fundo de investimento imobiliário câmara de lisboa

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A PROPOSTA N.º 31/2011 CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL PARA SELECÇÃO DE ENTIDADE GESTORA DO FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO A CONSTITUIR PELO MUNICIPIO DE LISBOA. Pelouro: Vereador Manuel Salgado e Vereadora Maria João Mendes Serviços: Direcção Municipal de Planeamento Urbano (DMPU), Direcção Municipal de Finanças (DMF) e Departamento de Património (DP). A - Enquadramento Momentos de profunda crise económica e social, como o que actualmente vivemos à escala mundial, são particularmente favoráveis a movimentos de rotura, propulsionando também a execução de reformas que de outra forma, pela sua natureza e impactos, tenderiam a ser adiadas, ou nem sequer equacionadas. As finanças públicas em geral, e as locais em particular, atravessam nos últimos anos momentos de séria dificuldade, sendo que do confronto entre as debilidades estruturais da economia portuguesa e as exigentes medidas de contenção de despesa a que a conjuntura económica obriga, não se configura racional de optimismo. Não decorre de ausência ou erro de diagnóstico o adiamento na concretização das reformas necessárias, importando que, de forma racional e exigente se desenvolvam técnicas alternativas de abordagem

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CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL PARA SELECÇÃO DE ENTIDADE GESTORA DO FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO A CONSTITUIR PELO MUNICIPIO DE LISBOA.

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  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    PROPOSTA N. 31/2011

    CONCURSO PBLICO INTERNACIONAL PARA SELECO DE

    ENTIDADE GESTORA DO FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIRIO

    FECHADO A CONSTITUIR PELO MUNICIPIO DE LISBOA.

    Pelouro: Vereador Manuel Salgado e Vereadora Maria Joo Mendes

    Servios: Direco Municipal de Planeamento Urbano (DMPU),

    Direco Municipal de Finanas (DMF) e Departamento de Patrimnio

    (DP).

    A - Enquadramento

    Momentos de profunda crise econmica e social, como o que

    actualmente vivemos escala mundial, so particularmente favorveis

    a movimentos de rotura, propulsionando tambm a execuo de

    reformas que de outra forma, pela sua natureza e impactos, tenderiam

    a ser adiadas, ou nem sequer equacionadas.

    As finanas pblicas em geral, e as locais em particular, atravessam

    nos ltimos anos momentos de sria dificuldade, sendo que do

    confronto entre as debilidades estruturais da economia portuguesa e as

    exigentes medidas de conteno de despesa a que a conjuntura

    econmica obriga, no se configura racional de optimismo.

    No decorre de ausncia ou erro de diagnstico o adiamento na

    concretizao das reformas necessrias, importando que, de forma

    racional e exigente se desenvolvam tcnicas alternativas de abordagem

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

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    adaptadas s novas realidades e aos novos tempos.

    Salvo quando estrategicamente equacionada e economicamente

    suportada no mbito de uma poltica de gesto patrimonial, a alienao

    de activos no dever funcionar, por si s, como forma de suprir as

    endmicas necessidades de financiamento dos oramentos municipais;

    No s porque os recursos so finitos, sobretudo quando os activos

    patrimoniais no so renovados e valorizados, mas tambm porque o

    ambiente recessivo da economia faz com que as sucessivas autorizaes

    para a alienao de imveis do domnio privado do Municpio no se

    tenham revelado meio apto ao equilbrio financeiro das suas contas.

    No que a Lisboa diz respeito, este um momento de rara oportunidade

    para avanar com uma nova dimenso da gesto patrimonial, numa

    dupla vertente de administrao qualificada e de gesto, que permita de

    forma activa valorizar o acervo patrimonial municipal. A diversificao

    em segurana do investimento, com recurso a novas ferramentas, e

    uma eficaz poltica de solos suportada em unidades operacionais de

    planeamento e gesto de solidez acrescida, tero de ser assumidas

    como condies imprescindveis para a consistente valorizao e

    qualificao dos bens imveis municipais.

    Os Fundos de Investimento Imobilirio constituem hoje uma importante

    ferramenta da gesto, traduzindo-se num instrumento de investimento

    colectivo que, fazendo as suas aplicaes fundamentalmente em bens

    imveis, intervm no mercado atravs da compra, arrendamento,

    permuta, construo e venda dos mesmos.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

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    Desde que constitudos e com funcionamento de acordo com a

    legislao nacional, a tributao dos rendimentos obtidos por Fundos

    de Investimento Imobilirios oferece significativas vantagens em sede de

    rendimentos e mais-valias prediais,1 embora com contornos variveis

    em razo da natureza dos mesmos e sem garantia de manuteno ao

    longo da vida til do investimento.

    A configurao especfica dos Fundos de Investimento Imobilirio

    confere, no entanto, aos investidores deste tipo de produto financeiro

    outros atractivos, que vo desde uma gesto profissional garante de

    segurana acrescida no investimento at uma limitao do risco de

    investimento decorrente de um quadro legal e regulamentar prudencial,

    que condiciona as polticas de investimento e conduz a uma

    diversificao da carteira de investimentos, sem esquecer um volume de

    activos sob gesto, um poder de negociao e uma capacidade de

    interveno nos mercados que permite o acesso do aforrador a

    investimentos que, de outra forma, lhe seriam inacessveis.

    A administrao dos Fundos de Investimento , nos termos da lei,

    exercida por uma Sociedade Gestora de Fundos de Investimento

    Imobilirio - S.G.F.I.I., entidade que tem por objecto exclusivo a

    administrao, em representao dos Participantes, dos vrios Fundos

    de Investimento que tenha sobre gesto, sendo certo que esta forma de

    parceria a melhor garantia para o ente pblico do respeito pela

    prossecuo dos objectivos de rentabilizao e valorizao do

    patrimnio que integra o fundo.

    1 Apenas os fundos de subscrio pblica apresentam vantagens em sede de IMI e IMT.

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    O rigor da operao de constituio e da gesto subsequente do fundo,

    em todas as fases da sua vida til, garantido pelo elevado nvel de

    transparncia, resultante da obrigatoriedade de prestao peridica de

    informao por parte das entidades gestoras e depositrias, sempre

    controladas pela Comisso do Mercado dos Valores Mobilirios (CMVM),

    rgo de superviso a quem compete garantir o regular funcionamento

    do Mercado de Capitais.

    B As bases do modelo a concretizar.

    O Municpio de Lisboa proprietrio de um significativo e diversificado

    acervo patrimonial, propondo-se agora abrir um novo caminho na

    respectiva gesto, a iniciar com a constituio e gesto de um Fundo de

    Investimento Imobilirio Fechado2 de mdio ou longo prazo, no valor

    limite de 300 milhes de euros, com uma participao inicial mnima

    de 100 milhes de euros3 e o remanescente concretizado em entradas

    a realizar nos dezoito meses subsequentes.

    No respeito pelo limite legal de 25% para cada uma das entidades

    eventualmente aderentes, inteno do Municpio, no respeito pelo

    oramento de 2011 j aprovado, colocar no mercado at um mximo de

    91% do total das unidades de participao, reservando as demais para

    2 Constitudo por unidades de participao em nmero fixo, com prazo determinado, estabelecido no

    momento da emisso, podendo, eventualmente, ser aumentado, em condies definidas no respectivo

    regulamento de gesto. O investimento num Fundo Fechado faz-se atravs de aumento de capital, por

    compra de unidades de participao, enquanto o eventual desinvestimento se faz no final de cada perodo,

    por resgate de unidades.

    3 O valor final ser determinado pela CMVM, em razo dos relatrios tcnicos que venham a ser

    apresentados pelos avaliadores peritos por si designados, valendo por ora os estudos preliminares

    desenvolvidos pela CML como meras estimativas.

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    si prprio, estabelecendo-se como factor preferencial para seleco da

    entidade gestora a capacidade que demonstre no procedimento de

    captao de investidores, designadamente em parceria com um banco

    de investimento.

    No obstante a impossibilidade legal de consignar receitas, imperativo

    poltico que constitui compromisso desta governao, afectar a

    totalidade do encaixe financeiro gerado pela constituio do Fundo

    amortizao da dvida do Municpio, com privilgio para os

    compromissos mais recentes e que apresentam mais elevadas taxas de

    juro, conforme quadro sntese que constitui o Anexo I.

    Este Fundo ser fundamentalmente orientado para solos municipais

    edificveis, sem prejuzo de, face aos estudos tcnicos a desenvolver

    com a entidade gestora que venha a ser seleccionada, tambm poder vir

    a integrar imveis do domnio privado municipal e, ou, capital, na

    estrita medida do necessrio para garantir o seu equilbrio e

    rentabilidade sustentada.

