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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DOS TUMORES MAMÁRIOS EM CADELAS REVISÃO DE LITERATURA LUARA EVANGELISTA SILVA OURINHOS SP 2017

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DOS TUMORES MAMÁRIOS EM CADELAS – REVISÃO DE LITERATURA

LUARA EVANGELISTA SILVA

OURINHOS – SP

2017

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LUARA EVANGELISTA SILVA

ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DOS TUMORES MAMÁRIOS EM CADELAS – REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária das Faculdades Integradas de Ourinhos como pré-requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Medicina Veterinária. Orientador: Prof. Freddi Bardela de Souza

OURINHOS – SP 2017

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Silva, Luara Evangelista

Aspectos Clínicos E Patológicos Dos Tumores Mamários Em

Cadelas –– Revisão de Literatura / Luara Evangelista Silva;

Ourinhos, SP: FIO, 2017.

50f.; 30cm

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina

Veterinária – Faculdades Integradas de Ourinhos, 2017.

Orientador: Profº Freddi Bardela de Souza

1. Mama. 2.Fêmea. 3.Castração. I. Título.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a Deus que não se afastou

quando eu mais precisei, e que colocou anjos no

meu caminho para que eu não desistisse.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que mostrou o caminho durante os pensamentos incertos e que colocou

anjos nele, que me fizeram acreditar que valia a pena continuar a trajetória para uma

vida melhor.

Aos meus pais, Amauri e Zuleide e minha avó Lídia, que não mediram esforços

para me proporcionar uma boa faculdade, além de suportar meus comportamentos

instáveis no decorrer da faculdade e ainda sim me apoiarem incondicionalmente.

Ao meu avô Flávio (in memorian) que sempre incentivou e me apoiou quando

criança, me dando “asas” para ser o que eu quisesse.

A minha irmã Lorena e cúmplice que admiro muito pela sua dedicação

acadêmica.

A minha fiel escudeira Suélem, que é uma guerreira por me aguentar nas crises

de tristeza, felicidade e de muitos estresses, e que mesmo assim nunca se afastou

e não mediu esforços para me ajudar.

Ao meu orientador Freddi que foi o primeiro a ensinar a área que tenho muito

apreço, pela paciência, pelos puxões de orelhas e por me preparar para o mundo.

Ao meu co-orientador Breno pela paciência, conhecimento fornecido e

disponibilidade, quando precisei.

Ao restante dos docentes, aos funcionários e amigos que passaram durante

minha formação acadêmica, que me ensinaram conhecimentos técnicos e a

importância da amizade.

A Instituição que me deu chances e ferramentas para a conclusão de mais essa

etapa em minha vida.

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EPÍGRAFE

"Se fracassar, ao menos que fracasse ousando grandes feitos, de modo que a sua postura não seja nunca a dessas almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória nem a derrota." Theodore Roosevelt

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RESUMO

A neoplasia mamária possui alta incidência em cadelas adultas com idade acima de seis anos, com

predisposição racial em Boxer, Chihuahua e em raças caçadoras. Essa neoplasia pode ser

classificada simples ou complexa, de acordo com sua composição celular, observada no exame de

histopatologia. Esses tumores são diagnosticados pelo exame clínico, laboratorial e de imagem, com

prognóstico determinado pelo estadiamento clínico e exame histopatológico. Seu tratamento é feito

pela ressecção cirúrgica associada ou não com quimioterápicos e hormonioterapia. O objetivo deste

trabalho foi revisar a literatura sobre os aspectos clínicos e patológicos em tumores mamários em

cadelas.

Palavras-chave: Mama. Fêmea. Castração.

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ABSTRACT

A mammary neoplasia has a high incidence in adult dogs over six years of age, with a racial predisposition in Boxer, Chihuahua and in hunter breeds. This neoplasm can be classified as simple or complex, according to its own bottle, observed without examination of histopathology. These tumors are diagnosed by clinical, laboratory and imaging examination, with prognosis determined by clinical staging and histopathological examination. Its treatment is done by visual surgery associated or not with chemotherapy and hormone therapy. The objective of this work was to review the literature on clinical and pathological aspects in mammary tumors in female dogs. Key-words: Mama. Female. Castration.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1..............................................................................................................11

1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL).....................................12

2. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP- CÂMPUS DE

JABOTICABAL).........................................................................................................20

3. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP- CÂMPUS DE

ARAÇATUBA)...........................................................................................................25

CAPÍTULO 2..............................................................................................................33

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................34

2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................35

2.1. Anatomia e fisiologia da glândula mamária....................................................35

2.2. Conceito de neoplasia......................................................................................36

2.3. Neoplasia mamária em cadelas.......................................................................37

2.3.1. Incidência........................................................................................................37

2.3.2. Eixo hipotálamo-hipófise-ovário...................................................................38

2.3.3. Etiologia..........................................................................................................39

