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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL ATIVIDADE MODULAR Nº I ORIENTAÇÕES PARA RESENHA: Saudações senhores (as) alunos (as) do Curso de Complementação Pedagógica, sou a Prof.ª Denise Braga de Andrade, sou graduada em pedagogia e pós-graduada em psicopedagogia. Com satisfação trabalharemos juntos o presente módulo. ATIVIDADE MODULAR: 1º) Baixar e Salvar no PC o texto modular; 2º) Proceder a Leitura, a Releitura e a Reflexão do texto; 3º) Resenhar (refletir criticamente) o texto em no mínimo 40 linhas segundo as normas técnicas da ABNT; 4º) O tempo de duração do presente módulo será de 50 dias a contar da data de sua abertura; 5º) Enviar a resenha para o email [email protected] aos cuidados da Prof.ª Denise Braga de Andrade.

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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

ATIVIDADE MODULAR Nº I

ORIENTAÇÕES PARA RESENHA: Saudações senhores (as) alunos (as) do Curso de Complementação Pedagógica, sou a Prof.ª Denise Braga de Andrade, sou

graduada em pedagogia e pós-graduada em psicopedagogia. Com satisfação trabalharemos juntos o presente módulo.

ATIVIDADE MODULAR:

1º) Baixar e Salvar no PC o texto modular;

2º) Proceder a Leitura, a Releitura e a Reflexão do texto;

3º) Resenhar (refletir criticamente) o texto em no mínimo 40 linhas segundo as normas técnicas da ABNT;

4º) O tempo de duração do presente módulo será de 50 dias a contar da data de sua abertura;

5º) Enviar a resenha para o email [email protected] aos cuidados da Prof.ª Denise Braga de Andrade.

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

CONCEITO DE INFÂNCIA

O sentimento de infância, a ideia de infância, a representação de infância, todos esses fenômenos psicossociais surgiram na civilização muito vagarosamente

e ligado a motivos os mais surpreendentes.

A visão sobre a infância, como um período específico pela qual todos passam, é uma construção definida na atualidade. A questão de que todos os indivíduos

nascem e serão crianças até um determinado período, independente da condição vivida, é inegável.

Entretanto, tal premissa nem sempre foi percebida dessa maneira, e por diversos períodos se questionou qual era o tempo da infância e quem era a criança.

Esse conceito ou ideia que se tem da infância foi sendo historicamente construído e a criança, por muito tempo, não foi vista como um ser em

desenvolvimento, com características e necessidades próprias, e sim como um adulto em miniatura.

Etimologicamente: do latim IN (não) FANCIA (capacidade da fala), nessa perspectiva, a fase da infância seria caracterizada pela ausência da fala e de

comportamentos esperados, considerados como manifestações irracionais.

A infância se contrapõe à vida adulta, pois os comportamentos considerados racionais ou providos da razão seriam encontrados apenas no indivíduo adulto,

identificando, assim, o adulto como o homem que pensa, raciocina e age, com capacidade para alterar o mundo que o cerca; tal capacidade não seria possível

às crianças.

Do século XII ao século XVIII, ocorreram grandes transformações históricas, onde a infância tomou diferentes conotações dentro do imaginário do homem

em todos os aspectos, sejam eles sociais, culturais, políticos e econômicos.

A criança era vista como substituível, como ser produtivo que tinha uma função utilitária para a sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era inserida na

vida adulta e tornava-se útil na economia familiar, realizando tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em seus ofícios e cumprindo, assim,

seu papel perante a coletividade. As famílias eram numerosas e seus limites de intimidade, quase que inexistentes. As pessoas viviam a maior parte do seu

tempo fora de casa, na rua, nas praças ou no meio de comunidades de trabalho, de festas, de orações.

Esses foram séculos de altos índices de infanticídio. As crianças eram jogadas fora e substituídas por outras sem sentimentos.

