formação das cidades coloniais

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CIDADES COLONIAI S

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CIDADES COLONIAIS

Estrutura Administrativa das cidades coloniais

Câmara Municipal

De forma geral, uma câmara municipal tinha a incumbência de controlar as rendas e gastos da administração pública do local, regulamentar as atividades comerciais desenvolvidas nos arredores da cidade, cuidar da preservação e limpeza de todo o patrimônio público e empreender a realização de obras públicas.

Antiga Câmara Municipal do Rio de Janeiro

O “Prefeito” Como a Câmara de vereadores

era o órgão máximo da administração local, não existindo à época o poder executivo municipal, o presidente da Câmara acumulava as funções que atualmente cabem ao prefeito, ao Juiz de Direito e aos órgãos tributários e tomava suas decisões legislativas, judiciárias e fazendárias em conformidade com o Juiz de Paz, que também era um cargo eletivo.

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Curiosidades sobre a Câmara de Salvador

Durante todo o período colonial, a cadeia da cidade de Salvador funcionava no pavimento térreo do prédio da Câmara. Na ala norte ficavam as mulheres e na ala oposta os homens, sendo que no subsolo existiam as enxovias (cadeias subterrâneas) onde ficavam as solitárias. Na primeira metade do século XIX, o judiciário separa-se definitivamente da Câmara e a cadeia da cidade passa a funcionar no Forte do Barbalho.

No período colonial o prédio da Câmara também abrigou um açougue público, vez que era responsabilidade dos vereadores fiscalizarem o abastecimento de alimentos da cidade a fim de evitar abusos dos comerciantes à população.

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PelourinhoColuna de madeira ou pedra, colocada em praça ou lugar público, simbolizando a autoridade e a justiça régias.

IgrejasAgente colonizador, civilizador, regulador dos costumes, mas também principal espaço de sociabilidade.

Olinda - PE

Interior da Igreja de São Francisco – Salvador

Ouro Preto - MG

Para muitos historiadores, a colonização do Brasil foi, em grande parte, um empreendimento urbano, apesar de a economia da Colônia ter se baseado na exportação de produtos rurais. O núcleo urbano foi o ponto de partida para a ocupação da terra.

As cidades coloniais tinham a nítida finalidade de civilizar a Colônia. As cidades eram o centro de difusão de hábitos e costumes da Metrópole.

Além de serem parte integrante da estratégia portuguesa de colonização, as cidades no Brasil colonial também serviram de entrepostos comerciais e sedes do poder administrativo.

Com características diferentes das que marcaram as cidades da América espanhola - que eram planejadas como um tabuleiro de xadrez, com ruas e quarteirões retos e uniformes -, as cidades brasileiras foram resultado da dinâmica do dia-a-dia, ou seja, de um crescimento desordenado.

A estrutura urbana era rudimentar. Somente algumas ruas eram calçadas e iluminadas com lampiões a óleo de baleia. Não havia esgoto: os dejetos eram transportados pelos escravos em tonéis denominados tigres. Por causa das péssimas condições de higiene, as cidades eram frequentemente assoladas por febres e endemias. Não havia transporte público; as famílias mais abastadas transitavam em carruagens ou liteiras. Na paisagem da cidade colonial, a mulher branca quase não aparecia, pois só lhe era permitido o percurso da casa para a igreja, onde quase sempre se cobria com véu.