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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: CÁLCULO MENTAL: MANTENDO AS HABILIDADES EM TRABALHAR AS OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS
Autor OLGA DO NASCIMENTO CALDAS
Escola de Atuação INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
MARINGÁ,
Município da escola MARINGÁ
Núcleo Regional de
Educação
MARINGÁ
Orientador DOHERTY ANDRADE
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área MATEMÁTICA
Produção Didático-
pedagógica
UNIDADE DIDÁTICA
Relação Interdisciplinar
Público Alvo ALUNOS DA 7ª SÉRIE/8º ANO
Localização
Localizado na Rua Martin Afonso n. 50, Centro em
Maringá/PR
Apresentação:
A dificuldade em trabalhar as operações
fundamentais envolve a maioria dos aluno. O
projeto consiste na aplicação de exercícios para os
alunos, principalmente os da sétima série, para
trabalharem com as operações fundamentais
ajudando a manter suas habilidades de realização
de cálculos simples, mentalmente. Inicialmente,
será feito uma avaliação diagnóstica com a
finalidade de mostrar o grau de dificuldade de cada
aluno. Os exercícios serão elaborados aumentando
o grau de dificuldade de acordo com a capacidade
individual de cada aluno, até que adquira
habilidades de resolver mentalmente as operações.
Será feito uma avaliação comparativa para verificar
o grau de desenvolvimento da cada aluno após a
aplicação do projeto.
Palavras-chave CÁLCULO MENTAL; OPERAÇÕES
FUNDAMENTAIS; PROPRIEDADES.
CÁLCULO MENTAL: MANTENDO AS HABILIDADES EM TRABALHAR AS
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS.
“...ensinar não é transferir conhecimentos,
mas criar as possibilidades para
a sua própria produção..”
(Paulo Freire).
I – INTRODUÇÃO
Este trabalho será dirigido especialmente aos alunos da sétima série (oitavo
ano) do Ensino Fundamental das escolas públicas do Estado do Paraná. Pois,
como professora de matemática, tenho percebido durante muitos anos as
dificuldades que os alunos encontra no que se refere à capacidade de resolver
mentalmente questões simples envolvendo as operações fundamentais.
O PDE, Programa de Desenvolvimento Educacional, no qual estamos inseridos
atualmente, tem nos proporcionado uma pausa para refletir nossas práticas
educativas. Nesse espaço de tempo, temos analisados as dificuldades e os
desafios educacionais e que, sem nenhum espanto temos verificado que muito
além da sala de aula estão os entraves que emperram o desenvolvimento
eficaz de uma educação de qualidade e não apenas de quantidade.
No ambiente escolar nos deparamos com as múltiplas diferenças individuais
que precisamos compreender ou mesmo a decifrar, entender, e aceitar cada
uma delas, para que possamos desenvolver o conteúdo programado de forma
eficiente e satisfatória. E, nesse ponto, acredito eu, é onde está nossa maior
dificuldade. Dificuldade essa que faz parte do processo educativo e que o
professor deve enfrentar acreditando que é possível uma educação de
qualidade para todos.
Os resultados das avaliações nacionais realizadas nas séries iniciais do ensino
fundamental mostram que os alunos não têm um bom desempenho. Dados do
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais mostram que
menos da metade dos alunos do terceiro ano do ensino médio, sabem calcular
uma porcentagem simples. Isso é assustador, diante das exigências da vida
moderna e globalizada em que estamos inseridos. Não pode um jovem sair da
educação básica sem o domínio desse conhecimento tão importante!
Nem precisamos aprofundar o assunto, pois está explícito nas atividades
comuns e em transações comerciais simples o uso freqüente de porcentagens
quando vivemos rodeados de conceitos como juros, impostos, poupança,
aplicações financeiras, produção, etc..
A escola pública, que tem a missão de atender a diversidade da população não
pode distanciar-se de seu papel, pois os sujeitos da educação básica têm o
direito garantido constitucionalmente a uma educação de qualidade e não
apenas de quantidade. Passamos pelo desafio da inclusão dos jovens nas
escolas, mas ainda precisamos vencer o obstáculo da qualidade, assim o
principal objetivo é dar reais oportunidades para que todos tenham acesso ao
ensino de qualidade e ao conhecimento produzido pela humanidade através da
aprendizagem dos conteúdos das disciplinas escolares. Assim, o nosso desafio
é conciliar quantidade com qualidade.
Muitos fatores interferem na qualidade do ensino, mas não podemos dizer que
o fator econômico é o único responsável pela má qualidade do ensino
brasileiro, pois como exemplo, podemos citar a China, no último Pisa
(Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o teste de educação mais
conceituado do mundo que, pode sim haver educação de alto nível em cenário
de pobreza, pois Xangai que tem nível de renda per capita muito parecida com
a brasileira, apareceu em primeiro lugar em todas as disciplinas estudadas,
enquanto o Brasil não ficou nem entre os cinqüentas melhores.
Como professora da rede estadual de educação, percebo que é necessário
encontrar caminhos que nos levem a desenvolver um ensino de qualidade,
propiciando ao aluno conhecimentos matemáticos básicos essenciais a todo
cidadão, como contar, medir, calcular, resolver problemas, construir
estratégias, argumentar logicamente, analisar e interpretar criticamente as
informações, etc., os quais são indispensáveis para o engajamento no mundo
do trabalho e nas relações sociais, culturais e políticas do mundo em que
vivemos.
Nesse trabalho enfocaremos a aplicação de atividades que irão ajudar o aluno
a resolver questões simples envolvendo as operações fundamentais e que ele
possa manter as habilidades adquiridas nas séries anteriores de forma rápida
principalmente com desenvoltura para que a falta dessas habilidades não se
torne um obstáculo para a aprendizagem de novos conhecimentos.
Uma das maiores dificuldades que enfrentamos na sala de aula, é fazer o aluno
envolver-se com as atividades, concentrando-se, pensar, prestar atenção
integralmente no conteúdo que está sendo ensinado. Notamos, muitas vezes,
que a maioria dos alunos espera um pelo outro ou até mesmo pelo professor
para dar respostas a questionamentos feitos e que se referem a conteúdos já
estudados em séries anteriores ou até mesmo em dias anteriores e que
precisam estar na mente dos alunos para avançarmos em outros conteúdos
que se interligam.