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

No século XVII com a interferência dos poderes públicos e com a preocupação da igreja em não aceitar passivamente o infanticídio. Além disso, as

aprendizagens ocorriam nas famílias de todas as crianças, pobres e ricas, e a cultura dessas duas infâncias tem como parâmetro os laços com o mundo dos

adultos, possibilitado, principalmente, pela liberdade em espaços compartilhados; a criança presenciava experiências que resultavam dessas relações:

aprendia convivendo. Nessa ótica da importância das relações familiares com a criança e as relações eram muito importantes, pois todos compartilhavam em

tudo, ou seja, um dependia do outro.

Pode-se interpretar então, que a afirmação do sentimento da infância no século XVIII vê a educação ou a institucionalização da criança como

responsabilidade da família, percebendo que os filhos são frutos da possibilidade da ascensão social. “Pais enxergam através de seus filhos a possibilidade da

administração dos bens familiares e, consequentemente, a ampliação das posses”

Desse contexto moral é que a educação das crianças passa a ser construída, através do posicionamento de moralistas e educadores e, principalmente, com o

surgimento da família nuclear gerada dentro dos padrões do modelo de família conservadora, símbolo da continuidade parental e patriarcal que marca a

relação pai, mãe e criança.

A preocupação da família com a educação da criança fez com que mudanças ocorressem e os pais começassem, então, a encarregar-se de seus filhos. Houve

ainda, a necessidade da imposição de regras e normas na nova educação e a formação de uma criança melhor doutrinada, atendendo à nova sociedade que

emergia. Tal concepção de indivíduo que aparece, faz com que a criança seja alvo do controle familiar ou do grupo social em que ela está inserida.

Com as modificações nas relações sociais que se estabelece na Idade Moderna, a criança passa a ter um papel central nas preocupações da família e da

sociedade. A nova percepção e organização social fizeram com que os laços entre adultos e crianças, pais e filhos, fossem fortalecidos. A partir deste

momento, a criança começa a ser vista como indivíduo social, dentro da coletividade, e a família tem grande preocupação com sua saúde e sua educação.

Tais elementos são fatores imprescindíveis para a mudança de toda a relação social.

Com o surgimento desse novo homem aparecem também as primeiras instituições educacionais, sugerindo que os adultos compreenderam a particularidade

da infância e a importância, tanto moral como social e metódica, de as crianças frequentarem instituições especiais, adaptadas a tais finalidades. Com isso a

criança passa a ter um papel central nas preocupações da família na sociedade, mostrando os encantos de deixar as famílias dentro dos portões e muros. A

nova organização social e da família é fruto da evolução política e econômica da época moderna.

Neste período Rousseau promove uma revolução na pedagogia, centrando os interesses pedagógicos no aluno e não mais no professor. Afirma que a criança

não é um adulto em miniatura e destaca ainda que a criança é um ser com características próprias em suas ideias e interesses. Formulou princípios

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educacionais que permanecem até nossos dias, principalmente quando afirmava que a verdadeira finalidade da educação era ensinar a criança a viver e a

aprender a exercer a liberdade.

A EDUCAÇÃO INFATIL E A LEGISLAÇÃO

Na segunda metade do século XIX, surgem os primeiros jardins de infância no Brasil, estes tratavam-se na sua grande maioria de instituições particulares

para crianças da elite, as famílias que não tinham poder aquisitivo suficiente para pagar estas instituições, encontravam outras possibilidades para solucionar

este problema, e, em muitos casos deixavam seus filhos sob os cuidados de suas vizinhas ou um familiar (tia, madrinha, avó que é bastante comum até os

dias atuais).

Ao longo do século XX observou-se um crescente movimento pelo estudo da criança, definindo-se a infância como uma categoria social e historicamente

construída. Mais recentemente, estudos teóricos de Soares, Cury, Campos, Rosemberg, na área de movimentos políticos em defesa das crianças vêm

apontando para a sua construção social enquanto sujeitos sociais de plenos direitos.

