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Módulo 11 CEESVO A DINÂMICA DA NATUREZA 1

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Módulo 11 CEESVO A DINÂMICA DA NATUREZA

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Módulo 11 CEESVO A DINÂMICA DA NATUREZA

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Índice

☺ A dinâmica da natureza.

☺ Os elementos das paisagens naturais.

☺ Clima, relevo, solo, hidrografia, a fauna e a flora.

☺ Os grandes domínios naturais do planeta

☺ Regiões tropicais;

☺ Regiões equatoriais.

☺ As regiões temperadas

☺ As zonas polares

☺ Os desertos

☺ As altas montanhas.

OBJETIVOS

• Compreender a dinâmica da natureza; • Entender os conceitos ligados ao meio ambiente ( solo, clima, relevo, hidrografia) • Localizar os principais domínios naturais do planeta. • Ter um noção dos aspectos naturais de cada região no mundo. • Região tropical, polar, temperada, desérticas e altas montanhas

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A DINÂMICA DA NATUREZA

O habitat do homem é a superfície terrestre. Por habitat devemos entender o

local de moradia, as áreas próprias à sobrevivência, à fixação de uma espécie. O homem é um ser vivo que não possui um área específica, um tipo de clima ou de relevo que determine sua fixação. Ele pode viver praticamente em qualquer parte da superfície da Terra. A superfície terrestre é uma fina camada de nosso planeta com menos de 20 km de espessura, é composta de elementos sólidos litosfera, líquidos hidrosfera e gasosos atmosfera . Reunidos nessas três esferas, os seres vivos formam a biosfera ou esfera da vida. Nela , o conjunto das espécies relacionadas com os aspectos físicos do ambiente ( clima, relevo, solo e seres vivos ), compõem os ecossistemas Os elementos e fenômenos presentes na superfície terrestre estão em permanente interação . A ação humana modifica o meio natural com tamanha intensidade que hoje praticamente não existe natureza “original” pois o homem se apropriou dela para construir seu ambiente de vida. Uma das maneiras de iniciar o estudo do espaço é percebendo as diferenças do espaço natural e geográfico. Observamos então que alguns dos elementos formadores do meio ambiente, como a vegetação, os rios , os solos, etc. , são produzidos diretamente pela natureza. Outros são resultados da atividade humana - os edifícios, as ruas, a agricultura, as pontes e barragens etc.

OS ELEMENTOS DA PAISAGEM NATURAL O meio ou paisagem natural de uma área consiste nos elementos da natureza

que interagem naquele lugar, são interdependente e interessam aos seres humanos, porque ocupar esse espaço significa se relacionar com eles ( clima , estrutura geológica e relevo, solo, hidrografia, vegetação e fauna originais).

O CLIMA é o nome que se dá às condições atmosféricas que costumam ocorrer

num determinado lugar. A diferença é que o tempo de uma área é algo momentâneo, que varia

constantemente, ao passo que o clima e a sucessão habitual dos tipos de tempo de um determinado local da superfície terrestre. Quando alguém diz que o tempo está “bom”, “chuvoso” ou “nublado”, refere-se às características atmosféricas de determinado lugar em um momento específico. O tempo pode mudar em questão de horas, dias ou semanas. O conceito de clima, porém envolve uma escala temporal mais ampla.

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Por exemplo: dizemos que em Manaus está chovendo neste instante ou que no dia de ontem fez muito calor, estamos nos referindo ao tempo e não ao clima. Todavia quando afirmamos que Manaus é quente e úmida, estamos descrevendo de forma bem simplificada, o clima dessa cidade e não o tempo. O tempo, portanto, reflete um instante precioso um estado atmosférico , temperatura, pressão, umidade ,etc. que costuma variar de um momento para outro, já o clima é o que ocorre normalmente, considerando-se as variações do tempo atmosférico, durante o ano.

MASSA DE AR – O elemento mais importante para as variações atmosféricas

são as massas de ar. Massas de ar são volumes da atmosfera ( semelhantes a enormes “bolhas” ou “bolsões” ) que possuem propriedades em comum ( pressão temperatura, umidade ) em virtude da área onde se localizam . Assim existem massas de ar polares ( frias), equatoriais e tropicais (quentes ), que podem ser oceânicas ( mais úmidas) ou continentais ( mais secas ).

As massas de ar se movimentam constantemente. Com freqüência uma acaba

empurrando a outra e ocupando seu lugar . A dinâmica das massas de ar é responsável pela maior parte das alterações do tempo de uma lugar ( vinda do frio, as chuvas , etc. ) o encontro entre duas massas de ar recebe o nome de frente, ocorre uma frente fria, por exemplo quando a massa polar desloca, empurrando a tropical e ocupando-lhe o espaço.

O RELEVO Você sabia o que é relevo e quais as suas

formas ? Não? O relevo é o conjunto das diferenças de nível da

superfície terrestre. Os tipos mais comuns de relevo são as montanhas, as depressões, os planaltos,

as planícies, as colinas, os terraços, os vales, os vários tipo de litoral e outros. Podemos afirmar que o relevo se forma e se altera devido a fatores internos e

externos. Os fatores Internos ou geológicos ligados à estrutura geológica da área - são o

vulcanismo, os abalos sísmicos, terremotos e maremotos e o tectonismo.Os fatores externos são o intemperismo ou meteorização (ação da temperatura das águas e outros agentes sobre as rochas, provocando decomposições), a ação dos ventos, dos rios das enxurradas, das torrentes, das geleiras, dos oceanos e dos seres vivos.

A superfície terrestre não é totalmente plana. Nela encontramos regiões elevadas, rebaixadas e onduladas. A superfície da Terra é irregular e o conjunto dessas diferenças dar-se o nome de relevo.

Cada uma das formas do relevo apresenta características próprias, por isso

recebem nomes diferentes.

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Veja no mapa a seguir a nova classificação do relevo brasileiro.

Vamos conhecer as principais formas do relevo!!

Planalto é uma superfície mais ou menos

plana e elevada, onde predomina o processo de desgaste, ou seja, a erosão. As superfícies são desgastadas pelo vento, sol, chuva, etc.

Planície é uma região mais ou menos plana de origem sedimentar, onde predomina o processo de acúmulo de materiais. Esses materiais são sedimentos compostos por cascalho , areia, argila e outros. O cascalho é proveniente do desgaste e erosão das regiões mais elevadas. Existem as planícies costeiras ou litorâneas, junto ao litoral; e as planícies continentais, situadas no interior do continente.

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Montanha é uma grande elevação resultante do choque das placas tectônicas que se situam no interior da Terra. Em geral, a palavra montanha é utilizada para designar grandes elevações. Para pequenas elevações do terreno, usamos a expressão colina e para as médias elevações, a palavra morro. Quando encontramos um alinhamento de montanhas, denominamos o conjunto de cordilheira ou cadeia montanhosa.