    Os terrenos municipais que integraro o Fundo correspondero a

    prdios urbanos completamente livres de nus ou encargos, aptos para

    construo, uns j com lotes formados e devidamente infra

    estruturados, outros com operaes de loteamento em curso e projectos

    de arquitectura aprovados, sempre com pedido de informao prvia

    (PIP) que consolida e estabiliza as respectivas edificabilidades luz dos

    requisitos do futuro Plano Director Municipal, assim se acautelando

    futuras mais valias que pudessem defraudar o interesse municipal.

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    Na composio final do Fundo, quando atingidos os 300 milhes,

    teremos alocado cerca de 25% do total de edificabilidade em solos

    municipais admitido pelo prximo Plano Director Municipal, deixando

    ainda assim significativa margem para a gesto.

    Sinalizando o mercado do empenhamento do Municpio e reforando os

    minimizadores de risco, implementar-se- um instrumento especfico

    para agilizao e facilitao das operaes urbansticas conexas com os

    terrenos que integram o Fundo, garantindo uma aprovao

    especialmente clere dos mesmos, no pleno respeito pelo quadro legal e

    regulamentar em vigor.

    Em momento subsequente, face aos ensinamentos colhidos e panplia

    de solues disponibilizadas pelo mercado, ponderar-se- a constituio

    de um ou mais fundos especialmente vocacionados para a reabilitao e

    consequente alienao e arrendamento jovem a baixos custo de imveis

    do parque habitacional disperso. A especializao do mercado, com

    diferentes lgicas de gesto em razo dos activos e dos fins a prosseguir

    faz com que seja mais prudente tal segmentao.

    C - A proposta.

    neste enquadramento que se pretende que a Cmara aprove e

    autorize, por ora apenas na generalidade, o desenvolvimento dos

    estudos tcnicos necessrios constituio do fundo de investimento

    imobilirio fechado, tal como consagrado no Oramento para 2011 j

    aprovado nos rgos municipais competentes, sem prejuzo da

    discusso e aprovao que ser promovida em sede de especialidade em

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    momento prvio ao da respectiva constituio.

    Prope-se tambm a aprovao dos termos de referncia e a autorizao

    do lanamento de concurso pblico internacional para seleco da

    entidade gestora do Fundo, que nesse mbito prestar os servios

    financeiros especializados necessrios ao pretendido fim, a saber:

    a) O desenvolvimento de todos os estudos tcnicos entendidos pela

    Cmara como necessrios para a constituio do Fundo, de natureza

    jurdica, financeira ou outra;

    b) A elaborao do modelo de constituio do Fundo, com a respectiva

    fundamentao tcnica, indicao das respectivas fases, cronograma e

    projecto imobilirio, com expressa indicao da rentabilidade esperada;

    c) A apresentao de estudo fundamentado com projeco dos custos a

    suportar pelo Municpio com a constituio, depsito e gesto do fundo,

    devidamente autonomizados e calendarizados, bem como eventuais

    necessidades de liquidez para suportar tais despesas enquanto o Fundo

    no gerar rentabilidade;

    d) A concepo, elaborao e preparao de toda a documentao

    necessria para a instruo do pedido de autorizao junto da CMVM

    do Fundo a constituir, incluindo projecto de regulamento de gesto

    devidamente adaptado e do contrato de depsito;

    e) A apresentao dos dois relatrios de avaliao subscritos por peritos

    avaliadores da lista oficial da CMVM necessrios constituio do

    Fundo;

    f) O depsito das unidades de participao ou indicao da entidade

    que assegure o mesmo;

    g) Quaisquer outros servios financeiros acessrios e necessrios ou

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    teis constituio do Fundo.

    Em razo dos estudos tcnicos apresentados pela sociedade gestora a

    quem vierem a ser adjudicados os servios definir-se-o os exactos

    termos de constituio e funcionamento do Fundo, com a consequente

    apresentao e discusso das necessrias deliberaes nos rgos

    municipais competentes.

    Podero ser concorrentes ou integrar agrupamentos concorrentes as

    entidades que se encontrem inscritas e certificadas pela Comisso de

    Mercados de Valores Mobilirios como tendo competncia e capacidade

    para gerir Fundos de Investimento Imobilirio, desde que se no

    encontrem em qualquer das situaes previstas no artigo 55 do Cdigo

    dos Contrato Pblicos, aprovado pelo Decreto-Lei n. 18/2008, de 29 de

    Janeiro.

    Com fundamento no exposto,

    PROPE-SE:

    1. Que a Cmara Municipal, no exerccio da sua competncia prevista

    no art. 64., n. 6, alnea a), da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro:

    a) Autorize, na generalidade, e no respeito pelos termos e condies

    estabelecidos nos termos de referncia que oportunamente devero ser

    submetidos a discusso e aprovao na especialidade, o incio dos

    estudos tcnicos e trabalhos preparatrios de constituio pelo

    Municpio de Lisboa de um fundo de investimento imobilirio fechado,

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    no valor limite de 300 milhes.

    b) Aprove o lanamento de concurso pblico internacional para seleco

    de entidade gestora do Fundo Imobilirio Fechado a constituir pelo

    Municpio de Lisboa, conforme peas escritas do procedimento em

    anexo (anncio, programa de procedimento e caderno de encargos),

    autorizando a respectiva deciso de contratar;

    (Processo n. /CML/011)

    Lisboa, Paos do Concelho, em 04 de Fevereiro de 2011

    O Vereador A Vereadora

    Manuel Salgado Maria Joo Mendes

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    CONCURSO PBLICO

    COM PUBLICIDADE INTERNACIONAL PARA SELECO DE

    ENTIDADE GESTORA DE FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIRIO

    FECHADO A CONSTITUIR PELO MUNICPIO DE LISBOA.

    ANNCIO DE CONCURSO

    SECO I: ENTIDADE ADJUDICANTE

    I. 1) DESIGNAO, ENDEREOS E PONTOS DE CONTACTO

    Designao oficial: Cmara Municipal de Lisboa

    Endereo postal: Campo Grande n 25, 2 E

    Localidade: Lisboa.

    Cdigo postal: 1749-099

    Pas: Portugal.

    Pontos de contacto:

    Telefone: (351)

    Correio electrnico:

    Endereo do perfil de adquirente (URL): www.cm-lisboa.pt

    Fax: (351)

    Mais informaes podem ser obtidas no seguinte endereo: Ver

    pontos de contacto.

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    Caderno de encargos e documentos complementares podem ser

    obtidos no seguinte endereo: Ver pontos de contacto.

    As propostas ou pedidos de participao devem ser enviados

    para o seguinte endereo: Ver pontos de contacto.

    I.2) TIPO DE ENTIDADE ADJUDICANTE E SUAS PRINCIPAIS

    ACTIVIDADES

    Outro: Autarquia Local - Municpio de Lisboa.

    A entidade adjudicante est a contratar por conta de outras

    entidades adjudicantes: No.

    SECO II: OBJECTO DO CONTRATO

    II.1) DESCRIO

    II.1.1) Designao dada ao contrato pela entidade adjudicante:

    Concurso Pblico Internacional para seleco de entidade gestora de

    fundo de investimento imobilirio fechado a constituir pelo Municpio de

    Lisboa

    II.1.2) Tipo de contrato e local da realizao das obras, da

    entrega dos fornecimentos ou da prestao de servios:

    c) Servios.

    Categoria n. 6.

    Principal local de execuo, de entrega ou da prestao dos

    servios: Concelho de Lisboa

    Cdigo NUTS: PT114

    II.1.3) O anncio implica: Um ou dois contratos pblico.

    II.1.5) Breve descrio do contrato ou das aquisies:

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    Concurso Pblico Internacional para seleco de entidade gestora de

    fundo de investimento imobilirio fechado a constituir pelo Municpio de

    Lisboa

    II.1.6) Classificao CPV (Vocabulrio Comum para os Contratos

    Pblicos):

    Objecto principal.

    Vocabulrio principal: 66100000-1.

    II.1.7) O contrato est abrangido pelo Acordo sobre Contratos

    Pblicos (ACP): No.

    II.1.9) So aceites variantes: No.

    II.2) QUANTIDADE OU EXTENSO DO CONTRATO

    II.2. 1) Quantidade ou extenso total:

    Valor global do patrimnio de

    Divisa Euro.

    II.3) DURAO DO CONTRATO OU PRAZO PARA A SUA EXECUO

    Perodo mximo de 180 dias para apresentao do pedido de

    autorizao na Comisso de Mercados de Valores Mobilirios para a

    constituio do Fundo de Investimento Imobilirio (a contar, aps

    comunicao escrita da adjudicao, no dcimo primeiro dia

    posterior), salvo se prazo inferior for apresentado pelo adjudicatrio.

