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1 NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CAXIAS DO SUL 4ª CRE Rua Garibaldi, 660 Centro CEP 95080-190 Fone Fax 3221-1383 E-mail [email protected] ENSINO FUNDAMENTAL COMPONENTE CURRICULAR GEOGRAFIA MÓDULO ÚNICO JANEIRO DE 2017

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NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CAXIAS DO SUL – 4ª CRE Rua Garibaldi, 660 – Centro CEP – 95080-190

Fone Fax 3221-1383 E-mail – [email protected]

ENSINO FUNDAMENTAL

COMPONENTE CURRICULAR

GEOGRAFIA MÓDULO ÚNICO

JANEIRO DE 2017

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AO FINAL DO MÓDULO O ALUNO DEVERÁ ATINGIR OS SEGUINTES OBJETIVOS:

COMPREENDER O OBJETO DE ESTUDO DA GEOGRAFIA E SUA RELAÇÃO COM O SEU COTIDIANO;

DESENVOLVER AS NOÇÕES DE ESPAÇO PARTINDO DA SUA REALIDADE PARA UM ESPAÇO MAIS AMPLO NO CONTEXTO GEOGRÁFICO.

RELACIONAR A CARTOGRAFIA COM AS TECNOLOGIAS MODERNAS, COMO SATÉLITES, GPS, E OUTROS MEIOS ORIENTAÇÃO ESPACIAL.

DESENVOLVER SENSO CRÍTICO ACERCA DAS CONQUISTAS ESPACIAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO AMBIENTE SOCIO-CULTURAL E GEOGRAFICO.

COMPREENDER OS DIFERENTES TIPOS DE CLIMA DO BRASIL E AS DEMAIS ZONAS

CLIMÁTICAS DA TERRA, SUAS INFLUÊNCIAS NO ESPAÇO FÍSICO, ASSIM COMO AS

CONSEQUÊNCIAS NO MEIO SOCIO-CULTURAL.

COMPREENDER A ESSENCIALIDADE DA ÁGUA PARA A EXISTENCIA DE

ECOSSISTEMAS E SUA VULNERABILIDADE À AÇÃO INDUSTRIAL E SUAS CONQUENCIAS,

PARA O MEIO AMBIENTE.

RECONHECER AS CAUSAS DO AQUECIMENTO GLOBAL E AS NOVAS TECNOLOGIAS

APLICADAS AS FONTES DE ENERGIAS ALTERNATIVAS.

DISTINGUIR ORDENADAMENTE CONCEITOS DE : PAÍS, NAÇÃO E ESTADO;

COMPREENDER O ESPAÇO DO TERRITORIO BRASILEIRO, SUA DIVERSIDADE

ETNICA E DE FAUNA E FLORA RELACIONANDO-OS COM A AMPLITUDE ESPACIAL.

DESENVOLVER O SENSO CRITICO NA ANALISE DE PROBLEMATICAS POLICO-AMBIENTAIS (POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA, DESMATAMENTOS, INVASÕES DE TERRAS E NOVAS TECNOLOGIAS DE AGROPECUÁRIA)

VERIFICAR ADEQUADAMENTE AS MUDANÇAS SOCIO-COTIDIANAS EFETIVAS À GLOBALIZAÇÃO. A DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO A NÍVEL DO ESPAÇO NACIONAL.

COMPREENDER A RELAÇÃO CAUSA-EFEITO DOS ATUAIS ESPAÇOS “GEOECONÔMICOS” NACIONAIS.

COMPREENDER AS RAZÕES HISTÓRICAS PARA A REGINALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL BRASILEIRO

COMPREENDER AS DIFERENÇAS REGIONAIS FUNDADAS NA DIVERSIDADE CLIMÁTICA, DE FAUNA E FLORA.

“OS MUITOS BRASIS”: DESENVOLVER O SENSO CRITICO ANTE AS DESIGUALDADES SOCIOECONOMICAS NO TERRRITORIO BRASILEIRO

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DESENVOLVER A COMPRRENÇÃO ACERCA DO ELEMENTO “INDIGENA” NA SOCIEDADE, CULTURA E HISTÓRIA DO BRASIL.

COMPREENDER AS MUDANÇAS MUNDIAIS APARTIR DA QUEDA DO MURO DE BERLIM. SUA

REORGANIZAÇÃO GEOGRÁFICA.

DISTINGUIR AS PRINCIPAIS DIFERENCAS ENTRE O CAPITALISMO E O SOCALISMO.

COMPREENDER OS FUNDAMENTOS DAS DIVISÕES SOCIO-ECONOMICAS EM: PAISES DO

SUL, NORTE, PAISES EMERGENTES, PAISES DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS.

COMPREENDER AS RAÍZES E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GLOBALIZAÇÃO. DESENVOLVER

SENSO CRITICO QUANTO A UTILIZAÇÃO DOS MODERNOS RECURSOS TECNOS, DIGITAIS,

NANOTECNOLÓGICOS NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA, COTIDIANO E ESCOLAR.

COMPREENDER E DISTINGUIR AS REALIDADES CONTINENTAIS RELACIONANDO-AS COM

AS DIMENSÕES HISTORICAS, CLIMÁTICAS, CULTURAL, POLÍTICAS E ECONÔMICAS.

VERIFICAR A INFLUÊNCIA DA ONU E DOS GRUPOS FINANCEIROS NAS QUESTÕES

INTERNACIONAIS DE SAUDE, GUERRA, LEIS, SISTEMAS POLÍTICOS, RELIGIOSOS ENTRE

OUTROS.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA

A Geografia é uma ciência humana que estuda relações entre a natureza e o ser humano.

Seu objeto de estudo é o espaço. E por intermédio do espaço a Geografia busca conhecer a

natureza, as ações e os movimentos que a sociedade realiza envolvendo os aspectos econômicos,

sociais, culturais, políticos e ambientais.

O espaço, para a Geografia, é formado sobre um substrato natural, o qual é constantemente

alterado pela ação do homem e modificado.

O ESPAÇO GEOGRÁFICO

Se fossemos consultar num dicionário a palavra espaço, constataríamos que há uma grande

quantidade de significados. Para geografia o espaço são as paisagens, as relações que se

estabelecem entre as pessoas (sociais, econômicas, políticas, etc.), as relações entre as pessoas e

a natureza, e as próprias pessoas. Esse espaço é chamado de espaço geográfico. - Espaço Geográfico é o espaço habitado, transformado e utilizado pelo ser humano. É a porção da superfície terrestre que abriga as sociedades, envolvendo também os pontos utilizados para a exploração e extração de recursos naturais. Não se trata apenas de um “palco” ou um “produto”, pois ele é resultado e também resultante das ações humanas.

A produção do espaço geográfico – ou seja, o processo pelo qual o homem transforma e habita o meio em que vive – depende da natureza. A partir da exploração e extração dos recursos naturais, o ser humano desenvolve as suas atividades para a sua reprodução e sobrevivência.

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Essa transformação aconteceu desde o surgimento do ser humano. Sociedades antigas ou agrupamentos tribais utilizaram-se dos recursos naturais para o desenvolvimento de sua vida em sociedade, transformando o espaço natural em geográfico. Assim, surgiram as primeiras civilizações. Até mesmo os povos nômades utilizavam e transformavam a natureza, produzindo o espaço geográfico.

A Paisagem e seus elementos “Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem (...). Não apenas formada de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons etc.” (Milton Santos) “As paisagens são muito importante para a compreensão do mundo e do lugar onde vivemos, pois ela apresenta o registro da história das pessoas e dos grupos sociais, da cultura e das diferentes formas de produção, bem como revela suas características naturais...”

ESPAÇO NATURAL MODIFICADO PELO HOMEM

De acordo com a agenda 21, viver de forma sustentável é aceitar o dever de buscar a harmonia com as outras pessoas e com a natureza. A humanidade não pode tirar mais da natureza além do que ela pode repor, ou seja, precisamos adotar estilos de vida e caminhos de desenvolvimento que respeitem os limites naturais, sem que se rejeitem os benefícios trazidos pela tecnologia moderna.

DESENFREADO DA HUMANIDADE http://www.atitudessustentaveis.com.br/artigos/animacao-chama-atencao-ao-consumo-desenfreado-da-humanidade/

REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Há muito tempo, a humanidade se preocupa em representar, de alguma forma, os lugares

que conhece. Registrar caminhos e lugares sempre foi uma preocupação do ser humano, por

causa da necessidade de conhecer melhor a superfície terrestre. Para satisfazer a necessidade de

conhecer o mundo que vivemos, o homem criou os mapas que são representações planas da

Terra. À medida que ampliou seus conhecimentos sobre os diferentes lugares do nosso planeta,

aperfeiçoou também a técnica de fazer mapas a qual denominou de cartografia (“arte de

levantamentos, construção e edição de mapas e cartas de qualquer natureza”).

Para representarmos um lugar é necessário localizá-lo no espaço geográfico. Portanto

precisamos de uma orientação e pontos de referência.

A palavra orientação vem de Oriente (lado onde o sol “aparece”). Os pontos de referência são

marcos que nos auxiliam na localização espacial. Em uma cidade esses pontos podem ser: nomes

de ruas, bairros, praças, igrejas, viadutos, entre outros.

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OBS: marcos também pode ser entendido como símbolo de um lugar ou acontecimento importante.

Ex. uma igreja pode ser um marco de referência para localização e ao mesmo tempo um marco da

fundação de uma cidade.

Todos os mapas devem ter uma indicação de orientação voltada para o norte. Assim

podemos saber qual a direção devemos seguir. Mas para entendermos melhor é preciso conhecer

e utilizar as direções representadas na rosa-dos-ventos, os pontos cardeais e colaterais. Veja o

exemplo a seguir

A rosa-dos-ventos é uma figura que indica as direções para orientação espacial. Os pontos

cardeais são: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O), já os colaterais estão entre duas direções:

Orientação

A orientação é feita através dos pontos cardeais, além dos pontos cardeais podemos também citar os pontos colaterais, subcolaterais e intermediários, formando um total de 32 pontos de orientação expressos na rosa dos ventos.

Não é difícil encontrar os pontos cardeais. O lugar onde o Sol nasce é o Leste ou Oriente; onde se põe é o Oeste ou Ocidente.

ROSAS DOS VENTOS

Determina a nossa posição em relação aos pontos cardeais, colaterais, sub colaterais e

intermediário totalizando trinta e duas direções.

Pontos Cardeais

Sul -S – meridional e austral Leste- L – oriente e nascente Oeste - O – ocidente ou poente

Norte –N- austral ou boreal. Pontos Colaterais Nordeste (NE) – entre o norte e o leste Sudeste (SE) – entre sul e o oeste Sudoeste (SO) – entre o sul e o oeste Noroeste (NO) – entre o norte e o oeste

Pontos Subcolaterais

Norte Nordeste (NNE) entre o norte e o

nordeste

Este Nordeste (ENE) entre o leste e o

nordeste

Este Sudeste (ESE) entre o leste e o sudeste

Sul Sudeste (SSE) entre o sul e sudoeste

Sul Sudoeste (SSO) entre o sul e sudoeste

Oeste Sudoeste (OSO) entre o oeste e

sudoeste

Oeste Noroeste (ONO) entre o oeste e o noroeste

Norte Noroeste (NNO) entre o norte e o noroeste.

ROSA DOS VENTOS

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NASCENTE-LESTE e POENTE -OESTE

O Norte pode ser chamado também de setentrional ou Boreal, o Sul de Meridional ou Austral, o

Leste de Oriente ou Nascente e o Oeste de Ocidente ou Poente. Um exemplo do uso desses

sinônimos pode ser assim: Quando alguém mora no sul de uma determinada cidade podemos dizer

que a pessoa mora na parte meridional da cidade.

Nem sempre temos um mapa ou algum instrumento de orientação para nos localizarmos.

Nesse caso temos que recorrer aos astros para nos orientarmos. Vejamos: o sol sempre aparece

no mesmo lado do horizonte, ou seja, a leste, e se põe no oeste. Se apontarmos o braço direito

para a nascente, teremos o esquerdo para o poente, o norte a nossa frente e o sul atrás. Mas se

for à noite? Bem, ai teremos que proceder da mesma forma, localizando onde a lua surge e nos

posicionando da mesma forma como se fosse o sol. Podemos ainda nos orientar pelas estrelas, se

estivermos no hemisfério sul, nossa referência é o Cruzeiro do Sul e no hemisfério norte a

constelação Estrela Polar.

Além dos astros, existem diversos aparelhos que proporcionam orientações precisas de qualquer

ponto da superfície terrestre, desde os mais antigos como a bússola e o astrolábio - determinava a

altura das estrelas em relação ao horizonte favorecendo a localização das embarcações em alto-

mar através de vários cálculos. Hoje, temos radares e GPS. Outro recurso que temos com dados

precisos em graus, minutos e segundos são as coordenadas geográficas, essa nos permite saber o

endereço preciso de qualquer ponto na superfície terrestre.

As coordenadas são linhas traçadas no sentido horizontal e vertical sobre a representação

cartográfica.Linhas que aparecem nesse sentido no mapa são chamadas de paralelos que nos

determinam as latitudes.

- A latitude: determina o afastamento medido em graus de qualquer ponto da Terra até a Linha do

Equador. A variação em graus é de 00 da linha do equador até os pólos, 900 no sentido norte e

também ao sul

- A longitude: determina o afastamento medido em graus de qualquer ponto da Terra até o

Meridiano de Greenwich,é a variação em graus de 00 do meridiano Greenwich, tanto para Leste

como para Oeste até 1800, completando uma circunferência de 3600.

Coordenadas Geográficas

Conjuntos de linhas imaginárias que se cruzam, e se encontram em mesmo lugar, ou seja, os

(paralelos e meridianos) que determinam a localização de qualquer lugar ou acidente geográfico

sobre a superfície do Planeta.

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Os principais paralelos são: Circulo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Linha do Equador, Trópico de

Capricórnio e Circulo Polar Antártico; eles medem a latitude de sul a norte do Planeta.

PARALELOS E MERIDIANOS

COORDENADAGEOGRAFICA

ENCONTRO DE UM PARALELO E UM MERIDIANO, FORMANDO AS COORDENADAS

GEOGRÁFRICAS.

ATIVIDADE: De a latitude e a longitude dos pontos abaixo.

Pontos LATITUDE LONGITUDE

A

B

Oceania

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A LINGUAGEM E OS TIPOS DE MAPAS

Você sabe qual a importância dos mapas na nossa vida? Através deles podemos fazer diversas

leituras do mundo sob diversos aspectos, tais como: população, natureza, economia, política e

fatos históricos. Além disso, com esses conhecimentos podemos interferir e planejar no espaço

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geográfico de forma mais eficiente e humana como, por exemplo: planejar o uso do solo nos meios

urbanos e rurais, cuidar do meio ambiente, criar projetos de desenvolvimento para áreas carentes,

conhecer o mundo que vivemos, entre outros.

1 – Sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas de captação e registro de imagens a distância por meio de diferentes sensores, como equipamentos fotográficos, scanners de satélites e radares. A escala da foto aérea bem como a área fotografada, depende da altura da aeronave. Satélite Sputnik – 1° satélite lançado ao espaço. Lançado pela extinta União Soviética. – Sensoriamento remoto algumas de suas utilizações: Registrar a sequência de eventos ao longo do tempo; Furacões; Uso do solo urbano e rural; Desmatamento; Incêndios; Poluição das águas. - Massas de ar Furacões Poluição das águas, Usos do solo Queimadas e Desmatamentos - Sistema de posicionamento global (GPS) Desenvolvido no contexto da Guerra Fria. Foi projetado para localizar com precisão um objeto ou pessoa, assim como fornecer sua velocidade caso esteja em movimento. - satélites ficam em órbita em volta da Terra são utilizados nesse processo – 6 rotas. Com o GPS obtém-se: Latitude Longitude Altitude. - SIG – sistema de informação geográfica Os Sigs são o resultado da utilização conjunta de mapas digitais, crescentemente elaborados com auxilio do GPS, e de bancos e dados informatizados. Esses sistemas permitem coletar, armazenar, processar, recuperar, correlacionar e analisar diversas informações, gerando grande diversidade de mapas e gráficos para necessidades específicas.

CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS

Mapas políticos: representam a divisão política territorial de uma região, cidade, estado, país ou

continente – Mapa do Brasil Político, Mapa-Múndi Político etc.

A

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Mapas físicos: apresentam elementos da natureza, como por exemplo, relevo, clima, vegetação

entre outros.

Mapas demográficos: indicam dados da população, seja de um país, cidade, bairro etc.

Mapas econômicos: mostram recursos econômicos de uma região, por exemplo, produção agrícola

e industrial.

Mapas históricos: indicam as mudanças que ocorreram em determinada região, como por exemplo,

Brasil no período colonial, America do Sul em 1558 etc.

ORIGEM DO SISTEMA SOLAR

O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás

e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se

achatou, transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco,

iniciaram-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si,

deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas.

A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia entre eles e o

sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas Jovianos possuem muito mais

matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas Telúricos

perto mais perto do Sol, ao contrário, o gelo evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso

de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

O SISTEMA SOLAR

O sistema solar é um conjunto de planetas, asteróides, cometas, satélites naturais entre outros corpos celestes que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta.

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Os planetas : Existem oito planetas no Sistema Solar: Mercúrio, Terra, Marte, Júpiter,Vênus, Saturno, Urano e Netuno. Até agosto de 2006, Plutão era considerado um planeta, porem, a União Astronômica Internacional mudou os critérios para a definição de um planeta. Como Plutão é pequeno em relação aos outros, passou a ser considerado um planeta anão ou planetoide. São astros iluminados (ou seja, sem luz própria) que giram ao redor de uma estrela. Os planetas executam órbitas em torno do Sol.

Satélites – são astros iluminados que giram em torno dos planetas. A Terra possui um

satélite natural. É a Lua. Além da Lua, outros satélites também fazem parte do Sistema Solar.

Marte tem dois satélites; Júpiter tem dezesseis; Saturno, dezoito e Urano, quinze. Além de

satélites, saturno, Júpiter, Urano e Netuno possuem anéis que os rodeiam.

Asteróides – também chamados planetóides, são astros menores que giram entre as órbitas

de Marte e Júpiter.

Meteoros e meteoritos – os meteoros são vistos como riscos brilhantes cruzando o céu. São

chamados de estrelas cadentes. Meteoros são fragmentos sólidos que vêm do espaço em direção

à Terra. Ao entrar em contato com a atmosfera se aquecem e são destruídos. Quando caem no

nosso planeta recebem o nome de meteorito. Meteorito quer dizer, portanto, pedra que veio do

espaço. Cometas – são astros que viajam pelo Sistema Solar, possui semelhança com um

asteróide e é constituído, majoritariamente, por gelo.

PLANETA TERRA EM MOVIMENTO

Terra está localizada a cerca de 140 milhões quilômetros do Sol. Segundo os cientistas,

formou-se há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, quando uma grande nuvem de gás e pó

interestelar se condensou, dando origem ao sistema solar. De todos os planetas que surgiram ao

redor do Sol, e entre os inúmeros corpos celestes atualmente conhecidos pela humanidade, a

Terra é o único em que a vida encontrou as condições ideais para se desenvolver. Os primeiros

seres teriam aparecido há cerca de 3,5 bilhões de anos.

A mais poderosa espécie viva gerada na Terra, o homem moderno, surgiu por volta de 150

mil anos atrás e, desde então, tem se esforçado para compreender o ambiente que o envolve.

Graças ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, conhecemos cada vez melhor os processos

que sustentam a vida, constituem a paisagem e mantêm em constante movimento os elementos da

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natureza. Aprendemos, inclusive, o modo como o ser humano atua, para o bem ou para o mal,

influenciando todos esses processos.

Um dos recursos tecnológicos que mais têm nos ajudado a conhecer nosso planeta são os

satélites. Como olhos no espaço, esses equipamentos nos enviam imagens tão belas quanto

informativas.

MOVIMENTOS TERRESTRES E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Movimento Rotação – em torno do seu próprio eixo, no sentido oeste para leste. Consequências:

dias e noites (gerando às 24 horas), movimento aparente do Sol e das estrelas.

A rotação é determinante na configuração dos horários praticados no planeta (Fusos Horários),

tendo em vista que acontecem horas distintas em diversos pontos do globo (falaremos mais

adiante sobre os fusos). Outro fator de grande relevância é que o movimento de rotação

desempenha um grande papel no favorecimento da proliferação da vida na Terra, pois se não

houvesse esse movimento, uma parte da Terra seria sempre noite e muito fria, e a parte iluminada

teria temperaturas elevadíssimas, dessa forma, ambas apresentariam condições inviáveis para a

vida.

MOVIMENTO DA LUA E SUAS FASES LUNARES

As fases da Lua referem-se à mudança aparente da porção visível iluminada do satélite

devido a sua variação da posição em relação à Terra e ao Sol. O ciclo completo, denominado

lunação, leva pouco mais de 29 dias para se completar, período no qual a Lua passa da fase nova,

quando sua porção iluminada visível passa a aumentar gradualmente até que, duas semanas

depois ocorra lua cheia e, por cerca de duas semanas seguintes, volta a diminuir e o satélite entra

novamente na fase nova. Eventualmente, ocorre o perfeito alinhamento entre o Sol, a Terra e a

Lua, o que dá origem a eclipses. Um eclipse solar acontece quando a Lua cruza em frente ao disco

solar, podendo ocorrer somente na lua nova, enquanto que um eclipse lunar transcorre no

momento em que a Lua passa através da sombra da Terra, o que pode ocorrer somente na lua

cheia. Esta transição entre fases foi há tempos utilizada para contagem do tempo, de forma que

muitos calendários lunares foram criados tendo como base o ciclo lunar.

MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO

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Movimento de Translação - movimento que o nosso planeta realiza em torno da estrela do

Sistema Solar, o Sol. Esse movimento, juntamente com a inclinação do eixo da Terra tem como

consequência às estações do ano. O movimento de translação demora 365 dias e

aproximadamente 6 horas. Como não existem dias com seis horas, no decorrer de quatro anos,

junta-se a sobra dessas horas e acrescenta mais um dia no mês de fevereiro, o dia 29, temos

então, temos um ano bissexto.

As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade

com que os raios solares atingem a Terra em seu movimento de translação. Essas datas recebem

a denominação de equinócio - No dia 21 de março, os raios solares incidem perpendicularmente

sobre a linha do Equador, tendo o dia e a noite a mesma duração na maior parte dos lugares da

Terra. Nesse dia, no hemisfério norte, é o equinócio de primavera - e no hemisfério sul, o equinócio

de outono e no dia 23 de setembro, o equinócio de primavera no hemisfério sul - e o equinócio de

outono no hemisfério norte. Já os solstícios ocorrem nos dias 21 de junho e 21 de dezembro. No

dia 21 de junho, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o trópico de Câncer, no

hemisfério norte, nesse momento ocorre o solstício de verão nesse hemisfério. É o dia mais longo e

a noite mais curta do ano, que marcam o início do verão.

Enquanto isto, no hemisfério sul, acontece o solstício de inverno, com a noite mais longa do ano,

marcando o início da estação fria. No dia 21 de dezembro os raios solares estão exatamente

perpendiculares ao trópico de Capricórnio, situado a 23º 27’, 30’’, no hemisfério sul. É o solstício de

verão no hemisfério sul. Nesse dia, a parte sul do planeta está recebendo maior quantidade de luz

solar que a parte norte, propiciando o dia mais longo do ano e o início do verão. No hemisfério

norte, acontece a noite mais longa do ano. É o início do inverno.

Equinócios e Solstícios

Data do ano Hemisfério Sul Hemisfério Norte

20 e 21 de março Equinócio de Outono Equinócio de Primavera

20 e 21 de junho Solstício de Inverno Solstício de Verão

22 e 23 de setembro Equinócio de Primavera Equinócio de Outono

20 e 21 de dezembro Solstício de Verão Solstício de Inverno

Por Régis Rodrigues Graduado em Geografia

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FUSOS HORÁRIOS

Nosso planeta possui uma forma esférica, por essa razão quando realiza o movimento de rotação (movimento que a Terra realiza em torno de si própria), uma parte fica iluminada pelo Sol, enquanto a outra fica escura. Na medida em que este movimento se realiza, as áreas que estavam iluminadas vão gradualmente perdendo sua luminosidade, ou seja, onde é manhã logo passa a ser tarde, e assim por diante. A Terra possui 360°, e o dia é composto por 24 horas. Então, se dividirmos 360° por 24, totalizamos 15°, o que corresponde a 60 minutos, ou seja, 1 hora. O movimento de rotação é responsável pelo surgimento dos dias e das noites. O homem instituiu horários distintos no mundo, e a partir daí foi inserindo o sistema de fusos horários. O mundo todo possui ao todo 24 fusos e cada um desses corresponde a uma linha imaginária traçada de um pólo ao outro. Dessa maneira, cada fuso se encontra entre dois meridianos. Toda porção terrestre que se estabelece nesse intervalo possui o mesmo horário. Antes da implantação dos fusos, existiam diversos contratempos e problemas, por isso em 1884 foi realizada nos Estados Unidos, uma conferência de astrônomos na qual foi discutida a padronização dos horários em todos os pontos do planeta. O Meridiano de Greenwich é o meridiano principal, uma vez que esse é o ponto inicial ou referencial para a implantação dos fusos. A partir então do Meridiano de Greenwich, no sentido leste, a cada fuso adianta-se uma hora, e no sentido oeste, atrasa-se uma hora. Por exemplo: Quando em Los Angeles nos EUA for 14 horas, em Bagdá no Iraque (cidade localizada a onze fusos de diferença) será 1 hora.

A TERRA VISTA POR DENTRO E POR FORA

O solo que você pisa; as rochas que modelam as montanhas; o fundo dos rios, lagos e

mares: tudo isso é apenas uma fina "casca" do imenso planeta que é a Terra.

Terra tem forma aproximadamente esférica e é achatada nos polos. Sua estrutura interna é dividida

em crosta terrestre, manto e núcleo.

O nosso planeta sofreu várias alterações no decorrer da sua formação. Há cerca de 5 bilhões de

anos, era parecido a uma bola de fogo em brasa. Mas aos poucos e lentamente foi resfriando até

formar a crosta terrestre (o nosso assoalho). Os metais pesados acumulados no interior do planeta,

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submetidos a enorme pressão, também solidificaram e formaram um núcleo sólido metálico. Foi

assim que a Terra se tornou parecida com planeta que hoje conhecemos: possui um núcleo, um

manto e uma crosta.

A Crosta é a parte menos densa e mais consistente das camadas que compõem a Terra. E

está coberta por uma fina camada, o solo, sobre a qual nós vivemos. Sua espessura varia de 10 a

70 km.

A crosta é formada por rochas e minerais. As rochas são agrupamentos de minerais e

minerais são elementos ou compostos naturais sólidos. Já o Manto constitui 83% do volume e 65%

da massa do nosso planeta. Está abaixo da crosta e apresenta-se em estado pastoso (material

magmático), está entre 60 e 3.000 km de profundidade, e 2.000 a 3.500ºC e o Núcleo é a camada

mais interna, com cerca de 3.400 km de espessura. Compreende duas partes: Núcleo externo: é

líquido e formado, basicamente, de ferro e níquel derretidos. Núcleo interno: é solido e contem

principalmente, ferro e níquel, com temperatura acima de 4.000°C. A uma velocidade de 100

quilômetros por hora, seria possível percorrer os 6.400 km entre a superfície e o centro da terra em

pouco mais de 60 horas.

Além da divisão interna, a Terra externamente é formada por quatro esferas: a hidrosfera, a

atmosfera e a biosfera.

• A hidrosfera é o conjunto de todas as águas do planeta: dos oceanos, dos mares, dos rios

e dos lagos, as águas subterrâneas e o vapor de água existente na atmosfera.

• A atmosfera é a camada de gases que envolvem a Terra. Ela equilibra a temperatura do

planeta e contêm gases importantes para a vida, como o oxigênio, o nitrogênio e o gás carbônico.

A litosfera (conhecida também como crosta terrestre) é a camada sólida mais externa da

Terra. É formada por rochas e minerais e compreende a crosta continental e oceânica

• Na biosfera, vivem os animais e vegetais. Ela é formada por elementos encontrados na

atmosfera, na litosfera e na hidrosfera. Contém o solo, o ar, a água, a luz, o calor e os alimentos,

que são as condições necessárias para o desenvolvimento da vida.

As camadas da Terra foram formadas ao longo de bilhões de anos. No entanto, elas

continuam em transformação, devido à evolução natural da Terra e à interferência seres humanos.

ORIGEM DOS CONTINENTES

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Os continentes formaram-se há muito tempo à cerca de 220 milhões de anos. Resultado de

um processo na fragmentação e no afastamento das terras

emersas, a partir de um bloco único

chamado

Pangéia. Há 200 milhões de anos, a Pangéia começou a separar – e aos poucos, dando

origem a seis continentes. E correspondem a 29,3% da superfície total do planeta. A atual

configuração foi estabelecida há 60 milhões de anos, pelo processo de deslocamento da crosta. A

Pangéia, ao se fragmentar, formou dois super continentes: gondwana, ao sul e, laurásia ao norte.

A palavra Pangéia é originária do fato de todos os continentes estarem juntos (Pan)

formando um único bloco de terra (Geia).

A TERRA EM MOVIMENTO: PLACAS TECTÔNICAS, VULCÕES E TERREMOTOS

A crosta terrestre é fragmentada em vários blocos chamados placas tectônicas. Veja no

mapa ao lado as principais placas e a direção de seus movimentos.

As placas tectônicas (imensos blocos rochosos) flutuam sobre o magma (substância pastosa e

incandescente) que se move lentamente no manto.

