geografia em multiplas escalas do local ao global · estabelecimento e futura manutenção do...

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL ‐ PDE GEOGRAFIA EM MULTIPLAS ESCALAS DO LOCAL AO GLOBAL Geografia em Escala Local: Um Estudo de Caso do Município de Cambira JOÃO CARLOS RUIZ JANEIRO/2008 Orientadora: Prof. Dra. Eloíza Cristiane Torres Material didático, de geografia, sobre o município de Cambira, contendo textos, mapas temáticos, gráficos, tabelas, imagens e outras informações sobre o município, que objetiva encaminhar os ensinamentos desta disciplina, a partir do cotidiano para o científico (Vygotsky) e facilite a compreensão dos alunos em relação a espaçotemporalidade que vivenciam.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL ‐ PDE 

 

GEOGRAFIA EM MULTIPLAS ESCALAS DO 

LOCAL AO GLOBAL Geografia em Escala Local: Um Estudo de Caso 

do Município de Cambira  

 JOÃO CARLOS RUIZ 

JANEIRO/2008  

 

 

Orientadora: Prof. Dra. Eloíza Cristiane Torres

Material didático, de geografia, sobre o município de Cambira, contendo  textos, mapas  temáticos, gráficos,  tabelas,  imagens  e  outras  informações  sobre  o município,  que  objetiva  encaminhar  os ensinamentos  desta  disciplina,  a  partir  do  cotidiano  para  o  científico  (Vygotsky)  e  facilite  a compreensão dos alunos em relação a espaço‐temporalidade que vivenciam.  

 

S U M Á R I O

Apresentação ....................................................................................................... : 03 Objetivos específicos ........................................................................................... : 05 1. LIMITES Objetivo geral ....................................................................................................... : 06 Objetivo específico ............................................................................................... : 07 Limites .................................................................................................................. : 07 Sistema Viário do Município ................................................................................. : 13 O Perímetro Urbano ............................................................................................. : 16 Vegetação ............................................................................................................ : 18 Relevo .................................................................................................................. : 22 Solo ...................................................................................................................... : 26 Hidrografia ............................................................................................................ : 31 Clima .................................................................................................................... : 35 2. ARRANJOS TERRITORIAIS Objetivo geral ....................................................................................................... : 41 Objetivo específico ............................................................................................... : 41 Arranjos territoriais ............................................................................................... : 41 Estrutura fundiária e relações no campo .............................................................. : 41 Conhecendo a estrutura agrária do seu município ............................................... : 45 Uso do Solo .......................................................................................................... : 47 Estrutura Urbana .................................................................................................. : 52 Educação ............................................................................................................. : 58 Centro de convivência .......................................................................................... : 61 Saúde ................................................................................................................... : 64 Equipamento Urbano ........................................................................................... : 66 Água ..................................................................................................................... : 66 Energia ................................................................................................................. : 70 Fontes de energia ................................................................................................ : 70 Transporte Urbano ............................................................................................... : 73 Coleta de Lixo ...................................................................................................... : 78 Lazer, Cultura e Turismo ...................................................................................... : 88 3. DINÂMICA POPULACIONAL Objetivo geral ....................................................................................................... : 93 Objetivo específico ............................................................................................... : 93 Dinâmica Populacional ......................................................................................... : 93 Povoamento ......................................................................................................... : 93 Segurança Pública ............................................................................................... : 95 Índice de Desenvolvimento Humano .................................................................... : 96 Composição Etária do Município .......................................................................... :101 Glossário .............................................................................................................. :105 Referências .......................................................................................................... :109

 

GEOGRAFIA EM ESCALA LOCAL

CAMBIRA

João Carlos Ruiz

APRESENTAÇÃO

O trabalho Geografia Em Múltiplas Escalas do Local ao Global está de acordo

com a proposta das Diretrizes Curriculares, respeitando os conteúdos estruturantes.

Foi elaborado a partir de três temas:

• Limites- parte da construção de conceitos de divisas, fronteiras, extensões do

município e de sua caracterização física (Clima, relevo, hidrografia,

vegetação) relacionando-o com outros espaços.

• Arranjos Territoriais - enfatiza a estrutura fundiária, a estrutura urbana, uso

do solo rural e urbano considerando a dimensão da realidade local como

significativa e necessária para a efetiva compreensão do espaço geográfico,

isto é, a partir do estudo do local, pode-se construir uma visão mais crítica e

geral do mundo.

• Dinâmica Populacional - Diagnóstica as características do povoamento, as

migrações e a estrutura populacional que imprimiram marcas no município

produzindo novas territorialidades e relacionando com as mudanças políticas

e econômicas ocorridas em escala nacional e mundial.

O trabalho ora apresentado tem como objetivo geral compreender a Geografia em

escala local, ou seja, do município de Cambira a partir da análise de seus diferentes

arranjos territoriais. A partir do mesmo, é possível o estabelecimento de articulações

 

dessa escala com aquelas em nível regional e global abordadas nos livros didáticos

de Geografia e em outros materiais.

É importante esclarecer que não se trata de um material elaborado visando a

substituição do livro didático, pretendemos com o mesmo auxiliar e enriquecer as

aulas do componente curricular em questão.

A hipótese que norteia o trabalho está fundada no entendimento de que a

construção do conhecimento supõe o movimento do pensamento que se constrói

partindo da singularidade, passando pela particularidade chegando à generalidade,

para então, em movimentos dialéticos sucessivos, retornar novamente às instâncias

anteriores de conhecimentos. É por isso que o ponto de partida da construção de

conhecimentos está no plano da singularidade ou do cotidiano, dimensões

imprescindíveis para construção dos conceitos em geografia que estão no plano da

abstração ou da generalidade, ponto de chegada do processo de ensino-

aprendizagem em Geografia.

Considerando que a quase total inexistência de material didático sistematizado

sobre a realidade do município se constitui em principal barreira para a

aprendizagem dos conteúdos geográficos, esse material didático propõe uma

objetivação do processo de ensino-aprendizagem centrada na realidade da escala

local que deve, necessariamente, dialogar com as escalas regionais e mundiais,

dependendo da amplitude de abrangência do fenômeno estudado.

Para o desenvolvimento metodológico do presente trabalho buscou-se informações

locais com fundamentação científica, para a partir das mesmas, organizar de forma

clara e objetiva os conteúdos, facilitando assim, o trabalho do professor de geografia

do ensino fundamental e médio. A sistematização dessas informações no material

ora apresentado contribuirá para maior compreensão da organização do espaço

 

local, como ponto de partida para articulação com outras unidades escalares

(regional e mundial).

Este trabalho pretende, por meio de problematizações, ensinar o aluno a entender

os arranjos territoriais vivenciados por ele. Assim, ao criar condições para que o

estudante compreenda o seu cotidiano por meio dos conhecimentos e conceitos

científicos, o professor auxiliará a construir condições materiais para uma produção

mais democrática dos arranjos espaciais.

A proposta é apresentar ao aluno o conteúdo no plano da singularidade, para que o

professor possa, a partir de então, dialogar com o da generalidade, ensinando o

aluno a pensar geograficamente, o que supõe o desenvolvimento da consciência

espacial e do raciocínio geográfico.

O presente material deve ser entendido como um recurso pedagógico imprescindível

ao professor, contudo, como qualquer outro instrumento didático, deve ser adequado

à realidade de cada nível de ensino e sala de aula. Assim, o educador pode utilizar

as partes que compõem este material de acordo com seu planejamento de ensino,

alterando inclusive a seqüência conforme suas necessidades.

Esperamos que este material possa contribuir com o processo ensino-

aprendizagem de conteúdos geográficos.

Objetivos Específicos

a) Delimitar divisas e fronteiras, áreas e extensões do município;

b) Identificar as características físicas do município;

c) Distinguir aspectos ambientais do município em sua inter relação com as

atividades humanas;

 

d) Compreender a estrutura fundiária e as relações de produção no campo,

levantando o número de propriedades, tamanho, produção e população

ocupada;

e) Reconhecer a estrutura urbana, analisando o uso e ocupação do solo a partir da

distinção entre áreas residenciais, comerciais e, indústrias;

f) Mapear o uso do solo urbano, identificando a localização de hospitais, centros

de saúde, escolas, centros de convivência e áreas de lazer, templos religiosos,

submoradias e favelas;

g) Delimitar as zonas de ocorrência de serviços públicos essenciais, como água,

esgoto, lixo, rede elétrica, asfalto;

h) Avaliar a situação da segurança pública no município;

i) Diagnosticar as características pretéritas e presentes do povoamento;

j) Analisar a estrutura populacional, tais como: IDH, taxas de natalidade e

mortalidade, mortalidade infantil, estrutura etária, taxa de desemprego,

população economicamente ativa e escolaridade.

1. LIMITES

Objetivo Geral

Compreender que todos os fenômenos possuem localização espacial e uma

determinada orientação e, a partir desta construção conceitual, estabelecer as

correlações entre as geograficidades dos fenômenos em diferentes lugares e em

múltiplas escalas. Estes conceitos constituem os pontos de partida para a

alfabetização geográfica, condição fundamental para que o aluno compreenda os

arranjos espaciais.

 

Objetivos específicos

a. Observar o entorno identificando a ordenação territorial da distribuição dos

fenômenos;

b. Reconhecer a localização dos fenômenos tendo como referência a sua

espacialidade;

c. Construir habilidades e noções de localização e orientação (lateralidade em

relação ao próprio ponto de vista e em relação a um objeto externo ao sujeito,

relatividade das localizações dos fenômenos, pontos cardeais, colaterais e

subcolaterais, coordenadas geográficas);

d. Elaborar representações gráficas e cartográficas a fim de sistematizar a

localização e a orientação dos fenômenos;

e. Apreender a localização e orientação dos fenômenos e interpretar os seus

significados em representações gráficas, cartográficas e em outras

linguagens (imagens as mais diversas, textos literários, desenho animado,

filmes, entre outros).

f. Correlacionar as informações sobre localização e orientação dos fenômenos

em diferentes escalas.

g. Sistematizar os conceitos de localização e orientação, tendo como base as

noções e habilidades trabalhadas no ensino fundamental.

h. Elaborar análises de síntese por meio da operacionalização dos conceitos de

localização e orientação.

1. LIMITES

• Quais limites fazem parte do seu dia-a-dia?

 

• Como os diferentes grupos sociais de Cambira estabelecem os limites?

• Para que serve o limite?

Segundo Ferreira, 1986, os limites são linhas reais ou imaginárias que

separa dois terrenos ou territórios contíguos; são linhas de demarcações; acidentes

geográficos muitas vezes constituem o limite de regiões, de países.

Os limites, visíveis ou não, estão presentes no espaço geográfico. São

criações das sociedades na paisagem local como forma de demarcações territoriais.

Os limites visíveis são representados por demarcações territoriais

privadas ou públicas e os não visíveis, podem se percebidos pela aparência e

organização do espaço, os denominados limites socioeconômicos.

As fronteiras políticas são as que dividem o espaço territorial do

município com outros espaços territoriais vizinhos (municípios ou regiões).

• Olhando para as diversas paisagens de Cambira, você consegue visualizar os

limites que os diferentes grupos sociais estabelecem?

Fronteira – Limite de separação entre diferentes unidades territoriais.

Em Geografia diz respeito ao limite entre os diferentes países. (Garrido e

Costa, 2006)

Fronteira política – delimita unidades político-administrativas, ou seja,

limite entre municípios, estados e países. Estes limites podem ser

acidentes naturais ou criados pelo homem (MICHAELIS, 1998).

 

 

Observe atentamente os mapas a seguir.

• Observe a localização do município de Cambira no mapa.

• Faça um levantamento das informações contidas no mapa.

• Quais destas informações permitem identificar os limites de Cambira?

• Faça um levantamento dos significados da delimitação político-administrativa

de Cambira entre pessoas que você convive.

• Determine as funções de uma unidade político-administrativa.

10 

 

• Identifique e evidencie as divisões político-administrativas presentes no mapa

a seguir, destacando o município de Cambira.

Os limites municipais delimitam o território onde o município

exerce sua autonomia administrativa subordinada e de acordo

com as leis estatuais e federais. A administração municipal tem

como funções básicas: segurança, educação, saúde,

planejamento urbano, saneamento básico, entre outras.

11 

 

• Com base na imagem, identifique os tipos de fronteiras presentes no

município de Cambira.

• Observe o mapa a seguir, e por meio dele, identifique os limites político-

administrativos entre o espaço rural e o espaço urbano de Cambira.

O município de Cambira está localizado no norte do Paraná nas

coordenadas geográficas 23°35’00¨, de Latitude Sul e 51°35’00¨ de

Longitude Oeste do Meridiano de Greenwich, em área de 164,51km2.

Apresenta altitude de 839 metros. Faz limites ao norte com Apucarana,

ao Sul com Novo Itacolomi, a leste com Apucarana, a oeste com

Jandaia do Sul, a nordeste com Apucarana, a noroeste com

Mandaguari, a sudeste com Apucarana e a sudoeste com Marumbi.

12 

 

• Em um mesmo município há um limite político-administrativo que distingue o

espaço rural do espaço urbano. Como ele é denominado?

Perímetro Urbano:

• Limite entre área urbana e área rural ¹.

• Linha que delimita exteriormente o aglomerado urbano, de acordo com o

plano e que inclui o conjunto dos espaços urbanos, dos espaços

urbanizáveis e dos espaços industriais que lhes sejam contíguos ².

• Perímetro urbano caracteriza-se pela ocupação destinada a

assentamentos residenciais, comerciais e de serviços, ligados a

atividades urbanas, bem como aos equipamentos públicos e

institucionais, em áreas urbanizadas (com loteamentos aprovados) ou a

serem urbanizadas, subdividindo-se em: Zona Residencial, Zona Mista,

Zona Comercial, Corredores Comerciais, Distritos Industriais e

Comerciais e Áreas Verdes ³. 1. Pr .Gov. Br/mtm/informações 2.Funchal. 3. Chapadão do Céu.

O espaço rural é destinado preferencialmente às atividades

agropecuárias, compreendendo também as moradias da população rural

como outras atividades de apoio a agropecuária.

O espaço urbano se apresenta como uma área de forte concentração

populacional, grande densidade de construções e atividades secundárias e

terciárias com forte crescimento.

Entre o espaço rural e urbano ocorre uma área de transição, espaço

rurbano, com características rurais, porém com a presença de atividades

urbanas em função da proximidade com o mercado consumidor (GARRIDO

e COSTA, 2006).

O município de Cambira apresenta segundo IBGE, 2000, um grau de

urbanização de 62,71%.

13 

 

REDES DE COMUNICAÇÃO E TROCAS.

Rede Viária - É constituída pelas estradas e caminhos que se

destinam a garantir a transitabilidade na área de intervenção e, caso

seja necessário, de acesso a esta, para todos os trabalhos de

estabelecimento e futura manutenção do povoamento. (ifadap.min-agricultura, 2007)

Uma rede compreende um conjunto de linhas interligadas como

num sistema de transporte ou comunicação ou de uma rede

hidrográfica, ou seja, uma rede serve para ligar e interligar pontos

diferentes, onde transitam por este sistema viário, mercadorias,

pessoas, capitais e informações. Tais redes podem ser materiais e

imateriais.

A rede de transporte consiste num conjunto de sistemas viários

que faz parte do grupo de rede materiais, compreendendo um conjunto

de vias de comunicação terrestre, aéreo e aquático que ligam

diferentes locais de partida e de destino.

A infovia é um sistema de redes imateriais que permitem a

transmissão de múltimplas informações por meio de imagens, sons e

dados para vários pontos do planeta. Essa rede é composta por

satélites, linhas de fibras ópticas e redes de telefonia. (PITTE, 1998)

• A área de cultivo domina a extensão rural. Identifique as delimitações dessas

áreas.