Sabemos que os conteúdos de matemática não são trabalhados de forma
isolado, sempre necessitam de um conteúdo anterior para prosseguir, como
por exemplo, um aluno não consegue trabalhar com frações, se ele não domina
as operações fundamentais com números naturais.
Para Vygotsky (1991), “o aprendizado adequadamente organizado resulta em
desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
desenvolvimento que, de outra forma seriam impossíveis de acontecer”. Assim
entendemos que cabe ao professor, que tem o conhecimento específico, a
tarefa de organizar o aprendizado para propiciar o desenvolvimento mental dos
alunos.
Um dos objetivos de nossa proposta no presente trabalho, é a de organizar o
conteúdo relacionado às operações fundamentais de maneira que leve o aluno
a dominar de forma consciente e não mecânica as técnicas operatórias. Vários
autores e estudiosos do assunto têm proposto que sejam aplicadas atividades
práticas na sala de aula de modo que proporcione o desenvolvimento das
habilidades de trabalhar mentalmente com operações fundamentais.
II – CÁLCULO MENTAL
Primeiramente, vamos definir o significado da Expressão “cálculo mental”.
Popularmente conhecido como conta de cabeça, isto é, sem fazer nenhuma
notação escrita. Para algumas pessoas, significa a repetição de memória das
tabuadas e que só alguns possuem essa capacidade, outras afirmam que,
cálculo mental é sinônimo de cálculo decorado, como saber de memória os
resultados da tabuada da multiplicação e de outras operações. Outros pensam
em alguma habilidade especial, algum talento que poucas pessoas possuem.
Há ainda os que acreditam que se trata de um conhecimento matemático como
outros, que pode e deve fazer parte dos conteúdos programáticos de
matemática das escolas.
PARRA (1996), define cálculo mental, como “...o conjunto de procedimentos
em que, uma vez analisados os dados a serem tratados, estes se articulam,
sem recorrer a um algoritmo pré-estabelecido para obter resultados exatos ou
aproximados”. (PARRA; 1996: p.189).
O desenvolvimento da habilidade de cálculo mental é apontada por vários
autores como sendo necessária para uma real compreensão do número e de
suas propriedades, estabelecimento de estimativas e para o uso prático nas
atividades cotidianas, e pode ainda fornecer notável contribuição à
aprendizagem de outros conceitos matemáticos.
Muitos são os argumentos para justificar a presença do cálculo mental nos
programas escolares são apresentados. Por exemplo, que o cálculo mental
ajuda o desenvolvimento da atenção, da concentração e da memória,
permitindo que as crianças desenvolvam seus próprios procedimentos sem se
limitar a um único processo, e isso as tornam mais autônomas, pois oferece
maior liberdade na escolha de caminhos para obter soluções e exige o
completo entendimento do Sistema de Numeração Decimal. Além disso, fazer
cálculo mental, possibilita compreender com mais facilidade técnicas que
envolvem cálculos mais elaborados. Ainda, a prática do cálculo mental, pode
ser usado para estimular o raciocínio das crianças, pois, diante de desafios
envolvendo cálculos, elas procuram encontrar o melhor procedimento. As
crianças que dominam técnicas de cálculo mental demonstram, em geral, mais
segurança ao resolver situações-problema do dia-a-dia.
Em situações quotidianas, nas quais há pouco tempo para se tomar decisões,
nem sempre precisamos determinar a quantidade exata, basta uma
aproximação. Assim o cálculo mental aparece, com frequência, junto com a
necessidade de se fazer estimativas. O cálculo mental aparece também em
situações para as quais necessitamos de cálculos exatos. Para essa forma de
realizar operações aritméticas, há um universo inesgotável de estratégias a
serem utilizadas, dentre elas a decomposição, composição e associação.
Quando realizamos um cálculo mentalmente, sempre usamos cálculos
intermediários que facilitam a compreensão das regras que determinam os
algoritmos do cálculo escrito. Resolver um cálculo mentalmente exige do
sujeito a elaboração de estratégias que a maioria das vezes não são ensinadas
nas escolas. O sujeito desenvolve essa habilidade de forma natural. Porém, os
conceitos embasadores das estratégias para a resolução de um cálculo mental
são aprendidos nos primeiros anos escolares.
No cotidiano temos muitas ações ligadas ao cálculo mental, tais como: a
estimativa de gastos que posso ter durante um mês frente ao salário recebido;
o orçamento de gasto de uma festa; quanto deve poupar para comprar um
automóvel ou um imóvel, etc. A maioria das pessoas economicamente ativa
realiza cálculos mentais rotineiramente.
A compreensão das regras do Sistema de Numeração Decimal é apontada por
vários autores como sendo fundamental para o desenvolvimento da habilidade
de realizar operações. Assim, a habilidade com o cálculo mental pode fornecer
notável contribuição a aprendizagem de conceitos matemáticos e ao
desenvolvimento da aritmética, pois ao realizá-lo o aluno será confrontado com
a necessária compreensão do SND e outras propriedades.
Na realização do cálculo mental podemos constatar que um mesmo cálculo
pode ser realizado de diferentes formas. Pode-se escolher o que melhor se
adapta àquela determinada situação problema, considerando os números e as
operações que necessitam ser realizadas. Desta forma, cada situação de
cálculo mental se coloca como um problema em aberto, onde pode ser
solucionada de diferentes maneiras, sendo necessário ao sujeito recorrer a
procedimentos originais, construídos por ele mesmo, a fim de chegar ao
resultado. A satisfação do sujeito frente à criação de suas próprias estratégias
de cálculo mental, favorecem a atitudes mais positivas frente à Matemática.
Conforme pontuam Mendonça, Lellis (1989):
“Enfrentar e vencer desafios aumenta a autoconfiança das pessoas. E quando ocorre a invenção de um novo processo de cálculo (novo, ao menos para aquela turma) parece que todos repartem a sensação de que a Matemática não é inatingível. Cada aluno começa a sentir-se capaz de criar, nesse domínio. Além de tudo isso, é perceptível o aumento da capacidade do aluno de concentrar-se e estar atento nas aulas em decorrência da prática continuada do cálculo mental” (Mendonça,Lellis,1989:p.52).
