geografia de mato grosso

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GEOGRAFIA DE MATO GROSSO LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Mato Grosso está localizado na região do centro-oeste do Brasil, área mais central da América do Sul. Seu território está situado entre os trópicos, o que faz com que no estado predominem climas quentes. A totalidade do território mato-grossense está ao sul da linha do Equador, ou seja, no hemisfério sul, também chamado austral ou meridional. Seu território também totalmente situado a oeste do meridiano de Greenwich, portanto, no hemisfério oeste ou ocidental. O Brasil possui quatro fusos horários diferentes, com horas atrasadas em relação ao meridiano de Greenwich. O fuso horário de Mato Grosso está quatro horas atrasado em relação a Londres. Mato Grosso limita-se ao norte com o Amazonas e o Pará; a oeste com Rondônia e Bolívia; a leste com Tocantins e Goiás; e ao sul com Mato Grosso do Sul. É o terceiro estado brasileiro em extensão territorial. Possui uma área de 906.806 km², equivale a 10,59% da área do país. Seus pontos extremos são: -norte: confluência dos rios Teles Pires e Juruena; -sul: cabeceira dos rios Furnas e Araguaia; -leste: extremo sul da Ilha do Bananal; -oeste: cabeceira do rio Madeirinha. Os pontos extremos de Mato Grosso são praticamente eqüidistantes: no sentido norte-sul a distância é de 1.180 km e no sentido leste-oeste é de 1.250 km.

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Geografia de Mato Grosso

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Page 1: Geografia de Mato Grosso

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Mato Grosso está localizado na região do centro-oeste do Brasil, área mais central da América

do Sul.

Seu território está situado entre os trópicos, o que faz com que no estado predominem climas

quentes.

A totalidade do território mato-grossense está ao sul da linha do Equador, ou seja, no

hemisfério sul, também chamado austral ou meridional.

Seu território também totalmente situado a oeste do meridiano de Greenwich, portanto, no

hemisfério oeste ou ocidental.

O Brasil possui quatro fusos horários diferentes, com horas atrasadas em relação ao meridiano

de Greenwich. O fuso horário de Mato Grosso está quatro horas atrasado em relação a

Londres.

Mato Grosso limita-se ao norte com o Amazonas e o Pará; a oeste com Rondônia e Bolívia; a

leste com Tocantins e Goiás; e ao sul com Mato Grosso do Sul.

É o terceiro estado brasileiro em extensão territorial. Possui uma área de 906.806 km², equivale

a 10,59% da área do país.

Seus pontos extremos são:

-norte: confluência dos rios Teles Pires e Juruena;

-sul: cabeceira dos rios Furnas e Araguaia;

-leste: extremo sul da Ilha do Bananal;

-oeste: cabeceira do rio Madeirinha.

Os pontos extremos de Mato Grosso são praticamente eqüidistantes: no sentido norte-sul a

distância é de 1.180 km e no sentido leste-oeste é de 1.250 km.

EVOLUÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Page 2: Geografia de Mato Grosso

O estado de Mato Grosso abrange atualmente um território bem menor do que teve em épocas

passadas. Englobou o que são hoje os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e

Rondônia, com uma área de 1.477.041 km².

Em 1943, durante o governo de Getúlio Vargas, Mato Grosso perdeu área para a formação do

Território Federal do Guaporé, hoje estado de Rondônia, quando passou a ter 1.231.549 km².

Em 1977, durante o governo de Ernesto Geisel, houve novo desmembramento para a criação

do estado de Mato Grosso do Sul, ficando Mato Grosso com 906.806,9 km² (IBGE).

Em 2006 chegou a tramitar no Congresso Nacional uma proposta de redivisão territorial de

Mato Grosso que não chegou a ocorrer. Pelo projeto apresentado serial criadas mais duas

unidades da Federação no território mato-grossense: Araguaia e Mato Grosso do Norte. Essa

multiplicação de unidades federadas encontrou críticas pois, na maioria dos casos, criam-se

estados e municípios sem receita suficiente para sobreviver e a conta acaba sendo paga pelo

contribuinte.

A REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dividiu o Brasil em cinco regiões: Norte,

Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa divisão oficial baseia-se principalmente nas

características humanas e econômicas do território nacional. Os limites dessas cinco

macrorregiões acompanham as fronteiras político-administrativas dos estados que formam o

país, estando Mato Grosso localizado na região Centro-Oeste.

Uma outra forma de regionalizar o Brasil é a que estabelece três grandes complexos regionais:

o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia. Ao contrário da divisão oficial, esta regionalização não

foi feita pelo IBGE, mas pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, que levou em consideração o

processo histórico de formação do território brasileiro, em especial a industrialização, associado

aos aspectos naturais.

A divisão em complexos regionais não respeita o limite entre estados. O norte de Minas Gerais

encontra-se no Nordeste, enquanto o restante do território mineiro encontra-se no Centro-Sul.

O leste do Maranhão encontra-se no Nordeste, enquanto o oeste encontra-se na Amazônia. O

sul do Tocantins e de Mato Grosso encontra-se no Centro-Sul, mas a maior parte desses

estados pertencem ao complexo da Amazônia. Como as estatísticas econômicas e

populacionais são produzidas por estados, essa forma de regionalizar não é útil sob certos

aspectos, mas é útil para a geografia, porque ajuda a contar a história da população do espaço

brasileiro.

