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FINANÇAS ESTRUTURADAS 2017 ANUÁRIO UQBAR uqbar publicações

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Caro leitor,

Terminamos há pouco um ano teste para a sociedade brasileira.

Tal teste ainda se encontra distante de encerrado e superado, mas, a

propósito do mesmo, a comunidade de finanças estruturadas avança

na frente.

Enquanto ocorreu forte contração do crédito bancário em 2016,

fruto de conjunção local inóspita de uma economia em intensa recessão,

com direito a todos os males acompanhantes, e de inflação e juros reais

elevados, o universo de securitização se expandiu. E agora, a partir de

um movimento inicial de distensão na política monetária no início de

2017, a intermediação financeira não bancária, centrada no universo

de securitização, se apresenta como forma eficiente e disseminada

para contribuir para a solvência de empresas e de indivíduos com

capacidade de recuperação financeira.

As operações estruturadas através de Fundos de Investimento

em Direitos Creditórios (FIDC) –o principal veículo de securitização

no mercado de capitais brasileiro– se provaram capazes, através

de seu segmento Não Padronizado (NP), de liquefazer montante

crescente de direitos creditórios decorrentes de situação de estresse

econômico-financeiro. Além disso, um amplo universo de pequenas e

médias empresas se manteve líquido, operacional, e até lucrativo, com

a fundamental contribuição da antecipação de recursos viabilizada

através das operações de FIDC.

Mais recentemente, a onipresença do FIDC no funcionamento

da economia brasileira se constatou em nova função. Empresas

credenciadoras de transações de cartão de crédito estruturaram

operações de grande monta deste veículo, nas quais o lastro é composto

por direitos creditórios oriundos da antecipação de receita da fatura

dos cartões de crédito para lojistas. Ainda no âmbito do alcance do

mercado de FIDC, em um momento em que o quadro fiscal dos entes

públicos no país se encontra em dramática deterioração, faz-se evidente

o papel deste veículo como o mais apropriado para viabilizar a geração

de liquidez para estes entes, através de operações de securitização de

dívida ativa e de outros tipos de créditos. Em relação à securitização

de dívida ativa através de FIDC, em função das características do

desenvolvimento local, requer-se ainda nova legislação, a qual esteve

na iminência de ser criada em 2016 e acabou sendo protelada.

No setor do agronegócio, as operações de Certificados de

Recebíveis do Agronegócio (CRA), o título de securitização do setor,

despontaram como o maior destaque do mercado de capitais em 2016.

Em forte ritmo de crescimento, o segmento de CRA vem sendo acessado

por um maior número de empresas de grande porte pertencentes

à cadeia do agronegócio. Com a aguardada edição de nova norma

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para este segmento pela Comissão de Valores Mobiliários, espera-se

a continuação de sua expansão e o aumento de sua participação no

financiamento do crédito rural.

Em um ambiente de taxas de juros declinantes, conforme se projeta

para o ano de 2017, será inevitável a migração de investimentos para os

rentáveis mercados de securitização. Na alocação de investimentos em

carteiras, os títulos de securitização se tornam opções imprescindíveis

na busca de otimização de retorno ajustado ao risco. Neste sentido,

com o retorno paulatino do crescimento econômico, voltarão a figurar

como alternativa robusta de investimento os Certificados de Recebíveis

Imobiliários (CRI), principal título de securitização imobiliária. O

mercado de CRI, que ainda clama por avanços regulatórios no que diz

respeito às exigências informacionais, é um segmento com histórico

moderadamente longo e que conta com respaldo jurídico de relativo

avanço, que mitiga os seus riscos e aumenta o valor percebido do lastro

de suas operações.

Assim, centrado nos mercados de FIDC, CRI e CRA, este Anuário

Uqbar Finanças Estruturadas, em sua versão 2017, destrincha a

evolução e os desdobramentos nos mercados de securitização no último

ano. Como de praxe, após uma ampla Introdução, esta publicação

segue com os três capítulos dedicados, respectivamente, ao mercado

de títulos gerais, com destaque para as cotas de FIDC, ao mercado de

títulos imobiliários, com destaque para os CRI, e ao mercado de títulos

do agronegócio, com destaque para os CRA.

Na sequência, o tradicional capítulo de Rankings traz as

classificações das operações e dos participantes de mercado

precedidas por uma análise das principais movimentações ocorridas

no ano. Concluindo, o Anuário apresenta o capítulo Regulamentação e

Legislação, escrito pelo escritório Cantidiano Advogados, que destaca

os principais eventos referentes ao marco regulatório dos mercados de

securitização durante o ano de 2016.

A Uqbar reforça aqui sua visão de um futuro construtivo para o

mercado de finanças estruturadas no Brasil, mesmo perante nossos

desafios e deficiências contemporâneas na arena política. O Anuário

Uqbar Finanças Estruturadas está prestes a alcançar uma década de

edições anuais. Em cada um deles buscamos a excelência em qualidade

de informações e análise, em linha com nossos objetivos institucionais

de aumento de transparência de mercado e de propagação de

conhecimento.

Desejamos a todos uma boa leitura!

Equipe Uqbar

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PATROCÍNIO PREMIUM

A RB CAPITAL oferece soluções de crédito estruturado e gestão de recursos no mercado de capitais brasileiro. Por meio de operações de securitização já emitiu R$ 23,3 bilhões e conta, atualmente, com mais de R$ 18 bilhões sob gestão fiduciária. Na atividade de gestão de fundos, a RB Capital possui aproximadamente R$ 3,0 bilhões. A partir de 2016, a RB CAPITAL passou a integrar o Grupo ORIX, um conglomerado internacional com mais de US$ 300 bilhões em ativos sob gestão.www.rbcapital.com

O SOUZA, CESCON, BARRIEU & FLESCH é um dos principais escritórios de advocacia do Brasil. Seus advogados se destacam pelo comprometimento com a defesa dos interesses dos clientes e pela atuação em operações altamente sofisticadas e muitas vezes inéditas no mercado. Seu objetivo é ser sempre a primeira opção de seus clientes para suas questões jurídicas mais complexas e assuntos mais estratégicos. www.souzacescon.com.br

A SOCOPA é uma das mais renomadas e experientes Corretoras da Bolsa e uma das principais administradoras de FIDCs do mercado, mantendo-se em primeiro lugar em números de operações no ranking da Uqbar. Subsidiária do BANCO PAULISTA, vem desenvolvendo desde sua fundação (1967) uma sólida reputação no Mercado Financeiro.www.socopa.com.br

Ocupando posição de destaque na prestação de serviços para o Mercado de Capitais, há mais de 25 anos possui equipe dedicada em serviços personalizados e focados no atendimento ao cliente e na agilidade e eficiência necessárias à estruturação e desenvolvimento de estruturas de securitização.www.oliveiratrust.com.br

Exceder a expectativas de nossos clientes, sendo o curador de informações confiáveis, com base em alta tecnologia para que as pessoas e as instituições possam se sentir seguras ao investir em suas escolhas, aproveitar as oportunidades e realizar as suas mais altas aspirações. Essa é a missão da VÓRTX.www.vortxbr.com

CANTIDIANO ADVOGADOS foi fundado por profissionais reconhecidos pela vasta experiência no mercado de capitais e o objetivo comum de oferecer serviços personalizados, de alta qualidade, com eficiência e pioneirismo. Se destaca pela capacidade técnica e inovadora para lidar com as mais diversas demandas, inclusive envolvendo questões tributárias e resolução de conflitos, buscando sempre garantir a melhor relação custo/benefício para o cliente.www.cantidiano.com.br

A ECOAGRO é a maior Securitizadora do agronegócio com participação de 40% do total de emissões de CRA ocorridas em 2016. Atua como elo entre a cadeia produtiva do agronegócio e o mercado de capitais, estruturando operações financeiras adequadas tanto às necessidades de rentabilidade e segurança de investidores, quanto à demanda de recursos para produtores e empresas. Pelo segundo ano consecutivo, é líder em volume e em número de emissões de CRAs.www.ecoagro.agr.br

Fundado em 1999, o FINAXIS é um grupo brasileiro especializado na prestação de serviços em Mercado de Capitais, com foco na estruturação, administração fiduciária, gestão, custódia e distribuição de cotas de Fundos Estruturados – FIDCs, FIPs e Fundos Imobiliários. Sua principal missão é garantir a satisfação dos clientes.www.finaxis.com.br

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INTRODUÇÃO 11

TÍTULOS GERAIS 33

Introdução 35Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) 47Termos e Condições 49Emissões 51Composição do Mercado 52Registros 56Desempenho 57Spreads 58Investidores 58Mercado Secundário 59Cedentes 59Classificação de Risco 60Cédulas de Crédito Bancário (CCB) 61Termos e Condições 62Registros 63Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB) 64Termos e Condições 65Registros 65Debêntures de Dívida Ativa 67

TÍTULOS IMOBILIÁRIOS 72

Introdução 74Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 84Termos e Condições 86Emissões 86Emissores 88Registros 88Spreads 90Investidores 91Mercado Secundário 92Cedentes 93Classificação de Risco 94Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 95Termos e Condições 96Registros 96

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TÍTULOS DO AGRONEGÓCIO 98 Introdução 100Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) 108Termos e Condições 110Emissões 111Emissores 113Registros 114Investidores 116Mercado Secundário 117Cédulas de Produto Rural (CPR) 118Termos e Condições 119Registros 120Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) 121Termos e Condições 122Registros 123

RANKINGS DE 2016 125Introdução 127Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) 148Emissões 150Emissores 150 Terceiros 151

Administradores 151Advogados 153Agências de Classificação de Risco 154Auditores 155Custodiantes 157Estruturadores 159Gestores 160Líderes de Distribuição 162

Securitizadoras Imobiliárias 164Emissões 166Emissores 168Terceiros 172

Advogados 172Agências de Classificação de Risco 173Agentes Fiduciários 174Auditores 176Líderes de Distribuição 177

Securitizadoras do Agronegócio 179Emissões 180Emissores 181Terceiros 183

Advogados 183Agências de Classificação de Risco 184Agentes Fiduciários 184Líderes de Distribuição 185

LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO 187Por Luiz Leonardo Cantidiano e Julia Damazio Francodo Escritório Cantidiano Advogados

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DICE ÍNDICE DE FIGURAS

Os dados das figuras desta publicação têm como data base 30 de dezembro de 2016. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis e o Portal TLON.

FIG. 1 PIB, Desemprego, Inflação e Juros 15

FIG. 2 Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres e Direcionados (R$ bilhões) 18

FIG. 3 Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres e Direcionados em Relação ao PIB (%) 20

FIG. 4 Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Físicas e Jurídicas em Relação ao PIB (%) 21

FIG. 5 Composição do Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Físicas (em dez/16) 23

FIG. 6 Composição do Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Jurídicas (em dez/16) 24

FIG. 7 Patrimônio Liquido dos FIDC (em R$ milhões)* 26

FIG. 8 Saldo de Estoque de CRI na CETIP (em R$ milhões) 29

FIG. 9 Saldo de Estoque de CRA na CETIP (em R$ milhões) 31

FIG. 10 Emissões de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões)* 51

FIG. 11 Captação Líquida de Cotas de FIDC em 2016 – Montante (em R$ milhões)* 51

FIG. 12 Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro – 2015 e 2016 (% do Montante Emitido)* 53

FIG. 13 Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo-lastro (em R$ milhões)* 53

FIG. 14 Composição do Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo-lastro – 2015 e 2016 (%)* 54

FIG. 15 Patrimônio Líquido e Número de FIDC Multicedente / Multisacado 54

FIG. 16 Participação de FIDC Multicedente / Multisacado em Relação ao Total da Indústria (%) 55

FIG. 17 Patrimônio Líquido e do Número de FIDC Não Padronizado* 55

FIG. 18 Participação de FIDC NP em Relação ao Total da Indústria (%)* 55

FIG. 19 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC 56

FIG. 20 Número de FIDC Registrados na CVM por Ano 56

FIG. 21 Atrasos (+30 dias)/PL por Ativo-lastro em 2016 (%) 57

FIG. 22 Recompras/PL por Ativo-lastro em 2016 (%) 57

FIG. 23 Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2016 por Classe de Investidor (% de Montante) 58

FIG. 24 Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP – Montante (em R$ milhões) 59

FIG. 25 Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2016 59

FIG. 26 Depósitos de CCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 63

FIG. 27 Negociações de CCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 63

FIG. 28 Depósitos de CCCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 66

FIG. 29 Estoque de CCCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 66

FIG. 30 Negociações de CCCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 66

FIG. 31 Arrecadação da Dívida Ativa da União – Evolução Histórica 69

FIG. 32 Arrecadação da Dívida Ativa dos Estados e DF – 10 Maiores de 2015 (em R$ milhões) 70

FIG. 33 Percentual de Arrecadação em Relação ao Estoque da Dívida Ativa dos Estados e DF – 10 Maiores de 2015 (%) 70

FIG. 34 Emissões de Securitização de Dívida Ativa – Evolução Histórica (em R$ milhões) 71

FIG. 35 Emissões de CRI por Ativo-lastro – Montante (em R$ milhões) 86

FIG. 36 Emissões de CRI por Tipo de Operação (em R$ milhões) 87

FIG. 37 Emissões de CRI por Faixa Final de Prazo (% de Montante Emitido) 87

FIG. 38 Emissões de CRI por Indexador (% de Montante Emitido) 88

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DICE FIG. 39 Emissões de CRI de 2016 por Securitizadora Imobiliária (% de Montante) 88

FIG. 40 Ofertas Públicas de CRI 89

FIG. 41 Emissões de CRI por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) 89

FIG. 42 Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM 90

FIG. 43 Estoque de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 90

FIG. 44 Spreads Médios por Indexador (% a.a.) 91

FIG. 45 Composição do Montante Emitido de CRI em 2016 por Classe de Investidor (% de Montante) 91

FIG. 46 Patrimônio Líquido e Número dos FII que Investem Preponderantemente em CRI em Dez-16 92

FIG. 47 Negócios de CRI na BM&FBOVESPA e CETIP – Montante (em R$ milhões) 92

FIG. 48 Número de Cedentes de CRI Pessoa Física por Atividade Econômica – Ano 2016 93

FIG. 49 Número de Cedentes de CRI Pessoa Jurídica por Atividade Econômica – Ano 2016 93

FIG. 50 Depósitos de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 96

FIG. 51 Estoque de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 96

FIG. 52 Negociações de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 97

FIG. 53 Emissões de CRA por Tipo de Lastro – Montante (em R$ milhões) 111

FIG. 54 Composição das Emissões de CRA em 2016 por Tipo de Segmento (% do Montante Emitido) 112

FIG. 55 Emissões de CRA por Faixa Final de Prazo (% de Montante Emitido) 112

FIG. 56 Emissões de CRA por Indexador (% de Montante Emitido) 113

FIG. 57 Emissões de CRA de 2016 por Securitizadora do Agronegócio – Montante (em R$ milhões) 113

FIG. 58 Ofertas Públicas de CRA 114

FIG. 59 Emissões de CRA por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) 114

FIG. 60 Número de Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM 115

FIG. 61 Depósitos de CRA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 115

FIG. 62 Estoque de CRA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 116

FIG. 63 Composição do Montante Emitido de CRA em 2016 por Classe de Investidor (% de Montante) 116

FIG. 64 Negociações de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 117

FIG. 65 Negociações de CPR Financeira na CETIP – Montante (em R$ milhões) 120

FIG. 66 Negócios de CPR Financeira na CETIP em 2016 por Produto ( % de Montante) 120

FIG. 67 Depósitos de CDCA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 123

FIG. 68 Estoque de CDCA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 123

FIG. 69 Negociações de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 124

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DICE ÍNDICE DE TABELAS

Os dados das tabelas desta publicação têm como data base 30 de

dezembro de 2016. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias

sobre este mercado, utilize o Orbis e o Portal TLON.

TAB. 1 Definições das Classes de Ativo-lastro de FIDC 52TAB. 2 Spreads por Classificação de Risco 58TAB. 3 Quantidade de Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC – 2015 e 2016 60TAB. 4 Quantidade de Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC – 2015 e 2016 60TAB. 5 Emissões de Securitização de Dívida Ativa 71TAB. 6 Definições das Classes de Ativo-lastro de CRI 71TAB. 7 Negociações de CRI na CETIP por Faixa de Prazo Após a Emissão – 2015 e 2016 93TAB. 8 Quantidade de Elevações de Classificação de Risco de CRI – 2015 e 2016 94TAB. 9 Quantidade de Rebaixamentos de Classificação de Risco de CRI – 2015 e 2016 94TAB. 10 Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2016 150TAB. 11 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2016 150TAB. 12 Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado 151TAB. 13 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2016 151TAB. 14 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2016 152TAB. 15 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 152TAB. 16 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 153TAB. 17 Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2016 153TAB. 18 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2016 154TAB. 19 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2016 154TAB. 20 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2016 155TAB. 21 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2016 155TAB. 22 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2016 156TAB. 23 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 156TAB. 24 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 157TAB. 25 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2016 157TAB. 26 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2016 158TAB. 27 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado 158TAB. 28 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado 159TAB. 29 Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2016 159TAB. 30 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2016 160TAB. 31 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2016 160TAB. 32 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2016 161TAB. 33 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 161TAB. 34 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 162TAB. 35 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2016 162TAB. 36 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2016 163TAB. 37 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2016 166TAB. 38 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido – Consolidado 166

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DICE TAB. 39 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado) 167

TAB. 40 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido – Consolidado (Operações de Mercado) 167TAB. 41 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2016 168TAB. 42 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2016 168TAB. 43 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado) 169TAB. 44 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2016 (Operações de Mercado) 169TAB. 45 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 170TAB. 46 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 170TAB. 47 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI (Operações de Mercado) 171TAB. 48 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer (Operações de Mercado) 171TAB. 49 Ranking de Advogados de Operações de CRI por Montante Emitido em 2016 172TAB. 50 Ranking de Advogados de Operações de CRI por Número de Operações em 2016 172TAB. 51 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2016 173TAB. 52 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado em 2016 173TAB. 53 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2016 174TAB. 54 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2016 174TAB. 55 Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI 175TAB. 56 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer 175TAB. 57 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 176TAB. 58 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 176TAB. 59 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2016 177TAB. 60 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Títulos em 2016 177TAB. 61 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado) 178TAB. 62 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Títulos em 2016 (Operações de Mercado) 178TAB. 63 Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido em 2016 180TAB. 64 Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido – Consolidado 180TAB. 65 Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido em 2016 181TAB. 66 Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações em 2016 181TAB. 67 Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado 182TAB. 68 Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado 182TAB. 69 Ranking de Advogados de Operações de CRA por Montante Emitido em 2016 183TAB. 70 Ranking de Advogados de Operações de CRA por Número de Operações em 2016 183TAB. 71 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRA Classificado em 2016 184TAB. 72 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRA Classificado em 2016 184TAB. 73 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRA em 2016 184TAB. 74 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRA em 2016 185TAB. 75 Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Montante Emitido em 2016 185TAB. 76 Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Número de Títulos em 2016 186

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INTRODUÇÃO

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Introdução O mercado de crédito bancário sofreu uma retração em 2016.

Pela primeira vez, em pelo menos dez anos, o valor consolidado nominal

de crédito bancário se reduziu na comparação com o ano anterior,

significando profunda redução em termos reais. Consequentemente,

mesmo em relação a um Produto Interno Bruto (PIB) que se contraiu

em termos reais, 3,6% no ano, a proporção referente ao montante

consolidado de crédito bancário se reduziu, resultado também inédito

na última década.

Por outro lado, os montantes consolidados em estoque de cotas

de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), Certificados

de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do

Agronegócio (CRA) cresceram todos em 2016. Estes são os títulos

de securitização do mercado de capitais brasileiro e, como tais, são

lastreados em créditos ou direitos creditórios. Assim, enquanto o

universo de crédito bancário encolheu, o universo de créditos e direitos

creditórios que lastreiam as emissões de títulos de securitização se

expandiu. Tal divergência de tendências se fundamentou na capacidade

do mercado de securitização de atender de forma mais diversificada

e customizada as demandas dos mercados tomador e investidor de

recursos em uma economia em forte recessão.

A retração do mercado de crédito bancário em 2016 acompanhou

o desempenho das variáveis econômicas fundamentais determinantes

do volume de crédito, com destaque para os lucros e rendas minguantes

e as dívidas e inadimplência ascendentes. Enquanto o PIB despencou

pelo segundo ano consecutivo, a taxa de desemprego subiu mais três

pontos percentuais.

Em relação às variáveis monetárias, determinantes do preço do

crédito contratado e, assim, também determinantes do seu volume,

houve algum alento, mas somente a partir dos momentos finais do ano

de 2016. A curva de juros da economia iniciou o ano muito elevada,

para então começar um movimento de inversão que fez com que seus

pontos de médio e de longo prazo viessem a ceder consideravelmente

na segunda metade do ano. Ao final de 2016, por conta das primeiras

reduções, depois de longa data, da meta da taxa Selic pelo Banco

Central do Brasil (BCB), os juros de curto prazo também começaram

a abaixar, antes deste movimento de diminuição na ponta de curto

prazo da curva se intensificar a partir do começo de 2017. Também

a taxa de inflação, com o avanço do segundo semestre de 2016,

mostrou tendência relevante de queda, sinalizando a possibilidade

do ressurgimento das condições necessárias para uma retomada do

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crescimento na economia, condições estas que envolvem a própria

retomada do crescimento do crédito.

Ou seja, 2016 parece ter representado, antes do seu final, a

passagem por um fundo, profundo, de um poço. Tendo a trajetória

mais recente das determinantes variáveis monetárias apontado para

um cenário mais construtivo, este fundo vai ficando para trás. Mas o

mercado de crédito em si somente recuperará vigor a partir de uma

melhora da economia real, sustentada por um aumento de investimentos,

de emprego e de consumo.

Quando se estuda de forma aprofundada a securitização,

compreende-se o seu vital papel complementar na intermediação

financeira. Pois são exatamente as operações de securitização que

podem, potencialmente, preencher o espaço dos universos de tomadores

e investidores de recursos não atendido pela indústria bancária, sendo

que, quanto maior for o nível de concentração desta indústria, maior será

este espaço. E quando se deterioram as condições macroeconômicas

que ditam o ambiente financeiro, como se constatou no Brasil em 2016,

mais ainda desamparados pelos bancos se descobrirão os tomadores

de recursos. Eis aí parte do racional que explica a continuação recente

da expansão relativa do mercado de securitização em meio a uma

contração do mercado de crédito bancário.

Além de permitir a circulação do crédito, as operações de

securitização oferecem a possibilidade da ligação direta, eficiente e

sob medida entre o investidor e o tomador de recursos. Através de seus

mecanismos de remodelagem de fluxo de caixa e de construção de

reforços de crédito estruturais, além de outros ferramentais essenciais,

as operações de securitização viabilizam a um só tempo investimentos

e financiamentos de variados montantes e perfis quanto ao risco de

crédito, satisfazendo parte relevante do universo de investidores e

tomadores de forma superior ao factível na intermediação bancária.

Assim, com seu funcionamento onipresente e bem regulado em uma

economia, a securitização agrega substancial valor para os conjuntos

de seus participantes em cada extremo do eixo de intermediação

financeira, que são os universos pulverizados de todas as pessoas

físicas e jurídicas investidoras e captadoras de recursos.

Como tem sido feito em edições mais recentes deste Anuário,

esta Introdução se propõe a desenvolver uma leitura do desempenho

histórico e recente do crédito bancário e contrapô-lo ao desempenho em

período equivalente dos mercados de securitização, de forma a tentar

dimensionar a evolução da contribuição destes últimos na atividade de

intermediação financeira no Brasil. Os mercados de securitização são

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representados pelos mercados de FIDC, CRI e CRA. Cada um destes

três mercados, além de considerado no contexto da discussão desta

Introdução, constitui também o principal tema discutido e ilustrado nos

capítulos 1, 2 e 3, respectivamente, desta publicação, os quais são

dedicados aos títulos gerais (não vinculados a um segmento específico

da economia), títulos imobiliários e títulos do agronegócio, nesta ordem.

Agrupando-se as trajetórias recentes de quatro variáveis

macroeconômicas determinantes para o mercado de crédito em um só

quadro, a figura 1 traz a evolução nos últimos dois anos do desempenho

do PIB, em termos de crescimento anual em base trimestral; do

desemprego, em termos da taxa PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra

de Domicílios) de desocupação em base mensal; da inflação, em termos

do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em base mensal; e

da taxa de juros nominais de um dia, em termos da taxa Selic em base

diária.

A forte recessão econômica no Brasil no biênio 2015–2016,

associada à contração do volume de crédito bancário, é fenômeno

patente na leitura do desempenho das variáveis no gráfico acima. Por

outro lado, virando-se para o futuro próximo, o crescimento anual do

PIB, apesar de vir ainda de um patamar deprimido ao final de 2016, é

esperado emergir de território negativo em algum momento do segundo

semestre de 2017. Já o nível de desemprego, sempre crescente ao longo

dos últimos dois anos, não deve reverter de forma clara tal tendência

Fonte: Banco Central / IBGE

PIB, Desemprego, Inflação e Juros FIG. 1

Variação PIB – Taxa Acum. em 4 Trimestres Taxa de Desocupação (%)IPCA - 12 meses (%) Meta Selic (% a.a.)

4

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15

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Jan-

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16

Mar

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Abr-

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Mai

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Jun-

16

Jul-1

6Ag

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Set-1

6

Out

-16

Nov

-16

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-0,8%

-1,4% -2,4%

-3,8%-4,7% -4,8% -4,4% -3,6%

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ainda em 2017, em função da dinâmica e características do ajuste

macroeconômico corrente que visa a retomada de crescimento.

Já o desempenho recente das variáveis de natureza monetária

–inflação e juros– justificam expectativas construtivas em prazo mais

curto, inclusive com registro de tendência positiva alcançado ainda

em 2016. A inflação de doze meses caiu ao longo de todo o ano

em 2016, fechando o período abaixo do teto da meta atual alvejada

pelo BCB, de 6,5%. Os juros, por sua vez, necessitavam esperar

a consolidação da tendência de queda inflacionária. Assim, foram

reduzidos marginalmente no último trimestre do ano. Porém, a reboque

da continuação de números inflacionários decrescentes e de uma

economia que permanece bastante enfraquecida no início de 2017, tal

ritmo de redução já está sendo acelerado no primeiro trimestre do ano

corrente.

Posto o comportamento das variáveis macroeconômicas centrais,

determinantes do volume de crédito, a seguir é desenvolvida uma análise

voltada para a leitura da evolução e quadro atual do crédito concedido

por instituições financeiras. Como já mencionado anteriormente e como

se verá em mais detalhes na parte seguinte desta análise, em relação

ao período mais recente, de estresse econômico, enquanto o mercado

de crédito bancário se contraiu, o mercado de securitização, como um

todo, se expandiu, demonstrando maior capacidade de adaptação.

Crédito Direcionado x Crédito LivreO BCB segmenta o crédito concedido por instituições financeiras

entre crédito com recursos livres (crédito livre) e crédito com recursos

direcionados (crédito direcionado). Créditos com recursos livres

correspondem aos contratos de financiamentos e empréstimos com

taxas de juros livremente pactuadas entre as instituições financeiras e

mutuários, referidas como taxas de mercado. Mas, além disto, créditos

com recursos livres devem corresponder às operações livres, aquelas

em que as instituições financeiras têm autonomia sobre a destinação

dos recursos captados no mercado. Assim, financiamentos rurais e

imobiliários, mesmo com taxas de mercado, não são considerados

créditos com recursos livres.

Já os créditos com recursos direcionados correspondem às

operações de crédito regulamentadas pelo Conselho Monetário

Nacional (CMN) ou vinculadas a recursos orçamentários, destinadas,

basicamente, à produção e ao investimento de médio e longo prazo

nos setores imobiliário, habitacional, rural e de infraestrutura. Aqui se

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incluem financiamentos rurais e imobiliários com taxas de mercado.

Fontes de recursos são oriundas, em grande parte, de parcelas das

captações de depósito à vista e de caderneta de poupança, além de

fundos e programas públicos. Parte relevante do crédito direcionado

é concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES).

Boa parcela do crédito direcionado, pelo lado da captação dos

recursos que terão o direcionamento, penaliza o pequeno poupador e

o contribuinte (seus investidores indiretos) que subsidiam este crédito

direcionado mais barato. Por outro lado, sendo mais barato, o crédito

direcionado beneficia seus tomadores. São créditos regulamentados

que devem atender parâmetros específicos em relação ao seu formato

e ao seu tomador, além do seu direcionamento.

Conforme dados fornecidos pelo BCB, o saldo consolidado de

crédito pertencente ao conjunto das instituições financeiras (devido

pelo setor não-financeiro) cresceu nominalmente de R$762,35 bilhões,

em março de 2007, para R$3,11 trilhões, em dezembro de 2016. O

saldo cresceu em ritmo ligeiramente declinante até dezembro de

2015, quando atingiu R$3,22 trilhões, seu ápice no registro histórico.

No último ano este indicador se reduziu marginalmente, mesmo em

termos nominais, para R$3,11 trilhões.

Quando se segmenta o saldo de crédito, entre aquele concedido

com recursos livres e aquele concedido com recursos direcionados,

constata-se que, na evolução de cada um dos dois montantes

consolidados componentes, a taxa de crescimento instantânea do

segundo permaneceu –desde o final de 2008 até o final de 2015–

bem mais elevada do que aquela referente ao primeiro. No último ano

ambos cederam marginalmente, mas o saldo de crédito com recursos

direcionados caiu menos. Ou seja, o efeito acumulado durante todo o

período avaliado foi uma substancial transformação da composição do

saldo de crédito. O montante consolidado de crédito direcionado, que

correspondia a menos do que a metade do montante consolidado de

crédito com recursos livres até maio de 2009, virtualmente emparelhou

com este último no final do ano passado, tendo cada qual atingido

aproximadamente o valor de R$1,55 trilhão.

A figura 2 exibe a evolução histórica –de março de 2007 até

dezembro de 2016– do saldo da carteira de crédito das instituições

financeiras, segmentado entre as categorias de crédito com recursos

livres e de créditos com recursos direcionados.

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A transformação da composição do crédito total, resultando

atualmente em dimensões equivalentes para os montantes de crédito

com recursos livres e de créditos com recursos direcionados, decorreu

de uma atuação do governo na economia que vinha se caracterizando,

até o começo de 2016, como crescentemente interventora. Esta

inclinação se operacionalizou em grande medida através da atuação

de instituições financeiras públicas, com destaque para o BNDES, a

Caixa Econômica Federal (Caixa) e o Banco do Brasil, cada qual em

segmento econômico distinto. O BNDES, com capital injetado da União,

ampliou maciçamente seu balanço, emprestando grandes volumes

para o setor corporativo, favorecendo setores e empresas específicas

com financiamentos a taxas bem menores que as de mercado. A

Caixa, usufruindo de sua vasta captação capilarizada da caderneta

de poupança, focou no setor imobiliário, concedendo montantes

crescentes de empréstimos a taxas subsidiadas e atuando em conjunto

com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), operado pela

própria Caixa. Já o Banco do Brasil, além de algumas incursões em

outros segmentos, como o próprio imobiliário, continuou a exercer seu

papel histórico de operador protagonista das linhas de crédito rural

subsidiado do governo.

O aumento relativo e acelerado do montante de crédito com

recursos direcionados, até o início da fase mais aguda de recessão

econômica, acabou por inviabilizar a sustentabilidade do crescimento

do crédito com recursos livres. Em uma primeira ordem, o aumento

do crédito direcionado distorce o mercado de crédito com recursos

livres porque tomadores de recursos que estão restritos ao crédito

livre têm seus custos relativamente aumentados pelas instituições

financeiras, que sempre atuarão visando maximizar a rentabilidade

Fonte: Banco Central do Brasil

Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres e Direcionados (em R$ bilhões) FIG. 2

Recursos Livres Recursos Direcionados

0

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3.500

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de seus balanços. Em uma segunda ordem, a proteção de segmentos

maiores da economia beneficiados pelo crédito direcionado diminui a

efetividade da política monetária, que necessita, então, ser amplificada

para atingir seus objetivos, penalizando o crédito com recursos livres.

Por fim, o inchamento dos balanços de instituições financeiras públicas

–que concedem o crédito direcionado subsidiado e, muitas vezes, mal

alocado e gerador de diversas ineficiências– provoca a deterioração

fiscal do governo, também ocasionando juros mais elevados, aumento

de tributos, e cortes nos gastos, consequências desastrosas para o

mercado de crédito com recursos livres.

A partir de 2015, e mais intensamente em 2016, o próprio crédito

direcionado passou a perder forças. Em um contexto de aumento de

inflação e de juros e de queda de renda, em que o governo manteve

um nível de remuneração da caderneta de poupança abaixo do custo

de oportunidade e até mesmo negativo em termos reais, a principal

fonte de crédito direcionado imobiliário viu seus recursos diminuírem

pela primeira vez em longo registro. Ademais, o BNDES, com sua fonte

de capital –a União– em crise fiscal intensa, viu seu papel recente

como concedente de crédito subsidiado ter que ser reavaliado e

redimensionado. Daí a queda em 2016, mesmo em valores nominais,

pela primeira vez, do montante consolidado de crédito com recursos

direcionados.

Crédito x PIBReorientando a análise da evolução do crédito bancário na

economia brasileira –agora em termos de proporcionalidade do

tamanho do primeiro em relação ao tamanho da segunda– constata-

se um aumento contínuo desta proporcionalidade, com alguma

volatilidade de 2007 até o final de 2015, e uma diminuição da mesma

ao longo dos doze meses de 2016. Tal observação se fundamenta na

leitura da evolução do índice percentual do saldo total de crédito em

relação ao PIB. A figura 3 apresenta este histórico e também exibe

os de seus componentes: o do índice referente ao saldo de crédito

direcionado e o do índice referente ao saldo de crédito livre.

Ao final de 2008 a crise financeira internacional já era fato

consumado e ocorria ponto de inflexão na trajetória da política fiscal e

creditícia do governo brasileiro, com objetivo declarado em um primeiro

momento, de agir apenas anticiclicamente. Tomando-se aquele ponto

no tempo como referência, percebe-se que o saldo total de crédito

bancário representava 39,7% do PIB, sendo que 12,9 destes pontos

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percentuais se referiam ao crédito direcionado e 26,8 se referiam ao

crédito livre. Quando se move para o fim de 2012, o tamanho relativo

do crédito total na economia galga para 49,2%, sendo 20,2 pontos

percentuais referentes ao crédito direcionado e 29,0 referentes ao

crédito livre. Ou seja, a política anticíclica, em termos de evolução

do crédito direcionado, se mostra bastante duradoura e já prestes

a afetar negativamente o crescimento do crédito livre que, naquele

ponto, registraria seu pico histórico de proporcionalidade. Três anos

mais tarde, ao final de 2015, o tamanho relativo do crédito total na

economia alcança 53,7%, sendo 26,4 pontos percentuais referentes ao

crédito direcionado e 27,3 referentes ao crédito livre. A partir de então,

a situação fiscal e monetária do país se torna crítica, e a aceleração

creditícia do tipo direcionada, resultante da política adotada em 2008, se

torna patentemente contraprodutiva, deixando um rastro que implicará

em substanciais custos de reajuste. Ao término de 2016, depois de um

biênio de excepcional contração na economia real, o crédito total perde

representatividade, em cima de um PIB real agora menor –alcançando

tão somente 49,4% deste– sendo que o crédito direcionado tem fatia de

24,6% e o crédito livre tem fatia de 24,8%. Ou seja, o nível proporcional

do crédito livre volta para patamares do primeiro trimestre de 2008,

antes da crise financeira internacional, de certa forma representando

uma estagnação do seu desenvolvimento por quase uma década.

Como se associariam a evolução da composição do crédito bancário

–segmentado entre direcionado e livre– e a evolução do mercado de

securitização? No Brasil, diferentemente de países onde o mercado de

securitização se encontra em estágio mais desenvolvido, as instituições

Fonte: Banco Central do Brasil

Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres e Direcionadosem Relação ao PIB (em %) FIG. 3

Crédito Total Créditos Livres Créditos Direcionados

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3 De

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4 Ju

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financeiras atuam em menor proporção como cedentes de créditos para

operações de securitização. Mesmo assim, independente de quem seja

o cedente, o tipo de crédito favorecido para ser utilizado como lastro

em operações de securitização tende a ser o crédito de rentabilidade

definida pelo mercado, tal qual o crédito livre. Do contrário, inviabiliza-se

financeiramente uma operação de securitização, salvo aquelas em que o

cedente e o investidor são a mesma instituição, ou em outras situações

fora de mercado, como no caso em que o FGTS atua como investidor.

Assim, estudar e comparar o crédito bancário livre e o mercado de

securitização faz sentido, sendo o primeiro matéria-prima do segundo.

Isto posto, vale notar que uma grande parte do mercado de crédito livre

se realiza além da fronteira do universo bancário, principalmente entre

empresas, entre empresas e pessoas físicas, e entre os entes públicos

e pessoas de qualquer natureza.

A seguir é analisada a composição do mercado bancário de

crédito livre através do corte por tipo de devedor –pessoas físicas e

pessoas jurídicas– e, para cada um destes dois sub-segmentos, através

do corte por tipo de crédito.

Crédito Livre A figura 4 traz o histórico dos componentes do crédito com

recursos livres, definidos pelo seu tipo de devedor –pessoas jurídicas ou

pessoas físicas– e dimensionados também como indicadores de suas

respectivas relações com o PIB.

O crédito livre para pessoas jurídicas cresceu de forma um

pouco mais prolongada até a crise financeira de 2008, refletindo a

Fonte: Banco Central do Brasil

Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Físicase Jurídicas em Relação ao PIB (em %) FIG. 4

Pessoas Jurídicas Pessoas Físicas

9

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13

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tendência de aumento de capacidade de alavancagem das empresas

que ocorreu naquele período. A partir da crise financeira, o quadro se

inverteu temporariamente, com algumas empresas passando por um

processo mais crítico de vulnerabilidade creditícia e, por outro lado, os

consumidores usufruindo mais diretamente de uma política econômica

anticíclica fomentada pelo governo. Depois, com o forte desempenho

da economia em 2010, os bancos incrementaram o foco de atuação

na concessão de crédito para empresas ao longo dos anos de 2011

e 2012. Ao final daquele último ano, os dois cômputos referentes

aos crescimentos das proporções dos componentes do crédito livre

em relação ao PIB desde 2007 –dos devedores pessoas físicas e dos

devedores pessoas jurídicas– eram bastante próximos, tendo estes

galgado quase cinco pontos percentuais e atingido 14,3% e 14,7%

respectivamente.

Nos três anos seguintes, até o final de 2015, já refletindo a

exaustão e impacto negativo do modelo baseado no crédito direcionado,

a proporcionalidade do crédito livre e de seus componentes em relação

ao PIB se reduziu. Tal diminuição trouxe os indicadores referentes ao

crédito livre devido por pessoas físicas e por pessoas jurídicas para

13,4% e 13,9% respectivamente. Em 2016 esta tendência de baixa

intensificou-se para o caso do crédito livre para pessoas jurídicas,

reduzindo o respectivo indicador para 11,9% ao final do ano. Em um

cenário de multiplicação de pedidos de recuperação judicial e corte

total de investimentos, os empréstimos e refinanciamentos para

empresas se reduziram drasticamente. Já o crédito livre para pessoas

físicas –tomador de recursos que não pode simplesmente desaparecer

ou parar de gastar por completo– manteve tendência de queda mais

atenuada no último ano, com o respectivo indicador fechando 2016

em 12,9%.

