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ANO 1 Número 2 Outubro de 2011 ABRADEFI: UMA NOVA ASSOCIAÇÃO PARA BENEFICIAR A CLASSE DA FISIOTERAPIA NO BRASIL A empresa brasileira IBRAMED trouxe para o Brasil uma nova tecnologia de corrente elétrica terapêutica que promete ser a evolução da eletroterapia Mulheres no comando Fisioterapeutas que buscaram no empreendedorismo a oportunidade de estar no mercado Fisioterapia sobre rodas Conheça o ônibus-clínica que leva a fisioterapia para pessoas carentes

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A Revista do Fisioterapeuta Empreendedor

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A N O 1 • N ú m e r o 2 • O u t u b r o d e 2 0 1 1

ABRADEFI: UMA NOVA ASSOCIAÇÃO PARA BENEFICIAR A CLASSE DA FISIOTERAPIA NO BRASIL

A empresa brasileira IBRAMED trouxe para o Brasiluma nova tecnologia de corrente elétrica terapêutica que promete ser a evolução da eletroterapia

Mulheres no comandoFisioterapeutas que buscaram no empreendedorismoa oportunidade de estar no mercado

Fisioterapia sobre rodasConheça o ônibus-clínica que levaa fisioterapia para pessoas carentes

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Fique de olho...

O empreendedorismo na área da fisioterapia ainda está dando os primeiros passos, mas já é possível perceber que o brasileiro está ganhando a cons-cientização de que não é necessário estar fixo em um emprego ou fazer carreira de 30 anos

em uma empresa para poder mudar ou crescer na vida. Ainda são muitas as pessoas que acreditam ser preciso um emprego fixo para garantir a segurança financeira. Muitos preferem manter certo distanciamento quando ouvem a palavra ‘risco’. Focando nessa questão, a segunda edição da revista Fisio S/A visa mos-trar exemplos de fisioterapeutas que conseguiram conquistar o sucesso. Procuramos explorar o otimista cenário da fisioterapia, um mercado latente e com grande demanda por serviços de al-gumas áreas até mesmo inexploradas. A revista Fisio S/A é uma iniciativa da Fisio.TV, uma web TV direcionada para a fisioterapia, uma atividade pioneira no Brasil.

O objetivo da Fisio S/A é abordar o mercado da fisioterapia sob o olhar do empreendedorismo e, assim, suprir a carência de fornecer informação sobre gestão de negócios para esta área. Percebemos que existe um grande problema com relação aos profissionais que estão entrando no mercado e não possuem espírito empreende-dor. A grande questão é que no Brasil faltam empregos para o setor da fisioterapia, em contrapeso, sobram oportunidades para quem deseja ter seu próprio empreendimento e, com isso, gerar serviços. Assim, esta edição foi dividida em três categorias para facilitar a bus-ca de conteúdo, são elas: Fisioterapia e Saúde, Gestão e Negócios e Cultura e Lazer. Cada editoria traz matérias específicas sobre o tema. As reportagens foram elaboradas por uma equipe que preza, acima de tudo, qualidade e inovação. Além de diversas matérias, esta edição conta com colunistas que, por meio de seus artigos, compartilham uma série de experiências pessoais e profissionais. E caso queira saber mais sobre a nossa revista ou assistir algumas reportagens, basta acessar nosso site (www.fisiotv.com.br). Lá, você vai encontrar uma variedade de programas que certamente vão ampliar sua visão sobre essa área tão nobre que é a fisioterapia.

Boa leitura!Da equipe Fisio S/A

Revista Fisio S/A Ano 01 • Número 02 • Outubro de 2011

Diretor de Comunicação e DesignLuiz Fernando Firmino

Diretor ComercialGerson Aguiar

Jornalista responsávelKarina Francis - MTB: 62.032 /SP

RevisãoRenata Toni

ColaboraçãoPBS - Physiotherapy Business SchoolDavid HomsiLívia SouzaLeandro Lazzareschi

Projeto Gráfico e EditorialEssenz Desenvolvimento de Marcaswww.essenzdesign.com.br(11) 4759-5463 EditoraçãoRafael Gonzales FotografiaCarlos Magno RodriguesIstockphotoArquivo Ibramed

[email protected] (11) 2867-1083

Siga-nos no Twitter: @FisioTV

Acesse tambémwww.fisiotv.com.brwww.fisiotv.blogspot.com.br

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial das reportagens, entrevistas, artigos e ilustrações sem a prévia autorização dos titulares dos direitos autorais.

Editorial

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Corrente Aussie: a evolução da eletroterapia

Com atualizações semanais, a Fisio.TV produz oito programas, todos com foco na fisioterapia.

30 capa

12 especial

48 ABRADEFI

6 Lugar de mulher é na liderança

24 Fisioterapia sobre rodas

38 O poder da água

Em entrevista exclusiva, presidente da ABRADEFIexplica os objetivos da associação.

A mulher moderna mostra como é possível equilibrar a carreira com a vida pessoal.

62 FlorianópolisUm lugar de belezas exuberantes.

A iniciativa de uma fisioterapeuta que mudou a vida de muitas pessoas.

O latente mercado da fisioterapia aquática.

16 Como criar sua própria empresaSer empreendedor naárea da fisioterapia é plenamente possível.Basta querer e saberplanejar ocaminhocerto.

ÍNDICE

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Gestão e Negócios

Mulher, esposa, mãe, empresária, amiga, empreendedora. As mulheres

de hoje em dia sabem muito bem como administrar filhos, carreira e

vida pessoal. Provando por A+B que lugar de mulher é na chefia

No Brasil, homens e mulheres têm buscado no em-preendedorismo a oportunidade de estar no mer-cado quase que igualmente. Há um forte equilíbrio entre gêneros, já que dos 21,1 milhões de pesso-as à frente de empreendimentos em estágio inicial

(TEA) ou com menos de 42 meses de existência no Brasil, 50,7% são homens e 49,3%, mulheres.

As mulheres estão mais presentes nas salas de aula que os homens, mas mesmo assim enfrentam maior dificuldade para conseguirem tra-balho. Suas remunerações chegam a ser 60% menores em relação a dos homens de mesma escolaridade. Mas ainda assim, a conquista do es-

paço no mercado de trabalho pelas mulheres já é uma discussão ultrapassada, afinal, há alguns anos, elas já conquistaram cargos de

chefia em grandes empresas pelo mundo todo. Além disso, há quem questione o fato do que motiva as mulheres a se torna-

rem cada vez mais empreendedoras, e por muitas vezes acaba-rem adiando planos de casamento e filhos. A grande dúvida

de muitos é entender se a mulher é capaz de conciliar a vida familiar, atividades domésticas e a administração da pró-

Lugar de mulher é na …

...lide rança

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pria empresa. Nós tentamos buscar essa resposta, entrevistando algu-mas mulheres que são suas próprias ‘chefes’. Uma delas é a Dra. Clau-dia Rossi, fisioterapeuta e proprietária da CN Rossi Ergonomia, empresa que atua no mercado desde 1992 através da implantação de projetos de ergonomia. Segundo ela, o que motivou a ser empreendedora na área da fisioterapia foi a oportunidade de ter feito um trabalho numa empresa que deu certo e uma necessidade de formalização do empre-endimento. “ Em 1997 a CNROSSI ERGONOMIA surgiu como empresa, mas as atividades que desenvolvo como profissional de ergonomia ini-ciaram em 1992, dentro de uma instituição financeira de grande porte. Eles iniciaram um trabalho pioneiro em Ergonomia, com um projeto bastante completo e sério, o qual fui responsável. Por um bom tempo trabalhei com Ergonomia como autônoma, mas com a crescente de-manda das organizações solicitando a consultoria, percebi a neces-sidade de abrir formalmente uma empresa. Como meu cliente é Pessoa Jurídica, torna-se imprescindível ter uma empresa regula-mentada e aberta”, conta.

Outro caso é o da Dra. Hayla Fagotti Jatobá, fisioterapeuta e sócia-fundadora da Fisio Run, empresa que iniciou suas atividades em 2008 e disponibiliza serviços de primeiros socorros, desde pequenos cortes e raspões, gelo e até imobilizações, em caso de lesões, aquecimento e alongamento antes e após a corri-da para atletas. No caso dela, a ideia de abrir uma empresa se deu por uma visão da necessidade do mercado. “A Fisio Run surgiu quando eu e minha sócia Tatiana Abreu come-çamos a trabalhar nas corridas de rua e percebemos que não haviam fisioterapeutas trabalhando nesta área

...lide rança

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tão necessitada de cuidados. O que me motivou foi saber que atletas que precisavam de tanto suporte, não tinham isso du-rante as corridas. Assim resolvemos montar a empresa, com uma ideia inovadora”, diz.

Por conta do grande número de mulheres nas organizações, elas começam a impor às empresas um novo ritmo de trabalho, que permite conciliar carreira, família e projetos pessoais. E talvez esse seja o maior desafio. “Passei por várias fases. Quando fiquei grávida do meu primeiro filho, tive que trancar temporariamen-te meu mestrado na Fisiopatologia da USP. Após o nascimento, voltei para o mestrado e pouco tempo depois descobri que esta-va grávida do segundo filho! O meu Orientador aconselhou-me a ter todos os filhos que queria para depois voltar. Até agora não consegui! Não porque tenha tido mais filhos, mas realmente é difícil conciliar casa, crianças, trabalho, projetos pessoais e mestrado. Agora que eles estão maiores, penso em retornar”, ressalta a Dra. Claudia.

No caso da mulher que pensa em conciliar filhos, atividades domésticas, estudos, vida social e carreira, é fundamental um pla-nejamento, pois todas as atividades exigem dedicação. É plenamen-te possível ser mãe e empresária, mas é preciso analisar as fases e equilibrar cada uma. “A principal dificuldade é conseguir conciliar tudo isso. Dar a atenção suficiente tanto no trabalho, quanto em casa. Sempre temos a impressão de que, para algum dos lados, fi-cou faltando alguma coisa. Acho que precisamos saber, dependen-do da fase, qual lado você precisa se atentar mais para não causar um desequilíbrio”, afirma Dra. Hayla.

O que ainda gera alguns questionamentos importantes para se-rem lembrados são diferenças salariais e o preconceito que , ainda, existe em algumas áreas. “Algumas áreas da fisioterapia possuem mais mulheres do que homens atuando. Porém, na área da fisiotera-pia esportiva é o contrário. Por isso, foi muito difícil conquistarmos nosso espaço. Mas hoje em dia, a competência do seu trabalho pesa muito mais do que o seu sexo. Acho que se você é capaz de provar que é um bom profissional, vai conseguir seu lugar de respeito”, complementa a Dra. Hayla. Já para Dra. Claudia, existe uma cobrança de ambos os sexos. “Certamente, existem dife-

Ser empreendedora não é fácil,pois o sucesso só vem com

o seu esforço e de mais ninguém.”Hayla Jatobá | fisioterapeuta

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renças, pois o homem pode dar maior foco no lado profissional sem sofrer com maiores cobranças ou angústias por não resolver os problemas da casa ou da família. No entanto, se por um lado somos pressionadas em corresponder bem a todos os papéis que temos que desempenhar, por outro lado os homens sofrem a pres-são pelo sucesso profissional e material, afinal ainda são cobrados como o principal provedor de uma casa”, diz.

A grande questão é que ser mulher implica, naturalmente, numa série de responsabilidades, mas com muito jeitinho e dedi-cação é possível dar conta de todas, e colher bons frutos. “A Fisio Run foi criada há dois anos. Conseguir o meu cargo não foi difícil. Nossa maior dificuldade foi introduzir a nossa em-presa no mercado de trabalho. Mas hoje em dia já conquis-tamos o respeito e o reconhecimento de muitas pessoas da nossa área. Ser empreendedora não é fácil, pois o sucesso só vem com o seu esforço e de mais ninguém. E isso é o que mais me motiva”, avalia Hayla. A Dra. Claudia complementa,

“A força da mulher é algo surpreendente de fato. Tenho ami-gas que trabalham muito durante o dia e ainda conseguem tempo para cuidar da família, da casa e delas próprias, pois cada vez mais a sociedade vincula uma mulher bem sucedi-da com todos estes itens”.

A atual realidade não deixa de ser uma vitória, porém, há muito ainda a ser alcançado. A Constituição Federal determina que “todos são iguais perante a lei”, mas a discriminação ainda ultrapassa os limites da Constituição. É preciso mais respeito. As pessoas devem ser tratadas de forma igualitária, sem im-por fragilidade e independente do sexo. Para quem consegue ser uma espécie de “malabarista” ao bravamente conciliar a responsabilidade do trabalho, casa e família, sendo profissio-nal, mãe e mulher com proatividade e intenso dinamismo, nada mais justo.

A força da mulher é algo surpreendente de fato. Tenho amigas que trabalham

muito durante o dia e ainda conseguem tempo para cuidar da família, da casa e delas próprias, pois cada vez mais a sociedade vincula uma mulher bem sucedida com todos estes itens.”

Claudia Rossi | fisioterapeuta

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Fisioterapia e Saúde

FISIO.TV O Canal do Fisioterapeuta Pioneira na atividade, a Fisio.TV já se tornou uma referência na área da fisioterapia

A Fisio.TV iniciou suas ati-vidades de produção em janeiro de 2010. Mas foi no início de 2011 que formulou sua grade de

programação. Desde então, dezenas de reportagens e programas foram realiza-dos. Com atualizações semanais, a Fisio.TV produz oito programas, todos vol-tados para a fisioterapia, mostrando a amplitude da profissão e as oportunida-

des empreendedoras que ela possibilita. Pioneira, a Fisio.TV conta com moder-

nos equipamentos e ilhas de edição que garantem uma produção de alta qualida-de. Os estúdios de locação se encontram em dois pontos comerciais da cidade de São Paulo. Um está localizado na Avenida Paulista e o outro na Avenida Luis Carlos Berrine. Além disso, a web TV realiza a cobertura dos principais eventos de in-teresse do fisioterapeuta, entre eles o 16º Congresso Internacional de Fisioterapia da

World Confederation for Physi-cal Therapy (WCPT),

que acon-

teceu de 20 a 23 de junho em Amsterdã. Este foi um dos maiores congressos da história, com mais de 5 mil fisioterapeutas, pesquisadores, educadores e estudantes de diversas partes do mundo. Para um dos diretores da Fisio.TV, Luiz Fernando Firmino, o comprometimento do canal com os fisioterapeutas é algo já reconhe-cido na área. “Uma de nossas propostas é realizar uma cobertura completa do que acontece na área, oferecendo informa-ção de qualidade, tanto na área científica quanto na área de negócios, que até então não existia. Além disso, temos como ob-jetivo aquecer este mercado latente que envolve a fisioterapia, beneficiando todos

os envolvidos”, ressalta.

Quem acompanha a Fisio.TVnas redes sociais sabe queacessibilidade é uma palavra-chave. Presente nas principais redes.