É muito importante verificarmos que ao realizar o cálculo mental a reflexão
sobre o significado dos cálculos intermediários, facilitando a compreensão das
regras que determinam os algoritmos do cálculo escrito. Desta forma, o
constante exercício e a sistematização dos procedimentos de cálculo mental,
podem vir a favorecer, ao longo do tempo, como estratégias de resolução e
controle do cálculo escrito, conforme pontuam as orientações dos PCN-
Parâmetros Curriculares Nacional (BRASIL, 1998) para o trabalho com cálculo
mental no ensino fundamental. Vamos encontrar nesse documento, na parte
referente aos dois últimos ciclos, várias menções aos cálculos mentais,
associados aos cálculos escritos, exatos e aproximados, bem como à
calculadora. No que diz respeito aos procedimentos sobre números e
operações no terceiro ciclo do Ensino Fundamental, o primeiro tópico proposto
enfatiza precisamente:
“Cálculos (mentais ou escritos, exatos e aproximados) envolvendo operações – com números naturais, inteiros e racionais -, por meio de
estratégias variadas, com compreensão dos processos nelas envolvidos, utilizando a calculadora para verificar e controlar resultados” (BRASIL, 1998, p. 71).
As estratégias cognitivas desenvolvidas a partir da utilização do cálculo mental
em situações práticas favorecem a generalização numérica, a imaginação e a
memorização. Parra (1996), ao discutir a importância do cálculo mental no
ensino da Matemática, defende que o trabalho com o cálculo mental habilita
para uma forma de construção do conhecimento que vem a favorecer uma
melhor relação do aluno com a própria Matemática. Trata-se de um processo
de resolução dos problemas de maneira criativa, na busca de diferentes formas
de resolução e não fixados em um único algoritmo capaz de dar conta da
resolução.
Devemos constatar que as estratégias desenvolvidas durante o cálculo mental
possibilitam reflexões sobre as propriedades dos números, divisibilidade,
multiplicidade, exercícios mentais de composição e decomposição de números,
enfim, pode-se trabalhar vários conceitos aritméticos e aplicá-los a situações
reais de cálculo.
As pesquisas que discutem o assunto têm mostrado que a habilidade para o
cálculo mental, em situações escolares, é construída a partir da resolução de
uma série de situações-problema, através da interação do aluno com seus
colegas e com o professor. A partir destas interações e resolução dos desafios
propostos, o aluno é capaz de elaborar suas estratégias pessoais de resolução
dos problemas de cálculo mental.
É de fundamental importância, o trabalho com o cálculo mental no ensino da
Matemática. Nesse sentido, Parra (1996) aponta quatro razões para a inclusão
do ensino de cálculo mental nas escolas, vejamos:
1) As aprendizagens no terreno do cálculo mental favorecem na capacidade de
resolver problemas. (Parra; 1996: p.195)
O enriquecimento das relações numéricas (decomposições de um número, por
exemplo) através do cálculo mental ajuda os alunos a realizarem com mais
facilidades suas estratégias de resolução de um problema, quando já
conseguem moldá-lo, estabelecer relações entre os dados, por refletirem sobre
as possíveis soluções.
2) O cálculo mental aumenta o conhecimento no campo numérico (números,
operações, propriedades das operações, etc. Verificamos que durante a
realização de uma série de cálculos o aluno pode descobrir a aplicação das
propriedades das operações, as quais podem no início ficarem implícitas,
sendo que depois serão aplicadas na resolução de cálculos, segundo Parra
(1996):
Com atividades deste tipo, se busca que os alunos encontrem uma maneira de fazer matemática que não se reduza a usar algoritmos e produzir resultados numéricos, mas que inclua analisar os dados, estabelecer relações, tirar conclusões, ser capaz de fundamentá-las, provar o que se afirma de diversas maneiras, reconhecer as situações em que não funciona, estabelecer os limites de validade que se encontrou. (Parra;1996:p.198)
Quando o aluno realiza as ações acima expostas, busca estabelecer uma
significação numérica para os cálculos que realiza, estabelecendo os limites e
as possibilidades de realização de um cálculo.
3) “O trabalho de cálculo mental habilita para uma maneira de construção do
conhecimento que, ao nosso entender, favorece uma melhor relação do aluno
com a matemática” (Parra,1996:p.198).
Situações com cálculo mental propiciam aos alunos articularem o que sabem
com o que necessitam aprender. Além disso, trata-se de um dos meios mais
eficazes para o estabelecimento de uma relação mais pessoal do aluno com o
conhecimento matemático, evitando as dificuldades que algumas pessoas
apresentam diante da Matemática.
4) O trabalho com o cálculo mental (“cálculo pensado”) deve ser acompanhado
de um aumento progressivo do cálculo mecânico (algoritmos). Parra (1996)
acredita que o cálculo mental represente uma via de acesso para a
compreensão e construção de algoritmos, através da observação de
regularidades e construção de leis. Parra (1996) defende a importância de
situações que propiciem uma reflexão sobre o cálculo realizado, a fim de
envolver os alunos, gradualmente, na resolução de cálculos dos mais fáceis
para os mais difíceis e neste sentido ressalta que:
Um dos primeiros requisitos é que os alunos comecem a tomar consciência dos procedimentos que utilizam; eles necessitam saber o que é que sabem (no sentido de ter disponível este conhecimento) e como podem apoiar-se no que sabem para obter outros resultados(...) Os cálculos que eram uma ferramenta para resolver situações e expressar o que havia sido feito, tornam-se objeto de reflexão.(Parra,1996:p.216)
Tratando ainda sobre o cálculo mental Parra (1996) ressalta como sendo um
caminho particularizante, no qual cada problema é novo e na resolução dos
mesmos há que se ter consciência de que para uma mesma situação
determinados cálculos são mais simples que outros e, para uma eficiente
aplicação em suas aulas, o professor necessita:
– ter bem claro para si quais são os conhecimentos que a cada nível deve estar
disponíveis para cada aluno, a fim de tornar possível a abordagem e a
aquisição de novos conhecimentos;
- dispor de ferramentas que lhe permitam diagnosticar os conhecimentos de
seus alunos;
- conhecer propostas didáticas através das quais consiga inserir em suas
aulas, os avanços dos conhecimentos de seus alunos. (Parra, 1996: p. 202).