Sistema Viário do Município

14 

 

Com a produção por meio da técnica, o sistema de circulação de

produtos passou a ser indispensável para a economia, pois hoje é primordial

colocar as mercadorias em movimento e numa escala de ação cada vez mais

ampla.

Tendo uma visão mais racional do mundo e também dos lugares, a

sociedade é conduzida a uma melhor organização do território tanto nos

aspectos econômicos como nos sociais, que são a base da produção, dos

transportes e das comunicações, tendo como base o dinheiro e a informação.

O transporte é considerado um dos elementos indispensáveis para a

democratização da sociedade e é através dele que o homem tem acesso aos

diversos serviços oferecidos em diversas áreas, desde a produção, a

comercialização, o consumo e os serviços (educação, saúde, lazer, entre

outros).

A organização e distribuição das vias de transporte e comunicação

refletirão na ordenação do território tanto municipal como estadual ou federal,

pois é através dessa ordenação espacial que a sociedade organiza-se nos

diversos setores da economia e também na localização de suas moradias.

Dentro do município a localização da cidade e de seus distritos são

fatores determinantes na distribuição da rede de transportes, pois o ponto

central é a cidade, a malha rodoviária municipal parte dela para seus

arredores como se fosse uma teia, mostrando assim sua importância.

SISTEMA VIÁRIO DE CAMBIRA

O município de Cambira é cortado no sentido nordeste/noroeste pela rodovia

BR-369, que o liga, entre outras cidades, Londrina, Maringá e através de conexão

com a BR-376 a Capital do Estado Curitiba. Essa rodovia é chamada de Rodovia

dos Cereais.

15 

 

Cambira não possui transporte coletivo urbano público ou privado. O sistema

de transporte de passageiros no município é feito através do serviço de transporte

rodoviário intermunicipal e interestadual com ônibus de empresas privadas. A

Prefeitura Municipal realiza o transporte escolar dentro e fora do município.

A ferrovia segue quase paralela à rodovia, liga o município a Maringá e ao

Porto de Paranaguá - dois importantes centros de importação e exportação - mas

que mesmo assim não tem atualmente importante participação no sistema de

transporte municipal, pois as indústrias e os demais meios de produção do município

não se utilizam esse meio de transporte.

Em relação às vias rurais, estas são em quase sua maioria não

pavimentadas, mas apesar disso, graças ao serviço de cascalhamento, permitem o

deslocamento da população rural e o escoamento da produção agrícola. São

consideradas fundamentais para a economia do município, que é

predominantemente agrícola.

Em relação aos veículos automotores, o município apresenta o seguinte quadro:

VEÍCULOS REGISTRADOS SEGUNDO OS TIPOS - 2006

T I P O S QUANTIDADES Automóvel 1.394 Caminhão 197 Caminhão trator 21 Caminhonete 88 Camioneta 215 Ciclomotor 03 Micro-ônibus 01 Motocicleta 410 Motoneta 59 Ônibus 09 Reboque 24 Semi-reboque 23 Trator de rodas 01

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE DETRAN, 2006

16 

 

• Descreva a ocorrência de redes imaterias no município de Cambira.

Observando o mapa do sistema viário de Cambira:

• Identifique a importância social e econômica das diferentes vias de

comunicação. Justifique a resposta.

O Perímetro Urbano

• Observe o mapa a seguir e identifique as áreas, suas delimitações e

fronteiras.

 

17 

 

• Cidade: Segundo Garrido e Costa, 2006, p.38; Giovannetti, 1996, p. 35 e Adas, 1996,

p.45, cidade é um aglomerado populacional de grande dimensão e com uma população

heterogênea dependente do exterior em produtos alimentares e fornecedor de bens e serviços

à área envolvente, organizada para a vida coletiva, onde a maior parte da população se dedica

a atividades não-agrícolas. Para definir cidade são utilizados múltiplos critérios com o objetivo

de definir e caracterizar este espaço, desde os administrativos, aos quantitativos populacionais;

às densidades mínimas, os funcionais, etc. Dentro de cada um a diversidade de parâmetros é

grande, o que conduz à dificuldade de comparação das cidades em diferentes países. No

Brasil, por força da lei, cidade é toda sede de município. É na cidade que ficam instaladas a

prefeitura e a câmara municipal. Geograficamente para um agrupamento humano ser

considerado cidade é necessário que ele cumpra certas funções na vida social, econômica,

política e cultural local e regional.

• Distrito: Divisão territorial, com fins administrativos de extensão variável, delimitada com

base em diferentes critérios, consoante os estados onde é adotada. (Garrido e Costa, 2006,

p.57). O distrito municipal faz parte da divisão administrativa de um município, compreendendo

um ou vários bairros afastados da cidade (Adas, 1996, p.45).

• Município: Segundo Adas, 1996, p. 45 e Giovannetti, 1996, p.141, município é a menor

parte do espaço territorial brasileiro, ou, unidade política e administrativa de um estado,

governada por um prefeito e por uma câmara de vereadores. A área de um município não

corresponde apenas ao espaço territorial ocupado pela cidade. Ela é mais ampla, podendo

abranger vilas e distritos municipais, chácaras, sítios e fazendas localizados na área do

município.

       EXPANSÃO URBANA DE CAMBIRA – 1961 – 2007 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     Criação 1961

De 1961 a1970

De 1971 a 1980

De 1981 a 990

De 1991 a 2000

De 2001 a 2007

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: P. M. CAMBIRA

18 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

• Estabeleça hipóteses que expliquem as diferentes orientações geográficas

dos vetores de expansão do município de Cambira.

Vegetação

Observe as imagens a seguir:

As unidades territoriais possuem diferentes vetores de expansão em virtude de:

• Funções desempenhadas, ou seja, a atividade econômica, político-

administrativa ou social que se desenvolve num certo centro urbano.

• Fluxo ou movimento de capital (dinheiro, bens...)

• Barreiras naturais

• Políticas públicas;

• Conectividade com centros economicamente dinâmicos;

• Especulação imobiliária: subida desenfreada do preço dos imóveis, como

conseqüência de uma grande procura e reduzida oferta.

 

19 

 

• O que podemos inferir a partir dessa imagem?

• Que fenômenos que interferiram e interferem na manutenção e transformação

da cobertura vegetal do município de Cambira?

Observe os mapas a seguir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: IAP

20 

 

Segundo Tuma (1992), o Paraná apresenta diversos tipos de vegetação,

sendo consideradas as principais: A vegetação de mangues, de restingas e

baixadas, encontradas na Planície Litorânea; A floresta ou mata atlântica, com

espécies como o cedro, a canela, o banbuzal, encontradas principalmente na

serra do mar; floresta ou mata de araucárias, com espécies como o pinheiro-

do-paraná, erva-mate, pau-marfim, entre outras, também chamada de mata dos

pinhais, encontrada principalmente no primeiro planalto e sudoeste do Paraná;

vegetação de campos, com espécie como o capim-mimoso, flecha, pluma-

branca e capões, encontrada em vários locais na região do segundo planalto ou

Campos Gerais; a floresta ou mata tropical, com espécies como a imbuia,

figueira-branca, palmito, peroba, pau d’alho, cedro, encontrada na região Norte e

Nordeste. Cambira encontra-se na região norte do Estado do Paraná, portanto, a

vegetação típica é a floresta ou mata tropical.

A diversidade da cobertura vegetal depende predominantemente dos

seguintes fatores: relevo, o solo, a hidrografia e clima.

Cerca de 83% da superfície do estado do Paraná era ocupada por

florestas, cabendo às formações campestres (campos limpos e campos

cerrados), restingas litorâneas, manguezais e várzeas, os demais 17%.

A ocupação antrópica no estado do Paraná desencadeou um processo de

devastação das florestas que cobriam todo o território.

A extração da madeira, a implantação de lavouras e pastagens, a

expansão urbana, entre outros fatores, são geradores das transformações

causadas na vegetação paranaense. Além destes, outros processos ocorreram

causando prejuízo ao meio, como a erosão dos solos, assoreamento de cursos

d’água, perda de solos férteis, alterações microclimáticas, pragas, proliferação

de espécies exóticas, extinção de espécies nativas entre outros.

De toda a cobertura florestal nativa no Paraná, a região dos planaltos do

interior apresenta-se muito degradado, principalmente nas regiões oeste e norte,

onde havia a Floresta Estacional Semidecidual, espaço este cedido aos

empreendimentos agropecuários. No Centro-sul, o quadro se apresenta um

pouco melhor, mas a região coberta pela Floresta de Araucárias possui um

remanescente bastante alterado devido às explorações madeireiras. O litoral

encontra-se em melhor conservação, principalmente na Serra do Mar por ser

uma área de difícil acesso.

Atualmente o Paraná possui somente 3,4 % da vegetação nativa.

21 

 

• Atualmente ainda existe em Cambira vegetação nativa ou original?

• Há em Cambira algum projeto de preservação e recuperação da vegetação?

• Descreva ou indique a orientação geográfica dos vetores de desmatamento

no estado do Paraná.

• Com base na seqüência temporal, delimite no último mapa, áreas onde

houve, respectivamente, manutenção, ampliação e redução das áreas de

cobertura vegetal.

• Com base na regionalização anterior, enumere os fatores que explicam a

geograficidade de cada região.

• Identifique os diferentes conjuntos de vegetação apresentados no mapa a

seguir:

Reflorestamento – Plantio de espécies vegetais, por vezes

exóticas, sob a forma de monocultivo, com fins econômicos

(silvicultura).

Repovoamento – reconstituição vegetal a partir de manejo de

espécies nativas, que oportunizam a sustentação da diversidade da

flora e fauna.

Reservas florestais – Áreas florestais, que servem para assegurar

a conservação das espécies animais e vegetais.

22 

 

  

 

• Em Cambira, quais fatores que interferiram nestes processos?

• Cite os fatores que explicam a espacialidade da cobertura vegetal e do

reflorestamento no estado do Paraná:

• Qual a importância dos projetos de preservação e recuperação da cobertura

vegetal e do envolvimento da população local nos mesmos?

Relevo

• Ao sair de sua casa e ao olhar as paisagens à distância, você percebe

diferenças de altitudes entre os lugares?

Org. por J. C. Ruiz, 2007 – Fonte: IPARDES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: IPARDES

COBERTURA VEGETAL E REFLORESTAMENTO DO ESTADO DO PARANÁ – 2001-2002 (IPARDES).

23 

 

Veja as imagens a seguir:

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: IPARDES

 

Relevo

O relevo de Cambira apresenta a seguinte variação hipsométrica: em

grande parte de seu território a altitude fica entre 600 e 800 metros,

onde se localiza a área urbana, há pequena diminuição para 600 e 400

metros no extremo norte, na divisa com o município de Mandaguari e

trecho da região oeste do município, na divisa com o município de

Jandaia do Sul. Apresenta uma redução, um pouco mais acentuado

em trecho da região oeste, na divisa com o município de Marumbi,

região leste, na divisa com Apucarana e na região sul, na divisa com

Novo Itacolomi.

A maior parte do território apresenta declividades entre 10% e 20%,

alguns trechos da região central, leste, norte e sul apresentam

declividade de 20% a 45% e na região nordeste, trechos do centro e

leste as declividades ficam entre 0 a 10%.

24 

 

• Observe o mapa a seguir, da expansão urbana do município de Cambira.

• Em seguida determine se sua expansão é regular ou irregular.

• Em que medida o relevo influenciou neste processo?

 

 

25 

 

As imagens apresentam locais com diferentes altitudes. Observe o perfil e o

mapa a seguir:

O relevo do Paraná é constituído por quatro grandes

unidades: Planície Litorânea; Primeiro Planalto ou de Curitiba;

Segundo Planalto ou de Ponta Grossa e Terceiro Planalto ou de

Guarapuava.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

26 

 

SOLOS

• Solo: camada superficial da crosta terrestre, formada por elementos móveis de

origem mineral, orgânica (vegetal e animal) e seres vivos. (Garrido e Costa,

2006, p. 169)

• Subsolo: corresponde à parte que segue ao solo. É pobre em matéria orgânica

e constituído principalmente de material mineral. (Guerra, 1989, p.401)

• Rocha matriz: é aquela em que os elementos originais ou primitivos não

sofreram transformações motivadas pela meteorização. (Guerra, 1989, p.377)

• Quais os pontos de maior e menor altitude que podem ser identificados neste

perfil topográfico?

• Quais os pontos mais baixos do relevo a oeste? E a leste?

• Existem pontos de altitudes intermediárias neste perfil topográfico?

• Com base no mapa das unidades geomorfológicas do Paraná, identifique em

qual unidade do relevo Cambira está inserido?

Solo

A reprodução das sociedades está intrinsecamente relacionada aos diferentes

tipos de solos e sua localização.

27 

 

• O solo configurou ou configura um fator importante para o desenvolvimento

da organização espacial de Cambira?

• Observe o mapa dos solos de Cambira e identifique os tipos de solos que

podem ser encontrados. Compare-os com outros tipos de solos do Estado do

Paraná.

 

 

28 

 

• Qual tipo de solo predomina no Estado e em Cambira?

• A Qualidade do solo interfere no modo de vida e na ocupação humana. É

possível perceber este processo no município de Cambira?

• Há processo erosivo no município de Cambira?

• Relacione esse processo com o uso e ocupação do solo, apontando suas

características naturais.

TIPOLOGIA DOS SOLOS

Principais tipos de solos do Estado do Paraná:

Solos de Mangue: solos extremamente frágeis de origem sedimentar flúvio-

marinha, constituídos geralmente por material areno-síltico-argiloso, rico em matéria

orgânica, hidromórfica, salina, com alta capacidade de troca de cátions e elevada

condutividade elétrica. Ocorre na foz de rios, em ambientes flúvios-marinhos em

locais de águas tranqüilas. Por estarem sujeitos ao fluxo e refluxo das marés,

tornam-se extremamente instáveis e necessitam da proteção constante de sua

cobertura vegetal original. Inserem-se em um ecossistema de importância

fundamental no controle do entulhamento do fundo de baías, na depuração de

resíduos orgânicos e na cadeia trófica.

Areias quartzosas: constituídas essencialmente por partículas arenosas (sílica) na

proporção de 85% ou mais, são muito pobres em nutrientes e apresentam baixa

capacidade de retenção de água, sendo que tais características são exclusivamente

29 

 

dependentes da matéria orgânico presente. Podem ser hidromórfica ou não.

Ocorrem geralmente no litoral em área de antiga influência marinha e em regiões de

arenitos.

Podzóis: no Paraná são de textura essencialmente arenosa, diferindo das areias

quartzosas por apresentarem um horizonte de perda (eluvial) logo abaixo do

horizonte A e um horizonte de acumulação de matéria orgânica em profundidade.

Este processo faz dos Podzóis solos mais pobres em nutrientes e com maiores

limitações de uso que as areias quartzosas. Sua ocorrência maior no Estado prende-

se ao litoral, inclusive em ilhas, e a sua estabilidade está na íntima dependência da

manutenção da cobertura vegetal original.

Solos Orgânicos: constituídos essencialmente por resíduos orgânicos em vários

estágios de decomposição depositados sob condições anaeróbicas em locais

abaciados. Tem densidade muito baixa, o que lhes confere um grau de

trafegabilidade muito reduzido. Sua composição orgânica os predispõe

sobremaneira à subsistência (rebaixamento superficial) quando drenados, em

função da contração de volume por remoção de água, ao que se segue intensa

mineralização.