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Essenz e PBS: uma parceria de sucessoA Fisio.TV é uma iniciativa do Movimento Fisioterapeuta

Empreendedor, resultado da parceria entre a PBS (Physiotherapy Business School) e a ESSENZ (agência especializada em comu-nicação e branding na área da saúde), com apoio da ABRADEFI (Associação Brasileira de Administração e Empreendedorismo em Fisioterapia). A parceria entre as duas empresas se deu quan-do os diretores da PBS, Gerson Aguiar, André Remesso e Rafael Câmara procuraram a Essenz para desenvolver todo o projeto de branding e comunicação da PBS. O trabalho deu tão certo, que a parceria se estendeu. Em uma das reuniões com o diretor da Essenz, Luiz Fernando Firmino, foi decidido criar uma Web TV destinada a fisioterapeutas, um projeto ambicioso que de-mandaria muito trabalho e outros desafios. Hoje, é uma reali-dade, mas que só foi possível por causa desta união de sucesso.

Para um dos diretores da Fisio.TV, Gerson Aguiar, a parceria entre a PBS e a Essenz representa a segurança de um trabalho de qualidade. “Essa parceria vai muito além do aspecto profissional, envolvendo também amizade e comprometimento com os nossos ideais. A união de nossas forças viabilizou diversos negócios, dentre eles a Fisio.TV e a revista FISIO S/A. A ESSENZ é uma referência se

tratando de comunicação voltada a área da saúde. Hoje, atende a grandes clientes da área, entre eles o Hospital Santa Marcelina, que figura entre os quatro maiores da cidade de São Paulo, o Hospital do Câncer de Mogi das Cruzes, a ABRALE, a Radon, entre tantos outros. Já a PBS, primeira escola de negócios voltada exclusivamente à área da Fisioterapia, conta com uma infraestrutura incrível e um corpo docente capacitado e gabaritado a transformar fisioterapeu-tas em empreendedores de sucesso. Acredito que a Essenz tenha entrado com a criatividade e capacidade técnica e a PBS com o vasto conhecimento sobre o mercado da fisioterapia, unindo tudo isso ao espírito empreendedor e inovador dos envolvidos, nasceu a Fisio.TV, com o intuito de se tornar uma referência em comuni-cação e promoção da área”, afirma.

Para o também diretor, André Remesso, são vários os valores agregados por meio dessa união. “Os valores agregados são inú-meros. A Fisio.TV é um dos principais meios de comunicação para os fisioterapeutas , e tudo isso graças a essa união. Contamos com uma grande equipe, todos focados em realizar um trabalho de ex-celência, levando informações dos mais diversos assuntos relacio-nados a profissão do fisioterapeuta”, ressalta.

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Luiz Fernando Firmino Diretor de Comunicação e Produção

André RemessoDiretor de Logística

Gerson AguiarDiretor Comercial

Rafael CâmaraDiretor de Tecnologia

Antonio Carlos FirminoDiretor Administrativo

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FISIO.TV NEWSO programa busca explorar as diversas áreas de atuação do fisioterapeuta. As reportagens exploram os nichos de mercado que são desconhecidos por muitos profissionais pelo fato de não terem conhecimento com essas áreas durante a graduação.

Patrícia ToniJornalista e Apresentadorado Fisio.TV Acontece

Karina FrancisJornalista e Apresentadora doFisio.TV News e Fisio.TV Estética

Veja abaixo a grade de programaçãoSão oito programas com foco no mercado da fisioterapia e empreendedorismo. Todos osprogramas ficam arquivados no site para consultas futuras. Conheça o perfil de cada um:

FISIO S/AO Dr. Gerson Aguiar exibeentrevistas exclusivas, falasobre comportamento defisioterapeutas que se tornaram empreendedores e estão áfrente de clínicas que sãoreferências de gestão eempreendedorismo.

FISIO.TV DEBATEApresentado pelo Dr. Leandro Lazzareschi, o programa tem como objetivo discutir assuntos polêmicos na área da fisioterapia com o intuito de promover uma reflexão. Cada edição do programa conta com a pre-sença do comentarista Dr. Paulo Leal Monteiro e um convidado especial.

FISIO.TV SPORTSO Dr. David Homsi entrevistagrandes nomes da fisioterapiaesportiva e da medicina ortopédica com o objetivo de mostrar asnovidades do setor. Além disso, o programa busca explorar as novas tendências tecnológicas utilizadasna área da fisioterapia esportiva.

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David HomsiFisioterapeuta e Apresentadordo Fisio.TV Sports

Paulo MonteiroFisioterapeuta e Apresentadordo Fisio.TV Entrevista

Leandro LazzareschiFisioterapeuta e Apresentadordo Fisio.TV Debate

Bruno RibeiroFisioterapeuta e Apresentadordo Fisio.TV Intensiva

FISIO.TV INTENSIVA Apresentado pelo Dr. BrunoRibeiro, o programa é destinadoaos interessados sobre fisioterapiaem unidade de terapia intensiva. Dentro dessa temática, as pautas contemplam outros assuntosligados ao setor. Cada programa recebe um convidado.

FISIO.TV ENTREVISTAO Dr. Paulo Monteirocomanda o programa deentrevistas que foca na carreirade grandes nomes na área dafisioterapia. Os convidados contam suas histórias e experiências,e explicam como alcançaramuma carreira tão bem sucedida.

FISIO.TV ESTÉTICAO programa aborda o papel da fisiote-rapia dermato-funcional. Os convida-dos falam dos novos equipamentos e técnicas que são novidades na área de estética. Com muita informação, o Es-tética é o programa ideal para profissio-nais do setor e pessoas que costumam realizar procedimentos estéticos.

FISIO.TV ACONTECEO programa realiza a cobertura completa dos principais eventos de interesse do fisioterapeuta.Em 2011, além de estar presente em todas as principais feiras e congressos brasileiros, o Fisio.TV Acontece foi até Amsterdã para cobrir o Congresso Mundial de Fisioterapia.

A Fisio.TV é composta por profissionais da comunicação e fisioterapeutas experientes. Juntos, os apresentadoresda Fisio.TV exploram os diversos assuntos da área, abordando temas emergentes que fazem parte da rotina dofisioterapeuta. É a experiência de cada apresentador que possibilita a equipe abordar com propriedadeo universo da fisioterapia. Possibilitando a conscientização de tudo que acontece no setor.

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Ninguém nasce empreendedor.O empreendedor de sucesso vai se construindo por meio das experiências diárias e busca de habilidades técnicas.”

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Uma empresa para chamar de

Ser um fisioterapeuta empreendedor é possível. Basta querer e saber planejar o caminho certo

Oconceito de empreendedorismo vem sofrendo constantes inovações. Ainda relacionado a práticas proativas e inova-doras, gradativamente se abandona uma visão reducionista do empreendedorismo associado exclusivamente ao exer-cício de uma atividade econômica e se passa a se associar

a qualquer atividade humana. Os empreendedores são encontrados, agora, em casa, na comunidade, dentro de uma organização , ou seja, em qualquer lugar

No entanto, a gestão de uma em-presa não é tão simples quanto parece. O empreendedor deve reconhecer as suas limitações, recrutar uma excelen-te equipe de trabalho para colaborar na gestão da empresa, implementar ações que minimizem os problemas e maximizem os lucros, ou melhor, produza mais com o mínimo de re-cursos necessários, conjugando efici-ência e eficácia.

onde existam pessoas. O cenário glo-bal atual aponta, portanto, não só para alternativas econômicas inovadoras, mas, principalmente, para estratégias de promoção do desenvolvimento que estimulem e, de certa forma, depen-dam do empreendedorismo. Assim é o desenvolvimento territorial, que, ademais, realiza uma abordagem que parte do local para o global e reforça o planejamento produtivo pela pró-pria comunidade, com aproveitamen-to das vocações e potenciais locais.

Se você está pensando em abrir um negócio em 2012, é melhor come-çar a se preparar desde já. Informar-se sobre os processos de gestão e procu-rar levantar as informações básicas. De maneira geral, podemos compreender o processo empreendedor a partir de três etapas, ao lado:

1 Identificar e avaliar a oportunidade: esta etapa se constitui a mais difícil no processo empreendedor. Esta fase implica em identificar uma oportunidade e analisar a sua potencialidade no que se refere a itens como: necessidades de

mercado, potencial da concorrência e de mercado e ciclo de vida do produto. É importante o empreendedor testar a sua ideia ou conceito de negócio junto de potenciais clientes, avaliando sua disposição em adquirir seu produto ou serviço através de pesquisas de mercado. A pesquisa lhe fornecerá a dimensão do mercado, se está em crescimento, es-tável ou estagnado, quem é a concorrência e quais são seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades. Nesta etapa é fundamental o talento, a percepção, o conhecimento e o feeling do empreendedor.

2Desenvolver o plano de negócios: talvez esta seja a etapa que dê mais trabalho. O plano de negócios é uma parte importante do processo empreendedor. O plano de negócios é um documento que sintetiza toda a essência da empresa, sua

estratégia de negócio, seu mercado e competidores, como vai gerar receitas e crescer, dentre outros aspectos. Um negócio bem planejado terá mais oportunidades de sucesso do que um sem planejamento, na mesma igualdade de condições. É fundamental que o empre-endedor saiba planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento.

3 Determinar e captar os recursos necessários: o empreendedor deve utilizar a sua capacidade de planejamento e habilidade de negociação para relacionar no mercado as melhores alternativas de financiamento para seu negócio.

Determinar os recursos necessários é consequência do que foi feito e como foi planejado o plano de negócios. A captação de recursos pode ser feita de várias formas e por meio de fontes distintas que vão desde recorrer a bancos, economias pessoais, até a familiares e amigos.

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A ONU, Organização das Nações Unidas realizou uma pesquisa justa-mente no sentido de descobrir quais as competências mais comuns entre os empreendedores de sucesso. Foram enumeradas 10 características que todos os entrevistados possuíam em comum, vejamos:

Busca de Oportunidades e Iniciativa: O novo empreendedor deve buscar aproveitar oportunidades fora do comum, inovar, fazer diferente do seu concor-rente, começando pequeno, mas agindo para crescer;

Correr Riscos Calculados: Todo empreendimento incorre em certos riscos. A diferença entre o sucesso e o fracasso pode estar na avaliação prévia que o empre-endedor faz do seu novo negócio. Uma ferramenta fundamental para avaliar os riscos é sem dúvida o Plano de Negócios. Nele, o empreendedor poderá observar previamente as informações de todos os aspectos mercadológicos, financeiros e operacionais de sua empresa, antes do início das atividades, evitando riscos des-necessários e perdas financeiras;

Exigências de Qualidade e Eficiência: Oferecer ao consumidor produtos e serviços de qualidade deixou há muito tempo de ser um diferencial. Hoje, com a massificação das informações, o público está cada dia mais exigente e simplesmen-te descarta de sua lista aquelas empresas em que foi mal atendido e que não teve suas expectativas superadas. Por isso, para ter sucesso, é preciso que o empreen-dedor encontre uma maneira de fazer mais rápido, melhor e mais barato, estabele-cendo padrões de qualidade que satisfaçam e excedam as expectativas do cliente;

Persistência: Em primeiro lugar, o empreendedor deve assumir a responsa-bilidade pelo negócio, pelo desempenho necessário ao sucesso. Agir diante dos obstáculos que se apresentam no dia a dia, mudando a estratégia, se necessário. Leva-se algum tempo para o retorno financeiro chegar, por isso, não se deve per-der o foco e traçar sempre metas e objetivos realistas;

Comprometimento: O empre-endedor deve assumir pessoalmen-te o compromisso com o desem-penho da empresa. Deve antes de tudo colaborar com os empregados e participar ativamente da rotina de sua empresa, sem centralizar demais, nem delegar de menos;

Busca de Informações: Quanto mais informações o empresário ob-ter sobre o ramo em que vai atuar, maiores serão as chances de sucesso. Por esta razão, é importante dedicar tempo para buscar informações no mercado, pensar em novos produtos, analisar como anda a concorrência e os preços praticados e como anda a economia do país e da região;

Estabelecer Metas: Uma forma de conduzir a gestão da empresa é traçar e buscar metas. Mas para ge-rar resultado, elas devem ser men-suráveis e realistas. Muitas vezes os empreendedores fixam metas im-possíveis de serem alcançadas, ge-rando estresse e desmotivação em seus colaboradores. Metas precisam

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também ter significados pessoais, serem parte de uma visão de longo prazo;Planejamento e Monitoramento Sistemático: Planejar e Monitorar devem

ser constantes na vida do empreendedor. Ao planejar, ele procura visualizar si-tuações que podem lhe causar prejuízos ou vislumbrar oportunidades a serem aproveitadas. Monitoramento tem por objetivo identificar desvios do que foi planejado e, com isso, corrigir eventuais problemas. Utilizar ferramentas de in-formática para controlar, por exemplo, o fluxo diário de caixa, o volume de ven-das, o giro do estoque e os índices de inadimplência são fundamentais para a tomada de decisões;

Persuasão e Rede de Contatos: Manter uma boa lista de contatos ajuda, e em muito, a encontrar e aproveitar oportunidades de negócios. É importante então manter relações comerciais saudáveis com os fornecedores, clientes, fun-cionários e quem mais possa contribuir com a empresa. Também é importante desenvolver o poder de negociação, utilizar estratégias para influenciar positi-vamente os contatos, utilizando as peças-chave para atingir objetivos. É impor-tante construir relações e não apenas vender. Workshops, palestras e feiras em-presariais são excelentes locais para aumentar a rede de contatos;

Independência e Autoconfiança: Em todos os aspectos da vida, ter auto-confiança é, sem dúvida, fundamental para se atingir objetivos. Deve então o empreendedor expressar confiança em sua própria capacidade de realização, estar seguro de suas decisões, mantendo seu ponto de vista diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores.

Ninguém nasce empreendedor. O empreendedor de sucesso vai se cons-truindo por meio das experiências diárias, por meio do desenvolvimento de comportamentos adequados e de novos aprendizados que vão abrindo cami-nhos para o topo. O segredo para quem quer ser empreendedor é buscar cons-tantemente ser melhor, em todos os aspectos.

O novo empreendedor deve buscar aproveitar oportunidades fora do comum, inovar, fazer diferente do seu concorrente, começando pequeno, mas agindo para crescer.”

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Planejamento EstratégicoÉ o processo através do qual se busca atingir todos os segmentos

da sociedade para integrá-los à experiência de planejamento parti-cipativo e gestão compartilhada do desenvolvimento territorial. A primeira tarefa é identificar todos os segmentos, grupos sociais e or-ganizações que compõem a sociedade local. É recomendável que se realize, com cada grupo, separadamente, uma reunião para apresen-tar a proposta de promoção do desenvolvimento territorial. O ob-jetivo dessas reuniões é sensibilizar as pessoas para uma nova visão sobre o desenvolvimento e convidá-las a participar do processo de construção do desenvolvimento territorial. Planejar é definir um caminho para alcançar uma meta.

Fontes de consulta:SEBRAE

DORNELAS, J.C.A. O Processo Empreendedor - Editora Elsevier.