Quando se limita a análise ao segmento de crédito livre devido

por pessoas físicas, avaliando sua composição pelo tipo de crédito,

constata-se que, ao final de 2016, por um ano a mais, suas três maiores

categorias eram, nesta ordem: Crédito Pessoal Consignado; Cartão de

Crédito; e Financiamento de Veículos. Tal composição se alterou em

relação a quatro anos antes, tendo Crédito Pessoal Consignado se

tornado a maior fatia e Financiamento de Veículos descido da primeira

para a terceira colocação.

A perda de participação da categoria Financiamento de Veículos

na composição do crédito livre para pessoas físicas nos últimos anos

encontra paralelo no universo de securitização. Tal fenômeno ocorreu

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especificamente na evolução da composição do mercado de FIDC (ver

capítulo 1), na sua segmentação por categoria de ativo-lastro, apesar

de não ser feita distinção entre tomador pessoa física e pessoa jurídica

na definição da categoria de ativo-lastro Financiamento de Veículos

utilizada pela Uqbar para este mercado.

Conforme tratado mais adiante, o mercado de FIDC é o principal

segmento do mercado de securitização e engloba operações com

direitos creditórios de qualquer segmento econômico. Vale ressaltar

que estas três categorias principais que compõem o estoque de crédito

livre para pessoas físicas das instituições financeiras coincidem com

os objetivos de aquisição de políticas de investimento de boa parte dos

FIDC que investem em recebíveis que podem ter pessoas físicas como

devedor. Estes FIDC pertencem a duas das principais categorias de

ativo-lastro do setor: Financiamento de Veículos e Crédito Pessoal. A

figura 5 traz a composição do saldo de crédito com recursos livres para

pessoas físicas no final de dezembro de 2016.

Em relação à composição do crédito livre para pessoas jurídicas,

percebe-se que, tal qual ocorre com a composição deste para pessoas

físicas, uma categoria de crédito (aqui denominada Capital de Giro –

Prazo Superior a 365 dias) representava mais do que um terço do total

ao final de 2016. Em contrapartida, as categorias de crédito Aquisição

e Arrendamento, onde se inserem as operações de financiamento de

veículos, e recebíveis comerciais têm participações relativamente

pequenas. Em relação à transformação desta composição ao longo

dos últimos anos, a principal alteração se deu na fatia referente à

categoria Comércio Exterior, que aumentou mais de dez pontos desde

2013.

Fonte: Banco Central do Brasil

Composição do Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livrespara Pessoas Físicas (em dez/16) FIG. 5

35,6 %

22,9 %

17,9 %

12,6 %

11,1 %Crédito PessoalConsignado

Cartão de Crédito

Veículos

Crédito PessoalNão Consignado

Outros

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Este perfil de composição não encontra paralelo no mercado de

FIDC, onde a categoria de ativo-lastro Recebíveis Comerciais é muito

maior que a categoria Crédito Pessoa Jurídica (definida como aquela

que engloba os empréstimos corporativos de médio e de longo prazo),

tendo a diferença entre o tamanho das duas se alargado ainda mais em

2016. Ou seja, a diferenciação entre os perfis de composição do crédito

bancário livre para pessoas jurídicas e das carteiras dos FIDC aponta

para um papel, na prática, ainda de natureza muito incipiente exercido

por este veículo de securitização no financiamento de médio e longo

prazo do setor corporativo. Para este tipo de devedor, os FIDC são mais

focados em créditos do tipo que não é predominante nas carteiras das

instituições financeiras, e estas, por outro lado, tendem a não atuar

como cedentes de créditos que são mais buscados no mercado de

FIDC. A figura 6 traz a composição do saldo de crédito com recursos

livres para pessoas jurídicas nas carteiras das instituições financeiras

no final de dezembro de 2016.

SecuritizaçãoUma vez estabelecidos o elo entre o mercado de crédito

bancário e o mercado de securitização –através do fato do primeiro ser

matéria-prima do segundo–; o elo mais direto ainda entre o mercado

de crédito bancário livre e o mercado de securitização –pelo fato do

primeiro ser melhor matéria-prima do segundo em termos de potencial

de securitização–; e coberto a evolução, o dimensionamento e a

composição do mercado de crédito bancário, passemos então à análise

de alguns destaques introdutórios do mercado de securitização, antes

de seu detalhamento nos capítulos seguintes.

Fonte: Banco Central do Brasil

Composição do Saldo da Carteira de Crédito –Recursos Livrespara Pessoas Jurídicas (em dez/16) FIG. 6

34,4 %

24,8 %

8,7 %

7,4 %

4,7 %

20,0 %

Capital de Giro – PrazoSuperior a 365 dias

Comércio Exterior

Capital de Giro –Outros Prazos

RecebíveisComerciais

Aquisiçãoe Arrendamento

Outros

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FIDCO principal título do mercado de finanças estruturadas são as

cotas de FIDC (ver capítulo 1), veículo de securitização associado

ao financiamento de qualquer segmento econômico. O mercado

consolidado de FIDC voltou a apresentar crescimento em 2016, após

ter permanecido basicamente estável em suas dimensões nos três

anos anteriores. Até o final de 2011 este segmento vinha em expansão

e, naquele momento, o desempenho de alguns fundos –associados

principalmente a bancos médios que sofreram intervenção e/ou

liquidação– justificou a edição de norma regulamentar de relevante

impacto na indústria de FIDC. A partir da absorção de seu novo marco

regulamentar estabelecido pela Instrução da Comissão de Valores

Mobiliários (ICVM) nº 531, editada em 2013, a indústria de FIDC

passou a ser vista como mais robusta para cumprir seu papel potencial

como alternativa de financiamento e de investimento na economia

brasileira, com destaque para o setor de infraestrutura. Porém, em

função da piora da conjuntura macroeconômica do país, foram outros

os segmentos do mercado de FIDC que prosperaram em anos mais

recentes, demonstrando que este veículo viabiliza também opções de

financiamento e investimento de correlação baixa com o desempenho

da economia. Tal conclusão poderia ser aventada através da leitura

somente da evolução do número consolidado de Patrimônio Líquido

(PL) do universo completo de FIDC nos últimos anos.

O segmento de FIDC chamado de Multicedente/Multisacado,

dedicado a investimentos em carteiras pulverizadas de direitos

creditórios oriundos de recebíveis comerciais, devidos e cedidos

por um número alto de empresas de médio e pequeno porte, vem

se consolidando como um dos protagonistas do setor e, assim,

apresentando taxa ininterrupta de crescimento há muitos anos.

Trata-se de um segmento capitaneado pelas empresas de fomento

mercantil, que historicamente não é contemplado pelos bancos, e que

inicialmente se atraiu pelo universo de FIDC por razões fiscais, mas

que vem descobrindo outras vantagens referentes às operações deste

tipo de fundo como, por exemplo, a possibilidade de alavancagem

financeira.

Já o chamado segmento NP, que se refere aos fundos não

padronizados, normatizados pela ICVM nº 444, vem despontando nos

últimos anos, claramente em função do perfil dos direitos creditórios

em suas carteiras. Trata-se de fundos que investem em créditos

cedidos/devidos por empresas em recuperação judicial, em créditos

inadimplidos, em precatórios, em direitos decorrentes de ações judiciais

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ainda não julgadas, em créditos futuros de montante indefinido e em

outros tipos de direitos creditórios não regulares. Toda esta gama

possível de carteiras que são investidas por FIDC NP os tornaram

bastante demandados neste período de maior estresse na economia

brasileira, expandindo vigorosamente o tamanho deste segmento e

determinando até mesmo o crescimento do universo consolidado de

toda a indústria de FIDC.

A figura 7 exibe a evolução mensal do PL consolidado do mercado

de FIDC nos últimos dez anos, destacando a fatia referente ao segmento

composto pelos fundos NP.

O mercado de FIDC cresceu substancialmente até o final de 2011,

alcançando PL consolidado acima de R$63,00 bilhões. Ao longo de

2012 este mercado se reduziu, até se estabilizar em torno de R$51,00

bilhões, a partir do início de 2013. De lá para cá a dimensão se manteve

estável até quase no final de 2015. Em 2016, com volatilidade, o PL

consolidado do setor alcançou novo patamar, com impacto relevante de

um fundo NP novo que investe em antecipação de recebimento de cartão

de crédito, o FIDC Cielo NP. Em dezembro de 2016 o PL consolidado

do universo completo de FIDC alcançou R$65,71 bilhões. O segmento

NP, força motriz do crescimento recente, mais que dobrou de tamanho

nos últimos dois anos, aumentando muito sua participação no total da

indústria. O PL dos NP atingiu R$32,62 bilhões ao final de dezembro de

2016, virtualmente metade da indústria de FIDC como um todo.

FIDC FIDC NP

Fonte: Uqbar

Patrimônio Líquido dos FIDC (em R$ milhões)* FIG. 7

*Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

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Crédito Imobiliário e CRIO crescimento do crédito na economia brasileira nos últimos anos

teve como uma das suas principais forças o crescimento do crédito

imobiliário. Porém, a maior parte deste crescimento acumulado de

crédito imobiliário concedido pelas instituições financeiras se refere a

um crédito imobiliário que é direcionado e é concedido com recursos

captados junto à caderneta de poupança. Complementarmente, houve

forte crescimento do crédito imobiliário concedido a taxas de mercado,

a maioria constituindo lastro das Letras de Crédito Imobiliário (LCI),

que são emitidas pelas instituições financeiras.

O salto da participação do crédito imobiliário significou uma

transformação relevante na composição da dívida total das pessoas

físicas, tendo a fatia desta dívida referente ao crédito imobiliário

também aumentado no mesmo período. Isto é refletido na elevação,

nas carteiras das instituições financeiras, em relação ao total do crédito

direcionado e em relação ao total de crédito, devido por pessoas físicas.

Mas tanto a caderneta de poupança como as LCI apresentam

falhas relevantes como fontes de recursos para o financiamento

imobiliário. Tais falhas –como a baixa rentabilidade da poupança, os

prazos descasados de ambas as fontes em relação ao prazo típico

de um financiamento imobiliário, ou a ausência de valor concreto, do

ponto de vista do investidor, do lastro das LCI– impõem limites no uso

potencial destas fontes. Em 2016 o montante em novos financiamentos

imobiliários oriundos de recursos da caderneta de poupança

despencou pelo segundo ano consecutivo. Em relação às LCI, um título

preponderantemente de curto prazo na prática de mercado, houve

queda acentuada de montante emitido.

As Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) –em fase final de

regulamentação (consulta pública BCB nº 50/2017)– estão sendo

criadas com o suposto intuito de mitigar as falhas das LCI, mas correm

o risco de, ao invés, apenas substituí-las como opção de investimento

de perfil de risco similar. Se não for implementado, na prática, um

regime de transparência efetivo, tempestivo e completo em relação ao

lastro destas novas Letras, do ponto de vista do investidor não haverá

diferenças substanciais entra as LCI e as LIG. Neste sentido, muito há a

aprender e a considerar da experiência da prática do mercado de CRI.

O principal título do mercado de finanças estruturadas voltado

para o setor imobiliário são os CRI (ver capítulo 2). Trata-se também

do principal título de securitização imobiliária no país. As operações

de CRI, tal qual concebidas pelo legislador, apresentam características

estruturais adequadas para contribuir de forma relevante com a

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expansão sustentável do financiamento ao setor imobiliário brasileiro.

Contudo, embora se constate já uma longa evolução de mercado,

desde a virada do milênio, restam ainda importantes questões de

desenvolvimento a serem superadas neste segmento.

Um dos principais desafios para o desenvolvimento robusto

do mercado de CRI diz respeito ao grau de transparência praticado

nas operações deste título. De forma geral, os dados e informações

prestados pelos participantes das operações, espontaneamente ou sob

obrigação regulamentar, ainda carecem de avanços importantes quanto

à tempestividade, à forma e ao conteúdo, além de melhorias em relação

à completude e à consistência.

Poderia se argumentar que o estágio atual da prática de

transparência no mercado de CRI reflete a ainda limitada participação

neste de operações de lastro pulverizado. Não contabilizando grandes

operações realizadas para serem adquiridas pelo FGTS, parcela ainda

não majoritária dos títulos emitidos tem como devedores do seu lastro

pessoas físicas, marca primordial associada a um nível maior de

dispersão que pode ser encontrado em carteiras de crédito imobiliário.

Adicionalmente, as instituições financeiras ainda atuam de forma

reduzida como cedentes de créditos imobiliários para operações de

carteiras pulverizadas (excetuando-se as operações adquiridas pelo

FGTS). Operações que têm como devedores pessoas jurídicas tendem

a tornar certos tipos de informação de lastro prescindíveis, não raro

apoiadas em classificações de risco corporativas ou exposição de risco

do próprio originador e partes relacionadas. Quanto mais numeroso de

devedores é um lastro de CRI e mais numerosa e diversificada é a sua

base de investidores, incluindo institucionais, maior será a necessidade

de se praticar a transparência informacional que, por sua vez, será

decisiva para o desenvolvimento do mercado.

Resolução do Conselho Monetário Nacional de 2015 extinguiu a

possibilidade de que investimentos em CRI com lastro composto por

financiamentos imobiliários fora do formato do Sistema Financeiro

da Habitação (SFH) sejam enquadrados, para fins de exigibilidade

regulamentar, no direcionamento de recursos captados via caderneta

de poupança. Tal medida, que diminui a motivação para a estruturação

de operações com lastros corporativos não enquadráveis no âmbito

do SFH, tende a aumentar a participação relativa de CRI com lastro

pulverizado e, salvo participações do FGTS, com distribuição para

investidores de mercado.

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Em 2016, com a contribuição das operações adquiridas pelo

FGTS, referidas pela Uqbar como “operações TR” em função da sua

rentabilidade estar atrelada à Taxa Referencial, houve recorde histórico

do montante consolidado anual emitido de CRI, com a cifra de R$17,77

bilhões. Apesar da participação das operações TR em montante

consolidado de R$11,43 bilhões, o patamar já atingido neste mercado,

em plena recessão econômica e contração profunda no setor de

construção imobiliária, o credencia ao status de alternativa relevante

de financiamento imobiliário no país. Por ser um título de médio e longo

prazo, refletindo o prazo típico de duração de seu lastro composto por

financiamentos imobiliários, os CRI apresentam montante em estoque

na CETIP em elevação em um cenário de crescimento de emissões

e depósitos anuais. O montante em estoque de CRI atingiu R$73,63

bilhões ao final de 2016, o equivalente a um aumento de 21,4% em

relação ao patamar de um ano antes. Como se observa na figura 8, há

vários anos o estoque de CRI cresce de forma intensa, resultado da cifra

expressiva do montante emitido neste período.

Crédito do Agronegócio e Rural e CRAFixando-se apenas no nível da ordem de grandeza, estima-

se que as instituições financeiras carreguem créditos de natureza

do agronegócio que já somam valores acima dos R$200,00 bilhões.

O tamanho desta cifra dependerá da definição de quais créditos se

enquadrariam como de natureza do agronegócio, podendo ser bem

maior dependendo do escopo da definição. A cadeia de negócios deste

setor, da produção primária até a distribuição e consumo, passando

pela estocagem, beneficiamento e transporte, e envolvendo larga gama

de produtos da agricultura e da pecuária, pode ser múltipla e variada.

Fonte: CETIP

Saldo de Estoque de CRI na CETIP (em R$ milhões) FIG. 8

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Além do universo das instituições financeiras, um montante

expressivo de créditos associados ao agronegócio é originado por

pessoas jurídicas não financeiras e mesmo por pessoas físicas.

A dimensão do agronegócio na economia brasileira implica na

existência de um amplo conjunto de opções de operações de crédito

para que se viabilize operacionalmente este setor. Por isto mesmo

que a contribuição do mercado de capitais para a sustentação

do crescimento da oferta deste tipo de crédito tem se mostrado

fundamental. Particularmente, o universo de títulos do agronegócio

do mercado de finanças estruturadas oferece grande potencial de

crescimento, já dando sinais de cumprimento deste papel.

O principal título do mercado de finanças estruturadas voltado

para o setor do agronegócio são os CRA (ver capítulo 3). Trata-se do

principal título de securitização do agronegócio no país. Nos últimos

anos, sem pausa, o crescimento do volume emitido deste título, a

partir de uma base pequena, tem ocorrido de forma exponencial, com

taxas anuais acima de 100,0%, tendo sido de quase 200,0% no último

ano. O perfil dominante das operações que vem sendo estruturadas

nos últimos três anos tem sido corporativo, de risco de crédito único.

Várias empresas têm optado por esta forma de captação, motivada pelo

custo competitivo possibilitado através da distribuição de CRA junto

a investidores pessoas físicas pulverizados, que usufruem de isenção

tributária sobre os rendimentos deste título.

A evolução do montante emitido de CRA de operações de crédito

pulverizado, que financiam pequenos e médios produtores, tem

ocorrido em ritmo de crescimento menor, mas sempre ascendente.

Estas operações apresentam limites naturais quanto ao seu prazo, o

qual, mesmo depois de inovações estruturais recentes que viabilizaram

a revolvência de lastro, tende a não se estender além de um período de

poucas safras múltiplas.

Apesar de ainda se encontrar em nível diminuto quando

comparado às dimensões consolidadas de financiamento do setor do

agronegócio, o mercado de CRA, em função do seu contínuo e acelerado

crescimento, merece destaque na leitura do universo de finanças

estruturadas. Olhando-se para frente, e levando-se em consideração

o peso de importância do setor do agronegócio para a economia

brasileira, tem-se um segmento do mercado de capitais que continua

promissor. Condizente com estas expectativas, os participantes

do mercado de CRA aguardam uma nova norma a ser editada pelo

regulador, de tal forma que este segmento venha receber um tratamento

específico e adequado às suas características, se firmando, assim,

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de forma independente do mercado de CRI. Em relação à busca de

recursos investidos por estrangeiros, vale registrar a publicação da Lei

nº 13.331, em setembro de 2016, que altera a Lei nº 11.076, criadora

do CRA, permitindo emissão deste título com cláusula de correção pela

variação cambial.

A figura 9 traz a evolução do indicador de montante em estoque

de CRA na CETIP. O ano de 2016 se encerrou com grande força,

com surpreendentes R$17,47 bilhões registrados, quase o triplo do

nível do final do ano anterior e representando uma adição de R$4,77

bilhões em relação a apenas um mês antes –em novembro de 2016–

quando o montante em estoque havia alcançado R$12,69 bilhões.

Para se ter uma perspectiva da explosão deste mercado, três anos

antes –ao final de 2013– a barreira de R$1,00 bilhão não havia ainda

sido superada. Vale apontar que, com o aumento da participação das

operações de CRA de lastro corporativo, de tendência de prazo mais

longo, juntamente com o perfil de montante crescente de emissões

anuais, o montante em estoque deste título tende a se elevar.

A seguir, este Anuário apresenta três capítulos trazendo um amplo

conjunto de dados quantitativos e qualitativos dos títulos do mercado

de finanças estruturadas, organizados por atividade econômica. Cada

capítulo traz uma introdução própria abordando os desenvolvimentos

em destaque em 2016 referentes aos seus respectivos títulos. O

primeiro deles cobre os títulos gerais, onde se destacam as cotas de

FIDC, e dos quais também fazem parte as Cédulas de Crédito Bancário

(CCB) e os Certificados de Cédula de Crédito Bancário (CCCB). Este

capitulo também traz dados e uma análise do incipiente mercado

Fonte: CETIP

Saldo de Estoque de CRA na CETIP (em R$ milhões) FIG. 9

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de dívida ativa, predominado até agora por emissões de debêntures,

mas que tem sido visto como de crescimento potencial alto dado o

agravamento da situação fiscal de entes públicos no país. Importante

legislação a respeito encontra-se em processo avançado no Senado

Federal. O segundo destes três capítulos é dedicado aos títulos de

crédito de lastro imobiliário, tendo os CRI em evidência e também

apresentando dados referentes às Cédulas de Crédito Imobiliário

(CCI). Na sequência, o terceiro capítulo apresenta os títulos do

agronegócio, que incluem os CRA, as Cédulas do Produto Rural (CPR)

e os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA).

O Anuário segue com um grande capítulo dedicado aos Rankings

Uqbar que ordena operações e participantes, e traz a análise das

movimentações de posicionamento no mercado entre seus diversos

tipos de participantes.

Para concluir, o capítulo final, escrito pelo escritório Cantidiano

Advogados, aborda os aspectos regulamentares e legislativos relevantes

que ocorreram em 2016 para o mercado de securitização no Brasil.

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TÍTULOS GERAIS1

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IntroduçãoEste capítulo aborda variáveis de dimensionamento de mercado

primário e secundário de três títulos: as cotas de Fundos de Investimento

em Direitos Creditórios (FIDC), as Cédulas de Crédito Bancário (CCB)

e os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB), nenhum

dos três com vínculo exclusivo com qualquer segmento econômico

em particular. Especificamente em relação aos FIDC, sucede nesta

introdução um exame da composição e do desempenho de seu mercado.

Adicionalmente, deste capítulo consta uma subseção tratando

especialmente das debêntures de dívida ativa. A venda de dívida ativa

originada pela União, estados e municípios é uma importante alternativa

de captação de recursos por parte dos entes federativos. O assunto tem

ganhado relevo nos últimos anos em virtude do delicado quadro fiscal

vivenciado por estes entes, embora o respectivo avanço prático ainda se

mostre aquém do potencial de desenvolvimento deste mercado.

Apesar do biênio encerrado em 2016 ter vivenciado uma das

piores recessões da história do país, não se viu recuo equivalente no

mercado de FIDC, pelo contrário. A indústria, medida em termos do

Patrimônio Líquido (PL) consolidado, registrou no último ano sua

maior expansão percentual dos últimos cinco anos, graças, em parte,

ao desempenho de um segmento particular da indústria: os FIDC Não

Padronizados (FIDC NP). A força-motriz desse crescimento, por sua

vez, teve sua raiz na diversidade da natureza dos ativos securitizáveis

via FIDC NP, especialmente aqueles cujo volume de originação não se

correlacionam positivamente com o desempenho da economia como

um todo. Estão incluídos aí direitos creditórios (DC) associados a

questionamentos judiciais, inadimplidos, originados ou derivados de

empresas em recuperação judicial, decorrentes de receitas públicas

originárias ou derivadas de entes públicos, entre outros definidos na

Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nº444 (ICVM 444),

editada em 2006.

O quadro de queda da atividade econômica e restrição do

acesso ao crédito bancário tem fomentado justamente a originação de

DC passíveis de aquisição pelos FIDC NP. Em períodos como esses,

casos de insolvência dos agentes econômicos se tornam mais comuns.

No caso das pessoas físicas, isso se manifesta na inadimplência de

empréstimos pessoais, tais como cartão de crédito ou mesmo crédito

consignado, por exemplo. A inadimplência também se manifesta no

âmbito das pessoas jurídicas, como nos casos de duplicatas e cheques.

Especialmente em épocas de crise, tornam-se mais abundantes os casos

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em que a pessoa jurídica confessa sua incapacidade de saldar dívidas,

desembocando no pedido de recuperação judicial ou extrajudicial.

Sob a ótica dos originadores detentores de créditos inadimplidos,

por exemplo, a cessão destes para FIDC NP se apresenta como uma

alternativa menos custosa. De outro modo, caso estes fossem mantidos

registrados em balanço de bancos, por exemplo, não seriam capturados

benefícios tributários respectivos nem um valor residual referente à sua

cessão.

Outrora, no caso de empresas em recuperação judicial, que

dificilmente teriam acesso ao crédito bancário, a securitização por meio

de FIDC NP constituiu importante alternativa de financiamento a ser

considerada como meio de superação do momento de crise econômico-

financeira, tendo em vista que a sua qualidade de crédito pode ser

desvinculada daquela de seus recebíveis.

Contudo, decisão do colegiado da CVM em 2015 acabou por

definir que mesmo um FIDC que não fosse NP poderia adquirir DC

cedidos por empresas em recuperação judicial, desde que com plano

aprovado em juízo e transitado em julgado, e sem coobrigação do

cedente. A decisão da CVM, além de diminuir custos de captação para

empresas em recuperação judicial, tenderia a alterar o panorama

dos fundos NP, fazendo com que fundos que investiam em direitos

creditórios oriundos de empresas em recuperação judicial migrassem

para o segmento “padronizado”, mas isso não ocorreu. Em outra

oportunidade mais recente, em setembro de 2016, após consulta

formulada pela Associação Nacional dos Participantes em Fundos de

Investimento em Direitos Creditórios Multicedentes e Multisacados

(ANFIDC), o colegiado do órgão regulador deliberou não ser mais

necessário o trânsito em julgado da decisão que aprova o plano de

recuperação para que o FIDC possa adquirir créditos cedidos pelas

recuperandas, fortalecendo, assim, a possiblidade do surgimento de

fundos “padronizados” que financiem empresas nesta condição.

Ao longo do tempo, os FIDC NP também têm sido considerados

como alternativa para captação de recursos pela administração direta

e indireta de estados e municípios. Um dos mais notáveis casos de

sucesso teve início em 2006, a securitização de ativos originados pela

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) por meio de um

FIDC NP. Já em 2016, a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio

da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB-SP),

se utilizou do mesmo veículo para securitizar créditos imobiliários,

em sua maioria inadimplidos, com o objetivo de aumentar a eficiência

na gestão dos direitos creditórios imobiliários administrados pela

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companhia. O então criado FIDC SPDA Habitação NP adquire direitos

creditórios decorrentes de contratos de financiamento imobiliário de

conjuntos habitacionais administrados pela COHAB-SP. O fundo entrou

em operação em dezembro de 2016, após a emissão de R$195,0

milhões em cotas de classe única.

A Cielo também escolheu o veículo FIDC NP para viabilizar a

antecipação de recebíveis aos seus credenciados, embora o fator

norteador, nesse caso, não seja tanto uma questão de natureza atípica dos

direitos creditórios, mas algo mais relacionado à arbitragem regulatória.

O fundo objetiva adquirir direitos creditórios, majoritariamente de curto

prazo, cedidos por pessoas físicas ou jurídicas que sejam credenciados

à Cielo, oriundos da antecipação de recebíveis de cartão de crédito.

Nota-se, ademais, que a iniciativa de estruturação de um FIDC para

tal fim já foi seguida por outras credenciadoras de cartão de crédito.

Ao fim de dezembro de 2016 o FIDC Cielo NP já somava PL de R$8,31

bilhões, o que o qualifica como o segundo maior FIDC da indústria,

atrás apenas do FIDC Sistema Petrobras NP.

O FIDC Sistema Petrobras NP, só adquire direitos creditórios

performados e/ou não performados originários de operações realizadas

por empresas do Sistema Petrobras, e apenas empresas do grupo

econômico da petroleira podem atuar como investidores do fundo. Mas

este fundo é excluído das análises consolidadas doravante. O motivo

para tanto é o seu respectivo PL, da ordem de R$25,40 bilhões em

dezembro de 2016, que é desproporcional quando comparado ao resto

da indústria, e a oscilação do mesmo, mês a mês, que distorceria os

exames aqui pretendidos.

Em relação à transparência informacional da indústria, questão

tão cara à Uqbar e essencial ao desenvolvimento sustentável do

mercado de FIDC, houve, em 2016, importante ação no sentido de

suprir uma das lacunas do Informe Mensal (IM) de FIDC. Em junho de

2016 a Instrução CVM nº 576 foi editada, prevendo que, a partir dos

IM relativos ao mês de fevereiro de 2017, passem a constar naqueles

documentos informações tais como o prazo mínimo entre a data do

pedido de resgate e a correspondente conversão em quantidade de

cotas e o prazo para o pagamento do resgate após a conversão em

quantidade de cotas, entre outros.

No ano de 2016 a indústria de FIDC se encerrou com captação

líquida anual positiva de R$1,45 bilhão. Este indicador resulta da

diferença entre os montantes anuais realizados de emissões e de

amortizações e resgates de cotas. Mas muito além da captação

líquida consolidada em campo positivo no ano, o PL da indústria

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também se expandiu significativamente no período, como será visto

em detalhes mais adiante. Este indicador saltou para R$65,71 bilhões

ao fim de dezembro de 2016, contra R$58,89 bilhões em dezembro

do ano anterior, equivalente a 11,6% de crescimento. Em um cálculo

simplificado, assumindo um comportamento das variáveis envolvidas

igualmente distribuído ao longo do ano, combinando a mencionada

captação líquida positiva com a variação também positiva no PL, pode-

se depreender, desconsiderando-se o componente de rentabilidade

que é paga como amortização, uma valorização média das cotas dos

FIDC da ordem de 9,1%, ou 64,5% da Taxa DI acumulada no período

(14,06%).

Segmentando os dados de captação líquida em base mensal, é

possível observar dois comportamentos distintos no âmbito do mercado

de FIDC. Na seção Termos e Condições deste capítulo, entre outras

informações, se verá que os cotistas de fundos denominados abertos

desfrutam da possibilidade de ingressar e solicitar o resgate de suas

cotas a qualquer momento –de acordo com o regulamento dos fundos–

ao contrário do que ocorre nos FIDC fechados.

Nos últimos quatro anos, 2016 incluído, os fundos de condomínio

aberto têm aumentado gradualmente sua proporção frente ao total

emitido em cotas. Em 2016 esta relação atingiu 74,9%. Em termos

anuais, o montante emitido pelos fundos de condomínio aberto atingiu

R$26,37 bilhões em 2016, a maior cifra já registrada por este segmento

e quase 50,0% superior à quantia registrada no ano anterior (R$17,69

bilhões). Por outro lado, os fundos de condomínio fechado emitiram

apenas R$8,83 bilhões no ano em questão, ao passo que em 2015 este

número havia sido de R$10,35 bilhões.

Em base mensal, o elevado volume de emissões por parte dos

fundos de condomínio aberto se traduziu em ritmo positivo de captação

líquida para os mesmos na maioría dos meses. Em oito meses de 2016

os fundos abertos auferiram captação líquida positiva, especialmente

nos meses de outubro e dezembro, quando o valor mensal de captação

líquida para este grupo de fundos superou os R$2,00 bilhões. Esse

formidável desempenho tem sua raiz nas emissões do FIDC Cielo NP

que, após as emissões neste período, foi alçado à posição de segundo

maior fundo da indústria em termos de PL. Nesses dois meses,

conjuntamente, o fundo emitiu mais de R$4,00 bilhões em cotas, sem

que se tenha ocorrido qualquer resgate de magnitude comparável no

período. Já o panorama mensal da captação líquida dos fundos fechados

se mostra oposto: em apenas três meses o montante emitido superou

as amortizações. Novembro e dezembro de 2016 se mostraram os

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meses mais intensos em captação líquida positiva, devido às emissões

de FIDC que compram créditos cedidos pelo Postalis e do FIDC Rio

Formoso II NP que investe em ações judiciais.

Caso se segmentasse a captação líquida da indústria por tipo de

FIDC, distinguindo entre os NP e os demais fundos, se observaria que a

captação líquida obtida nos dois segmentos foi bastante discrepante. No

ano, os FIDC que não são NP apresentaram captação líquida negativa

da ordem de R$9,0 bilhões, resultado de R$15,77 bilhões em emissões

e R$24,54 bilhões em amortizações. Já os FIDC NP obtiveram captação

líquida positiva de R$10,22 bilhões, resultado de R$19,43 bilhões em

emissões e R$9,21 bilhões em amortizações, e isso se refletiu, como

se verá na sequencia desta introdução, em um substantivo aumento de

PL referente aos fundos NP.

Outra maneira de se observar a tendência das mudanças que

ocorrem no mercado de FIDC e inferir sobre seus impactos futuros,

no sentido de maior diversificação ou não, é através da análise do

montante emitido por classe de ativo-lastro. Verifica-se, portanto, que

Recebíveis Comerciais, sozinho, representou em 2016 mais da metade

do total emitido pela indústria (60,6%). Em 2015 tal preponderância já

havia ocorrido, mas em grau menor do que se seguiu. De um passado

de emissões quase equivalentes às dos fundos da classe Financiamento

de Veículos, os fundos de Crédito a Pessoa Jurídica se expandiram,

e o volume das respectivas emissões de cotas se firma, em 2016,

como o segundo mais importante. A participação desta última classe

atingiu 17,6% em 2016, contra 11,3% em 2015. Financiamentos de

Veículos e Multiclasse, a seu turno, reduziram significativamente suas

participações em 2016 na comparação com 2015, para 3,5% e 4,9%,

respectivamente, tendo partido de 11,1% e 9,6%. Por outro lado, embora

com participação modesta no total, algumas classes apresentaram

significativo crescimento em termos de montante emitido. Os fundos

de Títulos Mobiliários e Recebíveis Médicos apresentaram emissões

nulas em 2015, mas no ano seguinte emplacaram 3,2% e 0,2% do

total emitido. Além disso, a classe Crédito Imobiliário é composta por

fundos que emitiram 2,3% do montante total de 2016, como o SPDA

Habitação NP. Em 2015 essa classe auferia participação de 0,5% do

total.

A mudança no panorama de emissões em 2016 é uma continuação

e aprofundamento de uma tendência verificada já a partir de 2014.

Dentre as categorias de ativo-lastro que encolheram no período, duas

das principais classes apresentaram variações significativas de PL,

sendo o principal caso aquele referente à categoria Financiamento de

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Veículos. Esta descendeu de R$9,77 bilhões, ao final de janeiro de 2014,

para R$4,36 bilhões em dezembro de 2016, uma queda equivalente

a 55,4%. Outra categoria que apresentou redução relevante de PL foi

Crédito Pessoal, outrora dominante no mercado de FIDC, que diminuiu

de R$5,07 bilhões, naquele mês, para o atual R$2,46 bilhões, um

decrescimento de 51,5%. A redução dessas duas classes abriu espaço

para que o conjunto de categorias menos expressivas em termos de

montante expandisse sua participação frente o PL total da indústria.

Por outro lado, dentre as categorias que apresentaram expansão de PL

nos últimos anos, se destacou Crédito a Pessoa Jurídica. Esta cresceu

21,3%, subindo de R$5,91 bilhões, em janeiro de 2014, para R$7,17

bilhões, em dezembro de 2016. A maior das categorias, Recebíveis

Comerciais, duplicou de tamanho no período, saindo de R$13,28

bilhões naquele mês para R$26,53 bilhões ao final de 2016.

Em termos da composição do montante consolidado de PL

dos FIDC entre 2016 e 2015, registra-se que seis das 13 classes

consideradas ampliaram suas respectivas participações, enquanto

sete apresentaram redução. O PL da indústria alcançou a marca de

R$65,71 bilhões ao final de 2016, denotando assim crescimento de

11,6% em relação ao total da indústria ao final do ano anterior, quando

seu PL consolidado perfazia R$58,89 bilhões. Na análise das categorias

de ativo-lastro, foram nove aquelas que apresentaram elevação de PL.

Recebíveis Comerciais encerrou o ano representando 40,4% do PL

da indústria. Em 2015 a classe representava fatia de 32,8% do total.

Apesar do volume de emissões ter sido o terceiro maior do ano entre

as classes de ativo-lastro consideradas, Crédito a Pessoa Jurídica é a

classe cuja participação mais encolheu entre 2016 e 2015, alcançando

10,9% ante os 14,4% prévios.

Um dos motivos para que a classe Recebíveis Comerciais

tenha se alargado de tal maneira nos últimos anos é o desempenho

de um subsegmento, que já há alguns anos tem conquistado papel

ascendente no universo de FIDC. São os fundos que atuam, cada um,

junto a múltiplos cedentes e devedores (sacados), os chamados FIDC

Multicedente/Multisacado (FIDC MM). Este grupo é povoado de forma

preponderante por fundos de pequeno e médio porte e, por isso, o

elevado número de fundos em operação não necessariamente se reflete

quando este subsegmento é medido pelo seu PL.

O segmento de FIDC MM incorpora um conjunto de fundos

possuidores de características específicas e distintas quando

comparados aos outros tipos de FIDC. Boa parte dos FIDC MM são

também conhecidos como fundos de fomento mercantil, contando

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com a atuação de uma consultora de crédito –que pode se confundir

com a própria gestora– de atuação ativa, identificando, analisando

e selecionando os recebíveis para que posteriormente eles sejam

adquiridos pelos FIDC. Os recebíveis são, em sua grande maioria, de

prazo mais curto, inferior aos 90 dias.

Ao todo, ao final de dezembro de 2016, o segmento de FIDC MM

somava 201 fundos (pequena redução de 4 unidades em relação ao

número recorde de novembro e outubro), enquanto a indústria como

um todo alcançava 524. Na comparação com o final de 2015, quando

havia 195 FIDC MM em operação, o crescimento apresentado por este

critério atingiu 3,1%. Tal taxa é inferior aos 12,5% referentes à expansão

do número dos demais FIDC no mesmo período. Assim, tem-se que

o ritmo de aumento de participação dos FIDC MM frente ao total se

arrefeceu em 2016, encerrando o ano com 38,4% do número total de

fundos do setor, enquanto em 2015 a proporção havia sido de 40,5%.

A análise da evolução em termos de PL consolidado dos FIDC

MM indica um crescimento mais similar ao da indústria em 2016. O

montante de PL dos FIDC MM alcançou R$10,85 bilhões em dezembro

de 2016, um crescimento de 10,2% em relação aos R$9,85 bilhões de

dezembro do ano anterior. O segmento de FIDC MM vem se expandindo

de forma relativamente suave, ao passo que o grupo dos demais FIDC

apresenta uma maior volatilidade na evolução de seu indicador de PL

consolidado. Os fundos MM atualmente representam 16,5% do PL total

do setor, o que, como afirmado anteriormente, em comparação com

sua participação em termos de número de fundos, implica em um perfil

geral de fundos de pequeno e médio porte.

O segmento dos FIDC NP tem adquirido relevo crescente no

panorama da indústria, já representando quase metade do número

de fundos e do PL da indústria. Essa expansão vigorosa radica no

comportamento mais recente da demanda do mercado por securitização

de ativos não regulares, os quais não se enquadram entre os direitos

creditórios passíveis de securitização via FIDC que não seja NP.

Ao segmentar a análise entre os fundos NP e os outros, constata-

se a diferenciação entre os desempenhos respectivos. Em dezembro

de 2016 o PL consolidado dos FIDC NP totalizava R$32,47 bilhões,

67,3% acima dos R$19,41 bilhões do mesmo mês do ano anterior.

Já o conjunto dos demais FIDC regrediu em 15,8% em termos de PL

consolidado, tendo este indicador se situado em R$33,24 bilhões no

último mês de 2016, contra R$39,48 bilhões de dezembro de 2015.