OS DOMÍNIOS NATURAIS DE MATO GROSSO

No território mato-grossense temos paisagens pertencentes a três ecossistemas: Amazônia,

Pantanal e Cerrado.

Page 3: Geografia de Mato Grosso

AMAZÔNIA. A Amazônia ocupa uma área de mais de 6,5 milhões de quilômetros quadrados

(2006) e se estende por nove países da América do Sul (Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru,

Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa). O domínio amazônico ocupa mais de

50% da superfície do estado de Mato Grosso e vem passando por um processo de destruição

de sua floresta muito intenso nos últimos anos. Esse desmatamento provoca uma quebra no

equilíbrio ecológico da região, pois afeta a evaporação, dificulta a infiltração da água no solo e

diminui o abastecimento dos lençóis de água e dos próprios rios. Além disso, compromete a

biodiversidade, podendo significar até mesmo a eliminação das espécies vegetais

desconhecidas.

Entre agosto de 2003 e agosto de 2004 o desmatamento na Amazônia Legal foi o segundo

maior registrado na história: 26.130 km², sendo que Mato Grosso respondeu por 48,1% deste

índice.

Esse ciclo de devastação, que tem Mato Grosso como epicentro, é causado pela extração de

madeira e pela agricultura e pecuária. É um processo que se repete: primeiro, o madeireiro age

sobre uma área intocada da floresta, e quando a mata é derrubada vende a terra a um criador

de gado, que poderá negociar a área com plantadores de soja e ocupar outro local desmatado

pelos madeireiros.

A maior parte dessa devastação ocorre no chamado Arco do Desmatamento, que além do

norte de Mato Grosso, engloba Tocantins, o oeste do Maranhão, e os estados do Pará,

Rondônia e Acre.

Outra questão que contribui para esse desmatamento recorde no estado foi a corrupção. Em

junho de 2005 a “Operação Curupira” da Polícia Federal prendeu 102 pessoas no estado, entre

madeireiros, fiscais do IBAMA e da FEMA, entre outros funcionários públicos, acusados de

colocar abaixo madeira suficiente para encher 66 mil caminhões.

Na flora amazônica são identificadas mais de 30 mil espécies de plantas, um dos fatores que a

torna reconhecida mundialmente pela riqueza de sua biodiversidade. Podem ser encontradas

de 100 a 300 espécies diferentes de árvores por hectare. A fauna compreende mais de 1.500

espécies de pássaros, 800 mamíferos e mais de 2.500 tipos diferentes de peixes. Na região

norte de Mato Grosso são muito comuns as espécies de matrinxã, tucunaré e piraíba, o maior

peixe de água doce, que pode chegar a 300 kg.

O clima característico da Amazônia é o equatorial, com chuvas abundantes e temperaturas

altas. No Brasil, a Amazônia Legal baseia-se economicamente nas atividades extrativistas,

tanto vegetal quanto mineral, na prática da agropecuária e, mais recentemente, no ecoturismo.

Na Amazônia Mato-grossense, as grandes propriedades são destinadas à extração de madeira

e borracha. O ecoturismo é uma atividade que está se desenvolvendo na região,

principalmente nos municípios de Alta Floresta e Aripuanã.

Page 4: Geografia de Mato Grosso

CERRADO. O cerrado caracteriza-se pela savana tropical que se estende pelos estados de

Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Maranhão e Piauí. Considerado a

segunda maior formação vegetal do Brasil, superado apenas pela Amazônia, o cerrado ocupa

39% do território mato-grossense (2006).

O clima tropical define duas estações: uma seca, que começa em abril e termina em setembro,

e outra chuvosa, que começa em outubro e termina em março. As principais atividades

econômicas da região são a pecuária de corte, produção de grãos como soja, milho, feijão e

arroz e o cultivo de eucaliptos para a indústria de papel.

No cerrado mato-grossense, localizado entre a densa formação vegetal da Floresta Amazônica

e a planície do Pantanal, destacam-se as produções de soja, algodão, arroz, milho e mais

recentemente o sorgo. O estado é campeão de produtividade e em qualidade de algodão e

soja. O arroz de cerqueiro é reconhecido mundialmente pela sua qualidade.

A flora do cerrado é estimada em 10 mil espécies de plantas. A adaptação das formações

vegetais ao clima e aos solos resulta em uma paisagem impressionante. Os arbustos retorcidos

têm cascas grossas e as folhas possuem pêlos para combater os baixos índices de umidade e

a ação do sol. As raízes são profundas, sendo capazes de extrair a água do subsolo,

principalmente durante o período da seca. Arnica, catuaba, jurubeba, sucupira e anjico são

espécies comumentes encontradas na região e usadas como remédio caseiro.

A fauna constitui o segundo maior conjunto de animais do mundo. São indentificadas mais de

160 mil espécies de animais na região. Veados-campeiros, porcos-do-mato, lobos, tatus e

tamanduás correm pelos campos abertos e fazem a euforia dos turistas.

É nesse bioma que encontramos o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, criado em

1989. Desde o início do século passado, porém, havia a preocupação de se preservar os

remanescentes da flora e se proteger os mananciais hídricos, de muita importância para a

região.