    SECO III: INFORMAES DE CARCTER JURDICO, ECONMICO,

    FINANCEIRO E TCNICO

    III.1) CONDIES RELATIVAS AO CONTRATO

    III.1.3) Forma jurdica que deve assumir o agrupamento de

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    operadores econmicos adjudicatrio:

    Podem ser concorrentes ou integrar agrupamentos as entidades

    que se encontrem inscritas e certificadas pela Comisso de

    Mercados de Valores Mobilirios como tendo competncia e

    capacidade para gerir Fundos de Investimento Imobilirio, desde

    que se no encontrem em qualquer das situaes previstas no

    artigo 55 do Cdigo dos Contrato Pblicos (doravante CCP),

    aprovado pelo Decreto-Lei n. 18/2008, de 29 de Janeiro.

    permitida a apresentao de propostas por um agrupamento de

    concorrentes, o qual deve assumir a forma jurdica de consrcio

    externo, em regime de responsabilidade solidria, quando lhe for

    adjudicado o contrato.

    III.2) CONDIES DE PARTICIPAO

    III.2.1) Situao pessoal dos operadores econmicos,

    nomeadamente requisitos em matria de inscrio nos

    registos profissionais ou comerciais: Podem apresentar

    propostas todas as entidades que se encontrem inscritas e

    certificadas pela Comisso de Mercados de Valores Mobilirios,

    como tendo competncia e capacidade para gerir Fundos de

    Investimento Imobilirio.

    III.2.2) Capacidade econmica e financeira:

    Informao e formalidades necessrias para verificar o

    cumprimento dos requisitos:

    Os concorrentes devero apresentar os documentos exigidos no

    programa de concurso, nomeadamente os indicados no artigo

    11.- documentos que acompanham a proposta.

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    III.2.3) Capacidade tcnica:

    Informao e formalidades necessrias para verificar o

    cumprimento dos requisitos:

    Os concorrentes devero apresentar os documentos exigidos no

    programa de concurso, nomeadamente os indicados no artigo

    11.- documentos que acompanham a proposta.

    SECO IV: PROCESSO

    IV.1) TIPO DE PROCESSO

    IV.1.1) Tipo de processo: Concurso pblico internacional.

    IV.2) CRITRIOS DE ADJUDICAO

    IV.2.1) Critrios de adjudicao:

    Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta:

    Os critrios enunciados no caderno de encargos. (Os critrios

    de adjudicao devero ser apresentados com a respectiva

    ponderao ou por ordem de importncia sempre que a

    ponderao no seja possvel por razes justificveis).

    IV.3) INFORMAES DE CARCTER ADMINISTRATIVO

    IV.3.1) Nmero de referncia atribudo ao processo pela entidade

    adjudicante: Ponto 1, fls. 2. 2.1, 2.1A a 2.1Y de 05/12/2007.

    IV.3.3) Condies para obteno do caderno de encargos e dos

    documentos complementares ou memria descritiva:

    Prazo para a recepo de pedidos de documentos ou para

    aceder aos documentos:

    Data:

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    Hora: 17:30

    Documentos a ttulo oneroso: No.

    IV.3.4) Prazos de recepo das propostas ou dos pedidos de

    participao:

    Data:

    Hora: 17:00.

    IV.3.6) Lngua ou lnguas que podem ser utilizadas nas propostas

    ou nos pedidos de participao: PT.

    IV.3.7) Perodo mnimo durante o qual o concorrente obrigado

    a manter a sua proposta:

    Perodo em dias: 120 (a contar da data limite para a recepo

    das propostas), prorrogado por iguais perodos.

    IV.3.8) Condies de abertura das propostas:

    Data:

    Hora:

    Lugar:

    Pessoas autorizadas a assistir abertura das propostas:

    Sim.

    S podero intervir no acto pblico do concurso as pessoas que, para o

    efeito, estiverem devidamente credenciadas pelos concorrentes bastando

    para tanto, a exibio do seu bilhete de identidade, e caso de

    interveno dos representantes de sociedades ou de agrupamentos

    complementares de empresas, a exibio dos respectivos bilhetes de

    identidade e de uma credencial passada pela empresa em nome

    individual, sociedade ou agrupamento, da qual conste o nome e o

    nmero de bilhete de identidade do(s) representante(s).

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

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    SECO VI: INFORMAES COMPLEMENTARES

    IV.3) OUTRAS INFORMAES

    Tipo de processo: Concurso Pblico Internacional.

    Critrio de Adjudicao: O critrio o da proposta economicamente

    mais vantajosa, nos termos do artigo 74 do CCP, com os factores e

    subfactores indicados nas peas escritas do procedimento, a saber:

    a) Qualidade dos estudos tcnicos de suporte constituio e gesto do

    Fundo e respectiva adequabilidade aos objectivos estabelecidos pela

    entidade adjudicante - 40%;

    b) Os custos associados constituio, depsito e gesto do Fundo de

    Investimento - 20%, por ordem decrescente de importncia:

    comisso de gesto (60%); comisso de depsito (20%); outros

    custos (20%);

    c) Condies do financiamento associadas aquisio pelo Fundo de

    Investimento Imobilirio, dos terrenos e ou imveis a integrar,

    nomeadamente taxa de juro e perodo de carncia 15%;

    d) Os custos associados constituio, a serem suportados

    directamente pela Cmara Municipal de Lisboa 15%;

    e) Prazo inferior a 180 dias previsto para a realizao de todos os

    trabalhos de constituio do Fundo de Investimento Imobilirio, at

    entrega da proposta na CMVM-10%.

    IV.5) DATA DE ENVIO DO PRESENTE ANNCIO:

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    PROGRAMA DO PROCEDIMENTO

    Artigo 1.

    (Objecto do concurso)

    1 - O presente concurso pblico tem por objecto a seleco de entidade

    gestora de fundo de investimento imobilirio fechado a constituir pelo

    Municpio de Lisboa, incluindo:

    a) O desenvolvimento de todos os estudos tcnicos entendidos pela

    Cmara como necessrios para a constituio do Fundo, de natureza

    jurdica, financeira ou outra;

    b) A elaborao do modelo de constituio do Fundo, com a respectiva

    fundamentao tcnica, indicao das respectivas fases, cronograma e

    projecto imobilirio, com expressa indicao da rentabilidade esperada;

    c) A apresentao de estudo fundamentado com projeco dos custos a

    suportar pelo Municpio com a constituio, depsito e gesto do fundo,

    devidamente autonomizados e calendarizados, bem como eventuais

    necessidades de liquidez para suportar tais despesas enquanto o Fundo

    no gerar rentabilidade;

    d) A concepo, elaborao e preparao de toda a documentao

    necessria para a instruo do pedido de autorizao junto da CMVM

    do Fundo a constituir, incluindo projecto de regulamento de gesto

    devidamente adaptado e do contrato de depsito;

    e) A apresentao dos dois relatrios de avaliao subscritos por peritos

    avaliadores da lista oficial da CMVM necessrios constituio do

    Fundo;

    f) O depsito das unidades de participao ou indicao da entidade

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    que assegure o mesmo;

    g) Quaisquer outros servios financeiros acessrios e necessrios ou

    teis constituio do Fundo.

    Artigo 2.

    (Entidade adjudicante)

    1 - A entidade adjudicante o Municpio de Lisboa, atravs da Diviso

    de Aprovisionamentos, da Direco Municipal de Servios Centrais, da

    Cmara Municipal de Lisboa, sita no Campo Grande, 25 2. A, 1749-

    099 Lisboa, endereo electrnico [email protected],

    telefone n. 217.988.183, fax n. 217.988.045.

    2 A plataforma electrnica utilizada pela entidade adjudicante a

    BizGov, com o seguinte endereo: http://www.bizgov.pt/.

    Artigo 3.

    (rgo que tomou a deciso de contratar)

    A deciso de contratar foi tomada conforme deliberao da Cmara

    Municipal de Lisboa de, em cumprimento do disposto no

    ponto 4.2, do artigo 13., do Regulamento do Oramento da Cmara

    Municipal de Lisboa para o ano econmico de 2011.

    Artigo 4.

    (Consulta do processo de concurso)

    1 - O Programa do Procedimento e o Caderno de Encargos e seus

    anexos encontram-se patentes na plataforma electrnica

    http://www.bizgov.pt/, desde a data da publicao do anncio at ao

    termo do prazo para apresentao das propostas.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    19

    2 - O acesso referida plataforma electrnica gratuito e permite

    efectuar a consulta e o download das peas do procedimento.

