florianÓpolis, 23 de abril de 2009 nÚmero · duas notas da coluna do jornalista cacau menezes...

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16ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislativa PALÁCIO BARRIGA-VERDE ANO LVIX FLORIANÓPOLIS, 23 DE ABRIL DE 2009 NÚMERO 6.024 16ª Legislatura 3ª Sessão Legislativa COMISSÕES PERMANENTES MESA Jorginho Mello PRESIDENTE Gelson Merísio 1º VICE-PRESIDENTE Jailson Lima 2º VICE-PRESIDENTE Moacir Sopelsa 1º SECRETÁRIO Dagomar Carneiro 2º SECRETÁRIO Valmir Comin 3º SECRETÁRIO Ada Faraco de Luca 4º SECRETÁRIO LIDERANÇA DO GOVERNO Herneus de Nadal PARTIDOS POLÍTICOS (Lideranças) PARTIDO PROGRESSISTA Líder: Silvio Drevek PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO Líder: Antônio Aguiar DEMOCRATAS Líder: Cesar Souza Júnior PARTIDO DOS TRABALHADORES Líder: Dirceu Dresch PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA Líder: Serafim Venzon PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO Líder: Narcizo Parisotto PARTIDO REPUBLICANO BRASILEIRO Líder:Professora Odete de Jesus PARTIDO POPULAR SOCIALISTA Líder: Professor Grando PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA Líder: Sargento Amauri Soares COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira - Vice-Presidente Jean Kuhlmann Cesar Souza Júnior Dirceu Dresch Pedro Uczai Sargento Amauri Soares Joares Ponticelli Herneus de Nadal Terças-feiras, às 9:00 horas COMISSÃO DE TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO Reno Caramori - Presidente Décio Góes - Vice-Presidente Narcizo Parisotto José Natal Pereira Manoel Mota Adherbal Deba Cabral Jean Kuhlmann Terças-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE PESCA E AQÜICULTURA Pe. Pedro Baldissera - Presidente Darci de Matos – Vice-Presidente Giancarlo Tomelin Edison Andrino Adherbal Deba Cabral Reno Caramori Professor Grando Quartas-feiras, às 11:00 horas COMISSÃO DE AGRICULTURA, E POLÍTICA RURAL Rogério Mendonça - Presidente Reno Caramori - Vice-Presidente Sargento Amauri Soares Dirceu Dresch Serafim Venzon Romildo Titon Ismael dos Santos Quartas-feiras, às 18:00 horas COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Manoel Mota - Presidente Joares Ponticelli - Vice -Presidente Elizeu Mattos Dirceu Dresch Jean Kuhlmann Giancarlo Tomelin Professor Grando Terças-feiras, às 11:00 horas COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Marcos Vieira - Presidente Darci de Matos - Vice -Presidente Décio Góes Kennedy Nunes José Natal Pereira Manoel Mota Renato Hinnig Professora Odete de Jesus Silvio Dreveck Quartas-feiras, às 09:00 horas COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA Darci de Matos - Presidente Sarg. Amauri Soares - Vice-Presidente Adherbal Deba Cabral Pedro Uczai Elizeu Mattos Kennedy Nunes Nilson Gonçalves Quartas-feiras às 11:00 horas COMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA , MINAS E ENERGIA Silvio Dreveck - Presidente Renato Hinnig - Vice-Presidente Herneus de Nadal Elizeu Mattos Serafim Venzon Pedro Uczai Professor Grando Quartas-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE TURISMO E MEIO AMBIENTE Décio Góes - Presidente Renato Hinnig - Vice-Presidente Marcos Vieira Edison Andrino Cesar Souza Júnior Reno Caramori Professor Grando Quartas-feiras, às 13:00 horas COMISSÃO DE SAÚDE Genésio Goulart - Presidente Prof. Odete de Jesus - Vice- Presidente Darci de Matos Giancarlo Tomelin Ana Paula Lima Kennedy Nunes Antônio Aguiar Terças-feiras, às 11:00 horas COMISSÃO DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS, DE AMPARO À FAMILIA E À MULHER Ana Paula Lima - Presidente Kennedy Nunes - Vice-Presidente Genésio Goulart José Natal Pereira Rogério Mendonça Professora Odete de Jesus Ismael dos Santos Quartas-feiras às 10:00 horas COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Pedro Uczai - Presidente Elizeu Mattos - Vice-Presidente Cesar Souza Júnior Serafim Venzon Genésio Goulart Professor Grando Lício Mauro da Silveira Quartas-feiras às 08:00 horas COMISSÃO DE RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO, RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DO MERCOSUL Renato Hinnig - Presidente Nilson Gonçalves - Vice-Presidente Ana Paula Lima Lício Mauro da Silveira Elizeu Mattos Edison Andrino Narcizo Parisotto Terças-Feiras, às 18:00 horas COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Prof. Odete de Jesus - Presidente Nilson Gonçalves - Vice-Presidente Pe. Pedro Baldissera Kennedy Nunes Herneus de Nadal Genésio Goulart Ismael dos Santos Quartas-feiras às 18:00 horas

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16ªLegislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão

Legislativa

PALÁCIO BARRIGA-VERDE

ANO LVIX FLORIANÓPOLIS, 23 DE ABRIL DE 2009 NÚMERO 6.024

16ª Legislatura3ª Sessão Legislativa

COMISSÕES PERMANENTES

MESAJorginho MelloPRESIDENTE

Gelson Merísio1º VICE-PRESIDENTE

Jailson Lima2º VICE-PRESIDENTE

Moacir Sopelsa1º SECRETÁRIO

Dagomar Carneiro2º SECRETÁRIO

Valmir Comin3º SECRETÁRIO

Ada Faraco de Luca4º SECRETÁRIO

LIDERANÇA DO GOVERNOHerneus de Nadal

PARTIDOS POLÍTICOS(Lideranças)

PARTIDO PROGRESSISTALíder: Silvio Drevek

PARTIDO DO MOVIMENTODEMOCRÁTICO BRASILEIRO

Líder: Antônio Aguiar

DEMOCRATASLíder: Cesar Souza Júnior

PARTIDO DOS TRABALHADORESLíder: Dirceu Dresch

PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

Líder: Serafim Venzon

PARTIDO TRABALHISTABRASILEIRO

Líder: Narcizo Parisotto

PARTIDO REPUBLICANOBRASILEIRO

Líder:Professora Odete de Jesus

PARTIDO POPULAR SOCIALISTALíder: Professor Grando

PARTIDO DEMOCRÁTICOTRABALHISTA

Líder: Sargento Amauri Soares

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇARomildo Titon - PresidenteMarcos Vieira - Vice-PresidenteJean KuhlmannCesar Souza JúniorDirceu DreschPedro UczaiSargento Amauri SoaresJoares PonticelliHerneus de NadalTerças-feiras, às 9:00 horas

COMISSÃO DE TRANSPORTESE DESENVOLVIMENTOURBANOReno Caramori - PresidenteDécio Góes - Vice-PresidenteNarcizo ParisottoJosé Natal PereiraManoel MotaAdherbal Deba CabralJean KuhlmannTerças-feiras às 18:00 horas

COMISSÃO DE PESCA EAQÜICULTURAPe. Pedro Baldissera - PresidenteDarci de Matos – Vice-PresidenteGiancarlo TomelinEdison AndrinoAdherbal Deba CabralReno CaramoriProfessor GrandoQuartas-feiras, às 11:00 horas

COMISSÃO DE AGRICULTURA, EPOLÍTICA RURALRogério Mendonça - PresidenteReno Caramori - Vice-PresidenteSargento Amauri SoaresDirceu DreschSerafim VenzonRomildo TitonIsmael dos SantosQuartas-feiras, às 18:00 horas

COMISSÃO DE TRABALHO,ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOPÚBLICOManoel Mota - PresidenteJoares Ponticelli - Vice -PresidenteElizeu MattosDirceu DreschJean KuhlmannGiancarlo TomelinProfessor GrandoTerças-feiras, às 11:00 horas

COMISSÃO DE FINANÇAS ETRIBUTAÇÃOMarcos Vieira - PresidenteDarci de Matos - Vice -PresidenteDécio GóesKennedy NunesJosé Natal PereiraManoel MotaRenato HinnigProfessora Odete de JesusSilvio DreveckQuartas-feiras, às 09:00 horas

COMISSÃO DE SEGURANÇAPÚBLICADarci de Matos - PresidenteSarg. Amauri Soares - Vice-PresidenteAdherbal Deba CabralPedro UczaiElizeu MattosKennedy NunesNilson GonçalvesQuartas-feiras às 11:00 horas

COMISSÃO DE ECONOMIA,CIÊNCIA, TECNOLOGIA , MINAS EENERGIASilvio Dreveck - PresidenteRenato Hinnig - Vice-PresidenteHerneus de NadalElizeu MattosSerafim VenzonPedro UczaiProfessor GrandoQuartas-feiras às 18:00 horas

COMISSÃO DE TURISMO E MEIOAMBIENTEDécio Góes - PresidenteRenato Hinnig - Vice-PresidenteMarcos VieiraEdison AndrinoCesar Souza JúniorReno CaramoriProfessor GrandoQuartas-feiras, às 13:00 horas

COMISSÃO DE SAÚDEGenésio Goulart - PresidenteProf. Odete de Jesus - Vice-PresidenteDarci de MatosGiancarlo TomelinAna Paula LimaKennedy NunesAntônio AguiarTerças-feiras, às 11:00 horas

COMISSÃO DE DIREITOS EGARANTIAS FUNDAMENTAIS, DEAMPARO À FAMILIA E À MULHERAna Paula Lima - PresidenteKennedy Nunes - Vice-PresidenteGenésio GoulartJosé Natal PereiraRogério MendonçaProfessora Odete de JesusIsmael dos SantosQuartas-feiras às 10:00 horas

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,CULTURA E DESPORTOPedro Uczai - PresidenteElizeu Mattos - Vice-PresidenteCesar Souza JúniorSerafim VenzonGenésio GoulartProfessor GrandoLício Mauro da SilveiraQuartas-feiras às 08:00 horas

COMISSÃO DERELACIONAMENTOINSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO,RELAÇÕES INTERNACIONAIS EDO MERCOSULRenato Hinnig - PresidenteNilson Gonçalves - Vice-PresidenteAna Paula LimaLício Mauro da SilveiraElizeu MattosEdison AndrinoNarcizo ParisottoTerças-Feiras, às 18:00 horas

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃOPARTICIPATIVAProf. Odete de Jesus - PresidenteNilson Gonçalves - Vice-PresidentePe. Pedro BaldisseraKennedy NunesHerneus de NadalGenésio GoulartIsmael dos SantosQuartas-feiras às 18:00 horas

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2 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

DIRETORIALEGISLATIVA

Coordenadoria de Publicação:responsável pela digitação e/ourevisão dos Atos da Mesa Diretora ePublicações Diversas, diagramação,editoração, montagem e distribuição.Coordenador: Walter da Luz Filho

Coordenadoria de Taquigrafia:responsável pela digitação e revisãodas Atas das Sessões.Coordenadora: Lenita WendhausenCavallazzi

Coordenadoria de Divulgação eServiços Gráficos:

responsável pela impressão.Coordenador: Claudir José Martins

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIAEXPEDIENTE

Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaPalácio Barriga-Verde - Centro Cívico Tancredo NevesRua Jorge Luz Fontes, nº 310 - Florianópolis - SCCEP 88020-900 - Telefone (PABX) (048) 3221-2500

Internet: www.alesc.sc.gov.br

IMPRESSÃO PRÓPRIAANO XV - NÚMERO 2024

1ª EDIÇÃO - 110 EXEMPLARESEDIÇÃO DE HOJE: 32 PÁGINAS

ÍNDICE

PlenárioAta da 029ª Sessão Ordinária da16ª realizada em 16/04/2009.....2

Atos da MesaAtos da Mesa Dl......................15

Publicações DiversasAudiência Pública....................15Extrato.....................................25Fórum......................................25Ofícios.....................................26Projetos de Lei ........................26Redações Finais .....................27

P L E N Á R I O

ATA DA 029ª SESSÃO ORDINÁRIA DA3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 16ª LEGISLATURA

REALIZADA EM 16 DE ABRIL DE 2009PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO JORGINHO MELLOÀs 9h, achavam-se presentes os

seguintes srs. deputados: Ada De Luca -Adherbal Deba Cabral -Cesar Souza Júnior -Dagomar Carneiro - Décio Góes Edison Andrino- Elizeu Mattos - Gelson Merísio - GenésioGoulart - Herneus de Nadal - Ismael dos Santos- Jailson Lima - Joares Ponticelli - José Natal -Kennedy Nunes - Lício Mauro da Silveira -Marcos Vieira - Moacir Sopelsa - NilsonGonçalves - Pedro Uczai - Professor Grando -Reno Caramori - Rogério Mendonça - SerafimVenzon - Silvio Dreveck.

que o presidente Lula tem atendido exem-plarmente as prefeituras brasileiras.

DEPUTADO PEDRO UCZAI (aparte) -Cumprimenta o orador por trazer o munici-palismo ao Parlamento catarinense.DEPUTADO LÍCIO MAURO DA SILVEIRA -

Elogia a postura do governador Luiz Henriqueem defesa do Código Ambiental; levantaquestões polêmicas da capital, que têm sidoalvo de ações judiciais.

DEPUTADO MARCOS VIEIRA (pela ordem) - Fazo registro da presença dos vereadores ValtemirSchmidt e Luiz Carlos Ferreira e do ex-prefeitode Santo Amaro da Imperatriz, Nelson Isidoroda Silva.DEPUTADO NILSON GONÇALVES (aparte) -

Lembra do editorial da Rede Bandeirantes deTelevisão em defesa do Código Ambiental.

Explicação PessoalDEPUTADO MARCOS VIEIRA - Acusa o governofederal de distribuir benesses com o chapéualheio.

DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS (aparte) -Ressalta o caráter democrático do CódigoEstadual do Meio Ambiente, diferente doCódigo Florestal brasileiro.

SUMÁRIO DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS (aparte) -Informa que o prefeito de Blumenau voltou deBrasília mais uma vez de mãos vazias.

Breves ComunicaçõesDEPUTADO JAILSON DOS SANTOS - Comentaduas notas da coluna do jornalista CacauMenezes elogiando o presidente Lula.

Partidos PolíticosDEPUTADO RENO CARAMORI - Critica acerimônia de sanção do Código Ambiental, pelogovernador, em Campos Novos.

DEPUTADO JOSÉ NATAL (aparte) - Critica oministro da Integração Nacional, Geddel VieiraLima.DEPUTADO SILVIO DREVECK - Intercede em

prol da atividade de reciclagem de materiais;enfatiza a necessidade de padronizar ostributos entre os estados.

DEPUTADO PEDRO UCZAI - Pronuncia-seacerca das reações à aprovação do CódigoEstadual do Meio Ambiente.

DEPUTADO SERAFIM VENZON - Aborda aquestão da logística portuária.DEPUTADO ADHERBAL DEBA CABRAL (aparte)- Enfatiza os avanços já conseguidos nosportos catarinenses e enumera as neces-sidades ainda pendentes.

DEPUTADO JAILSON LIMA (pela ordem) -Registra a visita do vice-prefeito de MonteCastelo.

DEPUTADO NILSON GONÇALVES - Rememorasessão em que foi aprovado o CódigoAmbiental.

DEPUTADO JOSÉ NATAL - Posiciona-se quantoà necessidade de atender o segmento dosrecicláveis; reclama da falta de socorro aosprefeitos por parte do governo federal.

DEPUTADO ADHERBAL DEBA CABRAL - Tececomentários sobre o trabalho da Amfri.

DEPUTADO RENO CARAMORI - Enfatiza aimportância da assessoria da Epagri nasquestões concernentes à preservação do meioambiente e alerta para a poluição dos riosurbanos.

DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS (aparte) -Enaltece a figura do prefeito Wilson Klaus, umdos criadores da Amfri.DEPUTADO JAILSON LIMA (aparte) - Afirma

Coordenadoria de Publicação - Processo Informatizado de Editoração

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 3

DEPUTADO JOSÉ NATAL (aparte) - Defende oscatadores de material reciclado.

Dreveck. E no dia 7, posteriormente, eleescreve mais um artigo, também ressaltandoesse contexto, que diz:

Esta semana eu estava conversandocom um empresário, que reclamava da crise.Inclusive, comentávamos que bem ou mal osprefeitos cumprem com o seu papel aoreclamarem, mas eles esquecem o queganhavam antes do nosso governo, quandonão havia esse volume de recursos de cresci-mento. E esse empresário me falou que a suaempresa está faturando perto de R$ 20milhões/ano, mas que há quatro anos nãotinha um faturamento de R$ 5 milhões/ano.Ou seja, em quatro anos passou de R$ 5milhões para R$ 20 milhões. Acontece queagora o contexto que se avalia é só opresente; não comparam com o passado.

DEPUTADO PEDRO UCZAI - Defende o governofederal das críticas do deputado Marcos Vieira. (Passa a ler.)

“Como somosDEPUTADO JOSÉ NATAL (pela ordem) -Registra a presença do ex-vereador de SãoJosé, Altevir Schmitz.

Lula e Barack Obama roubaram acena na reunião do G-20. Lula, pelo elogio querecebeu de Obama - ‘Esse é o cara!’ -, eObama, pela moda que virou o presidentenegro dos Estados Unidos, com quem todosqueriam fotografar, conversar, abraçar e sedizer amigo na reunião dos maiores chefes doplaneta. Coisa linda!

DEPUTADO DÉCIO GÓES (pela ordem) -Informa que o secretário Ronaldo Benedetagilizará as investigações sobre os incêndiosem prédios públicos de Criciúma.DEPUTADO ELIZEU MATTOS (pela ordem) -Registra a presença do vice-prefeito de MonteCastelo, do PT. Nosso Lula, aliás, gostem ou não,

vem dando um show com a suaespontaneidade. É campeão em frasespolêmicas, tem humor, popularidade, continuasimples e comanda um país sem estagnação.

DEPUTADO JOSÉ NATAL (pela ordem) -Procede à releitura de notas a respeito doministro Geddel Vieira Lima.

Então, faço essas observações.Vamos ser otimistas. Os institutos econômicosdo mundo dizem que o Brasil é um país sólidoeconomicamente. Inclusive, agora, saiu oprojeto de um milhão de habitações para esteBrasil, incrementando empregos, e asestatísticas já mostram que no mês de marçohouve uma reativação de empregos no Brasil eno estado de Santa Catarina. Essa clarezatemos que ter. Vamos parar de choradeira;vamos arregaçar as mangas e mostrar oquanto este país é pujante e o quanto esteestado tem capacidade de reação.

DEPUTADO PROFESSOR GRANDO - Aborda oprojeto Pé na Estrada, do PPS; manifesta-secontra emenda à MP 425, que permite adispensa de licença ambiental prévia quandoda execução de obras viárias federais.

Esse sempre foi o estilo brasileiro deser: amável, brincalhão, espirituoso,romântico, guerreiro, ousado, exibido,descontraído e desconcertante. Somos todos“Mané Garrincha e Luiz Inácio Lula da Silva”,diz Cacau Menezes, deputado Décio.

DEPUTADO JOARES PONTICELLI - Propugnapelo abatimento irrestrito no Imposto de Rendadas despesas com educação e medicamentos;reporta-se à conclusão dos trabalhos da CPIdas Seguradoras pela Assembléia Legislativade São Paulo e ao PL de sua autoria referenteà matéria.

Eu estou ressaltando isso, porquenesta tribuna o deputado Marcos Vieira haviaressaltado a redução do índice de aprovaçãodo presidente Lula no Brasil, na pesquisaCNT/Sensus, no final do mês passado. Por isso, Cacau Menezes, parabéns

a você por seus artigos. Até fiz questão deressaltá-los da tribuna, porque é isto, o Lularepresenta o coração do povo brasileiro etambém das Américas, sendo o presidentemais popular no presente momento.

Deputado Silvio Dreveck, anteontemo Instituto Mexicano de Consulta, Mitofsky,instituto conceituado da América, fez pesquisade aprovação e popularidade de governos emtodas as Américas. No ano passado fez amesma pesquisa, na qual o presidente Lulaera o 11º da fila. E no dia 14 saiu essapesquisa do instituto mexicano, que apontaLula como o presidente com maior índice deaprovação e popularidade das Américas nomomento, dentro de um contexto de criseinternacional que nos afeta, que remexe comas condições econômicas do Brasil, quandotemos que apertar o cinto, como diz o nossopresidente, mas que todo dia apresenta umamedida propulsora anti-estagnante, quepermite que este país faça o seu respiro deforma tranqüila. E esse instituto de pesquisado México coloca Lula com 70% de aprovaçãoe popularidade, num momento de crise.Imaginem se não houvesse crise!

DEPUTADO ROGÉRIO MENDONÇA - Expressasatisfação pelas obras realizadas em Rio doSul pelo governador Luiz Henrique; fala da suaemoção com a sessão solene que concedeu acidadania catarinense a Neuto De Conto,Casildo Maldaner e Mauro Mariani; afirma quevotará em Herneus de Nadal para o TCE;descreve sua agenda do final de semana.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Gelson Merísio) - Com a palavra o próximoorador inscrito, deputado Silvio Dreveck, poraté dez minutos.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoGelson Merísio) - Havendo quórum regimental einvocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão. O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK -

Sr. presidente, sra. deputada, srs. deputados,no dia de ontem fiz o meu pronunciamentocom relação à dificuldade que as empresascatarinenses de material reciclável estãoenfrentando.

Solicito ao sr. secretário queproceda à leitura das atas das sessõesanteriores.

(São lidas e aprovadas as atas.)Solicito à assessoria que distribua o

expediente aos srs. deputados. Ponderei vários aspectos, entre elesa bitributação, a falta de uma política deincentivo a essa cadeia produtiva, porque nãopode ser levada em consideração somente aempresa que processa, mas também ascooperativas que fazem a captação dessematerial, além das pessoas físicas. E essacadeia produtiva gera emprego, renda e, alémdisso, fazem uma economia fantástica para ospoderes públicos municipal, estadual e federal,uma vez que recolhem um material que, nagrande maioria das vezes, vai para os cór-regos, riachos, rios e para nossas praias, paraos terrenos baldios, para áreas que muitasvezes não são fiscalizadas. E à medida queesse material é depositado, seja pet, alumínio,papel, plástico ou outros derivados, naprimeira chuva, o processo natural é ser levadopara os rios, para os córregos.Conseqüentemente, numa enxurrada maior,numa enchente, surgem prejuízosincalculáveis.

Passaremos às BrevesComunicações.

Com a palavra o primeiro oradorinscrito, deputado Jailson Lima, por até dezminutos.

O segundo presidente é Álvaro UribeVélez, da Colômbia, e o último da fila é opresidente de Honduras. O penúltimo é apresidente da Argentina, com 25% ou 26%.

O SR. DEPUTADO JAILSON LIMA -Quero, inicialmente, cumprimentar osparlamentares presentes, os telespectadoresda TVAL, o presidente e deputado GelsonMerísio, o nosso deputado Moacir Sopelsa,secretário da Mesa, que fez um exercício lendoa ata e que está aprovado pela qualidade daleitura.

Então, quero dizer ao CacauMenezes que, com esses dois artigos que eleescreveu, ele é o nosso cara no dia de hoje,porque temos que reconhecer quem fez e estáfazendo por este país.

Nós temos visto, deputado SilvioDreveck, v.exa. que também foi prefeito comoeu, o grande contingente de reclamações deprefeitos com relação à queda do Fundo deParticipação dos Municípios. Eu pedi que aminha assessoria fizesse um levantamento doperíodo em que fomos prefeito. Tirando ainflação, tirando o incremento de receita que onosso governo passou para as prefeituras,tínhamos um Fundo de Participação inferior aoque recebem os municípios hoje. O nosso FPMera significativamente inferior, há sete anos,mesmo com a redução hoje do Fundo deParticipação dos Municípios, sem considerar oR$ 1 bilhão que o governo Lula resolveurepassar aos municípios agora, paracomplementar a receita. Nós, quando fomosprefeito, há cinco anos, ainda tínhamos umFPM inferior ao que os prefeitos de hojerecebem, sem ter esse incremento que onosso governo está fazendo e sem ter quecolocar no contexto a inflação que houve nesseperíodo. E faço essas observações com muitatranqüilidade.

Mas, sr. presidente, esses diasfizemos aqui uma intervenção ressaltando opapel do nosso presidente Lula comotimoneiro deste país, colocando, inclusive, oque disse Barack Obama sobre o presidenteLula.

No sábado, dia 4 de abril, CacauMenezes, em sua coluna, falou sobre méritos,deputado José Natal, v.exa. que é do PSDB,partido que com certeza ajuda a construir ademocracia deste Brasil ao fazer o debate,disse o seguinte:

Então, é uma atividade economica-mente importante no processo e tem umalcance social imensurável. Mas se não fortomada uma medida imediata para reduziresses impostos, em especial o ICMS, ou paracriar uma política de subsídio, essa atividadeestá fadada a desaparecer, até por conta daprópria competitividade, uma vez que o produtoin natura se torna mais viável do que fazertodo o processo de reciclagem.

(Passa a ler.)“A oposição precisa, humildemente,

se convencer de que Lula é um dos maispopulares presidentes de nações do mundo. Adeclaração de Obama, de que ‘eu adoro essecara’, não contém nenhuma gota de ironia. É oreconhecimento da competência de um ex-operário na Presidência do Brasil.

Outro aspecto que chama a atenção,que também é preocupante e alarmante,deputado Lício Mauro da Silveira, é a nossapolítica fiscal. O Brasil está falando em políticatributária há mais de uma década; ora o

O problema é o sangue burguês, quenão admite ser governado por um ope-rário.”[sic] Essa é a realidade, deputado Sílvio

Processo Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

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4 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

governo federal não tem interesse; ora não háentendimento dos governos estaduais; ora nãohá entendimento dos secretários da Fazenda.Enquanto o Congresso Nacional tenta conciliartodos esses interesses, a atividade econômicabrasileira passa cada vez mais pordificuldades, em função da alta cargatributária, dos impostos. Mais grave do queisso é a disparidade entre os estados, quepraticam percentuais diferentes um do outro.

O Sr. Deputado Jailson Lima - Pelaordem, sr. presidente.

estar empilhado lá, porque aquilo não sei maiso quê. E com certeza absoluta, para quemtrabalha com critério, e a maioria temtrabalhado com critério, é muito menosprejudicial à saúde aquilo estar lá empilhadodo que estar dentro da vala, dentro de umcórrego, no mar.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoGelson Merísio) - Com a palavra, pela ordem, odeputado Jailson Lima.

O SR. DEPUTADO JAILSON LIMA - Sógostaria de fazer o registro, nesta Casa, davisita do vice-prefeito de Monte Castelo,Alcides Malikoski, um companheiro do Partidodos Trabalhadores. Quero desejar-lhe boas-vindas a este Parlamento.

Bom, para acabar esse assunto,gostaria de dizer o seguinte: nós sabemos quea questão econômica transformou o mundo, onosso país e, principalmente, o nosso estado.As empresas diminuíram o consumo, o preçodo reciclado caiu e o catador já não está maisconseguindo sobreviver da atividade. Eleabandonou o ofício, porque quem compravatambém diminuiu o preço.

O estado de Santa Catarina cobra17% de ICMS; o estado do Rio Grande do Sul,deputado Gelson Merísio, cobra 12%; oParaná, 12%; o estado de São Paulo, 12%; oDistrito Federal, 12%; o estado mineiro cobramenos ainda. O que está acontecendo?

O SR. PRESIDENTE (DeputadoGelson Merísio) - Com a palavra o próximoorador inscrito, deputado José Natal, por atédez minutos.

O SR. DEPUTADO JOSÉ NATAL - Sr.presidente, srs. deputados, catarinenses quenos prestigiam através da TVAL e da RádioAlesc Digital, quero registrar, no dia de hoje,apesar de ter sido ontem, o aniversário dacidade de Rio do Sul. Eu estava inscrito parafalar, mas em virtude de a sessão ter-seencerrado no tempo regimental eu nãoconsegui pronunciar-me.

Em primeiro lugar, é uma questãopontual. O norte catarinense tem essadificuldade por conta do Paraná, pois osmunicípios que ficam na divisa fazem umaconcorrência desleal, uma vez que bastaatravessar o rio para comprar mais barato noestado vizinho. Ou seja, posso abrir umaempresa apenas para ter um escritório paraemitir nota fiscal. E é isso o que estáacontecendo hoje. O oeste também estápassando por essa dificuldade com o RioGrande do Sul. Hoje, a cada dia aumenta aabertura de escritórios em estados diferentesapenas para emitir nota fiscal. E a diferençaentre 17% e 12%, deputado Lício Mauro daSilveira, dá mais de 6%. Obviamente que senão houver uma padronização, enquanto oestado de Santa Catarina não tomar medidasurgentes, ao invés de arrecadarmos mais,perderemos mais. Vamos perder porque oempreendedor deixa de vir para SantaCatarina.

V.Exas. podem perceber que estácomeçando a aparecer nas nossas cidadesuma grande quantidade de garrafas pet e depapelão jogados pelas ruas, porque o preçocaiu demasiadamente, não estão maiscomprando. E deveríamos realmente fazeralguma coisa para que esse trabalho tivessecontinuidade.

Mas quero, desta Casa, saudar todaa população daquela grande cidade, que acada dia que passa desenvolve-se cada vezmais. O prefeito Milton Hobus, a sua equipe ea população de Rio do Sul estão ajudando atransformar cada vez mais a vida das pessoas.Com certeza absoluta, posso afirmar que, dascidades que tenho visitado por toda SantaCatarina, Rio do Sul é uma das cidades quemais têm preparado as vias públicas para aspessoas com deficiência.

Eu estive representando esta Casanos Açores, na ilha de São Miguel, no Colóquiode Lusofonia. Lá nos Açores, em São Miguel,especificamente em Ponta Delgado, pratica-mente 90% do que se consome vêm de fora,de navio, de avião - de barco pequeno nãochega porque é muito longe da capital, Lisboa.E a cada 500m ou 600m há um postoreciclável, até porque é uma cidade que vive doturismo.

Eu, conversando com um vereador -e o vereador lá equivale aqui ao deputado, opresidente da Câmara equivale ao prefeito dacidade, e cada freguesia tem um prefeito -,soube que lá tudo é reciclado, srs. deputados!A cidade vive na mais bela limpeza, até porquestão de sobrevivência turística.

Meus parabéns ao prefeito, a toda asua equipe e aos cidadãos de Rio do Sul!

Deputado Silvio Dreveck, hoje é oDia da Voz, e a maioria dos deputados, quandoassoma a esta tribuna, coloca a sua cabeça, opensamento e, principalmente, o dom da vozem favor das pessoas, em favor do nossoestado.

Por quê? Porque mesmo quetenhamos toda uma infra-estrutura diferenci-ada de outros estados, pela nossa situaçãoportuária favorável, por termos um sistemaviário, principalmente no litoral, já duplicadoem grande parte, com portos eficientes,mesmo assim, quando se trata de impostos, oempresário, o empreendedor, vai levar emconsideração essa diferença, que é brutal paraos seus negócios. E isso, além de prejudicar anossa receita, ainda fomenta a geração deemprego e renda em outros estados. Nadacontra os outros estados, mas o que nãopodemos é continuar com essa diferença,principalmente a do ICMS, gerando umacompetição desleal entre os brasileiros.

E nós aqui, no país e no estado,deputado Silvio Dreveck, não temos isso. Eu jálevantei esse assunto, assim como v.exa. ealguns outros deputados, e pedi ao governadordo estado que mandasse para esta Casa umprojeto de lei reduzindo realmente o valor doICMS para quem trabalha no reaproveitamento,mas até hoje isso não aconteceu. E asprejudicadas, e já estão sendo, são asgerações futuras e os prefeitos que terão queinvestir muito mais dinheiro na desobstruçãode redes fluviais, pois todo esse material vaipara a rede fluvial e obstrui tudo. E essaspessoas não têm a visão de que há neces-sidade de incentivarmos cada vez mais oscatadores, as pessoas que compram essematerial para reaproveitá-lo e para nãodegradar o meio ambiente.

Se v.exa. permitir, quero, como sediz, pegar um gancho na questão levantada porv.exa. desta tribuna, no tocante à reciclagemneste país. Eu já fiz, desta tribuna, no anopassado e também no decorrer deste ano,referência a um grande problema que vemsofrendo quem trabalha com reciclagem emSanta Catarina, principalmente com o materialpet. As pessoas que catam fazem o favor parao estado de catar todo esse produto na rua,mas quando chegam para vendê-lo nessesdepósitos de reciclagem, o comprador nãopaga nenhum tributo para comprar e tambémpara quem faz a reciclagem, lava e faz todoaquele processo que v.exa. citou.

Quanto a outros fatores que podemcontribuir, seja no aspecto energético, seja nainfra-estrutura ou na qualidade da mão-de-obra,Santa Catarina é exemplar e são atributos decada estado, mas no que se refere a impostos,srs. deputados, deve haver uma padronização.

E vejam que é uma mão-de-obra! Nãoé só chegar lá de qualquer jeito, não! Quemtiver a oportunidade de ver como é feito oprocesso de lavagem da garrafa pet, de óleode soja ou de qualquer material semelhante,vai saber realmente o que se gasta de energiaelétrica, de água, que é tratada porque não éágua corrente, pois senão a empresa nãoconsegue agüentar e, só com o valor da água,já quebra.

Então, fica aqui, deputado SílvioDreveck, a minha contribuição. E gostaria dever isso realmente resolvido. V.Exa. conhecemuito mais do que eu, pois foi prefeito econhece realmente as necessidades.

Lamentavelmente, volto a insistirque a nossa reforma tributária não avança eestamos perdendo oportunidades. Além deperdermos oportunidades no estado, estamosperdendo oportunidades no Brasil. A nossaprópria exportação em números temaumentado, mas em percentual oscila naordem de 1% há muitos anos! E tem lógicaporque a população mundial cresceu, oconsumo cresceu. Então, se exportamos maisé porque o consumo aumentou, é porque apopulação mundial aumentou. Mas, empercentual, estamos na faixa de 1% há muitotempo, há décadas. Nós temos que ter umsalto em exportações, e por isso, além deoutras condições que o empreendedor-exportador precisa, é importante que hajatambém no Congresso Nacional a aprovaçãodo crédito-prêmio do IPI, que vai DASoportunidades ao o nosso exportador eaumentar a renda e o emprego.

Outra questão é sobre a queda dareceita, deputado Jailson Lima, à qual v.exa.se referiu, dizendo que o presidente Lula vaidar um suporte aos prefeitos. Isso não éverdade! O presidente Lula, ladino como é,disse aos prefeitos, no ano passado, que, sehouvesse queda na arrecadação dosmunicípios, daria o suporte no percentual daqueda. E o grande problema é que ele continuacada vez mais ligado e mais esperto. Está todomundo falando em queda, mas no anopassado não houve queda de receita.Conclusão: o presidente Lula não vai dardinheiro para ninguém. Eles foram lá, e eledisse: “Eu disse que daria se houvesse quedada receita de um ano para o outro”. E comonão houve queda da receita, o presidente Lulanão vai dar dinheiro para ninguém, mandou osprefeitos de todos os partidos se virarem.

Conclusão, depois de tudo pronto,para repassar o seu produto para a indústriaele tem que pagar 17% de ICMS, além depagar um preço melhor, porque o ferro-velhovai lá, compra, mas tem que ter lucro, e esselucro ele repassa no material.