O Parque possui uma área de 33 mil hectares e está localizado na região central de Mato

Grosso, no municípios de Chapada dos Guimarães e Cuiabá. Há ocorrências de sítios

arqueológicos e históricos de grande importância para a humanidade conhecer um pouco mais

sobre o seu passado.

Além dos sítios arqueológicos e históricos, o Parque possui várias atrações turísticas

constituídas por cachoeiras. Porém, apresenta diversos problemas provocados em seu entorno

por atividades desorganizadas e muitas vezes predatórias, como loteamentos, garimpos de

ouro, pecuária, drenagem de veredas, barramento dos leitos dos córregos e chácaras de lazer.

Segundo dados da ONG Conservação Internacional, cerca de 58% do cerrado mato-grossense

já está destruído (2006). A expansão da agricultura e da pecuária seria a principal responsável

por essa devastação.

Page 5: Geografia de Mato Grosso

PANTANAL. Localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal é uma

extensa planície, cortada por inúmeros e grandes rios, que transbordam na época das cheias,

inundando os terrenos mais baixos. A rede hidrográfica formada pelo rio Paraguai e seus

afluentes, e o relevo plano são responsáveis pelas inundações periódicas. A paisagem

pantaneira é composta de partes mais altas, nunca atingidas pela água, chamadas cordilheiras;

e de baías, regiões quase sempre alagadas. Há também as vazantes, que são escoadouros

naturais da água na época das cheias; e o corixos, pequenos cursos fluviais permanentes entre

as baías.

Tanto a flora quanto a fauna do Pantanal são variadas. O Pantanal apresenta um verdadeiro

mosaico de formações vegetais diferentes, razão pela qual os especialistas lhe deram o nome

de Complexo do Pantanal. Existem plantas minúsculas, plantas aquáticas e diversos tipos de

capim, que servem de pasto para o gado. Há também arbustos e árvores de grande porte, que

são úteis para os animais e para o ser humano. Existem 650 espécies diferentes de aves no

Pantanal, entre elas, o tuiuiú, o colhereiro, o biguá e diversas variedades de garças. No

Pantanal existem mais espécies de peixes de água doce que nos rios da Europa; são ao todo

263. Entre os mais apreciados estão o jaú, o pintado, o dourado, o pacu, o corimbatá e as

piranhas. Um dos fatores que ajudam a manter a quantidade de peixes é a proibição da pesca

durante a piracema. Entre os répteis destacam-se os jacarés, que já estiveram perto de

desaparecer, e as cobras, entre as quais a temida cobra sucuri. Os mamíferos somam 80

espécies, pequenas e grandes, carnívoras ou não. Citam-se o veado-campeiro, o macaco-

prego, o quati, a ariranha, a capivara, o lobo-guará, a onça pintada, entre outros.

A colonização da região do Pantanal começou no século XVIII, quando os primeiros

bandeirantes paulistas chegaram em busca de ouro. Quando o ouro acabou, surgiram algumas

fazendas de gado, que aos poucos foram se multiplicando. O pantaneiro atual é descendente

dos índios e dos bandeirantes paulistas. A cultura pantaneira também incorporou muito da

música, da alimentação e da linguagem dos bolivianos, paraguaios e gaúchos.

O primeiro Parque Nacional criado em Mato Grosso foi o do Pantanal Mato-grossense (1981).

Sua criação atendeu as reivindicações da sociedade e da comunidade científica, para a criação

de uma unidade de conservação que protegesse amostras significativas do bioma. Possui uma

área de 135 mil hectares e um perímetro de 260 km. Está localizado no extremo sudeste de

Mato Grosso, no município de Poconé.

Atualmente o Pantanal enfrenta uma série de ameaças ao seu ecossistema. A caça e a pesca

predatória são uma ameaça à vida selvagem. Os rios pantaneiros sofrem com os esgotos

despejados pelas cidades, com os agrotóxicos das plantações de soja e com a sujeira deixada

pelos garimpos.

Outra grande ameaça que pairou o Pantanal foi o projeto da construção da hidrovia Paraguia-

Paraná, que ligaria as cidades de Cáceres, em Mato Grosso, e Nueva Palmira, no Uruguai,

numa extensão de 3.442 km. Até 2006, grandes embarcações não tem conseguido fazer a

travessia do rio, pois há trechos muito rasos, além disso, os trechos dificultam as manobras.

Pelo projeto da hidrovia essas curvas iriam desaparecer e o leito do rio Paraguai seria baixado,

Page 6: Geografia de Mato Grosso

a água iria escoar rapidamente, deixando alagar a região. O resultado de tudo isso seria que o

Pantanal simplesmente poderia desaparecer.

EXERCÍCIOS – 9º ANO

Explique os fuso horário mato-grossense.

Inicialmente é explicado pelo conteúdo que Mato Grosso está entre os trópicos. Pesquise e

descubra quais são.

Quais são os pontos extremos de Mato Grosso?

Além do próprio Mato Grosso, quais os outros estados chegou a englobar antes de 1943?

Explique porque a divisão do estado de Mato Grosso em Araguaia e Mato Grosso do Norte

teve críticas e não ocorreu até hoje.

Quais são as cinco macrorregiões do Brasil? Em qual delas está Mato Grosso?