Recente trabalho realizado por Heitor Antonio Gonçalves, em Tese de
Doutorado pela Universidade Federal Fluminense, destaca que:
O cálculo mental torna-se importante devido ao papel que pode desempenhar quando é contemplado na sala de aula como cálculo pensado, inteligente, lúdico e não somente como um conjunto de regras que simplesmente fomentam um grupo de habilidades. As propostas didáticas mais antigas são baseadas na rapidez, exercitação da memória e desenvolvimento da agilidade da mente. Aos poucos estas propostas começam a considerar as propostas derivadas das mudanças sociais, das novas teorias da aprendizagem e das mudanças de foco sobre a finalidade do ensino da matemática. Para o pesquisador a escola hoje pede um ensino de exploração e reflexão e não um ensino mecânico. Ao invés de padronização são estimuladas autonomia e flexibilidade. Em vez de cálculo em solidão e silêncio, onde o professor só vê se a resposta está correta, hoje se pede verbalização, explicitação, diálogo, olhar para os erros e aprender com eles. É em relação a estas exigências que se deveria pensar em qualquer proposta didática com o cálculo mental. Gómez (1995) enfatiza a importância de uma exploração que permita, não só conhecer a existência de certas estratégias, mas também refletir sobre elas para escolher ou utilizar a mais apropriada dentro de cada situação. A flexibilidade se mostra importante na procura de soluções
e na capacidade para relacionar, comparar, selecionar ou dar prioridade a alguns dados em detrimentos de outros, no momento de realizar as operações matemáticas necessárias. A aprendizagem do cálculo mental supõe a reflexão e verbalização de diversas estratégias usadas em uma determinada operação. Para o professor na escola, será bom ele tirar proveito de erros, avaliar e reorientar o processo escolhido (DCB5 1989, apud GÓMEZ, 1995, p. 34). O autor acrescenta que mostrar mais de uma regra que pode ser aplicada em uma situação é fundamentalmente algo promovido por meio do diálogo e da explicitação das diversas estratégias usadas na solução dos problemas que possuem um enunciado”. (Disponível em: http://www.uff.br/pos_educacao/joomla/images/stories/Teses/mental.pdf )
III – BASES DE CONSTRUÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DO CÁLCULO
MENTAL
Embora seja uma prática constante na vida dos cidadãos brasileiros, os
autores de livros didáticos fazem pouca referência ao assunto. Por outro lado,
muitos autores estrangeiros são consultados pelos pesquisadores do assunto.
Um dos mais citados e traduzidos é CECILIA PARRA, argentina. Portanto,
temos firmado nosso trabalho nas propostas apresentadas por essa autora na
obra: Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógicas.
Nessa obra, verificamos que a autora destaca a necessidade do professor
projetar atividades específicas orientadas com a finalidade de desenvolver o
cálculo mental de acordo com os conteúdos a serem ensinados. Além do mais
o professor deve diagnosticar o nível de domínio de seus alunos para, a partir
deles iniciar um trabalho específico de desenvolvimento do cálculo mental.
Assim, com base nos ensinamentos de Parra (1996), consideramos como
bases de construção das estratégias do cálculo mental, o conhecimento dos
seguintes conteúdos básicos:
- adições do tipo: a + b = 10; a+b = 100; a+b = 1000, de acordo com o nível de
escolaridade do aluno;
- subtrações do tipo: 10 – a = b; 100 – a = b, também de acordo co o nível de
escolaridade do aluno;
- contar de 100 em 100 a partir de qualquer número;
- Múltiplos de 10;
- Múltiplos dos primeiros números: 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9...
- Divisões e multiplicações especiais x 2; ÷ 2, saber que um número x 4 é igual
multiplicar duas vezes por 2; um número x 8 é o mesmo que multiplicar 3 vezes
por 2, etc.; ÷ 4 é o mesmo que dividir duas vezes por 2, etc.; tudo de acordo
com o nível de escolaridade do aluno;
- Dobros e metades de números de um, dois três e quatro algarismos, de
acordo com o nível de escolaridade do aluno;
- triplos e terços;
- Regras do Sistema de Numeração decimal;
- Propriedades das operações fundamentais (comutativa, associativa, elemento
neutro, elemento inverso, etc.;
- Composição e decomposição dos números;
- diferentes maneiras de encontrar um produto, como por exemplo: 6 x 12 = 3 x
2 x 12 ou, = 6 x 2 x 6 ou = (6 x 10) + ( 6 x 2), etc.;
- somas e subtrações com medidas do tipo: tempo (ano, mês, dia, semana,
horas, minutos, segundos), comprimento (kilômetro, metro, centímeto,
milímetro), área (kilômetros quadrados, metros quadrados, centímetros,
quadrados), capacidade (litro, mililitro), massa (tonelada, kilograma, grama),
ângulos mais usuais (30º, 45º, 60º, 90º), tudo de acordo como nível de
escolaridade do aluno;
- cálculo de quantidade de algarismos de um quociente;
- estimativa de resultados de divisão de números naturais;
- comparação de frações com números inteiros;
- cálculos com moedas e notas em uso;
- aproximações e arredondamento de resultados das quatros operações;
- frações mais comuns de números inteiros;
- dobros e metades de frações;
- dobros e metades de números decimais;
- somas e subtrações de frações mais comuns;
- somas e subtrações de decimais simples;
- enquadramento de décimas entre dois números;
- cálculos e porcentagens mais usuais: 10%, 20%, 25%, 50%, 75%, 100%;
- relações mais usuais entre frações e porcentagens (exemplo: ¼ e 25%; ½ e
50% ; ¾ e 75%; 1 + ½ e 150%; etc.,);
- complementos de decimais do inteiro mais próximo ( exemplo: 25, 6 + .... =
26);
- cálculos de potências;
- cálculos da raiz quadrada de números quadrados perfeitos;
- estimativa das raízes quadradas não exatas de números naturais;
- estimativa de comprimentos ou distâncias e superfícies de objetos lugares e
espaços da vida diária.
Segundo PARRA (1996), a construção paralela e vinculada do cálculo pensado
e do cálculo autônomo requer que sejam executadas, sistematicamente
atividades de memorização de repertórios e regras com um trabalho coletivo,
lento e detalhado, de aprendizagem do cálculo mental pensado, que se apóia
na comparação de diversos procedimentos utilizados por diferentes alunos,
regra básica para que o professor possa organizar o ensino visando alcançar
as finalidades propostas para o cálculo mental.