Resumindo: a maioria está fechando.Em São José, minha cidade, fecharam três ouquatro. E há outro problema: a VigilânciaSanitária deu para perseguir, no bom sentido,essas pessoas todos os dias. Esse materialfica empilhado em fardos e o pessoal daVigilância Sanitária está todos os dias -desculpem a expressão - infernizando a vidados proprietários, porque aquilo não pode

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 5

Então, não é bem assim, deputadoJailson Lima, a história de o presidente Luladar um suporte, pois as prefeituras é que sãorealmente as depositárias dos problemas dasociedade e que precisam ser olhadas.

seu exército. Talvez seja homenageado numacidade, lá no futuro, como Minc-lex, Minc-lândiaou Colete Minc.

solicitou a interrupção da obra até que o Ibamaemitisse o EIA/Rima, o relatório de estudo. OIbama, quando solicitado, disse que não eraatribuição dele. E a alegação do promotor foide que é a zona de amortecimento, ou seja,impacto ambiental sobre a população que láestá há muito tempo e em torno dela.

Enfim, achei desastrosa essaintervenção do ministro. Existe o Supremo paradecidir essas coisas - e os srs. promotoresassim o estão fazendo - e vamos aguardar aJustiça, porque ainda iremos discutir aqui a leique regulamenta. Mas não se admite tomaruma atitude desse tipo, ainda mais umapessoa que conhece o assunto, mas que é,por outro lado, altamente folclórica.

Os tributos que todos eles pagam,que vai diretamente a Brasília para lá serdistribuído de “n” formas, é que estão errado.A reforma tributária, levantada aqui tambémpelo deputado Silvio Dreveck, por mim e portantos outros deputados - e foi discutidaontem, nesta Casa -, é essencial para estepaís. Mas não temos lá na Câmara Federal 30,40 ou 50 deputados peitudos, como se diz,que digam assim: “O meu lema agora é brigarpela reforma, não dou um passo para outrolado”, e cada vez mais tentar mobilizar os seuscompanheiros, como fazem quando é paraeleger um presidente, para ser membro deuma comissão e tantas outras coisas.

Isso é desagradável escutar! Poroutro lado, vemos o aterro da baía sul. E o juizfederal diz que é uma área alvo de disputajudicial e reivindica a área para a União!Depois de todas essas obras feitas em frenteà secretaria de Educação e assim por diante,com estacionamento, Camelódromo, Centro deEventos, reivindica aquilo para a União. Diz quevai reivindicar e acha que vai perturbar umpouco o processo. No fim, que me desculpe osr. juiz federal, mas o que ele queria mesmoera aparecer na mídia. Por que eles não olhamas obras federais, que são verdadeirospalácios e que estão nos aterros? A ReceitaFederal vai construir agora lá no aterro, oMinistério Público Federal vai construirtambém. A Justiça Federal e a própria PolíciaFederal já estão por ali. E a população? Nada.

O Sr. Deputado Nilson Gonçalves -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO LÍCIO MAURO DASILVEIRA - Pois não!

O Sr. Deputado Nilson Gonçalves -Quero somente enriquecer aquilo que v.exa.está falando. Ontem, acompanhando a RedeBandeirantes de Televisão, vimos, com muitasatisfação, a defesa dos catarinenses em nívelde Brasil, inclusive em editorial da emissora.Foi uma defesa veemente do Código Estadualdo Meio Ambiente, dos nossos agricultores,inclusive, e uma crítica veemente ao ministroMinc. Isso nos deixou bastante satisfeitoporque há o entendimento, pelo menos poruma parte da imprensa, de que o caminho quenós traçamos é o correto.

Volto a externar a minha linha depensamento: nem parece que a maioriadaqueles homens que está em Brasília é repre-sentante de grandes empresas. Nem parece!Porque se eles tivessem essa noção, essareforma tributária teria acontecido. Com relação à beira-mar continental,

agora mesmo a Procuradoria da República fezuma consulta sobre a existência ou não doEIA/Rima. Ora, essa obra já vem sendoexecutada há tempo! Na seqüência, venceu oprazo do EIA/Rima, foi solicitada a renovaçãoe, por incrível que pareça, foi entregue oembargo lá na obra a um estagiário daempresa. Por que não entregaram a umaautoridade competente? Essas pessoasrealmente estão prejudicando, no meuentender e o no entender de muitos cidadãosde Florianópolis, a nossa cidade.

O Sr. Deputado Jailson Lima - V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO JOSÉ NATAL - Poisnão! Muito obrigado!

O Sr. Deputado Jailson Lima - Sr.deputado José Natal, fazemos coro sobre aquestão da reforma tributária, sem sombra dedúvida. Mas ainda nem chegamos ao Natal e opresidente Lula está sendo um verdadeiroPapai Noel com os prefeitos, neste momento.Em primeiro lugar, ao repassar R$ 1 bilhão aosmunicípios; em segundo, porque sabemos quesó do Fundeb são R$ 4 bilhões este ano.

O SR. DEPUTADO LÍCIO MAURO DASILVEIRA - Deputado Nilson Gonçalves, todosnós sabemos que o PT trabalhou fortementenesse Código Ambiental. Até na última votaçãopediu uma série de destaques, e a nossabancada encampou os destaques petistas.Fomos, logicamente, derrotados nessasemendas porque não conseguimos o quórummínimo. Mas que é um Código Ambientalimportante - e podemos chamá-lo de primeiroCódigo Ambiental do Brasil -, isto é!

Bom, paralelamente, estamos commuitos problemas, duas escolas estão sematividade escolar, uma delas no norte da ilha, queagora voltou às aulas normalmente, aquela escolacuja diretora impediu-me de entrar dizendo que eu,como deputado progressista, não tinha acesso.Apareceu no jornal o descalabro em que seencontra a escola.

O SR. DEPUTADO JOSÉ NATAL - Aí éoutra coisa.

O Sr. Deputado Jailson Lima - Então,a visão do estado em relação aos municípiosmudou muito. Assim, além de ser o cara,também tem sido o Papai Noel!

Por isso quis fazer essa colocação,embora esteja na Oposição, da postura dogovernador, em dar aquela resposta àqueleministro.

O SR. DEPUTADO JOSÉ NATAL - Comcerteza, porém ele só coloca a roupa e dá opresente para alguns prefeitos. Para outros,ele coloca a roupa, mas se esquece de dar opresente. Mas que continuamos ainda numalinha de satisfação com algumas coisas que opresidente Lula fez, isso é inegável!

O Sr. Deputado Ismael dos Santos -V.Exa. me concede um aparte? Por isso, meus amigos, acho que é

hora de colocarmos as coisas no devido lugar,que as autoridades competentes, antes desaírem falando na mídia, conversem entre sipara que não causem esse problema à nossacidade. Isso vem de encontro aos interesseseconômicos e até sociais da cidade deFlorianópolis. Porém os problemas sãomuitos...

O SR. DEPUTADO LÍCIO MAURO DASILVEIRA - Pois não!

O Sr. Deputado Ismael dos Santos -V.Exa. citava alguns adjetivos em relação aonome do ministro Carlos Minc, com todorespeito. Mas nesse episódio, acho que nóspoderíamos taxá-lo de Carlos “Minto”, porqueestá colocando algumas mentiras em relaçãoao Código do Meio Ambiente, diferente doCódigo Florestal brasileiro, que é fruto de umamedida provisória que não foi debatida noParlamento nacional. Já o Código do MeioAmbiente catarinense foi exaustivamentedebatido e merece os nossos aplausos.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Gelson Merísio) - O próximo orador inscrito é odeputado Lício Mauro da Silveira, a quemconcedemos a palavra por até dez minutos.

(Discurso interrompido pelo términodo horário regimental.)

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. DEPUTADO LÍCIO MAURO DA

SILVEIRA - Sr. presidente e srs. deputados, euquero abordar aqui alguns assuntos com relação aFlorianópolis. Mas também, como deputado daOposição, gostaria de reconhecer, nestemomento, a posição do governador Luiz Henriqueem relação ao Código Ambiental e em relaçãotambém ao ministro Minc, que “ameaça”, entreaspas, invadir Santa Catarina para fazer valer alegislação maior, que não existe no que tangeàquilo que discutimos e aprovamos aqui.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoJailson Lima) - Obrigado, deputado Lício Mauroda Silveira.

Muito obrigado! Passaremos ao horário reservadoaos Partidos Políticos. Hoje, quinta-feira, osprimeiros minutos são reservados ao PP.

O SR. DEPUTADO LÍCIO MAURO DASILVEIRA - Muito obrigado!

Gostaria de falar de Florianópolis,onde estamos constantemente vendo algunsassuntos que nos deixam arrepiado. Porexemplo, o guard rail que o Ipuf interditou.Interditou por quê? Porque o Deinfra foi lá econstruiu-o com a altura de 1,45m, quando aaltura normal, pela norma brasileira einternacional, é de 90cm. Não houve essadiscussão entre os dois órgãos, simplesmenteum fez e o outro interditou. Quem perdeu comisso? A sociedade.

Com a palavra o sr. deputado RenoCaramori, por até dez minutos, que fala com aanuência do seu líder, deputado Silvio Dreveck

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Sr. presidente, o meu líder deu ganho decausa e quem falará no horário destinado aopartido, nas quintas-feiras, é este deputado. Odeputado Lício Mauro da Silveira estavareivindicando este espaço, mas o meu lídersaiu em minha defesa. O deputado Lício Mauroda Silveira usou das suas prerrogativas noespaço reservado aos srs. deputados.

Carlos Minc lembra-me muito bem osidos de 1894, época da Revolução Federalista,quando o então marechal Floriano Peixotoinvadiu, com o seu exército, Florianópolis e nailha de Anhatomirim fuzilou e enforcoucentenas e centenas de dissidentes daquelarevolução. Apesar disso, a AssembléiaLegislativa, em 1895, mudou o nome deDesterro para Florianópolis, em homenagem aFloriano Peixoto, que era vice-presidente domarechal Deodoro da Fonseca, que foi o nossoprimeiro presidente.

Esse projeto não foi submetido àsecretaria do Meio Ambiente. Estive lá visi-tando, querendo saber o problema, e dis-seram: “Lício, nós nem conhecíamos o pro-jeto”. Então, não é assim que se governa!

Mas, sra. deputada, srs. deputadose sr. presidente, a polêmica da lei ambientalvai dar pano para manga. Sou gaúcho de nasci-mento e trago alguns provérbios da minhaterra: dizem que toda provocação encontrauma reação! Toda provocação encontra ou temcomo resposta uma reação.

Por outro lado, o Ministério PúblicoFederal, deputado Reno Caramori, com a ponteHercílio Luz, que foi inaugurada em 1926,

Agora o Minc quer invadir! Imaginemo Minc invadindo Santa Catarina, trazendo o

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6 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

Em junho de 2006, neste plenário - àépoca presidia a comissão de Agricultura ePolítica Rural -, entregamos ao entãogovernador em exercício, Pinho Moreira, umdocumento que foi elaborado não a quatro,mas a 20, 30 mãos, encabeçado pelasecretaria de Agricultura, secretaria deArticulação Nacional, Fiesc, Facisc, Fetaesc,Fetraf/Sul, Ocesc, ACCS, ACCB e por todas asSDRs espalhadas pelo estado, dando despesa,é claro, resultado das audiências públicas queforam realizadas.

como é o jeito do estado de Santa Catarina?Não! Reuniram em Campos Novos duas milpessoas. Para quê? O trabalho do parlamentaré realizado neste recinto. Aqui nós discutimosa realidade das coisas em benefício dacomunidade catarinense.

federal foi feita por alguns artigos do CódigoAmbiental, e de forma proposital.

Não foi feio, ruim ou ilegítimo. Osmovimentos que produziram essa discussãosobre os 5m não partiram do estudo dasbacias hidrográficas, como o deputado RenoCaramori defendeu aqui, pois há regiõesarenosas, há determinadas montanhas queprecisam ser protegidas porque senão vêmabaixo, mas nas regiões argilosas, que têmoutra consistência de solo, pode existir outraconfiguração. Essa era a posição da bancadado PT, porque a partir daí fugiríamos da incons-titucionalidade e, ao mesmo tempo,respeitaríamos os estudos técnicos, osestudos das bacias hidrográficas, ou seja, umacoisa séria, serena. Portanto, aqui foi tomadauma decisão política de desobediência àlegislação federal. Essa foi a provocação queesse artigo produziu.

Eu não fui a Campos Novos, eu fuivistoriar a BR-101. Aproveitei o feriado e fuivistoriar a BR-101. Aquele, sim, é um trabalhobem feito. Agora, em Campos Novos, todaaquela pompa mexeu num abelheiro, houveuma provocação. E não pense o governadorque o Ministério Público, que osambientalistas, que o procurador-geral daRepública estão quietos. Eles vão observar aLei Maior, eles vão colocar as coisas nos seusdevidos lugares. Não é batendo nas costasque nós vamos convencer uma autoridade quetem a responsabilidade da execução das leis eda proteção das leis.

Esse documento foi elaborado com oseguinte título: Proposta de agenda ambientalpara o setor produtivo do estado de SantaCatarina e foi o boneco que entregamos aogovernador, um boneco no bom sentido.Tratava-se de um roteiro, estudado longamentepor essas entidades que acabamos denominar, para que nós tivéssemos em SantaCatarina um desenvolvimento sustentável eprogramado.

Então, o que eu acho que faltou aquifoi diálogo. O Congresso Nacional estátrabalhando em cima disso, sim. E eu esperoque lá no Congresso eles entendam tambémque, tecnicamente tratando a questão ao longodos rios, podem até ser 2m em certos casos,em outros, 50m, e onde existem as canhadasdo rio Uruguai ninguém vai mexer, são 200mde mata nativa.

Em segundo lugar, deputado Ismaeldos Santos, quando se faz uma provocação,vem uma reação, e aí nos indignamos com areação, mas não com a nossa posição. Aqui ospróprios deputados estão dizendo: “Nóssabíamos que alguns artigos eraminconstitucionais”. Ouvi isso aqui, destatribuna, no dia de hoje. Portanto, essaconstatação, esse reconhecimento, gerapolêmica.

Esse projeto foi longamente dis-cutido com os nossos pequenos produtores,com o setor cooperativista e com todas asentidades ligadas à agricultura, aoagronegócio, ao meio ambiente de cadamunicípio. E o projeto tramitou legalmente,deputado Pedro Uczai, ele andou, se bem que -e como parlamentar de quinto mandato nãoposso ignorar isso, sob pena de ser aquitaxado de ignorante - soubéssemos que o novocódigo tinha alguns itens inconstitucionais. Ogoverno sabe disso, todos os srs.parlamentares sabem, mas foi a maneira queencontramos de acertar o estado de SantaCatarina, tratando-se de meio ambiente.

Agora, nas várzeas do Itajaí podemser 2m, desde que, tecnicamente, adaptemoso terreno com proteção densa; não adiantaplantar 30m de cada lado de pau-a-pique,porque se não há vegetação densa embaixo, oque vai reter as águas? Tudo vai para o rio! Oque interessa é a densidade da vegetação, elaprecisa reter as águas, ela precisa impedir queas impurezas cheguem aos rios. Temos quepensar nisso.

Claro, precisa-se eleger o inimigopara fortalecer o movimento. Isso faz parte dapolítica, deputado José Natal. Elege-se alguémpara fazer do discurso dele um processo deavanço no que se quer. Isso faz parte dapolítica, faz parte do debate. Agora, o que estáocorrendo, o que nós estamos aqui querendodiscutir, com serenidade, é sobre os pontos departida do Código Ambiental.

Santa Catarina é formado porpequenas propriedades na sua grande maioria,ou seja, agricultura familiar. São propriedadesde 10ha, 15ha, 20ha, no máximo 50ha, nasquais esses pequenos agricultores mantêm asua pocilga, o seu galinheiro, a sua produçãode leite, falando bem claro o nosso português.A produção agrícola é pequena, obviamente;dentro dos limites que o terreno oferece emcada propriedade, umas produzem mais,outras menos.

A provocação do governador comaquela pompa - e repito aqui: todo exibidopaga um preço - fez surgir essa polêmica como ministro. Não estou defendendo o ministro,ele também errou. Acho que, como ministro deestado, errou, porque deveria ter dialogadocom o governo de Santa Catarina, com osórgãos competentes e deveria ter analisadomelhor o nosso Código Ambiental.

A nossa bancada participou, contribuiu, masquando passaram dos 30m para os 5m, nósnos abstivemos. Sobre os campos de altitude,discutimos que não deveriam ser 1.500m ou1.800m, deveria haver, primeiramente, umestudo técnico. Em alguns casos poderiam seraté 800m, em outros poderiam ser 1.800m,mas isso a partir de um estudo técnico. Comoficam os rios Pelotas e Canoas que dão origemao rio Uruguai? Qual foi o critério que definiu1.500m como melhor? Que algum deputadome convença que 1.500m são um critériocientífico, técnico para os campos de altitude!Qual é o critério técnico? Qual foi o critério quedefiniu 5m para todo o estado de SantaCatarina e que 30m não servem para o Brasil?Qual é o critério técnico, lá na bacia do rioUruguai, aqui no vale do Itajaí, na região nortedo estado ou na região sul, do carvão? Existealgum critério? Ninguém levantou isso aqui, emnenhuma discussão. Levantou-se como pro-posta genérica, universal.

Eu lembro muito bem que, antes de1985 e 1986, a própria legislação brasileirafixava a preservação da mata ciliar em 5m deafastamento, aumentando progressivamentede acordo com a largura de cada rio. NaConstituição de 1988 isso foi mudado peloentão deputado federal Artenir Werner, que fezuma emenda passando aleatoriamente para30m em todo o Brasil. Não houve, na época,um questionamento, um estudo, umadiscussão mais ampla, e por tudo isso nós e opequeno produtor estamos perecendo hoje.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Valeu, deputado Reno Caramori,a sua postura pacificadora no processo domeio ambiente.

Ainda dentro do horário reservadoaos Partidos Políticos, os próximos minutossão destinados ao DEM.

(Pausa)Não havendo oradores do DEM que

queiram fazer uso da palavra, os próximosminutos são destinados ao PMDB.Por que na época não foi feito um

programa, se sempre pudemos contar com aEpagri, com todo um corpo técnico capaz eexperiente, com estudiosos, doutores,mestres, para estudar uma maneira técnica deproteger os nossos rios, as nossas nascentes,os nossos banhados? Por que não foi feito umestudo nesse sentido para que nós nãotivéssemos esse conflito agora?

(Pausa) Por isso, nós estamos aqui com umaposição de responsabilidade. Quando nósfalávamos em área consolidada, qual era ogrande consenso da nossa bancada, de todosos deputados, da sociedade e das entidades?Área consolidada está consolidada, mas apreservação da mata ciliar, a preservação doque está colocado ali é fundamental. Por isso,nós queríamos, a partir de um estudo técnico,definir a metragem e, em segundo lugar,imediatamente pagar os serviços ambientais,porque a área consolidada está consolidada.

Não havendo oradores do PMDB quequeiram fazer uso da palavra, os próximosminutos são destinados ao PT.

Com a palavra o sr. deputado PedroUczai, por até dez minutos.

O SR. DEPUTADO PEDRO UCZAI - Sr.presidente, deputado Jailson Lima, que presideesta sessão; srs. Deputados, telespectadoresda TVAL e ouvintes da Rádio Alesc Digital, nãopoderia ser outro o assunto que também mefaz assomar a esta tribuna, nesta manhã dequinta-feira, a não ser falar das reações, dosmovimentos e das diferentes posições sobre oCódigo Ambiental.

E não adianta, deputado NilsonGonçalves, querer dizer que não há nadainconstitucional porque não é verdade. O povocatarinense, quem estudou um pouquinho vêque está em desacordo com a ConstituiçãoFederal. Como vamos proceder?

Essa foi a grande conquista doCódigo Ambiental, mas a questão da metragemda mata ciliar foi uma provocação, no sentidoda inconstitucionalidade, como uma forma demovimentar para então se construir, no Brasil,um novo Código Ambiental. Isso faz parte dodebate, da política. Agora, precisamos recebercom legitimidade os questionamentos queestão sendo feitos, porque os própriosdeputados aqui estão reconhecendo.

Para toda provocação, como eudisse, vem uma reação. E há mais um ditadogaúcho, sr. presidente: todo exibido paga umpreço. E o nosso governador se exibiu demais.Por que ele não sancionou quietinho, dentrodos trâmites legais? Por que não ofereceu àcomunidade a publicação no Diário Oficial, deforma modesta, como é o jeito do catarinense,

Eu estou aqui muito à vontadedepois do pronunciamento do deputado RenoCaramori. O deputado Reno Caramori colocouas questões centrais do Código Ambiental.Primeira coisa: a reação depois de umaprovocação. A provocação ao MinistérioPúblico, ao ministério do Meio Ambiente, à lei

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 7

Em terceiro lugar, o senador SérgioZambiasi fez um pronunciamento no Senado,ontem, quando transcorreu o Dia Mundial daConservação do Solo. E ele apresentou umprojeto de lei que autoriza o Poder Executivo acriar um fundo nacional para a proteção dosrecursos hídricos, pois contatou, através deum estudo preliminar, que a sedimentação dosdejetos nos rios custa ao poder público, emmédia, R$ 2 bilhões. Custa R$ 2 bilhões porano aos cofres públicos do Brasil, no âmbitomunicipal, estadual ou federal, resgatar a sedi-mentação dos vários rios brasileiros! E colocoaqui não apenas o assoreamento do rio Tietê,em São Paulo.

madeira de tal diâmetro e de tal espécie,porque são várias espécies em uma mesmafloresta, não plantam apenas pínus eeucalipto. E eles agem da seguinte maneira:este ano pode-se abater esta, essa e aquelaárvore, outras têm que ser preservadas! Então,há um manejo sustentável cotidiano, anual, emcinco ou dez anos. Estão cada vez maisreflorestando as florestas da Europa, porquese paga para as áreas de...

Dispus-me, então, quando o códigoveio ao plenário, mesmo contra a vontade daminha bancada e também dos companheirosda base do governo, a aprovar emendas, nãosó essa, dos 5m, mas também outras que oPT havia apresentado para serem votadas àparte.

Na hora votação todos os srs.deputados estavam aqui e eu tinha em mãosas emendas, como também o presidente. Eutinha certeza absoluta de que o líder do PT, acada emenda, iria ao microfone explicar. Mas odeputado Dirceu Dresch imediatamente disse:“Não, sr. presidente, eu quero que elas sejamlidas”. Só que para ler determinadas emendasiria demorar muito porque cada uma delascontinha cinco, seis, sete folhas. O deputadoJorginho Mello, nós notamos, ficouirritadíssimo cada vez que lia uma emendaporque demorava e olhava para o deputadoDirceu Dresch. Chegou o momento em queeles acabaram desistindo de ler. Aí o deputadoJorginho Mello colocou o deputado DirceuDresch nos três cantos e disse: “Então osenhor explica”. E o deputado Dirceu Dresch,parece-me, naquele momento não tinha emmãos as emendas para poder explicar.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.)

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Muito obrigado, deputado PedroUczai. Hoje o Padre Pedro Baldissera não está.A vantagem dos parlamentares do PT é que hádois Pedros: um professor e outro padre, e sãodois bons parlamentares!

E ele propõe a criação de um fundonacional de proteção de recursos hídricosporque o nosso Código Ambiental, deputadoIsmael dos Santos, não trata absolutamentenada da questão dos recursos hídricos. Nãotrata de nada! Não discute absolutamentenada! Há alguns artigos genéricos, mas não háuma política clara para os recursos hídricos doestado. E antes de haver uma política clarados recursos hídricos, já se antecipa e diz-seque 5m é a base de preservação da mataciliar. Vejam a responsabilidade que temosaqui!

Ainda dentro de Explicação Pessoal,o próximo espaço pertence ao PSDB.

Com a palavra o deputado NilsonGonçalves, grande comunicador do vale norte,por até dez minutos.

O SR. DEPUTADO NILSONGONÇALVES - Sr. presidente, na verdade,estava pautado para falar, no dia de hoje, nohorário do partido, o deputado Marcos Vieira,que por alguma razão não pôde estar nesteexato momento no plenário. Eu vou aproveitar,então, o gancho da fala daqueles que meantecederam na tribuna para falar tambémsobre o Código Estadual do Meio Ambiente.

O que aconteceu? Tudo voltou a serlido da seguinte maneira - é só um exemplo:art. 3º, que substitui o § 2º e não sei mais oquê. E eu, como outros deputados, que tinhavontade de aprovar algumas emendas - epoderiam ter sido aprovadas várias dessasemendas aqui, porque havia muitos deputadoscom disposição para aprová-las -, fui ali, falei eacabei escutando das galerias o seguinte: “Elenão sabe votar! Ele não sabe votar!” Não eraexatamente isso. O que aconteceu foi que odeputado Dirceu Dresch, assim como suabancada, não soube ir ao microfone explicarcada uma das emendas, de maneira sucinta,rápida e objetiva, e nós ficamos, na verdadeiraacepção da palavra, vendidos na hora.

Entendemos que o nossoParlamento, da forma democrática comoprocedeu à discussão do Código Ambiental,cometeu, temos também que reconhecer,algumas inconstitucionalidades. E é normal elegítimo num texto de 315 artigos. Eu li e reli,li textos de especialistas sobre o CódigoAmbiental, reproduzimos e construímosemendas, mas temos que admitir que háalguns problemas, senão fica como uma coisaconsolidada.

Raramente, desde que estou nestaCasa - eu trabalhei com o deputado PedroUczai no mandato anterior, depois ele, que émeu amigo, foi administrar o município deChapecó e agora tenho a grata satisfação detê-lo novamente como companheiro deParlamento -, divirjo das posições do deputadoPedro Uczai, porque entendo ser ele uma dascabeças pensantes mais arejadas deste poder.Eu tenho uma grande admiração por ele, pelasua figura humana, por ser um estudioso dascausas públicas. Mas me permito, com todo orespeito, divergir dele, hoje, com relação aalgumas colocações que fez ao Código do MeioAmbiente.

Portanto, além do ministro CarlosMinc, que questionou a inconstitucionalidadedos 5m, assisti, hoje, a um deputado quevotou a favor do Código Ambiental, mas disse,desta tribuna, que há nele artigos que sãoinconstitucionais. Portanto, não há umaposição única.

Eu, para não cometer nenhumequívoco, abstive-me em todas as votações deemendas, mas lamentei, porque eu queria tervotado a favor, junto com o PT, a questão dos5m. Isso iria provocar certamente a ira demuita gente, porque essa questão erajustamente um dos pontos principais doCódigo Ambiental e iria atender as pequenaspropriedades. Mas a idéia era provocar outrasituação, para que nós tivéssemos 10m, quemsabe. Eu tenho certeza de que 5m a mais ou amenos não iria criar uma crise e nem criarproblemas em nosso Código Ambiental.

A nossa bancada queria votar afavor? Não! O parecer na comissão deConstituição e Justiça e em todas as quatrocomissões foi favorável ao Código Ambiental! Anossa bancada apresentou voto favorável aoCódigo Ambiental com as emendas, mas asemendas não foram contempladas, entre elasa dos 5m. Nós levamos a sério o debate doCódigo Ambiental, porque se nós quiséssemosaplausos, teríamos votado a favor!

Primeiramente, quero ser muitosincero e muita gente não gosta da since-ridade em determinados momentos. EstaCasa, e todos sabem, é composta por 40deputados. Os deputados que têm um conheci-mento mais profundo das matérias que sãodiscutidas no plenário são aqueles que fazemparte da comissão de Constituição e Justiça,da comissão de Finanças e das comissõestemáticas. Esses são os deputados queacabam, por força da presença nessascomissões, tomando um conhecimento maisaprofundado dos assuntos que são debatidosaqui no plenário. E nós, que não fazemos partedessas comissões, muitas e muitas vezes nosnorteamos pelo entendimento dessesdeputados que fazem parte delas.

Com relação à questão dopagamento dos serviços ambientais, nósapresentamos um projeto claro, com seispáginas, regulamentando o artigo, para que oagricultor que preserva pudesse receber adevida compensação. Agora, há 180 dias pararegulamentar. Nós teremos eleições em 2010,estamos com dificuldade na regulamentação evotaremos o Orçamento do ano que vem semprevisão de recursos para o fundo, porque nãohá fundo. Portanto, em 2010 não haverárecursos para compensar os agricultores quepreservam.

É uma pena que isso tenhaacontecido. Votamos como estava previsto,dentro daquilo que o governo queria e do quefoi discutido nas reuniões públicas e tambémnas comissões e acabamos com o CódigoAmbiental aprovado.

Eu divirjo do deputado Pedro Uczai,que diz que nós, com isso, fizemos umaprovocação ao governo federal. Não foi feitauma provocação, em absoluto! Nós aprovamosaqui uma necessidade que tínhamos deresolver problemas pontuais da nossa terra, danossa Santa Catarina, porque já foi falado aquique as propriedades rurais do nosso estado,80%, 90% delas, são propriedades familiares,pequenas. Então, era necessário que nóstivéssemos aprovado esse Código Ambiental.

O Código do Meio Ambiente foiexaustivamente discutido, inclusive emreuniões públicas. Foram realizadas dezreuniões, deputado Reno Caramori, e ele foiexaustivamente discutido nas comissõestemáticas e também na comissão deConstituição e Justiça.

E está claro para todos que quempreservou 30m, 50m e 100m não podedesmatar! Mas se preservou, por que não podereceber? Se um agricultor que preserva cincoalqueires de terra produzir soja, produziria emtorno de 400 sacas, o que, num preço médio,daria R$ 20 mil. Se colocarmos 20% de lucro,chegaríamos a R$ 4 mil em cinco alqueires depreservação. Se esse mesmo agricultorpreservar cinco alqueires, não desmatar eganhar apenas R$ 300,00 por mês, em umano dará R$ 3,6 mil.

Eu procurei acompanhar e ler aquiloque me veio às mãos e formei um juízo muitorapidamente na questão dos 5m de proteçãoda mata ciliar; tomei uma posição muitorapidamente, inclusive contra a posição daminha bancada, em favor da posição dabancada do PT, que também, naquelemomento, entendia não serem ideais, não quefosse contra, os 5m, por haver justamentecontradições em decorrência do relevo donosso estado.

O que aconteceu? O ministro, ohomem do colete, no meu entender, foi quemprovocou, dizendo: “Eu vou mandar prender oagricultor que desrespeitar o Código Florestal!”Quer dizer, foi um ato de truculência, muitocomum no tempo da ditadura. Eu vivi muitoisso no tempo da ditadura! Eu era garoto, masgravei bem isso. Mas não se admite agora,nesses tempos de democracia consolidadaneste país, um ministro fazer uma ameaça

Eu visitei, agora, a Alemanha e lá háflorestas que foram todas replantadas. Há

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dessas. Isso, sim, foi uma provocação! E emfunção dessa provocação, houve a reação dosr. governador do estado, da sociedadecatarinense.

Muito obrigado! Então, faço um novo pedido, tambémdesta tribuna, para que as nossas autoridadesprocurem adiantar aquela obra, a fim de, sepossível, inaugurarmos até o final do ano,porque a partir do ano que vem queremos darinício à construção do presídio.

O Sr. Deputado Pedro Uczai - V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO ADHERBAL DEBACABRAL - Pois não!Existem setores da imprensa que

não leram direito o Código Ambiental e estãointerpretando de uma forma e existem setoresda imprensa que estão de pleno acordo com oque foi feito aqui. Que vai dar discussão, nãoresta a menor dúvida. Mas o que se espera éque se discuta, que se faça um entendimentono campo político, sem essas truculências dotipo eu prendo, eu arrebento, eu coloco ondeeu quero. Não é assim. Vamos discutir isso nocampo político, até chegarmos a umdenominador comum. É isso que eu espero.

O Sr. Deputado Pedro Uczai -Deputado Deba, quero cumprimentá-lo portrazer à tribuna a questão da organização dasassociações de municípios, que estãomontando políticas públicas para melhorar avida do povo, e a Amfri é um exemplo disso.

Hoje, a região da foz, uma das maisdesenvolvidas no turismo no estado de SantaCatarina e no Brasil, tem dois presídios, umem Itajaí e outro em Balneário Camboriú, comlotação praticamente triplicada. No caso deItajaí, temos capacidade para 200 presos eestamos abrigando mais de 600 presos.Então, é muito importante que essa obra dapenitenciária seja entregue ainda este ano,pela empreiteira, pela construtora. E estamosacompanhando de perto. É importante o seutérmino, para, a partir do ano que vem, darmosinício à construção do presídio.

Tive o prazer de, na condição deprefeito de Chapecó, ser presidente da Amosce depois da Fecam. E hoje é muito importantever as gestões públicas melhoradas com ofortalecimento das associações de municípiose da Fecam, com a luta municipalista,inclusive, com o papel das regiõesmetropolitanas sendo retomado, eis que opróprio projeto de habitação do governo federalpoderia avançar em várias regiões, como o valedo Itajaí, com a sua constituição.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PMDB.

Temos outros presídios em construçãona nossa região e em outros municípios, poisqueremos colocar os nossos presos dentro danossa região, para que eles não tenham quecumprir suas penas em outros municípios.

Com a palavra o sr. deputadoAdherbal Deba Cabral.

Parabéns por trazer o municipalismoao Parlamento catarinense.

O SR. DEPUTADO ADHERBAL DEBACABRAL - Sr. presidente, srs. deputados, sras.deputadas, catarinenses que nos assistempela TVAL e nos ouvem pela Rádio AlescDigital, neste momento em que estou usandoo horário do PMDB, o nosso partido, gostariade agradecer, primeiramente, ao nosso líder,deputado Antônio Aguiar, e fazer umahomenagem à Associação dos Municípios daFoz do Rio Itajaí.

O SR. DEPUTADO ADHERBAL DEBACABRAL - Muito obrigado, deputado PedroUczai. Acho que o importante dessa matéria évermos que o municipalismo e adescentralização partem das nossas asso-ciações de municípios.

Então, eu gostaria, nesta opor-tunidade, de agradecer ao nosso secretárioRonaldo Benedet, pelo empenho que estáfazendo em prol da nossa região, ao própriogovernador e ao vice-governador, que sãopessoas que têm interesse, uma vez que ovice-governador é da região.Já fiz referência aos ex-presidentes e

ao ex-presidente da Amfri, ex-prefeito de Itajaíe nosso colega, o ex-deputado VolneiMorastoni, que foi uma pessoa que trabalhoumuito para fortalecer o desenvolvimento domunicipalismo.

Ontem ainda morreu um taxista emBalneário Camboriú. Então, gostaria que aPolícia Militar e a Polícia Civil, que ocomandante da Polícia Militar e o secretário daSegurança procurem incrementar uma ação nanossa região, principalmente em BalneárioCamboriú, pois nesses últimos 30 dias foramassaltados sete taxistas, e ontem aconteceuuma morte.

A Amfri - Associação dos Municípiosda Região da Foz do Rio Itajaí - foi fundada nodia 10 de abril do ano de 1973 e hojecongrega 11 municípios da foz do rio Itajaí-Açu,municípios esses progressistas e na maioriabalneários. A Amfri é formada pelos municípiosde Itajaí, Balneário Camboriú, Bombinhas,Porto Belo, Itapema, Camboriú, Navegantes,Piçarras, Penha, Ilhota e Luis Alves, é osegundo pólo de desenvolvimento tantoindustrial quanto pesqueiro e terminal portu-ário do estado de Santa Catarina.