Quais são as três macrorregiões não oficiais, segundo Pedro Pinchas Geiger? Por que é útil

essa forma de regionalização?

Qual é a área da Amazônia e quais países abrange?

O que o desmatamento pode provocar na região amazônica?

A devastação da Amazônia no Mato Grosso vem ocorrendo por qual motivo?

Onde fica o Arco do Desmatamento?

O que foi a “Operação Curupira”?

Que tipos de peixes são comuns na região norte de Mato Grosso?

Em quais estados encontra-se o cerrado?

Quais são as estações do cerrado? Explique.

Que tipo de plantações destacam-se no cerrado mato-grossense?

Como são os arbustos do cerrado?

Quais são os remédios caseiros comuns encontrados no cerrado?

Onde localiza-se o Pantanal?

Que tipo de aves, peixes, répteis e mamíferos são encontrados no Pantanal?

Quais foram os primeiros habitantes do Pantanal?

Que ameaças enfrenta o ecossistema do Pantanal?

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – 9º ANO

ASPECTOS FISICOS

RELEVO. O relevo brasileiro já foi bastante estudado e dividido de diferentes formas. Nas

divisões estabelecidas por Aroldo de Azevedo e Aziz Ab’Saber, Mato Grosso apresentava

apenas duas unidades de relevo: o planalto central e a planície do pantanal.

O mais completo estudo do relevo brasileiro foi publicado em 1995. é de autoria do Professor

Jurandyr Ross, da Geomorfologia da USP, que pesquisou e trabalhou nos levantamentos e

mapeamentos aerofotogramétricos realizados pelo projeto Radambrasil (1970-1985).

Page 7: Geografia de Mato Grosso

Graças ao projeto Radambrasil, que fotografou minunciosamente cada palmo do espaço

territorial brasileiro o Professor Jurandyr nos apresenta uma nova divisão do relevo brasileiro,

com 28 unidades (11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies).

Essas formas de relevo, por sua vez, podem ser agrupadas em unidades de relevo, conforme

suas características.

Em Mato Grosso destacam-se 11 unidades:

-Planalto e Chapada dos Parecis;

-Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná;

-Planaltos e Serras Residuais do Alto Paraguai;

-Planaltos Residuais Sul-Amazônicos;

-Depressão do Araguaia-Tocantins;

-Depressão Cuiabana;

-Depressões do Alto Paraguai-Guaporé/

-Depressão Sul-Amazônica;

-Planície do Rio Araguaia;

-Planície e Pantanal do Rio Guaporé;

-Planície e Pantanal Mato-grossense.

Os planaltos são superfícies irregulares com altitudes superiores a 300 metros, resultantes da

erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares, podendo conter serras, elevações ou

escarpas íngremes de topos aplainados chamados chapadas.

Planalto e Chapada dos Parecis: é o mais extenso domínio geomorfológico de Mato Grosso,

apresentando topografia favorável à práticas agrícolas mecanizadas. É formado principalmente

por terrenos sedimentares (arenito) do Mesozóico. Constitui o divisor de águas da Bacia do

Amazonas e do Paraguai. Suas altitudes mais elevadas, em torno de 800 metros, são

encontradas no trecho sudoeste, mas a altitude predominante varia de 450 e 650 metros. As

formas de relevo são bastante suaves e apresentam duas feições bem distintas: as de topos

planos, que são predominantes, e as ligeiramente arredondadas, que são testemunho do

Page 8: Geografia de Mato Grosso

relevo que existia no local. As serras do Roncador, do Daniel e de Tapirapuã são as principais

desse planalto e correspondem a escarpas com o aspecto de cuecas.

Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná: abrangem superfícies das regiões Sudeste, Sul e

Centro-Oeste. Em Mato Grosso aparece na região sudeste do estado e é chamada de Planalto

dos Guimarães, sendo dividida em três subunidades: Chapada dos Guimarães, com topos

planos, delimitados por escarpas; Planalto da Casca, com feições geomórficas tabulares e

convexas; e Planalto do Alcantilados, apresentando um conjunto de relevo complexo com

bordas e escarpas alcantiladas, com reverso em rampas residuais de topo plano.

Planaltos e Serras Residuais do Alto Paraguai: aparecem em duas áreas uma de menor

extensão, ao sul do Pantanal Mato-grossense e uma ao norte do Pantanal. Correspondem a

formas de dobramentos em rochas sedimentares (arenitos e calcários) ocorridos na era Pré-

Cambriana e que sofreram erosão intensa, gerando formas de relevo em suaves cristas

assimétricas e mais ou menos paralelas umas às outras. As altitudes variam entre 600 e 800

metros. Nessa unidade de relevo destacam-se a Serra das Araras, a Serra do Tombador e a

Serra Azul, localizadas na parte norte do Pantanal; a Serra de Bodoquena e o Maciço de

Urucum, situados na parte sul do Pantanal e conhecidos por suas riquezas minerais.

Planaltos Residuais Sul-Amazônicos: caracterizam-se pela presença de inúmeros blocos de

relevo residuais, ou seja, originários de intenso processo erosivo. Esculpidos em arenitos e

rochas magmáticas datados da era Pré-Cambriana, esses blocos estão totalmente distribuídos

ao norte de Mato Grosso. Nessa região encontram-se importantes serras, como a dos Apiacás,

do Cachimbo, dos Caiabis, do Norte, das Onças, Formosa e do Roncador.