    3 - Para ter acesso plataforma BizGov, o concorrente dever efectuar o

    registo no endereo electrnico http://www.bizgov.pt/, preenchendo a

    o formulrio de pr-adeso.

    4 - As dvidas surgidas no preenchimento do referido formulrio

    devero ser esclarecidas atravs do endereo: [email protected].

    Artigo 5.

    (Esclarecimentos e rectificaes sobre as peas do procedimento)

    1 - Os esclarecimentos necessrios boa compreenso e interpretao

    das peas do procedimento so da competncia do Jri nomeado para

    efeitos deste concurso.

    2 - Os interessados podem apresentar pedidos de esclarecimento ao

    Jri do procedimento, atravs da plataforma electrnica

    http://www.bizgov.pt/, dentro do primeiro tero do prazo fixado para a

    apresentao das propostas.

    3 - Os esclarecimentos a que se refere o nmero 1 sero

    disponibilizados na plataforma electrnica de contratao pblica e

    juntos s peas do procedimento que se encontram patentes para

    consulta.

    Artigo 6.

    (Concorrentes)

    1 - concorrente a entidade que participa em qualquer procedimento

    de formao de um contrato mediante a apresentao de uma proposta.

    2 - Podero ser concorrentes ou integrar agrupamentos concorrentes as

    entidades que se encontrem inscritas e certificadas pela Comisso de

    Mercados de Valores Mobilirios como tendo competncia e capacidade

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    20

    para gerir Fundos de Investimento Imobilirio.

    3 - Podem ser concorrentes agrupamentos, qualquer que seja a

    actividade por eles exercida, sem que entre as mesmas exista qualquer

    modalidade jurdica de associao e desde que todas as empresas do

    agrupamento possuam condies legais adequadas ao exerccio da

    actividade.

    4 - Os membros de um agrupamento concorrente no podem concorrer

    no mesmo procedimento, nem integrar outro agrupamento concorrente.

    Todos os membros de um agrupamento concorrente so solidariamente

    responsveis, perante a entidade adjudicante, pela manuteno da

    proposta.

    5 - Em caso de adjudicao, todos os membros do agrupamento

    concorrente, e apenas estes, devem associar-se, antes da celebrao do

    contrato, numa nica entidade ou consrcio externo, em regime de

    responsabilidade solidria.

    6 - No podem ser concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, as

    entidades que no cumpram qualquer das situaes previstas no artigo

    55 do Cdigo dos Contrato Pblicos (doravante CCP), aprovado pelo

    Decreto-Lei n. 18/2008, de 29 de Janeiro.

    Artigo 7.

    (Proposta e seus elementos)

    1 - A proposta a declarao pela qual o concorrente manifesta a sua

    vontade de contratar e o modo pelo qual se dispe a faz-lo.

    2 - Na proposta os concorrentes devem indicar todos os elementos

    solicitados, devendo para o efeito considerar todas as condies e

    informaes constantes do presente Programa do Procedimento,

    Caderno de Encargos e demais documentao anexa.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    21

    3 - A proposta deve ser assinada pelo concorrente ou seus

    representantes legais.

    4 - No caso de agrupamento, a proposta deve ser assinada por todos os

    seus membros ou respectivos representantes.

    Artigo 8.

    (Modo de apresentao da Proposta)

    1 - Os documentos que constituem as propostas so apresentados

    atravs da plataforma electrnica http://www.bizgov.pt/, at ao termo

    do prazo fixado no presente Programa do Procedimento.

    2 - A proposta de preo ser elaborada em conformidade com o modelo

    constante do Anexo I ao Programa do Procedimento (Minuta da

    Proposta).

    3 - O concorrente discriminar detalhada e fundamentadamente na

    Nota Justificativa de Preo que constitui o Anexo V do Programa do

    Procedimento (Nota Justificativa de Preo) o preo apresentado.

    4 No so admitidas propostas relativas apenas a parte da prestao.

    5 - O preo da proposta ser expresso em euros, por extenso e

    algarismos, e no incluir o IVA, devendo o concorrente indicar a taxa

    legal aplicvel. Em caso de divergncia, prevalece o preo indicado por

    extenso.

    6 - A proposta e documentos que constituem a proposta devero ser

    redigidos em lngua portuguesa.

    7 - A proposta ser assinada pelo concorrente ou seu representante.

    Sempre que seja assinada por procurador, juntar-se- procurao que

    confira a este ltimo poderes para o efeito, ou pblica-forma da mesma,

    devidamente legalizada.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    22

    Artigo 9.

    (Documentos da proposta)

    1 A proposta dever ser constituda pelos seguintes documentos:

    a) Declarao do concorrente de aceitao do contedo do

    caderno de encargos, elaborada em conformidade com o

    modelo previsto na alnea a), do n. 1, do artigo 57 do CCP,

    constante do Anexo III do presente Programa do Procedimento

    (Modelo de Declarao), do qual faz parte integrante. Esta

    declarao deve ser assinada pelo concorrente ou por

    representante com poderes para o obrigar;

    b) Nota Justificativa do Preo.

    c) Quaisquer outros documentos que o concorrente apresente por

    os considerar indispensveis.

    2 - Os documentos da proposta no podem ser redigidos em lngua

    estrangeira.

    Artigo 10.

    (Apresentao de propostas variantes)

    No admissvel a apresentao de propostas variantes.

    Artigo 11.

    (Prazo para apresentao de propostas)

    1 - Os documentos que constituem a proposta devero ser apresentados

    directamente pelos concorrentes ou seus representantes, atravs da

    plataforma electrnica http://www.bizgov.pt/, at s horas do dia de

    Maro de 2011.

    2 - A recepo das propostas registada com referncia s respectivas

    data e hora, sendo entregue aos concorrentes um recibo electrnico

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    23

    comprovativo dessa recepo.

    3 - A data limite fixada pode, a pedido dos interessados e em casos

    devidamente fundamentados, ser prorrogada por prazo adequado

    quando o Programa do Procedimento, o Caderno de Encargos ou os

    esclarecimentos solicitados no possam ser fornecidos nos prazos

    estabelecidos para o efeito.

    4 - A prorrogao de prazo prevista no nmero anterior beneficiar

    todos os interessados.

    5 - As propostas, uma vez recebidas, podem ser retiradas desde que tal

    vontade seja manifestamente expressa pelo concorrente entidade

    adjudicante. A retirada da proposta no prejudica o direito de

    apresentao de nova proposta dentro do prazo inicialmente fixado.

    6 - Quando, pela sua natureza, qualquer documento que constitui a

    proposta no possa ser apresentado nos termos do disposto no n. 1,

    deve ser encerrado em invlucro opaco e fechado:

    a) - No rosto do qual se deve indicar a designao do

    procedimento e da entidade adjudicante;

    b) - Que deve ser entregue directamente ou enviado por correio

    registado entidade adjudicante, devendo, em qualquer caso, a

    respectiva recepo ocorrer dentro do prazo fixado para a

    apresentao das propostas;

    c) - Cuja recepo deve ser registada por referncia respectiva

    data e hora.

    Artigo 12.

    (Prazo da obrigao de manuteno das propostas)

    de 120 (cento e vinte) dias o prazo da obrigao da manuteno das

    propostas, o qual se renova automaticamente se nada for comunicado.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    24

    Artigo 13.

    (Abertura de propostas)

    1 - O jri, s 10 horas do dia imediato ao termo do prazo fixado para a

    apresentao das propostas, procede publicitao da lista dos

    concorrentes na plataforma electrnica utilizada pela entidade

    adjudicante.

    2 - Mediante a atribuio de um login e de uma password aos

    concorrentes includos na lista facultada a consulta, directamente na

    plataforma electrnica referida no nmero anterior, de todas as

    propostas apresentadas.

    3 - O interessado que no tenha sido includo na lista dos concorrentes

    pode reclamar desse facto, no prazo de trs dias contados da

    publicitao da lista, devendo para o efeito apresentar comprovativo da

    tempestiva apresentao da sua proposta.

    4 - Caso a reclamao prevista no nmero anterior seja deferida mas

    no se encontre a proposta do reclamante, o jri fixa-lhe um novo prazo

    para a apresentar, sendo aplicvel, com as necessrias adaptaes, o

    disposto nos nmeros 1 e 2.

    Artigo 14.

