fisica industrial
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Física Industrial-FBT415 1
FÍSICA INDUSTRIALFBT 415
FBT/FCF/USP
Profa. Thereza Christina Vessoni Penna - [email protected]
Prof. Ronaldo Nogueira de Moraes Pitombo - [email protected]
Profa. Suzana Caetano da Silva Lannes - [email protected]
OBJETIVOS
A disciplina de Física Industrial tem por finalidade fornecer os elementosintrodutórios para as demais disciplinas tecnológicas, bem como os princípiosfísicos que regem algumas das operações unitárias envolvidas nos processos dasindústrias farmacêuticas e alimentícias. O conteúdo da disciplina engloba temasligados à área de fenômenos de transporte e relativos às operações unitárias.Alguns temas do conteúdo serão ministrados isoladamente outros serão estudadossimultaneamente de forma a integrar os novos conhecimentos, objetivando facilitare adequar o conteúdo no contexto do currículo da profissão Farmacêutica.
Estratégia de ensino: Aulas teóricas e práticas. Aulas teóricas expositivas, sendo oaluno freqüentemente motivado para uma participação ativa, através de exercícios equestões propostas. Estudos dirigidos, com o objetivo de reforçar o aprendizado emsala de aula, incentivar o aluno à pesquisa bibliográfica, como primeiro passo aodesenvolvimento de novas idéias e motivá-los para a utilização de recursos deinformática. Aulas práticas com aplicação de alguns aspectos apresentados nateoria.
EMENTA
Introdução à disciplina de Física Industrial
Introdução ao processo industrial
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Física Industrial-FBT415 2
Razões para a produção em larga escala
Formulações e desenvolvimento
Estágio do desenvolvimento
Operação unitária
Bases das operações unitárias
Mecânica dos fluidos
Introdução, definição e propriedades dos fluidos
Estática dos fluidos
Dinâmica dos fluidos
Reologia
Mistura
Mistura de líquidos
Mistura de pós
Equipamentos industriais
Transmissão de calor
Condução
Secagem
Relações de equilíbrio
Mecanismo de secagem
Velocidade de secagem
Equipamentos industriais
Liofilização
Princípios físicos
Congelamento
Transferência de calor
Equipamentos industriais
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Métodos gerais de esterilização
Mecanismos de destruição dos microrganismos
Métodos de esterilização
Cálculo de processos térmicos
Validação de processos de esterilização e industriais
Salas limpas
Tratamento de água
Tamisação
Tamises
Caracterização dos tamises e tamisado
Equipamentos industriais
Filtração
Teoria da filtração
Classificação dos filtros
Equipamentos industriais
Centrifugação
Tipos de centrífugas
Cálculo da força centrífuga
Equipamentos industriais
Concentração/Destilação
Equilíbrio líquido-vapor
Destilação binária
Equipamentos industriais
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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COOPER & GUNN - Tutorial pharmacy. 6 ed. Belfast, Pitman Medical, 1972.
EARLE, R.L. - Ingenieria de los Alimentos (Las operaciones básicas delprocessado de los alimentos). Zaragosa: Acribia, 1988.
FOUST, et al. - Princípios de operações unitárias. Rio de Janeiro:Guanabara Dois,1982.
GOLDBLITH, S.A , REY, L., ROTHMAYR, W.C. - Freeze drying and advanced foodtechnology. New York: Academic Press, 1975.
JEANNIN, C. et al. - Galenica 3 - Génie Pharmaceutique. Paris: Technique etDocumentation (Lavoisser), 1982.
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McCABE, W.L. & SMITH, J.C. - Operaciones basicas de ingenieria química.Barcelona: Reverte, 1972.
MORRISEY, R.F. & PHILLIPS, G.B. - Sterilizationi tecnology: a practical guide formanufacturers and nairs of health care products. New York: Van Nostrand, 1993.
PRISTA, L.N. & CORREIA, A A - Técnica farmacêutica e farmácia galênica. Lisboa:Calouste Gulbenkian, 1968.
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VIAN, A & OCON, J. – Elementos de ingenieria química. Madri: Aguilar, 1967.