TIMMONS, J.A. New Venture Creation:Entrepreneurship for 21st Century. Chicago, IL: Irvin, 4th ed. 1994.

Santander Empreendedor

6 Trabalhe com pessoas que conheçam do negócio tanto ou mais que você.

É sempre melhor contar com a competência. Quem quer pagar pouco, recebe pouco também. Preocupe-se com a competência, a adequação e o perfil. Seus colaboradores devem ser pessoas que conhecem bem o negócio.

7 Procure um contador competente para abrir sua empresa e assessorá-lo.

Tente não escolher um contador pelo preço que ele(a) está cobrando. Verifique, por exemplo, se ele atende muitos negócios no mesmo ramo que o seu. Quanto mais ativi-dades como a sua ele atender, mais prepara-do vai estar. As tributações variam muito de segmento para segmento de atuação.

8 O lucro é a única forma de garantir o retorno dos investimentos.Atente para ele.

Empresas são criadas para gerar lucro. Parte do lucro é o que consegue manter o seu capital de giro necessário para o funcio-namento do negócio. A outra parte será responsável pelos investimentos que irão servir para alavancar o empreendimento. Cuidado com compras desnecessárias, na quantidade desnecessária, ou no momento em que não é preciso.

Dicas para abrir uma empresa

1 Empreenda em algo que você goste de fazer.O segredo para dar certo como empreendedor é empreender naquilo que se domina. A costureira vai fazer sua loja de roupas. É pouco provável que ela teria a mesma habilidade se

fosse administrar um restaurante, por exemplo.

2 Avalie a viabilidade financeira da sua ideia e oportunidade.Além de ter afinidade com você, sua ideia deve ser viável, e tem que gerar lucro. É impor-tante levar em consideração que todo dinheiro aplicado na empresa, vai ter que voltar

num determinado período de tempo.

3 Cuidado ao escolher o sócio.É muito comum escolher um sócio como ‘o cara que tem o dinheiro que o negócio precisa’, mas pode ser o primeiro erro. Sócio serve para complementar o conhecimento e as

atitudes que você já tem.

4 Avalie a diferenciação do seu negócio em relação à concorrência.Negócios bem sucedidos são aqueles que se diferenciam dos concorrentes, agregando outros valores. Procure enxergar o cenário em que sua atividade está inserida. Não seja

apenas ‘mais um’.

5 Esteja seguro de seus gastos e controle bem suas despesas e os custos.Estude detalhadamente a parte financeira do empreendimento. Sem controle financeiro rigoroso, não é possível gerenciar uma empresa. É fundamental, principalmente no início da

atividade, saber exatamente para que está sendo alocado cada centavo e como estará voltando.Muitos se esquecem desses detalhes quando fazem o planejamento do negócio.

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ARTIGO

N o Brasil, existem fisioterapeutas bem-sucedidos, inclusive co-nheço vários. Estes profissio-

nais que devido ao reconhecimento que conquistaram na sociedade sobre a efi-cácia do seu tratamento, possuem suas agendas lotadas e podem se dar ao luxo de cobrar caro por uma sessão de trata-mento. Mas ficam perguntas no ar. Eles são especiais? Melhores do que você ou eu? Qual o segredo desses profissionais?

O primeiro detalhe que posso comen-tar é que “Sim”, eles têm um segredo! Aliás, quatro segredos, que costumo chamar de “As quatro chaves do sucesso”.

O primeiro segredo se resume em um fato, todo profissional de sucesso possui um “grande conhecimento técnico” sobre o que faz, ele gasta muito tempo estudan-do, faz cursos de pós-graduação, de ex-tensão, sempre buscando complementar e aprimorar sua área de conhecimento. 

O segundo segredo é a “experiên-cia”, estes profissionais, além do grande conhecimento técnico teórico sobre a sua área de atuação, já experimentaram estes conhecimentos na prática, o que é indispensável para o desenvolvimento

Fisioterapeutas, as quatro chaves do sucesso

Dr. GersonFerreira AguiarGraduado nas áreas de Fisiotera-pia (UBC) e Marketing (UNICID), atualmente é Diretor da Physiotherapy Business School – PBS, Coordenador da FISIO.TV e da Revista FISIO S/A e Presidente da Associação Brasileira de Administração e Empreendedorismo em Fisioterapia - ABRADEFI.

E-mail: [email protected]

Sim, eles têm um segredo! Aliás,4 segredos, que costumo chamar de ‘As quatro chaves do sucesso’.”

de uma técnica diferenciada e, principal-mente, demonstra que o sucesso não é imediato, mas que vem com o tempo, com anos e anos de estudo, trabalho e dedicação.

O terceiro segredo destes profissionais é o domínio das ferramentas de “marketing pessoal”, eles, desde o princípio da carrei-ra sabem que o sucesso não se conquis-ta sozinho, e que é fruto de um convívio social. Saber se comunicar, falar em pú-blico, encantar colegas e pacientes, criar uma marca profissional respeitável, tudo isso é fundamental na busca da realização profissional. E o quarto e último segredo é o fato de que todos os profissionais de sucesso na fisioterapia, sem exceção, são considerados “empreendedores”, sabem onde querem chegar e assim focam ob-jetivos, planejam estrategicamente suas carreiras, agem e correm atrás dos seus sonhos.

Sugiro então um exercício, pense em algum fisioterapeuta que você conheça e que seja realmente bem-sucedido em sua carreira. Tente identificar nele estes quatro segredos do sucesso que enume-ramos acima. A partir daí, você terá dois elementos fundamentais para aplicar em sua própria carreira, o mapa do caminho a ser percorrido e, principalmente, um exem-plo real a ser seguido.

Acredite, é possível chegar lá, alcançar seu lugar ao sol, vários já chegaram e os seus segredos foram aqui expostos, agora cabe a cada um desvendá-los e desenvol-vê-los. Vamos em frente!

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FISIOTERAPIA SOBRE

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Você já ouviu falar de um ônibus-clínica? Ele não só existe como está sempre circulando por São Paulo, levando fisioterapia para pessoas carentes

Imagine entrar em um consultó-rio sobre rodas. Certamente, você pensou em lugar apertado e com poucos recursos. Engano! O ônibus-

-clínica, além de muito organizado, conta com sala de espera, três consultó-rios com macas, cozinha, chuveiro e ba-nheiro, além de um espaço reservado aos

equipamentos fisioterápicos. Esse proje-to inovador foi idealizado pela fisiotera-peuta Maria de Las Gracias. Ela investiu 150 mil reais para montar o ônibus que atende cerca de 150 pacientes na região sul da capital paulistana. “Desde cedo tive contato com pessoas carentes e o que mais me impressionava eram as do-

Desde cedo tive contato com pessoas carentes e o que mais me

impressionava eram as doenças incapacitantes e os problemas familiares causados por elas. Por isso, criei o projeto Fisioterapia Itinerante, para reabilitar pessoas que não têm acesso a fisioterapia e que precisam voltar ao mercado de trabalho, retomar sua rotina de vida e, principalmente, cuidar da família.”

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enças incapacitantes e os problemas fa-miliares causados por elas. Por isso, criei o projeto Fisioterapia Itinerante, para re-abilitar pessoas que não têm acesso a fi-sioterapia e que precisam voltar ao mer-cado de trabalho, retomar sua rotina de vida e principalmente cuidar da família”, conta a fisioterapeuta.

Atualmente, cinco fisioterapeutas tra-balham no ônibus-clínica, além de uma nutricionista, uma terapeuta ocupacional e um psicólogo. Como o espaço não com-porta todo mundo, eles revezam entre si os atendimentos. Cada consulta dura 30 minutos. O projeto circula em três bair-ros da capital. “No início, pensei em fazer com que o ônibus atendesse um bairro

a cada 6 meses, porém, a demanda foi tão grande que acabamos ficando nos mesmos lugares. Mas recebo ligações de toda São Paulo pedindo que o ônibus vá também para outros bairros. Infelizmente, não tenho condições de atender a todos, é uma pena”, afirma.

Contudo, manter um ônibus não é fácil, gastos com manutenção, combus-tível e motorista são contas fixas que a Dra. Maria tem que pagar mensalmente. Ela conta que é complicado arcar com os custos e que tentou apoio de institui-ções públicas e privadas, mas não obteve sucesso. “Quando o ônibus ficou pronto, visitei várias Prefeituras, inclusive a de São Paulo, mostrei o projeto, fui à Secretaria

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No início, pensei em fazer com que o ônibus atendesse um bairro a cada 6 meses, porém a demanda foi tão grande que acabamos ficando nos mesmos lugares.

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Fazer parte do Fisioterapia Itinerante é esplêndido. Convivemos

com pessoas com diferentes patologias, níveis sociais e culturais, o que faz com que cresçamos e enriqueçamos em conhecimento e experiência. O nosso maior lucro é o resultado positivo do nosso trabalho e reconhecimento pela população.”

Me sinto realizado com a oportunidade de trabalhar em

um projeto como este, que abrange todas as áreas de atendimento fisioterapêutico, beneficiando tantas pessoas. Todos os dias, recebemos agradecimentos por nosso trabalho, isto é o mais recompensador.”

Viviane dos Santos Freitas | Fisioterapeuta

Ronni Basan Vieira | Fisioterapeuta

de Saúde, sempre bem recebida, mas o projeto, sempre por “falta de verba” , nunca recebeu apoio. Como o ônibus estava pronto, fui à luta e não me arre-pendi. Foi a melhor coisa que já fiz, pro-vando a mim mesma que foi uma ideia boa, bem aceita pela população e que funciona”, diz.

Para a Dra. Maria, a grande dificulda-de em fazer esse trabalho não é questão do espaço do ônibus, ou da baixa remu-neração no fim do mês. O problema é li-dar com o emocional de cada paciente.

“A doença gera nas famílias carentes um processo emocional muito forte. Os fa-miliares ficam sem saber o que fazer com o doente que vai voltar para casa, não

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têm a mínima ideia de como tratá-lo, onde colocá-lo, o que dar-lhe para comer. Ademais, não tem eles apoio emocional ou financei-ro. Às vezes, é um pai de família que sofreu um acidente de trabalho ou teve um AVC. Era ele quem sustentava a todos, e agora?

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Muitas vezes, quando ainda somos estudantes, imaginamos a vida

profissional de uma forma, mas quando a realidade chega vê-se que ela é diferente. Este trabalho me permitiu ter a visão do que é ser fisioterapeuta.”

Elizande Alves Pereira de Lima | Fisioterapeuta

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Como vão viver? A falta de profissionais na área de fisioterapia é absurda e os políticos não sabem quanta economia se pode fazer quando um ser humano é bem recupera-do. A fila dos hospitais não seria tão grande”, ressalta. Além do tratamento realizado no

ônibus-clínica, Maria e sua equipe também desenvolvem um atendimento home care que é feito com pessoas que não podem se locomover até o ônibus. “É um trabalho difícil e cansativo, o que não nos desesti-mula, ao contrário, graças aos resultados

que conseguimos alcançar”, salienta. Para realizar o tratamento no ônibus, o pacien-te deve ter um encaminhamento médico e pagar uma taxa de R$12,00. Você tam-bém pode se informar pelos números: (11) 8988-7908 ou (11) 9595-3422.

Ficou curioso para conhecer o ônibus? Então acessenosso site e veja a reportagem que gravamos lá:

www.fisiotv.com.br

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A evolução da eletroterapiaEspecial Capa

Representação artística da corrente terapêutica

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A empresa IBRAMED trouxe recentemente para o Brasil uma nova tecnologia de corrente elétrica terapêutica, a Corrente Aussie, que está despertando o interesse e a curiosidade de muitos profissionais e pesquisadores

A evolução da eletroterapia

Quando falamos em correntes elétricas tera-pêuticas, rapi-damente pen-

samos em três nomes: Corrente Russa, Interferencial e FES, todas conhecidas e, ainda, muito usa-das por profissionais na área de reabilitação física. Contudo, re-centemente, uma nova corrente está despertando o interesse de profissionais de todas as partes do mundo: a Corrente Aussie.

Essa nova corrente tem a capa-

cidade de realizar uma estimulação sensorial com desconforto mínimo por se tratar também de uma cor-rente de média frequência (4000Hz ou 4kHz) e em função de utilizar a modulação em burst de curta dura-ção, se tornando assim, ainda mais confortável quando comparada à te-rapia interferencial. A Corrente Aus-sie pode ser utilizada para a estimu-lação motora e aí a sua capacidade de gerar toque é superior a outras correntes, como a Russa.

Nos últimos anos, o uso de cor-rentes elétricas para o tratamento

de diversas disfunções teciduais e seus sintomas tem sido bastante intenso. Os quadros inflamatórios podem ser controlados e reduzi-dos, as dores podem ser modula-das até que a causa da algia seja eliminada.

Comercialmente, as correntes Rus-sa, Interferencial e FES (Functional Electrical Stimulation) são clássicas. Porém, após o descobrimento e uso da Corrente Aussie, muito se tem falado sobre este assunto, uma vez que ela promete ser revolucionária em todos os sentidos.

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A Corrente Aussie foi desenvolvida a partir de dezenas de pesquisas cien-tíficas publicadas em diferentes perió-dicos relacionados a reabilitação física. O autor das pesquisas é o professor australiano Alex Ward, da universida-de de LaTrobe em Melborne, Austrália.

Após anos de estudos e experi-mentos, Alex chegou à conclusão de que as combinações de parâmetros terapêuticos para o uso da estimula-ção elétrica não eram as ideais, e nesse sentido, apesar dos resultados clínicos serem interessantes, as modalidades utilizadas estavam longe de serem consideradas como padrão ouro de estimulação. Com uma quantidade significativa de material produzido e publicado em importantes periódicos da área de reabilitação física, em 2007, o pesquisador Alex Ward criou o con-ceito ‘Corrente Aussie’ para estimula-ção sensorial e motora com o objetivo de ser utilizado em procedimentos

Dr. Alex Ward em frente ao departamento de ciências da saúde da

Universidade de La Trobe

O pesquisador empreendedor

Especial Capa

Rafael Davini, gerente de marketing da IBRAMED, Dr. Alex Ward, e José Ricardo de Souza, diretor comercial da IBRAMED, na Universidade de La Trobe

de reabilitação física. “Foi ensinando alunos de fisioterapia que comecei a me interessar pela pesquisa em esti-mulação elétrica. Os fisioterapeutas usavam a estimulação elétrica, mas elas eram usadas de forma tradicional e sem muita evidência científica. Então isso me levou a observar as diferentes modalidades de estimulação elétrica e tentar descobrir qual era a melhor para produzir os efeitos clínicos de-sejados. Decidi então observar a Cor-rente Interferencial e a Corrente Russa para saber qual das características era a melhor para alcançar os resultados que eu desejava. Tanto a estimulação da Corrente Interferencial quanto a da Corrente Russa usam frequência kilo-hertz de corrente alternada. Com a es-timulação da Corrente Interferencial nós temos duas correntes para apli-car no paciente e essas duas corren-tes são aplicadas em um ângulo certo uma na outra, interferindo no tecido

para produzir o efeito de modulação. Com a estimulação da Corrente Rus-sa devemos modular isso em on e off, normalmente cinquenta ciclos por se-gundo. Uma boa pergunta a se fazer é: a Corrente Interferencial usa frequên-cias de 4 kilohertz e a Corrente Russa usa a frequência de 2.5 kilohertz e é modulada em on e off, cinquenta ci-clos por segundo com on time e off time? Mas quando eu vi a literatura eu não consegui encontrar nenhuma evidência para saber o porquê, ou se de fato aquela era a melhor maneira de se fazer. Então eu comecei a pes-quisar, observando as frequências di-ferentes sobre corrente alternada e as diferenças entre on times e off times”, relata o Dr. Alex Ward.