Solos Aluviais: derivados de sedimentos aluviais ocorrem principalmente nas

margens dos rios e são constituídos por um horizonte superficial “A”, sobrejacente a

camadas de composição física e químicas distintas, transportadas pelo rio e que não

guardam entre si nenhuma relação pedogenética. Assim como os solos de mangue,

e os solos orgânicos, quando ocorrem nos diques marginais dos rios, não devem ser

destituídos de sua cobertura vegetal original para sua conservação e qualidade da

água.

30 

 

Solos gleis: solos minerais, hidromórficos, derivados de sedimentos alúvio-

coluvionares que ocorrem em relevos côncavos. Apresentam hidromorfia intensa

expressa por horizonte glei (cinza) dentro dos 50 cm superficiais formado por

redução e/ou remoção do ferro. Podem ser de textura argilosa ou média, com

fertilidade variável; encontram-se tanto sob florestas ciliares como em locais mais

interiorizados no plano aluvial.

Cambissolos de sedimentos alúvio-coluvionares: ocupam as superfícies

quaternárias em cotas altimétricas não sujeitas a inundações. São essencialmente

minerais; sua fertilidade é diversa e está atrelada ao material que lhe deu origem

além do tipo e intensidade dos processos de transporte e sedimentação.

Cambissolo gleico: situa-se quase nas mesmas cotas altimétricas que os

cambissolos, embora em cotas altimétricas mais baixas. Difere dos cambissolos por

apresentarem indícios de gleização ou gleização evidente entre 50 e 100 cm. Por

este fato, é considerado semi-hidromórfico. Embora haja similaridades pedológicas

entre estes, a cobertura vegetal existente é significativamente distinta quanto maior

for a hidromorfia.

Solos litólicos: solos não hidromórficos rasos, constituídos por horizonte “A” e

“rocha viva”, ou alterada ou sobre horizonte “C”. Ocorrem geralmente em relevo forte

ondulado e montanhoso e podem originar-se dos mais variados materiais. Por isso,

suas características morfológicas, físicas e químicas são bem variadas. Podem ter

textura média e argilosa, com ou sem cascalhos, sendo que algumas vezes são

pedregosos e rochosos.

Cambissolos: compreendem solos minerais, não hidromórficos, pouco

desenvolvidos. Situam-se em ambientes de encostas. Podem estar associados aos

latossolos, podzólicos e solos litólicos. Devido a estas diferenças, podem ser

31 

 

subdivididos em rasos, pouco profundos e profundos. Quanto à fertilidade, são

bastante variáveis e dependem do material de origem.

Podzólicos: solos minerais, não hidromórficos, com horizonte subsuperficial “B”,

caracterizados por apresentarem incremento de argila em relação ao horizonte

superficial “A”. Podem ser considerados como solos bem desenvolvidos. Com

exceção de rochas efusivas, como basalto e diabásio, podem ser derivados de

inúmeros materiais geológicos.

Terras roxas estruturadas e terras brunas estruturadas: solos minerais, não

hidromórficos, com horizonte subsuperficial “B” derivados de rochas efusivas básicas

(basalto e diabásio). Apresentam-se argilosos e com teores mais elevados de ferro e

também com fertilidade mais alta. Normalmente no Estado do Paraná as terras

brunas são consideradas como solos de altitude (acima de 800 m.), embora possam

ocorrer em regiões mais baixas.

Brunizem avermelhado: envolve solos minerais, não hidromórficos, de alta

fertilidade natural. Apresentam cerosidade forte e normalmente encontra-se em

relevos movimentados, em situações bastante localizadas, próximo ou associados

aos solos litólicos e a terras roxas estruturadas sobre basaltos.

Latossolos: solos minerais profundos, extremamente desenvolvidos, com horizonte

“B” latossólico, normalmente ocorrendo em relevos mais suaves, embora possam,

em situações esporádicas, ser encontrados em relevos montanhosos (Serra do Mar).

Sua fertilidade é variável, dependendo do material de origem.

Ambiente Brasil, 2007

Hidrografia

32 

 

• A presença de cursos d’àgua (rios, córregos, riachos, entre outros) é fator

essencial para o desenvolvimento de uma região?

• Quando ocorreu o processo de colonização do município os rios eram fatores

preponderantes na divisão dos lotes rurais. Hoje, como esses rios interferem

nas atividades dos moradores de Cambira?

• Delimite e identifique as bacias hidrográficas do Estado do Paraná no mapa a

seguir.

DIFERENTES CURSOS D’ÁGUA

Rio: Curso d’água natural que deságua em outro rio, lago ou mar. Os rios levam as

águas superficiais, realizando uma função de drenagem, ou seja, escoamento das

águas. Seus cursos estendem-se do ponto mais alto (nascente ou montante) até o

ponto mais baixo (foz ou jusante), que pode corresponder ao nível do mar, de um

lago ou de outro rio do qual é afluente.

De acordo com a hierarquia e o regionalismo, os cursos d’água recebem diferentes

nomes genéricos: ribeirão, lajeado, córrego, sanga, arroio, igarapé, etc. (IBGE)

 

33 

 

O município de Cambira está localizado entre duas bacias hidrográficas: a do

rio Ivaí e a do Rio Pirapó.

Os principais rios, córregos e ribeirões da bacia do Pirapó e Ivaí são:

• Ribeirão dos Dourados: localiza-se na bacia hidrográfica do Pirapó, sua

nascente se encontra próximo a área urbana

do município de Cambira, tem seu curso

seguindo pela divisa oeste com o município

de Jandaia do Sul e estendendo-se ao limite

noroeste, na divisa com o município de

Mandaguari. É componente do manancial que abastece o município de Maringá.

• Ribeirão Cambira: manancial que serve de

abastecimento de água para a cidade de

Cambira. Localiza-se na bacia hidrográfica do

Rio Ivaí, nasce na região nordeste do

município, estende-se de norte para sul

delimitando a divisa leste e sudoeste com o município de Apucarana.

• Ribeirão Marumbizinho: Localiza-se

na bacia hirdrográfica do Rio Ivai.

Nasce no município de Jandaia do Sul

onde serve como manancial de

abastecimento de água para a cidade e

serve de limite entre os municípios de

Cambira e Jandaia do Sul na porção oeste, e com Marumbi na porção sudoeste

do município Cambira. Não é volumoso e possui razoável cobertura vegetal para

sua preservação.

34 

 

• Ribeirão Itacolomy: Pertence a bacia

hidrográfica do Rio Ivai. Nasce na região

central do município de Cambira, próximo a

região sul da área urbana. Desloca-se de

norte para sul até tornar-se o limite Sul,

entre os municípios de Cambira e Novo

Itacolomy, é também denominado de ribeirão azul. Nele se encontra as

cachoeirinhas do Palmeirinha.

Observe a seguir o mapa da hidrografia de Cambira.

 

35 

 

• Verifique se a cidade de Cambira está à jusante ou à montante do principal

manancial do município.

• Existe em Cambira sistema de tratamento de água e esgoto?

• Em Cambira são desenvolvidos projetos de recuperação das bacias

hidrográficas? Destaque a sua localização.

• Caso não existam projetos de recuperação, identifique os rios nos quais a

poluição pode ser observada.

• Em quais aspectos socioeconômicos e culturais os rios interferem na vida dos

munícipes?

Clima

Observe o mapa a seguir:

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE IAPAR

36 

 

O clima de Cambira é considerado como subtropical úmido mesotérmico, com

verões quentes e geadas pouco freqüentes, com tendência de concentração das

chuvas nos meses de verão, sem estação seca definida. A média das temperaturas

dos meses mais quentes é superior a 22°C, a dos meses mais frios é inferior a 18°C.

CLIMA

O Paraná é localizado na região de clima subtropical, com temperaturas

amenas, e tem pequena parte na região de clima Tropical.

A amplitude térmica anual do Estado varia entre 12º e 13ºC, com

exceção do litoral, onde as amplitudes térmicas variam de 8º a 9ºC

O Paraná não apresenta uma estação seca bem definida. As menores

quantidades de chuvas estão no extremo noroeste, norte e nordeste do

Estado e as maiores ocorrem no litoral, junto às serras, nos planaltos do

centro-sul e do leste paranaense.

De acordo com a classificação de Köppen, no Estado do Paraná domina

o clima do tipo C (Mesotérmico) e, em segundo plano, o clima do tipo A

(Tropical Chuvoso), subdivididos da seguinte forma:

1. Af – Clima Tropical Superúmido, com média do mês mais quente acima de

22ºC e do mês mais frio superior a 18ºC, sem estação seca e isento de

geadas. Aparece em todo o litoral e no sopé oriental da Serra do Mar.

2. Cfb – Clima Subtropical Úmido (Mesotérmico), com média do mês mais

quente inferior a 22ºC e do mês mais frio inferior a 18ºC, sem estação seca,

verão brando e, geadas severas demasiadamente freqüentes. Distribui-se

pelas terras mais altas dos planaltos e das áreas serranas (Planaltos de

Curitiba, Campos Gerais, Guarapuava, Palmas, etc.).

3. Cfa – Clima Subtropical Úmido (Mesotérmico), com média do mês mais

quente superior a 22ºC e no mês mais frio inferior a 18ºC, sem estação seca

definida, verão quente e geadas menos freqüentes. Distribuindo-se pelo Norte,

Centro, Oeste e Sudoeste do Estado, pelo vale do Rio Ribeira e pela vertente

litorânea da Serra do Mar. (Sua pesquisa/clima.)

37 

 

 

Observe a seguir o painel temporo espacial de Cambira:

ORG. POR J.C. RUIZ, 2007 – FONTE: SUDERHSA

38 

 

• Identifique e destaque no painel os meses em que iniciam as estações do

ano.

• Qual o mês mais seco e o mais chuvoso?

• Qual o ano mais chuvoso e o mais seco?

• Identifique a estação mais seca e a mais chuvosa.

• Elaborar um climograma anual dos anos mais secos e mais chuvosos de

Cambira.

CAMBIRA - ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO

ANO TOTALANUAL

MÁXIMA DIA MAX. DIA CHUVA

1976 1808,0 - - - 1977 1615,2 83,8 20/04/77 101 1978 1068,5 84,2 16/07/78 85 1979 1583,2 78,6 08/10/79 112 1980 1878,6 109,8 13/04/80 115 1981 1552,7 111,2 27/04/81 98 1982 1834,8 86,0 12/06/82 123 1983 2339,8 135,2 03/03/83 127 1984 1625,6 100,2 20/09/84 79 1985 1274,5 187,8 22/05/85 79 1986 1708,9 86,0 19/12/86 108 1987 1986,5 113,2 18/05/87 106 1988 1866,5 103,0 26/05/88 89 1989 1754,0 97,6 27/10/89 98 1990 1769,4 90,8 17/07/90 98 1991 1320,0 86,8 01/11/91 77 1992 1588,4 88,2 02/05/92 81 1993 1489,8 72,6 11/12/93 82 1994 1532,2 - - - 1995 1628,0 60,7 17/10/95 131 1996 1534,3 120,1 07/03/96 135 1997 2210,2 173,2 05/06/97 149 1998 2091,1 84,2 16/04/98 129 1999 1592,9 161,5 07/05/99 120 2000 1846,9 106,3 01/01/00 132 2001 1807,6 59,0 03/03/01 142 2002 1439,4 75,6 29/01/02 114 2003 1585,7 75,1 17/01/03 123 2004 1743,1 81,1 10/12/04 122 2005 1387,4 - - - 2006 1355,1 71,5 23/02/06 113

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: SUDERHSA

39 

 

Estações do ano na Europa (Hemisfério Norte) Primavera inicia após o Inverno inicia aproximadamente no dia 20 de Março e termina

aproximadamente no dia 21 de Junho no Hemisfério Norte

As principais características da primavera é o reflorescimento da flora (das plantas) e da fauna

terrestre.

Segundo estudiosos, as noites da primavera possuem a mesma duração de tempo que os

dias, mas esta duração vai diminuindo gradativamente com o passar do tempo e os dias vão se

tornando mais longos do que as noites.

Verão tem seu início em 21 de Junho e finda em 23 de Setembro no Hemisfério Norte. Suas

principais características são dias longos e quentes (temperatura elevada), mas também

possui dias geralmente chuvosos.

O Verão é marcado por intensas chuvas, em regiões com o Clima bem definido.

Por possuir dias quentes, a tendência é acontecer evaporação da águas e com isso acontecer

a precipitação, ou seja, a formação das nuvens de chuva. Chove mais nos meses de

junho,julho e agosto no Norte.

Outono inicia no dia 23 de Setembro e tem fim no dia 21 de Dezembro no Hemisfério Norte.

O Outono é uma estação que indica a passagem do verão para o inverno e suas principais

características são: O amarelar das folhas e posteriormente suas quedas que pode causar um

visual bastante agradável para nossos olhos. As árvores de folhas caducas (caducifólias) são

um símbolo do outono.

Inverno inicia aproximadamente no dia 21 de Dezembro e termina aproximadamente no dia 21

de março no Hemisfério Norte.

A principal característica do inverno é a queda da temperatura, podendo variar em algumas

regiões bem abaixo de 0ºC, onde ocorre a queda de neve nos meses de dezembro, janeiro,

fevereiro e março.

Isso acontece porque o Sol bate no outro hemisfério quando está no Inverno.

Na Europa o ano é dividido em quatro estações, pois há quatro períodos com condições

climáticas muito distintas, como o inverno (frio), primavera (flores), verão (calor), outono (queda

da folhas).

Resumidamente podemos assim descrever as quatro estações nessa região: O inverno

é marcado pela presença da neve, de uma paisagem que mostra árvores com aspecto de

mortas e poucos animais. Na primavera essas árvores parecem ressuscitar cobrindo-se de

folhas e flores e uma intensa camada de gramas e arbustos surge no solo como por encanto.

Aves e animais que antes do inverno tinham migrado para regiões mais quentes em busca de

alimentos, agora retornam para se alimentar da nova vegetação e procriar. No verão ocorre o

nascimento dos filhotes e as árvores frutíferas fornecem mais alimentos. No outono os filhotes

já estão crescidos, a disponibilidade de alimentos diminui, as folhas das árvores começam a

cair deixando as árvores quase nuas anunciando a chegada de um novo inverno. É nesse

período que muitos animais partem novamente a procura de regiões mais quentes onde há

mais alimentos. 

40 

 

Estações do ano em Cambira (Hemisfério Sul)

Primavera é a estação do ano que se segue ao inverno e precede o verão. Inicia-

se no dia 21 de Setembro no e termina no dia 21 de Dezembro no Hemisfério Sul.

A primavera inicia no equinócio (dias e noites com a mesma duração) de

Setembro e termina no solstício de Dezembro, no Hemisfério Sul.

Em relação a temperatura, a primavera tem temperaturas amenas ao longo da

estação.

Verão Tem seu início em 21 de dezembro e termina em 21 de março no

hemisfério sul. Neste período, as temperaturas permanecem elevadas e os dias

são longos. No verão chove mais que nas outras estações, pois quanto mais

quente a cidade, mais água irá evaporar, sendo então dezembro, janeiro e

fevereiro, os meses mais chuvosos no sul.

Outono inicia-se em 22 de março e termina em 20 de junho. É caracterizado por

queda na temperatura , e pelo amarelar das folhas de algumas árvores, que indica

a passagem de estações.

Inverno se inicia no dia 21 de junho e termina no dia 23 de setembro no hemisfério

sul. Sua principal característica é a queda da temperatura chegando a atingir até

0º ou menos. O inverno se prolonga pelos meses de junho, julho, agosto e

setembro no hemisfério sul.