Os alunos produzem resultados pelos seus próprios meios O professor
seleciona e propõe cálculos que favoreçam procedimentos reconstrutivos.
Nessa perspectiva, é necessário que os alunos comecem a tomar consciência
dos procedimentos que utilizam, ou seja, saber o que é que sabem, para
apoiar-se nos seus conhecimentos e obter outros resultados.
IV – ALGUMAS SUGESTÕES PARA A REALIZAÇÃO DE CÁLCULO
MENTAL.
1 – ADIÇÃO
1.1 – Uso da propriedade comutativa: A seguir sugerimos alguns exemplos
simples que o professor pode propor aos alunos. O professor deve solicitar que
os alunos verbalizem suas estratégias, que podem ser como as indicadas nos
exemplo.
Exemplo: 3 +7 é mais fácil iniciar com 7 → 7 + 3 = 10; 6 + 18 = 18 + 6 = 24.
1.2– Somando os iguais. Exemplo: 7 + 8 = 7 + 7 + 1 = 14 + 1 = 15.
1.3- Apoiando-se no número 10. Exemplo: 7 + 8 = 7 + 3 + 5 = 10 + 5 = 15.
1.4– Relacionando uma parcela com um número redondo: Exemplo: 23 + 39 =
23 + 40 – 1 = 63 – 1 = 62; 152 + 680 = 152 + 700 – 20 = 852 – 20 = 832.
1.5 - Decompondo uma das parcelas e associando convenientemente.
Exemplos: 123 + 36 = 123 + 30 + 6 = 153 + 6 = 159; 25 + 37 = 20 + 5 + 30 + 7
= 20 + 30 + 5 + 5 + 2 = 50 + 10 →+ 2 = 62; 285 + 123 = 200 + 100 + 80 + 20 +
5 + 3 = 300 + 100 + 8 = 408.
1.6 - Soma das parcelas ou do algarismo de suas unidades. Exemplo: 36 + 74 =
74 + 6 + 30 = 80 + 30 = 110.
2– SUBTRAÇÃO
2.1) Decomposição do número do subtraendo em duas partes de modo que
uma contenha o mesmo valor da unidade expressa no minuendo. Exemplo: 25
– 8 = 25 – (5 + 3) = (25 – 5) - 3 = 20 – 3 = 17.
2.2) Tira as dezenas do subtraendo e depois as unidades. Exemplo: 200 – 38 =
200 – 30 – 8 = 170 – 8 = 162
2.3) Quando o algarismo da ordem das unidades do minuendo for menor que o
número do subtraendo, decompor o valor do minuendo ou, decompor o valor
do subtraendo de modo que um dos valores seja igual ao da unidade do
minuendo. Exemplos: 73 – 9 = 60 + (13 – 9) = 60 + 4 = 64; 73 – 9 = 73 – ( 6 + 3
) = (73 – 3) – 6 = 70 – 6 = 64.
2.4) Aproxima o subtraendo ao minuendo o que foi acrescentado é o resultado.
Exemplo: 52 – 38→ 38 + 2 = 40 + 10 = 50 + 2 = 52→52-38= 2 + 10 + 2 = 14;
105 - 64→ 64 + 6 = 70 + 30 = 100 + 5 = 105 → 105 – 64 = 6 + 30 + 5 = 41.
2.5) Duplica-se ou triplica-se o subtraendo e verifica quanto falta para igualar
ao minuendo, ao dobro ao triplo... acrescenta-se o que falta para igualar ao
minuendo. Exemplo: 36 – 14 → dobro de 14=28 +8 = 36 → 28 – 14 = 14 + 8 =
22→ 36 – 14 = 22 ; 49 – 12 → quádruplo de 12 = 48 + 1 = 49→ 48 – 12 = 36
+1 = 37 → 49 – 12 = 37
2.6) Separação do minuendo e do subtraendo em suas dezenas e unidades
separadamente e posterior soma dos dois subtotais. Exemplos: a) Quando a
unidade do minuendo é maior que do subtraendo. 36 – 14 = (30 – 10) + ( 6 –
4) = 20 + 2 = 22.
b) Quando a unidade do minuendo é menor que a do subtraendo, diminuímos
uma dezena do minuendo e acrescentamos a unidade do próprio minuendo. 36
– 19 = (20 – 10) + (16 – 9) = 10 + 7 = 17.
2.7) Arredondamento das unidades, dezenas e centenas do minuendo e do
subtraendo, de modo que os dois fiquem igual ou o mais próximo possível. Se
aumentar unidades ou dezenas ou centenas ao minuendo, no final eu desconto
do resultado; se aumentar no subtraendo, eu acrescento ao resultado.
Exemplos: 1235 – 840 = 1240 – 840- 5 = 400 – 5 = 395; 1240 – 835 = 1240 –
840 + 5= 400 + 5 = 405.
2.8) Se os algarismos das dezenas forem iguais, basta diminuir os algarismos
das unidades. Exemplos: 28 – 25 = (20-20) + (8-5) = 0 + 3 = 3; 57 – 52 = (50-
50)+ 7-2 = 0 + 5 = 5
3 – MULTIPLICAÇÃO
A base para efetuar multiplicações é a memorização da “tabuada” do 2 até o 9
pois as demais operações estão subordinadas a esses cálculos. Aliado a esse
domínio é necessário que os alunos dominem as propriedades da
multiplicação, quais sejam: comutatividade, associatividade, distributividade e
ainda, as propriedades das classes e ordens do Sistema de Numeração
decimal. Adiante propomos algumas atividades que ajudarão o aluno a
desenvolver essas habilidades, lembramos que para mantê-las é necessária a
prática reiterada de exercícios individuas e coletivos, com a orientação do
professor.
3.1 – Propriedade comutativa: Se o aluno já domina bem os produtos de
números menores, ele pode usar o recurso da comutatividade para realizar
cálculos que ainda não estão automatizados na memória. Exemplos:
8x2=2x8=16; 9x3=3x9=27, etc.
3.2 – Propriedade distributiva: consiste decompor em soma um dos fatores,
recorrendo a cálculos já automatizados. Exemplos: 12 x 3 = (6 + 6) x 3=18 + 18
= 36 ou (10 + 2) x 3= 30 + 6 = 36.