As depressões são superfícies com suaves inclinações, com altitudes entre 100 e 500 metros,

produzidas por longos processos de erosão.

Depressão do Araguaia-Tocantins: localiza-se na porção leste do estado e acompanha os vales

dos rios Araguaia e das Martes. O relevo é quase plano, com altitudes que variam de 200 a 400

metros. Atravessa formações cristalinas e sedimentares.

Depressão Cuiabana: está embutida entre os Planaltos e Serras Residuais do Alto Paraguai e

os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná. Sua altitude varia de 150 a 400 metros, e as

formas de relevo são arredondadas.

Depressões do Alto Paraguai-Guaporé: ficam entre o Planalto e Chapada dos Parecis e os

Planaltos e Serras Residuais do Alto Paraguai. Essa unidade de relevo consiste no

agrupamento de duas depressões que se unem. Tem altitudes baixas, variando entre 150 e

200 metros. Esse conjunto está localizado a oeste de Mato Grosso.

Depressão Sul-Amazônica: apresenta topos levemente convexos, além de relevos residuais

compostos por rochas sedimentares e granitos. Sua fronteira limita-se com o Planalto e

Page 9: Geografia de Mato Grosso

Chapada dos Parecis ao sul, e a leste tem continuidade com as Depressões do Araguaia-

Tocantins.

As planícies são superfícies muito planas, com altitudes inferiores a 100 metros, formadas por

acumulação de sedimentos através das águas do mar, dos rios ou de lagos.

Planície do Rio Araguaia: situa-se no centro da Depressão do Araguaia-Tocantins, e nela está

situada a ilha do Bananal. No território mato-grossense corresponde a uma pequena faixa à

margem esquerda do rio Araguaia.

Planície e Pantanal do Rio Guaporé: estende-se por território boliviano e une-se ao Pantanal

Mato-grossense, sendo igualmente drenada pelo rio Paraguai.

Planície e Pantanal Mato-grossense: localiza-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso

do Sul. Corresponde a uma significativa área de deposição de sedimentos recentes trazidos

pelos rios da bacia do rio Paraguai, que avança em direção à Bolívia e ao Paraguai. É

composta de sedimentos ardilosos e arenosos.

OS PONTOS MAIS ALTOS DE MATO

GROSSO

Ponto Altitude Localização

Serra de Monte Cristo1.118

m

Parque Estadual da Serra de Santa

Bárbara

Serra Ricardo Franco1.078

m

Parque Estadual da Serra Ricardo

Franco

Serra de Santa Bárbara1.070

m

Parque Estadual da Serra de Santa

Bárbara

Clima. Mato Grosso encontra-se totalmente localizado na zona tropical do planeta, próximo à

linha do Equador. Um outro fator que influencia o clima no estado é a continentalidade, ou seja,

estamos localizados no interior da América do Sul, área com reduzida influência marítima.

Ao longo do dia, a diferença entre a temperatura máxima e a mínima pode ser de mais de

10ºC, em média. Essa variação, denominada amplitude térmica, também é conseqüências da

continentalidade, pois nas áreas situadas perto do mar, a amplitude térmica é menor.

As variações de temperatura ao longo de um dia podem ser maiores ainda quando há a

penetração de uma massa de ar fria de origem polar, nos meses de junho e julho.

Page 10: Geografia de Mato Grosso

As médias anuais de chuva no estado variam de 1.250 milímetros, no Pantanal, a 2.750

milímetros na região norte.

Os tipos de clima de Mato Grosso são o equatorial, ao norte, e o tropical continental, no sul e

leste do estado.

O clima equatorial corresponde à Amazônia Mato-grossense. É quente e úmido. As médias

térmicas mensais são elevadas (entre 24°C e 28°C) e praticamente não há inverno. Sofre

influência da massa equatorial continental, caracterizada por altas temperaturas, baixas

pressões atmosféricas, forte evaporação e intensas precipitações.

Apenas em alguns curtos períodos, quando a frente fria oriunda do sul do continente consegue

atingir a parte acidental da Amazônia, a temperatura desce 16°C ou 18°C. As chuvas são

abundantes (entre 1.600 e 2.500 mm por ano), concentrando-se mais de dezembro a maio.

O clima tropical continental caracteriza-se por apresentar inverno seco e verão úmido, sendo

portanto um clima quente e semi-úmido. As médias térmicas mensais ficam entre 20°C e 28°C

e os índices de chuva situam-se próximo de 1.500 mm por ano. No verão, sofre influência da

massa equatorial continental. No inverno a massa tropical atlântica se instala na região. Tendo

altas pressões, essa massa de ar impede a chegada de ventos úmidos, ocasionando a

estiagem.

A vegetação original característica desse tipo de clima é o cerrado, uma mistura de vegetação

arbórea, mais rara, com plantas herbáceas, mais abundantes. O cerrado já está muito

devastado pela ocupação humana.

Hidrografia. A hidrografia mato-grossense destaca-se no cenário nacional por apresentar

centros divisores de água, onde nascem rios de três importantes bacias hidrográficas

brasileiras: a Amazônica, a Platina e a do Tocantins-Araguaia. Estas nascentes estão

localizadas em região de planalto.