2.3.4. Nomenclatura e classificação.......................................................................40

2.3.5. Diagnóstico.....................................................................................................42

2.3.6. Tratamento e profilaxia..................................................................................43

2.3.7. Prognóstico.....................................................................................................44

3. CONCLUSÃO........................................................................................................46

REFERÊNCIAS..........................................................................................................47

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CAPÍTULO 1

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CAPÍTULO 1 – RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL)

Situada na rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 KM 380c, Londrina, Paraná. A

UEL foi onde cumpri o estágio curricular obrigatório para conclusão do curso de

Medicina Veterinária de 01/08/17 à 29/09/17, no Departamento de Medicina

Preventiva, no setor de Patologia Animal, composto por dois residentes R2 e duas

residentes R1, três professores e uma técnica Médica Veterinária.

O horário de atendimento da Patologia Animal é das 8:00 às 12:00 e das

14:00 às 18:00 horas, sendo cumpridas 8 horas diárias. Eram realizadas funções

como: recebimento de amostras de citologia, biópsia e de peças avulsas, verificação

dos dados das requisições enviadas, registro do material recebido, coloração de

Giemsa, coloração com hematoxilina e eosina, filtrar hematoxilina, acompanhar os

residentes durante a necropsia, clivagem e processamento dos fragmentos

biológicos provenientes de necropsia ou biópsia, incluir materiais na parafina,

realizar devida limpeza e desinfecção após utilização de materiais e de salas,

registrar o número de cassetes feitos em um livro específico, copiar os resultados

dos exames realizados, acompanhar as aulas teóricas e práticas necroscópicas, ler

lâminas e descrever os achados, acompanhar a leitura de lâminas com os

professores e residentes na medusa (microscópio de três cabeças).

Os exames citológicos eram coletados pelos atendentes do paciente e

encaminhados à Patologia junto à requisição contendo as devidas informações, em

seguida eram registrados e então gerava-se um registro que era passado para o

prontuário do animal para recebimento do resultado.

As lâminas de citologia eram confeccionadas, por raspado, aspiração por

agulha fina ou por raspado, e então eram coradas pela coloração de Giemsa e

visualizadas no microscópio óptico.

O exame histológico colhido durante a necropsia ou recebido era formalizado

com formol na concentração de 10% por aproximadamente 24 horas, eram feitas a

macroscopia da peça / órgão, em seguidas eram cortadas e colocadas em cassetes

para o processamento histotécnico. As margens cirúrgicas de algumas peças

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exigidas eram feitas por nankin preto na margem profunda e medial e nankin azul na

margem lateral e em seguida eram aplicados álcool acético para fixação do corante

e deixadas no formol à 10% até a fixação adequada. Depois do processamento do

histotécnico eram incluídos os materiais na parafinas, separados pelos registros e

cortados no micrótomo pela técnica, em seguidas as lâminas iam para a estufa a 60

ºC até a parafina derreter, após eram coradas pela hematoxilina e eosina e

observadas pelo microscópio óptico para determinação do resultado (Figuras 1 a 7).

A casuística acompanhada durante o estágio está na quadro 1, 2 e 3.

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Quadro 1: Casuística exame citológico na UEL durante o período de 01/08/2017 a 29/09/2017.

Diagnóstico Citológico Número Porcentagem

Tumor venéreo transmissível plasmocitóide 11 14,5%

Processo inflamatório neutrofílico 8 10,5%

Neoplasia mesenquimal maligna 7 9,2%

Sangue 7 9,2%

Carcinoma mamário 5 6,5%

Linfonodos reativos 4 5,3%

Material insuficiente para diagnóstico 4 5,3%

Neoplasia de células redondas 3 3,9%

Processo inflamatório misto 3 3,9%

Processo inflamatório piogranulomatoso 3 3,9%

Sugestivo de neoplasia mamária benigna 3 3,9%

Cisto folicular epidérmico acompanhado de processo inflamatório neutrofílico

2 2,6%

Dermatite piogranulomatosa 2 2,6%

Linfoma 2 2,6%

Lipoma 2 2,6%

Mastocitoma pouco diferenciado 2 2,6%

Neoplasia epitelial maligna 2 2,6%

Processo inflamatório piogranulomatoso e linfocítico 2 2,6%

Hiperplasia mamária 1 1,3%

Histiocitoma cutâneo 1 1,3%

Neoplasia de glândula perianal acompanhada de processo inflamatório

1 1,3%

Tumor misto mamário 1 1,3%

TOTAL 76 100%

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Quadro 2: Casuística exame histopatológico na UEL durante o período de 01/08/2017 a 29/09/2017.