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Foi no ano de 2007 que o Diretor Comercial da empresa IBRAMED, José Ricardo de Souza, e o fisioterapeuta Rafael Davini, atual gerente de Marketing da IBRAMED, embar-caram com destino à Austrália. Lá, junto ao professor Alex Ward, passaram alguns dias em contato com os trabalhos realizados em seu Laboratório de Pesquisa na Universida-

de de LaTrobe. “Em novembro de 2007, eu e o Rafael embarcamos para a Austrália para uma série de reuniões com Alex para definirmos todos os detalhes contratuais, científicos, técnicos e estratégicos do uso da Corrente Aussie nos equipamentos da IBRAMED. Possuímos a essência da inovação no sangue e, assim, nossa equipe está sempre em busca de novas oportunidades de negócios. Na época em que tudo co-meçou, questionamos de maneira agressiva nosso posicionamento em relação aos nossos concorrentes e concluímos que não poderíamos inovar apenas buscando agregar cada vez mais valor a um produto já conhecido, como tecnologia, design e funções, isso tudo é o básico que temos que fazer como uma empresa moderna. Queríamos algo realmente novo e sabíamos que encontraríamos isso dentro de la-boratórios de grandes universidades no Brasil e no mundo”, conta o Diretor Comer-cial da IBRAMED, Ricardo Souza. O gerente de Marketing Rafael Davini, foi um dos primeiros fisioterapeutas a ter contato direto com os trabalhos científicos do Dr. Alex, foi assim que ele identifi-cou que algo novo poderia estar aparecendo com estas pesquisas, talvez uma

IBRAMED e a Corrente Aussie

A Corrente Aussie é uma evolução na estimulação elétrica porque as características dos tipos de estímulos que foram usados antes (Corrente Russa e Corrente Interferencial) eram apenas um palpite.

Dr. Alex Ward | responsável pelo desenvolvimento da Corrente Aussie

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Sem dúvida, a Corrente Aussie é uma evolução, já que não há na história da eletroterapia mundial evidências científicas tão fortes para o desenvolvimento inicial de uma modalidade de corrente elétrica terapêutica “moderna” publicadas em periódicos de alto impacto científico.

Questionamos de maneira agressiva nosso posicionamento em relação aos nossos concorrentes e concluímos que não poderíamos inovar apenas buscando agregar cada vez mais valor a um produto já conhecido. Queríamos algo realmente novo.

Rafael Davini Gerente de Marketing IBRAMED

Ricardo Souza Diretor Comercial da IBRAMED

nova corrente terapêutica. “Identificamos nas publicações do pesquisador Alex Ward a possibilidade de um recurso terapêutico diferenciado e sentíamos a carência de nossos

profissionais em relação a inovações terapêuticas voltadas para a clínica, ou seja, algo que fosse realmente real e pudesse ser aplicado nos

tratamentos fisioterapêuticos com resultados diferencia-dos”, afirma Rafael Davini.

Mesmo tendo embasamento teórico, o interesse na Corrente Aussie demorou para ser descoberto. “Trabalhei com o que era uma das melhores caracte-rísticas de estimulação para produzir força muscular

maior e para produzir o alívio da dor, então conversei com vários fabricantes de todo o mundo para ver se eles

tinham interesse em produzir a Corrente Aussie e não obtive muito interesse. Mas então, um dia, recebi um e-mail da IBRAMED per-

guntando sobre o meu trabalho, eles pareciam estar muito interessados e co-meçamos a conversar. Expliquei sobre o trabalho que estava fazendo e como gostaria de ver a estimulação da Cor-rente Aussie sendo produzida, porque sempre acreditei que pudesse ser um grande aperfeiçoamento, um grande avanço para isso, para a estimulação elétrica em fisioterapia”, explica Dr. Alex.

Atualmente, a Corrente Aussie está inserida em quatro equipamentos di-ferentes produzidos pela IBRAMED: HECCUS, Neurodyn 10 canais, novo

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Neurodyn e Neurodyn AUSSIE SPORT. “Contratualmente, a IBRAMED tem ex-clusividade na produção da Corrente Aussie, bem como registro e patente da marca “Original Aussie Current”. Quan-to aos aspectos científicos, seguimos exatamente todas as exigências feitas pelo pesquisador Alex Ward, de for-ma que a Corrente Aussie usada por milhares de fisioterapeutas ao redor do mundo seja exatamente a mesma publicada nos mais importantes pe-riódicos da área de reabilitação física. Técnicamente, ficou acertado para que a mais moderna tecnologia de com-ponentes fosse utilizada na confecção dos equipamentos, ponto que para a IBRAMED é bastante natural”, salienta Rafael Davini.

Visando o mercado externo, a IBRA-MED exporta para mais de 35 países ao redor do mundo. “Atualmente, a IBRAMED está entre as três maiores empresas do mundo em seu segmen-to e o mais interessante de tudo é ver

presencialmente grandes empresas e grupos multinacionais preocupados com as nossas ações e desenvolvimento, sem dúvida nenhuma isso nos dá cada vez mais força para brigarmos por nossa posição, a de número 1 do mundo”, des-taca Rafael.

A evolução O fato de ser uma novidade no mercado ainda gera muitas dúvidas sobre

os reais benefícios do uso da Corrente Aussie. Entretanto, sua eficácia é prova-da pela ciência. “A Corrente Aussie é uma evolução na estimulação elétrica por-que os tipos de estímulos que foram usados antes, Corrente Russa e Corrente Interferencial, apresentavam características estabelecidas apenas por palpites. Nemec, nos anos 50, produziu as primeiras máquinas de corrente interferencial numa frequência de 4 kilohertz para corrente alternada. Mas a razão pela qual ele escolheu 4 kilohertz de frequência não foi óbvia. Ele disse que era confortá-vel. Mas ele não observou as diferentes frequências de kilohertz para descobrir qual era a mais confortável e essa foi uma das coisas que eu fiz. Similarmente com a Corrente Russa, claro, usando a frequência de 2.5 kilohertz e em burst de 10 milhões de segundos on e 10 milhões de segundos off e conseguiu bons re-sultados, mas ele não observou outras frequências e nem observou qual deles, se o busrt mais curto ou o burst mais longo, seria melhor. Então, essa foi outra coisa que observei. Assim, acredito que agora tenho estabelecido as melhores frequências de corrente portadora (kilohertz), as melhores durações de bursts para produzir contrações musculares mais potentes e para produzir alívio da dor”, explica o professor Alex Ward.

O fisioterapeuta Rafael Davini acredita que a Corrente Aussie seja a evolu-

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Meeting Internacional Científico IBRAMED

A IBRAMED vai realizar o 2º Meeting Internacional Científico em parceria com o CEFAI – Centro de Estudos e Formação Avançada IBRAMED. O evento tem como objetivo fornecer um conhecimento atualizado sobre eletroestimulação neuromuscular. O encontro vai contar com a participação dos pesquisadores James Bellew, da uni-versidade de Indianápolis, e o responsável pela Corrente Aussie, Alex Ward, da universidade de LaTrobe, Austrália. Diversos pesquisadores brasileiros também estarão presentes no evento abordando temas de extrema relevância em reabilitação física. O Meeting vai ocorrer entre os dias 5 e 6 de outubro e a programação completa pode ser acessada no site: www.ibramed.com.br/meeting

Para fazer a inscrição, basta enviar nome completo para o e-mail: [email protected]

ção da eletroterapia. “Sem dúvida, a Cor-rente Aussie é uma evolução, já que não há na história da eletroterapia mundial evidências científicas tão fortes para o desenvolvimento inicial de uma moda-lidade de corrente elétrica terapêutica “moderna” publicadas em periódicos de alto impacto científico”, acredita.

Já para o Diretor Comercial da IBRA-MED, Ricardo Souza, a Corrente Aussie é a certeza do trabalho da fisioterapia baseada em evidências. “Se um estudio-so da área buscar conteúdo científico, referente às primeiras publicações rela-cionadas, por exemplo, ao desenvolvi-mento da Corrente Russa em periódi-cos importantes dentro da comunidade científica, não encontrará algo que seja cientificamente produzido como deve ser em um trabalho científico e publi-cado em jornais confiáveis e rígidos e suas exigências dentro da área da rea-bilitação física. Assim, devemos encarar a Corrente Aussie como uma evolução sem precedentes na história, já que traz ao clínico fisioterapeuta a certeza de poder trabalhar com a fisioterapia ba-seada em evidências”, finaliza.

Sem dúvida, a Corrente Aussie é uma evolução, já que não há na história da eletroterapia mundial evidências científicas tão fortes para o desenvolvimento inicial de uma modalidade de corrente elétrica terapêutica.

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eliminar a diferença de ritmo entre o crescimento do

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sim, informações para saber como aproveitá-las,

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Além de ser um mercado promissor,a fisioterapia aquática está se tornandocada vez mais popular, devido ao prazer

da prática de atividades na água

A Fisioterapia Aquática tem sido utilizada por dife-rentes culturas há mui-to tempo. Consiste em um método terapêutico

que utiliza a água como componente de tratamento. Este recurso vem de-monstrando resultados positivos no tratamento e na prevenção de várias patologias, ampliando a perspectiva de recuperação para muitas pessoas.

Recentemente houve uma preo-cupação em relação ao termo correto dessa especialidade, muitas pessoas acreditam que hidroterapia é o mesmo que fisioterapia aquática. “Atualmente, o termo correto é fisioterapia aquáti-ca. Esse termo traduz naturalmente o que o fisioterapeuta faz dentro do ambiente de piscina terapêutica. Se pensarmos na história da fisioterapia, a hidroterapia foi o berço, só que a gente consegue trabalhar com hidroterapia

O poder da

não só dentro da piscina, mas também utilizando gelo e turbilhão. Então, hoje se utiliza fisioterapia aquática para se referir a essa especialidade”, diz a fisio-terapeuta especialista em fisioterapia aquática, Erika Christina.

Para a Dra. Erika, que atualmente, é Doutoranda em Ciências pela USP, o conceito cientifico da fisioterapia aquática vai além do trabalho de cine-sioterapia. “Cientificamente, o trabalho de fisioterapia aquática não é simples-mente utilizar a cinesioterapia dentro da piscina aquecida. É uma união de diversas técnicas que utilizamos com o paciente dentro do ambiente de pis-cina terapêutica. Como por exemplo Halliwick, Bad Ragaz, Watsu e Ai Chi.Atualmente, temos até outras técni-cas que estão aparecendo, como o Pilates dentro da água”, afirma.

A Dra. Cláudia Amorim, sócia da clínica Fisio Foco, acredita que, por

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meio dessas técnicas, o paciente possa obter inúmeros benefícios. “Essas técni-cas aplicadas na piscina aquecida possi-bilitam diminuir a sobrecarga nas articu-lações. Além do relaxamento de toda a musculatura, que facilita realizar o alon-gamento e fazer o fortalecimento da mus-culatura de uma forma mais fácil. É um tratamento que trás resultados”, salienta.

É importante lembrar que para atuar nessa área é preciso mais do que vontade. Só o conteúdo da graduação não capacita o fisioterapeuta a trabalhar com fisiotera-pia aquática. Para a Dra. Sabrina Arizono Maccapani, também sócia da clínica Fi-sio Foco, a especialização é fundamental para atuar nesse campo. “Hoje, existem vários cursos justamente para essa área da fisioterapia. Não adianta o fisioterapeuta sair da faculdade e achar que está apto para trabalhar com fisioterapia aquática. É preciso se especializar”, comenta.

O mercado de trabalho está de por-tas abertas para quem pretende trabalhar nessa área. Nos últimos anos, a prática dessa atividade ficou mais popular, em-bora muitas pessoas ainda desconheçam os benefícios desse tratamento. “Eu per-cebo que desde quando me formei até hoje existe um campo muito amplo para seguir nessa área. Basta se profissionalizar e gostar do trabalho”, ressalta a fisiotera-peuta Erika Christina.

Outra vantagem desse tratamento é o ambiente de piscina aquecida, que fa-vorece a prática em qualquer época do ano. Dentro da água aquecida é possível ter uma maior liberdade de movimento, isso favorece a diminuição da dor. O pa-

ciente se sente relaxado e a água aquecida vai traduzir todos os benefícios que a fisiotera-pia realiza dentro da piscina. O tratamento de fisioterapia aquática tem duração de 45 minutos a 1 hora, dependendo do pacien-te. As sessões são conduzidas em piscina coberta e aquecida com temperatura que varia de 29 a 31 graus. Vale a pena ressaltar que o paciente não precisa saber nadar, e para que se inicie o tratamento é necessário uma avaliação com o fisioterapeuta.

Cientificamente, o trabalho de fisioterapia aquática não é simplesmente utilizar a cinesioterapia dentro da piscina aquecida. É uma união de diversas técnicas que utilizamos com o paciente dentrodo ambiente de piscina terapêutica.”

Dra. Erika Fisioterapeuta

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Bad RagazO Bad Ragaz é uma terapia exclusiva do fisioterapeuta . É uma técnica que trabalha com fortalecimento da musculatura do paciente. Também trabalha com amplitude de movimento, alongamento de tronco, re-laxamento e inibição de tônus, propriocep-ção e analgesia. O método foi desenvolvido em Bad Ragaz, na Suíça, em 1960. É uma técnica de tratamento feito exclusivamente na horizontal. São utilizadas as propriedades da água para se criar um programa de resis-tência para execução dos padrões.

HalliwickÉ a base da fisioterapia aquática. A técnica trabalha a independência motora do indiví-duo. Muitas vezes, essa técnica é usada no tratamento de crianças, mas também deve ser feita com adultos. Pode ser realizada individualmente ou em grupo. O método foi desenvolvido por James Mc Millan em 1949 na Halliwick, escola para garotas em Londres, com a proposta inicial de auxiliar pessoas com problemas físicos a se tornarem mais independentes para nadar. Com o Decorrer dos anos, Mc Millan manteve a sua proposta original e adicionou outras técnicas a este método. Pode ser aplicada por fisioterapeutas e educadores físicos.

WatsuO Watsu é uma técnica que trabalha com o relaxamento, amplitude de movimento e diminuição de dor. Pode ser usado tanto pelo público em geral, quanto para o cresci-mento pessoal, como por terapeutas; para tratamento de condições específicas.