O norte do Mato Grosso é drenado pelos rios que são afluentes da margem direita do rio

Amazonas, como o rio Xingu, ou por formadores de afluentes, como os rios Teles Pires e

Juruena, que formam o rio Tapajós. Esses rios tomam a direção sul-norte.

É nesta bacia hidrográfica que encotra-se a Cachoeira do Galerinha, a mais alta de Mato

Grosso, com 180 m de queda livre.

O mais importante rio desta bacia hidrográfica em Mato Grosso é o Xingu. Ele nasce na

Chapada dos Parecis, entre os municípios de Paranatinga e Canarana. Seus principais

afluentes são o Culuene, o Ronuro e o Batovi.

Outros rios mato-grossenses desta bacia que merecem destaque são:

Page 11: Geografia de Mato Grosso

-o Teles Pires, que também recebe a denominação de São Manoel. Sua nascente está

localizada na Serra Azul.

-o Juruena, que é considerado o rio mais extenso de Mato Grosso. Sua nascente está

localizada na Chapada dos Parecis.

-o Aripuanã, que nasce na Serra do Norte e deságua no rio Madeira.

-o Guaporé, em cujas margens foi construída a primeira capital de Mato Grosso, Vila da

Santíssima Tridande. Sua nascente está localizada na Chapada dos Parecis.

O rio Paraguai é formador da Bacia Platina e atravessa o Pantanal mato-grossense. Nasce na

Chapada dos Parecis, nas proximidades da cidade de Diamantino, e toma o sentido norte-sul.

Na época das cheias, o rio Paraguai inunda uma vasta área formando um verdadeiro lago.

Trata-se de um dos maiores rios de planície do Brasil, superado apenas pelo Amazonas.

O principal tributário do rio Paraguai é o Cuiabá, cuja nascente está localizada na Serra Azul,

no município de Rosário Oeste. Os principais afluentes do rio Cuiabá são o São Lourenço, o

Piquiri, o Manso, o Aricá Açu e o Aricá Mirim.

Os rios da bacia Platina tomam o sentido norte-sul. Outros importantes rios desta bacia

hidrográfica em Mato Grosso são o Sepotuba, o Cabaçal e o Jauru, todos com nascentes na

Chapada dos Parecis.

O rio Araguaia é o principal tributário do rio Tocantins. Sua nascente está localizada na Serra

dos Caiapós, numa altitude de 850 metros, divisa de Mato Grosso com Goiás. Constitui-se na

divisa natural entre Mato Grosso e Goiás e Mato Grosso e Tocantins.

Os rios desta bacia hidrográfica tomam o sentido sul-norte. Os principais afluentes do rio

Araguaia em Mato Grosso são o rio das Garças e o das Mortes. O primeiro tem suas nascentes

na Serra das Saudades, em Alto Garças, e o segundo, na Serra de São Vicente, em Cuiabá.

Uma das característica da hidrografia regional é o fenômeno denominado “águas emendadas”.

Onde a topografia do relevo é predominantemente plana, é comum o encontro de rios que

pertencem a bacias hidrográficas diferentes. Por exemplo, as águas do rio Alegre, que faz parte

da bacia Amazônica, se unem às do rio Aguapeí, da Bacia Platina.

EXERCÍCIOS – 9º ANO

Quais são as 11 unidade de relevo encontradas em Mato Grosso?

Antes disso, quais eram as duas unidades de relevo de Mato Grosso? Quem estabeleceu

essas unidades?

Page 12: Geografia de Mato Grosso

Quais foram os benefícios do Projeto Radambrasil para as divisões do relevo mato-grossense?

O que são planaltos?

O que são planícies?

O que são chapadas?

Quais serras possuem escarpas com aspectos de cuecas?

Em quais planaltos encontra-se a Serra do Roncador?

Em qual planície situa-se a ilha do Bananal?

Como são os tipos de clima de Mato Grosso?

Por que a variação de temperatura entre a máxima e a mínima pode variar a mais de 10°C?

Como é o clima equatorial?

No clima equatorial da Amazônia mato-grossense, quando ocorrem as chuvas mais

abundantes?

Qual é a vegetação original do clima tropical continental? Quais suas características?

Quais as três bacias hidrográficas brasileiras mais importantes, onde nascem rios em Mato

Grosso?

Qual rio é afluente do rio Amazonas do qual fica à sua margem direita, podendo ser localizado

na região norte de Mato Grosso?

Onde nasce o Rio Xingu? Quais são seus principais afluentes?

Qual é o rio mais extenso de Mato Grosso?

Qual era o nome da primeira capital de Mato Grosso? Qual rio passava por ela?

Qual rio é formador da Bacia Platina e do Pantanal Mato-grossense? Em qual aspecto esse rio

é superado apenas pelo rio Amazonas?

Qual é principal tributário do rio Tocantins? Onde fica sua nascente? Qual o sentido desses

rios?

Page 13: Geografia de Mato Grosso

O que é o fenômeno “águas emendadas”. Dê um exemplo que não esteja nesta apostila.

Qual é o ponto mais alto de Mato Grosso? Qual é altitude e onde fica?

