de imunodeficiência adquirida perinatalAutor(es): Thereza Christina Corrêa Ribeiro, Wílleke Clementino Sleegers, Paulo R. Margotto, Olga Messias Alves de Oliveira

      

Doença de ChagasAutor(es): Liú Campello Porto

      

Herpes simples neonatalAutor(es): Paulo R. Margotto

      

Rubéola congênitaAutor(es): Liú Campello Porto

      

Varicela CongênitaAutor(es): Mauro P. Bacas

      

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