Ai Chi O Ai chi é uma técnica japonesa ativa que muitos fisioterapeutas estão incorporando no seu tratamento. Tem como objetivo ga-nhar amplitude de movimento, mobilidade e favorecer o relaxamento. Trabalha o siste-ma nervoso levando-o praticante a entrar em um estado de relaxamento profundo e de entrega. Uma espécie de meditação aliada a exercício na água.

Cinesioterapia A cinesioterapia é o uso do movimento ou exercício como forma de tratamento. É uma técnica que se baseia nos conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica, com o objetivo de proporcionar ao paciente um melhor e mais eficaz trabalho de prevenção, cura e reabilitação. O exercício terapêutico tem como objetivo manter, corrigir e recu-perar uma determinada função.

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ARTIGO

A final, um serviço de saúde precisa de promoção? As profissões da área da saúde são tradicionais e

indiscutivelmente de primeira necessida-de, porém os tempos são outros. Hoje, as pessoas tem opções e liberdade de esco-lha por um ou outro profissional, por um ou outro estabelecimento. O mercado da saúde, no geral, é muito competitivo. Po-rém, é também cheio de oportunidades para todos. A seguir, coloco alguns pontos sobre a importância da promoção da sua atividade como fisioterapeuta:

PACIENTE X CLIENTE

O significado etimológico de paciente é “aquele que é passivo”. Então, teorica-mente, hoje não existem mais pacientes. O conhecimento está ao alcance de um clique e com a velocidade de um olhar. Além disso, a concorrência está cada vez mais acirrada e os profissionais cada vez mais preparados. O paciente não é mais passivo. Reclama, contesta e troca de pro-fissional caso não se sinta satisfeito.

SAÚDE X SERVIÇO

Do ponto de vista dos negócios, saúde é um serviço. Quando promovemos um serviço de fisioterapia, estamos vendendo

Atenda com excelência e comunique este diferencial

Luiz FernandoFirminoConsultor em Branding, graduado em design (Belas Artes - SP) e MBA em Branding (Faculdades Integradas Rio Branco - SP / Brunel University - London). Diretor da Essenz Design e Comunicação (agência especializada no segmento healthcare). Diretor da Fisio.TV e da Revista Fisio S/A.

E-mail: [email protected]

O paciente virou cliente. O paciente não é mais passivo. Reclama, contesta e troca de profissional caso não se sinta satisfeito.”

uma melhoria na qualidade de vida das pessoas. Naturalmente, não é possível dar uma amostra do serviço, por isso, gerar confiança no cliente é primordial. A con-fiança é gerada durante o atendimento, mas também pode ser gerada antes. Fa-cilidade no agendamento, um consultório sempre limpo e recepcionistas cordiais e bem treinados geram confiança no clien-te, e criam, em suas mentes, as evidências físicas da excelência do serviço.

COMPETENTE X EXCELENTE

Competente é “aquele que pode com-petir”. Antigamente, poucos podiam entrar no mercado e competir nele. Hoje, todos competem, todos têm preparo, estudo e oportunidades. Cabe aos profissionais que queiram se destacar, ir além. A qualificação é a chave para que você seja um fisiotera-peuta diferenciado. Além disso, quando você exerce sua atividade com excelência, você também ajuda no reconhecimento da fisioterapia.

PROMOÇÃO ÉTICA

Não basta ser o melhor, é preciso que os seus clientes saibam disso. Por isso, é importante ter uma identidade, ser reconhecido por uma especialidade e comunicá-la adequadamente. Por meio da comunicação, você deve enfatizar os pontos fortes do seu atendimento. Mas, atenção, estamos falando de saú-de, e devemos tomar alguns cuidados para não esbarrar em restrições éticas. Assim, você assegura uma comunica-ção responsável dos seus diferenciais.

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XIX Congresso Brasileiro de FisioterapiaO evento visa criar um importante espaço para a revisão, divulgaçãoe discussão nos mais relevantes temas na área de fisioterapia

O XIX Congresso Brasileiro de Fisioterapia aconte-cerá em Florianópolis, Santa Catarina, nos dias 9 a 12 de outubro de

2011. O evento é organizado pela Asso-ciação de Fisioterapeutas do Brasil, filiada à World Confederation for Physical The-rapy (WCPT) e à Confederación Latino-

-Americana de Fisioterapia e Kinesiología (CLAFK). Esse é o evento científico de maior expressão na área da fisioterapia brasileira. Em 41 anos de vida da profissão houve um grande desenvolvimento da fi-sioterapia em suas abordagens e áreas de atuação. Com base em informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, existem no Brasil 502 cur-sos de graduação na área de fisioterapia, tendo hoje cerca de 150 mil profissionais em todo o país. O Brasil ocupa um im-portante local de destaque no cenário da

fisioterapia mundial, tanto pela autono-mia profissional assegurada pela sua exce-lente legislação, como pela competência técnica e científica dos seus profissionais.

Por isso, o Congresso Brasileiro de Fi-sioterapia tem como objetivo discutir a atuação da fisioterapia nos diversos níveis de atenção à saúde. Serão apresentados trabalhos de grande relevância científi-ca nas suas diversas áreas, assim como apresentação de importantes inovações da prática fisioterapêutica no país e nos principais centros do mundo. Outro as-pecto do evento será a discussão de eixos temáticos relativos à assistência, educação, gestão, política e pesquisa em fisiotera-pia. Este ano, o evento recebeu um total de 1657 trabalhos inscritos, e destes, 130

resumos estendidos, vindos de todas as regiões do Brasil. Dos resumos estendi-dos, o congresso premiará com viagem e estadia a Florianópolis, os oito melho-res que serão apresentados sob forma de palestra durante o congresso.

Atividades como conferências, me-sas redondas e sessões de pôsteres com apresentações orais também estão pre-vistas. Paralelo a estas atividades, a Co-missão Organizadora apresenta Cursos Pré-Congressos, 3 Fóruns que abordam temas profissionais e o II Seminário de Fisioterapia na Saúde Coletiva do Muni-cípio de Florianópolis. Pesquisa, aprendi-zado e prática serão as palavras-chave do Congresso Brasileiro de Fisioterapia, onde estarão especialistas nacionais e interna-cionais para compartilhar conhecimento e experiências.

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I FÓRUM NACIONAL DE GESTÃO EEMPREENDEDORISMO NA FISIOTERAPIA

10 DE OUTUBRO - SALA CAMPECHE 08:00 às 08:45 Gestão em Fisioterapia - Jorge Brandão (CE)08:45 às 09:30 Gestão da Qualidade - Fernando Garcia (AFU - Uruguai)09:30 às 10:00 Debate10:00 às 10:20 Intervalo10:20 às 11:05 Marketing da Fisioterapia - Marco Antonio Guimarães (RJ)11:05 às 11:20 Debate11:20 às 12:20 Aspectos Contábeis na Abertura de Empresas e Gestão de Serviços - Sergio Faraco (Presidente do Conselho Regional de Contabilidade de SC)12:20 às 12:45 Debate12:45 às 14:00 Almoço14:00 às 15:00 Aspectos Legais na Administração de Serviços - Gustavo Quirino e Procuradores Jurídicos do CREFITO1015:00 às 15:20 Debate15:20 às 16:00 Prestação de Serviços e Convênios - Marlene Izidro (APFisio - PR) e Morgana Sfredo (ASSEFISIO - SC)16:00 às 16:15 Debate16:15 às 16:55 Indicadores de Qualidade nos Serviços de Fisioterapia - Maria de Fátima Bussinger (INCA - RJ) e Leonardo Fonseca (HSE - RJ)16:55 às 17:05 Debate17:05 às 17:45 Empreendedorismo e Inovação na Área de Saúde - Novas Tecnologias e Produtos - José Luis Rangel (Reitor da Universidade Católica de Petrópolis - RJ)17:45 às 17:55 Debate17:55 ás 18:35 Serviço de Reabilitação Gerontológica: Atos para Consolidação de um Modelo no Nível Ambulatorial - Renata Cereda (SP) Considerações I FÓRUM NACIONAL DE SAÚDE FUNCIONALe CIF (GT de Saúde Funcional do COFFITO)

11 DE OUTUBRO - SALA CAMPECHE 08:30 às 09:30 Apresentação do Projeto de Política da Saúde Funcional - Ana Cristhina de Oliveira Brasil (CE)09:30 às 10:30 A CIF na Política de Saúde Funcional - Eduardo Santana (SP)10:30 às 10:45 Intervalo10:45 às 11:45 A Política da Saúde Funcional no dia a dia do Profissional - Ricardo Lotif Araújo (Presidente do CREFITO-6 - CE)11:45 às 12:45 Debate, encaminhamentos e elaboração de documentos11:45 às 12:45 Debate, encaminhamentos e elaboração de documentos12:45 às 14:00 Almoço

Consulte a programação científica e demaisinformações sobre o congresso através do site oficial,no seguinte endereço: http://www.jz.com.br/congressos/afbfloripa2011/afb2011.htm

I FÓRUM NACIONAL DE DEFESA PROFISSIONAL

1º MÓDULO - MOVIMENTO SINDICAL

14:00 às 15:30 Panorama do Sindicalismo na Fisioterapia no Brasil - Representantes Nacionais dos Sindicatos de Fisioterapeutas e FENAFITO Mediador: Rivaldo Novaes (SP)15:30 às 16:00 Debate16:00 às 16:15 Intervalo 2º MÓDULO - ASSOCIATIVISMO

16:20 às 18:00 Panorama das Ações do Associativismo em Defesa Profissional - AFB/Associações Profissionais/Associações de Especialidades Mediador: Rivaldo Novaes (SP)18:00 às 18:30 Debate

SEMINÁRIO

II SEMINÁRIO DE FISIOTERAPIA NA SAÚDECOLETIVA DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS 14:00 às 14:30 Palestra: Panorama Nacional da Inserção dos Fisioterapeutas no NASF | Ana Cristhina de Oliveira Brasil14:30 às 14:45 Debate14:45 às 15:15 Palestra: Financiamento de projetos SUS e/ou PET-Saúde | Clarice Baldotto15:15 às 15:30 Debate15:30 às 15:45 Intervalo15:45 às 18:00 Mesa Redonda:

* 15:45 - 16:15h O Papel do Fisioterapeuta na Nova Rede de Saúde no Estado do Ceará - Ricardo Lotif de Araújo - Presidente do CREFITO-6* 16:15 - 16:45h O impacto do Pró-Saúde-Blumenau nos processos de mudanças - Márcia Andréa Fernandes* 16:45 - 17:15h Experiências do NASF - Célia Regina Alves de Araújo * 17:15 - 18:00h Debate

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ARTIGO

A Dermato-Funcional é uma área relativamente recente da fisio-terapia que tem como objetivo

atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção, proteção e re-cuperação do sistema tegumentar. Den-tro do escopo de técnicas relacionadas à área constam tratamentos para vários distúrbios que têm comprometimento estético. Esses tratamentos usam de re-cursos físicos bem estabelecidos, todos eles envolvidos com a terapêutica tradi-cional e de acordo com as necessidades, tais como tamanho da área a ser tratada e profundidade de aplicação, passaram por adaptações físicas em seus aplicadores/

Esclarecimento: Fisioterapia Dermato-Funcionale COFFITO

Profª Dra. Estela Sant’AnaFisioterapeuta - Doutoraem Ciências Fisiológicas UFSCarMestre em BioengenhariaUSP São CarlosEspecialista em FisioterapiaDermato-Funcional Pesquisadora do Centrode Pesquisa e Desenvolvimento - P&D IBRAMED

E-mail: [email protected]

O GT está mesmo preparado para fornecer este amparo legal ao COFFITO?”

eletrodos/transdutores e nos parâmetros utilizados. Dentre estes recursos estão as correntes terapêuticas, o ultrassom tera-pêutico, o “ondas curtas”, hoje conhecido como radiofrequência, além de recursos já utilizados na medicina estética que fo-ram incorporados no dia a dia clínico do fisioterapeuta especializado em dermato--funcional, como a LIP (luz intensa pul-sada) e o Laser para rejuvenescimento e epilação, além da carboxiterapia.

De 28 de agosto a 01 de setembro de 2011, o COFFITO reuniu em sua sede em São Paulo um grupo de fisioterapeutas (de-nominado Grupo de Trabalho Fisioterapia Dermato-funcional) que, seguindo as orien-tações recebidas, descreveram na forma de parecer, documentos sobre a atuação da fisioterapia dermato-funcional e novos pro-cedimentos relacionados à área. Esse Gru-po de Trabalho (GT) teve como finalidade fornecer subsídio técnico e científico ao sis-tema COFFITO/CREFITOs para responder a grande demanda de questionamentos a respeito de novos procedimentos em fisio-terapia dermato-funcional, que servirão de base para atualização de documentos e resoluções do COFFITO.

A problemática é: embora o GT tenha um corpo técnico de qualidade, os pare-ceres, em especial o relacionado à radio-

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A problemática é: embora o GT tenha um corpo técnico de qualidade, os pareceres, em especial o relacionadoà radiofrequência e a carboxiterapia, têm graves erros conceituais que podem induzir ao leitor uma ideia erronia sobre tais temas.”

frequência e a carboxiterapia, têm graves erros conceituais que podem induzir ao leitor uma ideia erronia sobre tais temas.

“A Radiofrequência (RF) é um tipo de radiação eletromagnética que gera calor, compreendida entre 30.000 e 3.000 Hz (Costa, et al. 2009), que tem capacidade de gerar calor nos tecidos biológicos, po-dendo atingir temperaturas de 65–75°C. A profundidade de penetração da corrente de RF pode ser estimada como a metade o tamanho do eletrodo.”

Segundo a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), que acompanha normas internacionais, as radiofrequên-cias são um recurso limitado e um bem público. Por esse motivo, sua utilização deve ser feita de forma adequada. As fai-xas previstas para uso industrial, científico e médico (ISM) são específicas, sendo as principais faixas usadas 13,56 MHz, 27,12 MHz e 40,68 MHz. Todos os equipamentos que usam frequências diferentes das esta-belecidas pelo ISM estão fora das nosrmas

técnicas para tal função. As temperatu-ras terapêuticas para fins estéticos variam dentre 40 a 42°C superficialmente, muito diferente do exposto acima. Outro pon-to desconcertante do parecer técnico é este conceito de profundidade/tamanho em RF do eletrodo ser algo “desconheci-do” da engenharia elétrica aplicada e que, por sinal, não cita referência bibliográfica.

“Também é citada uma complicação rara, porém, muito importante em virtude da gravidade dos seus efeitos, a embolia gasosa (presença de gás dentro de estru-turas vasculares) por dióxido de carbono, neste estudo específico durante uma ci-rurgia laparoscópica (Berger et al., 2005).”