Você já observou a água fervendo em uma panela? As altas temperaturas do manto fazem o

mesmo com o magma, ou seja, o material quente sobe ao chegar às camadas superiores, esfria e

volta ao interior substituindo aquele mais quente que subiu. Esse movimento do magma recebe o

nome de correntes de convecção. Essas correntes de convecção são como a água fervente que

empurra a tampa da panela. No caso das placas tectônicas, elas são pressionadas pelo magma e

acabam se afastando ou se chocando umas contra as outras nas áreas de contato ou de

separação entre as placas, podendo ocorrer erupções vulcânicas, terremotos, dobramentos e

falhamentos.

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Vulcões: são crateras ou fissuras na crosta terrestre, decorrentes dos movimentos tectônicos e

sujeitos a erupções vulcânicas. Essas erupções podem ser o magma sendo jorrado para cima até

atingir a superfície terrestre ou pode ser apenas explosões de gases tóxicos. Tudo dependerá do

tipo de vulcão que se formou.

NOTICIAS

Várias erupções vulcânicas ocorreram ao redor do mundo no mês de novembro de 2013, entre elas

Nishinoshima, Japão

Próximo da costa sul do Japão, o vulcão submarino Nishinoshima entrou em erupção nessa quarta-

feira (20), criando uma pequena ilha no meio do Oceano Pacífico. O novo pedaço de terra está

sendo chamado de Niijima e possui cerca de 650 metros de diâmetro.

http://www.epochtimes.com.br/seis-erupcoes-vulcanicas-ocorreram-ontem-cinco-

paises/#.U9EV8flT6tI<último

Acesso, julho 2014>

2014 começa com diversos eventos naturais com potencial destrutivo, com a erupção de vulcões

na Itália, El Salvador e Indonésia. (Foto Principal: El Salvador)

http://folhacentrosul.com.br/geral/2973/2014 <último acesso, julho de 2014>

Terremotos ou abalos sísmicos: são tremores produzidos ao longo da crosta terrestre que geram a

vibração da superfície. Eles são resultantes da liberação de energia causada pelas tensões

internas da Terra, também chamadas de forças endógenas de transformação do relevo.

As regiões de maior ocorrência dos tremores naturais são nos limites entre as placas tectônicas e

são medidos ou avaliados na escala de Richter variando de 0º a 9º (graus). Tremores com

liberação de energia entre 3,5 a 5,4 graus na escala Richter na maioria das vezes são percebidos

com consequências modestas ou despercebidas. A partir de 6,1 graus as consequências passam a

ser mais graves a medida que se eleva os graus.

Entre as consequências de um abalo sísmico citamos:

• Vibração do solo com intensidades variada,

• Terremotos;

• Deslizamento de terra,

• Tsunamis,

• Mudanças na rotação da Terra.

•As consequências de um abalo sísmico normalmente acarretam em efeitos nocivos (prejudicial) ao

homem como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções,

destruição entre outros.

Estadão Internacional:

O terremoto de maior intensidade já registrado ocorreu em 1960, no Chile, e o segundo aconteceu na Indonésia em 2004, atingiram respectivamente 9,5 e 9,3 graus na escala Richter. - TSUNAMI (FILME O IMPOSSÍVEL) O tremor de magnitude 7.2 atingiu a província de Cebu nas Filipinas na manhã desta terça-feira (15 out( 2013) e destruiu prédios e igrejas históricas

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- Terremoto provoca ondas de 20 cm na costa do Japão

11jun( 2014). Um forte terremoto atingiu a costa norte do Japão nas proximidades da usina nuclear

devastada por um tremor e um tsunami em 2011. O cismo ocorrido nessa manhã provocou uma

pequena onda e fez com que algumas cidades emitissem avisos para retirada. Não houve relatos

de danos ou pessoas feridas.

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,terremoto-provoca-onda-de-20-cm-na-costa-do-

japao,1527315 <último acesso, julho de 2014>

FORMAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DO RELEVO

O relevo é definido como a forma da superfície terrestre, podendo ser classificado de acordo

com a variação de nível. Entre os fatores responsáveis por dar forma (modelar) ao relevo estão os

agentes internos endógenos como os vulcões, terremotos, e os agentes externos do relevo,

chamados de agentes do intempeísmo, ou seja, clima, chuvas, geleiras, ventos, a ação do homem,

entre outros.

Esse aspecto físico é de fundamental importância para a realização das atividades

humanas, sendo determinante na construção de fábricas, rodovias, residências, etc.

É possível encontrar diferentes formas de relevo pelo mundo, como por exemplo, planície,

montanha, depressão e planalto, colinas, serras, chapadas, entre outras.

A AÇÃO DOS FATORES EXTERNOS NA TRANSFORMAÇÃO (OU MODELAMENTO) DO

RELEVO PELO CHAMADO INTEMPERISMO FISÍCO.

Ação das águas: a água pode alterar a composição das rochas, causando o intemperismo químico.

Com isso, ocorre a desagregação das rochas, que podem se romper ou desencadear erosões.

Além disso, também atua no foramação do relevo

- Erosão pluvial: provocada pelas águas da chuva.

- Erosão fluvial: provocada pelas águas de rios, um exemplo conhecido é o rio Colorado que

formou o Grand Canyon, nos Estados Unidos.

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- Erosão marinha: provocada pelas águas do mar, através da colisão das ondas com a costa essa

tem seu relevo transformado.

- Ação das geleiras: ou erosão glacial ocorre quando acontece uma avalanche deslocando

juntamente com o gelo uma quantidade de rochas e solos, fato que transforma o relevo.

Ação dos ventos: os ventos atuam, em especial, no litoral e no deserto, agindo constantemente na

formação e transformação do relevo, essa é denominada de erosão eólica, um exemplo comum

são as dunas.

PRINCIPAIS FORMAS DE RELEVO

- Montanhas – são grandes elevações da superfície terrestre, sendo consequência de fenômenos

como atividade vulcânica, terremotos, etc. Esse tipo de relevo apresenta terreno bastante

acidentado.

- Planaltos – são relevos marcados pela variação de altitude, apresentando formas distintas, como

serras, morros e chapadas. Normalmente essas áreas são extensas e possuem forma ondulada.

- Serras - são um tipo de relevo acidentado com característica ondulada (uma parte alta seguida

de outra num nível menor). Dentre as Serras presentes no Brasil podemos citar a Serra Gaúcha,

Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar.

- Depressões – é um tipo de relevo caracterizado por apresentar altitude inferior à do relevo em sua

volta. A depressão pode ser classificada como absoluta, desde que esteja abaixo do nível do mar.

- Planícies – são terrenos relativamente planos, formados principalmente a partir de rochas

sedimentares. Há também a planície litorânea, que consiste nas regiões próximas ao litoral.

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FORMAÇÃO E TIPOS DE ROCHAS

A estrutura geológica é extremamente importante na formação dos recursos minerais, além

de estabelecer uma grande influência na consolidação dos relevos e automaticamente do solo.

Para compreender a estrutura geológica de um lugar é preciso analisar e conhecer os tipos

de rochas presentes no local. Rocha é a união natural de minerais, compostos químicos definidos

quanto à sua composição, podem ser encontrados no decorrer de toda a superfície terrestre.

• Ígneas ou magmáticas: são rochas formadas pelo esfriamento e solidificação de elementos

endógenos, no caso, o magma pastoso. São exemplos de rochas magmáticas: granito, basalto,

diorito e andesito.

• Sedimentares: esse tipo de rocha tem sua formação a partir do acúmulo de resíduos de outros

tipos de rochas. São exemplos de rochas sedimentares: areia, argila, sal-gema e calcário.

• Metamórficas: esse tipo de rocha tem sua origem na transformação de outras rochas, em virtude

da pressão e da temperatura. São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse (formada a partir do

granito), ardósia (originada da argila) e mármore (formação calcária).

As mais antigas rochas são as do tipo ígneas e metamórficas, que surgiram respectivamente

na era Pré-Cambriana e Paleozoica. Essas rochas são denominadas de cristalinas, por causa da

cristalização dos minerais que as formaram.

Ao contrário das outras, as rochas sedimentares são de formações mais recentes, da era

Paleozoica à Cenozoica. Essas são encontradas em aproximadamente 5% da superfície terrestre.

SOLO

O solo é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por aglomerados

minerais e matéria orgânica oriunda da decomposição de animais e plantas.

Esse elemento natural é de fundamental importância para a vida de várias espécies. O solo serve

de fonte de nutrientes para as plantas, e a sua composição interfere diretamente na produção

agrícola.

Entre os fatores que contribuem para a caracterização do solo estão o clima, a incidência solar, a

rocha que originou o solo, matéria orgânica, cobertura vegetal, etc. O solo pode ser classificado em

arenoso, argiloso, humoso e calcário e terra roxa.

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Solo arenoso: possui grande quantidade de areia. Esse tipo de solo é muito permeável, pois a água

infiltra facilmente pelos espaços formados entre os grãos de areia. Normalmente ele é pobre em

nutrientes.

Solo argiloso: é formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando

grande quantidade de nutrientes, característica essencial para a prática da atividade agrícola.

Solo humoso: chamado em alguns lugares de terra preta, esse tipo de solo é bastante fértil, pois

contém grande concentração de material orgânico em decomposição. O solo humoso é muito

adequado para a realização da atividade agrícola.

Solo calcário: com pouco nutriente e grande quantidade de partículas rochosas em sua

composição, o solo calcário é inadequado para o cultivo de plantas. Ele é típico de regiões

desérticas.

Terra roxa é um tipo de solo bastante fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos

de decomposição de rochas de arenito-basáltico originadas do maior derrame vulcânico que este

planeta já presenciou. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devida

a presença de minerais, especialmente Ferro.

Portanto, as características do solo influenciam diretamente na prática da agricultura e no

desenvolvimento socioeconômico de um determinado lugar. Porém, é importante destacar que

técnicas agrícolas têm adaptado alguns solos para o cultivo, através da introdução de nutrientes.

Outro aspecto que deve ser pontuado é a poluição do solo, que é causada principalmente pelo lixo

despejado em lugares inadequados e pelos agrotóxicos utilizados nas plantações causando danos

irreversíveis ao solo.

A ÁGUA NO PLANETA TERRA

A água ocupa a maior parte do planeta: basta dar uma olhada em um globo terrestre para

perceber isso. Ela é composta por dois elementos químicos: o oxigênio e o hidrogênio. Para cada

oxigênio, ela tem dois hidrogênios e, por esse motivo, ela é representada assim: H2O.

A água é a substância mais abundante do planeta. Ela é encontrada nos oceanos, no gelo,

em rios,lagos e das chuvas, no ar que respiramos, no solo e abaixo dele (nos lençóis

freáticos).Além, desses locais, a água também está presente no nosso corpo e na constituição

dos demais seres vivos. Ela corresponde, por exemplo, a cerca de 60% do corpo humano; e 94%

do tomate.

A água é uma substância muito importante para a vida na Terra, pois todos os seres vivos

necessitam dela para viver. Sem ela, para começar, plantas e algas não sobreviveriam. Além disso,

é muito utilizada na indústria, inclusive na fabricação de remédios e objetos. As usinas hidrelétricas

também utilizam a água para gerar a energia elétrica, que chega às nossas casas.

Apesar de encontrada em muitos lugares, somente uma pequena parte de água está

disponível para os humanos e outros seres vivos. Só para se ter uma ideia, se toda a água do

mundo estivesse em uma garrafa de um litro, somente uma gota dela poderia ser utilizada para

nossa hidratação, ou seja, para bebermos. Isso porque grande parte dela está em oceanos ou está

congelada.

Além de existir uma quantidade pequena de água doce disponível, ela tem sido

desperdiçada e poluída por esgotos, pesticidas e lixo; diminuindo sua oferta para os seres

humanos, animais, plantas e outros seres vivos.

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Água: questão de preservação

Um fato que muito incomoda a maioria da população, quando ocorre, é o racionamento de água. Isso porque precisamos e utilizamos a água com os mais diferentes fins, dentro do nosso organismo e fora dele. Desta maneira, é interessante trabalhar com crianças, jovens e adultos a importância da água e as formas de preservá-la, mantendo nossos mananciais saudáveis e longe de qualquer tipo de contaminação.

Veja algumas dicas:

Não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes;

Não se esquecer de fechar bem a torneira (caso não consiga, peça ajuda para alguma

pessoa mais velha);

Reaproveitar a água de aquários e de cozimento de ovos e legumes, por exemplo, para

molhar as plantas do jardim.

OS MARES E OS OCEANOS

Oceano é uma grande massa de água salgada que cobre a maior parte da superfície terrestre, circundando e separando os continentes.Essa grande massa de água salgada contém importantes fontes de recursos para os seres humanos. Para atender aos interesses e ás necessidades humanas, ela foi dividida em cinco partes, que são os cinco oceanos:

• O Oceano Pacífico, localizado entre a Ásia, a América e a Oceania, é o mais extenso e o

mais profundo dos oceanos. Sua maior profundidade, de 11.500 metros, ocorre nas proximidades

das ilhas da Micronésia, em um lugar chamado Fossa das Marianas.

• O Oceano Atlântico é dividido em Atlântico Norte e Atlântico Sul. Ele se localiza entre a

América, a Europa e a África. O Atlântico é considerado o mais importante dos oceanos para a

economia mundial, devido ao grande fluxo de navegação e de comunicações, principalmente entre

a América e a Europa.

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• O Oceano Índico tem sua maior parte localizada no Hemisfério Sul, entre a Ásia, a África

e a Oceania. Nele se desenvolve uma intensa vida marinha, devido à temperatura mais aquecida

de suas águas.

• O Oceano Glacial Ártico banha o norte da Europa, da Ásia e da América. Suas águas

apresentam baixa temperatura, permanecendo congeladas durante grande parte do ano. Uma

característica marcante desse oceano é a presença de gigantescos blocos de gelo flutuantes, os

icebergs, que dificultam a navegação.

• O Oceano Glacial Antártico é formado pelo encontro das águas dos oceanos Pacífico,

Atlântico e Índico. Por estar próximo ao Polo sul, onde as temperaturas são muito baixas, suas

águas permanecem congeladas durante grande parte do ano.

OS MARES

Muitas pessoas utilizam as palavras Mar e Oceano como se elas fossem sinônimas, mas

expressam significados diferentes. Uma delas é a grande extensão territorial, a outra é a questão

da profundidade, além disso, os mares são menores e em grande parte delimitados pelos

continentes nas suas entradas.

Na verdade, a maioria dos mares fazem parte dos Oceanos. Eles são justamente aqueles

trechos mais próximos dos acidentes geográficos terrestres, possuindo uma grande importância

para inúmeros povos. Um exemplo é o Mar Mediterrâneo, uma extensão do Oceano Atlântico.

Existem três tipos principais de mares: os abertos, que possuem uma ampla ligação

direta com os oceanos. Exemplos o mar do Norte, na Europa, e o mar da China.

Os fechados,é um tipo de mar que não tem ligação direta com os oceanos. Como exemplo

de mares fechados podemos citar o mar Cáspio, o Mar de Aral e o mar Morto.

CURIOSIDADES

O Mar de Aral corresponde a um imenso lago constituído de água salgada que se encontra

no centro do continente asiático, esse é considerado um mar interior que se estabelece entre o

Cazaquistão (norte) e o Uzbequistão (sul).

O Mar Morto, também conhecido como lago Asfaltite, situa-se no Oriente Médio, na região interior

da Palestina, banhando a Jordânia, Israel e Cisjordânia. É alimentado pelo rio Jordão. Do ponto de vista climático e geográfico, está região apresenta clima subtropical e semi-árido, com verões de altas temperaturas e muito seco. A região é praticamente desértica. Na verdade, o Mar Morto é um lago de formato estreito e alongado, possuindo 82 quilômetros de comprimento e 18 quilômetros de largura. Ele está a 392 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo e 417 metros sob o nível do mar (é o ponto mais baixo do planeta Terra).

OS RIOS

Os rios são cursos naturais de água que se deslocam de acordo com a configuração do

relevo. Suas águas sempre irão percorrer de um ponto mais alto em direção a um ponto mais baixo do relevo.

A nascente de um rio está localizada em um ponto mais alto e, durante o percurso das águas, o rio atinge sua foz em terrenos de níveis mais baixos, podendo ser no mar, outro rio, lagos, etc.

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Os rios podem ser:

Perenes: são rios que possuem água durante todo o ano, ou seja, eles nunca secam. São

alimentados pelo escoamento superficial e pela água do lençol freático (subterrânea).

Intermitentes: também chamados de temporários, esses rios podem ser volumosos durante

os períodos chuvosos, porém eles desaparecem durante a seca.

Efêmeros: são rios formados exclusivamente durante as chuvas ou logo após sua

ocorrência. Eles secam rapidamente.

Os rios de planalto : costumam ter muitas quedas de água. E geralmente são aproveitados

para geração de energia elétrica. Já os rios de planície não apresentam quedas de água. Por

causa disso, eles são ideais para a navegação, a pesca, o lazer e a retirada de água para o

consumo.

AGUAS SUBTERRÂNEAS E AQUÍFEROS

Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os

poros ou vazios inter granulares (entre os grãos) das rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e

fissuras das rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de gravidade)

desempenha um papel essencial na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e

brejos. As águas subterrâneas cumprem uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem

uma parcela da água precipitada (Chuva).

Aquífero: é uma formação geológica subterrânea capaz de armazenar água. São

verdadeiros reservatórios subterrâneos de água formados por rochas com características porosas e

permeáveis que retém a água das chuvas, que se infiltra pelo solo, e a transmitem, sob a ação de

um diferencial de pressão hidrostática, para que, aos poucos, abasteça rios e poços artesianos.

Alguns aquíferos importantes: Aquífero Guarani: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai Alter

do Chão: Amazonas, Pará e Amapá, Arenito Núbia: Líbia, Egito, Chade, Sudão.

Aquífero Alter do Chão - 100% Brasileiro

O aquífero Alter do chão recebeu esse nome por estar situado nas proximidades da cidade de

Alter do Chão, uma cidade turística próxima de Santarém.

O Aquífero Guarani e foi nomeado em homenagem à tribo Guarani. já foi considerado como a

maior reserva subterrânea de água doce do mundo até 2010. Hoje é a segunda maior.

- Um manancial que atravessa as fronteiras de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

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LAGOS, LAGOAS E LAGUNAS

Lago é uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma

quantidade variável de água. Essa água pode ser proveniente da chuva, duma nascente local, ou

de curso de água, como rios e glaciares geleiras que desaguem nessa depressão. A quantidade de

água que um lago contém depende do clima regional. Exemplos de lagos:

Grandes Lagos da América do Norte ou os Grandes lagos Africanos

Lagoa é um corpo de água com pouco fluxo, mas geralmente sem água estagnada,

podendo ser natural ou feita pelo Homem (artificial), e é usualmente menor que um lago

Laguna é um termo que em geomorfologia refere-se a uma depressão formada por água

salobra ou de salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal,

constituindo assim, uma espécie de "semilago".

CLIMA E TEMPO

Muitas pessoas têm muita dificuldade para diferenciar tempo e clima. Algumas delas acreditam que essas expressões representam a mesma coisa, mas sabemos que isso não é verdade. Observe as frases abaixo:

Frase 1: Hoje choveu muito.

Frase 2: Faz muito frio nessa região durante essa época do ano.

Frase 3: Puxa! Quanta neve por aqui!

Frase 4: Essa região parece um deserto, quase nunca chove!

Não esqueça: o tempo refere-se a algo passageiro, a um estado momentâneo; já o clima está

relacionado a algo mais ou menos permanente ou que dura mais tempo.

Quando eu digo que hoje está chovendo, estou me referindo ao tempo. Quando afirmo que

todos os anos, entre os meses de agosto e janeiro, costuma chover em um dado lugar, estou me

referindo ao clima.

Portanto, quando falamos de tempo, referimo-nos a algo que muda de um dia para o outro,

ou até de uma hora para outra. Por outro lado, quando falamos de clima, referimo-nos a algo mais

rotineiro, que costuma se repetir ao longo dos anos.

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As previsões meteorológicas são responsáveis por nos dizer como será o tempo amanhã,

se vai chover ou não, se será frio ou não. TEMPO

Já as previsões climáticas procuram nos dizer como será o clima daqui a alguns anos, se

o planeta será mais quente ou mais frio, se as chuvas serão mais frequentes ou menos intensas

etc. CLIMA.

FATORES E ELEMENTOS CLIMÁTICOS A explicação para a ocorrência de diversos tipos climáticos no nosso planeta é o fato de o

clima ser influenciado por uma combinação entre vários fatores. Dessa forma, podemos

concluir que à medida que esses fatores se modificam, o clima de cada região também se altera.

Os principais e mais importantes fatores climáticos são: as latitudes, as longitudes, a

continentalidade e maritimidade, as formas de relevo, as vegetações, as correntes marinhas

e as massas de ar.

Altitudes: as altitudes interferem no clima porque, quanto mais alto, menos denso é o ar e,

portanto, mais frio ele se torna. Com isso, as temperaturas tendem a abaixar. Por outro lado,

quanto mais próximos estamos do nível do mar, maiores costumam ser as temperaturas.

Um exemplo de região com elevada altitude e que faz muito frio são os Alpes, uma cadeia

de montanhas localizadas na Europa.

Outro exemplo, nossa Serra Gaucha, é mais fria, por estar em maior altitude (altura), acima

do nível do mar, porém a cidade de Porto Alegre é mais quente por estar mais próxima do nível do

mar.

Latitudes: as latitudes definem o quanto estamos próximos ou distantes da Linha do

Equador, um traçado imaginário que “corta” a Terra ao meio no sentido horizontal. Portanto, quanto

mais próximos estamos dessa linha (ou seja, quanto menores forem as latitudes), mais calor

costuma fazer. Por outro lado, quanto mais longe estamos dessa linha (latitudes menores), maior é

o frio.

Isso explica por que o Polo Norte e o Polo Sul estão congelados. A região Sul do Brasil, por

estar em maior latitude, costuma ter menores temperaturas médias ao longo do ano.

Maritimidade e continentalidade

Maritimidade: é a capacidade das águas oceânicas de conservar calor por um período

maior que as áreas continentais, e influencia diretamente no clima das regiões costeiras.

A retenção de calor nas águas oceânicas atinge grandes profundidades. Tal fato faz com que

as temperaturas permaneçam altas, uma vez que o processo de resfriamento do calor retido

nperíodo diurno acontece de forma lenta.

Continentalidade: corresponde às áreas continentais influenciadas pelo aquecimento e

resfriamento da superfície terrestre. Durante a noite todo o calor absorvido durante o dia é perdido

muito rápido para a atmosfera. Desse modo, as tem

Relevo: o relevo interfere no clima mais do que você pode imaginar. As regiões mais altas,

como já falamos, costumam ser mais frias. Mas, além disso, essas zonas ajudam a “rebater” a

umidade proveniente de outros lugares, impedindo que elas cheguem a certos lugares, que

passam a ficar mais secos.

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Um exemplo disso é o deserto do Atacama, no Chile. A Cordilheira dos Andes não deixa que

os ventos carregados de umidade cheguem até essa região, fazendo com que ela transforme-se

em um dos desertos mais áridos do planeta.

Vegetação: as florestas e demais formas de vegetação ajudam a absorver o calor

proveniente da radiação solar, amenizando o aquecimento. Além do mais, através da

evapotranspiração, elas ajudam a aumentar a umidade do ar, provocando mais chuvas. Esse é um

dos motivos de ser necessária a correta preservação de nossas florestas!

Correntes marinhas: as alterações das temperaturas das correntes marinhas também

interferem no clima. Quando elas são mais quentes, evaporam mais e aumentam a umidade e a

temperatura em regiões costeiras. Quando elas são mais frias, provocam a queda da temperatura

dessas regiões, além de “puxar” a umidade de outros lugares, que acabam ficando com menos

chuvas.

Massas de ar: há diversas camadas de ar sobre a Terra, que existem graças às diferenças

da intensidade da luz solar ao longo do globo terrestre. Assim, as massas de ar (que ora são frias,

ora são quentes, ora são úmidas e ora são secas) interferem diretamente sobre o clima onde elas

passam. O encontro entre duas massas de ar é chamado de Frente de Ar.

Elementos climáticos: são as grandezas atmosféricas que podem ser medidas ou

instantaneamente mensuradas. São os elementos atmosféricos que variam no tempo e no espaço

e que se configuram como o atributo básico para se definir o clima de determinada região. Os

principais elementos climáticos são: radiação, temperatura, pressão e umidade.

a) Radiação: a radiação climática, em linhas gerais, pode ser definida como todo o calor

recebido pela atmosfera, a maior parte advinda do sol, mas que também recebe a influência dos

seres vivos e dos elementos naturais e artificiais que refletem o calor já existente.

A radiação solar manifesta-se em diferentes tons de intensidade ao longo do planeta, o que

contribui concomitante (ao mesmo tempo) com a latitude para a formação das chamadas zonas

térmicas ou climáticas da Terra (regiões da superfície da Terra, com características

climáticas diferentes).

Zonas Polares: os raios solares atingem a superfície terrestre de maneira bastante

inclinada, portanto, as temperaturas são as mais baixas da Terra

Zonas temperadas: os raios incidem à superfície de forma relativamente inclinada em

relação à zona intertropical, desse modo as temperaturas são mais amenas.

Zona tropical: áreas que recebem luz solar de forma praticamente vertical em sua

superfície, o fato produz regiões com temperaturas elevadas, conhecida como zona tórrida do

planeta.

b) Temperatura: é a mensuração do calor na atmosfera, podendo ser medida em graus

célsius (ºC) ou em outras unidades de medida, como fahrenheit (ºF) e o kelvin (K). c) Pressão Atmosférica: é o “peso” ou “força” exercidos pelo ar sobre a superfície, pois, ao

contrário do que muitas pessoas pensam, o ar possui massa e, consequentemente, peso. A pressão atmosférica costuma ser medida em milibares (mb).

d) Umidade: é a quantidade de água em sua forma gasosa presente na atmosfera. Temos,

assim, a umidade absoluta (quantidade total de água na atmosfera) e a umidade relativa do ar (quantidade de água na atmosfera em relação ao total necessário para haver chuva).

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AS PAISAGENS NATURAIS DA TERRA E OS TIPOS DE CLIMA

Os biomas terrestres estão distribuídos em função de inúmeras variáveis que podem ser

explicadas pela Biogeografia Histórica, contudo, o principal fator que rege esta distribuição é o

Clima, em função dos diferentes elementos e fatores associados.

Florestas Tropicais- são formações vegetais situadas entre trópico de Câncer e o de

Capricórnio, com 2 estações do ano bem definidas: uma chuvosa (verão) e inverno (seco).

a) Caracterizam-se pelo calor forte, muitas chuvas, muita variedade de espécies vegetais e

animais.

b) A fauna e a flora são as mais diversificadas do mundo (a maior biodiversidade).

c) Os maiores exemplos dessa paisagem são: floresta Amazônica, Floresta do Congo.

d) Ocorrem na África Central, América do Sul, Sul e Sudeste da Ásia.

-Florestas Temperadas – são formações vegetais típicas do Paralelo 40º, embora existam em

outras partes do mundo. (Austrália, Chile e nova Zelândia).

a) Caracteriza por apresentar as quatro estações do ano bem definidas.

b) Verão quente e inverno frio. Está associado ao clima temperado oceânico.

c) Destacam-se na flora, as espécies decíduas (perdem a folha no inverno) o carvalho e eucalipto.

d) Destacam-se na fauna, os esquilos, a raposa, lobos, etc.

e) Ocorrem na Europa Ocidental, EUA, Japão, Austrália, parte do Canadá e China.

- Floresta Boreal ou taiga- essa floresta é exclusiva do hemisfério Norte (50º e 60ºN).

a) Está associada ao clima frio, com verões curtos e muita neve;

b) É composta por arvores coníferas (em forma de cone). Não é uma floresta rica ou heterogênea;

c) Na flora destacam-se o pinheiro e abeto;

d) Na fauna, destacam-se ursos, lebres, linces, etc.;

e) Ocorrem no Canadá, Escandinávia e Rússia.

- Tundra – é uma vegetação rasteira típica das zonas polares, em especial da região ártico.

a) está associado ao clima frio polar, com verão muito curto e inverno rigoroso (congelamento do

solo);

b) Surge apenas na época do degelo do solo, aí surgem os liquens e os musgos.

c) Na fauna destacam-se o urso-polar, lobo ártico e pinguins (Antártida).

d) Ocorre no extremo norte do Canadá, da Escandinávia e da Rússia.

- Pradarias – é uma vegetação herbácea, típica dos climas temperados ou subtropicais.

a) Os solos são geralmente férteis, onde estão os maiores cultivos de trigo do mundo e criação de

gado;

b) No hemisfério norte recebe o nome de pradarias, já no hemisfério Sul, recebem o nome de

pampas (Brasil, Uruguai e Argentina);

c) Na fauna destacam-se, o gavião, búfalo e coiotes.

- Savanas – são vegetações com dois estratos: (arbóreo) e (herbáceo), ligados ao clima tropical,

com uma estação seca e uma úmida.

a) As mais conhecidas são as savanas africanas;

b) É marcada por arvores de baixo porte, espaçadas e com troncos retorcidos;

c) Na fauna africana destacam-se, zebras, leões, rinocerontes, girafas, etc.

d) Na América do Sul, corresponde ao cerrado (Brasil), onde a fauna é composta por capivaras,

anta tamanduá, etc.

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-Desertos – são áreas do planeta onde a vegetação é rara, com ausência de chuvas.

a) Clima árido, solos arenosos, ausência de chuvas, plantas xerófilas (adaptadas à aridez);

b) A temperatura pode chegar aos 50º durante o dia e 0ºC durante a noite;

c) No Brasil o sertão nordestino assemelha-se com esse tipo de paisagem, embora não seja um

deserto típico.

CLIMAS NO MUNDO

Clima Tropical – predomina nas regiões localizadas entre os trópicos de Câncer e de

Capricórnio.

a) É influenciado pelas massas de ar tropicais que são quentes e seca nos continentes e quente e

úmido nos oceanos;

b) Apresenta duas estações do ano bem definidas: verão (chuvoso) e inverno (seco)

c) O índice pluviométrico varia entre 1000 e 2000 e a média térmica anual em trono de 20ºC;

d) Ocorre na maior parte da África, América do sul e Sudeste da Ásia.