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Apresentação de Relatórios
1. PRÉ-TEXTO
o CAPA
o SUMÁRIO
o LISTA DE FIGURAS
o LISTA DE QUADROS
2. TEXTO (CORPO DO TRABALHO)
2.1. INTRODUÇÃO
2.2. REVISÃO DA LITERATURA
2.3. MATERIAL E MÉTODOS
2.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
2.5. CONCLUSÕES
3. PÓS-TEXTO
3.1. ANEXOS
3.2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3.3. APÊNDICES
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Sistemas Unitários: Análise Dimensional e Similaridades
1. Magnitude e sistemas unitários
O valor de qualquer magnitude física é expressa como o produto de dois fatores: ovalor da unidade e o número de unidades. As propriedades físicas de um sistema estãorelacionadas com uma série de leis mecânicas e físicas. Algumas magnitudes podem serconsideradas fundamentais e outras derivadas. Magnitudes fundamentais variam de um sistemapara outro.
Geralmente, tempo e comprimento são tidos como fundamentais. O sistema deunidades necessita uma terceira magnitude fundamental, que pode ser a massa ou força. Aquelessistemas que apresentam a massa como a terceira magnitude fundamental são conhecidos comosistemas de unidade absoluta, enquanto aqueles que tem a força como unidade fundamental sãochamados sistemas de unidade técnicos. Existem também sistemas unitários usados naengenharia que consideram comprimento, tempo, massa, e força como magnitudes fundamentais.
1.1. Sistemas de Unidade AbsolutoExistem três sistemas de unidade absoluto: o C.G.S. (CGS), o Giorgi (MKS), e o
inglês (FPS). De todos estes, as magnitudes fundamentais são comprimento, massa, e tempo. Asdiferentes unidades destes três sistemas são apresentados na Tabela 1. Nestes sistemas, força éuma unidade derivada das três unidades fundamentais. As unidades de força e energia sãodetalhadas na Tabela 2.
Quando as magnitudes de calor são usadas, é conveniente definir a unidade detemperatura. Para os sistemas CGS e MKS, a unidade de temperatura é definida em grauscentígrados (oC), enquanto que para o sistema Inglês é definido em graus Fahrenheit (oF).Unidades de calor são definidos independentemente do sistema de unidades.
Tabela 1.Sistema de Unidade Absoluto
Sistema c.g.s. Giorgi English
Magnitude CGS MKS FPSComprimento (L) 1 centímetro (cm) 1 metro (m) 1 pé (ft)
Massa (M) 1grama (g) 1 kilograma (kg) 1 libra (lb)Tempo (T) 1 segundo (s) 1 segundo (s) 1 segundo (s)
Tabela 2.Unidades Derivadas do Sistema Absoluto
Sistema
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c.g.s. Giorgi EnglishMagnitude (CGS) (MKS) (FPS)
Força 1 dina 1 Newton (N) 1 poundalEnergia 1 erg 1 Joule (J) 1 libras por pé
Tabela 3.Unidades Derivadas do Sistema Absoluto
SistemaMagnitude Métrico Inglês
Comprimento (L) 1 metro (m) 1 pé (ft)Força (F) 1 quilograma força (kg ou kgf) 1 libra força (lbf)
Tempo (T) 1 segundo (s) 1 segundo (s)Temperatura (θ) 1 grau centígrado (oC) 1 grau Fahrenheit (oC)
1.2 Sistemas de Unidades TécnicosEntre os mais usados sistemas técnicos estão o métrico e o Inglês. Em ambos, as
magnitudes fundamentais são comprimento, força, e tempo. Com relação à temperatura, ounidade do sistema métrico é o grau centígrado, e no sistema Inglês é o Fahrenheit. A Tabela 3mostra as unidades fundamentais dos sistemas métrico e Inglês.
1.3 Sistemas de Unidades de EngenhariaAté agora, somente sistemas que consideram apenas três magnitudes como
fundamentais foram descritos. Entretanto, em sistemas de engenharia, quatro magnitudes sãoconsideradas básicas: comprimento, tempo, massa, e força. A Tabela 4 apresenta as diferentesunidades para os sistemas de engenharia métrico e Inglês.
