Campanha Salarial Inflação está acumulada em 8,98%

FutgameInscrições para torneio vão até dia 21

Maioridade penalAtos marcam 25 anos do Estatuto

PPE será tratado com cautela pelos metalúrgicos de Sorocaba

Filiado a CUT, CNM e FEM

PPR

O Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal) vai manter as ferramentas atuais de negociação sobre manutenção de postos de trabalho. Até que o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) seja regulamentado, assunto será tratado com cautela. Futuras negociações de PPE vão depender de aprovação dos trabalhadores.

A semana em três fábricas metalúrgicas da região começou com assembleias sobre Programas de Participação nos Resultados (PPR). Em duas delas, na Eaton e na Nipro, as propostas foram rejeitadas pelos trabalhadores nesta segunda-feira, 13. Na Eaton os metalúrgicos entraram em greve. Na Metso (foto) a assembleia aprovou uma proposta de acordo. PÁG. 3

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Nº 789 2ª edição de julho de 2015 Rua Júlio Hanser, 140 Lajeado - Sorocaba/SP CEP 18030-320

Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

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Abrir canais de diálogo e retomar o crescimento

Protesto é contra a redução da maioridade penal e pela implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente

Movimentos vão às ruas em defesa do ECA

Cerca de 1500 pessoas partici-param do ato de comemoração aos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em repú-dio à redução da maioridade penal, em São Paulo.

A mobilização começou às 13h e seguiu até às 19h, entre o Vale do Anhangabaú e a Praça da Sé. Houve intervenções de militantes sociais e de políticos contrários à Proposta de Emenda à Constitui-ção (PEC) 171, de 1993.

Organizados pela Frente Contra a Redução da Maioridade Penal, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras entidades sindicais, além de movimentos sociais como o Levante Popular da Juventude, pe-diram o arquivamento da PEC 171.

A militante de Direitos Huma-nos, Melissa Silva, que é coordena-dora da Frente Contra a Redução, afirma que é necessária a efetiva-ção das políticas previstas no ECA e que a redução da maioridade pe-nal pode abrir precedente para uma reinterpretação do Estatuto, em re-lação à proteção dos adolescentes.

A PEC 171 foi aprovada em pri-meiro turno na Câmara Federal, no último dia 2, após uma manobra do presidente da casa, deputado Edu-ardo Cunha (PMDB-RJ), que reco-locou o projeto em votação, mes-mo a matéria tendo sido rejeitada no dia anterior.

A proposta ainda precisa passar por uma nova votação na Câmara e duas no Senado.

Diretor responsável: Ademilson Terto da Silva (Presidente)

Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de Andrade

Redação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda Ikedo

Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)

Projeto Gráfico e Editoração: Lucas Eduardo de Souza Delgado Cássio de Abreu Freire

Auxiliar de Redação: Gabrielli Duarte

Sede Sorocaba: Rua Júlio Hanser, 140 - Lageado Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Rua Samuel Domingues, 47 - Centro Tel. (15) 3266-1888

Sede Araçariguama: Rua Santa Cruz, 260 - Centro Tel (11) 4136-3840

Sede Piedade: Rua José Rolim de Goés, 61, Vila Olinda. Tel. (15) 3344-2362 Impressão: Bangraf Tiragem: 43 mil exemplares

Folha MetalúrgicaInformativo do SMetal Sorocaba

www.smetal.org.brdiretoria@smetal.org.br

Página 2 Folha Metalúrgica - Julho 2015 - Ed. 789

Outras cidades: Além de São Paulo (foto), os protestos que marcaram a segunda-feira, dia 13, aconteceram também em outras cidades do país, como Belém e Sergipe.

Nesta edição da Folha Metalúrgica e, em texto mais extenso, no portal smetal.org.br, os metalúr-gicos e as empresas tomam ciência de como o sin-dicato da categoria pretende tratar o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), encaminhado pelo governo federal ao Congresso, na forma de Medi-da Provisória, no dia 6 deste mês.

Em resumo, a direção sindical considera o PPE mais uma ferramenta a ser considerada em ne-gociações de manutenção de postos de trabalho. Porém, não pretende utilizar esse recurso antes de esgotados outros mecanismos que já vêm sendo utilizados na região, como as férias coletivas, as férias vencidas, a licença remunerada, o banco de horas negativo, entre outras.

O SMetal reconhece e apoia o esforço de sin-dicatos-irmãos, como os metalúrgicos do ABC, em validar o PPE que ajudaram a construir junto ao governo federal. Na realidade das montadoras de veículos, base da atividade industrial no ABC paulista, que tem reflexos em toda a economia do País, o Programa de Proteção ao Emprego surge como uma opção importante para dar fôlego aos trabalhadores e às empresas.