Chapada é um planalto de rochas sedimentares que apresenta topo plano e encostas íngremes.

Cuesta é um planalto formado por uma sucessão alternada de camadas

rochosas (sedimentares e magmáticas), que possuem diferentes resistências ao desgaste (erosão). Por isso apresenta uma encosta íngreme de um lado e um declive suave do outro.

Tipos de Depressões

São regiões rebaixadas e podem ser do tipo: � absoluta: quando está abaixo do nível do mar; � relativa: quando está acima do nível do mar; � periférica: são áreas rebaixadas situadas entre um planalto cristalino de um lado e

um planalto sedimentar do outro.

A ESTRUTURA GEOLÓGICA E O RELEVO

O tipo de terreno de um lugar (sua origem e as

rochas que o compõem) constituem a estrutura geológica desse lugar . Sua importância para o meio ambiente do homem decorre das riquezas minerais a ela associadas e

de seu papel para a formação do relevo. O relevo consiste na forma de um terreno, no seu modelado parte elevadas e baixas, vales e montanhas , planícies etc.

Você sabia que ...

A cidade de Sorocaba esta localizada numa depressão periférica

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O relevo e uma região que depende basicamente do clima, temperatura, chuvas etc., que lentamente vão mudando o relevo e do tipo de rocha, isto é da estrutura geológica desse lugar.

Existem três tipos principais de estrutura geológica :

1º ÁREAS DE DOBRAMENTOS MODERMOS OU TERCIÁRIOS- São regiões que sofreram grandes dobaremos com elevações do terreno, em conseqüência de pressões vindas do interior do planeta . Constituem as cadeias montanhosas jovens. Como as Rochosas , os Alpes (foto ao lado), os Andes, o Himalaia, etc.

2ºESCUDOS CRISTALINOS ( MACIÇOS

ANTIGOS)_ São compostos por rochas ígneas ou magmáticas e metamórficas , de idades geológicas bem antigas. Esse tipo de terreno geológico costuma dar origem a relevos planálticos e pode apresentar ferro, manganês, ouro, alumínio e outras riquezas minerais.

3º BACIAS OU TERRENOS SEDIMENTARES – Mais recentes que os escudos cristalinos. Esses terrenos são constituídos por rochas sedimentares, originando as planícies e os planaltos sedimentares. As riquezas minerais que aparecem nessas bacias são o petróleo e o carvão.

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O SOLO O solo é a camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana. O solo é um complexo vivo, formado pela decomposição das rochas por processos físicos, químicos e biológicos onde existem água, ar, matéria orgânica (vegetais e microorganismo) e minerais. Na realidade solo é a camada superficial dos continentes e das ilhas, na qual as rochas originais foram decompostas – atinge espessuras pequenas : normalmente algumas dezenas de centímetros. Os solos aparecem divididos em horizontes de camadas, que aparecem num perfil. Podemos observar nos barrancos da beira da estrada, por exemplo o solo dividido em vários perfis. O horizonte A, mais superficial, é rico em matéria orgânica (por isso mais escuro); o horizonte B apresenta pouca matéria orgânica; e o horizonte C que é essencialmente mineral representa o primeiro estágio da decomposição da rocha; abaixo dele aparece a rocha matriz ( inalterada).

São comuns as expressões “ solos férteis”, “solos ruins”, “bons solos”, etc. Essa adjetivação liga-se a importância dos solos para o homem: bons ou férteis são aqueles que permitem boas colheitas agrícolas; péssimos são os que limitam ou tornam inviável e estabelecimento da agricultura no local. Por exemplo alguns solos são famosos por sua fertilidade; • Solo negro ( tchernoziom) • Solo de terra roxa ; • Solo de massapé;

Existem outros tipos de solos que são famosos por motivos contrário: é o caso dos

desertos em que há falta de água; solos tropicais, que formam crostas ferruginosa devido a intenso processo de lixiviação ( lavagem do solo pela chuva, que levou elementos como o potássio, cálcio e outros, deixando o ferro que endurece o solo). Embora existam de fato solos melhores e piores para a agricultura, isso deve ser visto de maneira relativa. Assim, algumas áreas outrora consideradas inférteis acabam por se tornar produtivas através de técnicas racionais de cultivo. Como exemplo, podemos lembrar o deserto de NEGUEV, em Israel, recuperado para a agricultura através da irrigação e de modernas técnicas agrícolas.

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Da mesma forma, solos com certas deficiências, como pobreza em potássio ou excesso de acidez, podem ser corrigidos com o uso adequado de adubos e fertilizantes. Como exemplo disso, temos a colagem ( adição de calcário ) no solo brasileiro do cerrado (Goiás, Mato Grosso do Sul etc.), que até os anos 60 eram considerados inférteis pelo excesso de acidez e hoje produzem grandes quantidades de soja e até de trigo. Todavia, o contrário pode ocorrer: bons solos podem empobrecer e apresentar menos rendimento agrícola quando forem empregadas técnicas de cultivo inadequados. Por exemplo, a agricultura tradicional e itnerante em que o agricultor queima a mata e planta de forma extensiva e sem emprego de técnicas para evitar o desgaste (como a rotação de culturas ou estabelecimentos de curvas de nível, de terraceamento em áreas acidentadas), acaba empobrecendo solos que no passado foram férteis.

A HIDROGRAFIA

A hidrografia pode ser subterrânea ( lençóis de água do subsolo), de superfície ( rios e lagos ) ou marítima ( oceanos e mares). Trata-se de um elemento essencial às coletividades humanas , pois da hidrografia depende o suprimento de boa parte das necessidades individuais e sociais: de abastecimento de água para as populações , navegações, produção de energia elétrica, escoamento de resíduos, irrigação de certos solos e mesmo fornecimento de alimentos ( peixes ) ou oportunidade de lazer. De acordo com o relevo, costuma-se reconhecer dois tipos de rios: de planície, que correm mansamente e não apresentam grandes cachoeiras, sendo portanto bons para a navegação; e de planalto que correm em áreas acidentadas, apresentando cachoeiras e corredeiras; por isso são poucos navegáveis e possuem maior potencial hidráulico que os primeiros. Tais condições podem ser alteradas, mesmo os rios de planalto podem tornar-se navegáveis com a construção de barragens e eclusas , com o alargamento de certos trechos e a drenagem de outros. Mesmo os rios de planície necessitam de drenagem em certos locais para serem perfeitamente navegáveis. E também eles podem ser aproveitados para a construção de

usinas hidrelétricas. Algumas vezes é possível desviar o curso do rio, levando-o para uma região acidentada, o que aumenta sua capacidade como fonte de energia.

Vamos conhecer um pouco da rede hidrográfica brasileira ?