Outro agravo se confere quando os autores comparam técnicas distintas, in-suflação peritoneal com CO2, técnica in-vasida usada em videolaparoscopia para afastar os órgãos para acesso cirúrgico à técnica minimamente invasiva denominada carboxiterapia, aplicada subcutaneamen-te com baixos volumes e fluxo controla-

do. O exposto relato de caso cita uma complicação rara (Berger et al., 2005), a embolia gasosa, que neste caso foi cor-rigida de forma precoce, com a simples desinsuflação do pneumoperitônio e a paciente obteve alta dias depois do procedimento. Essa abordagem só traz alarde desnecessário, sem acrescentar ao objeto da informação, que é forne-cer dados técnicos e científicos sobre a carboxiterapia. O cerne da questão é: O GT está mesmo preparado para fornecer este amparo legal ao COFFI-TO? Qual o real objetivo do GT, senão dar respaldo às técnicas usadas pelos especialistas em fisioterapia dermato--funcional, já estabelecidas na prática e reconhecidas cientificamente?

Solicito em nome da classe, ao CO-FFITO, que corrija na forma de errata as questões acima citadas.

É importante ressaltar que o fisio-terapeuta especialista em dermato--funcional têm competência técnica para atuar nesta gama de recursos fí-sicos e é esperado de nosso conselho amparo legal para tal. O uso indevi-do por profissionais não habilitados, isso sim, deve ser alvo de fiscalização e devidas penalidades.

Fonte de consulta:

h ttp : / /w w w.co f f i to .org.br/p es-

qu i s as / Re l a t o r i o _ D erm a t o f un c i o -

nal%202011%20CARBOXITERAPIA.pdf

http://www.coffito.org.br/pesquisas/Re-

latorio_Dermatofuncional_2011_RADIO-

FREQUENCIA.pdf.

Artigo escrito no dia 17/09/2011.

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AAssociação Brasileira de Administração e Empre-endedorismo em Fisiotera-pia – ABRADEFI – é uma sociedade sem fins lucra-

tivos, fundada no dia 19 de julho de 2011, com o objetivo de fortalecer a fisioterapia como atividade econômica no Brasil.

A diretoria da ABRADEFI é composta por profissionais que atuam na área da saú-de e que tem como filosofia o conceito do empreendedorismo. A associação pretende fomentar a importância de trabalhar quatro pilares, nos quais acreditam ser fundamen-tais para possibilitarem uma mudança no mercado atual. São eles: Empreendedoris-mo, Promoção da Fisioterapia, Qualificação Profissional e União da classe. Contudo, es-ses pilares precisam ser trabalhados juntos, pois somente com a integração deles é pos-sível desenvolver um novo panorama para o mercado da fisioterapia.

A associação é presidida pelo Dr. Gerson Aguiar, que concedeu uma entrevista exclu-siva para a revista. Confira abaixo:

Fisio S/A: O que motivou a iniciativa da fundação da ABRADEFI?

Dr. Gerson Aguiar: A necessidade, a

Objetivo: Fomentar o empreendedorismo na área da fisioterapia

Nasce uma nova associaçãopara a classe dos fisioterapeutas

Temos uma população que sabe que existe uma profissão chamada fisioterapia, mas que na realidade desconhece totalmente o que estes profissionais podem fazer em toda a sua amplitude de possibilidades.

meu ver, de fomentarmos o empreendedo-rismo e as competências gerenciais dentre os fisioterapeutas, e desta forma fortalecer a fisioterapia como “atividade econômica”. Acredito que o empreendedorismo é sem dúvida a principal chave para o crescimen-to da profissão no Brasil.

Fisio S/A: Em que o Sr. se baseia para afirmar tal importância do empreen-dedorismo?

Dr. Gerson Aguiar: Sempre me inco-modou muito observar a desvalorização dos nossos profissionais e da área como um todo

e decidi pesquisar as causas dessa situação. O principal vilão apontado pela maioria dos fisioterapeutas sempre foi o tal complexo do “mercado saturado”. Porém, podemos facilmente observar que dizer que o merca-do da fisioterapia esta saturado, é o mesmo que afirmar, de acordo com a conhecida Lei de Oferta e Procura, que hoje no Brasil exis-tem mais fisioterapeutas formados e capa-citados a prestar “bons atendimentos” do que pessoas necessitando dos nossos servi-ços, o que é um absurdo. A partir daí fiquei com uma grande questão, se a causa do de-semprego, baixos salários e desvalorização da fisioterapia não estava ligada à quantida-de de fisioterapeutas disponíveis no merca-do e muito menos a falta de clientes, onde estariam as causas deste péssimo cenário? Descobri a resposta quando li na primeira edição do GEM, publicação internacional voltada ao empreendedorismo, a seguinte frase: Mercados sem altas taxas de criação de novas empresas correm o risco de entrar num processo de “estagnação econômica”. E a partir daí pude esclarecer que a atual si-tuação econômica da fisioterapia em nosso país se deve ao fato de que ao longo destes 41 anos de existência formamos uma massa de profissionais com a velha mentalidade de se tornar “mão de obra”, ou seja, de serem empregados. E ao mesmo tempo, formamos

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Acredito que o empreendedorismo é, sem dúvida, a principal chave para o crescimento da profissão no Brasil.

muito poucos fisioterapeutas com o intuito de se tornarem empresários da área, geran-do empregos para esta massa que queria trabalhar. Assim, chegamos ao atual cená-rio em que temos muitos profissionais que-rendo emprego e poucos com a intenção de empreender, se auto sustentar e gerar empregos para os demais, ou seja, o mer-cado da fisioterapia não está saturado, está sim, estagnado! O interessante é que, se de um lado tudo isso parece terrível, olhando por outro ângulo é maravilhoso por ser o melhor quadro para se desenvolver o em-preendedorismo.

Fisio S/A: Você garante que o merca-do para fisioterapia no Brasil é o mais promissor dentre todas as demais pro-fissões da área da saúde, indo na con-tramão do que a maioria acreditava. Onde estão as oportunidades para se empreender na profissão?

Dr. Gerson Aguiar: O mercado para fi-sioterapeutas no Brasil, por incrível que possa parecer, é muito pouco explorado levando em consideração a sua amplitude de atua-ção. Por exemplo, No país, existem cerca de 30 milhões de cardiopatas e pneumopatas , sendo que destes apenas 2% estão interna-dos em fase aguda, os demais estão na rua necessitando de tratamento ambulatorial e

preventivo, mas onde estão os fisioterapeu-tas capacitados a atender esta população? No Brasil, existem, segundo a Sociedade Bra-sileira para o Estudo da Dor - SBED, 50 mi-lhões de brasileiros com algum tipo de dor crônica, pergunto novamente onde estão os fisioterapeutas especialistas em DOR? Mui-

to provavelmente não lotaríamos uma sala de aula com 80 cadeiras com os que exis-tem em bom nível técnico-científico para tratar esta população. Enfim, poderia citar outros diversos dados para afirmar o grande potencial para o crescimento da fisioterapia no Brasil, e de que se trata de um mercado ainda muito pouco explorado. Isso é um fato!

Fisio S/A: Na sua opinião, quais sãoas principais barreiras para o desenvol-vimento do empreendedorismo entreos fisioterapeutas?

Dr. Gerson Aguiar: Primeiramente a mudança da mentalidade dos nossos pro-fissionais que hoje infelizmente preferem buscar desculpas e culpados pela atual si-tuação, ao invés de assumir sua parcela de responsabilidade para que, através da união, possamos trabalhar em prol de um futuro melhor para a profissão.

Em segundo, a falta de promoção da fisioterapia no Brasil, onde temos uma po-pulação que sabe que existe uma profissão chamada fisioterapia, mas que na realidade desconhece totalmente o que estes profis-sionais podem fazer em toda a sua ampli-tude de possibilidades. Do ponto de vista do marketing é muito complicado colocar um serviço ou produto no mercado que seu público-alvo desconhece suas funções e benefícios.

Terceiro, a qualificação técnica dos fi-sioterapeutas num cenário atual em que a maioria sofre de uma terrível falta de “iden-tidade profissional”, onde fazem cursos di-versos em diversas áreas, mas sem foco em nenhuma, ou seja, se tornam medianos em todas. A maioria dos profissionais reconhe-cidos e bem-sucedidos da área, sem quase

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nenhuma exceção se dedicam a apenas uma especialidade, e se propõem a ofe-recer um tratamento de excelência. Por isso, a necessidade de estimularmos o correto planejamento de carreira entre os nossos profissionais.

Fisio S/A : Quais os principais obje-tivos da ABRADEFI?

Dr. Gerson Aguiar: Nosso principal objetivo, sem dúvida, é o de fortalecer a fisioterapia como atividade econômica no Brasil. Partindo dos nossos quatro pi-lares, no quais acreditamos que somen-te desenvolvidos em conjunto poderão modificar o atual cenário. São eles: Em-preendedorismo, Promoção da Fisiotera-pia, Qualificação Profissional e União da classe! Mas volto a afirmar, somente irão surtir efeito se desenvolvidos em conjun-to, pois um está diretamente ligado em importância ao outro.

Fisio S/A: Como pretendem alcan-çar esses objetivos?

Dr. Gerson Aguiar: Bom, tenho plena consciência de que tudo isso dependerá de muito trabalho, dedicação e tempo. Mas tenho convicção de que alcançare-mos nossos objetivos através de:

1)Projetos que visem estimular a abertura de novos negócios

na área, desenvolvendo e aperfeiçoando habilidades gerenciais, atitudes compor-tamentais e a prática do empreendedo-

rismo entre fisioterapeutas.

2)Promover a inovação gerencial e tecnológica para criação de

novos modelos de negócios e aprimo-ramento dos que já existem, através de trabalhos e pesquisas.

3)Campanhas e parcerias com ou-tras entidades com o intuito de

“promover” a fisioterapia em toda a sua amplitude de atuação e possibilida-des para fisioterapeutas, profissionais da área da saúde e para toda a população, nesta ordem.

4)Buscar a criação de políticas que incentivem o desenvolvimento

econômico da fisioterapia no Brasil, no âmbito público e privado, criando condi-ções mais favoráveis aos fisioterapeutas e seus negócios.

Fisio S/A: Qual a mensagem quevocê deixa para os seus colegasfisioterapeutas?

Dr. Gerson Aguiar: Que na vida as grandes conquistas são obtidas através de muito trabalho, determinação e con-fiança. E os fatores determinantes para nosso sucesso não estão nas mãos de terceiros, dependem somente de nós. O caminho é árduo, porém, compensador. Eu acredito em uma fisioterapia diferen-te e reconhecida. Acredito nos fisiotera-peutas, e que juntos faremos a diferença.

Conheça os membros da ABRADEFIPresidenteDr. Gerson Ferreira AguiarGraduado nas áreas de Fisioterapia (UBC) e Marketing (UNICID), atua como sócio--proprietário da Physiotherapy Business School (PBS), é coordenador da Fisio.TV e da revista FISIO S/A, professor e palestran-te nas áreas de empreendedorismo, gestão e marketing em saúde.

Vice-PresidenteDr. Paulo EduardoLeal MonteiroGraduado nas áreas de Fisioterapia (FCNM) e Administração de Empresas (UNG), mestre em Ciências do Movi-mento (UNG), atua como professor uni-versitário há mais de 10 anos (UNG) e é sócio-proprietário da empresa FISIOTECH.

Diretor-SecretárioDr. André Bovi RemessoGraduado em Fisioterapia (UBC) e especializando em Gestão de Negócios (UNICID), atua como sócio-proprietário da Physiotherapy Business School (PBS), FISIO.TV e revista FISIO S/A.

Diretor FinanceiroDr. Leandro LazzareschiGraduado nas áreas de Fisioterapia (UNIBAN) e Educação Física (UMC), mestre em Ciências da Saúde (UNICSUL), MBA em Gestão em Saúde (IBMEC/SP), atua como sócio-proprietário da empresa GALES Fisioterapia & Saúde, e professor universitário e coordenador de pós-gradu-ação nas instituições UNICSUL e UNIBAN.

Diretor Administrativo:Dr. Sandro de JesusCrispim AzevedoGraduado em Fisioterapia (UMC), especialista em Fisioterapia Intensiva (ISCM/SP), pós-graduado em Fisiologia do Exercício (UNG), atua como fisioterapeu-ta hospitalar em instituições como ISCM/MC e CERAPC.

Diretor de Comunicação:Luiz Fernando FirminoConsultor em Branding, graduado em de-sign (Belas Artes - SP) e MBA em Branding (Faculdades Integradas Rio Branco - SP / Brunel University - London). Diretor da Essenz Design e Comunicação (agência especializada no segmento healthcare). Diretor da Fisio.TV e da Revista Fisio S/A.

A fisioterapia no Brasil é um mercado aindamuito pouco explorado. Isso é um fato!

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ARTIGO

M uito se investe na formação teórica e prática dos pro-fissionais de fisioterapia no

Brasil. Cada vez mais, as instituições de ensino se modernizam, buscam tecno-logias de ponta, sintonizam sua atuação com pesquisas e descobertas mundiais, agregam a seu corpo docente grandes estudiosos e indivíduos que se desta-cam na área da saúde com a intenção de oferecer uma formação abrangente e capaz de disponibilizar ao mercado um profissional com conhecimento teóri-co e prático que atenda às demandas e necessidades da sociedade. Ao entrar para o mercado de trabalho, no entanto, muitos desses profissionais não recebe-ram orientações sobre como adminis-trar sua carreira.

Gerenciamento de carreira.Eu sei como fazer?

LeandroLazzareschiFisioterapeuta e Professorde Educação Física MBA em Gestão de Saúde Mestre em Ciências da SaúdeDocente em cursos de graduação (UNICSUL, UNIBAN, UNIB)Diretor da GALES ConsultoriaDiretor da ABRADEFI - Associação Brasileira de Administração e Empreen-dedorismo em Fisioterapia

E-mail: [email protected]

Ao entrar para o mercadode trabalho, muitos profissionais não recebem orientações sobre como administrar sua carreira.”

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No meu entendimento, o gerencia-mento de sua carreira deve ser norte-ado pelos seguintes princípios:

1Definição de um foco e objetivo profis-sional de curto, médio e longo prazo: Neste caso, o profissional deve ter clareza

de seus pontos fortes, fracos, competências e valores;

2Formação acadêmica. Atualmente, a formação acadêmica traz ao profissional um diferencial de mercado.

3Networking (rede de relacionamentos): O fisioterapeuta deve ter uma rede de re-lacionamentos sólida, que permita obter

informações de mercado, conhecer possíveis novos empregadores.

4Marketing pessoal. O profissional deve ter um planejamento com ações que contemplem palestras, publicação de

artigos, participação de congressos,entre outros. Isso lhe permitirá ter visibilidade, tanto na empresa onde trabalha quanto no mercado de seu interesse.

5Competências e Resultados. A sua carreira deve estar norteada no desenvolvimento de suas competências e dos resultados

atingidos.

6Coach (mentor): Ter alguém para discutir e avaliar seu plano e suas ações.