Tabela 4.Unidades do Sistema usado em Engenharia
SistemaMagnitude Métrico Inglês
Comprimento (L) 1 metro (m) 1 pé (ft)Massa (M) 1 quilograma (kg) 1 libra (lb)Força (F) 1 quilograma força (kp ou kgf) 1 libra força (lbf)
Tempo (T) 1 segundo (s) 1 segundo (s)Temperatura (θ) 1 grau centígrado (oC) 1 grau Fahrenheit (oC)
Quando se define massa e força como fundamentais, uma incongruência podeaparecer, visto que estas magnitudes estão relacionadas com princípios de dinâmica básica. Parase evitar esta incompatibilidade, uma correção ou fator de proporcionalidade (gc) deve serinserido. A equação deste princípio poderia ser:
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gc x Força = Massa x Aceleração
Observe que gc tem unidades de massa (aceleração/força). O valor deste fator decorreção em sistemas de engenharia é:
Sistema Métrico: gc = 9,81 (quilograma)(metros) = 9,81 kg . m (quilograma força)(segundos)2 kg . s2
Sistema Inglês: gc = 32,17 (lbmassa)(pés) = 32,17 lb . ft (lbforça) (segundos)2 lbf . s2
1.4 Sistema internacional de unidades (SI)Foi muito conveniente se unificar o uso dos sistemas de unidades quando os países
Anglo-Saxãos incorporaram o sistema métrico decimal. Com este propósito, o MKS foi adotadocomo o sistema internacional e denominado como SI. Embora a obrigatoriedade do sistema sejareconhecida, outros sistemas ainda são utilizados, entretanto, atualmente muitos jornais deengenharia e livros são editados somente em SI, tornando este sistema o mais recomendável. ATabela 5 Apresenta as unidades fundamentais deste sistema com algumas unidadessuplementares e derivadas.
Tabela 5.Magnitude Unidade Abreviação Dimensão
Comprimento metro m LMassa quilograma kg MTempo segundo s TForça Newton N MLT2
Energia Joule J ML2T-2
Potência Watt W ML2T-3
Pressão Pascal Pa ML-1T-2
Freqüência Hertz Hz T-1
Às vezes a magnitude de uma determinada unidade é tão grande para se indicar osmúltiplos e submúltiplos das unidades fundamentais. Geralmente é aconselhável usar estesmúltiplos e submúltiplos na potência de 103. A seguir (Tabela 6) está a lista dos múltiplos esubmúltiplos mais freqüentemente utilizados, assim como seu respectivo nome e símbolo.
Tabela 6.Prefixo Fator de multiplicação Símbolo SI
tera 1012 Tgiga 109 Gmega 106 Mquilo 103 khecto 102 hdeca 101 dadeci 10-1 dcenti 10-2 c
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mili 10-3 mmicro 10-6 µnano 10-9 npico 10-12 p
femto 10-15 fatto 10-18 a
É interessante que, em muitos problemas, a concentração é expressa por unidadesmolares. A unidade molar freqüentemente utilizada é o mole, definida como a quantidade desubstância na qual a massa em gramas é numericamente igual ao seu peso molecular.
1.5 Unidades TérmicasCalor é uma forma de energia; deste modo, a dimensão de ambos é ML2T-2.
Entretanto, em alguns sistemas a temperatura é tida como uma dimensão. Nestes casos, a energiado calor pode ser expressa como proporcional ao produto da massa com a temperatura. Aconstante de proporcionalidade é o calor específico, que depende do material e varia de um paraoutro. A quantidade de calor é definida como uma função do material, com água como umareferência e o calor específico é a unidade.