Quero parabenizar o secretárioexecutivo, nosso amigo Célio Bernardino, comquem tivemos a oportunidade de trabalhar,dizendo que hoje temos um projeto importanteque está sendo elaborado com os municípiosde Itajaí e Navegantes. Esse projeto estásendo feito pela Amfri para a construção daponte que liga Navegantes a Itajaí. Inclusive,para essa ponte estão colocados no Orça-mento da União R$ 100 milhões, uma ação doFórum Parlamentar Catarinense, tendo à frenteo nosso deputado federal João Matos. Alémdisso, temos hoje, dentro do Orçamentoestadual, uma importância para que possamosconstruir essa nossa ponte. Acho que estádependendo apenas dos prefeitos de Itajaí ede Navegantes darem o aval, para quepossamos assinar o convênio com o governofederal.

Eu gostaria de agradecer também oempenho do diretor-geral da Polícia Civil, dr.Maurício Eskudlark, que tem trabalhado nessesentido, e a todas as autoridades da PolíciaMilitar. Mas temos que incrementar uma açãopreventiva neste momento, porque são muitosassaltos durante o dia, são muitas mortes queestão acontecendo na região.

Por isso quero, nesta oportunidade,parabenizar o presidente atual da Amfri, que éo prefeito de Ilhota, Ademar Felisky. Como ex-presidente, quero dizer que tive a satisfaçãode presidir aquela entidade, juntamente comalguns deputados que já tiveram assento nestaCasa, como o ex-deputado Arnaldo Schmidt,que foi prefeito de Itajaí, como o ex-deputadoJandir Bellini, que retornou à prefeitura deItajaí, e como o atual vice-governador LeonelPavan. Ou seja, são pessoas que trabalharamdurante 36 anos para o desenvolvimento da-quela entidade.

É importante, então, que nós,deputados, que a Assembléia Legislativa e oPoder Executivo tenham consciência de quehoje um dos maiores problemas na nossaregião, a região litorânea, a região quecompreende o turismo de Santa Catarina, éjustamente a segurança pública. Temos quenos debruçar sobre esse assunto.Além disso, fizemos uma indicação

nesta Casa, a ser enviada ao governo federal, viaministérios da Infra-Estrutura e das Cidades, paraque sejam destinados R$ 50 milhões para os 11municípios que compõem a Amfri, para quepossamos aplicar esse recurso em obraspreventivas contra as enchentes. Porque de nadaadianta em toda enchente que acontece correratrás do prejuízo, pois existe muita demora, comoestá acontecendo agora, quando muitos recursosainda não chegaram para as cidades que foramatingidas pela enchente, como Blumenau, LuisAlves, Itajaí e Ilhota. Temos que conseguir, por-tanto, recursos para obras preventivas em nossaregião.

Faço parte da comissão deSegurança Pública nesta Casa e já converseicom o presidente da comissão, deputado Darcide Matos, para que se procure melhorar asegurança pública na região turística, porqueprecisamos dos recursos que o turista levapara aquela região. Mas sem segurança nãopodemos fazer turismo!

Eu solicitaria também que fossemmostrados, através do vídeo, os relevantesserviços que aquela associação tem prestadoà região e aos 11 municípios da foz do rioItajaí-Açu.

É importante salientar que, hoje, umdos trabalhos importantes da nossa Amfri éampliar e fortalecer a capacidadeadministrativa, econômica e social dosmunicípios da foz.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Gelson Merísio) - Sr. deputado Marcos Vieira,v.exa. fará uso da palavra logo apósencerrarmos a Ordem do Dia, que seráreduzida e durará poucos minutos.

(Procede-se à exibição de vídeo.)O Sr. Deputado Ismael dos Santos -

V.Exa. me concede um aparte?Também temos o projeto da nossa

penitenciária, sobre o qual já fizemos umpedido, da tribuna desta Casa, ao secretárioda Segurança Pública, ao secretário de Justiçae Cidadania, ao governador e ao secretário deDesenvolvimento Regional de Itajaí, uma vezque a descentralização está fazendo muitasobras, inclusive na região da foz, em todaSanta Catarina. Mas a nossa penitenciária deItajaí, cujo terreno foi adquirido pelosmunicípios de Itajaí, Balneário Camboriú eCamboriú, está com a construção um poucolenta, um pouco a passos de tartaruga.

O Sr. Deputado Marcos Vieira - Sr.presidente, então, pela ordem.O SR. DEPUTADO ADHERBAL DEBA

CABRAL - Pois não! O SR. PRESIDENTE (DeputadoGelson Merísio) - Com a palavra, pela ordem, odeputado Marcos Vieira.

O Sr. Deputado Ismael dos Santos -Muito obrigado, deputado Deba. Quero aliar-mea v.exa. nessa homenagem à Associação dosMunicípios da Foz do Rio Itajaí e enaltecer aquiuma figura que acabei contemplando há pouco,uma figura simpática, fantástica, que foi umdos arquitetos dessa associação, o ex-prefeitoWilson Klaus, o Rolinha, que já nos deixou,mas que merece a nossa homenagem.

O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA -Quero apenas fazer o registro da presença,nesta Casa, dos vereadores Valtemir Schmidt,da cidade de São José; Luiz Carlos Ferreira, oFerreirinha, da cidade de Bom Retiro; e do ex-prefeito da cidade de Santo Amaro daImperatriz, Nelson Isidoro da Silva, o Nelsinho.

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 9

Muito obrigado, sr. presidente. e o Palácio do Planalto. E o governo federal sesentiu acuado; o governo federal se sentiuenvergonhado de ter concedido benefício como chapéu alheio.

chapéu alheio: dinheiro do governo do estado,dinheiro dos municípios. O governo federal temque saber dividir o bolo da carga tributária.Santa Catarina é o quinto maior produtor dealimentos e é o sexto estado em arrecadaçãoneste país! E quanto dinheiro vem? DeputadoIsmael dos Santos, é verdade, R$ 13 bilhõessaíram dos catarinenses para os cofres dogoverno federal! E quanto é reinvestido emSanta Catarina? V.Exa tem razão, deputadoIsmael dos Santos, o prefeito João PauloKleinübing, mais uma vez, volta de Brasília comas mãos vazias.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoGelson Merísio) - Passaremos à Ordem do Dia.

Esta Presidência comunica queserão enviadas aos destinatários asIndicações n.s: 0251/2009, de autoria dodeputado Serafim Venzon; 0252/2009, deautoria do deputado Giancarlo Tomelin;0253/2009, de autoria do deputado DécioGóes; e 0254/2009, de autoria do deputadoDirceu Dresch, conforme determina o art. 206do Regimento Interno.

Srs. prefeitos, sras. prefeitas, euestou falando a verdade! Desculpe-me pordizer isso, deputado Jailson Lima, mas euestou falando a verdade!

A mesma coisa ocorreu quando foibaixado o pacote habitacional, deputado JoséNatal! O governo federal baixou um pacotehabitacional dizendo que as moradias sóatenderiam cidades com mais de 100 milhabitantes. E o que aconteceu? Dias depois, ogoverno federal refez a sua decisão e ampliouo pacote habitacional para as cidades do Brasilinteiro. Mas por quê? Porque sofreu pressão,porque os jornais do Brasil inteiro estamparamque o pacote habitacional baixado pelogoverno federal estava excluindo mais de 60milhões de habitantes. Então, parece-me que,efetivamente, o governo federal só trabalhasob pressão.

Esta Presidência também comunicaque defere os Requerimentos n.s: 0407 e0408/2009, de autoria do deputado SerafimVenzon; 0409, 0410, 0411 e 0412/2009, deautoria do deputado Reno Caramori; 0414 e0424/2009, de autoria do deputado PedroUczai; 0415/2009, de autoria do deputadoGiancarlo Tomelin; 0417/2009, de autoria dodeputado Jailson Lima; 0418/2009, de autoriado deputado Dirceu Dresch; 0419 e0425/2009, de autoria do deputado AdherbalDeba Cabral; 0420 e 0423/2009, de autoriada deputada Ada De Luca; e 0421 e0422/2009, de autoria do deputado NilsonGonçalves.

O Sr. Deputado José Natal - V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA -Pois não!

O Sr. Deputado José Natal - Só parav.exa. e a sociedade de Santa Catarinasaberem, quero dizer que o ministro daIntegração Nacional, Geddel Vieira Lima, parafazer a tramitação para a liberação do dinheiropara Santa Catarina parece que até hoje nãoresolveu, mas para comprar colchões, se nãome engano, foram gastos R$ 54 milhões,adquiridos de uma pessoa física! O ministroGeddel Vieira Lima cometeu isso com SantaCatarina e com o país! São aquelas famosasempresas de mala. Investiguem, srs.deputados do PT, porque aconteceu isso e odinheiro para Santa Catarina ele não mandou;mandou colchões comprados de uma pessoafísica!

O Sr. Deputado Ismael dos Santos -V.Exa. nos concede um aparte?

O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Eé isso que está fazendo, deputado Ismael dosSantos, e quero avocar o seu testemunho, poisnós conversávamos hoje pela manhã. E odeputado Jailson Lima diz que o governofederal libera recursos para isso, para aquilo.Quero invocar o seu testemunho, e concedo-lhe um aparte para isso, perguntando:Blumenau recebeu os recursos prometidospelo governo federal para as enchentes? Voufazer uma pergunta mais direta: dos R$ 250milhões prometidos pelo governo federal paracobrir o prejuízo das enchentes em Blumenau,quantos vieram e quantas vezes o prefeitoJoão Paulo Kleinübing já foi a Brasília requerero dinheiro?

Encerrada a pauta da Ordem do Dia,passaremos à Explicação Pessoal.

O primeiro orador inscrito é odeputado Marcos Vieira, a quem concedemosa palavra por até dez minutos.

O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA -Sr. presidente, srs. deputados, hoje pelamanhã, quando do início da sessão, estava nomeu gabinete e assistia pela TVAL aopronunciamento do ilustre deputado, segundovice-presidente desta Casa, Jailson Lima. Diziaele, e invocava o testemunho do deputadoSilvio Dreveck, que foi prefeito de São Bentodo Sul, dizendo que os municípios não podiamreclamar do FPM, pois nunca receberam tantosrecursos do FPM como receberam nessesúltimos anos.

O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA -Só para encerrar, gostaria de dizer que oagronegócio em Santa Catarina está numprocesso pré-falimentar há vários meses, esomente hoje o governo federal anuncia umpacote para salvar a agroindústria do paísinteiro, depois de vários meses. São centenasde pessoas desempregadas, centenas deempresas querendo dinheiro e não têm.Concedo um aparte a v.exa.!

O Sr. Deputado Ismael dos Santos -O prefeito João Paulo Kleinübing retornouontem de Brasília.

(Discurso interrompido pelo términodo horário regimental.)

Deputado Jailson Lima, eu vou-mepermitir ocupar a tribuna desta Casa para dizerque os municípios catarinenses - e aí eu querofalar para todos os prefeitos de SantaCatarina, deputado Ismael dos Santos - estãonum processo pré-falimentar. Isso significadizer que o governo federal não está dando osrecursos necessários para que cada um dosmunicípios possa ter uma sobrevida normal.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA -

Repita, por favor!O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Com a palavra o próximo oradorinscrito, deputado Edison Andrino.O Sr. Deputado Ismael dos Santos -

O prefeito João Paulo Kleinübing retornouontem de Brasília com as mãos vazias.

(Pausa)Na ausência o deputado Edison

Andrino, com a palavra o próximo oradorinscrito, deputado Serafim Venzon, por até dezminutos.

O ranking dos investimentos narestauração de Blumenau: R$ 23 milhõesinvestidos pelo município, R$ 11 milhõesinvestidos pelo governo do estado, R$ 9milhões pelo governo federal. Mas quero crer,deputado, apenas para concluir, que não éfalta de dinheiro. Santa Catarina mandou paraBrasília, em 2008, R$ 13.320 bilhões.Queremos apenas 10% para reconstruir o valedo Itajaí!

O governo federal alardeou, no anopassado, que reduziu o IPI para asmontadoras, no sentido de fazer com que elasnão entrassem num processo de degradaçãofinanceira. Mas esqueceu, deputado Ismaeldos Santos, o governo federal, de dizer que oIPI, o Imposto sobre Produtos Industrializados,não fica 100% com a União. O IPI é repartidocom estados e municípios. O governo federalesqueceu de dizer para as montadoras e paraos brasileiros que os estados e os municípiostambém estavam ajudando-as a sair do sufocofinanceiro. E um dos itens que fez reduzir areceita de cada um dos municípios de SantaCatarina e do Brasil foi exatamente a reduçãodo IPI para as montadoras.

O SR. DEPUTADO SERAFIM VENZON -Sr. presidente, sras. deputadas,telespectadores da TVAL, quero apresentaraqui um assunto que considero de muitaimportância: a questão da logística portuária.Esta Casa, por indicação minha, formou oFórum Permanente da Logística Portuária, quetem o objetivo de reunir todos os setoresinteressados para dar mais agilidade àsimportações e exportações.

Muito obrigado!O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA -

Então, v.exa., em aparte que lhe concedi,afirma que, para a desgraça acontecida no anopassado em Santa Catarina, mais especifica-mente em Blumenau, região que o presidenteLula sobrevoou e para a qual editou umamedida provisória concedendo R$ 250milhões, vieram só R$ 9 milhões?

Santa Catarina tem pelo menos seisimportantes portos: Laguna, Imbituba, Itajaí,Navegantes, São Francisco do Sul e Itapoá. Onosso estado, que tem o melhor PIB do Brasil,que tem a melhor distribuição de renda e quetem a melhor socialização da renda é umagrande porta de entrada e saída demercadorias. O mundo cada vez mais se abre eo nosso estado precisa melhorar o serviçoportuário, pois essa é a melhor maneira deexportar e importar cargas em grandesvolumes e a preços acessíveis à população.

Por isso chegamos ao caos finan-ceiro em que, hoje, se encontram asprefeituras, e parece-me que o governo federal,deputado Jailson Lima, quero aqui dizer, tempor costume trabalhar sob pressão. E não foidiferente sobre o chamado pacote, através doqual o governo federal, deputado José Natal,está dizendo que vai dar R$ 1 bilhão aosmunicípios. Mas não é verdade! Não vai dar! Édinheiro dos municípios, é dinheiro dosestados, é dinheiro da pressão que osmunicípios fizeram, em Brasília, na semanapassada. Setecentos municípios estiveram emBrasília e pressionaram o Congresso Nacional

Deputado Jailson Lima, solicito av.exa. que use todo o prestígio que tem juntoao governo federal, assim como o deputadoPedro Uczai e os demais deputados dabancada do PT, para pedir ao presidente Lula,ao governo federal, que, efetivamente, libereos recursos para a população de Blumenau,para a população atingida pela enchentes emSanta Catarina.

Por isso, sr. presidente, no dia 22 deabril, quarta-feira da semana que vem, o FórumPermanente da Logística Portuária estaráreunindo os deputados desta Casa com oobjetivo de traçar inúmeras audiências paraouvir o setor de transporte e saber o queSanta Catarina precisa fazer para melhorar ebaratear o acesso da mercadoria aos portos.

Agora, o que não podemos admitir,deputado José Natal, é que o governo federaldiga publicamente para todo o Brasil que estáconcedendo um benefício às montadoras,enquanto esse benefício está sendo dado com

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10 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

Vamos ouvir as empresas querecebem a mercadoria próxima ao porto e quedepois transportam na hora em que chegam osnavios. Vamos ouvir como estão os serviços dedragagem do canal, até porque a últimaenchente, em outubro e novembro do anopassado, assoreou o canal de acesso aosnossos maiores portos, os de Itajaí e deNavegantes. Como agora a obra já está emfase de conclusão, eu imagino que, estandoconcluído o serviço, Santa Catarina poderámelhorar, e muito, a logística.

por muito tempo. Agora, com a Portonave,tenho a certeza de que aportarão emNavegantes não só as cargas e as descargas,mas, principalmente, atracará o equilíbriosocial para levar ao seu povo aquilo de que émerecedor.

ambiente. Essa é a obrigação da empresa depesquisa, a Epagri, e ela já tem pessoalpreparado. Se falta pessoal, o governo queelimine um pouco daqueles que estão nassecretarias de Desenvolvimento Regional e quenão fazem nada e contrate técnicosambientalistas, técnicos engenheiros, para quefaçam essa análise. Daí eu tenho certeza deque o governo terá gente.

Assim, temos que melhorar alogística portuária, desde o canal, até osentrepostos, o transporte, a questão tributária,enfim, toda a legislação, para dar maisagilidade com o objetivo de ganhar tempo e,principalmente, preço.

Tanto é que, folheando o jornal ANotícia, eu me deparei com uma matériaintitulada “O Código Ambiental”, de LuizGustavo Assad Rupp, advogado, mestre emCiências Jurídicas, professor e coordenador doCentro de Direitos Humanos de Joinville. Nasentrelinhas ele diz o seguinte:

O Sr. Adherbal Deba Cabral - V.Exa.me concede um aparte?

O Sr. Deputado Adherbal DebaCabral - V.Exa. nos concede mais um aparte?

O SR. DEPUTADO SERAFIM VENZON -Deputado Adherbal Deba Cabral, v.exa., comoex-prefeito de Navegantes e como deputadorepresentante da região, também teminteragido com esse setor. Assim, dou-lhe aoportunidade do aparte.

O SR. DEPUTADO SERAFIM VENZON -Pois não!

O Sr. Deputado Adherbal DebaCabral - Deputado, com referência à logísticaportuária, é muito importante salientar quehoje temos o projeto do ramal ferroviário, quedeve ligar o sul e o oeste do estado com aregião do vale do Itajaí e com a região de SãoFrancisco do Sul e Itapoá. Então, é muitoimportante que esse projeto também caminhe,e a Fiesc, através do seu presidente, tambémtem-se empenhado, além das associações demunicípios.

(Passa a ler)“[...]Quem legisla em matéria

ambiental deve unir esforços com todosaqueles que estudam o ambiente para dis-ciplinar o que, como é e de que forma deve serpreservado.[...]”[sic]

O Sr. Deputado Adherbal DebaCabral - Deputado Serafim Venzon, parabénspelo seu pronunciamento. Srs. deputados, justamente o que eu

defendo, e tenho defendido sempre, é queessa regra, uma para todo o país, está errada.E para o estado também eu não concordo quesejam tantos metros para cá e tantos metrospara lá. Cada propriedade tem a suacaracterística: tipo de solo, tipo de vegetação.O que nós precisamos é aplicar a técnica.

Eu acho que esse assunto é muitoimportante. Hoje Santa Catarina se ressenteda logística portuária, pois temos já oproblema da BR-101, cuja duplicação está umpouco lenta. Temos as vias portuárias deNavegantes e Itajaí. Em Navegantes, atravésde um convênio com o governo do estado, omunicípio e a própria Portonave, que é aconcessionária do porto de Navegantes, umavez que ele é privado; em Itajaí, em convêniocom o governo federal, uma vez que é públicoe hoje está sob administração da prefeitura domunicípio.

É muito importante quando v.exa.fala dos portos internacionais. Eu, que tive aoportunidade de visitar muitos portos, como ode Cingapura e Roterdã, sei que temos quetrabalhar muito para chegar perto da suacompetitividade.

Se este país, se o homem vai à Lua,será que não há alguém que possa criar umametodologia para minimizar a situação aolongo dos rios e tecnicamente aplicá-la? É ofim da picada! Como é fácil plantarmos capim-elefante, que é uma erva daninha, até se podedizer, porque é invasora, mas é de excelenteproteção. E não é só plantar nas barrancasdas estradas para segurar os aterros. O capim-elefante é uma vegetação que se adapta emqualquer situação em nosso estado. A erva-cidreira, da mesma forma, com raiz profunda ecom uma densidade muito grande, retém aterra e as águas que podem carregar detritos edefensivos agrícolas ao longo dos rios.

O nosso canal, com o qual v.exa.está preocupado, deve ficar pronto estasemana. Nós devemos também, via governosfederal e estadual e portos de Navegantes eItajaí, manter uma draga durante 365 diasfazendo a retirada de todos aqueles problemasque temos no canal.

Então, é muito importante nós,parlamentares, termos essa preocupação como desenvolvimento, principalmente com aexportação. Agora, a partir de julho vamosiniciar a exportação de carne suína. Hojeestamos com a exportação também de aves.Assim, é muito importante que o porto de SãoFrancisco do Sul - e está em vias de serduplicada também a rodovia federal que vai deJaraguá do Sul até o porto de São Francisco doSul - tenha condições de competir com osportos internacionais, porque hoje a diferençaé muito grande em termos de custos emportos nacionais e internacionais.

É muito importante a nossa preocu-pação e vamos trabalhar para conseguir pelomenos competir com os portos internacionais.

Muito obrigado!O SR. DEPUTADO SERAFIM VENZON -

Muito obrigado pela sua participação. Queroconvidá-lo também para fazer parte do FórumPermanente da Logística Portuária. Tenhocerteza de que v.exa. dará uma grandecontribuição para melhorarmos o serviçoportuário.

Agora, é claro que também nãopodemos aceitar, deputado Professor Grando, quese seque banhado. Banhado não se seca, cerca-se se o gado estiver atolando e se for umbanhado que surgiu nos nossos córregos, nosnossos rios. Também não vou concordar nuncaque se desmatem as nascentes. Tem que haver aconsciência da preservação destas áreas, tanto obanhado como a nascente. Mas ao longo dos riosnão pode haver uma regra geral fixando em 5m,10m ou 20m, tem que ser de acordo com atopografia do terreno. Nós fazemos a defesa dosnossos córregos, com mais investimentos e commenos investimentos, mas sempre usando aprópria natureza.

Portanto, parabéns pelo seu pro-nunciamento e vamos continuar lutando, nós,que somos da região, para que os nossosportos sejam competitivos e tenham condiçõesde exportar dentro de prazos, que, pelo menos,compitam com os dos portos internacionais.

Por fim, sr. presidente, queroagradecer a presença do vereador AdemarBertan, do município de Morro da Fumaça, doPSDB, que nos tem auxiliado nos trabalhos nosul do estado.

O SR. DEPUTADO SERAFIM VENZON -Inclusive, deputado Adherbal Deba Cabral, opresidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, naúltima viagem aos países asiáticos, visitouportos com mais de 350 berços de atracaçãode navios, com mais de 300 ou 400guindastes para carga e descarga decontêineres.

Gostaria de agradecer a presença doprefeito do município de Atalanta e convidar osnobres pares desta Casa e a comunidadecatarinense para que, neste fim semana,marquem presença em Atalanta, na festadaquele município.

Por isso, eu volto a insistir nessatese. E aqui quero cumprimentar Luiz GustavoAssad Rupp pela matéria de hoje, no jornal ANotícia.

Agradeço também a presença doprefeito de São Joaquim...

Então, v.exa. pode imaginar o quantoprecisamos aumentar a capacidade dosnossos portos, principalmente dos portos deItajaí e Navegantes, que aumentaram muitonos últimos anos graças ao trabalho doprefeito Jandir Bellini, na sua primeira gestão,e do ex-prefeito Volnei Morastoni. Quandov.exa. foi prefeito conseguiu, com sua partici-pação, levar o porto de Navegantes àPortonave. E tenha certeza de que isso é umgrande instrumento, pois além de melhorar acapacidade de Santa Catarina exportar eimportar, será também um grande instrumentode equalização social para Navegantes, quetão bem v.exa. conhece.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.)

Claro que as coisas divergem, nóstemos que ser consciente daquilo que érealidade. Nós não podemos querer convencera comunidade catarinense toda de que eutenho a razão. A razão quem tem é a naturezae o sistema técnico de proteção. Há muitasmaneiras de trabalhar em benefício do nossomeio ambiente. E quanto aos rios urbanos,que recebem todo o tipo de dejetos humanos,será que não podemos preocupar-nos umpouquinho com eles?

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Com a palavra o próximo oradorinscrito, deputado Reno Caramori, por até dezminutos.

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Sr. presidente e sr. deputados, nós nosinscrevemos também no horário de ExplicaçãoPessoal para continuar o assunto queiniciamos, que foi tão debatido nesta manhã eque é de uma responsabilidade muito grande.

Todos nós, ministro, governador,presidente da República, precisamos preo-cupar-nos com a saúde dos rios e dos cór-regos, com a saúde dos mananciais de águaque estão sendo maltratados em todos osperímetros urbanos.

Eu fiz uma afirmativa, no horário dopartido, de que deveríamos usar a Epagri, queé o órgão técnico do governo, para fazer olevantamento de propriedade por propriedadee para fazer a avaliação dos procedimentosque devem ser tomados para preservar o meio

Navegantes, de certa maneira, foi,talvez, uma cidade dormitório de Itajaí e dentrodos nossos princípios de divisão da renda doestado e do país, certamente foi marginalizada

Lá no interior, deputado Décio Góes,eu noto que o pequeno produtor faz das tripas

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 11

coração para não deixar dejetos suínos,bovinos e de aves atingirem, alcançarem osrios. No perímetro urbano dá nojo! O termo queestou usando é para causar impacto, ou seja,para que aqueles que nos assistem entendam.Dá nojo, muitas vezes, olharmos para apéssima qualidade da água dos nossos rios,porque não há tratamento de esgoto nesteestado. O tratamento dos dejetos humanos noestado não chega a 14%, não chega nem a10%, deputado Pedro Uczai! Vai tudo para osrios, mas ninguém vê. Procuram até esconderquando sabem da gravidade do problema.

deputado Marcos Vieira, o discurso feito destatribuna, nesta manhã. Não esperava por váriasrazões.

recurso público? Não é recurso do governofederal por decisão política? Ou o prefeito querdinheiro direto para si? Para quê?

Começarei pelas manchetes dejornal trazidas por ele: “Governo federal apóiaem R$ 10 bilhões o agronegócio”. Essa era aprimeira manchete. Segunda manchete:“Governo federal amplia para municípios demenos de 100 mil habitantes e 50 milhabitantes a construção de casas.”

Srs. deputados, catarinenses, todosos compromissos que o governo federalassumiu está cumprindo. Há algumasdificuldades burocráticas, é verdade. O própriopresidente Lula, quando esteve em SantaCatarina, reconheceu o problema daburocracia. Mas dizer que não vieram recursospara o porto de Itajaí?! Dizer que não foramdestinados recursos para habitação?! Dizerque não foram liberados recursos do FGTS?Isso tudo além dos recursos que estão sendodestinados para as prefeituras!

Um milhão de casas foram anun-ciadas e o deputado Marcos Vieira critica ogoverno federal por esses anúncios, dizendoque o governo ampliou porque sofreu pressão.Mas que legítima pressão! E parabéns aogoverno, porque o que Fernando Henrique faziacom os prefeitos era por cachorros para queeles corressem de Brasília. Nunca maisesqueço o pronunciamento do Ivan Ranzolin,da base do governo, feito desta tribuna,quando voltou de Brasília indignado, porquehaviam tocado os cachorros nos prefeitos, nosdeputados e nas lideranças políticas, poisnunca um ministro, nunca o presidenteFernando Henrique Cardoso, em oito anos,recebeu os prefeitos.

E a comunidade catarinense tomaessa água na cidade. Não, tudo bem, ela étratada pela Casan, alguns podem dizer. Nóssabemos que é tratada. Quanto é que custa otratamento dessa água? Quanto é que custaretirar as impurezas e as imundícies que estãosendo transportadas até a estação detratamento?

O Sr. Deputado Décio Góes - V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO PEDRO UCZAI - Eusó quero terminar esse raciocínio e depois douo aparte para v.exa. Desculpe, é que eu acabeiconstruindo um raciocínio.

Então, não adianta, minha gente!Nós não podemos tapar o sol com a peneira.Precisamos ser conscientes, como homenspúblicos, e fazer com que não só oParlamento, mas o Executivo estadual efederal entendam que temos que discutirtecnicamente essa problemática que estáassolando Santa Catarina, o Brasil e o mundotodo.

Mas quero dizer, deputado JailsonLima, que essas críticas são bem-vindas.Deputado José Natal, é para essa direção queo Brasil está caminhando e a Oposição estácom dificuldade.

Deputado Jailson Lima, quero dizerpara v.exa. - e ontem os membros da CaixaEconômica Federal afirmaram isto - que háproblemas com relação aos recursos queestão indo para os municípios, porque osmunicípios não estavam preparados parareceber emendas parlamentares nessevolume. Isso é sincero e verdadeiro, porqueantes era uma emenda a cada três ou quatroanos, quando era liberado, porque para algunsnão era liberado. Agora, cada deputado federalde Santa Catarina poderia vir aqui, nestatribuna, se tivesse oportunidade, e anunciarquantas emendas parlamentares estão indoaos municípios. Qual é o problema que estáacontecendo, deputado José Natal? É que osmunicípios não têm assessoria técnica paraelaborar, em tempo hábil, os projetos, de tantorecurso que está sendo aprovado. Só dosdeputados federais são mais de R$ 100milhões por ano para Santa Catarina. Mais deR$ 100 milhões!

O colunista Marcelo Cunha, do TerraMagazine, escreveu um texto, e vou ler aqui sóuma parte:

(Passa a ler.)Agora, enfrentamos a situação dos

catadores de papel, de garrafas pet -chamados catadores porque o produto nãotem valor. Os que reciclam estão semcapacidade de competição porque o imposto émuito caro. Não há mais interesse em reciclar.Tudo isso para onde vai? Na hora em que oscatadores pararem de juntar latinhas, latas,plásticos, vidros, garrafas pet, irá tudo para osrios. A nossa gente não está aindasensibilizada, preparada para guardar, porquedepois alguém vai levar. Mesmo que guarde láno fundo do lote, não jogue isso no córrego, navaleta, na rua, porque vai tudo para o rio. Issoé importante para o meio ambiente!

“É dura a vida de colunista eescritor. Não adianta eu falar, insistir, berraraqui nesse espaço ou onde mais me deixaremà solta. Tem que vir o Obama pra dizer em altoe bom inglês que o Lula é o cara, Lula is theman e aí, sim, a imprensa repete aos milhões,o Fernando Henrique tem um choqueanafilático de tanta inveja e todo mundo cai nareal.

Isso não significa que não tenhacríticas ao Lula ou ao Partido [...]”

E aí ele continua.“Vivemos em um mundo real, com

defeitos reais, conseqüências infelizes danossa humanidade. Compreender esse mundoe governar para ele, tentando ao mesmotempo torná-lo melhor, com direito a algumaquantidade de sonho, é o que diferencia umpolítico competente de um estadista. E Lula éum estadista, o maior que já tivemos.

Não basta simplesmente proibir ocorte - se bem que ninguém está cortando -, oque nós queremos é que as propriedadesconsolidadas se mantenham como estão e, éclaro, preservem cada vez mais.

Bem-vindos os R$ 10 bilhões aoagronegócio do governo Lula. E o deputadoMarcos Vieira critica. Bem-vindo esse ummilhão de casas. São 400 mil casas paraquem ganha até três salários mínimos, 400 milcasas para quem ganha de três a seis saláriosmínimos, e mais 200 mil casas para quemganha de seis a dez salários mínimos. Quebom que ampliaram para os outros municípios.Mas, para alguns, a ampliação para os outrosmunicípios é motivo de crítica. Um deputado daOposição que faz esse tipo de pronunciamentoanima-nos muito, deputado Décio Góes, paraque percebamos o quanto o governo dopresidente Lula está respondendo à crise.

O Sr. Deputado José Natal - V.Exa.me concede um aparte?

Eu acho que boa parte dessepreconceito contra o Lula é preconceitomesmo, do ruim. Olhem o que eu ouvi ontemmesmo de uma moradora de um bairro nobredaqui. Ela explicou que não torce para oCorinthians, porque afinal ‘tenho todos osmeus dentes e conheço o meu pai’. Uffff.

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Pois não!

O Sr. Deputado José Natal - Nãoexiste melhor agente ambiental neste país doque os catadores, eles são os verdadeirosagentes ambientais deste país. E não estãotrabalhando por dinheiro, porque o queganham é uma miséria. Por isso, há crise!Porque não são valorizados. Mas com certezaabsoluta, na hora em que melhorarem ascoisas, nós vamos ver o que v.exa estádizendo, que as cidades vão estar mais limpas,o meio ambiente vai estar melhor e tudo mais!

Lula, por exemplo, que mal conheceuo pai, na infância, e não sei quanto aosdentes, mas sei quanto aos dedos, torce parao Corinthians. E eleger o Lula foi um momentosublime para os brasileiros porque elerepresentou a nossa aceitação de nósmesmos por nós mesmos, condição essencialpara uma nação ser algo maior do que ummero país. Eleito, Lula nos libertou e o Brasildeu o salto que todos vivem, mesmo que nãoqueiram ver. Na América Latina, e eu leio aimprensa dos nossos vizinhos, Lula éidolatrado como um grande líder nacional, queama seu povo e se dedica a defender os seusinteresses, ao mesmo tempo em que tentasinceramente ajudar a integrar os que nosrodeiam.

Quando houve a crise da Ásia, o ex-presidente Fernando Henrique deixou quebrar opaís. Em 2009, desvalorizou o real? Não, foi omercado que desvalorizou o real no país,passando para mais de R$ 3,00 o valor de umdólar.

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Nós vamos voltar a esse assunto, que é muitoimportante, muito interessante e de granderesponsabilidade. E você, catarinense, tambémé responsável pelo meio ambiente. Faça a suaparte!

Por isso, eu não posso calar-mediante da fala do deputado Marcos Vieira,incitada e com a colaboração do deputadoIsmael dos Santos ao se pronunciar sobre osrecursos em Blumenau. Os nobres paresprecisam de seriedade, precisam terinformações para falar. O prefeito pode terrecebido R$ 9 milhões, mas a Caixa EconômicaFederal, sem o apoio da prefeitura, sem oapoio do prefeito, distribuiu milhões de reais.Cinco mil, seis mil, até sete mil pessoas, emBlumenau, foram atendidas na Vila Germânica,recebendo os recursos do FGTS. Recursodireto para a população atingida! Não é

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Obrigado, deputado RenoCaramori. Somos admirados por que passamos

a nos levar a sério e deixamos de puxar o sacodo primeiro mundo, como fazia o nossopomposo FHC. Barramos espanhóis (inocentes,claro) na fronteira exigindo tratamento decenteaos nossos viajantes que entram na Europa.Lula não tem medo de ninguém e exige estarno G-20, mas junto com o G-8, ou onde querque se decida alguma coisa. Lula ajudou

Com a palavra o próximo oradorinscrito, deputado Pedro Uczai, por até dezminutos.

O SR. DEPUTADO PEDRO UCZAI -Deputado Jailson Lima, deputado Décio Góes esrs. parlamentares, estou muito tranqüilo emuito à vontade aqui para dizer que nãoesperava de um deputado da Oposição, o

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Chávez a sobreviver e hoje o enche de elogios,enquanto sabota seus piores planos e ajuda oBrasil a vender e ganhar muito com aVenezuela. Garantiu o empate na quase guerrade araque entre Colômbia e Equador, fazendoo Brasil atuar como o líder que tem que ser.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoJailson Lima) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado Elizeu Mattos.

vivenciando. Notem bem o título do 16ºCongresso do PPS que será realizado nos dias7, 8 e 9 de agosto: ‘Sem Mudança não háEsperança’.O SR. DEPUTADO ELIZEU MATTOS -

Sr. presidente registro a presença do vice-prefeito do município de Monte Castelo, doPartido dos Trabalhadores, sr. AlcidesMalikoski, que hoje visita esse Parlamento e émeu particular amigo.

Falando sobre congresso, tradi-cionalmente os nossos congressos sãomomentos privilegiados para cada militante.Discutem-se questões que envolvem o fazerpolítico, seja no plano internacional ounacional, assim como aspectos orgânicos daatividade partidária. Há participação comdireito a voz e voto a todos aqueles que noBrasil e no exterior estejam empenhados nabusca das transformações que, a seu ver,possam assegurar nos marcos da democraciaum futuro melhor para a humanidade.