O aumento de PL, entretanto, esteve concentrado em fundos

específicos, como o FIDC Vale NP e o FIDC Energisa Centro Oeste

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NP IV, cujo PL conjunto saltou de R$980,9 milhões, em setembro de

2015, para mais de R$4,00 bilhões em dezembro de 2016, e o recém-

operacional FIDC Cielo NP, criado em 2016 e cujo PL em dezembro

ultrapassava R$8,00 bilhões.

Sob a perspectiva do número de fundos NP e o resto da indústria,

tem-se que o número de FIDC NP resvalou os 250 ao fim de 2016,

atingindo 246 e marcando crescimento de 17,7% em relação ao número

em dezembro de 2015, de 209. Já o número de "FIDC Padronizados"

marcou crescimento de 1,8% no mesmo período, ao saltar de 273 para

278.

Com isso os FIDC NP atingem a quase equivalência –em relação

ao PL e ao número de fundos– com os FIDC que não o são. Ao fim de

dezembro de 2016 o PL dos FIDC NP representava 49,4% do total da

indústria e o número de fundos perfazia 46,9% do total. Vale notar que

dois anos antes a relação havia sido de 27,0% e 38,7%, respectivamente.

Embora 2016 tenha registrado o segundo maior nível de montante

emitido de cotas de FIDC, uma diminuta parcela dessas emissões se

deu através de oferta pública segundo os ritos da ICVM 400, ou seja,

distribuídas ao público amplo. Sob a ótica de registro de ofertas na

autarquia, foram nove ofertas de distribuição sob o regime da ICVM 400

em 2016, tendo somado apenas R$901,1 milhões. Esta foi a primeira

vez desde 2003 que a cifra atingiu valor inferior a R$1,00 bilhão e, visto

sob a perspectiva da comparação com anos anteriores, se mostra ainda

mais reduzido. De 2004 a 2013 o montante ofertado anual se situou,

pelo menos, em patamar superior aos R$3,00 bilhões, tendo alcançado

R$12,78 bilhões em 2006. Mas em 2014, no entanto, a cifra já havia

se reduzido para R$1,80 bilhão, aumentando para R$2,94 bilhões no

ano seguinte. Já em termos do número de ofertas, o indicador também

se mostra diminuto, tendo sido registradas apenas nove em 2016, uma

unidade a mais do que 2015, mas metade do número de 2014.

Por outro lado, o número anual de registros de novos fundos na CVM

é mais alentador. No período compreendido entre janeiro e dezembro

de 2016, 158 novos FIDC obtiveram seu registro de funcionamento no

órgão regulador, o maior número desde 2002. Frente aos registros que

ocorreram em 2015 –que, aliás, era o recorde anterior– se depreende

crescimento de 34 unidades (27,4%). Quase um terço dos fundos

registrados em 2016 realizou emissões de cotas no mesmo ano.

Mudando o foco de análise para o desempenho da carteira de

recebíveis pertencentes às três principais classes de ativo-lastro da

indústria de FIDC durante ao ano de 2016, constata-se que a tendência

indicada é a de deterioração da qualidade de crédito das carteiras.

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Toma-se por medida as razões entre os valores de Atrasos superiores

a 30 dias e PL e entre os valores de Recompra e PL, excluindo os

dados daqueles fundos Não Padronizados. Duas das três categorias

apresentaram elevação do nível de Atrasos.

As evoluções mensais, ao longo do ano de 2016, da razão

percentual entre os direitos creditórios vencidos e não pagos há mais

de 30 dias –(Atrasos+30)– e o total de PL, registra que apenas a

classe Financiamento de Veículos encerrou o ano com o patamar deste

indicador inferior ao nível iniciado, com 1,0% em dezembro e 1,3% em

janeiro de 2016.

A leitura do valor relativo de Atrasos para Crédito a Pessoa Jurídica

aponta para o significativo aumento ao longo de 2016. A classe encerrou

o ano com o indicador em 31,3%, tendo iniciado em 16,4%, e isso

se deve –além da presença dos FIDC Premium e Multisetorial Master

II e III cujos cedentes, Banco Rural e Banco BVA, respectivamente,

foram liquidados extra-judicialmente– ao crescente aumento de Atrasos

identificado na carteira do FIDC Leme Multisetorial IPCA ao longo do

ano. Finalmente, a classe Recebíveis Comerciais, que sem dúvida é

aquela mais representativa do mercado de FIDC com mais da metade

do número total de fundos em operação, registra uma lenta ascensão

ao longo de 2016. Ao fim de junho de 2016, o indicador de Atrasos

havia pulado para 11,7%, patamar em que se manteve até o fim de

dezembro, ao passo que esta classe havia iniciado 2016 com indicador

na faixa dos 4,3%.

As evoluções mensais da razão percentual entre as Recompras

ocorridas em determinado mês e o PL referente ao mês anterior, para

as mesmas três classes de ativo-lastro de FIDC, apresentam indicadores

contrastantes. Para as classes Financiamento de Veículos e Recebíveis

Comerciais, este indicador se fixou próximo de 1,0% ao longo de todo

o ano. No primeiro caso, embora oscilante, a trajetória do índice de

Recompras é declinante, ao passo que entre os fundos de Recebíveis

Comerciais ele se elevou gradualmente em quase um ponto percentual

durante o ano. Por sua vez, as Recompras envolvendo fundos da classe

Crédito a Pessoa Jurídica se mantiveram próximas da nulidade durante

todo o ano.

Na análise dos spreads dos rendimentos esperados das emissões

de cotas de FIDC em 2016 e nos dois anos anteriores, com duration

entre 1,5 e 3,5 anos, nota-se um encurtamento entre os spreads mínimo

e máximo referentes às emissões AA. Devido ao reduzido número de

emissões AAA e de emissões AA por uma ampla gama de categorias

de ativo-lastro em relação às quais não é possível se calcular o spread

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e a duration, a análise se refere apenas aos fundos da classe Recebíveis

Comerciais. Houve elevação do spread mínimo, na comparação entre

2016 e 2015, para 355 pontos base, tendo partido de 322, e redução

do spread máximo, para 399 pontos base, ante os 715 no ano anterior.

A composição do montante emitido em cotas de FIDC em 2016 por

classe de investidor, tomando como base 59,9% do total das emissões

no ano (referente às informações às quais a Uqbar teve acesso) revela

que quase 80,0% da amostra foi adquirida por apenas duas categorias.

As Pessoas Jurídicas adquiriram 40,6% das cotas emitidas, e as

Instituições Financeiras e Pessoas (Físicas ou Jurídicas) ligadas a(os)

originador(es) dos créditos foram responsáveis pela aquisição de 39,3%

do total. Fundos de Investimento auferiram parcela não desprezível do

total, 11,6%, seguidos pelas Entidades de Previdência Privadas, com

5,3%, fatia esta ainda muito aquém do potencial de aquisição desta

categoria.

No recinto do mercado secundário de cotas de FIDC, a repartição

dos negócios entre aqueles ocorridos na CETIP e na BM&FBOVESPA

obedece uma ordem inversa daqueles negócios ocorridos com

cotas de FII, por exemplo. Entre os fundos imobiliários, mercado

significativamente mais líquido do que o de FIDC, o grosso dos

negócios ocorre na BMF&BOVESPA, enquanto pequena parcela ainda

se desenrola na CETIP.

Em termos de transações ocorridas na BM&FBOVESPA, houve

aumento de 4,5% no montante negociado de cotas de FIDC em 2016,

subindo para R$7,7 milhões, contra os R$7,3 milhões do ano anterior,

mas a cifra ainda se apresenta em proporções diminutas. Todas estas

negociações ocorridas na BM&FBOVESPA são referentes às cotas do

FIDC BB Votorantim Highland Infraestrutura, que adquire debêntures

relacionadas à projetos de infraestrutura e conta com isenção tributária

para o investidor pessoa física.

O montante negociado em cotas de FIDC na CETIP, por sua vez, se

reduziu em 30,6% em relação ao ano anterior. O montante negociado

registrado alcançou a marca anual de R$3,56 bilhões, contra R$5,13

bilhões em 2015. Um total de 138 cotas de FIDC teve registro de

negócios na CETIP, contra negócios com 155 cotas ao longo do ano

anterior.

O volume consolidado de negociações se mostra relativamente

pulverizado, com apenas um dos títulos negociados representando

fatia superior a 10,0% do total. A cota de classe única do FIDC Brasil

Óleo e Gás Exclusive, que capturou 15,1% (R$538,6 milhões) do total

do montante negociado, ocupou o posto de título mais negociado sob

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este critério. Em 2015 e 2014 a cota mais negociada havia sido a

subordinada única do FIDC Rio Forte NP, representando 34,4% e 52,4%

dos respectivos totais. Ao final de 2015, a CVM determinou à CETIP a

imediata suspensão de negociações de cotas daquele fundo devido à

falta de divulgação ao público investidor de informações periódicas por

parte do seu administrador.

Cedentes que se enquadravam em mais de uma categoria

de atividade econômica –Multisegmentos– atuavam em FIDC que

compuseram a maior parte das emissões de 2016. Em relação ao

montante total emitido, os cedentes classificados sob esta categoria

representavam 28,2%, enquanto empresas de comércio e/ou serviços

corresponderam a 25,1%, seguidas por pequena margem, pela categoria

Indústria, que ocupou a terceira posição em 2016, correspondendo aos

cedentes de DC referentes a 24,9% do total emitido.

O placar consolidado das ações de elevação e de rebaixamento

de classificação de risco de cotas no mercado de FIDC é de 9 elevações

contra 108 rebaixamentos em 2016. A título de comparação, em

2015 o quadro ficou em 22 elevações e 75 rebaixamentos. Por esse

critério quantitativo simples das ações executadas pelas agências

de classificação de risco atuantes no mercado de FIDC, se teria um

indicativo de piora da qualidade de crédito das cotas de FIDC em 2016.

Um terço das ações de elevação desferidas em 2016 se refere a cotas

que, após a elevação, registravam nota “CC”, o que indica que, apesar

da melhora, a classificação ainda se situa em território de risco muito

elevado. Por outro lado, parcela significativa dos rebaixamentos de

cotas se deram em direção à nota “AA”, ainda indicando boa qualidade

de crédito.

As CCB e os CCCB compõem a porção final deste capítulo. As

CCB fazem parte da carteira de diversos FIDC, podendo ser emitidas

por grandes e médias empresas –ou mesmo por pessoas físicas– em

favor de instituições financeiras, mas têm caído em desuso. Em 2016 o

montante consolidado de depósitos de CCB na CETIP atingiu R$12,26

bilhões, tendo se reduzido em 38,3% em relação a 2015, quando os

depósitos alcançaram R$19,86 bilhões, assinalando, desse modo, a

maior redução percentual e absoluta desde 2001. As negociações de

CCB registradas na CETIP marcaram R$2,35 bilhões em 2016. Em 2015

haviam sido realizadas negociações que totalizaram R$2,92 bilhões.

Em relação ao CCCB –título que permite que instituições

financeiras agrupem e vendam as CCB que detenham em seus ativos– o

montante consolidado de depósitos na CETIP se manteve em patamar

pouco relevante. Em 2016 os depósitos deste título atingiram R$160,8

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milhões, e R$203,8 milhões no ano anterior. Desde 2001 o máximo

anual que este indicador já atingiu foi R$1,42 bilhão, em 2007. Isso

se traduz em um também diminuto valor de estoque deste título, da

ordem de R$60,7 milhões ao fim de 2016. As negociações registradas

deste título na CETIP totalizaram a quantia de R$404,7 milhões em

2016, mais que o dobro da cifra de 2015, R$188,0 milhões.

Para cada um dos três títulos gerais abordados nesta introdução

serão exibidos: os Termos e Condições e uma sequência de gráficos

ilustrando as variáveis de desempenho aqui comentadas.

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COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOEM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC)

Esta seção apresenta informações sobre cotas de FIDC. Inclui um resumo dos principais termos e condições destes títulos e dados e estatísticas sobre emissões, composição de mercado sob a ótica do ativo-lastro e dos diferentes tipos de fundos, registros na CVM, desempenho dos direitos creditórios, spreads, investidores, negociações no mercado secundário, cedentes e as elevações e rebaixamentos realizados pelas agências de classificação de risco para este mercado no ano de 2016.

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Termos e Condições Descrição Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) são

valores mobiliários que correspondem a frações ideais do patrimônio

desses fundos.

Emissor Cada FIDC é uma comunhão de recursos que destina parcela

preponderante de seu Patrimônio Líquido (acima de 50,0%) para a

aplicação em direitos creditórios. Os FIDC podem ser constituídos sob

a forma de condomínio aberto ou fechado e ter prazo de duração

determinado ou indeterminado. Adicionalmente, os FIDC podem ser

"padronizados" ou "não-padronizados", de acordo com os ativos que

forem objeto de investimento.

Ativos FIDC "Padronizados" – Direitos e títulos representativos de crédito,

originários de operações realizadas nos segmentos financeiro,

comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento

mercantil e de prestação de serviços, bem como em outros ativos

representativos de crédito.

FIDC Não-padronizados – Os ativos permitidos a FIDC "Padronizados" (i)

que estejam vencidos e pendentes de pagamento quando de sua aquisição

pelo fundo, (ii) que sejam decorrentes de receitas do poder público

(inclusive autarquias e fundações), (iii) que resultem de ações judiciais

em curso, constituam objeto de litígio ou tenham sido judicialmente

penhorados ou dados em garantia, (iv) cuja constituição ou validade

jurídica da cessão ao fundo seja considerada um fator preponderante de

risco, (v) que sejam originados de empresas em processo de recuperação

judicial ou extrajudicial, (vi) de existência futura e montante desconhecido,

desde que emergentes de relações já constituídas, além de (vii) quaisquer

outros créditos não enquadráveis naqueles permitidos aos FIDC

"Padronizados".

Garantia Os direitos creditórios integrantes das carteiras de investimento dos

FIDC poderão ter garantias reais ou fidejussórias.

Regime Fiduciário Não aplicável.

Forma e Registro Escritural, mantida em conta de depósito em nome dos respectivos

titulares, na própria instituição administradora do FIDC ou em

instituições financeiras devidamente autorizadas pela CVM a prestar

serviços de escrituração de cotas de fundos de investimento que venham

a ser contratadas pela instituição administradora do FIDC. As cotas de

fundo fechado poderão ser registradas para negociação secundária em

bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado.

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Classe São admitidas cotas de classe sênior, que possuem preferência para

efeitos de amortização e resgate, e cotas de classe subordinada, que se

subordinam às cotas sênior para efeito de amortização e resgate.

Pagamentos Fundo aberto – As cotas podem ser resgatadas a qualquer momento, de

acordo com os termos e condições especificados no regulamento do

fundo.

Fundo fechado – As cotas só podem ser resgatadas em situações

específicas, tais como: (i) no término do prazo de duração de cada

série, classe das cotas ou do fundo, conforme estabelecido em seu

regulamento; ou (ii) em virtude da liquidação antecipada do fundo.

Além disso, são amortizadas: (a) em datas preestabelecidas no

regulamento do fundo; ou (b) em virtude de decisão da assembleia

geral de cotistas.

Rentabilidade Estimada As cotas sênior podem ter um parâmetro de rentabilidade estimado,

que não representa nem pode ser considerado como uma promessa,

garantia ou sugestão de que a cota atingirá tal rentabilidade. Representa

o limite máximo de remuneração possível para os investidores destas

cotas.

Distribuição Por intermédio de instituições integrantes do sistema de distribuição

de valores mobiliários autorizadas a exercer esta atividade pelo Banco

Central do Brasil. No caso de fundo fechado, ofertas públicas

dependem de prévio registro na CVM, exceto se cumprirem com os

requisitos previstos nas normas da CVM para dispensa de registro.

Somente os Investidores Qualificados podem subscrever ou adquirir

cotas de FIDC, conforme instrução específica da CVM que define o

termo.

No caso dos FIDC Não-Padronizados, a aquisição de cotas só é

permitida aos investidores profissionais, exceto se o fundo tiver como

objetivo preponderante a aplicação em direitos creditórios originados

de empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, e se a

integralização for feita em direitos creditórios.

Transferência Fundo aberto – as cotas não podem ser objeto de cessão ou transferência,

salvo por decisão judicial, excussão de garantia ou sucessão universal.

Fundo fechado – as cotas podem ser transferidas mediante termo de

cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, e

registrado em cartório de títulos e documentos, ou através de bolsa de

valores ou entidade de mercado de balcão organizado onde as cotas do

fundo sejam admitidas à negociação.

Liquidação Financeira CETIP ou BM&FBOVESPA.

Ambiente de Negociação CetipNet, Somafix e BovespaFix.

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Emissões O montante emitido de cotas de FIDC em 2016 equivaleu a

aumento de aproximadamente 25,0% em comparação com o ano

anterior. A figura 10 apresenta o histórico de emissões de cotas de FIDC

desde 2002 segregado por forma de constituição dos fundos e a figura

11 ilustra a captação líquida mensal ao longo do ano de 2016.

Condomínio Fechado Condomínio Aberto * Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

Fonte: Uqbar

Captação Líquida de Cotas de FIDC em 2016 – Montante (em R$ milhões)* FIG. 11

516

-1.501

666

-1.206-1.653

-467

599960

343

3.363

604

2.426

-1.058

-346

-1.034 -996

193

-794

-91 -221-4

-767

1.078843

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: Uqbar

Emissões de Cotas de FIDC - Montante (em R$ milhões)* FIG. 10

Condomínio Fechado Condomínio Aberto *Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

20

2002

1.358379

2003

3.110935

2004

8.914896

2005

8.8592.338

2006

8.8883.177

2007

6.69410.173

2008

4.4978.019

2009

13.8249.091

2010

27.60710.803

2011

11.1438.992

2012

8.59010.880

2013

10.35516.638

2014

10.34717.689

2015

8.83026.373

2016

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Definições das Classes de Ativo-lastro de FIDC TAB. 1

Ativo-lastro Definição

Crédito ImobiliárioCréditos decorrentes de financiamentos para a aquisição ou desenvolvimento de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da Habitação (SFH), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Crédito Pessoa JurídicaCréditos decorrentes de financiamentos à pessoa jurídica, geralmente têm como finalidade a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes), mas podem incluir outros fins como, por exemplo, comércio exterior, infra-estrutura e desenvolvimento.

Crédito PessoalCréditos decorrentes de financiamentos para consumo não-específico. Inclui operações de financiamento com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial.

Direitos Créditos decorrentes da cobrança de direitos trabalhistas ou cobrança de uma patente de produto, processo de produção, marca, etc. para permitir seu uso ou comercialização.

Financiamento de VeículosCréditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Prestação de Serviço Público Créditos decorrentes da prestação de serviços públicos (e.g. saneamento básico).

Recebíveis ComerciaisCréditos de curto prazo, geralmente 30 a 90 dias, decorrentes da venda de um bem ou serviço realizado por pessoas jurídicas. Estes ativos são regularmente utilizados por empresas como fonte de geração de capital de giro através de desconto destes junto a instituições financeiras (e.g. desconto de duplicatas ou cheques).

Recebíveis do AgronegócioCréditos decorrentes de financiamentos rural e agroindustrial, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Finalidades para estes financiamentos incluem investimento, custeio ou comercialização da produção.

Recebíveis EducacionaisCréditos incluem financiamentos a pessoa física com fins educacionais (e.g. pagamento de empréstimo para cursar uma universidade) e pagamentos decorrentes da prestação de serviços educacionais (e.g. mensalidade escolar).

Recebíveis Médicos

Créditos incluem (i) contratos de prestação de serviços médico-hospitalares, celebrados entre prestadores de serviços médicos (entidades hospitalares, clínicas, laboratórios de diagnósticos, etc.) e administradoras de planos de saúde, cooperativas médicas e odontológicas, seguradoras especializadas em saúde e instituições equivalentes (Operadoras); e (ii) contratos de seguro saúde celebrados entre Operadoras e empresas para o fornecimento de planos de saúde a seus empregados.

Setor PúblicoCréditos que têm como devedor o governo federal, estadual ou municipal, ou empresas cuja totalidade do controle acionário é detido pelo poder público, decorrentes da emissão de instrumentos de dívida, assunção e/ou reestruturação de passivos.

Títulos Mobiliários Créditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. debêntures, commercial papers, etc.).

Tributos Créditos decorrentes de impostos devidos ao setor público por pessoas físicas e jurídicas.

Multiclasse Créditos que incluem duas ou mais classes de ativo-lastro dentre as mencionadas nesta tabela.

Composição do MercadoA tabela 1 descreve os critérios utilizados pela Uqbar para

classificar os FIDC por tipo de ativos investidos.

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A figura 12 exibe as composições por ativo-lastro das emissões

de cotas de FIDC para os anos de 2015 e 2016.

A figura 13 mostra o histórico do Patrimônio Líquido dos FIDC

segregado por ativo-lastro e a figura 14 apresenta a representatividade

de cada categoria de ativo-lastro, em termos de Patrimônio Líquido, ao

final dos anos de 2015 e 2016.

Fonte: Uqbar

Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro2015 e 2016 (% do Montante Emitido)* FIG. 12

2016 2015*Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

60,6

17,6 4,9

3,5

3,2 2,5

2,3

1,8

1,7

0,7

0,5

0,5

0,2

54,1

11,3 9,6

11,1

04,5

0,5

2,2

2,0

1,3

0,4

3,0

0

Recebíveis Comerciais Crédito Pessoa Jurídica

Multiclasse Financiamento de Veículos

Títulos Mobiliários Prestação de Serviço Público

Crédito Imobiliário Setor Público

Crédito Pessoal Recebíveis do Agronegócio

Recebíveis Educacionais Direitos

Recebíveis Médicos

Fonte: Uqbar

*Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo-lastro (em R$ milhões)* FIG. 13

Recebíveis Comerciais Crédito Pessoa JuridicaMulticlasse Financiamento de Veículos Crédito Pessoal Outros

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

Jan-

07

Abr-

07

Jul-0

7 O

ut-0

7 Ja

n-08

Ab

r-08

Ju

l-08

Out

-08

Jan-

09

Abr-

09

Jul-0

9 O

ut-0

9 Ja

n-10

Ab

r-10

Ju

l-10

Out

-10

Jan-

11

Abr-

11

Jul-1

1 O

ut-1

1 Ja

n-12

Ab

r-12

Ju

l-12

Out

-12

Jan-

13

Abr-

13

Jul-1

3 O

ut-1

3 Ja

n-14

Ab

r-14

Ju

l-14

Out

-14

Jan-

15

Abr-

15

Jul-1

5 O

ut-1

5 Ja

n-16

Ab

r-16

Ju

l-16

Out

-16

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A figura 15 mostra o histórico do Patrimônio Líquido e do

número de FIDC Multicedente / Multisacado e a figura 16 apresenta o

histórico da participação destes fundos em relação a todo o mercado

de FIDC.

Fonte: Uqbar

Composição do Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo-lastro2015 e 2016 (%)* FIG. 14

2016 2015*Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

40,4 15,1

10,9

8,5

6,6

5,6

3,7

2,8

2,2

1,7 1,5

0,8

0,1

32,8

16,7

14,4

10,2

10,1

5,7

3,6

1,7

2,3

1,9

0,6

Recebíveis Comerciais Multiclasse

Crédito Pessoa Jurídica Setor Público

Financiamento de Veículos Prestação de Serviço Público

Crédito Pessoal Crédito Imobiliário

Direitos Títulos Mobiliários

Recebíveis do Agronegócio Recebíveis Educacionais

Recebíveis Médicos

Fonte: Uqbar

Patrimônio Líquido e Número de FIDC Multicedente / Multisacado FIG.15

PL Número de FIDC

0

50

100

150

200

250

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

Núm

ero

de F

IDC

PL (R

$ m

ilhõe

s)

Jan-

07Ab

r-07

Jul-0

7O

ut-0

7Ja

n-08

Abr-

08Ju

l-08

Out

-08

Jan-

09Ab

r-09

Jul-0

9O

ut-0

9Ja

n-10

Abr-

10Ju

l-10

Out

-10

Jan-

11Ab

r-11

Jul-1

1O

ut-1

1Ja

n-12

Abr-

12Ju

l-12

Out

-12

Jan-

13Ab

r-13

Jul-1

3O

ut-1

3Ja

n-14

Abr-

14Ju

l-14

Out

-14

Jan-

15Ab

r-15

Jul-1

5O

ut-1

5Ja

n-16

Abr-

16Ju

l-16

Out

-16

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A figura 17 mostra o histórico do Patrimônio Líquido e do

número de FIDC Não Padronizados e a figura 18 mostra o histórico da

participação destes fundos em relação a todo o mercado de FIDC.

Fonte: Uqbar

* Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

Patrimônio Líquido e Número de FIDC Não Padronizado* FIG. 17

PL Número de FIDC

Núm

ero

de F

IDC

PL (R

$ m

ilhõe

s)

0

50

100

150

200

250

300

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Jan-

07Ab

r-07

Jul-0

7O

ut-0

7Ja

n-08

Abr-

08Ju

l-08

Out

-08

Jan-

09Ab

r-09

Jul-0

9O

ut-0

9Ja

n-10

Abr-

10Ju

l-10

Out

-10

Jan-

11Ab

r-11

Jul-1

1O

ut-1

1Ja

n-12

Abr-

12Ju

l-12

Out

-12

Jan-

13Ab

r-13

Jul-1

3O

ut-1

3Ja

n-14

Abr-

14Ju

l-14

Out

-14

Jan-

15Ab

r-15

Jul-1

5O

ut-1

5Ja

n-16

Abr-

16Ju

l-16

Out

-16

*Sem o FIDC Sistema Petrobras NP

Fonte: Uqbar

Participação de FIDC NP em Relação ao Total da Indústria (%)* FIG. 18

PL Número de FIDC

0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Jan-

07Ab

r-07

Jul-0

7O

ut-0

7Ja

n-08

Abr-

08Ju

l-08

Out

-08

Jan-

09Ab

r-09

Jul-0

9O

ut-0

9Ja

n-10

Abr-

10Ju

l-10

Out

-10

Jan-

11Ab

r-11

Jul-1

1O

ut-1

1Ja

n-12

Abr-

12Ju

l-12

Out

-12

Jan-

13Ab

r-13

Jul-1

3O

ut-1

3Ja

n-14

Abr-

14Ju

l-14

Out

-14

Jan-

15Ab

r-15

Jul-1

5O

ut-1

5Ja

n-16

Abr-

16Ju

l-16

Out

-16

Fonte: Uqbar

Participação de FIDC Multicedente / Multisacadoem Relação ao Total da Indústria (%) FIG. 16

05

1015202530354045

PL Número de FIDC

Jan-

07Ab

r-07

Jul-0

7O

ut-0

7Ja

n-08

Abr-

08Ju

l-08

Out

-08

Jan-

09Ab

r-09

Jul-0

9O

ut-0

9Ja

n-10

Abr-

10Ju

l-10

Out

-10

Jan-

11Ab

r-11

Jul-1

1O

ut-1

1Ja

n-12

Abr-

12Ju

l-12

Out

-12

Jan-

13Ab

r-13

Jul-1

3O

ut-1

3Ja

n-14

Abr-

14Ju

l-14

Out

-14

Jan-

15Ab

r-15

Jul-1

5O

ut-1

5Ja

n-16

Abr-

16Ju

l-16

Out

-16

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RegistrosEsta seção consolida dados de registro junto à CVM. Informações

incluem a evolução histórica de registros de FIDC e das ofertas públicas

de cotas na autarquia.

A figura 19 apresenta a evolução histórica dos registros de ofertas

públicas de cotas de FIDC concedidos pela CVM e a figura 20 apresenta

a evolução histórica dos registros de FIDC junto à mesma.

Ofertas Públicas de Cotas de FIDC FIG. 19

Montante Registrado (R$ milhões) Quantidade de Registros

Fonte: Uqbar

150 1.530

4.613

7.879

12.777

9.962 9.731

8.213

10.004

7.128

3.9183.379

1.7962.938

9013

19

41

65

6770 72

32

38

30

2316

18 89

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: Uqbar

Número de FIDC Registrados na CVM por Ano FIG. 20

216

3852 58

7988

81 87

114

73

96110

124

158

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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DesempenhoAs figuras 21 e 22 expõem as evoluções mensais, ao longo do ano

de 2016, da razão percentual entre os direitos creditórios vencidos e não

pagos há mais de 30 dias –Atrasos (+30 dias)– e o total de Patrimônio

Líquido (PL), e da razão percentual entre as Recompras ocorridas em

determinado mês e o PL referente ao mês anterior. Os FIDC NP foram

excluídos desta análise.

Financiamento de Veículos Crédito Pessoa Jurídica

Fonte: Uqbar

Atrasos (+30 dias)/PL por Ativo-lastro em 2016 (%) FIG. 21

Recebíveis Comerciais

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Financiamento de Veículos Crédito Pessoa Jurídica

Fonte: Uqbar

Recompras/PL por Ativo-lastro em 2016 (%) FIG. 22

Recebíveis Comerciais

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

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Spreads A tabela 2 mostra os spreads calculados, em pontos base, como

o excedente da taxa de retorno do título frente à Taxa DI de duração

equivalente. Foram consideradas apenas as cotas de FIDC lastreados

em recebíveis comercias que possuíam na data de emissão duração

estimada dentro do intervalo de 1,5 a 3,5 anos.

Spreads por Classificação de Risco TAB. 2

2014 2015 2016

Classificação SpreadMínimo

Spread Máximo

Spread Mínimo

Spread Máximo

Spread Mínimo

Spread Máximo

AAA 0 0 322 322 380 380

AA 200 691 322 715 355 399

Fonte: Uqbar

Investidores A participação por classe de investidor em cotas de FIDC é

apresentada na figura 23. Essa estatística está baseada em dados

coletados pela Uqbar nos anúncios de encerramento de distribuição,

que representaram 59,9% do total emitido no ano.

Fonte: Uqbar

Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2016por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 23

40,6 %39,3 %

11,6 %

5,3 %

1,4 %

1,8 %

Pessoas Jurídicas

Instituições Financeirase Pessoas (Físicas ou Jurídicas)Ligadas a(os) Originador(es)dos Créditos

Fundos de Investimento

Entidades de PrevidênciaPrivada

Instituições IntermediáriasParticipantes do Consórciode Distribuição e PessoasLigadas (Físicas ou Jurídicas)

Outros

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Mercado SecundárioA figura 24 mostra a evolução histórica do montante negociado

de cotas de FIDC realizado na BM&FBOVESPA e registrado na CETIP.

CedentesA figura 25 apresenta a distribuição dos cedentes de ativos para

FIDC por tipo de atividade econômica destes. As participações foram

calculadas tendo como base o montante de títulos emitidos durante o

ano de 2016.

A categoria Multisegmento inclui cedentes de dois ou mais setores

econômicos.

Fonte: CETIP / BM&FBOVESPA

Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP –Montante (em R$ milhões) FIG. 24

BM&FBOVESPA CETIP

381

1.000

875

523

943

13996

25

722

10

11

7

8

0

558

1.896

4.361

2.604

1.7041.239

2.608

3.559

2.566

4.100

5.127

3.558

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: Uqbar

Emissões de Cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2016 FIG. 25

28,2 %

25,1 %

24,9 %

5,2 %

4,0 %

12,6 %

Multisegmento

Indústria

Construção

Outros

Comércio/Serviços

Intermediação Financeira

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Classificação de RiscoAs tabelas 3 e 4 apresentam a quantidade de elevações e

rebaixamentos de classificação de risco realizadas pelas agências de

classificação de risco em 2015 e 2016 para cotas de FIDC.

Quantidade de Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC -2015 e 2016 TAB. 3

Elevações 2015 2016

AAA 4 -

AA 11 3

A 5 2

BBB 1 -

BB 1 -

B - 1

CC - 3

Total 22 9

Fonte: Uqbar

Quantidade de Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC– 2015 e 2016 TAB. 4

Rebaixamentos 2015 2016

AA 15 45

A 31 12

BBB 13 11

BB 2 15

B 8 8

CCC 3 5

CC 2 4

C - 3

D 1 5

Total 75 108

Fonte: Uqbar

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CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO (CCB)

Esta seção apresenta informações sobre as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios nesta câmara.

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Termos e Condições

Descrição Título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de

instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando

promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de

crédito, de qualquer modalidade.

A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo

admitida a emissão da CCB em favor de instituição domiciliada no

exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao

foro brasileiros. CCB em favor de instituição domiciliada no exterior

poderá ser emitida em moeda estrangeira.

Emissor Pessoa física ou jurídica, que tem uma instituição financeira credora

como contraparte.

Garantia Poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória,

cedularmente constituída. A constituição de garantia poderá ser feita

na própria CCB ou em documento separado, neste caso fazendo-se, na

cédula, menção a tal circunstância.

Forma Cartular ou escritural.

Registro A validade e eficácia deste título de crédito não dependem de registro,

mas as garantias reais, por ele constituídas, ficam sujeitas, para valer

contra terceiros, aos registros ou averbações nos cartórios competentes,

conforme previsto na legislação aplicável.

Pagamento do Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.

Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.

Os juros podem ser capitalizados.

Negociação Diretamente entre as partes interessadas.

Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros

das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de

ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

A negociação de CCB que constitua crédito, sem coobrigação da

instituição cedente, contra órgão ou entidade do setor público,

diretamente ou por meio de certificado, deve ser objeto de comunicação

ao Banco Central do Brasil, sempre que o comprador for pessoa não

integrante do Sistema Financeiro Nacional.

Liquidação Financeira CETIP.

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RegistrosA figura 26 apresenta a evolução histórica dos depósitos de CCB

na CETIP. Já a figura 27 mostra a evolução histórica das negociações de

CCB registrados nessa câmara.

Fonte: CETIP

Depósitos de CCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 26

42 512 1.2383.481

5.170

10.399

13.706

23.149

16.823

21.386

31.869

35.898

29.690

24.636

19.863

12.260

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: CETIP

Negociações de CCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 27

39553

1.657

4.051 4.293

7.259

11.954 11.723

7.0716.567

8.481

6.127

3.881 3.5922.923

2.354

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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CERTIFICADOS DE CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO (CCCB)

Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque dos certificados nesta câmara.

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Termos e Condições

Descrição Título representativo de cédulas de crédito bancário. O CCCB pode

representar cédulas de diferentes valores, prazos e condições de

remuneração.

Emissor Instituição financeira depositária de cédulas de crédito bancário, que

responde pela origem e autenticidade das respectivas cédulas e atua

como mandatária do seu titular, sendo responsável pela cobrança

destas.

Lastro CCB. As cédulas e as importâncias recebidas pela instituição financeira

a título de pagamento do principal e de encargos não poderão ser objeto

de penhora, arresto, sequestro, busca e apreensão, ou qualquer outro

embaraço que impeça sua entrega ao titular do certificado.

Garantia Equivalente às garantias constituídas nas cédulas que representa.

Forma Cartular ou escritural.

Pagamento de Principal Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa.

Pagamento de Juros Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa.

Negociação Diretamente entre as partes interessadas.

Transferência Mediante endosso ou termo de transferência, se escritural, devendo,

em qualquer caso, a transferência ser datada e assinada pelo seu titular

ou mandatário com poderes especiais e averbada junto à instituição

financeira emitente, no prazo máximo de dois dias.

No caso de emissão sob a forma escritural, a titularidade também

poderá ser transferida através de registro do negócio efetuado em

sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados

pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP.

RegistrosAs figuras 28, 29 e 30 apresentam, respectivamente, a evolução

histórica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CCCB registrados

na CETIP.

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Fonte: CETIP

Depósitos de CCCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 28

3 24 50 23

560

821

1.420

810

1.331

1.060

446318

29124

204 161

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: CETIP

Estoque de CCCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 29

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

Dez-

01Ab

r-02

Ago-

02De

z-02

Abr-

03Ag

o-03

Dez-

03Ab

r-04

Ago-

04De

z-04

Abr-

05Ag

o-05

Dez-

05Ab

r-06

Ago-

06De

z-06

Abr-

07Ag

o-07

Dez-

07Ab

r-08

Ago-

08De

z-08

Abr-

09Ag

o-09

Dez-

09Ab

r-10

Ago-

10De

z-10

Abr-

11Ag

o-11

Dez-

11Ab

r-12

Ago-

12De

z-12

Abr-

13Ag

o-13

Dez-

13Ab

r-14

Ago-

14De

z-14

Abr-

15Ag

o-15

Dez-

15Ab

r-16

Ago-

16

Fonte: CETIP

Negociações de CCCB na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 30

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

6 0 2

712

402

1.095

561

2.643

1.519

490 387

33 124 188405

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Com o presente quadro fiscal que se afigura em todas as

esferas governamentais no país, diversas estratégias têm sido

aventadas por legisladores e membros do executivo e judiciário

no intuito de buscar algum alívio financeiro para os entes

públicos.

Frequentemente a securitização de dívida ativa aparece

elencada entre as principais alternativas de captação de

recursos. Porém, como esta tecnologia financeira tem

recebido atenção sem precedentes dos integrantes do governo,

incompreensão e desconhecimento tem transpassado o debate

público, principalmente pelo fato do processo envolver a cessão

de ativos financeiros governamentais.

No debate que se segue, a noção de endividamento

contaminou a ideia de securitização, a despeito de parecer

emitido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN/

CAF/Nº1579/2014), afirmando que antecipar recursos através

da cessão de dívida ativa é coisa distinta de endividamento.

O fato de que os ativos sendo cedidos são créditos

tributários referentes à dívida ativa não muda em nada a natureza

e implicações da operação. Salvo a ocorrência de compromissos

adicionais, não há alteração no passivo do balanço do cedente

dos créditos. Trata-se de uma operação de captação de recursos

que envolve exclusivamente contas de ativo. No caso da cessão

de dívida ativa (créditos tributários), a operação, por si só, não

resulta em assunção de passivo financeiro ou promessa de

pagamento por parte do ente público, o cedente da dívida ativa.

Sendo assim, não há impacto no montante considerado em

indicadores que limitam o endividamento dos entes federados

no âmbito da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Outra especificidade da dívida ativa, que parece ainda

bastante mal compreendida, se refere à natureza temporal

das operações desse tipo. Isso porque a LRF também pontifica

limites ao comprometimento das receitas futuras dos entes.

Contudo, recursos “antecipados” recebidos pela cessão de

dívida ativa não representariam um comprometimento futuro do

balanço de um ente público e/ou administrações futuras, uma

vez que representam tão somente uma recomposição de receitas

devidas e não pagas, e em relação às quais há baixíssimos níveis

de recuperação.

DEBÊNTURES DE DÍVIDA ATIVA

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Talvez por conta dessa confusão de conceitos, o Projeto

de Lei do Senado nº 204 (PLS 204), que autoriza a cessão

de dívida ativa por parte dos entes federados, tenha sofrido

tantas alterações ao longo de sua tramitação naquela câmara.

Originalmente bastante similar à lei estadual paulista (Lei

13.723/09), que viabilizou operações de securitização de

dívida ativa já realizadas pelo Estado de São Paulo, como se

verá adiante, o conteúdo do PLS 204 sofreu transformações

por meio de substitutivos que o distanciaram do texto original,

e qualquer menção referente aos Fundos de Investimento em

Direitos Creditórios (FIDC) acabou eclipsada.