    (Anlise das propostas e relatrio preliminar)

    1 - O Jri analisa as propostas em todos os seus atributos

    representados pelos factores que densificam o critrio de adjudicao,

    previsto no artigo 18. do presente Programa do Procedimento,

    propondo, fundamentadamente, a excluso das propostas:

    a) Que tenham sido apresentadas depois do termo fixado para a

    sua apresentao;

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    25

    b) Que sejam apresentadas por concorrentes em violao do

    disposto no n. 2 do artigo 54 do CCP;

    c) Que sejam apresentadas por concorrentes relativamente aos

    quais ou, no caso de agrupamentos concorrentes, relativamente a

    qualquer dos seus membros, a entidade adjudicante tenha

    conhecimento que se verifica alguma das situaes previstas no

    artigo 55 do CCP;

    d) Que no sejam constitudas por todos os documentos exigidos

    nos termos do disposto no n. 1 do artigo 57 do CCP;

    e) Que no cumpram o disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 57 ou nos

    n.os 1 e 2 do artigo 58 do CCP;

    f) Que sejam apresentadas como variantes quando estas no

    sejam admitidas pelo programa do concurso, ou em nmero

    superior ao nmero mximo por ele admitido;

    g) Que sejam apresentadas como variantes quando, apesar de

    estas serem admitidas pelo programa do concurso, no seja

    apresentada a proposta base;

    h) Que sejam apresentadas como variantes quando seja proposta

    a excluso da respectiva proposta base;

    i) Que violem o disposto no n. 7 do artigo 59 do CCP;

    j) Que, identificando erros ou omisses das peas do

    procedimento, no cumpram o disposto no n. 7 do artigo 61 do

    CCP;

    l) Que no observem as formalidades do modo de apresentao

    das propostas fixadas nos termos do disposto no artigo 62 do

    CCP;

    m) Que sejam constitudas por documentos falsos ou nas quais

    os concorrentes prestem culposamente falsas declaraes;

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    26

    n) Que sejam apresentadas por concorrentes em violao do

    disposto nas regras referidas no n. 4 do artigo 132 do CCP, desde

    que o programa do concurso assim o preveja expressamente;

    o) Cuja anlise revele alguma das situaes previstas no n. 2 do

    artigo 70 do CCP.

    2 - Aps a anlise das propostas, e a aplicao do critrio de

    adjudicao constante do programa do concurso, o jri elabora

    fundamentadamente um relatrio preliminar, no qual deve propor a

    ordenao das mesmas.

    Artigo 15.

    (Esclarecimentos sobre as propostas)

    1 - O jri do procedimento pode pedir aos concorrentes esclarecimentos

    sobre as propostas considerados necessrios para efeitos de anlise e

    avaliao das mesmas.

    2 - Os esclarecimentos prestados pelos concorrentes no podem

    contrariar os elementos constantes nos documentos que constituem as

    propostas, nem alterar ou completar os respectivos atributos nem

    podem suprir as omisses que determinariam a sua excluso nos

    termos da alnea a), do n. 1, do artigo 70 do CCP.

    3 - Os esclarecimentos referidos no nmero anterior sero

    disponibilizados na plataforma electrnica http://www.bizgov.pt/,

    devendo todos os concorrentes ser imediatamente notificados desse

    facto.

    Artigo 16.

    (Audincia prvia)

    Elaborado o relatrio preliminar, o jri procede audincia prvia dos

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    27

    concorrentes por meio da plataforma electrnica

    http://www.bizgov.pt/, para que num prazo de 5 dias se pronunciem

    sobre o mesmo.

    Artigo 17.

    (Relatrio final e adjudicao)

    1 - Efectuada a audincia prvia, o jri elabora um relatrio final

    fundamentado, no qual pondera as observaes dos concorrentes

    efectuadas ao abrigo do direito de audincia prvia, mantendo ou

    modificando o teor e as concluses do relatrio preliminar, podendo

    ainda propor a excluso de qualquer proposta se verificar, nesta fase, a

    ocorrncia de qualquer dos motivos previstos no n. 2 do artigo 146 do

    CCP.

    2 - No caso previsto na parte final do nmero anterior, bem como

    quando do relatrio final resulte uma alterao da ordenao das

    propostas constante do relatrio preliminar, o jri procede a nova

    audincia prvia, nos termos previstos no artigo anterior, sendo

    subsequentemente aplicvel o disposto no nmero anterior.

    3 - O relatrio final, juntamente com os demais documentos que

    compem o processo de concurso, enviado ao rgo competente para

    a deciso de contratar.

    4 - Cabe ao rgo competente para a deciso de contratar decidir sobre

    a aprovao de todas as propostas contidas no relatrio final,

    nomeadamente para efeitos de adjudicao ou para efeitos de seleco

    das propostas ou dos concorrentes para a fase de negociao quando

    adoptada.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    28

    Artigo 18.

    (Critrio de adjudicao)

    1 - A adjudicao feita segundo o critrio da proposta

    economicamente mais vantajosa para a entidade adjudicante, nos

    termos da alnea a), do n. 1, do artigo 74 do CCP, apurada de acordo

    com os seguintes factores e subfactores:

    a) Qualidade dos estudos tcnicos de suporte constituio e gesto do

    Fundo e respectiva adequabilidade aos objectivos estabelecidos pela

    entidade adjudicante - 40%;

    b) Os custos associados constituio, depsito e gesto do Fundo de

    Investimento - 20%, por ordem decrescente de importncia: comisso

    de gesto (60%); comisso de depsito (20%); outros custos (20%);

    c) Condies do financiamento associadas aquisio pelo Fundo de

    Investimento Imobilirio, dos terrenos e ou imveis a integrar,

    nomeadamente taxa de juro e perodo de carncia 15%;

    d) Os custos associados constituio, a serem suportados

    directamente pela Cmara Municipal de Lisboa 15%;

    e) Prazo inferior a 180 dias previsto para a realizao de todos os

    trabalhos de constituio do Fundo de Investimento Imobilirio, at

    entrega da proposta na CMVM-10%.

    Artigo 19.

    (Preo anormalmente baixo)

    1 Atento o tipo, natureza e especificidade do procedimento e no tendo

    sido fixado preo base como parmetro do Caderno de Encargos, o

    rgo competente para a deciso de contratar poder fundamentar a

    existncia de um preo anormalmente baixo nos termos do disposto nos

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    29

    n.s 3 e 4 do artigo 71 do CCP.

    Artigo 20.

    (Notificao da deciso de adjudicao)

    1 - A adjudicao o acto pelo qual o rgo competente para a deciso

    de contratar aceita a nica proposta apresentada ou escolhe uma de

    entre as propostas apresentadas.

    2 - A deciso de adjudicao notificada, em simultneo, a todos os

    concorrentes.

    Artigo 21

    (Devoluo do preo das peas do procedimento)

    O preo pago pela disponibilizao das peas do concurso ser

    devolvido, nas situaes previstas no artigo 134 do Cdigo dos

    Contratos Pblicos, aos concorrentes que o requeiram no prazo de 5

    dias a contar da notificao da deciso de adjudicao.

    Artigo 22.

    (Documentos de habilitao)

    Juntamente com a notificao da deciso de adjudicao, o rgo

    competente para a deciso de contratar deve notificar o adjudicatrio

    para que este, no prazo de 10 (dez) dias a contar daquele acto,

    apresente os documentos de habilitao referidos nos n.os 1 e 4 do

    artigo 81 do CCP.

    Artigo 23.

    (Cauo)

    1 - Para garantir o exacto e pontual cumprimento das suas obrigaes

    legais e contratuais, o adjudicatrio deve prestar uma cauo no valor

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    30

    de 5% do preo contratual, com excluso do IVA, mediante garantia

    bancria ou seguro-cauo, nos termos dos modelos constantes dos

    Anexos III e IV (Modelo de Garantia Bancria e Modelo de Seguro

    Cauo) ao presente Programa de Procedimento, que dele fazem parte

    integrante.

    2 - Simultaneamente com a notificao da deciso de adjudicao, o

    rgo competente para a deciso de contratar deve notificar o

    adjudicatrio para que este, no prazo de 10 (dez) dias a contar daquele

    acto, preste a cauo referida no artigo anterior, e comprove essa

    prestao junto da entidade adjudicante no dia imediatamente

    subsequente.

    3 - A entidade adjudicante pode considerar perdida a seu favor a

    cauo prestada, independentemente de deciso judicial, nos casos de

    no cumprimento das obrigaes legais, contratuais ou pr-contratuais

    pelo adjudicatrio.

    4 - As notificaes referidas nos nmeros anteriores devem ser

    acompanhadas do relatrio final de anlise das propostas.

    5 A cauo ser libertada pela entidade adjudicante nos 30 dias

    subsequentes ao acto de constituio do Fundo, ou da deciso de no o

    constituir, se for esse o caso.

    Artigo 24.

    (Outorga do contrato)

    Os contratos resultantes do presente procedimento sero reduzidos a

    escrito em data conveniente para as duas partes no prazo de 30 (trinta)

    dias aps a aceitao da minuta pelo adjudicatrio.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    31

    Artigo 25.