Enfim, para gerenciarmos a nossa pró-pria carreira devemos cada vez mais po-tencializar nossas competências técnicas através de um planejamento estratégico, estabelecendo metas, objetivos e desen-volver um plano de ação, com muita ética e respeito ao mercado e aos demais cole-gas de profissão.

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A técnica ainda não é muito popular no Brasil, mas está se consolidando e ganhando novos adeptos a cada dia

A correria do dia a dia faz muita gente ficar estressado. Não só o estresse, mas a pressão no trabalho ou outros

projetos pessoais causam um cansa-ço físico e mental, comprometendo o nosso equilíbrio interior. Para estar bem com os outros, é preciso antes de tudo, estar em harmonia interna com você mesmo. O mal-estar ou os maus hábitos posturais acabam geran-do dores e problemas não só físicos,

Buscando o equilíbrio através do

Fisioterapia e Saúde

como também emocionais. É nesse momento que o Rolfing pode ajudar.

Segundo a fisioterapeuta e rolfista do Centro de Reabilitação do Hos-pital Israelita Albert Einstein, Eliana Grotti, o Rolfing é um método de integração das estruturas físicas hu-manas por meio da manipulação dos tecidos miofasciais (ou conjuntivos) e pela ampliação das possibilidades e da qualidade dos movimentos corpo-rais. “A Dra. Ida Pauline Rolf desenvol-veu o método ao longo de 30 anos

de estudo e pesquisa. Ela acreditava que a causa dos desconfortos huma-nos, físicos e emocionais estava base-ada na relação do tecido conectivo em relação ao campo gravitacional da terra, e que cada indivíduo organiza--se de forma particular em relação à essa força constante. Então, há uma interação constante entre as estrutu-ras do nosso corpo e a gravidade. As-sim, forças externas poderiam alterar nossa organização interna, alterando a tensão da fáscia”, explica.

A fáscia é uma rede de tecido co-nectivo que envolve, permeia, desliza, une e separa todas as estruturas in-ternas do corpo humano. Esse tecido conectivo plástico e elástico permite que as unidades individuais funcionem como um todo. “Pesquisas recentes demonstram que a unidade motora depende da força de tensão da fáscia para contrair e alongar e vice-versa. A fáscia também é um órgão de adapta-bilidade, respondendo aos diferentes tipos de estresse físico, como traumas, quedas, movimentos repetitivos, mo-

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O diferencial do Rolfing é que ele não é apenas uma técnica, ele é

um processo. É uma constante interação do indivíduo com seu meio interno e seu meio externo, onde cada indivíduo pode explorar suas possibilidades de relacionar-se com o meio externo, através de movimentos simples.”

Eliana Grotti | Fisioterapeuta e Rolfista do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein

SurgimentoA responsável pelo Rolfing é a Drª Ida P. Rolf que nasceu em Nova

York em 1896. Frequentou o Barnard College e se formou em 1916, no meio da 1ª Guerra Mundial. Como muitos homens estavam na guerra, ela teve uma oportunidade ímpar para aprofundar seus es-tudos. De 1920 a 1932, Ida P. Rolf trabalhou no Rockfeller Institute como uma das principais pesquisadoras em Quimioterapia e Quí-mica Orgânica, chegando à categoria de Associada, um grande feito para uma mulher jovem naquela época.

Recebeu o título de PhD em Química Biológica pela Universidade de Columbia em 1920. Em 1927, estudou Matemática e Física Atômica na Universidade Técnica Suíça, em Zurique, e Medicina Homeopáti-ca em Genebra, além de se aprofundar em Medicina Quiroprática, Osteopatia, ioga e outras técnicas. Durante a década de 40, através do trabalho científico e das descobertas intuitivas que realizou com pessoas cronicamente incapacitadas, Ida começou a desenvolver o trabalho que viria a ser conhecido como Integração Estrutural (IE). Nos 30 anos seguintes, dedicou-se a desenvolver o método Integra-ção Estrutural – Rolfing, e seu programa de treinamento.

vimentos e posturas inadequadas, es-tresse causado por patologias, como por exemplo, a fibromialgia e síndro-me dolorosa miofascial”, conta.

Em outras palavras, é um processo baseado inicialmente em uma série de 10 a 15 sessões semanais, que permite à pessoa conquistar um melhor equi-líbrio e verticalidade de seu corpo em relação à força da gravidade, enrique-cer a percepção de si e mover-se de maneira mais natural, eficiente e livre.

A técnica ainda não é muito po-pular no Brasil, mas a cada dia o Rol-fing está se consolidando e ganhando novos adeptos. “Atualmente, temos uma média de 140 profissionais de Rolfing no Brasil inteiro”, conta a fi-sioterapeuta e rolfista Márcia Cintra.

A especialização em Rolfing pode ser feita por qualquer profissional com ensino superior, porém, pessoas com formação em fisioterapia fazem um tempo menor de curso, 3 anos. Isso porque outros profissionais necessi-tam obter conhecimento nas áreas de anatomia, fisiologia e cinesiologia. “Ao passar pela formação e pelo processo de Rolfing, houve uma ampliação do meu “olhar” terapêutico profissional, procuro entender como a queixa do cliente afeta sua vida, seu corpo, seus movimentos e qual será o trabalho ne-cessário para ajudá-lo a experimentar um conforto melhor para seu corpo”, conta a fisioterapeuta e rolfista Maria Cristina Ibiapina .

A Dra. Márcia Cintra explica que o Rolfing se diferencia por ser um tra-tamento particularizado e adequado de acordo com a história de vida de cada paciente. “Nós temos particula-ridades. Cada um de nós funciona de uma maneira e nós somos o resultado da nossa própria história. Então, o Rol-fing é um tratamento particularizado

que leva em consideração a história de cada um e o momento de vida que a pessoa se encontra. É um trabalho dirigido a muitas pessoas. Você não precisa ter um problema pra procurar Rolfing. Você pode querer se conhecer melhor, melhorar a postura. Atletas podem melhorar a performance”, sa-lienta. Já a rolfista Maria Ibiapina acre-dita que o bem-estar é percebido pelo cliente desde o início do tratamento.

“O bem- estar é geralmente a primeira manifestação de melhora do cliente. Os benefícios variam de acordo com o sujeito que recebe o tratamento, e também com os objetivos de cada um, que vão desde alívio de dores corpo-rais (hérnias discais,enxaquecas, fibro-mialgia, tensões musculares e fadiga crônicas, etc.), melhora no rendimento esportivo e artístico (principalmente no caso de bailarinos e atores com

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os quais tive maior experiência), sem dúvida, o maior e o mais procurado é o alinhamento funcional do corpo. O diferencial, sem dúvida, é a abor-dagem holística do método (um jei-to de se ver o cliente sempre como uma unidade, levando em conta sua história de vida, o contexto em que se encontra e suas necessidades). Ou-tro diferencial em minha experiência é a qualidade da relação entre clien-te e terapeuta,muito necessária para o sucesso do trabalho, onde se pode gerar um contato humano genuíno, uma troca real e enriquecedora para ambos”, avalia.

O mesmo pensamento é compar-tilhado pela rolfista Eliana Grotti. “O diferencial do Rolfing é que ele, em verdade, não é apenas uma técnica, um método, um protocolo, ele é um processo. É uma constante interação do indivíduo com seu meio interno e seu meio externo, onde cada indivíduo poderá explorar suas possibilidades de relacionar-se com o meio exter-no, através de movimentos simples do dia a dia realizados de forma mais harmoniosa e com menor esforço”, diz.

Aplicação do MétodoO Rolfing é aplicado por meio de

Rolfing é um sistema de reestruturação corporal e educação do movimento. Foi desenvolvido para melhorar a postura, alongar e alinhar o corpo, promovendo o bem-estar e alívio de dores e tensões.

toques específicos capazes de modifi-car a plasticidade das fáscias e outros tecidos conjuntivos – que envolvem nossos músculos e tendões - e da re-educação do movimento, o rolfista libera as fixações ou restrições exis-tentes entre segmentos corporais, per-mitindo mais flexibilidade e integra-ção. A consciência dessa reintegração, aliada à ampliação e reeducação do uso dos sentidos, especialmente vi-são, audição e tato, possibilita uma coordenação motora mais eficiente. Esta conquista permite à pessoa me-lhorar seu alinhamento em relação à gravidade e também à qualidade de seus movimentos.

IndicaçãoO Rolfing é indicado para aqueles

que sofrem desconfortos causados pela má postura; para aqueles que apresen-tam restrições de movimento, devidos ou não a traumas físicos; para aqueles que querem evoluir emocionalmen-te através da percepção e da consci-ência corporal. Também se aplica às pessoas ligadas às artes corporais ou de movimento, como bailarinos, atle-tas, educadores físicos e praticantes de artes marciais. “O Tratamento se destina a qualquer pessoa que deseje

Para saber mais,visite o site da AssociaçãoBrasileira de Rolfing:http://www.rolfing.com.br/

aprofundar autoconhecimento pelas vias corporais e também àqueles que sentem necessidade de reencontrar um “alinhamento corporal”, além de movimentos econômicos e funcionais, tanto para seu dia a dia como também para práticas artísticas e (ou) esporti-vas. Àqueles que procuram alívio de dor e desconforto físico oriundos do estresse e da postura ineficiente”, ex-plica a Dra. Maria Ibiapina.

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Como alguém se torna o que é?

Redes Sociais

Se você ainda não faz parte de nenhuma rede, certamente fará em breve, e junto com você os personagens e as interpretações de si mesmo.

Perdidos num mundo de dimensões apagadas so-mos constantemente bom-bardeados por um fluxo quase inesgotável de in-

formação. Em alguns minutos, podemos buscar praticamente qualquer dado, qual-quer conteúdo sobre qualquer coisa, mas é engraçado como às vezes, justamente o que falta é saber o que se quer saber. Como se andássemos por um quarto es-curo, tateamos as paredes em busca de apoio, e cada dia mais, percebemos que as paredes deixam de existir.

Tiramos os limites, perdemos o apoio, a orientação. As nossas certezas parecem ser pulverizadas quando comparadas com as diversas dúvidas que surgem a cada nova manifestação dessa ‘liberdade’. Nos perdemos na imensidão do novo mundo.

Não sabemos mais onde reside nossa verdadeira identidade. Quem sou eu? A pergunta dos sites de relacionamento é

Cultura e Lazer

Por: KARINA FRANCIS

tão lacônica que deveria ser simples de responder, mas não é. São tantas as for-mas de se representar na internet (sites de relacionamento, comunidades virtuais, etc.) que nos perdemos nos personagens que criamos para nós mesmos. Eu posso ser quem eu quiser num mundo onde se pode fazer o que se quer. Na ficção que criamos sobre nós mesmos, somos ao mesmo tempo o narrador e o prota-gonista. Este é o pensamento norteador do livro escrito por Paula Sibilia “O show do eu – a intimidade como espetáculo”.

O livro é resultado da tese de dou-torado da autora, na qual a questão das redes sociais é apresentada de forma cru-cial para modificar o que somos, ou o que queremos mostrar para as outras pessoas. Em certo trecho do livro, Sibilia diz que nesse mundo tecnológico em que vive-mos é necessário aparecer para ser, para que, com isso, possamos manter nossas relações, e nos manter como seres visíveis.

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“Pois tudo aquilo que permanece oculto, fora do campo de visibilidade – seja dentro de si, trancado no lar ou no interior do quar-to próprio – corre o triste risco de não ser interceptado por olho algum. E, de acordo com as premissas básicas da sociedade do espetáculo e da moral da visibilidade, se ninguém vê alguma coisa é bem provável que essa coisa não exista”, acredita.

Na visão de Sibilia, são inúmeros os motivos que podem levar uma pessoa a expor sua vida. Atualmente, existe um fas-cínio em fazer isso. Não precisa ser uma exposição geral, mas o simples fato de usar ferramentas como o Twitter, Orkut, Facebook e expor ali fotos, frases e pen-samentos, já é uma forma de querer que as pessoas tenham uma certa imagem de

“você”. Algumas pessoas acreditam que o uso dessas ferramentas é necessário por questões profissionais, que se sobrepõem à vida pessoal. É o caso da publicitária Marcelle Soares, 23. “Eu vivo 24 horas conectada, para mim as redes sociais vi-raram sinônimo de atualização constante, tanto no quesito pessoal como profissio-nal. Nelas, tanto posso encontrar dicas de emprego, quanto divulgar uma novidade. O que acontece é que existe uma con-

fusão entre utilizar a ferramenta de forma apropriada para o tra-balho e o crescimento intelectual e utilizar as características das ferramen-tas para criar um espaço de promoção pessoal”, afirma. Já para outras pessoas, como o professor de Jornalismo Digital William Araújo, 50, a grande questão dessa discussão está no fascínio que a internet causa nas pessoas, oferecendo por meio das redes sociais o poder de criar e recriar personagens de si mesmos. “O modelo do processo em que se dá a comunicação evoluiu significativamente com o avanço tecnológico, alterando o antigo modelo em que um emissor emitia mensagens para muitos. Hoje, todos são emissores e receptores ao mesmo tempo e isso traz uma espécie de fascinação. Por meio das

ferramentas atuais, o emissor sabe que tem o poder nas mãos e o usa. Essa seria uma expressiva dimensão da possibilidade de-mocrática permitida. Ocorre que isso nem sempre é conveniente. Lembro de Paulo de Tarso, que dizia ‘Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém’. O que temos hoje é jus-tamente a falta de bom senso no tocante ao que se pode ou não dizer”, ressalta.

Essa curiosidade em saber o que alguém faz e quando e onde ela faz ainda é um caso a ser estudado, já que é recente e fomen-ta inúmeras discussões. Por que o Luciano Huck alcançou mais de dois milhões de se-guidores? Ou por que a Lady Gaga já supe-rou o presidente dos Estados Unidos, Barack

Hoje, a mobilidade dos celulares possibilita estar conectado em

todas as redes sociais.

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63% dos que aces-sam são bastante

jovens (têm até 17 anos). Usuários de

18 a 24 anos so-mam apenas 13%

3%

A maioria do público brasileiro é composto por

jovens até 17 anos (37%)

14%

REDES SOCIAIS: Qual o perfil do brasileiro em cada uma delas (Gênero e Idade)

Ranking de visitas no Brasil

Os usuários de até 17 anos são 35% dos internautas

brasileiros

13%

A faixa etária de 66% é dividida en-tre o público mais

novo (até 17 anos) e jovem-adulto (18

a 24 anos)

103%

Tem um grande equilíbrio na faixa etária, sendo bas-

tante visitado pelo público de 0 a

44 anos

39%

A maioria dosusuários (32%)

fica entre 25e 34 anos.

62%Tudo aquilo que permanece oculto, fora do campo de visibilidade – seja

dentro de si, trancado no lar ou no interior do quarto próprio – corre o triste risco de não ser interceptado por olho algum.”