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O Brasil possui uma das maiores e mais diversificadas redes hidrográficas do

mundo. A maior parte dos rios brasileiros é de planalto, o que permite ao país um grande

aproveitamento hidrelétrico. As bacias dos rios Amazonas e Paraguai ocupam áreas de planícies, mas as bacias do São Francisco e do Paraná ocupam áreas de planalto. Nessas duas últimas bacias encontramos importantes usinas hidrelétricas.

Apesar da grande quantidade de usinas hidrelétricas, o potencial hídrico

brasileiro não é explorado em sua totalidade, pois as hidrovias (transporte de cargas e passageiros pelos rios) ainda ocupam uma posição secundária no sistema de transportes do país.

Os rios brasileiros são alimentados pelas águas das chuvas, ou seja, possuem regime pluvial.

No Brasil, predomina o clima tropical, com chuvas concentradas no verão. Por

isso, na maior parte dos rios brasileiros ocorrem cheias nessa época do ano. A maioria dos rios brasileiros são perenes, ou seja, nunca secam. Mas, na região

semi-árida do Nordeste há rios que secam no período de longa estiagem (seca). Esses rios são chamados de temporários ou intermitentes.

O que você entende por bacia hidrográfica?

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Exemplo: a tundra, é um tipo

de vegetação nativa correspondente, ao clima frio polar, sendo que nessa paisagem existe toda uma fauna nativa: ursos polares, pingüins, focas, renas, etc.

Nas regiões tropicais de climas

quentes e semi-úmidos, existem uma fauna e flora característica. Por exemplo: as savanas da África ou cerrados do Brasil Central e uma fauna também específica leões, macacos, rinocerontes, hienas, zebras e outros animais na África, antas, capivaras e outros no Brasil.

Bacia hidrográfica ou fluvial é o conjunto de terras drenadas (banhadas) por um

rio principal e seus afluentes, ou ainda por rios que não pertencem a nenhum canal principal.

As bacias podem ser principais ou secundárias.

Bacia principal: quando um conjunto de terras é drenado por um rio principal, seus afluentes e subafluentes.

Bacia secundária: quando um conjunto de terras é drenado por rios que não pertencem a nenhum canal principal, ou seja, correm independentes.

Você sabia que. O Brasil possui sete bacias hidrográficas, sendo quatro

principais e três secundárias?

A flora e a fauna

Quando nos referimos a vegetação, ou a flora, ou mesmo à fauna de uma região, geralmente levamos em conta apenas as plantas e os animais nativos e não os que são criados ou plantados pelo homem. Neste último caso falamos em pecuária ( criação) ou em agricultura ( cultivo ). A vegetação natural de uma área em geral é intimamente ligada à vegetação e, portanto, também ao clima.

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Assim, via de regra cada tipo principal de clima possui uma vegetação nativa.

As paisagens com flora e faunas naturais já não existem mais, a não ser em algumas poucas regiões do globo em reservas florestais dentro de alguns países.

Os Grandes Domínios Naturais do Planeta.

Você sabe o que são os grandes domínios naturais?

São regiões da Terra onde os diferentes elementos do meio natural, como o clima, o relevo, o solo, a hidrografia e a vegetação interagem formando paisagens que apresentam uma certa homogeneidade (aspectos parecidos).

Essas regiões são: Regiões tropicais, Regiões temperadas, Regiões polares, Regiões desérticas e Altas montanhas.

Regiões Tropicais

As regiões tropicais localizam-se principalmente entre os Trópicos de Capricórnio e de Câncer (zona intertropical). Nessa zona também aparecem outros domínios naturais muito diferentes da região tropical: desertos, e altas montanhas.

O Clima nas Regiões Tropicais

O clima é muito importante na formação das grandes paisagens naturais. Ele condiciona (determina) o tipo de vegetação, as características hidrográficas, do relevo e do solo. Agora você verá os tipos de clima encontrados nas regiões tropicais e quais as suas características.

Nas regiões tropicais encontramos dois tipos de clima: Equatorial e Tropical.

Clima Equatorial

É o clima existente nas áreas próximas à linha do Equador, norte da América do Sul, parte central da África e sul da Ásia. O clima Equatorial apresenta as seguintes características: ♦ Temperaturas sempre elevadas (médias anuais de 26ºC a 28ºC) ♦ Chuvas abundantes durante o ano (acima de 2.000mm) ♦ As amplitudes térmicas diárias e anuais são baixas em torno de 6ºC

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Clima Tropical

É o clima existente nas regiões que se afastam do Equador em direção aos trópicos

de Câncer ( no hemisfério norte) e de Capricórnio (no hemisfério sul). O clima tropical apresenta as seguintes características: ♦ Temperaturas elevadas – a média anual fica acima de 20ºC, e a média do mês

mais frio não é inferior a 18ºC. ♦ As chuvas são abundantes – (Entre 1.000 e 2.000mm anuais). Uma estação seca

(inverno) alterna-se com uma estação chuvosa (verão). ♦ Nas áreas litorâneas, a pluviosidade (quantidade de chuvas) é maior e no interior

das continentes é menor. ♦ As frentes frias provocadas pelas massas polares são comuns em algumas áreas,

diminuindo a temperatura por breves períodos de tempo. ♦ As regiões tropicais são influenciadas por massas de ar equatoriais e tropicais:

massas quentes, que podem ser secas ou úmidas, dependendo da sua origem.

O Clima Brasileiro.

Veja agora quais são os elementos e fatores climáticos e como influenciam o tempo e o clima.

O clima de uma região é determinado por fatores climáticos e influenciado por

elementos climáticos. Os fatores climáticos são: latitude, altitude, correntes marítimas, continentalidade e vegetação. O resultado da combinação desses fatores é o clima.

Os elementos climáticos são: temperatura, chuva, umidade do ar, ventos e

pressão atmosférica. O resultado da combinação desses elementos é o tempo.

O tempo é algo momentâneo, que sofre variações constantes. O clima é algo duradouro e permanente. Quando dizemos que o Brasil é um país tropical, ou que uma cidade em geral, é quente e úmida, estamos nos referindo ao clima.

Quando dizemos que está chovendo, ou que hoje está frio ou quente, estamos

nos referindo ao tempo. Enfim, podemos dizer que o clima de uma cidade é tropical, mas o tempo pode estar quente ou frio.

A maior parte do Brasil está situada na zona tropical (92%), sendo que apenas o

sul do país está abaixo do trópico de capricórnio. Devido a essa posição geográfica, o Brasil apresenta, na maioria do seu território, climas quentes e úmidos. Assim podemos afirmar que as temperaturas elevadas e a grande umidade são as características climáticas mais marcantes do país.

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A temperatura é um dos elementos climáticos mais importantes e possui várias

características, tais como: • Temperaturas máximas são as temperaturas mais elevadas de uma região.

No Brasil situam-se em geral, entre 40º e 44ºC. • Temperaturas mínimas são as temperaturas mais baixas de uma região. No

Brasil as temperaturas dificilmente são inferiores a 10ºC abaixo de zero, mas em algumas cidades, já foram registradas temperaturas inferiores.