No Brasil as quatro estações não são tão distintas. As estações

acontecem de forma diferente nos estados do norte e do sul. Cambira, que está

localizado nos estados do sul do Brasil, apresenta as características típicas dessa

região, ou seja, nos estados do sul é mais fácil dividir o ano em quatro estações,

pois a natureza apresenta as quatro predominâncias, ela caracteriza-se por

verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de

novembro à março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000

mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência,

principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida. cdcc.sc.usp.br

• Correlacione a variabilidade climática apresentada com as atividades

socioeconômicas e culturais desenvolvidas em Cambira.

41 

 

2. ARRANJOS TERRITORIAIS

Objetivo geral

Compreender a geograficidade inerente aos arranjos espaciais.

Objetivos específicos:

• Reconhecer e identificar as características inerentes à estrutura urbana e

rural, analisando por meio de conceitos o uso e ocupação do solo a partir da

distinção de ambas as áreas.

• Analisar e compreender conceitualmente a distribuição espacial das zonas de

ocorrência de serviços públicos essenciais, como água, esgoto, lixo, rede

elétrica, asfalto, entre outros.

ARRANJOS TERRITORIAIS

Estrutura Fundiária e Relações no Campo

Analise a imagem a seguir.

42 

 

 

A agricultura é uma das principais atividades econômicas do Estado do

Paraná e do município de Cambira. Em ambos predominam as culturas diversas

com fins comerciais e o uso de

tecnologia. A tecnologia está

presente e é caracterizada através

do uso das máquinas e dos

produtos químicos, determinando

assim a prática da denominada

agricultura moderna. O uso de

pesticidas ainda ocorre fortemente e é evidente a falta de conhecimento por parte

dos usuários acerca dos perigos a que estão expostos durante a aplicação. Eles

desconhecem ou desconsideram as conseqüências danosas ao meio ambiente e

43 

 

aos perigos que expõe à população que consome os alimentos produzidos sem as

devidas precauções.

Pode-se perceber que a área de cultivo domina parte significativa da paisagem.

• Pesquise e descreva quais mudanças ocorreram na forma de produção

agrícola de Cambira?

• Qual a importância da agricultura para o município de Cambira? E para você?

• Você sabe quais são os produtos agrícolas produzidos em Cambira?

• A partir dos arranjos espaciais contidos na imagem, indique quais são

característicos do espaço rural.

 

44 

 

Talvez a mais importante função da agricultura seja a de produzir alimentos. O

investimento cada vez maior de capital no processo agrícola fez com que o seu

modo de produção e a sua produtividade fossem alterados com o passar do tempo.

A tecnologia criada e utilizada no espaço urbano passou para as atividades agrárias.

Assim, grandes empresas internacionais investem na produção de implementos

agrícolas e produtos químicos para o incremento da produtividade de alimentos e,

matérias primas oriundas da atividade agrícola destinadas a outras funções.

No Brasil, a agricultura foi determinante para a economia até meados do século

XX, quando o setor industrial passou a ter grande importância na formação do PIB

brasileiro. Entretanto, a agricultura não perdeu sua importância, mesmo porque é

uma atividade estratégica para o desenvolvimento de qualquer país.

A ocupação do Norte do Paraná deu-se através das grandes empresas

loteadoras e da expansão da cafeicultura paulista. O café era e ainda permanece,

apesar da diminuição da área plantada, como uma cultura em escala comercial

destinada à exportação. Esta tendência é seguida a partir da década de setenta pelo

cultivo da soja, acarretando grandes transformações no uso do solo, nas relações de

trabalho no campo, bem como no uso de novas tecnologias.

O novo estilo de consumo da sociedade moderna levou ao crescimento das

exigências da qualidade e quantidade de produtos disponíveis, e incrementou a

demanda de recursos naturais e também da produção agrícola. A conseqüência foi o

uso de maneira intensiva de produtos químicos como, fertilizantes, herbicidas e

fungicidas.

O objetivo do uso de agrotóxicos é o combate a algum tipo de vida, sejam elas

nocivas ou prejudiciais ao homem ou não e ao desenvolvimento econômico,

principalmente no setor agropecuário. Se o agrotóxico é um agente exterminador de

plantas consideradas daninhas, insetos e fungos, dependendo de sua concentração

e do tempo de contato, poderá ser nocivo à vida humana. Em especial à vida das

pessoas que estão expostas de forma mais direta a eles, como os trabalhadores

rurais e populações que moram nas áreas próximas às plantações. (FERREIRA e

CARVALHO, 2005)

• Observe o mapa anterior da concentração fundiária do Paraná e identifique

qual tipo de concentração fundiária predomina no Paraná.

• Compare a concentração do município de Cambira com o estado do Paraná.

45 

 

AGRICULTURA

          A colonização de Cambira foi feita pela Companhia Melhoramentos Norte do

Paraná, que loteou e vendeu as suas terras. A primeira atividade agrícola se deu em

1936 com plantação de café, cereais, cana e mandioca na Gleba denominada

“Cambira”. Em 1938 deu-se início a abertura de lotes agrícolas na chamada Gleba

Dourados e posteriormente na região onde localiza o distrito de Bela Vista. Em função

da fertilidade da terra roxa, principalmente para o cultivo do café - primeiro produto

agrícola do município – o fluxo migratório foi intenso, iniciando-se em 1940 e

estendendo em proporções significativas até o ano de 1950.

Segundo dados do IBGE em seu recenseamento de 1995, existem 513

propriedades rurais, sendo que 28,46% são de produtores pertencentes a categoria de

agricultores familiares, 65,89% são empresários familiares e 5,65% estão na categoria

de empresários rurais.

Conhecendo a estrutura agrária do seu município.

• A tabela a seguir permite identificar se em Cambira existe concentração

fundiária. A visualização dos níveis de concentração poderá ser obtida por

meio da construção de um Gráfico de colunas. Construa-o a partir dos dados

da tabela.

ESTRUTURA FUNDIÁRIA – CAMBIRA

GRUPOS DE ÁREA

Nº de Propriedades(IBGE 1995)

%

Nº de Propriedades

(EMATER 2006)

%

Agricultores familiares (menos

de 10 ha)

146 28,46% 245 40,43%

Empresários familiares (de 10 a

100 ha)

338 65,89% 350 57,76%

Empresários rurais (mais de 100

ha)

29 5,65% 11 1,81%

Total 513 100,00% 606 100,00% Org. por J. C. Ruiz, 2007 - Fonte: IBGE, 1995 – EMATER, 2006

46 

 

• A partir dos dados apresentados na tabela, confeccione um gráfico de coluna

sobre a concentração fundiária de Cambira.

Estabelecimento rural – supõe uma divisão de áreas baseada em critérios

econômico-administrativos, ou seja, uma área explorada por um único administrador.

Propriedade rural – unidade de terra com título de propriedade supõe

reconhecimento jurídico do direito de propriedade. (Eliane Tomiasi)

Para realização do censo agropecuário 95-96, o IBGE considerou como

estabelecimento agropecuário todo terreno de área contínua, independente do

tamanho ou situação (urbana ou rural), formado de uma ou mais parcelas,

subordinado a um único produtor, onde se processasse uma exploração

agropecuária, ou seja: o cultivo do solo com culturas permanentes e temporárias,

inclusive hortaliças e flores; a criação, recriação ou engorda de animais de grande e

médio porte; a criação de pequenos animais; a silvicultura ou o reflorestamento; e a

extração de produtos vegetais. (IBGE, 2007)

Segundo a Receita Federal o imóvel rural, para efeito do ITR, é considerado

como a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras confrontantes, do

mesmo titular, localizada na zona rural do município, ainda que, em relação a alguma

parte da área, o declarante detenha apenas a posse.

Considera-se área contínua a área total do prédio rústico, mesmo que

fisicamente dividida por ruas, estradas, rodovias, ferrovias ou por canais ou cursos

de água.

Assim, se uma pessoa adquiriu dois, três ou quatro imóveis, de dois, três ou

quatro proprietários diversos, mediante escrituras públicas distintas, os respectivos

bens são unidades autônomas para o Código Civil e para a Lei de Registros

Públicos, com matrículas próprias, mas para a legislação do ITR é um único imóvel,

desde que suas áreas sejam contínuas.

Se um rio corta a propriedade rural isso não implica descontinuidade da área

desta. Também a existência de uma estrada, rodovia ou ferrovia que corta a

propriedade rural, em qualquer hipótese, não implica descontinuidade da área. (Receita Federal, 2004)

47 

 

• Você sabia que numa única propriedade rural pode haver vários

estabelecimentos rurais?

Vários estabelecimentos (1,2,3 e 4) rurais numa só propriedade (X)

Várias propriedades (A, B, C e D) constituindo um único estabelecimento rural (5)

Uso do Solo

1  2 

3  4 

X A  B 

C  D 

5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: IAPAR 

48 

 

INDICADORES DE USO DO SOLO

UTILIZAÇÃO DAS TERRAS NO MUNICÍPIO DE CAMBIRA – 1995

ÁREA TOTAL (HA)

LAVOURAS PERMANENTES

E TEMPORÁRIAS

PASTAGENS NATURAIS E ARTIFICIAIS

MATAS NATURAIS E PLANTADAS

LAVOURAS EM DESCANSO E PRODUTIVAS

NÃO UTILIZADAS

15.567

8.093

6.017

906

47

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: IBGE 31/12/1995

• Analise a produção agrícola de Cambira e relacione os produtos produzidos

localmente.

• A produção agrícola de Cambira está voltada para atender o mercado local ou

outros mercados?

• Verifique se a produção agrícola de Cambira abastece o mercado exterior.

 

 

 

 

 

 

 

 

Org. por J. C. Ruiz, 2007 – Fonte: SEAB/DERAL, 2007

CAMBIRA ÁREA DE PRODUÇÃO 2005

Soja 37,45%

Trigo 11,67%

Café11,58%

Arroz2,43%

Aveia2,92%

Feijão4,38% 

Cana5,25% 

Milho24,32%

Arroz  Café  Cana Feijão Milho Soja Trigo Aveia 

49 

 

• Indique as implicações sociais e ambientais das atividades agrícolas de

Cambira.

• Dos alimentos que você consome, quais são produzidos em Cambira?

EMPREGOS GERADOS NO CAMPO

PESSOAL OCUPADO NO CAMPO – CAMBIRA 1995 Homens

maiores de 14 anos

Homens menores de

14 anos

Mulheres maiores de 14

anos

Mulheres menores de

14 anos

T O T A L

1.406 31 435 34 1.841 Org. por J. C. Ruiz, 2007 – Fonte: IBGE 31/12/1995

• Construa um gráfico de linhas com as informações sobre as ocupações do

campo.

CAMBIRA: UTILIZAÇÃO DAS TERRAS - 1995

Grupos de área

Terras

Próprias

Terras

Arrendadas

Terras em Parceria

Terras

Ocupadas

Número de estabelecimentos 413 33 47 20

Área (em ha) 14.168 784 450 166 Org. por J. C. Ruiz, 2007 – Fonte: IBGE 31/12/1995

     CAMBIRA – PRODUÇÃO POR CABEÇAS ‐ 2005 

 

 

 

 

 

 

Org. por J. C. Ruiz, 2007 – Fonte: Ipardes

Aves95,59%

Suínos1,36%

Ovinos0,09%

Bovinos2,87%

Eqüinos0,08%

Bovinos

Eqüinos

Aves

Ovinos

Suínos

50 

 

CONDIÇÃO DAS TERRAS SEGUNDO NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS POR GRUPOS DE ÁREA

Grupos de área

%

Estabelecimentos com menos de 10 ha 28,46%

Estabelecimentos com 10 a menos de 100 ha 65,89%

Estabelecimentos com 100 a menos de 200 ha 4,87%

Estabelecimentos com 200 a menos de 500 ha 0,58%

Estabelecimentos com 500 e mais ha 0,20%

T o t a l 100,00%

ORG. POR J. C. RUIZ, 2008 – FONTE: IBGE, 1996

ÁREA DE ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS POR CONDIÇÃO DO PRODUTOR

Grupos de área Terras Próprias

Terras Arrendadas

Terras em Parceria

Terras

Ocupadas

Total

Agricultores familiares (até 50 ha) 37,80% 3,57% 2,89%

1,07% 45,33% Empresários familiares (de 50 a 100 ha) 20,07% 1,46% -

- 21,53% Empresários rurais (mais de 100 ha) 33,14% - -

- 33,14% S O M A 91,01% 5,03% 2,89%

1,07% 100,00% ORG. POR J. C. RUIZ, 2008 – FONTE: IBGE, 1996

• Houve mudança na forma de produção agrícola de Cambira desde sua

fundação até os dias atuais?

Segundo a UFPB e a PUC – Rio, a partir de 1970 ocorreu uma redução do

número de pequenas propriedades agrícolas devido à modernização da agricultura e

sua associação ao desenvolvimento urbano-industrial. Essa relação refletiu no

preço da terra. Nas áreas mais próximas aos mercados consumidores a tendência

foi de elevação dos preços. Como a terra ficou mais cara foi necessário, para torná-

la rentável, investir em máquinas, equipamentos, sementes, fertilizantes, etc.

51 

 

A valorização da terra impediu que grande parte da população rural tivesse

condições de se tornar proprietária.

Além da mecanização e da introdução e/ou ampliação do uso de novos

processos e técnicas, contribuiu significativamente para essa redução e para as

profundas mudanças na organização do espaço agrário com reflexos sobre a

paisagem rural, a intensificação da concentração da propriedade da terra, as

mudanças no uso do solo, a partir da expansão de culturas de exportação, como

trigo, soja, cana-de-açúcar, e da pecuária, também as mudanças nas relações de

trabalho, implementadas com a criação do Estatuto do Trabalhador Rural, que

ampliou o assalariamento da mão-de-obra

(ufpb.br/puc-rio.br)

Com base nos dados anteriormente apresentados, analise o gráfico a seguir.

EVOLUÇÃO POPULACIONAL DE CAMBIRA

Ano População Total

População Urbana

População Rural

1970 20.236 2.266 17.9701980 12.022 2.901 9.1211991 6.352 3.003 3.3491996 6.274 3.692 2.5822000 6.688 4.194 2.4942007 6.862 4.919 1.943A partir do censo de 1991 houve desmembramento das informações sobre o município. Em 29/01/1992 houve a emancipação política do distrito de Itacolomi.

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: IBGE

• A partir dos dados constantes na tabela, construa um gráfico de linhas.

• Verifique os dados do gráfico anterior e indique em que década a população

urbana ultrapassou a população rural.

52 

 

• Estabeleça a correlação entre o uso do solo, estrutura fundiária, ocupações

no campo e distribuição populacional campo-cidade.

• Que conseqüências a modernização da agricultura provocou na distribuição

da população urbana e rural brasileira?

• Quais as influências sociais e econômicas do emprego da biotecnologia na

agricultura?

Estrutura Urbana

Observe o mapa a seguir:

 

53 

 

Zoneamento urbano corresponde à divisão de áreas com objetivo de

efetuar a reorganização espacial de uma cidade, para determinar a diferença entre as

áreas e os fins a que se destinam. Assim, temos: zona residencial, zona comercial,

zona industrial, zonas mistas, entre outras.

O Zoneamento de uso e ocupação do solo do perímetro urbano da sede do

município de Cambira é regido pela Lei nº 430/90 de 28.06.1990 e dispõe, entre

outras, sobre o uso do solo, que estabelece as atividades que são permitidas,

permissíveis e proibidas para cada zona e a Ocupação do solo que dispõe sobre a

maneira que a edificação ocupa o lote, em função das normas e parâmetros

urbanísticos incidentes sobre os mesmo, como: taxa de ocupação, coeficiente de

aproveitamento, recuos obrigatórios, testada mínima de lotes e área mínima dos lotes.