Clima Equatorial – predomina nas áreas de baixa latitude, em trono da Linha do Equador,

influenciado pelas massas de ar equatoriais.

a) É quente e chuvoso o ano inteiro;

b) Apresenta apenas 2 estações bem definidas: uma chuvosa e outra menos chuvosa;

c) O índice pluviométrico anual supera os 2000mm e a média térmica anual é de 25ºC.

Clima Desértico - predomina em áreas de transição entre as zonas tropicais e temperadas.

a) As chuvas são muito raras, poucas nuvens e o ar muito seco (baixa umidade relativa do ar);

b) As temperaturas variam de 50ºC durante o dia a 0ºC durante a noite;

c) Curiosidade: existem desertos frios: Patagônia (Argentina) e Gobi (China);

d) Ocorre no deserto do Sabará Kalahari (África) e Atacama (Chile).

Clima Temperado – predomina nas áreas de media latitude. Apresenta-se de três tipos:

a) Clima temperado oceânico - predomina nas áreas litorâneas da zona temperada; verões

amenos e invernos chuvosos, frio não muito intenso;

b) Clima temperado continental - predomina nas áreas interioranas da zona temperada. Inverno

rigoroso com muita neve e verão muito quente e chuvoso.

c) Clima temperado mediterrâneo - predomina nas áreas próximas ao mar mediterrâneo. Verão

seco e ameno, e inverno chuvoso.

Clima Frio Polar – predomina nas altas latitudes e é influenciado pelas massas de ar

polares.

a) Inverno longos e rigoroso que duram até 9 meses ao ano;

b) As chuvas ocorrem em forma de neve, e no verão, o Sol não se põe em alguns meses;

c) Ocorre nos polos Norte e Sul, Groenlândia e nas grandes montanhas do mundo.

FORMAÇÕES VEGETAIS Biomas: Os biomas são espaços geográficos que apresentam um somatório de

ecossistemas vizinhos e semelhantes. Eles podem ser divididos em terrestres e aquáticos.

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Ecossistemas: termo utilizado para descrever uma unidade em que componentes bióticos e

abióticos interagem entre si formando um sistema em equilíbrio. Ficou confuso? Então iremos

lhe explicar de outra forma.

Todos os ecossistemas possuem componentes bióticos e componentes abióticos. Os

componentes bióticos são todos os seres vivos que vivem em um determinado local, enquanto os

componentes abióticos são todos os fatores físicos, químicos e geológicos do ambiente, como

água, luz, solo, umidade, temperatura, nutrientes etc. Podemos encontrar desde ecossistemas

pequenos, como um lago, até ecossistemas muito grandes como a Floresta Amazônica, mas

independente do seu tamanho, em todos os ecossistemas tem que haver uma interação entre os

componentes bióticos e os componentes abióticos.

Você deve estar se perguntando, quais são os componentes bióticos e abióticos De um

lago? Os componentes bióticos desse lago são os vegetais e todos os outros seres vivos que ali

estão. Já os componentes abióticos são:

~>Luz: necessária às plantas para a fotossíntese, lembrando que é a partir da fotossíntese que os

vegetais produzem o oxigênio;

~>Oxigênio: utilizado pelos peixes e demais organismos do lago;

~>Temperatura da água: quando a temperatura da água aumenta, o oxigênio dissolvido nela

diminui, provocando a morte de muitos organismos. Isso deixa a água mais turva, impedindo a

passagem de luz e a consequente realização de fotossíntese pelos vegetais. Como os vegetais

não fazem fotossíntese, o oxigênio não é produzido e mais organismos morrem;

~>Rochas e lama no fundo e nas margens do lago que servem de esconderijo para alguns

organismos.

~> Sais minerais: dissolvidos na água, esses sais são importantes para os organismos que ali

vivem.

- Biodiversidade: é a grande variedade de seres vivos que encontramos no planeta. Têm um

sentido bastante amplo, pois não se trata somente de "contar" as espécies já catalogadas pelos

especialistas, mas sim considerar todas as formas de vida que existem no planeta, os genes

contidos em cada um desses indivíduos e também as inter-relações existentes entre as diversas

espécies.

A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das atividades econômicas.

Inicialmente, com a economia colonial (1500- 1822), tudo girava em função das produções ligadas

aos gêneros primários. Essa demanda também correspondia aos anseios de exportação para

atender os desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado.

Nesse período, no intervalo do século XVI, o pau-brasil era o principal objeto de exploração

e movimentava toda a economia do país.

Nos séculos posteriores esse recurso começou a ficar escasso e os portugueses iniciaram a

busca por outras riquezas para o desenvolvimento da economia. Com o passar dos tempos e toda

essa movimentação o território já estava ampliado. Nessa época foram iniciadas as plantações da

cana-de-açúcar e foram iniciadas as atividades pecuárias.

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Outro ciclo de riquezas e desenvolvimento do território foi iniciado por volta de 1740 a 1750

já no século XVIII: eram as atividades mineradoras. Extrair recursos minerais do solo brasileiro

passou a fazer parte do desejo dos portugueses, o que gerava uma grande expansão do território.

ARQUIPÉLAGOS ECONÔMICOS

Os especialistas explicam que a expansão territorial brasileira também começou a ser mais

observada a partir da divisão dos arquipélagos (ilhas). Ao passo que as atividades econômicas

passavam por mudanças, surgiam novas cidades, distantes umas das outras, o que já começava a

desenhar o cenário do país. É como se o país expandisse um pouco de forma desigual, sem muita

articulação ou coordenação.

MOVIMENTO DE INTEGRAÇÃO

Até o período de 1930 algumas atividades econômicas principais desenvolvidas no Brasil

estavam ligadas à cana, minérios e café. Essas atividades eram destinadas ao mercado de

exportação.

Foi depois de 1930 que começou um processo de movimentação interna, com base nas

demandas do próprio país. Também nessa fase ganhou força a ideia de que o Brasil não estava

restrito ao seu litoral.

A economia poderia, nesse sentido, promover uma integração dos territórios do país. Se

essa integração fosse materializada, muitos ganhos poderiam ser observados. Essa realidade

começou a fazer parte da rotina dos brasileiros a partir do momento em que o processo de

industrialização foi iniciado na década de 1930. A consolidação também foi bastante observada a

partir da década de 1950.

A partir daí, o Brasil se insere na nova Divisão Internacional do trabalho ou DIT

(especialização na produção de cada país, no comércio internacional), ou seja, deixa de produzir

somente matéria prima para exportação, passando a produzir também produtos manufaturados.

Entretanto, o país mantém uma característica de mero fornecedor de matéria prima, por

predominar na sua pauta de exportação esses produtos. E ainda hoje, predomina, embora numa

condição um pouco mais diferenciada, devido aos seus novos investimentos na área tecnológica.

Ao Brasil, coube se adequar a essa nova rotina e passar a produzir produtos agrícolas e

elementos da indústria para o mover da nova economia estabelecida. Esses foram os primeiros

passos da expansão e formação do território brasileiro. Depois da Independência do Brasil, várias

outras mudanças foram observadas e implantadas. Mas, como dizem os autores, as principais

marcas de mudanças do território ainda foram deixadas pelos próprios colonizadores.

A EXTENSÃO TERRITORIAL DO BRASIL E A POSIÇÃO GEOGRÁFICA

O Brasil está localizado no continente Americano, faz parte da América do Sul. Ele faz divisa

com outros dez países diferentes. Assim, as fronteiras do nosso país só não estão localizadas ao

lado de dois países da América do Sul: Chile e Equador. Observe o mapa abaixo.

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. O território brasileiro possui uma

área de 8.514.876 km², sendo o

quinto maior país do mundo. Em

razão disso, é chamado de “país com

dimensões continentais”, pois sua

área é equivalente à de um

continente

Os limites territoriais do Brasil

totalizam 23.086 km, dos quais 7.367

km com o Oceano Atlântico e 15.719

km com os países vizinhos. E está

situado entre os paralelos de 5º16’ de

latitude norte e 33º44’ de latitude sul,

e entre os meridianos de 34º47’ e

73º59’ de longitude oeste. É cortado

ao norte pela linha do Equador (0°) e

ao sul pelo Trópico de Capricórnio

(23°30’ S). Em decorrência disso, o

Brasil possui 93% do seu território

situado no hemisfério sul, 7% no

hemisfério norte e totalmente a oeste

do Meridiano de Greenwich, além

disso, têm 92% das suas terras na zona intertropical (zona mais quente e iluminada durante o ano

todo).

Fusos Horários do Brasil

Apesar de serem definidos como faixas delimitadas por linhas retas, na prática os fusos

horários podem ter limites irregulares para acompanhar as fronteiras dos países, evitando confusão

de horários dentro de um mesmo país. Entretanto, países com território extenso, como é o caso do

Brasil, podem estar contidos em mais de um fuso horário. Nosso país já teve quatro fusos horários,

mas o quarto, que vigorava no Acre e em uma pequena parte do Amazonas, foi extinto em junho

de 2008 por uma lei sancionada pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

O primeiro dos três fusos que o Brasil possui atualmente tem duas horas menos que a hora

de Greenwich e abrange o arquipélago de Fernando de Noronha e outras ilhas oceânicas

pertencentes ao território brasileiro. O segundo tem três horas menos que Greenwich. Neles estão

contidos os estados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste, além dos estados do Amapá, Pará,

Tocantins e Goiás. Por ser o fuso onde se localiza a capital federal, sua hora é adotada como a

oficial do país, a chamada hora de Brasília. O terceiro fuso horário do Brasil abrange os estados de

Mato Grosso, Mato Grosso de Sul, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas, e possui quatro horas a

menos que a hora de Greenwich.

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HORÁRIO DE VERÃO

E por que o horário de verão é adotado só em certo período do ano?

O que é o Horário de Verão?

Durante a primavera e o verão, em grande parte do Brasil, os dias são mais longos do que as noites, ou seja, o sol surge mais cedo (alvorecer, amanhecer) e põe-se mais tarde (entardecer). Para aproveitar melhor a luz natural, foi instituído o Horário Brasileiro de Verão que é o

adiantamento do relógio em uma hora em relação ao horário legal.

Qual a vantagem do Horário de Verão?

Redução do consumo de luz artificial, ou seja, da energia elétrica, principalmente, para iluminação, e aumento das horas de lazer, visto que escurece mais tarde. Com o Horário Brasileiro de Verão há melhor aproveitamento da luz do sol o que traz benefício geral à

população, seja para o lazer ou para as atividades comerciais, a indústria, o turismo e, também, ganhamos com os benefícios ecológicos e a preservação do meio ambiente.

Por outro lado, muitas pessoas sofrem até ajustar o seu ritmo biológico por acordar uma hora mais cedo.

Em quais estados se aplica o Horário de Verão?

O Horário de Verão no Brasil é aplicado por decreto nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste,

portanto, nos seguintes estados: DF (Distrito Federal), ES (Espírito Santo), GO (Goiás), MG (Minas Gerais), MT (Mato Grosso), MS (Mato Grosso do Sul), PR (Paraná), RJ (Rio de Janeiro), RS (Rio Grande do Sul), SC (Santa Catarina) e SP (São Paulo).

Quando começa e termina o Horário Verão?

Desde 2008, foi fixada a data de início e término do Horário de Verão no Brasil, que deve começar à zero hora do terceiro domingo de outubro e terminar à zero hora do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte (se coincidir com o domingo de carnaval, o horário é

prorrogado por mais uma semana). Veja oDecreto Presidencial 6.558 de 08/09/2008.

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Os pontos extremos do Brasil são os seguintes:

Norte – Fica na nascente do Rio Ailã, na Serra do Caburaí. Estado de Roraima, a 5º16’ de lati tude

norte

Sul – Situa-se no Arroio Chuí. Estado do Rio Grande do Sul, a 33º45’ de latitude sul.

Leste – Ponta do Seixas, no Estado da Paraíba, a 34º47’ de longitude oeste.

Oeste – Na Serra da Contamana, no Estado do Acre, a 73º59’ de longitude oeste.

Sua capital, situada no interior do Planalto Central, é Brasília, com população estimada de 2 562

963 habitantes (2010).

MAIORES ALTITUDES DO NOSSO RELEVO.

● Pico da Neblina 3014,1 m 2.993,78 m Amazonas (Fronteira Brasil x venezuela) ● Pico 31 de Março 2992,4 m 2.972,66 m Amazonas ● Pico das Agulhas Negras 2787,0 m 2.791,55 m Rio de Janeiro ● Pico Pedra da Mina 2.770,0 m 2.798,39 m Minas Gerais

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO TERRITÓRIO

O nome oficial do Brasil é República Federativa do Brasil, esse nome foi dado a partir da

constituição de 1891. O Brasil é um estado federado. Nele, o poder está organizado em três níveis

de hierarquia – Governo Federal, Estadual e Municipal. Do maior ao menor grau de entrosamento e

Cooperação entre os governantes que exercem esses poderes é que depende a concretização do

bem comum para cada parcela do povo brasileiro.

Formas de Governo:

República: Forma de governo democrática em que o cargo de chefe de estado é eletivo e

periódico.

Sistemas de Governo:

Presidencialismo: sistema em que todos os membros da sociedade que possuem o direito

de voto pela lei eleitoral, elegem seus representantes, inclusive o chefe do governo, que segundo a

ordem política, possui a função de chefe de estado e de governo.

O Brasil é caracterizado como uma federação (estados dotados de certa autonomia no

campo da administração pública). Essa autonomia não os torna independentes.

Tomemos a lei de trânsito como exemplo. Caso um prefeito ou mesmo governador queira

alterar a lei determinando que todos os motoristas da sua região terão que dirigir na faixa esquerda

da via. Essa lei modificaria toda a conjuntura do trânsito, e por ser uma lei federal esse ato seria

inconstitucional, ou seja, ilegal. Agora se o governante quiser gastar parte do seu orçamento na

construção de uma ponte, ao invés de uma represa, não haverá problema, pois o governante

possui uma certa autonomia nos gastos públicos, autonomia essa fiscalizada pelo poder federal.

Nosso país possui 26 estados mais o Distrito Federal, ou seja, 27 unidades da Federação.

Essas 27 unidades estão divididas em regiões.

O Estado, com “E” maiúsculo, é formado pela união de Três Poderes de diferentes áreas: o

Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

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Poder legislativo: é aquele que se preocupa em elaborar ou modificar as leis. É composto

pelos parlamentares, ou seja, os vereadores (municípios), os deputados estaduais (estados) e os

deputados federais (país). Além deles, existe também o Senado, que é composto pelos senadores.

Poder executivo: é aquele que se preocupa em aplicar as leis e as políticas sociais. É

representado pelos administradores, ou seja, os prefeitos (municípios), os governadores (estados)

e pelo presidente (país).

Poder judiciário: é o responsável por julgar os crimes e avaliar as leis, se elas são

constitucionais ou não, isto é, se elas obedecem à Constituição Federal. É representado pelos

juízes e desembargadores, sendo o único dos três poderes que não é eleito democraticamente

pelo povo. A sua principal instância é o Supremo Tribunal Federal (STF).

Para garantir o funcionamento dos Três Poderes, é preciso que eles se fiscalizem

mutualmente, de modo que cada um deles garanta e avalie o funcionamento dos demais. Caso um

deles apresente erros ou problemas, os demais devem fiscalizar e avaliar o caso.

REGIONALIZAÇÃO

Você já parou para pensar o quanto o Brasil é grande?Somos o quinto maior do

mundo em tamanho territorial! É comum que se diga que o nosso território é o de um país

continental, pois a sua área equivale à de um continente.

Por esse motivo, precisamos regionalizar o nosso espaço geográfico para melhor

compreendermos como ele funciona. Assim, é mais fácil para o poder público criar políticas de

melhoria a partir dos dados sobre o desempenho das diferentes localidades. A mais conhecida das

regionalizações é a do IBGE, que divide o Brasil em cinco regiões, mas existem outras propostas.

Uma das regionalizações do Brasil mais adequadas para a compreensão do território é a

que divide o nosso país em três regiões geoeconômicas: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia.

A divisão do país nessas três áreas é importante porque revela os principais contrastes tanto no

processo de ocupação histórica do território quanto nas características econômicas e sociais

atuais. Outro aspecto é que essa regionalização não obedece à fronteira dos estados, como

acontece com a divisão feita pelo IBGE, Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. ATENÇAÕ

ESSAS REGIÕES ESTUDAREMOS MAIS ADIANTE

CARACTERÍSTICAS NATURAIS DO BRASIL

Tipos de Clima no Brasil

O território brasileiro, em virtude da sua localização e grande extensão, apresenta diferentes

tipos de clima. Os principais climas do Brasil são: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude,

tropical atlântico e subtropical.

Equatorial: esse é o clima predominante na região Amazônica, que abrange a Região Norte

e porções dos estados de Mato Grosso e Maranhão. A temperatura média anual é elevada,

variando entre 25 °C e 27 °C, com chuvas durante todo o ano e alta umidade do ar.

Tropical: abrange estados das Regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste.

Apresenta duas estações bem definidas: inverno (seco) e verão (chuvoso). A temperatura média

varia entre 18 °C e 28 °C.

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Semiárido: esse clima do Brasil predomina no interior nordestino. A temperatura é elevada,

com média de 27 °C, e as chuvas são escassas e irregulares. Essas características, além da falta

de políticas públicas (construção de reservatórios de água), dificultam o desenvolvimento das

atividades agrícolas.

Tropical de altitude: típico das áreas mais elevadas dos estados do Sudeste (Espírito

Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). A temperatura, com média anual entre 18 °C e

22 °C, é mais baixa nas áreas mais altas do relevo. Uma característica desse clima são as geadas

durante o inverno.

Tropical atlântico: está presente na zona litorânea que se estende do Rio Grande do Norte,

no Nordeste, ao Paraná, no Sul. A temperatura é elevada, por volta de 25 °C. As chuvas, regulares

e bem distribuídas, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante

o inverno.

Subtropical: clima predominante nas porções do território brasileiro situadas ao sul do

Trópico de Capricórnio, na Zona Climática Temperada do Sul. Inclui os estados da Região Sul e

parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A temperatura média é de 18 °C, considerada a mais

baixa do país. As chuvas são regulares e bem distribuídas. O verão é quente e o inverno é

bastante frio, sendo comum a ocorrência de neve ou geada em determinados lugares.

BIOMAS BRASILEIROS

Com grande extensão territorial e variação climática, o Brasil abriga vários tipos de BIOMAS

(é o conjunto dos seres vivos de uma área. É entendido também como o conjunto de ecossistemas

terrestres), com destaque para a Caatinga, Campos, Cerrado, Floresta Amazônica, Mangues, Mata

Atlântica, Mata de Araucária, Mata de Cocais e Pantanal.

Caatinga: ocupando uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, a

Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Ela é típica das regiões semi-áridas, podendo

ser encontrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe,

Alagoas, Bahia, Piauí e Minas Gerais. A vegetação é marcada por plantas xerófilas, adaptadas ao

clima seco e a pouca disponibilidade de água. A fauna é representada por répteis, roedores, arara-

azul, asa-branca, cutia, etc.

Campos: esse tipo de vegetação ocupa áreas descontínuas no país, sendo mais comum na

Região Sul, em especial no estado do Rio Grande do Sul. A vegetação dos Campos é formada por

herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos.

Cerrado: considerado o segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado está presente em

diferentes estados brasileiros, sendo predominante na Região Centro-Oeste. Entre as

características marcantes desse tipo de vegetação estão as árvores com caule tortuosos e o solo

com poucos nutrientes. A fauna é representada pelo tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-bola,

veado, entre outras espécies.

Floresta Amazônica: é a maior floresta tropical do mundo, além de apresentar a maior

biodiversidade. Ela ocupa cerca de 42% do território nacional, estando presente na Região Norte e

nos estados de Mato Grosso e Maranhão, além de outros países da América do Sul. Predominam

as espécies de folhas largas, comuns em regiões de clima equatorial, quente e úmido. É muito

grande a quantidade de espécies de animais, mas podemos destacar o jacaré, a jiboia, macacos,

jabuti, etc.

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Manguezal: encontrado em diferentes áreas litorâneas, onde deságuam os rios, esse bioma

é caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro. Os principais animais dos

mangues são o caranguejo e a ostra.

Mata Atlântica: é um dos biomas mais ricos do mundo em espécies da fauna e da flora.

Sua vegetação é bem diversificada, apresentando árvores de grande porte com folhas largas. As

atividades humanas reduziram drasticamente a área original da Mata Atlântica, que é considerada

um dos biomas mais ameaçados do planeta.

Mata de Araucária: é uma vegetação típica de regiões de clima subtropical. No Brasil, ela

pode ser encontrada nos estados da Região Sul e em São Paulo. Sua vegetação é formada por

árvores aciculifoliadas, com folhas em forma de agulha. A espécie dominante é a Araucária

angustifólia, nome científico do pinheiro-do-paraná.

Mata de Cocais: ocupando áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, esse bioma

é considerado uma zona de transição entre a Amazônia e o Sertão Nordestino. A vegetação é

formada por palmeiras, com predominância do babaçu e da carnaúba, além do buriti e oiticica.

Pantanal: esse bioma é considerado uma das maiores planícies inundáveis do mundo. O

Pantanal está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de territórios do

Paraguai e Bolívia. Abriga mais de 3.500 espécies de plantas e vários animais: jacaré, capivara,

tucano, onça, macacos, etc.

ESTRUTURA GEOLÓGICA E O RELEVO DO BRASIL

Chamamos de estrutura geológica as rochas que compõem um determinado local e podem

ser dispostas em diferentes camadas, ser de diferentes tipos, idades e originadas por distintos

processos naturais. A importância da estrutura geológica depende das riquezas minerais a ela

associadas e do seu papel na constituição do relevo e do solo do local.

A estrutura geológica do relevo brasileiro é constituída por escudos cristalinos, que

abrangem pouco mais de um terço (36%) do território nacional, e por bacias sedimentares, que

ocupam cerca de dois terços (64%). Não existem dobramentos modernos (áreas de formação

recente) no Brasil.

Como o território brasileiro é predominantemente tropical, com elevadas temperaturas,

chuvas normalmente abundantes e reduzidas atividade geológica interna (vulcanismo, terremotos,

dobramentos), os agentes que provocam maiores modificações no relevo brasileiro, além do ser

humano, são o clima (chuvas, ventos, temperatura) e a hidrografia (rios).

As altitudes do relevo brasileiro, em geral, são modestas. Apenas dois picos se aproximam

de 3 mil metros de altitude: o pico da Neblina (2 993m) e o pico 31 de Março e (2 972m), ambos

localizados próximo à fronteira do estado do Amazonas com a Venezuela.

As formas de relevo predominante no território brasileiro são planaltos, depressões e

planícies, mas merecem destaque também outras formas como montanhas (altitudes modestas

em relação a outros países) colinas, morros, serras, chapadas, entre outras. A diferença entre

essas formas não está apenas na altitude, mas principalmente nos processos que constituíram

essas formas.

Exemplos de relevo brasileiro:

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Planaltos: planaltos, também chamados de platôs, são áreas de altitudes variadas e limitadas, em

um de seus lados, por superfície rebaixada. Os planaltos são originários das erosões provocadas

por água ou vento. Os cumes dos planaltos são ligeiramente nivelados.

Exemplo: Planalto Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, Minas Gerais,

Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Planícies: É uma área geográfica caracterizada por superfície relativamente plana (pouca ou

nenhuma variação de altitude). São encontradas, na maioria das vezes, em regiões de baixas

altitudes. As planícies são formadas por rochas sedimentares. Nestas áreas, ocorre o acúmulo de

sedimentos. Exemplos: Planície Litorânea, Planície Amazônica e Planície do Pantanal.

Depressões: são regiões geográficas mais baixas do que as áreas em sua volta. Quando esta

região situa-se numa altitude abaixo do nível do mar, ela é chamada de depressão absoluta.

Quando são apenas mais baixas do que as áreas ao redor, são chamadas de depressões relativas.

As crateras de vulcões desativados são consideradas depressões. É comum a formação de lagos

nas depressões. Exemplo: Depressão Sul Amazônica

Montanhas: montanhas são formações geográficas originadas do choque (encontro) entre placas

tectônicas. Quando ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que sofrem o

impacto acaba se elevando na superfície, formando assim as montanhas. Estas são conhecidas

como montanhas de dobramentos. Grande parte deste tipo de montanhas formou-se na era

geológica do Terciário. Existem também, embora menos comum, as montanhas formadas por

vulcões. VEJA NA IMAGEM ANTERIOR NOS TIPOS DE RELEVO.

BACIAS HIDROGRÁFICAS

Bacia hidrográfica, também chamada de bacia de drenagem, é uma porção da superfície

terrestre banhada por um rio principal, ribeirões, riachos e córregos. Essas bacias são alimentadas

pelas águas das chuvas, lençóis subterrâneos, etc.

Os limites entre as bacias hidrográficas, denominados divisores de água, encontram-se nos

pontos mais elevados do relevo, sendo responsáveis pela separação das águas das diferentes

bacias hidrográficas.

Portanto, a delimitação de uma bacia hidrográfica tem como principal elemento o relevo da

região, visto que a água segue um caminho de acordo com o desnível do terreno. De acordo com o

Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), órgão responsável pelo planejamento e uso

racional da água no país, o território brasileiro abriga 12 bacias hidrográficas, com destaque para a

Bacia Amazônica, que é a maior do planeta.

Bacia Hidrográfica Amazônica: com sete milhões de quilômetros quadrados, essa é a maior bacia hidrográfica do mundo. No Brasil, ela compreende uma área de 3.870.000 km², estando

presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia: é a maior bacia de drenagem exclusivamente

brasileira Os principais rios são o Tocantins, que nasce em Goiás e desemboca na foz do rio Amazonas; e o rio Araguaia, que nasce na divisa de Goiás com Mato Grosso e se junta ao rio Tocantins na porção norte do estado do Tocantins. Bacia Hidrográfica do São Francisco: com aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica tem como principal rio o São Francisco, que nasce na Serra da Canastra

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(MG) e percorre os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa entre esses dois últimos estados. Bacia Hidrográfica do Paraná: essa é a principal porção da bacia Platina (compreende os países

da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). No Brasil, a bacia hidrográfica do Paraná possui 879.860 quilômetros quadrados, apresentando rios de planalto e encachoeirados, características elementares para a construção de usinas hidrelétricas: Furnas, Água Vermelha, São Simão, Capivari, Itaipu (a maior usina do mundo), entre tantas outras.

Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental: com extensão de 287.348 quilômetros

quadrados, a bacia hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental está presente em cinco estados nordestinos: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: seus principais rios são o Gurupi, Pericumã,

Mearim, Itapecuru Munim e Turiaçu. Essa bacia de drenagem possui 254.100 quilômetros quadrados, compreendendo áreas do Maranhão e Pará. Bacia Hidrográfica Atlântico Leste: com extensão de 374.677 quilômetros quadrados, essa bacia

hidrográfica engloba os estados de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Em sua região é possível encontrar fragmentos de Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e vegetação costeira. Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste: presente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio

de Janeiro, São Paulo e Paraná, a região hidrográfica Atlântico Sudeste apresenta 229.972 quilômetros quadrados. Ela é formada pelo rio Doce, Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, entre outros. Bacia Hidrográfica Atlântico Sul: com área de 185.856 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica nasce na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná, percorrendo até o Rio Grande do Sul. Com exceção do Itajaí e Jacuí, os rios que formam essa bacia de drenagem são de pequeno porte. Bacia Hidrográfica do Uruguai: é composta pela junção dos rios Peixe e Pelotas. Com área de

174.612 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica está presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Possui grande potencial hidrelétrico, além de ser importante para a irrigação nas atividades agrícolas da região. Bacia Hidrográfica do Paraguai: no Brasil, essa bacia hidrográfica está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, englobando uma área de 361.350 quilômetros quadrados. Tem como principal rio o Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis (MT). Possui grande potencial

para a navegação.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco

Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola

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RECURSOS MINERAIS E SUA IMPORTÂNCIA

A porção rochosa do planeta Terra é composta por rochas que, por sua vez, são compostas

por minerais. Alguns desses minerais e rochas são considerados valiosos por terem algum tipo de

utilidade econômica que faz com eles tenham um maior valor no mercado, são os chamados

minérios. Alguns exemplos de minérios são: ferro, cobre, ouro, granito, mármore e muitos outros.

Desse modo, podemos concluir que a mineração é a prática responsável por extrair esses

minérios da natureza para uso comercial.

Essa é uma atividade econômica do setor primário da economia. Isso significa dizer que ela

é responsável pela geração e distribuição de matérias-primas, que são recursos utilizados na

fabricação e produção de mercadorias, geralmente industrializadas. Além disso, a mineração

também é classificada como uma prática de extrativismo, uma vez que ela se caracteriza pela

retirada de um recurso natural de seu ambiente.

A maior parte dos minérios em sua forma sólida é encontrada em regiões geológicas

chamadas de escudos cristalinos (também conhecidos como crátons e maciços antigos). Essas

localidades apresentam rochas magmáticas e metamórficas (como basalto, granito e mármore) e

junto a elas existem uma grande quantidade de minerais preciosos, nas bacias sedimentares e em

outro tipo de formação geológica – a atividade mineradora encontra o petróleo, o gás natural, o

carvão mineral e o calcário.

A formação de jazidas minerais na natureza é muito longa, podendo levar milhões de anos

para acontecer, mas pode se esgotar em um curto período de tempo, dependendo da localidade.

O Brasil é um dos principais países no que diz respeito à mineração, devido ao fato de ele

possuir uma zona territorial muito grande. Há ouro em várias partes da região Amazônica; ferro,

cobre e alumínio no Pará e em Minas Gerais; petróleo nas regiões sudeste e nordeste e

carvão mineral na região sul.