Calor = Massa x Calor específico x Temperatura
A unidade de calor específico depende do sistema de unidades a ser adotado. Assim:
Sistema Métrico:Caloria: calor necessário para aumentar a temperatura de um grama de água
de 14,5 a 15,5oCSistema Inglês:
Btu (British thermal unit): quantidade de calor necessária para se elevar atemperatura de uma libra de água um grau Fahrenheit ( de 60 para 61oF)
Chu (Centigrade heat unit or pound calorie): quantidade de calor necessáriapara se elevar a temperatura de uma libra de água um grau centígrado
Sistema InternacionalCaloria: visto que calor é uma forma de energia, sua unidade é o Joule. A
caloria pode ser definida como uma função do Joule: 1 caloria = 4,185Joules
Visto que calor e trabalho são duas formas de energia, é necessário definir um fatorque as relaciona. Por esta razão, o equivalente mecânico de calor (Q) é definido como:
Q x energia de calor = Energia Mecânica
Assim:
Q = Energia Mecânica = MLT-2L = L2T-2 θ -1
Energia de calor Mθ
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1.6 Conversão de UnidadesA conversão de unidades de um sistema para outro é feita facilmente se as
quantidades são expressas como uma função das unidades fundamentais de massa, comprimento,tempo e temperatura. A conversão de fatores são usados para converter diferentes unidades. Ofator de conversão é o número de unidades de um certo sistema contido em uma unidade demagnitude correspondente em outro sistema. Os fatores de conversão mais comuns para asdiferentes magnitudes são apresentados na Tabela 7.
Ao se converter unidades, é necessário distinguir os casos nos quais somente osvalores numéricos são convertidos daqueles em que a fórmula pode ser convertida. Quando énecessário converter valores numéricos de uma unidade para outra, as equivalências entre elas, ofator de conversão é usado diretamente.
Tabela 7. Fatores de conversão
Massa:1 lb 0,1536 kg
(1/32,2) slugComprimento:
1 polegada 2,54 cm1 pé 0,3048 m
1 milha 1609 mSuperfície:
1 polegada quadrada 645,2 mm2
1 pé quadrado 0,09290 m2
Volume e Capacidade:1 pé cúbico 0,02832 m3
1 galão (imperial) 4,546 l1 galão (EUA) 3,786 l
1 barril 159,241 lTempo:
1 min 60 s1 h 3600 s
1 dia 86.400 sDiferença detemperatura:
1oC = 1K 1,8 oFForça:
1 poundal (pdl) 0,138 N1 lbf 4,44 N
4,44 x 105 dina32,2 pdl
1 dina 10-5 NPressão:
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1 atmosfera técnica (at) 1kgf / cm2
14,22 psi1 bar 100 kPa
1 mmHg (tor) 133 Pa13,59kgf / cm2
1 psi (lb/in2) 703 kgf / m2
Energia, calor epotência:
1 kilocaloria (kcal) 4.185 J426,7 kgfm
1 erg 10-7 J1 Btu 1055 J1 Chu 0,454 kcal
1,8 Btu1 cavalo vapor (CV) 0,736 kW
75 kgm / s1 cavalo vapor (HP) 0,746 kW
33.000 ft lb / min76,04kgm / s
1 quilowatt (kW) 1000 J / s1,359 CV
1 quilowatt hora (kW.h) 3,6 x 106 J860kcal
1 atm. litro 0,0242 kcal10,333 kgm
Viscosidade:1 poise (P) 0,1 Pa . s
1 libra/(ft.h) 0,414m Pa . s1 stoke (St) 10-4 m2 / s
Vazão:1 lb/h 0,126 g / s1ton/h 0,282 kg / s
1 lb/ (ft2.h) 1,356 g / s . m2
Magnitudes térmicas:1 Btu / (h.ft2) 3,155 W / m2
1 Btu / (h.ft2 oF) 5,678 W / (m2K)
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1 Btu / lb 2,326 kJ / kg1 Btu / (lb.oF) 4,187kJ / (kg . K)
1 Btu / (h.ft. oF) 1,731 W / (m.K)
Nos casos de conversão de unidades de uma fórmula, a constante que aparece nafórmula geralmente tem dimensões. Para aplicar a fórmula nas diferentes unidades daquelas queforam dadas, somente a constante das fórmulas deverão ser convertidas. Nos casos em que aconstante é adimensional, a fórmula pode ser diretamente aplicada usando qualquer sistema deunidades.