Somente em 1908, surge a primeira creche popular, para atender filhos de operários, porém a exclusividade do atendimento era para crianças abandonadas,

assumindo desta maneira um eminente caráter filantrópico e associados a espaços de abandono, os profissionais que atuavam nestes espaços, seguiam as

orientações médicas. O que se pode chamar de surgimento de Educação Infantil, atrelava-se a idéia de criança como fardo um grande problema social a ser

sanado.

As novas tendências são marcadas por uma concepção de que as crianças eram as fontes humanas essenciais, de cuja dimensão maturacional iria depender o

futuro da humanidade. Esse movimento internacional teve como consequência a elaboração da 1ª Declaração dos Direitos da Criança: a “Declaração de

Genebra” em 1923.

Em 1930, a criança é entendida como futuro do país, o cidadão do amanhã, e desta forma, novas iniciativas públicas ressurgem para questão da educação

infantil, foram criados vários órgãos de amparo assistencialista e jurídico, porém o governo de Getúlio Vargas tinha o objetivo de manter a ordem social e

neste contexto foram idealizadas algumas concessões às mães trabalhadoras oportunizando a estas, a criação de novas creches, como a instituição da CLT

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(Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, que determinava: “O estabelecimento em que trabalhavam pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos de

idade, terá local apropriado onde sejam permitidas as empregadas guardar sob vigilância e assistência seus filhos no período de amamentação”.

São citados ainda os seguintes direitos na lei:

A exigência poderá ser suprida por meio de convênios com creches distritais mantidas diretamente ou mediante convênios com outras entidades públicas ou

privadas (...) (CLT, art. 389, p.51).

Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais,

de meia hora cada um. Parágrafo único. Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade

competente.(CLT, art. 396, p.52)

Pela infração de qualquer dispositivo deste capítulo será imposta ao empregador a multa de 1/5 do valor de referência regional (...) (CLT, art. 401, p.53).

Estes direitos foram instituídos, porém é relevante ressaltar que a lei abre precedentes de descumprimento, pois obriga as empresas a cumprir a lei caso esta

tenha em seu quadro mais de trinta funcionárias, o que pode sugerir ao empregador a oferta de vinte e nove vagas de emprego, por exemplo, o que o exime

deste compromisso legal. Ao analisar a lei, compreende-se que a mesma foi instituída para salvaguardar o direito das mães, em detrimento ao direito da

criança. Gradativamente, desvinculou-se a concepção de creche como depósito de desvalidos muito embora as crianças neste contexto, continuavam a serem

vistas como problema sendo que, o simples fato de existir impossibilitava suas mães de trabalhar.

Em 1967, o texto da CLT, foi alterado favorecendo as empresas e mais uma vez, ignorando o direito das crianças, nas alterações realizadas desobriga as

empresas ao financiamento as creches facultando-lhes o direito de escolha por convênios com outras instituições da mesma natureza.

Outro fator importante a ser destacado, denota a que a falta de conhecimento das leis trabalhistas pelas mães trabalhadoras, traziam as mesmas a

compreensão de que, o empregador que ofereciam estas “vantagens”, que na verdade configuravam-se enquanto direito, estaria fazendo-lhes um favor, uma

espécie de caridade.

Neste período surgem no Brasil inúmeras creches comunitárias, geridas pela comunidade, pois até então não existia apoio do governo.

“O estado concebia a criança freqüentadora de creche como alguém que necessita de amparo, considerava-se o atendimento a infância não como um direito

do trabalhador, mas como uma dádiva dos filantropos” (Kuhlmann, 1993, p.8).

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

Na década de 1970, aconteceram vários movimentos em prol das creches, mas estes movimentos apresentavam intencionalidades de erradicar a repetência e

evasão escolar que neste período tornava-se uma crescente, bem como, estas passaram a ser entendidas como espaço de conhecimento, para tentar amenizar

estas questões, foi criado a educação pré-escolar, com o objetivo de suprir os déficits culturais das famílias pobres, retrocedendo e reafirmando a concepção

de creche como espaços de prevenção, sejam estas, de saúde física ou mental.