Lula abriu agências da Embrapa empaíses africanos, onde nossa biotecnologiatropical vai ajudar a combater a fome e criaruma agricultura moderna.”[sic] O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Companheiro Alcides, hoje foiregistrada a sua presença três vezes, logo, é ovice-prefeito com mais registros de presençana história da Assembléia Legislativa.

E em todo o texto o jornalista vaifalando do seu orgulho, apesar das críticasque faz ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É disso que o PSDB e o DEM, ex-PFL,critica-nos neste país! Receber crítica, destatribuna, de que o governo Lula está apoiandonossos municípios; receber crítica de que ogoverno do presidente Lula está investindo R$ 10bilhões no setor produtivo, que está em crise;receber crítica de que o governo do presidenteLula vai construir um milhão de casas, ampliandoagora o programa para todos os municípios,dando direito aos trabalhadores de terem a suaprópria casa, isso chega a ser elogio da Oposição!

O Sr. Deputado José Natal - Peço apalavra, pela ordem, sr. presidente.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoJailson Lima) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado José Natal.

Nós estamos resgatando a espe-rança, principalmente com os jovens quenecessitam da participação política. Nessesentido, depois de realizarmos este ano o 16ºCongresso do PPS que antecede o pleito de2010, teremos o compromisso de construiruma coesão de um novo bloco político,democrático e reformista capaz de ganhar aseleições e governar a partir de 2011.Propomos também discutir e reformular onosso estatuto e modernizá-lo conforme osnovos tempos.

O SR. DEPUTADO JOSÉ NATAL - Sr.presidente, rapidamente, com a compreensãodo deputado Professor Grando, como faleisobre o ministro Geddel Vieira Lima, queropassar a informação correta.

Sr. presidente, a isso se chama umanação, um Brasil para todos os brasileiros. Eorgulhamo-nos de ser do Partido dosTrabalhadores, orgulhamo-nos de ter Lulacomo presidente do Brasil.

Diz a primeira matéria:(Passa a ler.)“Ao relentoO ministro da Integração Geddel

deixou em Santa Catarina diversas pessoas aorelento na época das enchentes porque aburocracia não o deixou liberar os recursospara o estado.”

Portanto, o partido passa por umprocesso interno e passa também peladiscussão de um novo bloco político para asdisputas eleitorais de 2010 e após 2010começar a governar em 2011 com toda atranqüilidade, porque ‘Sem Mudança não háEsperança’.” Nós fazemos política de formapropositiva, de contribuição e sabemos quãoimportante é a participação de todos. É umpartido que se moderniza e está na luta.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado José Natal - Peço a

palavra, pela ordem, sr. presidente. A outra matéria diz:O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado José Natal.

“O sono profundoOutra operação montada pela equipe

de Geddel, entretanto, foi concluída a toque decaixa. Mesmo sem teto, os desabrigados emSanta Catarina dispõem de 200 mil colchões e200 mil travesseiros. Nesse caso aemergência serviu de argumento para adispensa da licitação. O negócio de R$ 40milhões foi fechado com um fornecedor pessoafísica de Brasília. E quando o sol surgiu emSanta Catarina, as pessoas voltaram à vida e aburocracia do dinheiro” - e tudo isso foicolocado pelo meu líder Marcos Vieira e pelosdeputados da região - “continua emperrando,sim.”

O SR. DEPUTADO JOSÉ NATAL - Comjustiça e com muita alegria, quero registrar apresença, neste plenário, do meu amigo,suplente de vereador, que já foi vereador aomeu lado no município de São José, o sr.Altevir Schmitz, o amigo da comunidade, comoé conhecido em São José, que agora, numaparada brava, contra tudo e contra todos, nãoquer que seja construído o cadeião na cidade.Ele está lutando, é um guerreiro.

Sr. presidente, o deputado federalde Santa Catarina e líder do PPS em nívelnacional, Fernando Coruja, levantou umaquestão que nos preocupa também. Refiro-meà Medida Provisória n. 425, que tem umaemenda do deputado José Guimarães, do PTdo Ceará, que permite a dispensa de licençaambiental prévia quando da execução de obrasviárias federais.O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Seja bem-vindo, vereador. Estepaís precisa mais escolas do que de cadeias.

Notem, srs. deputados, que aquiloque combatemos e que tanto se discutiu aqui,o deputado do PT propõe através dessaemenda, dispensando o licenciamentoambiental.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoJailson Lima) - Baiano trabalha muito e precisade colchão para dormir, deputado José Natal.

O Sr. Deputado Décio Góes - Peço apalavra, pela ordem, sr. presidente.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoJailson Lima) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado Décio Góes.

Com a palavra o sr. deputadoProfessor Grando, por até dez minutos. O presidente Lula sabe da buro-

cracia, das dificuldades para se obter olicenciamento; nós aqui também sabemos,basta lembrar a questão da rede elétrica quepassa de forma submersa em nosso oceanoem direção à ilha, cujo licenciamentoambiental atrasou praticamente três anos aobra. Agora, o presidente que assumisse issoe enviasse a MP com essa redação e não fazercom que, como alerta o nosso líder FernandoCoruja, um deputado que todos conhecem, queé lá do Ceará, José Guimarães - o mesmo cujoassessor foi preso em um aeroporto brasileiroportando US$ 200 mil, dizendo que eradinheiro decorrente de vendas em uma feira -apresentasse uma emenda que contempla oque ele quer.

O SR. DEPUTADO PROFESSORGRANDO - Sr. presidente, companheirosdeputados, companheiras deputadas, nósqueremos anunciar a presença da presidenteda Câmara Municipal de Belo Horizonte,vereadora Luzia Ferreira. Ela estará noAuditório Antonieta de Barros, às 16h,lançando o projeto Pé na Estrada, do PPS.

O SR. DEPUTADO DÉCIO GÓES -Ontem conversei com o deputado RonaldoBenedet, secretário de Segurança Pública doestado de Santa Catarina, no sentido desolicitar agilidade na apuração dos quatroincêndios seguidos que ocorreram no HospitalInfantil Santa Catarina. Foram incêndiosaparentemente criminosos, acontecidos depoisque o prefeito anunciou a privatização dosserviços, a concessão ou uma parceria público-privada para se livrar do hospital pelo fato delepresumivelmente dar R$ 300 mil de prejuízo.

O que é o Pé na Estrada como projetodo PPS? É uma iniciativa ousada para as eleiçõesjá de 2010. O projeto visa a melhorar o desem-penho eleitoral do partido por meio de um trabalhoespecífico nos 164 municípios brasileiros commais de 100 mil eleitores, que representam 46%do eleitorado nacional. Essas localidades terãoprioridade e nas suas campanhas eleitorais odiretório nacional e os diretórios estaduaistrabalharão juntos, levando para o restante dos66% dos eleitores de cada estado esse projeto,viabilizando-o também nos municípios menores.

Então, houve esses incêndios nohospital, sem contar o incêndio ocorrido,também em janeiro, no Centro de EducaçãoInfantil Professor Lapagesse. A cidade estámuito temerosa com o número de incêndiosque têm ocorrido.

Então, nós estranhamos essaemenda. É uma grande discussão que estáocorrendo no Senado, e o nosso posiciona-mento, que é bastante claro, é contra essaemenda, pois sabemos que temos que reforçaros órgãos ambientais, melhorar as condiçõesde trabalho, para que possamos atender ademanda, já que essa é a função do serviçopúblico. Como sempre digo, governar éestabelecer prioridades e a infra-estrutura éuma das grandes prioridades. Portanto,devemos fazer com que os órgãos públicos,tanto em nível municipal, com adescentralização, que pode licenciar atividades

O deputado secretário de estado daSegurança Pública já está consciente dagravidade dessa situação na cidade, cujapopulação está preocupadíssima com onúmero de incêndios em prédios públicos. Osecretário concordou em agilizar asinvestigações para que a população volte a tertranqüilidade. E se houver alguém por trásdisso, que realmente seja punido severamente.

Portanto, é uma iniciativa do PPS deir em busca do eleitor, colocando seus projetose suas idéias. Nos dias 7, 8 e 9 de agosto, nacidade do Rio de Janeiro, teremos o 16ºCongresso Nacional do PPS, cujo título por sisó já diz muito sobre o momento que estamosvivendo: ‘Sem Mudança não há Esperança’.

Daí a necessidade de avançarmosainda mais, diante do momento de crise,diante do momento político que estamos

O Sr. Deputado Elizeu Mattos - Peçoa palavra, pela ordem, sr. presidente.

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de pequeno impacto, quanto em nívelestadual, que licencia atividades de grandeimpacto, e em nível federal.

filho estiver na universidade e dependendo docurso, R$ 2.520,00 pode ser o custo de ummês de mensalidade. Num curso da área dasaúde, por exemplo, Odontologia, Medicina, ocusto mensal não é menos que isso. Mesmoque esse filho, um só, esteja no colegialcumprindo o ensino fundamental, o custoanual já vai ser superior a R$ 2.520,00.

Art. 2º - A multa referida no artigoanterior será aplicada no valor de R$ 5 mil porveículo sinistrado.

Mas quero dizer que a emendadesse parlamentar deve ser derrotada naCâmara Federal para não ser inserida nocontexto do meio ambiente nacional. Essa, sr.presidente e companheiros deputados, é anossa realidade, é a luta do PPS.

Art. 3º - Esta lei entra em vigor nadata da sua publicação.”

O que nós pretendemos com isso?Obrigar as seguradores a comunicar ao Detransempre que houver um sinistro com perda totaldo veículo. Por que isso tem que acontecer?Porque a seguradora, muitas vezes, indeniza oproprietário do veículo, paga a perda total,paga o valor do veículo, mas fica com acarcaça, deputado Deba, com o chassi, eacaba revendendo essa carcaça para um ferrovelho, para um desmanche. Eu próprio já fuivítima disso, como tantos outros.

Então, o que nós pretendemos? Queseja banido o limite de dedução com despesasde mensalidade e matrícula, ou seja, que tudoque for investido com educação dos filhospossa ser deduzido no Imposto de Renda. Eque, além disso, possam ser incluídas asdespesas com aquisição de material didático-pedagógico, porque esse material é umcomponente das despesas com a educação.

Para terminar, quero dizer a todosque o dia 21 de abril, já que esta é a nossaúltima sessão antes do feriado, simbolizaTiradentes na sua luta; simboliza TancredoNeves; simboliza o aperfeiçoamento dademocracia e da participação popular, que commuito custo vem sendo aprimorada, poissempre há esperança e alternativa através daorganização partidária.

No episódio de Tubarão nós éramos130 compradores de boa fé! Eu sei o quantome incomodei e o desgaste político, exploradoequivocadamente por alguns, inclusive, quetive com aquele episódio.

Isso é justiça tributária. Nósconhecemos a situação de pais que têm gas-tos de R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 20 mil por anocom educação, só conseguem deduzir R$2.520,00 e ainda não podem incluir asdespesas com material didático-pedagógico.Liminares, então, já começam a pipocar emvárias instâncias da Justiça deste país,permitindo a inclusão de todas as despesascom educação durante o ano.

O nosso partido não é o maiorpartido do país, mas procura contribuir com assuas idéias, com o seu avanço e com a suacoerência na trajetória dos seus militantes,dos seus parlamentares, dos seus repre-sentantes, e tem como presidente nacionalRoberto Freire, do qual todos conhecem ahistória e a firmeza; tem como presidenteestadual o nosso companheiro FernandoCoruja, que quer fazer para as eleições de2010 essa mudança, a fim de resgatar aesperança de um novo bloco de coesãopartidária, para que haja alternativa de poder epara que o país possa avançar ainda mais nobem, para atender a população, que é tãocarente e tão necessitada, para que o Brasilretome os seus caminhos, que são meritórios,pelo que já foi construído, pelas riquezas quepossui e por este belo povo, pela sua tradiçãoe pelo seu trabalho.

Na semana passada, recebi otelefonema de um cidadão da capital que medisse que o seu veículo, que foi sinistrado comperda total há mais de um ano, está circulandocom outras peças, e a responsabilidade aindaé do proprietário anterior!

Além dessa questão da educação, épreciso que no Imposto de Renda possam serdeduzidas também as despesas commedicamentos. Ora, se é possível a deduçãosem limites das despesas com consultas, comexames médicos, odontológicos e até cominternação, não é possível que não se possamdeduzir as despesas com medicamentos!Como faz, então, a pessoa? Depois dodiagnóstico da doença, deputado Jailson Lima,a pessoa não pode deduzir os gastos com osmedicamentos para curar essa doença?! Oprincípio do Imposto de Renda é o leão tomarpara si uma parte do lucro, mas despesas commedicamentos não é lucro! Esse dinheiro édespendido para a recuperação da saúde docontribuinte.

Então, a nossa proposta é simples,deputado Peninha: obrigar a seguradora acomunicar ao Detran quando ocorrer umacidente com perda total do veículo, para queseja dada baixa naquele chassi, naqueleveículo, para que ele não possa mais rodar,não possa mais ser aproveitado por umamontadora qualquer, utilizando-se, de repente,de peças de veículos desmanchados, deveículos furtados. Se a seguradora comunicarao Detran, ele terá que dar baixa e aqueleveículo não existirá mais! Senão o ferro velhocomprará a carcaça, que tem o chassi, e apartir dali poderá legalizar um veículo compeças que vêm não sei de onde.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado Elizeu Mattos - Peço

a palavra, pela ordem, sr. presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado Elizeu Mattos.

Eu espero que esta Assembléiapossa debater esse assunto rapidamente. Nãohá nenhuma implicância. Para quem trabalhade forma honesta, transparente, não háproblema algum! Sinistrou, deu perda total doveículo, comunica ao Detran para dar baixadefinitiva naquele documento, naquele veículo,naquela carcaça.

Portanto, nós esperamos que oCongresso debata essa questão, para que secorrija essa injustiça e que possam serincluídas as despesas com material didático-pedagógico, abolido o limite de dedução naeducação e também sejam incluídas asdespesas com medicamentos para dedução noImposto de Renda.

O SR. DEPUTADO ELIZEU MATTOS -Sr. presidente, eu só queria registrar apresença, hoje, nesta Casa, de lideranças deBom Retiro, o ex-vereador Vicente, o Orni, oLuiz Carlos e a Márcia, que nos estão visitandoe acompanhando a sessão na Casa do Povo. Ora, se o segurado recebeu a

indenização pelo seguro que havia contratado,pela perda total do veículo, não pode aseguradora negociar essa carcaça! Não pode,deputado Peninha, porque vai parar num ferrovelho ou num desmanche para alimentar essaindústria do crime!

O SR. PRESIDENTE (DeputadoJailson Lima) - Com a palavra o próximoinscrito, deputado Joares Ponticelli, voz vi-brante do PP, por até dez minutos.

Vou voltar a esse assunto com muitafreqüência até que haja, por parte, pelo menos,dos nossos representantes em Brasília, umamanifestação acerca dessa matéria.O SR. DEPUTADO JOARES

PONTICELLI - Quero cumprimentar v.exa.,presidente, quero cumprimentar os srs.deputados, os catarinenses que nosacompanham através da TV Assembléia, daRádio Alesc Digital e aqueles que tambémcomparecem à nossa sessão no dia de hoje.

Outro assunto que quero abordar,deputado Jailson Lima, e repercutir hoje é amatéria publicada na Folha de S.Paulo,amplamente divulgada na grande mídianacional, no dia de ontem, com respeito àconclusão da CPI das Seguradoras pelaAssembléia Legislativa de São Paulo.

Nós queremos, portanto, que aAssembléia se manifeste rapidamente, porqueessa foi a conclusão à que a CPI de São Paulochegou. Lá, depois de meses de investigação,eles decidiram que deveriam encaminhar umprojeto de lei idêntico a esse queapresentamos já no dia 7 de abril, e eu esperoque possamos aprová-lo rapidamente.

Sr. presidente, eu continuo naexpectativa de uma manifestação dos nossosdeputados federais, dos senadores de SantaCatarina, do Fórum Parlamentar Catarinense,no que diz respeito ao assunto que levantamosaqui, na semana passada, deputado Peninha,sobre a injustiça tributária que se praticacontra o assalariado neste país com relaçãoao Imposto de Renda.

Aquela Assembléia criou uma CPIpara investigar as irregularidades patrocinadaspelas seguradoras. E a conclusão vem aoencontro, e eu fiquei muito satisfeito com isso,do projeto de lei que apresentei nesta Casa,deputado Jailson Lima, no dia 7 de abril.Nesse dia, deputado Peninha, eu propus e foilido em plenário um projeto de lei muito curto,muito objetivo, mas com grande efeito, quetem o seguinte teor:

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - Com a palavra o próximo oradorinscrito, sr. deputado Rogério Mendonça,Peninha, por até dez minutos, que na noite deontem participou da sessão solene de entregado título de Cidadão Catarinense a três figuraspúblicas do estado de Santa Catarina: senadorNeuto De Conto, secretário Mauro Mariani e ex-governador Casildo Maldaner.

Eu tenho dito sempre que não háninguém tão penalizado, deputado AdherbalDeba Cabral, quanto o assalariado. Ele é oúnico que não tem como diminuir a cargatributária! Sonegar, então, a possibilidade ézero porque a retenção do imposto já é feita naprópria fonte, no próprio contracheque.

(Passa a ler.)“Art. 1º - Ficam as empresas

seguradoras de veículos estabelecidas noestado de Santa Catarina obrigadas a informarao Departamento Estadual de Trânsito, oDetran, os sinistros que acarretaram perdatotal do veículo, devendo para tanto serprocedida à competente anotação noprontuário do mesmo, sob pena, em assim nãoprocedendo, de estarem sujeitas à multa.

O SR. DEPUTADO ROGÉRIOMENDONÇA - Sr. presidente, deputado JailsonLima, nosso orgulho do alto vale e quenovamente preside uma sessão nesta Casa,gostaria de saudar v.exa. e também os demaisdeputados aqui presentes, especialmente odeputado Adherbal Deba Cabral, do nosso vale

E aí, ao se fixar em R$ 2.520,00 olimite para dedução com despesas deeducação, está sendo praticada uma injustiça,pois esse valor não paga nem o custo damensalidade somente de um filho. Se esse

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14 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

do Itajaí, Navegantes, que não está há muitotempo nesta Casa, mas que se tem destacadopelo seu trabalho em defesa da sua região.Até quero dizer ao deputado Adherbal DebaCabral que tenho certeza de que s.exa. voltaráa esta Casa, a partir de 2011, como deputadoefetivo, titular.

trajetória pela história de Santa Catarina esobre o seu orgulho em receber aquelahomenagem; o senador Casildo Maldaner,com aquela maneira descontraída de falar,brincalhão como sempre, falou com muitoorgulho sobre seus tantos anos de vidapública; e o deputado Mauro Mariani, umajovem promessa da política, aliás, não épromessa, porque s.exa. já tem váriosmandatos, ainda subirá muitos degraus napolítica catarinense.

é porque está sendo cobrado; quando sai àsruas, também é cobrado. E assim tambémacontece com os deputados.

Hoje, quinta-feira, estarei emTijucas, deputado Adherbal Deba Cabral; àtarde, em Canelinha; à noite, emBombinhas, no aniversário de Mário Pera.Amanhã, sexta-feira, durante o dia estareiem Timbó e em Benedito Novo, e à noite, nomunicípio de Atalanta, na abertura da 1ªEcofest, uma belíssima festa daquele mu-nicípio. Já no sábado estarei no municípiode Rio do Sul visitando lideranças, e aomeio-dia almoçarei com vereadores e comlideranças daquele município. No domingoestarei participando de diversos eventos noalto vale, em especial em Imbuia, na loca-lidade de Campos das Flores. E convidov.exa., deputado Jailson Lima, para ir junto,eis que é uma grande e belíssima comuni-dade, onde tenho sempre marcado presençanas festas.

Neste meu espaço gostaria de falarsobre alguns assuntos, deputado Jailson Lima,relativos à cidade de Rio do Sul, que ontemcompletou 68 anos.

O deputado Jailson Lima, estedeputado, com o governador Luiz Henrique, oprefeito Milton Hobus e diversas liderançasdaquele município participaram de solenidadesem Rio do Sul, em comemoração ao seuaniversário. Participamos de uma solenidadeem frente à prefeitura; participamos dediversas inaugurações.

Além desses três atores principais,tivemos outras pessoas que utilizaram atribuna, como, por exemplo, o ex-governadorPaulo Afonso Vieira, que representou oPMDB. Inclusive, ontem, o PMDB estava emfesta, tivemos a presença de lideranças detodo o estado e a Casa do Povo ficou lotadacom muita gente vibrando. Tivemos tambémo deputado Jailson Lima na tribuna, quefalou pela Oposição. S.Exa. fez umpronunciamento que foi muito elogiado. Já odeputado Manoel Mota falou pela bancadada Situação, enquanto o secretário ValdirCobalchini falou em nome do governador.

O povo de Rio do Sul estava feliz,contente, pelo aniversário, deputado AdherbalDeba Cabral, e pelo que o governador LuizHenrique, o governo do estado, tem levadoàquele município. Inclusive, ontem ogovernador reiterou o seu carinho com Rio doSul. E todos que usaram da palavra disseramque nunca na história do município umgovernador ajudou tanto Rio do Sul quanto LuizHenrique da Silveira. Fico contente com isso,até porque sou deputado do alto vale, de Riodo Sul, e todas aquelas obras, aquelasconquistas, deputado Professor Grando, têmtambém a minha participação.

Na segunda-feira da semana que,sr. presidente, estarei, durante o dia,visitando diversos municípios, especialmenteRio do Oeste, onde vou almoçar numareunião com as lideranças; à tarde estareivisitando a prefeitura de Laurentino e aslideranças daquele município. Na terça-feira,porque ninguém é de ferro, reservei paravoltar a Florianópolis, pois é feriado, ondealmoçarei com a minha família, que tambémcobra de vez quando a minha presença.

Enfim, foi uma sessão solenemuita bonita que esta Casa realizou. E tive oorgulho de ser o deputado proponente dahomenagem a esses três, hoje, ilustrescatarinenses.

Quero também falar aqui, depu-tado Jailson Lima, sobre a questão doTribunal de Contas. Todos sabem que estouinscrito para a vaga de conselheiro doTribunal de Contas. Hoje, inclusive, participeide uma sabatina, poderíamos assim dizer.Até quero parabenizar a comissão,composta pelos deputados Joares Ponticelli,Elizeu Mattos, Professor Grando, Décio Góese Serafim Venzon, que fez, realmente, umato muito bonito, ouvindo todos os inscritos.

Nobres pares, eu gostaria dereverenciar Rio do Sul pelos seus 68 anos. Etambém quero, deputado Jailson Lima, parabe-nizar v.exa., pela sua participação, porque,mesmo v.exa. tendo feito oposição, nacampanha, ao atual prefeito, jamais se negoua participar e a trabalhar por Rio do Sul, emtodos os sentidos.

Então, vejam só que final desemana. O deputado vai descansar? Não,porque ele trabalha e muitas vezes muitomais do que durante a semana, aqui.

Um abraço a todos e um bomtrabalho aos deputados nesse final desemana que se avizinha.

Estávamos todos lá. E o governador,em todos os momentos, levantou o meu braço,levantou o braço do deputado Jean Kuhlmann etambém do deputado Jailson Lima, dizendoque as conquistas de Rio do Sul se devem aesses deputados. Mas devem-se também aopróprio governador Luiz Henrique da Silveira.Até porque quando o governador foi candidato,pela primeira vez, quem o apoiou foi odeputado Jailson Lima, que era o prefeito dacidade, à época. Nessa última eleição, oprefeito Milton Hobus, que está fazendo umabelíssima administração, também apoiou LuizHenrique. E é importante ver que a rivalidade édeixada de lado em prol da nossa cidade, nocaso, a capital do alto vale, Rio do Sul.

Muito obrigado!Eu disse lá, naquele momento,

que não concorrerei com o deputadoHerneus de Nadal. O meu nome só estáinscrito porque sei da pressão que s.exa.está sofrendo - logo ele, que foi o deputadomais votado da história de Santa Catarina -de lideranças da sua região e de todo oestado, eis que querem que continue nestaCasa. Mas acredito que ele vá, sim, disputara vaga de conselheiro do Tribunal deContas.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Jailson Lima) - O deputado Peninha pres-tando conta do trabalho como sempre.Inclusive, sou testemunha viva do seu tra-balho no alto vale e nos municípios por ondes.exa. tem andado.

De acordo com o art. 108 doRegimento Interno, a Presidência comunicaque são as seguintes matérias destinadas àOrdem do Dia da 30ª sessão ordinária, de22/04/2009: discussão e votação em turnoúnico do Projeto de Lei n. 0020/2009, deautoria do deputado Jailson Lima; discussãoe votação em turno único do Projeto de Lein. 0066/2009, de autoria do deputadoDarci de Matos; discussão e votação emprimeiro turno do Projeto de Lei n.0035/2008, de autoria da deputada AnaPaula Lima; discussão e votação emprimeiro turno do Projeto de Lei n.0324/2008, de autoria do deputado PadrePedro Baldissera; discussão e votação emprimeiro turno do Projeto de Lei n.0357/2008, de autoria do deputado GelsonMerísio.

O meu nome só estará à dispo-sição, ou seja, eu só concorrerei se odeputado Herneus de Nadal disser que abremão da disputa. Portanto, quero deixar istobem claro: o meu nome está à disposição,mas, em primeiro lugar, o meu respeito e omeu voto serão para o deputado Herneus deNadal.

Eu gostaria também de falar aquineste momento sobre a sessão solene quetivemos ontem, por minha proposição,quando foi entregue o título de CidadãoCatarinense a três ilustres homens públicosdo nosso estado: o senador Neuto DeConto, que nasceu no Rio Grande do Sul; oex-governador e ex-senador CasildoMaldaner, também nascido em solo gaúcho;e o atual deputado federal Mauro Mariani,que nasceu no Paraná. Os três têm umavida pública muito extensa, muito bonita ede muito trabalho, mas ainda não eramcatarinenses de direito como passaram aser a partir de ontem.

Gostaria também de aproveitareste momento, como sempre faço nasquintas-feiras, deputado Adherbal DebaCabral, para falar um pouco da minhaagenda do final de semana.

As pessoas dizem que deputadotrabalha pouco, que só trabalha naAssembléia três dias, quatro dias e quedepois vai descansar em casa. Mas osdeputados trabalham no fim de semana,assim como os vereadores. Sabemos que overeador trabalha sempre. Quando ele vai,aos domingos, lá no bar, tomar uma cerveja,

Esta Presidência, antes deencerrar a presente sessão, convoca outra,ordinária, para quarta-feira, à hora regi-mental.

Foi uma solenidade bonita, demuita emoção, e as pessoas que usaram apalavra falaram muito bem. O senador NeutoDe Conto, em seu pronunciamento, de umconteúdo muito bonito, falou sobre sua

Está encerrada a sessão.

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 15

A T O S D A M E S A

ATOS DA MESA DLATO DA MESA N. 020-DL, de 2009

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTACATARINA, de acordo com o art. 52, inciso I, do Regimento Interno, nouso de suas atribuiçõesATO DA MESA N. 019-DL, de 2009 CONCEDE licença ao Senhor Deputado Elizeu Mattos para ausentar-sedo País, no período de 24 a 29 de abril do corrente ano, para tratar deassuntos inerentes a reunião da União Parlamentar do Mercosul - UPM,em Assunção/Paraguai e Santiago/Chile.

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, de acordocom o art. 52, inciso I, do Regimento Interno, no uso de suas atribuiçõesCONCEDE licença ao Senhor Deputado Edison Andrino, para ausentar-se doPaís, no período de 20 a 26 de abril do corrente ano, a fim de participarjunto a Missão do Conselho Regional - Assembléia Legislativa de Valparaíso -Capital 5ª Região Administrativa.

PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 17 de abril de 2009Deputado JORGINHO MELLO - PresidenteDeputado Valmir Comin - 3º SecretárioPALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 17 de abril de 2009Deputada Ada Faraco De Luca - 4º SecretárioDeputado JORGINHO MELLO - Presidente

*** X X X ***Deputado Moacir Sopelsa - 1º SecretárioDeputada Ada Faraco De Luca - 4º Secretário

*** X X X ***

P U B L I C A Ç Õ E S D I V E R S A S

AUDIÊNCIA PÚBLICAO nosso objetivo hoje é ouvir em nome da Assembléia

Legislativa do Estado e da Comissão de Agricultura e Política Rural,acompanhar e buscar soluções para os problemas aqui na produção damandioca.

ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE AGRICULTURA EPOLÍTICA RURAL, PARA DEBATER SOBRE A QUESTÃO DOS TERMOSDE AJUSTE DE CONDUTA NO SETOR PRODUTIVO DA MANDIOCA,REALIZADA NO DIA 20 DE NOVEMBRO DE 2008, ÀS 15H, NOMUNICÍPIO DE JAQUARUNA

Nós buscamos números nos últimos dias nos inteirandosobre o assunto e, de fato, nos surpreende o grande número deagricultores envolvidos nessa atividade. São cerca de sessenta milagricultores, principalmente familiares, e a maioria envolvida naprodução da mandioca; cerca de quatrocentas empresas pequenas emaiores envolvidas nessa atividade e que geram uma rendaextraordinária e o desenvolvimento para os municípios. Então jamaispode se pensar que essa atividade não deva continuar.

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS (Walter Filho) - Senhoras esenhores, é com grata satisfação, carregada de emoção e preocupaçãocom a situação dos produtores de mandioca de Jaguaruna e região, quea Assembléia Legislativa está aqui neste salão imbuída do mais firme eforte desejo de auxiliar cada um dos senhores, trocando idéias juntocom todas as autoridades correlatas dessa preocupação com aprodução da mandioca e o seu impacto no sistema ecológico.

É nessa perspectiva que estamos aqui hoje querendo buscarjuntamente com vocês soluções, encaminhamentos, para que a safraque vem aí seja de fato tranqüila. Não queremos os agricultorespreocupados, desanimados. Nós queremos buscar caminho, esse é opapel da Assembléia Legislativa, e acredito que isso também seja papelda Fatma e do Ministério Público de não excluírem, de não tirarem aspessoas do processo produtivo em que estão, mas sim dar condiçõespara elas continuarem a sua atividade.

Convidamos para compor a mesa dos trabalhos o presidentedesta audiência, o deputado estadual Dirceu Dresch, da bancada do PT; odeputado estadual Décio Góes, da bancada do PT, e ex-prefeito de Criciúma;o senhor Silvio Tadeu de Menezes, representando o secretário de Estado daAgricultura e Desenvolvimento Rural, Antônio Ceron; o senhor João Paulo daSilva Teixeira, presidente da Associação das Indústrias Processadoras deMandioca e Derivados do Estado de Santa Catarina (AIMSC); o senhor Eniltode Oliveira Neubert, coordenador do Projeto Mandioca, da Epagri; o senhorJoão da Silva, secretário municipal de Agricultura de Sangão; o senhor ValterArino Vieira, representando o Sindicato Rural de Jaguaruna e Sangão; osenhor Eclair Coelho, gerente regional da Epagri de Araranguá, neste atorepresentando as demais gerências da Epagri do sul do Estado; o senhorLorisvaldo Felisbino Constante, representando o Sistema Cresol, deJaguaruna; e o senhor Adriano Margote, do Sintraf de Treze de Maio.(Palmas.)

Então, queremos agradecer toda a equipe da Assembléia,através da rádio; da TV; do jornal; das nossas taquígrafas, que vãofazer o relatório, tudo o que vocês falarem vai estar no relatório, depoisvamos passar para os demais deputados, vamos passar para aSecretaria da Agricultura, que o nosso secretário Ceron está aqui repre-sentando, e vamos dar todos os encaminhamentos possíveis destaaudiência pública. Gostaria de agradecer a presença de vocês trazeremesse nosso grande compromisso.

Eu conheço e acompanho essa região aqui em torno de trezeanos, catorze anos, sempre organizando e ajudando os agricultores,enquanto agricultor familiar que sou. E agora como deputado estaduale como dirigente sindical há muitos anos. Então, a gente quer de fatodeixar esse grande compromisso aqui com vocês, e que durante estatarde de hoje façamos bons encaminhamentos.

Para conduzir os trabalhos desta audiência pública para tratardo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) da mandioca, convidamos osenhor deputado estadual Dirceu Dresch.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Boa-tarde atodos e a todas, mulheres e homens da nossa agricultura familiar e daagricultura em geral da região litoral sul.

Queremos registrar algumas presenças: senhor CarlyllMenezes, professor da Unesc; doutor Airton Luiz Bortoluzzi, professor epesquisador da Escola Agrotécnica Federal de Sombrio; e os pesquisa-dores e professores que lideram os estudos técnicos nas suasinstituições sobre as atividades.

Com muita satisfação quero agradecer a todos que atenderam oconvite da Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa.

Gostaria de comunicar a ausência do presidente da nossaComissão, o deputado Moacir Sopelsa, que por problemas de saúdeteve que permanecer em Florianópolis. Mas temos aqui o deputadoestadual Décio Góes, que nos honra com a presença, a confirmação dodeputado estadual Joares Ponticelli, que deve chegar daqui a pouco, eo deputado estadual Genésio Goulart. ficou de comparecer, possivel-mente deve estar chegando daqui a pouco.

Então, queremos aqui de imediato passar a palavra para odeputado estadual Décio Góes - antes de passá-la ao Enilto, que vai fazer apalestra aos nossos convidados aqui - para a sua saudação inicial.

O SR. DEPUTADO ESTADUAL DÉCIO GÓES (SC) - Queria daro meu boa-tarde a todos os presentes e saudar a mesa em nome dodeputado Dirceu Dresch, que preside os trabalhos.

Gostaria de dizer que, como deputado do sul, não poderiadeixar de estar presente acompanhando uma questão que incomoda avida de grande parte da nossa comunidade. E nós precisamos encon-trar o ponto de equilíbrio entre produzir e a questão ambiental.

Nós tínhamos uma expectativa também da presença doMinistério Público. Recebemos hoje, pela manhã, uma carta dopromotor de justiça do Ministério Público aqui de Jaguaruna, e tambémda Fatma comunicando que não estariam presentes hoje. O promotorde justiça efetivo de Jaguaruna está em férias e, portanto, não foimandado ninguém daquele órgão. Com certeza todos vocês tambémtinham a expectativa de o Ministério estar aqui. Mas já quero deantemão garantir a todos que vamos continuar essa luta juntamentecom o Ministério Público, vamos trabalhar enquanto Comissão deAgricultura para que as questões que levantarmos aqui hoje sejamtodas encaminhadas.

Para isso que a Assembléia Legislativa está aqui, para seinteirar dessa questão. E como presidente da Comissão de MeioAmbiente da Assembléia Legislativa, estamos aqui para escutar ecolocar o nosso mandato à disposição.

Quero deixar essa breve saudação a todos vocês e parabe-nizá-los pela mobilização que fizeram. Tem muitas pessoas, e estamosaqui para escutar e nos inteirarmos da questão que vocês têm paracolocar.

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Bom trabalho a todos e boa tarde. passou um pouco despercebida e a sociedade acabou sempre deixandoà margem, e junto com ela ficaram aqueles que trabalhavam, ficaramos donos dos nossos engenhos, das nossas fecularias, do nossoagricultor. Por quê? Porque não se vende muito adubo para mandioca,não se vende muita ou nenhuma semente para mandioca. A rama é oagricultor mesmo que faz, isso foi deixando a cultura à margem. Isso éimportante a gente ter em mente porque vai explicar um pouco do quenós vamos ver para frente.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Com apalavra o senhor Enilto de Oliveira Neubert, coordenador do ProjetoMandioca, da Epagri, para fazer um breve relato sobre a situação.