Segundo a Lei a área do perímetro urbano é subdividida em zonas, conforme

o uso a que se destinam da seguinte forma:

a) Zonas Residenciais (ZR): cuja finalidade é de atender predominantemente, o

uso residencial, individual ou coletivo.

b) Zonas Comerciais (ZC): destinam-se ao exercício do comércio, prestação de

serviços e da pequena indústria anexa à atividade principal.

c) Zonas Industriais (ZI): destinada predominantemente às indústrias.

d) Zonas Especiais (ZE): são reservadas para fins específicos e sujeitos às normas

próprias nas quais toda e qualquer obra, deverá ser objeto de estudo por parte do

Poder Público Municipal.

e) Zonas de Expansão (ZEx): criadas para atender aos novos loteamentos. Têm

por finalidade consolidar uma política de crescimento destinada à expansão

residencial.

Nas cidades existe uma divisão entre as áreas residenciais, comerciais e

industriais.

• A partir do mapa identifique e descreva essas áreas em Cambira.

• A delimitação dessas áreas obedece a um planejamento ou ocorrem

espontaneamente?

• Reflita sobre os objetivos que fundamentaram a criação dessas áreas.

• Qual o objetivo da criação dessas áreas?

54 

 

BRASÃO DE CAMBIRA

O Norte do Paraná foi colonizado pela Companhia de Terras Norte do

Paraná, criada em 1925 pela Paraná Plantation Ltda. de origem inglesa, liderada por

Lord Lovat.

A Paraná Plantation, através da Companhia de Terras Norte do Paraná,

criou 65 centros urbanos, como Maringá e Londrina na condição de cidades pólos. O

objetivo da implantação destes centros urbanos era dar suporte às vendas das

terras, pois os compradores somente seriam atraídos se houvessem núcleos

urbanos com recursos mínimos, como entreposto comercial, centro religioso e

serviços básicos de saúde e educação. A comarca de Londrina abrangia todo o

Norte Novo. Na esteira desse grande projeto de colonização, surgem outras

inúmeras cidades, fora da área de domínio da Companhia, e por iniciativa de outros

colonizadores.

O município de Cambira tem seu nome originado de um cipó de flor lilás

muito abundante na região.

Em seu processo de ocupação e colonização, iniciado em 1940, contou

com a presença significativa de pessoas de

origem italiana, espanhola e portuguesa.

Desde o início da ocupação até aos dias

atuais nota-se a quase ausência de

japoneses no município, apresentando

atualmente número inferior a dez pessoas.

Dos estados brasileiros a contribuição

migratória maior coube aos mineiros.

55 

 

HINO OFICIAL DE CAMBIRA

Salve, salve Cambira O teu futuro a sorrir está

Salve, salve Cambira Cidade jovem do Paraná

Salve, salve Cambira

Minha cidade que marchará Avante, sempre avante

Para a grandeza do Paraná

Verdejante, altaneira Entrelaçadas com vigor

As riquezas sobranceiras Dando aos filhos teu valor

Acolheste em teu regaço

Este povo varonil Que converte o teu espaço

Num celeiro do Brasil

BANDEIRA DE CAMBIRA

HINO DE CAMBIRA

O hino de Cambira foi oficializado em 25 de agosto de 1987 pela lei nº

360/87. A composição musical com letra e música é de autoria do professor João

Welter Júnior.

56 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

• A partir das imagens identifique e destaque o núcleo inicial de formação da

área urbana de Cambira.

• A partir das imagens apresentadas sobre a formação urbana de Cambira

descreva que mudanças podem ser observadas na paisagem em questão?

• Observando o mapa da Evolução urbana de Cambira, identifique os vetores

de maior expansão e pesquise suas principais causas.

• Aborde a questão da verticalização.

• Pesquise como a especulação imobiliária influenciou e influencia nos vetores

de expansão identificados.

EXPANSÃO URBANA DE CAMBIRA – 1961 – 2007 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Org. por J. C. Ruiz, 2007 – Fonte P. M. de Cambira

      Criação 1961

De 1961 a 1970

De 1971 a 1980

De 1981 a 1990

De 1991 a 2000

De 2001 a 2007

57 

 

• Localizem no mapa anterior os vazios urbanos de Cambira. Explique a

geograficidade dos mesmos e reflita sobre os segmentos sociais beneficiados

por eles.

• Faça um levantamento dos fatores que influenciam na diferenciação dos

preços dos imóveis (terrenos e casas) em Cambira.

• Estabeleça correlação entre os bairros de Cambira e as classes que nele

habitam.

• Em Cambira existem áreas com moradias precárias? Estabeleça correlação

entre esta precariedade e o nível de renda da população?

O crescimento da cidade está relacionado a vários fatores, entre eles a renda

da população.

Analise a tabela a seguir:

CAMBIRA – ECONOMIA

SETORES

PRODUTIVOS

PARTICIPAÇÃO

ECONÕMICA

POPULAÇÃO

% (2007) Comércio/Serviços 15,93% 62,71%

Indústria 35,18% Agricultura 48,89% 37,29 T O T A L 100,00% 100,00%

ORG. J. C. RUIZ, 2007 – FONTE IPARDES/IBGE

58 

 

• Quais elementos na paisagem indicam a participação de cada um dos setores

na economia do seu município?

• Existem fatores que interferem na distribuição espacial das atividades

econômicas no seu município? Cite-os:

• Como a população economicamente ativa está ocupada nesses setores de

atividades?

Existem serviços fundamentais para a sustentabilidade socioeconômicas

e cultural das cidades, dentre eles podem ser citados: educação, saúde, lazer,

segurança, fornecimento de energia, água, esgoto, meios e vias de transporte,

coleta de lixo, creche, pontos turísticas, centro de convivência, etc.

Educação

A educação básica da rede pública é uma responsabilidade dos governos

estadual e municipal. Em geral, o poder público municipal, oferta desde a educação

infantil à 4ª série, e o governo do Estado mantém o restante do Ensino Fundamental,

Médio e Profissionalizante. A Educação de Jovens e Adultos é de responsabilidade

do município, do estado e da federação. Existem também redes privadas que

ofertam diferentes níveis de ensino cuja localização tem como fundamento a

exploração do mercado educacional.

59 

 

• Verifique se em seu município existem bairros que possuem demandas por

serviços educacionais não atendidas.

• Discuta por que isso ocorre.

O sistema educacional do município de Cambira apresenta a seguinte

composição:

ESCOLAS DE CAMBIRA – 2007

(Totais do Município)

Dependência Modalidade de Ensino *Total

de Escolas

Vagas

Ocupação% Ed.

Infantil Ens.

Fund. Ens.

Médio EJA

Educ.Espec.

Estadual - 2 1 - - 2 1.840 41,41% Municipal 3 3 - 1 - 5 1.156 71,80% Particular 1 - - - 1 2 170 67,65% *Uma mesma escola oferece mais de uma modalidade.

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 - DADOS FORNECIDOS PELAS UNIDADES

ESCOLAS DE CAMBIRA – 2007

(Dados por unidade)

Escola Criação Dependência *Modalidade Vagas Taxa Ocup.

E. M. Monteiro Lobato 08.04.98 Municipal Ed.Inf.e Ens.Fund. 400 87,50% E. M. São José 22.01.93 Municipal Ens.Fund. e EJA 326 90,80% E. E. Cesar Lattes 20.03.62 Estadual Ens. Fundam. 640 33,12% E. M. Antonio Carlos 30.09.92 Municipal Ens. Fundam. 130 34,62% C. M. E. I. Pequeno Paraíso 08.12.93 Municipal Educ. Infantil 200 52,00% C. M. E. I. Dona Nina 18.06.96 Municipal Educ. Infantil 100 35,00% C. E. Rosa Delúcia Calsavara

21.03.68 Estadual Ens. Fund. e Médio

1200 45,83%

E. E. E. Recanto do Amor 25.07.89 Filantrópica Ed.Especial e Profissionaliz.

100 100,00%

C. E. Criança Feliz 12.02.07 Particular Educ. Infantil 70 21,43% ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 - DADOS DE 2007 FORNECIDOS PELAS UNIDADES.

Das nove escolas existentes no município, sete localizam-se na sede do

município e duas no bairro Sete de Maio. Em relação ao atendimento especializado

60 

 

37,5% das escolas não atende crianças com deficiência, 87% delas afirmam não

estar preparadas integralmente para este atendimento. Consideram como fatores

dificultadores a falta de recursos físicos, como: rampas, portas especiais, sanitários,

móveis e recursos humanos, como: profissionais capacitados e especialistas.

Observe o mapa da geograficidade das escolas em Cambira:

• Quais elementos explicam a geograficidade da educação em seu município?

• Que setores educacionais são mais democráticos do ponto de vista da sua

distribuição territorial?

 

61 

 

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) foi fundada

no Rio de Janeiro em 1954, desde então se

disseminou territorialmente por vários

municípios brasileiros. Observe o logotipo da

associação. Este símbolo apresenta duas

mãos desniveladas. Uma delas, ao lado

esquerdo, está em posição de amparo, e a

outra, à direita, de orientação. ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 - FONTE: APAE PR., 2007

• A sua escola atende alunos com deficiências?

• Ela está preparada do ponto de vista de recursos físicos e humanos para o

atendimento desses alunos?

• Relacione as contribuições e oportunidades de emancipação e integração

social que as modalidades de educação inclusiva proporcionam a sociedade. 

 

Centros de Convivência

Há alguns anos, vêm sendo disseminadas territorialmente

modalidade educacionais voltadas à inclusão social, indicador

importante da democratização educacional do país. As instituições

que realizam este atendimento são: APAES, Educação de Jovens e

Adultos - EJA/CEBEEJA, Programa Paraná Alfabetizado, escolas

regulares públicas e particulares.

62 

 

Atento a realidade atual e ciente da necessidade de disponibilização de

espaços destinados à promoção de um envelhecimento ativo, saudável através de

programas e atividades que estimulem os aspectos físico, emocional, intelectual e

social do idoso, é o município de Cambira edificou um prédio com área de 900

metros quadrados com capacidade de atendimento aproximada de 350 pessoas.

Denominado Centro de Convivência dos Idosos de Cambira, ele dispõe de espaço

adequado ao atendimento de pessoas acima dos 60 anos de idade, pois o

ambiente não possui obstáculos físicos. É composto de sala de estar e

convivência, com TV e música, banheiros, cozinha onde é preparado o café da

Terceira Idade

O número de pessoas que atinge a terceira idade tende a aumentar, devido ao

desenvolvimento da medicina, o acesso a atendimento médico e odontológico,

saneamento básico, entre outros, o que propiciou a melhoria da qualidade de vida nos

últimos anos.

Segundo o IBGE, a proporção de pessoas da terceira idade vem crescendo

mais rapidamente que a proporção de crianças no país. Em 1980, para cada 100

crianças, existiam 16 idosos. Vinte anos depois, essa relação praticamente já havia

dobrado, numa proporção de 30 idosos para cada grupo de 100 crianças. Esse

crescimento se deve à soma de dois fatores: a queda da taxa de fecundidade e o

aumento da longevidade da população.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem discutindo ações globais que

viabilizem o envelhecimento saudável e ativo, principalmente nos países em

desenvolvimento, onde o idoso passou a viver mais.

No Brasil, o número de idosos cresce anualmente e a expectativa é de que

ultrapasse os 31 milhões em 2020, tornando-se o 6º do mundo em número de

pessoas nessa faixa etária. Devido ao aumento da expectativa de vida, a

maturidade poderá representar mais tempo na vida de uma pessoa do que o

período mais produtivo na idade adulta. A OMS recomenda preparar o idoso para

viver ativamente essa nova fase da vida.

63 

 

 

manhã, o almoço, o lanche da tarde e o lanche de final do dia. As refeições são

feitas a partir de um cardápio variado contendo carnes, verduras e legumes e cafés

e lanches com leite, pão, bolos, bolachas. A funcionária do Centro monitora os

horários e ministra os medicamentos àqueles que necessitam.

Atualmente é freqüentado por um número reduzido de idosos, nove

permanecem no local, nos dias e horários permitidos, ou seja, de segunda a sexta-

feira, das 08h00min horas até as 16h00min horas. Duas vezes por semana são

atendidos por uma massagista e semanalmente, na quinta-feira, são realizadas

atividades de dança e exercícios das 13h00min horas até as 16h00min horas o que

eleva o número de participantes para várias dezenas.

O Centro é mantido pela Prefeitura Municipal e o acompanhamento médico

é feito no Centro de Saúde do município.

Analise as imagens a seguir:

64 

 

• A partir das imagens identifique os usos que se fazem dos espaços dos

centros de convivência.

• Que uso você considera necessário ser feito?

• Na perspectiva dos arranjos espaciais urbanos, a presença destes espaços

indica o que?

• A quantidade de vagas e a localização destes centros favorecem a freqüência

dos participantes?

• Relacione a contribuição social que estes centros proporcionam.

Saúde

O órgão responsável pela Gestão das ações de saúde no município de

Cambira é a Secretaria Municipal de Saúde, a qual, em função da não existência de

rede de atendimento hospitalar no município, realiza as atividades de atenção básica

e alguns atendimentos de média complexidade em suas Unidades Básicas de

Saúde. Os atendimentos hospitalares de baixa e média complexidade são realizados

em Apucarana e Arapongas. Os de alta complexidade são encaminhados pelo

CISVIR – Consórcio Intermunicipal de Saúde de Apucarana e Região, para as

cidades de Arapongas, Londrina e Curitiba.

65 

 

Para cumprimento de sua finalidade a Secretaria Municipal de Saúde conta

com os seguintes recursos:

a) Recursos humanos:

• Sete médicos

• Três enfermeiros

• Cinco cirurgiões dentista

• Um médico veterinário

• Dois Fisioterapeutas

• Um Farmacêutico

• Um Administrador

• Sete Técnicos de

enfermagem

• Seis auxiliares de

enfermagem

• Três ACD – Auxiliar de

Consultório Dentário

• Três Agentes de endemias

• Dezessete ACS - Agente

Comunitário de Saúde

• Um auxiliar de farmácia

• Três auxiliares administrativos

• Seis motoristas

• Um vigia

• 04 zeladores

• Uma telefonista

 

66 

 

b) Recursos físicos:

• Um centro de saúde

• Três postos de saúde

• Uma clínica de fisioterapia

c) Transporte:

• Duas ambulâncias Ducato

• Duas ambulâncias Fiat

• Uma Kombi

• Um Volkswagen Gol

• Duas motos

• Você e sua família utilizam o serviço de saúde do município?

• Do ponto de vista de assistência à saúde o que você considera como ponto

positivo em Cambira?

• Você acha que o serviço de saúde de Cambira e do Brasil atende as

necessidades da população? Justifique.

• Comente sobre a localização dos Postos de Saúde do município.