Todavia, observou-se um número reduzido de crianças atendidas, portanto o governo criou outros mecanismos para o atendimento das mesmas dentre as

quais, as mães crecheiras, lares vicinais ou creches domiciliares (uma espécie de semi-internato residencial) estas práticas retrocederam e tornou antagônicos

os conceitos cuidar e educar. Após muito se pensar e reivindicar direitos em prol da criança, gradativamente percebeu-se algumas conquistas, assim como a

especialização médica de Pediatria, roupas específicas e adequadas para as faixas etárias, brinquedos etc.

Somente dez anos após a declaração universal, torna-se mais intensa a discussão em torno da necessidade de formular uma Convenção das Nações Unidas

para que os direitos das crianças tivessem eco na lei internacional e ultrapassassem as fronteiras de uma declaração.

Assim, os Estados comprometer-se-iam com obrigações específicas. Acontece, então, em 1989, a “Convenção dos Direitos da Criança” composta de 54

artigos que incorporam “uma diversidade de direitos, desde direitos civis, econômicos, sociais e culturais, incluindo os direitos mais básicos como o direito à

vida, à saúde, à alimentação, e a educação (...)”.

Diante disto, legislações foram implementadas. No caso do Brasil, a Lei 8.069/90/, traduzindo o resultado da crescente valorização que a infância tem

assumido e, conseqüentemente, a necessidade de efetivação de um conjunto de direitos, colocando toda criança brasileira no mesmo patamar de direitos.

Nesse contexto, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 incorpora as reivindicações dos diferentes segmentos, como destaca Campos:

A Constituição de 1988 é o novo marco legal no qual desembocam todas essas lutas e demandas: as que vêm da educação, formuladas de maneira a integrar

a creche e a pré-escola no sistema educacional; as que se originam do movimento das mulheres, contempladas nessa proposta para a educação e na

ampliação do direito à creche no local de trabalho também para os filhos dos trabalhadores homens e para toda faixa etária de zero a seis anos; as trazidas

pelo movimento dos direitos humanos (...) a nova Constituição amplia consideravelmente essas definições legais, tornando-se um marco na história da

construção social desse novo sujeito de direitos, a criança pequena. (CAMPOS,1998, p.124)

Expressa no seu 2º Princípio que;

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

A criança gozará de uma proteção especial e beneficiará de oportunidades e serviços dispensados pela lei e outros meios, para que possa desenvolver-se

física, intelectual, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com

este fim, a consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.

A partir, da Constituição Federal de 1988, a creche começa a ser inserida na política educacional, neste contexto não resta dúvida sob a importância da

Educação Infantil para o processo educativo. Historicamente, a mesma não obteve o devido reconhecimento, delineando uma trajetória que ultrapassou cem

anos de história retrograda, este crescimento é resultado das evidentes transformações pelas quais a sociedade vem sendo acometida, bem como o

entendimento científico sobre o desenvolvimento cognitivo da criança, a inserção da mulher ao campo de trabalho, a conscientização sobre o direito da

criança de 0 aos 5 anos e a valorização a esta etapa da vida.

A análise da Constituição Federal permite afirmar que os direitos sociais constitucionalmente assegurados são marcos importantes e com a regulamentação

dos direitos da criança e do adolescente os avanços sociais são significativos, tratando dos direitos sociais, entre eles a educação:

(...) são direitos sociais: a educação, a saúde, (...) a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, artigo 6º).

A Constituição, ao considerar a educação como um direito universal, proclama em seu artigo 205 que a educação é um direito de todos, e, especificamente,

no artigo 208, inciso IV :

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: (...) atendimento em creche e pré escola às crianças de zero a seis anos de idade. que

a educação é um direito das crianças de zero a seis anos.

Ainda do ponto de vista da Constituição, Cury (1998, p. 11), destaca que ela rompeu com a concepção de que a educação infantil é uma falta que deve ser

compensada por ações de amparo e de assistência, de que é um vácuo que precisa ser preenchido, trazendo no seu bojo o dever do Estado em oferecer

educação infantil, e o direito da criança a este atendimento.

