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AS VISÕES DA AMÉRICA LIVRE

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Descreve as visões da América Latina

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INTRODUO

AS VISES DA AMRICA LIVRE

AS VISES DA AMRICA LIVRE

SUMRIO

INTRODUO 03

I. INDEPENDNCIA POLTICA DA AMRICA IBRICA E A FORMAO DOS ESTADOS NACIONAIS 041.1. Antecedentes Histricos: Crise Espanhola 041.2. A Estrutura da Sociedade Colonial Espanhola da Amrica 051.3. Guerras da Independncia 051.3.1. A Independncia do Uruguai 061.3.2. A Independncia do Mxico 061.4. A formao dos Estados Nacionais 08

II. PROBLEMAS POLTICOS E O POPULISMO NO SCULO XX 092.1. A Revoluo Boliviana 102.2. A Revoluo Mexicana 112.3. A Argentina e o Populismo do Sculo XX 122.3.1. Pern e Seu Populismo 12

III. INPRESSES E PERSPECTIVAS DO GRUPO 14

IV. CONSIDERAES FINAIS 15

REFERNCIA BIBLIOGRFICA 16

INTRODUO

Pretende-se situar a independncia das colnias espanholas; focando a influncia da situao poltica e econmica do sculo XVIII, XIX e XX.Entre o final do sculo XVIII e o comeo d sculo XIX, a Espanha j tinha deixado de ser a grande potencia europia que fora nos sculos anteriores. E a poltica colonial espanhola continuava voltada para os interesses mercantilistas e seu comercio, ao regime de monoplio rgido.No sculo XIX embora politicamente independentes os Estados Nacionais da Amrica Latina mantiveram laos de independncia econmica com as grandes potencias capitalistas mundiais; inicialmente com a Inglaterra, depois os Estados Unidos.No inicio do sculo XX no perodo compreendido entre as duas guerras mundiais vrios pases latinos sustentavam a bandeira do mercantilismo antiliberal.O surgimento do nacionalismo de direita era qualitativamente diverso e da direita existente e iremos analisar o nacionalismo da Argentina, a revoluo boliviana e os problemas polticos do Mxico e o Uruguai.A histria poltica da Amrica Latina foi marcada por uma sucesso interminvel de insurreies, golpes, atentados e revoltas e o subdesenvolvimento que vem sendo considerado um problema poltico.Aps a analise da independncia das naes latinas espanholas, pretende-se focar o Mxico para demonstrar como um pas dependente enfrenta dificuldades polticas. Em contrapartida como foi possvel obter inegveis conquistas sociais atravs da Revoluo Mexicana de 1930 em.Nosso objetivo maior alcanar um conhecimento histrico entre as colnias latino americanas acerca de suas independncias, bem como suas vivencias como estados nacionais.

I. INDEPENDNCIA POLTICA DA AMRICA IBRICA E A FORMAO DE ESTADOS NACIONAIS

1.1. Antecedentes Histricos: Crise Espanhola

A mobilizao das colnias espanholas contra a metrpole teve conseqncia do quadro geral mundial nos sculos XVIII e XIX, quando a corrente liberal antiabsolutista e anticolonialista influenciaram todas as colnias. E o pano de fundo foi a Revoluo Francesa e a Revoluo Americana.Entre os sculos XVIII e XIX a Espanha j no era mais a grande potencia europia, pois a Inglaterra e a Frana a suplantaram em desenvolvimento. Segundo Teixeira...A causa desse atraso econmico era os prprios regimes absolutistas espanhol, comprometidos com as elites aristocrticas e incapazes de fazer progredir o imprio. A Espanha era tida com uma nao decadente (1992, p.37).

Percebe-se que esse atraso advinha do sistema adotado: mercantilismo com um sistema de monoplio rgido. Da o impedimento de maior desenvolvimento das colnias.O Rei Carlos III (1759-1788) procurou criar condies favorveis para estimular o desenvolvimento econmico da Espanha com medidas liberalizantes como: maior liberdade de expresso entre as colnias, abertura dos portos. Com isso os comerciantes ingleses passaram a comercializar com as colnias espanholas.Foi muito grande a participao dos ingleses no comercio com as colnias espanholas. Embora o rei tenha tentado suspender o decreto de abertura dos portos, no conseguiu por que causou reao muito forte da sociedade colonial contra o regime monrquico com lutas para promover a independncia.