• Média térmica é obtida pela média aritmética das temperaturas. Pode ser diária, mensal ou anual.

As médias térmicas anuais mais elevadas são encontradas no sertão do

nordeste (28ºC), já as mais baixas são encontradas no sul (14ºC).

Relação entre a Temperatura e os Fatores Climáticos

Como podemos relacionar a temperatura com os fatores climáticos?

Latitude – A temperatura varia na razão inversa da latitude, ou seja, as regiões de baixa latitude (mais próximas a linha do Equador) apresentam temperaturas elevadas, e as regiões de alta latitude (mais distantes do Equador) apresentam temperaturas reduzidas.

Altitude – A temperatura também varia na razão inversa da altitude, pois nas

regiões mais elevadas, as temperaturas são menores que nas regiões mais baixas.

Continentalidade – As áreas próximas ao mar apresentam, em geral uma pequena amplitude térmica. Já as áreas situadas no interior do continente possuem amplitudes térmicas mais elevadas.

Cidades situadas na mesma latitude, ou em latitudes muito próximas,

apresentam amplitudes térmicas diferentes se uma estiver localizada no litoral e outra no interior do continente.

CHUVAS

O Brasil possui médias pluviométricas anuais em torno de 1.000mm. Mas em algumas regiões essa média pode ser menor ou maior.

Quanto a distribuição das chuvas no Brasil, podemos distinguir três áreas principais: áreas de chuvas abundantes, de chuvas escassas e satisfatórias.

� Áreas de chuvas escassas – Apresentam os menores índices pluviométricas do

país, em geral inferiores a 1.000mm anuais. Destacamos o sertão nordestino e o vale médio do rio São Francisco.

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� Áreas de chuvas abundantes – Com mais de 2.000mm anuais, destacamos as

seguintes regiões: ♦ Serra do mar (SP); ♦ Porções centro-ocidental da Amazônia; ♦ Litoral do Amapá e Ilha de Marajó; ♦ Litoral da Bahia. � Áreas de chuvas satisfatórias – Executando-se as regiões já mencionadas, o

restante do país possui chuvas regulares. Os índices pluviométricos situam-se entre 1.000mm e 2.000mm anuais, no centro-oeste, no Sudeste e no Sul.

Regimes pluviométricos do Brasil – Regime pluviométrico é a distribuição das chuvas durante o ano.

Veja no mapa a seguir os tipos de climas encontrados no Brasil e observe a sua relação com a distribuição das chuvas. Regime Equatorial: Chuvas abundantes o ano todo (região da Amazônia); Regime Tropical: Chuvas mais concentradas no verão. Esse é o regime que predomina no país; Regime Subtropical: Chuvas bem distribuídas pelos meses do ano (região Sul) Quais as massas de ar que atuam no Brasil e quais as suas características?

O Brasil sofre influência de cinco massas de ar:

� Massa polar atlântica: entra no Brasil pela região Sul. Essa massa provoca quedas bruscas nas temperaturas das regiões Sul, Sudeste, no litoral nordestino e na Amazônia Ocidental.

� Massa tropical atlântica: é uma massa quente e úmida, que atua desde o litoral do Nordeste até o Sul do país.

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Você sabia que ... A maior floresta equatorial do

mundo é a Floresta Amazônica, localizada em sua maior parte em terras brasileiras. A floresta amazônica é muito densa (cheia), fechada e possui grande variedade de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela grande umidade, por elevadas temperaturas e pequena amplitude térmica (pequena variação de temperatura).

� Massa equatorial atlântica: é uma massa quente e úmida que atua no litoral das regiões Norte e Nordeste do país.

� Massa equatorial continental: é quente e úmida, por isso provoca chuvas quase

diárias na região amazônica durante o outono e o verão. � Massa tropical continental: é quente e seca. Essa massa é a que menos atua no

Brasil, sua influência limita-se apenas a alguns estados do Sul e Centro-Oeste.

VEGETAÇÃO DO BRASIL Devido à sua grande variedade de climas, o Brasil apresenta uma formação

vegetal muito variada. As principais formações são:

A vegetação nas regiões tropicais: nas regiões tropicais, devido ao calor e à umidade, desenvolveram-se exuberantes florestas equatoriais e tropicais. Você sabe quais são as principais características da vegetação das regiões tropicais?

São florestas densas, com uma grande variedade de espécies arbóreas. Observe no mapa a seguir os tipos de vegetação encontrados no Brasil.

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SAIBA COMO ESTÁ A MATA ATLÂNTICA. Hoje 90% da área que era

ocupada pela Mata Atlântica apresenta sinais de devastação, principalmente pela ação do homem..

Os trechos que sobraram, embora pareçam estar protegidos pela topografia acidentada (muito inclinada, de difícil acesso) da Serra do Mar, continuam a sofrer ataques de madeireiros e caçadores.

Essa vegetação desenvolveu-se em uma extensa cadeia montanhosa que acompanha todo o litoral brasileiro.

A evaporação da água do mar e os ventos que sopram em direção ao continente fazem com que a água se resfrie e se condense ao atingir as serras litorâneas, provocando chuvas constantes na região. Essas chuvas garantem a umidade necessária para a formação da floresta tropical

FORMAÇÕES FLORESTAIS DAS REGIÕES TROPICAIS.

Florestas equatoriais: apresentam vários andares, com árvores muito altas, onde abaixo delas desenvolvem-se outras de menor tamanho. São florestas fechadas e a vegetação rasteira é quase inexistente. As copas das árvores impedem a penetração da luz solar, mas, por outro lado, protegem o solo, diminuindo o impacto das chuvas sobre ele. Florestas tropicais: apresentam características parecidas com as equatoriais, porém são mais abertas e o tamanho de suas árvores é menor. Boa parte dessas florestas já foi destruída pela ação do homem.

Você sabia que... A Mata Atlântica é uma Floresta Tropical Úmida e estendia-se do Cabo São Roque (RN) até o Rio Grande do Sul?

Depois do descobrimento do Brasil, ela passou por 500 anos de devastação.

A Mata Atlântica começou a ser devastada no século XVI, quando começou em nosso país um ciclo econômico baseado na extração do pau-brasil, que era uma madeira de onde se retirava uma tinta vermelha utilizada como corante de tecido. O extrativismo do pau-brasil foi tão grande que hoje ele só é encontrado em jardins botânicos. Outras madeiras da Mata Atlântica foram utilizadas na fabricação de navios, na construção de aldeias e cidades. No auge do cultivo da cana-de-açúcar e do gado, a floresta passou a ser derrubada para dar lugar à ocupação humana (cidades), que, em geral, se encontravam na faixa litorânea. Os grandes engenhos de açúcar (época colonial) e suas instalações foram construídos com madeira extraída da Mata Atlântica.