(...) esta Constituição incorporou a si algo que estava presente no movimento da sociedade e que advinha do esclarecimento e da importância que já se

atribuía à educação infantil,. Caso isto não estivesse amadurecido entre lideranças e educadores preocupados com a educação infantil, no âmbito dos estados

membros da federação, provavelmente não seria traduzido na Constituição de 88. Ela não incorporou esta necessidade sob o signo do Amparo ou da

Assistência, mas sob o signo do Direito, e não mais sob o Amparo do cuidado do Estado, mas sob a figura do Dever do Estado. Foi o que fez a Constituição

de 88: inaugurou um Direito, impôs ao Estado um Dever, traduzindo algo que a sociedade havia posto. (CAMPOS, 1998, p. 124)

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

A Educação Infantil assume um caráter especialmente importante, uma vez que fundamenta-se num entendimento da criança enquanto cidadão, como pessoa

imersa num processo contínuo e gradativo de conhecimento e como sujeito ativo na efetivação e elaboração do seu conhecimento.

Os direitos das crianças reconhecidos no “papel” garantem um avanço jurídico, no entanto os resultados desse avanço necessitam ser traduzidos em ações

concretas no campo das políticas sociais para a infância brasileira.

O PNE (Plano Nacional de Educação) define em seus artigos a ampliação das vagas, de forma a atender em 5 anos, a 30% da população de até 3 anos de

idade e 60 % de 4 a 6 anos (ou 4 e 5) e, até o final da década, alcançar a meta de 50% das crianças de 0 a 3 anos e 80% de 4 a 5 anos. Um aspecto importante

para o crescimento acelerado ao ingresso da criança a creche, é a inserção da mãe no campo de trabalho e a consciência da necessidade da educação da

criança fundamentada nas bases científicas.

Todo este processo acarretou uma série de dificuldades financeiras aos municípios, uma vez que os recursos repassados aos mesmos eram deficitários

atribuindo uma qualidade muito inferior à esperada o que de certa forma favoreceu as privatizações. O país neste período, estava imerso em dificuldades

sendo que os problemas sociais aumentavam consideravelmente e diminuíram-se os investimentos públicos e sociais.

No Brasil, a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, criou o Estatuto da Criança e do Adolescente/ ECA, passando a sociedade a dividir com o Estado, pelo menos

do ponto de vista da legislação, a responsabilidade pela construção de um mundo melhor para a infância.

Acredita-se que, mais do que regulamentar as conquistas em favor das crianças e dos adolescentes na Constituição Federal, esta Lei - ECA veio promover

um importante conjunto de avanços que extrapola o campo jurídico, desdobrando-se e envolvendo outras áreas da realidade política e social no Brasil. Entre

elas, destaca-se o direito das crianças à “Educação Infantil”, assegurado nos artigos 4º , 53º e 54º, inciso IV. OECA explicitou melhor:

Artigo 4º: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos

referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer.

Artigo 53º: A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:

V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo único - É direito dos pais ou do responsável ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição de propostas educacionais.

Artigo 54º : É dever do estado assegurar à criança e ao adolescente:

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.(ECA, 1991, p. 07-17)

Em 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, ressalta-se a importância da Educação Infantil, com o advento desta Lei passa a ser

considerada como primeira etapa da educação básica, considera-se a criança como sujeito de direitos e sua educação perpassa a ação da família, entende-se

que a educação acontece desde o nascimento, sendo esta uma condição para sua formação.

A nova LDB (Lei Nº 9.394), de 20 de dezembro de 1996, reproduz esse inciso da Constituição Federal, no Art. 4º do título III (Do Direito à Educação e Do

Dever de Educar).

Quando trata da Composição dos Níveis Escolares, no Art. 21, a LDB (1996, p.07) explicita: "A educação escolar compõe-se de: I - Educação básica,

formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II. educação superior”.

No capítulo sobre a Educação Básica, Seção II, trata especificamente da Educação Infantil, nos seguintes termos:

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como base o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus

aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças até três anos de idade;

II - pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos de idade.