3.3 – Propriedade associativa: que consiste em associar parcelas recorrendo a
cálculos mais fáceis. Exemplos: 35 x 2 = 7x5x2=7x(2x5)=7x10=70.
3.4 – Multiplicação por múltiplos de 10. Bastando acrescentar a quantidade de
zeros ao número multiplicado. Exemplos: 12x10=120;
12x100=1200;12x1000=12000 etc.
Para auxiliar os alunos no trabalho com a tabuada propomos atividades como
confeccionar a tabuada, montar réguas de Neper, multiplicar com as mãos,
etc..
4 – DIVISÃO
Para a divisão, devemos empregar a reversibilidade com relação a
multiplicação. Observando as propriedades cabíveis na divisão, verificando que
não valem as mesmas propriedades da multiplicação.
É fundamental que o aluno compreenda o mecanismo da propriedade da
divisão, qual seja: se multiplicando os fatores obtêm-se um produto então é
possível obter um dos fatores dividindo o produto pelo outro fator.
Também, torna-se necessário trabalhar com os alunos a divisão por múltiplos
de 10, quando o dividendo também é múltiplo de 10, caso em que eliminamos
zeros conforme o caso. Exemplos: 230:10=23; 2300:100=23; 23000;1000=23,
etc.. Vejamos ainda algumas estratégias:
4.1 – Decomposição. Alguns números podemos decompor e dividir em partes.
Exemplos: 369:3=(300+60+9):3=100+20+3=123;
115:5=(100+10+5):5=20+2+1=23.
4.2 – Busca do resultado por tentativas. Exemplo: 108:9=(9x10=90→108-
90=18→9x2=18) →108:9=12.
5 - ARREDONDAMENTOS
Em algumas situações, não há necessidade de saber o resultado exato, basta
ter um valor aproximado. Exemplo: 396:17≃400:20=20.
6 – MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM.
É muito importante o cálculo do Mínimo múltiplo comum. Principalmente,
quando temos que fazer operações envolvendo frações ou na resolução de
problemas e desafios. Uma regra essencial que podemos socializar com
nossos alunos é: Para calcular o mmc entre dois números, devemos primeiro
verificar se o maior é divisível pelo menor, se for, o maior é o mmc. Caso não
seja, vamos tentando com o dobro, o triplo, o quádruplo, etc., e dividimos
sempre pelo menor, deu exato, o mmc é o dobro, o triplo, quádruplo, etc., do
número maior. Exemplos: mmc (12, 4) → 12:4 é divisão exata. Logo
mmc(12,4)=12; mmc(8,5) → 7:2 não é divisão exata →14:2 é divisão exata.
Logo mmc (7,2)=14.
V – ATIVIDADES DE CÁLCULO MENTAL
Como vimos acima, o cálculo mental pode desenvolver a concentração e
melhora a capacidade de fazer estimativas, aumentando a compreensão e
procedimentos matemáticos, uma vez que os alunos ficam com a habilidade de
fazer rapidamente cálculos básicos.
Nesse item apresentaremos sugestões de atividades para sem aplicadas na
sala de aula que auxiliam no desenvolvimento da habilidade de cálculo mental,
as quais devem ser trabalhadas gradativamente de acordo com o nível de
conhecimento dos alunos envolvidos. Vale dizer que as atividades abaixo são
resultados de várias pesquisas realizadas sobre o assunto em questão.
Para a prática do cálculo mental o professor deve verificar o momento
adequado, mas sugerimos que seja uma prática constante para ajudar o aluno
a adquirir essa habilidade e mantê-la durante toda sua vida. Aconselhamos que
essa prática não se torne cansativa, o professor deve utilizar no máximo 15
minutos de uma aula (no final) duas vezes por semana. Sugerimos ainda, que
o professor motive bem os alunos para essa prática e que, prepare com
antecedência os cálculos que serão propostos (no máximo dez). Com a turma
em silêncio propor os cálculos oralmente e pedir que cada aluno anote
somente a solução, dando tempo adequado pra que todos pensem. Em
seguida, dar as respostas dos cálculos e propor que alguns alunos exponham
como fizeram seus cálculos discutindo-os com a turma toda e verificando se
existem outras possibilidades.
PARRA (1996) destaca que os jogos representam um papel muito importante
para o cálculo mental, assim indicaremos o uso de alguns jogos simples que
estimulam os alunos a realizarem cálculo mental que estão disponíveis em:
http://educacao.uol.com.br/operacoes-matematicas/ensino-
fundamental.jhtm;revistaescola.abril.com.br/matematica/praticapedagogica/jogo
tabuada428051.shtml;revistaescola.abril.com.br/matematica/praticapedagogica/
jogo-castelo-428059.shtml;revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-
pedagogica/feche-caixa-428064.shtml;
revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/sjoelbak-
428032.shtml;www.escolovar.org/hotpot_mat.htm;http://www.mathsisfun.com/q
uiz/fourteentimes.html.
ATIVIDADE 1:
Essa atividade está relacionada à identificação do número de acordo com as
regras do Sistema de Numeração Decimal, sendo importante para a
compreensão do processo de decomposição de um número em unidade,
dezena, centena, milhar, etc..
1)Que números correspondem aos valores seguintes:
50
dezenas
20
centenas
45
dezenas
30
centenas
22
dezenas e
8 unidades
5
centenas e
10
unidades
300
dezenas
142
centenas
300
centenas
2100
centenas
2000
dezenas
1350
centenas
620
dezenas
15
centenas e
2 unidades
8 milhares
3 centenas
12
milhares e
4 dezenas
e 6
unidades
2)Quantas dezenas existem nos números do quadro abaixo:
52 795 3258 280
864 1235 456 600
2000 754 6578 56
1920 23 543 975
3)Quantas centenas existem nos números constantes do quadro.
530 7435 639 1867
20740 955 9700 3000
4270 5300 877 1450
10000 25600 328 4320
ATIVIDADE 2
Relacionada a adições envolvendo todas as combinações possíveis com os
números de 2 a 9 que são fundamentais par elaboração de outros cálculos
envolvendo números maiores.