    (Despesas e encargos)

    1 - So encargos dos concorrentes, as despesas inerentes elaborao

    das propostas, incluindo as da prestao da cauo.

    2 - So ainda de conta dos adjudicatrios, as despesas e encargos

    inerentes celebrao do contrato, prestao da cauo e ao eventual

    visto do Tribunal de Contas.

    Artigo 26.

    (Novos servios)

    Nos termos e para os efeitos do disposto na alnea a), do n. 1, do artigo

    27, conjugado com a alnea q), do n. 1, do artigo 132, ambos do CCP,

    desde j se admite a possibilidade de adopo do procedimento de

    Ajuste Directo para formao de qualquer contrato que se pretenda

    celebrar na sequncia do presente procedimento.

    Artigo 27.

    (Legislao aplicvel)

    A tudo o que no esteja especialmente previsto no presente programa

    aplica-se o regime previsto no Cdigo de Contratos Pblicos, aprovado

    pelo Decreto-Lei n. 18/2008, de 29 de Janeiro, e demais legislao

    complementar.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    32

    ANEXO I

    PROPOSTA

    .............................................................................................................

    (indicar: nome, estado civil, profisso e morada ou denominao social e

    sede), depois de ter tomado conhecimento do objecto do procedimento

    para seleco de entidade gestora de fundo de investimento imobilirio

    fechado a constituir pelo Municpio de Lisboa, obriga-se a executar a

    totalidade das obrigaes integrantes da prestao de servios em

    conformidade com o Programa do Procedimento e Caderno de Encargos,

    nas seguintes condies de preo:

    (dever ser indicado o preo total e a respectiva discriminao, separando os

    custos iniciais a suportar pela entidade adjudicante dos que sero suportados

    pelo Fundo depois da sua constituio, aqui com individualizao dos

    encargos de gesto, constituio e depsito.)

    Sobre os preos referidos acrescer o imposto sobre o valor

    acrescentado, taxa legal em vigor.

    Mais declara que renuncia a qualquer foro especial, se submete, em

    tudo o que respeitar execuo do respectivo contrato ao que se achar

    prescrito na legislao portuguesa em vigor e aceita como competente

    para dirimir qualquer conflito relacionado com a execuo de tal

    contrato o foro da comarca de Lisboa, com expressa renncia a

    qualquer outro.

    Data

    Assinatura

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    33

    Obs.: Deve ser redigida em portugus, sem rasuras, entrelinhas ou

    palavras riscadas, assinada pelo proponente ou seu representante.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    34

    ANEXO II

    MODELO DE DECLARAO

    [a que se refere a alnea a), do n. 1, do artigo 57. do CCP]

    1 .. (nome, nmero de documento de identificao e morada), na

    qualidade de representante legal de (1) .... (firma, nmero de

    identificao fiscal e sede ou, no caso de agrupamento concorrente,

    firmas, nmeros de identificao fiscal e sedes), tendo tomado inteiro e

    perfeito conhecimento do caderno de encargos relativo execuo do

    contrato a celebrar na sequncia do procedimento de ... (designao

    ou referncia ao procedimento em causa), declara, sob compromisso de

    honra, que a sua representada (2) se obriga a executar o referido

    contrato em conformidade com o contedo do mencionado caderno de

    encargos, relativamente ao qual declara aceitar, sem reservas, todas as

    suas clusulas.

    2 Declara tambm que executar o referido contrato nos termos

    previstos nos seguintes documentos, que junta em anexo (3):

    a) ...

    b) .......

    3 Declara ainda que renuncia a foro especial e se submete, em tudo o

    que respeitar execuo do referido contrato, ao disposto na legislao

    portuguesa aplicvel.

    4 Mais declara, sob compromisso de honra, que:

    a) No se encontra em estado de insolvncia, em fase de liquidao,

    dissoluo ou cessao de actividade, sujeita a qualquer meio

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    35

    preventivo de liquidao de patrimnios ou em qualquer situao

    anloga, nem tem o respectivo processo pendente;

    b) No foi condenado(a) por sentena transitada em julgado por

    qualquer crime que afecte a sua honorabilidade profissional (4) [ou os

    titulares dos seus rgos sociais de administrao, direco ou gerncia

    no foram condenados por qualquer crime que afecte a sua

    honorabilidade profissional (5)] (6);

    c) No foi objecto de aplicao de sano administrativa por falta grave

    em matria profissional (7) [ou os titulares dos seus rgos sociais de

    administrao, direco ou gerncia no foram objecto de aplicao de

    sano administrativa por falta grave em matria profissional (8)] (9);

    d) Tem a sua situao regularizada relativamente a contribuies para a

    segurana social em Portugal (ou no Estado de que nacional ou no

    qual se situe o seu estabelecimento principal) (10);

    e) Tem a sua situao regularizada relativamente a impostos devidos em

    Portugal (ou no Estado de que nacional ou no qual se situe o seu

    estabelecimento principal) (11);

    f) No foi objecto de aplicao da sano acessria prevista na alnea e)

    do n. 1 do artigo 21. do Decreto - Lei n. 433/82, de 27 de Outubro,

    no artigo 45. da Lei n. 18/2003, de 11 de Junho, e no n. 1 do artigo

    460. do Cdigo dos Contratos Pblicos (12);

    g) No foi objecto de aplicao da sano acessria prevista na alnea b)

    do n. 1 do artigo 627. do Cdigo do Trabalho (13);

    h) No foi objecto de aplicao, h menos de dois anos, de sano

    administrativa ou judicial pela utilizao ao seu servio de mo -de -

    obra legalmente sujeita ao pagamento de impostos e contribuies para

    a segurana social, no declarada nos termos das normas que

    imponham essa obrigao, em Portugal (ou no Estado de que nacional

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    36

    ou no qual se situe o seu estabelecimento principal) (14);

    i) No foi condenado(a) por sentena transitada em julgado por algum

    dos seguintes crimes (15) [ou os titulares dos seus rgos sociais de

    administrao, direco ou gerncia no foram condenados por alguns

    dos seguintes crimes (16)] (17):

    i) Participao em actividades de uma organizao criminosa, tal como

    definida no n. 1 do artigo 2. da Aco Comum n. 98/773/JAI, do

    Conselho;

    ii) Corrupo, na acepo do artigo 3. do Acto do Conselho de 26 de

    Maio de 1997 e do n. 1 do artigo 3. da Aco Comum n. 98/742/JAI,

    do Conselho;

    iii) Fraude, na acepo do artigo 1. da Conveno relativa Proteco

    dos Interesses Financeiros das Comunidades Europeias;

    iv) Branqueamento de capitais, na acepo do artigo 1. da Directiva n.

    91/308/CEE, do Conselho, de 10 de Junho, relativa preveno da

    utilizao do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de

    capitais;

    j) No prestou, a qualquer ttulo, directa ou indirectamente, assessoria

    ou apoio tcnico na preparao e elaborao das peas do

    procedimento.

    5 O declarante tem pleno conhecimento de que a prestao de falsas

    declaraes implica, consoante o caso, a excluso da proposta

    apresentada ou a caducidade da adjudicao que eventualmente sobre

    ela recaia e constitui contra -ordenao muito grave, nos termos do

    artigo 456. do Cdigo dos Contratos Pblicos, a qual pode determinar a

    aplicao da sano acessria de privao do direito de participar, como

    candidato, como concorrente ou como membro de agrupamento

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    37

    candidato ou concorrente, em qualquer procedimento adoptado para a

    formao de contratos pblicos, sem prejuzo da participao entidade

    competente para efeitos de procedimento criminal.

    6 Quando a entidade adjudicante o solicitar, o concorrente obriga -

    se, nos termos do disposto no artigo 81. do Cdigo dos Contratos

    Pblicos, a apresentar a declarao que constitui o anexo II do referido

    Cdigo, bem como os documentos comprovativos de que se encontra

    nas situaes previstas nas alneas b), d), e) e i) do n. 4 desta

    declarao.

    7 O declarante tem ainda pleno conhecimento de que a no

    apresentao dos documentos solicitados nos termos do nmero

    anterior, por motivo que lhe seja imputvel, determina a caducidade da

    adjudicao que eventualmente recaia sobre a proposta apresentada e

    constitui contra -ordenao muito grave, nos termos do artigo 456. do

    Cdigo dos Contratos Pblicos, a qual pode determinar a aplicao da

    sano acessria de privao do direito de participar, como candidato,

    como concorrente ou como membro de agrupamento candidato ou

    concorrente, em qualquer procedimento adoptado para a formao de

    contratos pblicos, sem prejuzo da participao entidade competente

    para efeitos de procedimento criminal.