O SR. ENILTO DE OLIVEIRA NEUBERT - Boa-tarde a todos e atodas. Cumprimento o deputado Dirceu Dresch, e por extensão osdemais colegas da mesa.

Dentro do que me foi atribuído vou tentar fazer um relatosituando os presentes da condição, ou um histórico, ou um quadro, ouuma síntese, do estágio em que estão essas conversações, essasnegociações que tratam do licenciamento da atividade do processa-mento da mandioca no Estado.

Nesse quadro começam a surgir as cobranças ambientais dosetor, e aí surge a questão do TAC, e isso chega até a Epagri. O termotinha que se ajustar às questões ambientais, e a Epagri é muito claranisso: realmente temos que nos ajustar, todos nós temos que dar anossa contribuição e fazer o nosso esforço.Antes, porém, só registrando (assim que me consultaram

sobre a questão da exposição) que a nossa compreensão, da Epagri, éque esse tipo de síntese, de histórico, talvez fosse mais adequada serrealizada pelo Ministério Público, que foi o grande articulador, o grandeparceiro e o grande coordenador de todas essas discussões. Mas naimpossibilidade dos colegas vamos tentar passar para vocês rapida-mente uma síntese do estágio, do estado de arte desse debate. Aintenção é utilizarmos vinte minutos a trinta minutos para tentarmossituar os presentes e criar alguns subsídios que possam enriquecer eajudar no debate.

Então colocamos que sempre aparecem lá - e a gente visitouesses engenhos - dizendo: “Lá vem o cara da Fatma, do MinistérioPúblico e não sei mais quem, lá vem encrenca”. A gente trabalhounuma outra lógica com o setor. Na realidade, o Ministério Público temsido um grande parceiro nessas questões ambientais, da mesma formaa Fatma, e o setor acabou reconhecendo isso e conseguimos estabele-cer um diálogo interessante e evoluir nisso aí, não como adversários,mas como parceiros comprometidos com o mesmo propósito. Acho quetivemos uma evolução grande, e esse trabalho que vocês vão ver pelafrente ocorreu até então nesse clima de parceria, e sempre sob acoordenação e muito importante atuação do Ministério Público.

Sobre a audiência pública o próprio deputado ou a própriaAssociação das Indústrias pode trabalhar um pouco o histórico, porque foiquem articulou e trabalhou essa idéia. Eu vou me ater mais na questão doproblema, da discussão aqui em si, em que estágio ela se encontra.

Aqui temos os engenhos para vocês se situarem e veremonde estamos hoje. Mas de onde saem esses engenhos? O engenhovem da beira d’água (certamente vocês conhecem melhor essa históriado que eu), a gente tem que ter essa compreensão do setor. Quandonasceu, essa atividade - claro que a história é um pouco mais longa -era assim: a água era utilizada para quê? Servia para o transporte, paraa energia, para lavar as raízes, como insumo, para trabalhar dentro doengenho, e o rio também servia para levar o que sobrava embora. Eraassim que a coisa funcionava. E esse engenho nasce, ele vem da beirad’água, tem uma tendência muito forte disso. Então é uma atividadeque nasce nesse ambiente ou ela estava muito próxima dessesambientes. Então temos que entender isso para, na hora que nósquisermos dar esses passos, considerar essas questões que são ahistória dessa atividade.

Antes de entrarmos no assunto do licenciamento ambiental,acho que é muito importante todos nós termos uma idéia clara sobre oque estamos falando, que é a cultura da mandioca em Santa Catarina.

(Procede-se à projeção de imagens.)Eu acho importante entendermos um pouco do produto sobre

o qual estamos tratando e o que vai implicar ou impactar aquilo quenós decidirmos ou encaminharmos.

Primeiro, essa cultura ainda hoje se faz presente em SantaCatarina praticamente em um terço das unidades familiares do Estado.Em 60 mil unidades você vai encontrar a mandioca ora como alimentode mesa (como aipim), ora como a mandioca que vai para indústriafazer a farinha, o polvilho, a fécula. Então, é uma cultura talvez dasmais presentes em todo o Estado de Santa Catarina. São 32 milhectares, e tem produzido em torno de 600 mil toneladas por ano. Issoé uma média de cinco anos. Santa Catarina é o décimo primeiroprodutor nacional, mas certamente em qualidade é um dos primeiros ouo primeiro na qualidade do produto.

O que aconteceu num momento seguinte? Isso foi evoluindo,o pessoal começou a ficar preocupado em não jogar aquele líquido todopara dentro do rio, começaram a fazer alguns buracos lá por perto,foram jogando isso para lá, mas ainda alguma coisa escorria e paravalá nos córregos. Também é uma situação que não é mais aceitável,obviamente. Se lá nos idos de 1950, 1960 ou 1970 isso era possível,hoje já não é mais.

Aqui uma questão interessante sobre o que tratamos hoje, oobjetivo desta audiência: são quatrocentas unidades de beneficiamentoe processamento distribuídas em torno de sessenta municípios deSanta Catarina. Então, em sessenta municípios do Estado não temos lásó uma lavourinha de mandioca, mas temos um engenho de farinha,uma fecularia ou uma polvilheira - e óbvio que em alguns deles até maisque uma dessas unidades. É uma atividade que tem uma boa abran-gência no Estado e uma alta capilaridade.

Essa era uma das situações mais recentes que nós tínhamosaqui.

Claro que uma situação daquelas não era mais aceitável.Então, a sociedade, com esse novo olhar, com essas preocupações nasquestões ambientais, vem e começa a criar toda uma pressão, todauma cobrança, e os órgãos começam a se voltar, pois unidadescomeçam a ser fechadas (aponta para foto), como engenhos, fecula-rias, outros começam a ser autuados, num claro recado da sociedade,digamos assim, que diz: olha, o setor precisa se adequar. E por queprecisa se adequar? Qual é o problema?

Temos oito mil empregos diretos - aqui foi uma contribuiçãode um setor do Incepa, uma metodologia que eles nos forneceram, aíchegamos nesse dado.

Pensando só em raízes, aqui um dado um pouco defasado,se vendêssemos toda a fécula, toda a farinha, todo o polvilho e todasas raízes produzidas, essa produção (ano base 2006), hoje talvez umpouquinho mais, estaria nessa faixa de R$ 200 milhões e com umpotencial de arrecadação de impostos de R$ 10 milhões. Então,enquanto setor, ele tem um peso e tem ainda contribuído com odesenvolvimento do Estado. Se nos reportarmos um pouco à histórianós vamos ver que boa parte dos municípios catarinenses é o que éhoje graças à mandioca, porque lá no início a atividade econômica eraessa. Hoje a história é outra, mas lá (do que eram e de onde saíram)cresceram a partir da mandioca.

Efluente. Sobre isso eu não vou entrar muito nas questõestécnicas, e até tenho algumas lâminas mais técnicas, mas não vouexplorar essa parte. Depois no debate, se for o caso, a gente podevoltar. Na verdade, vou procurar passar rapidamente um histórico dessadiscussão.

A manipueira é aquela água que sai da raiz da mandioca. Aoprocessar a raiz, espreme, vai para a prensa ou então lava a massa, eaí sai uma água, a mais pura delas, que é a da prensa da farinha(engenho de farinha se chama manipueira, é a água da raiz). O que éesse suco? Na verdade, começou a se criar certo entendimento de queisso era o grande veneno. Qual é a diferença entre o veneno e oremédio? Às vezes é a dose. Então, tem problema, sim, mas ela é umsuco natural, e isso é importante.

Aqui uma questão que muito nos preocupa. Acho que amandioca, quando se fala nas outras culturas -, não querendo menos-prezar nenhuma delas - é o mais brasileiro de todos os cultivos. E esseproduto brasileiro tem uma importância muito grande em SantaCatarina. Como diz uma faixa aqui: “Santa Catarina é o berço daindustrialização da mandioca no País”, essa frase dá um seminário,para não dizer uma palestra.

Água vegetal. Na realidade, isso é mais para fecularias epolvilheiras, quando se lava a massa, mistura essa água aqui (manipueira)com a água que é injetada no sistema, aí sai uma água um pouco maisfraca, mas também com certa carga orgânica, que se mal manejada vai criarproblemas, sim. E ainda tem a água de lavação da raiz.Quando nós trabalhamos em cima desse setor e tomamos

algumas atitudes que podem nos levar para um lado ou para outro, nãoestamos impactando somente na questão social e econômica, masestamos talvez promovendo ou não a nossa cultura, a nossa história. Ehoje não tenho dúvidas de que matando um setor desses, estamosmatando uma parte de cada um de nós, porque a história e a nossacultura fazem parte da gente, isso é uma identidade inclusive de SantaCatarina. É muito importante a gente se ater e trabalhar esse assuntocom o maior cuidado possível.

Então, esse conjunto de águas é a grande preocupação dasociedade, e com razão. Essas são as águas que estão na pauta hojeda nossa conversa.

A composição desse líquido numa fecularia é muito rica. É umsuco muito rico; como fertilizante então, tem essa função... Óbvio, nãoé um fertilizante equilibrado, tem coisas de mais, tem coisas de menos,como nutrientes... Mas aqui está (aponta para a tabela) a composiçãodesse líquido.

Qual o problema citado aqui? Olha, esse tal cianeto é umveneno! Realmente, cianeto é letal, mas nós manejos, nós trabalhos,

A mandioca é uma cultura que, em função de ser muitorústica, nunca foi de interesse do grande agronegócio. Então ela

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vocês vão ver que não é como se falava, não é o grande problema. Masaqui existia uma tensão muito grande e obviamente que tambémprocedente em termos de cuidados, mas não com aquele impacto todoque se colocava. E a parte de carga orgânica? Aí sim, a carga orgânicadesse líquido é muito forte e nós temos que ter bastante cuidado comesse tipo de produto.

do que aquilo que o nosso engenho fazia, exceto aqueles que jogavamdireto para o rio. E se a gente for aprofundar a conversa talvez aindanão... É uma situação muito pior, porque isso aqui é uma injeção naveia de poluição.

O que acontece geralmente com as indústrias? Ninguém é deferro, não é? Chega no sábado, por aí, tem que parar de trabalhar.Quando chega lá, na sexta-feira, sábado ao meio-dia ou à tarde, a lagoaestá cheia. Aí pára a indústria e o cara volta na segunda-feira, quandoele voltar o buraco, a água já está lá embaixo, porque infiltrou tudo.Quer dizer, isso é tecnologia de se recomendar? Não é.

O que existia para tratar esses líquidos? O que tem até entãopara tratar essas águas? Se essas águas têm problemas, se forem malmanejadas, qual a tecnologia para tratar isso? Olha, a única tecnologiaque existe, comprovada com estudos, com trabalhos, é essa tecnologiaaqui (aponta para imagem), sistemas de lagoas desedimentação/estabilização. Mas é importante observar uma coisa: seformos fazer um projeto adequado, dentro desse sistema, tecnicamentebem feito, o que temos? A primeira ou a segunda lagoa já precisa teruma profundidade entre 4 metros e 5 metros (se pudermos fazer com5,5 metros, melhor, porque os bichinhos ali dentro precisam trabalharna ausência de ar, então nós teríamos que criar essa condição). Evocês sabem que muitos dos nossos terrenos se cavarmos 1,5 metro,2 metros, já aparece água. Então como vamos adotar essa tecnologia?É uma tecnologia que não cabe para boa parte daqueles quatrocentosengenhos que temos lá, daquelas quatrocentas indústrias.

Se a única tecnologia recomendada tem dificuldades, e o queestava se fazendo não é a mais adequada, que estudos existem outrabalhos que mostram como poderíamos usar outros sistemas.

Então,vamos ver na bibliografia, tenho aqui o trabalho de doisautores que mostra que nenhum dos outros sistemas que elesestudaram foi eficiente no controle desse produto.

Aqui teve um trabalho por filtro de prensa, que no caso de umdeterminado produto, um determinado composto, ainda consegue umpouquinho mais de 60% de eficiência. Então, realmente vocês podemver que não existia uma solução para poder trabalhar isso.

Portanto, diante desse quadro, o que fazer? Imaginem todasessas discussões, todos nós conversando à luz daquela realidade, edaí? Uma tecnologia não pode ser adotada por todo mundo, não temuma adequada, como é que nós vamos fazer?

Bom, pode ainda ter um problema de área. Aqui, no mínimoumas três lagoas (aponta para imagem), mas nós temos casos em quesão necessárias mais cinco, seis, sete lagoas. E aí, onde está essaárea? Às vezes não se tem mais essa área disponível. Outra questão:nós temos engenhos de farinha que são pequenos, e isso tem umcusto. O engenho terá condição de arcar com o custo dessa tecnolo-gia?

Então, no início de 2003, juntaram-se: Cidasc, EscolaAgrotécnica Federal de Sombrio, Epagri, prefeituras (através dos seustécnicos), industriais (quem participou mais no início foi o pessoal dopolvilho), Casan, UFSC, Sebrae, Fatma e Unesc, com o acompanha-mento e a coordenação do Ministério Público Estadual. E aí fomos,então, tratar dessa polêmica. Colocamos todo esse caldo, toda essarealidade em cima de uma mesa para discutir o que fazer: vamos fechartodo o setor, vamos aplicar a lei, enfim, o que vai se fazer?

Então, a gente começa a ver que, mesmo sendo a única tec-nologia disponível, acaba não sendo acessível ou adequada para boaparte dos nossos engenhos, das nossas indústrias. Esse era umproblema central, esse era um problema sério, pois nós tínhamos quetratar aquele líquido, tínhamos que dar um destino adequado, nãopodíamos aceitar a contaminação ambiental, mas de que forma fazerisso se a única tecnologia não nos possibilitava aplicar em todas assituações?!

Nessa discussão surgiram três propostas de pesquisa. Narealidade quatro, mas a UFSC retirou [a proposta] no final. A EscolaAgrotécnica Federal de Sombrio apresentou uma proposta, a Epagritambém uma e a Unesc outra, com uma observação: apesar daspropostas terem origem em cada uma dessas instituições, todos ostécnicos que participaram fizeram uma discussão sobre cada umadelas. Então, na realidade, apesar de ser uma proposta de cadainstituição, tem o trabalho dos colegas da Escola Agrotécnica Federalde Sombrio; do professor Carlyll; da professora da Unesc; do professorAirton, da Escola Agrotécnica; e do pessoal da Epagri. Definiu-se,então, coordenado pelo Ministério Público, que esses trabalhos iriam acampo, esses seriam os estudos a serem realizados, buscando uma al-ternativa para aquele problema que vocês viram lá.

E tem uma questão que hoje não está posta... Quer dizer, elajá está posta, mas não está sendo cobrada: mesmo quem adotar essesistema vai ter que, logo, logo, começar a se preocupar com o metano,porque hoje está aí a discussão do aquecimento global e você sabemque a produção de metano é muito mais violenta em termos de aqueci-mento global do que o próprio CO2. Essa é uma questão que está nosistema, então também não é uma tecnologia 100% ecologicamentecorreta, digamos assim. Ela vai exigir complementaridades maisadiante, mas isso era o que se tinha.

Então, se aquilo lá era o que se tinha, o que nós vínhamosfazendo em Santa Catarina antes desses estudos? Como estava SantaCatarina antes dos estudos? Porque quando começaram as cobranças,nós chegamos: “Bom, se a única tecnologia não é possível...” Mascomo está Santa Catarina, o que vem se fazendo? Primeiro, já existiano setor uma orientação dos técnicos, da Cidasc, da Epagri. Então, boaparte já fazia esse trabalho de separação de casca e de massa. O queé isso quando se separa a casca e a massa? A gente está empobre-cendo a carga orgânica desse líquido. E obviamente que faziam issoporque parte vai para a alimentação animal, já era um subproduto quetem uso lá dentro da propriedade, mas ajuda a criar, a diminuir osproblemas que poderiam ter sido causados se tivessem sido colocadosno meio ambiente.

Foram conseguidos recursos na Fapesc, que é uma Fundaçãode Pesquisa do Estado, e a Fundagro foi quem viabilizou e administrouesses recursos para executar esses projetos.

Como este é um assunto novo, na Epagri tínhamos outrosenvolvimentos. Até a nossa área de formação não é a mais adequadaou a que mais deveria estar envolvida em uma equipe para tratar dessasituação. Então, reconhecendo isso, contratamos a senhora MarneyCereda, pode-se dizer que hoje é uma autoridade internacional nesseassunto, que é professora aposentada da Universidade de São Paulo, eacabou sendo a nossa consultora para nos orientar e auditar todos osnossos trabalhos. Inclusive, como temos aqui a presença do professorAirton, da Escola Agrotécnica Federal de Sombrio, e do professorCarlyll, da Unesc, nos debates, eles podem abordar um pouco dotrabalho deles. Eu só vou tentar colocar aquilo que chegou numaproposta de tecnologia em relação a essa questão.

Aqui o sistema, as indústrias, o que tinha que melhor (apontapara foto). Isso era, digamos assim, entre aspas, um dos melhoresprojetos que nós tínhamos: aqui um decantador e aqui uma fecularia.Passaria o decantador, empobrecia essa carga orgânica (é mais oumenos isso que faria) e iria para um sistema de lagoas - isso que vinhasendo licenciado, isso que é um projeto licenciado - e aqui, então, erarealizado o tal tratamento. Quem fazia melhor, fazia isso; e quem nãofazia melhor, era aquele que continuava escorrendo para algum lugarpara o qual não deveria, não é? Mas essa era a situação mais oumenos que estava ou que está.

A Epagri optou por um caminho, e aí debateu com essasoutras instituições, com esses outros professores.

Então, se isso é um suco natural, por que não podemos derepente avaliar a capacidade de processamento que tem o solo? Nóspoderíamos aplicar esse líquido distribuindo no solo até num ponto emque não contaminasse a água lá debaixo. Essa era a lógica: vamosaplicar esse líquido no solo em vez de colocar no rio e vamos fazer umestudo para ver se isso é possível ou não. Mas vamos estudar essenegócio, não vamos sair aí orientando. Então, o estudo da EscolaAgrotécnica Federal de Sombrio nos ajuda a compreender isso; e oestudo da Unesc caminha numa outra linha, porque trabalha numambiente fechado, que também seria uma alternativa interessante.

Isso aqui era o que vinha se recomendando (mostra fotos). Olhemaqui: nós precisávamos de uma lagoa de 4,5 metros, mas a lagoa queexistia aqui tinha menos de 2 metros. Então, isso aqui não funciona! Issoaqui já não funcionava, mas era o que vinha sendo recomendado. Aqui temum exemplo do que não funcionava, olhem só: aqui estão entrando três,quatro canos escorrendo um pouquinho [de líquido] e aqui está passando sóum - foto tirada no mesmo horário. O que isso significa? Que está infiltrando.Então, todo mundo sabe hoje que contaminar uma água superficial é umacoisa, mas contaminar uma água subsuperficial é outra coisa. Para vocêconseguir recuperar uma água de superfície é mais fácil, mas a desubsuperfície é muito complicado.

Aqui é uma idéia só da área experimental, que foi um traba-lho a campo. É um estudo de caso, inclusive, na parte mais técnica,tem uma argumentação sobre tudo isso que exige um pouco mais deconversa.

Vamos, então, pegar as conclusões desse estudo (trabalhoda Epagri) para apressarmos um pouco e termos uma idéia (essasconclusões a gente também avaliou com a equipe técnica das outrasinstituições).Então, essas são preocupações que a gente começou a

levantar na hora em que foi conhecer o problema mais de perto. Primeiro, quando se vai fazer um estudo desse tipo, a áreaexperimental tem que ser virgem, tem que ser uma área que nuncarecebeu esse tipo de efluente (líquido de mandioca). E essa era uma

Aqui é mais uma questão técnica que mostra a inviabilidadedaquele processo anterior dessa situação. Esse processo aqui é pior

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área que nunca tinha recebido esse tipo de líquido. Então, quandofizemos o estudo, os dados mostraram que aquela água de subsuperfí-cie, a água lá debaixo, já estava poluída. Mas os dados que nós temosnão dá para afirmar que foi só pela indústria da mandioca, pela culturada mandioca, porque lá aparecem elementos que não têm origemnessa atividade. Isso foi uma conclusão, uma constatação, quetambém agrava depois na área de interpretação, porque você foi avaliaruma água onde nunca foi aplicado e já tem uma série de componentesacima do que deveria ter.

De posse dessa conversa toda, porque tudo isso temrelatório, tem discussão no Ministério Público, reuniões da equipetécnica, reuniões com o setor, reuniões com a Fatma, o trabalho foiapresentado para todos esses órgãos em vários momentos, não sónum momento, e o que surgiu daí é o estágio em que nós chegamoshoje.

Primeiro, esse Termo de Ajuste de Conduta (TAC) não poderiamais se limitar só ao polvilho, ele teria que ser para toda a indústria,englobar a parte da farinha, a parte da fecularia. O que aconteceram nessasconversas? Nós começamos a criar problemas de compreensão do tipo: otrabalho não é conclusivo. O trabalho é conclusivo. Agora, essa metodologianão é a que nós podemos recomendar permanentemente.

Esse é um problema. A composição desse efluente, quandovai se trabalhar com essa tal de manipueira, com essa água damandioca - esse líquido é uma loucura -, é muito variável, é um subex-trato muito rico. Os microorganismos atuam de forma muito ligeira,muito violenta. Se a temperatura é baixa, a coisa vai mais devagar; seesquenta um pouquinho, aquilo se transforma num outro líquido. Não émais aquele que saiu da indústria há uma hora, duas horas. Então, issocria uma dificuldade para trabalhar com esse líquido.

Olha, está resolvido o problema do setor; não está resolvidoo problema do setor. Com a proposta que a Epagri está fazendo não seresolve o problema do setor permanentemente. É uma propostaintermediária, mas com ganhos ambientais, sim.

Vamos ver aqui: qual é a preocupação? Essa daqui é umafoto recente da Bahia. Essa é uma preocupação que fica quando se falada mandioca. Nós estamos aqui querendo entrar no detalhe do detalhe,mas o produto que concorre conosco está sendo produzido na Bahianessas condições. (Mostra foto.) Tem uma comunidade lá - que nos foipassado -, que tem mais de 200 unidades dessas, uma ao lado daoutra. Isso aqui é produção de polvilho.

Nós estivemos apresentando esse trabalho na Bahia, e látambém dizem: é uma loucura trabalhar com isso.

Nós temos que criar uma metodologia para poder trabalhar,porque ele varia muito, tem uma série de fatores que levam a variaçãoda concentração desse líquido.

O sistema de tratamento licenciado agrava o problema dapoluição. Em razão desse trabalho que nós fizemos, até quero chamaratenção, tem um documento aqui do Ministério Público (mostra odocumento), é uma questão que mais adiante a gente vai abordar, nósestamos vivendo um problema de compreensão. Não há compreensão.Há uma confusão. Isso que está escrito aqui não é verdadeiro.

Então nós vamos acabar com o nosso polvilho e depoisvamos comprar esse polvilho aqui. (Aponta para foto.) É isso? Essaaqui é a farinha. Nós estivemos do lado desta casa. (Mostra imagem.)Essa é uma casa de farinha, bem típica, em homenagem a um poeta daBahia; e do lado tem uma casa de farinha como deveria ser, já commais ganho. Aí eu perguntei ao pesquisador: qual era a farinhaproduzida...... quantos por cento numa casa melhor e quanto nessasituação? A grande maioria é nessa situação aqui. (Mostra foto.)

O trabalho da Epagri conclui: a água está poluída, a composição émuito variável, o sistema que vinha se adotando não é recomendadoporque polui mais do que aquilo que os agricultores vinham fazendo. Atecnologia, depois nós vamos chegar lá, não é de uso permanente. Então, mais uma vez: a nossa farinha tem que evoluir? O

nosso engenho tem que se adequar em questões sanitárias e ambien-tais? Tem, é verdade! Agora, com essa atividade que foi esquecida aolongo do tempo, nós não temos condições de fazer isso tão rápido.Então vamos terminar com a nossa farinha e vamos passar a comprar ecomer essa farinha daqui.

As lagoas precisam ser impermeabilizadas. Quem fizer umburaco para colocar aquele líquido, não tem que dizer... Não adianta otécnico chegar lá e dizer: não precisa impermeabilizar porque não vaiinfiltrar. Vai infiltrar, sim! Nós temos que ter essa realidade. Nãoadianta. Não somos nós, da Epagri, que queremos que infiltre. Mas vaiinfiltrar e contaminar o lençol. Então, vai ter que ser impermeabilizado.Outra conclusão do trabalho.

Vamos ver como isso se traduz a campo. Isso tudo eu járeportei a vocês: começou em 2002, 2003 e com a discussão foi sechegando a esses engenhos e com aquele pessoal que trabalhou maispróximo a essa discussão. Mas o que seria essa tecnologia aplicada acampo? Isto aqui é um engenho pequeno (mostra foto.) O líquido nãovai mais para um buraco sem revestimento. Essa é a recomendação:tem que ser revestido. O dono desse engenho não tem como tirar esselíquido daqui. Mas lá, com a prefeitura, ela pega daqui e aí distribui nosolo esse líquido. Não tem um ganho ambiental em relação àqueleburaco anterior? Tem, e ele está fazendo, e é acessível.

O HCN, o tal ácido cianídrico, que era o grande problemacolocado, não se mostrou um grande problema. Por quê? Osmicroorganismos do solo - não se fez esse estudo, mas alguém deuconta dele - transformaram-no numa outra coisa. Então, o HCN não foi ogrande problema.

Dia 26 ou 27, numa parceria com a Embrapa de Cruz dasAlmas, estamos trazendo um pessoal aqui para coletar e avaliar a partebiológica desses solos, onde foi e onde não foi aplicada a manipueira.Porque, no trabalho que fizemos, não conseguimos envolver professo-res para fazer o trabalho de biologia. Então, ficou faltando essetrabalho. E nós estamos agora tentando, nas áreas que foramaplicadas, trazer o pessoal da Embrapa. Eles vêm aqui coletar o solodas nossas unidades, e nós vamos fazer uma avaliação de como estáesse solo na parte biológica. Mas é uma outra conclusão, não é ogrande problema.

Tem que fazer o empobrecimento da carga orgânica - temesse nome bonito -, mas o que é isso? É filtrar, é tirar a parte maisgrosseira possível. O cara até fez com taquara, com bambu. Então, éacessível. Ele está fazendo um manejo mais adequado que o anterior. Eessa água que vocês estão vendo aqui (mostra imagem) é a da lavaçãoque é uma água mais fraca, menos problemática, mas também temosque nos ater a ela.

Aqui (faz referência à apresentação), então, está uma síntesedo que nós vimos que esse trabalho produziu. É possível a aplicação deaté 400 metros cúbicos hectares/ano, com monitoramento e comempobrecimento da carga orgânica do efluente. Essa seria a recomen-dação desse trabalho.

Cada engenho já começou fazendo o seu sistema de colocar,separar isso. Aqui já vai para a alimentação do animal, já sai do meioambiente. Alguns já mais adequados com correia, separando e indopara o trator, e ali já vai para o animal. Outros aqui já de forma maiseficiente.

Por que o monitoramento? Também a discussão aqui égrande. Mas, em síntese, esse trabalho foi um estudo de dois anos. Eo efeito cumulativo qual é? Muito pouco. Naquele solo foi um estudo decaso. E você me pergunta: se for naquele solo que é mais pobre, dápara aplicar durante dois anos? Pode ser que não dê. E se for numoutro, não dá para aplicar durante dez anos? Pode ser que dê cincoanos. Então, tem que ter monitoramento. Isso faz parte darecomendação.

Olhem como passou a ser as lagoas (mostra imagem.) Todosaqueles que participaram dessa discussão, não fizeram mais lagoaspara colocar o líquido lá no baixo. Era tudo revestido. E daqui vai setirar para um encaminhamento adequado. Esse é um processo que vemem curso. E uma recomendação: hoje, quem fizer a lagoa, vai ter quefazer desta forma aqui (mostra imagem). Por quê? Não é porque otécnico, a Fatma ou o Ministério Público quer. É porque a água é detodos nós, e se contaminar essa água, como fica? Só para ter umaidéia dos impactos.Esse tipo de recomendação, com os dados que nós temos, é

um avanço em relação ao que nós vínhamos fazendo. Nós temos ganhoambiental com isso.

Eu tenho também criatividade colocando na pastagem, seique isso depois foi bastante melhorado. Então, colocando na pastagema hora que ela começar a esquentar, vai crescer muito alimento para oanimal, numa época que não tem alimento, que é na saída do inverno,já vai ter um pasto melhor.

Mais ainda: mesmo que haja resistência à aceitação dessetipo de encaminhamento, nós entendemos que deveria ser feito emcima da análise dos dados produzidos. De repente, nós, da Epagri, emais os colegas que nos ajudaram das outras instituições, podemosnão ter feito a melhor análise, podemos não ter feito a melhor interpre-tação daqueles dados. Então, vamos estudar os dados, mas não negara tecnologia só por negar.

Olhem aqui o pequeno (usando inclusive mangueira preta) jáfertilizando a lavoura, o engenho de farinha produz dessa água dezvezes menos que a fecularia ou a polvilheira. Aqui, coloca pouco, e nemtenho aquela quantidade para colocar, e usa como adubo na lavoura.Aqui está a vista de onde colocava. (Mostra imagem.)Outra conclusão: é necessário aprofundar a interpretação dos dados e

realizar mais estudos sobre o trabalho. Olhem só, num solo pobre desse, começa a usar aquelelíquido, vai usar pouco. Nós estamos falando de 400 metros, mas essapessoa vai usar 10 metros, 20 metros, 30 metros, é muito pouco. Parausar 100 metros de água sobre um terreno de um hectare, é umcentímetro de água sobre a superfície.

O trabalho é conclusivo. Agora, essa tecnologia nós estamosdizendo que é possível aplicar, só que nós não estamos dizendo queela é permanente. Nós a entendemos como transitória e vocês vão verpor quê.

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Então, essas são soluções que já começaram a fazer. Aqui secolocou um filtro, tudo adequado. O nosso agricultor, o nosso dono deengenho é criativo. Vocês sabem disso. Vocês que estão aqui sãocriativos. Então, têm soluções que não são de mérito da Epagri, desseou daquele. É mérito da nossa gente, do nosso agricultor. Ele foi dandoa solução. No trabalho a Epagri pode usar um canhão, uma coisa maiscomplexa. Para quem pode, tudo bem. Mas dá para se adotar todos.

aqui à mesa, por favor, para representar o deputado Joares Ponticelli.(Palmas)

Gostaria de continuar registrando a presença do senhor JorgeDufloth, da Epagri de Urussanga; do senhor José Ferreira, presidente daCresol de Treze de Maio; do senhor Luiz Leme, representando o prefeitode Araranguá; do senhor Antônio de Pieri, da Cresol de Morro Azul, emJaguaruna; do senhor Sotero Cardoso, proprietário de engenho eagricultor de Sangão; do senhor Alexandre Eládio Luiz, secretário-geralda AIMSC; do Luiz Henrique da Silva, acadêmico de engenhariaambiental; do senhor Marco Antônio Remor, engenheiro agrônomo deSangão; da senhora Fernanda Neves de Andrade, engenheira agrônomade Sangão; do senhor Márcio Sônego, da Epagri de Urussanga; dosenhor Leonir Roque Funez, da Epagri de Imaruí; do senhor JacsonGoulart. Pereira, engenheiro agrônomo de Jaguaruna; do senhor JoséAntônio de Pieri, presidente do Sindicato Rural de Tubarão; do senhorLeandro Fernandes, da Cooper Treze de Maio, de Treze de Maio; dosenhor César Farias, da Microbacia de São João do Sul.

Esse aqui - inclusive o senhor Sotero está presente, falei paraele que se aparecer muita carta é porque o material dele está andandono País inteiro

- já está fazendo um trabalho para controlar a água dalavação. Então, isso está em curso e com ganhos ambientais muitogrande, como vocês podem ver.

Olhem só aqui (mostra imagem): esse líquido que está sain-do, tem engenho que não tem mais esse líquido para colocar hoje nemcomo adubo. Ele vai ser fornecido na alimentação para os animais, comresultados que não têm estudos - não conheço estudos sobre isso paradizer o quanto dá, o quanto não dá. É tudo conhecimento empírico, éconhecimento da comunidade, é conhecimento do agricultor. Ele vaitestando, ele vai... Porque com a mandioca sempre foi assim, trataranimal com mandioca se começa aos poucos para ele se acostumar,depois vai.

Com a palavra o senhor João Paulo da Silva Teixeira, presi-dente da Associação das Indústrias Processadoras de Mandioca eDerivados de Santa Catarina.

O SR. JOÃO PAULO DA SILVA TEIXEIRA - Boa-tarde, compa-nheiro Dresch e demais componentes da mesa, e também aos presen-tes que enfrentaram o mau tempo e estão lotando a casa hoje.Essa é a realidade, não tem estudo, mas estão fazendo.

Então, tem lugar em que não vai ter mais, não adianta fazer um buracomuito grande porque essa aqui ele vai tirar daqui e vai colocar para oanimal, não vai nem colocar sobre o terreno. Então, temos que nossentar com as entidades da área ambiental para podermos fazer umanormatização que contemple essa nossa realidade. E não seguir umalinha e tentar aplicar a todos o que muitos não podem assumir.

Como já foi falado pelo Enilto, a cultura da mandioca estápresente no Estado todo e com aquela importância socioeconômica quefoi citada anteriormente. Mas essa cadeia hoje está ameaçada, e senão forem adotadas medidas urgentes que permitam o desenvol-vimento da atividade aliada à preservação ambiental, esse segmentovai terminar desaparecendo.

Outra recomendação que a gente tem hoje, fruto dessesestudos, é para quem tem um engenho, para quem vai mexer. Esselíquido é tão rico que ele tem que se preocupar com uma forma bemhigiênica de lidar com o líquido, como esta aqui de coleta (mostraimagem), porque amanhã ou depois isso vai ter um uso mais nobre.Daqui a pouco, ele vai vender esse líquido. Isso vai ser renda, issodeixa de ser problema, como vocês viram ali, e já passa a ser renda -vai como alimentação animal, vai como adubo. Então, por que essapolêmica toda se nós temos como encaminhar isso de forma melhor?

Então, o setor e a AIMSC preocupados com isso têm feitotoda essa tratativa citada pelo Enilto, todo esse trabalho - já são seteanos lutando com relação à questão ambiental -, e temos aqui algunspontos para elencar que precisam ser trabalhados.

(Passa a ler.)“1 - Manutenção e continuidade da metodologia de TACs. O

setor precisa de tempo para se adaptar.” Isso não dá para fazer do diapara a noite. Nós entendemos que o TAC se aplica por um períodotransitório em que não é possível a aplicação imediata da legislação,obviamente, neste período, mudanças devem acontecer aproximando aatividade da situação desejada.

E aí vêm as adequações em curso (mostra imagem): temosque avançar em relação aos efluentes, esse debate continua, temmuita coisa a se fazer ainda; e a própria qualidade da farinha, quetambém tem trabalhos aí, tem discussões.

A indústria da mandioca tem trabalhado intensamente ecumprido o seu papel, como foi citado aqui, dos ganhos ambientais emtorno dessa atividade durante esse período. E nós cumprimos - isso éimportante, todas as nossas obrigações pactuadas no primeiro TAC,diferente do que tem sido veiculado, em alguns momentos, a indústriada mandioca, principalmente a do polvilho azedo, que foi objeto deprimeiro TAC - com todas as obrigações, inclusive buscando recursos eviabilizando os três estudos que foram citados anteriormente.