Diagnóstico Histopatológico Número Porcentagem

Carcinoma em tumor misto de mama 2 10%

Dermatite piogranulomatosa 2 10%

Fibroma 2 10%

Colangiohepatite linfoplasmocitária com fibrose periportal 1 5%

Colite linfocitária focalmente extensa 1 5%

Dermatite de interface linfoplasmocitária difusa 1 5%

Dermatite neutrofílica superficial com hiperplasia epidermal irregular difusa acentuada

1 5%

Dermatite nodular piogranulomatosa 1 5%

Dermatite superficial 1 5%

Esplenite 1 5%

Hemangiossarcoma 1 5%

Linfonodos reativos 1 5%

Mastocitoma subcutâneo 1 5%

Neoplasia maligna de origem indeterminada 1 5%

Neoplasia mamária mista acompanhada de processo inflamatório

1 5%

Carcinoma de células escamosas bem diferenciado. 1 5%

Pielonefrite supurativa, crônico-ativa 1 5%

TOTAL 20 100%

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Quadro 3: Casuística de necropsia da UEL durante o período de 01/08/2017 a 29/09/2017.

Necropsia Número Porcentagem

TOTAL 14 100%

Figura 1: Estrutura UEL. Prédio do setor de patologia animal

(Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

Figura 2: Estrutura UEL. Sala de necropsia de pequenos e

grandes animais (Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 3: Estrutura UEL. Inclusor de materiais biológicos (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

Figura 4: Estrutura UEL. Sala de recepção e

processamento de exame histopatológico e coloração.

Estufa, pinça e vidrarias utilizadas diariamente (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 5: Estrutura UEL. Sala de recepção e processamento de

exame histopatológico e coloração. Capela de fluxo laminar (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 6: Estrutura UEL. Sala de recepção e processamento de

exame histopatológico e coloração. Capela de fluxo laminar,

histotécnico e coloração (Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

Figura 7: Estrutura UEL. Sala de recepção e processamento de

exame histopatológico e coloração. Coloração (Fonte: Arquivo

pessoal, 2017).

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2. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP- CÂMPUS DE

JABOTICABAL)

Localizada na via de acesso Profº Donato Castelane, S/N, Vila Industrial,

Jaboticabal, São Paulo. A UNESP foi onde realizei o estágio curricular obrigatório

para conclusão do curso de medicina veterinária no setor de Patologia Veterinária do

dia 02/10/17 a 30/10/17 das 8:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas, perfazendo 8

horas diárias, composto de três professores, dois residentes R2 e uma residente R1,

um técnico de processamento histológico e coloração e um técnico de necropsia.

No setor de Patologia Veterinária são realizados exames histopatológicos e

necropsias de grandes e pequenos animais.

Durante o estágio, foram buscadas biópsias e peças cirúrgicas no hospital

veterinário pelos residentes e estagiários e em seguidas as amostras eram

registradas, identificadas com o registro da patologia, após isso eram realizadas a

macroscopia do material recebido ou colhido durante a necropsia, definindo o

número de peças, tamanho, consistência, característica da lesão, nódulo ou massa,

se estava aderidas aos tecidos adjacentes ou não, sua coloração e se necessário

pintar as margens laterais com nankin preto.

A necropsia é realizada de acordo com a espécie do animal sendo respeitada

a marcha de necropsia convencional descrita na literatura. Primeiramente, era feito o

exame externo do animal e em seguida o animal era incisado e posteriormente os

órgãos eram analisados, coletados e fixados com formol à 10% durante

aproximadamente 24 horas.

Depois de cortado e processado pelo método em que o material biológico é

desidratado, diafanizado e re-hidratado, é então incluído por vezes pelos estagiários,

levado à geladeira para o corte no micrótomo, em seguida corado por Giemsa e a

lâmina é analisada pelos residentes e posteriormente pela professora responsável

do mês junto com o acompanhamento dos estagiários na medusa (microscópio de

sete cabeças) para a confirmação do diagnóstico (Figura 8 a 13).

Além do acompanhamento da rotina, os estagiários acompanhavam as aulas

do residentes e participação das discussões de casos recebidos.

A casuística acompanhada durante o estágio é mostrada na quadro 4 e 5.

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Quadro 4: Casuística do exame citológico na UNESP durante o período de 02/10/2017 a

30/10/2017.

Diagnóstico Citológico Número Porcentagem

Carcinoma 10 34,48%

Mastocitoma 1 3,44%

Colangiocarcinoma 1 3,44%

Melanoma 2 6,8%

Tumor ósseo multilobular 1 3,44%

Miopericitoma 1 3,44%

Estomatite linfoplasmocitária crônica

1 3,44%

Tricoblastoma 1 3,44%

Neoplasia de células redondas 1 3,44%

Furunculose crônica multifocal 1 3,44%

Hemagiossarcoma 1 3,44%

Osteossarcoma condroblástico 1 3,44%

Sarcoma ósseo 1 3,44%

Dermatite 4 13,79%

Leydigocitoma 1 3,44%

Neoplasia mesenquimal 1 3,44%

TOTAL 29 100%

Quadro 5: Casuística do exame necroscópico na UNESP durante o período de 02/10/2017

a 30/10/2017.