    (local), ... (data), ... [assinatura (18)].

    (1) Aplicvel apenas a concorrentes que sejam pessoas colectivas.

    (2) No caso de o concorrente ser uma pessoa singular, suprimir a

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    38

    expresso a sua representada.

    (3) Enumerar todos os documentos que constituem a proposta, para

    alm desta declarao, nos termos do disposto nas alneas b), c) e d) do

    n. 1 e nos n.os 2 e 3 do artigo 57.

    (4) Indicar se, entretanto, ocorreu a respectiva reabilitao.

    (5) Indicar se, entretanto, ocorreu a respectiva reabilitao.

    (6) Declarar consoante o concorrente seja pessoa singular ou pessoa

    colectiva.

    (7) Indicar se, entretanto, ocorreu a respectiva reabilitao.

    (8) Indicar se, entretanto, ocorreu a respectiva reabilitao.

    (9) Declarar consoante o concorrente seja pessoa singular ou pessoa

    colectiva.

    (10) Declarar consoante a situao.

    (11) Declarar consoante a situao.

    (12) Indicar se, entretanto, decorreu o perodo de inabilidade fixado na

    deciso condenatria.

    (13) Indicar se, entretanto, decorreu o perodo de inabilidade fixado na

    deciso condenatria.

    (14) Declarar consoante a situao.

    (15) Indicar se, entretanto, ocorreu a sua reabilitao.

    (16) Indicar se, entretanto, ocorreu a sua reabilitao.

    (17) Declarar consoante o concorrente seja pessoa singular ou pessoa

    colectiva.

    (18) Nos termos do disposto nos ns 4 e 5 do artigo 57.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    39

    ANEXO III

    MODELO DE GARANTIA BANCRIA

    O Banco....................... com sede em ..............., pessoa colectiva n.

    ......., matriculada na Conservatria de Registo Comercial de.............,

    com o capital social de ...............(......euros), presta a favor da Cmara

    Municipal de Lisboa (CML), garantia autnoma, primeira solicitao,

    no valor de ..... (....euros), destinada a garantir o bom e integral

    cumprimento das obrigaes que a ..................., assume por fora da

    sua posio de adjudicatria e parte do contrato que com ela a Cmara

    Municipal de Lisboa (CML) vai outorgar e que tem por objecto o

    fornecimento .............., regulado nos termos da legislao em vigor.

    O Banco obriga-se a pagar aquela quantia primeira solicitao da

    Cmara Municipal de Lisboa (CML) sem que esta tenha que justificar o

    pedido e sem que o primeiro possa invocar em seu benefcio quaisquer

    meios de defesa relacionados com a adjudicao ou com o contrato

    atrs identificados, ou com o cumprimento das obrigaes que ........,

    assume com a celebrao do respectivo contrato.

    O Banco deve pagar aquela quantia no dia seguinte ao do pedido, findo

    o qual, sem que o pagamento seja realizado, contar-se-o juros

    moratrios taxa mais elevada praticada pelo Banco para as operaes

    activas, sem prejuzo de execuo imediata da dvida assumida por este.

    O presente garantia bancria autnoma no pode em qualquer

    circunstncia ser denunciado, mantendo-se em vigor at sua

    extino, nos termos previstos na legislao aplicvel.

    Lisboa,..... de .........................de 200....

    Observao: Qualquer rasura dever ser ressalvada e as assinaturas dos

    Directores, etc. devem ser reconhecidas na qualidade em exerccio.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    40

    ANEXO IV

    MODELO DE SEGURO CAUO

    A Companhia de Seguros..................., com sede em................., pessoa

    colectiva n.........., matriculada na Conservatria de Registo Comercial

    de............, com o capital social de.............. (.......euros), presta a favor

    da Cmara municipal de Lisboa (CML), seguro cauo autnomo,

    primeira solicitao, no valor de..... (...euros), destinado a garantir o

    bom e integral cumprimento das obrigaes que a............., assume por

    fora da sua posio de adjudicatria e parte do contrato que com ela a

    Cmara Municipal de Lisboa (CML) vai outorgar e que tem por objecto o

    fornecimento............., regulado nos termos da legislao em vigor.

    A Companhia de Seguros obriga-se a pagar aquela quantia primeira

    solicitao da Cmara Municipal de Lisboa (CML) sem que esta tenha

    que justificar o pedido e sem que o primeiro possa invocar em seu

    benefcio quaisquer meios de defesa relacionados com a adjudicao ou

    com o contrato atrs identificados, ou com o cumprimento das

    obrigaes que..........., assume com a celebrao do respectivo contrato.

    A Companhia de Seguros deve pagar aquela quantia no dia seguinte ao

    do pedido, findo o qual, sem que o pagamento seja realizado, contar-se-

    o juros moratrios taxa mais elevada praticada pelo Banco para as

    operaes activas, sem prejuzo de execuo imediata da dvida

    assumida por esta.

    O presente seguro cauo autnomo no pode em qualquer

    circunstncia ser denunciado, mantendo-se em vigor at sua

    extino, nos termos previstos na legislao aplicvel.

    Lisboa, ..... de .........................de 200....

    Observao: Qualquer rasura dever ser ressalvada e as assinaturas dos

    Directores, etc. devem ser reconhecidas na qualidade em exerccio

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    41

    CONCURSO PBLICO INTERNACIONAL PARA A SELECO DE ENTIDADE GESTORA DE FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIRIO FECHADO A CONSTITUIR PELO MUNICIPIO DE LISBOA.

    CADERNO DE ENCARGOS

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    42

    PARTE I

    CLAUSULAS JURDICAS

    Artigo 1.

    (Objecto)

    O objecto do concurso consiste, de acordo com as clusulas tcnicas

    descritas na parte II do presente Caderno de Encargos, na seleco de

    entidade gestora de fundo de investimento imobilirio fechado a

    constituir pelo Municpio de Lisboa, incluindo:

    a) O desenvolvimento de todos os estudos tcnicos entendidos pela

    Cmara como necessrios para a constituio do Fundo, de natureza

    jurdica, financeira ou outra;

    b) A elaborao do modelo de constituio do Fundo, com a respectiva

    fundamentao tcnica, indicao das respectivas fases, cronograma e

    projecto imobilirio, com expressa indicao da rentabilidade esperada;

    c) A apresentao de estudo fundamentado com projeco dos custos a

    suportar pelo Municpio com a constituio, depsito e gesto do fundo,

    devidamente autonomizados e calendarizados, bem como eventuais

    necessidades de liquidez para suportar tais despesas enquanto o Fundo

    no gerar rentabilidade;

    d) A concepo, elaborao e preparao de toda a documentao

    necessria para a instruo do pedido de autorizao junto da CMVM

    do Fundo a constituir, incluindo projecto de regulamento de gesto

    devidamente adaptado e do contrato de depsito;

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    43

    e) A apresentao dos dois relatrios de avaliao subscritos por peritos

    avaliadores da lista oficial da CMVM necessrios constituio do

    Fundo;

    f) O depsito das unidades de participao ou indicao da entidade

    que assegure o mesmo;

    g) Quaisquer outros servios financeiros acessrios e necessrios ou

    teis constituio do Fundo.

    Artigo 2.

    (Prazo de concluso da operao)

    1 - O prazo para mximo para prestao da totalidade dos servios

    contratados ser de 180 dias, a contar, aps comunicao escrita

    para o efeito, do adjudicante ao adjudicatrio, no dcimo primeiro dia

    posterior comunicao da adjudicao.

    2 - A apresentao junto da CMVM do pedido de autorizao para a

    constituio do Fundo de Investimento Imobilirio ter de ocorrer, no

    limite, at ao 30 dia a contar da data em que a Cmara comunique

    entidade gestora a deciso de constituio.

    Artigo 3.

    (Confidencialidade)

    O adjudicatrio garantir total confidencialidade e reserva com sigilo

    quanto a informaes que os seus tcnicos venham a ter conhecimento

    relacionadas com a actividade da entidade adjudicante.

    Artigo 4.

    (Cesso da Posio Contratual)

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    44

    1- O adjudicatrio no poder ceder a sua posio contratual ou

    qualquer dos direitos e obrigaes decorrentes do contrato sem a

    autorizao da entidade adjudicante.

    2- Para efeitos da autorizao prevista no nmero anterior, deve:

    a) Ser apresentada pelo cessionrio toda a documentao exigida ao

    adjudicatrio no presente procedimento;

    b) A entidade adjudicante apreciar, designadamente, se o

    cessionrio no se encontra em nenhuma das situaes previstas

    na lei, e se tem habilitaes, capacidade tcnica e financeira para

    assegurar o exacto e pontual cumprimento do contrato.