Eu fiz aqui um quadro (mostra imagem), rapidinho, só paravocês verem de onde se partiu. Então, quando a gente diz: será que seestá fazendo alguma coisa? É o setor que não quer evoluir? É a partetécnica que não está trabalhando? Não. Nós saímos, aqui, de umengenho de beira d’água, começamos a ter um pouquinho mais decontrole aqui, já com alguns buracos para essa água não ficar diretodentro do rio. Isso aqui, esse buraco já é coisa superada, hoje isso temque ser revestido. Esta água que sai daqui não vai para outros meios,já pode ser usada, inclusive, como fertilizante ou solo, como descarte.Nós já estamos numa fase em que não vamos ter mais essa água paracolocar aqui, ela já está na fase de entrar na alimentação animal.

“2 - Que seja aceito o processo de distribuição do efluente nosolo, na forma sugerida pelo grupo de estudos coordenado pela Epagri,como manejo ambiental e aceito pela Fatma no processo de licencia-mento ambiental”. Neste momento, voltam a ser exigidas asadequações já tratadas no primeiro TAC, as quais foram questionadaspor não estarem ao alcance da maioria das unidades de processa-mento, inclusive por dificuldades técnicas. Foi exatamente isso quelevou ao TAC e, agora, voltam novamente à discussão.

E o grande desafio é chegar à alimentação humana, talvezisso não esteja muito claro. Recentemente, trouxemos aqui o mestreOfir. Vocês sabem que desse líquido se faz o arubé, que é a mostardado índio. Convidamos um pessoal da Associação, eles estiveram lá. Éuma mostarda excelente (entre aspas a mostarda), que se faz a partirdesse líquido.

A disposição do efluente do solo já foi estudada ecomprovada. Por ser nova, até pode assustar alguém ou contrariaralguns pré-conceitos, mas está longe de ser uma proposta semfundamentação. Os estudos foram feitos e foram concluídos, aocontrário do que foi citado e aí, acho que cabe registrar aqui, nestacarta do Ministério Público está citado que os estudos não sãoconclusivos ou não foram concluídos. Os estudos foram, sim,concluídos. Foram R$ 316 mil e alguns quebrados financiados pelaFapesc. Foi um trabalho dos técnicos da Unesc, da Escola AgrotécnicaFederal e da Epagri. Um investimento dessas instituições, uminvestimento do setor, disponibilizando unidade industrial,disponibilizando tempo, disponibilizando toda a sua estrutura para quese tivessem condições de efetuar esses trabalhos, e eles foram, sim,concluídos e conclusivos.

Então, são questões que a gente tem que evoluir. E aí, comotivemos um quadro que meio se interrompeu, começaram a se criaralgumas incompreensões ou a faltar um pouco mais de entendimentopara darmos seqüência a essa evolução. É onde nós chegamos, nosdias de hoje, com a nossa audiência pública. Era isso o que eu tinha adizer em termos de dar uma situada nos presentes.

Agradeço a atenção de vocês.Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado,

Enilto.Queremos registrar a presença e chamar para a mesa a

senhora Lidiane Camargo, que representa aqui a Delegacia Federal doMinistério do Desenvolvimento Agrário em Santa Catarina. (Palmas).Obrigado, Lidiane.

“3 - Participação da Comissão de Agricultura e Política Ruralno processo de elaboração, monitoramento e avaliação do TAC”. Comojá foi citado, o setor está há sete anos nessa luta - em 2003, foiassinado o primeiro TAC; em fins de 2006, por todo 2007 e por todo2008 o setor tem procurado o Ministério Público e a Fatma pararesolver o problema, para dar encaminhamentos, e o TAC não saiu. Osetor hoje trabalha na marginalidade, sem licença ambiental. Todas asunidades, independentementedo tamanho, estão correndo o risco deserem embargadas a qualquer momento, e se forem embargadas,quebra-se o elo da cadeia, e aí todo produtor de raiz, que tem commaior ou menor importância essa atividade como fonte de renda, vaiser prejudicado, porque onde vai botar a raiz? Uma sugestão é levar edescarregar em frente à Fatma.

Queremos registrar a presença do senhor Valmir Perdona,secretário municipal da Agricultura de Treze de Maio; do senhor GilvanSimão de Carvalho, diretor da Associação da Indústria da Mandioca deSanta Catarina; do senhor Zalmir Nunes, presidente do Sindicato daAgricultura de Tubarão; do senhor Robison Borges, da Cidasc; dosenhor Jaldecir Pedro Mazzorana, da Epagri de Cocal do Sul; do senhorVilmar José da Silva, gerente regional de Agricultura de Araranguá; dosenhor Valmir Daminelli, secretário municipal de Agricultura de Sombrio,neste ato representando o deputado Joares Ponticelli. O Valmir poderiavir para a mesa, acho que o deputado não vai conseguir chegar. Chegue

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Cabe lembrar também que em 2000, quando foramembargadas as duas primeiras fecularias em Santa Rosa do Sul, osetor começou a se adequar, iniciando o processo do TAC. O setor foiatrás do Ministério Público, foi atrás da Fatma, procurou solução,porque o que vinha sendo sugerido pela Fatma até então (e aí cito até2003) eram processos de poluição ambiental. O melhor projetolicenciado foi apresentado pelo Enilto e bem pontuado aqui que nãotem nada de seguro. Aquele era o melhor. Nós não aceitamos aqueletipo de coisa. Sabíamos que era um problema, que estava sendocomprada uma briga, mas esperávamos encontrar, pelo menos, umcaminho de boa vontade de solução. No primeiro momento houve. Achoque tem que ser registrado o empenho do Ministério Público numprimeiro momento no sentido de resolver o problema, mas isso parou.E nós sabemos que não temos mais condições de encarar esseprocesso sozinho. Por isso acho importante a participação da Comissãoou de outra entidade, alguma coisa que tenha peso, porque sozinho acoisa não vai.

Como fica tudo aquilo que o negócio exige de planejamento em médio eem longo prazo? Esse setor não existe em médio prazo, quem dera emlongo prazo! Porque a gente vive à margem e na ameaça de ser de umahora para outra embargado!

Eu pergunto mais uma coisa - existe um monte de linhas decrédito para fomentar a atividade -, como um setor, uma atividade, umaagroindústria vai conseguir acessar recursos sem licença ambiental?Tem alguma entidade ou algum financiador que financia? Não! Esse é oprimeiro requisito. Temos associados que estão com clientes exigindolicença ambiental, sanitária, uma série de exigências que o mercado jáestá cobrando.

Todas as empresas precisam se modernizar e se adequar.Como elas vão fazer isso? Vão fazer um investimento e depois seráembargado? O que fazer com o equipamento daquelas construções? Aconstrução vai servir para o aterro e o equipamento vai ser vendidopara o ferro-velho! Então, fica complicado. Essa situação precisa teruma definição, uma formalidade.

“4 - Que o TAC ambiental aborde apenas questões ambien-tais. O setor não tem condições de resolver todos os problemas aomesmo tempo, ainda mais que os concorrentes de outros Estadosseguem alheios a tais questões, gerando concorrência desleal.” Issoficou claro na exposição do Enilto, e é algo comum.

O setor tem, sim, trabalhado; tem, sim, se esforçado. É claroque desse processo vai ter alguém que diz respeito, que acha que podeficar à margem e não haver nenhuma ação de punição. Mas o setor emsi tem trabalhado, sim, tem se esforçado, tem investido e tem tratadocom seriedade esse assunto.

Então, temos aqui as empresas, por exemplo, de Sanguãoque mandam farinha para o Rio de Janeiro, para o Espírito Santo eoutras regiões do País. Porque, quando chove no Nordeste, aquelafarinha, que é feita naquelas condições citadas anteriormente, desce edisputa mercado de igual para igual com o produto daqui. Então, se nóstemos problemas, eles têm mais. Não dá para transformar aqui numespelho e deixar numa disputa que torna impossível de ser travada dosetor, porque toda adequação gera custos e eles acabam agregados aoproduto.

Nós precisamos que as entidades que participam desse pro-cesso, que têm poder de decisão, que regem a atividade, participemtambém da mesma forma que o setor está participando. Porque se osórgãos que regulamentam tivessem o mesmo interesse que o setor temde resolver o problema, nós já teríamos resolvido. Não é falta devontade do setor. Ninguém pode colocar essa culpa no setor.

O que eu tinha para colocar, neste momento, era isso.Agradeço a oportunidade.

Muito obrigado. (Palmas.)“5 - Realização de novos estudos que permitam aprimorar os

cuidados ambientais e o destino do efluente, buscando identificarnovos usos para este líquido, classificado pelos especialistas como‘muito rico’ e também citado anteriormente aqui;

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado.Com a palavra o senhor Silvio Tadeu de Menezes, repre-

sentando o secretário de Estado da Agricultura e DesenvolvimentoRural, Antônio Ceron.

“6 - Implantação de política pública de incentivo ao cultivo demandioca de alta qualidade e produtividade, aumentando a renda doagricultor e a competitividade das agroindústrias;

O SR. SILVIO TADEU DE MENEZES - Boa-tarde a todos. Querocumprimentar os deputados Dirceu e Décio Góes, e em seus nomessaudar os demais componentes da mesa.

7 - Implantação de política pública de apoio às agroindústriasque permita a reestruturação e modernização do setor;

Viemos aqui representando o secretário da Agricultura,Antônio Ceron, que em face de compromissos agendados não pôdeestar presente.8 - Fiscalização para que os termos que forem acordados

sejam cumpridos por todos.” Eu entendo que a solução aqui está bem próxima em funçãodos trabalhos apresentados pelo Enilto, a quem eu cumprimento, aEpagri, e seus parceiros. E já vejo a solução bem encaminhada.

Como em todos os grupos sociais, existem pessoas sérias,comprometidas em resolver problemas, e outras nem tanto. Énecessário que se garanta o cumprimento dos termos acordados, pormais simples que eles sejam, e aí estamos falando o seguinte:tecnologia eficiente não é a cara, é a que funciona. Então, o importanteé que funcione. Qual é o nosso objetivo aqui? O objetivo é permitir odesenvolvimento da atividade aliada à preservação ambiental. Portanto,temos que produzir farinha, polvilho, fécula e os outros 597 derivadosde mandioca, com responsabilidade ambiental. Isso tem que sercobrado de todo o setor que industrializa, e não só de Santa Catarina,porque senão caímos numa situação em que o sério, o bom, a pessoaque investe, que quer se manter na atividade é penalizada. Isso é umproblema muito grave, porque daí você acaba tendo uma situação emque baixam as margens do setor. Hoje temos setor enforcado, traba-lhando com margens complicadas porque tem sido jogado custo fixotodo dia nesse setor, que trabalha à margem, sozinho. Então, se aliadoa tudo isso nós tivermos uma situação em que as adequações, ascobranças e os investimentos sejam cobrados só de meia dúzia, então,daqui a pouco, estaremos na situação da Bahia.

Estranhamos até a não-efetivação do Termo de Ajuste deConduta em face que hoje a gente tem participado na discussão, e emoutros momentos, do TAC do arroz irrigado, em que não se tinhamdados, estudos assim tão concretos. Então na verdade nós estranha-mos essa dificuldade em realizar esse TAC, até pelo depoimento dopresidente da Associação, que aqui informa que cumpriram no primeiroTAC todos os compromissos agendados. Então, isso já evidencia e dáum handicap para que possa efetivamente ser realizado esse segundoTermo de Ajuste de Conduta. Nós até estranhamos porque a coisa nãofoi bem assim, para quem participou do Termo de Ajuste de Conduta doarroz os resultados não foram esses. Havia muitas denúncias dosrizicultores, porque muitos não tinham aderido, não foi uma unanimi-dade. E até se discutia muito a questão do cumprimento, por parte dosprodutores com relação aos compromissos agendados. O que não é ocaso aqui, como foi falado pelo presidente da Associação.

Eu entendo que há necessidade de um diálogo com oMinistério Público. Acho que é importante a presença dos deputados nosentido de abrir esses caminhos. E também vamos levar essa preocu-pação ao deputado Antônio Ceron, que é o secretário, que tambémdentro do que for possível estará colaborando nesse sentido.

(Passa a ler.) “A mandioca é uma planta fantástica capaz deoriginar mais de seiscentos produtos derivados, é o mais brasileiro doscultivos, mas por ser uma planta rústica, não geradora de dependên-cias de interesse do grande agronegócio foi historicamente ‘esquecida’pelos detentores de poder maior.

Outro caminho que aponto aqui: sou representante daSecretaria no Consema, Conselho Estadual de Meio Ambiente, e umdos caminhos que poderia ser solicitado é que saísse uma resoluçãoem nível de Consema com relação às questões desse tratamento deefluentes, visto que há dados científicos aqui que teriam bastantefundamentação no sentido que fosse aprovada no Consema. Eu ficopreocupado com relação a essa sugestão, porque isso demoraria certotempo, e parece que não haveria muito tempo porque em abril essasituação já precisa estar regularizada.

O setor reconhece a necessidade de adequações, tem seesforçado e evoluído nos desafios que lhe são postos. Contudo,sozinho não será capaz de superar esse desafio, aproveitar o potencialda cultura e contribuir para o desenvolvimento do nosso Estado.”

Então, em todo esse processo, deputados, tem que ficarclaro que o setor procurou, tem trabalhado e tem evoluído. Se não saiuum TAC até agora não foi porque o setor não quis ou porque não quisdefinir um cronograma ou não quis assumir compromissos, masaceitamos tudo o que foi posto aqui. A coisa anda mais para frente eaparecem novas exigências e, na verdade, efetivamente não temsolução e conclusão do processo.

Então, fica aqui o empenho no sentido de a Secretaria - umavez que a própria Epagri e a Cidasc, que são empresas ligadas àSecretaria da Agricultura, já estão colaborando e estão envolvidasenquanto Estado - colaborar para que possa ser resolvida essasituação, que efetivamente eu vejo que teria tudo para já ser sacramen-tada.

Então, estamos entrando numa próxima safra - a gente podecitar aqui que de toda essa indústria do polvilho e da farinha temosapenas uma que está adequada - e se está correndo o risco das outrasserem embargadas. E aí pergunto para vocês: como o empresário, oprodutor vai pegar o seu dinheiro e investir na melhoria, investir nasafra (a safra é cara) correndo o risco de ser embargado, de repente?

Portanto, fica a nossa manifestação de apoio à Associação,pela importância, aqui apresentada pelo colega Enilto, econômica,social e cultural. Uma atividade, como já foi abordada, histórica e quetem muita a ver com a nossa colonização açoriana.

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Era isso e agradeço a oportunidade. (Palmas.) O SR. SECRETÁRIO MUNICIPAL JOÃO DA SILVA (Sangão/SC)- Boa-tarde a todos, aos agricultores de Sangão, de Jaguaruna e deTreze de Maio, ao pessoal da Epagri. Eu quero agradecer a realizaçãodesta reunião, porque os deputados se preocuparam, juntamente comtodos os órgãos municipais, com a situação vivida não só emJaguaruna, mas em Treze de Maio e também em Sangão.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado,Silvio.

Estão abertas as inscrições. Não sei como vamos fazer comas pessoas que querem se inscrever para falar lá no fundo. Nós vamosver agora se alguém da mesa quer usar a palavra, e depois ouvir aspessoas que gostariam de colocar suas angústias, seus problemas etambém propostas de encaminhamento. Já recebi aqui várias propostasde encaminhamento.

Há vinte anos, há trinta anos nós tínhamos mais de quarentaengenhos funcionando em Sangão, e hoje nós estamos só com cincoou seis engenhos produzindo farinha. E onde que vão ficar, senhoresdeputados, mais de 560 famílias em Sangão que são cadastradas naagricultura? Nós temos cinco tratores lavrando terra para os pequenosagricultores que estão produzindo 80 toneladas, 100 toneladas demandioca. Se esses engenhos fecharem, se chegar a esse ponto, oque vão fazer esses pequenos agricultores do nosso município se elesnão têm para quem vender a raiz da mandioca?

Alguém da mesa gostaria de usar a palavra?Então, concedo a palavra ao senhor Lorisvaldo Felisbino Constante,representando o Sistema Cresol, de Jaguaruna.

O SR. LORISVALDO FELISBINO CONSTANTE - Boa-tarde atodos e a todas. Ao cumprimentar o deputado Dirceu Dresch, cumpri-mento toda a mesa.

Quero agradecer ao deputado por ser um dos que fez essegrande manifesto e que leva isso ao conhecimento dos promotores, dossenadores, dos deputados federais e até ao governo federal, para opresidente Lula.

A história da agricultura familiar aqui da região sul iniciou com acultura da mandioca, da fécula e do polvilho. E nossos avós e bisavós, quevocês aqui bem sabem, produziam em família cada um na sua unidade. E aolongo desse tempo Jaguaruna foi perdendo o espaço, e hoje restam cinco ouseis unidades em atividade no nosso município, decorrentes, deputados esenhores da mesa, do medo desses Termos de Ajuste de Conduta. É aFatma visitando, é o pessoal sendo autuado, e são os agricultores cada vezmais sendo desestimulados de se manterem na propriedade por falta deuma lei, por falta de um ajuste de conduta que lhes dê condições depermanecerem produzindo no campo.

Nós achamos que se ninguém se preocupar, muitos engenhos vãofechar e muitas famílias vão ter necessidades. Tem uma frase que diz:não vamos deixar essa lavoura morrer.É isso que eu tinha que dizer.Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Com a pala-vra o senhor Gilvan Simão de Carvalho, diretor da Associação daIndústria da Mandioca de Santa Catarina, de Sombrio.

Então nós queremos, senhores deputados e agricultores, queo nosso Poder Público, que o nosso Poder Judiciário possa dar um bom[espaço de] tempo para os agricultores a fim de que eles possam seenquadrar, e que os engenhos e as indústrias que ainda restam nãovenham a fechar e os nossos agricultores não tenham mais o queplantar em Jaguaruna. Se forem fechadas as únicas indústrias querestam, os nossos agricultores vão ter que parar de plantar mandioca,que é uma atividade cultural e histórica em Jaguaruna.

O SR. GILVAN SIMÃO DE CARVALHO - Boa-tarde a todos.Cumprimentando o presidente desta Comissão eu cumprimento toda amesa.

Eu represento o Polvilho Machado e antes de começar a falar- eu tenho três perguntas voltadas ao setor de polvilho -, queria fazerum desabafo aqui, certo?

Precisamos ver que os Termos de Ajustamento de Condutapossam reenquadrar as indústrias que já pararam, que são muitas.Também tem muita gente aqui que tem o sonho de começar umapequena indústria, mas quando vai à Fatma e à Epagri fazer um projeto,fica com medo, porque custa R$ 200 mil, R$ 300 mil, R$ 400 mil, ouseja, fora do alcance e fora da realidade dos pequenos agricultores.

(Passa a ler.)“Em primeiro lugar, gostaria de fazer um desabafo, pois tem

gente mal-intencionada em todos os setores da sociedade, inclusive nosetor do polvilho azedo, que foi o motivo das denúncias. Mas creio quea maioria é de boa índole, refiro-me aos primeiros, àqueles quepreferem que as coisas continuem como estão, do tipo ‘quanto piormelhor’. E ficam criticando a nossa empresa de ser a culpada dessasituação em que se encontra o setor, por termos nos adequado àsexigências ambientais. Gostaria de dizer que fomos uma das duasúnicas empresas fechadas na época, e que se nós não estivéssemosadequados hoje estaríamos fechados” e acho que era isso que elesqueriam.

Então nós precisamos de uma lei, de um Termo de Ajuste deConduta que enquadre todos os agricultores e que possa dar futuro,que possa dar esperança a eles. Nós queremos contribuir e queremosque os senhores nos ajudem, os agricultores familiares, tanto doSistema Cresol, quanto dos outros sistemas, quanto dos sindicatos queestão aqui presentes e que estão representando os agricultores, e quea nossa classe, que a agricultura familiar, principalmente a produtorade mandioca, permaneça produzindo na nossa região. Santa Catarinafoi o berço da produção de farinha de mandioca e fécula no Brasil, foi omaior Estado em produção, mas hoje está em décimo quinto, décimosexto lugar, porque não teve capacidade de produzir leis eregulamentos que pudessem dar condição de vida e de produção aosnossos agricultores, às pequenas indústrias familiares.

E também [quero] defender o presidente da Associação que éoutro que está sendo acusado pelo setor do polvilho azedo, que é eleque está mexendo... e é onde está havendo a confusão. Se não fossepelo trabalho do João Paulo, desde aquele TAC de 2004 até hoje, asfecularias lá embaixo não estariam trabalhando.

Então, quero fazer três perguntas para quem interessar:(passa a ler) “Eu gostaria de saber por que após o final do TAC -, quefoi assinado em junho de 2004 e cumprido a risca pelas agroindústrias,inclusive conseguindo recursos financeiros para que se pudesserealizar estudos para a solução do tratamento dos efluentes dasindústrias de polvilho azedo - em que foram iniciadas novas discussõespara um segundo TAC, que se estendeu por muito tempo e compropostas de melhoras substanciais na questão ambiental, por queparou e não prosseguiu?” Essa pergunta faço para a Fatma e para oMinistério Público.

Então, esperamos que possamos ter êxito em nossa cami-nhada e que possam ser dados os prazos, no mínimo de cinco anospara que a gente possa ir se ajustando, e de uns dez anos para que asindústrias que pararam possam remanejar - as que pararam sãoaquelas que estavam muito na beira dos riachos, realmente estavamprejudicando. Mas que elas também possam continuar e se readequar,conforme as suas forças, as suas necessidades, que é preciso ter pararemanejar uma indústria que está numa área poluente para uma outraárea mais segura. Nós queremos que esse Termo de Ajuste de Condutapossa dar conta de não acabar com a nossa classe, com os produtoresde mandioca da região sul de Santa Catarina.

A segunda pergunta: (passa a ler) “Se não foi assinado umnovo TAC, nós gostaríamos de saber como vai ficar a fiscalização dosetor? Pois várias fecularias trabalharam este ano sem nenhum tipo delicença, e as que possuíam licença ambiental até o ano de 2008, nosistema indicado pela Fatma antes do TAC, jogaram os seus efluentesnos córregos e rios que vão desembocar na nossa lagoa de Sombrio.

Era isso o que eu tinha para falar. E espero que os compa-nheiros que estão aqui, os agricultores, possam também fazer uso dapalavra para colocar seus anseios e suas idéias. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Passamos apalavra ao senhor Valmir Daminelli, neste ato representando odeputado estadual Joares Ponticelli.

E eu gostaria também de saber se seria possível fazer algu-ma fiscalização (barreira) sanitária em relação à produção e à secagemdo polvilho azedo, com relação àqueles que não processam a mandiocae trazem féculas de outro Estado fazendo um buraco no fundo de suascasas, azedando e logo secando o polvilho? Fazendo uma concorrênciadesleal com aquelas empresas que investem e têm um maior custo deprodução, pois eles não pagam nem o alvará municipal e comercializamum polvilho sem fiscalização, o que pode trazer vários riscos a saúdeda população, e denegrir a imagem do polvilho da nossa região, que éde melhor qualidade.”

O SR. VALMIR DAMINELLI - Boa-tarde a todos. Inicialmentecumprimento os deputados e todos os demais membros da mesa.

Eu estou representando o deputado Joares Ponticelli, que emfunção de alguns problemas de última hora não pôde se fazer presente,mas deixou um recado aos deputados daqui: que está à disposição,junto com vocês, e que fará o que estiver ao seu alcance para ajudar, oseu gabinete, para que os agricultores tenham sucesso nesse Termode Ajuste de Conduta. Por fim, gostaria de parabenizar a Epagri, na pessoa do

Enilto, pelo ótimo trabalho realizado em relação à questão ambiental. Equanto aos trabalhos, quero reafirmar o que o João Paulo falou aqui:esses trabalhos foram feitos e foram concluídos.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - A palavra

está livre para vocês. Alguém se inscreveu? (Pausa.) Vamos lá, gente, apalavra está com vocês. Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Dirceu Dresch) - Obrigado,Gilvan.

Concedo a palavra ao senhor João da Silva, secretário muni-cipal de Agricultura de Sangão.

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Alguém mais gostaria de fazer uso da palavra? (Pausa.) agora é matar uma cultura açoriana de mais de trezentos anos, gente.Isso vai contra a história.Com a palavra o senhor Geraldo Eller, engenheiro agrônomo,

do município Treze de Maio. Eu conclamo que a Fatma e o Ministério Público tenham umaconversa mais prolongada, mais técnica, com a Epagri, com a Cidasc,com a Unesc, com a escola de Sombrio, para que se chegue a umasolução, não num futuro de um ano ou dois, porque só o processo daprodução integrada que a Embrapa iniciou este ano vai levar no mínimotrês anos.

O SR. GERALDO ELLER - Eu gostaria de dizer que me sintoaté ofendido pela Fatma não se fazer presente para ouvir isso aqui. Omunicípio Treze de Maio tem aproximadamente 120 produtores demandioca e ocupa cerca de 500 hectares com essa cultura. Então,preocupa-nos muito quanto à arrecadação do município, porque se querfazer a coisa certa. Então eu peço, em nome da Epagri, que se dê um prazo maior para que

se estude, já que tem as soluções: a da Epagri, que o Enilto apresen-tou; a da Unesc; e a da escola técnica.

Muito obrigado pela oportunidade. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Dirceu Dresch) - Com a

palavra a senhora Isabel da Silva Teixeira. Obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado.A SRA. ISABEL DA SILVA TEIXEIRA - Boa-tarde.

Concedo a palavra ao senhor Marco Antônio Remor, engenheiroagrônomo, de Sangão.

Eu sou a mãe do João Paulo, e quero dizer que o nosso engenho sónão fechou graças à Associação que surgiu, porque a Fatma, váriasvezes, esteve batendo na nossa porta e nos ameaçando. E cadê aFatma que não está aqui presente, diante de nós, agricultores, queestamos aí na luta? (Palmas.)

O SR. MARCO ANTÔNIO REMOR - Boa-tarde às autoridadespresentes, e principalmente aos nossos produtores, esses querealmente fazem, produzem e colocam o nosso alimento à mesa.

Primeiramente, eu gostaria de fazer um breve relato do quefoi a cultura da mandioca no nosso município de três, quatro anos paracá. Ocorre que há três anos houve uma ação da Polícia Ambiental quefechou aproximadamente cinco engenhos de farinha. Naquela oportuni-dade, o secretário municipal da Agricultura, senhor João da Silva, e eu,como engenheiro agrônomo, nos dirigimos à Promotoria, convocamos aestação de pesquisa de Urussanga, e fomos atrás de uma situação queera problemática a todos os produtores do município. E o que ocorre-ria? Com o embargo dos engenhos, os nossos produtores não teriamcomo fabricar o seu produto, ou seja, beneficiar as suas raízes. De lápara cá, com a ação da estação de pesquisa, através do coordenadorEnilto, a gente buscou alternativas, e elas apareceram na prática.

Trabalhamos de sol a sol, embaixo de temporal, meio-dia agente deixa as panelas no fogo e sai correndo para tapar o nossopolvilho porque depende do clima, e neste momento a Fatma nãoaparece para nos mostrar a sua proposta.

Nós precisamos de trabalho, precisamos dar educação paraos nossos filhos. Então, cadê esse povo? Onde ele se esconde? É issoque eu quero saber. Peço mais seriedade da Fatma em relação aosnossos agricultores. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Dirceu Dresch) - Com a pala-vra o senhor Márcio Sônego, da Epagri de Urussanga.

O SR. MÁRCIO SÔNEGO - Inicialmente quero cumprimentar odeputado Dirceu Dresch, o deputado Décio Góes, os demais membrosda mesa e o público aqui presente. Hoje eu posso afirmar com vocês que todos os engenhos de

farinha do município de Sangão têm condições de receber essa água daprensa, até então muito poluente. Essa água da prensa, como o Eniltomuito bem colocou, é retida num local adequado, livre de infiltração, erepassada às próprias roças de onde saíram as raízes de mandioca.Nós já estamos fazendo isso em Sangão há três anos. Outra partedessa água da prensa é levada à alimentação animal, inclusive combons resultados, também há três anos. Então, já existem dados em quepode ser comprovada a eficiência, se realmente existe contaminação dolençol freático. Basta que a Fatma tenha um pouco de boa vontade enos procure, porque a gente está à disposição.

Trabalho na estação da Epagri de Urussanga fazendo pesqui-sa, na Unesc ensino climatologia para a Engenharia Ambiental eGeografia, e acompanho o pessoal do ISQ há pouco tempo.

Fui convidado pela Embrapa e pelo Enilto para coordenar umprojeto, em nível estadual, chamado “Produção Integrada deMandioca”. É um projeto que a Embrapa vai dirigir em nível nacional emrelação às culturas de mandioca, feijão, arroz, maçã e assim pordiante. Como já iniciamos este mês aqui no Estado, nosso primeiropasso foi montar uma comissão formada por trinta membros do setorde pesquisa, extensão, produção e campo. E semana que vem, nosdias 25 e 26, teremos um curso no município de Tubarão para começara montar uma bíblia, um livro, sobre produção integrada de mandiocano Brasil, que irá tratar desde o plantio até a indústria, inclusive osefluentes.

Uma coisa é certa: com o preço, com a alta dos insumos,principalmente a questão da adubação química que é toda importada, aágua da prensa está caindo como uma luva para o produtor de raiz demandioca. Ela está fazendo com que sobre mais renda para o produtorno final, principalmente para a sua propriedade.Então, semana que vem será a nossa primeira discussão,

seguida pelo menos mais três anos para que se montem as normastécnicas.

Nós já temos também dados em que afirmamos que a produtividadevem aumentando nas áreas que receberam água da prensa.

Eu fico contente, porque o Enilto e o Márcio Sônego vãopassar com o técnico da Embrapa semana que vem, no nosso municí-pio, para colher dados desses solos, onde está sendo depositada aágua da prensa, para que tenhamos realmente estudos mais conclusi-vos.

O Enilton trouxe aqui um dado que me chamou a atenção: elefalou que a recomendação é de 400 metros cúbicos de efluentes porhectare. Como sou da área de climatologia, passei isso paraprecipitação: em 400 metros cúbicos de efluentes por hectare, isso dáum total de 40 milímetros de chuva por hectare, o que é muito pouco.Não sou da área química, mas isso é muito pouco. Quarenta milímetrosde chuva é o que choveu aqui agora. Se eles vão colocar essesefluentes durante três ou quatro meses - pois, se não me engano, oJoão Paulo falou que a indústria trabalha de abril até agosto -, entãoeles vão distribuir 40 litros de efluentes por metro de área duranteesse tempo. Isso é muito pouco! O que aprendemos na faculdade é queem solo de areia o que falta é matéria orgânica. Então, como o Silvio édessa área, sabe também que essa água tem muita matéria orgânica.Pessoalmente, sem nenhum estudo mais profundo, eu acho que isso éum baita adubo orgânico para área de areia.

Agora, uma coisa é certa, para fechar minha fala, de trêsanos para cá a mortandade de peixes nos rios inexiste na região deSangão. Isso era uma prática normal. Vocês, produtores, estão aqui enão me deixam mentir: era começar a farinhada no dia 1º de maio, e nodia seguinte os peixes morrerem no rio. Isso está comprovado. Nãoexiste mais.

Então, existe trabalho, sim, existe trabalho coerente, existetrabalho inteligente, só que os órgãos ambientais também vão ter quefazer instruções normativas, se preocupar mais com essa cultura, sepreocupar principalmente com os produtores, que são os responsáveispela produção, que vivem dessa produção, que é própria do clima. E osmunicípios de Sangão, Jaguaruna e Treze de Maio tem um climaapropriado para essa região, para a cultura da mandioca. Querosalientar que os trabalhos devem continuar. O Enilto fez esse trabalhoque é interessante e deve continuar para que possamos, através delicenciamento da Fatma - que hoje os nossos produtores não têm -,trabalhar com mais tranqüilidade.

Eu acho que o processo de produção integrada, que iniciasemana que vem aqui no Estado, merece um estudo mais profundo,inclusive estimamos que levará uns três anos para se chegar a umconsenso, tanto da parte de plantio quanto de efluentes. Tambémgostaria de dizer que peguei um TCC de História da Unesc, de vinteanos atrás, de uma aluna de Araranguá, que trata a história deAraranguá com a mandioca. Em 1750, abriu-se um caminho entre oMorro dos Conventos e a Serra Geral por onde os tropeiros carregavamo gado e cargas de charque, e aí começaram a vir os açorianos, osportugueses. Abriu-se um caminho de Laguna até Porto Alegre, após1750, começando o povoamento daquela região, e o pessoal traba-lhava essencialmente com a mandioca. Por quê? Porque os portugue-ses, segundo o Enilto me contou, vieram de Açores, da Ilha da Madeira,de Portugal, e trouxeram o maquinário para moer trigo. Chegando noBrasil o trigo não teve clima para crescer, porque o nosso clima é muitoúmido. Então, eles adaptaram o engenho deles para moer a mandioca,para fazer a nossa farinha.

Era isso que a gente tinha a dizer. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Muito obriga-

do, senhor Marco.Concedo a palavra ao professor Carlyll Menezes, da Unesc.O SR. CARLYLL MENEZES - Boa-tarde a todos. Queria cum-

primentar a mesa e todos os presentes.Na verdade, eu só quero fazer um testemunho do esforço...

Há dois anos nós estamos trabalhando junto com esse grupo do Enilto,do pessoal da Escola Técnica de Santa Rosa, a Epagri e a Unesc. OJoão Paulo fez uma colocação muito importante quando ele comentouque a tecnologia boa é aquela que funciona. Não adianta ter grandesparafernálias e tecnologias e não resolver o problema. Soluçõessimplificadas podem resolver o problema, (estou vendo presentes aqui

A farinha que se produz aqui na região de Jaguaruna, regiãode Araranguá, é uma farinha sui generis, mais fina, mais elaborada,única no Brasil. Então, acho que simplesmente querer travar o processo

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os pais do João Paulo) lembrando que, na verdade, a gente vemtestemunhando o trabalho do Gilvan nesses dois anos, acompanhamoso esforço da comunidade.

macarrão, como farinha com qualquer coisa (ri). Eu fui criada assim, láem casa a gente não vai para a mesa sem ter farinha de mandioca paraservir. E tem aipim cozido também, né! Pelo amor de Deus, gente, nãodá para imaginar ficar sem! É tudo de bom.Mas eu queria ressaltar uma coisa importante, e o João Paulo

lembrou bem: já existem recursos públicos que foram colocados parainvestir e para melhorar o setor. E realmente nós temos que garantirque haja continuidade no processo e no estudo, que talvez os doisanos não tenham sido suficientes. Foi colocado como uma questãoimportante um pedido de tempo maior, porque esse prazo de maturarum processo para resolver um problema ambiental não é da noite parao dia.

Então, parabéns aos que vieram, que enfrentaram essetempo. Vamos buscar juntos uma solução, eu acho que aqui a gente játem muitos encaminhamentos. Obrigada pela oportunidade, e para oque vocês precisarem a gente está à disposição.

Obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado.Nós não temos mais ninguém inscrito aqui na mesa. Não sei

se mais alguém gostaria de falar? (Pausa.) Pois não.Nós chegamos a conclusões, e aí eu gostaria de reforçar aspalavras do Enilto, que mesmo num processo que desenvolvemos oresultado exigiria um pouco mais de cuidado, porque é uma tecnologiamais nova, que é a de flotação. Na realidade, ela é simples, não é omomento [de detalhar] agora, são pequenas bolhas de ar que removema sujeira, a poluição.

Então, concedo a palavra ao senhor Vilmar José da Silva, ge-rente regional da Agricultura de Araranguá.