Por pelo menos duas oportunidades o PLS 204 entrou em

pauta para votação no Senado Federal, embora o seu projeto

original nunca tenha sido apreciado. Em votação ocorrida em

dezembro de 2016, a Câmara Alta rejeitou um dos substitutivos

do PLS 204, mas o projeto original poderá voltar oportunamente

à apreciação pelo Senado, uma vez que está pronto para inclusão

em Ordem do Dia.

Desde 2005 várias operações de securitização de dívida

ativa foram viabilizadas, mas os FIDC não têm sido utilizados

pelos captadores de recursos. As iniciativas que planejavam

adotar o FIDC como veículo para a venda de dívida ativa sofreram

interrupção abrupta em 2015, depois que o Tribunal de Contas da

União (TCU) determinou que a Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) suspendesse registros de FIDC NP que investissem em

direitos creditórios oriundos de receitas públicas originárias ou

derivadas dos entes federativos bem como de suas autarquias

e fundações e que não contivessem autorização expressa do

Ministério da Fazenda, nos termos da Lei de Responsabilidade

Fiscal. Na prática, a medida obstou qualquer ente federativo de

se utilizar do expediente do FIDC NP para captar recursos, além

de elevar, indiretamente, os custos de captação desses entes.

Acabou prevalecendo, então, o modelo no qual empresas

criadas por entes governamentais adquirem de seu criador a

dívida ativa refinanciada e financiam esta compra através da

emissão de valores mobiliários, debêntures, no caso. Através da

cessão fiduciária do pagamento da dívida ativa, fica garantido

o pagamento de debêntures de classe sênior adquiridas pelos

investidores da operação.

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Dos entes federados, a União é quem apresenta, sem dúvida,

o maior montante em estoque de dívida ativa total, superando a

marca de R$1,50 trilhão. Da mesma forma, o respectivo volume

de arrecadação anual não deixa de ser significativo, em termos

absolutos, superando os R$10,00 bilhões nos cinco anos a contar

de 2011. Contudo, a relação entre a arrecadação e o estoque

se mostra desfavorável para o primeiro. Em 2015, como mostra

a figura 31, o total arrecadado representou apenas 0,8% do

estoque computado ao final do ano. Desde 2013 a trajetória da

arrecadação é decrescente, em termos absolutos e relativos.

De maneira independente, os estados da federação

e o Distrito Federal têm, cada um à sua maneira, tentado

buscar alternativas para sanar o quadro fiscal deficitário que

se apresenta nos últimos anos. Poucos estados, no entanto,

concretizaram operações de securitização de dívida ativa,

embora o potencial não possa ser desprezado. Como ilustra

a figura 32, São Paulo é o único estado a arrecadar em dívida

ativa, em 2015, cifra superior a R$1,00 bilhão, seguido pelo Rio

Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Porém, quando

se contrasta o montante arrecadado com o total em estoque,

como exibe a figura 33, constata-se que, entre os dez estados

que mais arrecadaram em dívida ativa em 2015, apenas Rio

Grande do Sul e Rio de Janeiro estão elencados entre aqueles

dez de maior índice de arrecadação, tendo auferido 1,98%

e 1,18% dos respectivos totais em estoque. Quem lidera a

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Fonte: Prestação de Contas da Presidência da República

Arrecadação da Dívida Ativa da União – Evolução Histórica FIG. 31

5

14 12

23

19

13

0,6%

1,4%1,0%

1,8%

1,4%

0,8%

2010 2011 2012 2013 2014 2015Arrecadação (R$ bilhões) Arrecadação/Estoque

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lista é o Amazonas, atingindo quase 3,0%, seguido de perto

pelo Espírito Santo. Como se percebe, mesmo o estado de

maior percentual de arrecadação ainda registra índice pouco

significante, ilustrando o potencial negligenciado de obtenção

de recursos por essa fonte.

Como afirmado anteriormente, desde 2005 já se registram

emissões de securitização de dívida ativa, mas o volume de

operações se mostrou relevante somente a partir de 2012. A

figura 34 exibe este histórico intermitente, informando o volume

de debêntures referente apenas à distribuição junto a terceiros,

ou seja, não incluindo debêntures adquiridas pelo próprio ente

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Fonte: SICONFI

Percentual de Arrecadação em Relação ao Estoque da Dívida Ativados Estados e DF –10 Maiores de 2015 (%)

FIG. 33

2,94

2,85

2,14

2,12

1,98

1,53

1,42

1,21

1,18

1,18

AM

ES

AC

TO

RS

MA

PA

SC

BA

RJ

Fonte: SICONFI

Arrecadação da Dívida Ativa dos Estados e DF – 10 Maiores de 2015 (em R$ milhões)

FIG. 32

1.834

843

692

478

438

369

156

155

144

141

SP

RS

RJ

MG

DF

ES

BA

PA

SC

GO

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federativo. Vale notar os valores minúsculos em comparação à

cifra que representa o estoque total de dívida ativa. O estado

de São Paulo é aquele que assumiu a dianteira da prática de

securitização de dívida ativa de caráter tributário, tendo sua

Companhia Paulista de Securitização (CPSec) já captado,

aproximadamente, R$2,00 bilhões através de emissão de três

séries consecutivas de debêntures. Como mostra a tabela 5, os

estados que já emitiram títulos de securitização de dívida ativa

são aqueles que mais arrecadam em termos absolutos, com a

exceção do Rio de Janeiro.DÍVI

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Fonte: Uqbar

Emissões de Securitização de Dívida Ativa – Evolução Histórica (em R$ milhões)* FIG. 34

120

2005

916

2012

1.030

2014

740

2015 * Note que os anos não são consecutivos. Os anos não representados na figura tem valor 0.

Fonte: Uqbar

Emissões de Securitização de Dívida Ativa TAB 5

EmissorPeríodo de Emissão

Montante Emitido(R$ milhões)

Séries Emitidas

LastroFaixa de

PrazoFaixa de Rating

CADIP (RS) 2005 120 1 ICMS 2 anos A-

CPSEC (SP) 2012 a 2015 2.140 3 ICMS 4 a 5 anos BBB a AA

MGI (MG) 2012 316 1 ICMS 5 anos AA

PBH (Belo Horizonte) 2014 230 1 ISS e IPTU 7 anos AA

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TÍTULOS IMOBILIÁRIOS2

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IntroduçãoO setor imobiliário, cujo desempenho é altamente correlacionado

com as trajetórias de variáveis macroeconômicas como o Produto

Interno Bruto (PIB), a taxa de desemprego, a inflação e as taxas de

juros, foi decisivamente impactado, nos últimos anos, pela fragilidade

combinada de todos esses indicadores. Em 2016, inflação decrescente e

taxas de juros declinantes pressagiaram um futuro menos tortuoso, mas

a reversão de outras variáveis –condições necessárias para a retomada

do crescimento do setor imobiliário– não haviam se materializado ainda.

A forte recessão vivenciada no país atingiu em cheio agentes

econômicos de relevo no mercado imobiliário. As pessoas físicas,

quando não afetadas pelo desemprego, viram seu poder de compra

sofrer importante retração. Empresas, notadamente construtoras e

incorporadoras imobiliárias, com números crescentes de distratos e

severos problemas de liquidez e de crédito, perderam valor de mercado

e, em alguns casos, entraram em processo de recuperação judicial.

Finalmente, o governo, em praticamente todas as suas esferas, enfrenta

severa restrição fiscal, o que limita os importantes aportes de recursos

desse agente no setor imobiliário.

Em geral, também o crédito imobiliário se encontrou abalado

pelo quadro econômico recessivo. Em particular, as fontes bancárias,

historicamente protagonistas no financiamento imobiliário, foram as

que mais padeceram dos fatores conjunturais, tendo diminuído o ritmo

de concessão de novos financiamentos. Questões estruturais referentes

ao modelo de financiamento que vigora, centrado na caderneta de

poupança, revelaram as vulnerabilidades que persistem.

Por outro lado, a leitura do desempenho das várias fontes de

financiamento imobiliário do mercado de capitais conduz a uma

perspectiva mais construtiva. Os mercados primários de debêntures

e cotas de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) mantiveram

patamares do ano anterior, enquanto o mercado secundário deste

último registrou expressivo aumento do nível de liquidez, além de

valorização média dos preços das cotas. No âmbito do mercado de

Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), título de securitização

de finalidade exclusivamente imobiliária, que são objeto de análise

deste capítulo, as emissões anuais bateram novo recorde, ao mesmo

tempo em que se identificou sutil mudança saudável de composição

de mercado.

Em termos de mudanças regulatórias de impacto potencial no

mercado de CRI, a Resolução nº 4.410 do Banco Central do Brasil

(BCB) –alteradora da Resolução nº 3.932– publicada em 28 de maio de

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2015, alterou as regras concernentes ao direcionamento de recursos

captados junto à caderneta de poupança pelas instituições financeiras,

extinguindo a possibilidade de que investimentos em CRI com lastro

composto por financiamentos imobiliários fora do formato do Sistema

Financeiro da Habitação (SFH) fossem enquadrados, para fins de

exigibilidade regulamentar, no direcionamento exigível de recursos

captados via caderneta de poupança.

Mais recentemente, em fevereiro de 2016 o BCB publicou

a Resolução nº 4.464, que também altera a Resolução nº 3.932,

estabelecendo que os valores referentes aos créditos imobiliários que

foram cedidos pelas instituições integrantes do SBPE às Securitizadoras

Imobiliárias (entre 1º de março de 2016 e 31 de dezembro de 2017) e

que componham o lastro de CRI poderão ser, de forma decrescente ao

longo do tempo, computados para atendimento da exigibilidade de que

no mínimo 65,0% do montante captado em depósito de poupança seja

utilizado em operações de financiamento imobiliário.

As emissões de CRI em 2016, após crescerem 65,4% em relação

à cifra de 2015, atingiram seu recorde histórico: R$17,77 bilhões. Em

2015 a cifra havia atingido R$10,74 bilhões. Em relação ao recorde

anterior a quantia de 2016 não registra crescimento tão elevado. Em

2014, ano do recorde anterior, haviam sido emitidos R$16,74 bilhões

em CRI, denotando crescimento de 6,2% na comparação. Em 2013, o

segundo ano em que o montante emitido de CRI ultrapassou os R$10,00

bilhões, a cifra emitida já havia atingido R$16,64 bilhões.

Ao segmentar as operações de CRI quanto ao tipo de ativo-lastro,

Crédito Imobiliário –sempre predominante no mercado– também

vivenciou expansão. As operações classificadas como desta classe

somaram R$16,11 bilhões no ano, a maior cifra registrada desde

1999, tendo representado 90,7% do total de 2016. Desde 2011 este

percentual tem se mantido sempre acima dos 65,0%. Quanto à classe

Aluguel, em 2016 a mesma respondeu por cifra equivalente a R$1,65

bilhão, bastante próximo da média dos últimos cinco anos, mas

significativamente inferior ao recorde de R$4,55 bilhões auferido em

2011. A primeira e única vez em que se teve registro de CRI emitido

cujo ativo-lastro fosse enquadrado como Multiclasse ocorreu em 2013,

em montante de R$106,0 milhões.

A classe Crédito Imobiliário, no entanto, se dilatou pela presença

de operações de CRI de grande monta cuja característica unificadora

é a adoção da Taxa Referencial (TR) como componente do cálculo dos

juros remuneratórios dos títulos. Entre outras características, essas são

operações cujo cedente é uma instituição financeira que atua apenas

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como repassador dos créditos imobiliários, uma vez que a originação e

a cessão dos créditos imobiliários são concomitantes ou, como se verá

mais adiante, CRI são estruturados na medida para que o FGTS possa

realizar a compra do título, não havendo, assim, qualquer distribuição

ao mercado.

Criada no início da década de 1990, a TR é utilizada na fixação

do rendimento da poupança e do FGTS, e no seu cálculo –que leva

em conta uma média de taxas praticadas no mercado– é aplicado

também um redutor definido arbitrariamente pelo BCB. Dado que a

TR não é uma taxa comumente utilizada em contratos de mercado, e

devido à natureza de sua composição, a Uqbar passou a segmentar as

operações de CRI entre operações mais genuinamente de mercado e

aquelas que não o são, sendo estas últimas aquelas com remuneração

atrelada à TR.

Verifica-se, assim, que as operações de CRI que se distanciam

do conceito de operações de mercado predominam, em termos de

montante, desde 2014. Em 2016 as emissões das denominadas

“operações TR” somaram R$11,43 bilhões, ou 64,3% do total do

ano. A cifra é bem superior aos R$6,25 bilhões assinalados em 2015,

mas ligeiramente inferior aos R$11,45 bilhões de 2014. Por outro

lado, as operações mais genuinamente de mercado, ou seja, com

rentabilização a taxas de mercado, e também com investidores que

não são necessariamente vinculados aos seus cedentes, marcaram

R$6,34 bilhões em emissões em 2016, a terceira maior quantia anual

histórica.

As operações de mercado adotam outros indexadores que não a

TR, como a Taxa DI e índices de inflação (IPCA, IGP–M, etc.). Aquelas

atreladas à Taxa DI viram seu montante mais que duplicar no último

ano, até atingir R$4,19 bilhões em 2016 (23,6% do total), contra

R$2,08 bilhões em 2015 (19,3% do total). Os CRI remunerados de

forma indexada à inflação registraram queda de participação. Em 2016,

11,7% do mercado primário se referiu àquelas emissões que tiveram

como indexadores de remuneração índices de inflação, principalmente

o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2015 o percentual

havia sido da ordem de 21,6%.

Em termos do total emitido anualmente em CRI segmentados

por faixa final de prazo, tem-se a confirmação do perfil de longo prazo

desse título. A maior parcela dos CRI emitidos em 2016, 61,1% do total,

correspondeu àqueles com faixa de prazo de vencimento entre 10 e 15

anos. Nesta faixa de prazo estão concentradas as maiores operações de

CRI emitidas em 2016 que, em sua maioria, têm prazo de vencimento

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equivalente a 179 meses. Todas elas têm como lastro contratos de

financiamentos imobiliários de imóveis residenciais urbanos, que

tem prazo de vencimento naturalmente mais alongado e, sendo uma

característica dos CRI o casamento de prazo com o respectivo lastro,

o prazo de vencimento dos títulos se alongou de acordo. Já os títulos

emitidos em 2016 e com prazo de 5 a 10 anos registraram a menor fatia

frente ao total emitido desde 2007, apenas 9,7%. Os CRI com prazo de

até 5 anos marcaram 13,5% do total emitido. Para efeito comparativo,

em 2015 a composição das emissões de CRI se construiu de maneira

um pouco mais equitativa entre as faixas de prazo. Os títulos emitidos

com prazo superior a 15 anos atingiram 35,1% do total, já aqueles com

prazo entre 10 a 15 anos representaram 17,7% do total do montante

emitido. Os títulos nas faixas de prazo de 5 a 10 anos e de até 5 anos

representaram 31,5% e 15,7%, respectivamente.

O montante de R$17,77 bilhões em CRI emitidos pelas 18

Securitizadoras Imobiliárias atuantes em 2016 foi repartido bastante

desigualmente entre os emissores. A Cibrasec capturou 65,0% do total

emitido no ano, tendo emitido R$11,55 bilhões em CRI. A RB Capital, a

segunda securitizadora que mais emitiu em 2016, trouxe à luz R$1,70

bilhão em CRI, menos de 15,0% da cifra da primeira colocada, enquanto

a Ápice auferiu R$1,13 bilhão no ano, o que corresponde a 9,6% e 6,4%,

respectivamente, do total emitido em 2016. Gaia, Habitasec e Brazilian

Securities obtiveram 5,5%, 2,6% e 2,1% dos CRI emitidos no ano. As

outras 12 securitizadoras somaram participação de apenas 8,8%.

Quinze séries de CRI foram registradas na Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) em 2016 para que fossem alvo de distribuição

pública conforme os ritos da Instrução CVM nº 400 (ICVM 400). Essas

15 séries perfazem montante de R$1,86 bilhão. Esse é o maior número

anual de séries deste tipo de oferta dos últimos cinco anos. No período

compreendido entre 2004 e 2011 chegou-se a registrar anualmente

mais que o dobro do número de séries registradas em 2016, mas desde

então o indicador tem se mostrado mais rarefeito. Já o histórico da

cifra registrada anualmente, depois de ter atingido a mínima histórica

dos últimos 12 anos em 2015, alcançou, em 2016, o quinto ponto

mais elevado desde 1999. Em 2015, comparativamente, apenas dez

séries foram registradas na CVM para distribuição conforme os ritos da

ICVM 400, perfazendo montante de R$333,9 milhões. Isso denota um

crescimento percentual de 50,0% em relação ao número e 457,2% em

relação ao montante na comparação entre 2016 e 2015.

A ampliação do montante de ofertas públicas registradas

expandiu a parcela das emissões de CRI distribuídas para o público

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amplo em relação ao total emitido. Das emissões computadas em

2016, R$1,80 bilhão foi distribuído no mercado conforme as normas

da ICVM 400, o que equivale a 10,1% do total. Em 2015 este percentual

atingiu apenas 4,8%. Tradicionalmente, porém, as ofertas registradas

segundo o regime de esforços restritos, estabelecido pela Instrução

CVM nº 476 (ICVM 476), compõem a maioria. Ofertas com esforços

restritos somaram 89,9% do total de emissões em 2016, o menor

percentual das emissões segundo esse rito nos últimos três anos. Para

efeito comparativo, em 2015 o percentual havia sido de 95,2%, e, no

ano anterior, 96,1%.

Há ainda um percentual marginal das emissões de CRI ocorridas

em 2016 que representa os títulos que obtiveram a dispensa de registro

de distribuição, nos casos em que os CRI são distribuídos em lote único

e indivisível. Em 2016 o único CRI assim distribuído perfez emissão de

R$4,5 milhões, o que representa 0,03% do total. Entre 2012 e 2015 os

CRI distribuídos dessa forma foram nulos, ao passo que até 2009, ano

do advento da ICVM 476, CRI cujos registros haviam sido dispensados

representavam grande parte do total.

Também no órgão regulador, quatro novas Securitizadoras

Imobiliárias obtiveram registro de funcionamento, uma unidade inferior

ao número referente a 2015. Nenhuma das novas securitizadoras

registradas na CVM, entretanto, chegou a emitir CRI em 2016.

Além do registro de novos emissores, o ingresso de novos

participantes no mercado de securitização imobiliária se deu pela

assunção do controle acionário de securitizadoras já registradas

e atuantes. Em novembro de 2016 a RB Capital Companhia de

Securitização, um dos principais emissores de CRI, teve seu controle

adquirido pela ORIX Brasil, uma controlada indireta da ORIX

Corporation, companhia de serviços financeiros com sede no Japão.

A transação, por sua vez, não acarretou qualquer transferência do

controle da RB Capital Securitizadora.

No sentido contrário, houve também um movimento de

concentração entre emissores. No fim de setembro de 2016 a

securitizadora ISEC comprou 100,0% das ações da Novasec, e em

meados de dezembro voltou à carga adquirindo o controle integral

da securitizadora SCCI, que atuava há pouco mais de dois anos no

mercado de securitização imobiliária. Dessa forma, neste Anuário o

desempenho atribuído à ISEC receberá a adição daqueles referentes à

Novasec e à SCCI.

O montante em estoque de CRI na CETIP atingiu R$73,63 bilhões

ao final de 2016, marca 21,4% superior ao nível de um ano antes,

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quando este indicador se encontrava em R$60,63 bilhões. O recorde de

emissões de CRI em 2016 e a natureza de médio e longo prazo desses

títulos se reflete claramente neste ritmo de crescimento.

A análise do spread médio dos CRI por indexador e por níveis de

risco de crédito aponta para a diminuição do spread dos CRI emitidos

em 2016 em relação àqueles emitidos em 2015. A avaliação, no entanto,

se limita pelo pequeno número de emissões com classificação de risco

e remuneração atrelada à inflação e pela não consideração do efeito do

prazo das operações no seu valor de spread. O spread dos CRI indexados

ao IPCA e classificados com a nota ‘A’ atingiu 10,0% em 2016, enquanto

que naqueles também indexados a este índice, mas classificados com

a nota ‘AA’, o spread marcou 7,8%, e os classificados com a nota ‘AAA’

apresentaram spread médio de 6,2%. Já os CRI emitidos em 2016

indexados ao IGP–M e classificados com a nota ‘A’ registraram spread

médio de 11,1%, enquanto para aqueles com nota equivalente a ‘AA’ o

fator de acréscimo atingiu 5,8%.

Como mencionado anteriormente, o FGTS voltou a ter papel

importante no mercado de CRI em 2016, tendo comprado a maior

fatia dos CRI emitidos no ano. Esta classe de investidor é a responsável

pela aquisição de títulos que somaram 53,7% do montante emitido

em 2016, baseado em amostra correspondente a 93,0% dos R$17,77

bilhões emitidos no ano, fatia para a qual a Uqbar obteve acesso aos

dados para o mapeamento dos investidores.

A predominância do FGTS como investidor de CRI se deu por

via da Resolução nº 798, editada em fevereiro de 2016, na qual o

Conselho Curador do fundo decidiu por suplementar o orçamento

operacional do FGTS para o exercício de 2016. Desse modo, foram

reservados R$10,00 bilhões para aquisição de CRI no referido ano,

dos quais R$8,88 bilhões foram efetivamente utilizados pelo FGTS

para compra de CRI, segundo registram as informações sobre o perfil

dos investidores de CRI disponibilizadas na CVM. A segunda classe de

investidor que mais investiu no mercado primário de CRI é aquela dos

Fundos de Investimento. Esta categoria de investidor adquiriu 17,3%

dos CRI considerados na amostra.

As instituições intermediárias participantes do consórcio de

distribuição respondem pela terceira maior fatia do investimento

total em CRI emitidos em 2016, representando 17,1% da amostra.

Já os investidores Pessoas Físicas representaram 9,9% do montante

investido considerado. Finalmente, Pessoas (Físicas ou Jurídicas)

ligadas à emissora e/ou aos participantes do consórcio registram

aquisição de parcela marginal dos CRI emitidos em 2016, apenas

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0,6%. Sob a categoria Outros estão reunidos Pessoas Jurídicas,

Instituições Financeiras, Investidores Estrangeiros e Entidades de

Previdência Privada. Esta combinação de classes somou participação

equivalente a apenas 1,4% do montante de CRI referente à amostra

de 2016.

É razoável supor que parcela significativa dos investidores

classificados como Fundos de Investimento se trate de Fundos de

Investimento Imobiliário (FII). Em um contexto macroeconômico

recessivo que prevaleceu durante o ano, com efeitos que se alastram

pelo mercado imobiliário real, interessantemente, o apetite dos FII

por este título de securitização se renovou. Não por acaso, o PL e o

número de FII que investem preponderantemente em CRI atingiu seu

ápice em 2016.

Imóveis, que constituem o principal objeto de investimento dos

FII, estão sujeitos a episódios de vacância e inadimplência, que se

tornaram mais frequentes em 2016. Os CRI, por outro lado, apesar

do vínculo com o setor imobiliário, são títulos de crédito estruturados,

ativos cujo conjunto de riscos e perfil de pagamentos não coincide

com o conjunto de riscos e perfil de pagamentos de um imóvel. Em

relação ao perfil de pagamentos, os CRI, além de se caracterizarem

como instrumentos de renda fixa, podem ter remuneração atrelada

à taxa DI, ou desfrutar da atualização monetária do saldo devedor

em base mensal por algum índice de inflação, o que é vantajoso em

períodos nos quais a inflação se mantém em patamar elevado. Além

disso, os CRI podem ter a correção monetária do valor do seu principal

preponderantemente distribuída como rendimentos a cotistas de FII

que investem nestes títulos.

Por essas características e diferenças, pode-se inferir que, em

2016, a predileção dos investidores por FII de imóveis se reduziu,

enquanto aumentou a preferência pelos FII de Renda Fixa. Em paralelo,

os próprios FII de Imóveis, como estratégia de diversificação de risco

e gestão de liquidez, também parecem ter passado a complementar

suas respectivas carteiras de forma mais marcante com esses títulos

de securitização. Vale notar que os FII também desempenham papel

importante, no sentido da pulverização do investimento em CRI, aos

investidores pessoas físicas, principais investidores daquele veículo

de investimento. Através de aquisição de cotas de FII que investem

em CRI, as pessoas físicas também realizam investimentos indiretos

nestes títulos, mas passam a contar com a capacitação de um gestor

profissional para seleção destes títulos estruturados.

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Com base na posição das carteiras dos FII de toda a indústria em

dezembro de 2016, a Uqbar rastreou retroativamente toda a evolução

histórica mensal de PL e de número de FII cuja carteira alocada esteve

decisivamente em CRI, como nos casos dos Fundos de Renda Fixa e dos

Fundos de Imóveis que resolvem manter relevante parcela da carteira

alocada em CRI. No final de 2016 investiam relevantemente em CRI um

conjunto de 29 FII, que somavam PL de R$7,23 bilhões. Vale notar que

esses fundos detinham em suas carteiras um total de R$5,67 bilhões

em CRI, valor este que correspondia a 7,7% do montante total em

estoque no mercado deste título na mesma data.

Comparativamente, em dezembro de 2015 existiam 24 FII com

investimentos preponderantes em CRI, somando PL equivalente a

R$4,62 bilhões. Ao fim de 2014 o número destes fundos atingia 21 e

o PL marcava os R$3,90 bilhões. Em termos percentuais, o número de

fundos registra crescimento de 20,8% entre 2016 e 2015, e de 14,3%

entre 2015 e o ano anterior. Já o PL se expandiu em ritmo mais intenso,

crescendo 56,3% entre 2016 e 2015 e 18,7% entre 2015 e 2014. Ao

se analisar graficamente a evolução em base mensal do PL desses

fundos, percebe-se que durante 2014 o PL esteve praticamente estável,

enquanto no ano seguinte a inclinação da curva se tornou mais positiva,

até que em 2016 o salto do PL o empurrou para quase o dobro do seu

nível que vigorou dois anos antes.

Contrariando o cenário predominante nos quatro anos anteriores,

o mercado secundário de CRI em 2016 não seguiu tendência

impulsionada pelo movimento de emissões deste mesmo título. De

2012 a 2015, o montante negociado de CRI se manteve em patamar

superior àquele auferido no mercado primário deste título. Em 2016,

ao contrário, apesar do aumento de 65,4% da cifra assinalada no

mercado primário, as transações registradas na BM&FBOVESPA e na

CETIP tiveram seu montante reduzido em quase um terço.

O montante anual de negócios com CRI, composto pela soma dos

negócios registrados na BM&FBOVESPA e na CETIP, totalizou R$10,24

bilhões em 2016, tendo recuado 33,2% quando comparado ao ano de

2015, quando foram registrados R$15,32 bilhões em negócios. Assim,

o volume de negócios em 2016 volta a se situar em patamar próximo

ao de 2011, o primeiro ano em que este indicador ultrapassou a marca

dos R$10,00 bilhões.

Na CETIP –a principal câmara em que os CRI são negociados–

o montante negociado total marca R$10,21 bilhões, queda de 33,1%

em relação ao valor correspondente apresentado em 2015, de

R$15,27 bilhões. Já em relação aos negócios de CRI realizados na

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BM&FBOVESPA, que representa apenas 0,3% do montante negociado

de CRI, houve queda de 53,2% no montante negociado, para R$27,1

milhões em 2016, tendo partido de R$57,8 milhões em 2015.

O caráter “secundário” das negociações envolvendo CRI na CETIP

é medido pela distância temporal das transações dos CRI em relação

ao momento de suas respectivas emissões. Embora haja exceções,

considerou-se que as negociações registradas de CRI ocorridas com

intervalo de tempo entre a emissão do título e sua negociação inferior

a 180 dias constituem transações mais relacionadas ao mercado

primário, e aquelas que ultrapassam esta marca estejam mais

genuinamente associadas ao mercado secundário. Desse modo, para

o benefício de uma análise de melhor discernimento, segmenta-se,

por intervalo de tempo entre emissão e negociação, as transações

realizadas de CRI.

Assim, constata-se que o montante negociado na faixa de prazo

superior a 180 dias decaiu 9,6% na comparação entre 2016 e 2015,

para R$8,28 bilhões, contra R$9,16 bilhões registrados em 2015. Em

termos relativos, a parcela do montante negociado nesta faixa de prazo

atingiu 81,0% em 2016 e 60,0% em 2015. Em termos de número de

negócios na faixa de prazo superior a 180 dias, na comparação entre

2016 e 2015, houve decréscimo em termos absolutos, com queda de

18,5%, e também em termos relativos. Em 2016 ocorreram 4.260

negócios com CRI na CETIP na referida faixa de prazo, e 5.229 negócios

no ano anterior, o recorde histórico para este indicador. O número

de negócios na faixa superior a 180 dias representou apenas 43,5%

dos 9.796 negócios registrados em 2016, contra 84,2% dos 6.207

contabilizados em 2015.

De volta ao mercado primário, a composição do número

de cedentes de operações de CRI aponta para a predominância

das empresas de Atividade Imobiliária, independentemente da

segmentação do universo de operações por tipo de devedor.

No caso das operações cujos devedores são pessoas físicas (CRI

PF), o número de cedentes que atuam em Atividades Imobiliárias

–categoria que inclui empreendedoras, loteadoras, incorporadoras,

empresas de shopping, entre outras, além de FII– correspondeu a

66,7% do total, que é de 36 diferentes cedentes atuantes em 2016.

Por outro lado, empresas que se dedicam a atividades de Construção

e de Intermediação Financeira conquistaram percentuais iguais. Cada

uma das duas respondeu por 16,7% do número total de cedentes de

CRI PF.

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A maioria dos cedentes das operações cujos devedores são

pessoas jurídicas (CRI PJ) também se trata de empresas classificadas

sob a categoria Atividades Imobiliárias. Dos 45 diferentes cedentes,

80,0% correspondiam a essa categoria. Em segundo lugar estão as

empresas de Intermediação Financeira –categoria na qual se encontram

os bancos, fundos de investimento e companhias hipotecárias–

compondo 17,8% do total de cedentes de CRI PJ.

Analisando-se meramente pelo critério do número total de

ações de elevação versus ações de rebaixamento, por parte de todas

as agências de classificação de risco atuantes no mercado de CRI, a

conclusão direta sería a de uma tendência de deterioração, em termos

gerais, na qualidade de crédito destes títulos durante 2016. O placar

consolidado no ano no mercado de securitização imobiliária é de 27

elevações contra 52 rebaixamentos. A título de comparação, em 2015

o quadro ficou em onze elevações e 55 rebaixamentos. No entanto,

uma leitura mais cuidadosa destas ações conduz a conclusões menos

categóricas. Parcela significativa das ações de classificação efetuadas

em 2016, principalmente rebaixamentos, foi realizada pela Fitch, no

âmbito da revisão da sua escala brasileira de classificação de risco. A

revisão das classificações de risco, portanto, não estaria relacionada

diretamente à qualidade de crédito dos devedores, mas sim aos

sucessivos rebaixamentos da classificação de risco soberano do Brasil,

como informou a agência. Segmentando as elevações pela nota de

crédito, revela-se que a maioria das ações (12) teve como destino a nota

“AA”, seguido pela “A”, com sete. Já em termos de rebaixamentos, a

segmentação indica que 21 das 52 ações ocorreram em direção a “AA”.

No âmbito da securitização, as Cédulas de Crédito Imobiliário

(CCI) são o título preferido quando se trata de representar os créditos

imobiliários que lastreiam as operações de CRI. O montante de

depósitos de CCI na CETIP encerrou 2016 registrando cifra de R$10,87

bilhões, a menor desde 2010, e 14,3% abaixo do volume de depósitos

em 2015, de R$12,68 bilhões. Tendo em vista o perfil de prazo deste

título, o montante em estoque de CCI registrado na CETIP em dezembro

de 2016 assinalou aumento de 10,0% em relação ao mesmo mês de

2015. A cifra ao fim de 2016 atingiu R$107,13 bilhões, tendo partido

de R$97,40 bilhões no ano anterior. Por sua vez, o mercado secundário

de CCI com registro na CETIP não registra volume muito significativo,

tendo o volume anual de negociações com esse título atingido R$731,7

milhões em 2016, um recuo de 47,3% na comparação com a quantia

movimentada em 2015, de R$1,39 bilhão.

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CERTIFICADOS DE RECEBÍVEISIMOBILIÁRIOS (CRI)

Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Inclui dados e estatísticas sobre emissões, emissores, registros na CVM e na CETIP, spreads, investidores, mercado secundário, cedentes e as elevações e rebaixamentos realizados pelas agências de classificação de risco para este mercado no ano de 2016.

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Termos e CondiçõesVer um Resumo dos Termos e Condições de CRI no Anuário Uqbar

2017 – Securitização e Financiamento Imobiliário (http://www.uqbar.

com.br/download/UqbarAnuarioImobiliario2017.pdf)

EmissõesA figura 35 apresenta o histórico de emissões de CRI dividido

por tipo de ativo-lastro. Na sequência, a tabela 6 descreve os critérios

utilizados pela Uqbar para definir os tipos de lastro dos CRI: Aluguel ou

Crédito Imobiliário.

Definições das Classes de Ativo-lastro de CRI TAB. 6

Ativo-lastro Definição

Aluguel Créditos decorrentes de contratos de locação típica e atípica e de constituição de direito real de superfície.

Crédito Imobiliário

Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição e desenvolvimento de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da Habitação (SFH), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Multiclasse Créditos que incluem as duas classes de ativo-lastro mencionadas nesta tabela.

Fonte: Uqbar

Fonte: Uqbar

Aluguel

FIG. 35

Crédito Imobiliário Multiclasse

136 175 305 63619

464 555

1.6021.512

4.438

4.552

2.440

2.169 1.558

1.492

1.654

173 1288 77 32 577

1.483379 811

2.8732.321

4.059

9.015

7.107

14.36815.179

9.253

16.115106

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Emissões de CRI por Ativo-lastro – Montante (em R$ milhões)

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A figura 36 ilustra o histórico de emissões de CRI dividido por tipo

de operação: Operações TR –aquelas emissões de CRI cujo indexador

do saldo devedor é a TR–, e Operações de Mercado –aquelas cujo

indexador é diferente da TR.

O histórico do montante anual de emissões de CRI, desde 2007,

dividido por faixa de prazo final de vencimento e por tipo de indexação

são apresentados, respectivamente, nas figuras 37 e 38.

Fonte: Uqbar

Emissões de CRI por Tipo de Operação (em R$ milhões) FIG. 36

Operações TR Operações de Mercado

629739

2007

2.2862.469

2008

1.7022.115

2009

2.6385.856

2010

6.3027.264

2011

3.5216.025

2012

5.71410.929

2013

11.4455.292

2014

6.2504.495

2015

11.4276.342

2016

2%51%44%2%

2007

3%33%37%27%

2008

16%33%40%11%

2009

24%33%31%12%

2010

12%24%26%37%

2011

17%14%23%46%

2012

17%12%22%49%

2013

10%17%29%44%

2014

16%32%18%35%

2015

13%10%61%16%

2016

Fonte: Uqbar

Emissões de CRI por Faixa Final de Prazo (% de Montante Emitido) FIG. 37

Até 5 Anos De 5 a 10 Anos De 10 a 15 Anos Acima de 15 anos

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EmissoresA figura 39 mostra o montante emitido de CRI em 2016 por

Securitizadora Imobiliária.

RegistrosEsta seção consolida dados de registro junto à Comissão de

Valores Mobiliários (CVM) e à CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação

(CETIP). São apresentados os montantes de ofertas públicas de CRI

(Instrução CVM nº 400), as emissões de CRI por tipo de registro e o

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: Uqbar

Emissões de CRI por Indexador (% de Montante Emitido) FIG. 38

46% 48% 45% 31% 46% 37% 34% 68% 58% 64%15% 11% 18% 15% 21% 13% 15% 17% 19% 24%9% 2% 14% 27% 19% 36% 18% 11% 14% 8%

29% 25% 20% 19% 10% 9% 11% 3% 6% 4%2% 4% 2% 5% 1% 2% 20% 0% 1% 0%0% 9% 1% 4% 2% 3% 2% 0% 1% 0%

TR DI IPCA IGP-M Pré Fixada Outros

Fonte: Uqbar

Emissões de CRI de 2016 por Securitizadora Imobiliária (% de Montante) FIG. 39

65,0 %

9,6 %

6,4 %

5,5 %

2,6 %

2,1 %

8,8 %

Cibrasec

RB Capital

Ápice

Brazilian Securities

Habitasec

Outros

Gaia

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número de Securitizadoras Imobiliárias registradas junto à autarquia,

assim como o estoque de CRI junto à CETIP. Para as ofertas públicas

de CRI junto à CVM são consideradas as datas de registro provisório.

CVMA figura 40 mostra o histórico anual dos registros de ofertas

públicas de CRI desde 1999 e a figura 41 apresenta o histórico anual

do montante emitido de CRI desde 2007, dividido por tipo de registro.

Ofertas Públicas de CRI FIG. 40

Montante Registrado (R$ Milhões) Quantidade de Registros

Fonte: Uqbar

12 224 2182

14 12173 262

744

2.111

1.010827 852

1.784

2.964

3.693

1.690

2.171

890334

1.860

5

18

32

76

51

29 28

42

56

73

11

14

9

10

15

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: Uqbar

Emissões de CRI por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) FIG. 41

61% 16% 45% 32% 27% 17% 14% 4% 5% 10% 0% 0% 25% 66% 71% 83% 86% 96% 95% 90%

39% 84% 30% 2% 2% 0% 0% 0% 0% 0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Oferta Pública Esforços Restritos Dispensa de Registro

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A figura 42 apresenta o histórico do número de Securitizadoras

Imobiliárias registradas na CVM.

CETIP A figura 43 apresenta a evolução histórica do estoque de CRI

nesta câmara.

SpreadsPara as emissões de CRI com remuneração atrelada à inflação,

sem considerar o efeito do prazo das operações no seu valor de

spread, a figura 44 apresenta os spreads médios, em pontos-base, por

classificação de risco.

Fonte: Uqbar

Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM FIG. 42

2

4

1

0

1

4 3

8 8

4 3 3

4 3

6 555

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

4

2016 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: CETIP

Estoque de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 43

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

Jan-

99Ju

l-99

Jan-

00Ju

l-00

Jan-

01Ju

l-01

Jan-

02Ju

l-02

Jan-

03Ju

l-03

Jan-

04Ju

l-04

Jan-

05Ju

l-05

Jan-

06Ju

l-06

Jan-

07Ju

l-07

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08Ju

l-08

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Jan-

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Jan-

11Ju

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Jan-

12Ju

l-12

Jan-

13Ju

l-13

Jan-

14Ju

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Jan-

15Ju

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Jan-

16Ju

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InvestidoresA figura 45 apresenta a composição, por classe de investidor,

do montante adquirido de CRI nas emissões ocorridas em 2016. A

distribuição teve como base uma amostra correspondente a 93,0% da

totalidade do montante emitido no ano, fatia à qual a Uqbar obteve

acesso para o mapeamento de seus investidores.

A partir da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários

nº 472/2008 e, em seguida, da Lei nº 12.024/2009, que permitiram,

respectivamente, investimentos preponderantes em CRI por parte de FII

e isenção tributária destes fundos em relação aos rendimentos destes

títulos, criaram-se as condições para o surgimento efetivo de um novo

segmento, dedicado a investimentos de renda fixa, no mercado de FII.