    Artigo 5.

    (Casos fortuitos ou de fora maior)

    1 Nenhuma das partes incorrer em responsabilidade se por caso

    fortuito ou de fora maior, designadamente greves ou outros

    conflitos colectivos de trabalho, for impedido de cumprir as

    obrigaes assumidas no contrato.

    2 A parte que invocar casos fortuitos ou de fora maior dever

    comunicar, justificar e comprovar tais situaes outra parte, bem

    como informar o prazo previsvel para restabelecer a situao.

    Artigo 6.

    (Resciso do contrato)

    1 O incumprimento, por uma das partes, dos deveres resultantes do

    contrato confere, nos termos gerais do direito, outra parte o direito

    de rescindir o contrato, sem prejuzo das correspondentes

    indemnizaes legais.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    45

    2 Para efeitos do disposto no nmero anterior, considera-se

    incumprimento definitivo quando houver atraso ou deficincia na

    prestao de servios ou falta de reposio de bom funcionamento

    por perodo superior a 15 dias corridos.

    3 - O Municpio de Lisboa reserva-se o direito de rescindir o contrato,

    sem adopo de formalidade, excepto a simples notificao pelo

    correio, sob registo, quando se verificar alguma das seguintes

    situaes:

    a) Os rgos municipais competentes ou a CMVM no venham a

    autorizar a constituio do Fundo, havendo ento lugar ao

    pagamento dos honorrios correspondentes aos servios entretanto

    prestados;

    b) A CMVM no autorizar a realizao do capital inicial do Fundo em

    espcie, aplicando-se ento o estabelecido na parte final do nmero

    anterior quanto aos honorrios devidos ao adjudicatrio;

    c) O adjudicatrio deixe por qualquer forma, de dar cumprimento s

    condies previstas pelo programa de concurso, por este caderno de

    encargos e mais legislao em vigor;

    Artigo 7.

    (Foro competente)

    Para todas as questes emergentes do contrato sero competentes os

    tribunais competentes da comarca de Lisboa.

    Artigo 8.

    (Regras de interpretao dos documentos que regem a operao)

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    46

    As divergncias que porventura existam entre os vrios documentos que

    se considerem integrados no contrato, se no puderem solucionar-se

    pelas regras gerais de interpretao, resolver-se-o de acordo com os

    seguintes critrios:

    a) O estabelecido no prprio ttulo contratual prevalecer sobre o que

    constar de todos os demais documentos;

    b) O estabelecido na proposta prevalecer sobre todos os restantes

    documentos, salvo naquilo em que tiver sido alterado pelo ttulo

    contratual;

    c) Nos casos de conflito entre este Caderno de Encargos e o projecto (se

    o houver), prevalecer o primeiro quanto definio das condies

    jurdicas e tcnicas do fornecimento e o segundo em tudo o que

    respeita definio da prpria prestao servios;

    d) O Programa de Concurso s ser atendido em ltimo lugar.

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    47

    PARTE II

    CLAUSULAS TCNICAS

    Artigo 1.

    (Obrigaes do adjudicatrio) So obrigaes do adjudicatrio: a) O desenvolvimento de todos os estudos tcnicos entendidos pela

    Cmara como necessrios para a constituio do Fundo, de natureza

    jurdica, financeira ou outra;

    b) A elaborao do modelo de constituio do Fundo, com a respectiva

    fundamentao tcnica, indicao das respectivas fases, cronograma e

    projecto imobilirio, com expressa indicao da rentabilidade esperada;

    c) A apresentao de estudo fundamentado com projeco dos custos a

    suportar pelo Municpio com a constituio, depsito e gesto do fundo,

    devidamente autonomizados e calendarizados, bem como eventuais

    necessidades de liquidez para suportar tais despesas enquanto o Fundo

    no gerar rentabilidade;

    d) A concepo, elaborao e preparao de toda a documentao

    necessria para a instruo do pedido de autorizao junto da CMVM

    do Fundo a constituir, incluindo projecto de regulamento de gesto

    devidamente adaptado e do contrato de depsito;

    e) A apresentao dos dois relatrios de avaliao subscritos por peritos

    avaliadores da lista oficial da CMVM necessrios constituio do

    Fundo;

    f) O depsito das unidades de participao ou indicao da entidade

    que assegure o mesmo;

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    48

    g) Quaisquer outros servios financeiros acessrios e necessrios ou

    teis constituio do Fundo.

    Artigo 2.

    (Condies de constituio do Fundo)

    1 - O Municpio de Lisboa pretende constituir um Fundo de

    Investimento Imobilirio Fechado de mdio ou longo prazo, at ao valor

    limite de 300 milhes de euros.

    2 O Municpio de Lisboa estima, sendo condio da constituio do

    Fundo, que a totalidade dos terrenos, bem como eventuais imveis ou

    entradas em numerrio que o integraro na data de constituio tero

    um valor patrimonial global mnimo de 100 milhes de euros.

    3 - O remanescente, at que se atinjam os e 300 milhes de euros

    realizar-se- nos dezoito meses subsequentes data de constituio.

    4 Colocar-se- no mercado at um mximo de 91% do total das

    unidades de participao do Fundo, ficando as demais reservadas para

    o Municpio, estabelecendo-se como factor preferencial para seleco da

    entidade gestora a capacidade que demonstre no procedimento de

    captao de investidores, designadamente em parceria com um banco

    de investimento.

    5 O Fundo ser no essencial constitudo com solos municipais

    edificveis, podendo residualmente e na medida do necessrio para a

    sua sustentabilidade vir a integrar imveis do domnio privado

    municipal e participao em numerrio, em razo das condies de

    aprovao da CMVM.

    6 - Os terrenos municipais que integraro o Fundo correspondero a

    prdios urbanos completamente livres de nus ou encargos, aptos para

    construo, uns j com lotes formados e devidamente infra

    estruturados, outros com operaes de loteamento em curso e projectos

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    49

    de arquitectura aprovados, sempre com pedido de informao prvia

    (PIP) que consolida e estabiliza as respectivas edificabilidades luz dos

    requisitos do futuro Plano Director Municipal.

    7 O Municpio adoptar medidas minimizadoras do risco de

    investimento, criando e colocando em funcionamento um instrumento

    especfico para agilizao e facilitao das operaes urbansticas

    conexas com os imveis que integram o Fundo, garantindo uma

    aprovao especialmente clere dos mesmos, no pleno respeito pelo

    quadro legal e regulamentar em vigor.

    Artigo 3.

    (Outras Condies)

    1 - Todos os terrenos e imveis que o Municpio de Lisboa venha a

    afectar ao Fundo no momento da sua constituio integr-lo-o ainda

    que os valores de avaliao dos peritos avaliadores da lista oficial da

    CMVM, no seu conjunto, excedam o montante previsto no n. 2 da

    clausula 2.

    2 - O Fundo poder vir a adquirir bens imveis que no integram as

    entradas em espcie para a realizao do capital, devendo faz-lo a

    preos de mercado, com recurso a financiamento, e em momento

    imediatamente posterior subscrio e realizao do capital inicial.

    Artigo 4.

    (Reserva de no constituio)

    No caso de a CMVM no autorizar a realizao do capital inicial do

    Fundo em espcie, a Cmara Municipal reserva-se o direito de no

  • C M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

    50

    proceder constituio do mesmo, sem que com isso possa ser

    responsabilizada por qualquer prejuzo ou despesa da resultante, que

    no tenha sido por si expressamente autorizada.

    Artigo 5.

    (Contedo da proposta)

    O concorrente ter que mencionar na sua proposta, alm de toda a

    orgnica e estrutura da operao conforme o Programa de Concurso, os

    seguintes elementos:

    a) Plano de desenvolvimento dos Fundos, quer quanto gesto dos

    seus activos, quer quanto sua gesto econmico-financeira;

    b) Custos da montagem da operao, se os houver;

    c) Todos os Custos associados gesto dos Fundos, nomeadamente

    comisso de gesto e comisso de Banco depositrio;

    d) Condies de acesso a financiamento por parte dos Fundos de

    Investimento, destinado aquisio ao Municpio dos bens a

    integrar e respectivas garantias, quando as houver;

    e) Notas justificativas de todos os mtodos de clculos usados para

    a determinao dos valores propostos;

    f) Condies de acesso pelos participantes do Fundo, tomada de

    decises pelo mesmo, quer quanto a questes de investimento,

    quer quanto a desinvestimento.

    g) Prazo estimativo de constituio, com a calendarizao respectiva;

    h) Outras solues relevantes para a aplicao da proposta.