Espécie Número Porcentagem

Caprino 1 16,66%

Bovino 1 16,66%

Equino 2 33,33%

Canino 1 16,66%

Felino 1 16,66%

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TOTAL 6 100%

Figura 8: Estrutura UNESP. Sala de processamento de exame histopatológico e

coloração (Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

Figura 9: Estrutura UNESP. Sala de processamento de exame histopatológico e

coloração (Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 10: Estrutura UNESP. Sala de processamento de exame histopatológico e

coloração. Capela de fluxo laminar (Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

Figura 11: Estrutura UNESP. Medusa de 7 cabeças para visualização de lâminas (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 12: Estrutura UNESP. Sala de necrópsia de grandes e pequenos animais (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

Figura 13: Estrutura UNESP. Sala de necrópsia de grandes e pequenos animais (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

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3.UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP- CÂMPUS DE

ARAÇATUBA)

Situada na rua Clóvis Pestana, 793 - Dona Amelia, Araçatuba - SP, 16050-

680, Araçatuba, São Paulo, onde vou cumprir o estágio curricular no setor de

anatomia patológica, composto por dois residentes 2 e uma residente 1, por três

professores e um responsável técnico.

No setor de patologia veterinária são realizados exames citológicos,

histopatológicos e necropsias de animais selvagens, de grandes e pequenos

animais.

As amostras biológicas recebidas eram descritas, fotografadas, formalizadas

(formol 10%) e algumas margens de peças cirúrgicas eram pintadas para o

processamento histopatológico.

A ficha de necropsia era preenchida e registrada no livro de necropsias. As

mesmas eram fotografadas e descritas na ficha e no computador, os materiais

colhidos eram fixados em formalina 10 % e processados histologicamente.

A citologia era coletada pela equipe de clínica de pequenos animais e

encaminhados ao setor de patologia com a ficha de requisição. As lâminas eram

coradas e registrados no livro de citologia e em seguida era dado o diagnóstico e o

mesmo era digitado e enviado ao email do requisitante (Figuras 14 a 19).

A casuística acompanhada durante o estágio é mostrada na quadro 6, 7 e 8.

Quadro 6: Casuística histopatológico na UNESP durante o período de 06/11/2017 a

01/12/2017.

Diagnóstico Histopatológico Casuística Porcentagem

Provável endocrinopatia 1 3

Carcinoma de células escamosa

fusiforme

2 6

Tricoblastoma trabecular 1 3

Complexo gengivite estomatite

linfoplamocitária

1 3

Carcinoma mamário tubular 2 6

Mastocitoma grau 1 associada a

dilatação de glândulas apócrinas

1 3

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Hemangiossarcoma 2 6

Carcinoma de glândula hepatoide 1 3

Epitelioma sebáceo associado a

hiperplasia de glândulas sebáceas

2 6

Hiperplasia nodular esplênica 1 3

Furunculose piogranulomatosa 1 3

Carcinoma de células escamosas

verrucoso

1 3

Carcinoma mamário em tumor misto 5 16

Sarcoma 1 3

Carcinoma mamário complexo 2 6

Hemangioma cavernoso 1 3

Mastocitoma grau 1 1 3

Carcinoma mucoepidermoide 1 3

Carcinoma tubulopapilífero cístico 1 3

Degeneração tubular acentuada 1 3

Processo inflamatório sub agudo 1 3

Processo inflamatório crônico 1 3

Hemangiossarcoma 1 3

TOTAL 32 100%

Quadro 7: Casuística exame citológico na UNESP durante o período de 06/11/2017 a

01/12/2017.

Diagnóstico Citológico Casuística Porcentagem

Leishmania app. 1 2,5

Melanoma 2 5

Abcesso bacteriano 1 2,5

Carcinoma mamário 10 24

Linfonodo reativo 8 19

Positivo Leish 6 14

Mastocitoma alto grau 1 2,5

Celulas epiteliais de descamação 1 2,5

Histiocitoma 1 2,5

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Necrose 1 2,5

Malasseziose 1 2,5

Processo inflamatório piogranulomatoso 1 2,5

Provável neoplasia de tireoide 1 2,5

Transudato modificado 1 2,5

Carcinoma mamário 5 13

TOTAL 41 100%

Quadro 8: Casuística acompanhada na UNESP durante o período de 06/11/2017 a

01/12/2017.