O PPE prevê redução de jornada e salários em até 30%, com complemento da redução salarial

pelo governo, via Fundo de Amparo ao Trabalha-dor (FAT), na ordem de 50% do valor reduzido. O Plano tem duração de seis meses, com oito meses de estabilidade no emprego.

O acordo pode ser prorrogado uma vez por igual período e tem que ter participação do sin-dicato da categoria. Um comitê interministerial deverá divulgar, nos próximos dias, empresas de quais setores poderão aderir ao plano. Empresas com dívidas tributárias poderão ser barradas.

A redução de jornada reduz os gastos da em-presa com manutenção dos funcionários no local de trabalho em período de queda na produção e, somada ao complemento de renda aos trabalha-dores pelo governo, tende a dar tempo de recu-peração econômica sem causar maiores estragos na massa salarial que, por sua vez, movimenta o comércio e os serviços, entre outros setores.

Mas o que o SMetal, a CUT e certamente também os companheiros do ABC defendem, de fato, são ações que visem o aumento da produ-ção, a retomada do crescimento e a proteção à indústria nacional. Correndo atrás do prejuízo o País não vai chegar à raiz do problema, que são os fatores internos e externos que estagnaram o crescimento e causaram aumento do custo de vida ao trabalhador.

A solução só vai ser encontrada por meio de diálogo amplo e democrático entre todos os pro-tagonistas sociais, como o governo, as empresas e os trabalhadores. A saída para crises, em um ambiente democrático, se dá na forma de planeja-mento conjunto.

A falta desses canais diretos de comunicação social é que estão, ao nosso ver, travando a for-mulação de propostas efetivas de combate à crise.

editorial

mobilização política

A solução só vai ser encontrada por

meio de diálogo amplo e democrático

entre todos os protagonistas sociais

Reforma do Congresso não atende aos anseios da sociedade

A reforma política que os movimentos sociais e entida-des sindicais reivindicam passa longe das propostas aprovadas pela Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 9 deste mês.

O projeto tirado do baú por Eduardo Cunha (PMDB), o presidente da Casa, vai contra o aprimoramento da democra-cia. O texto aprovado encurta o prazo para o Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE) investi-gar empresas ou pessoas que

tenham doado a candidatos e partidos acima do limite esta-belecido em lei.

Os deputados federais mu-daram data de posses dos elei-tos, aprovaram redução no tempo de campanha eleitoral na TV, puseram fim à reelei-ção para presidente, mas não acabaram com o financiamento empresarial de campanha, prin-cipal item de discussão dos mo-vimentos para se acabar com a corrupção no país.

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Perdas com inflação estão acumuladas em 8,98%

Página 3Folha Metalúrgica - Julho de 2015 - Ed. 789

SMetal não vai banalizar o PPE, afirma presidente da entidade

Foi lançado na segunda-feira, dia 6, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que prevê a redução de jornada e salários para empresas que compro-vem dificuldades financeiras.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal), Ademilson Terto da Silva, o Progra-ma é uma opção válida para assegurar postos de trabalho, mas deverá ser uti-lizada como último recurso, depois de esgotadas outras medidas que já vêm sendo negociadas pela entidade.

Entre essas medidas estão férias, licença remunerada, lay-off, banco de horas negativo e redução da jornada sem redução de salários.

“Se uma empresa nos procurar para conversar sobre o PPE, primeiro vamos

avaliar se ela negociou, antes, outras medidas para evitar demissões. Não vamos banalizar essa nova ferramenta de manutenção de empregos usando-a sem critérios”, alerta Terto.

“Vamos priorizar as empresas que tem o hábito de dialogar com o sindica-to dos trabalhadores em momentos de dificuldades. Empresa que usa a demis-são em massa como primeira alterna-tiva, antes de negociar qualquer outra saída, tem pouco crédito com os repre-sentantes dos metalúrgicos”, afirma o dirigente.

Outro critério adotado pelo SMetal para negociar o PPE é a aprovação dos trabalhadores.

Leia a íntegra da matéria no site do sindicato www.smetal.org.br

Votação: Na Nipro (foto) e na Eaton propostas foram rejeitadas; na Metso, foi aprovada

proteção ao emprego

• OPPEfoiformuladoparaserummecanismo de preservação dos empregos no país. A adesão ao Programaprevêqueotrabalhadorpode ter jornada reduzida em até30%emetadedashorasnãotrabalhadasécusteadapeloFAT, do governo federal.

SAIBA MAIS

EIXOS DA CAMPANHA

O INPC/IBGE divulgou, na semana passada, a inflação de junho, que ficou em 0,77%. Com esse novo índice, as perdas salariais dos metalúrgicos da CUT no estado de São Paulo estão acumuladas em 8,98% desde o último reajuste de salários da cate-goria, em setembro de 2014.