Mais tarde, com a expansão dos núcleos habitacionais, a mata foi sendo ocupada por loteamentos e pela crescente urbanização (crescimento das cidades).

A Mata Atlântica apresenta-se muito densa, emaranhada e com grande variedade de vegetais higrófitos (adaptados à umidade) e perenes (folhas sempre verdes).

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Você sabia que. A floresta Aciculifoliada indica que as árvores apresentam folhas pontiagudas, no formato de agulha.

Você sabe o que é uma floresta latifoliada? É a mesma floresta úmida da encosta das serras onde se encontra a Mata

Atlântica, mas, como se desenvolveu no lado oposto ao mar, a floresta latifoliada tropical não é influenciada diretamente pela umidade marítima trazida pelos ventos.

Essa floresta é muito densa, possuindo árvores muito

altas com troncos grossos. Quando essa vegetação desenvolve-se em solo de arenito e calcário, o seu aspecto se modifica, tornando-se menos densa (mais espaçada), com árvores mais baixas e troncos finos. Como a região possui solos muito férteis para a agricultura, a floresta foi sendo desmatada para dar lugar à fazendas e sítios. Assim, restam hoje apenas alguns trechos espalhados da formação original.

Veja a diferença da floresta aciculifoliada !

Mais conhecida como Mata das Araucárias, essa

floresta existe em maior quantidade em regiões de clima subtropical e tropical de altitude, estendendo-se desde o sul de São Paulo até norte do Rio Grande do Sul. Essa vegetação é encontrada também nos trechos mais íngremes (inclinados) do relevo como Campos do Jordão (SP).

Entre as espécies, destaca-se o pinheiro-do-paraná, mas existem também

outras espécies conhecidas como a imbuía , o cedro e o ipê. Como essa floresta possui solos férteis para a agricultura, ela também passou

por um processo de intensa devastação, para dar lugar a propriedades rurais. Você conhece a Mata do Cocais?

A Mata dos Cocais é uma

floresta de transição, isto é, uma mata que fica em uma região de mudança entre a umidade da Floresta Amazônica e as zonas secas do Nordeste, como a Caatinga. Ocupa regiões dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.

As espécies vegetais mais encontradas são as palmeiras, entre as quais se destacam o babaçu e a carnaúba.

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O babaçu desenvolve-se rapidamente e pode atingir até 15 metros. Sua exploração econômica é muito importante, pois dele se extraem vários produtos como o óleo, o álcool, coberturas para habitações, acetatos, glicerinas, entre muitos outros produtos. A carnaúba também é muito importante economicamente, pois de suas folhas se extrai cera.

Observe o que são Matas Galerias ou Ciliares.

São matas que se desenvolvem ao longo das margens dos rios e dependem da

sua umidade. Em geral, quanto mais próximas estiverem dos rios, mais fechadas e ricas se apresentam, e, à medida que a umidade diminui, elas vão cedendo lugar a outros tipos de formação vegetal, que exigem menor quantidade de água. Sua principal importância é proteger as margens dos rios contra a erosão.

Essa vegetação é bastante diversificada, podendo apresentar seringueiras, palmeiras, além de outras.

FORMAÇÕES CAMPESTRES Você sabe como se dividem e quais as características das formações

campestres? As formações campestres são formadas por vegetais rasteiros, como gramíneas

e pequenos arbustos. Aparecem, em geral, em áreas de topografia (forma de terreno) suave ou plana.

Quando as formações campestres são compostas por gramíneas, chamam-se

campos limpos e, quando são compostas por gramíneas e arbustos, chamam-se campos sujos.

As principais formações campestres presentes no Brasil são: Campos

Meridionais, Campos da Hiléia e Campos Serranos.

Campos Meridionais: são também conhecidos como Campos Limpos e aparecem em manchas (regiões) esparsas (espalhadas), a partir da latitude de 20% Sul. Aparecem em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Campos da Hiléia: são também conhecidos como Campo de Várzea, já que são sempre inundados nas épocas de cheias. Aparecem no Baixo Amazonas e no estado do Pará, especialmente a oeste da ilha de Marajó.

Campos Serranos: Surgem em pontos mais elevados do território nacional,

onde o relevo ultrapassa a 1.500 m., como nas serras da Bocaina e Itatiaia.

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Módulo 11 CEESVO A DINÂMICA DA NATUREZA

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Fique sabendo como se divide e quais as características da Formações Complexas.

O nome Formações Complexas indica a grande variedade de espécies animais e

vegetais que existem nessas regiões. As principais Formações Complexas brasileiras são: o Cerrado, a Caatinga e o Complexo do Pantanal.

No mapa ao lado você pode

localizar os principais ecossistemas brasileiros.

Ocorre nas áreas de clima

tropical, onde a estação seca é mais prolongada. A savana (ou cerrado) é uma formação arbustiva muito comum na África e no Brasil recebe o nome de cerrado. São constituídas por arbustos, vegetais de pequeno porte, com galhos retorcidos, poucas folhas e desenvolvem-se espalhados e isolados por uma vegetação rasteira. Em geral, o solo é ácido e pouco fértil. No Brasil aparecem na região Centro-Oeste, embora também apareça em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Tocantins.

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Caatinga: é a vegetação que caracteriza o sertão nordestino, onde o clima é semi-árido, com uma quantidade muito pequena de chuvas. As principais características da Caatinga são: É constituída por árvores e arbustos que perdem suas folhas na estação seca. Os arbustos são espinhentos; é uma vegetação do tipo xerófila, ou seja, é uma vegetação de ambiente seco; apresenta vegetais de galhos tortuosos, com raízes longas e numerosas; apresenta, em geral, folhas pequenas. A falta de água provoca vários tipos de adaptação nos vegetais da Caatinga, que vão desde a perda das folhas na estação seca até o aparecimento de raízes longas, em busca de lençóis subterrâneos de água.

Complexo do Pantanal: essa formação ocupa a planície do Pantanal mato-grossense, e possui espécies vegetais dos campos, dos cerrados e até da caatinga. O Pantanal é uma das regiões mais ricas em espécies vegetais e animais do planeta. O Pantanal é composto por três tipos de áreas: as áreas que estão sempre alagadas, as que estão periodicamente alagadas e as que não sofrem inundação.

Você conhece vegetações litorâneas?

As formações vegetais litorâneas aparecem ao longo do litoral brasileiro. Podemos distinguir dois tipos de vegetação: as formações dos litorais arenosos e os manguezais .

Formações dos Litorais Arenosos São vegetações herbáceas e arbustivas que vivem junto ao litoral, em solo

arenoso e salgado. Nas praias essa vegetação é mais pobre, mas nas dunas� é mais diversificada e contínua, devido à maior quantidade de nutrientes e menor presença de cloreto de sódio (sal).