1.2. A Estrutura da Sociedade Colonial Espanhola da Amrica

A participao poltica dos diferentes grupos sociais no processo de emancipao poltica das colnias foi desigual, devido s posies sociais e polticas de cada um.Os espanhis peninsulares eram, sem dvida, o grupo mais privilegiado, pois ocupavam os altos cargos pblicos do governo civil, religioso e militar; eram os altos funcionrios nomeados diretamente pela Coroa ou pela Igreja para misses temporrias nas colnias; aqui, desfrutavam dos privilgios e benefcios do poder, o que lhes garantia quase sempre um rpido enriquecimento, mas tambm uma forte oposio popular. Os quase 300 000 peninsulares, ou chapetones como eram pejorativamente chamados, foram os grandes obstculos a ser vencido na luta pela independncia poltica colonial;Os criollos eram os descendentes dos espanhis j nascidos e enraizados na Amrica colonial; eram os representantes da aristocracia colonial, proprietrios de fazendas, minas e escravos. Sua condio econmica slida e seu nvel cultural elevado (muitos tinham formao universitria) contrastavam com sua marginalizao poltica, pois no participavam das funes pblicas mais importantes, reservadas aos peninsulares, ou chapetones. A elite criolla foi a grande fora que comandou a luta pela emancipao colonial;As classes populares, formadas por um nmero imenso de trabalhadores livres das fazendas, pequenos artesos e comerciantes, na maioria mestios, constituam um grupo social e politicamente marginalizado. Tomaram parte ativa nas lutas pela independncia, com a esperana de poder mudar profunda mente as estruturas econmicas e sociais do mundo colonial;Os ndios e os negros, submetidos a vrias formas de trabalho escravo, encontravam-se na pior situao social: marginalizados e oprimidos. Sua participao no processo de independncia colonial foi pouco significativa. evidente que a luta pela emancipao poltica das colnias teve a liderana da aristocracia criolla.

1.3. Guerras da Independncia

Em 1808, Napoleo Bonaparte j tinha invadido e ocupado a Pennsula Ibrica, destituindo os governos monrquicos de Portugal e Espanha. A deposio do rei espanhol Fernando VII provocou o rompi mento de fato das relaes de dependncia entre as colnias espanholas e a sua metrpole. Organizaram-se rapidamente nas colnias, Juntas de governo encarregadas de criar tribunais independentes, recrutar foras militares e estabelecer relaes com pases estrangeiros. Quando, aps a derrota de Napoleo em 1815, Fernando VII voltou a ocupar o trono espanhol e procurou restabelecer o seu imprio colonial, encontrou a resistncia generalizada das colnias em processo adiantado de emancipao.Os Libertadores, Simon Bolvar, Jos de San Martn, Jos Sucre, Bernardo OHiggins, Augustn Itrbide, Miguel Hidalgo, Jos Artigas, foram os lderes das guerras de independncia. Eram tpicos representantes das elites criollas, enquanto o grosso das suas tropas era constitudo de foras populares e bandos de mestios e ndios. Foi muito importante tambm a interveno da Inglaterra, interessada nas vantagens comerciais que poderia obter nos mercados latino-americanos.Vejamos como ocorreu a Independncia de alguns pases.