Equipamento urbano Água

67 

 

A IMPORTÂNCIA DAS REDES DE ESGOTO

. Além de beneficiar a saúde da população, as obras de saneamento básico têm impacto no meio ambiente, diminuindo a poluição e melhorando a qualidade da água. Com o saneamento básico, há melhoria imediata das condições de vida da população é uma conseqüência direta da implantação dos sistemas, significando uma redução rápida da incidência de doenças, a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida. A situação do setor de saneamento no Brasil tem conseqüências muito graves para a qualidade de vida da população, principalmente aquela mais pobre, residente na periferia das grandes cidades ou nas pequenas e médias cidades do interior. Da população diretamente afetada, as crianças são as que mais sofrem. Veja os números: • 5% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico (BNDES, 1998); • a falta de saneamento básico é a principal responsável pela morte por diarréia de menores de 5 anos no Brasil (Jornal Folha de São Paulo - FSP, 17/dez/99); • em 1998, morreram 29 pessoas por dia no Brasil de doenças decorrentes de falta de água encanada, esgoto e coleta de lixo, segundo cálculos da FUNASA realizados a pedido do Jornal Folha de São Paulo (FSP, 16/jul/00); • a eficácia dos programas federais de combate à mortalidade infantil esbarra na falta de saneamento básico (FSP, 17/dez/99); • os índices de mortalidade infantil em geral caem 21% quando são feitos investimentos em saneamento básico (FSP, 17/dez/99); • as doenças decorrentes da falta de saneamento básico mataram, em 1998, mais gente do que a AIDS (FSP, 16/jul/00); • a utilização do soro caseiro, uma das principais armas para evitar a diarréia, só faz o efeito desejado se a água utilizada no preparo for limpa (FSP, 17/dez/99). Resumindo: Quinze crianças de 0 a 4 anos de idade morrem por dia no Brasil em decorrência da falta de saneamento básico, principalmente de esgoto sanitário (FUNASA-FSP, 16/jul/00). Significa que uma criança de zero a quatro anos morre a cada 96 minutos em nosso país por falta de saneamento básico, mais precisamente, por falta de esgoto sanitário (FUNASA-FSP, 16/jul/00). Outros países, principalmente os subdesenvolvidos, também sofrem com este problema. Reportagem publicada em uma das mais importantes revistas semanais brasileiras mostrou que a falta de saneamento básico ainda atinge uma parcela expressiva da população mundial, com conseqüências gravíssimas para as crianças: (Veja 22/dez/99) • 1 bilhão de pessoas não dispõem de água potável. • 1,8 bilhão não têm acesso a sanitários e esgoto. • 8 milhões de crianças morrem anualmente em decorrência de enfermidades relacionadas à falta de saneamento. Isto representa 913 crianças por hora, 15 por minuto ou uma a cada quatro segundos morrem no mundo por doenças relacionadas à falta de saneamento. A coleta, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada do esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população do município. Vale destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços de saúde, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Para cada R$ 1,00 (um real) investido no setor de saneamento economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) na área de medicina curativa.

Org. Esgoto e Vida.

TARIFA DE ESGOTO

A tarifa de esgoto, cujo valor é inferior a tarifa de água, cobre os custos referentes à coleta, tratamento e manutenção da rede coletora de esgoto, de forma a garantir a estabilidade econômico-financeira da empresa. (Sanepar, 2007)

68 

 

Consumo de água

Nas várias atividades domésticas de uma casa o consumo de água se dá em maior

quantidade quando não são observados determinados costumes, por exemplo:

• Um banho de 15 minutos exige 105 litros de água. Reduzindo o tempo para 10 minutos o

consumo cai para 70 litros;

• Lavar as mãos com a torneira aberta despende 7 litros de água;

• Fazer a barba com a torneira aberta consome 65 litros de água. Abrindo só para enxágüe o

consumo é de um litro;

• Escovar os dentes com a torneira aberta consome 10 litros, sendo que o necessário é apenas

um copo de água;

• Metade do consumo de água de uma residência se dá com o uso da válvula de descarga;

• O hábito de jogar pontas de cigarro, absorvente ou papéis no vaso sanitário provoca um

consumo maior de água;

• Lavar o carro com mangueira aberta consome 360 litros de água;

• Lavar a louça com torneira aberta o consumo é de 112 litros de água por pessoa;

• Com o vazamento em torneira o consumo é de: gotejamento: 60 litros por dia; vazamento

filete de 1 mm: 2.000 litros por dia; vazamento filete de 2 mm: 4.500 litros por dia e com

vazamento filete de 6 mm: 16.500 litros por dia

É importante saber fazer aproveitamento da água, por exemplo, com o último enxágüe

da máquina de lavar roupas pode-se aproveitar a água para lavar tapetes, tênis, molhar plantas,

lavar carro, pisos e calçadas. (Sanepar)

O município de Cambira não possui rede coletora de esgoto e o nível de

atendimento da população com água tratada pela Companhia é de 88,95% com uma

taxa ocupacional de 4,15 hab/economia residencial.

CAMBIRA - LIGAÇÕES DA REDE DE ÁGUA

CLASSE DE CONSUMO Nº DE LIGAÇÕES

Residencial 1.588

Comercial 116

Industrial 29

Utilidade pública 15

Poder Público 31

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE SANEPAR

69 

 

O índice de mortalidade infantil espelha a falta de sistemas de

abastecimento de água potável e de coleta de esgoto sanitário. Esse índice reflete

diretamente a mortalidade vinculada a doenças de propagação hídrica nas menores

faixas etárias, sendo por isso usado no saneamento. Aparece em quase todas as

estatísticas, sendo publicado com maior confiança em vários anuários estatísticos.

Podemos também citar outras variáveis que têm influência direta no índice de

mortalidade infantil, como os serviços de coleta e deposição de resíduos sólidos,

micro e macro drenagens, etc.

No Brasil os níveis de mortalidade infantil se estabilizaram durante a década

de 60, em praticamente todas as regiões. A retomada do processo de declínio da

mortalidade está associada, no âmbito das políticas centralizadoras do regime

militar, às ações representadas pela expansão da rede assistencial e à ampliação

acelerada da infra-estrutura de saneamento básico - sobretudo da rede de

abastecimento d’água -, que tiveram o papel principal na continuidade do processo

(Vetter, Simões, 1981).

Como conseqüência da generalização dos serviços de saúde e saneamento e,

aumento da escolarização começa a se observar uma redução significativa nos

padrões históricos da desigualdade regional diante da morte no País. Agregue-se a

ampliação dos serviços de saneamento básico a áreas até então excluídas, os

programas de saúde materno-infantil, sobretudo os voltados para o pré-natal, parto e

puerpério, a ampliação da oferta de serviços médico-hospitalares, as campanhas de

vacinação, os programas de aleitamento materno e reidratação oral, em muito

colaboraram para a continuidade da redução dos níveis de mortalidade infantil e

infanto-juvenil, principalmente a partir dos anos 80 (Simões, Oliveira, 1997).

70 

 

A conjugação de vários desses programas e da queda da fecundidade

intensificou o processo de declínio da mortalidade infantil, a qual vem caindo a

patamares “relativamente baixos”, quando se leva em conta a longa trajetória de

níveis elevados de mortalidade infantil no Brasil, embora ainda altos, quando

comparados com os existentes em países socialmente mais evoluídos.

Energia

FONTES DE ENERGIA

As fontes de energia podem ser convencionais ou alternativas. Energia

convencional é caracterizada pelo baixo custo, grande impacto ambiental e tecnologia

difundida. Já a energia alternativa é aquela originada como solução para diminuir o

impacto ambiental.

 

Com essas duas fontes de energia, surgem também duas distinções: renováveis e

não-renováveis.

 

1. FONTES RENOVÁVEIS

Fontes de energia inesgotáveis ou que podem ser repostas a curto ou médio

prazo, espontaneamente ou por intervenção humana.

Estas fontes encontram-se já em difusão em todo o mundo e a sua importância

tem vindo a aumentar ao longo dos anos representando uma parte considerável da

produção de energia mundial.

71 

 

a. Hídrica: É obtida a partir do curso de água e pode ser aproveitada por meio

de um desnível ou queda de água.

b. Eólica: Emana do vento. Tem sido aproveitada desde a antiguidade para

navegar ou para fazer funcionar moinhos. É uma das grandes apostas para a

expansão da produção de energia elétrica.

c. Solar: Procede da luz do sol, que depois de captada pode ser transformada

em energia elétrica ou térmica.

d. Geotérmica: Provém do aproveitamento do calor do interior da Terra,

permitindo gerar eletricidade e calor.

e. Marés: É obtida através do movimento de subida e descida do nível da água

do mar.

f. Ondas: Consiste no movimento ondulatório das massas da água, por efeito

do vento, pode aproveitar-se para produção de energia elétrica.

g. Biomassa: Trata-se do aproveitamento energético da floresta e dos seus

resíduos, bem como dos resíduos da agropecuária, da indústria alimentar ou

dos resultantes do tratamento de efluentes domésticos e industriais. A partir

da biomassa pode produzir-se biogás e biodísel.

2. FONTES NÃO RENOVÁVEIS

A concentração de uso de energia atualmente ocorre naquelas cujas fontes são

não renováveis, que têm tecnologia difundida, mas possuem um elevado impacto

ambiental. Tentando inverter esta tendência, busca-se substituir gradualmente o

consumo por energias renováveis limpas, tornando-as mais eficiente.

72 

 

a. Carvão: É um combustível fóssil extraído de explorações minerais e foi o

primeiro a ser utilizado em larga escala, é o que causa mais impactos

ambientais, em termos de poluição e alterações climáticas.

b. Petróleo: Constituído por uma mistura de compostos orgânicos é, sobretudo

utilizado nos transportes. É uma das maiores fontes de poluição atmosférica e

motivo de disputas econômicas e de conflitos armados.

c. Gás natural: Embora menos poluentes que o carvão ou o petróleo, também

contribui para as alterações climáticas. É utilizado como combustível, tanto na

indústria, como em nossas casas.

d. Urânio: É um elemento químico existente na Terra, constituindo a base do

combustível nuclear utilizado na indústria de defesa e civil. Tem um poder

calorífico muito superior a qualquer outra fonte de energia fóssil.

(Brasil Escola/EDP)

CONSUMIDORES DE ENERGIA POR CLASSE DE CONSUMO

MUNICÍPIO RESIDENCIAL INDUSTRIAL COMERCIAL RURAL OUTROS TOTAL CAMBIRA

69,86%

2,89% 7,65% 17,03%

2,57% 2.419

MANDAGUARI

83,56%

2,25% 7,15% 6,00%

1,04% 11.831

PARANÁ

79,02% 1,68% 8,33% 9,68%

1,29% 3.447.753

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: COPEL, NOV/2007 CONSUMO (MWh) DE ENERGIA POR CLASSE DE CONSUMO

MUNICÍPIO RESIDENCIAL INDUSTRIAL COMERCIAL RURAL OUTROS TOTAL CAMBIRA

21,43% 39,57% 7,86% 17,75%

13,39% 100,00%

MANDAGUARI

25,14% 49,05% 9,58% 6,28%

9,95% 100,00%

PARANÁ

27,53% 34,67% 19,30% 8,05%

10,45% 100,00%

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: COPEL, NOV/2007

73 

 

A Companhia Paranaense de Energia Elétrica – COPEL, afirma não

ser possível determinar a origem da energia consumida no município de Cambira, já

que o sistema elétrico é interligado com todas as usinas geradoras, impossibilitando

dessa forma determinar qual delas alimenta determinado município.

Em relação ao preço da tarifa (mwh) constatou-se que a mais baixa é a da

classe rural, em seguida estão as classes comercial e industrial com um acréscimo de

59,54% em relação a classe rural, e a tarifa mais alta é a da classe residencial com

um acréscimo de 70,59% em relação a classe rural, ou 6,93% em relação as classes

comercial e industrial.

• A partir da comparação dos dados da tabela, responda como a atividade

econômica predominante no município influencia no perfil do consumo de

energia elétrica?

• É possível determinar a atividade predominante no município a partir da

análise das tabelas? Justifique.

• Faça uma comparação entre o padrão do consumo de energia do Estado do

Paraná e de Cambira.

• Pesquise e determine porque a tarifa na classe residencial é mais elevada? E

por que na classe rural é menos elevada?

• Você consegue relacionar algumas conseqüências que as usinas hidrelétricas

causam no meio ambiente?

Transporte Urbano

O transporte é considerado um dos elementos indispensável para a

democratização da sociedade, porque o espaço urbano precisa de acessos para ser

74 

 

demarcado como espaço, pois do contrário são considerados apenas localizações

espalhadas e desunidas. Esses espaços precisam estar ligados ou possuir partes

essenciais, habitações, comércios, indústrias, serviços, hospitais, instituições.

A modernização capitalista e as migrações populacionais provocaram um

intenso crescimento das cidades a partir da década de 60. As cidades não estavam

preparadas ou projetadas para essas mudanças. Houve, então, necessidade de

realização de grandes obras viárias e modificações físicas que não levaram em

conta a qualidade do espaço. Além disso, o zoneamento segregado em quatro

áreas: habitar, trabalhar, recrear e circular agravou a forma de ocupação e

organização do espaço nas cidades.

Na maioria das cidades as áreas dinâmicas estão localizadas nas áreas

urbanas centrais, e as residências da população de baixa renda concentradas nas

periferias.

Para as pessoas que vivem nas grandes cidades os deslocamentos se

tornaram necessários, pois para realização de atividades sociais e econômicas,

como: trabalhar, se divertirem, cuidar da saúde, educar-se, têm que se dirigirem para

áreas mais bem servidas pela infra-estrutura urbana, principalmente as pessoas de

baixa renda residentes nas periferias das cidades.

Há uma grande concentração populacional nas periferias das cidades onde

não existe infra-estrutura necessária. A concentração de infra-estrutura torna o preço

da terra muito mais elevado, inviabilizando sua aquisição pela população de baixa

renda.

Garantir o acesso à infra-estrutura a toda população e em todos os locais do

espaço urbano é considerado uma opção para se eliminar a possibilidade da

especulação imobiliária.

75 

 

Nas pequenas cidades também há mobilidade. São pessoas residentes nas

áreas rurais que necessitam deslocar-se para a área urbana para realizarem suas

atividades econômicas e sociais.

O que vemos hoje é que a educação, o uso do solo, o trato do meio ambiente,

tudo está segmentado e, às vezes, um em oposição ao outro e que há um colapso

do sistema de circulação restringindo o acesso dos cidadãos ao trabalho, à

residência, ao lazer, à escola, à saúde, etc.

O uso do espaço urbano é feito pelo ato de circular pelo sistema viário. Se

esses acessos continuarem sendo dificultados, as pessoas estarão sendo impedidas

de ter uma plena participação na sociedade.

A cidade projetada para servir a indústria automobilística deve alterar seu

curso e priorizar seus moradores.

O transporte em Cambira é feito por via Rodoviária e Ferroviária. Em

relação ao transporte de passageiros é servida por três empresas de transporte, que

fazem ligação de forma direta e indireta a importantes centros urbanos, como:

Ivaiporã, Londrina, Maringá, Fóz do Iguaçu, Guaíra, Curitiba, São Bernardo do

Campo, Campinas e São Paulo, com opção de mais de 50 horários de viagem.

O transporte ferroviário - utilizado exclusivamente para transporte de

cargas – liga Cambira a centros importantes de difusão de mercadorias, como

Maringá e Paranaguá.

No município não existe transporte urbano de passageiros, mas é realizado

pela Prefeitura Municipal o transporte urbano e rural de estudantes, a qual

disponibiliza sete ônibus, três micros ônibus e duas Kombis, os quais transportam

em média 387 alunos da zona rural e 152 alunos da zona urbana, por dia.

(Pref. Munic. de Cambira/Ag.vendas da Viação Garcia Ltda. em Cambira)

76 

 

• Como você analisa o serviço de transporte do município?

• Em relação ao transporte escolar, você o julga adequado?

• Você considera necessária a implantação do serviço de transporte urbano de

passageiros em Cambira? Justifique.

Observe a figura a seguir

CAMBIRA – TRANSPORTES

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007 – FONTE: AG. VENDAS DA VIAÇÃO GARCIA LTDA. EM CAMBIRA

 

77 

 

• Dos meios de transporte existentes no seu município, qual você mais utiliza?

• Você considera o município bem servido em transportes? Justifique.