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – 9º ANO

POPULAÇÃO MATO-GROSSENSE

CRESCIMENTO DA

POPULAÇÃO MATO-

GROSSENSE. No Brasil,

os recenseamentos são

feitos pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). Veja a

tabela do censo realizado

em 2000, a seguir os

resultados de todos os

recenseamentos

anteriores realizados em

Mato Grosso:

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM MATO GROSSO

(1872-2000)

Ano

1872

1890

1900

1920

1940

1950

1960

Page 14: Geografia de Mato Grosso

1970 1.597.090

1980 1.138.691

1991 2.027.231

2000 2.504.353

Os dados da tabela nos mostram que nas últimas décadas do século XX as taxas de

crescimento da população em Mato Grosso foram elevadas, aumentando 119,93% de 1980

para 2000.

Esse elevado crescimento populacional deve-se ao crescimento vegetativo (diferença entre as

taxas de natalidade e mortalidade) e às migrações inter-regionais, pois Mato Grosso recebeu

um intenso fluxo migratório a partir da década de 1960 que vieram para a fronteira agrícola e

para áreas de garimpo.

MUNICÍPIOS COM MAIOR TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL

POPULACIONAL (1996-200)

MunicípiosTaxa de

crescimento (%)

Sapezal 23,63

Tabaporã 22,49

Campos de Júlio 18,54

Primavera do Leste 17,36

Page 15: Geografia de Mato Grosso

Feliz Natal 15,82

Cotriguaçú 15,55

Nova Mutum 15,29

Querência 14,57

Aripuanã 13,16

Campo Verde 12,40

DENSIDADE DEMOGRÁFICA. Segundo estimativa do IBGE de 2004, Mato Grosso teria

2.749.145 habitantes. Sabendo que a área total de Mato Grosso é de 906.806,9 km², a

densidade demográfica do estado é de 3,03 habitantes por cada quilômetro quadrado. Porém,

essa população encontra-se irregularmente distribuída pelo território, havendo áreas com

menos de 1 habitante por quilômetro quadrado. Podemos concluir, portanto, que Mato Grosso

é um estado pouco populoso e pouco povoado.

URBANIZAÇÃO. Na década de 1940 o censo demográfico do IBGE mostrou que 70,22% dos

mato-grossenses moravam em zonas rurais. Quarenta anos depois, não éramos mais um

estado essencialmente agrário, pois 57,52% dos mato-grossenses já moravam nas cidades. O

censo de 2000 revelou que 79,16% dos habitantes de Mato Grosso estavam nas zonas

urbanas.

Essa concentração de pessoas nas cidades deveu-se em vários fatores. Um deles foi o

surgimento de indústrias nas zonas urbanas com a conseqüente criação de empregos.

Outro motivo foi a mecanização da agricultura, que diminuiu a necessidade de mão de obra no

campo. Isso fez com que os moradores do campo se deslocassem para as cidades.

Assim, a população urbana começou a crescer bem mais do que a população rural, o que

caracterizou o processo de urbanização.

Essa grande migração deu origem ao inchaço urbano. Os trabalhadores rurais vieram para as

cidades mato-grossenses em busca de melhores condições de vida, mas esses centros

urbanos não estavam preparados para recebe-los. Como conseqüência Cuiabá, Várzea

Grande e Rondonópolis passaram a conviver com grandes problemas comuns também a

outras cidades brasileiras: falta de moradias, transporte, atendimento médico, educação,

saneamento e aumento da violência, da criminalidade e prostituição. Em 2002 o déficit

Page 16: Geografia de Mato Grosso

habitacional de todo o estado de Mato Grosso estava calculado em 107.198 moradias (falta de

moradias).

POPULAÇÃO INDÍGENA. Em Mato Grosso, segundo censo do IBGE de 2000, residiam 29.196

índios de 38 etnias diferentes, em 58 territórios, correspondendo a 12,8% da área total do

estado. Há indícios de 9 povos ainda não contatados, vivendo na Amazônia mato-grossense.

Ao norte de Mato Grosso, numa área de 30.000 km², está localizado o Parque Indígena do

Xingú. Seu território abriga mais de uma dezena de etnias. Ele foi criado em 1961, durante o

governo de Jânio Quadros, e foi o resultado de vários anos de trabalho e luta política

envolvendo os irmãos Villas Boas, ao lado de personalidades como Marechal Rondon, Darcy

Ribeiro, Noel Nutels, entre outros.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO. A Organização das Nações Unidas (ONU) utiliza

como indicadores pra avaliar o desenvolvimento de populações: o nível de escolaridade, a

expectativa de vida e renda per capita (por pessoa). A partir dos resultados calcula-se o IDH,

Índice de Desenvolvimento Humano.

A pontuação varia de zero a um. Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano

considerado baixo, os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio

desenvolvimento humano e países com IDH superior a 0,800 têm desenvolvimento humano

considerado alto.

Mato Grosso encontra-se muito bem colocado no ranking do IDH dos estados da federação,

ocupando a nona colocação (no ano 2000), com um índice de 0,773.

Acompanhe na tabela a evolução histórica do IDH de Mato Grosso, das regiões e do Brasil.