O país também possui duas das maiores empresas do mundo na área da mineração: a

Petrobrás e a Vale do Rio Doce, essa última é considerada a segunda maior empresa de

mineração do mundo. A Vale – como é atualmente chamada – já foi uma empresa estatal – isto é,

pertencia ao poder público – mas foi privatizada em 1997 por R$ 3 bilhões. Já a Petrobras, apesar

de ter parte de suas ações vendidas, continua pertencendo ao Estado.

A mineração, apesar de ser considerada uma atividade econômica bastante importante,

possui alguns problemas. A maior parte deles é no campo ambiental, uma vez que a atividade

mineradora pode agredir o solo, provocar erosões e, quando realizado em regiões florestais,

ampliar o desmatamento. Além disso há problemas sociais causados pelo desemprego gerado pelo

esgotamento das jazidas minerais e o abandono destas pelas empresas mineradoras, gerando

problemas de conservação do espaço geográfico.

POPULAÇÃO BRASILEIRA

O Brasil possui cerca de 201 milhões de habitantes (estimativa do IBGE, 2013), destacando-

se como a quinta nação mais populosa do planeta. Ao longo dos últimos anos, o crescimento

demográfico do país tem diminuído o ritmo, que era muito alto até a década de 1960.

Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de

habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentaram em 10 milhões de

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pessoas. Em 2050, seremos 260 milhões aproximadamente de brasileiros, e nossa expectativa de

vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje. Mas o envelhecimento da

população está se acentuando: em 2000, o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população

brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram apenas 5%; em 2050, os dois grupos se igualarão

em 18%. E mais: pela Revisão da Projeção de População do IBGE, a partir de 2039, o número de

brasileiros vai começar a declinar.

As razões para uma diminuição do crescimento demográfico relacionam-se com a

urbanização e industrialização, uso de contraceptivos, inserção da mulher no mercado de trabalho,

acesso a informação, custo de vida alto, desenvolvimento da medicina, entre outros. Embora a

taxa de mortalidade no país tenha caído bastante desde a década de 1940, a queda na taxa de

natalidade foi ainda maior.

DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DO BRASIL

O Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica — apenas 22,43 hab./km²4 —, inferior

à média do planeta e bem menor que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342

hab./km²) e o Japão (337 hab./km²). O estudo da população apoia-se em alguns fatores

demográficos fundamentais, que influenciam o crescimento populacional.

A distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, havendo concentração da

população nas zonas litorâneas, especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. Outro

núcleo importante é a região Sul. As áreas menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no

Norte.

Taxa de natalidade: número de crianças nascida num período de um ano.

Até recentemente, as taxas de natalidade no Brasil foram elevadas, em patamar similar à de

outros países subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nos últimos anos, que pode

ser explicada pelo aumento da população urbana e os fatores já citados na introdução do texto.

Taxa de mortalidade: índice demográfico obtido pela relação entre o número de mortos de

uma população em um determinado espaço de tempo,

O Brasil apresenta uma elevada taxa de mortalidade, também comum em países

subdesenvolvidos, enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias infecciosas e

parasitárias, praticamente inexistentes no mundo desenvolvido.

Desde 1940, a taxa de mortalidade brasileira também vem caindo, como reflexo de uma

progressiva popularização de medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial;

da ampliação das condições de atendimento médico e abertura de postos de saúde em áreas mais

distantes; das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do

atendimento hospitalar.

Taxa de mortalidade infantil: número de crianças que morrem no primeiro ano de vida, a

cada mil nascidos, durante o período de um ano em uma determinada região.

O Brasil apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 21,17 mortes em cada 1.000

nascimentos (estimativa 2010). No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as

camadas populacionais. O Norte e o Nordeste têm os maiores índices de mortalidade infantil, que

diminuem na região Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade

infantil é menor entre a população de maiores rendimentos, sendo provocada sobretudo por fatores

endógenos. Já a população brasileira de menor renda apresenta as características típicas da

mortalidade infantil tardia.

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Crescimento vegetativo: diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade

de um determinado local ou país geralmente expressa em porcentagem.

A população de uma localidade qualquer aumenta em função das migrações e do

crescimento vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o

aumento populacional, entretanto, que estamos recebendo uma grande parcela de migrantes

oriundos da África e do Haiti (América Central).

Segundo dados do IBGE, o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito das

altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil, uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja,

18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano (estimativa) — e uma taxa bruta de

mortalidade de 6,25‰ — ou seja 6,25 mortes por mil nascidos ao ano (estimativa). Esses revelam

um crescimento vegetativo anual médio de 1,24%.

Expectativa de vida

A média da expectativa de vida no Brasil, está em torno de 76 anos para os homens e 78

para as mulheres. Mas ainda não estamos no patamar dos países desenvolvidos.

A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são índices

inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre

uma elevação da expectativa de vida.

Taxa de fecundidade

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a

taxa média de fecundidade no Brasil era de 1,64 filho por mulher (2013) semelhante à dos países

desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher Esse

índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e elevando-se entre as pardas.

Tal variação está relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais; em geral,

a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente,

levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores.

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA A população brasileira, por motivos históricos e econômicos, se encontra distribuída de

forma irregular no território. Embora esta característica tenha se alterado nas últimas décadas com

o avanço para o interior do país, a população ainda está bastante concentrada ao longo do litoral

onde também são encontradas as maiores densidades demográficas, geralmente acima de 100

hab/km².

Segundo dados do IBGE, ainda predomina um Brasil povoado no litoral e vazio no interior: é

o que mostra o mapa de Densidade Demográfica de 2010, uma imagem detalhada da distribuição

espacial da população brasileira no território nacional, a partir dos resultados do Censo

Demográfico 2010. Ele revela as enormes diferenças encontradas nas formas de povoamento do

país, sendo um registro e um elemento fundamental para a discussão atual e das estratégias

futuras de apropriação e uso do território brasileiro.

Densidade demográfica é o número de habitantes por km², com base no total da população de um país, continente, região, estado, cidade ou bairro, dividido pela sua extensão territorial.

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MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERNOS E EXTERNOS

Migração ou um movimento migratório: é o movimento populacional de uma localidade para outra.

Por que ocorrem os movimentos migratórios no Brasil?

No Brasil, ao contrário de outros países, estes movimentos não se dão por conta de

guerras, mas em sua quase totalidade por aspectos econômicos ou por causas naturais como as

grandes secas que assolam a região nordeste do país. Um bom exemplo de movimentos

migratórios no Brasil é o êxodo rural, que ocorre do campo para cidade. Este processo é definido

pela grande migração do homem do meio rural do norte e nordeste para a região sudeste, do Brasil

em busca de melhores oportunidades de emprego e melhores condições de vida.

O êxodo rural teve seu ápice na década de 60 e 70 com a intensa industrialização de

cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que ofereciam empregos em novas indústrias. E

também na construção de Brasília, a qual os retirantes dessas regiões deram origem às cidades-

satélites ao povoar as áreas em volta da capital federal.

Atualmente, ao contrário do que se via no passado, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam

um percentual maior de saída da população em direção a outras regiões e cidades do interior do

que o percentual de chegada dos retirantes. Embora sejam cidades que continuem crescendo em

aspecto populacional.

MIGRAÇÕES EXTERNAS OU INTERNACIONAIS As pessoas que se deslocam de seu lugar de origem são consideradas, em relação à área

de onde saíram EMIGRANTES e, em relação à área para onde se destinaram e se estabeleceram,

IMIGRANTES. Essas áreas se constituem em áreas de repulsão (saída) e de atração

(entrada).

Um bom exemplo são os angolanos, sudaneses, ganeses e haitianos que estão chegando

ao Brasil, e se direcionando para a região sul, especialmente na serra gaúcha. Saíram de uma

área de repulsão na condição de emigrantes e chegaram aqui (área de atração) na condição de

imigrantes

Diversos motivos levam as pessoas a migrar: guerras, perseguição política ou religiosa,

adversidades naturais como climas extremamente frios ou quentes, secas frequentes e

prolongadas, melhores condições de vida, entre outros.

GLOBO revelou drama dos cerca de três mil imigrantes que entraram ilegalmente pelas

fronteiras dos estados brasileiros fugindo da pobreza e em busca de trabalho nas principais capitais do país

Fonte: - 17 de ago de 2014 - Desde que chegou ao Brasil, há dois anos e meio, de segunda a sábado, das 8h às 17h, o imigrante haitiano corta madeira, abastece fornos ...

16/07/2014 12h29 - Atualizado em 16/07/2014 13h44

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'Meu plano é sobreviver', diz migrante ganês em Caxias do Sul, RS, Jovem de 19 anos chegou à cidade há uma semana e busca trabalho. Cerca de 100 africanos estão alojados em seminário do município. - Leia mais em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/07/meu-plano-e-sobreviver-diz-ganes-refugiado-em-caxias-do-sul-rs.html <último acesso, julho de 2014>

TIPOS DE MIGRAÇÕES

Migração pendular: é aquela que as pessoas realizam todos os dias, quando vão de casa

para o trabalho ou para a escola. Funciona como um pêndulo, que vai e volta para o local de onde veio.

Migração sazonal ou transumância: é quando a migração dura um determinado período do ano ou alguns meses. É uma migração temporária. Por exemplo: uma pessoa que se muda para outra região do país para estudar e retorna seis meses depois.

Migração permanente: é quando há o deslocamento e ele dura vários anos ou um tempo

indeterminado. Êxodo rural ou migração campo-cidade: é a migração em massa dos trabalhadores do

campo para as cidades. Migração cidade-cidade: é quando ocorre um fluxo de pessoas migrando entre as

diferentes cidades em um mesmo território. Nomadismo: é quando as pessoas se deslocam entre diferentes pontos, não tendo um

local fixo de moradia. Compreender as migrações é importante, pois elas obedecem a algumas razões

econômicas, sociais e naturais, evidenciando a existência de inúmeros outros fenômenos. Consequências das migrações: Contribui com o processo de ocupação; Contribui com o

processo de miscigenação e difusão cultural; Contribui com o desenvolvimento, quando for de

mão-de-obra qualificada (fuga de cérebro); Concorrência com a mão-de-obra local gera o

xenofobismo; Solução para problemas estruturais para o país de emigração, entre outros.

SETORES ECONÔMICOS E A POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) Todo país, seja subdesenvolvido ou desenvolvido, possui uma população economicamente

ativa. Essa parcela do contingente populacional representa todas as pessoas que trabalham ou

que estão procurando emprego. São essas pessoas que produzem para o país e que integram o

sistema produtivo. A população de idade ativa é dividia em: população economicamente ativa e

não economicamente ativa ou mesmo inativa.

No caso específico do Brasil, a população ativa soma aproximadamente 79 milhões de

pessoas ou 46,7%, índice muito baixo, uma vez que o restante da população, cerca de 53,3%, fica

à mercê do sustento dos economicamente ativos. Em diversos países, o índice é superior,

aproximadamente 75% atuam no setor produtivo.

No Brasil, os homens representam 58% e as mulheres 42% daqueles que desenvolvem

atividades em distintos setores da economia.

Para entendermos melhor as atividades humanas de produção e consumo das mercadorias,

dividimos a economia em três principais setores: o primário, o secundário e o terciário. Dessa

forma, conseguimos compreender todo o processo que vai desde a exploração dos recursos

naturais à industrialização e utilização dos produtos.

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Setor primário: o setor primário é a área em que as pessoas retiram os elementos da

natureza (extrativismo) ou cultivam algum tipo de matéria-prima no campo (agropecuária). Assim,

tudo o que é produzido nesse setor é chamado de produto primário. Exemplo: cultivo e produção

de café; extração de ouro ou prata.

Setor secundário: é a área responsável por transformar as matérias-primas em

mercadorias industrializadas. É o setor da produção industrial. Exemplo: moagem, refino e

empacotamento do café para o consumo; produção e confecção de jóias.

Setor terciário: é o setor de comércio e serviços. É a área da economia em que os

produtos são direcionados ao consumidor. É também o setor em que ocorrem as atividades que

não estão relacionadas à produção de mercadorias, como a educação, o transporte, o turismo, a

administração pública, entre outros. Exemplos: supermercados, empresas de limpeza e vigilância,

entre outros.

Setor quaternário: envolve a tecnologia de ponta e pesquisas. Principais ramos:

aeroespacial, robótica, engenharia genética, biotecnologia, entre outros.

É interessante perceber que os diversos tipos de economias no mundo possuem diferentes

distribuições nos setores. Países considerados subdesenvolvidos possuem uma concentração

das atividades nos setores primários. Já os países emergentes (Brasil) e também os

desenvolvidos possuem uma maior concentração no setor terciário.

O RURAL E O URBANO: AS DUAS FACES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO

As diferentes características dos espaços rurais e urbanas no Brasil

O espaço geográfico é formado pelo espaço urbano e também pelo espaço rural.

O espaço urbano é composto por vilas, povoados e cidades dos mais variados tamanhos. O

espaço rural é formado por lavouras, pastagens e ecossistemas naturais preservados.

No espaço rural encontramos pequenas propriedades onde são desenvolvidos

pequenos cultivos, mas encontramos também imensas fazendas onde são cultivadas enormes

lavouras com o uso de tratores, colheitadeiras, adubos, fertilizantes, irrigação etc.

No espaço urbano encontramos vilas, povoados e pequenas cidades com

algumas centenas ou milhares de habitantes até cidades enormes que abrigam milhões de

pessoas.

Rural e urbano: espaços que se complementam Apesar de o espaço rural (campo) e o urbano (cidade) estarem separados espacialmente,

eles mantém muitas relações entre si. A ocorrência de uma seca prolongada ou uma forte geada

compromete a produção de alimentos no espaço rural, fazendo aumentar o preço desses produtos

nas feiras, mercados e supermercados do espaço urbano. Outro exemplo: as pessoas que vivem

no campo (espaço rural) precisam vir à cidade (espaço urbano) para comprarem ferramentas e

utensílios que são utilizados no campo

O campo e a cidade estão cada vez mais interligados pelas atividades econômicas que

cada um desses espaços desenvolve, ou seja, as atividades econômicas praticadas no campo

dependem das atividades realizadas na cidade e vice-versa. Veja o quadro abaixo:

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ESPAÇO RURAL BRASILEIRO

O desenvolvimento do agronegócio no Brasil acompanhou o crescimento da produção de

grãos, iniciado em larga escala a partir de meados da década de sessenta. Antes, a economia

agrícola brasileira era caracterizada pelo predomínio do café e do açúcar. Pouca importância se

dava ao projeto de utilização da imensa base territorial brasileira na produção de grãos. A produção

de alimentos básicos, como milho, arroz e feijão, eram voltados para a subsistência, e os poucos

excedentes dirigidos ao mercado eram insuficientes para formar uma forte cadeia do agronegócio

dentro dos moldes hoje conhecidos.

Atualmente, o Brasil ainda é um país que tem grande atividade agrícola, quase a metade do

território é ocupada por estabelecimentos rurais. As concentrações e as relações estão divididas

em estrutura fundiária, latifúndio, minifúndio, expropriação e êxodo rural. No campo existem as

relações de trabalho que são diversificadas, como mão de obra familiar, posseiros, parceria,

arrendatários, trabalhadores assalariados temporários e o trabalho escravo no campo.

O agronegócio (é toda relação comercial e industrial envolvendo a cadeia produtiva

agrícola ou pecuária) representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que

representa a soma de todas as riquezas produzidas no País. Os números também são positivos

nas vendas de produtos para outros países. O principal parceiro comercial do Brasil, a China,

importa US$ 388,8 milhões em produtos agrícolas brasileiros ou 8% no total exportado pelo setor.

Em seguida, aparecem os Estados Unidos, que importam do agronegócio nacional pouco menos

que os chineses.

Os produtos exportados de maior destaque são: carnes, produtos florestais, complexo soja -

grão, farelo e óleo, café e o complexo sucroalcooleiro - álcool e açúcar. A mandioca, o feijão e a

laranja também está entre os principais produtos agrícolas do Brasil. Já o trigo é principal produto

agrícola que o Brasil importa.

Projeções mostram que, até 2022, a produção de grãos aumentará 22%, sendo a soja o

produto principal, com média de 2,3% ao ano. A carne de frango poderá crescer 4,2% e deve

liderar o ranking. O trigo, milho, carnes bovinas e suínas também aparecem nos resultados das

preliminares como produtos que vão puxar esse crescimento.

Não apenas o solo fértil, a disponibilidade de água em abundância, a biodiversidade e os

trabalhadores qualificados impulsionam o agronegócio. Contribuem também o aumento do preço

das commodities nos mercados interno e externo nos últimos anos.

O Brasil e a fome

O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do

continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o

número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso,

entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.

Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema

pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população são mal nutridos, 9% das crianças morrem

antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.

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Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte

fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentarem sensivelmente e ganhando

grande poder político.

A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da dívida

externa, vem crescendo, enquanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado

interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem

em favelas, na periferia das grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,

Porto Alegre, Recife, entre outras. O caso das migrações internas é um problema gerado dentro da

própria nação. Grande parte dos favelados deixou terras de sua propriedade ou locais onde

plantavam sua produção agrícola. Nos grandes centros, essas pessoas vão exercer funções mal

pagas, muitas vezes em trabalho não regular. Quase toda a família trabalha inclusive as crianças,

frequentemente durante o dia inteiro, e alimenta-se mal, raramente ingerindo o suficiente para

repor as energias gastas. Nesse círculo vicioso, cada vez mais famílias se aglomeram nas cidades

passando fome por não conseguir meios para suprir sua subsistência.

INDÚSTRIA ORIENTA A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO RURAL

Mesmo que o espaço urbano e o espaço rural dependam um do outro, a produção do campo

acaba se subordinando às necessidades da indústria.

De maneira geral, a indústria expande (cresce) motivada pelo aumento do consumo da população

urbana. À medida que a indústria cresce, ela passa a necessitar cada vez mais de matérias-primas

agrícolas, estimulando o campo a produzir gêneros para abastecer as fábricas. Se uma indústria de

açúcar se instala na cidade, a maioria dos produtores rurais substitui seus cultivos ou pastagens

por canaviais, cuja produção abastecerá as necessidades da indústria açucareira

Para suprir o crescente aumento das necessidades da indústria, o campo precisa fornecer

um volume cada vez maior de matérias-primas. Para aumentar a produção de suas lavouras, o

campo precisa se modernizar através de fertilizantes, adubos químicos, tratores e colheitadeiras.

Para aumentar a produção do rebanho, o campo passa a comprar das indústrias vacinas,

medicamentos e rações.

No Brasil e, sobretudo no centro-sul do país, a modernização do campo vem ocorrendo

desde as décadas de 1960 e 1970. A modernização do campo ocorre em função do

desenvolvimento de pesquisas agropecuárias, pela instalação de indústrias ligadas ao campo

(fábricas de tratores, implementos agrícolas, fertilizantes, adubos) e também pela expansão das

agroindústrias e cooperativas agrícolas.

As agroindústrias são empresas particulares que se destinam à industrialização de produtos

agropecuários (usinas de açúcar e álcool; vinícolas (vinho); de suco concentrado; óleo vegetal;

farinha; torrefação de café; laticínios; frigoríficos, dentre outras).

CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS

As indústrias são classificadas de acordo com seu foco de produção. Sendo assim, temos as

indústrias de bens de produção e as indústrias de bens de consumo.

Responsáveis pela transformação de matérias-primas brutas em matérias-primas

processadas, as indústrias de bens de produção são consideradas a base do segmento industrial.

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Essas indústrias extraem matéria-prima da natureza (madeira, óleos, plantas, petróleo, etc.), além

de transformar e fornecer bens para a estruturação de outras indústrias. São exemplos de

indústrias de bens de produção também chamadas de indústrias de base ou pesadas, a

metalúrgica, siderúrgica e a petroquímica.

As indústrias de bens de consumo são aquelas que têm sua produção direcionada para

os consumidores. Esse segmento visa fornecer objetos diretamente para o mercado consumidor.

Elas podem ser divididas em:

Indústrias de bens duráveis: fabricam produtos não perecíveis, tais como carros,

eletrodomésticos, mobílias, entre outros.

Indústrias de bens não duráveis: produzem mercadorias de primeira necessidade, como,

por exemplo, alimentos, bebidas, roupas, sapatos, remédios, etc.

Indústrias de ponta: são aquelas que desenvolvem e produzem bens que utilizam alta

tecnologia em suas fases de produção. Empregam mão-de-obra especializada e com alto grau de

escolaridade. Investem muito em pesquisa nas fases de desenvolvimento e produção, pois

privilegiam a inovação tecnológica. Grande parte destas indústrias tem sua matriz em países

desenvolvidos.

Exemplos: indústrias de aviões, de satélites de comunicação, de computadores,

equipamentos de diagnóstico médico, de telefones celulares, tablets e smartphones.

URBANIZAÇÃO NO BRASIL O que é – Urbanização é o aumento da proporção da população que vive nas cidades em

relação à que vive no campo. Atualmente, ela é mais acelerada em países em desenvolvimento,

como o Brasil, ou pouco desenvolvidos. Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a

rural, e essa proporção continua crescendo.

Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 1965, a população

brasileira passou a ser majoritariamente urbana. Hoje o país está entre ao mais urbanizados do

mundo, com mais de 80% dos habitantes morando nas mais de 5,5 mil cidades brasileiras.

Regiões metropolitanas – Uma região metropolitana é formada por um conjunto de municípios

próximos entre si. Eles são integrados socioeconomicamente a uma cidade central, chamada metrópole. Por estarem tão próximos e interligados, os serviços públicos e de infraestrutura desses municípios devem ser planejados regionalmente. Dessa forma, as necessidades da população podem ser mais bem atendidas.

Região Metropolitana de Porto Alegre

-Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é o mais importante polo econômico e Plessner International Situada no estado do Rio Grande do Sul, a Região Metropolitana de Porto Alegre abrange 31

municípios: Alvorada, Araricá, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Capela de Santana, Charqueadas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Ivoti, Montenegro, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha, São Jerônimo, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Taquara, Triunfo e Viamão, totalizando uma área de 9.802 km2, com uma população de 3.960.068 habitantes. A região tem um importante destaque econômico no estado, contando com indústrias petroquímicas e de autopeças, além de montadora de veículos.

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A Região Metropolitana da Serra Gaúcha apresenta como polo a cidade de Caxias do Sul, maior centro urbano da Região e um dos mais populosos do Estado. Forma com a RMPA um eixo de ocupação de direção norte-sul com características econômicas muito dinâmicas. Em 2010 o conjunto dos 13 municípios possuia uma população de 735.276 habitantes, densidade de 163,2 habitantes/km² e taxa de crescimento de 1,7% a/a.

PROBLEMAS URBANOS

O rápido e desordenado processo de urbanização ocorrido no Brasil trouxe uma série de

consequências, em sua maior parte negativas. A falta de planejamento urbano e de uma política

econômica menos concentradora irá contribuir para a ocorrência dos seguintes problemas:

Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de

Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de

emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento

acelerado das favelas no Brasil.

Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de

emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande

fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o

número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos,

furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas.

Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o

aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos

e rios dos principais centros urbanos.

Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e edificações, associado ao

desmatamento e ao lixo industrial e residencial, fazem com que os problemas das enchentes seja

algo comum nas grandes cidades brasileiras.

Macrocefalia - muitos centros urbanos têm um crescimento desordenado e acelerado

provocado pelo desenvolvimento do país em um curto espaço de tempo, que causa um fenômeno

marcado pelo inchaço e pela falta de estrutura em determinadas áreas da cidade: a macrocefalia

urbana.

O BRASIL NA GLOBALIZAÇÃO Por ser um país integrado a economia mundial capitalista e com conexões culturais com

diversos países do mundo, o Brasil está participando ativamente do mundo globalizado.

O Brasil possui uma economia aberta ao mercado internacional, ou seja, nosso país vende

e compra produtos de diversos tipos para diversas nações. Fazer parte da globalização econômica

apresenta vantagens e desvantagens.

Em relação a América Latina o Brasil é o maior e o terceiro maior entre todos os países

da América, além disso, está entre os dez maiores do mundo. Apesar disso, é considerado um

país subdesenvolvido, de economia emergente, com recentes crescimentos econômicos

registrados nas últimas décadas.

Assim, o país integra o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), um bloco econômico que

envolve alguns países sul-americanos.

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O Brasil faz parte do conjunto dos BRICS (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que não é um bloco econômico, mas um termo para designar aqueles países com grande potencial de crescimento e desenvolvimento. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Em Dezembro de 2010, a Bric convidou formalmente a África do Sul para se unir ao grupo. O convite foi feito por Yang Jiechi, que ocupa a Presidência rotatória do grupo. E a sigla ganhou um S, para África do Sul.

Crescimento dos Brics

Saiba como cresceram os países integrantes do grupo

Trajetória dos Brics Como se relacionam os países?

Governantes dos Brics Geopolítica dos países integrantes do grupo

Uma das vantagens para o país é o acesso aos produtos internacionais, muitas vezes mais

baratos ou melhores do que os fabricados no Brasil. Por outro lado, estes produtos, muitas vezes,

entram no mercado brasileiro com preços muitos baixos, provocando uma competição injusta com

os produtos nacionais e levando empresas à falência e gerando desemprego em nosso país. Isso

vem ocorrendo atualmente com a grande quantidade de produtos chineses (brinquedos, calçados,

tecidos, eletrônicos) que entram no Brasil com preços muito baixos.

Outra questão importante no aspecto econômico é a integração do Brasil no mercado

financeiro internacional. Investidores estrangeiros passam a investir no Brasil, principalmente

através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país. Porém, quando ocorre uma crise

mundial, o Brasil é diretamente afetado, pois tem sua economia muito ligada ao mundo financeiro

internacional. É muito comum, em momentos de crise econômica mundial, os investidores

estrangeiros retirarem dinheiro do Brasil, provocando queda nos valores das ações e diminuição de

capitais para investimentos.

CULTURA BRASILEIRA E GLOBALIZAÇÃO

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No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a globalização, os

brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da

televisão, internet, rádio, cinema e intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo

cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e

tornam nossa cultura mais dinâmica e completa.

Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e comportamental

maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados e os filmes da

indústria cultural norte-americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam

diminuindo, principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.

AS REGIÕES DO BRASIL

A divisão regional oficial do Brasil é aquela estabelecida pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), sendo composta por cinco complexos regionais: Centro-Oeste,

Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, estas veremos no módulo. No entanto, além dessa regionalização

do território nacional, existe outra divisão regional (não oficial), conhecida como regiões

geoeconômicas do Brasil: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os critérios adotados para a

delimitação dessas três regiões foram os aspectos naturais e, principalmente, as características

socioeconômicas.

REGIÕES GEOECONÔMICAS

Amazônia: abrange os territórios dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia,

Amapá, Pará e parte do Maranhão, do Tocantins e do Mato Grosso. Apesar de ser a maior das

regiões, é a menos povoada, com várias de suas áreas contendo o que se chama de “vazios

demográficos”. Isso ocorre graças ao baixo número de habitantes por quilômetro quadrado.

É também a região que apresenta os menores índices de industrialização do país, embora

exista a Zona Franca de Manaus e o Polo Petroquímico da Petrobras, que são importantes áreas

produtivas e que empregam muitos trabalhadores. A Amazônia contribui somente com 8% do PIB

(Produto Interno Bruto) brasileiro, mas sua importância encontra-se mesmo na conservação da

Floresta Amazônia, que é cada vez mais ameaçada pela fronteira agrícola no país. As principais

capitais dessa região são Manaus, Palmas e Belém.

Nordeste: a região geoeconômica do Nordeste foi a primeira área do Brasil a ser ocupada

pelo processo de colonização e guarda até hoje as marcas desse evento histórico. Ela abrange os

estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia,

além do leste do Maranhão e do norte de Minas Gerais.

Essa região passou por problemas históricos, sobretudo ao longo do século XX, quando a

concentração econômica do Brasil ocorreu no Centro-Sul. Por causa disso, além de alguns

problemas relacionados com o clima seco em algumas áreas, o Nordeste sofreu, em grande parte,

com a emigração (saída de habitantes) para outras regiões, além de apresentar um elevado grau

de dependência.

Atualmente, a região está recuperando-se, industrializando-se e aumentando a sua

participação no PIB brasileiro, que atualmente se encontra no índice de 14%. As principais cidades

são Salvador (que já foi a capital do Brasil), Fortaleza, Recife e Natal.

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Centro-Sul: a região centro-sul ocupa a área dos estados de Goiás, São Paulo, Rio de

Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande de Sul, Mato Grosso do Sul, além de

parte do Mato Grosso e de Minas Gerais. É a região mais povoada e economicamente mais

avançada, sendo responsável por mais de 78% do PIB brasileiro, apesar de ocupar apenas 26% do

território.

As principais metrópoles brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro – encontram-se nessa

região. Além disso, as áreas de maior produção industrial (Sudeste e Sul) e agrícola (Centro-Oeste)

também são do centro-sul brasileiro. Seus avanços econômicos ocorreram desde o período da

cafeicultura, no início do século XX, que dinamizou não só a produção, como também as infra

estruturas.

Por outro lado, os elevados índices de urbanização geram vários problemas sociais e a

quase destruição de três grandes tipos de vegetação: a Mata Atlântica, a Mata de Araucária e o

Cerrado. As principais cidades são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto

Alegre.

DIVISÃO REGIONAL OFICIAL SEGUNDO O IBGE REGIÃO SUDESTE

Sudeste é a segunda menor região do Brasil, sendo maior apenas que a região Sul. Limita-se com as regiões Centro-Oeste (a oeste), Nordeste (ao norte) e Sul (ao sul), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (a leste). Os estados que compõem o Sudeste são: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Possui a maior concentração populacional do território brasileiro, conforme cO Sudeste é o principal responsável pela geração de riquezas econômicas do país. É a região mais desenvolvida: abriga as maiores montadoras e siderúrgicas do país, possui o maior parque industrial, áreas de atividades agrícolas modernas, bancos, mercados de capitais, empresas transnacionais, comércios, universidades, e possui as duas metrópoles nacionais, consideradas cidades globais (São Paulo e Rio de Janeiro).