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Manguezais: é uma vegetação típica dos litorais tropicais e que aparece em locais que estão sujeitos à subida e descida das marés ou são banhados por água salgada. São vegetais halófilos, ou seja, são vegetais de ambiente salino. Possuem raízes aéreas , que saem da terra e respiram oxigênio. São encontrados em quase todo o litoral, as maiores quantidades aparecem no litoral norte.

A DEVASTAÇÃO DAS MATAS E FLORESTAS BRASILEIRAS Você sabia que o Brasil possui o título, nada invejável, de campeão mundial de

desmatamentos? Existem milhares de focos de desmatamento por todo o país:

� Destruição dos manguezais; � Ocupação irracional da Amazônia; � extinção de várias espécies na Mata Atlântica; � incêndios criminosos nos Cerrados, entre muitos outros.

A devastação (destruição) do meio ambiente está relacionada com vários fatores,

como, por exemplo, o crescimento populacional. Para se alimentar um contingente cada vez maior de pessoas, é necessário ocupar cada vez maiores áreas de cultivo.

Os hábitos sociais, econômicos e políticos de nossa civilização contribuem para

o uso irracional dos recursos naturais.

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Os recursos naturais do nosso planeta não são inesgotáveis. Por isso, seria necessário procurar equilibrar o desenvolvimento tecnológico e industrial com a preservação do meio ambiente. Isto é possível desde que o homem procure conhecer o funcionamento dos ecossistemas, ou seja, conhecer como a natureza mantém relações de equilíbrio entre o ambiente, os animais e os vegetais, e procurar desenvolver formas de tecnologia que respeitem essas relações de equilíbrio. Existem muitas técnicas desenvolvidas dessa forma, por exemplo:

� formas de combate a pragas agrícolas (insetos) utilizando outros insetos

predadores, ou seja, insetos que conheçam as pragas, evitando o uso de substâncias tóxicas que contaminam o ambiente;

� reciclagem (reutilização) de matérias-primas como o papel (o que economiza árvores);

� preservação das matas ciliares, que, além de evitar a erosão, evita que produtos tóxicos contaminem os rios.

Existem previsões sobre o que poderá acontecer se a devastação continuar como está hoje. Essas previsões afirmam que no futuro a área da Floresta Amazônica terá uma devastação de cerca de 1.500.000 km2, e a Mata Atlântica estará praticamente extinta.

Teste os seus conhecimentos, respondendo em seu caderno as seguintes questões.

1. Como o homem modifica o meio ambiente? 2. Qual a diferença entre clima e tempo? 3. As massas de ar interfere no clima de Votorantim? Sim ou não ? Justifique a

sua resposta. 4. Cite os tipos mais comuns de relevo? 5. O que você entende por solo? E qual é o solo adequado para uma boa

produção agrícola? 6. Escreva o que você entendeu por bacia hidrográfica? 7. Por que os rios de planaltos são importantes para a produção de energia

elétrica? 8. Quais são as causas do desmatamentos no Brasil?

AS REGIÕES TEMPERADAS

Você sabe onde se localizam as regiões temperadas? As regiões temperadas localizam-se nas latitudes médias, principalmente entre

os trópicos e os círculos polares. Nessas áreas, entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico (Hemisfério

Norte) e entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico (Hemisfério Sul), também aparecem outros domínios naturais: desertos e altas montanhas.

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Vamos ver como é o clima nas regiões temperadas e o resto do

mundo.

Nessas regiões existem três tipos climáticos decorrentes das diferenças de latitude e da continentalidade:

� Temperado Oceânico Ocorre na fachada ocidental da Europa, do Canadá e do Chile. Devido à

influência dos ventos úmidos de oeste provenientes dos oceanos, apresenta as seguintes características:

� Chuvas bem distribuídas ao longo do ano, acentuando-se no inverno; � Amplitude térmica pequena; � Temperatura média do mês mais frio inferior a 18º C.

No mapa a seguir você tem a localização dos tipos de climas no mundo. Observe com atenção.

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� Temperado Continental

Ocorre nas áreas situadas no interior dos continentes até seus limites orientais, onde as chuvas são menos abundantes. Apresenta as seguintes características:

� Semi-úmido - pluviosidade moderada (média anual 600mm), ocorrendo principalmente no verão;

� Precipitação nival nos meses de inverno; � Temperatura média anual entre 8ºC a 13 º C. ; � Grande amplitude térmica: a temperatura do mês mais quente é sempre

superior a 10ºC e as temperaturas abaixo de 0ºC são freqüentes no mês mais frio.

� Temperado Mediterrâneo Ocorre nos limites entre os domínios tropicais e temperados, em torno do Mar

Mediterrâneo, na costa da Califórnia (EUA), litoral central do Chile, sul da África e da Austrália. Apresenta as seguintes características:

� Os invernos são suaves e os verões, quentes e secos; � As chuvas concentram-se nos meses mais frios (média anual de 500mm); Nas regiões temperadas, a circulação atmosférica é intensa devido à latitude.

São áreas de confronto de massas de ar vindas das áreas polares e das áreas tropicais, continentais e oceânicas. Somente nos climas temperados as quatro estações do ano (verão, inverno, primavera e outono), apresentam-se bem definidas e diferenciadas umas das outras.

E vegetação da regiões temperadas, você sabe quais as suas

características e os seus tipos?

A grande variação climática provoca nas regiões temperadas uma cobertura vegetal muito diversificada. Nessas regiões podem ser encontradas:

� Florestas temperadas

Foram as mais destruídas entre as formações florestais do mundo. Aproximadamente 2/3 da população mundial vive nas regiões temperadas. A exploração econômica (extrativismo, agropecuária e as concentrações industriais) reduziu muito essas florestas.

As florestas temperadas desenvolviam-se principalmente no nordeste dos EUA, no sudeste do Canadá, na maior parte da Europa ocidental, sul da Sibéria (Rússia), parte do Japão, parte do Chile, no Centro- Leste da Argentina e na Nova Zelândia.

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São florestas abertas, as árvores desenvolvem-se distantes umas das outras, o que facilita sua exploração e a penetração dos raios solares no solo; desenvolve-se uma formação vegetal de gramíneas.

Essas florestas possuem muitas espécies arbóreas: carvalho, castanheira ,

nogueira, abeto, sequóias entre outras. Mas a biodiversidade vegetal é, sem dúvida, menor do que a existente nas florestas equatoriais e tropicais.

Nas florestas temperadas predominam as árvores caducifólias, que se

apresentam verdes durante a primavera- verão, tornando-se amarelas e marrons no outono- inverno, quando suas folhas caem.

� Florestas de coníferas

Localizam-se nas áreas mais frias, influenciadas

pelas massas polares. No Canadá, Europa e Rússia, grandes extensões de terra são cobertas por essas florestas.

São florestas homogêneas (possuem espécies

parecidas), formadas em sua maior parte por pinheiros, que apresentam frutos e copas em forma de cone.