1970 1980 1991 1995 1996 2000

Brasil 0,4940,7340,7870,8140,8300,766

Centro-Oeste0,4690,7040,8170,8390,8480,788

Mato Grosso 0,4580,6000,7560,7680,7670,773

Norte 0,4250,5950,6760,7200,7270,725

Nordeste 0,2990,4830,5570,5960,6080,678

Sudeste 0,6200,7950,8320,8530,8570,788

Sul 0,5530,7890,8340,8550,8600,800

Page 17: Geografia de Mato Grosso

Fonte: SEPLAN

Nesta outra tabela, acompanhe o ranking dos vinte maiores municípios do estado de Mato

Grosso em IDH-M (2000):

Municípios IDH-M

LongevidadeEducaçã

oRenda

IDH-

MRanking

Sorriso 0,805 0,869 0,797 0,824 1º

Cuiabá 0,734 0,938 0,790 0,821 2º

Lucas do Rio Verde 0,805 0,882 0,766 0,818 3°

Cláudia 0,802 0,848 0,789 0,813 4º

Campos de Júlio 0,804 0,849 0,778 0,810 5º

Campo Novo dos

Parecis0,745 0,866 0,815 0,809 6º

Sinop 0,802 0,874 0,746 0,807 7º

Primavera do Leste 0,775 0,879 0,762 0,805 8º

Alto Taquari 0,791 0,845 0,777 0,804 9º

Sapezal 0,807 0,838 0,763 0,803 10º

Nova Mutum 0,767 0,866 0,771 0,801 11º

Campo Verde 0,786 0,868 0,747 0,800 12º

Alto Garças 0,791 0,855 0,738 0,795 13º

Barra do Garças 0,738 0,915 0,719 0,791 14º

Page 18: Geografia de Mato Grosso

Rondonópolis 0,761 0,890 0,722 0,791 15º

Várzea Grande 0,773 0,903 0,693 0,790 16º

Pontal do Araguaia 0,802 0,890 0,674 0,789 17º

Diamantino 0,769 0,876 0,720 0,788 18º

Jaciara 0,790 0,875 0,699 0,788 19º

Santa Carmem 0,802 0,811 0,747 0,787 20º

Observado os dados acima, podemos concluir que a maioria desses municípios em o

agronegócio como carro-chefe de suas economias. De outra forma dizendo, as cidades que

brotaram com a soja possuem mais qualidade de vida, melhores indicadores sociais e renda

per capita mais alta que no restante de Mato Grosso.

EXPECTATIVA DE VIDA. A expectativa de vida é o tempo médio de vida das pessoas de uma

população, expressa em anos. Também chamada de esperança de vida, pois significa o tempo

provável entre o nascimento e a morte de uma pessoa. Observe os dados da esperança de

vida em Mato Grosso calculados pelo IBGE (2000):

Homens: 65,6 anos

Mulheres: 71,7 anos

Total: 68,6 anos

EXERCÍCIOS – 9º ANO

Nos anos 70, quantos habitantes haviam em Mato Grosso?

O que significa IBGE?

O que é o crescimento vegetativo?

Com o crescimento populacional de 1980 para 2000, onde houve um intenso fluxo migratório

na década de 60?

Qual a taxa de crescimento anual populacional de 1996 a 200 do município de Querência?

Houve um ano em que a taxa de crescimento caiu em Mato Grosso. Em que ano foi?

Page 19: Geografia de Mato Grosso

Qual é a densidade demográfica de Mato Grosso segundo estimativas do IBGE (2004)? Você

tem certeza que há exatamente essa quantidade de pessoas por quilômetro quadrado

distribuídas proporcionalmente em Mato Grosso? Por quê?

Nos anos 40, onde a maior parte dos mato-grossenses moravam?

Por quais fatores ou motivos Mato Grosso deixou de ser um estado essencialmente agrário?

Quais as conseqüências disso?

Segundo o IBGE de 2000, havia quantos índios no Mato Grosso? Quantos territórios eles

residem e isso corresponde a quantos por cento da área total do estado?

Quando foi criado o Parque Indígena do Xingú? Quem foram as principais personalidades

envolvidas na criação do parque?

O que é IDH? E o que é ONU?

Como determinar se certo país tem um IDH baixo, médio ou alto?

Segundo a tabela da SEPLAN, qual é o IDH de Mato Grosso em 2000? E do Brasil? Qual é o

maior? O que pode dizer a respeito disso?

Qual foi o maior IDH registrado na tabela da SEPLAN? Como poderia classificar esse IDH?

Em quais cidades o IDH é acima de 0,799 em longevidade? O que isso significa?

Em quais cidades o IDH é acima de 0,900 em educação? O que isso significa?

Em quais cidades o IDH é acima de 0,790 em renda? O que isso significa?

Como você acha que foi calculado o IDH-M de cada cidade? Você acha justa a forma como

foram classificadas as cidades? Por quê?

Cite outros indicadores que você acha importante para classificar a qualidade de vida de um

determinado lugar.

Qual é a cidade com maior IDH-M? Mas seria a melhor para educação? Seria a melhor em

longevidade? Qual indicador pesou para que essa cidade ficasse em 1º lugar no ranking do

IDH-M de 2000?

O que é expectativa de vida? Relacione com longevidade.

Page 20: Geografia de Mato Grosso

Em 2002, quantas moradias faltavam para população em Mato Grosso? O que isso quer dizer?

Qual é a expectativa de vida da mulher mato-grossense? Está abaixo ou acima da média do

estado?

Explique com suas palavras como é importante o IDH.