O setor de serviços é o principal segmento de atividade e representa a maior parte da riqueza do Sudeste. A agricultura é bem dinâmica e diversificada, destaca-se o cultivo de café, laranja e cana-de-açúcar.

A exploração de minério é outra atividade econômica importante: Minas Gerais detém grandes reservas de ferro e manganês; a maioria do petróleo produzido no país é extraído da bacia de Campos, no Rio de Janeiro .contagem realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totaliza 80.364.410 habitantes, quantidade que corresponde a 42,2% do total nacional. É também a região que tem a maior densidade demográfica (87 habitantes por quilômetro quadrado) e o mais alto índice de urbanização – 92,1%.

A indústria é bastante diversificada, atuando nos segmentos siderúrgico, metalúrgico,

automobilístico, informática, alimentício, petroquímico, entre tantos outros.

A região sudeste também abriga as duas importantes metrópoles globais do país: São Paulo

(SP) e Rio de Janeiro (RJ). Essas duas metrópoles globais estão entre as cidades mais

importantes do planeta, pois abrigam sedes de grandes empresas nacionais, filiais de empresas

transnacionais, sedes de grandes bancos e as principais universidades e centros de pesquisas do

país. São Paulo e Rio de Janeiro exercem influência no cenário nacional e internacional, com

destaque para São Paulo, que é responsável pelo atendimento de 18% dos serviços de educação

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e 21% dos serviços de saúde que habitantes de outros municípios procuram nas metrópoles

brasileiras.

A agropecuária é praticada com técnicas modernas, fato que aumenta a produtividade. Outra

importante fonte de recursos financeiros é o setor de serviços, com bancos, mercados de capitais e

o turismo, sobretudo nas cidades litorâneas do Rio de Janeiro e o turismo de negócios em São

Paulo.

Esse desenvolvimento econômico contribui para os bons indicadores socioeconômicos da

Região, que detém o segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. No

entanto, o Sudeste não está isento de problemas sociais. Existe uma grande desigualdade social

nesses estados, além da violência, desemprego, déficit habitacional, etc.

TECNOPOLO BRASILEIRO O Tecnopolo (são centros tecnológicos que reúnem diversos institutos, centros de pesquisa,

empresas e universidades) brasileiro, que ficou conhecido como "Vale do Silício Brasileiro". Vários

tecnopólos disputam esse título, um deles é o de Campinas, no interior do estado de São Paulo.

Ele reúne, no mesmo pólo tecnológico, empresas como a IBM, Samsung, Motorola, Dell, Fairchild,

Huawei, 3M e Bosch, além de vários parques industriais e incubadores de empresas de alta

tecnologia

O estado de São Paulo abriga, ainda, importante parques tecnológicos como o da cidade de

São Carlos, que reúne importantes universidades, entre elas a USP (Universidade de São Paulo) e

a Universidade Federal de São Carlos Ainda no estado de São Paulo, encontra-se o maior centro

tecnológico na área aeronáutica e espacial do Brasil, localizado na cidade de São José dos

Campos Este é um dos mais avançados parques tecnológicos brasileiros

O Tecnopolo de Campinas e os parques Tecnológicos aqui citados, somados aos centros de

pesquisa e laboratórios das demais universidades públicas da região, fazem com que o interior do

estado de São Paulo represente um quarto da produção científica do país

REGIÃO SUL Formada pelos estados do Paraná (Curitiba), Santa Catarina (Florianópolis) e Rio Grande do

Sul (Porto Alegre), a Região Sul ocupa uma área de 576.409,6 quilômetros quadrados, sendo a

menor do Brasil em extensão territorial.

De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), essa Região possui 27.384.815 habitantes, distribuídos da seguinte forma: Paraná

(10.439.601), Santa Catarina (6.249.682) e Rio Grande do Sul (10.695.532).

Uma das principais características da população sulista é a forte influência dos europeus. A

Região recebeu vários migrantes da Alemanha, Itália, Polônia, entre outros. Com isso, os estados

do Sul apresentam várias manifestações culturais de origem europeia.

Com exceção do extremo norte do Paraná, o território da Região Sul pertence à Zona

Climática Temperada do Sul, situada entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Ártico. Com

isso, o clima predominante é o temperado, registrando baixas temperaturas durante o inverno.

A vegetação é bastante diversificada, com áreas de floresta tropical, mangues litorâneos,

mata de araucárias, campos (pampas). Os principais rios são o Pelotas, Uruguai, Jacuí, do Peixe,

Iguaçu, Paraná, Paranapanema, etc.

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A Hidrografia da Região Sul possui duas importantes bacias hidrográficas: Bacia do Rio

Paraná, onde está situada a Usina Hidroelétrica de Itaipu na divisa do Brasil com o Paraguai, e a

Bacia do Rio Uruguai. A hidrografia da Região Sul pode ser dividia em: Região hidrográfica da

bacia do rio Uruguai, Região hidrográfica da bacia do Guaíba e Região hidrográfica das bacias do

Litoral.

As principais cidades da Região Sul são: Curitiba (capital do Paraná), Porto Alegre (capital

do Rio Grande do Sul), Florianópolis (capital de Santa Catarina), Joinville, Londrina, Caixas do Sul,

Maringá, entre outras.

A região possui uma economia baseada principalmente no setor industrial, devido às suas

exportações e pelo fato de seus estados fazerem fronteira com países da América do Sul. As

cidades que mais abrigam as empresas são Curitiba, no Paraná, e Porto Alegre, no Rio Grande do

Sul. Nessas capitais, há um grande número de montadoras de carros que oferecem milhares de

emprego aos moradores.

O estado do Paraná possui uma economia variada e por isso é uma das melhores do Brasil.

Ela está baseada principalmente na agricultura, pecuária, mineração e indústria. No Paraná, o solo

fértil ajuda na produção de produtos como trigo, milho, algodão e café. Na pecuária, o número

expressivo de seu rebanho ajuda na produção e venda de carnes e leites. A mineração do estado

fica por conta da extração de minérios como ouro, cobre mármore e ferro. O estado ainda conta

com um parque industrial em Curitiba, sua capital.

Em Santa Catarina, a economia é baseada em atividades como o extrativismo, a agricultura,

a pecuária, a pesca e o turismo, sendo que é um dos estados mais ricos. Na indústria, o estado

mantém empresas em diversos ramos e duas das principais indústrias alimentícias do Brasil.

No ramo da extração, destacam-se as reservas de carvão, fluorita, argila e quartzo. A

agricultura do estado produz alimentos como soja, fumo, feijão, banana, cebolas, maçãs, uvas,

aveia e cevada. Já a pesca e a pecuária são uma das principais bases dessa economia. Outra

vertente da economia de Santa Catarina é o turismo que atrai milhares de visitantes todos os anos.

A economia do Rio Grande do Sul teve influência das características de seus imigrantes e

atualmente aparece entre as mais importantes do país. O PIB do estado tem aumentado

gradativamente nos últimos anos. Primeiramente, aparece o setor de serviços seguidos pela

indústria e a agropecuária na produção de grãos como soja, arroz, milho e trigo. Além disso, os

gaúchos possuem um grande rebanho de bois e uma extensa criação de aves.

Paraná: Papel, celulose, fabricação de caminhões e automóveis, eletrodomésticos e agroindústria.

Santa Catarina: Produção de carnes e fabricação de calçados e roupas de marca.

Rio Grande do Sul: Petroquímica, produção de carros, calçados, metalurgia, vinhos e alimentos.

O Sul apresenta os melhores indicadores socioeconômicos do país. Entre os bons resultados

estão às baixas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo; elevada expectativa de vida (75

anos) e elevada renda per capita.

REGIÃO CENTRO-OESTE

A Região Centro-Oeste ocupa uma área de 1.606.371,5 quilômetros quadrados, sendo a

segunda maior do Brasil. Os estados que compõem essa região e suas respectivas capitais são:

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Goiás (Goiânia), Mato Grosso (Cuiabá) e Mato Grosso do Sul (Campo Grande), além do Distrito

Federal (Brasília – que é capital do Brasil).

Essa região possui belas paisagens, como cachoeiras, rios, grutas, serras, chapadas

(Chapada dos Parecis, a Chapada dos Guimarães e a Chapada dos Veadeiros) e uma grande

diversidade de animais espalhados pelos biomas. Outro atrativo são as águas quentes de Caldas

Novas e de Rio Quente, que formam a maior estância hidrotermal do mundo. Todas essas belezas

naturais garantem a região um futuro altamente promissor no turismo.

Paisagem Natural: Relevo predominante de planaltos e Chapadas O clima característico é o

Tropical com duas estações pluviométricas definidas, o verão quente e chuvoso e inverno seco em

razão da chegada da MTC (massa tropical continental). A vegetação predominante é a do cerrado,

mas também está presente a Floresta Equatorial na porção setentrional do estado do Mato

Grosso e a vegetação do Complexo do Pantanal no extremo oeste da região.

Quanto aos recursos hídricos a região Centro-Oeste é muito rica. Nela está situada parte de

três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul: A Amazônia, a do Tocantins-Araguaia e a

Platina, formada pelas bacias do Paraguai, do Paraná, do Uruguai. O rio Paraguai drena o

Pantanal e, por ser um rio de planície, é bastante para navegação. Os demais rios dessa imensa

bacia – o Paraná e o Uruguai – são planálticos, o que contribui para que suas águas sejam

aproveitadas para a produção de hidroeletricidade.

Dentre as usinas hidrelétricas existentes nessa região, pode-se citar, por sua importância

regional, a de Itumbiara, no rio Paranaíba, e a de Serra da Mesa, no rio Tocantins. Essas usinas

integram o sistema elétrico de Furnas, uma das mais importantes empresas subsidiárias da

Eletrobrás.

Paisagem Humanizada: É a região de mais de forte miscigenação e também a de maior

crescimento demográfico percentual do país atualmente. Destacam-se na região as Metrópoles:

Brasília na categoria Metrópole Nacional segundo o IBGE e as três regionais: Goiânia, Campo

Grande e Cuiabá

MINERAÇÃO E INDÚSTRIA

A origem geológica de grande parte do território do Centro-Oeste, datada do Pré-cambriano

e do Paleozóico, permite que a região apresente grandes possibilidades de ocorrência de recursos

minerais. A produção de minérios, no entanto, é ainda pouco significativa quando comparada à de

outras regiões brasileiras, como o Norte e o Sudeste.

Entre as ocorrências registradas, merecem destaque as produções de ferro e manganês

encontrados no maciço de Urucum, no interior do pantanal Mato-grossense.

No extrativismo vegetal, sobressai a extração de látex (borracha) e de madeiras em geral, na

porção setentrional da região, e de erva-mate e madeiras, na porção meridional.

O setor industrial recebe grande influência da agricultura. "Algumas malhas de

industrialização estão focadas na agroindústria, e muito ligadas à melhoria da produção primária",

afirma destaque ainda para as indústrias de alimentos, fertilizante e frigorífica.

Além disso, a proximidade da matéria-prima, disponibilidade energética, infraestrutura

interna e externa, como rodovias, hidrovias e portos marítimos que permitem o escoamento da

produção para outras regiões do país e dos países da América do sul, têm atraído indústrias

nacionais e estrangeiras.

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No entanto, ainda, a principal atividade econômica da região é a agropecuária, com destaque para a criação de gado (predomínio para bovinocultura e suína no sistema extensivo) e os cultivos de soja, arroz, milho, sorgo, cana-de-açúcar, algodão, etc.

- Pecuária extensiva: É a pecuária que utiliza uma grande área destinada a pastagens, neste sistema os animais andam livremente por uma grande área. Comum para os rebanhos destinados ao corte - Cerrado: Muitas espécies vegetais do Cerrado são endêmicas da região. Isso quer dizer que são

espécies nativas e não são encontradas em nenhuma outra parte do mundo. Embora o Cerrado

apresente uma paisagem aparentemente árida, ele é constituído por uma vegetação rica e

adaptada aos períodos mais secos do ano.

QUESTÃO AMBIENTAL

No início da década de 90, restavam apenas 20% (vinte por cento) da vegetação original dos

cerrados. Em Goiás, as práticas ambientais agressivas adotadas pela agropecuária, esgotam os

mananciais e destroem o solo. No nordeste de Goiás e Mato Grosso, há constante desertificação,

ocasionada pelo desmatamento sem controle. Entre 1998 e 2000 (três anos), quase 900 mil

hectares de floresta são derrubados.

Leia mais em http://www.azevedosette.com.br/sustentabilidade-ambiental/noticias/exibir/4374 <último acesso, julho de 2014>

DISTRITO FEDERAL

O Distrito Federal localiza-se na Região Centro-Oeste do território brasileiro, cuja capital,

Brasília, abriga a sede do Executivo federal, a Câmara dos Deputados, o Superior Tribunal de

Justiça e o Supremo Tribunal Federal.

O Distrito Federal não é um Estado e nem possui municípios, é um território autônomo

composto por 30 Regiões administrativas (cidades-satélites); exceto Brasília, a capital federal e

sede do governo do Distrito Federal.

A construção da capital federal no Centro-Oeste brasileiro objetivou a ocupação do oeste do

território nacional, pois, garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e proporcionaria novas

possibilidades de desenvolvimento econômico na região, além de ser menos vulnerável a ataques

externos. O Distrito Federal está localizado numa porção de área que pertencia ao Estado de

Goiás. O objetivo foi atingido, pois o contingente populacional da região teve um aumento

significativo, entre as décadas de 1960 e 1970 a população do Distrito Federal quase quadruplicou,

recebendo um fluxo migratório de mais de 30.000 pessoas anualmente. A construção de Brasília,

além da continuidade de políticas públicas que visavam à ocupação e o desenvolvimento

econômico da região, intensificaram o fluxo migratório para o território.

Seu projeto urbanístico foi desenvolvido por Lúcio Costa, e o projeto arquitetônico por Oscar

Niemeyer. Aproximadamente 30 mil operários construíram Brasília em 41 meses, durante o

governo do presidente Juscelino Kubitschek. A nova capital federal foi inaugurada no dia 21 de

abril de 1960, data escolhida para homenagear Tiradentes.

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Brasília é a principal atração do Distrito Federal e em 1987 foi declarada pela Organização

das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) patrimônio cultural da

humanidade, por seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX

para ser uma capital.

REGIÃO NORTE O Norte é a maior Região do Brasil, com extensão territorial de 3.853.327,2 quilômetros

quadrados, o que corresponde a aproximadamente 45% da área total do país. Essa grande área é

formada pelos seguintes estados:

Amapá – capital Macapá; Amazonas – capital Manaus; Pará – capital Belém; Rondônia – capital

Porto Velho; Roraima – capital Boa Vista e Tocantins – capital Palmas.

Apesar de ser a maior Região do país, o Norte possui o segundo menor contingente

populacional. De acordo com dados do Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15.865.678 pessoas residem nos estados nortistas,

sendo que o Pará é o estado mais populoso – 7.588.078. Manaus, capital do Amazonas, é a cidade

mais populosa da Região (1.802.525 habitantes.). A outra cidade com mais de um milhão de

habitantes é Belém, capital do Pará.

O clima predominante na Região é o tropical, com temperaturas elevadas e grande

quantidade de chuvas. O relevo é marcado por planaltos, planícies e depressões. O ponto mais

elevado do Norte e também do Brasil é o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros acima do nível do

mar, localiza-se na Serra do Imeri - AM, fronteira entre Brasil e Venezuela. Em comparação com as

outras regiões brasileiras, tem o segundo menor IDH (em 2005) e o menor PIB (em 2010).

Nessa região está localizado um importante ecossistema para o planeta: a Amazônia, além

de pequenas faixas de mangue no litoral, alguns pontos de cerrado e também alguns pontos de

matas galerias. Suas maiores e principais cidades são Manaus, Belém e Porto Velho. Também na

região Norte está situado os dois maiores estados do Brasil em superfície, Amazonas e Pará, e os

dez maiores municípios do Brasil em área territorial, sendo quatro no estado do Pará e seis no

estado do Amazonas. Porto Velho, a capital brasileira com maior área territorial, também se localiza

na região.

RESERVAS INDÍGENAS, BIODIVERSIDADE E POLUIÇÃO:

As 26 unidades de conservação da região compreendem apenas 3,2% da Amazônia, de

acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Devido à inexistência de fiscalização, essas

áreas são alvo de queimadas. Entre 1997 e 1998, aumenta em 27% a parcela da Amazônia Legal

devastada por essa prática, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dos

quatro milhões de km² de floresta original, 13,3% já não existem mais. Pará, Rondônia e Acre são

os estados que mais contribuem para o aumento desse índice.

Além de afetar a fauna e a flora, as queimadas prejudicam a vida dos milhares de índios

que ainda habitam a região. De acordo com a FUNAI, são cerca de 160 mil índios de diferentes

etnias. A maior é a dos ianomâmis, com nove mil representantes. A Região Norte detém 81,5% das

áreas indígenas protegidas por lei - o Amazonas possui a maior extensão dessas terras (35,7%). A

influência desses povos nativos se faz presente na culinária e na festa do Bumba-Meu-Boi de

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Parintins (AM). Junto com o Círio de Nazaré, que acontece em Belém (PA), é uma das festas

regionais mais conhecidas.

A biodiversidade e os habitantes do Norte sofrem ainda outro grave problema: a poluição

dos rios pelo mercúrio, que contamina populações ribeirinhas. Alguns cientistas crêem que o

mercúrio detectado não seja consequência apenas da ação do homem no garimpo de ouro, mas

que ele também esteja sedimentado em solos da região.

ECONOMIA E ENERGIA:

A economia se baseia no extrativismo de produtos como o látex, açaí, madeiras e castanha.

A região também é rica em minérios. Lá está a Serra dos Carajás (PA), a mais importante área de

mineração dos pais, produtora de grande parte do minério de ferro exportado, e a Serra do Navio

(AP), rica em manganês. A extração mineral, porém, praticada sem os cuidados adequados,

contribui para a destruição ambiental.

No rio Tocantins, no Pará, encontra-se a usina hidrelétrica de Tucuruí, a maior da região e

2ª do país (a maior inteiramente nacional, já que Itaipu, no Paraná, é binacional - Brasil/Paraguai).

Existem ainda outras usinas menores como Balbina, no rio Uatumã (AM) e Samuel, no rio Madeira

(RO).

O governo federal oferece incentivos fiscais para a instalação de indústrias no Amazonas,

especialmente montadoras de eletrodomésticos. Sua administração cabe à Superintendência da

Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e os incentivos deverão permanecer em vigor até 2023.

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de

Base, a região ocupa o segundo lugar atrás do Sudeste nos investimentos públicos e privados,

programados para até 2003. Até lá, serão injetados no Norte, cerca de 43 bilhões de dólares.

Grande parte dos investimentos privados se concentrará na agroindústria.

A Região Norte tem priorizado a oferta e a redistribuição de energia para seus estados. O

Pará, por exemplo, concluiu em 1999 a linha Tramoeste, que leva a energia de Tucuruí, no rio

Tocantins, até o oeste paraense. No Amazonas, como a planície da bacia amazônica inviabiliza a

construção de hidrelétricas, o estado investe no gás natural. Está em andamento o projeto do uso

do gás de Urucum, na bacia do rio Solimões. A Petrobrás é sócia minoritária, com 24% e o restante

é do governo estadual, que repassará cotas para empresas privadas. Os maiores consumidores

são as geradoras de energia elétrica, que passarão a usar o novo combustível em substituição ao

óleo diesel para movimentar as turbinas de suas termelétricas.

O programa federal de eletrificação rural "Luz no Campo", atende aos estados de Rondônia,

Acre, Roraima, Pará e Tocantins.

Leia mais em: http://bibocaambiental.blogspot.com.br/2011/08/aquifero-alter-do-chao-no-norte-

do.html <último acesso, julho de 2014

BRASIL TEM UM NOVO RIO AMAZONAS (SUBTERRÂNEO)

Tese de doutorado apresentada no 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de

Geofísica - 2012

Pesquisadores do Observatório Nacional encontraram evidências de um rio subterrâneo de

6.000 quilômetros de extensão que encontra-se abaixo do rio Amazonas, a uma profundidade de

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4.000 metros. Os dois cursos d'água têm o mesmo sentido de fluxo, de oeste para leste, mas se

comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241

poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A

estatal procurava petróleo.

Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos

sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a

informação térmica fornecida pela Petrobrás, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de

Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade

Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de

até 4 mil metros.

Leia mais em: http://bibocaambiental.blogspot.com.br/2011/08/aquifero-alter-do-chao-no-norte-

do.html <último acesso, julho de 2014

ZONA FRANCA DE MANAUS (ZFM)

A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma zona franca da cidade de Manaus, criada pelo

Decreto-Lei 288/19671 para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental.

Administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

A ZFM compreende três polos econômicos: comercial, industrial e agropecuário. O

primeiro teve maior ascensão até o final da década de 80, quando o Brasil adotava o regime de

economia fechada. O industrial é considerado a base de sustentação da ZFM.

O polo Industrial de Manaus possui aproximadamente 600 indústrias (2012) de alta

tecnologia gerando mais de meio milhão de empregos, diretos e indiretos, principalmente nos

segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e químico. Entre os produtos fabricados destacam-se:

aparelhos celulares e de áudio e vídeo, televisores, motocicletas, concentrados para refrigerantes,

entre outros. O polo Agropecuário abriga projetos voltados às atividades de produção de

alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira, entre outras. Nos últimos

anos, o polo recebeu um novo impulso com os incentivos fiscais para a implantação da tecnologia

de TV digital no Brasil

POPULAÇÃO E TRANSPORTES

As principais cidades do norte são Manaus, Belém, Altamira, Palmas, Porto Velho, Rio

Branco e Macapá. Os transportes rodoviários são problemáticos, em razão das grandes distâncias

e rodovias insuficientes e mal conservadas, com poucas exceções. Além disso no período das

chuvas, as estradas ficam intransitáveis. Um exemplo de mal uso do dinheiro público e prejuízos ao

meio ambiente foi a construção da Transamazônica, até hoje não concluída, embora iniciada sua

construção há mais de 30 anos. O transporte aéreo é razoável, com bons aeroportos em Manaus e

Belém. Manaus é hoje o 3° maior centro movimentador de cargas aéreas do país, após São Paulo

e Rio de Janeiro, em razão justamente da distância e dos problemas do transporte rodoviário.

Existe algum aproveitamento no transporte fluvial de cargas e passageiros, nem sempre com

barcas adequadas e frequentemente acontecem acidentes.

REGIÃO NORDESTE

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O Nordeste brasileiro ocupa uma área de 1.554.257,0 quilômetros quadrados, sendo a

terceira maior Região do país. Essa foi a primeira porção do território nacional a ser ocupada e

explorada pelos colonizadores.

A população total do Nordeste é de 53.078.137 habitantes, conforme dados divulgados em 2010

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os estados que compõem essa Região são: Alagoas – Maceió, Bahia – Salvador, Ceará –

Fortaleza, Maranhão – São Luís, Paraíba – João Pessoa, Pernambuco – Recife, Piauí – Teresina,

Rio Grande do Norte – Natal, Sergipe – Aracaju

Todos os estados do Nordeste são banhados pelo Oceano Atlântico. Essa característica, aliada ao

clima quente, faz da Região um dos principais destinos turísticos do país. A única capital

nordestina que não está localizada no litoral é Teresina – Piauí.

Além dos elementos naturais, essas sub-regiões também apresentam diferenças nos

aspectos populacionais, econômicos, sociais e culturais. A Zona da Mata, por exemplo, é a sub-

região mais povoada e desenvolvida, além de apresentar a maior densidade demográfica

(população relativa).

O turismo, impulsionado pelas belezas naturais e pelo valor histórico-cultural de várias

cidades nordestinas, se destaca entre as atividades econômicas. A exploração de petróleo, o

extrativismo vegetal, a agropecuária e o setor industrial (automobilístico, alimentício, informática,

petroquímica, etc.) são importantes fontes de captação de receitas financeiras.

Parques tecnológicos disputam título de Vale do Silício brasileiro

Publicado 06/08/2012

Recife tem o maior parque tecnológico do país

Com mais de 200 empresas instaladas, 6.500 profissionais e faturamento anual de R$ 1

bilhão, o parque tecnológico Porto Digital, no Recife (PE), é o maior do país e forte candidato a

ser o “Vale do Silício brasileiro”.

Leia mais em: http://www2.cecompi.org.br/st/?p=3921 <último acesso, julho de 2014>

Um dos principais problemas do Nordeste é a desigualdade socioeconômica, motivada

pela distribuição de renda desigual. Outros agravantes são as altas taxas de mortalidade infantil e o

reduzido serviço de saneamento ambiental.

PRINCIPAL BIOMA NORDESTINO

A Caatinga: é o único bioma totalmente brasileiro, isto é, o único domínio florestal que não

divide espaço com nenhum outro país. Isso significa que algumas características regionais desse

bioma não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Ocupa cerca de 10% do território

brasileiro, com uma área de 844.400 km², estendendo-se pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará,

Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e uma pequena porção ao

norte de Minas Gerais.

Em função do clima semiárido da região onde se encontra, a vegetação da Caatinga

costuma ser bastante seca, com espinho e pouquíssimas folhas. No entanto, quando ocorrem as

chuvas, ela se transforma rapidamente, ganhando um aspecto diferenciado, com árvores cobertas

de folhas e pequenas plantas forrando o chão.

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A vegetação é formada por plantas adaptadas ao clima seco, em que ocorrem poucas

chuvas. As principais espécies são o Mandacaru, o Xique-xique, a Aroeira e a Braúna. As únicas

árvores que não perdem as suas folhas durante o intenso calor são o Juazeiro e alguns tipos de

palmeiras, pois suas raízes conseguem encontrar água no subsolo.

A maior parte dos animais encontrados na região da caatinga é composta por répteis, a

maioria cobras e lagartos. No total, existem aproximadamente 1.500 espécies distintas de animais

catalogados, envolvendo aves, répteis, anfíbios, mamíferos e peixes.

Assim como os demais biomas brasileiros, boa parte da caatinga já foi desmatada, cerca de 46%

de sua vegetação original. Os principais motivos para a sua acelerada devastação nos últimos

anos foram a expansão da fronteira agrícola e, principalmente, a utilização de suas árvores para a

produção de lenha.

Outro problema grave que atinge esse bioma é o processo de desertificação dos solos, que

é causado pelo uso inadequado e intensivo dos solos, sobretudo pela produção agrícola dos

grandes latifúndios.

A "INDÚSTRIA DA SECA" NO NORDESTE

Os problemas sociais existem em todo o Nordeste, mas a culpa pela miséria da região

sempre recaiu sobre o fenômeno das secas. De fato, elas muitas vezes inviabilizam as atividades

econômicas no sertão, dizimando o gado e fazendo com que os sertanejos deixem suas terras em

busca de melhores condições de vida. Mas a seca não é a única responsável por toda a situação.

Questões como a distribuição de renda e de terras costumam ser deixadas de lado nas discussões.

Durante anos, grupos políticos e econômicos aproveitaram-se do flagelo da região em benefício

próprio.

Divulgando situações de calamidade pública, essa elite vem conseguindo importantes

ajudas governamentais, como anistia das dívidas, verbas de emergência e renegociação de

empréstimos. Tais auxílios nem sempre beneficiam a população afetada pela estiagem. Muitas

vezes, o dinheiro público é usado para a construção de açudes e para o desenvolvimento de

projetos de irrigação que trazem benefícios apenas para os próprios dirigentes. Tudo isso

caracteriza a chamada "indústria da seca", ou seja, uma série de medidas que eternizam o

problema para impedir que o auxílio desapareça.

ÍNDIOS OS PRIMEIROS HABITANTES DO BRASIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES

Quando falamos sobre o descobrimento do Brasil, notamos que muitos livros didáticos e

pessoas ainda atribuem esse feito à figura do navegador português Pedro Álvares Cabral, no ano

de 1500. Contudo, sabemos que os primeiros descobridores do nosso território foram as antigas

comunidades que chegaram à América no período pré-histórico e, com o passar do tempo,

formaram diversas civilizações.

Essas comunidades só foram chamadas de “indígenas” e os seus integrantes de “índios”

com a chegada dos europeus. Tal nome foi dado porque, quando chegaram aqui pela primeira vez,

os europeus acreditavam que tinham alcançado a Índia. De tal forma, percebemos que o termo foi

resultado do contato entre os brancos e os nativos.

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Quando falamos dos índios temos que ter o cuidado de não pensar que os índios são todos

iguais. Ao longo dos séculos, as comunidades indígenas aqui formadas desenvolveram diferentes

tipos de costumes, línguas, valores e tradições. Até mesmo em sua fisionomia, podemos observar

que os povos indígenas também possuem outras interessantes.

Algumas comunidades indígenas do Brasil viviam de forma nômade e seminômade,

consumindo os recursos naturais disponíveis e depois se mudando para regiões que tivessem

maior disponibilidade de animais de caça, plantas, frutos e recursos hídricos.

Por outro lado, também havia povos indígenas que dominavam a agricultura e que tinham

uma rotina de trabalho intensa e regular. Não por acaso, muitos desses indígenas foram

empregados como escravos nas propriedades criadas pelos colonizadores portugueses.

Além de dominarem a caça e pesca, temos em várias comunidades indígenas a presença de

um vasto conhecimento sobre a vegetação do território. Não raro, tal conhecimento era empregado

para a fabricação de remédios naturais que acabaram sendo utilizados pelos colonizadores.

Organizando-se de forma variada, percebemos que uma quantidade expressiva dos

indígenas vivia em grandes cabanas chamadas de “ocas”. Nas ocas temos a presença de várias

famílias e integrantes de uma comunidade vivendo de forma muito próxima. As habitações

menores e com poucos integrantes eram mais comuns em comunidades menores.