Art. 31. Na educação infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o

acesso ao ensino fundamental. (LDB, 1996, p. 16)

A atual LDB estabelece pela primeira vez na história do nosso país que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica. Quanto menor a criança,

mais é preciso a presença do adulto para auxiliá-la em suas necessidades. À medida que a criança cresce, adquire novas capacidades e isso possibilita que ela

atue de maneira cada vez mais independente, ganhando mais autonomia em seu desenvolvimento.

Segundo o Referencial Curricular para a Educação Infantil (1999, p.24):

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

O desenvolvimento integral depende dos cuidados relacionais que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a

qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto à forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos

variados.

No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, também adota-se a divisão por faixas etárias. A opção de organização dos objetivos, conteúdos

e orientações didáticas por faixas etárias e não pelas designações institucionais – creche e pré-escola – pretendeu considerar a variação de faixas etárias

encontradas nos vários programas de atendimento nas diversas regiões do país.

É claro o relevante papel dos Municípios na oferta da educação infantil que, como sistemas de ensino autônomo instituídos ou não, deverão observar os

artigos 29, 30, 31 da LDB 9394/96 (p. 04-31), citados anteriormente, e ainda os seguintes princípios:

1 - A Educação infantil orienta-se pelos princípios da educação em geral: igualdade de condições para acesso e permanência na escola: liberdade de

aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e

apreço à tolerância; coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; valorização do

profissional de educação escolar; gestão democrática de ensino público, na forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino; garantia de padrão de

qualidade; valorização da experiência extra-escolar; vinculação entre educação escolar e as práticas sociais (artigo 3).

2 - As instituições de Educação Infantil integram o Sistema Municipal de Ensino, podendo o Município, ainda, optar por se integrar ao Sistema Estadual de

Ensino ou compor com ele um Sistema Único de Educação Básica. Os órgãos do sistema municipal de ensino deverão baixar normas complementares,

autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos de Educação Infantil (artigos 10 e 11).

3 - Os sistemas de ensino definirão normas de gestão democrática dos estabelecimentos públicos de educação infantil, atendendo aos princípios de

participação dos profissionais da educação, da família e da comunidade, na elaboração e execução do projeto pedagógico da instituição e da participação das

comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (artigo 14).

4 - As crianças com necessidades especiais, sempre que possível, em função de suas condições específicas, devem ser atendidas na rede regular de creches e

pré-escolas, respeitando o direito a atendimento especializado, inclusive por órgão próprio do sistema, quando for o caso (artigo 58).

5 - Os docentes da Educação Infantil devem ser formados em cursos de nível superior (em licenciatura, de graduação plena), admitida como formação

mínima a oferecida em nível médio (modalidade normal), que contemplem conteúdos específicos relativos a essa etapa da educação (artigo 62).

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

6 - A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação infantil, será

feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação. (artigo 64).

7 - Os sistemas de Ensino promoverão a valorização dos profissionais que atuam em creches e pré-escolas, no que diz respeito à formação profissional,

condições de trabalho, plano de carreira e remuneração condigna (artigos 67, 69 e 70).

Deve-se ressaltar que o novo texto legal, inciso IV, artigo 9º, prevê que: "A União incumbir-se-á de: (...) estabelecer, em colaboração com os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e

seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".

É preciso estar comprometido com o outro para se poder educar, não fazendo distinção ou diferenciação. As diretrizes curriculares definem-se de forma

integrada, sem privilegiar um aspecto em detrimento de outro levando em consideração as necessidades das crianças de acordo com os padrões e valores da

cultura e da sociedade onde se encontra.

Recentes medidas legais modificaram o atendimento das crianças PRÉ-ESCOLA, pois alunos com seis anos de idade devem obrigatoriamente estar

matriculados no primeiro ano do Ensino Fundamental.

Os dispositivos legais que estabeleceram as modificações citadas são os seguintes:

O Projeto de Lei nº 144/2005, aprovado pelo Senado em 25 de janeiro de 2006, estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos para o ensino fundamental,

com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Essa medida deverá ser implantada até 2010 pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.