• Que tipo de transporte precisa ser melhorado?

• Observe o mapa a seguir:

Após observação do mapa do sistema viário urbano, principalmente em

relação às áreas não pavimentadas responda:

• Por que isso ocorre?

• Estabeleça uma correlação entre os arranjos territoriais urbanos e os tipos e a

presença ou ausência de pavimentação.

• Qual a qualidade desta infra-estrutura em seu bairro e na rua onde você

mora?

 

78 

 

Coleta de lixo

Em relação à coleta e destinação do lixo na cidade de Cambira, observe o

mapa a seguir:

A coleta de lixo no município é realizada da seguinte forma:

• Segunda-feira: Em toda a cidade;

• Terça-feira: Nas casas populares e

na área central;

• Quarta-feira: Em toda a cidade,

inclusive na área industrial I;

• Quinta-feira: Na área central, na área

industrial II e nas casas populares;

• Sexta-feira: Em toda a cidade;

• Sábado: Na área central e casas

populares.

 

79 

 

Em relação ao lixo farmacêutico, hospitalar e dos postos de saúde, a coleta

é feita duas vezes por semana, por firma especializada estabelecida em outro

município.

• Com base nas informações presentes no mapa caracterize a coleta de lixo no

seu município.

• Quantos quilos de lixo você produz por dia?

• Estabeleça uma correlação entre capitalismo, nível socioeconômico,

consumismo e produção de lixo.

• Em Cambira quais medidas individuais e coletivas são tomadas para redução

da produção de lixo?

• Quais os benefícios que a redução do lixo pode trazer para a sociedade e

para a natureza?

Coleta seletiva de lixo

A Coleta seletiva de lixo é a separação, na fonte geradora, dos

diferentes tipos de materiais que produzimos em nossas

atividades diárias e que, em sua maior parte, não é lixo e pode ser reaproveitado ou

reciclado.

Geramos dois tipos de lixo:

80 

 

1. Lixo orgânico são os restos de comidas, frutas e verduras, folhas de árvores,

etc. Pode ser transformado em adubo, através da compostagem.

2. Lixo inorgânico é o lixo que não se estraga com facilidade, se estiver em

lugar limpo e seco, como papéis, vidros e plásticos (lixo seco). Ele pode ser

reutilizado ou reciclado.

Esse procedimento produz os seguintes benefícios:

• Diminuir a quantidade de lixo nos lixões, que devem ser transformados em

aterros sanitários;

• Preservar as reservas e os ambientes naturais (florestas, áreas estuarinas,

praias, parques, etc);

• Economizar energia;

• Diminuir a poluição do solo, do ar e das águas;

• Melhorar a qualidade de vida das comunidades.

Além de reduzir a poluição ambiental contribuindo para a saúde da população, a

coleta seletiva de lixo, bem como a redução do lixo gerado por cada residência é

uma ação de cidadania.

O lixo que não reciclável pode ser encaminhado para outros fins, como a produção

de cimento, combustível nas máquinas, e inclusive as cinzas do processo de

reciclagem podem ser incorporadas a outros produtos.

81 

 

Alguns tipos de produtos contêm substâncias tóxicas que podem causar grandes

danos, contaminam o solo, atinge o lençol freático, a cadeia alimentar, compromete

seriamente a saúde dos seres vivos.

De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) de 2003, são aproximadamente 500 mil pessoas que sobrevivem de coleta

de matérias recicláveis no Brasil.

Em 2004, o Brasil reciclou nada menos que 9 bilhões de latinhas de alumínio,

equivalente a 121 mil toneladas. De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio

(Abal), 95,7% da produção nacional de latas foi reciclada em 2004, índice superior

ao do Japão e dos Estados Unidos, que recuperou 51% das latinhas consumidas

pelos norte-americanos no mesmo período.

Cada quilo de alumínio equivale a 75 latinhas. Em valores, o preço pago por

tonelada do produto é, em média, R$ 3.500,00. Numa conta rápida, com 80 mil

latinhas é possível comprar um computador, que pode permitir a inclusão digital de

milhares de pessoas ou estudantes carentes. Chega a ser curioso o fato de que,

dependendo do local, nem bem acabamos de consumir o produto e já há um catador

recolhendo a latinha, o que é muito bom para o meio ambiente e, claro, para o

catador ou instituição que recolhe o material.

Outro produto muito interessante é a garrafa plástica de refrigerante, tipo pet. O

Brasil reciclou 173 mil toneladas de garrafas em 2004, equivalente a 48% da

produção nacional. Enquanto nos Estados Unidos a reciclagem desse tipo de

82 

 

material está caindo ano após ano, no Brasil acontece o contrário: a reciclagem da

resina de pet cresce numa média de 20%, desde 1997.

O Brasil produz, em média, 890 mil toneladas de vidro por ano, dos quais 45% são

reaproveitados pela indústria. Nos Estados Unidos, o índice de reciclagem do

produto cai para os 40%.

Com a coleta seletiva e a reciclagem é grande a quantidade de lixo que deixa de ser

jogada nos aterros, rios e córregos. São toneladas e toneladas de materiais que,

além de serem novamente utilizados, geram renda para uma parcela da população e

ajudam na manutenção de entidades filantrópicas, igrejas etc.

Nos últimos doze anos, o número de cidades brasileiras com coleta seletiva de lixo

passou de 81 para 327. Este aumento pode ser explicado pela queda de 37% do

custo dos programas de reciclagem de dejetos. Ainda assim, a proporção de

municípios brasileiros com coleta seletiva é muito pequena, não ultrapassando 6%

do total. Em 1994, o custo da coleta (por toneladas) era de 240 dólares e, em 2006,

o custo é de 151 dólares.

Os números de 2006 mostram que, hoje, 327 prefeituras operam programas de

coleta seletiva. O Brasil possui 5.563 municípios (IBGE/2003) – ou seja, a coleta

seletiva ocorre em menos de 6% das cidades do país. Como ela abrange muito dos

municípios mais populosos, cerca de 25 milhões de brasileiros têm acesso a esses

programas e 43,5% deles mantém relação direta com cooperativas de catadores.

83 

 

COLETA SELETIVA DE LIXO – HISTÓRICO

1994

1999

2002

2004

2006

Total de municípios com coleta

seletiva

81

135

192

37

327

Custo médio da coleta seletiva

(por tonelada)

US$ 240

US$ 159

US$ 70

US$ 114

US$ 151

Custo da coleta seletiva x

custo da coleta convencional

10 vezes

maior

8 vezes

maior

5 vezes

maior

6 vezes

maior

5 vezes

maior

As regiões Sul e Sudeste continuam com melhor desempenho e juntas contabilizam

279 cidades com programas estruturados. O estado de São Paulo apresenta o maior

número de iniciativas: 114 no total. Na seqüência, aparece Rio Grande do Sul (40),

Paraná (39), Santa Catarina (33), Minas Gerais (28), Rio de Janeiro (17) e Espírito

Santo (8). Santos (SP), Santo André (SP), Itabira (MG), Curitiba (PR) e Londrina

(PR) são as localidades que têm 100% da população engajada.

Em Cambira houve um projeto de coleta seletiva elaborado no Colégio Rosa Delúcia

Calsavara, que não teve continuidade.

Posteriormente foi elaborado outro pela

Prefeitura

através da

Secretaria de

Agricultura e da Administração, que implantou em

2007 dez coletores recebidos em doação da

FUNASA em frente às escolas, órgãos públicos e

praças.

84 

 

Os produtos da coleta seletiva são recolhidos por uma equipe

autônoma de catadores e negociados com uma firma especializada estabelecida no

município.

O processo de implantação da

coleta seletiva no município será feito

após a aprovação do projeto, quando

então será organizado de forma

definitiva o sistema de coleta e

destinação dos resultados.

Para sua efetivação a Prefeitura

recebeu um trator coletor e um trator

triturador, que realiza a trituração de

galhos e folhas

coletadas na

limpeza pública e

lixo orgânico e os

transforma em

material, que é

incorporado à

terra e utilizado

no enchimento

dos tubetes, no

viveiro municipal.

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007

85 

 

A composição média de cada tonelada coletada de forma seletiva é a seguinte:

Números do lixo no Brasil:

• A quantidade de lixo produzida semanalmente por um ser humano é de

aproximadamente 5 Kg. Se somarmos toda a produção mundial, os números

são assustadores.

• Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. O aumento excessivo da

quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de

consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos

industrializados existir, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,

etc.

• Em torno de 88% do lixo doméstico brasileiro vai para o aterro sanitário. A

fermentação gera dois produtos: o chorume e o gás metano.

• Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Isso acontece porque reciclar

é 15 vezes mais caro do que simplesmente jogar o lixo em aterros. A título de

Metais; 15%

Longa vida 2% Alumínio 0,7 Diversos 3%

Papel e Papelão 39%

Plásticos 15%Vidros 15%

Rejeitos 10,30%

Diversos: 3% - inclui outros tipos de materiais recicláveis: baterias, pilhas, borracha, madeira, livros (reutilização), entre outros

86 

 

comparação, o percentual de lixo urbano reciclado na Europa e nos EUA é de

40%.

Nos países desenvolvidos como França e Alemanha, a iniciativa privada é

encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis

pelo destino dos detritos e o consumidor também tem que fazer a sua parte.

Vantagens da reciclagem:

• Cada 50 quilos de papel usado transformado em papel novo evita que uma

árvore seja cortada.

• Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do

solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.

• Com um quilo de vidro quebrado faz-se exatamente um quilo de vidro novo

Simbologias e cores na reciclagem

As cores utilizadas nos coletores seletivos de lixo:

• Azul: papel e papelão

• Amarelo: metais

• Vermelho: plásticos

• Verde: vidros

• Preta: madeiras

87 

 

O que pode e o que não pode ser reciclado

Existem diversos tipos de materiais que podem ser reciclados. No entanto esses

materiais apresentam derivações que não são recicláveis. Exemplos:

a) Papel reciclável: jornais e revistas, folhas de caderno, formulários de

computador, caixas em geral, aparas de papel, Fotocópias, Envelopes, Provas,

rascunhos, cartazes velhos, papel de fax.

b) Papel não reciclável: etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe, papéis

sanitários, papéis metalizados, papéis parafinados, papéis plastificados, papéis

sujos, guardanapos, pontas de cigarro, fotografias.

c) Metal reciclável: lata de folha de flandres (lata de óleo, de salsicha, leite em pó

etc.), lata de alumínio, sucatas de reformas.

d) Metal não reciclável: esponjas de aço, canos.

e) Vidros recicláveis: embalagens, garrafas de vários formatos, Copos.

f) Vidros não recicláveis: espelhos, vidros planos, lâmpadas, cerâmica, porcelana,

tubos de TV, gesso.

g) Plástico reciclável: embalagem de refrigerante, embalagem de material de

limpeza, copinho de café, embalagem de margarina, canos e tubos, sacos

plásticos em geral.

h) Plástico não reciclável: cabo de panela, tomadas, embalagem de biscoito,

misturas de papel, plásticos e metais.

• Você considera que em Cambira há um tratamento adequado para o lixo

urbano?

• Por que devemos considerar o lixo como questão de cidadania?

88 

 

• Por que precisamos repensar nossas práticas sobre o lixo?

• O lixo é o espelho fiel da sociedade, sempre tão mais geradora de lixo quanto

mais rica e consumista. Qualquer tentativa de reduzir a quantidade de lixo ou

alterar sua composição pressupõe mudanças no comportamento social. Quais

mudanças no comportamento das pessoas você considera necessária

acontecer?

Lazer, cultura e turismo

O município de Cambira é servido por praças, Rios, Reservas Florestais,

quadras poli esportivas públicas, centro de disseminação da cultura e áreas

turísticas, que contribuem para a ampliação da cultura, melhoria da qualidade de

vida da população e geração de renda local. Esses espaços são usados para

inúmeras atividades culturais, esportivas, turísticas e de lazer:

1) Na área turística e de lazer as principais são:

a) Pedras de Cambira: formação

rochosa localizada no Rio Cambira,

marco delimitador do município de

Cambira com Apucarana, contendo

colunas de pedras, com mais de 4

metros de altura em forma

sextavada.

b) Cachoeiras do

Palmeirinha, localizada no

Ribeirão Itacolomy, utilizada

para banho, acampamento e

pic-nick.

89 

 

2) Na área de promoção da qualidade de vida da população a Associação de

Proteção à

Maternidade e à

infância de

Cambira – APMI,

entidade fundada

em 24/08/1968,

desenvolve suas

atividades visando

à proteção e a

assistência às crianças órfãs e abandonadas e ou carentes, as gestantes e aos

idosos, através de benefícios e programas como: Creches, Centro de

Convivência do Idoso, Gráfica municipal, padaria comunitária, Casa da Farinha,

marcenaria, confeitaria, sorveteria, Escola de Informática, cursos de formação

profissional (corte e costura, pintura, etc), Bazar, Laboratório, Provopar,

Conselho Tutelar, entre outros.

3) As principais atividades na área da cultura são:

a) Equipe de teatro com 23 participantes, denominada Arte de Educar, que

representa peças teatrais inclusive em sistema de intercâmbio com outros

municípios;

b) Musicalização: aulas de teclado e canto, que conta atualmente com 10

participantes no curso de teclado e 23 no curso de canto;

c) Coral da Terceira Idade: com 28 participantes;

90 

 

d) Assistência ao Clube do Idoso: promovendo encontros para almoço, canto,

dança, e outras atividades de lazer;

e) Fanfarra Municipal: composta de 53 elementos, que participa dos eventos

locais e em outros municípios. É vencedora de vários concursos;

f) Biblioteca Pública Municipal: promove assistência as escolas e na delegacia.

Realiza eventos no transporte escolar (leitura a bordo). Possui um telecentro

com 22 computadores e conta com aproximadamente 13.000 títulos;

g) Biblioteca Cidadã: Projetado para ser instalado na Praça Jordão Beleze

contará com aproximadamente 2.000 títulos e oito computadores.

Fonte: Depto. de Educ. e Cultura de Cambira

Observe a figura e o mapa a seguir.

ORG. POR J. C. RUIZ, 2007

91 

 

• Em que áreas da cidade existem uma densidade maior de áreas turísticas,

desportivas, culturais e de lazer?

• Como você poderia explicar essa distribuição espacial?

• Existem bairros segregados quanto ao acesso às áreas turísticas,

desportivas, culturais e de lazer?

• Quais das áreas citadas você freqüenta?

• Quais órgãos são responsáveis pela manutenção destes espaços?

• Dentre as atividades citadas, quais são as mais relevantes para a economia

do seu município?

 

92 

 

Último cartaz de divulgação do evento. Modificado por J. C. Ruiz, 2007 – Fonte: P. M. Cambira

• Como estas influenciam na economia da cidade?

• Que serviços são desenvolvidos em função dessas atividades?

CAMBIRA – EVENTOS

Um dos eventos da cidade de Cambira e a EXPOCAM - Exposição de Produtos

Agropecuários e Industriais, realizada no mês de agosto. Sua primeira edição

ocorreu no ano de 2.000.

Nela são feitas exposição

de máquinas e

implementos, animais,

produtos agropecuários,

seminário rural, encontro

regional de agricultores,

almoço, praça de

alimentação, provas

eqüestres, shows, bailão,

torneio de laço e rodeio.

Além desse há a

Companhia Cambirense de

Rodeio que promove e

participa de cavalgadas.

• Em que medida esses eventos interferem nos arranjos espaciais do seu

município?

• A dinâmica populacional é alterada com a realização desses eventos?

93 

 

3. DINÂMICA POPULACIONAL

Objetivo geral

Compreender a dinâmica populacional em suas expressões espaciais.