Denominados de FII de Renda Fixa, estes fundos têm como objetivo

2016 2015 2014

Fonte: Uqbar

Spreads Médios por Indexador (% a.a.) FIG. 44

AAA

AA

A

AAA

AA

A

IGP-

MIP

CA

6,3

6,6

8,5

7,8

10,0

7,9

9,9

11,5

9,8

10,8

6,2

7,8

10,0

5,8

11,1

Fonte: Uqbar

Composição do Montante Emitido de CRI em 2016por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 45

53,7 %

17,3 %

17,1 %

9,9 %

0,6 %

1,4 %

FGTS

Instituições IntermediáriasParticipantes do Consórciode Distribuição

Pessoas Físicas

Pessoas (Físicas ouJurídicas) ligadas àEmissora e/ou aosParticipantesdo Consórcio

Outros

Fundos de Investimento

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realizar investimentos em ativos financeiros de origem imobiliária, com

destaque para o CRI. A figura 46 mostra a evolução recente do PL e do

número de FII que, em dezembro de 2016, mantinham investimentos

em CRI de forma preponderante em suas carteiras.

Mercado Secundário

Na figura 47 é exibida a evolução histórica anual do montante

consolidado de CRI negociado, decomposto entre os volumes de

negócios que foram registrados na CETIP e aqueles negociados na

BM&FBOVESPA.

Montante PL Quantidade de FII

Qua

ntid

ade

de F

II

PL (R

$ m

ilhõe

s)

Fonte: Uqbar

Patrimônio Líquido e Número dos FII que Investem Preponderantemente em CRI em Dez-16 FIG. 46

0

5

10

15

20

25

30

35

01.0002.0003.0004.0005.0006.0007.0008.000

Jan-

14Fe

v-14

Mar

-14

Abr-

14M

ai-1

4Ju

n-14

Jul-1

4Ag

o-14

Set-1

4O

ut-1

4N

ov-1

4De

z-14

Jan-

15Fe

v-15

Mar

-15

Abr-

15M

ai-1

5Ju

n-15

Jul-1

5Ag

o-15

Set-1

5O

ut-1

5N

ov-1

5De

z-15

Jan-

16Fe

v-16

Mar

-16

Abr-

16M

ai-1

6Ju

n-16

Jul-1

6Ag

o-16

Set-1

6O

ut-1

6N

ov-1

6De

z-16

Fonte: Uqbar

Negócios de CRI na CETIP e BM&FBOVESPA – Montante (em R$ milhões) FIG.47

BM&FBOVESPA CETIP

50 260 670 250 176 218 31188

100231

94

87

58

27

11 219 19498 238 196 191 238 516 1.617

3.997

10.91113.290

19.102

24.787

15.265

10.215

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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A seguir, a tabela 7 apresenta as negociações de CRI de 2015 e

2016 registradas na CETIP por faixa de prazo após a emissão.

Negociações de CRI na CETIP por Faixa de Prazo Após a Emissão – 2015 e 2016 TAB. 7

2016 2015

Intervalo de tempo Montante(R$ Milhões)

%Montante

#Negociações

%Negociações Montante

(R$ Milhões)%

Montante#

Negociações%

Negociações

Até 30 dias 154 1,5 1.019 10,4 4.632 30,3 271 4,4

De 31 a 90 dias 155 1,5 1.254 12,8 842 5,5 175 2,8

De 91 a 180 dias 1.631 16,0 3.263 33,3 636 4,2 532 8,6

Mais de 180 dias 8.275 81,0 4.260 43,5 9.156 60,0 5.229 84,2

Total 10.215 100,0 9.796 100,0 15.265 100,0 6.207 100,0

Fonte: Uqbar

CedentesAs figuras 48 e 49 apresentam as distribuições do número de

cedentes das operações de CRI cujos devedores são pessoas físicas

(CRI Pessoa Física) e das operações de CRI cujos devedores são pessoas

jurídicas (CRI Pessoa Jurídica), respectivamente, por tipo de atividade

econômica destes, para as operações realizadas durante o ano de 2016.

Fonte: Uqbar

Número de Cedentes de CRI Pessoa Física por Atividade Econômica – Ano 2016 FIG. 48

24

6

Atividades Imobiliárias

Construção

Intermediação Financeira

6

Fonte: Uqbar

Número de Cedentes de CRI Pessoa Jurídica por Atividade Econômica – Ano 2016 FIG. 49

AtividadesImobiliárias

IntermediaçãoFinanceira

Indústria deTransformação

36

8

1

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Classificação de Risco As tabelas 8 e 9 apresentam a quantidade de elevações e

rebaixamentos, respectivamente, realizados em 2015 e 2016 pelas

agências de classificação de risco.

Quantidade de Elevações de Classificação de Risco de CRI–2015 e 2016 TAB. 8

Elevações 2015 2016

AAA - 3

AA 10 12

A 1 7

BB - 3

B - 1

CCC - 1

Total 11 27

Quantidade de Rebaixamentos de Classificação de Risco de CRI –2015 e 2016 TAB. 9

Rebaixamentos 2015 2016

AA 24 21

A 13 5

BBB 4 8

BB 3 9

B 4 7

CCC 4

CC 2

C 1 2

Total 55 52

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CÉDULAS DE CRÉDITOIMOBILIÁRIO (CCI)

Esta seção apresenta informações sobre as Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI). São apresentados dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque das cédulas nesta câmara.

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Termos e CondiçõesVer um Resumo dos Termos e Condições de CCI no Anuário Uqbar

2017 – Securitização e Financiamento Imobiliário (http://www.uqbar.

com.br/download/UqbarAnuarioImobiliario2017.pdf)

Registros

A figura 50 apresenta a evolução histórica dos montantes anuais

de depósitos de CCI na CETIP. A evolução histórica do estoque destas

cédulas é apresentada na figura 51. Os montantes anuais de negócios

registrados nesta câmara são apresentados na figura 52.

Fonte: CETIP

Estoque de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 51

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

Ago-

03De

z-03

Abr-

04Ag

o-04

Dez-

04Ab

r-05

Ago-

05De

z-05

Abr-

06Ag

o-06

Dez-

06Ab

r-07

Ago-

07De

z-07

Abr-

08Ag

o-08

Dez-

08Ab

r-09

Ago-

09De

z-09

Abr-

10Ag

o-10

Dez-

10Ab

r-11

Ago-

11De

z-11

Abr-

12Ag

o-12

Dez-

12Ab

r-13

Ago-

13De

z-13

Abr-

14Ag

o-14

Dez-

14Ab

r-15

Ago-

15De

z-15

Abr-

16Ag

o-16

Dez-

16

Fonte: CETIP

Depósitos de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 50

7 2771.545

454 840

6.431 6.791

11.942

22.159

12.422

17.076

21.617

12.678

10.871

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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Fonte: CETIP

Negociações de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) FIG. 52

4 8 80 11

305

1.584 1.502

1.258

2.619

1.387

2.574

1.5441.387

732

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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TÍTULOS DO AGRONEGÓCIO3

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IntroduçãoO setor do agronegócio brasileiro –mesmo em um ano de

2016 de redução de volume de produção ou de preço de alguns dos

principais produtos da agricultura nacional, como a soja– continua

exercendo papel relevante como um dos sustentáculos da economia,

além de representar seus maiores avanços. Bastante direcionado ao

mercado externo, e absorvendo capacidade de agregação de valor no

desenvolvimento de seus produtos, o setor do agronegócio expande e

diversifica sua cadeia de negócios, ao mesmo tempo em que consolida

seus ganhos de produtividade. Em grande parte refletindo esta evolução,

o segmento do mercado de capitais voltado para o setor do agronegócio

também se desenvolve e adquire dimensões maiores a cada ano.

O principal título do mercado de capitais voltado para o

agronegócio é o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), um

título de securitização. O mercado de CRA se ampliou fortemente em

volume e abrangência nos últimos anos, sendo que o ano de 2016

representa, até agora, o ápice desta expansão. É deste mercado e de seus

recordes recentes que este capítulo trata a seguir. Complementarmente

também são abordados dois títulos que são encontrados em lastros de

operações de CRA, mas que apresentam vida própria além do universo

de securitização: a Cédula de Produto Rural (CPR) Financeira e o

Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA).

A expansão em ritmo vertiginoso do mercado de CRA –partindo

de uma base diminuta há poucos anos– reflete, além dos robustos

fundamentos do setor nacional do agronegócio, fatores específicos

no âmbito do mercado de capitais. Neste sentido, deve-se destacar:

a isenção tributária nos rendimentos dos investidores pessoa física; o

posicionamento recente do regulador esclarecendo limites amplos para

a validade daquilo que se define como direitos creditórios do agronegócio

na composição do lastro de uma operação de CRA; e a atuação ativa e

crescente de securitizadoras e distribuidores na originação de negócios.

Por outro lado, as dimensões de maior peso conquistadas pelo

mercado de CRA impõem um acompanhamento apropriado no tocante

ao desenvolvimento do seu arcabouço jurídico-regulamentar, algo que,

no momento, deixa a desejar. Há um ano, na edição 2016 do Anuário

Uqbar Finanças Estruturadas, já se apontava a expectativa de uma

iminente edição de norma específica ao segmento, mas tal advento

ainda não se concretizou, parecendo ter sido transferido para 2017.

Por ora, as operações de CRA continuam tendo suas ofertas públicas e

conteúdo de legislação fundamentados na regulamentação e legislação

do mercado de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

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101

Faz sentido o mercado de CRA tomar emprestada como base

regulamentar a norma do mercado de CRI? Investimentos em CRI e

CRA se diferem substancialmente: os prazos das operações do primeiro

tendem a ser mais longos; a estrutura de algumas operações de lastro

pulverizado do segundo envolve a revolvência; as garantias atreladas

aos créditos componentes de lastros pulverizados das operações

dos dois títulos têm valor, liquidez e características jurídicas muito

distintas; as fontes de renda dos devedores de créditos pulverizados

nos dois mercados não têm equivalência; e a incidência diferenciada de

certos riscos, como o meteorológico, impossibilita a comparação entre

os riscos da carteira-lastro dos dois tipos de operação.

Mesmo ainda sem norma específica própria, o mercado de CRA

expandiu tanto que ameaça superar o mercado de CRI em termos de

alguns indicadores de natureza dimensional consolidada. O montante

total anual em emissões de CRA, que há um par de anos representava

pequena parcela do seu equivalente no mercado de CRI, já atinge mais

de 80,0% deste em 2016, e isto contabilizando a enorme contribuição

das emissões das operações de CRI adquiridas pelo FGTS, que

representaram 50,0% do total emitido deste título em 2016. Como

exercício especulativo, caso se projetasse um ano a mais na evolução

recente destes dois mercados, a liderança do mercado de CRA se

tornaria inconteste.

Quando se restringe a comparação do volume de emissão destes

dois títulos às operações de oferta de distribuição para o mercado

amplo de investidores, que é aquela regida pela Instrução da Comissão

de Valores Mobiliários nº 400 (ICVM 400), tem-se que, ultimamente, o

mercado de CRA anda, numericamente, à frente do mercado de CRI. O

montante total de CRA ofertado sob o regime da ICVM 400 em 2016 foi

superior ao quíntuplo daquele referente ao mercado de CRI.

A força motriz por trás do crescimento das emissões de CRA tem

sido as operações com lastro corporativo. Estas, por sua vez, se fazem

atrativas, em termos de custo e de rentabilidade, para o captador e

para o investidor pessoa física, respectivamente, por conta da isenção

tributária aplicável aos rendimentos. Ademais, o número potencial de

empresas de porte que podem se utilizar de emissões de CRA para

captação é bastante elevado. Isto porque é longa e diversificada a cadeia

de negócios que se enquadram, segundo posicionamento explicitado

pela CVM, como negócios oriundos nos quais direitos creditórios podem

ser securitizáveis como lastro de operações de CRA.

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102

Em decisão tomada em setembro de 2016, a CVM aprovou

operação de emissão de R$150,0 milhões de CRA lastreados em

debêntures emitidas pelo Burger King. Os recursos captados com as

debêntures seriam destinados exclusivamente à aquisição de carne

in natura, e os recursos captados com a emissão do CRA seriam

utilizados para integralizar as debêntures. Tal lastro, segundo a decisão

do regulador, se enquadra na definição de direitos creditórios do

agronegócio constante na Lei nº 11.076 de 2004, criadora do CRA.

Uma nova norma para o mercado de CRA terá que contemplar

algumas questões de natureza existencial deste título. As operações

de lastro corporativo –na prática adotada– não são operações de risco

pulverizado, uma característica financeira de operações de securitização

consideradas completas e de máximo valor agregado. Se o crédito

que compõe o lastro da operação –seja na forma de debêntures ou

não– é originado no mesmo momento da emissão do CRA, trata-se de

um equivalente de uma captação corporativa convencional realizada

através de uma duplicação de emissões de títulos e de uma estrutura

envolvendo uma securitizadora, meramente para capturar a redução de

custo decorrente da isenção tributária usufruída pelo investidor pessoa

física do CRA.

Por outro lado, diferentemente das operações de CRI de lastro

pulverizado, as operações de CRA de lastro pulverizado –salvo estruturas

de descasamento de prazos entre ativos e passivos e grande atividade de

revolvência– tendem a ser de prazo bastante curto. Na prática, mesmo

com a adoção da revolvência em algumas operações, os prazos dos

CRA ainda permanecem menores do que três anos. Assim, restringe-se

a diluição de custos fixos ao longo do tempo. Apenas no universo de

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) –que emitem

cotas e não instrumentos de dívida como os CRA– a prática de mercado

já experimentou prazos mais longos para operações de securitização

de lastro pulverizado de crédito rural, incorrendo em maiores riscos de

gestão de revolvência.

Em relação ao investidor, analisando-se a capacidade daquele que

é pessoa física –o qual se busca atrair para o mercado de CRA através

da concessão regulamentar da isenção tributária sobre rendimentos–

há de se constatar a limitação natural deste em sua capacidade prática

de avaliar e monitorar riscos de títulos estruturados. Tal limitação

deixa de ser uma vulnerabilidade problemática quando se possibilita

a mesma isenção através de uma estrutura envolvendo um veículo de

investimentos gerido por um profissional, como é o caso, no mercado de

CRI, dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) que investem naquele

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título. De qualquer forma, tanto o mercado de CRA, como o de CRI,

somente galgarão patamares elevados a partir do momento em que

atraírem os investimentos de investidores institucionais e estrangeiros.

Neste sentido, vale notar a publicação da Lei nº 13.331, em setembro

de 2016, que altera a Lei nº 11.076, permitindo emissão de CRA com

cláusula de correção pela variação cambial.

Dimensionamento do mercado de CRAEm 2016 foram emitidos um total de R$14,22 bilhões em CRA,

uma expansão anual de impressionantes 177,0% em relação ao volume

emitido no ano anterior, de R$5,14 bilhões. Tal ritmo já vem de algum

tempo. Por exemplo, em relação a três anos antes, em 2013, quando se

emitiu R$1,23 bilhão, o volume do ano passado mais que decuplicou.

O forte crescimento do mercado de CRA tem se fundamentado,

já há dois anos, no segmento de lastro corporativo que em 2016

representou 90,8% do total de emissões, alcançando R$12,91 bilhões.

Em 2014 as emissões de lastro corporativo haviam somado R$1,60

bilhão, que representou então 66,7% do total do mercado de CRA.

As emissões de CRA corporativo no último ano apresentam largo

escopo de variações de lastro quanto ao tipo de instrumento utilizado,

à natureza do risco de crédito envolvido, ao produto ou serviço sendo

financiado e ao estágio da cadeia do agronegócio sendo contemplado.

Como destaque pode-se citar a realização de operações com lastros

compostos por debêntures e por notas de crédito à exportação; lastros

performados e não performados operacionalmente; lastros contando ou

não com o risco de crédito do cedente que, por sua vez, pertence, ou não,

ao grupo econômico do devedor; e lastros referentes ao financiamento

de produção ou compra de papel, celulose, álcool, carnes in natura e

outras proteínas, grãos e hortifrúti, ou ao transporte de madeira e ao

beneficiamento de açúcar. No que diz respeito ao tamanho das emissões,

destaca-se que, em 2016, três operações individuais alcançaram, cada

uma, valores de montante na casa dos dez dígitos.

Quando se reorienta o foco da análise para as operações de lastro

pulverizado –aquelas devidas cada uma por um grande número de

produtores rurais– constata-se que, apesar da decrescente participação

deste segmento no total emitido de CRA, que se reduziu para 8,9% em

2016, seus montantes consolidados anuais permanecem crescendo.

Em 2016 foi R$1,27 bilhão emitido, o que representa um aumento de

68,4% em relação aos R$755,0 milhões do ano anterior, e de 140,1%

em relação aos R$529,3 milhões de três anos antes, em 2013.

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A Octante continua se destacando como securitizadora que

estrutura operações de CRA com lastro pulverizado, tendo emitido

aproximadamente 85,0% do total deste tipo de operações em 2016.

É com este tipo de lastro que tem ocorrido, historicamente, inovações

estruturais típicas de um mercado em desenvolvimento. Trata-se de

operações que incorporaram, por exemplo, a revolvência de créditos

garantidores componentes do seu lastro, possibilitando a extensão do

prazo dos respectivos CRA emitidos, ou que foram estruturadas com

reforço de crédito provido por seguradoras, viabilizando a emissão de

títulos sênior com classificação de risco superior e atendendo, assim, a

demanda específica de investidores. As operações de lastro pulverizado

de CRA são aquelas que se utilizam de todo o ferramental de inovações

financeiras trazidas pela tecnologia de securitização, incluindo a

subordinação e, desta forma, pode-se dizer que representam melhor a

fronteira de desenvolvimento do mercado deste título, que é um título

de securitização.

Independentemente do nível de pulverização de lastro, a

composição do montante emitido em 2016 do mercado consolidado

de CRA –segmentada pelo tipo de produto associado ao recebível que

compõe o lastro das operações– voltou a se concentrar em Fibras, depois

de se mostrar mais diversificada no ano anterior. Fibras correspondeu

a 47,3% do total, seguido por Atividades Pecuárias e Sucroenergéticos

nas três primeiras posições, com participações de 19,0% e 13,2%,

respectivamente. No ano anterior nenhuma categoria havia superado

os 30,0% de participação.

Já a segmentação do volume de emissões de 2016 por faixa de

prazo final mostra um mercado primário de CRA que, mesmo com a

predominância crescente de operações de crédito corporativo, ainda

apresenta uma composição majoritariamente de prazos de vencimento

final de até quatro anos. Do montante consolidado de CRA emitido no

ano, 24,4% corresponde a títulos com prazo de vencimento final acima

de seis anos. Dividindo-se as categorias de prazo por faixas de dois

anos, a maior parcela individual –de 51,6%– corresponde aos títulos

de prazo de vencimento final entre dois e quatro anos. A terceira maior

parcela individual –de 22,4%– corresponde aos títulos com prazo de

vencimento final entre quatro e seis anos.

Alterando-se o critério de segmentação do mercado para aquele

referente ao tipo de indexador utilizado para a remuneração dos

CRA, constata-se que as emissões ocorridas em 2016 continuaram

maciçamente atreladas à taxa de Depósitos Interfinanceiros (DI). A

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parcela dos CRA com este formato de remuneração correspondeu a

82,9% do total emitido. Em relação às emissões com rentabilidade

atrelada ao índice de inflação IPCA, houve aumento de participação,

para 16,4%, na comparação com 2015, quando estas corresponderam

a somente 0,9%.

No último ano, em termos de volume consolidado emitido

de CRA, a Securitizadora do Agronegócio EcoSec se consolidou na

liderança do mercado, repetindo a primeira posição de 2015. Desta

vez, em 2016, a EcoSec abriu mais de R$2,50 bilhões de diferença

em relação à segunda colocada, a Octante, tendo emitido um total de

R$5,70 bilhões, sendo R$5,58 bilhões em CRA corporativos. A EcoSec

foi a primeira Securitizadora do Agronegócio a ser constituída e

registrada na CVM, ainda em 2009, ano em que realizou sua primeira

emissão de CRA, que também correspondeu à primeira emissão da

história deste mercado.

Vale apontar também que em 2016, dado o crescente volume

do mercado primário de CRA, além das mais antigas no segmento

–EcoSec e Octante (esta última tendo emitido no ano um total de

R$3,01 bilhões em CRA)– outras três securitizadoras, Vert, Ourinvest

e Ápice –de perfil mais novato no segmento– emitiram, cada uma,

perto de R$1,50 bilhão. Mesmo a sexta colocada, a tradicional

securitizadora do mercado imobiliário RB Capital, se aproximou da

marca de R$1,0 bilhão.

Conforme abordado anteriormente, um volume relativamente

alto de ofertas públicas amplas, sob os ritos da ICVM 400, distribuídas

em grande parte para o investidor pessoa física, muito através de

canais no universo de private banking, tem se constituído característica

típica do mercado primário de CRA. Em 2016 foram 24 ofertas que

somaram R$9,33 bilhões. Em comparação, no ano anterior, o melhor

até então, haviam sido dez ofertas e um total de R$3,60 bilhões. O

montante emitido de CRA em ofertas ICVM 400 em 2016 correspondeu

à significativa parcela de 72,7% do montante total emitido.

Um termômetro a se monitorar que sinaliza interesse e potencial

de mercado, se refere ao número de Securitizadoras do Agronegócio

que vão sendo registradas na CVM ano a ano. Com o forte ritmo de

expansão no mercado de CRA verificado nos últimos anos, este número

tem sido relevante. Depois de 16 securitizadoras registradas no biênio

2014–2015, foram mais três em 2016, elevando o total para 31 ao final

de dezembro daquele ano.

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Em sintonia com o incremento de emissões de CRA, a cifra de

depósitos deste título na CETIP continua se elevando anualmente.

Depois de alcançar R$3,90 bilhões de depósitos durante o ano

anterior, ao longo de 2016 este indicador saltou para R$12,61

bilhões, o equivalente a um substancial crescimento de 223,3% no

período. Já em relação ao indicador de montante em estoque de CRA

na CETIP, o ano de 2016 se encerrou com surpreendentes R$17,47

bilhões registrados, ou 173,4% acima do nível de doze meses antes,

de R$6,39 bilhões.

Em relação à composição de investidores que adquiriram CRA

em 2016, refletindo a própria predominância no ano de ofertas de

distribuição sob o rito da ICVM 400, tem-se que o investidor pessoa

física dominou a demanda do mercado primário, abocanhando

75,7% dos CRA. O perfil de ofertas de CRA franqueia a este mercado,

potencialmente, um maior grau relativo de pulverização, fomentando,

inclusive, a formação de um mercado secundário não negligente. As

negociações com CRA registradas na CETIP durante o último ano

somaram R$7,29 bilhões, contra R$3,17 bilhões em 2015. Porém,

tal qual ocorre com as negociações com CRI, parcela considerável

deste número provavelmente se refere a transações mais relacionadas

ao mercado primário de CRA, ocorridas até 180 dias após a data de

emissão dos respectivos títulos.

CPR Financeira e CDCAPara concluir esta introdução, é apresentada descrição sumária

do desempenho dimensional dos mercados dos outros dois títulos do

agronegócio cobertos neste capítulo: a CPR Financeira e o CDCA.

A CPR Financeira é um título de crédito destinado a financiar

produtores rurais. Tal qual a CPR Física, contém a descrição do

produto e da quantidade negociada, mas diferente desta, tem sua

liquidação através do pagamento financeiro, pelo emissor, do valor

correspondente à multiplicação da quantidade especificada do

produto pelo preço fixado ou índice de preços adotado no título. A

CPR Financeira tem também sido utilizada como lastro tanto de CDCA

como de CRA. Em 2016, o volume registrado de negócios deste título

na CETIP foi ínfimo, apenas R$78,0 milhões. Já a composição das

negociações ocorridas em 2016, segmentada por tipo de produto, teve

como maior fatia aquela referente à soja, correspondente a 87,6%,

seguida pela do milho, de 7,9%.

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O CDCA é um título de crédito que caracteriza uma dívida por

parte de seu emissor. Para existir, o CDCA requer um lastro de recebíveis

do agronegócio, que se caracterizam como garantia do título. A CPR,

por exemplo, é utilizada como lastro do CDCA. Os emissores de CDCA

são quase sempre distribuidores de insumos, cooperativas e tradings.

Em 2016, os depósitos registrados deste título na CETIP se elevaram

um pouco: de R$879,6 milhões no ano anterior para R$1,44 bilhão.

O montante registrado em estoque de CDCA naquela câmara atingiu

R$1,60 bilhão ao final de 2016, contra R$1,26 bilhão ao final de 2015.

Por fim, o volume de negócios registrados com este título na CETIP

somou R$1,27 bilhão no último ano, contra R$913,7 milhões no ano

anterior.

A seguir, para cada um dos três títulos do agronegócio abordados

nesta introdução, são exibidos os termos e condições e uma sequência

de gráficos ilustrando as variáveis de desempenho aqui comentadas.

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CERTIFICADOS DE RECEBÍVEISDO AGRONEGÓCIO (CRA)

Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados e estatísticassobre emissões, emissores, registros na CVM e na CETIP, investidores e mercado secundário.

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Termos e Condições Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em direitos

creditórios do agronegócio e constitui promessa de pagamento em

dinheiro.

Emissor Somente companhias securitizadoras de direitos creditórios do

agronegócio.

Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores

rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou

empréstimos, relacionados com a produção, comercialização,

beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos

agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade

agropecuária, conforme dispuser o Termo de Securitização.

Garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre

o ativo do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que

compõem esse ativo. Poderá contar com instituição do Regime Fiduciário

sobre os direitos creditórios do agronegócio.

Regime Fiduciário Sistema que permite que os direitos creditórios do agronegócio de

uma operação de CRA sejam destinados exclusivamente à remuneração

dos títulos lastreados por estes créditos e às despesas e obrigações

fiscais oriundas deste processo, mantendo-se apartados do patrimônio

do Emissor até que se complete o resgate de todos os títulos da

operação afetados por este benefício. Tais direitos creditórios não são

passíveis de constituição de garantias ou de execução por quaisquer

dos credores do Emissor de CRA, por mais privilegiados que sejam.

Forma Escritural.

Registro Em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados

pelo Banco Central do Brasil.

Classe São admitidos CRA de classe sênior, que possuem preferência para

efeitos de amortização e resgate, e CRA que se subordinam aos de

classe sênior para efeito de amortização e resgate.

Taxa de Juros Fixa ou flutuante, admitida a capitalização.

Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento

público. A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham

prazo e periodicidade de reajuste mínimos de um ano. É admitida a

atualização mensal de valor por índices de preço ou pelo índice de

remuneração básica dos depósitos de poupança. Os CRA podem ser

emitidos com cláusula de correção pela variação cambial, desde que a

totalidade do lastro contenha cláusula de correção na mesma moeda e

sejam adquiridos por investidores não residentes.

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Pagamento de Principal Normalmente através de amortizações periódicas mensais, não

existindo exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos

periódicos. Outras periodicidades são permitidas, inclusive pagamento

de uma única vez no vencimento.

Pagamento de Juros Normalmente através de pagamentos periódicos mensais, não existindo

exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras

periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez

no vencimento.

Distribuição Através de instituição financeira intermediária. Nas ofertas públicas

realizadas conforme Instrução CVM nº 400 com valor não superior a

R$30.000.000,00 (trinta milhões de reais) não é necessário a

contratação de instituição financeira intermediária.

Transferência Através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e de

liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira BM&FBOVESPA e CETIP.

EmissõesA figura 53 mostra as emissões de CRA desde 2009 divididas por

tipo de lastro e a figura 54 apresenta a composição das emissões de

2016 por tipo de segmento.

Fonte: Uqbar

Emissões de CRA por Tipo de Lastro – Montante (em R$ milhões) FIG. 53

Crédito Corporativo Crédito Pulverizado Outros

22 123 99 76680

1.602

4.380

12.907

29 24 207529

774

755

1.271

5117

27

44

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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O histórico do montante de emissões de CRA dividido por faixa

de prazo final de vencimento e por tipo de indexação são apresentados,

respectivamente, nas figuras 55 e 56.

Fonte: Uqbar

Emissões de CRA por Faixa Final de Prazo (% de Montante Emitido) FIG. 55

90% 11% 72% 77% 41% 14% 11% 2%10% 81% 15% 23% 14% 30% 48% 52%0% 8% 14% 0% 21% 9% 34% 22%0% 0% 0% 0% 24% 47% 8% 24%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Até 2 anos De 2 a 4 anos De 4 a 6 anos Acima de 6 anos

Fonte: Uqbar

Composição das Emissões de CRA em 2016por Tipo de Segmento (% do Montante Emitido) FIG. 54

47,3 %19,0 %

13,2 %8,3 %

7,1 %

3,5 %1,5 %0,2 %

Fibras

Sucroenergético

AtividadesPecuárias

Grãos

Diversos ProdutosAgropecuários

Diversos InsumosAgrícolas

Serviços Logísticos

Locação deEquipamentos

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EmissoresA figura 57 mostra as Securitizadoras do Agronegócio que

emitiram CRA em 2016 com seus respectivos montantes de emissões

segregados por tipo de lastro.

Fonte: Uqbar

Emissões de CRA por Indexador (% de Montante Emitido) FIG. 56

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

0% 84% 86% 57% 66% 85% 92% 83%0% 0% 10% 0% 26% 12% 1% 16%

100% 16% 0% 26% 8% 3% 7% 1%0% 0% 4% 17% 0% 0% 0% 0%

DI IPCA Pré-Fixada Não Aplicável

Fonte: Uqbar

Emissões de CRA de 2016 por Securitizadora do Agronegócio –Montante (em R$ milhões) FIG. 57

Crédito Corporativo Crédito Pulverizado Outros

5.577

1.950

1.508

1.375

1.298

970

130

100

117

1.061

94

4

40

EcoSec

Octante

Vert

Ourinvest

Ápice

RB Capital

Gaia Agro

Cibrasec

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RegistrosEsta seção consolida dados de registro junto à Comissão de

Valores Mobiliários (CVM) e à CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação

(CETIP). São apresentados os montantes de ofertas públicas de CRA

(Instrução CVM nº 400), as emissões de CRA por tipo de registro e

o número de Securitizadoras do Agronegócio registradas junto à

autarquia, assim como os depósitos e estoque de CRA junto à CETIP.

CVMA figura 58 mostra o histórico anual dos registros de ofertas

públicas de CRA desde 2012 e a figura 59 apresenta o histórico do

montante emitido de CRA dividido por tipo de registro.

Fonte: Uqbar

Ofertas Públicas de CRA FIG. 58

Montante Registrado (R$ milhões) Número de Ofertas

2012 2013 2014 2015 2016

186 249

1.4093.603

9.334

4 3

8

10

24

Fonte: Uqbar

Emissões de CRA por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) FIG. 59

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

0% 0% 0% 66% 20% 60% 73% 73%100% 100% 100% 24% 77% 34% 26% 27%

0% 0% 0% 10% 3% 5% 1% 0%

Oferta Pública Esforços Restritos Colocação Privada

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A figura 60 apresenta o número de Securitizadoras do Agronegócio

registradas na CVM desde 2009.

CETIPAs figuras 61 e 62 apresentam, respectivamente, a evolução

histórica dos depósitos e do estoque de CRA registrados na CETIP.

Fonte: Uqbar

Número de Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM FIG. 60

1

4

2

3

2

7

9

3

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: CETIP

Depósitos de CRA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 61

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1 22 140 212 164925

1.739

3.898

12.607

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Investidores

A figura 63 apresenta a composição, por classe de investidor,

do montante adquirido de CRA nas emissões ocorridas em 2016. A

distribuição teve como base uma amostra correspondente a 99,3% da

totalidade do montante emitido no ano, fatia à qual a Uqbar obteve

acesso para o mapeamento de seus investidores.

Fonte: CETIP

Estoque de CRA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 62

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

Dez-

08Fe

v-09

Abr-

09Ju

n-09

Ago-

09O

ut-0

9De

z-09

Fev-

10Ab

r-10

Jun-

10Ag

o-10

Out

-10

Dez-

10Fe

v-11

Abr-

11Ju

n-11

Ago-

11O

ut-1

1De

z-11

Fev-

12Ab

r-12

Jun-

12Ag

o-12

Out

-12

Dez-

12Fe

v-13

Abr-

13Ju

n-13

Ago-

13O

ut-1

3De

z-13

Fev-

14Ab

r-14

Jun-

14Ag

o-14

Out

-14

Dez-

14Fe

v-15

Abr-

15Ju

n-15

Ago-

15O

ut-1

5De

z-15

Fev-

16Ab

r-16

Jun-

16Ag

o-16

Out

-16

Fonte: Uqbar

Composição do Montante Emitido de CRA em 2016por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 63

75,4 %9,4 %

8,2 %

1,9 %1,7 %

3,1 %

Pessoas Físicas

Instituições IntermediáriasParticipantes do Consórciode Distribuição

Instituições Financeiras

Pessoas Jurídicas

Fundosde Investimento

Outros

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Mercado SecundárioNa figura 64 é exibida a evolução histórica anual do volume de

negócios de CRA que foram registrados na CETIP.

Fonte: CETIP

Negociações de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) FIG. 64

2 22 271 338 211726

2.280

3.173

7.294

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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CÉDULAS DE PRODUTO RURAL (CPR)

Esta seção apresenta informações sobre a Cédula de Produto Rural (CPR). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de negócios de CPR Financeira e a composição dos negócios de CPR Financeira nesta câmara.

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Termos e Condições

Descrição Instrumento representativo de promessa de entrega de produtos rurais,

com ou sem garantia cedularmente constituída. É título líquido e certo,

exigível pela quantidade e qualidade do produto nela previsto, ou se

CPR com liquidação financeira, exigível, na data de seu vencimento,

pelo resultado da multiplicação do preço pela quantidade do produto

especificado.

Permite ao produtor rural ou suas cooperativas obterem recursos para

desenvolver sua produção ou empreendimento, com comercialização

antecipada ou não.

Emissor Produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas.

Garantia Poderá consistir em hipoteca, penhor ou alienação fiduciária.

Forma Cartular ou escritural.

Registro Para ter eficácia contra terceiros, deve ser inscrita no cartório de registro

de imóveis do domicílio do emissor. Caso a garantia consista de hipoteca

ou penhor, a CPR deverá também ser averbada na matrícula do imóvel

hipotecado e no cartório de localização dos bens apenhados.

Em caso de negociação do título em mercados de bolsa e balcão é

obrigatório o registro da cédula em sistema de registro e de liquidação

financeira, administrado por entidade autorizada pelo Banco Central do

Brasil.

Pagamento No vencimento, no caso de CPR com liquidação financeira.

Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão,

neste caso sendo considerado um ativo financeiro.

Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros

das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de

ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP.

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RegistrosAs figuras 65 e 66 apresentam, respectivamente, os montantes

anuais de negócios de CPR Financeira e a composição, por produto,

dos negócios de CPR Financeira na CETIP.

Fonte: CETIP

Negociações de CPR Financeira na CETIP – Montante (em R$ milhões) FIG. 65

254

55

218

339

606

1.016

120 120

232

124

858

104 78

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: CETIP

Negócios de CPR Financeira na CETIP em 2016por Produto (% do Montante) FIG. 66

87,6 %

7,9 %

4,5 %

Soja

Milho

Madeira

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CERTIFICADOS DE DIREITOS CREDITÓRIOSDO AGRONEGÓCIO (CDCA)

Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque dos certificados nesta câmara.

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Termos e Condições

Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em créditos

originados no agronegócio. Representa promessa de pagamento em

dinheiro e constitui título executivo extrajudicial.

Emissor Exclusivo de cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas

jurídicas que exerçam as atividades de comercialização, beneficiamento

ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de

máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária. O

emissor responde pela origem e autenticidade dos direitos creditórios

que lastreiam os certificados.

Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores

rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou

empréstimos, relacionados com a produção, comercialização,

beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos

agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade

agropecuária.

O CDCA confere direito de penhor sobre os direitos creditórios a ele

vinculados, independentemente de convenção, os quais podem ser

substituídos mediante acordo entre o emitente e o titular. A substituição

dos direitos creditórios importará na extinção do penhor sobre os

direitos substituídos, constituindo-se automaticamente novo penhor

sobre os direitos creditórios dados em substituição.

Os direitos creditórios utilizados como lastro dos CDCA devem ser (i)

registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos

autorizado pelo Banco Central do Brasil; e (ii) custodiados em

instituições financeiras ou outras instituições autorizadas pela Comissão

de Valores Mobiliários a prestar serviço de custódia de valores

mobiliários.

Garantia Além do penhor, poderá contar com garantias reais ou fidejussórias,

livremente negociadas entre as partes.

Forma Cartular ou escritural.

Registro No caso de emissão sob forma escritural, os títulos deverão ser

registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos

autorizado pelo Banco Central do Brasil.

Pagamento de Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.

Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.

Os juros podem ser capitalizados, calculados em base de taxa fixa ou

flutuante.

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Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão.

Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros

das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de

ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP.

Registros

As figuras 67, 68 e 69 apresentam, respectivamente, a evolução

histórica dos depósitos, do estoque e das negociações de CDCA

registradas na CETIP.

Fonte: CETIP

Depósitos de CDCA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 67

28

473

2.246

1.5491.427

757

1.122

1.6281.498

947 880

1.435

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: CETIP

Estoque de CDCA na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 68

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Dez-

05M

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6Ju

n-06

Set-0

6De

z-06

Mar

-07

Jun-

07Se

t-07

Dez-

07M

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8Ju

n-08

Set-0

8De

z-08

Mar

-09

Jun-

09Se

t-09

Dez-

09M

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0Ju

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z-10

Mar

-11

Jun-

11Se

t-11

Dez-

11M

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2Ju

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2De

z-12

Mar

-13

Jun-

13Se

t-13

Dez-

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4Ju

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Mar

-15

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Fonte: CETIP

Negociações de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) FIG. 69

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

25

441

941

1.915

1.612

1.0071.108

2.132

1.136

804914

1.273

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RANKINGSDE 2016Este capítulo apresenta uma série de rankings divididos por tipo de entidade emissora:Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, Companhias Securitizadoras de Créditos Imobiliários e Companhias Securitizadorasde Direitos Creditórios do Agronegócio. Para cada um destes grupos são apresentados rankings para as categorias Emissões, Emissores e Terceiros. Sempre que possível ou apropriado, cada ranking é calculado:n tendo como base o montante, em R$, e o número de operações ou títulos;n para o ano de 2016 e de forma consolidada; n com as alterações nas posições comparativamente ao ranking do ano anterior.

4

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IntroduçãoEsta seção do Anuário é destinada à análise e apresentação dos

Rankings Uqbar referentes aos mercados de Fundos de Investimento

em Direitos Creditórios (FIDC), Certificados de Recebíveis Imobiliários

(CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Para estes

mercados, os rankings aqui publicados cobrem as emissões, os

emissores1 e os principais segmentos de prestação de serviços.

As alterações nos índices de concentração, as oscilações das

participações de mercado das instituições e os movimentos anuais de

entrada e saída destas permitem conclusões ricas e complementares

àquelas apresentadas nos capítulos anteriores.

