analise de rodovias de multiplas faixas
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ANÁLISE DE RODOVIAS DE MÚLTIPLAS FAIXAS
Para o desenvolvimento de análise de rodovias de múltiplas faixas deve ser
considerada a metodologia apresentada na versão mais atual do HCM(1), no capítulo
referente a Multilane Highways (rodovias de múltiplas faixas).
Rodovias de múltiplas faixas têm controle parcial de acesso, como por exemplo a via
Anhanguera, SP-330, rodovias Washington Luiz, SP-310, e Luiz de Queiroz, SP-304. Tais
rodovias podem ou não apresentar canteiro ou muro separando pistas.
Os principais parâmetros associados ao nível de serviço são a velocidade, a liberdade
de movimentação do veículo no fluxo de tráfego e a proximidade entre os veículos ou
densidade. A tabela a seguir apresenta os níveis de serviço de acordo com a velocidade
de fluxo livre, densidade máxima de tráfego na via e a relação volume/capacidade.
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Tabela 01 - níveis de serviço para rodovias de múltiplas faixas
A velocidade de fluxo livre (FFS) pode ser estimada a partir da velocidade
regulamentada da via (BFFS), através da seguinte equação:
O ajustamento de espaço livre lateral fel fornece o valor da redução de
velocidade provocada por obstruções fixas ao lado da rodovia ou no canteiro
central, tais como:postes, sinais, árvores, barreiras, muros de arrimo, e outros
obstáculos. meios-fios de alturas padronizadas não são considerados
obstáculos.
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O valores de FLC são fornecidos para rodovias de quatro e de seis faixas de
tráfego, em função do espaço livre lateral dado por:
onde:
FLC = espaço livre lateral (m)
ELLD= espaço livre a partir do bordo direito da pista de rolamento até a
primeiraobstrução (se maior que 1,80 m usar 1,80 m);
ELLE= espaço livre a partir do bordo esquerdo das faixas de rolamento até
aprimeira obstrução no canteiro central (se maior que 1,80 m usar1,80 m).
Em rodovias sem canteiro central ELLE é sempre 1,80 m. Quando existirem
duas faixas de giro à esquerda no canteiro central adota-se ELLE = 1,80 m.
O volume horário equivalente em veículos de passeio é calculado por meio da
seguinte fórmula:
O fator de ajuste devido à presença de veículos pesados no fluxo de tráfego é assim definido:
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Devido à presença de caminhões e ônibus, é necessário efetuar ajustes nos
volumes de veículos. O HCM 2000(1) recomenda a utilização dos mesmos
fatores de equivalência para ônibus e caminhões, uma vez que não há
evidências de que as suas características operacionais apresentem diferenças
significativas.
Na presente análise, o equivalente de veículos pesados pode ser determinado
a partir da classificação do terreno em plano, ondulado e montanhoso, de
acordo com a tabela 21.8 do HCM 2000(1).
Os segmentos com rampas com inclinação superior a 3% e extensão superior
a 800 metros, ou inclinação inferior a 3% e extensão superior a 1600 metros,
são analisados separadamente pelo efeito no fluxo de tráfego da via. Para
tanto, nas rampas ascendentes são utilizadas os equivalentes de veículos
comerciais conforme a tabela 21.9. Nas rampas descendentes têm-se os
equivalentes de veículos comerciais na tabela 21.11.
O fator de ajuste devido ao tipo de motorista é determinado em função da
utilização da via, variando de 1,00 para vias de uso direto até 0,80 para vias
recreacionais.
Para determinar o nível de serviço, deve-se determinar a densidade de tráfego
na via, conforme demonstrado a seguir:
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A velocidade média dos veículos deve ser calculada a partir da determinação
do fluxo de tráfego. Para volume de tráfego até 1400 veículos/hora/faixa, a
velocidade média é igual a velocidade de fluxo livre, e para volumes maiores
utiliza-se as seguintes equações da tabela 02:
Tabela 02 – Cálculo de Velocidades Médias em Função da Velocidade de Fluxo Livre
ANÁLISE DE PISTAS EXPRESSA
Para o desenvolvimento de análise de pista expressa deve ser considerada a
metodologia apresentada na versão mais atual do Highway Capacity Manual
publicado pelo Transportation Research Board, no capítulo referente a pistas
expressas ou Basic Freeway Segments.
Rodovia expressa tem controle total de acessos, como por exemplos as
rodovias dos Bandeirantes, SP-348, Imigrantes, SP-160, e Carvalho Pinto, SP-
70.
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Esta análise não se aplica para faixas exclusivas, túneis e viadutos extensos, e
velocidade de fluxo livre inferior a 90 km/h ou superior a 120 km/h.