Paula Sibilia | Livro “O show do eu – a intimidade como espetáculo”

Obama, no Twitter? E como o blogueiro Perez Hilton se tornou uma celebridade depois que passou a contar fatos íntimos de pessoas famosas em seu blog? E o que leva uma pessoa a conseguir atenção por meio de um blog ou site hoje em dia? As perguntas existem e as ferramentas que essas pessoas citadas usam estão aí e são muitas, além das mais conhecidas como Twitter, Facebook, Orkut, Blogger, YouTu-be, MSN, existe outras tantas, sem contar os aplicativos que podem ser usados em telefones. Toda essa trajetória tecnológica

se deu de maneira frenética, e as pessoas que acompanham essa revolução estão cada vez mais inseridas nesse cyber espaço. A doutora em Comunicação e Semiótica e embaixadora do Google no Brasil, Luci Bonini, é um exemplo da inserção social das redes virtuais. “Lembro-me que par-ticipei de uma rede social no final dos anos 90 que testava a teoria dos 6 graus: nós recebíamos por e-mail o nome e o endereço eletrônico de alguém e preci-sávamos enviar um e-mail para esta pes-soa. Já faz muito tempo isso. Depois veio

o Orkut, acho que em 2002 ou 2003. Eu tinha amigos no mundo todo, conversava com eles. Depois veio o MySpace, o Face-book, o Linkedin, o Slideshare para gerar conteúdo, o Blogspot idem, o Twitter. Há o Add This e, claro, algumas outras redes no Ning. Há o Xing – uma rede do tipo do Linkedin da Europa e a mais recente de que eu participo denominada Wisere-arth - na qual pessoas preocupadas com um mundo sustentável compartilham ex-periências. Há uma outra chama-da Research

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Gate, feita de pesquisadores, também mui-to interessante. O Youtube é onde esco-lho vídeos para minhas aulas ou ainda disponibilizo meus materiais. Enfim, acho que é uma forma de compartilhar”, diz. Bonini também acredita que da mesma forma que tomamos certos cuidados na vida real, devemos ter precauções com o uso das redes virtuais. “Eu sempre afir-mo o seguinte: Não faça para alguém na

internet o que você não quer que façam com você na vida real. Se você gera con-teúdo, se apresenta sempre sério e ho-nesto, dificilmente as pessoas vão te in-comodar. Agora, se seu nick ou apelido não gera muita confiança, pode esperar que as pessoas que também se escondem na rede vão te atrapalhar. Há muita coisa boa nas redes sociais, mas como na vida real, há muita coisa que pode ser jogada

no lixo por não acrescentar nada na nos-sa vida”, finaliza.

Enfim, o uso das redes sociais possi-bilita explorar experiências próprias a fim de criar uma história, e é nesse jogo de real/ficção que provamos a todo momen-to que a nossa existência só ‘existe’ para quem tem seu alter-ego virtual. Descar-tes que nos perdoe, mas pensar não é necessariamente evidência de existência.

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ARTIGO

O trabalho do fisioterapeu-

ta é muito mais do que

a recuperação de pesso-

as. Hoje, a prevenção com a fisio-

terapia começa a ser difundida e

aceita pela população. O aumento

de atividades esportivas individu-

ais, como, por exemplo, a corrida,

ajudou a conscientizar as pessoas

por um trabalho preventivo. Para

tratamentos, há diversos protoco-

los, mas o trabalho individualizado

sempre tem melhores resultados.

Cabe ao fisioterapeuta indicar al-

ternativas para aprimorar a per-

fomance sem lesão e dentro das

necessidades do paciente. E nes-

se universo preventivo, o teste de

pisada é uma opção simples que

pode evitar lesões como tendini-

tes, fascite plantar, fraturas por es-

tresse, dentre outros.

Para ter eficiência e credibilida-

de, o teste da pisada deve ser feito

em três etapas: análise estática da

biomecânica, análise em movimen-

to da passada e avaliação postural.

Somente o fisioterapeuta habilita-

do consegue dar um diagnóstico

completo do tipo de pisada do pa-

ciente e indicar o melhor calçado

para a atividade física.

Estudos dividem as pessoas

em três tipos de pisada: prona-

da (para dentro), supinada (para

fora) e neutra. Mas além do teste

indicar em qual grupo a pessoa se

Saiba como é possível prevenir lesões com o teste da pisada

David HomsiFisioterapeuta pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERPCoordenador do curso de Fisioterapia Desportiva CEFAI/IBRAMED Especialista em Fisioterapia Esportiva; Especialista em Fisioterapia Músculo Esquelética; Fisioterapeuta da Equipe de Medicina Esportiva Instituto Osmar de OliveiraSócio-Proprietário da David Homsi Fisioterapia Esportiva

E-mail: [email protected]

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encaixa, com a análise completa

é possível visualizar a necessida-

de de suportes extras, como, por

exemplo, uma palmilha, seja de

correção ou de conforto.

Já encontrei diversos casos curio-

sos durante os atendimentos e que

tiveram melhora significativa com o

uso correto do calçado. Um desses

meus pacientes, que é corredor, ti-

nha a pisada pronada em pé chato

na primeira avaliação. Depois que

ele começou a usar o tênis certo

com uma palmilha customizada,

com amortecimento em calcâneo,

elevação do arco medial e apoio

medial, as dores diminuíram e a

descarga de peso na análise está-

tica foi significativamente melhor.

O mais interessante é que o

teste da pisada, além de ser pri-

mordial para atletas profissionais

e amadores, também pode ser

feito por não praticantes de ativi-

dade física. Qualquer pessoa, por

exemplo, que sofre com dores na

região do pé, joelho, por exemplo,

deve ser avaliada. As chances das

dores serem causadas pela pos-

tura são grandes. E com o teste

da pisada e a avaliação postural é

possível identificar o motivo dessa

dor. Por isso, acredito que o tes-

te da pisada é uma das inúmeras

formas de prevenção de lesões,

que deve ser agregado na rotina

do fisioterapeuta.

Hoje, a prevenção com a fisioterapia começa a ser difundida e aceita pela população.”

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Um lugar de belezas exuberantes:

Considerada a capital turística do Mercosul, a cidade possuium intenso movimento de visitantes durante todo o verão

Turismo

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Destino desejado por muitos, Florianópolis é o tipo de cidade que quem conhe-ce, volta! Às vezes, vol-ta para morar. Beleza é

o que não falta , seja na natureza, nas for-tificações dos tempos da colônia ou nas pessoas. Com 400 mil habitantes, a cidade começa no continente e toma a imensa Ilha de Santa Catarina, que tem cerca de 60 km de extensão. Destaca-se por ser uma das três ilhas capitais com maior índice de desenvolvimento urbano. Visitada por inú-meros estrangeiros, principalmente argenti-nos, Florianópolis oferece diversas atrações como: trilhas, cachoeiras, escaladas e voo livre, todos acompanhados por paisagens deslumbrantes de lagoas, morros, dunas e pequenas ilhas.

Depois de visitar Florianópolis, fica fá-cil entender por que o turismo local cres-ceu em média 14% nos últimos três anos, triplicando a população (de cerca de 350 mil) na alta temporada. Além da natureza exuberante, a cidade herdou interessantes construções coloniais de seus imigrantes açorianos, que chegaram em 1748, e uma culinária de dar água na boca. Os pratos mais procurados são à base de frutos do mar, como as sequências de camarão, o camarão ao bafo e as ostras, muito ba-ratas -a dúzia fresca chega a custar R$ 8. Não é para menos: Florianópolis é o maior produtor nacional de ostras de cultivo e tem como uma de suas principais fontes de renda a pesca.

A cidade é conhecida por ser um lu-gar tranquilo para família, romântico para casais em lua de mel e ponto obrigatório para surfistas. Tem hospedagens para qual-quer faixa de renda: do resort paradisíaco à casa de pescador alugada por grupos de amigos . As opções de preço e de pontos turísticos diversificados, fazem com que a cidade seja atrativa para todos os públicos, gostos e bolsos!

PraiasSão 42 praias oficiais, urbanas ao norte e selvagens ao sul. As distâncias são longas, por-tanto, de uma praia a outra, e os engarrafamentos são frequentes nos meses de verão. Para aproveitar bem, é necessário reservar uma semana para Florianópolis, principal-mente se está indo pela primeira vez. Só os passeios de barco para as fortalezas colo-niais e para a Ilha do Campeche tomam um dia inteiro cada. Abaixo, você confere algumas opções de destino:

Praias do Leste Praia Mole - Meca dos surfistas, é a mais democrática para a prática desse esporte, já que é frequentada por pessoas de várias regiões do país. A praia é uma das mais visitadas na alta temporada. Por ser de tombo, deve-se ter cuidado ao entrar no mar. Joaquina - A Joaquina também oferece boas condições para o surf. O local já serviu de palco para umas das etapas do WCT, circuito de surf que reúne a elite mundial. Uma das principais características é a sua água gelada. As dunas existentes antes de chegar à praia oferecem boas condições para a prática de sandboard. Quem não tem o equipamento necessário, pode alugar no próprio local.

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Praias do Sul Campeche - A praia é escolhida tanto por surfistas quanto por famílias. Fica a 23 Km do centro da capital e possui 3 Km de extensão. Deve-se tomar cuidado com os bu-racos existentes em toda a sua extensão. Armação do Pântano do Sul - Um dos principais pontos de pesca artesanal da ilha, fica a 25 Km do centro de Florianópolis.

Praias do Norte Ingleses - Oferece infraestrutura completa e um grande fluxo de turistas no verão. Possui quase 5 Km de extensão. Canasvieiras - Caracteriza-se por suas águas calmas. A praia também oferece infraes-trutura completa, com vários hotéis e restaurantes. O comércio é o ponto alto do verão. Cachoeira do Bom Jesus - Com 3 km de extensão, a praia da Cachoeira do Bom Jesus está localizada no norte de Florianópolis. Ela é uma continuação da praia de Canasvieiras. Tem águas calmas e possui infraestrutura completa, com bares, restau-rantes, hotéis e pousadas. É uma das preferidas das famílias e é ótima para quem tem filhos pequenos, devido ao mar pouco agitado. Praia Brava - Uma das únicas praias de mar grosso do Norte da Ilha, a Praia Brava é procurada para a prática do surf. Uma das mais badaladas da cidade.

Como chegarO caminho é feito pela BR 101, rodovia que corta o litoral do Estado. A entra-da para Florianópolis fica no quilôme-tro 206, ainda município de São José. Deve-se tomar o acesso pela direita e pegar a Via Expressa (BR 282). A Via termina na Ponte Pedro Ivo Campos, entrada para Florianópolis.

Rodoviária Os ônibus desembarcam no Terminal Rodoviário Rita Maria, localizado no Centro a aproximadamente 50 metros das pontes de acesso à Ilha. Há serviço de táxi na saída da rodoviária. Quem preferir o transporte urbano, o Ter-minal fica a 150 metros da rodoviária, com linhas para a Ilha e Continente. Mais informações sobre a rodoviária pelo número (48) 3212-3100.

Aeroporto O Aeroporto Internacional Hercílio Luz, localizado no sul da Ilha, opera com as principais companhias aéreas do país e do Mercosul. Há serviço de táxi, locadoras de automóveis, ponto de embarque para ônibus urbanos e de transporte executivo.

Posto de InformaçõesTurísticasO Posto de Informações Turísticas de Florianópolis serve como auxílio para aqueles que chegam à cidade e precisam de material de apoio e informações. O local dispõe de mapas, guias regionais, revistas, informativos, entre outros itens que possam servir como referência para aqueles que vêm para Florianópolis passar a temporada. O posto está localizado no Terminal Rodoviário Rita Maria, na Avenida Paulo Fontes, 1101 – CentroFlorianópolis.

Fonte: Prefeitura Municipal de Florianópolis

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ARTIGO

A melhor propaganda é o boca a boca. Concordo plenamente. Mas contar só com isso, já não é o

suficiente. A grande maioria das pesso-as pensa que marketing é simplesmen-te propaganda. Não é tão simples assim. Principalmente quando o profissional, o produto e o pessoal estão reunidos na mesma figura, como em nós, os fisiote-rapeutas. Você pode ser um profissional brilhante, o único em sua cidade que re-aliza tal tratamento, ou ainda, que você é um profissional dinâmico, que mes-mo inserido numa organização de saú-de, sempre traz novas técnicas ao seu atendimento, mas de que vale tudo isso se ninguém fica sabendo?

Resumindo, não adianta ser bom e ninguém saber que tipo de profissional você é ou não demonstrar suas qualida-des ao mercado, com medo de ser taxado de exibido. E o Marketing Pessoal traz as ferramentas certas para ajudar a resolver tais problemas. Infelizmente, quando esta-mos na graduação, não nos ensinam que o marketing é uma ferramenta profissional tão importante quanto qualquer técni-ca fisioterapêutica que aprendemos, nem como utilizá-la a nosso favor. E o pior, nós nem aprendemos direito como utilizar o Marketing Pessoal, e o mundo profissio-nal já vem com outro conceito necessário e urgente de ser entendido, o Branding.

O Branding Pessoal implica uma gestão eficaz de como os outros nos interpretam e do que pensam sobre nós. Sejamos sin-ceros, no mundo profissional, todos nós

Ferramentas profissionais: como marketing pessoal pode te ajudar

Lívia SousaFisioterapeuta graduada pela União Metropolitana de Educação - UNIME, em Lauro de Freitas, Bahia, responsável pelo blog Papo de Fisio (papodefisio.blogspot.com) e a revista virtual Saúde Empreende (saudeempreende.blogspot.com). Atua em fisioterapia vascular e é uma estudiosa do empreendedorismo e de suas aplicações à área da saúde.

E-mail: [email protected]

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somos um adjetivo que nos qualifica no mercado. Construímos na mente dos ou-tros, um adjetivo para nos representar e isso é repetido para nos descrever. A soma dessas repetições na nossa rede de con-tatos forma a percepção que o mercado profissional tem de nós, ou seja, a nossa marca profissional. Reconhecer e definir a nossa própria marca profissional, o nos-so adjetivo, é importante porque, mui-tas vezes, o que queremos que os outros pensem de nós, nem sempre é o que eles vêm na realidade e esse adjetivo é para sua carreira profissional, o que era o “Abre-Te, Sésamo” para o Ali Babá.

O Marketing e o Branding se com-pletam na estruturação da nossa imagem profissional à medida em que o marke-ting determina as ações práticas, visíveis que geram retorno para uma marca.Por-tanto, agora, nós temos que definir qual é a nossa marca, e qual a maneira mais adequada de divulgá-la no mundo pro-fissional. E como tudo isso, ainda não nos é ensinado na graduação, temos que cor-rer atrás de solucionar nossas deficiên-cias. Sem esquecer que a nossa marca e a nossa imagem profissional não é algo que inventamos para agradar os outros, mesmo porque não a nada mais cansati-vo que tentar ser ou parecer

Afinal existe a dúvida, o mercado está saturado? A concorrência é muito grande? Ou somos nós que não utilizamos corre-tamente as ferramentas que outros pro-fissionais utilizam para desenvolverem a carreira profissional? Eis a questão.

A melhor propaganda é o boca a boca.”

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