Como se verá a seguir, no mercado de FIDC as instituições de

médio porte vêm dominando os principais mercados de prestadores

de serviço, ocupando o lugar antes pertencente aos bancos de grande

porte, e seus braços especializados. A respeito do mercado de CRA,

discorre-se sobre a ampliação da quantidade de prestadores de serviço,

acompanhando o movimento do mercado primário. A análise das

operações e dos prestadores de serviços do mercado de CRI encontra-

se no Anuário Uqbar 2017 – Securitização e Financiamento Imobiliário

(http://www.uqbar.com.br/download/UqbarAnuarioImobiliario2017.pdf)

A data de corte utilizada para a produção destes rankings foi

16 de março de 2017. Para acompanhar regularmente alguns destes

Rankings Uqbar, assim como um conjunto de estatísticas decorrentes

destes, visite www.tlon.com.br.

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios

EmissõesApós as dificuldades registradas nos anos de 2012 e 2013, o

mercado de FIDC –medido pelo montante emitido em cotas– cresce

há três anos. Em 2016 este indicador elevou-se em aproximadamente

25,0%. Foram R$35,20 bilhões em emissões de cotas de FIDC no último

ano, sendo um quarto desde valor referente a fundos constituídos sob

a forma de condomínio fechado e três quartos referentes a fundos de

condomínio aberto.

As cinco maiores emissões de cotas durante o ano de 2016

foram realizadas por fundos de condomínio aberto, sendo que apenas

a maior das emissões foi realizada por um fundo que iniciou suas

1 Consistente com os dados apresentados nos demais capítulos deste Anuário, os valores referentes ao FIDC Sistema Petrobras NP não foram considerados.

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atividades, através de sua primeira emissão de cotas nesse mesmo

ano. Trata-se do Cielo NP, que emitiu R$7,78 bilhões em cotas de classe

única adquiridas por um único investidor. Os direitos creditórios que

compõem o lastro deste fundo são majoritariamente de curto prazo,

provenientes de transações de pagamento realizadas utilizando-se

os instrumentos de pagamento operacionalizados pela Cielo para

aquisição de bens, produtos e serviços.

Emissões de fundos de condomínio fechado só começam

a aparecer no ranking a partir da sexta colocação. A cota de classe

única do Rio Formoso II Multissetorial NP (Rio Formoso II) ocupou este

lugar ao alcançar a cifra de R$1,00 bilhão. O Rio Formoso II também

é destinado a um único investidor, e seu lastro é composto por ações

judiciais em trâmite movidas pela Engevix contra a Eletrosul, Furnas e

Petrobras.

EmissoresOs dois FIDC citados anteriormente, Cielo NP e Rio Formoso II,

encerraram o ano de 2016 com Patrimônio Líquido (PL) de R$8,31

bilhões e R$1,00 bilhão respectivamente. Eles se posicionaram na

primeira e segunda posições do ranking de emissores de cotas de FIDC

por PL, o qual considera apenas os fundos iniciados no último ano.

Na sequência aparece o Capulho I NP, com PL de R$490,0 milhões. O

fundo é dedicado a investir em títulos de crédito, tais como CCB, CPR

e debêntures, que representam financiamento a produtores rurais ou

empresas relacionadas ao agronegócio. No Top 10 deste ranking estão

presentes três fundos que compram créditos, em discussão judicial

ou inadimplidos, cedidos pelo Postalis: o Postalis Distressed Jive NP,

o Postalis Distressed Cadence NP e o Postalis Distressed Cadence II

NP. Esses três fundos, junto com o Postalis Distressed Novero NP –que

obteve a décima nona colocação– somam PL consolidado de R$1,11

bilhão. O investidor destes fundos é exclusivamente o Postalis.

Ao se considerar todos os fundos em operação em 31 de dezembro

de 2016, apenas a dupla Cielo NP e Rio Formoso II permanece entre

os dez maiores fundos em termos de PL dentre aqueles iniciados em

2016. O Cielo NP é o maior FIDC do mercado, enquanto o Rio Formoso

II é o nono maior.

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Terceiros

ADMINISTRADORES

Ao se comparar o panorama do mercado de administração dos

FIDC iniciados em 2016 e em 2015, constata-se que um número maior

de instituições teve êxito em emplacar mandatos para a administração

de FIDC recém-operacionais no último ano. Quinze instituições

repartiram entre si os 87 novos fundos estreantes de 2016. Em 2015

haviam sido apenas onze, pese o número ligeiramente superior de

fundos que entraram em operação naquele ano, 90. Por outro lado, o

mercado de administradores de novos FIDC, quando medido em termos

de PL, se apresenta mais concentrado nos três maiores players em

2016 do que em 2015.

Em relação aos 87 novos fundos que entraram em operação

durante o ano de 2016, um único participante, a Socopa, conseguiu

assegurar a administração de quase a metade deles: 40. A obtenção

desse expressivo número de mandatos entre os novos FIDC permitiu

que esta corretora liderasse o Ranking Uqbar de administradores de

FIDC por número de operações em 2016. Em base anual, a participação

de mercado alcançada por este participante foi de 46,0%, apenas

0,4 ponto percentual acima da marca obtida pela mesma em 2015,

quando também havia ocupado o lugar mais alto do ranking. O Finaxis,

a seu turno, manteve a segunda colocação deste ranking após obter

mandatos para administrar nove fundos que estrearam em 2016, o que

lhe garantiu uma participação frente ao total de 10,3% (contra 15,6%

no ano anterior). A terceira instituição a conquistar mais mandatos em

2016 foi a Oliveira Trust, que assegurou a administração de sete novos

fundos (8,0%), melhorando assim seu posicionamento em relação a

2015, quando havia ficado na quinta colocação, tendo auferido 5,6%

do total à época. A Intrader também obteve sete novos fundos em

2016, mas ficou com a quarta colocação no critério de desempate

deste ranking (montante de PL). Outras onze instituições dividiram a

administração dos outros 24 novos fundos.

Em mais um ano de expressivo número de novos fundos

mandatados, a Socopa ampliou ainda mais a liderança no ranking

consolidado de administradores de FIDC por número de operações,

que se baseia no número total de fundos em funcionamento em 31

de dezembro de 2016, independentemente do ano em que entraram

em operação. No último dia de 2016, a corretora respondia pela

administração de 185 fundos (35,3%), contra 147 no fim do ano anterior

(30,5%). Novamente, a segunda colocação ficou com o Finaxis, que

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administrava 92 fundos, um a menos que os 93 de fins de 2015. Com

isso sua participação caiu de 19,3% em 2015 para 17,6% em 2016.

Com o bom resultado alcançado em termos do número de mandatos

de novos fundos em operação, a Oliveira Trust passou a ser a terceira

instituição com mais fundos sob administração, 46 (8,8%). A Gradual

foi a instituição ultrapassada, tendo se colocado na quarta colocação,

com 41 (7,8%).

Cabe ressaltar que, em termos consolidados por número de

fundos, o grupo dos três maiores administradores, ao final de 2016,

aumentou sua participação para 61,7%, comparado com 2015 quando

o grupo dos três maiores representava 58,3%. Já o Top 10 aumentou

marginalmente sua participação, saindo de 89,4% em 2015 para

89,5% em 2016.

Os novos fundos que entraram em operação ao longo de 2016

somaram um PL consolidado de R$15,01 bilhões. Mais da metade da

cifra correspondia ao PL de fundos administrados pela Oliveira Trust

–R$8,75 bilhões (58,3%)– que obteve, pelo terceiro ano consecutivo,

a primeira colocação deste ranking. A liderança da Oliveira Trust foi

acompanhada por um aumento de sua participação de mercado de

mais de vinte pontos percentuais acima da obtida em 2015 (36,2%).

A segunda colocação neste ranking foi conquistada pela Intrader, com

R$2,13 bilhões (14,2%), e representou a maior subida de posições

deste ranking entre 2015 e 2016. Em 2015 esta administradora

havia se colocado na décima posição, com apenas 0,4% do total. A

terceira colocação ficou por conta da Socopa, com fundos somando

PL de R$1,64 bilhão (11,0%), tendo aumentado sua participação em

relação a 2015 (7,8%), e assim subindo uma posição. Os três principais

administradores em 2016 auferiam participação de 83,5%, contra os

74,3% de 2015.

Em termos consolidados, ou seja, compreendendo o PL de todos

os FIDC em operação em 31 de dezembro de 2016, qualquer que seja a

data de início de operação, o ranking de 2016 exibe a perda da liderança

por parte da administradora BEM. A instituição que assumiu o ponto

mais alto da escala foi a Oliveira Trust, após aumentar sua participação

de mercado em mais de dez pontos percentuais entre 2015 e 2016.

Ao final de 2016 a Oliveira Trust detinha a administração de FIDC que

somavam R$17,28 bilhões (26,3%) do PL total do mercado. Em 2015

esta fatia era da ordem de 15,0%. Já a BEM auferiu R$11,83 bilhões

(18,0%) em 2016, ao passo que no ano anterior a parcela havia sido de

23,9%. A terceira posição ficou com a Socopa, ao terminar 2016 com

R$8,07 bilhões (12,3%), ampliando assim sua participação, que antes

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atingia 9,3% ao fim de 2015. Vale destacar ainda que, após o bom

desempenho no ranking elaborado no âmbito dos fundos estreantes,

a Intrader passou a figurar no Top 10 de administradores em termos

consolidados, saltando da vigésima colocação para a sétima. Esta

administradora encerrou 2016 com mandatos que somavam R$3,11

bilhões (4,7%), enquanto em 2015 havia encerrado com apenas 0,2%

da participação.

O grupo dos três maiores administradores por PL ao final de

2016 aumentou sua participação para 56,6%, tendo partido dos 48,2%

em 2015. Já o Top 10 aumentou sua participação saindo de 87,2% em

2015 para 89,4% no ano seguinte.

ADVOGADOS

Por mais um ano o mercado de assessoria jurídica de FIDC

foi marcado por grandes mudanças. Em 2016, novos participantes

passaram a atuar no mercado de FIDC, escritórios que não haviam

atuado no ano anterior retornaram, e os primeiros colocados dos

rankings se modificaram em relação a 2015. Por outro lado, o número

de escritórios participantes dos rankings diminuiu em uma unidade, de

18 em 2015 para 17 em 2016, e os indicadores de concentração de

mercado se elevaram.

Assim como em 2015, o escritório PVG se situou na parte

superior dos Rankings Uqbar de assessores jurídicos de FIDC. O PVG

assessorou nove fundos em 2016, que somaram R$661,6 milhões.

No ranking por número de operações este escritório de advogados

terminou na primeira posição com participação de 24,3%, tendo sido

o que mais aumentou a fatia de mercado em relação a 2015, 11,8

pontos percentuais. Por sua vez, no ranking por montante emitido o

PVG perdeu 7,7% da participação conquistada em 2015, terminando o

último ano na quarta posição com participação de 5,3%.

Com assessoria jurídica prestada a quatro FIDC em 2016, os

escritórios Bichara e Peixoto Neto completam o Top 3 pelo quesito

de número de operações. O estreante Bichara levou vantagem pelo

critério de desempate, o montante emitido. O ingresso do escritório no

mercado de FIDC se deu através da estruturação dos quatro FIDC que

investem em créditos cedidos pela Postalis, já citados anteriormente.

Os quatro fundos assessorados pelo novato somaram montante de

R$1,11 bilhão, enquanto que o montante relativo aos quatro fundos

do Peixoto Neto, líder em 2015, somou R$18,3 milhões.

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Quando os advogados são ordenados por montante emitido, as

três primeiras posições foram preenchidas por participantes que não

haviam atuado em 2015. O escritório Pinheiro Neto voltou ao mercado de

FIDC em 2016, assessorando duas operações que totalizaram montante

de R$7,78 bilhões, equivalentes a 62,0% do mercado. O FIDC Cielo NP,

o maior FIDC estruturado no último ano, foi o elemento catalisador

para o Pinheiro Neto conquistar a liderança. Na sequência aparecem

o Bichara, com 1,11 bilhão (8,9%), e o Torres, outro estreante, com

R$1,00 bilhão (8,0%). O escritório Torres foi contratado apenas por um

FIDC, o Rio Formoso II.

Em termos de concentração, os indicadores do mercado se

elevaram de um modo geral. Em 2016, as três, cinco e dez primeiras

posições do ranking anual por número de operações representavam

45,9%, 59,4% e 81,1% do total, respectivamente. Estes mesmos

indicadores para o ano de 2015 haviam sido 43,8%, 56,3% e 75,0%.

Pelo critério do montante emitido o aumento da concentração é ainda

mais evidente. O indicador se elevou de 54,2% para 78,9% para os três

primeiros colocados e de 80,8% para 87,0% para os cinco primeiros

colocados. No entanto, para os dez primeiros colocados o indicador se

reduziu de 98,6% para 97,7%.

AGÊNCIAS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

O ano de 2016 contou com atuação de um total de cinco agências

de classificação de risco no que diz respeito às atribuições de notas

para cotas de FIDC. Essas agências –Austin, Fitch, Liberum, Moody’s

e S&P– foram responsáveis por um montante total classificado de

R$5,62 bilhões, referentes a 139 títulos, levando em conta apenas

atribuições. Fazendo uma comparação com o ano de 2015, constata-se

que ocorreram reduções de 18,0% e 14,7% no montante classificado e

no número de cotas classificadas, respectivamente.

A agência que mais se destacou em termos de montante total em

atribuições foi a Fitch, depois de alcançar a marca de R$2,15 bilhões,

arrebatando 38,2 % de fatia de mercado. A agência figura na primeira

colocação do Ranking Uqbar de agências de classificação de risco por

este quesito, o montante total atribuído. Dentre todas as operações

classificadas pela agência, as que mais se destacam pelo montante são

as 1ª e 2ª séries da classe sênior do fundo Energisa Centro Oeste NP IV,

que juntas somam R$1,34 bilhão, ou 62,4% do total classificado pela

Fitch.

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Logo em seguida, na segunda posição do ranking por montante

total classificado e com fatia de mercado de 27,9%, encontra-se a

Liberum, após classificações correspondentes a um valor de R$1,57

bilhão. Tal valor foi alcançado somando as 54 atribuições em 2016,

onde a mais significativa foi a 1ª série da classe sênior do fundo Indústria

Exodus Institucional, que correspondeu a R$243,0 milhões, ou 15,5%

do montante classificado pela agência em 2016. A S&P complementa

o pódio do ranking pelo critério de montante, com R$1,10 bilhão, ou

19,6% do total do mercado. A sua operação de maior destaque em

termos de montante foi a 1ª série da classe sênior do fundo Angá

Sabemi Consignados VI, de R$256,5 milhões, ou 23,2% do seu total.

Assim como observado no ano de 2015, pelo critério de número de

títulos classificados, a agência que mais atribuiu notas de crédito para

cotas de FIDC em 2016 foi a Liberum. A marca anual obtida por esta

agência foi de 54 cotas classificadas, estando na primeira posição deste

ranking. Tal marca evidência uma redução de 21,7% em comparação

com suas 69 atribuições computadas em 2015. A agência Austin, por

sua vez, alcançou a marca acumulada de 47 no ano, figurando assim na

vice-liderança deste ranking. De maneira menos intensa que a líder, esta

agência também enfrentou uma redução do número de atribuições se

comparado com o ano anterior, quatro a menos, representando queda

de 7,8%. A S&P concedeu 24 atribuições em 2016, conquistando a

terceira posição no ranking por número de cotas classificadas. No

último ano a S&P realizou seis atribuições a menos que em 2015, uma

redução de 20,0%.

AUDITORES

O ano de 2015 havia marcado o fim da hegemonia da KPMG no

mercado de auditores independentes de FIDC. Naquele ano, a KPMG,

que já há alguns anos vinha perdendo participação de mercado, foi

superada por PwC e Baker Tilly, respectivamente, por montante de PL e

número de operações. Entretanto, 2016 assinalou uma virada da KPMG

pelo critério de montante.

A KPMG, líder dos Rankings Uqbar anual e consolidado por

montante de PL, ganhou mandatos de 15 fundos que iniciaram suas

operações no último ano, sendo que juntos estes FIDC somavam um

montante de PL de R$9,47 bilhões (77,0%) em dezembro de 2016. Ao

final do último ano a companhia prestava serviço para um total de 80

fundos que somavam PL de R$22,8 bilhões (36,3%).

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Já a Baker Tilly, líder dos rankings anual e consolidado por número

de operações, foi contratada como auditor externo para 27 novos

fundos, o que representa 35,5% do total. No consolidado, a Baker Tilly

atuava como auditora de 136 fundos (26,5%) ao final de 2016.

Por sua vez, a PwC terminou 2016, em termos consolidados, com

a vice-liderança por montante de PL e na terceira colocação por número

de fundos. O ano se encerrou com a companhia sendo responsável pela

auditoria das contas de 55 FIDC, que detinham patrimônio equivalente

a R$15,10 bilhões, conferindo, assim, participações de 10,7% e 24,0%

respectivamente. A perda da liderança foi consequência de desempenho

anual mais fraco. A PwC foi contratada para auditar apenas sete dos

fundos iniciados em 2016, tendo estes fundos totalizado PL de R$833,9

milhões ao fim do ano. No ranking anual a companhia figurou na quarta

posição por número de operações, com participação de 9,2%, e na

terceira posição por montante de PL, com participação de 6,8%.

CUSTODIANTES

Ao longo do ano de 2016 o mercado de custódia de ativos de

FIDC apresentou dois movimentos importantes: aumento do número

de participantes e leve diminuição dos relativamente altos níveis de

concentração para os maiores participantes. Em termos de participantes

com mandatos de custódia para ativos de FIDC, o número subiu de

22, em 2015, para 24, em 2016. Tal movimentação fez com que a

concentração de mercado dos maiores participantes caísse tanto em

número de fundos quanto em PL entre 2015 e 2016, com exceção para

o ranking de PL consolidado.

Dos 87 fundos que iniciaram atividades em 2016, 44 (50,6%)

contaram com o Paulista como custodiante. Trata-se do terceiro ano

seguido em que o banco lidera o Ranking Uqbar anual por número de

fundos, no entanto, sua participação de mercado se reduziu quando

comparado aos 56,7% referentes a 51 fundos em 2015. A vice-liderança

desta ordenação ficou com o Finaxis, que obteve mandatos para onze

FIDC (12,6%) que debutaram no ano passado. A terceira posição ficou

com a Oliveira Trust, com sete fundos (8,0%). O Top 3 de 2016 foi

exatamente o mesmo de 2015, tendo alterado apenas sua fatia de

mercado, que diminuiu de 78,9% para 71,2%. A participação do Top

10 neste ranking caiu de 100,0% para 96,6%.

Quando se considera todo o universo de fundos em operação

ao final de 2016 observa-se novamente a liderança do Paulista. Tal

participante detinha ao final do ano o mandato de custódia de 222

fundos (42,4%), tendo aumentado ainda mais sua participação em

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relação a 2015, quando correspondia a 187 fundos (38,8%). A segunda

colocação fica novamente por conta do Finaxis, que custodiava

86 fundos (16,4%) ao final de 2016. Na terceira colocação figura o

Bradesco, com custódia prestada a 40 fundos (7,6%). Assim como

ocorrido em base anual, o Top 3 do ranking consolidado não se alterou

entre 2015 e 2016, tendo apenas diminuído sua participação de 67,0%

para 66,4%. Vale ressaltar que o Top 10 do ranking não se alterou em

termos de componentes, tendo mudado apenas as posições de alguns

participantes. No entanto, o Top 10 teve sua fatia de mercado reduzida

de 95,2% para 91,8% entre os dois anos.

Quando a análise do desempenho anual do mercado de

custodiantes é baseada no montante de PL dos novos fundos em

operação no ano, registra-se, pelo segundo ano consecutivo, a liderança

deste ranking pela Oliveira Trust, que foi responsável pela custódia de

ativos de FIDC que somaram R$8,91 bilhões ao final de 2016. Com

isso, a líder apresentou um salto na participação de mercado neste

ranking, de 40,8%, em 2015, para 59,4%, em 2016. A Intrader ficou

com a segunda posição, com R$2,12 bilhões (14,2%) em fundos sob

custódia, após nem ter figurado neste ranking em 2015. A terceira

posição foi alcançada pelo Paulista, que acabou fechando o ano com

11,3%, por conta de R$1,70 bilhão em PL. O Top 3 teve como mudança

a saída do Bradesco e a entrada da Intrader entre 2015 e 2016, sendo

que a fatia de mercado correspondente diminuiu de 87,1% para 84,9%.

A participação do Top 10 neste ranking caiu de 100,0% para 99,8%.

Quando considerado o PL total de todos os fundos em operação

ao final de 2016 observa-se uma mudança importante na liderança. A

Oliveira Trust, que em 2015 ocupava apenas a quarta colocação, saltou

para a liderança, com R$14,38 bilhões (21,9%) sob sua custódia agora,

aumentando consideravelmente sua participação que era de 8,9% ao

final de 2015. O Bradesco caiu da primeira para a segunda colocação,

encerrando 2016 com R$13,84 bilhões (21,1%). Já o Paulista foi para

a terceira colocação ao findar 2016 com R$10,68 bilhões (16,3%).

Com a mudança ocorrida, o Top 3 deste ranking de custodiantes foi

o único a ampliar sua fatia de mercado entre 2015 e 2016, saindo

de 52,7% e galgando para 59,3%. Em relação ao Top 10 do ranking,

este praticamente não se alterou em termos de componentes, tendo se

inserido apenas um participante. No entanto, o Top 10 teve sua fatia de

mercado reduzida de 95,8% para 93,4% entre os dois anos.

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ESTRUTURADORES

A constante troca de posições entre Finaxis e Tercon no topo do

Ranking Uqbar de estruturadores de FIDC por número de operações

se repetiu por mais uma vez em 2016. Dessa vez com o Finaxis

levando a melhor, conquistando a liderança por ter estruturado nove

FIDC que entraram em operação no último ano. Líder deste ranking

em 2015, a Tercon caiu para a segunda posição, tendo colocado em

operação seis novos FIDC. A Ouro Preto, com a estruturação de quatro

fundos, completa o trio de primeiros colocados. Juntos, esses players

do mercado registraram 61,3% de participação de mercado, o que se

compara com os 72,0% auferidos em 2015, detidos por estes mesmos

três participantes.

Pelo quesito de montante emitido, as três primeiras posições

foram conquistadas por instituições que não haviam marcado presença

em 2015. A Oliveira Trust liderou com larga vantagem. A companhia

estruturou apenas dois fundos, sendo um deles o FIDC Cielo NP, os quais

somaram R$7,78 bilhões em emissões, equivalente a uma participação

de 90,3%. Também com dois fundos estruturados, mas com montante

bem menor –de R$260,7 milhões– aparece o Rabobank na segunda

posição, com 3,0% de participação. Em terceiro –com R$217,1 milhões

(2,5%)– posicionou-se a Angá, responsável pela estruturação do FIDC

Anga Sabemi Consignados V. Finaxis, Tercon, Ouro Preto –os maiores

estruturadores em termos de número de operações– aparecem no

ranking por montante emitido somente nas posições de número quatro,

seis e nove, respectivamente.

GESTORES

Historicamente a competição nos Rankings Uqbar entre gestores

de FIDC é notória. Ao longo de 2016 a concorrência entre os participantes

deste tipo se intensificou ainda mais. Houve aumento do número de

participantes atuantes, os líderes de 2015 perderam seus postos e

vários indicadores de concentração de mercado cederam.

Independentemente do perfil de sua gestão –ativa ou passiva– no

último ano 43 instituições credenciadas pela CVM como gestoras foram

contratadas por 87 fundos iniciados também em 2016. Este número

de gestores supera os 36 referentes a 2015 e os 33 referentes a 2014.

Quando se considera o universo de todos os fundos em funcionamento

ao final de cada ano, o número de gestores vem aumentando. Ao longo

dos últimos três anos, o número saiu de 99 participantes para 102, e

agora para 113.

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Em meio a este ambiente cada vez mais competitivo, a Tercon se

destaca. De 2015 para 2016, esta gestora foi a única que se manteve

no topo em um dos Rankings Uqbar. Por ter sido contratada para gerir

os recursos de dez fundos iniciados em 2016, equivalente a 11,5% do

total, a Tercon permaneceu na liderança do ranking anual por número de

operações. Adicionalmente, considerando todos os fundos em operação

ao final de 2016, a Tercon assumiu a dianteira do ranking pelo critério

de número de fundos e, além disso, saltou da oitava para a quarta

colocação pelo critério de montante de PL. Ao fim do último ano, o PL

consolidado dos 82 fundos (15,6%) sob responsabilidade da Tercon

somava R$3,04 bilhões (4,6%).

No ranking consolidado por número de operações, a Tercon

ultrapassou o Finaxis en 2016. Este, por sua vez, terminou o ano

na segunda colocação, fazendo a gestão de 66 fundos (12,6%), que

totalizavam PL de R$2,80 bilhões (4,3%). No ranking anual por número

de fundos o Finaxis perdeu também uma posição em relação a 2015,

ficando assim em quarto lugar. O Finaxis assumiu cinco dos novos

fundos de 2016, mesma quantidade de Jus Capital e Artesanal, contudo,

o PL consolidado dos novos fundos do Finaxis –de R$63,9 milhões– foi

inferior ao referente aos dois gestores concorrentes.

Por outro lado, Ouro Preto, Oliveira Trust e BRAM mantiveram

suas posições no ranking consolidado por número de operações. A

Ouro Preto permaneceu na terceira posição, com 34 fundos sob gestão

(6,5%), a Oliveira Trust na quarta posição, com 28 fundos (5,3%) e a

BRAM na quinta posição, com 17 fundos (3,2%).

A Oliveira Trust e a BRAM são os protagonistas da disputa pela

liderança no ranking consolidado de gestores de FIDC por montante

de PL, tendo a Oliveira Trust superado a BRAM em 2016. Olhar para o

que ocorreu no ranking anual ajuda a entender a mudança no ranking

consolidado. Enquanto a asset do Bradesco não assumiu a gestão de

sequer um fundo iniciado em 2016, a Oliveira Trust foi contratada por

quatro dos novos fundos –entre eles o FIDC Cielo NP, o maior fundo

do mercado– que, juntos, somaram PL de R$8,58 bilhões ao fim do

ano, posicionando-se em primeiro lugar no ranking anual por montante

emitido, com mais de 50,0% de participação de mercado.

Computando o PL de todos os fundos em operação no fim de

2016, fatia de 20,6%, equivalente a R$13,51 bilhões, corresponde à

Oliveira Trust, detentora da primeira posição deste ranking. Em seguida

encontra-se a BRAM, que era responsável pela gestão de R$8,11

bilhões, ou 12,3% do PL total da indústria de FIDC no fim do ano

passado. A terceira posição do ranking consolidado por montante de PL

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foi sustentada pela Integral, que, por sua vez, já observa a aproximação

da Tercon. O PL consolidado dos FIDC geridos pela Integral somava

R$3,32 bilhões (5,0%).

Ao se analisar os índices de concentração deste segmento

de prestador de serviços de FIDC, nota-se que a maioria deles se

movimentou no sentido de diminuição da concentração de mercado.

A título de exemplo, pode-se citar a participação acumulada dos

dez primeiros participantes de cada ranking. Nos rankings anuais, as

participações dos Top 10 variaram, entre 2015 e 2016, de 67,8% para

52,9% e de 89,4% para 86,1%, pelos critérios de número de operações

e de montante de PL, respectivamente. Já o ranking consolidado por

número de operações apresentou uma redução de 1,8 ponto percentual

para o indicador, de 55,6% em 2015 para 53,8% em 2016. Por outro

lado, no ranking consolidado por montante de PL a concentração do Top

10 aumentou de 56,1% para 60,1%.

LÍDERES DE DISTRIBUIÇÃO

Por mais um ano os rankings, por montante emitido e número

de títulos, referentes ao mercado de líderes de distribuição pública de

cotas de FIDC apresentaram diversas variações de posições entre os

participantes. As instituições que haviam conquistado a liderança dos

rankings em 2015 perderam este lugar e passaram para a vice-liderança

em 2016. Por sua vez, os líderes de 2016 foram os participantes que

mais ganharam posições em relação ao ano anterior.

Os rankings de 2016 terminaram com a liderança de Ourinvest,

por montante emitido, e Socopa, por número de cotas. O Ourinvest

liderou a distribuição de apenas um título, a cota de classe sênior do

Ourinvest Financeiros Suppliercard, no montante total de R$671,7

milhões, equivalente a 40,5% do total de cotas distribuídas sob o

regime da Instrução CVM nº 400 (ICVM 400) em 2016. Em 2015 o

Ourinvest havia ocupado apenas a décima primeira posição. No outro

ranking, com participação de 26,1%, a Socopa ocupou o topo por ter

sido responsável pela distribuição de seis cotas de FIDC, as quais

somaram R$43,4 milhões. De 2015 para 2016 a Socopa conquistou

seis posições no ranking.

No ranking por montante emitido o Ourinvest foi seguido por dois

bancos que costumam figurar entre os primeiros colocados. O Bradesco,

líder de 2015, ocupou a segunda colocação deste ranking, com R$377,9

milhões referente a apenas uma cota. Já o Citibank, quarto colocado

de 2015, ganhou uma posição, terminando 2016 na terceira colocação,

com R$208,2 milhões, referentes a quatro cotas.

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Quando classificados pela quantidade de séries colocadas, atrás

da líder Socopa se encontra o Citibank, com suas quatro cotas em

2016. Pelo critério de desempate, o montante emitido, o BNY Mellon

completou o Top 3, com três cotas e montante de R$88,6 milhões. O

BNY Mellon superou o Finaxis, que também foi contratado como líder

de distribuição de três cotas, mas estes somaram montante inferior, de

R$20,5 milhões.

Securitizadoras do Agronegócio

EmissõesPor mais um ano o mercado de CRA apresentou forte crescimento,

com um volume de emissões que quase triplicou em relação ao nível

recorde estabelecido no ano anterior, tanto em termos de montante

emitido como pelo critério de número de operações realizadas. Em 2016

foram emitidos R$14,22 bilhões em CRA, uma expansão de 177,0% em

comparação com o volume emitido no ano anterior, de R$5,14 bilhões.

Em termos de número de operações o crescimento foi de 131,6% em

relação a 2015, tendo sido alcançada a marca de 44 operações agora,

contra 19 no ano anterior.

O alto volume de emissões de CRA ocorrido neste ano tem

seu principal impulso no forte desempenho das operações de lastro

corporativo realizadas neste mercado. Este tipo de operação de CRA

representou 90,8% do montante emitido em 2016. A dominância das

operações corporativas foi tão grande a ponto de a maior série de CRA

referente a uma operação pulverizada de 2016 ser apenas a décima

sétima maior do ano.

A maior emissão de CRA no ano foi realizada pela Ápice,

securitizadora que estreou no segmento do agronegócio em 2016.

De série única e correspondente à 2ª série da 1ª emissão, o título foi

emitido em dezembro de 2016, com montante total de R$1,01 bilhão.

O certificado tem como lastro debêntures emitidas pela Companhia

Brasileira de Distribuição, que deve utilizar os recursos exclusivamente

na compra de produtos agropecuários e hortifrutigranjeiros, tais como

frutas, verduras, legumes, laticínios, aves e outras proteínas animais

in natura diretamente de produtores rurais e/ou cooperativas rurais

especificas. Esta série foi colocada no mercado através de uma oferta

pública realizada sob os ritos da ICVM 400, tendo investidores pessoas

físicas adquirido fatia de 81,9% do montante emitido. O CRA conta com

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classificação de risco “AA+” atribuída pela S&P, remuneração de 97,5%

da Taxa DI e vencimento esperado em 36 meses.

Dois títulos com montantes exatamente iguais, cada um com

R$1,00 bilhão, dividem a segunda posição do ranking de maiores CRA

emitidos em 2016. Um deles foi emitido pela Octante em abril, a 1ª série

da 9ª emissão. Trata-se de uma operação com lastro em um contrato de

exportação de proteínas animais entre empresas do grupo BRF. Estes

CRA foram objeto de oferta pública (ICVM 400). Sendo os adquirentes

em sua maioria pessoas físicas, possuem classificação de risco “AAA”

atribuída pela S&P, remuneração de 96,5% da Taxa DI e vencimento

esperado em 36 meses. O outro título com montante de R$1,00 bilhão

foi emitido em novembro pela EcoSec, a 98ª série da 1ª emissão. A

operação é lastreada em direitos creditórios do agronegócio oriundos

de NCE de emissão da Suzano Papel e Celulose. A oferta dos títulos

foi realizada com esforços restritos (Instrução CVM nº 476), tendo

instituições intermediárias participantes do consórcio de distribuição

subscrito a maior parte dos títulos. Com classificação de risco “AA+”

atribuída pela S&P, o prazo de vencimento da emissão é de 96 meses e

a remuneração é equivalente a 96,0% da taxa DI.

Os títulos descritos acima não foram apenas os maiores do

ano, mas também da história do mercado de CRA. Das dez maiores

emissões realizadas desde 2009, apenas duas não aconteceram em

2016, sendo o maior delas a 1ª série da 3ª emissão da Octante. Esta

emissão ocorreu em 2015, e divide a segunda colocação do ranking

consolidado, com o valor de R$1,00 bilhão.

EmissoresAssim como o montante emitido e o número de operações

realizadas, o número de securitizadoras participantes realizando

emissões de CRA também subiu, saltando de cinco em 2015 para oito

em 2016. O número de participantes vem aumentando gradualmente

a cada ano, mas a pioneira do mercado, a EcoSec, deteve a quádrupla

liderança nos Rankings Uqbar de Securitizadoras do Agronegócio

apresentados nesta edição do Anuário, com participação de mercado

sempre ao redor de 40,0%.

As companhias líder e vice-líder de 2015 se repetiram em 2016

nos rankings anuais, tanto por montante emitido quanto por número

de operações. A EcoSec realizou 20 operações no último ano que

totalizaram R$5,70 bilhões, anotando participações de 45,5% e

40,1% respectivamente. A fatia de mercado da EcoSec manteve-se

relativamente estável entre 2015 e 2016, tendo aumentado 3,4 pontos

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percentuais pelo critério de número de operações e 0,1 ponto percentual

pelo critério do montante emitido. Já a vice-líder Octante realizou oito

operações no último ano que totalizaram R$3,01 bilhões, anotando

participações de 18,2% e 21,2% respectivamente. A participação de

mercado da Octante encolheu na ordem de 8,0 pontos percentuais em

cada ranking anual.

Os pódios dos rankings anuais foram completados por duas

novatas. Pelo critério de montante emitido a Vert posicionou-se em

terceiro com R$1,51 bilhão, equivalente a aproximadamente um décimo

do total emitido no ano. Já pelo critério do número de operações a

Ápice, com cinco operações realizadas em 2016 (11,4%), conquistou

a terceira posição. A outra estreante no mercado de CRA de 2016,

Cibrasec, realizou apenas uma operação no valor de R$100,0 milhões,

posicionando-se na oitava e última posição de ambos os rankings.

Levando em consideração todas as emissões de CRA realizadas

desde 2009, as três primeiras posições dos Rankings Uqbar,

independente do critério utilizado, foram ocupadas por EcoSec, Octante

e Gaia Agro, respectivamente. As três companhias atuam no mercado

pelo menos desde 2013. A EcoSec, que emitiu R$9,04 bilhões (38,3%)

divididos em 48 operações (43,2%) desde 2009, viu sua participação

de mercado aumentar nos dois rankings consolidados: 2,8 pontos

percentuais no de montante e 1,4 ponto percentual no de número

de operações. Por outro lado, com novas securitizadoras atuando no

mercado de CRA, Octante e Gaia Agro perderam espaço relativo em

termos consolidados. Ao fim de 2016 a Octante detinha 23,4% da

fatia de mercado nos dois rankings consolidados, isso após perder

pouco mais de 3,0% de participação em cada ranking. Desde 2012 a

companhia emitiu R$5,53 bilhões no total, divididos em 26 operações.

Já a Gaia Agro foi a securitizadora que mais perdeu participação:

16,0 pontos percentuais pelo critério de montante emitido. No ranking

consolidado por número de operações a queda foi menor, de 4,7

pontos percentuais. Desde 2013 a Gaia Agro emitiu R$2,87 bilhões

(12,2%) no total, divididos em 18 operações (16,2%).

Terceiros

ADVOGADOS

O alargamento do mercado de CRA refletiu-se também na

ampliação do número de escritórios de advocacia atuantes no mercado

no último ano. Este número mais que dobrou de 2015 para 2016. O

Ranking Uqbar de Advogados de CRA de 2016 foi composto por onze

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participantes, enquanto em 2015 apenas cinco escritórios haviam

assessorado juridicamente as operações, ou os participantes das

operações de CRA. Em meio ao crescimento da concorrência, destaque

para Pinheiro Guimarães e TozziniFreire. Estes dois escritórios

ampliaram significativamente suas participações de mercado.

O escritório Pinheiro Guimarães liderou os rankings por número

de operações e por montante emitido ao assessorar doze operações

(24,5%), que juntas somaram R$7,96 bilhões (35,8%). O primeiro

posto conquistado em 2016 veio após o escritório ter se posicionado

em quarto lugar em ambos os rankings de 2015. Sua participação de

mercado foi a que mais aumentou em relação ao ano anterior: 19,2

pontos percentuais por número de operações e 24,8 pontos percentuais

por montante emitido.

Em 2016 o escritório TozziniFreire participou de nove operações

que totalizaram R$2,80 bilhões. Pelo critério do número de operações,

o escritório saltou três posições, conquistando a vice-liderança com

18,4%, equivalente a um incremento de 13,1 pontos percentuais em

sua fatia de mercado na comparação com 2015. Já pelo quesito de

montante emitido, o TozziniFreire aumentou sua participação de

mercado em 10,6 pontos percentuais, tendo fechado 2016 na quarta

posição, com 12,6%.

Por fim, para ilustrar o aumento da concorrência e um movimento

de desconcentração de mercado, vale notar a variação nos últimos dois

anos da participação conjunta dos três primeiros colocados de cada

ranking. Em 2015, a participação conjunta dos Top 3 participantes

havia sido de 87,1% pelo critério de montante emitido e de 89,4% pelo

critério de número de operações. Em 2016 esses valores se reduziram

para 73,7% e 59,2% respectivamente.

AGÊNCIAS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

No mercado de classificação de risco de CRA observaram-se dois

movimentos em sentidos opostos no último ano. Enquanto o montante

e número de títulos classificados aumentou, o número de agências

de classificação de risco que realizaram atribuições diminuiu. Em

2016 três agências classificadoras atribuíram notas a 27 títulos, que

perfizeram montante de R$9,84 bilhões. No ano anterior haviam sido

quatro agências, 12 títulos e R$3,45 bilhões de montante.

A S&P manteve a liderança em ambos os Rankings Uqbar, com

R$7,87 bilhões (80,0%) e 19 títulos (70,4%). Além de ter conquistado

as primeiras posições em cada ranking, a S&P também ampliou

expressivamente sua fatia de mercado, mais de 25,0 pontos percentuais

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em cada critério. A Fitch ocupou a segunda posição, com R$1,35 bilhão

(13,8%) e cinco títulos (18,5%), e a Moody’s ocupou a terceira posição,

com R$610,0 milhões (6,2%) e três títulos (11,1%).