O SR. VILMAR JOSÉ DA SILVA - Quero cumprimentar a mesa;os deputados; todos os agricultores que estão aqui, em especial o JoãoPaulo, que esteve na Secretaria me convidando para esta audiência. Eacho que num bom momento, João, porque na verdade o Estado, hoje,tem uma proposta de mudança do Código Ambiental que começou hádois anos. O governador teve a coragem de jogar para a sociedade,para que ela fizesse uma proposta. E nós, da Secretaria deDesenvolvimento Regional de Araranguá, como todo o Estado de SantaCatarina, fizemos uma proposta - ela não foi perfeita, há muito que sefazer. Mas fizemos a nossa parte. Casualmente, ontem foi uma dasúltimas audiências públicas no Estado para discutir o assunto.

O que nós precisamos aperfeiçoar é algum tipo de reagente,inclusive um floculante para usar no processo da mandioca. É isso quenós estamos estudando e paramos, porque, como foi falado aqui, acontinuidade dos estudos não foi garantida nesse processo, prejudi-cando inclusive todo o setor.

Na realidade, tem sim, soluções. Existe necessidade de aper-feiçoar, e nesse caso nos colocamos sempre à disposição para acontinuidade do processo. Em nenhum momento a Universidade, assimcomo nenhum dos grupos, como a Epagri, se colocou fora, estãosempre à disposição de continuar colaborando para a solução dessaquestão. Sem querer fazer um comparativo com outros setores, massabemos que setores aqui na região, esses sim, com grande impactono meio ambiente têm prazo dilatado de quase dez anos para resolvero problema de recuperação de área degradada, quando, na realidade, osetor está sendo exigido com muito menos tempo.

O assunto é muito polêmico, porque quando se fala em meioambiente se envolve a vida de todo mundo. E nós vivemos no meioambiente, nós queremos o meio ambiente bom para todo mundo, quemnão gosta de uma água boa, de um lugar bom para viver? Todos nósqueremos isso, mas me parece que os órgãos que fiscalizam criaramuma lei, e essa lei está travando o processo produtivo. E está travandoo processo do pequeno agricultor, daquele agricultor que mais precisase desenvolver, e cada um tem a sua história.Esse é o meu testemunho pelo esforço que o pessoal está

fazendo para resolver essa situação. (Palmas.) Aqui estou ouvindo hoje o pessoal da mandioca e conheçoesse produto. Sou agricultor, planto também - não é a minha principalcultura - e sei que muita gente faz disso a sua fonte de renda.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado,professor.

Com a palavra a senhora Lidiane Camargo, da DelegaciaFederal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em SantaCatarina

Eu quero cumprimentar o pessoal da Epagri. Ouviatentamente o depoimento do pessoal da Epagri e, na minhaconcepção, por ali já estava tudo resolvido, por aquilo que eles falaram,pelo conhecimento que têm e pelo diálogo que mantêm com todos osagricultores.

A SRA. LIDIANE CAMARGO - Boa-tarde a todos e a todas.Eu trabalho na Delegacia do Ministério do Desenvolvimento

Agrário. A audiência pública é um espaço que eu gosto bastante,geralmente eu vou mais para ouvir, porque eu acho que é o local querealmente os agricultores e agricultoras têm a dizer para a gente. Estouvendo aqui que hoje poucos agricultores estão se manifestando. Entãoeu vou quebrar o gelo, porque falo muito mal em público, depois daminha fala todo mundo vai ter coragem de falar.

Quero cumprimentar a Epagri, na pessoa do Enilto, do Eclair,que é lá da nossa região do Vale do Araranguá, e todos os técnicos daEpagri, porque considero o pessoal da Epagri, na verdade, comoprimeiro irmão de porta que temos, porque são eles que vão nosatender quando temos dificuldade, certo?Agora, o pessoal do meio ambiente tem razão de fiscalizar, porqueestão ali para isso, mas as ameaças que fazem, aos agricultores temdia que vem para a pele de cada um. Na verdade, o agricultor é umgrande soldado porque se humilha e vai obedecer além do trabalho decada dia.

Como eu falei, sou do Ministério do Desenvolvimento Agrário,que é o Ministério que cuida da agricultura familiar. Nós temos o Pronafe recurso para aplicação dele aqui no Estado não falta e nem vai faltar,tanto para investimento como para custeio.

Temos para investimento, foi lançado este ano, vocês jádevem ter escutado, o Pronaf Mais Alimentos. Ele não atende todas asculturas, mas a cultura da mandioca está lá. Por quê? Porque oMinistério acredita que a mandioca é a base alimentar do povobrasileiro como um todo. Então, recurso, volto a falar, não falta paraaplicação: são R$ 100 mil do Pronaf Mais Alimentos para investimentona cultura da mandioca, em que entram também milho, feijão e outrasculturas da base alimentar.

Eu acho que está muito perto de resolver a situação do setorda mandioca, em vista de outras tantas coisas que temos no Estado.Está sendo feita uma proposta para o Estado, mas essa situação dopessoal da mandioca, pelo que foi colocado aqui, está bem perto de seresolver.

Então, senhor deputado, espero que a Comissão deAgricultura e os órgãos, que podem resolver essa situação, resolvamisso rápido. Tem coisas que eles criam um mar em cima de um copod’água, e dá para resolver.Nós temos também, desde o ano passado, um programa de

diversificação da cultura do fumo. O que entra nesse programa? Nesseprograma pode-se também usar... E nós temos uma característica, aquino sul: temos poucas entidades que trabalham com o agricultor familiaraqui. Não poucas entidades, mas a gente tem menos entidades quetrabalham no sul do que, por exemplo, no oeste, no Contestado, nasoutras regiões de Santa Catarina. Então, a gente teve poucos projetosapresentados, mas um deles foi da universidade aqui de Tubarão, daUnisul, e da Universidade Federal, em que a cultura da mandioca e afruticultura entraram aqui no sul. A solução não está numa só cultura ea agricultura familiar sabe disso porque ela não é monocultura, elacultiva várias culturas num só local. A mandioca, a fruticultura e aservas medicinais entrariam em substituição também à cultura do fumo,aqui no sul.

Está aí o pessoal que precisa resolver a licença, eles são ameaçados,são reféns daquilo que é deles, que é a propriedade, e isso é revoltantepara eles.Além de não termos uma política de preço justa para a agricultura,porque isso não temos hoje, vivemos à mercê do tempo, quando dá,dá, quando não dá, mexe no nosso patrimônio, certo? Ainda vivemos àmercê da fiscalização de certos órgãos.

Então, agradeço a oportunidade e me coloco à disposição nanossa Secretaria do Vale do Araranguá, sempre que precisar vou estarlá dando a minha parceria.E fiquem atentos porque muitas vezes tem que fazer isso que está aquipara mostrar para as autoridades que as coisas não estão caminhando.Nós queremos cuidar do meio ambiente, mas precisamos produzir eisso só acontece quando o povo se reúne e faz o que estamos fazendo.Parabéns a vocês.

Imagino que ninguém veja o agricultor como um criminoso:“Ah, não, ele está destruindo o meio ambiente.” Mas vocês sabemtambém, e o presidente aqui da Associação falou, que vocês têmvontade de se adequar às condições ambientais. Então eu espero,sinceramente, que a gente busque uma solução.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Queremos

justificar a ausência do Inimar Felisbino Duarte, prefeito eleito deJaguaruna, que está voltando de Florianópolis e dificilmente chegará atempo para participar.

Parabéns aos deputados que tiveram a iniciativa desta audi-ência pública, que a gente busque uma solução, porque não dá paraimaginar o sul sem o engenho, como a senhora bem falou. Não dá paraimaginar sem o engenho de farinha funcionando. Eu, pelo menos, comofarinha todo santo dia, não fico sem farinha. Como farinha com

Nós consultamos os componentes da mesa, o deputadoDécio vai falar e, depois, vamos apresentar os encaminhamentos paraver se vocês concordam.

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24 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

Teve um companheiro que antes fez algumas perguntas: porque não se encaminhou o segundo TAC? Sem o PAC, como fica aprodução de 2009? E como fica a construção de uma barreira sanitá-ria? Não sei se o Enilto quer responder essas questões.

povo. A Assembléia Legislativa, a Comissão de Meio Ambiente e aComissão de Agricultura, pode ser parceira nesse processo, mas vocêsabe que o Executivo é a Secretaria. Acho que cabe à Secretaria umpapel importante, por isso, acho fundamental você estar aqui paraassumir alguns compromissos e a gente ver qual o melhor encaminha-mento que pode ser dado. Podemos visitar o Ministério Públicoimediatamente para ver o que está pegando - eu estava falando com oJoão Paulo e eles aceitaram os termos do TAC propostos aqui.

Antes, porém, gostaria de passar a palavra ao senhor AirtonLuiz Bortoluzzi, que já estava inscrito, professor e pesquisador, daEscola Agrotécnica Federal de Sombrio.

O SR. AIRTON LUIZ BORTOLUZZI - Eu gostaria de falar sobreo que o meteorologista Márcio Sônego colocou. Uma coisa eu concor-do: eu tenho resultados contundentes de que a concentração decianeto livre diminui da primeira para a segunda e para a terceiraaplicações. Isso tem uma explicação lógica porque o sistema do solotambém é um biodigestor e se adapta ao novo recurso aplicado. Então,partimos dessa hipótese, mas por enquanto respeitaremos. Eupretendo repetir o estudo.

Então, temos que ver o que ainda tem [para fazer].Temos queir à Fatma para ver o que está acontecendo, porque já deram o parecerpositivo e agora estão dando negativo para essa metodologia proposta.

Por outro lado, é evidente que temos aqui uma falta de regu-lamentação para o setor, tanto que o Márcio Sônego estava falandoagora que precisa uns três anos para regulamentar o setor, a Embrapaestá vendo o assunto, e dali para frente vai poder avançar mais. Então,precisamos ter todo esse entendimento para poder fazer esseencaminhamento. E eu não conheço nada no Código Ambiental (já li eestudei) que interfira aqui neste caso ou possa ajudar a resolver asituação que estamos vivendo, não tem nada a ver.

Esse trabalho nos deu a oportunidade de avançar no conheci-mento. Eu lembro que nas primeiras reuniões se falava que asfecularias estariam produzindo um pH baixo. Na época, já afirmei que opH 5 não é baixo, pode-se fazer qualquer análise, isso é natural, e aícomeçaram a aparecer nas análises. Então, não vamos criar falsa ilusão. Acho que tem que sair

daqui um encaminhamento muito claro, a Secretaria tem que assumir aresponsabilidade, temos que conversar seriamente com a Fatma,seriamente com o Ministério Público, e fazer o entendimento queprecisa ser feito porque a safra está aí, e não vamos imaginar quevamos acabar com o setor que orgulha Santa Catarina lá fora. É sóviajar para o Rio de Janeiro, para São Paulo e dizer que a farinha, opolvilho é de Santa Catarina que é reconhecido como um produto dequalidade, é um produto típico, famoso, conceituado, e a gente não vaiquerer comprometer a nossa cultura, a nossa história.

Acho que o grupo está de parabéns juntamente com o setor, e temevoluído de forma grandiosa nesse trabalho, mas tem gente que não seadequou, infelizmente.

Então, tem muito discurso. Inclusive até faço uma queixa,uma manifestação: a gente está com uma oposição muito grande, porexemplo, na escola onde eu trabalho. Já são quatro anos sem férias.Então, que procurem saber o que está acontecendo lá. Há umapredominância, hoje, das instituições sociais, mas no meio da demo-cracia também tem muita ditadura. Acho que as questões técnicas nãodeixam de ter preocupações sociais. Então, posso dizer o seguinte:dentro dessa revisão, vimos que uma das plantas que produz cianeto éa mandioca. Eu fiz uma revisão e constatei que tem mais de 2.500plantas que produzem cianeto e até hoje o Planeta não se envenenou.

Acho que estamos diante de uma questão que está incomo-dando, irritando, causando estresse, e que se tivesse uma posturamais firme da Secretaria, não teríamos chegado a esse ponto.

Eu queria aqui dar o nosso apoio, mas também ter aSecretaria junto. Porque, volto a repetir, o governo do Estado é omesmo que controla a Fatma e a Polícia Ambiental.

Penso que temos caminhos avançados e espero que tenhauma solução, que o setor seja mantido, que os discursos sejam maiscomedidos, que haja um equilíbrio. (Palmas.) São essas as considerações que eu queria fazer.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado,deputado Décio Góes.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Muito obriga-do, professor.

A partir das falas pude anotar um conjunto de encaminha-mentos. O João Paulo deixou um documento aqui para nós, em queestão todas as propostas que ele apresentou. Não vou ler todas porquevocês acompanharam: manter a tecnologia que já tem os estudosconcluídos; a questão da distribuição dos dejetos na terra, e manter oTAC que vocês assinaram.

O Enilto vai dar umas rápidas pinceladas sobre as três perguntas queforam feitas aqui por um companheiro.

O SR. ENILTO DE OLIVEIRA NEUBERT - Foi perguntado porque o TAC não se concretizou e sobre a renovação. Ora, é essaausência de compreensão que ficou. Se nós entrarmos em detalhes,será uma conversa bastante longa. Temos que construir essa compre-ensão. Acredito que tem que ser tirado daqui um encaminhamentonesse sentido. Então, não existe o TAC.

Então, o que nós estamos propondo aqui? Que com aSecretaria da Agricultura...

(O senhor Silvio Tadeu de Menezes manifesta-se fora domicrofone. Inaudível.)

Como fica a produção de 2009? Boa parte dos nossosengenhos, das nossas indústrias está sem licença ambiental. Então,legalmente, elas nem poderiam operar. Aquelas que estão nessacondição têm que buscar a legalização, que se dá mediante ainstalação de um sistema de tratamento de efluentes, que é aqueleque apresentamos, que para muitos desses engenhos, fecularias epolvilheiras não é adequado. Por isso elas têm que chegar a um acordopara poder iniciar a produção com algum instrumento legal que dêcondição para que essa atividade não seja punida com infrações, umavez que precisa da licença para operar.

O senhor Silvio propôs aqui para discutir isso no Consema,fazer uma resolução.

(O senhor Silvio Tadeu de Menezes manifesta-se fora domicrofone. Inaudível.)

Isso. Então, nos dias 25 e 26 no debate da cadeia da mandi-oca, que o companheiro levantou aqui, acho que é fundamental discutiro todo. Eu estava dando um exemplo para o João Paulo que no oeste eem várias regiões do Estado o produto do queijo fica para suinocultura.Os agricultores estão brigando pelo coalho do queijo para tratar [e dar]para os suínos. Quem sabe poderíamos discutir formas, e aqui jáapareceu a questão de outros animais. O que vocês e nós precisamosé um prazo nessa perspectiva.

Então, na realidade, o grande esforço e o encaminhamentoque se tem que tirar daqui é como vamos chegar a esse licenciamento,senão a produção de 2009 ficará comprometida do ponto de vista dese trabalhar legalmente.

Acho que presença do Ministério aqui é importante. Temos umprograma chamado, por exemplo, Água da Chuva em Santa Catarina, e nóspoderíamos usar os recursos para os agricultores também se adaptarem aisso, que tem juro zero, porque são recursos do Pronaf. Quem sabepoderíamos até discutir com o Banco do Brasil para vocês organizarem, porexemplo, os depósitos dos resíduos da mandioca.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Obrigado.O representante da Secretaria Regional de Araranguá

levantou a questão do Código Ambiental, que terminamos ontem naAssembléia Legislativa - o deputado Décio Góes é o presidente daComissão. Pelo que a gente viu até agora (talvez seja preciso fazer umaemenda), não fala nada das indústrias da mandioca. Então, aAssociação precisa ficar de olho, porque vai entrar em pauta agora, ogoverno do Estado quer que seja votado ainda este ano, e já poderiatalvez tratar algumas questões nesse sentido.

O que eu proponho aqui concretamente como encaminha-mento? Além desse grupo que já está trabalhando na questão dastecnologias alternativas, proponho para que façamos um grupo maispolítico que vai discutir daqui para frente a questão que o deputadoDécio propôs. Nós precisamos discutir com a Secretaria de Agricultura,com a Fatma e o Ministério Público.

Deixo livre a palavra ao deputado Décio Góes.O SR. DEPUTADO ESTADUAL DÉCIO GÓES (SC) - Na verdade, a

gente constata que falta uma política pública para o setor, e aí queriachamar a atenção, Silvio, de que a Fatma... A gente vê uma série decontradições e a falta de definição, o que cria problemas para o setor,inviabiliza o TAC, pelo que estou compreendendo, não diz nem sim nem não.

E nós - eu como membro da Comissão da Agricultura queestou aqui representando, e o deputado Décio Góes, presidente daComissão do Meio Ambiente - poderemos fazer essa discussão naAssembléia em termos de grupo de trabalho para operar essesencaminhamentos a partir daqui. Estou propondo esse encaminha-mento: poderemos fazer reuniões aqui ou em Florianópolis com todasas entidades que estão presentes, os representantes dos sindicatos,das associações, das cooperativas, para dar vazão a essas propostasque vocês deixaram. O principal problema é a questão do TAC, e aceitaros estudos que vocês fizeram para assinar o TAC aqui. Parece-me queessa é a questão central que está colocada.

A Polícia Ambiental também tem criado algumas situações,assim como a própria Epagri, e são todas do mesmo governo. É claroque a Epagri está exercendo um papel extremamente positivo depesquisa, de dados, tem procurado encontrar as saídas, mas essa nãoestá sendo a postura das outras. E são todas do mesmo governo, soba mesma política.

Eu acho que a Secretaria da Agricultura, Silvio, precisa pegaresse assunto na unha para poder começar a ajudar a encaminhar esse

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 25

Quero saber do pessoal da mesa se é isso. “Um Grande Desafio: Integração Sul-Americana na Saúde, QuestõesAduaneiras e Legislação de Trânsito”, que será promovido pelo BlocoBrasileiro da União de Parlamentares do MERCOSUL a ser realizado nosdias 07, 08 e 09 de maio de 2009 na cidade de Florianópolis SC, ondea ALESC terá o direito de inscrever 40 (quarenta) parlamentares e 100(cem) servidores.

O SR. SILVIO TADEU DE MENEZES - Eu sugiro no caso oenvolvimento da Secretaria de Desenvolvimento EconômicoSustentável, porque na verdade a Fatma é subordinada [a ela]. Eela tem sido receptiva nas solicitações dos agricultores. Então achointeressante o envolvimento porque vejo uma perspectiva de algumamodificação nesse sentido.

VALOR GLOBAL: R$ 200.000,00 (duzentos mil reais)ITEM ORÇAMENTÁRIO: Ação 1144 (Manutenção de ServiçosAdministrativos Gerais) e Item Orçamentário 3.3.90.39.99 (OutrosServiços de Terceiros - Pessoa Jurídica).

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Então,está se propondo aqui a inclusão da Secretaria de DesenvolvimentoSustentável do governo do Estado. FUNDAMENTO LEGAL: art. 13 inciso VI, art. 25 da Lei nº 8.666/93 e

Autorização Administrativa para Processo Licitatório nº 0016/2009.Pode ser? É isso gente?Então, no mais queremos mais uma vez assumir com

vocês o compromisso de dar continuidade, levar isso paraAssembléia Legislativa, para todos os deputados. O João Paulopode ficar tranqüilo nós vamos estar na semana que vem...

Florianópolis, 22 de abril de 2009.Deputado Jorginho Mello - Presidente ALESC

*** X X X ***

FÓRUM(O deputado Décio Góes manifesta-se fora do microfone.Inaudível.)

Pois é, eu entendo que o João Paulo pode ser a nossaponte com o Enilto, que está trabalhando essa questão, as demaisentidades. Nós vamos discutir com os deputados, com o deputadoPonticelli e com outros, principalmente os daqui da região, parapodermos operar rapidamente essa questão para não chegar aofinal do ano sem ter alguns encaminhamentos concretos.

Ata da reunião de instalação do Fórum Parlamentar em Defesa do PisoSalarial Profissional para os Profissionais do Magistério Público daEducação Básica, realizada em 03 de dezembro 2008, as 13 horas e30 minutos.Às treze horas e trinta minutos do dia três de dezembro, sob acoordenação do Deputado Pedro Uczai, foram abertos os trabalhos dareunião de instalação do Fórum Parlamentar em Defesa do Piso SalarialProfissional para os Profissionais do Magistério Público da EducaçãoBásica. Foi registrada a presença dos Deputados Darci de Matos,Joares Ponticelli, Sargento Amauri Soares e Serafim Venzon, e daDeputada Ana Paula Lima. Foram registradas as presenças dosVereadores Adilson Mariano, de Joinville, e Marcelino Chiarello, deChapecó. Foram também registradas as presenças de assessoresrepresentando a Senadora Ideli Salvatti e o Deputado Federal CláudioVignatti. Foram registradas ainda a presença de lideranças sindicais deoutras categorias, e delegações de trabalhadores na educação deFlorianópolis, São José, Chapecó, Dionísio Cerqueira, Joinville,Maravilha, Palmitos, São Miguel do Oeste e Tubarão. Após essa etapainicial, foi sugerida e definida a pauta: 1) Informes; 2) eleição doCoordenador e do Relator do Fórum; 3) Elaboração de convite ouconvocação para que o Secretário de Estado da Educação venha naAssembléia Legislativa (ALESC) falar sobre a Lei Federal nº 11.738; e4) Emenda a Lei Orçamentária Anual para viabilizar o cumprimento dopiso salarial nacional para o magistério público da educação básica.Foram dados vários informes sobre a Frente Nacional, os FórunsEstaduais, e a Ação Direta de Inconstitucionalidade que tramita noSupremo Tribunal Federal. O Deputado Darci de Matos falou que apóiao piso, a emenda ao orçamento e chamar o Secretário da Educação atéa ALESC, e indicou o Deputado Pedro Uczai para coordenar o Fórum. ADeputada Ana Paula falou que apóia o piso e criação do Fórum, eindicou o Deputado Uczai para ser o coordenador. O Deputado SerafimVenzon declarou que apóia o piso, indicou o Deputado Uczai para ser ocoordenador do Fórum, e se colocou a disposição para ser o relator. ODeputado Sargento Amauri Soares declarou que apóia o piso, e indicouo Deputado Uczai para ser o coordenador. Falaram também sobre opiso e criação do Fórum, as seguintes pessoas: Miriam Darós, repre-sentando o gabinete da Senadora Ideli Salvatti; Ana Júlia, repre-sentando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SantaCatarina (SINTE); o Vereador Adilson Mariano, de Joinville; AntonioCampos, representando o SINTE; e o Vereador Marcelino Chiarello, deChapecó. Logo após foram eleitos por consenso, o Deputado PedroUczai para ser o Presidente do Fórum, e o Deputado Serafim Venzonpara ser o relator do Fórum. Dando seqüência aos pontos de pauta,ficou definido que o Fórum fará um Requerimento com a assinatura dediversos Parlamentares e apresentará ao plenário da ALESC,objetivando convocar o Secretário de Estado da Educação. Naseqüência, foi definido que o Fórum articulará a aprovação da Emendaa Lei Orçamentária Anual para viabilizar o cumprimento do piso salarialnacional para o magistério público da educação básica. Antes dotérmino da reunião, foi sugerido que o Fórum solicitará para a Comissãode Educação da ALESC, o uso da estrutura daquela Comissão para adivulgação e viabilização das atividades do Fórum. Nada mais havendoa tratar o senhor Presidente agradeceu a presença dos senhores esenhoras Parlamentares, e das dezenas de pessoas presentes areunião de instalação do Fórum, e encerrou a presente reunião, da qualeu, Antonio Marco Silveira Duarte, servidor da ALESC sob a matrícula3429, na condição de secretário ad hoc, lavrei a presente ata, queapós ser lida e aprovada por todos os membros, será assinada pelosenhor Presidente e, posteriormente, publicada no Diário daAssembléia Legislativa.

Se chegar em dezembro, em janeiro, a Fatma, todomundo entra em férias, e aí depois vocês vão começar a produzir, eas coisas não estão andando. Nós certamente precisávamosmarcar uma reunião já para a semana que vem em Florianópolis, dogrupo de trabalho para, quem sabe, operar.

(O deputado Décio Góes manifesta-se fora do microfone.Inaudível.)

Pode. O deputado Décio está perguntando se no grupotécnico fica o Enilto ou fica toda a equipe. Teríamos que ver.

O SR. ENILTO DE OLIVEIRA NEUBERT - É importanteaplicarmos na parte técnica a participação do professor Airton, doprofessor Carlyll, da Unesc, e da Escola Agrotécnica Federal deSombrio.

O SR. PRESIDENTE (deputado Dirceu Dresch) - Dia 25tem reunião no Consema. Então está bom.

Então a proposta é no dia 25 incluir na pauta do Consemaa questão técnica do debate da equipe que foi levantada.

Está bem, pessoal? Nós vamos ver o seguinte: se a gentejá consegue se reunir, quem sabe, semana que vem ou na outrasemana. Vocês fazem a reunião dia 25 e na outra semana a gentefaz essa reunião em Florianópolis. Vamos tentar trazer o MinistérioPúblico e a Fatma para esta reunião na Assembléia Legislativa naoutra semana, depois do dia 25.

Vamos fazer essa intermediação com o governo doEstado, com a Fatma, com o Ministério Público e com a equipetécnica aqui.

Pode ser isso? No mais eu quero... Sim?(O senhor Aldoir Teixeira manifesta-se fora do microfone: “Se nãoder certo, vem aqui de novo dizer!”)Voltaremos de novo, com certeza. Se precisar vamos para briga.Está bem? Hem?(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)Com certeza, no início do ano, antes da safra, nós vamos voltaraqui, se não conseguirmos resolver antes.

Mas a gente espera que a gente consiga convencer dascoisas aqui para poder começar a andar.

Muito obrigado pela participação de vocês, pela presença.Vamos firme que a gente vai abrindo os caminhos e resolvendo asquestões.Obrigado. (Palmas.)(Encerra-se a audiência pública.)

DEPUTADO DIRCEU DRESCHPRESIDENTE

*** X X X ***

EXTRATO

Extrato N.º 036/2009REFERENTE: Inexigibilidade de Licitação CL n.º 004/2009 celebrado em22/04/2009. Sala das Comissões, em 03 de dezembro de 2008.CONTRATANTE: Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina Deputado Pedro UczaiCONTRATADA: BLOCO BRASILEIRO DA UNIÃO DE PARLAMENTARES DOMERCOSUL (UPM).

Presidente*** X X X ***OBJETO: Aquisição de Quota de Participação no evento intitulado de

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26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

OFÍCIO Nº 067/09

OFÍCIOSCONGREGAÇÃO DAS IRMÃS CATEQUISTAS FRANCISCANAS

RELATÓRIO 2008 - DOCUMENTOS para a Assembleia Legislativa doestado de Santa CatarinaFlorianópolis (SC)OFÍCIO Nº 064/0901 Carta de ApresentaçãoASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS APAE RODEIO 02 Relatório de Atividades Sociais 2008A/C: 02.1 Anexo XVIPRESIDÊNCIA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA a. Identificação da entidade Identificação das Responsáveis

Assunto: Documentos necessários para a manutenção da entidadedeclarada de Utilidade Pública Estadual

b. relação dos Estabelecimentos filiais.02.2 Anexo XVII

Estamos encaminhando os documentos solicitados, segundo a LeiEstadual nº 14.182/2007. Segue documentação abaixo relacionada:

Resumo de Informações - descrição sucinta, da Assistência Socialdesenvolvida no exercício da Entidade Identificação das responsáveis

01- Declaração de cumprimento dos requisitos exigidos para amanutenção da Utilidade Pública Estadual

a. Identificação da Entidade Identificação das Responsáveisb. Atividades

02- CNPJ; c. Projetos03- Cópia da Ata de Eleição e de Posse da atual diretoria; d. Benefícios04- RG e CPF do Dirigente; e. Serviços05- Cópia do Estatuto e alterações; f. Consolidação do Programa Educação para a Cidadania06- Relatório de Atividades/ Gestão - 2008; g. Declaração07- Relatório Contábil - 2008; h. ConsideraçõesManifestamo-nos de acorodo com as informações contidas na docu-mentação, responsabilizando-nos pela veracidade dos mesmos e noscolocando a disposição para mais informações que se fizerem necessá-rias.

03 Cópia (autenticada) da Ata de Posse da Diretoria em exercício.04 Atestadode Funcionamento da Entidade emitido por Tereza Valler,presidente e Maria Ármine Panini, conselheira, aos 08 de abril de2009.

Atenciosamente, 05 Cópia (simples) da Utilidade Pública Estadual e cópia (simples) dacertidão (21.10.2008) atestando a manutenção da mesma.Carlos Alberto Slieter

CPF: 381.249.209-15 06 balanço Patrimonial e Demonstrações Contábeis - exercício 2008,incluindo a Planilha da Isenção da Cota Patronal e a também a página21 do Jornal A Notícia de Joinville, SC, onde foram publicadas asdemonstrações do exercício 2008, aos em 27 de março de 2009.

RG: 1.045.835Presidente da APAE de Rodeio

Lido no ExpedienteSessão de 23/04/09 Joinville (SC) 17 de abril de 2009

*** X X X *** Lido no ExpedienteOFÍCIO Nº 065/09 Sessão de 23/04/09

ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR BENEFICIENTE MISERICÓRDIA DE VILAITOUPAVA

*** X X X ***

PROJETOS DE LEIEXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIALEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINAASSOCIAÇÃO HOSPITALAR BENEFICIENTE MISERICÓRDIA DE VILAITOUPAVA, mantenedora do HOSPITAL MISERICÓRDIA, entidadesediada na rua Max Haufe nº 211, em Vila Itoupava, Município deBlumenau, Estado de Santa Catarina, vem respeitosamente apresentara V. Exa. a prestação de contas concernente ao exercício social de2008, juntado, para tanto, o Relatório de Atividade, o BalançoPatrimonial, a Demonstração de resultado e demais peças contábeis,relativo às atividades desenvolvidas no aludido exercício, comparado a2007, face à sua condição de entidade declarada de UTILIDADEPUBLICA ESTADUAL, atravéz da Lei nº 3.414, de 03/04/1964, parafins de manutenção de entidade de fins filantrópicos e, para tanto,requer se digne determinar seja expedida certidão, confirmando queesta entidade continua fazendo jus ao mencionado título.

PROJETO DE LEI Nº 110/09Declara de utilidade pública a AssociaçãoComercial e Industrial de São Miguel doOeste - Acismo, com sede no municípiode São Miguel do Oeste.

Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a AssociaçãoComercial e Industrial de São Miguel do Oeste - Acismo, com sedeno município de São Miguel do Oeste.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior ficamassegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente,para o devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, osseguintes documentos:

Anexo, seguem os documetos acima relacionados.Nestes termosPede deferimento

I - relatório anual de atividade;Blumenau, 15 de abril de 2009II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;Hellmuth DankerPresidente do Conselho DiretorLido no Expediente III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto

se houver; eSessão de 23/04/09*** X X X *** IV - balancete contábil.

OFÍCIO Nº 066/09 Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS Sala das Sessões,

ESCOLA ESPECIAL RECANTO ALEGRE Deputado Padre Pedro BaldisseraRio do Sul, 10 de abril de 2009. Lido no ExpedienteOfício nº 056/2009 Sessão de 23/04/09À JUSTIFICATIVAPRESIDÊNCIA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA A Associação Comercial e Industrial de São Miguel do

Oeste tem prestado relevantes serviços à sociedade migueloestinae região, desenvolvendo atividades de representação e congregaçãode seus associados. Dentre suas atividades, destacamos ofomento de exposições de produtos, organização e congraçamentodas classes que representa, proporcionando o desenvolvimentosocial e econômico de seus associados e da comunidade em geral.

RUA JORGE LUIZ FONTES 310 CENTROCEP: 88.020-900 FLORIANÓPOLIS - SCPrezados Senhores,Encaminhamos a Vossa Senhoria, relatório circunstanciado dasatividades desenvolvidas pela APAE de Rio do Sul no ano de 2008,além do Balanço Patrimonial e demais demonstrativos contábeis.Sendo o que se apresenta para o momento, colocamo-nos a Vossadisposição para quaisquer esclarecimentos.

Pelo acima exposto, e considerando os relevantesserviços desenvolvidos nas atividades da referida entidade, que pornão ter fins econômicos necessita do amparo e da contrapartida doPoder Público para melhor desenvolver e aumentar a abrangênciados seus trabalhos, submeto este projeto à elevada consideração eapreciação de Vossas Excelências, esperando ao final seuacolhimento.

Atenciosamente,Célio Simão Martignado

PresidenteLido no ExpedienteSessão de 23/04/09

*** X X X *** *** X X X ***

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 27

PROJETO DE LEI Nº 111/09 "Art. 3º O Chefe do Poder Executivo regulamentará a presenteLei no prazo de sessenta dias."Declara de utilidade pública a Sociedade

Esportiva Recreativa Cruzeiro, com sede nomunicípio de Blumenau.

Sala da Comissão, em 26 de março de 2008.Deputado Silvio Dreveck

APROVADO EM 1º TURNOArt. 1º Fica declarada de utilidade pública a SociedadeEsportiva Recreativa Cruzeiro, com sede no município de Blumenau. Em Sessão de 25/03/09

APROVADO EM 2º TURNOArt. 2º À entidade de que trata o artigo anterior ficam assegu-rados todos os direitos e vantagens da legislação vigente. Em Sessão de 07/04/09

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 590/07Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, parao devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintesdocumentos:

Dispõe sobre a proibição da circulação e daentrada de animais domésticos em restau-rantes, bares, lanchonetes, supermercados,similares e nas praias do litoral catarinense.I - relatório anual de atividades;

II - declaração de que permanece cumprindo os requisitosexigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica proibida a circulação e a entrada de animais do-

mésticos em restaurantes, bares, lanchonetes, supermercados,similares e nas praias do litoral catarinense.

III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,se houver; e

IV - balancete contábil. Parágrafo único. Somente cães guias serão excluídos dosefeitos desta Lei.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data da publicação.

Sala das Sessões, Art. 2º É obrigatória a fixação, nos estabelecimentos de quetrata o art. 1º, de cartaz em local visível e de fácil leitura, contendoreferência a esta Lei e os seguintes dizeres: “Proibida a entrada deanimais neste estabelecimento”.

Deputado Jean KuhlmannLido no ExpedienteSessão de 23/04/09

JUSTIFICATIVA Art. 3º O Chefe do Poder Executivo regulamentará a presenteLei no prazo de sessenta dias.A Sociedade Esportiva Recreativa Cruzeiro, com sede no mu-

nicípio de Blumenau, é uma sociedade civil, de caráter representativo,cultural, educativo, social e desportivo, sem fins lucrativos, que temcomo finalidade a preservação e conservação do patrimônio histórico eartístico, da cultura e do folclore da colonização alemã no município deBlumenau, como também proporcionar a seus associados atividadesdesportivas amadoras, entre as quais a prática do bolão, tiro, bocha edemais promoções sociais de natureza recreativa, mantendo intercâm-bio social, cultural e desportivo com entidades congêneres.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor a partir de trinta dias de suapublicação.

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, de abril de 2009Deputado Romildo Titon

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça*** X X X ***

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 297/08Altera o art. 1º da Lei nº 13.348, de 2005,que estabelece condições de estaciona-mento em shopping centers,supermercados e agências bancárias.

