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Positivismo

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Positivismo

O positivismo defende a ideia de que o

conhecimento científico é a única

forma de conhecimento verdadeiro.

De acordo com os positivistas

somente pode-se afirmar que uma

teoria é correta se ela foi comprovada

através de métodos científicos

válidos.

Os positivistas não consideram os

conhecimentos ligados às crenças,

superstição ou qualquer outro que não

possa ser comprovado

cientificamente. Para eles, o

progresso da humanidade depende

exclusivamente dos avanços

científicos.

Comte

Comte nega que a explicação dos

fenômenos naturais, assim como

sociais, provenha de um só princípio.

A visão positiva dos fatos abandona a

consideração das causas dos

fenômenos (Deus ou natureza) e

pesquisa suas leis, vistas como

relações abstratas e constantes entre

fenômenos observáveis.

Adotando os critérios histórico e

sistemático, outras ciências abstratas

antes da Sociologia, segundo Comte,

atingiram a positividade: a

Matemática, a Astronomia, a Física, a

Química e a Biologia. Comte usaria a

observação, a experimentação, da

comparação e a classificação como

métodos.

Pode-se dizer que o conhecimento

positivo busca "ver para prever, a fim

de prover" ou seja: conhecer a

realidade para saber o que acontecerá

a partir de nossas ações, para que o

ser humano possa melhorar sua

realidade. Dessa forma, a previsão

científica caracteriza o pensamento

positivo.

Frases de Comte

Muito mais do que o interesse é o

orgulho que nos divide;

Os céus proclamam a glória de Kepler

e Newton;

Conhecimento é poder;

Só os bons sentimentos podem vir

juntos, os juros nunca forjou uma

ligação duradoura. Viver para os

outros é não somente um ato de

dever, mas também um ato de

felicidade.

Os três estados de Comte

1. Estado Teológico: o ser humano

explica a realidade apelando para

entidades sobrenaturais, buscando

responder a questões como ‘de onde

viemos’ e ‘para onde vamos’, além de

buscar o absoluto.

2. Estado Metafísico: o meio termo

entre teologia e positividade; passa-se

a pesquisar diretamente a realidade,

ainda com presença do sobrenatural.

O que caracteriza o estado metafísico

são as abstrações personificadas, de

caráter ainda absoluto.

3. Estado Positivo: etapa definitiva;

não busca mais o ‘porque’ das coisas,

mas sim o ‘como’, através da

descoberta e do estudo das leis

naturais. A imaginação subordina-se à

observação e busca-se apenas pelo

observável concreto.

Mach

Mach esquematiza o escopo e plano de

sua obra da seguinte maneira:

a) expor os métodos da investigação

científica;

b) tratar os princípios mais gerais da

física moderna, por assim dizer, a

conclusão “filosófica da física”;

c) estabelecer que, com grande

probabilidade, todos os fenômenos

físicos são determinados pelo

equilíbrio e pelo movimento dos

átomos e moléculas;

d) examinar as aplicações mais

imediatas da teoria mecânica no

organismo vivo.

Esses quatro pontos são tratados do seguinte

modo:

a) A ciência busca, por um lado, encontrar o

maior número de leis e, por outro, reduzi-las a

leis e princípios simples (como as três leis de

Newton). A primeira parte se dá pelo método

indutivo, ou da observação, e o segundo pelo

método de redução e dedução.

b) “Matéria” é definida como tudo que

ocupa um espaço, ao passo que “corpo” é

uma parte da matéria que tem as

propriedades essenciais de

impenetrabilidade e inércia, e as

propriedades acidentais de extensão,

divisibilidade, porosidade e peso.

c) “Todos os fenômenos podem ser

reportados a uma única explicação”.

“Toda a física nada mais é do que

mecânica aplicada. A plena realização

desta aplicação é confiada ao futuro”.

d) As leis mecânicas são também

válidas para os fenômenos orgânicos.

Ideias de Mach:

Para nós, portanto, o mundo não consiste em

entidades misteriosas, as quais, por sua

interação com outra entidade igualmente

misteriosa, o Eu, produziriam sensações, as

quais seriam (e apenas elas) acessíveis. Para

nós, as cores, sons, espaços, tempos, etc, são

provisoriamente os elementos finais, cuja

conexão dada nos cabe investigar.

As formas de pensamento mais adequadas

devem ser criadas dentro da pesquisa e pela

própria pesquisa, como acontece em todas as

ciências particulares. Em vez dos modos

tradicionais e instintivos de pensar, deve-se

colocar uma visão mais livre e inédita, que se

adapta à experiência que se desdobra, e que

vai além dos requisitos da vida prática.

A ciência sempre tem sua origem na

adaptação do pensamento a algum

campo definido da experiência.

Tudo o que nos importa é a descoberta de

relações funcionais, e o que queremos

conhecer é meramente a dependência das

experiências umas com as outras. Torna-se

óbvio, então, que a referência a variáveis

fundamentais desconhecidas, que não são

dadas (as “coisas-em-si”) é puramente

fictícia e supérflua.

Por mais estranho que possa soar, o

poder da matemática reside na sua

evasão de todo pensamento

desnecessário e na sua maravilhosa

falta de operações mentais.

A filosofia positiva