A Liberum, que havia atribuído classificação de risco a três CRA

(R$137 milhões) em 2015, não realizou nenhuma ação deste tipo em

2016.

AGENTES FIDUCIÁRIOS

Na esteira do aumento do montante emitido de CRA em 2016, o

mercado de agentes fiduciários também seguiu tendência de expansão.

A SLW e a Planner, duas das três corretoras que atuaram em 2016 e

2015, expandiram marginalmente suas fatias de mercado em termos

do montante emitido. A Pentágono, por sua vez, foi a única a registrar

queda. Já a Oliveira Trust voltou a atuar no mercado do agronegócio

depois do hiato de um ano. Além disso, com o ingresso da Vórtx no

mercado de CRA, já nas primeiras colocações, os Rankings Uqbar de

agentes fiduciários passaram a contar com cinco participantes, o maior

número anual desde o início deste mercado em 2009.

Em 2016 a SLW foi contratada como agente fiduciário de CRA que

somaram R$6,20 bilhões (43,6%), referentes a 17 operações (38,6%).

Isso a coloca como a líder dos Rankings Uqbar de agente fiduciário de

CRA sob o critério do montante emitido e do número de operações.

A Planner se posicionou na segunda colocação em 2016 sob o

critério do montante emitido ao auferir R$3,83 bilhões em emissões.

Já em termos de número de operações, as dez operações de CRA

que têm a presença da Planner como agente fiduciário a colocam na

terceira colocação, atrás da Vórtx. No último ano a Planner obteve

participações de 26,9% e 22,7%, por montante e número de operações

respectivamente.

A Vórtx, estreante no mercado de CRA em 2016, atuou em

operações que somam R$3,51 bilhões, importância bastante próxima

à da segunda colocada, Planner. Já o número de onze operações em

que atuou a coloca na segunda posição mais alta do ranking sob este

critério. No último ano a Vórtx obteve participações de 24,7% e 25,0%,

por montante e número de operações respectivamente.

A Oliveira Trust, por sua vez, havia atuado no mercado de CRA

pela primeira e única vez em 2014. Em 2016, porém, este participante

voltou à carga, tendo participado de R$399,2 milhões em emissões

referentes a três operações de CRA. Esse desempenho a coloca na

quarta posição sob ambos os critérios, com participação de 2,8% por

montante, e de 6,8% por número de operações.

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Por fim, a Pentágono marcou, em 2016, redução de montante

e de número de operações na comparação com 2015. Neste último

ano este participante atuou em CRA que perfizeram R$285,0 milhões,

distribuídos em três operações. A Pentágono ocupou a quinta e última

posição em ambos os rankings, com participação de 2,0% por montante,

e de 6,8% por número de operações.

LÍDERES DE DISTRIBUIÇÃO

O mercado de líderes de distribuição de CRA vinha apresentando

várias mudanças de posições nos últimos anos e em 2016 não

poderia ser diferente. No Top 5 dos dois Rankings Uqbar apresentados

nesta edição do Anuário não tem qualquer participante que tenha se

posicionado no mesmo posto em 2015 e em 2016.

Após ter distribuído apenas um CRA em 2015, o Itaú BBA

voltou a encabeçar este segmento de mercado em 2016. O banco de

investimento atuou como líder de distribuição de 13 séries de CRA, que

totalizaram R$6,51 bilhões. Pelo critério do montante emitido, o Itaú

BBA saiu da quarta posição em 2015 para a liderança em 2016, com

45,8% do total emitido no ano. Já pelo critério do número de títulos,

saltou da nona para a primeira posição, registrando participação de

21,0%. No sentido inverso caminhou o Bradesco, que perdeu uma

posição em cada ranking. O banco ficou com a segunda posição por

montante distribuído (R$3,87 bilhões – 27,2%) e com a quarta posição

por número de títulos (oito títulos – 12,9%).

Apesar de montantes menores que Itaú BBA e Bradesco, Spinelli

e Santander se destacam no ranking ordenado por número de títulos.

A corretora liderou a distribuição de doze títulos (19,4%) e o banco foi

contratado como líder de distribuição de onze títulos (17,7%).

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Lista de RankingsA tabela a seguir mostra como os Rankings Uqbar estão dispostos

neste capítulo.

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)

Emissões

Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2016

Emissores

Ranking de FIDC por Montante de PL em 2016

Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Terceiros

Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2016

Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2016

Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2016

Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2016

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2016

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2016

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2016

Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2016

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2016

Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2016

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2016

Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2016

Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2016

Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2016

Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2016

Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2016

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Securitizadoras Imobiliárias

Emissões

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2016

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido – Consolidado

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado)

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido – Consolidado (Operações de Mercado)

Emissores

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2016

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2016

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado)

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2016 (Operações de Mercado)

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI (Operações de Mercado)

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer (Operações de Mercado)

Terceiros

Ranking de Advogados de Operações de CRI por Montante Emitido em 2016

Ranking de Advogados de Operações de CRI por Número de Operações em 2016

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2016

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificados em 2016

Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2016

Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2016

Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI

Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer

Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI

Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer

Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2016

Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Títulos em 2016

Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado)

Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2016 (Operações de Mercado)

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Securitizadoras do Agronegócio

Emissões

Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido em 2016

Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido – Consolidado

Emissores

Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido em 2016

Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações em 2016

Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado

Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado

Terceiros

Ranking de Advogados de Operações de CRA por Montante Emitido em 2016

Ranking de Advogados de Operações de CRA por Número de Operações em 2016

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRA Classificado em 2016

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRA Classificados em 2016

Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRA em 2016

Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRA em 2016

Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Montante Emitido em 2016

Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Número de Títulos em 2016

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FUNDOS DE INVESTIMENTOEM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC)

A seguir, os rankings relacionados ao mercado de FIDC, segregados por emissões, emissorese terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada ranking ou conjunto de rankings.

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Emissões

Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2016 TAB. 10

Título 1/1/2016 – 31/12/2016

FIDC Classe Série Montante (R$) Participação (%)

Cielo NP Única Única 7.784.787.000 22,1

Vale NP Sênior 1 5.746.150.000 16,3

For-Te Sênior Única 5.443.848.795 15,5

Caterpillar do Segmento Industrial II Sênior Única 2.221.662.420 6,3

VID Indústria Única 1 1.411.899.985 4,0

Rio Formoso II Multissetorial NP Única Única 1.000.000.000 2,8

Energisa Centro Oeste NP IV Sênior 2 700.000.000 2,0

Franquias Única 1 683.000.328 1,9

Banco GMAC – Financiamento a Concessionárias Sênior 5 401.800.000 1,1

Postalis Distressed Jive NP Única Única 376.611.444 1,1

Dez maiores 25.769.759.972 73,2

Total 35.203.189.857 100,0

Critério: Ordena as cotas de FIDC por montante emitido durante o ano de 2016.

Emissores

Ranking de FIDC por Montante de PL em 2016 TAB. 11

1/1/2016 – 31/12/2016

FIDC Montante (R$) Posição Participação (%)

Cielo NP 8.310.457.664 1 55,4

Rio Formoso II Multissetorial NP 1.000.669.567 2 6,7

Capulho I NP 489.958.162 3 3,3

Postalis Distressed Jive NP 376.611.444 4 2,5

Postalis Distressed Cadence NP 355.046.651 5 2,4

RN Brasil Financiamento de Veículos 353.137.577 6 2,4

Global TR 292.572.779 7 1,9

Nubank 280.349.364 8 1,9

Postalis Distressed Cadence II NP 265.029.766 9 1,8

Angá Sabemi Consignados V 251.570.200 10 1,7

Dez maiores 11.975.403.174 79,8

Total 15.009.072.010 100,0

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Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado TAB. 12

1/1/2002 – 31/12/2016 1/1/2002 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)FIDC Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Cielo NP 8.310.457.664 1 12,6 - - 12,6

Vale NP 2.437.746.495 2 3,7 5 2,4 1,3

PCG Brasil Multicarteira NP 1.531.063.080 3 2,3 2 3,5 -1,2

Energisa Centro Oeste NP IV 1.444.881.399 4 2,2 16 1,2 1,0

GM Venda de Veículos 1.417.614.833 5 2,2 3 2,6 -0,4

Fênix do Varejo 1.295.211.640 6 2,0 6 2,2 -0,2

For-Te 1.124.655.345 7 1,7 1 4,8 -3,1

Barzel NP 1.013.842.794 8 1,5 10 1,5 0,0

Rio Formoso II Multissetorial NP 1.000.669.567 9 1,5 - - 1,5

Franquias 992.100.372 10 1,5 11 1,4 0,1

Dez maiores 20.568.243.189 31,3 14.934.139.583 25,4 5,9

Total 65.709.822.425 100,0 58.890.219.014 100,0

Critério: Ordenam os FIDC por montante de PL no último dia do ano de 2016. O ranking anual considera apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2016. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para o ranking.

Terceiros Administradores

Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2016 TAB. 13

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Administrador Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Oliveira Trust 8.751.720.346 1 58,3 1 36,2 22,1

Intrader 2.126.079.833 2 14,2 10 0,4 13,8

Socopa 1.644.183.343 3 11,0 4 7,8 3,2

Concórdia 425.693.560 4 2,8 6 4,6 -1,8

Planner 394.738.137 5 2,6 8 2,5 0,1

BEM 353.137.577 6 2,4 2 28,6 -26,2

Citibank 292.572.779 7 1,9 - - 1,9

BRL Trust 292.118.485 8 1,9 7 2,9 -1,0

VAM 255.781.623 9 1,7 - - 1,7

BTG Pactual 246.282.155 10 1,6 - - 1,6

Dez maiores 14.782.307.838 98,5 6.739.924.734 99,9 -1,4

Total 15.009.072.011 100,0 6.747.628.895 100,0

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Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2016 TAB. 14

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Administrador Número de Operações Posição Participação

(%) Posição Participação(%)

Socopa 40 1 46,0 1 45,6 0,4

Finaxis 9 2 10,3 2 15,6 -5,3

Oliveira Trust 7 3 8,0 5 5,6 2,4

Intrader 7 4 8,0 10 1,1 6,9

Gradual 5 5 5,7 3 8,9 -3,2

Planner 4 6 4,6 9 2,2 2,4

VAM 4 7 4,6 - - 4,6

BRL Trust 3 8 3,4 7 5,6 -2,2

Concórdia 2 9 2,3 8 2,2 0,1

BEM 1 10 1,1 4 6,7 -5,6

Dez maiores 82 94,3 89 98,9 -4,6

Total 87 100,0 90 100,0

Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado TAB. 15

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Administrador Montante(R$) Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

Oliveira Trust 17.280.248.858 1 26,3 2 15,0 11,3

BEM 11.828.476.232 2 18,0 1 23,9 -5,9

Socopa 8.069.123.696 3 12,3 3 9,3 3,0

Finaxis 5.334.291.524 4 8,1 4 7,9 0,2

Citibank 3.477.175.018 5 5,3 5 7,8 -2,5

Caixa Econômica Federal 3.154.322.531 6 4,8 6 7,1 -2,3

Intrader 3.114.432.751 7 4,7 20 0,2 4,5

Gradual 2.862.265.366 8 4,4 7 6,0 -1,6

Santander 1.858.927.184 9 2,8 9 3,7 -0,9

VAM 1.749.379.548 10 2,7 10 2,9 -0,2

Dez maiores 58.728.642.708 89,4 51.378.274.678 87,2 2,2

Total 65.709.822.427 100,0 58.890.219.012 100,0

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Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado TAB. 16

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Administrador Número de Operações Posição Participação

(%) Posição Participação(%)

Socopa 185 1 35,3 1 30,5 4,8

Finaxis 92 2 17,6 2 19,3 -1,7

Oliveira Trust 46 3 8,8 4 8,5 0,3

Gradual 41 4 7,8 3 9,3 -1,5

BEM 32 5 6,1 5 7,5 -1,4

Planner 18 6 3,4 7 2,9 0,5

Santander 17 7 3,2 6 4,1 -0,9

BRL Trust 15 8 2,9 11 2,3 0,6

Citibank 12 9 2,3 8 2,7 -0,4

Intrader 11 10 2,1 18 0,4 1,7

Dez maiores 469 89,5 431 89,4 0,1

Total 524 100,0 482 100,0

Critério: Ordenam os administradores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2016. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2016. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

Advogados

Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2016 TAB. 17

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Advogado Montante(R$) Posição Participação (%) Posição Participação

(%)

Pinheiro Neto 7.784.887.000 1 62,0 - - 62,0

Bichara 1.114.331.517 2 8,9 - - 8,9

Torres 1.000.000.000 3 8,0 - - 8,0

PVG 661.602.226 4 5,3 5 13,0 -7,7

Mattos Filho 355.000.000 5 2,8 2 19,7 -16,9

Stocche Forbes 355.000.000 6 2,8 - - 2,8

Araújo e Policastro 348.000.000 7 2,8 4 13,7 -10,9

FreitasLeite 257.184.019 8 2,0 - - 2,0

Machado Meyer 200.000.000 9 1,6 - - 1,6

Souza Cescon 180.191.336 10 1,4 - - 1,4

Dez maiores 12.256.196.098 97,7 5.549.150.655 98,6 -0,9

Total 12.548.797.645 100,0 5.625.646.873 100

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Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2016 TAB. 18

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Advogado Número de Operações Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

PVG 9 1 24,3 3 12,5 11,8

Bichara 4 2 10,8 - - 10,8

Peixoto Neto 4 3 10,8 1 18,8 -8,0

VBSO 3 4 8,1 - - 8,1

Pinheiro Neto 2 5 5,4 - - 5,4

Araújo e Policastro 2 6 5,4 2 12,5 -7,1

FreitasLeite 2 7 5,4 - - 5,4

Souza Cescon 2 8 5,4 - - 5,4

Torres 1 9 2,7 - - 2,7

Mattos Filho 1 10 2,7 5 6,3 -3,6

Dez maiores 30 81,1 24 75,0 6,1

Total 37 100,0 32 100,0

Critério: Ordenam os assessores jurídicos de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2016. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante aos administradores, aos coordenadores líder, às cedentes, ou quando este atua como deal counsel no processo de estruturação do fundo. Quando dois ou mais escritórios de advogados assessoram conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2016.

Agências de Classificação de Risco

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2016 TAB. 19

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na Participação

(%)Agência de Classificação de Risco Montante(R$) Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

Fitch 2.147.900.000 1 38,2 3 23,6 14,6

Liberum 1.567.218.894 2 27,9 2 27,8 0,1

S & P 1.104.000.000 3 19,6 1 36,2 -16,6

Moody's 800.000.000 4 14,2 5 5,5 8,7

Austin 0 5 0,0 4 7,0 -7,0

Total 5.619.118.894 100,0 6.853.035.631 100,0

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Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2016 TAB. 20

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na Participação

(%)Agência de Classificação de Risco Número de Títulos Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

Liberum 47 1 38,8 1 42,6 -3,8

Austin 43 2 33,8 2 30,9 2,9

S & P 24 3 17,3 3 18,5 -1,2

Fitch 12 4 8,6 4 5,6 3,0

Moody's 2 5 1,4 5 1,9 -0,5

Total 139 100,0 163 100,0

Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante classificado e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas às cotas de FIDC durante o ano de 2016. O valor considerado nesses rankings é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings anuais consideram apenas as atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classificadas pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições nos rankings. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências.

Auditores

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2016 TAB. 21

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na

participação (%)Auditor Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

KPMG 9.473.015.477 1 77,0 2 22,7 54,3

Baker Tilly 1.337.528.558 2 10,9 5 6,0 4,9

PwC 833.871.047 3 6,8 1 41,4 -34,6

BDO 390.852.533 4 3,2 6 2,7 0,5

Grant Thornton 70.419.731 5 0,6 10 0,5 0,1

Nova Master 54.869.276 6 0,4 14 0,1 0,3

EY 48.167.787 7 0,4 4 6,0 -5,6

Next 46.673.037 8 0,4 8 1,4 -1,0

Deloitte 32.257.092 9 0,3 7 2,0 -1,7

Audi Factor 15.747.440 10 0,1 - - 0,1

Total 12.303.401.978 100,0 6.688.280.571 100,0

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Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2016 TAB. 22

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na

participação (%)Auditor Número de Operações Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

Baker Tilly 27 1 35,5 1 35,6 -0,1

KPMG 15 2 19,7 3 13,8 5,9

BDO 8 3 10,5 4 6,9 3,6

PwC 7 4 9,2 5 5,7 3,5

Next 6 5 7,9 2 14,9 -7,0

Grant Thornton 5 6 6,6 6 5,7 0,9

EY 4 7 5,3 7 4,6 0,7

Nova Master 2 8 2,6 14 1,1 1,5

Deloitte 1 9 1,3 9 1,1 0,2

Audi Factor 1 10 1,3 - - 1,3

Total 76 100,0 87 100,0

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado TAB. 23

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Auditor Montante(R$) Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

KPMG 22.842.686.410 1 36,3 2 24,6 11,7

PwC 15.095.301.216 2 24,0 1 31,4 -7,4

Baker Tilly 6.671.762.748 3 10,6 5 7,3 3,3

Deloitte 4.260.010.393 4 6,8 3 9,8 -3,0

EY 4.171.326.094 5 6,6 4 9,6 -3,0

BDO 2.827.175.652 6 4,5 7 4,1 0,4

BKR Lopes, Machado 1.981.684.414 7 3,1 6 4,4 -1,3

Confiance 1.518.632.094 8 2,4 9 2,3 0,1

Crowe Horwath 1.002.084.745 9 1,6 8 3,3 -1,7

Grant Thornton 844.521.787 10 1,3 10 1,3 0,0

Dez maiores 61.215.185.553 97,2 57.769.511.167 98,2 -1,0

Total 63.004.152.394 100,0 58.830.870.689 100,0

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Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado TAB. 24

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na

participação (%)Auditor Número de Operações Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

Baker Tilly 136 1 26,5 1 23,6 2,9

KPMG 80 2 15,6 2 16,3 -0,7

PwC 55 3 10,7 3 11,5 -0,8

Confiance 46 4 9,0 4 9,8 -0,8

BDO 42 5 8,2 6 7,3 0,9

EY 37 6 7,2 5 8,4 -1,2

Next 29 7 5,7 9 4,6 1,1

Grant Thornton 27 8 5,3 8 4,8 0,5

Deloitte 22 9 4,3 7 5,2 -0,9

Consult 11 10 2,1 10 2,5 -0,4

Dez maiores 485 94,5 450 93,9 0,6

Total 513 100,0 479 100,0

Critério: Ordenam os auditores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2016. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2016. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

Custodiantes

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2016 TAB. 25

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Custodiante Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação

(%)

Oliveira Trust 8.908.529.168 1 59,4 1 40,8 18,6

Intrader 2.123.906.583 2 14,2 - - 14,2

Paulista 1.698.603.124 3 11,3 3 17,6 -6,3

Citibank 463.709.375 4 3,1 - - 3,1

Planner 394.738.137 5 2,6 6 2,5 0,1

Finaxis 358.596.433 6 2,4 7 1,2 1,2

Bradesco 353.137.577 7 2,4 2 28,6 -26,2

BRL Trust 292.118.485 8 1,9 5 2,9 -1,0

BTG Pactual 246.282.155 9 1,6 - - 1,6

Votorantim 133.784.661 10 0,9 - - 0,9

Dez maiores 14.973.405.698 99,8 6.747.628.893 100,0 -0,2

Total 15.009.072.010 100,0 6.747.628.893 100,0

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Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2016 TAB. 26

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Custodiante Número de Operações Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

Paulista 44 1 50,6 1 56,7 -6,1

Finaxis 11 2 12,6 2 14,4 -1,8

Oliveira Trust 7 3 8,0 3 7,8 0,2

Intrader 6 4 6,9 - - 6,9

Planner 4 5 4,6 7 2,2 2,4

Citibank 3 6 3,4 - - 3,4

BRL Trust 3 7 3,4 6 5,6 -2,2

Votorantim 3 8 3,4 - - 3,4

Gradual 2 9 2,3 - - 2,3

Bradesco 1 10 1,1 4 6,7 -5,6

Dez maiores 84 96,6 90 100,0 -3,4

Total 87 100,0 90 100,0

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado TAB. 27

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Custodiante Montante(R$) Posição Participação

(%) Posição Participação(%)

Oliveira Trust 14.379.711.637 1 21,9 4 8,9 13,0

Bradesco 13.837.999.097 2 21,1 1 27,9 -6,8

Paulista 10.685.035.844 3 16,3 2 13,4 2,9

Citibank 5.459.898.153 4 8,3 3 11,4 -3,1

Finaxis 5.196.323.992 5 7,9 7 7,6 0,3

Itaú 4.003.645.524 6 6,1 8 7,2 -1,1

Intrader 2.985.412.685 7 4,5 - - 4,5

Santander 2.483.716.175 8 3,8 5 8,4 -4,6

Deutsche 1.490.659.363 9 2,3 6 7,8 -5,5

BTG Pactual 871.980.572 10 1,3 9 1,9 -0,6

Dez maiores 61.394.383.042 93,4 56.435.104.243 95,8 -2,4

Total 65.709.822.426 100,0 58.890.219.014 100,0

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Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado TAB. 28

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Custodiante Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Paulista 222 1 42,4 1 38,8 3,6

Finaxis 86 2 16,4 2 17,8 -1,4

Bradesco 40 3 7,6 3 10,4 -2,8

Oliveira Trust 31 4 5,9 6 4,4 1,5

Santander 27 5 5,2 4 7,3 -2,1

Citibank 19 6 3,6 7 3,7 -0,1

Itaú 15 7 2,9 8 3,3 -0,4

Planner 15 8 2,9 9 2,1 0,8

Deutsche 14 9 2,7 5 5,6 -2,9

BRL Trust 12 10 2,3 10 1,9 0,4

Dez maiores 481 91,8 459 95,2 -3,4

Total 524 100,0 482 100,0

Critério: Ordenam os custodiantes de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2016. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2016. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

Estruturadores

Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2016 TAB. 29

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Estruturador Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Oliveira Trust 7.784.887.000 1 90,3 - - 90,3

Rabobank 260.700.000 2 3,0 - - 3,0

Angá 217.084.019 3 2,5 - - 2,5

Finaxis 104.053.161 4 1,2 8 1,9 -0,7

XP 82.000.000 5 1,0 - - 1,0

Tercon 69.439.608 6 0,8 7 2,2 -1,4

Mauá Capital 40.100.000 7 0,5 - - 0,5

MV Capital 33.356.117 8 0,4 15 0,1 0,3

Ouro Preto 18.286.547 9 0,2 10 0,4 -0,2

Empírica 4.660.000 10 0,1 - - 0,1

Dez maiores 8.614.566.452 100,0 4.161.969.612 99,0 1,0

Total 8.618.321.452 100,0 4.202.762.361 100,0

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Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2016 TAB. 30

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Estruturador Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Finaxis 9 1 29,0 2 28,0 1,0

Tercon 6 2 19,4 1 38,0 -18,6

Ouro Preto 4 3 12,9 3 6,0 6,9

Oliveira Trust 2 4 6,5 - - 6,5

Rabobank 2 5 6,5 - - 6,5

MV Capital 2 6 6,5 15 2,0 4,5

Empírica 2 7 6,5 - - 6,5

Angá 1 8 3,2 - - 3,2

XP 1 9 3,2 - - 3,2

Mauá Capital 1 10 3,2 - - 3,2

Dez maiores 30 96,8 44 88,0 8,8

Total 31 100,0 50 100,0

Critério: Ordenam os estruturadores de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2016. Quando duas ou mais instituições estruturam conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2016.

Gestores

Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2016 TAB. 31

1/1/2016 - 30/12/2016 1/1/2015 - 30/12/2015 Mudança na participação

(%)Gestor Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Oliveira Trust 8.579.442.429 1 57,2 3 19,2 38,0

INX 1.000.669.567 2 6,7 20 0,4 6,3

CA Indosuez 645.710.356 3 4,3 - - 4,3

Cadence 620.076.417 4 4,1 - - 4,1

Península 489.958.162 5 3,3 - - 3,3

Angá 425.693.560 6 2,8 5 4,6 -1,8

Jive 376.611.444 7 2,5 13 1,4 1,1

Empírica 286.228.883 8 1,9 - - 1,9

VAM 255.781.623 9 1,7 - - 1,7

BTG Pactual 246.282.155 10 1,6 - - 1,6

Dez maiores 12.926.454.596 86,1 6.030.211.710 89,4 -3,3

Total 15.009.072.012 100,0 6.747.628.894 100,0

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Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2016 TAB. 32

1/1/2016 - 30/12/2016 1/1/2015 - 30/12/2015 Mudança na participação

(%)Gestor Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Tercon 10 1 11,5 1 23,3 -11,8

Jus Capital 5 2 5,7 - - 5,7

Artesanal 5 3 5,7 9 3,3 2,4

Finaxis 5 4 5,7 3 10,0 -4,3

Oliveira Trust 4 5 4,6 6 3,3 1,3

VAM 4 6 4,6 - - 4,6

Ouro Preto 4 7 4,6 2 10,0 -5,4

Empírica 3 8 3,4 - - 3,4

Captalys 3 9 3,4 22 1,1 2,3

Brasil Plural 3 10 3,4 - - 3,4

Dez maiores 46 52,9 61 67,8 -14,9

Total 87 100,0 90 100,0

Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado TAB. 33

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Gestor Montante(R$) Posição Participação

(%) Posição Participação (%)

Oliveira Trust 13.508.597.624 1 20,6 2 9,1 11,5

BRAM 8.105.338.117 2 12,3 1 17,0 -4,7

Integral 3.315.215.958 3 5,0 3 5,8 -0,8

Tercon 3.039.906.256 4 4,6 8 3,1 1,5

Finaxis 2.804.173.024 5 4,3 4 4,3 0,0

VAM 2.177.124.491 6 3,3 7 3,6 -0,3

Caixa Econômica Federal 1.882.609.439 7 2,9 13 1,9 1,0

Merrill Lynch 1.800.624.546 8 2,7 5 3,9 -1,2

CA Indosuez 1.447.780.958 9 2,2 16 1,6 0,6

Phronesis 1.423.831.172 10 2,2 11 2,7 -0,5

Dez maiores 39.505.201.585 60,1 33.061.512.861 56,1 4,0

Total 65.709.822.426 100,0 58.890.219.012 100,0

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Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado TAB. 34

1/1/2002 - 31/12/2016 1/1/2002 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Gestor Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Tercon 82 1 15,6 2 13,9 1,7

Finaxis 66 2 12,6 1 14,3 -1,7

Ouro Preto 34 3 6,5 3 6,4 0,1

Oliveira Trust 28 4 5,3 4 5,4 -0,1

BRAM 17 5 3,2 5 4,4 -1,2

Artesanal 16 6 3,1 10 2,1 1,0

Planner 12 7 2,3 9 2,1 0,2

Integral 9 8 1,7 7 2,3 -0,6

Empírica 9 9 1,7 14 1,2 0,5

Polo Capital 9 10 1,7 13 1,2 0,5

Dez maiores 282 53,8 268 55,6 -1,8

Total 524 100,0 482 100,0

Critério: Ordenam os gestores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2016. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2016. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

Líderes de Distribuição

Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2016 TAB. 35

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Líder de Distribuição Montante(R$) Posição Participação

(%) Posição Participação(%)

Ourinvest 671.654.309 1 40,5 11 0,3 40,2

Bradesco 377.853.312 2 22,8 1 47,4 -24,6

Citibank 208.223.653 3 12,6 4 6,1 6,5

XP 180.035.237 4 10,9 - - 10,9

BNY Mellon 88.595.255 5 5,3 5 4,9 0,4

Gradual 55.630.000 6 3,4 7 1,8 1,6

Socopa 43.405.139 7 2,6 10 0,4 2,2

Finaxis 20.500.000 8 1,2 6 3,4 -2,2

Santander 12.648.960 9 0,8 2 19,6 -18,8

Total 1.658.545.865 100,0 2.378.769.773 100,0

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Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2016 TAB. 36

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação (%)Líder de Distribuição Número de Títulos Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Socopa 6 1 26,1 7 6,7 19,4

Citibank 4 2 17,4 1 26,7 -9,3

BNY Mellon 3 3 13,0 9 3,3 9,7

Finaxis 3 4 13,0 2 13,3 -0,3

Gradual 2 5 8,7 3 13,3 -4,6

Santander 2 6 8,7 5 6,7 2,0

Ourinvest 1 7 4,3 11 3,3 1,0

Bradesco 1 8 4,3 4 10,0 -5,7

XP 1 9 4,3 - - 4,3

Total 23 100,0 30 100,0

Critério: Ordenam os líderes de distribuição de ofertas públicas (Instrução CVM nº 400) de cotas de FIDC com base no número de títulos e no montante distribuído durante o ano de 2016. Quando duas ou mais instituições lideram conjuntamente uma mesma oferta, os montantes são atribuídos integralmente a todas as instituições.

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SECURITIZADORAS IMOBILIÁRIAS

A seguir os rankings relacionados ao mercado de Securitizadoras Imobiliárias, segregados por emissões, emissores e terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada ranking ou conjunto de rankings.

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Emissões

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2016 TAB. 37

Título 1/1/2016 – 31/12/2016

Emissor Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%)

Cibrasec 2ª/276ª Sênior 4.046.760.877 22,8

Cibrasec 2ª/265ª Sênior 2.949.563.793 16,6

Cibrasec 2ª/277ª Subordinada 2.022.310.550 11,4

Cibrasec 2ª/278ª Única 459.975.978 2,6

Cibrasec 2ª/279ª Única 435.216.052 2,4

Cibrasec 2ª/266ª Subordinada 402.181.266 2,3

Gaia 1ª/3ª Sênior 346.343.756 1,9

Cibrasec 2ª/267ª Única 330.348.017 1,9

Cibrasec 2ª/268ª Única 308.114.961 1,7

Cibrasec 2ª/272ª Única 300.000.000 1,7

Dez maiores 11.600.815.250 65,3

Total 17.768.556.304 100,0

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido – Consolidado TAB. 38

Título 1/1/1999 – 31/12/2016

Emissor Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%)

Cibrasec 2ª/276ª Sênior 4.046.760.877 3,7

Ápice 1ª/17ª Subordinada 3.290.716.805 3,0

Cibrasec 2ª/265ª Sênior 2.949.563.793 2,7

Cibrasec 2ª/232ª Única 2.349.721.484 2,2

RB Capital Companhia de Securitização 1ª/75ª Sênior 2.190.918.221 2,0

Gaia 4ª/43ª Sênior 2.036.908.705 1,9

Cibrasec 2ª/277ª Subordinada 2.022.310.550 1,9

Gaia 4ª/31ª Sênior 1.862.056.928 1,7

Cibrasec 2ª/234ª Única 1.649.721.485 1,5

RB Capital Companhia de Securitização 1ª/110ª Sênior 1.579.612.096 1,5

Dez maiores 23.978.290.944 22,2

Total 108.082.643.682 100,0

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Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado) TAB. 39

Título 1/1/2016 – 31/12/2016

Emissor Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%)

Cibrasec 2ª/272ª Única 300.000.000 4,7

RB Capital Companhia de Securitização 1ª/135ª Única 275.000.000 4,3

Ápice 1ª/64ª Única 230.000.000 3,6

Habitasec 1ª/70ª Única 200.000.000 3,2

Cibrasec 2ª/281ª Única 190.000.000 3,0

RB Capital Companhia de Securitização 1ª/122ª Única 183.793.000 2,9

Ápice 1ª/86ª Única 150.000.000 2,4

Brazil Realty 5ª/1ª Única 150.000.000 2,4

Gaia 8ª/1ª Única 150.000.000 2,4

RB Capital Companhia de Securitização 1ª/142ª Única 150.000.000 2,4

Dez maiores 1.978.793.000 31,2

Total 6.341.627.957 100,0

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido – Consolidado (Operações de Mercado) TAB. 40

Título 1/1/1999 – 31/12/2016

Emissor Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%)

Ápice 1ª/17ª Subordinada 3.290.716.805 6,0

Brazilian Securities 1ª/174ª Única 1.217.815.305 2,2

Ápice 1ª/18ª Sênior 1.085.714.114 2,0

Brazilian Securities 1ª/34ª Sênior 822.964.186 1,5

RB Capital Companhia de Securitização 1ª/77ª Única 483.637.000 0,9

Ápice 1ª/16ª Única 418.693.019 0,8

PDG 3ª/3ª Única 405.000.000 0,7

Brazilian Securities 1ª/175ª Única 400.000.000 0,7

PDG 1ª/23ª Única 386.715.895 0,7

RB Capital Companhia de Securitização 1ª/69ª Única 386.436.656 0,7

Dez maiores 8.897.692.980 16,1

Total 55.271.361.545 100,0

Critério: Ordenam os CRI por montante emitido durante o ano de 2016, e desde 1999. Dos rankings de Operações de Mercado são excluídos os títulos indexados à TR.

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Emissores

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2016 TAB. 41

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Cibrasec 11.554.946.872 1 65,0 2 20,3 44,7

RB Capital 1.701.982.984 2 9,6 1 22,3 -12,7

Ápice 1.134.688.250 3 6,4 4 13,8 -7,5

Gaia 984.731.428 4 5,5 7 3,2 2,4

Habitasec 464.244.193 5 2,6 6 5,0 -2,4

Brazilian Securities 369.784.613 6 2,1 10 1,6 0,4

Brazil Realty 350.000.000 7 2,0 - - 2,0

ISEC 267.697.036 8 1,5 5 6,0 -4,5

Fortesec 150.500.000 9 0,8 13 0,8 0,0

TRX 145.724.663 10 0,8 17 0,3 0,6

Dez maiores 17.124.300.039 96,4 10.263.812.868 95,5 0,8

Total 17.768.556.304 100,0 10.744.503.385 100,0

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2016 TAB. 42

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

RB Capital 15 1 14,2 3 11,7 2,4

Cibrasec 13 2 12,3 6 7,6 4,7

Ápice 12 3 11,3 2 15,2 -3,9

Habitasec 11 4 10,4 5 9,0 1,4

Fortesec 9 5 8,5 8 4,8 3,7

Gaia 7 6 6,6 7 4,8 1,8

Brazilian Securities 6 7 5,7 9 4,1 1,5

ISEC 6 8 5,7 4 9,0 -3,3

Polo Capital 6 9 5,7 11 2,1 3,6

Altere 6 10 5,7 15 1,4 4,3

Dez maiores 91 85,8 130 89,7 -3,8

Total 106 100,0 145 100,0

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Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado) TAB. 43

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

RB Capital 1.591.482.984 1 25,1 2 18,5 6,6

Ápice 1.134.688.250 2 17,9 1 22,0 -4,1

Gaia 622.774.575 3 9,8 6 6,1 3,7

Cibrasec 600.475.378 4 9,5 9 3,3 6,2

Habitasec 464.244.193 5 7,3 5 6,4 0,9

Brazilian Securities 369.784.613 6 5,8 10 2,8 3,1

Brazil Realty 350.000.000 7 5,5 - - 5,5

ISEC 267.697.036 8 4,2 3 12,3 -8,1

Fortesec 150.500.000 9 2,4 13 1,9 0,5

TRX 145.724.663 10 2,3 17 0,6 1,7

Dez maiores 5.697.371.692 89,8 4.014.286.749 89,3 0,5

Total 6.341.627.957 100,0 4.494.977.266 100,0

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2016 (Operações de Mercado) TAB. 44

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

RB Capital 14 1 14,3 2 12,0 2,3

Ápice 12 2 12,2 1 18,0 -5,8

Habitasec 11 3 11,2 4 11,0 0,2

Fortesec 9 4 9,2 5 7,0 2,2

Cibrasec 7 5 7,1 8 5,0 2,1

Gaia 6 6 6,1 7 6,0 0,1

Brazilian Securities 6 7 6,1 9 5,0 1,1

ISEC 6 8 6,1 3 12,0 -5,9

Polo Capital 6 9 6,1 11 3,0 3,1

Altere 6 10 6,1 15 2,0 4,1

Dez maiores 83 84,7 85 85,0 -0,3

Total 98 100,0 100 100,0

Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total emitido e no número de operações efetivamente realizadas durante o ano de 2016. As securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas registradas, não são consideradas para os rankings. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, naquele ano. Dos rankings de Operações de Mercado são excluídos os títulos indexados à TR.

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Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI TAB. 45

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Cibrasec 23.546.716.617 1 31,7 2 20,0 11,8

RB Capital 15.975.233.095 2 21,5 1 24,4 -2,9

Ápice 6.910.345.966 3 9,3 4 10,5 -1,2

Brazilian Securities 6.426.405.501 4 8,7 3 14,6 -5,9

Gaia 6.079.415.024 5 8,2 5 8,7 -0,6

Barigui 4.822.183.578 6 6,5 6 6,6 -0,1

PDG 2.397.501.085 7 3,2 8 3,6 -0,3

ISEC 2.093.656.702 8 2,8 7 3,6 -0,8

Habitasec 1.772.839.409 9 2,4 9 2,2 0,2

Brazil Realty 779.292.753 10 1,0 11 1,0 0,1

Dez maiores 70.803.589.730 95,4 56.629.187.864 92,0 3,3

Total 74.249.154.413 100,0 61.537.007.083 100,0

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer TAB. 46

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Brazilian Securities 137 1 18,1 1 21,3 -3,2

RB Capital 111 2 14,7 2 14,7 0,0

Cibrasec 98 3 12,9 3 12,9 0,1

Gaia 79 4 10,4 4 10,9 -0,4

Ápice 67 5 8,9 5 7,8 1,1

Barigui 54 6 7,1 6 7,5 -0,4

ISEC 45 7 5,9 7 5,9 0,0

Habitasec 43 8 5,7 8 4,7 1,0

PDG 19 9 2,5 9 2,4 0,1

Fortesec 17 10 2,2 14 1,1 1,1

Dez maiores 670 88,5 639 90,3 -1,7

Total 757 100,0 708 100,0

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Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI (Operações de Mercado) TAB. 47

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

RB Capital 8.166.101.296 1 25,1 1 21,9 3,1

Ápice 5.266.554.384 2 16,2 3 15,6 0,6

Brazilian Securities 4.151.986.404 3 12,7 2 20,4 -7,7

Gaia 3.289.359.913 4 10,1 4 8,3 1,8

PDG 2.064.416.457 5 6,3 5 6,5 -0,2

ISEC 1.605.575.010 6 4,9 6 5,3 -0,4

Habitasec 1.502.931.324 7 4,6 8 3,5 1,1

Cibrasec 1.501.536.376 8 4,6 7 4,1 0,5

Barigui 926.812.196 9 2,8 9 3,3 -0,4

Brazil Realty 779.292.753 10 2,4 11 1,9 0,5

Dez maiores 29.254.566.112 89,8 27.614.888.143 88,9 0,9

Total 32.582.103.165 100,0 31.051.898.676 100,0

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer (Operações de Mercado) TAB. 48

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Brazilian Securities 104 1 17,7 1 21,1 -3,4

RB Capital 88 2 15,0 2 15,0 -0,1

Gaia 70 3 11,9 3 12,8 -0,9

Cibrasec 60 4 10,2 4 10,6 -0,4

Ápice 53 5 9,0 5 7,5 1,5

Habitasec 41 6 7,0 7 5,7 1,3

ISEC 39 7 6,6 6 6,4 0,2

Fortesec 17 8 2,9 13 1,5 1,4

PDG 16 9 2,7 8 2,9 -0,2

Barigui 16 10 2,7 10 2,8 0,0

Dez maiores 504 85,7 479 87,9 -2,2

Total 588 100,0 545 100,0

Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2016. As emissões que não tiveram informações divulgadas pelas Securitizadoras Imobiliárias não são consideradas para os rankings. Dos rankings de Operações de Mercado são excluídos os títulos indexados à TR.