1)Calcule as somas do quadro abaixo:
2+2= 3+3= 4+4= 5+5= 6+6= 7+7=
8+8= 9+9= 2+3= 3+4= 4+5= 5+6=
6+7= 7+8= 8+9= 6+8= 7+9= 6+9=
2+4= 2+5= 3+5= 4+6= 5+7= 2+6=
3+6= 4+7= 5+8= 2+7= 3+7= 4+8=
5+9= 2+8= 3+8= 4+9= 2+9= 3+9=
1) Complete para chegar a 10 os números da tabela:
2+.......=10 5+.......=10 8+.........=10 4+........=10
7+.....=10 1+......=10 6+.........=10 3+........=10
Obs. O professor deve elaborar outros exercícios para que o aluno complete os
números até 100, até 1000, ou até a dezena mais próxima ou até a centena
mais próxima.
2) Efetue mentalmente as adições da tabela abaixo:
266+4= 1018+4= 70+30= 3000+7000=
70+70= 4000+5000= 600+400= 80+20=
650+320= 235+125= 5000+70= 7650+300=
80+80= 333+33= 999+1= 355+25=
3)Resolva mentalmente as operações abaixo:
a) 23+8+7= b) 30 + 26 + 24= c) 54 + 10 + 6 =
d) 3+ 2727 e) 100+50+30= f) 7+15+8+5=
g) 375+34 h) 18+37+23 i) 20 + 234+80=
ATIVIDADE 3
Essa atividade está relacionada a subtração.
1)Efetue mentalmente as subtrações da tabela abaixo:
10-3= 9-4= 25-7= 42-5=
15-8= 8-6= 18-8= 33-7=
54-9= 69-12= 77-10= 86-18=
93-39= 123-64= 245-65= 480-28=
2)Dos números da tabela abaixo, quanto devemos subtrair para que fique com
a dezena inteira inferior a dezena do número dado.
235 126 1168 347 695
1764 3892 891 2966 799
997 653 555 444 628
3)Resolva as expressões mentalmente:
a) 28 + 12 – 8 = b) 76 -15 + 4 = c) 300+20-300=
d) 100+25-15= e) 27 +13 – 30= f) 40+40-20+20=
ATIVIDADE 4
Multiplicações e divisões.
1)Multiplique as operações mentalmente, fazendo os registros que você
pensou.
7 x 200= 35 x 40= 55x60= 263x30=
40x75= 330:5= 728:7 37x5000=
662:2= 20x36= 416:8= 707:7=
75:25= 30000:600= 315:15= 23x500=
2)Calcule mentalmente o valor das expressões:
a) 8 x (10 + 2) = e) 10 x ( 5 + 4) =
b) 20: ( 5 + 4)= f) 45: (5 – 9) =
c) 100: (4 + 10)= g) 8 x ( 5 - 4) =
d) 4 : (2 – 4)= h) 6 x (3 + 5) =
ATIVIDADE 05
Essa atividade está relacionada com o cálculo do MMC
Calcule mentalmente o MMC dos números abaixo:
1) 6 e 9= 2) 5 e 15= 3) 14 e 4= 4) 12 e 18=
5) 3 e 7= 6) 10 e 9 = 7) 8 e 6= 8) 35 e 7=
ATIVIDADE 06
Essa atividade está relacionada a estimativas.
SORTEIO DE NÚMEROS PARA ESTIMAR O RESULTADO DA SOMA.
Procedimento: Escreva duas colunas de números no quadro de giz ou em um
cartaz da seguintes forma:
A=120 M=585
B=304 N=784
C=524 O=293
D=251 P=147
E=342 Q=694
F=624 R=478
G=213 S=189
H=411 T=395
100-299 900-1099
300-499 1100-1299
500-699 1300-1499
700-899 1500-1699
Escreva as letras separadamente em um papel pequeno de A a H dobre e
coloque em uma caixinha; faça o mesmo com as letras de M a T e coloque em
outra caixinha.
Peça para um aluno tirar um papel de cada caixinha e veja que números
correspondem as letras sorteadas. Peça para que o aluno indique em que
intervalo dos números acima, está o resultado da soma dos números
sorteados. (adaptado PARRA:1986; pg.231
ATIVIDADE 7
JOGO. AÇÃO sobre cálculo mental.
O TIME COM MAIS GOLS É...
Dividir a classe em time. Nomear os times. Em cada rodada, o professor
apresenta um cálculo e espera cerca de 10 segundos.
Os alunos tentam fazer a conta mentalmente e anotam o resultado num papel
branco. Depois, o professor escreve os resultados no quadro de giz. Cada time,
honestamente, conta seus gols. Cada acerto vale 1 gol. Cada membro do time
contribui no máximo com 6 gols. O time com mais gols ganha a rodada. Outras
rodadas podem ser realizadas em outros dias. Quem prepara os cálculos é o
professor. Aqui vai uma sugestão:
RODADA 1 RODADA 2 RODADA 3
3+7+11+9 13+19 8+9-7
6+15+4+7 18+18 17-8-5
13+7+5+8 27+35 13+8-14
2+17+8+13 18+15 8+6-9
6+9+12+8 34+47 8+5-7
7+6+21+9 26+35 9+12-13
RODADA 4 RODADA 5 RODADA 6
70-45 5x16 300÷15
60-18 6x12 120÷24
72-26 7x13 104÷8
66-39 8x15 630÷6
53-28 8x14 84÷7
85-77 9x16 78÷13
(CENTÚRIÓN,2010, p.37)
VI - SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA
HABILIDADE DE CALCULO MENTAL.
1ª AVALIAÇÃO
CONTEÚDO: ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
ALUNO(A):............................................................................. SÉRIE:........DATA:
Tempo máximo: 3 minutos.
1)15+2=
2)24+5= 3)13 7= 4)18+6=
5)17+9= 6)35+3= 7)46+4= 8)54+8=
9)134+252= 10)1050+1024= 11)25-4= 12)36-
18=
13)16-7= 14)47-6= 15)59-8= 16)118-
10=
17)84-5= 18)77-9= 19)99-3= 20)135-
86=
2ª AVALAÇÃO
CONTEÚDO: ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO COM NÚMEROS INTEIROS (A
PARTIR DA 7ª SÉRIE;8º ANO)
ALUNO(A):..............................................................SÉRIE:........... DATA:
Tempo máximo: 5 minutos
1)-7+4= 2)+10-11= 3)-3-4-6= 4)(-6)+(-4)=
5)(-8)-(-8)= 6)-3-4+7= 7)-35-7= 8)-20-20=
9)+30- 10)-23+(- 11)-4+3-5= 12)+1+1+1=
40+10= 3)=
13)-4+0= 14)(+7)-(-
7)=
15)-
45+40=
16)+28+8-
18=
17)-6-6+6= 18)0+(-
10)=
19)-50-50= 20)-2-2-2-2-
2=
3ª AVALIAÇÃO
CONTEÚDO: MULTIPLICAÇÕES E DIVISÕES
ALUNO(A):......................................................SÉRIE:............. DATA:.......