As perdas de 8,98% levam em conta os índices medidos pelo INPC de setembro de 2014 a junho de 2015. Portanto, os últimos 10 meses.

Ainda faltam agregar os índices futuros de infla-ção de julho e agosto deste ano para saber o total de perdas da categoria nos 12 meses que antecedem a data-base, no dia 1º de setembro próximo.

A inflação de 0,77% em junho caiu em relação ao índice de maio, que foi de 0,99%.

O INPC analisa os gastos de famílias com renda até cinco salários mínimos mensais.

• Alémdareposição integral da inflação,aFederaçãoEstadualdosMetalúrgicosdaCUT(FEM)reivindica aumento real de salários, redução da jornada sem redução de salários, unificação e valorização dos pisos salariais e ampliação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva.

PPR teve duas rejeições e uma aprovação nesta segunda-feira

Os metalúrgicos da Eaton, em Votorantim; e da Nipro, em So-rocaba, rejeitaram propostas de Programa de Participação nos Resultados (PPR) em assembleias nesta segunda-feira, dia 13. Já os trabalhadores da Metso, em Soro-caba, no mesmo dia, aprovaram a proposta negociada entre Sindica-to e empresa.

Logo após a rejeição do PPR, de manhã, os trabalhadores da Eaton entraram em greve para pe-dir melhorias na proposta. SMetal e empresa retomaram as negocia-

ções, mas a paralisação continua-va até o início da noite.

Os trabalhadores da Nipro também não descartam a greve, caso a empresa não melhore a proposta.

Na Metso, somadas as duas unidades da empresa em Soro-caba, Equipamentos e Fundição, a proposta foi aceita por mais de 70% dos trabalhadores.

A edição de quinta-feira da Folha Metalúrgica trará um ba-lanço do PPR nas metalúrgicas da região nos últimos 10 dias.

“Se uma empresa nos procurar para discutir o Programa de Proteção ao Emprego do governo, vamos consultar os metalúrgicos daquela fábrica para saber se eles aprovam essa negociação”, afirma o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva

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CAMPANHA SALARIAL

PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

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DADOS PARA INSCRIÇÃO•Oe-maildeinscriçãodeveráteroseguintetextonalinhade assunto: INSCRIÇÃO PARA FUTGAME 2015. No corpo do e-maildeve-seinformarosseguintesdados:nome; endereço; celular; nº da matrícula sindical (cartãodeassociadoSmetal);sóciooudependente?(escreverpalavraquecorrespondeàsuasituação)e a empresa onde o sócio titular trabalha.

Página 4 Folha Metalúrgica - Julho de 2015 - Ed. 789

Torneio de futsal tem nova rodada no domingo, dia 19

Inscrições para o Torneio de Futgame do SMetal vão até dia 21

Estão abertas as inscrições para o 7º Torneio de Futgame do SMetal. Todos os sócios e dependentes podem participar. A inscrição é gratuita e deve ser feita até 21 de julho pelo email: juventude@smetal.org.br

A organização do torneio é do coletivo Juventude Metalúr-gica. Os jogos serão realizados dias 26 de julho e 2 de agosto, dois domingos, das 9h às 12h, na sede do Sindicato dos Meta-lúrgicos em Sorocaba. A divul-

gação das chaves dos jogos será dia 24 de julho.

A plataforma utilizada na competição será o Playstation 4 (PS4). O jogo será o FIFA 15. O jogador poderá utilizar o pró-prio controle (joystick) ou utili-zar um cedido pela organização.

A premiação para o torneio deste ano será: 1º colocado, um console PS4; 2º colocado, um smartphone, 3º colocado, um ta-blet; e artilheiro, um jogo FIFA 15 para PS4.

esporte

Acontece na manhã deste domingo, dia 19, a quarta rodada do 5º Torneio de Inverno de Futsal do SMetal, no Clube de Campo dos Metalúrgicos.

O primeiro jogo será às 8h45, entre E.C. Laranjeiras Linha 42 e Café com Leite. Na sequência, às 10h, entram em quadra as equipes Schaeffler Apren-diz contra Kanjiko do Brasil. A tercei-ra partida, às 11h, será entre Unidos Wyda e Desmaia Corpo. Já às 12h, os

times E.C. Paineiras Futsal e PJ 108K (Kajiko) fecham a quarta rodada.

Por estarem invictas na competição, as equipes E.C. Laranjeiras Linha 42 e E.C. Paineiras Futsal jogam com a vantagem do empate. As informações são da Liga Votorantinense de Futsal (Livofus).

O Clube de Campo dos Metalúr-gicos fica na avenida Victor Andrew, 4.100, no bairro do Éden, em Sorocaba.Ginásio: Rodadas no futsal acontecem no ginásio do clube de campo

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