Encontram-se principalmente no Hemisfério Norte e são chamadas florestas

boreais. A palavra boreal é sinônimo de norte. No Hemisfério Sul, nas latitudes onde haveria o clima frio, não existem áreas

continentais, só oceânicas. Essas formações constituem a maior fonte de madeira mole do mundo,

largamente explorada para a fabricação de papel. Na Rússia recebe o nome de Taiga e no Canadá, de Floresta Laurenciana.

A evaporação nessas áreas é quase inexistente devido à fraca precipitação

(pouca chuva) e às baixas temperaturas, o que permite que as árvores se mantenham verdes o ano inteiro, embora no inverno fiquem recobertas pela neve.

Suas folhas têm forma de agulhas e são persistentes, ou seja, não caem e não

se renovam freqüentemente. Em latitudes mais baixas, como no litoral ocidental dos EUA, particularmente na

Califórnia, também desenvolvem-se coníferas de grande porte como as sequóias. Na região Sul do Brasil, a Mata de Araucária pertence a esse tipo de formação. A

araucária é o pinheiro brasileiro.

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Curiosidades No clima frio polar há duas estações do ano principais :

o inverno, durante o qual, nos dois pólos a 90° de latitudes, chegar a ficar até seis meses sem o sol ( noite polar ); no verão há mais ou menos seis

meses de sol fraco ( dia polar)

� Campos Limpos

Os campos limpos localizam-se nas planícies centrais dos EUA, no Centro- Sul do Canadá, na porção central da Argentina, Uruguai, sudoeste o Rio Grande do Sul, na Europa oriental e na Ásia Central.

São formações campestres constituídas por uma vegetação não lenhosa;

herbáceas e gramíneas. Na América do Norte (EUA e Canadá), são chamadas de pradarias, onde foram

largamente substituídas por áreas agrícolas. Nessas áreas predomina o cultivo de cereais. Na América do Sul, são conhecidas como pampas platinos, sendo localizadas como pasto natural para os enormes rebanhos de bovinos criados na região.

Na Europa e na Ásia, onde a umidade é menor, a vegetação mais seca e

descontínua recebe o nome de estepes.

AS ZONAS POLARES

As áreas de clima frio polar são aquelas de altas latitudes ( acima dos 66°33’, tanto ao norte como ao sul do equador), ou seja, vizinhas aos pólos. Tais áreas incluem, no hemisfério Sul , a Antártida, e no hemisfério norte, o Alasca , a Groenlândia, o norte do Canadá, o norte da Rússia e dos países da escandinavos (Suécia Finlândia e Noruega) e numerosas ilhas. Essas áreas possuem elevadas pressões atmosféricas e nelas se localizam as massas de ar polares, frias e normalmente secas.

O continente Antártico

É o mais frio que as áreas polares do norte. Existem sobre esse continente permanentes camadas de gelo que chegam a atingir espessuras de até 2 km. Também existem camadas de gelo, embora de menor espessura, recobrindo parte do Alasca, da Groenlândia, de algumas ilhas e até do mar na zona polar Ártica.

O solo nos pólos.

Não há solos em vastas extensões dessas áreas devido

às grossas camadas de gelo. Quando aparecem, são bastante pobres, pois têm uma espessura muito pequena e pouca vida microbiana.

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A Vegetação nos pólos.

Em especial na Antártida, é quase inexistente. Apenas nas bordas desses continentes e em grandes trechos da Sibéria, do Alasca e da Groenlândia, bem como em partes setentrionais da Europa, aparece a tundra , vegetação rasteira, composta por musgos e liquens.

A Ocupação Humana nos Pólos.

Algumas áreas da zona polar Ártica são tradicionalmente habitadas

pelos lapões. Nas últimas décadas, porém devido à descoberta de riquezas minerais, principalmente de petróleo, o norte da Sibéria ( parte da Rússia ) e o Alasca, pertencentes aos Estados Unidos começam a ser mais intensamente explorado, com a construção de instalações industriais e o desenvolvimento de pequenas cidades. A Antártida é ainda desabitada, (exceto algumas instalações de natureza científica, em especial norte americanas, russas, francesas, inglesas alemãs etc..

Na realidade, Antártida constitui hoje a última grande porção territorial do nosso

planeta que ainda não foi incorporada na economia moderna. Sabe-se que por baixo dessa grossa camada de gelo a geleira polar antártica

existem importantes reservas de Petróleo, ferro, cobre, ouro, manganês, urânio, carvão e alguns outros recursos minerais. Além disso, aparece nas águas oceânicas vizinhas à Antártida uma rica fauna, que vai desde baleias até inúmeras espécies de crustáceos.

Portanto não pertencendo a ninguém esse

continente até 1991, todos os países vêm se respeitando em reuniões que querem fazer a partilha desse continente. Inclusive o Brasil mantém um pequena base na Antártida.

A proposta mais defendida é de que a Antártida se

torne uma reserva ecológica mundial, um patrimônio de toda a humanidade. Em 1991 os países signatários do Tratado da Antártida deram um posso nessa direção ao prorrogarem por cinqüenta anos esse acordo: até 2041 nenhuma nação terá a propriedade de terras nesse continente.

REGIÕES DESÉRTICAS

� Qual a origem dos desertos?

� Onde se localizam as regiões desérticas ? As regiões desérticas ou áridas localizam-se no interior dos continentes, nas

baixas e médias latitudes. Os desertos são um fato natural. Sua existência está relacionada à dinâmica climática da Terra.

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O clima nas áreas desérticas.

Nas regiões desérticas são identificados dois tipos climáticos :árido e

o semi-árido. O clima árido possui as seguintes

características: O índice pluviométrico é muito

baixo. E as chuvas são irregularmente distribuídas ao longo do ano ( caem em

períodos curtos, de forma violenta e rápida). Às vezes passam-se anos sem

chover. As temperaturas diárias variam

intensamente ( amplitude térmica): os dias são quentes e as noites são frias. A

amplitude térmica é conseqüência da baixa umidade, que não permite a formação das

nuvens. O céu limpo facilita o aquecimento

durante o dia, e a perda de calor durante a noite.

O clima semi-árido (semi- desértico) domina as áreas que envolvem os desertos; são zonas de transição.

Você sabe como são os rios dos desertos ?

A rede hidrográfica nas regiões

desérticas é extremamente pobre. Os rios são intermitentes ou temporários (secam durante vários meses) em sua maioria. Esses rios formam-se durante os breves períodos de chuvas. Somente os rios que nascem fora das áreas desérticas são permanentes, como, por exemplo, o Rio Nilo, que atravessa o deserto do Saara, localizado na África.

São freqüentes nas regiões subtropicais ( latitudes próximas a 30º), onde a

pressão atmosférica é alta, provocando constantemente a ação de ventos forte secos . Esses ventos são responsáveis pela

diminuição da umidade relativa do ar. Por isso, o que caracteriza as regiões desérticas, ao contrário do que se pensa, não é o calor, e sim a escassez ( falta ) de água.