Diagnóstico macroscópico

necropsia

Casuística Porcentagem

Ictericia 1 2,3%

Fratura de fêmur e tíbia bilateral 1 2,3%

Subluxação tíbio tarsica 1 2,3%

Colangiohepatite por

Platinossomun spp

1 2,3%

Dipilidiose 1 2,3%

Dilatação vólvulo gástrica 1 2,3%

Ruptura de papo 1 2,3%

Fratura lombossacra 1 2,3%

Ruptura de papo 1 2,3%

Positivo Leishmania 12 22,1%

Prostatite purulenta 1 2,3%

Cistite 1 2,3%

Fratura de vertebra 2 4,5%

Pneumonia 1 2,3%

Enfisema pulmonar 1 2,3%

Enterite hemorrágica 2 4,5%

Anemia 1 2,3%

Ruptura e fragmentação pulmonar 1 2,3%

Endocardiose 1 2,3%

Hidronefrose 1 2,3%

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Broncopneumonia fibrinosa 2 4,5%

Hepatite 1 2,3%

Fratura exposta 1 2,3%

Feto e anexos fetais 1 2,3%

Neoformação de ovário 1 2,3%

Piometra 1 2,3%

Neoformação fígado 1 2,3%

Neoformação baço 1 2,3%

Neoformação epíplon 1 2,3%

Congestão pulmonar 1 2,3%

Displasia renal 1 2,3%

Pielonefrite 1 2,3%

TOTAL 45 100%

Figura 14: Estrutura do prédio principal da UNESP Araçatuba

(Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 15: Sala de corte dos blocos de parafina (Fonte: Arquivo

pessoal, 2017).

Figura 16: Sala de processamento de exame histopatológico (

Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 17: Prédio de necropsia (Fonte: Arquivo pessoal, 2017).

Figura 18: Área de necropsia de grandes animais (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

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Figura 19: Área de necropsia de pequenos animais (Fonte:

Arquivo pessoal, 2017).

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Conclusão

Conclui que a atividade que desenvolvi durante o estágio curricular

supervisionado foi de suma importância para a minha inserção no ambiente de

trabalho, onde aprendi as competências próprias das atividades profissionais

sendo uma experiência essencial ao graduando, tanto para a vida profissional

quanto para a pessoal.

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CAPÍTULO 2

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CAPÍTULO 2 – ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DOS TUMORES MAMÁRIOS EM CADELAS – REVISÃO DE LITERATURA

1. INTRODUÇÃO

A glândula mamária é uma glândula sudorípara modificada, constituída

por parênquima e estroma, é distribuída na região abdominal em duas cadeias

mamárias, esquerda e direita, contendo normalmente cinto pares de tetos,

utilizados para suprimento alimentício do filhote (HATAKA, 2004; CARVALHO,

2006).

A mama pode apresentar alterações como inflamação e neoplasia

benigna ou maligna, sendo influenciada por hormônios esteroides como estró

geno e progesterona, provocando desde a pseudociese a formação de tumores

(FELICIANO, 2012; FILGUEIRA, 2003).

O tumor mamário ocorre devido a uma falha na apoptose e por um erro

no genoma celular que não é identificado pelo sistema imunológico e se

multiplica constantemente. Este neoplasma ocasiona um microambiente em

que as células inflamatórias normais do sistema imune secretam interleucinas

que ocasionam a angiogênese, favorecendo o mesmo (MALATESTA, 2015;

SILVA, 2004).

O diagnóstico das neoplasias mamárias é realizado com o exames

clínico, laboratorial e de imagem, seu prognóstico é determinado de acordo

com o estadiamento clínico do animal, assim como a classificação

histopatológica e presença de polimorfismo de interleucinas (CASSALI, 2011,

NETO, 2014).

O tratamento é feito pela nodulectomia, mastectomia simples ou radical,

exceto no carcinoma inflamatório cujo tratamento é medicamentoso de acordo

com alterações do paciente. Ainda é realizado a terapia adjuvante como

quimioterapia e hormonal (CASSALI, 2011, KASPER, 2015).

O objetivo desse trabalho foi revisar a literatura sobre os aspectos

clínicos e patológicos dos tumores mamários em cadelas.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Anatomia da glândula mamária

A cadela possui de quatro a cinco pares de glândulas mamária e podem

ser divididas em torácica cranial e caudal, abdominal cranial e caudal e inguinal

esquerdas ou direitas, sendo separadas pelo septo (Figura 20 e 21)

(FILGUEIRA, 2003).

A mama está presente desde o estágio inicial do embrião fêmea e seu

desenvolvimento é contínuo após o nascimento. É constituída por estroma,

parênquima, ductos, vasos, nervos, lóbulos, alvéolos e ductos (CARVALHO,

2006).

Os alvéolos são circundados por células mioepiteliais, que os contraem

e ejetam o leite para os ductos, que conduzem até o exterior do teto (HATAKA,

2004).

Figura 20: Cadeia mamária canina e respectiva drenagem linfática. (Fonte:

QUEIROGA, 2002).

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Figura 21: Representação esquemática do padrão da glândula mamária (Fonte:

QUEIROGA, 2002).

O parênquima mamário durante a gestação sofre hipertrofia e hiperplasia e

após o período de amamentação ocorre a apoptose e degeneração dos

alvéolos desenvolvidos na gravidez. Esse período lactacional é influenciado

pela somatomamotropina placentária, glicocorticoides, ocitocina, prolactina e

indiretamente de estrógeno, progesterona e somatotropina (COSTA, 2010).