Para continuar implementando as ações dispostas em seuEstatuto, faz-se necessário que a entidade usufrua das vantagenslegais inerentes à titulação requerida, por isso, submeto aos SenhoresDeputados a proposta presente. A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:

*** X X X *** Art. 1º O art. 1º da Lei nº 13.348, de 02 de maio de 2005,que estabelece condições de estacionamento em shopping centers,supermercados e agências bancárias, passa a vigorar com a seguinteredação:

REDAÇÕES FINAIS

“Art. 1º..............................................................................EMENDA MODIFICATIVA AO PROJETO DE LEI Nº 0590.1/2007 ... .....................................................................................Em cumprimento ao artigo 187 e 188 § 2º do RegimentoInterno, a Deputada subscrita vem apresentar a seguinte EmendaModificativa ao Projeto de Lei nº 0590.1/2007, que passa a vigorarcom as seguintes alterações:

§ 2º Fica estabelecido que em todos os postos de cobrançade estacionamento de veículos, em shopping centers, supermercados eagências bancárias, deverão ser afixados e mantidos avisos quanto àLei nº 13.348, de 2005, a qual estabelece o direito à isenção dopagamento de estacionamento de veículos automotores. Os cartazes,placas ou adesivos referidos deverão estar em tamanho legível, citar aLei, seus artigos e parágrafos e conter o seguinte texto: CUIDE DOSSEUS INTERESSES VOCÊ MESMO.

A ementa e o caput do artigo 1º do PL nº 0590.1/2007 quedispõe sobre a proibição da entrada de animais domésticos emrestaurantes, bares, lanchonetes, supermercados e similares, passa avigorar com a seguinte redação:

"Dispõe sobre a proibição da circulação e da entrada deanimais domésticos em restaurantes, bares, lanchonetes,supermercados, similares e nas praias do litoral catarinense"

..... .................................................................................. "Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009"Art. 1º Fica proibida a circulação e a entrada de animais

domésticos em restaurantes, bares, lanchonetes, supermercados,similares e nas praias do litoral catarinense."

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***Sala das Sessões, em REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 331/08Deputada Odete de Jesus Autoriza a doação de imóveis no Municípiode Florianópolis.Partido Republicano Brasileiro - PRB/SC

Acatamos o Voto Vista c/ Emenda Modificativa do Dep. Silvio Dreveckao PL 0590/2007. A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a desafetar e doarao Município de Florianópolis os seguintes imóveis:APROVADO EM 1º TURNO

Em Sessão de 25/03/09 I - área de terra com duzentos e cinqüenta e seis mil e qua-trocentos e setenta e dois metros quadrados, composta por uma Áreade Preservação Permanente - APP, com duzentos e trinta e cinco mil equinhentos e sessenta e sete metros quadrados, e uma ÁreaResidencial Predominante-zero - ARP-0, com vinte mil e novecentos ecinco metros quadrados, a ser desmembrada da área maior situada narua Delminda da Silveira, bairro Agronômica, onde se encontra instaladaa Penitenciária do Estado, matriculada sob o nº 35.417 no 1º Ofício deRegistro de Imóveis da Comarca da Capital e cadastrada sob o nº01942 na Secretaria de Estado da Administração; e

APROVADO EM 2º TURNOEm Sessão de 07/04/09

JUSTIFICATIVASenhor Presidente,Senhoras e Senhores Deputados,

A Emenda Modificativa acima apresentada visa especifica-mente proibir a circulação de animais domésticos na orla das praias dolitoral catarinense, que hoje infelizmente, muitas pessoas levam seusanimais para passear na areia do mar, onde divide espaço com o serhumano, o que pode ocasionar doenças contágeis. II - área de terra situada na rua General Vieira da Rosa, com

sete mil e setecentos e sete metros e quarenta e nove decímetrosquadrados, matriculada sob o nº 22.866, no 1º Ofício de Registro deImóveis da Comarca da Capital, e cadastrada sob o nº 01566 naSecretaria de Estado da Administração.

Assim sendo, ante a motivação exposta para esta emenda doProjeto de Lei em questão, pedimos o voto favorável aos Nobres Pares,por se tratar de medida de relevante interesse público.

Sala das Sessões, emDeputada Odete de Jesus Art. 2º A presente doação tem por finalidade viabilizar a im-

plantação do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, emFlorianópolis, objetivando dar execução às obras e aos serviçosrelativos a projetos de saneamento básico, urbanização de favelas ehabitação do Maciço do Morro da Cruz.

Partido Republicano Brasileiro - PRB/SCEMENDA MODIFICATIVA AO PROJETO DE LEI Nº 0590.1/2007

O artigo 3º do Projeto de Lei nº 0590.1/2007 passa a vigorarcom a seguinte redação:

Processo Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

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28 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

Art. 3º O donatário não poderá, sob pena de reversão: REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 403/08I - desviar a finalidade ou deixar de utilizar o imóvel, salvo por

interesse público devidamente justificado e com a anuência escrita dodoador; e

Determina que nas peças publicitárias delançamento imobiliário, deverão constarobrigatoriamente o nome do autor doprojeto arquitetônico e/ou urbanístico.II - deixar de cumprir os encargos da doação no prazo de dois

anos. A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 4º A reversão de que trata o art. 3º desta Lei será reali-

zada independentementede notificação judicial ou extrajudicial, semindenização por benfeitorias construídas.

Art. 1º Nas peças publicitárias de lançamentos imobiliários noEstado de Santa Catarina, veiculadas por órgãos de comunicação,deverão constar, obrigatoriamente, o nome do autor do projetoarquitetônico e/ou urbanístico.Art. 5º A edificação de benfeitorias não outorga ao donatário

o direito de retenção no caso de reversão do imóvel. Art. 2º O empreendedor, responsável pela veiculação da pu-blicidade de que trata o artigo anterior, que não cumprir o que nele estádisposto, será inicialmente notificado pelo órgão responsável pela suafiscalização para que faça a devida retificação nas peças publicitáriasem desacordo com a presente Lei.

Art. 6º As disposições previstas no art. 3º desta Lei deverãoconstar da escritura pública de doação do imóvel, sob pena de nulidadedo ato.

Art. 7º As despesas com a execução desta Lei correrão porconta do Município, vedado ao Estado arcar com quaisquer ônus a elasrelacionadas.

Parágrafo único. Em caso de não atendimento da notificação,será aplicada multa de R$ 1.000,00 (hum mil reais), cobrada em dobroem caso de reincidência, sujeitando-se ainda o infrator ao recolhimentodo material publicitário.

Art. 8º O Estado será representado no ato de doação pelotitular da Secretaria de Estado da Administração ou por quem forlegalmente constituído. Art. 3º O Poder Executivo regulamentará esta Lei em

sessenta dias.Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009 Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Deputado Romildo Titon SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 15 de abril de 2009Presidente da Comissão de Constituição e Justiça Deputado Romildo Titon

*** X X X *** Presidente da Comissão de Constituição e JustiçaREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 392/08 *** X X X ***

Declara de utilidade pública a Cia TeatralBocarela das Palavradas, com sede noMunicípio de Araranguá.

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 003/09Declara de utilidade pública o Sindicato dosParapsicólogos Clínicos do Sistema Grisado Estado de Santa Catarina, com sede noMunicípio de Florianópolis.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Cia Teatral

Bocarela das Palavradas, com sede no Município de Araranguá. A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-

gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.Art. 1º Fica declarado de utilidade pública o Sindicato dos

Parapsicólogos Clínicos do Sistema Grisa do Estado de Santa Catarina,com sede no Município de Florianópolis.Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, à

Assembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, parao devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintesdocumentos:

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, parao devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintesdocumentos:

I - relatório anual de atividades;II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,

se houver; eI - relatório anual de atividades;II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;IV - balancete contábil.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,

se houver; eSALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009Deputado Romildo Titon IV - balancete contábil.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.*** X X X *** SALA DAS COMISSÕES, em 14 de abril de 2009

EMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL AO PROJETO DE LEI NºPL/0403.5/2008

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***O Projeto de Lei nº 0403.5/2008 passa a ter a seguinteredação: REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 004/09

Declara de utilidade pública o Clube deCaça e Tiro Ribeirão Itoupava, com sedeno Município de Blumenau.

"PROJETO DE LEI Nº 0403.5/2008Determina que nas peças publicitárias delançamento imobiliário deverão constar,obrigatoriamente, o nome do autor doprojeto arquitetônico e ou urbanístico.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica declarado de utilidade pública o Clube de Caça

e Tiro Ribeirão Itoupava, com sede no Município de Blumenau.Art. 1º Nas peças publicitárias de lançamentos imobiliáriosno Estado de Santa Catarina, veiculadas por órgãos decomunicação, deverão constar, obrigatoriamente, o nome do autordo projeto arquitetônico e ou urbanístico.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficamassegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente,para o devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, osseguintes documentos:

Art. 2º O empreendedor responsável pela veiculação dapublicidade de que trata o artigo anterior que não cumprir o quenele está disposto, será inicialmente notificado pelo órgãoresponsável pela sua fiscalização para que faça a devida retificaçãonas peças publicitárias em desacordo com a presente Lei.

I - relatório anual de atividades;II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;Parágrafo único. Em caso de não-atendimento danotificação será aplicada multa de R$ 1.000,00 (um mil reais),cobrada em dobro em caso de reincidência, sujeitando-se ainda oinfrator ao recolhimento do material publicitário.

III - cópia autenticada das alterações ocorridas noestatuto, se houver; e

IV - balancete contábil.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º O Poder Executivo regulamentará esta Lei em

sessenta dias. SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009Deputado Romildo TitonArt. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."

Presidente da Comissão de Constituição e JustiçaSala da Comissão, em*** X X X ***Deputado Joares Ponticelli

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 005/09APROVADO EM 1º TURNODeclara de utilidade pública o ConselhoEscolar da Escola Básica MunicipalProfessor Friedrich Karl Kemmelmeier, comsede no Município de Blumenau.

Em Sessão de 15/04/09APROVADO EM 2º TURNOEm Sessão de 15/04/09

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 29

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta: municipais e da Justiça Eleitoral, vedada qualquer tipo de cessão,aluguel ou transferência, total ou parcial, de uso ou posse do imóvel.Art. 1º Fica declarado de utilidade pública o Conselho Escolar

da Escola Básica Municipal Professor Friedrich Karl Kemmelmeier, comsede no Município de Blumenau.

Art. 5º O Estado será representado no ato peloDesembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de SantaCatarina, ou quem por mandato especial, for por ele constituído.Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-

gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, à

Assembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, parao devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintesdocumentos:

SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009Deputado Romildo Titon

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça*** X X X ***

I - relatório anual de atividades; REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 015/09II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;Altera a Lei nº 6.230, de 1983, que declarade utilidade pública a Fundação Médico-Assistencial ao Trabalhador Rural deAgrolândia.

III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,se houver; e

IV - balancete contábil. A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 1º A Lei nº 6.230, de 9 de maio de 1983, passa a vigorar

com a seguinte redação:SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009Deputado Romildo Titon “Declara de utilidade pública a Fundação Hospitalar Alex

Krieser, com sede no Município de Agrolândia.Presidente da Comissão de Constituição e Justiça*** X X X *** Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Fundação

Hospitalar Alex Krieser, com sede no Município de Agrolândia.REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 006/09Declara de utilidade pública a Associaçãodos Moradores dos Arredores daComunidade Kolping, C.C.E.A.Z. eCentenário do Bairro Valparaiso -MAKCEVAL, com sede no Município deBlumenau.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior ficam assegu-rados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, parao devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintesdocumentos:

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta: I - relatório anual de atividades;Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação dos

Moradores dos Arredores da Comunidade Kolping, Centro Comunitário eEsportivo Antonio Zendron - C.C.E.A.Z. e Centenário do Bairro Valparaiso- MAKCEVAL, com sede no Município de Blumenau.

II - declaração de que permanece cumprindo os requisitosexigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;

III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,se houver; e

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

IV - balancete contábil.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.”

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, parao devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintesdocumentos:

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

I - relatório anual de atividades; *** X X X ***II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 025/09

Declara de utilidade pública a Organizaçãopara o Movimento e o Desporto Adaptado -OMDA, com sede no Município deFlorianópolis.

III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,se houver; e

IV - balancete contábil.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009 Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Organização para

o Movimento e o Desporto Adaptado - OMDA, com sede no Município deFlorianópolis.

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X *** Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 009/09

Dispõe sobre a cessão de uso do imóvelque especifica e adota outras providências.

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, à AssembleiaLegislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, para o devidocontrole, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintes documentos:A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:

Art. 1º Fica o Poder Judiciário, por intermédio do Tribunal deJustiça, autorizado a ceder o uso, a título gratuito, do imóvel do Estadode Santa Catarina, matriculado sob nº 6.508, do Livro nº 2, fl. 01, doRegistro Geral do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca dePinhalzinho, para o Município de Pinhalzinho (térreo e o 1º andar) epara o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (andar subsolo).

I - relatório anual de atividades;II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,

se houver; eIV - balancete contábil.

Parágrafo único. O imóvel do Estado referido neste artigo seconstitui de parte dos lotes urbanos nº 202 e 203, da quadra nº 19,com a área de 600m² (seiscentos e vinte metros quadrados) cada um,perfazendo a área total de 1.200m² (um mil e duzentos metrosquadrados), situado à avenida Porto Alegre, esquina com a rua SãoLuiz, nesta cidade e Comarca de Pinhalzinho, confrontando em conjun-to: ao NORTE, com a avenida Porto Alegre; ao SUL, com parte dosmesmos lotes urbanos nº 202 e 203, de Sandra Regina Zortéa; ambasas confrontações na extensão de 40m (quarenta metros); ao LESTE,com a rua São Luiz; ao LESTE com parte do lote rural nº 201, de NeusaTonatto, ambas as confrontações na extensão de 30 (trinta metros);incluindo a edificação em alvenaria com três pavimentos, com áreatotal construída de 630m² (seiscentos e trinta metros quadrados,coberto com telhas de fibro-cimento; nº predial 715, devidamenteaverbada junto à matrícula do imóvel - AV. 3/6.508.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 043/09

Autoriza a cessão de uso de imóvel noMunicípio de Urussanga.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a ceder à União,

Ministério do Trabalho e Emprego, pelo prazo de vinte anos, o usogratuito de um terreno com área de novecentos e trinta e dois metros ecinquenta e nove decímetros quadrados, parte do imóvel localizado naAvenida Presidente Nereu Ramos, Município de Urussanga, matriculadosob o nº 1.456 no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca deUrussanga e cadastrado na Secretaria de Estado da Administração sobo antigo nº 2.648.

Art. 2º As cessões de uso referidas no art. 1º serãooutorgadas por prazo indeterminado, podendo ser revogadas a qualquertempo por qualquer das partes. Parágrafo único. A autorização prevista nesta Lei não afasta a

obrigatoriedade dos procedimentos exigidos pela Lei federal nº 8.666,de 21 de junho de 1993, e suas alterações posteriores.

Art. 3º O uso do imóvel será cedido por meio de Termos deCessão de Uso, no qual deverão constar os direitos, obrigações epenalidades das partes. Art. 2º A presente cessão de uso tem por objetivo permitir

que o Ministério do Trabalho e Emprego construa unidade administrati-va, visando melhor atender a comunidade do Município de Urussanga.

Art. 4º Os cessionários terão direito de uso do imóvel descritono art. 1º para a finalidade exclusiva de instalação de serviços

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30 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

Art. 3º Findas as razões que justificam a presente cessãode uso, bem como vindo o Estado a necessitar do imóvel para usopróprio, o mesmo reverterá ao seu domínio.

Art. 7º Enquanto durar a concessão de uso, aconcessionária defenderá o imóvel contra esbulhos, invasões eoutros usos desautorizados pela concedente, sob pena deindenização dos danos, sem prejuízo do estabelecido no art. 103da Constituição do Estado.

Art. 4º Ocorrendo a reversão antecipada ou ao término doprazo da cessão de uso, o imóvel e suas benfeitorias passam aodomínio do Estado, sem direito de indenização à cessionária, face àgratuidade da cessão.

Art. 8º Será firmado contrato subsidiário a esta Lei discipli-nando e detalhando os direitos e obrigações da concedente e daconcessionária.Art. 5º Serão de responsabilidade da cessionária os

custos, obras e riscos inerentes aos investimentos necessários àexecução dos objetivos desta Lei, inclusive os de conservação,segurança, impostos e taxas incidentes, bem como quaisqueroutras despesas decorrentes da cessão de uso.

Art. 9º O Estado será representado no ato da concessão deuso pelo titular da Secretaria de Estado da Administração ou por quemfor legalmente constituído.

Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009

Art. 6º A cessionária, sob pena de imediata reversão eindependentementede notificação judicial ou extrajudicial, nãopoderá:

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***I - transferir, parcial ou totalmente, direitos adquiridos com

esta cessão de uso;REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 052/09

Autoriza a doação de imóvel no Municípiode São Domingos.II - oferecer o imóvel como garantia de obrigação; e

III - desviar a finalidade ou executar atividades contráriasao interesse público.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a desafetar e

doar, ao Município de São Domingos, o imóvel com área de um mile seiscentos metros quadrados, contendo benfeitorias, matriculadosob o nº 5.093 no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca deXanxerê e cadastrado sob o nº 03504 na Secretaria de Estado daAdministração.

Art. 7º Enquanto durar a cessão de uso, a cessionáriadefenderá o imóvel contra esbulhos, invasões e outros usosdesautorizados pelo cedente, sob pena de indenização dos danos,sem prejuízo do estabelecido no art. 103 da Constituição doEstado.

Art. 8º Será firmado contrato subsidiário a esta Lei discipli-nando e detalhando os direitos e obrigações do cedente e docessionário.

Art. 2º A presente doação tem por finalidade viabilizar ainstalação do Centro de Referência em Assistência Social - CRAS,do Município de São Domingos.

Art. 9º O Estado será representado no ato da cessão deuso pelo titular da Secretaria de Estado da Administração ou porquem for legalmente constituído.

Art. 3º O donatário não poderá, sob pena de reversão:I - desviar a finalidade ou deixar de utilizar o imóvel, salvo

por interesse público devidamente justificado e com a anuênciaescrita do doador;Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação. II - deixar de cumprir os encargos da doação no prazo dedois anos; eSALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009

Deputado Romildo Titon III - hipotecar, alienar, alugar, total ou parcialmente, oimóvel.Presidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X *** Art. 4º A reversão de que trata o art. 3º desta Lei serárealizada independentementede notificação judicial ou extrajudicial,sem indenização por benfeitorias construídas.

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 048/09Autoriza a concessão de uso de imóvelno Município de Rio do Sul. Art. 5º A edificação de benfeitorias não outorga ao

donatário o direito de retenção no caso de reversão do imóvel.A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder à

Associação Beneficente dos Militares Estaduais - ABEPOM, peloprazo de dez anos, o uso gratuito de parte do imóvel com área deum mil, cento e vinte e sete metros e setenta e três decímetrosquadrados, no Município de Rio do Sul, matriculado sob o nº 4.386no Cartório do Registro de Imóveis e Hipotecas da Comarca de Riodo Sul e cadastrado sob o nº 00785 na Secretaria de Estado daAdministração.

Art. 6º As disposições previstas no art. 3º desta Leideverão constar da escritura pública de doação do imóvel, sob penade nulidade do ato.

Art. 7º As despesas com a execução desta Lei correrãopor conta do Município, vedado ao Estado arcar com quaisquerônus a elas relacionadas.

Art. 8º O Estado será representado no ato de doação pelotitular da Secretaria de Estado da Administração ou por quem forlegalmente constituído.Parágrafo único. De acordo com o que determina o inciso I

do parágrafo único do art. 7º da Lei nº 5.704, de 28 de maio de1980, fica dispensada a concorrência para concessão de uso deque trata esta Lei, por tratar-se de entidade com fins sociais edeclarada de utilidade pública pela Lei nº 14.347, de 18 de janeirode 2008.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 073/09Art. 2º A presente concessão de uso tem por finalidade

permitir que a entidade construa e instale uma clínica de saúdepara os militares estaduais.

Declara de utilidade pública a MultiplicandoTalentos, com sede no Município deCriciúma.

Art. 3º Findas as razões que justificam a presenteconcessão de uso, bem como vindo o Estado a necessitar doimóvel para uso próprio, o mesmo reverterá ao seu domínio.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Multiplicando

Talentos, com sede no Município de Criciúma.Art. 4º Ocorrendo a reversão antecipada ou ao término do

prazo da concessão de uso, o imóvel e suas benfeitorias passamao domínio do Estado, sem direito de indenização à concessionária,face à gratuidade da concessão.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente, parao devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os seguintesdocumentos:

Art. 5º Serão de responsabilidade da concessionária oscustos, obras e riscos inerentes aos investimentos necessários àexecução dos objetivos desta Lei, inclusive os de conservação,segurança, impostos e taxas incidentes, bem como quaisqueroutras despesas decorrentes da concessão de uso.

I - relatório anual de atividades;II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;III - cópia autenticada das alterações ocorridas no estatuto,

se houver; eArt. 6º A concessionária, sob pena de imediata reversão eindependentementede notificação judicial ou extrajudicial, não poderá: IV - balancete contábil.

I - transferir, parcial ou totalmente, direitos adquiridos comesta concessão de uso;

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009

II - oferecer o imóvel como garantia de obrigação; e Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e JustiçaIII - desviar a finalidade ou executar atividades contrárias

ao interesse público. *** X X X ***

Coordenadoria de Publicação - Processo Informatizado de Editoração

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23/04/2009 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 31

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 077/09 I - Auditor Fiscal da Receita Estadual, nível I;II - Auditor Fiscal da Receita Estadual, nível II;Declara de utilidade pública a Fundação

Túlia Matos de Souza, com sede noMunicípio de São Joaquim.

III - Auditor Fiscal da Receita Estadual, nível III; eIV - Auditor Fiscal da Receita Estadual, nível IV.

Seção IIA Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Do quadroArt. 1º Fica declarada de utilidade pública a Fundação

Túlia Matos de Souza, com sede no Município de São Joaquim. Art. 2º O quantitativo de cargos previsto no art. 4º da LeiComplementar nº 189, de 17 de janeiro de 2000, fica reduzido para550 (quinhentos e cinquenta), na forma estabelecida no Anexo Únicodesta Lei Complementar.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficamassegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º A entidade deverá encaminhar, anualmente, àAssembleia Legislativa, até 30 de junho do exercício subsequente,para o devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, osseguintes documentos:

Parágrafo único. A redução do quantitativo de cargos dar-se-á:I - após a realização das promoções na forma prevista no art.

5º da Lei Complementar nº 189, de 2000, respeitado o limite de vagas,por nível, fixado no art. 4º da referida Lei Complementar; e

II - atendido o disposto no inciso I, quando se ajustar o nú-mero de servidores ao quantitativo estabelecido nesta LeiComplementar.

I - relatório anual de atividades;II - declaração de que permanece cumprindo os requisitos

exigidos para a concessão da declaração de utilidade pública;Seção IIIIII - cópia autenticada das alterações ocorridas no

estatuto, se houver; e Da lotaçãoArt. 3º A lotação do Auditor Fiscal da Receita Estadual dar-se-

á em uma das sedes das Gerências Regionais da Fazenda Estadual.IV - balancete contábil.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. § 1º A primeira lotação terá duração mínima de três anos.SALA DAS COMISSÕES, em 15 de abril de 2009 § 2º Respeitada a ordem de classificação no concurso de

ingresso, o empossando, antes da nomeação, escolherá a GerênciaRegional em que deseja ser lotado, dentre àquelas disponíveis, deven-do à Administração Pública observar tal preferência quando da lotação.

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***EMENDA MODIFICATIVA AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº

0006.2/2009Seção IV

Da Remoção de ofícioAltera o caput do artigo 14 do Projeto de Lei

Complementar nº 0006.2/2009:Art. 4º A remoção, quando fundada na necessidade de pes-

soal, recairá, na seguinte ordem, sobre o funcionário:I - de menor nível na carreira;Art. 1º. Fica alterado o artigo 14 do Projeto de Lei

Complementar nº 0006.2.2009, que passa a vigorar com aseguinte redação:

II - de menor tempo de serviço no nível;III - de menor tempo de serviço na carreira;IV - residente na localidade mais próxima;“Art. 14. Aos Auditores Fiscais da Receita Estadual,

nomeados e empossados em decorrência de aprovação noconcurso público regido pelo Edital SEF nº 01, de 25 de maio de1998, fica assegurado, a partir do efetivo exercício, oenquadramento no cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual,nível IV.”

V - de menor tempo de serviço público; eVI - menos idoso.Parágrafo único. O servidor não poderá ser removido antes de

decorridos dois anos na lotação.Seção V

Da remoção a pedidoDeputado Renato Hinnig Art. 5º A remoção a pedido será precedida de edital divulgado

nas sedes das Gerências Regionais, com antecedência mínima de trintadias.

JUSTIFICAÇÃOA alteração proposta visa deixar claro que o disposto no

artigo 14 do Projeto de Lei Complementar aplica-se exclusivamenteaos servidores nomeados nos termos do Edital especificado notexto legal.

Parágrafo único. Terá preferência para fins de remoção, naseguinte ordem, o servidor:

I - de nível mais elevado na carreira;II - que tiver maior tempo de efetivo exercício no respectivo

nível da carreira;APROVADO EM 1º TURNOEm Sessão de III - que tiver maior tempo de efetivo exercício nos cargos

correspondentes, extintos pelo art. 1º da Lei Complementar nº 189, de2000;

APROVADO EM 2º TURNOEm Sessão de 15/04/09

EMENDA ADITIVA AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº0006.2/2009

IV - que tiver maior tempo de efetivo exercício no serviçopúblico estadual; e

Insere art. 17-A ao Projeto de Lei Complementar nº0006.2/2009:

V - mais idoso.Seção VI

Art. 1º. Fica acrescido o artigo 17-A ao Projeto de LeiComplementar nº 0006.2/2009, com a seguinte redação:

Das promoçõesArt. 6º As vagas existentes em cada nível da carreira serão

preenchidas, na ordem indicada, pelo servidor:“Art. 17-A. O disposto no artigo 4º desta LeiComplementar somente poderá ser aplicado no ingresso de novosservidores, através de concurso público, na carreira de AuditorFiscal da Receita Estadual.”

I - que tiver maior tempo de efetivo exercício no nível imedia-tamente anterior ao pretendido;

II - que tiver maior tempo de efetivo exercício nos cargoscorrespondentes, extintos pelo art. 1º da Lei Complementar nº 189, de2000;Deputado Renato Hinnig

JUSTIFICAÇÃO III - que tiver maior tempo de efetivo exercício no serviçopúblico estadual; eA norma proposta visa manter a regra atual, prevista no

Estatuto do Servidor Público Estadual, para os atuais integrantes dacarreira enquanto não houver nomeação de novos servidores.

IV - mais idoso.Parágrafo único. As promoções ocorrerão no mês de janeiro

de cada ano.APROVADO EM 1º TURNOEm Sessão de CAPÍTULO II

DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕESAPROVADO EM 2º TURNOArt. 7º Sem prejuízo de outras atividades, competências e

atribuições previstas em lei, são privativas do ocupante do cargo deAuditor Fiscal da Receita Estadual:

Em Sessão deREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 006/09

Dispõe sobre a carreira de Auditor Fiscal daReceita Estadual, extingue cargos e instituimecanismo de acordo de resultados.

I - a constituição do crédito tributário, mediante procedimentoadministrativo de lançamento dos tributos de competência do Estado,bem como a homologação dos procedimentos adotados pelo sujeitopassivo, conforme disposto nos arts. 142, 147, e 150 da Lei federal nº5.172, de 25 de outubro de 1966;

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:CAPÍTULO I

DA CARREIRAII - a imposição de penalidade por infração de obrigação tribu-

tária principal ou acessória;Seção I

Disposições iniciaisIII - os atos concernentes à verificação do cumprimento das

obrigações tributárias por parte do contribuinte ou responsável, relati-vas a tributo estadual, em especial:

Art. 1º Os cargos de Auditor Fiscal da Receita Estadual cons-tituem carreira exclusiva e essencial ao funcionamento do Estado,integrada pelos seguintes níveis:

Processo Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

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32 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 6.024 23/04/2009

a) o exame e auditoria da escrita fiscal e contábil do sujeitopassivo e a realização de outros procedimentos de fiscalização, inclu-sive vistorias no estabelecimento, com a finalidade de verificar o cum-primento das obrigações tributárias;

CAPÍTULO IVDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 9º Os valores eventualmente devidos pelo Estado,relativamente ao exercício de 2007, serão absorvidos com aimplementação gradual do limite a que se refere o art. 8º desta LeiComplementar.

b) a apreensão de bens e documentos, e a nomeação dedepositário, nas hipóteses previstas na legislação tributária;

c) os procedimentos de fiscalização em relação às mercado-rias em trânsito ou à prestação de serviço de transporte; e Art. 10. O adicional de produtividade de que trata o caput

do art. 5º da Lei nº 4.426, de 3 de fevereiro de 1970, será pagoaté o limite previsto no art. 8º desta Lei Complementar.

d) a requisição de informações que se relacionem aos bens,negócios ou atividades de terceiros, às pessoas e entidades legal-mente obrigadas; Art. 11. Aplica-se o disposto no art. 8º aos proventos de

aposentadoria e às pensões de dependentes de Auditor Fiscal daReceita Estadual, percebidos cumulativamente ou não, incluídas asvantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, observando-se,ainda, a redução proporcional dos proventos e pensões prevista emlei.

IV - a auditoria da rede arrecadadora e a aplicação de penali-dades decorrentes do descumprimento da legislação tributária perti-nente; e

V - a decisão, em instância singular ou colegiada, na condiçãode representante do Estado, sobre processo contencioso-fiscal.

§ 1º As atribuições de menor complexidade serãoexercidas, preferencialmente, por ocupantes de cargo de menornível.

Parágrafo único. Para efeito deste artigo o adicional deprodutividade previsto no caput do art. 5º da Lei nº 4.426, de 1970,será pago aos aposentados e pensionistas utilizando-se comoparâmetro o valor médio percebido pelos Auditores Fiscais daReceita Estadual em atividade, do mesmo nível funcional.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se também no caso deatribuição a este Estado, conforme disposto no art. 7º da Leifederal nº 5.172, de 1966, das funções de arrecadar ou fiscalizartributos de alheia competência.

Art. 12. Durante a implementação desta LeiComplementar, se ocorrer elevação do subsídio fixado nos termosdo inciso XV do art. 39 da Constituição do Estado, observar-se-á olimite remuneratório de maior valor, até ser absorvido pela aplicaçãodo art. 8º desta Lei Complementar.

§ 3º O ocupante do cargo de Auditor Fiscal da ReceitaEstadual, por exercer função essencial ao funcionamento doEstado, nos termos dos incisos XVIII e XXII do art. 37 daConstituição da República Federativa do Brasil, tem no desempenhodo cargo prerrogativa de precedência sobre os demais setoresadministrativos, dentro de sua área de competência e jurisdição.

Art. 13. As licenças e afastamentos, não remunerados,não serão computados como tempo de efetivo exercício, paraefeitos de remoção, a pedido ou de ofício, e promoção na carreira.

CAPÍTULO III Art. 14. Aos Auditores Fiscais da Receita Estadual,nomeados e empossados em decorrência de aprovação noconcurso público regido pelo Edital SEF nº 01, de 25 de maio de1998, fica assegurado, a partir do efetivo exercício, oenquadramento no cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual,nível IV.

DA IMPLEMENTAÇÃO DO LIMITE DE REMUNERAÇÃOArt. 8º Para a carreira exclusiva de Estado de Auditor

Fiscal da Receita Estadual, aplica-se como limite remuneratório,observada a hierarquia, o definido no § 12 do art. 37 daConstituição da República Federativa do Brasil, implementado 50%(cinquenta por cento) do seu valor em janeiro de 2007, econdicionado o pagamento do remanescente ao disposto nesta LeiComplementar.

Parágrafo único. Ficam remanejados trinta e cinco cargosdo nível I, para o nível IV, no quantitativo previsto no art. 4º da LeiComplementar nº 189, de 2000.

§ 1º Para efeito de hierarquia, a remuneração dosAuditores Fiscais da Receita Estadual, níveis III, II e I, fica limitada a93% (noventa e três por cento), 86% (oitenta e seis por cento), e75% (setenta e cinco por cento), da remuneração de Auditor Fiscalda Receita Estadual, nível IV.

Art. 15. Fica acrescido ao art. 160, da Lei Complementarnº 381, de 07 de maio de 2007, o § 5º, com a seguinte redação:

“§ 5º A Função Gratificada - FG de Gerente Regional daFazenda Estadual, constante do Anexo XIV, serão ocupadasexclusivamente por Auditor Fiscal da Receita Estadual.”

§ 2º A implementação para pagamento da diferença entreo valor de 50% (cinquenta por cento) do limite, aplicável a todos osAuditores Fiscais da Receita Estadual, independentementedo nívelfuncional, e os valores previstos no § 1º, dar-se-á de acordo com ocomportamento da arrecadação, apurado anualmente, sempre nomesmo mês, iniciando-se a revisão daquele limite em janeiro de2009.

Art. 16. O Auditor Fiscal da Receita Estadual detémidentificação funcional específica, com validade no TerritórioEstadual, e fora deste, quando reconhecida a extraterritorialidadeda legislação tributária, nas hipóteses previstas no art. 102 da Leifederal nº 5.172, de 1966.

Parágrafo único. O Secretário de Estado da Fazendaeditará as normas para implementação do disposto neste artigo.

§ 3º Ocorrendo incremento real da arrecadação seráelevado o limite de forma a comportar o pagamento, para osocupantes dos cargos de Auditor Fiscal da Receita Estadual, demontante equivalente a vinte e nove milésimos do incrementoverificado, respeitando-se a hierarquia referida no § 1º, o qualservirá de limite mensal até a revisão seguinte.

Art. 17. A Lei nº 14.507, de 15 de agosto de 2008, ficaacrescida doart. 33-A, com a seguinte redação:

“Art. 33 -A Fica autorizada a implementação do limite deremuneração a que se refere o art. 23, § 2º da ConstituiçãoEstadual.”

§ 4º Havendo decréscimo na arrecadação será reduzido olimite para pagamento, em montante equivalente a vinte e oitomilésimos da redução verificada, observada a hierarquia prevista no§ 1º, mantendo-se o limite mensal apurado enquanto não procedidaa revisão nos termos do § 2º.

Art. 17 -A O disposto no art. 4º desta Lei Complementarsomente poderá ser aplicado após ingresso de novos servidores,através de concurso público, na carreira de Auditor Fiscal da ReceitaEstadual.

Art. 18. As despesas decorrentes desta Lei Complementarcorrerão à conta das dotações próprias do Orçamento Geral doEstado.

§ 5º Ocorrendo a situação prevista no § 4º, ficaassegurado como valor mínimo de limite remuneratório aosAuditores Fiscais da Receita Estadual, o equivalente a 50%(cinquenta por cento) do subsídio de Desembargador do Tribunal deJustiça.

Art. 19. Esta Lei Complementar produzirá efeitos finan-ceiros e entrará em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, 15 de abril de 2009

§ 6º Entende-se por arrecadação, para os fins desteartigo, as receitas efetivamente arrecadadas, inclusive multas eoutros acréscimos legais, mesmo que destinadas à constituição defundos, com origem em impostos cuja fiscalização é dacompetência dos Auditores Fiscais da Receita Estadual.

Deputado Romildo TitonPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

ANEXO ÚNICOQUANTITATIVO DE CARGOS

NÍVEL SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA§ 7º Será considerado incremento real da arrecadação a

diferença positiva entre a média mensal da arrecadação no anoanterior ao da revisão e a média mensal da arrecadação no ano-base de 2007, corrigindo-se mensalmente os valores arrecadados,até o penúltimo mês daquele ano, pela variação do Índice Geral dePreços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela FundaçãoGetúlio Vargas.

I 65 100II 150 130III 150 150IV 285 170

TOTAL 650 550*** X X X ***

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