De acordo com estudos atualizados, até a época da chegada dos portugueses, o Brasil

contava com 1400 povos indígenas. Em termos numéricos, essa variedade de povos abarcava

uma população que oscilou entre a casa dos três a cinco milhões de habitantes. Com números tão

significativos, percebemos o quão importante é a presença indígena em nossa história.

Infelizmente, ainda temos um longo caminho para revelar com maior riqueza o passado e a cultura

indígena na formação de nosso povo.

A exploração, a matança e o preconceito contra os povos indígenas acabaram acobertando

(escondidas, perdidas) muitas informações e saberes de suma importância. De tal modo, cabe a

nós, estudiosos, alunos e professores, ampliar nossos horizontes sobre esse tema tão relevante.

Por Rainer Gonçalves Sousa Colaborador Escola Kids Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG

Da Velha Ordem Mundial a Nova Ordem Mundial

A Velha Ordem Mundial

O muro de Berlim

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, enquanto a

Europa Ocidental ainda se recuperava de duas grandes

guerras, o mundo observava o surgimento de duas

grandes potências, a União das Republicas Socialistas

Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América

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(EUA). A bipolaridade deste momento e o enfrentamento ideológico com o objetivo de aumentar

áreas de influência marcava a Ordem Mundial do período e eram a expressão clara da geopolítica

da Guerra Fria. Neste momento, podemos dividir o mundo em três grandes grupos segundo

influência:

O Bloco Capitalista: Liderados por EUA – Europa Ocidental, América do Norte, Coréia do Sul e

Japão.

O Bloco Socialista: Influenciados pela URSS – Leste Europeu e Balcãs, Cuba, Coreia do Norte e

China.

O Terceiro Mundo: O Grupo que pregava o não alinhamento, pois o terceiro mundo tinha questões

mais urgentes para resolver. Iniciado na conferencia de Bandung e tendo como principais figuras

Nasser, do Egito, e Tito, da Iugoslávia.

Embora o mundo convivesse sempre na iminência de um desastre nuclear, o equilíbrio pelo

medo sempre se fez presente. Uma guerra “quente” entre as duas potências militares do período

seria uma ameaça à própria existência do ser humano no planeta, já que os poderes de destruição

possuíam uma escala planetária extremamente grande. As estratégias encontradas ficavam no

campo da propaganda, no poder da exibição e no patrocínio de outros países para aliviar tensões

militares, portanto, podemos destacar as principais estratégias como sendo:

A Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo plano político.

A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.

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Nova Ordem Mundial

Momento da queda do Muro de Berlim.

A posição

indiscutível dos

Estados Unidos como

potência econômica e

militar, influenciando

a economia mundo e a geopolítico.

Logo após a derrubada do muro de Berlim e a posterior dissolução da URSS, o mundo deixou de

existir sobre a égide geopolítica da bipolarização. Não havia dúvidas de que os Estados Unidos

eram a maior potência militar e econômica do mundo.A queda do muro de Berlim, foi um dos

maiores marcos da história, que marcou o início de uma nova era no planeta, marcada pela

intensa globalização, pela integração do mundo nos aspectos econômicos, políticos e sociais e,

mais do que nunca,a integração dos blocos econômicos e transações comerciais. Por isso,

podemos destacar algumas das muitas características da nova ordem mundial como sendo:

A globalização; o mundo agora está interligado em diversas frentes, seja economicamente,

culturalmente ou politicamente.

Os blocos econômicos; com o êxito das integrações européias, os países nesta nova ordem

procuram através de blocos, tratados bilaterais e uniões aduaneiras, aumentar seu poder de

barganha e de influência econômica no mundo.

Contudo, mesmo com a supremacia militar norte-americana, o campo das relações internacionais e

da política caminha em águas turvas neste novo período. A globalização e as relações econômicas

deixaram os países mais dependentes entre si. Uma guerra de grandes proporções é sempre

evitada. Após as recentes intervenções militares fracassadas no oriente médio, a política dos EUA

é mais diplomática e seu poder militar, embora ainda o mais preponderante, menos eficaz. Além

destes dois pontos citados, é preciso realçar que a nova ordem mundial se apresenta como um

período de grandes incertezas, uma vez que diversos atores estão surgindo a todo instante, sejam

eles econômicos, como os BRICs, ou terroristas, como o Estado Islâmico, relativizando e criando

novos cenários geopolíticos. Portanto, resumindo os principais pontos abordados, podemos

destacar:

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- Os novos cenários colocados pela globalização, com diversos espaços políticos de mediação e

deliberação internacional; a extrema dependência econômica relativiza o poder militar dos países,

tornando a diplomacia a principal estratégia para resolução de conflitos.

- As intervenções militares fracassadas que criaram inimigos piores, como a investida militar no

solo Iraquiano e o vazio institucional que corroborou para a criação do Estado Islâmico, relativizou

o poder da guerra e da força, criando um momento de incertezas quanto ao poder militar e a

eficácia desta estraté

- Novos atores surgem a todo instante gerando novas configurações geopolíticas e novos desafios

para as nações, tornando esse período, um período de diversas incertezas.

3. (IBMECRJ) A chamada Nova Ordem Mundial, que marcou o final do século XX, é caracterizada

por uma série de importantes acontecimentos, EXCETO:

a) A queda do Muro de Berlim;

b) A implosão da União Soviética;

c) A redemocratização da Europa Oriental;

d) A reunificação da Coréia;

e) O fim da Guerra Fria.

SISTEMAS ECONÔMICOS

Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica

pelo qual estar organizada uma sociedade. Engloba o tipo de propriedade, a gestão da economia,

os processos de circulação das mercadorias, o consumo e os níveis de desenvolvimento

tecnológico e da divisão do trabalho.

De conformidade com sua definição, os elementos básicos de um sistema econômico são:

1) os estoques de recursos produtivos ou fatores de produção, que são os recursos humanos

(trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia; 2) o

complexo de unidades de produção, que são constituídas pelas empresas e; 3) o conjunto de

instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais, que constituem a base de organização da

sociedade. Atualmente se conhece a existem de dois sistemas economicos distintos: O sistema

capitalismo que predominante e o sitema socialista, somente Coreia do Norte e Cuba.

Caracteristicas do sistema capitalista: liberdade econômica (livre concorrência) com pouca

intervenção do governo na economia, salários dos trabalhadores definidos pelo mercado, preços

dos produtos são definidos pela lei da oferta e procura, investimentos nos setores da economia

feitos pelo Estado e também pela iniciativa privada, existência de desigualdades sociais,

principalmente nos países em desenvolvimento, existência de classes sociais, definidas,

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principalmente, pela condição econômica das pessoas, meios de produção (fábricas, fazendas) e

bancos nas mãos de particulares (propriedade privada), saúde e educação são publicos e privados.

Caracteristicas do sistema socialista: falta de liberdade econômica com grande intervenção do

governo na economia, salários controlados e definidos pelo governo, preços controlados pelo

governo, investimentos feitos apenas pelo Estado, “inexistência de classes sociais”, “baixa

desigualdade social” fábricas, fazendas, bancos controlados pelo governo, a renda derivada da

produção é socializada entre os trabalhadores, garantia do governo quanto as necessidades da

população, saúde e educação públicos, liberdade de expressão controlada pelo governo.

REGIONALIZAÇÃO : PAÍSES DO NORTE : PAÍSES DO SUL

Definindo regionalização: significa organizar o espaço geográfico em áreas com

características semelhantes, de acordo com critérios pré-estabelecidos. Existem várias formas de

regionalizar, por exemplo, por continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Antártida, a

regionalização dentro dos próprios continentes, a exemplo podemos citar: América em: América do

Norte, América central e América do Sul, nesse caso os critérios utilizados foram posição

geógrafica e aspectos naturais.

Com o fim da bipolarização e da oposição entre o capitalismo e o socialismo, as diferenças

econômicas e sociais entre países ricos e países pobres tornaram-se mais evidentes.

A oposição passou a ser entre os países desenvolvidos, os chamados países do Norte, e os

subdesenvolvidos, denominados países do Sul.

Essa divisão, porém, é simbólica, pois não considera a linha do Equador como marco

divisório. Nesse caso, o Norte e o Sul foram definidos com base nas condições econômicas e

sociais dos países. Ocorre que a maior parte das regiões desenvolvidas situa-se na porção norte

do planeta; e a maior parte dos territórios situados na porção sul, ainda que não exatamente ao sul

da linha Equador, integram países subdesenvolvidos.

Observe o mapa abaixo que há países ricos situados no Hemisfério Sul, como Austrália e

Nova Zelândia. Também existem vários países pobres no Hemisfério Norte, como os do sudeste

asiático, os do norte da África, do norte da América do Sul e da América Central. Existe até mesmo

um país de características socioeconômicas "meridionais" na América do Norte: o México.

A forma de regionalização Norte-Sul não é precisa (exata) na classificação dos países, pois

há muitas diferenças econômicas e sociais entre eles. Alguns integravam o extinto bloco socialista,

cuja economia ainda está se adaptando ao sistema capitalista.

Assim, ex-países socialistas, como o Cazaquistão e o Uzbequistão, situados no Hemisfério

Norte, apresentam economias pouco industrializadas e problemas sociais comparáveis aos dos

países do Sul. além disso, considerando o grupo dos países do Sul, temos nações

subdesenvolvidas não industrializadas (países periféricos) e países subdesenvolvidos

industrializados (países emergentes).

Portanto, os critérios sócioeconômicos (renda per capita, os índices de violência, o

desemprego, a dependência econômica e tecnológica,a população possui o acesso mínimo

satisfatório para moradia, educação, alimentação e saúde), não são os mesmos dentro dos grupos

classificados (ricos e pobres). Dessa forma, entre os países do Norte cujo conjunto de indicadores

de desenvolvimento é elevado estão Estados Unidos, Canadá, a maior parte dos países da

Europa, Austrália, Nova Zelândia e Japão. Em conjunto, esse grupo reúne cerca de 20% da

população mundial e detém aproximadamente 80% da produção econômica e da renda global.

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O Sul, de forma geral, é constituído por países da América Latina, África, Ásia (exceto

Japão) e Oceania (exceto Austrália e Nova Zelândia). Todos eles apresentam problemas sociais

em maior ou menor escala. O nível de desenvolvimento também varia: o desempenho econômico

de países como Brasil, México e África do Sul, por exemplo, é bem maior que o de países como

Haiti, Moçambique e Bangladesh.

PAISES DESENVOLVIDOS SUBDESNVOLVIDOS E EMERGENTES

Países Desenvolvidos: são aqueles cujas populações apresentam boa qualidade de vida

ou seja: bom nível de renda e bem-estar social; bom nível educacional; maior igualdade de

oportunidades; melhores níveis de alimentação; maior resistência às doenças e elevado nível de

consumo por parte da população, expectativa de vida alta, domínio tecnológico e econômico

mundial. São países que apresentam alto grau de industrialização e também são conhecidos como

países de industrialização clássica (pioneiros na industrialização). Os países mais desenvolvidos

hoje, se localizam em geral na Europa Ocidental, na América ( Estados Unidos, Canadá), na Ásia

(Japão e Coréia do Sul) e na Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Apresentam um Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH), muito elevado.

Atenção! A Coreia do Sul aparece no grupo dos desenvolvidos em decorrência da regionalização norte / sul, mas é um país subdesenvolvido emergente.

Países Subdesenvolvidos: ao contrário do grupo anterior, as populações dos países

subdesenvolvidos apresentam precárias condições de vida com deficiências graves nas áreas de

educação e saúde, altas taxas de natalidade e mortalidade, dependência econômica e tecnológica,

possuem renda familiar muito baixa, entre outros. Em sua maioria foram Colônias de Exploração e

apresentam muito baixo grau de industrialização. São conhecidos também “países periféricos”.

Localizam-se em geral na Ásia, América Latina e África (principalmente na Subsaariana).

Apresentam um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Baixo ou Médio.

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Países Emergentes: vem crescendo economicamente em ritmo bastante acelerado nas

últimas décadas. Suas populações estão saindo do estágio de subdesenvolvimento e indo em

direção a melhores condições socioeconômicas. São países, como o Brasil, Argentina, México,

Índia, Egito,África do Sul, Taiwan entre outros. Conhecidos como países de Industrialização Tardia,

podem estar localizados tanto no continente Africano como na Ásia ou na América Latina. Este

grupo, também chamado de países em desenvolvimento, é bastante heterogêneo e apresenta

como subgrupos de destaque os Tigres Asiáticos e os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China).

Apresentam um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), variando de médio a elevado.

REGIONALIZAÇÃO DE ACORDO COM O IDH

- Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH) é muito utilizado na atualidade para classificar os países em desenvolvidos ou

subdesenvolvidos.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o indicador que avalia a qualidade de vida

das pessoas em praticamente todos os países, e não considera somente os indicadores

econômicos. Além do PIB per capita, o IDH também considera a expectativa de vida e os níveis de

alfabetização e taxa de mortalidade.

O IDH varia de zero a um. Quanto mais próximo de um maior é o desenvolvimento humano

do país. Para se ter uma ideia o Brasil ocupa o 79º lugar, com o IDH 0,744, de um total de 182

países pesquisados pela ONU em 2013.

CONTINENTE AMERICANO Posição Geográfica:

É banhado, ao norte, pelo oceano glacial Ártico; ao sul, pelo oceano glacial Antártico; a

leste, pelo oceano Atlântico; e, a oeste, pelo oceano Pacífico. Com aproximadamente 15 mil

quilômetros de extensão no sentido norte-sul, a América é o segundo maior continente do planeta,

completamente localizado no hemisfério Ocidental. O continente americano apresenta vários tipos

climáticos, paisagens naturais e formas de relevo que o caracterizam como um continente

diversificado.

AMÉRICA LATINA

O nome América Latina é derivado das línguas faladas em diversas partes do continente

americano. Na América do Norte, somente o México está inserido nesse contexto, além de toda a

América Central e do Sul. Isso significa que são países de língua latina, como o português, o

francês e o espanhol. Os países que integram a América Latina possuem semelhanças quanto à

condição de subdesenvolvimento, tais como economia fragilizada e atrasada, problemas sociais e

políticos.

A América Latina estende-se desde o México até a Terra do Fogo, no extremo sul da

América. Totaliza aproximadamente 20,5 milhões de Km, ou seja, 13,7 % das Terras emersas do

Globo, com uma população de 350 milhões de habitantes.

Relevo:

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Norte: Serra Madre Ocidental, Planalto Mexicano.

Oeste: Cordilheira dos Andes.

Leste: Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro.

Centro: Planície do Orenoco, Planície Amazônica, Planície Platina.

Bacias Hidrográficas:

- Bacia do Orenoco, Bacia Amazônica, Bacia Platina.

Paisagens Naturais:

A América Latina se situa na zona intertropical, predominaram os climas quentes, salvo no

extremo sul (Argentina e Chile) e nas áreas montanhosas (Andes).

Destacam-se as principais paisagens vegetais: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Pampa

ou Estepes e desertos (México, Atacama, Patagônia).

População Latino Americana

Elevado crescimento vegetativo, devido à alta natalidade.

Predomínio de jovens, o que representa pesado encargo para os países em desenvolvimento.

Predomínio de mestiços e população rural.

Maiores concentrações demográficas: litoral brasileiro, estuário do Prata, Caracas, Santiago,

Litoral do Pacífico de Bogotá a Lima, América Central.

Principais vazios demográficos estão no interior da América do Sul, como Amazônia e trechos

acidentados dos Andes e Patagônia.

Economia Latino Americana

A agricultura é a base econômica latino-americana, principalmente da América Central,

Equador, Colômbia. A América Latina possui grandes riquezas no seu subsolo, destacando-se o

Brasil, o México, e países Andinos.

O desenvolvimento industrial vem se fazendo lentamente e de maneira desigual entre os

diversos países. Brasil, México, Argentina, Venezuela, Chile estão na vanguarda industrial. Os

produtos agrícolas e minerais representam, em geral, mais de 90% do valor das exportações dos

países latino-americanos. As importações são, principalmente, de produtos manufaturados.

A América latina está assim subdivida: MÉXICO: ENTRE OS PAÍSES RICOS E OS PAÍSES POBRES

A população mexicana é predominantemente formada pela miscigenação entre os

ameríndios e os colonizadores espanhóis. os mexicanos encontram-se distribuídos de forma

irregular: cerca de 75% deles vivem no Planalto do México, que apresentam solos férteis de origem

vulcânica e climas que favorecem a ocupação humana.

No planalto está localizada a Cidade do México, a capital do país. Com cerca de 19 milhões

de habitantes, é o mais populoso centro urbano da América e uma das mais problemáticas regiões

metropolitanas do mundo.

O Planalto do México é cercado por formações geológicas de maior altitude, que são

prolongamentos das Montanhas Rochosas e recebem as denominações de Serra Madre Ocidental,

e Serra Madre Oriental, O clima frio nos trechos mais elevados inibe a ocupação humana. No

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noroeste do país, a presença de desertos contribui para as baixas densidades demográficas da

região. A religião predominante o cristianismo 95,9% (dados de 2010). A densidade demográfica

média é de 58 hab./km2, o crescimento demográfico: 1,5% ao ano e taxa de analfabetismo: 7,2%

Um problema social com reflexos diretos na queda do índice de crescimento demográfico é

a emigração, legal e ilegal, para os Estados Unidos. Pelas estatísticas oficiais, o México perde

aproximadamente 300 mil pessoas por ano – a maioria, jovens em idade de ter filhos. No entanto,

como muitos dos que partem são ilegais, os números da emigração são baseados nas remessas

de dinheiro para as famílias que permaneceram no país. Essas remessas chegam a 16 bilhões de

dólares por ano, mais do que o país arrecada com as exportações petrolíferas

O México apresenta uma estrutura produtiva diversificada, com várias atividades

agropecuárias, mineradoras e industriais. O petróleo constitui o principal produto de exportação, e

o turismo apresenta-se como uma importante fonte de renda para o país.

Em decorrência dos baixos salários no campo e da concentração de terras, muitos trabalhadores

rurais mexicanos migram para os Estados Unidos com o intuito de trabalhar nas safras agrícolas.

Alguns deles realizam a chamada migração de transumância: vão para o país vizinho durante a

época da colheita, por exemplo, e regressam após o término do trabalho.

A indústria acelerou-se a partir da segunda metade do século XX, com a entrada no país de

capital estrangeiro, atraído pela mão- de- obra e matérias-primas baratas. Empresas

transnacionais, sobre tudo dos Estados Unidos, passaram a dominar o parque industrial mexicana.

A atividade industrial está concentrada em grandes centros urbanos, como a Cidade do México,

Guadalajara, Monterrey, Vera cruz e. Os setores que predominantes são o têxtil, o alimentício, o

automobilístico, o petroquímico, o siderúrgico e o metalúrgico.

O extrativismo mexicano destaca-se na produção de diversos recursos naturais: prata (segundo

maior produtor mundial), ouro, chumbo, ferro, gás natural, cobre e petróleo.

O petróleo, principal produto de exploração do país, é extraído de uma extensa área no Golfo do

México, por uma grande empresa estatal denominada Petróleos Mexicanos. Apesar de o México

dispor de extensas reservas e estar entre os maiores produtores mundiais de petróleo, seu produto

é muito pesado e exige refinação especial para a obtenção de subprodutos, como a gasolina e o

óleo diesel, o que eleva os custos de produção.

AMÉRICA CENTRAL

A América Central é composta por duas porções, a Continental: está situada entre a América

do norte e América do sul, formada por sete países: El salvador, Belize, Costa Rica, Honduras,

Guatemala, Panamá, Nicarágua e a Insular: é formado por diversas ilhas situadas no Oceano

Atlântico, formando o mar das Antilhas ou mar do Caribe. Algumas ilhas pertencem a outros países

de outros continentes. As principais são: cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e Porto Rico.

Os aspectos físicos são demarcados ao norte pela Península de Iucatã, que fica no México,

e ao sul pela Colômbia, demarcando também a oeste com o Oceano Pacífico e a leste com o

Oceano Atlântico. Ela tem uma área de 540.000 km². O relevo é recente e montanhoso, e pode

apresentar terremotos e vulcões. É formado por planícies litorâneas e planaltos interiores. Já o

clima predominante é o tropical, quente e úmido, com uma corrente marítima, que influencia nas

variações de temperatura e quantidades de chuva e a rede hidrográfica possui rios curtos e

torrenciais, que ficam cheios em épocas de chuva. O potencial hidrelétrico não é muito explorado

devido ao baixo nível de industrialização e urbanização.

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Formação étnica do continente é bem diversificada. Na parte ínstmica do país predominam

os mestiços originados da mistura de índios e brancos espanhóis. Já a parte insular tem uma

população em maior número de negros e brancos europeus. A América Central é bem povoada,

com cerca de 100 hab./km2 e o crescimento demográfico também é bastante elevado devido à

queda da mortalidade e o aumento da natalidade.

Aspectos Econômicos

Na América Central, a agricultura é à base da economia. Os produtos mais cultivados e

exportados são: café, algodão, açúcar, fumo, cacau, banana e carne.

O extrativismo mineral também é uma atividade importante na América Central, mas este setor não

se destaca muito, pois os recursos minerais metálicos estão limitados neste continente, apenas a

Jamaica se destaca como uma das maiores produtoras de bauxita. Na porção continental o setor

do turismo vem crescendo com muita força, contribuindo assim para a economia dos países istmos.

O setor industrial ainda está no início do seu desenvolvimento e por isso contribui pouco

com o PIB, mas alguns países já se destacam neste ramo, como Cuba, que possui um centro

industrial bastante diversificado, onde se destaca os setores de têxtil, cigarros, açúcar, siderurgia e

metalurgia. Cuba é o único país do continente americano com sistema econômico socialista.

Atualmente, cuba e Brasil têm reforçado seus laços comerciais.

Cuba e Brasil querem fortalecer parceria econômica, diz jornal cubano

O Brasil é o sexto maior parceiro comercial de Cuba, o primeiro fornecedor de alimentos, e um

dos grandes destinatários de medicamentos e vacinas cubanas

Leia mais em:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/05/07/internas_economia,3646

68/cuba-e-brasil-querem-fortalecer-parceria-economica-diz-jornal-cubano.shtml <último

acesso, julho de 2014

AMÉRICA ANDINA A América Andina é a região que se estende na Cordilheira dos Andes, na porção oeste do

Continente Sul Americano, desde a Venezuela até o Chile. A região, com grandes cadeias de

montanhas e planaltos de altitudes elevadas compreende aproximadamente 7 500 quilômetros de

extensão, com 300 quilômetros de largura e altitudes superiores a 7 000 metros. Na América

Andina estão localizados os chamados países andinos, são eles: Venezuela, Colômbia, Equador,

Peru, Bolívia e Chile. A região concentra uma população de aproximadamente 144 milhões de

habitantes, formada por índios, mestiços e brancos de origem espanhola.

Aspectos Físicos A Cordilheira dos Andes interrompe a Planície Litorânea do Pacífico, que são estreitas e

úmidas ao norte do Chile, árida no litoral do Peru. São porções formadas pelos desertos de

Atacama e de Sechura.

A Cordilheira dos Andes é uma cadeia montanhosa que teve sua formação geológica no período

Terciário. É dotada de vulcões e está submetida a terremotos, vai desde o Mar das Antilhas até a

terra do Fogo, atingindo aproximadamente 8.000 Km2.

A economia destes países é baseada, principalmente, na agricultura (principalmente voltada

para a exportação), no extrativismo (mineral e vegetal), pesca (principalmente Peru e Chile) e

indústria (principalmente bens de consumo). O PIB (Produto Interno Bruto) somado dos países da

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América Andina é de cerca de US$ 800 bilhões (estimativa 2011). Grande parte das cidades mais

populosas está localizada na região litorânea, vales andinos e altiplanos. As regiões metropolitanas

de maior destaque são: Bogotá (Colômbia), Santiago do Chile (Chile) e Lima (Peru).

São comuns problemas sociais como: analfabetismo, subnutrição e precariedade na área de

saúde. Há uma grande diminuição da taxa de mortalidade e um aumento da taxa de natalidade,

resultando num crescimento vegetativo considerável, juntamente ao processo veloz de

urbanização.

AMÉRICA PLATINA

A América Platina é formada por três países: Paraguai, Uruguai e Argentina; e esses são

banhados pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. São assim conhecidos, porque os colonizadores

que ai chegou, acreditavam que iam encontrar muita prata, além disso, são cortados pelos rios que

formam o rio Prata e compõem a Bacia Platina. O fator de ligação entre esses países é o

MERCOSUL.

O Paraguai: é o país mais pobre do MERCOSUL, devido à falta de uma saída para o mar.

Seu território é parte da rota do tráfico de drogas e comércio ilegal. Possui como base econômica a

agricultura. A sua atual situação é resultado de uma sucessão de perdas e conquistas territoriais.

Uma das primeiras perdas territoriais foi na guerra do Paraguai, e o resultado foi a quase total

destruição do país, a morte de quase toda população masculina e a perda da força de trabalho no

país.

O Brasil e a Argentina mantêm comércio com o Paraguai, tanto legal como ilegal. O

comércio ilegal é uma importante fonte de renda para economia paraguaia. Outra importante fonte

de renda do Paraguai é a venda de energia elétrica produzida na hidrelétrica de Itaipu para o

Brasil.

O Uruguai é um país que possui indicadores sociais semelhantes aos dos países europeus

( Elevado IDH, baixa natalidade e baixo índice de analfabetismo). A base de sua economia é a

pecuária e a agricultura. Mais de 40% da população está concentrada na capital. O Uruguai é o

menor país platino, com ótimas condições sociais para a maioria da população. Cerca de 91% da

população uruguaia vive nas cidades. Com a integração internacional como fornecedor de produtos

agropecuários, houve o crescimento econômico que atraiu imigrantes europeus para o país. O

Uruguai é conhecido como “Suíça sul-americana” devido as suas condições sociais com elevado

padrão de vida e até mesmo, na presença de bancos que não exigiam a origem do dinheiro lá

depositado.

A atual constituição tende a consolidar a estabilidade política. A economia voltou a crescer.

O Uruguai exporta bastante para a Argentina e o Brasil, o turismo também tem contribuído para

esse aumento. Montevidéu foi escolhida capital financeira do Cone Sul.

A Argentina é uma das três nações mais industrializadas da América Latina. Possui Buenos Aires

como capital. Um terço da população argentina vive em Buenos Aires. É a terceira maior cidade da

América Latina. Regionalmente está dividida em: Pampas, Patagônia, Chaco, Mesopotâmia e

Puna.

Pampas: dominam a porção oriental do país. Possui relevo plano com muitas ondulações. Os

climas são o subtropical e temperado úmido. Os solos são férteis e aproveitados para vários

cultivos. É a região de menor concentração populacional. As principais cidades são Buenos Aires,

Rosário, Santa Fé e Córdoba.

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Patagônia: é uma região localizada no extremo-sul da Argentina. Possui clima frio e há pouca

ocupação humana. A região produz 75% do petróleo argentino, também produz gás natural e

pratica-se a pecuária de ovinos. Bahia Blanca é o centro petroquímico.

Chaco: é uma região fronteiriça com o Paraguai. Predomina-se uma extensa planície, onde se

desenvolve a pecuária extensiva de bovinos.

Mesopotâmia: é outra região que a agropecuária se destaca. Está localizado entre os rios Paraná e

Uruguai. Destaca-se a produção de algodão, milho e erva-mate.

Puna: está localizada na região noroeste do país. É a região mais pobre do país. Possui clima

semiárido que obriga o uso de sistema de irrigação na agricultura. Nela vivem muitos indígenas.

A Argentina possui importantes questões geopolíticas:

Brasil: A rivalidade com o Brasil é tradicional. Teve como base os conflitos territoriais,

principalmente pelo território do Uruguai. Atualmente esses conflitos têm diminuído, porém a

rivalidade econômica vem aumentando cada vez mais pelo fato desses dois países fazerem parte

do mesmo bloco econômico, o MERCOSUL;

Chile: Disputa por áreas fronteiriças (terras do extremo-sul);

Reino Unido: Conflito pela posse das ilhas Falklands;

Uruguai: Desacordos quanto ao uso econômico das regiões de fronteira;

Crise Argentina: Ocasionada pelos novos planos econômicos implantados no Brasil e na Argentina

que pregavam a supervalorização do peso e do real em relação ao dólar, o que ocasionou um

saldo negativo, pelo fato de ocorrer mais importações do que exportações. A população também

deixou de comprar produtos nacionais, optando pelos internacionais que eram mais baratos e

tecnológicos. A população se revoltou com o governo o que ocasionou uma grave crise econômica

interna. A Argentina conseguiu se recuperar economicamente, porém os padrões de vida pós-crise,

nunca voltaram a serem os mesmos.

GUIANA, SURINAME E GUIANA FRANCESA A palavra guiana é uma derivação do vocábulo indígena guiana, que significa “terra de

muitas águas”. Os três territórios são banhados pelos rios Orenoco, Amazonas, Negro e pelo Oceano Atlântico. Localizados no norte América do Sul, diferenciam-se dos demais países sul-americanos, sobretudo por seu passado colonial estar associado a ingleses, holandeses e franceses. GUIANA

Cerca de 80% do território guianense, que tem 214.083 km², é recoberto por florestas. A população se caracteriza pela diversidade étnica e cultural, sendo constituída por negros, indígenas, europeus, chineses e mestiços. A atividade industrial é pouco desenvolvida e o padrão devido da população é baixo. Na região costeira se concentram parte dos cerca de 750 mil habitantes do país.

SURINAME

Com uma área de 163.820 km², o reduzido território do Suriname apresenta relevo caracterizado pela ocorrência de colinas no centro e no sul e uma vasta planície no norte. A maioria dos 449 mil habitantes vive no litoral, na capital Paramaribo, principal cidade do país. No país há uma população oriunda da miscigenação étnica, além de indígenas, paquistaneses, javaneses, indonésios, chineses e japoneses. Apenas 1% dos habitantes descende dos colonizadores holandeses.