A pele que reveste a glândula mamária possui espessura variada e é

constituída por vasos, glândulas sebáceas, fibras musculares, queratinócitos,

melanócitos entre outras estruturas, podendo ainda ser pigmentada e

recobertas por pelos (HATAKA, 2004).

2.2. Conceito de neoplasia

O câncer é umas das grandes causas de morte nos animais devido a

uma falha no controle do ciclo celular que pode ser provocada por vírus,

bactérias, componentes tóxicos, radiação, fatores imunológicos e hereditários

causando efeito deletério nos oncogenes como a alteração da função

apoptótica e necrótica (THOMAZI, 2010).

A apoptose é um mecanismo para eliminar a célula com o DNA alterado

de forma irrecuperável. Esse mecanismo pode ser alterado por citocinas,

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quimioterápicos, antineoplásicos, genes ativadores ou supressores (THOMAZI,

2010).

A carcinogênese se dá pela iniciação, promoção e progressão, na qual

rompe mecanismos que regulam a proliferação, diferenciação e apoptose

celular. Essa falha de mecanismo pode ser adquirida geneticamente e

influenciada por fatores ambientais como substâncias químicas, radiações

ionizantes e vírus oncogênico (MALATESTA, 2015; SILVA, 2004).

O processo de iniciação se dá pelos agentes cancerígenos, provocando

mudança genética das células, e o estágio de promoção influencia as células já

modificadas à ação dos oncopromotores que fornecem malignidade a elas. E

em seguida há progressão, que incita a continuidade da malignidade levando a

alteração clínica (INCA, 2011; MALATESTA, 2015)

O crescimento tumoral é afetado também pelas citocinas, que são

classificadas como glicoproteínas de baixo peso molecular sintetizadas por

células normais ou afetadas, liberadas após estimulação. Elas afetam

principalmente o crescimento e a função das células imunológicas, com isso

podem modular ou ativar respostas antitumorais específicas ou não

(GELALETI, 2011).

2.3. Neoplasia mamária em cadelas

2.3.1. Incidência

As neoplasias mamárias são as que mais ocorrem em cadelas,

consistindo em cerca de 50% do total de neoplasias, cerca de duas a três

vezes mais que em mulheres. Quando comparada com os demais mamíferos,

a cadela é a que possui maior incidência de neoplasias mamárias, sendo então

modelo para estudos comparativos em mulheres (RIVERA, 2016). Para os

machos, não é comum a neoplasia mamária e corresponde a 1% de machos

para 99% de fêmeas (PINTO, 2009; MALATESTA, 2015). Esse neoplasma

ocorre na maioria das vezes em animais acima de seis anos, com uma

incidência maior em animais de idade de dez a onze anos, sendo assim as

fêmeas idosas são as mais predispostas (FILGUEIRA, 2003; SILVA, 2007).

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As raças que são comumente acometidas incluem Poodle, Fox Terrier,

Boston Terrier, Cocker Spaniel, Teckel, Labrador e Pointer, mas também pode

ocorrer em animais sem raça definida (SILVA, 2007; MALATESTA, 2015). As

raças que apresentam menor risco são Chihuahua e Boxer, porém essa última

raça, aproximadamente 35% das neoplasias são malignas quando ocorrem

(FILGUEIRA, 2003).

Para os felinos, é a terceira neoplasia mais comum em fêmeas,

consistindo em cerca de 10 a 12%. Nessa espécie, assim como nos caninos,

os machos também são afetados, mas em menor escala, constituindo de 1 a

5% do total de tumores. Comparando as duas espécies, os tumores em gatas

ocorrem em menor incidência do que em cadelas, mas a porcentagem de

neoplasias malignas é elevada chegando a 93% dos tumores mamários em

gatas (PINTO, 2009).

2.3.2. Eixo hipotálamo-hipófise-ovário

O eixo hipotálamo-hipófise-ovário é de feed-back negativo, o hipotálamo

libera o GnRH, agindo na hipófise anterior, estimulando a mesma a produzir

FSH e LH. O FSH é liberado na corrente sanguínea e realiza a sua função no

ovário, que é estimular o crescimento folicular, já o LH pode agir no folículo

estimulando a ovulação e na formação do corpo lúteo (Figura 22) (MOLINA,

2011).

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Figura 22: Representação esquemática do eixo hipotálamo-hipófise-ovário (Fonte:

MOLINA, 2011).

2.3.3. Etiologia

Para cadelas e gatas há um forte indício que o fator hormonal contribui

para o desenvolvimento da neoplasia mamária, visto que ocorre diferença na

incidência de neoplasia mamária para cadelas inteiras e castradas. Já foram

apresentados alguns trabalhos que demonstram o envolvimento de hormônios

esteroides nessas neoplasias, sendo que o estrógeno faz o crescimento da

enfermidade, po meio da proliferação ductal das glândulas mamárias, enquanto

a progesterona apresenta ação carcinogênica e é responsável pela proliferação

do sistema alveolar que permite o aumento da chance de haver erros genéticos

durante sua divisão (FELICIANO, 2012; MEGLIA, 2005). Já o aumento dos

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níveis da prolactina durante a pseudogestação também contribui para à

formação do tumor mamário devido a estase do leite que provoca distensão

dos ácinos (FELICIANO, 2012; FILGUEIRA, 2003).