Os principais parâmetros associados ao nível de serviço são a velocidade, a
liberdade de movimentação do veículo no fluxo de tráfego e a proximidade
entre os veículos. A tabela a seguir apresenta os níveis de serviço de acordo
com a velocidade de fluxo livre, densidade máxima de tráfego na via e a
relação volume/capacidade.
Tabela 03 - Níveis de Serviço para Pista Expressa
A velocidade de fluxo livre (FFS) pode ser estimada a partir da velocidade
regulamentada da via (BFFS), através da seguinte equação:
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O volume horário equivalente em veículos de passeio é calculado por meio da
seguinte fórmula:
O fator de ajuste devido à presença de veículos pesados no fluxo de tráfego é assim definido:
Devido à presença de caminhões e ônibus, deve-se efetuar ajustes nos
volumes de veículos.
O HCM 2000(1) recomenda a utilização dos mesmos fatores de equivalência
para ônibus e caminhões, uma vez que não há evidências de que as suas
características operacionais apresentem diferenças significativas.
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Na presente análise, o equivalente para veículos pesados (ET) pode ser
determinado a partir da classificação do terreno em plano, ondulado e
montanhoso, de acordo com a tabela 23.8 do HCM 2000(1).
Os segmentos com rampas com inclinação superior a 3% e extensão superior
a 500 metros, ou inclinação inferior a 3% e extensão superior a 1000 metros,
são analisados separadamente pelo efeito no fluxo de tráfego da via. Para
tanto, nas rampas ascendentes são utilizadas os equivalentes de veículos
comerciais conforme a tabela 23.9. Nas rampas descendentes têm-se os
equivalentes de veículos comerciais na tabela 23.11.
O fator de ajuste devido ao tipo de motorista é determinado em função da
utilização da via, variando de 1,00 para vias de uso direto até 0,80 para vias
recreacionais.
Para determinar o nível de serviço é determinada a densidade de tráfego na
via, conforme demonstrado a seguir:
A velocidade média dos veículos é calculada a partir da determinação do fluxo
de tráfego e velocidade de fluxo livre, conforme as equações a seguir da tabela
04.
Tabela 04 - Cálculo de Velocidades Médias em Função da Velocidade de Fluxo Livre
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Exercícios:
1) Uma via especial de múltiplas faixas apresenta as seguintes características: área rural, 2 faixas por sentido, velocidade livre base = 95 km/h, perfil ondulado, largura de faixa de 3,3 m, afastamento lateral de 1,8 m (inclusive junto à divisória central) e 6 acessos/km. O tráfego tem as seguintes características: volume no sentido de maior movimento na hora pico = 2.100 v/h, 6% de caminhões, PHF = 0,95 e motoristas regulares. Pede-se:
a) O nível de serviço, a densidade e a velocidade no período de pico.b) Qual o fluxo adicional em v/h que poderia ser conduzido nessa via na hora
de pico para o nível de serviço encontrado na alternativa a)?
2) Uma via especial de múltiplas faixas a ser implantada deverá ter as seguintes características: área rural, velocidade livre base = 100 km/h, largura das faixas = 3,60 m, largura dos acostamentos = 1,80 m (inclusive junto à divisória central), rampas máximas = 2% com comprimento de 1,0 km e 12 acessos/km. O tráfego a ser conduzido apresenta as seguintes características: volume na hora pico no sentido de maior movimento = 4.500 v/h, 12% de caminhões, PHF = 0,90, motoristas regulares. Determinar o número de faixas de tráfego para que a operação, mesmo nos sentidos críticos, seja feita no nível de serviço C nos períodos de pico. Qual será o valor da densidade e da velocidade nesse caso?
3) Uma via especial de múltiplas faixas está sendo planejada para servir como uma rota radial numa área urbana. O AADT previsto é de 50.000 v/h (k=0,10), com distribuição do tráfego por sentido de 55/45, 10% de caminhões e 5% de ônibus e o perfil longitudinal pode ser considerado ondulado. Determinar o número de faixas para que a operação seja feita no nível de serviço C no período de pico. Assumir condições geométricas base para a via e adotar PHF = 0,95, motoristas regulares e 6 acessos/km.
4) Uma rodovia está sendo projetada na periferia de uma cidade em terreno ondulado para operar no nível de serviço C, com previsão de tráfego de 40.000 v/dia ( K = 0,13) e velocidade livre base de 90 km/h. Quantas faixas deverá ter tal rodovia, que será construída sem canteiro central, faixas de 3,6 m de largura, distribuição do tráfego por sentido de 55/45, PHF = 0,90, 6 pontos de acesso/km, acostamento com 1,8 m de largura, motoristas regulares e 5% de caminhões na corrente de tráfego.
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