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GUIANA FRANCESA A Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França, com um território de 91.000

km² e uma população de 187 mil habitantes. Cerca de 90% do território da Guiana Francesa é

coberto por florestas. A população é composta de diversas etnias, descendentes diretos ou

miscigenados dos seguintes povos: africanos, europeus, chineses, vietnamitas e uma minoria de

árabes e indígenas. A maioria dessa população vive nas cidades litorâneas, sobretudo em Caiena,

capitais.

CONTINENTE ASIÁTICO

O continente asiático é o maior e mais populoso continente do mundo. São 4,3 bilhões de

habitantes distribuídos em 44.479.000 km² e 50 países, apresentando, também, as maiores

densidades demográficos (número de habitantes por km²) do planeta. É banhado por três oceanos:

a leste pelo Pacífico, ao norte pelo Glacial Ártico e ao Sul pelo Índico. Em sua porção oeste, além

de fazer fronteira com a Europa, é delimitado também pelo Mar Mediterrâneo e Mar Vermelho.

O relevo asiático é bastante variado. Curiosamente, possui o ponto mais alto e o ponto mais

baixo da Terra, que são, respectivamente, o Monte Everest (8.848m acima do nível do mar) e o

Mar Morto (392m abaixo do nível do mar). O Everest, na verdade, faz parte de uma cadeia de

montanhas denominada por Cordilheira do Himalaia, fruto do choque entre duas placas tectônicas.

Existem também outros agrupamentos de relevo do mesmo tipo, como os Montes Urais, os Montes

Zagros e vários outros. Além disso, há alguns planaltos e vários desertos, sendo o maior deles o

Deserto de Gobi, na China.

Os climas predominantes são o siberiano, o mediterrâneo, o desértico e o de monções. Esse

último ocorre no litoral da Índia e acontece em virtude das diferenças de pressão atmosférica entre

a parte continental e a parte oceânica próxima ao continente, ocasionando fortes chuvas e fortes

secas alternadamente durante o ano.

Economicamente, os principais países da Ásia são o Japão e a China. Esse último,

juntamente com a Índia, vem registrando os maiores índices de crescimento do mundo.

A Rússia também exerce um papel importante não só no plano econômico, mas também no

plano político, graças ao fato de esse país ser o principal herdeiro da extinta União Soviética,

herdando dela boa parte de seu arsenal nuclear. Apesar disso, o principal ponto de tensão político-

militar no continente é a região do Oriente Médio, onde as disputas territoriais entre nações e a

cobiça por parte de vários países pelo Petróleo (abundante na região) vêm gerando vários conflitos

ao longo dos últimos anos. Outro ponto de tensão é entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul. A

partir dessas características gerais, podemos notar que a Ásia é, verdadeiramente, o continente

dos contrastes, tanto no clima, quanto no relevo, nos costumes, nas religiões e nas etnias.

AS REGIÕES ASIÁTICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES: a) Ásia Setentrional: localiza-se na Zona Glacial Ártica, abrangida pela Rússia em toda a sua

extensão leste-oeste. A hidrografia da Ásia Setentrional é formada por rios extensos, como a

geração de energia elétrica em seus trechos de planalto ao sul. Boa parte dos cursos de água

permanece congelada durante o inverno. A região é ocupada por campos de exploração de

petróleo e gás, além de grandes plantações agrícolas que se beneficiam do solo tchernozion, rico

em nutrientes.

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b) Sudeste Asiático: é constituída por: Península da Indochina, localizada entre o Golfo de Bengala

e o Mar da China Meridional; Península Malaia, entre o Estreito de Málaca e o Mar da China;

Arquipélago da Insulíndia, que se estende do Oceano Índico ao Oceano Pacífico. É nessa região

que predomina o regime das Monções. fenômeno onde o clima é condicionado por massas de ar

que ora viajam do interior do continente para a costa, monção continental, ora da costa para o

continente, monção marítima. Devido às diferenças de temperatura e pressão das massas de ar

sobre o continente e o mar, o clima de países como a Índia e o Paquistão é inteiramente afetado

pelo regime das monções. Durante o verão, que vai de junho a agosto, o calor aquece rapidamente

a aparte continental essa absorve calor bem mais rápido do que o oceano (a terra pode chegar a

45ºC). Com o aquecimento da terra, as massas de ar sobre o continente também ficam mais

quentes e sobem dando lugar a uma rajada de ventos vindos do oceano Índico, que, como toda

massa de ar que se forma sobre os oceanos, vem carregada de umidade. Essa umidade é

despejada sobre o continente com chuvas torrenciais que podem durar dias. Esse é o período das

monções marítimas que todo ano causam enchentes nessas regiões. Já no inverno ocorrem um

longo período de estiagem.

No sudeste Asiático há tanto países continentais (Vietnã, Laos, Camboja, Tailândia, Mianma,

Malásia e Cingapura) como países insulares (Indonésia, Brunei, Filipinas e Timor Leste).

A Insulíndia (Arquipélago Malaio ou Ásia do Sudeste Insular) abriga a Indonésia, onde há grande

incidência de vulcões e terremotos. O clima da região é equatorial e tropical.

c) Ásia Central: a região é composta de cinco países situados a leste do Mar Cáspio: Cazaquistão,

Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão e Quirguistão, nos quais predominam populações

eslavas e de origem turca, estas últimas majoritariamente muçulmanas.

A Ásia Central é marcada por conflitos entre etnias, agravadas no passado pela relação

comercial desigual com a Rússia. Somados ao clima desfavorável para a agricultura, esses

conflitos favoreceram o surgimento de economias e estruturas sociais precárias, marcadas

pela instabilidade política e pela miséria da população.

d) Oriente Médio: compreende países habitados principalmente por árabes de maioria

muçulmanas: Arábia Saudita, Iraque, Síria, Jordânia, Líbano, Iêmen, Omã, Emirados, Árabes

Unidos, Catar, Barein e Kuait. As populações do Irã e do Afeganistão, embora de maioria islâmica,

têm origem persa. Israel, com população majoritariamente judaica, e a Turquia são exceções.

No interior da região, entre os rios Tigres e Eufrates, destaca-se a Planície da Mesopotâmia,

de grande valor histórico-cultural.

Quase toda a região é constituída por desertos, as temperaturas variam de mais de 40ºC

durante o dia a menos de 10ºC à noite. Essas características climáticas são um dos fatores que

levaram a população a concentrar-se em cidades como Damasco (Síria) e Riad (Arábia Saudita),

localizadas nos raros pontos do Oriente Médio em que as águas subterrâneas afloram à superfície,

formando os oásis.

Outra característica muito marcante no Oriente Médio é os grandes conflitos geopolíticos,

em cuja origem está a disputa por um território em que árabes e judeus consideram ter direitos

históricos.

e) Ásia Meridional: ou subcontinente Indiano caracteriza-se por abrigar povos indianos e

indochineses. Os países que a compõem são: Índia, Sri Lanka, Paquistão, Nepal, Butão e

Bangladesh.

A região apresenta três grandes unidades de relevo: a Cordilheira do Himalaia, o Planalto do Decã,

a Planície Indo-Gangética.

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f) Extremo Oriente: região com grande variedade de paisagens, agrupa. A China. O Japão, a

Coréia do Norte, a Coréia do Sul, Taiwan e a Mongólia.É nessa região que há a maior produção

petrolífera, especialmente no Golfo Pérsico

Em linhas gerais, o Extremo Oriente apresenta um bom nível de desenvolvimento. A região

abrange a segunda maior potência econômica do planeta (o Japão) e o país de crescimento mais

acelerado do século XXI (a China). Coréia do Sul e Taiwan também se destacam pelo dinamismo

de suas economias.

CONTINENTE AFRICANO

A África é o segundo continente em extensão territorial. É considerado o berço da humanidade,

pois em seus limites foram encontrados os fósseis mais antigos de nossa espécie. O continente

africano é o único continente a ser cortado por três dos cinco paralelos da Terra: Linha do equador,

Trópico de Câncer e trópico de capricórnio é três vezes maior que o europeu. 75% do seu território

está situado entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio. No continente africano estão localizados

54 países

Na geografia do continente se destacam dois dos maiores rios do mundo: Nilo e Congo, e

também dois dos maiores desertos do mundo: Saara e Kalahari. Há predomínio de planaltos no

relevo africano. O ponto mais elevado do continente é o Monte Kilimanjaro com 5.895 m, localizado

na Tanzânia.

No campo socioeconômico, o continente se destaca por apresentar os piores indicadores

socioeconômicos do mundo, assim como conflitos étnicos que levam a guerras quase que

intermináveis.

Tendo como base o deserto do Saara, O continente está dividido em duas áreas geográficas

distintas:

África Islâmica ou África Branca (norte do continente) – Marcada por população árabe, religião

islâmica, idioma árabe, de pele clara e países ricos em petróleo. Destaques para:

Argélia - grande exportador mundial de petróleo (membro da Opep), com um parque industrial

importante.

Líbia - (grande produção de petróleo)

Egito - (o segundo país mais industrializado da África)

África Subsaariana ou Negra

É a África dos povos negróides que abrange uma grande variedade de etnias formando uma

heterogeneidade das mais complexas. Uma região considerada a menos desenvolvida no mundo,

os indicadores sociais são os piores, exceto, a África do Sul, que está na categoria dos países

emergente.

É uma região marcada por condições precárias de vida, composta por 800 milhões de habitantes –

83% do total, onde a maioria vive com menos de 1 dólar por dia. Essa área geográfica situa-se ao

sul do deserto do Saara. Na economia predomina as monoculturas tropicais.

CONFLITOS ATUAIS NA ÁFRICA

O continente africano é marcado por uma série de conflitos que tem como causa principal o

processo de colonização pelos países europeus que ocuparam e fizeram a divisão territorial do

território segundo seus interesses. Desprezaram as diferenças étnicas, culturais e a rivalidade entre

N

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muitas tribos. Além disso, o baixo nível socioeconômico de muitos países e à instalação de

governos ditatoriais e corruptos. Na Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália, são

por diferenças étnicas, Serra Leoa, Somália e Etiópia são questões territoriais, já na Argélia e

Sudão são questões religiosas, além de tantas outras políticas ditatoriais como a do Apartheid na

África do Sul que durou de 1949 a 1990.

Merecem destaque: África do Sul e Nigéria – Grande exportador mundial de petróleo e único país

da África Subsaariana membro da OPEP.

África do Sul – situada ao sul do continente africano, possui três capitais: Pretória

(administrativa), Cidade do Cabo (legislativa) e Bloemfontein (judiciária), mas a cidade mais

importante é Johannesburgo, principal centro comercial, industrial e financeiro. Destaque também

para a Cidade do Cabo, ambas são os principais centros urbanos, além de promoverem a maior

concentração industrial do país. Além disso, a África do Sul, tem o maior parque industrial,

constituindo 35% do total da produção industrial do continente, rica em recursos minerais (ouro e

diamante) e considerada um país emergente.

Os recursos minerais da África do Sul – incluindo minerais estratégicos utilizados nas

indústrias de tecnologia de alto nível – sempre despertaram o interesse e a cobiça de nações

estrangeiras. Assim, há anos, grande parte da atividade mineradora sul-africana é realizada por

empresas transnacionais. Operam no país principalmente empresas britânicas, norte-americanas e

alemãs, cabendo aos britânicos o primeiro lugar em investimentos diretos na economia sul-

africana. Mas, a partir da década de 1960, os investimentos norte-americanos na África do Sul

cresceram de forma considerável. Além dos fortes vínculos econômicos, financeiros e comerciais

com os Estados Unidos, a África do Sul ainda mantém relações de interesse econômico com a

Europa, principalmente com os países da União Européia (UE) e Brasil.

A QUESTÃO DO APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL

- O apartheid representou a transformação do racismo em lei na África do Sul - a segregação racial foi

legalmente aceita entre 1948 e 1994. Foi o regime do apartheid que retirou os direitos dos negros e deu

privilégios aos brancos, minoria no país. A discriminação institucionalizada teve início quando o Partido

Nacional da África do Sul ganhou as eleições. Em 1949, os casamentos mistos foram proibidos. Em

1950, a Lei da imoralidade proíbe a relação sexual entre brancos e negros. No mesmo ano, a população

é cadastrada e separada por raça, além de ser dividida fisicamente com a formação de áreas

residenciais específicas.

Os negros precisavam andar com cadernetas por determinação da Lei dos nativos, conhecida como Lei

do passe, o documento deveria ser apresentado à polícia sempre que solicitado. Os locais e

equipamentos públicos também eram segregados, placas com a indicação “Somente europeus” eram

colocadas para impedir o contato com negros.

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Gueto da época da Apartheid, Soweto marca separação entre negros e brancos (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Bantustões – pátrias dentro da África do Sul

A divisão entre raças pode ser observada já em 1913 com a Lei das Terras, que dá 90% das terras aos

brancos e apenas 10% aos negros. Anos mais tarde, durante o apartheid, são criadas pequenas pátrias,

os bantustões, para separar as raças. Essas terras, que representavam cerca de 13% do território do

país, tinham relativa independência, segundo o governo sul-africano, ainda que o exército fizesse

intervenções quando as “pátrias” não atendiam aos desejos do governante da África do Sul.

Uma das justificativas do regime do apartheid é a concepção do desenvolvimento separado, que explica que cada raça deve se desenvolver sem a mistura com outras. Com isso, os negros recebiam serviços públicos inferiores, inclusive a educação oferecida para os brancos tinha qualidade superior.

Redação Educação Globo

ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS

A globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de

comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes, e é um dos processos de aprofundamento da

integração econômica, social, cultural e política, com o barateamento dos meios de transporte e

comunicação dos países do mundo, no final do século XX e início do século XXI. É um processo

gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global, que permita

maiores mercados para os países centrais cujos mercados internos já estão saturados.

Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as

Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou

em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais.

Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste

europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou

o processo de globalização econômica.

Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.

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Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam

usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas

de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias

aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de

desenvolvimento econômico e social.

O COMÉRCIO NA ECONOMIA GLOBAL

Desde o final da Segunda Guerra, o processo de mundialização se intensificou, devido aos

avanços das relações comerciais. A necessidade de reconstrução econômica levou os países

europeus a desenvolver novos eixos de exportações e importações, além de aprimorar os já

existentes. A própria guerra havia demonstrado a intensidade da interdependência mundial, e essa

mesma consciência foi a responsável pela criação da ONU. O comércio internacional é a principal

fonte de divisas para um país, e o objetivo é manter a balança comercial favorável, ou seja,

exportar mais do que se importa. O mesmo se aplica à chamada balança de pagamentos, um

indicador mais abrangente que a balança comercial, pois, além das trocas comerciais, envolve a

troca internacional de serviços, como empréstimos e pagamento de royalties, que são os direitos

sobre o uso de marcas. Com a acelerada internacionalização da economia nas últimas décadas, no

entanto, as barreiras alfandegárias na maior parte das vezes representam um obstáculo ao

desenvolvimento do capitalismo. As grandes empresas, principalmente as transnacionais,

necessitam de espaços cada vez maiores, pelos quais possam fazer circular livremente bens,

serviços e capitais.

GLOBALIZAÇÃO NA COMUNICAÇÃO

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de

computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área

de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações

sem critérios na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local,

agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro,

tendo apenas como fator de limitação a barreira linguística.

Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do

acesso aos meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente

celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral

da qualidade graças a inovação tecnológica. Redes de televisão e imprensa multimídia em geral

também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia

pode ter acesso, algumas vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo

inteiro. Cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as ideias, formando assim uma grande

Aldeia Global.

EFEITOS NA INDÚSTRIA E SERVIÇOS

Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da

modalidade de outsourcing (terceirização) de empregos para países com mão-de-obra mais

baratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção

distribuída entre vários países (fabricação em escala global), seja para criação de um único

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produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países

para redução de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.

CIDADÃO GLOBALIZADO – UM NOVO PERFIL NO MERCADO DE TRABALHO

Com todas as mudanças no mercado de trabalho, temos que tomar muito cuidado para não perder espaço. As mudanças estão acontecendo com muita rapidez. O cidadão para segurar o emprego ou conseguir também tem de ser manter em constante atualização, ser aberto e dinâmico. Para sobreviver nesse mundo novo, precisamos estar em sintonia com os demais países e também aprendendo coisas novas todos os dias. Ser especialista em determinada área, mas não ficar restrita a uma determinada função, porque ela pode ser extinta de uma hora para outra. É preciso atender a requisitos básicos, como o domínio do computador, de outros idiomas, como por exemplo, saber ler, falar e entender a língua inglesa é fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar, e mais do que tudo é preciso não ter preconceito em relação a essas mudanças. A FORMAÇÃO DOS GRANDES BLOCOS ECONÔMICOS Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera

crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos

ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada

vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de

um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.

Entre os principais blocos econômicos da atualidade, podemos destacar a União Europeia, a

Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), o MERCOSUL (Merca do Comum do Sul,

do qual o Brasil faz parte) e a Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).

A União Europeia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Mastricht. Este bloco

é formado pelos seguintes países: Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países

Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e

Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário

comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Europeia e, portanto,

podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Europeia.

A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de

imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos: Comissão Europeia, Parlamento Europeu

e Conselho de Ministros.

- O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É

formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo

principal do MERCOSUL é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o

comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo,

uma moeda única. 2013 incorporação plena da Venezuela e suspensão do Paraguai.

UNIÃO

EUROPEIA

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- NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) os seguintes países: Estados Unidos,

México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros

vantagens no acesso aos mercados dos países membros. Estabeleceu o fim das barreiras

alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não

é uma zona livre de comércio, porém reduziram tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.

- APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de

Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômico os seguintes países: Estados

Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul,

Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia,

Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru,

Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda

produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior

bloco econômico do mundo.

GLOBALIZAÇÃO E A ATUAL DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO A expressão ‘divisão internacional’ do trabalho diz respeito à posição dos países no mercado e no

processo produtivo global, bem como à dinâmica dos padrões de acumulação de capital no

contexto planetário. No atual contexto de globalização, a expressão ‘nova divisão internacional do

trabalho’ tem sido usada para designar as mudanças no mercado, na distribuição de capital e das

empresas, bem como no fluxo da força de trabalho entre os países, especialmente a relação

‘centro-periferia’. Ou seja, a relação países capitalistas desenvolvidos, países emergentes e países

pobres ou com pouco potencial competitivo na economia global (Henk, 1988).

GLOBALIZAÇÃO E O MEIO AMBIENTE

As consequências ambientais da globalização e da implantação da nova ordem mundial do

pós-guerra são catastróficas. A crise ambiental que ameaça o futuro do planeta tem sua origem

justamente na expansão capitalista promovida pela globalização. Para a economia globalizada

continuar crescendo são necessários cada vez mais consumidores, ainda que não consumam

sequer o mínimo necessário a uma vida digna. O aumento do consumo por aqueles que já dispõem

do necessário para viver é uma necessidade constante, que é estimulada por campanhas

publicitárias, mensagens subliminares e por um sistema que valoriza as pessoas pelo seu poder de

compra e não pela essência de cada ser.

Planejamento familiar, soluções coletivas para aquisição de bens e serviços (incluindo o

transporte coletivo), formas alternativas de produção, estímulo à produção familiar de alimentos,

entre outros, contrariam a lógica do mercado global e por isso não são fomentados pelos governos

e instituições públicas capturados pelas corporações. Para que essa máquina continue girando é

preciso que se disseminem padrões de comportamento altamente consumistas. No mundo

dominado pelos interesses corporativos a demanda por matéria prima e energia é crescente. Isso

resulta em exploração insustentável dos recursos naturais, geração de resíduos em progressão

geométrica, poluição e contaminação ambientais crescentes, avanço progressivo sobre áreas

naturais, escassez de água, destruição de habitats com consequente redução na biodiversidade,

incremento na emissão de gases de efeito estufa, etc.

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A partir de agora iniciaremos os estudos dos países desenvolvidos: América Anglo-Saxônica, continente europeu, Japão e Oceania AMÉRICA DESENVOLVIDA OU AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA

Considerando a formação histórica e cultural da América, o continente americano divide-se

em duas grandes regiões: a América Latina e a América Anglo-Saxônica.

A denominação América Latina deve-se ao fato de que os países dessa região foram

colonizados por três povos latinos: espanhóis e portugueses – predominantemente – e franceses.

Por outro lado, o Canadá e os Estados Unidos foram colonizados, predominantemente, por

ingleses, que são povos de origem anglo-saxônica. Esses dois países compõem, portanto, a

América Anglo-saxônica. Tanto os Estados Unidos quanto o Canadá estão entre as nações do

mundo mais desenvolvidas socioeconomicamente. Além disso, os Estados Unidos são a maior

potência militar do planeta.

Com tudo isso, será que podemos dizer que os Estados Unidos são a nação mais rica e

bem sucedida do mundo?

A dimensão territorial da América desenvolvida favorece a existência de um quadro natural

bem diversificado. Apresenta vegetações como a (tundra com clima frio e floresta temperada),

(estepe e pradaria com clima semiárido), (vegetação desértica com clima desértico), (savana com

clima subtropical), (vegetação de altas montanhas com clima frio) e ausência de vegetação com

clima polar. Os principais fatores naturais que influenciam as características climáticas da América

são: latitude, correntes marítimas, efeitos da continentalidade

Relevo: apresenta grande variação entre as duas costas da América do Norte. Na costa do oceano

Pacífico, a oeste, está as Montanhas Rochosas (formações recentes e elevadas). Segue-se uma

grande planície central e, na costa do oceano Atlântico, a sudeste, estão formações antigas e

desgastadas.

Hidrografia: Foz do Rio Mississippi, em Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos.

A América Anglo-Saxônica possui uma enorme região lacustre no nordeste, na fronteira dos

Estados Unidos com o Canadá − a chamada região dos Grandes Lagos. Como verdadeiros lagos

interiores, os lagos Superior, Michigan, Erie e Ontário, em meio a muitos outros menores, ocupam

uma área tão vasta quanto à do estado brasileiro de São Paulo. Ligam ao oceano Atlântico pelo rio

São Lourenço.

No que se refere à extensão, merecem destaque na América Anglo-Saxônica, além do rio

São Lourenço, o Mississipi, o Missouri, o Mackenzie, o Hudson (que passa pela cidade de Nova

Iorque), o Colúmbia, o Colorado, o Grande (já nos limites dos Estados Unidos com o México) entre

outros. Cerca de um terço do território dos Estados Unidos é drenado pela bacia dos rios

Mississipi-Missouri que, situada a oeste dos Apalaches e a leste das Rochosas, ocupa o centro do

país de norte a sul.

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GEOGRAFIA DOS ESTADOS UNIDOS Cultura

É inegável a influência cultural que os Estados Unidos exercem. Seus filmes, músicas e

programas televisivos são conhecidos por todo o mundo. Essa difusão da cultura americana se dá

através de veículos de comunicação em massa, como canais, seriados, músicas e principalmente o

cinema, que transmitem um modelo ou padrão a ser seguido, transmitindo ao mundo o “american

way of life” (estilo americano de viver).

Economia

Os Estados Unidos é a maior potência mundial, isso não há como contestar. A maioria dos

países sonha em se igualar a ele no futuro. Um dos países mais visitados, com alta taxa de

empregabilidade, referência mundial em muitos assuntos, os Estados Unidos são vistos como o

país perfeito e molde para os países subdesenvolvidos.

Em constante mudança e ritmo acelerado, a economia dos Estados Unidos é tida como a

maior do mundo. Com a expansão em vários setores, ela só tende a crescer. Embora a crise

iniciada em 2008, faça com que o país enfrente problemas de ordem financeira como a iniciada no

período anteriormente citado decorrente do excesso e abuso na concessão de hipotecas, a

desvalorização do dólar, junto com outros fatores, e União Europeia ter ultrapassado o PIB dos

EUA, em 2009, não foi suficiente para desestabilizá-lo e nem tirá-lo do primeiro lugar

Seus principais parceiros comerciais são Canadá, México, Japão, China e Taiwan

Industrialização

Os principais produtos fabricados nos Estados Unidos são computadores e softwares,

produtos eletrônicos, equipamentos de transporte (aviões, veículos motorizados, trens e navios),

produtos químicos (fertilizantes, remédios), alimentos, maquinário industrial, produtos de metal,

produtos de plástico, siderurgia, material impresso, petróleo e derivados e móveis. Detroit é a

capital da indústria automobilística dos Estados Unidos;

A região central dos Estados Unidos é uma grande produtora de ferro e aço, veículos

motorizados e maquinário industrial;

A indústria siderúrgica é a maior do mundo - sediada em Pittsburgh e em Cincinnati.

Vale do Silício (na Califórnia), desenvolvimento de computadores e softwares em geral.

Polo da indústria de alta tecnologia é Pittsburgh, robótica e de biotecnologia.

Atlanta, Dallas, Seattle e Wichita são grandes centros da indústria aeroespacial. A maioria das

fábricas da Boeing - a maior empresa fabricadora de aviões em geral do mundo - localizam-se em

Seattle.

Tecnopolos

São centros tecnológicos que reúnem diversos institutos, centros de pesquisa, empresas e

universidades.

Os tecnopolos têm o objetivo de facilitar a criação e o melhoramento de produtos e técnicas.

Estes produtos e técnicas serão, por sua vez, absorvidos pela indústria de alta tecnologia que se

instala nos mesmos lugares ou cidades

Os primeiros tecnopolos foram criados nos Estados Unidos. Tudo começou quando a Intel,

juntamente com a Universidade de Stanford, na Califórnia, e a Universidade da Califórnia, em Los

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Angeles, criaram um polo de desenvolvimento tecnológico na área de computação e informática.

Esse polo ficou conhecido como Vale do Silício, ou Silicon Valley.

Agricultura

A agricultura norte-americana é essencialmente comercial, voltada tanto para o mercado

interno como para o externo. O governo destina elevadas somas de dinheiro para a agricultura e

pesquisa, utilizam técnicas modernas, abundante mecanização, sementes selecionadas,

fertilizantes.

Outra característica da agricultura, são os cinturões agrícolas, os Belts, que consiste uma

agricultura especializada de um ou mais produtos de acordo com o tipo de solo e clima. Mas as

novas técnicas de correção do solo e aclimatação de sementes estão aos poucos rompendo as

lavouras naturais.

Assim, na região dos Grandes Lagos e do nordeste dos EUA, predominam culturas

destinadas a abastecer a grande população urbana, como as de verduras e legumes. Na mesma

região com a mesma finalidade criam-se aves e gado leiteiro. As regiões áridas são aproveitadas

para a pecuária extensiva, porém já existem muitas culturas irrigadas no oeste do território.

Hoje os Estados Unidos têm o primeiro lugar na produção de milho, soja, algodão e frutas

cítricas (laranja), têm o 2º lugar na produção de trigo, cevada, beterraba açucareira e na criação de

bovinos e suínos.

O PODER BÉLICO ESTADUNIDENSE E A ONU Como os Estados Unidos se tornaram essa grande potência militar? Tudo teve início com a

sua participação decisiva, ao lado da ex-União Soviética, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Tal participação fez desses dois países as potências hegemônicas do mundo, até 1991. Oponentes

políticos, eles passaram a buscar territórios para que pudessem exercer influência política e

econômica. Com o fim da União Soviética, em 1991, os Estados Unidos tornam-se a única

superpotência do mundo, detentora de enorme poderio militar. Sem um grande adversário, o país

passou a intervir em questões e conflitos locais ou mundiais, buscando soluções que, muitas

vezes, atendem somente a seus interesses particulares, exercendo forte pressão sobre instituições

internacionais, como é o caso da ONU.

DEFESA:

Efetivo total: 2,3 milhões de soldados (2008). Gastos: US$ 612,6 bilhões (4,06% do PIB - 2011) - 1º do mundo. Bases e instalações militares no exterior: 865 em 150 países (2008).

A ONU – Organização das Nações Unidas, instituição criada em 1945, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, tem como objetivos manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países. É constituída, hoje, por 193 países.

Compõe-se de diversos organismos, com destaque para: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, a OMS (Organização Mundial de Saúde), a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

PROBLEMAS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS

Um dos graves problemas da sociedade norte-americana é o Racismo que atinge os imigrantes e,

principalmente, os negros. Apesar de a discriminação racial contra os negros ser considerada crime

nos Estados Unidos desde 1964, a segregação ainda persiste. Além disso, mesmo sendo uma

potência mundial, a pobreza se manifesta nesse país, principalmente entre os hispânicos e negros,

muitos até vivem abaixo da linha de pobreza. Outro problema é a questão da imigração ilegal

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apesar dos esforços para coibir a imigração. Atualmente dois terços dos imigrantes estão

legalmente no país, seja como cidadãos naturalizados ou como residentes permanentes

regularizados por lei (portadores do chamado green card). Essa mudança demográfica,

impulsionada pela imigração, tem grandes implicações nos gastos governamentais em setores

importantes como educação, assistência à saúde, infraestrutura e previdência social. Outro fator

relevante diz respeito ao meio ambiente. Os combustíveis consumidos por automóveis e

caminhões são responsáveis pela emissão de 67% do monóxido de carbono - CO, 41% dos óxidos

de nitrogênio - NOx, 51% dos gases orgânicos reativos, 23% dos materiais particulados e 5% do

dióxido de enxofre - SO2. Além disso, o setor de transportes também é responsável por quase 30%

das emissões de dióxido de carbono - CO2, um dos principais responsáveis pelo aquecimento

global. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4%

anualmente;

Blocos Econômicos

O Nafta, ou Acordo de Livre Comércio da América do Norte (em inglês, North American Free

Trade Agreement), Esse bloco econômico surgiu da necessidade de os Estados Unidos

enfrentarem a concorrência econômica da União Europeia.

A Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico foi criada em 1989 com o objetivo de

estabelecer uma zona de livre-comércio entre todos os seus integrantes, até 2020. A Apec é

formada por países localizados na Ásia e/ou banhados pelo Oceano Pacífico, constituindo, assim,

um bloco muito heterogêneo e que conta com a presença de dois dos maiores centros de poder –

Japão e Estados Unidos – e da China, cuja economia é a que mais cresce no mundo atual. O

volume de comércio realizado pelos países-membros desse bloco representa quase 50% do total

mundial.