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Terceiros

Advogados

Ranking de Advogados por Montante Emitido de CRI em 2016 TAB. 49

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Advogado Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

PMKA 6.724.955.909 1 54,7 1 42,9 11,8

Pinheiro Guimarães 1.068.308.000 2 8,7 8 2,6 6,1

Tauil & Chequer 908.500.000 3 7,4 13 1,7 5,7

Demarest 409.363.000 4 3,3 - - 3,3

Machado Meyer 399.768.248 5 3,3 11 2,1 1,1

Cascione, Pulino, Boulos & Santos 376.956.853 6 3,1 15 1,2 1,9

Souza Cescon 370.000.000 7 3,0 - - 3,0

Lefosse 330.000.000 8 2,7 - - 2,7

Lobo & de Rizzo 245.000.000 9 2,0 - - 2,0

SIDC 237.854.591 10 1,9 - - 1,9

Dez maiores 11.070.706.601 90,1 8.498.695.932 89,7 0,4

Total 12.288.020.760 100,0 9.473.663.203 100,0

Ranking de Advogados por Número de Operações de CRI em 2016 TAB. 50

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação (%)Advogado Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

PMKA 36 1 34,6 1 26,4 8,2

SIDC 10 2 9,6 - - 9,6

Pinheiro Guimarães 7 3 6,7 12 1,6 5,1

Tauil & Chequer 7 4 6,7 13 1,6 5,1

Machado Meyer 5 5 4,8 7 3,2 1,6

Souza Cescon 4 6 3,8 - - 3,8

Demarest 3 7 2,9 - - 2,9

Bicalho e Mollica 3 8 2,9 3 12,0 -9,1

Costa Rangel 3 9 2,9 - - 2,9

KLA 3 10 2,9 16 0,8 2,1

Dez maiores 81 77,9 107 85,6 -7,7

Total 104 100,0 125 100,0

Critério: Ordenam os assessores legais com base no montante emitido e no número de operações de CRI realizadas pelas Securitizadoras Imobiliárias durante o ano de 2016. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante às Securitizadoras Imobiliárias, aos coordenadores líder, às cedentes, ou quando este atua como deal counsel no processo de estruturação da operação. Quando dois ou mais escritórios de advogados assessoram conjuntamente uma mesma operação, o crédito é atribuído integralmente a todos os participantes. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2016.

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Agências de Classificação de Risco

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2016 TAB. 51

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agência de Classificação Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Fitch 1.677.721.000 1 55,4 1 41,2 14,2

Moody's 633.300.000 2 20,9 6 3,3 17,6

Liberum 312.823.170 3 10,3 2 20,2 -9,9

S & P 310.000.000 4 10,2 4 10,7 -0,5

LF 51.481.000 5 1,7 5 9,8 -8,1

Austin 41.000.000 6 1,4 7 0,2 1,2

Total 3.026.325.170 100,0 2.679.372.200 100,0

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Títulos de CRI Classificados em 2016 TAB. 52

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agência de Classificação Número de Títulos Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Austin 18 1 34,0 7 3,9 30,1

Fitch 14 2 26,4 2 19,2 7,2

Liberum 7 3 13,2 1 32,7 -19,5

Moody's 5 4 9,4 6 3,9 5,6

S & P 5 5 9,4 5 3,9 5,6

LF 4 6 7,5 4 17,3 -9,8

Total 53 100,0 52 100,0

Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas aos CRI no ano de 2016. O valor considerado no ranking das agências de classificação de risco é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings consideram atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classificadas pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições no ranking. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências.

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Agentes Fiduciários

Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2016 TAB. 53

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agente Fiduciário Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Vórtx 12.666.929.287 1 71,3 5 0,5 70,8

Pentágono 3.075.825.023 2 17,3 1 54,7 -37,4

Oliveira Trust 1.324.070.432 3 7,5 2 36,8 -29,3

Simplific Pavarini 375.224.662 4 2,1 7 0,3 1,9

GDC Partners 170.668.248 5 1,0 3 4,2 -3,3

SLW 148.604.665 6 0,8 6 0,5 0,4

Total 17.761.322.317 100,0 10.744.503.384 100,0

Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2016 TAB. 54

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agente Fiduciário Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Vórtx 41 1 39,0 6 1,4 37,7

Pentágono 35 2 33,3 2 41,4 -8,0

Oliveira Trust 14 3 13,3 1 44,8 -31,5

SLW 7 4 6,7 5 2,1 4,6

Simplific Pavarini 5 5 4,8 7 0,7 4,1

GDC Partners 3 6 2,9 4 4,1 -1,3

Total 105 100,0 145 100,0

Critério: Ordenam os agentes fiduciários com base no montante emitido e no número total de operações realizadas durante o ano de 2016. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2016.

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Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI TAB. 55

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agente Fiduciário Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Pentágono 39.643.425.921 1 53,4 1 63,5 -10,1

Oliveira Trust 15.542.966.159 2 20,9 2 27,8 -6,9

Vórtx 12.614.570.946 3 17,0 7 0,1 16,9

Simplific Pavarini 2.483.032.676 4 3,3 3 3,7 -0,4

GDC Partners 1.814.133.136 5 2,4 4 2,6 -0,2

Planner 1.628.879.440 6 2,2 5 1,7 0,5

SLW 487.102.135 7 0,7 6 0,7 0,0

BRL Trust 35.044.000 8 0,0 8 0,1 -0,1

Total 74.249.154.413 100,0 61.537.007.083 100,0

Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer TAB. 56

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agente Fiduciário Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Pentágono 323 1 42,7 1 43,9 -1,2

Oliveira Trust 283 2 37,4 2 42,7 -5,3

Vórtx 42 3 5,5 7 0,3 5,2

Planner 38 4 5,0 3 5,1 -0,1

Simplific Pavarini 29 5 3,8 4 3,4 0,4

GDC Partners 27 6 3,6 5 3,4 0,2

SLW 14 7 1,8 6 1,1 0,7

BRL Trust 1 8 0,1 8 0,1 0,0

Total 757 100,0 708 100,0

Critério: Ordenam os agentes fiduciários com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2016. As emissões que não tiveram informações divulgadas pelos agentes fiduciários não são consideradas para os rankings.

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Auditores

Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI TAB. 57

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Auditor Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Deloitte 30.642.483.475 1 41,3 1 36,7 4,6

Grant Thornton 22.885.579.061 2 30,8 2 24,4 6,4

KPMG 8.374.304.410 3 11,3 5 5,4 5,9

PwC 7.042.104.930 4 9,5 3 15,3 -5,8

Crowe Horwath 2.062.911.962 5 2,8 10 0,3 2,5

Itikawa 1.095.690.972 6 1,5 7 1,9 -0,4

BDO 1.069.519.871 7 1,4 8 1,8 -0,4

LCC 256.709.000 8 0,3 - - 0,3

Moore Stephens 251.611.382 9 0,3 6 2,2 -1,9

EY 156.042.790 10 0,2 4 11,0 -10,8

Dez maiores 73.836.957.851 99,4 61.146.028.615 99,4 0,0

Total 74.249.154.413 100,0 61.537.007.083 100,0

Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer TAB. 58

31/12/2016 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Auditor Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Deloitte 188 1 24,8 1 32,8 -8,0

Grant Thornton 178 2 23,5 3 14,7 8,8

PwC 152 3 20,1 2 23,0 -2,9

KPMG 102 4 13,5 5 6,4 7,1

Crowe Horwath 49 5 6,5 10 0,7 5,8

BDO 33 6 4,4 7 4,1 0,3

Moore Stephens 17 7 2,2 6 4,7 -2,5

Itikawa 14 8 1,8 8 2,1 -0,3

BEXCELL 9 9 1,2 12 0,6 0,6

Guimarães e Gonçalves 5 10 0,7 11 0,6 0,1

Dez maiores 747 98,7 695 98,2 0,5

Total 757 100,0 708 100,0

Critério: Ordenam os auditores de Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2016. As emissões que não tiveram informações divulgadas pelos participantes da operação não são consideradas para os rankings.

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Líderes de Distribuição

Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2016 TAB. 59

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Líder de Distribuição Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Caixa Econômica Federal 9.420.816.486 1 53,0 4 6,6 46,4

Bradesco BBI 1.777.319.960 2 10,0 2 22,7 -12,7

Itaú BBA 1.528.631.994 3 8,6 1 27,9 -19,3

RB Capital 1.126.982.984 4 6,3 3 13,6 -7,3

Votorantim 738.284.613 5 4,2 6 4,7 -0,5

Planner 425.000.000 6 2,4 - - 2,4

XP 380.000.000 7 2,1 - - 2,1

BB Banco de Investimento 361.956.853 8 2,0 17 0,6 1,4

Finaxis 337.663.629 9 1,9 9 2,6 -0,7

SLW 319.548.064 10 1,8 11 1,6 0,2

Dez maiores 16.416.204.582 92,4 9.700.724.725 91,4 1,0

Total 17.764.056.302 100,0 10.613.715.449 100,0

Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Títulos em 2016 TAB. 60

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Líder de Distribuição Número de Títulos Posição Participação (%) Posição Participação (%)

SLW 17 1 12,5 7 6,2 6,3

RB Capital 13 2 9,6 2 8,7 0,9

Bradesco BBI 11 3 8,1 4 6,8 1,3

Itaú BBA 10 4 7,4 1 26,7 -19,3

Votorantim 10 5 7,4 8 5,0 2,4

Intrader 9 6 6,6 - - 6,6

Finaxis 8 7 5,9 6 6,2 -0,3

Modal 7 8 5,1 - - 5,1

Socopa 7 9 5,1 3 7,5 -2,4

CM Capital Markets 6 10 4,4 25 0,6 3,8

Dez maiores 98 72,1 131 81,4 -9,3

Total 136 100,0 161 100,0

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Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2016 (Operações de Mercado) TAB. 61

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Líder de Distribuição Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Bradesco BBI 1.033.988.947 1 16,3 6 6,5 9,8

RB Capital 1.016.482.984 2 16,0 1 14,3 1,7

Itaú BBA 738.308.000 3 11,7 4 10,7 1,0

Votorantim 738.284.613 4 11,7 3 11,4 0,3

Planner 425.000.000 5 6,7 - - 6,7

XP 380.000.000 6 6,0 - - 6,0

Finaxis 337.663.629 7 5,3 9 5,2 0,1

SLW 319.548.064 8 5,0 10 3,8 1,2

Modal 285.581.000 9 4,5 13 2,0 2,5

BR Partners 165.120.816 10 2,6 15 1,9 0,7

Dez maiores 5.439.978.052 85,8 3.679.135.320 84,3 1,5

Total 6.337.127.957 100,0 4.364.189.330 100,0

Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Títulos em 2016 (Operações de Mercado) TAB. 62

1/1/2016 – 31/12/2016 1/1/2015 – 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Líder de Distribuição Número de Títulos Posição Participação (%) Posição Participação (%)

SLW 17 1 13,6 5 8,9 4,7

RB Capital 12 2 9,6 2 9,8 -0,2

Votorantim 10 3 8,0 7 7,1 0,9

Bradesco BBI 9 4 7,2 10 2,7 4,5

Intrader 9 5 7,2 - - 7,2

Itaú BBA 8 6 6,4 4 8,9 -2,5

Finaxis 8 7 6,4 6 8,0 -1,6

Modal 7 8 5,6 12 2,7 2,9

Socopa 7 9 5,6 1 10,7 -5,1

CM Capital Markets 6 10 4,8 23 0,9 3,9

Dez maiores 93 74,4 86 76,8 -2,4

Total 125 100,0 112 100,0

Critério: Ordenam os líderes de distribuição de CRI com base no montante emitido e no número de CRI distribuídos durante o ano de 2016. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2016. Dos rankings de Operações de Mercado são excluídos os títulos indexados à TR.

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SECURITIZADORAS DO AGRONEGÓCIO

A seguir os rankings relacionados ao mercadode Securitizadoras do Agronegócio, segregados por emissões, emissores e terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada rankingou conjunto de rankings.

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Emissões

Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido em 2016 TAB. 63

Título 1/1/2016 - 31/12/2016

Emissor Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%)

Ápice 1ª/2ª Única 1.012.500.000 7,1

Octante 9ª/1ª Única 1.000.000.000 7,0

EcoSec 1ª/98ª Única 1.000.000.000 7,0

EcoSec 1ª/80ª Única 880.155.000 6,2

Vert 1ª/1ª Única 780.000.000 5,5

EcoSec 1ª/93ª Única 776.171.000 5,5

Vert 1ª/2ª Única 720.000.000 5,1

Ourinvest 2ª/5ª Única 700.000.000 4,9

Ourinvest 2ª/4ª Única 675.000.000 4,7

Octante 10ª/1ª Única 600.000.000 4,2

Dez maiores 8.143.826.000 57,3

Total 14.222.036.381 100,0

Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido – Consolidado TAB. 64

Título 1/1/2009 - 31/12/2016

Emissor Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%)

Ápice 1ª/2ª Única 1.012.500.000 4,3

Octante 3ª/1ª Única 1.000.000.000 4,2

Octante 9ª/1ª Única 1.000.000.000 4,2

EcoSec 1ª/98ª Única 1.000.000.000 4,2

EcoSec 1ª/80ª Única 880.155.000 3,7

Vert 1ª/1ª Única 780.000.000 3,3

EcoSec 1ª/93ª Única 776.171.000 3,3

Vert 1ª/2ª Única 720.000.000 3,0

Ourinvest 2ª/5ª Única 700.000.000 3,0

Gaia Agro 14ª/1ª Única 675.000.000 2,9

Dez maiores 8.543.826.000 36,2

Total 23.616.674.135 100,0

Critério: Ordenam os CRA por montante emitido em 2016 e de forma consolidada desde 2009.

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Emissores

Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido em 2016 TAB. 65

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora do Agronegócio Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

EcoSec 5.697.825.292 1 40,1 1 40,0 0,1

Octante 3.011.199.324 2 21,2 2 29,9 -8,7

Vert 1.507.500.000 3 10,6 - - 10,6

Ourinvest 1.375.000.000 4 9,7 - - 9,7

Ápice 1.337.500.000 5 9,4 - - 9,4

RB Capital 969.500.000 6 6,8 5 2,0 4,8

Gaia Agro 223.511.765 7 1,6 3 14,5 -12,9

Cibrasec 100.000.000 8 0,7 - - 0,7

Total 14.222.036.381 100,0 5.135.001.571 100,0

Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações em 2016 TAB. 66

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora do Agronegócio Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação

(%)

EcoSec 20 1 45,5 1 42,1 3,4

Octante 8 2 18,2 2 26,3 -8,1

Ápice 5 3 11,4 - - 11,4

Gaia Agro 4 4 9,1 4 10,5 -1,4

Vert 2 5 4,5 - - 4,5

Ourinvest 2 6 4,5 - - 4,5

RB Capital 2 7 4,5 5 5,3 -0,8

Cibrasec 1 8 2,3 - - 2,3

Total 44 100,0 19 100,0

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Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado TAB. 67

1/1/2009 - 31/12/2016 1/1/2009 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora do Agronegócio Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

EcoSec 9.036.013.118 1 38,3 1 35,5 2,8

Octante 5.531.828.941 2 23,4 3 26,8 -3,4

Gaia Agro 2.873.759.893 3 12,2 2 28,2 -16,0

Vert 1.507.500.000 4 6,4 - - 6,4

Ourinvest 1.457.864.184 5 6,2 6 0,9 5,3

Ápice 1.337.500.000 6 5,7 - - 5,7

RB Capital 1.072.208.000 7 4,5 5 1,1 3,4

Brazilian Securities 700.000.000 8 3,0 4 7,5 -4,5

Cibrasec 100.000.000 9 0,4 - - 0,4

Total 23.616.674.136 100,0 9.394.637.755 100,0

Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado TAB. 68

1/1/2009 - 31/12/2016 1/1/2009 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Securitizadora do Agronegócio Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

EcoSec 48 1 43,2 1 41,8 1,4

Octante 26 2 23,4 2 26,9 -3,5

Gaia Agro 18 3 16,2 3 20,9 -4,7

Ourinvest 5 4 4,5 5 4,5 0,0

Ápice 5 5 4,5 - - 4,5

RB Capital 3 6 2,7 6 1,5 1,2

Brazilian Securities 3 7 2,7 4 4,5 -1,8

Vert 2 8 1,8 - - 1,8

Cibrasec 1 9 0,9 - - 0,9

Total 111 100,0 67 100,0

Critério: Ordenam as Securitizadoras do Agronegócio com base no montante total emitido e no número de operações efetivamente realizadas em 2016 e de forma consolidada desde 2009. As securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas registradas, não são consideradas para o ranking. O ranking referente a 2016 considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, naquele ano.

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Terceiros

Advogados

Ranking de Advogados de Operações de CRA por Montante Emitido em 2016 TAB. 69

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Advogado Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Pinheiro Guimarães 7.958.345.000 1 35,8 4 11,0 24,8

Mattos Filho 4.727.495.000 2 21,3 2 26,3 -5,0

Demarest 3.687.428.765 3 16,6 1 45,5 -28,9

TozziniFreire 2.804.037.324 4 12,6 5 2,0 10,6

Stocche Forbes 1.270.600.000 5 5,7 - - 5,7

PMKA 537.572.000 6 2,4 3 15,3 -12,9

Souza Cescon 402.250.000 7 1,8 - - 1,8

Pinheiro Neto 350.000.000 8 1,6 - - 1,6

Tauil & Chequer 202.572.000 9 0,9 - - 0,9

Lefosse 166.271.688 10 0,7 - - 0,7

Dez maiores 22.106.571.777 99,4 6.155.715.216 100,0 -0,6

Total 22.240.213.777 100,0 6.155.715.216 100,0

Ranking de Advogados de Operações de CRA por Número de Operações em 2016 TAB. 70

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Advogado Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Pinheiro Guimarães 12 1 24,5 4 5,3 19,2

TozziniFreire 9 2 18,4 5 5,3 13,1

Demarest 8 3 16,3 2 26,3 -10,0

Mattos Filho 7 4 14,3 3 26,3 -12,0

PMKA 5 5 10,2 1 36,8 -26,6

Cascione, Pulino, Boulos & Santos

3 6 6,1 - - 6,1

Stocche Forbes 1 7 2,0 - - 2,0

Souza Cescon 1 8 2,0 - - 2,0

Pinheiro Neto 1 9 2,0 - - 2,0

Tauil & Chequer 1 10 2,0 - - 2,0

Dez maiores 48 98,0 19 100,0 -2,0

Total 49 100,0 19 100,0

Critério: Ordenam os assessores legais com base no montante emitido e no número de operações de CRA realizadas pelas Securitizadoras do Agronegócio durante o ano de 2016. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante às Securitizadoras do Agronegócio, aos Coordenadores Líder, às Cedentes (ou aos Originadores), ou quando este atua como deal counsel no processo de estruturação da operação. Quando dois ou mais escritórios de advogados assessoram conjuntamente uma mesma operação, o crédito é atribuído integralmente a todos os participantes. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2016.

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Agências de Classificação de Risco

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRA Classificado em 2016 TAB. 71

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agência de Classificação Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

S & P 7.871.800.000 1 80,0 1 50,2 29,8

Fitch 1.354.500.000 2 13,8 3 11,8 2,0

Moody's 610.000.000 3 6,2 2 34,1 -27,9

Total 9.836.300.000 100,0 3.447.000.500 100,0

Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRA Classificado em 2016 TAB. 72

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%) Agência de Classificação Número de Títulos Posição Participação (%) Posição Participação (%)

S & P 19 1 70,4 1 41,7 28,7

Fitch 5 2 18,5 4 16,7 1,8

Moody's 3 3 11,1 3 16,7 -5,6

Total 27 100,0 12 100,0

Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas aos CRA no ano de 2016. O valor considerado no ranking das agências de classificação de risco é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings consideram atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classificadas pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições no ranking. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências.

Agentes Fiduciários

Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRA em 2016 TAB. 73

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Agente Fiduciário Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

SLW 6.197.116.292 1 43,6 1 41,3 2,3

Planner 3.831.961.089 2 26,9 3 23,6 3,3

Vórtx 3.508.770.000 3 24,7 - - 24,7

Oliveira Trust 399.189.000 4 2,8 - - 2,8

Pentágono 285.000.000 5 2,0 2 35,1 -33,1

Total 14.222.036.381 100,0 5.135.001.571 100,0

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Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRA em 2016 TAB. 74

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%) Agente Fiduciário Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%)

SLW 17 1 38,6 1 47,4 -8,8

Vórtx 11 2 25,0 - - 25,0

Planner 10 3 22,7 3 26,3 -3,6

Oliveira Trust 3 4 6,8 - - 6,8

Pentágono 3 5 6,8 2 26,3 -19,5

Total 44 100,0 19 100,0

Critério: Ordenam os agentes fiduciários com base no montante emitido e no número total de operações realizadas durante o ano de 2016. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2016.

Líderes de Distribuição

Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Montante Emitido em 2016 TAB. 75

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Líder de Distribuição Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Itaú BBA 6.508.345.000 1 45,8 4 13,2 32,6

Bradesco 3.871.750.000 2 27,2 1 38,5 -11,3

Votorantim 1.000.000.000 4 7,0 2 19,3 -12,3

Safra 1.000.000.000 3 7,0 - - 7,0

Santander 690.049.089 5 4,9 - - 4,9

XP 407.572.000 6 2,9 6 3,5 -0,6

BB Banco de Investimento 200.000.000 7 1,4 - - 1,4

Spinelli 136.761.292 8 1,0 8 1,9 -0,9

Citibank 114.417.000 9 0,8 - - 0,8

Terra 93.642.000 10 0,7 - - 0,7

Dez maiores 14.022.536.381 98,6 5.130.436.387 100,0 -1,4

Total 14.222.036.381 100,0 5.130.436.387 100,0

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Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Número de Títulos em 2016 TAB. 76

1/1/2016 - 31/12/2016 1/1/2015 - 31/12/2015 Mudança na participação

(%)Líder de Distribuição Número de Títulos Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Itaú BBA 13 1 21,0 9 3,7 17,3

Spinelli 12 2 19,4 8 7,4 12,0

Santander 11 3 17,7 - - 17,7

Bradesco 8 4 12,9 3 11,1 1,8

Votorantim 4 5 6,5 1 18,5 -12,0

XP 3 6 4,8 2 18,5 -13,7

SLW 3 7 4,8 6 11,1 -6,3

Terra 2 8 3,2 - - 3,2

Safra 1 9 1,6 - - 1,6

BB Banco de Investimento 1 10 1,6 - - 1,6

Dez maiores 58 93,5 27 100,0 -6,5

Total 62 100,0 27 100,0

Critério: Ordenam os líderes de distribuição de CRA com base no montante emitido e no número de títulos distribuídos durante o ano de 2016.

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LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO

Securitização: retrospectiva 2016

e perspectivas para o futuro

Por Luiz Leonardo Cantidiano e Julia Damazio Franco, do Escritório Cantidiano Advogados.5

As opiniões expressas neste capítulo são as de seus autores e não necessariamente as da

Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda.

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IntroduçãoNão há qualquer dúvida de que o ano de 2016 foi um dos piores

para a economia em geral, mas não especificamente para o mercado

de securitização. Conforme apresentado neste Anuário, enquanto o

estoque de crédito bancário encolheu 3,5%, os estoques de Fundos de

Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), Certificados de Recebíveis

Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio

(CRA) experimentaram crescimento de 11,6%, 21,4% e 173,5%,

respectivamente.

Os números demonstram, de forma inequívoca, como que, em

cenário de crise, com crédito escasso e juros muito altos, operações

de securitização se apresentam como um mecanismo alternativo de

financiamento extremamente atraente. E mais: que tais mecanismos de

financiamento podem efetivamente servir de importante alavanca para

a retomada do crescimento econômico1.

Para que tal indústria siga se desenvolvendo de forma sustentável,

no entanto, é fundamental que tais produtos sejam regulados de forma

adequada –de forma robusta e responsável, mas também de forma

razoável, sem a imposição de custos excessivos que possam representar

entraves injustificados.

Breve RetrospectivaNeste sentido, vale mencionar algumas decisões importantes

da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) durante o ano de 2016,

sinalizando uma tendência da autarquia em modernizar o seu arcabouço

regulatório.

A primeira delas se deu no âmbito de processo que deferiu o

registro de oferta pública de CRA lastreados em debêntures simples

de emissão do Burger King2. Referida decisão não apenas ampliou o

conceito de “direito creditório do agronegócio” apto a lastrear um CRA

que até então vinha sendo adotado pela área técnica da autarquia,

como forneceu orientação clara dos requisitos necessários à sua

caracterização.

1 Neste sentido, vide Relatório Final “Global Developments in Securitization Regulation”, elaborado pela IOSCO (Internacional Organization of Securities Commissions), em 16/11/2012: “Securitization markets create opportunities for issuers to raise finance through alternative funding and by diversifying funding sources, potentially making bank lending less sensitive to abrupt changes to the cost of funds, ultimately affecting the availability of finance to economic growth. For that reason, access to these funding sources may be important to those economies experiencing slow growth.” (Sem grifos no original).

2 Processo SEI nº 19957.001669/2016-13, decidido em 2 de setembro de 2016. A operação analisada era destinada exclusivamente a investidores qualificados e envolvia a emissão e distribuição pública de 150 mil CRA, no valor total de R$ 150 milhões.

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Os recursos captados com as debêntures seriam destinados

exclusivamente à aquisição de carne in natura, e os recursos captados

com a emissão do CRA seriam utilizados para integralizar as debêntures.

A área técnica sugeriu o indeferimento da operação, por entender que

o CRA se presta ao financiamento do produtor rural e que a debênture

em questão não caracterizaria tal financiamento, na medida em que o

Burger King é uma rede de restaurantes.

O presidente da CVM, Leonardo Pereira, pediu vistas do Processo

e discordou da área técnica, por entender que o conceito de “direito

creditório do agronegócio” seria mais abrangente. De acordo com

Pereira, uma operação de CRA deve estar vinculada a “negócios” –de

maneira mais ampla, podendo compreender outros tipos de transações

comerciais– realizados entre produtores rurais (ou suas cooperativas) e

terceiros. No seu entendimento, tais negócios devem estar relacionados

à produção, comercialização, ao beneficiamento ou à industrialização

de produtos/insumos agropecuários ou de máquinas e implementos

utilizados na atividade.

Nesse sentido, o presidente da CVM entendeu que a operação

em questão atendia aos critérios da lei3, estabelecendo apenas,

como condição adicional, que as declarações trimestrais viessem

acompanhadas das respectivas notas fiscais, e que o agente fiduciário

ficasse responsável pela verificação do cumprimento de tal obrigação.

Ao final, ele ressaltou que a edição de norma que regulará as

emissões públicas de CRA segue sendo prioridade regulatória da CVM.

O Colegiado aprovou a operação nos termos do voto do presidente, por

maioria.

O precedente em questão beneficiou o mercado na medida em que

forneceu interpretação mais clara –especialmente importante enquanto

a norma própria do regulador para CRA não é editada– conferindo

maior segurança jurídica à indústria de securitização e ampliando as

possibilidades de financiamento ao agronegócio por meio de CRA.

Já tratando dos FIDC, a CVM passou a permitir4 que “FIDC

Padronizados”, ou seja, aqueles que realizam investimentos nos direitos

creditórios elencados na Instrução CVM nº 356/01, adquirissem créditos

de sociedades em recuperação judicial, mesmo antes do trânsito em

julgado da decisão que aprovou o plano de recuperação.

3 Pelos seguintes motivos: (i) na transação em questão figuram, de um lado, a JBS e Seara, fornecedores de carne que se caracterizam como “produtores rurais”, e do outro o Burger King, na qualidade de terceiro contratante; (ii) o negócio envolve a aquisição de carne in natura, que caracteriza a comercialização de produção rural; e (iii) as debêntures têm origem em negócios entre o produtor rural e terceiros –, já que há clara vinculação, pois os recursos captados serão exclusivamente destinados ao pagamento de obrigações contratuais oriundas da aquisição de carne in natura produzida e comercializada pelos fornecedores, havendo obrigações de informar e caracterização de vencimento antecipado no caso de aplicação dos recursos de maneira diversa.

4 Processo SEI nº 19957.004284/2016–16, decidido em no dia 6 de setembro de 2016.

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Até então prevalecia o entendimento de que apenas os FIDC

Não Padronizados, que são destinados exclusivamente a investidores

profissionais, estavam autorizados a adquirir esses créditos. Um

“FIDC Padronizado” só poderia adquirir créditos de sociedades em

recuperação judicial depois do trânsito em julgado da homologação do

plano de recuperação.

Ao se considerar que, com a crise, aumentou substancialmente

o número de empresas em recuperação judicial, a nova orientação veio

em excelente momento. A securitização de créditos, por permitir a

antecipação de receitas e dar fôlego ao capital de giro, pode ser um

ótimo instrumento para empresas que enfrentam dificuldades para se

restabelecer.

A orientação anterior representava significativo limitador, pois o

público-alvo dos FIDC Não Padronizados é bastante restrito (pessoas

físicas com mais de R$10,0 milhões em investimentos financeiros,

investidores institucionais e profissionais de mercado5). Além

disso, como o trânsito em julgado pode demorar —sendo inclusive

relativamente comum que durante o período, a recuperação acabe

sendo convolada em falência— na prática ficava inviável a utilização de

“FIDC Padronizado”.

Por essa razão, a Associação Nacional dos Participantes em

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Multicedentes e

Multisacados (Anfidc) apresentou consulta, ponderando que a restrição

cerceava o potencial que operações de securitização por meio de FIDC

teriam para atender as necessidades de empresas em recuperação,

sem uma justificava razoável.

Isso porque (i) eventual convolação da recuperação judicial em

falência não prejudicaria a cessão dos créditos — afinal, esse tipo de

operação é permitido e protegido pela Lei 11.101/05; e (ii) o risco

de crédito não é da cedente, mas de empresas em situação normal

que originalmente detinham obrigações de efetuar pagamentos às

empresas em recuperação judicial.

A CVM concordou com o pleito, e a decisão foi extremamente

positiva ao ampliar as possibilidades de financiamento de capital de

giro a empresas em recuperação.

5 Vale mencionar que a Instrução CVM nº 444/06 permite, excepcionalmente, que as cotas de um FIDC–NP possam ser subscritas por pessoa que não seja investidor profissional, nas hipóteses em que: (i) a política de investimento de referido fundo tenha como objetivo preponderante a realização de aplicações em direitos creditórios enquadrados nas hipóteses do inciso V do §1º do seu art. 1; e (ii) a integralização seja efetuada em direitos creditórios.

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Outra decisão importante se deu no âmbito de processo que

analisou o pedido de registro de Oferta Pública de CRI da Brazil Realty

Companhia Securitizadora, lastreados em debêntures de empresa do

grupo (“Precedente Cyrela”)6.

Na ocasião, o Colegiado apreciou o pedido de dispensa dos

requisitos previstos no art. 6º, incisos I e II da Instrução CVM nº 414/04,

dispositivo que exige, em se tratando de Ofertas de CRI destinadas ao

varejo, que se institua regime fiduciário sobre os créditos imobiliários

que sirvam de lastro para o CRI, e ainda, que tais créditos tenham

sido originados: (i) de imóvel com habite-se, ou (ii) da aquisição ou

da promessa de aquisição de unidades imobiliárias vinculadas a

incorporações objeto de financiamento, desde que integrante de

patrimônio de afetação.

A Ofertante defendeu que o dispositivo em questão seria inaplicável,

uma vez que a Oferta em questão era lastreada em debênture – um título

de crédito, e não em créditos originados de imóveis ou da aquisição

de unidades imobiliárias vinculadas a incorporações, que poderiam

ter risco de desempenho da construtora com relação à finalização dos

imóveis.

O Colegiado acatou o argumento, decidindo pela dispensa de

requisito, e indicando que, quando se tratar de créditos imobiliários

em razão de sua destinação, o efetivo direcionamento dos recursos aos

imóveis deve ocorrer até a data de vencimento dos CRI7.

PerspectivasApesar dos avanços, ainda há um significativo espaço para

aprimorar a regulamentação hoje aplicável e estimular o desenvolvimento

sadio deste importante setor.

As companhias securitizadoras, por exemplo, não são regulados

por regra própria, mas pela Instrução CVM nº 480/09, que regula

as companhias abertas, sendo submetidas ao mesmo regime de

companhias autorizadas a emitir títulos de dívida no mercado.

Tal regime se afigura absolutamente inadequado, pois exige que as

securitizadoras divulguem um volume de informações desproporcional,

lhes imputando um custo significativo sem uma clara contrapartida para

o mercado, pois inúmeras informações efetivamente importantes para

os investidores –tal como uma descrição da infraestrutura utilizada para

6 Processo SEI nº 19957.000587/2016-51, decidido em 16 de agosto de 2016.

7 Tendo em vista ser até essa data que perduram as obrigações atribuídas ao agente fiduciário dos referidos títulos, que é o responsável por verificar se o referido direcionamento ocorreu conforme previsto na documentação da Oferta.

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realizar a administração dos recebíveis–, não são exigidas. E mais, não

há qualquer regra da CVM que exija das securitizadoras a manutenção de

infraestrutura mínima, ou mesmo estabeleça seus deveres e obrigações

com clareza – fragilidades que provocam significativa assimetria entre

os participantes.

Outro ponto que merece aprimoramento é a Instrução CVM nº

414/04, norma que regula as ofertas públicas de CRI e encontra-

se significativamente defasada. A falta de uma definição clara de

crédito imobiliário, por exemplo, tem se demonstrado extremamente

prejudicial à indústria, gerando intermináveis discussões jurídicas que

criam um ambiente de insegurança absolutamente indesejado, que

inibe a inovação e estimula interpretações excessivamente restritivas8 –

claramente na contramão dos objetivos almejados pela Lei nº 9.514/979.

No caso do CRA, a questão é ainda mais sensível, pois em razão

da ausência de norma específica, a Instrução CVM nº 414/04 vem sendo

aplicada por analogia, o que gera insegurança e algumas distorções.

Dente elas, destaca-se o entendimento que atualmente prevalece na

CVM de que Ofertas de CRA não podem ser destinadas ao varejo, em

razão dos requisitos de que art. 6º, incisos I e II da Instrução CVM nº

414/0410. A despeito de tais requisitos serem claramente inaplicáveis,

por tratarem especificamente do setor imobiliário, seria razoável que a

CVM estabelecesse requisitos mínimos que tornassem uma operação

de CRA apta a ser destinada ao varejo, talvez aplicando o Precedente

Cyrela por analogia, permitindo que CRA com lastro sem risco de

performance fossem destinados ao varejo.

Um significativo entrave ao desenvolvimento mais dinâmico

da indústria de CRI e CRA tem sido o procedimento excessivamente

burocrático que operações com características mais inovadoras têm

8 Vale mencionar, neste sentido, decisão de 26 de março de 2013 em que Colegiado indeferiu Oferta Pública de CRI lastreados em debêntures de emissão da Rede D’or São Luiz S.A., no âmbito do Processo CVM nº RJ 2012/12177. Na ocasião, a debênture foi subscrita por instituição autorizada a operar no sistema de financiamento imobiliário, nos termos da Lei nº 9.514/97 e todos os documentos da oferta vinculavam os recursos à destinação específica imobiliária, envolvendo a aquisição de terrenos e construção de hospitais. Não obstante, o Colegiado à época indeferiu o registro, “por entender que o fluxo de pagamento da operação proposta não estaria relacionado aos imóveis, mas ao fluxo de caixa da Devedora”. Como os Ofertantes, à época, desistiram do recurso, as razões pelo indeferimento não ficaram claras. Fato inconteste é que, em razão de referido precedente, atualmente vigora um conceito de “crédito imobiliário” significativamente mais restrito do que pretendeu a Lei nº 9.514/97.

9 Nos termos da Exposição de Motivos da Lei nº 9.514/97, que criou o Sistema de Financiamento Imobiliário e o CRI: “12. O presente projeto de lei orienta-se segundo as diretrizes de desregulamentação da economia e modernização dos instrumentos e mecanismos de financiamento à atividade produtiva. Seu objetivo fundamental é estabelecer as condições mínimas necessárias ao desenvolvimento de um mercado de financiamento imobiliário, para o que se criam novos instrumentos e mecanismos que possibilitam a livre operação do crédito para o setor e a mobilização dos capitais necessários à sua dinamização.”

10 Dispositivo que, conforme já mencionado, exige que se institua regime fiduciário sobre os créditos imobiliários que sirvam de lastro para o CRI, e ainda, que tais créditos tenham sido originados: (i) de imóvel com habite-se, ou (ii) da aquisição ou da promessa de aquisição de unidades imobiliárias vinculadas a incorporações objeto de financiamento, desde que integrante de patrimônio de afetação.

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enfrentado na CVM. Em razão da defasagem do arcabouço regulatório,

com alguma frequência o Colegiado, órgão máximo da autarquia, precisa

ser consultado a respeito da viabilidade de determinada operação. Na

prática, considerando os prazos, custos e riscos envolvidos, muitos

agentes se veem desestimulados a estruturar operações inovadoras –

muitas vezes mais eficientes e até mesmo mais seguras.

Conclusão A julgar pelo teor dos precedentes mais recentes da CVM, e a

indicação de que a edição de norma própria para o CRA é assunto

prioritário na autarquia, aparentemente o marco regulatório seguirá

sendo aprimorado em benefício do mercado, o que certamente

estimulará o desenvolvimento sadio das operações de securitização.

Neste sentido, esperamos que a CVM modernize o arcabouço

jurídico aplicável às securitizadoras e às operações de CRI e de CRA,

atentando aos custos e benefícios envolvidos11, com o cuidado necessário

para permitir que operações de securitização se intensifiquem de forma

sustentável, efetivamente atraindo recursos para setores estratégicos e

a economia de forma geral.

11 Neste sentido, vale mencionar estudo “Retenção de Risco na Securitização: um estudo a partir da metodologia de análise de impacto regulatório”, produzido pela Assessoria de Análise e Pesquisa (ASA) da CVM e disponível no website da autarquia em: http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/acesso_informacao/serieshist/estudos/anexos/AIR_retencao-de-riscos.pdf. Na ocasião, não obstante recomendação da IOSCO (Internacional Organization of Securities Commissions) no sentido de que os reguladores deveriam exigir que os originadores/cedentes retivessem, no mínimo, 5% de exposição ao risco de crédito envolvido em operações de securitização, a CVM não implementou tal alteração, pois identificou que a exigência, de um lado, não traria benefícios adicionais, e do outro, implicaria em custos, tanto para o regulador quanto para a indústria.

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