1.3.1. A Independncia do Uruguai

A luta pela independncia do Uruguai iniciou no antigo lado Oriental do Rio da Prata e mais tarde a provncia Cisplatina (dcada de 1810 a 1820).Os orientais iniciam a recuperao de sua terra, ocupada pelas tropas luso-brasileiras, em abril de 1825, com o desembarque no outro Lado dos chama dos 33 orientais, comandados por Juan Antonio Lavalleja. Os fazendeiros mais poderosos de Buenos Aires - Juan Manuel de Rosas entre eles - apiam o movimento, porque o Uruguai continua sendo terra importantssima para a criao de gado bovino, matria-prima a indstria de carne. Logo depois os 33 orientais convertem-se num pequeno exrcito que marcha de vitria em vitria e a 7 de junho est diante de Montevidu, onde se encontra entrincheirado o general Lecor, chefe das foras inimigas de ocupao. O governo de Buenos Aires mostra-se inicialmente reticente frente causa dos patriotas, mas a campanha que esto desenvolvendo suscita mltiplas adeses populares nas provncias do litoral argentino, que comeam a fornecer uma boa cota de voluntrios, provocando a independncia do lado oriental.

1.3.2. A Independncia do Mxico

O Mxico, aps Agustn Itrbide ter declarado sua independncia, em 1821, passou a viver um perodo de instabilidade poltica, sob a forma de ditaduras (caudilhismo) e de dependncia econmica. As condies sociais se agravaram depois que o pas saiu da guerra contra os Estados Unidos, em 1848, tendo perdido quase metade de seu territrio. Alm disso, sofreu intervenes estrangeiras sucessivas, inclusive dos franceses, que, de 1861 a 1867, tentaram instalar na regio o governo Habsburgo de Maximiliano, um prolongamento do Segundo Imprio napolenico na Amrica.As lutas contra os estrangeiros, que desorganizaram o pas, e as condies socioeconmicas que subsistiam desde a poca colonial proporcionaram a instalao da ditadura de Porfrio Daz (1876-1911). Durante o porfiriato, que durou mais de trinta anos, deu-se uma intensa concentrao fundiria e grande entrada de capital estrangeiro para a explorao e controle dos recursos minerais e produo de artigos de exportao. Dessa forma, para a populao local, em sua grande maioria concentrada nas reas rurais, aumentaram a misria-e dependncia aos grandes senhores.No incio do sculo XX, esse quadro levou ao crescimento da insatisfao entre a populao, o que provocou greves operrias nas cidades e revoltas na zona rural. Dessas lutas surgiram lderes populares como Emiliano Zapata e Pancho Villa, que, comandando milhares de camponeses, mobiliza ram-se contra os latifundirios, a Igreja e as elites constitudas, reivindicando uma justa distribuio de terras, por meio da reforma agrria. Ao mesmo tempo, parte da elite, sob o comando de Francisco Madero, se insurgia contra a ditadura porfirista. Unindo as foras, os exrcitos revolucionrios depuseram Porfrio Daz, em maio de 1911.Eleito presidente, o liberal Madero no implantou a esperada reforma agrria, esboando apenas tmidas medidas sociais, que mantiveram insatisfeitas as camadas populares. Em 1913, Madero foi assassinado e o general Victoriano Huerta reinstalou a ditadura, ligada aos interesses dos Estados Unidos. Pancho Villa voltou a lutar contra as foras federais, enquanto Zapata liderava no sul a revoluo camponesa pela reforma agrria. As presses levaram Huerta a renunciar, em 1914, em favor de um governo constitucional liderado por Venustiano Carranza (1914-1915).Em 1917, foi promulgada a nova constituio do pas e Carranza foi eleito presidente. Insatisfeitas com o no-atendimento de suas reivindicaes, especialmente a rediviso fundiria, as foras populares continua ram em luta. Entretanto, perderam fora, especialmente com o assassinato de Zapata em 1919 e o afastamento de Villa em 1920, seguido de seu assassinato em 1923. A Revoluo Liberal se institucionalizava.

1.4. A Formao dos Estados Nacionais

Conquistada a independncia poltica, as antigas colnias tinham agora uma nova tarefa to difcil e importante quanto a anterior: organizar a vida nacional.Para isso, era preciso resolver problemas de defesa e ocupao do territrio, estimular o crescimento econmico, solucionar graves problemas sociais, organizar as bases politico-administrativas e jurdicas do Estado, e muitos outros problemas.A essas dificuldades juntavam-se os problemas criados pela resistncia do governo espanhol de Fernando VII ao processo de emancipao colonial. A Espanha chegou a solicitar a interveno da Santa Aliana nas guerras de independncia latino-americanas.