Objetivos específicos

• Compreender a geograficidade da segurança pública no município;

• Entender como as expressões espaciais do município articulam-se com os

arranjos espaciais pretéritos e presentes;

• Analisar a estrutura populacional do município a partir de vários indicadores

(IDH, taxas de natalidade e mortalidade, mortalidade infantil, estrutura etária,

taxa de desemprego, população economicamente ativa e escolaridade, entre

outros).

DINÂMICA POPULACIONAL

Povoamento

A partir do início do povoamento a população do município cresceu ou

diminuiu em função das atividades econômicas nele realizadas. Dessa maneira o

94 

 

Seguindo a evolução populacional mundial o município de Cambira também

apresentou uma diminuição no ritmo de seu crescimento populacional. A partir de

1980 alguns países emergentes, inclusive o Brasil, diminuíram suas taxas de

natalidade e em alguns locais houve um grande movimento migratório.

No gráfico acima podemos observar que no município houve uma

significativa transferência da população da área rural para a área urbana. A

distribuição da população no município apresentou de 1991 a 2007 a seguinte

variação:

a) A população rural passou de 52,73% em 1991 para 28,32% em 2007.

b) A população urbana passou de 47,27% em 1991 para 71,68% em 2007.

Essa mudança exigiu grandes investimentos das administrações públicas

na adequação do espaço urbano para atendimento principalmente da demanda

habitacional gerada.

Em relação ao meio ambiente os impactos não foram muito significativos

face o número de habitantes e da necessidade de espaço físico exigido, mas

mesmo assim influenciou na paisagem e nos arranjos espaciais do município que

não apresentava uma urbanização planejada.

ORG. POR J. C. RUIZ, 2008 – FONTE: IBGE

0

5.000

10.000

15.000

20.000

1970 1980 1991 1996 2000 2007

CAMBIRA - EVOLUÇÃO POPULACIONAL

Urbana Rural

ritmo de crescimento populacional se comportou de maneira distinta até a

atualidade. O gráfico a seguir mostra o comportamento da população a partir da

década de 1970, observe-o:

95 

 

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e

responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem

pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos

seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III -

polícia ferroviária federal; IV- polícias civis; V – polícias militares e

corpos de bombeiros militares.

• Os fluxos migratórios estão relacionados às transformações econômicas,

políticas, técnicas, culturais, geográficas e sociais que ocorrem no território.

Estabeleça correlações entre os fatores que interferiram no processo de

ocupação de Cambira?

• O poder público é um agente importante no direcionamento dos fluxos

migratórios. Identifique a influência das políticas públicas na entrada e saída

da população de Cambira.

• Analise as tendências atuais dos deslocamentos populacionais de Cambira e

correlacione com os arranjos espaciais.

• Quando analisamos o comportamento populacional do município, observamos

que ocorreu um despovoamento (com exceções, como no caso de Londrina

onde houve aumento expressivo da população). Explique as causas dessa

transformação.

Segurança pública

96 

 

Par. 7º. A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos

responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas

atividades.

Par. 8º. Os municípios poderão constituir guardas municipais, destinadas a

proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

Responsabilidades:

A União, o Estado e o município - cada um dentro dos seus limites:

• Município – criação e regulamentação da polícia municipal.

• Estado – organizar as forças armadas e a policia interna. Criar e

executar as leis.

• União – assegurar a defesa nacional.

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

• Os processos de violência estão presentes em vários lugares e é amplamente

disseminada pela mídia (mídia impressa, televisiva, digital, entre outras).

Descreva as mudanças nos hábitos da população de Cambira motivadas

pelos processos de violência ou de sua disseminação indiscriminada.

• Analise os fatores responsáveis pelos processos de violência em Cambira.

Que ações poderiam ser implementadas para diminuição desse fenômeno?

Índice de Desenvolvimento Humano

O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano é atualmente muito usado para

identificar o grau de desenvolvimento de uma região. Ele foi criado para medir o

nível de desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação

97 

 

(alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (expectativa de vida ao nascer) e

renda (PIB per capita).

___Seus valores variam de 0 (zero, nenhum desenvolvimento humano) a 1 (um,

desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 são considerados de

desenvolvimento humano baixo; com índices entre 0,500 e 0,799, são considerados

de desenvolvimento humano médio; e, com índices maiores que 0,800, são

considerados de desenvolvimento humano alto.

___O IDH é composto pela média de três índices, o IDH-E, o IDH-L e o IDH-R, o IDH

Educação, o IDH Longevidade e o IDH Renda, respectivamente.

___O Índice de Desenvolvimento Humano também é utilizado para aferir o nível de

desenvolvimento humano em municípios, denominando-se IDH - Municipal ou IDH-M

e, embora meça os mesmos fenômenos – educação, longevidade e renda –, os

indicadores levados em conta não são mais adequados para avaliar as condições de

núcleos sociais menores.

___Assim, o IDHM-E de um município é dado pela fórmula (2 . A + 1. F) ÷ 3, onde

“A” é a taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade, com peso 2, e

“F” a taxa bruta de freqüência à escola com peso 1.

O IDH-M de cada município é a média aritmética desses três índices específicos:

somam-se os valores e divide-se o resultado por três [(IDHM-E + IDHM-L + IDHM-R)

÷ 3].

98 

 

O menor IDH do planeta é o do Níger, país na África, com 0,311, devido à

seca, a fome e a miséria, e já o mais alto IDH do mundo é o da Noruega,

país na Europa, com 0,965, conforme o PNUD - Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento.

Relatório do Desenvolvimento Humano do PNUD, 2006

___Os cinco estados com maiores IDH-M no Brasil são, respectivamente, Distrito

Federal (0,844), São Paulo (0,814), Rio Grande do Sul (0,809), Santa Catarina

(0,806) e Rio de Janeiro (0,802), situando-se na faixa de alto desenvolvimento

humano. Todos os demais se encontram na categoria de médio desenvolvimento

humano. Os cinco IDH-M mais baixos são: Alagoas (0,633), Maranhão (0,647), Piauí

(0,673), Paraíba (0,678) e Sergipe (0,687). Nenhum estado brasileiro tem se situado

na faixa de baixo desenvolvimento humano.

___Como sabemos, mesmo em estados brasileiros de alto desenvolvimento

humano, encontramos locais e populações com baixa qualidade de vida, devida à

falta de sistemas de distribuição de água, coleta de esgoto, não tratamento dos

efluentes lançados no meio, etc. (SENAC)

No município de Cambira o Índice de Desenvolvimento Humano, segundo o

IBGE, 2000 é de 0,767, classificando-o em 4º lugar a nível regional e 99º a nível

estadual. (IBGE)

Observe os mapas a seguir:

99 

 

• A partir do conhecimento a respeito do IDH, relacione a situação do Estado

do Paraná com os outros estados apresentados no mapa, enfatizando os

motivos dessa geograficidade.

 

 

100 

 

• Faça uma análise comparativa da territorialização desse índice nas

diferentes regiões do Estado, tendo como parâmetro o IDH do seu

município.

CAMBIRA – ÍNDICES ECONÔMICOS E SOCIAIS

INFORMAÇÃO ÍNDICE FONTE

IDH do município 0,767 IBGE, 2000

Renda per capita (2000) R$206,01 Emater/Pnud/Ipea/Fja, 2003

PIB per capita (R$1,00) 9.374 IBGE/IPARDES, 2004

Índice de renda 0,662 IBGE, 2000

Índice de Pobreza 0,563 AMUVI, 2003

Índice de emprego 0,090 AMUVI, 2003

Índice de desigualdade 0,085 AMUVI, 2003

Expectativa de vida 73 anos Emater/Pnud/Ipea/Fja, 2003

Índice de longevidade 0,800 IBGE, 2000

Mortalidade Infantil 20,20%O SESA-PR, 2004

Índice de juventude 0,755 AMUVI, 2003 Taxa de alfabetização de adulto (15 anos ou mais)

83,91% Emater/Pnud/Ipea/Fja, 2003

Índice de alfabetização 0,815 AMUVI, 2003

Índice de escolaridade 0,460 AMUVI, 2003

Índice de educação 0,839 IBGE, 2000

Índice de violência 1,000 AMUVI, 2003

Índice de exclusão 0,502 AMUVI, 2003 ORG. POR J. C. RUIZ, 2007

• Do ponto de vista da qualidade de vida da população, a distribuição de renda

no seu município é boa ou ruim? Todos têm o mesmo poder de compra? Por

quê?

• No seu município, existem pessoas procurando emprego? E crianças

trabalhando?

101 

 

• Na sua família, quantas pessoas trabalham com carteira assinada? Quais as

vantagens de trabalhar no setor formal?

• Você tem irmãos? Quantos?

• Seus pais têm irmãos? Quantos? E seus avôs?

• Seus avôs e pais tiveram filhos ou irmãos que morreram ainda crianças?

• Existe diferença entre o número de irmãos nas várias gerações de sua

família?

• Seus avôs ainda estão vivos? Se não, com quantos anos eles morreram?

• Quantos anos seus pais freqüentaram a escola? Seus avôs estudaram?

• Por quanto tempo você acredita que frequentará a escola?

• Ao longo do tempo, a permanência das pessoas na escola aumentou?

Composição etária do município

102 

 

103 

 

104 

 

• O que uma pirâmide etária pode revelar em relação à natalidade, à

mortalidade infantil e à expectativa de vida de uma população?

• Compare a evolução da pirâmide do seu município com as demais

procurando estabelecer hipóteses que expliquem as diferenças entre elas, a

partir das características dos diferentes arranjos espaciais.

105 

 

Glossário

Área verde: área constituída de plantas nativas e ou cultivadas responsáveis pela

qualidade de vida de um lugar, normalmente abriga mananciais, melhorando a

qualidade ambiental da área e seu entorno.

Arranjos espaciais: Expressão territorial das diferentes formas de apropriação e

organização do espaço.

Bacias hidrográficas: Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus

afluentes. O conceito de bacia hidrográfica contempla as noções de: cabeceiras ou

nascentes, divisores de água, cursos de água principais, afluentes, subafluentes,

entre outros.

Capitalismo: Modo de produção assentado na propriedade privada da terra, dos

bens e meios de produção.

Cinturão verde: áreas próximas aos centros urbanos destinadas à produção de

hortifrutigranjeiros.

Consumismo: Comportamento próprio das sociedades capitalistas caracterizado

por consumo incontrolado e sem critério. (Adaptado de: GARRIDO, Dulce; COSTA,

Rui. Dicionário breve de Geografia. 2ª. ed. Lisboa: Presença, 2006. p. 45.)

Crescimento vegetativo: diferença entre o número de nascimentos e óbitos para

um determinado recorte espaço-temporal.

Espacialidade: é certa forma de organização geral do espaço social que apresenta

características predominantes que a qualificam e a diferenciam historicamente das

outras. A noção de espacialidade traz consigo a idéia de processo em permanente

movimento, ou seja, não se trata do espaço em si, como objeto analítico, mas do

espaço na história, pensado como processo histórico, incluindo tanto o realizado

quanto o possível, num constante movimento dialético. Mesmo porque não existe

106 

 

espaço a priori, ele só pode ser pensado como espaço social, não sendo uma

categoria independente da realidade.

Espacialização – processo de organização dos fenômenos no espaço.

Espaço urbano: Área de forte concentração populacional, grande densidade de

construções, que funciona como pólo de atração e onde a terciarização é um

fenômeno evidente. (dicionário breve de geografia de Dulce Garrido e Rui Costa,

Editora Presença, Lisboa, 1996,)

Especulação imobiliária – forma específica de auferir renda da terra derivada da

agregação de valores a determinadas áreas.

Fecundidade – A fecundidade está associada à procriação humana, em termos do

número efetivo de filhos em relação às mulheres em idade reprodutiva.

Geograficidade - é o modo de expressão dessa essência metabólica – a

hominização do homem pelo homem através do trabalho – em formas espaciais

concretas de existência, algo que difere nos diferentes recortes do território da

superfície terrestre. É o ser em sua totalidade geográfica concreta. [...] A

geograficidade é, assim, o ser-estar espacial do ente – pode ser o homem, um

objeto natural ou o próprio espaço (quando este é posto diante da indagação: o

espaço, o que é, qual a sua natureza) – seja qual for o caráter de sua qualidade. No

caso do homem, a geograficidade é a forma como a hominização enquanto essência

do metabolismo exprime-se sua existência na forma do espaço. “A geograficidade

do homem é então a forma como a liberdade da necessidade emerge e se realiza

através da forma concreta de existência espacial na sociedade.” (MOREIRA, Rui.

Geografia: A geograficidade e o diálogo das ontologias). Geografia, Rio de Janeiro,

n. 11, p. 21-37, 2004.

Hipsométrico – indicador das altitudes positivas de um relevo.

Influência Antrópica- influência exercida pelas ações humanas no meio cuja

intensidade depende do modo de produção e do desenvolvimento tecnológico.

107 

 

Jusante: denomina-se a uma área que fica abaixo da outra, ao se considerar a

corrente fluvial pela qual é banhada. (Guerra, Antonio Teixeira. Dicionário geológico-

geomorfológico. 7ª. Ed. – Rio de Janeiro: IBGE. 1987. p.246.)

Longevidade - expressa a probabilidade de tempo de vida de uma população, de

acordo com os padrões médios de qualidade de vida.

Manancial – fonte de abastecimento hídrico de uma cidade ou região.

Montante: diz-se de um lugar acima do outro, tomando-se em consideração a

corrente fluvial que passa na região. (Guerra, Antonio Teixeira. Dicionário geológico-

geomorfológico. 7ª. Ed. – Rio de Janeiro: IBGE. 1987. p.298.)

Munícipes: Moradores de um município.

Painel temporo-espacial- instrumento que permite representar determinados

fenômenos associando suas variações temporais concomitantemente às espaciais.

Perfil topográfico – é a representação da superfície da crosta mostrando uma

secção ao longo do trajeto escolhido. (Guerra, Antonio Teixeira. Dicionário

geológico-geomorfológico. 7ª. Ed. Rio de Janeiro: IBGE. 1987. p. 323.)

Periferização – processo de ocupação de áreas distanciadas do centro urbano,

normalmente desprovidas de infra-estrutura.

Pirâmide etária - gráfico que representa a estrutura de uma população tendo como

base os indicadores de sexo e idade.

Plano diretor – instrumento básico da política de desenvolvimento do Município.

Sua principal finalidade é orientar a atuação do poder público e dos munícipes na

ordenação territorial do município.

108 

 

Setor formal – setor da economia que congrega um conjunto de atividades

produtivas regulamentadas por legislação.

Setor informal - setor da economia que congrega um conjunto de atividades

produtivas com ausência ou pouco amparo legal.

Sistema viário: sistema de circulação que permite o deslocamento de bens,

mercadorias e pessoas.

Sociabilidade: está vinculada à idéia de um determinado modo de vida, ou seja,

uma organização geral das relações sociais entre os indivíduos e entre os grupos

num determinado momento.

Territorialização: apropriação e/ou controle de frações do espaço por indivíduos,

grupos e/ou classes sociais.

Urbanização – Processo que indica o adensamento populacional em cidades e as

mais variadas transformações sociais inerentes as modo de vida urbano.

Vazios urbanos - São espaços vazios em plena área urbana, em geral, derivados

da especulação imobiliária.

Verticalização – é um processo que consiste na densificação de edifícios.

Vetores de crescimento – Sentido ou direção da expansão territorial de um

fenômeno.

Zoneamento – é a definição de setores ou zonas em distintas unidades a partir de

objetivos e normas específicos.

109 

 

REFERÊNCIAS

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