Esses esteroides ovarianos não são mutagênicos e auxiliam no aumento

e diminuição de proliferação e atrofia ou diferenciação de células-tronco ou

intermediárias. A administração desses hormônios sintéticos predispõem a

formação de nódulos mamários hiperplásicos que podem se transformar para a

forma maligna. Consequentemente, o uso de progestágenos aumenta em até

três vezes o risco de haver uma neoformação de mama benigna ou maligna,

estando ainda relacionado à dose e tempo de tratamento (FILGUEIRA, 2003).

A ovariohisterectomia é controversa para o tratamento da neoplasia

mamária, mas confere maior sobrevida em casos associados a mastectomia

(FONSECA, 2000).

Fatores nutricionais também podem estar envolvidos com o

desenvolvimento da carcinogênese, sendo diretamente relacionados à

obesidade, principalmente quando o animal é alimentado com dieta caseira rica

em gordura, pois ocorre uma facilitação da tumorigênese (FILGUEIRA, 2003).

A idade é considerada outro fator predisponente, visto que animais com

idades elevadas têm maior incidência (FELICIANO, 2012; LANA, 2007). Já

para os padrões raciais, alguns autores citam que animais de caça apresentam

maior predisposição quando comparada com outras raças (QUEIROGA, 2002).

2.3.4. Nomenclatura e classificação

O tecido mamário é heterogêneo e pode desenvolver neoformações de

células epiteliais ductais e alveolares, células mioepiteliais e células

conjuntivais do interstício (CARVALHO, 2006).

Pode-se dividir os carcinomas em simples e complexos de acordo com

as estruturas. O carcinoma simples é constituído de apenas um tipo celular,

podendo ser células epiteliais luminais ou mioepiteliais, já o complexo deriva-se

de células epiteliais e mioepiteliais (COSTA, 2010).

Os tumores podem ser benignos ou malignos. Os benignos são

normalmente os adenomas, tumores mistos ou mesenquimatosos, enquanto os

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malignos geralmente são os carcinomas, carcinossarcomas, sarcomas e

carcinoma inflamatório (KASPER, 2015).

O carcinoma inflamatório é a única neoplasia diagnosticada pelo exame

clínico, representado cerca de 4% das neoplasias mamárias. Esse causa

alteração sistêmica, podendo levar ao emagrecimento e causar dor à palpação.

O seu tratamento é paliativo, pois não é realizada remoção cirúrgica devido ao

grande risco de coagulação intravascular disseminada (MALATESTA, 2015).

A classificação adotada pela Organização Mundial da Saúde-Armed

Forces Institute of Pathology (AFIP) leva em consideração a classificação

histológica, morfológica e descritiva e fornece prognóstico reservado estão

evidencias no Quadro 9. A classificação das neoplasias mamárias em cadelas

(MALATESTA, 2015; FILHO, 2010).

Os tumores mamários malignos, são classificados histologicamente pela

Organização Mundial da Saúde em: carcinoma não infiltrativo (in situ);

carcinoma complexo; carcinoma simples, dividido em carcinoma tubulopapilar,

carcinoma sólido e carcinoma anaplásico; carcinoma de tipos especiais como

carcinoma de células fusiformes, carcinoma de células escamosas, carcinoma

mucinoso e carcinoma rico em lipídeos; sarcoma dividido em fibrossarcoma;

osteossarcoma e outros sarcomas; carcinossarcoma e o carcinoma ou

sarcoma em tumores benignos (PINTO, 2009).

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Quadro 9: Classificação histológica dos tumores mamários de cães, segundo a Organização Mundial da Saúde (MALATESTA, 2015).

O tumor maligno tem como características crescimento rápido, infiltração

nos tecidos adjacentes e pode ulcerar, assim como anisocitose, nucléolos

evidentes e pouca coesão celular. Os tumores benignos, na maioria das vezes,

detém de crescimento lento e expansivo, delimitado e com atipias celulares

raras (CARVALHO, 2006).

2.3.5. Diagnóstico

O diagnóstico clínico baseia-se na anamnese completa e minuciosa,

contendo as principais perguntas como raça, idade, sexo, números de partos,

números de lactações. No exame físico específico se avalia o tamanho,

número, consistência, crescimento, localização das lesões, presença de

ulceração, secreção e/ou prurido e verificação de linfonodos alterados (COSTA,

2010; TORIBIO, 2012).