II. PROBLEMAS POLTICOS E O POPULUSMO NO SCULO XX

Poucos fenmenos polticos tiveram alcance to amplo e profundo quanto a Primeira Guerra, a ponto de Eric Hobsbawm defini-la como marco inicial do sculo XX. Quando a velha ordem liberal construda ao longo do sculo XIX desabou, descortinou-se um cenrio de dvidas quanto nova ordem que substituiria os destroos da era do liberalismo, cuja ideologia servira at ento para configurar o sistema de relaes internacionais e a poltica interior dos Estados nacionais. Por meio da Revoluo russa e da ascenso do fascismo, a extrema-esquerda e a extrema-direita transformaram-se nas grandes foras emergentes que se propuseram como tarefa disputar o carter da nova ordem mundial e os destinos da humanidade. A partir de ento, uma vigorosa direita poltica estendeu seus tentculos pela Europa, com um programa nacionalista, antiliberal, antiigualitrio, xenfobo e, por vezes, anti-semita e imperialista.Nos diversos pases da Amrica Latina verificou-se uma srie de fenmenos que puseram em xeque a antiga ordem oligrquico-liberal: o colapso do sistema agroexportador herdado do sculo XIX, a crise de legitimao dos modelos institucionais vigentes, a emergncia de novos atores polticos e sociais, o surgimento de novos movimentos culturais e a formulao de novos projetos ideolgicos. Nos pases independentes latinos, a forma como essa crise foi experimentada teve profundas e duradouras conseqncias. S um exemplo: no Brasil, tivemos os movimentos tenentistas, a Revoluo de 1930 e o Estado Novo. Da surgiu um modelo de Estado intervencionista que fundou sua legitimidade na defesa do desenvolvimento econmico, da integrao territorial, dos direitos sociais, tudo isso em nome do interesse nacional. Por outro lado, a Argentina viveu uma notvel democratizao poltica com o acesso da Unio Cvica Radical ao poder em 1916, e passou por duas grandes rupturas institucionais marcadas pelo antiliberalismo e pelo nacionalismo: a primeira em 1930, com o golpe militar que derrubou o radical Hiplito Yrigoyen da presidncia, e a outra em 1943, com outro golpe militar que acabou por desembocar na eleio presidencial de Juan Domingo Pern, em 1946.O surgimento do nacionalismo de direita significou uma ruptura com o padro tradicional da direita preexistente em vrios pases, ao assumir a defesa de posies antiliberais, nacionalistas, estadistas e corporativistas. A direita nacionalista era qualitativamente diversa da direita existente at ento - quer liberal, quer conservadora -, pois recusava de forma completa os princpios e as regras institucionais liberais. Nesse sentido, contra o avano da modernidade poltica e cultural, propunha a manuteno das tradies nacionais e defendia princpios antiliberais e antiigualitrios. Liberdade e igualdade eram tidas como puras abstraes a ser substitudas por outros valores polticos que privilegiassem a autoridade, ordem, a hierarquia e a obedincia.Nos pases totalitrios membros da direita nacionalista participaram ativamente de um acirrado debate que ps em questo todas as idias vinculadas tradio iluminista. Os problemas nacionais passaram a ser atribudos incongruncia entre a realidade e o artificialismo das instituies liberais. Supunha-se que o liberalismo devia ser substitudo uma autntica ideologia nacional.