ESPAÇO CANADENSE

Dono de uma vasta extensão territorial, o Canadá possui uma população de pouco mais de

33 milhões de habitantes, uma densidade demográfica de cerca de 3hab/km2. Sua população está

muito mal distribuída pelo território do país, estando 90% de seus habitantes concentrados junto à

fronteira com os Estados Unidos, de sua costa leste a sua costa oeste. O centro-norte do país é

bastante vazio, devido ao clima muito rigoroso, ao isolamento geográfico e à presença de extensas

florestas de coníferas, que se constituem em uma das principais riquezas nacionais. O Canadá é

um país desenvolvido, com IDH elevado, classificando-se entre os países de melhor qualidade de

vida do mundo. O Canadá possui duas línguas oficiais: o inglês, língua de 57,2% dos canadenses,

e o francês, língua de 21,8% da população. Entretanto, 19,7% dos canadenses têm outra língua

além do inglês ou do francês, como, por exemplo, italiano, chinês, alemão, português, polonês,

espanhol, árabe, holandês, ucraniano, holandês, grego.

A cultura indígena é a única verdadeira cultura nativa do Canadá, já que todos os outros

canadenses são originariamente imigrantes. Eles começaram a chegar ao Canadá no século XVII,

trazendo consigo seus modos de vestir, hábitos alimentares e costumes. No início do século XX, o

Canadá abriu suas portas para a imigração de toda a parte do mundo. Em 1988, o Governo

sancionou o Ato do Multiculturalismo, que reconhece oficialmente a natureza multicultural da

sociedade canadense.

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Com colonização inglesa e francesa, o país é, oficialmente, bilíngue: tem o inglês e o francês

como línguas oficiais. O movimento separatista na província de Quebec ameaça à integridade

territorial do Canadá. Os francos canadenses queixam-se de injustiças políticas, econômicas e

sociais praticadas pela maioria de origem inglesa que domina o país. Outro problema do país

decorre do fato de a economia canadense estar intimamente ligada à norte-americana. Apesar

desses impasses no território canadense é um país que tem uma ótima qualidade de vida.

ECONOMIA CANADENSE

A riqueza mineral do solo canadense é a principal responsável pelo desenvolvimento

econômico do país, que possui jazidas de ferro, petróleo, gás natural, urânio, ouro, prata, níquel,

cobre, molibdênio, zinco, amianto, entre outros. O Canadá está entre os maiores produtores

mundiais de zinco e níquel. Esses recursos naturais, além de serem exportados, proporcionaram

subsídios para o desenvolvimento industrial do país.

Com extensas áreas de floresta boreal (aproximadamente 48% do território), o Canadá é

grande produtor de papel, celulose e madeira, abrigando indústrias que atuam nesse segmento de

forma sustentável, sendo a maioria da produção destinada aos Estados Unidos. O governo local

incentiva programas de reflorestamento, garantindo, assim, matéria-prima para a continuidade das

atividades vinculadas à madeira. A agropecuária, por sua vez, é dotada de alto desenvolvimento

tecnológico e é altamente mecanizada. A produção de cereal, sobretudo de trigo, responde por

mais da metade das exportações desse segmento econômico.

O setor industrial é bastante diversificado e desenvolvido. Os principais polos localizam-se

nas cidades com maior contingente populacional: Toronto, Montreal, Vancouver, Ottawa, Edmonton

e Québec. Esses centros urbanos abrigam indústrias de papel, metalurgia, química, petroquímica,

mineradoras, telecomunicações, aeroespacial, informática, têxtil, alimentícia, entre outras.

RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE CANADÁ E ESTADO UNIDOS

Desde 1994, o país, juntamente com Estados Unidos e México, integra o Nafta (Acordo de

Livre Comércio da América do Norte). Esse bloco fortaleceu ainda mais as relações comerciais

entre canadenses e estadunidenses, visto que a economia do Canadá está totalmente vinculada à

dos Estados Unidos, que são os principais investidores e importadores de seus produtos –

aproximadamente 80% das exportações canadenses são destinadas aos EUA.

CONTINENTE EUROPEU A Europa é um continente que faz fronteira com a Ásia, a leste; é banhada pelo Oceano

Glacial Ártico, ao Norte; pelo Atlântico, a Oeste; e pelos mares Mediterrâneo e Negro ao Sul,

fazendo fronteira com o Oriente Médio através do Estreito de Bósforo (confira o mapa). Localiza-se

totalmente no Hemisfério Norte do planeta e, ao mesmo tempo, nos Hemisférios Ocidental e

Oriental. Por estar geograficamente “colada” com a Ásia, muitos se referem a esse bloco

continental como Eurásia.

Durante muitos anos (desde o século XVI), a Europa foi considerada como o principal centro

econômico e científico do mundo, perdendo esse posto durante o século XX. Na verdade, essa

liderança não pertencia ao continente europeu como um todo, mas sim a algumas potências

econômicas da região, com destaque para a Inglaterra e a França.

Apesar da relativa baixa desses países em face de economias como a dos Estados Unidos e

a da China, a Europa possui o maior e mais poderoso bloco econômico do mundo, a União

Europeia. Esse bloco diferencia-se dos demais por ser o único a garantir a livre circulação de bens,

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mercadorias e pessoas, além de ter uma moeda própria: o euro, adotada por quase todos os

países-membros.

Se observarmos atentamente o mapa acima, poderemos ver que a Europa mais parece uma

“colcha de retalhos”, pois ela possui um grande número de países em um pequeno espaço. No

total, são 50 países espremidos em cerca de 10.500.00 km², algo pouco maior que o território

brasileiro.

Isso se deve às constantes guerras e disputas políticas que ocorreram nessa região ao

longo da história, em que as inúmeras etnias existentes buscaram por suas independências e

construíram os seus respectivos Estados Nacionais. Apesar disso, ainda existem muitos povos cuja

nação não possui pátria, como o povo catalão, cujo território pertence à Espanha.

O relevo da Europa é predominantemente de planície e pouco acidentado. Mas em alguns

locais existem algumas cadeias de montanhas, como os Alpes. O clima é predominantemente

temperado continental e oceânico.

A Europa é considerada importante por ter sido a responsável pela colonização da maior

parte do mundo restante. Foi nesse continente que surgiu a maioria dos nossos costumes, uma vez

que, ao colonizar e invadir outros territórios, os europeus impuseram o seu tipo de civilização.

Apesar de ser considerada a cientificamente mais avançada (a ciência moderna também surgiu na

Europa), foi nesse continente que as maiores guerras da história da humanidade ocorreram.

União Europeia

A UE (União Europeia) é um bloco econômico, político e social de 28 países europeus que

participam de um projeto de integração política e econômica. Os países integrantes são: Alemanha,

Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia,

Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países

Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia.

Macedônia, Croácia e Turquia encontram-se em fase de negociação. Estes países são

politicamente democráticos, com um Estado de direito em vigor.

Para o funcionamento de suas funções, a União Europeia conta com instituições básicas

como o Parlamento, a Comissão, o Conselho e o Tribunal de Justiça. Todos estes órgãos possuem

representantes de todos os países membros.

Os países membros da União Europeia e os 19 países de maiores economias do mundo

fazem parte do G20. Os países da União Europeia também são representados nas reuniões anuais

do G-8 (Grupo dos Oito) observação: atualmente a Rússia está suspensa do bloco (2014).

Portanto, na atualidade denomina-se G7

Objetivos da União Europeia: - Promover a unidade política e econômica da Europa; -

Melhorar as condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus; - Melhorar as condições de

livre comércio entre os países membros; - Reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as

regiões; - Fomentar o desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento; -

Proporcionar um ambiente de paz, harmonia e equilíbrio na Europa.

CEI - ORIGEM E OBJETIVOS

A CEI (Comunidade dos Estados Independentes) é uma organização intergovernamental

composta por 11 das 15 ex-repúblicas que formavam a União Soviética. Estes países possuem

laços políticos, econômicos e militares

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A CEI não é um bloco econômico, pois não há acordos e políticas comerciais comuns entre

os países membros. Além de não haver integração econômica, não há também legislação

comercial comum, assim como redução ou isenção de tarifas alfandegárias entre os países

membros. Foi criada em 8 de dezembro de 1991, pelo acordo de Minsk. Foi instituída pelo Tratado

de Alma-Ata, em 21 de dezembro de 1991, no Cazaquistão. Os acordos de livre comércio que

ocorrem geralmente são bilaterais. A criação da CEI teve como um dos principais objetivos manter

os laços e relações de cooperação entre os novos países que se tornaram independentes da União

Soviética, porém com forte influência do país mais poderoso do bloco, a Rússia. A criação da CEI

foi importante para a descentralização do poder na região, além de colaborar para a consolidação

da democracia nas ex-repúblicas soviéticas.

REGIONALIZAÇÃO E ECONOMIA EUROPEIA

Europa Ocidental: entre os países da Europa ocidental destacam-se a Espanha, França e o

Reino Unido. Estes possuem uma população cerca de 196 milhões de habitantes, ou seja, trata-se

de uma região muito populosa e povoada.

Bélgica, Holanda e Luxemburgo compõem uma das regiões mais industrializadas do mundo,

junto com esses países destaca-se Benelux. Nessa região além da indústria destacam-se a

produção de energia, a extração de minerais, o cultivo de cereais e a atividade turística, com

destaque para Mônaco.

Europa Setentrional: a base econômica é a indústria, também se destacando o minério de

ferro, o grande potencial hidráulico para a produção de energia elétrica, e a grande produção de

madeira de papel e celulose.

Quanto à pecuária, o destaque é a criação de bovinos que não é muito desenvolvida na

região por causa do clima frio; e, quanto às produções agrícolas, destacam-se o cultivo de cereais,

batata e beterraba açucareira.

Europa Oriental: A Europa Oriental tem também sua economia baseada na indústria,

produção de energia e de minerais. Sendo que alguns países estão enfraquecidos por estarem

passando por uma fase de transição entre o socialismo e o capitalismo. Os destaques da indústria

oriental são a de Moscou e São Petersburgo.

Na agropecuária a maior parte de seu espaço é ocupada por cereais, principalmente o trigo.

Especificamente na pecuária destaca-se a criação de rebanhos bovinos, suínos e ovinos.

Europa Central: em relação à economia, essa região destaca-se na indústria de

equipamentos, com forte concentração siderúrgica e mecânica, mas com grande destaque para a

Alemanha, com indústrias siderúrgicas, maquinaria, química, automobilística e eletrotécnica, É

também, uma das áreas mais ricas em jazidas carboníferas. Europa Meridional: A Europa

Meridional também tem sua economia baseada na indústria, destacando-se a Itália, que tem

grande potencial no setor petroquímico e siderúrgico com grande influência de outros países como

o EUA.

Na agricultura da Europa Meridional destaca-se o cultivo de cereais, trigo milho e beterraba

açucareira. Nessa região a pecuária não é muito desenvolvida principalmente por causa do clima.

XENOFOBIA NA EUROPA

Casos xenofóbicos têm tido repercussão internacional. As mortes por motivo de xenofobia

têm se tornado pauta de agências nacionais e supranacionais, as quais buscam reprimir esse tipo

de intolerância social. Mas por que a xenofobia tem aumentado? Por que na Europa?

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Xenofobia é entendida como aversão ao imigrante, ira se tornar cada vez mais patente nos

países desenvolvidos. Isso devido, basicamente, às diferenças socioculturais existentes entre

pessoas de países diferentes e, principalmente, à relação tensa entre os trabalhadores dos países

ricos e os estrangeiros, vindos de países mais pobres, que disputam os mesmos postos de

trabalho, além disso, há o medo da perda de identidade. Uma das razões que torna mais latente

esse sentimento xenofóbico é a questão da baixa ou quase nula taxa de natalidade. Atualmente a

população que mais cresce na Europa é a terceira idade, em decorrência do aumento da

longevidade. Portanto não há uma reposição da população, consequentemente falta mão-de-obra.

A partir de então, os governos desses países ricos passaram a criar medidas legais e até

mesmo barreiras físicas (muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, muro na cidade de

Celta, Espanha), de modo a dificultar cada vez mais a entrada de imigrantes.

JAPÃO

O Japão está situado no extremo oriente do planeta. Encontra-se no continente asiático,

mais precisamente no leste, sendo um arquipélago, e é uma das principais potências econômicas

do mundo.

Quanto ao clima, predomina o temperado continental (Norte) e subtropical (Sul). O Japão se

encontra na zona temperada e no extremo nordeste da região atingida pelo clima de monções.

Sofre grande maritimidade, devido a sua posição geográfica, com grandes massas de ar

carregadas de umidade, explicando a elevada pluviosidade (1.000 mm anuais). As chuvas

abundantes e o clima temperado produzem vegetação rica que favorece a agricultura. Suas quatro

estações são bem definidas, com dois períodos chuvosos antes e depois do verão.

No inverno, o Japão sofre influência das mais frias massas de ar do mundo: a massa de ar

da Sibéria. Em Asahikawa e Hokkaido, por exemplo, a temperatura já atingiu até 41 graus abaixo

de zero e a média de temperatura no mês de janeiro é de 8,5 graus negativos. Já no verão é regido

pela massa de ar mais quente do mundo: a massa de ar do Pacífico norte – a temperatura mais

alta já registrada no Japão foi de 40,8 graus na cidade de Yamagata. O clima do Japão, no verão,

ao mesmo tempo em que é muito úmido, sofre períodos contínuos de sol relativamente sem

chuvaNorte (Hokkaido) - clima temperado frio, com longos meses de Inverno, influenciado pela

corrente fria Oya Shivo;

Vegetação: A vegetação caracteriza-se pelo predomínio de florestas, que cobrem a maior

parte dos conjuntos montanhosos do país, tornando-o uma das nações mais arborizadas do

mundo. Diversos tipos de vegetação crescem quase espontaneamente nas várias regiões do país,

devido ao fato de seu território incluir regiões pertencentes às zonas subtropicais, temperada e fria,

e possuir água em abundância.

A Hidrografia: é caracterizada por com cursos fluviais de pequeno porte, devido à pequena

extensão das ilhas. No entanto, são intensamente aproveitados, destacando-se a irrigação e a

produção de energia elétrica.

O relevo: caracteriza-se pela sua irregularidade, com predomínio de montanhas, que se

orientam, de norte a sul, na área central das diferentes ilhas. Existem numerosos vulcões (54 em

atividade) em decorrência desse país estar localizado numa das zonas geologicamente mais ativas

da Terra, o que está, também, na origem de numerosos sismos e maremotos (tsunamis) que

ocorrem no país.

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Como grande potência econômica, possui a terceira maior economia do mundo em PIB

nominal (considera os valores do ano que o produto foi produzido e comercializado). É a quarta

maior em poder de compra e o quarto maior exportador importador do mundo, além de ser o único

país asiático membro do G8. O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada

para autodefesa e para funções de manutenção da paz. O Japão possui um padrão de vida muito

alto (10º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da

ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil. O país também faz parte do G20,

grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

ANTÁRTICA

A descoberta deste continente foi a última grande aventura da exploração do globo terrestre.

O norueguês Roald Amundsen e o inglês Robert Falcon Scott foram os primeiros a alcançar o Polo

Sul. Na atualidade 26 países possuem bases de pesquisas cientificas na Antártica.

A Antártica com 14 milhões de km2 é formada por uma grande calota de gelo com

espessura de até 4 km, com um volume estimado em 30% das reservas de água doce do planeta.

As temperaturas são sempre baixas, com os ventos violentos e tempestades de neve o ano todo. A

menor temperatura registrada no planeta foi na base russa de Vostok (-89 GRAUS CELSIUS). O

ponto mais elevado do continente é o Monte Vinson com 5.140m de altitude.

O continente é o principal regulador térmico do Planeta, controla as circulações atmosféricas

e oceânicas, influenciando o clima e as condições de vida na Terra.

O Tratado da Antártida - que regulamenta o uso do continente Antártico - foi firmado em 1º

de dezembro de 1959 e envolveu países interessados em explorar ou pesquisar a região e proíbe

até 2047 a exploração econômica de seus recursos minerais (petróleo, ferro, carvão, cobre e

manganês). Também regulamenta e controla as atividades humanas o local: turismo e pesquisa

As atividades humanas mais significativas no continente Antártico referem-se à pesquisa

científica e a pesca de um tipo de crustáceo conhecido como krill semelhante ao camarão.

OCEANIA

A Oceania é um continente localizado ao sudeste da Ásia, banhado pelos oceanos Índico e

Pacífico. É o menor dentre os continentes, o mais isolado e, por isso, o último a ser descoberto e

conquistado pelos europeus, sendo por isso chamado de “novíssimo mundo”.

A maior parte de suas terras, cerca de 94%, é território da Austrália, sendo a única porção

de terras de dimensões continentais desse local. Os outros 6% estão divididos em milhares e

milhares de ilhas. No total, são 14 países e 38 milhões de habitantes, distribuídos em uma área de

8.480.000 km².

- Austrália, além de ser o maior país em dimensões territoriais, é também o mais desenvolvido

econômico e socialmente, possuindo o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano do

planeta. Sidney, a capital do país, é a maior, mais populosa e mais desenvolvido cidade do

continente.

A porção de ilhas que compõem a Oceania é regionalizada em Melanésia, Micronésia e

Polinésia. Em tradução literal, esses nomes significam, respectivamente, “ilhas habitadas por

negros”, “pequenas ilhas” e “muitas ilhas”. Observe o mapa abaixo para conferir essa divisão:

O continente é considerado de formação geológica recente, de forma que grande parte do

seu relevo é de origem vulcânica e sofreu em menor escala as ações dos agentes externos de

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transformação do solo e das rochas. Por se encontrar no limite entre duas placas tectônicas,

inúmeras regiões apresentam registros de terremotos.

Por se tratar de um conjunto de ilhas, a maioria dos animais da Oceania é endêmica, ou

seja, só existem nesse lugar do mundo, sendo, por isso, ameaçados constantemente de extinção.

Dentre eles, podemos destacar o Canguru e o Demônio da Tasmânia.

A maioria das ilhas e locais que fazem parte desse continente é de grande beleza, com

paisagens verdadeiramente exuberantes. Não por acaso, a principal atividade econômica da

maioria desses países é o turismo. Outras atividades importantes são a pesca e a agricultura.

A Nova Zelândia, segunda nação mais rica do continente, possui elevado nível de

industrialização (alimentício, transformadoras, metalúrgica, siderúrgica, petroquímica, etc.).

Também abriga grandes reservas de petróleo, carvão e gás natural. Outro destaque da economia

nacional são os rebanhos de ovinos, caprinos, bovinos e suínos, impulsionando a produção de lã,

carne e laticínios.

A Austrália baseia-se no setor primário e mesmo a indústria é muito vinculada à manufatura de alimentos, principalmente gado. Além disso, a Austrália é importante fornecedora de alimentos para o Japão, com o qual realiza grande troca comercial. Mas há ainda indústrias de alta tecnologia, na área química, na siderúrgica e na petroquímica. O setor de serviços também é muito grande, principalmente sob a forma do turismo.

ATIVIDADES:

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM. GEOGRAFIA FUNDAMENTAL

1) Atividades:

1-Qual a importância da água para a humanidade?

2- Como a água está distribuída no nosso planeta em valores percentuais?

3-Além das dicas acima para evitarmos o desperdício de água, existem outras formas de

economizarmos água? Cite

4- Avalie como a água está sendo consumida na sua casa, dê sugestões a familiares e amigos.

5- Qual o Aquífero é totalmente brasileiro e onde está localizado?

6- Qual a diferença entre clima e tempo?

7- Cite os principais fatores climáticos?

8- Por que o clima da região Sul do Brasil é diferente da região Centro-Oeste? - Leia as frases abaixo e escreva nos espaços a que está se referindo ao tempo e a que se refere ao clima.

Frase 1: Hoje choveu muito. ____________________________

Frase 2: Faz muito frio nessa região durante essa época do ano. ___________________

Frase 3: Puxa! Quanta neve por aqui! ____________________

Frase 4: Essa região parece um deserto, quase nunca chove! ______________________

f) Quais são os elementos climáticos e porque eles são diferentes dos fatores climáticos? g) O que são Zonas Térmicas e como estão divididas? 2) Atividades:

a) Quais são os principais tipos climáticos no mundo? Cite e relacione o tipo de vegetação

correspondente a cada um.

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b) Defina e dê exemplos.

●Ecossistema.

●Bioma

●Componentes bióticos e abióticos.

3) Atividades:

a) Cite as economias que predominaram no início da ocupação do atual território brasileiro, entre os séculos XVI ao XVIII. b) Após ler sobre a formação do território brasileiro qual a sua conclusão sobre as marcas deixadas pelos colonizadores do atual território brasileiro? 4) Atividades: a) Quais são os limites do território brasileiro? b) Cite os pontos extremos. c) quantos fusos horários o Brasil tem? d) Em quais os hemisférios que está localizado o Brasil? e) Se na sua cidade for 12: horas, que horas será no Acre? 5) Atividades: a) Como o Brasil está organizado politicamente? d) Quais são os principais climas brasileiros? Cite e escolha dois para descrevê-los. 6) Atividades:

a) O que são BIOMAS?

b) Quais são os Biomas brasileiros? Cite e dê suas localizações.

c) Como é constituída a estruturas geológica brasileira?

d) E quais são as principais formas de relevo? Cite e dê a localização de cada um.

e) O que é uma bacia hidrográfica e quais são as principais bacias do Brasil?

7) Atividades:

a) Qual a importância dos recursos minerais? Explique de no mínimo dois exemplos

b) Quais são os principais recursos minerais brasileiros e onde estão localizados?

c) Qual a segunda maior empresa do mundo de extração mineral que se encontra no território

brasileiro?

d) E uma empresa do Estado ou privada? Como você avalia essa empresa para a economia do

país e para a sociedade brasileira?

8) Atividades:

a) De acordo com modulo, como você explicaria o fato do Brasil o declínio da população brasileira

e o aumento da expectativa de vida?

b) segundo o modulo, quais são os fatores que contribuem para o declínio do crescimento

demográfico?

9) Atividades:

a) Qual o significado das seguintes taxas: de natalidade, mortalidade, mortalidade infantil,

expectativa de vida, crescimento vegetativo e fecundidade.

b) onde concentra a maior parcela da população brasileira?

c) O que são migrações?

d) Por que ocorrem os movimentos migratórios no Brasil?

e) O que significa emigração e imigração?

f) quais são os tipos de migrações que podem ocorrer?

g) Leia as reportagens na página 9, após dê sua opinião sobre o que leu.

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10) atividade: a) Quais são os setores econômicos? Dê um exemplo de cada. 6) Atividades: Quanto ao espaço rural e urbano responda:

a) Existe diferença na paisagem e forma de produzir entre esses dois espaços? Explique

b) Como pode ser explicada a relação entre espaço urbano e rural?

c) Dê o conceito de agroindústrias

d) Quanto corresponde o agronegócio para o PIB brasileiro?

e) Como as indústrias estão classificadas?

Exercícios correspondentes as Regiões do Brasil.

a) Caracterize a região Sudeste e Sul quanto a sua localização, aspectos econômicos e naturais.

b) Quais são as duas metrópoles globais do Brasil e por que são assim denominadas?

2) Atividade a) Citar os estados e capitais da Região Centro-Oeste.

b) Caracterize os aspectos naturais dessa região.

c) Descreva sobre a mineração e a indústria nessa região.

d) Quais são os problemas ambientais?

f) Quais os estados fazem parte do Aqüífero Guarani?

g) Sobre o Distrito federal responda:

Qual a sua localização?

Brasília é um estado? Explique.

Qual a capital do Brasil?

Qual o objetivo da construção de Brasília? Esse objetivo foi alcançado?

Quem foi responsável pelo projeto urbanístico de Brasília?

3) Atividades – Quanto a Região Norte responda:

a) Quais os estados fazem parte dessa região?

b) Qual o clima predominante?

c) Qual a base econômica dessa região?

d) Por que foi criada a Zona Franca de Manaus? Comente sobre suas principais características.

4) Atividades sobre a Região Nordeste

a) Estados que compõem essa região.

b) Como está subdividida essa região e qual a mais desenvolvida?

c) Caracterize o principal bioma nordestino.

e) Comente sobre os problemas socioeconômicos e ambientais nessa região.

5) Atividades:

a) As duas novas potencias que emergiram no pós guerra travaram um conflito que se estendeu de 1945 a

1990. Quais eram essas potencias? Como ficou denominada essa guerra? E qual a nova ordem mundial

ficou estabelecida?

b) O que essas novas potências defendiam?

c) Cite os principais fatos ocorridos durante esse conflito.

f) Explique o que significa OTAN, Pacto de Varsóvia e Corrida Espacial.

6) Atividades:

a) O que significa regionalizar? Explique e dê um exemplo.

b) Uma nova regionalização surge com o término da guerra travada entre Estados Unidos e a Ex-URSS.

Qual foi essa regionalização e que critérios foram utilizados para essa nova divisão do mundo?

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7) Atividade a) Dê as características dos países desenvolvidos, do subdesenvolvido: Dê exemplo de países para cada grupo. b) O que significa IDH? Qual o objetivo? E quais são os indicadores utilizados para calcular?

8) Atividades:

a) Descreva a localização do continente americano.

b) Considerando critérios naturais como fica a regionalização desse continente?

c) E considerando critérios socioeconômicos e históricos, como fica dividido?

d) Dê a localização da América Latina e justifique o porque do nome América Latina?

e) Quais são as principais formações vegetais e como a população está distribuída?

9) Atividades:

a) Determine a localização geográfica da América Central.

b) caracterize a economia da América Central.

d) Dos países que fazem parte dessa região, qual deles tem parceria comercial com o Brasil?

e) E quais são os produtos que o Brasil importa desse país e quais ele exporta.

10) Atividades – Sobre a América Andina responda: a) Localização e países que fazem parte.

c) Como a população está distribuída.

11) Trata-se do país que já foi considerado como a “Suíça Sul Americana” por várias razões, como na

educação, saúde e até mesmo na presença de bancos que não exigiam a origem do dinheiro lá depositado.

O texto acima está relacionado a qual país? a) ( ) Argentina. b) ( ) Colômbia.c) ( ) Paraguai.

d) ( ) Uruguai.

12) Atividades – Sobre a América Platina faça o que se pede:

a) localização e países que fazem parte.

b). Como é a relação comercial do Brasil e da Argentina com o Paraguai?

c) Como a argentina está dividida regionalmente e quais as características dessas regiões?

d) Como ocorre a relação entre Brasil e Argentina.

13) Atividades:

a) Por que as Guianas se diferenciam dos demais países da América Latina?

b) Qual a localização desses países?

d) A Guiana Francesa pode ser considerada um país? Por que?

14) Atividades: a) descreva a localização da Ásia.

b) Como se carcacteriza o relevo asiátco

c) Quais são as regiões asiáticas? Cite e aponte suas principais caracteristicas.

d) Como funciona o regime das Monções? E onde ocorre?

15) Atividades sobre o continente africano.

a) Quais são os paralelos que cortam esse continente?

b) caracterize a África Branca e a África Subsaariana ou África Negra. Obs. Não esqueça de citar os países

que formam cada uma dessas regiões.

c) Quais são os principais conflitos na África? E quais são as causas.

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REFERÊNCIA

● Projeto Araribá: Ensino Fundamental/obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; Editora executiva Sônia Cunha de S. Danelli. – 5. ed. – São Paulo: Moderna, 2013. ● Projeto Radix. Geografia - 7º ano/Valquíria Pires, Beluce Belluci. São Paulo: Scipione, 2014. (Coleção) ● Grittem, Silvana: Educação de Jovens e Adultos, Alcance EJA: anos finais do Ensino Fundamental. Curitiba: Positivo, 2013. ● Almanaque Abril, São Paulo: 2013 SIMIELLI. Atlas Geográfico Escolar. Ática, 2007. www.embaixada-americana.org.br <último acesso, julho de 2014> http://www.marciofelix2011.xpg.com.br/geografia/globalizacao/menuglobalizacao.html<último acesso, julho de 2014> ●http://www.portalbrasil.net/americas_estadosunidos.htm <último acesso, julho de 2014> ●http://economia.terra.com.br/conheca-os-destaques-da-economia-das-cinco-regioes-do-pais,8478885ca376b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html <último acesso, julho de 2014> ● http://www.escolakids.com <último acesso, julho de 2014> ● Almanaque Abril, São Paulo: 2013 SIMIELLI. Atlas Geográfico Escolar. Ática, 2007. www.embaixada-americana.org.br <último acesso, julho de 2014> http://www.marciofelix2011.xpg.com.br/geografia/globalizacao/menuglobalizacao.html<último acesso, julho de 2014> ●http://www.portalbrasil.net/americas_estadosunidos.htm <último acesso, julho de 2014> ●http://economia.terra.com.br/conheca-os-destaques-da-economia-das-cinco-regioes-do-pais,8478885ca376b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html <último acesso, julho de 2014> ● http://www.escolakids.com <último acesso, julho de 2014> ● Projeto Araribá: Ensino Fundamental/obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; Editora executiva Sônia Cunha de S. Danelli. – 5. ed. – São Paulo: Moderna, 2013. ● Projeto Radix. Geografia - 7º ano/Valquíria Pires, Beluce Belluci. São Paulo: Scipione, 2014. (Coleção) ● Coelho, Marcos A. e Terra, Lygia. Geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. Moderna, 2001. p.88. ● Grittem, Silvana: Educação de Jovens e Adultos, Alcance EJA: anos finais do Ensino Fundamental. Curitiba: Positivo, 2013. ● Almanaque Abril, São Paulo: 2013 SIMIELLI. Atlas Geográfico Escolar. Ática, 2007. Projeto Radix. Geografia - 7º ano/Valquíria Pires, BeluceBelluci. São Paulo: Scipione, 2014.

(Coleção)

● Coelho, Marcos A. e Terra, Lygia. Geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. Moderna,

2001. p.88.