Tempo máximo: 5 minutos
1)24X9= 2)56X4= 3)85X2= 4)42X5=
5)25X6= 6)38X7= 7)63X8= 8)74X3=
9)97X10= 10)44X11= 11)244:4= 12)243X6=
13)432:6= 14)2226:7 15)906:3= 16)625:5=
17)1000:8= 18)280:10= 19)6327:9= 20)850:5=
4ª AVALIAÇÃO
CONTEÚDO: ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS
ALUNO(A):.............................................SÉRIE:............DATA:........
Tempo máximo: 05 minutos
1)2,5+1,5= 2)12,3+9,7= 3)3,7+5,3+9= 4)5+0,75=
5)10,75+2,25= 6)18,65+4,35= 7)4,2+2,8= 8)3,25+0,75=
9)14,36+0,64= 10)9,45+3,55= 11)1-0,25= 12)2-0,5=
13)8-0,75= 14)15,5-8,8= 15)85,75-3,50-
2,25=
16)1-0,75-0,25=
17)50-24,50= 18)18,35-6,15-
2,2=
19)4580-5,80= 20)84,10-23,05=
5ª AVALIAÇÃO
CONTEÚDO: ADIÇÕES E SUBTRAÇÕES DE FRAÇÕES
ALUNO(A):.............................................SÉRIE:............DATA:........
Tempo máximo: 05 minutos
1) + = 2) + 3) = 4) - =
5) = 6) = 7) + = 8) =
9) – 10) 1 + = 11) 5+ = 12) 8 - =
13) 7 + = 14) = 15) 16) +
1=
17) = 18) 19) 20)2
+1 =
6ª AVALIAÇÃO
CONTEÚDO: FRAÇÕES DE NÚMEROS INTEIROS E PORCENTAGENS
SIMPLES
ALUNO(A):.............................................SÉRIE:............DATA:........
Tempo máximo: 05 minutos
1) 2) 3) 25% de 100= 4)
5) 5% de 600= 6) 10% de 865= 7) 20% de 1300= 8) 90% de 200=
9) 1 + 10) 120% de 60 = 11) 100% de 8 = 12) 75% de 40 =
13) 15% de 900= 14) 15) 16)0,5% de 80=
VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS
A aritmética mental é uma valiosa destreza, porém o conhecimento de
tabuadas com as operações básicas é fundamental. Não é possível o aluno de
sétima série ou oitavo ano, fazer cálculos mais elaborados sem que antes
tenha memorizado os mais simples como a adição, subtração, multiplicação e
divisão, envolvendo números até 100.
Finalmente, observamos que estratégias de composição e decomposição
exigem dos alunos um conhecimento completo do sistema de numeração
decimal, permitindo aos alunos a utilização de estratégias diversas, pois as
pessoas usam métodos com os quais se sentem seguras, mesmo que esse
método não seja tão “óbvio” sob o ponto de vista da matemática. A
verbalização das estratégias usadas pelos alunos mostra que mais de uma
regra pode ser aplicada na resolução de problemas.
Regras de aproximação dos números é apenas uma maneira para tornar os
números mais manejáveis para o cálculo mental. Dar tempo aos alunos, pois
são necessários muitos exercícios para criar boas “calculadoras Mentais”.
É necessário valorizar a memorização da tabuada, pois saber alguns cálculos
básicos de memória (cálculos automáticos) ajuda a desenvolver a habilidade
de realizar cálculos mentais.
“Pensar com a cabeça” em vez de só “pensar na cabeça”, aumenta a duração
do tempo de atenção, sabendo que, o resultado não é o mais importante e sim
a construção do processo para obtê-lo.
VIII – BIBLIOGRAFIA
CARRAHER, T. N. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1988.
CENTURIÓN, M. Ramos;JAKUBOVIC, José. Matemática na Medida Certa: 6º
ano. Editora Scipione. São Paulo.2010.
DANTE, Luiz Roberto. Coleção: Tudo é Matemática. 3ª Ed. São Paulo: Ática.
2010.
FLORIANI, V. José; Professor Pesquisador: (exemplificação apoiada na
matemática)-2. Ed. Blumenau: Ed. Da FURB, 2000.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 10ª Ed. Rio de Janeiro.
Ed. Paz e Terra. 1980.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
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GARDNER, Howard. Cinco mentes para o futuro; tradução Roberto Cataldo
Costa – Porto Alegre: Artmed, 2007.
GONÇALVES, A. Heitor: Tese Doutorado: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E
CÁLCULO MENTAL: UMA ANÁLISE DEINVARIANTES OPERATÓRIOS A
PARTIR DA TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAISDE GÉRARD
VERGNAUD. Disponível em:
http://www.uff.br/pos_educacao/joomla/images/stories/Teses/mental.pdf
GRANDO, C. Regina, Tese Doutorado - Universidade Estadual de Campinas –
Faculdade de Educação.Título:O conhecimento matemático e o uso de jogos
na sala de aula. Disponível em:
(http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/cont
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GUIMARÃES, D. Sheila, Tese Doutorado – Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul – 2009 Titulo: A PRÁTICA REGULAR DE CÁLCULO MENTAL
PARA AMPLIAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE NOVAS ESTRATÉGIAS DE
CÁLCULO POR ALUNOS DO 4º e 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública na Educação Básica do Estado do Paraná-Matemática. Curitiba. SEED.
2008.
PARRA,C.; SAIZ (Orgs). Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógicas.
Porto Alegre. Artmed, 1996.
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TAHAN, M. O homem que calculava. Rio de Janeiro. Record.2000.
VERGNAUD, Gerard. A criança, a matemática e a realidade. Curitiba: Ed. Da
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VYGOTSKY, L. A formação social da mente. 4 ed. Tradução José Cipolla Neto
e outros. São Paulo: Martins Fontes. 1991