2.1. A Revoluo Boliviana

A revoluo boliviana de 1952 havia se iniciado muito tempo antes, provavelmente nas entranhas da Guerra do Chaco (1932-1935).O pai ideolgico da revoluo, Carlos Montenegro, soldado do Chaco, ativista poltico incansvel e um dos fundadores do Movimento Nacional Revolucionrio (MNR), partido poltico que encabearia a revoluo, resumiu as razes do processo.A guerra contra o Paraguai pela conquista dos territrios do Chaco deixou uma frustrao gigantesca; a ptria boliviana foi uma vez mais terrivelmente humilhada. A partir desse momento iniciou-se um movimento de revolta contra a oligarquia chamada de rosca que dominava o pas.A dolorosa derrota despertou o fogo ardente do nacionalismo. Um nacionalismo caleidoscpio, que refletia as ideologias polticas em voga: a tendncia marxista, com alguns toques de internacionalismo; a nacional-socialista, que dava maior nfase ao primeiro termo ou simplesmente falava de socialismo nacionalista, socialismo militar ou at socialismo indigenista.O Movimento Nacional Revolucionrio (MNR) foi fundado em 1941 por intelectuais que haviam participado da guerra. O partido se dizia independente, sem qualquer ligao com comunistas, socialistas ou com a direita tradicional. Nasceu como defensor dos interesses nacionais, apelando para as conscincias nacionais, explorando sentimentos patriticos alicerados em valores nativos e na emoo do povo.O nacionalismo do MNR expressava os interesses da peque na burguesia, asfixiada pela oligarquia do estanho e pelo capital estrangeiro, e seu apelo de revoluo nacional no estava isento da influncia fascista.

2.2. A Revoluo Mexicana

A Revoluo Mexicana, desencadeada pelo movimento de oposio ao porfirismo em 1910, teve diversos lderes no incio: Francisco Madero, grande proprietrio do norte, Pancho Villa, lder popular e Emiliano Zapata, lder das foras polticas do Sul.A insurreio contra, Porfrio Daz torna-se rapidamente uma revoluo, na medida em que mobiliza amplos setores da sociedade e se prope realizar importantes e profundas mudanas econmicas e sociais. Mas, por causa das resistncias internas e externas e por causa das divergncias entre os diversos grupos polticos, o movimento revolucionrio atravessa um longo perodo de dificuldades, at sua consolidao na dcada de 1930.Em 1928, dado um passo decisivo para a consolidao revolucionria: a fundao do Partido Nacional Revolucionrio (hoje denominado Partido Revolucionrio Institucional, PRI), atravs do qual o Governo Central, o Poder Executivo, passa a orientar e controlar a vida poltica do pas.Com o governo Crdenas, a Revoluo consolidou-se. Entre as conquistas da Revoluo Mexicana podem-se destacar inmeras realizaes no campo econmico e social: reforma agrria, estmulo industrializao, nacionalismo econmico, poltica trabalhista, ampliao dos meios de educao, normalizao da vida poltica, etc. O Estado domina a tal ponto a vida poltica atravs do poder central, que pouco espao sobra para as assemblias, partidos e grupos sociais em geral.

2.3. A Argentina e o Populismo do Sculo XX

A histria poltica da Argentina foi marcada, a cima de tudo, pelo crescimento e, em seguida, pelo enfraquecimento do populismo. A mais importante expresso do movimento populista foi o peronismo (ou justicialismo). O peronismo pro curou estimular a industrializao e a modernizao do pas, sem descuidar as metas sociais, pelo contrrio, estimulando a organizao do movimento trabalhista e dos sindicatos.Desde 1974, com a morte de Juan Domingo Pern, o populismo peronista comeou a fragmentar-se rapidamente, no resistindo s suas crises in ternas e s presses dos grupos conservadores, crise econmica do pas. Em 1976, um golpe militar derrubou o governo de Isabel Pern, instalando novamente o autoritarismo militar. Entretanto, as dificuldades de origem econmica e social so muito grandes, e a Argentina no reencontrar facilmente o caminho da democratizao da sua vida Poltica.