VEGETAÇÃO NAS REGIÕES DESÉRTICAS

A vegetação é extremamente pobre e

adaptada às condições climáticas, sendo mais abundante nas áreas semi-áridas. Nessas áreas destacam-se as cactáceas e as bromeliáceas, vegetais xeromorfos , cujas características são:

• apresentam espinhos no lugar das folhas para diminuir a transpiração;

• os caules são recobertos por uma espécie de cera para evitar a evaporação;

• suas raízes são finas e longas (raízes capilares) para buscar água no subsolo;

• apresentam estruturas adaptadas para o armazenamento de água.

Desenvolve-se também uma vegetação rasteira de gramíneas. O ciclo vital curto dessa

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formação coincide com o período da chuvas.

Nas áreas áridas (desertos) a vegetação é quase inexistente. Contudo pode-se encontrar uma vegetação mais rica nos oásis, que são áreas

onde lençóis de água subterrânea afloram formando lagos. A umidade local aumenta, possibilitando a formação de solo e o desenvolvimento de vegetais como tamareiras e palmeiras.

O RELEVO E SOLO NAS REGIÕES DESÉRTICAS

O ambiente seco e a forte ação do vento não permitem a decomposição química das rochas e, conseqüentemente, a formação do solo.

As rochas, devido às variações térmicas, dilatam e contraem, sofrendo um processo de desagregação e formando terrenos de superfície pedregosa ou arenosa. Os desertos de pedras localizados nos planaltos são conhecidos como hamadas.

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Nas áreas recobertas pelos lençóis de areia ( ergs ), a ação do vento forma as

dunas.

Os inselbergs também são característicos das áreas desérticas. São maciços ou elevações antigas de rochas resistentes que sofreram menos ação do vento e da variação térmica. São testemunhos de um relevo mais elevado existente no passado.

As depressões absolutas e relativas também são encontradas nas áreas

desérticas.

A ocupação humana nos desertos. Os desertos constituem vazios demográficos,

pois as condições climáticas dificultam a ocupação humana. Somente nas áreas ao longo dos rios, ao redor dos lagos e nas faixas litorâneas encontra-se um maior contigente populacional.

Nas áreas semi- desérticas são comuns os grupos nômades de criadores de gado ovino (ovelhas). Esses grupos deslocam-se com seus rebanhos de um lugar para outro atraídos pelas chuvas, que permitem a formação de pastos temporários.

Porém, os períodos prolongados de seca provocam a perda das colheitas e do gado.

Nos últimos anos, no entanto, a construção de poços artesianos e de canais artificiais de irrigação nas áreas desérticas tem contribuído para uma maior ocupação dessas áreas, uma vez que a prática agrícola se torna possível.

As recentes descobertas de reservas minerais, principalmente petróleo, têm motivado o homem a procurar soluções para conviver com as condições naturais adversas dos desertos.

O processo de desertificação

Processo de desertificação vem ocorrendo nas áreas vizinhas aos desertos.

Ocorre quando a água perdida por evaporação ou escoamentos é superior à recebida pelas chuvas. A desertificação atual é resultante principalmente da ação humana, como, por exemplo, o desmatamento da vegetação original.

E os animais dos desertos? Como são?

São poucos os animais

adaptados à escassez de água dos desertos. Além dos camelos, que conseguem evitar a desidratação armazenando grande quantidade de água em seu organismo, podem ser observados lagartos, cobras, roedores e insetos.

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As altas montanhas

As altas montanhas constituem um tipo de relevo jovem (do período Terciário e

ainda pouco gasto pela erosão) e de elevadas altitudes, normalmente acima do 4000m. Incluem-se nessa classificação as seguintes cadeias de montanhas : os Alpes, os Apeninos, os Pireneus e os Cárpatos na Europa; os Andes e as montanhas Rochosas ( no continente americano ); o Atlas ( na África); o Himalaia ( na Ásia); e outras menos conhecidas.

Essas áreas montanhosas possuem feições muito particulares, diferentes das regiões vizinhas. Elas aparecem em latitudes baixas e médias, mas as altitudes lhes conferem

características climáticas, e , portanto de solo e vegetação, diversas das que teriam por sua posição geográfica. Assim, as altas montanhas situadas na zona intertropical apresentam uma

paisagem natural peculiar diferente das áreas tropicais. O mesmo ocorre com as paisagens montanhosas das zonas temperadas. A temperatura do ar diminui à medida que aumenta a altitude. As zonas montanhosas são portanto, frias. É comum a existência de neve eterna nas suas partes mais altas, pois a queda da neve é superior ao degelo, formando assim as geleiras alpinas ou montanhosas. Ainda devido às elevadas altitudes, a pressão atmosférica é baixa. As precipitações (chuvas e geadas) são normalmente abundantes. A vegetação divide-se por “andares”: nas partes mais baixas ( de 0 a 300 metros) podemos encontrar matas e pastos; mais acima (de 300 a 1000 metros), florestas de folhas caducas; de mais ou menos 1000 a 2400 metros, pinheirais; de cerca de 2400 a 3000 metros, campos alpinos, um tipo de vegetação orófila* ; acima dos 3000 metros, há apenas rochas e gelo eterno.

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Apesar de em geral não serem densamente povoadas, as zonas montanhosas são bastante utilizadas pelo homem.

Em algumas o povoamento chega a ser intenso, como no México, no Peru ou no Chile, onde existem numerosas cidades localizadas em altitudes superiores a 4000 metros. A cidade de Aucanquilcha, no Chile, situa-se a 5 334 metros acima do nível do mar. Em outros lugares, onde as condições para o povoamento são precárias, utilizam-se as montanhas como centros de lazer (alpinismo, esqui), ou como caminho, área de passagem, cortando-as com extensos túneis e pontes. *Florestas de folhas caducas: São formadas por plantas que perdem as folhas no inverno. Vegetação orófila: É a vegetação formada por plantas adaptadas ao ambiente das montanhas.

Avalie os seus conhecimentos respondendo em seu caderno as questões a

seguir.

1. Se nos pólos não há solo bom para a agricultura, como os seus habitantes se alimentam?

2. Como se caracteriza as regiões desérticas? 3. Explique a ocupação humana nos desertos?

Fim. Boa Sorte.

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EQUIPE DE GEOGRAFIA CEESVO 2004

Deise Quevedo Bertaco Jaime Aparecido da Silva

Maria de Fátima Pinto

COLABORAÇÃO

Luiz Gustavo Cerqueira Ferreira Júlia de Oliveira Rodrigues Vieira

Neiva Aparecida Ferraz Nunes

DIREÇÃO

Elisabete Marinoni Gomes Maria Isabel R. de C. Kupper

APOIO

Prefeitura Municipal de Votorantim