Durante esse período os sistemas de ensino terão prazo para adaptar-se ao novo modelo de pré-escolas, que agora passarão a atender crianças de 4 e 5 anos

de idade.

ÁREAS DO CONHECIMENTO

Seguindo as concepções de educação que buscam o pleno desenvolvimento dos educandos como sujeitos sociais e historicamente situados, e tomando como

referência os princípios que regem a LDB 9394/96, os CMEIs se organizam de maneira a respeitar as diferenças entre os alunos em suas necessidades,

buscando levá-los a níveis cada vez mais altos de aprendizagem, utilizando como base os Eixos Articuladores permeados pela linguagem que são: científico;

ético-político; sócio-ambiental e estético-cultural.

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a) Eixo científico – abrange: a linguagem em suas variadas formas, os conhecimentos gerais, a compreensão dos processos da natureza e da sociedade, a

superação do senso comum pela compreensão dos conceitos científicos e do processo de formação humana histórico-social.

b) Eixo ético-político – abrange: os valores éticos-morais-políticos; as relações entre o público e o privado, os meios de comunicação de massa, as relações

de poder, as atividades de reflexão consciente sobre os fatos humanos, os valores coletivos e individuais.

c) Eixo sócio-ambiental – abrange: a exploração e a preservação dos recursos naturais – conseqüências da degradação do meio ambiente – hábitos, atitudes e

valores – ambiente familiar, escolar e social – a valorização do homem e da cultura.

d) Eixo estético-cultural – abrange: a compreensão das várias expressões culturais, o acesso à produção artística – cultural que melhor represente a cultura

nacional em seus aspectos histórico-sociais.

Os Eixos Articuladores se envolvem entre si, favorecendo o trabalho interdisciplinar entre os conteúdos que deverão ser trabalhados de acordo com a

necessidade de cada turma, levando em consideração a realidade em que estão inseridos, assim, os conteúdos devem estar contextualizados para terem

significação para a criança. Dentre os conteúdos, os professores necessitam trabalhar a linguagem oral, linguagem escrita, arte, música, linguagem corporal,

linguagem matemática e estudo da natureza e sociedade.

A linguagem acontece socialmente por meio da oralidade, leitura, escrita, desenho, escultura, mímica, movimentos, representações corporais, som e música.

Parafraseando Vygotsky, a linguagem é fundamental para o desenvolvimento humano, englobando todas as estruturas psicológicas superiores da criança,

onde a mesma se relaciona com o meio social e cultural, convivendo com as diversas formas de expressão e vai elaborando a linguagem mais elaborada. O

trabalho com a linguagem oral busca oferecer às crianças a ampliação da capacidade de comunicar-se, bem como, colabora para a formação e organização do

pensamento. Por isso, as crianças necessitam falar nas mais diversas situações (contar fatos e histórias, transmitir recados, explicar um jogo, etc.), onde

aprende a verbalizar pela interação com o outro.

A linguagem escrita compreende os gestos, o brinquedo e o desenho, onde desde pequena está em contato com a linguagem escrita (livros, jornais,

embalagens, cartazes, placas de ônibus, outdoors, etc.), elaborando conceitos a partir de experiências do dia-a-dia, e ao entrar na escola a criança amplia

esses conhecimentos por meio de atividades significativas de interação e elaboração.

Sendo assim a Arte constitui-se nas diversas linguagens, expressando, comunicando e atribuindo às sensações, aos sentimentos, aos pensamentos e à

realidade, por meio de diversas manifestações como forma de se expressar e comunicar. Além disso, considera-se que desenhar é fundamental, pois para a

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

criança as garatujas e os rabiscos têm significação, e gradativamente vão compreendendo a função social da escrita e começam a utilizar o código escrito

para comunicar suas idéias.