Com a anamnese pronta, parte-se para o exame físico geral, que avalia

a frequência cardíaca e respiratória, temperatura do animal, tempo de

preenchimento capilar e a avaliação dos outros sistemas. Após isso, realiza-se

a verificação de ambas as cadeias mamárias ou palpação, avaliando a

existência de neoformações (COSTA, 2010).

Exames complementares auxiliam na precisão do diagnóstico. Os

principais exames requisitados são hemograma, bioquímico e urinálise, bem

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como provas de coagulação sanguínea. Na síndrome paraneoplásica do tumor

mamário, pode-se evidenciar alterações clínicas predominantemente por

emagrecimento e laboratorais como trombocitose, eosinofilia, basofilia,

hipoglicemia e hipercalcemia (PINTO, 2009).

Outros exames que auxiliam no prognóstico do animal incluem

imaginologia como radiografia torácica e ultrassonografia abdominal, para

avaliar a presença de metástase em outros órgãos e sistemas. Nas radiografias

torácicas, as metástases pulmonares podem ser observadas quando o seu

tamanho ultrapassa os 2 mm de diâmetro. A incidência das metástases em

cadelas é de 10 a 15% e são frequentes em animais com neoplasias malignas

(SILVA, 2007; FELICIANO, 2012; THRALL, 2010).

Já a ultrassonografia abdominal, permite avaliar metástases em outras

estruturas, sendo as mais comuns no fígado e no baço, não descartando outros

órgãos como adrenais, rins, ovários e mediastino. O exame ultrassonográfico

auxilia ainda na definição das características do tumor e de tecidos vizinhos

através da ecogenicidade, ecotextura, limites, compressibilidade, tamanho e

arquitetura do parênquima (FELICIANO, 2012; SILVA, 2007; FELICIANO,

2010).

Os exames específicos utilizados para as neoplasias mamárias são

histopatologia, citologia e histoquímica. O exame citológico pode ser obtido por

abrasão, esfoliação e aspiração. Esse exame é rápido e preciso, possui custo

reduzido, aceitação pelo paciente e é possível realizar a colheita no

ambulatório sem realizar anestesiar o paciente. Além disso é possível,

diferenciar tumores sólidos e císticos e possuir morbidade baixa ou inexistente

com sensibilidade, especificidade e eficiência altas (HATAKA, 2004).

O exame histopatológico é o diagnóstico de eleição para classificar a

neoplasia devido a amostragem tecidual obtida, se necessário é utilizado a

histoquímica, que utiliza colorações especiais para evidenciar características

inaparentes não visualizadas na coloração com hematoxilina e eosina

(CARVALHO, 2006).

2.3.6. Tratamento e profilaxia

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O tratamento recomendado para carcinoma mamário é a remoção da

cadeia mamária acometida, retirando juntamente os linfonodos infiltrados por

células neoplásicas, assim como realização histopatológica para a determinar a

classificação (KASPER,2015).

Este procedimento cirúrgico depende da localização e da distribuição da

neoplasia, podendo ser realizada pelas técnicas de nodulectomia, mastectomia

simples ou radical, para a cura do paciente (CASSALI, 2011).

A ressecção cirúrgica pode ser associada a outras terapias como a

quimioterapia com doxorrubicina associada a ciclofosfamida ou cisplatina ou

carboplatina e no caso de um tumor com prognóstico ruim é realizado a

associação com inibidor da cicloxigenase 2 para evitar o processo inflamatório

gerado pelo próprio tumor como já descrito acima (HATAKA, 2004).

Ainda há o tratamento com a utilização de hormônios quando há o

aparecimento de tumores com receptores hormonais após a castração do

animal, como tamoxifen, mas ainda assim são necessários mais estudos sobre

essa terapia (CASSALI, 2011).

A castração antes do primeiro cio leva a incidência par a 0,5% para

desenvolver o tumor mamário e normalmente aumenta com o passar da idade

do animal (SANTOS, 2009), mas é controverso segundo Fonseca (2000), que

não evidencia eficácia, mas sim a sobrevida do animal com a ressecção

cirúrgica e a castração.

2.3.7. Prognóstico

O prognóstico é considerado pelo tipo de tumor associado pelo sistema

TNM (tumor, linfonodo e metástase a distância), como mostrado no quadro 10,

além da classificação histológica, idade, receptores de estrógeno e

progesterona, marcadores genéticos e os preditores de metástase

(MALATESTA, 2015).

O exame clínico e histopatológico serão de suma importância para

conferir um prognóstico adequado, devido à localização exata do tumor e

acometimento e classificação do mesmo pelos constituintes celulares

presentes (CASSALI, 2011).

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Quadro 10: Estadiamento da neoplasia mamária canina (Fonte: Classificação da Organização Mundial de Saúde (OWEN, 1980)).

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3. CONCLUSÃO

Conclui-se que o tumor mamário possui alta incidência nas cadelas, de

forma que o diagnóstico, prognóstico e tratamento adequados são de suma

importância para recuperação da paciente.

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