2.3.1. Pern e Seu Populismo

Entre os vrios setores oposicionistas ao governo estavam tambm grupos de oficiais militares, que tiveram participao decisiva no movimento de 1945, que derrubou a ditadura e props a redemocratizao do pas. Entre esses oficiais estava o Coronel Juan Domingo Pern, que se torna rapidamente um lder poltico de grande prestgio popular. Com base nesse prestgio, Pern eleito para a presidncia em 1946.A vitria de Pern fora alcanada graas aos votos de grande parte dos setores populares, e tambm de setores da burguesia, do Clero e do Exrcito. Com essa vitria, comeava a escalada do peronismo, expresso mais importante do populismo poltico argentino.O peronismo caracterizou-se como um regime poltico muito peculiar: tem razes no caudilhismo e no autoritarismo latino-americanos, mas procurando adequ-los s condies econmicas e sociais da nova realidade da Argentina, aps a II Guerra. Pern procurou combinar o autoritarismo pessoal com as diretrizes polticas voltadas para a justia social (justicialismo): melhor remunerao do trabalho e mais proteo ao trabalhador, melhores condies de vida s classes populares em geral.O peronismo, com seu paternalismo, com sua manipulao da classe trabalhadora e com a represso dos setores de oposio, no conseguiu fazer da Argentina uma sociedade justa e democrtica. Isso ocorreu porque no foi capaz de promover, com liberdade, as autnticas lideranas da classe trabalhadora, pois chegou a reprimir vrias de suas manifestaes, como greves, por exemplo. Apesar disso, inegvel que o regime peronista contribuiu para o fortalecimento e organizao do movimento trabalhista, que se tornou um dos mais combativos da Amrica Latina.A incapacidade do governo peronista de realizar mudanas estruturais em favor dos reais interesses do pas e da classe trabalhadora, levou-o crise e queda, provocada em 1955 por um golpe militar. A inflao, a desvalorizao dos salrios, a corrupo administrativa, os conflitos com a Igreja e as divergncias entre setores das Foras Armadas foram s causas principais do golpe. O peronismo perdera sua base de apoio, em razo da crise econmica e social, que era incapaz de resolver.Aps ser derrubado em 1955, Pern exilou-se na Espanha. Voltou Argentina em 1973, sendo eleito presidente no ano seguinte. Aparentemente, o peronismo retornava com sua antiga fora e com o apoio das classes populares. A morte de Pern, contudo, mergulhou o movimento em profunda crise, demonstrando que o peronismo ainda se alimentava da fidelidade a Pern. .Sua antiga estrutura tinha se fragmentado, dando lugar a um complexo de mltiplas foras polticas, fracas demais para enfrentar e impedir a volta do autoritarismo militar.

III. IMPRESSES E PERSPECTIVAS DO GRUPO

Esta pesquisa envolvendo as mltiplas vises da Amrica Livre trouxe durante este semestre grandes conhecimentos.A impresso que ficou da Amrica Latina que a realidade vivida pode ser sintetizada numa angustia poltico-social real de todosm os pases.De forma geral os pases sempre foram dependentes poltica e economicamente da Espanha e Portugal no inicio. Depois que se transformaram em Estados Nacionais livres, alem de enfrentar problemas internos, continuaram dependentes das grandes potencias Inglaterra e Estados Unidos.A perspectiva em montar esse projeto envolvendo a atuao de quatro pases da Amrica Latina embora trabalhoso, foi gratificante.No temos dvida que nosso esforo far a diferena pois temos convico que a reconstruo do saber estrico deve ser pautada por pesquisas, leituras e reflexo em um processo continuo.

IV. CONSIDERAES FINAIS

Vimos que as naes latinas sempre lutaram politicamente para ganhar autonomia em busca de reformular as estruturas vigentes.A caminhada foi longa e enfrentaram lutas, desentendimento e revolues em contrapartida surgiram s ditaduras, os movimentos reformistas guerrilheiros e revolucionrios. Esse foi o quadro analisado da poltica da Amrica Latina com reflexos na economia e conseqentemente na cultura, na educao e na sade desses povos.As lutas polticas do sculo XX na Amrica Livre tiveram a participao das classes populares, no s na mobilizao, mas na insero direta nessas lutas, pois consideram o imperialismo seu inimigo primordial.Para encerrar vimos que atravs da historiografia de diferentes pocas e locais pode-se rever o que aconteceu e extrair reflexes mais politizadas e criticas dos fatos.