Outro fator relevante a ser trabalhado na Educação Infantil é a música, propondo vinculação entre sensações, prazer e ritmo e favorecendo o processo de

desenvolvimento da comunicação oral e expressão corporal para interagir com o mundo. Com isso, se faz necessário que o professor cante melodias,

cantigas, brincadeiras cantadas, com rimas, poesias, contos, parlendas, etc., pois as crianças, nesta fase possuem um verdadeiro fascínio por tais atividades e

sons.

A Linguagem Corporal também apresenta grande relevância, uma vez que o movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura

humana. O movimento contempla muitas funções e manifestações do ato motor, desenvolvendo motricidade, refletindo sobre as posturas corporais e

ampliando os conhecimentos relacionados a cultura corporal da criança. Sendo assim, é importante trabalhar os conhecimentos da psicomotricidade,

assegurando o desenvolvimento funcional, afetivo e motor, por meio de atividades que envolvam a educação dos movimentos com as funções intelectuais,

pois para que uma criança desenvolva aspectos de leitura e escrita é necessário desenvolver funções específicas de Coordenação Global, Esquema Corporal,

Lateralidade, Estruturação Espacial/Temporal, Discriminação Visual e Auditiva.

A Linguagem Matemática está presente desde muito cedo entre as crianças pequenas, quando manipulam objetos identificando propriedades, contando

quantidades, agrupando e classificando. O conhecimento matemático não deve ser memorizados, mas sim assimilados por meio de experimentos e

exploração, compreendendo o conceito de número, sua função e o seu uso na vida social, em atividades diversificadas (distribuição de materiais e tarefas na

sala de aula, formação de grupos), possibilitando o contato com os elementos espaciais e numéricos, onde a criança organiza as estruturas do pensamento.

O Estudo da Natureza e Sociedade envolve temas relacionados ao mundo social e natural, enriquecendo a curiosidade pelas experiências e explorando o

ambiente social e físico, com trabalhos sobre a história da cultura humana e da vida cotidiana em sociedade, além disso os fenômenos que ocorrem na

natureza, as transformações feitas pelo ser humano e as mudanças climáticas.

Após o desenvolvimento destes conteúdos, estando articulados entre si, é necessário realizar um processo avaliativo, buscando averiguar se os objetivos

propostos foram atingidos. E de acordo com a Proposta Pedagógica, a avaliação deve ser um processo diagnóstico, proporcionando reflexão sobre o trabalho

desenvolvido, almejando a verdadeira apreensão dos educandos. Com isso a avaliação deve priorizar os níveis de complexidade de um mesmo conteúdo, a

realização das atividades em momentos corriqueiros e/ou exclusivos, as produções cotidianas dos alunos, definindo claramente os objetivos e conteúdos

avaliados, bem como os meios mais adequados para avaliação, observando sempre a constatação, a reflexão e a superação do problema.

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Módulo I – Fundamentos da Educação Infantil

A avaliação mostra ao professor o resultado de seu trabalho, servindo de parâmetro para o planejamento de suas atividades, e ainda buscando estratégias para

atender os alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem. Dessa forma o professor deve apropriar-se de diversos instrumentos de avaliação, para ter

informações sobre o processo educativo da criança e sobre o seu próprio trabalho, utilizando: Portifólio, que se trata de uma coleção de itens que revela

conforme o tempo passa, os diferentes aspectos do desenvolvimento e aprendizagem da criança; Caderno do aluno, onde o professor poderá observar a

utilização do espaço, senso crítico estético na organização e utilização dos diversos materiais para realizar as atividades propostas e a exteriorização dos

conteúdos ensinados através de registros que produz nesse caderno; Atividades específicas, planejadas com o objetivo de avaliar um conteúdo em si

(produção de texto, desenho, pintura, jogo, colagem, dobradura, entre outros). Além disso, o professor necessita utilizar de instrumentos de registro, que

contemplam o caderno de registro da turma, onde anota diariamente fatos ocorridos durante o processo educativo (conquistas, avanços e dificuldades);

Parecer Descritivo Bimestral, descrevendo informações específicas sobre o educando, sendo organizado considerando a relação e interação da criança com

(educador, turma de crianças, família), sendo realizado bimestralmente e em casos de transferências.