atividade diagnóstica 8 b

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Nome:___________________________________________Nº_____Série/Ano_____Turma____ Professor (a) Karla Mascarenhas Disciplina: Língua Portuguesa Data_____/____2015 ATIVIDADE DIAGNÓSTICA: ESTUDANDO PARA A AV1 I - SINTETIZANDO O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE RELATO PESSOAL Narra uma experiência vivida; Pertence ao tipo de texto que detalha algo acontecido, um relato que também pode ser de viagem, de um sonho, um diário, biografia, por exemplo; É uma narrativa; Emprega o pretérito perfeito, o imperfeito e o presente; Usa, geralmente, uma linguagem mais comum, menos formal; Normalmente é contado por aquele que vivenciou a história, ou seja, da perspectiva da primeira pessoa; Como estrutura: podemos reconhecer quatro partes: a apresentação do ocorrido no passado, o relato do que complicou a história naquela época, como o que aconteceu chegou a um fim ou conclusão – se é que isso aconteceu - a que chamamos de resolução e a avaliação, sob o olhar de hoje do que aquela experiência significou. A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER - Paulo Freire A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores. A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, andei, falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção rio experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das

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Atividades verbo

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Page 1: Atividade Diagnóstica 8 B

Nome:___________________________________________Nº_____Série/Ano_____Turma____Professor (a) Karla Mascarenhas Disciplina: Língua Portuguesa Data_____/____2015ATIVIDADE DIAGNÓSTICA: ESTUDANDO PARA A AV1I - SINTETIZANDO O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE RELATO PESSOALNarra uma experiência vivida;Pertence ao tipo de texto que detalha algo acontecido, um relato que também pode ser de viagem, de um sonho, um diário, biografia, por exemplo;É uma narrativa;Emprega o pretérito perfeito, o imperfeito e o presente;Usa, geralmente, uma linguagem mais comum, menos formal;Normalmente é contado por aquele que vivenciou a história, ou seja, da perspectiva da primeira pessoa;Como estrutura: podemos reconhecer quatro partes: a apresentação do ocorrido no passado, o relato do que complicou a história naquela época, como o que aconteceu chegou a um fim ou conclusão – se é que isso aconteceu - a que chamamos de resolução e a avaliação, sob o olhar de hoje do que aquela experiência significou.A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER - Paulo FreireA retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores. A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, andei, falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção rio experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos: o verde da manga-espada verde, o verde da manga-espada inchada; o amarelo esverdeado da mesma manga amadurecendo, as pintas negras da manga mais além de madura. A relação entre estas cores, o desenvolvimento do fruto, a sua resistência à nossa manipulação e o seu gosto. Foi nesse tempo, possivelmente, que eu, fazendo e vendo fazer, aprendi a significação da ação de amolengar. Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Jolí, o velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo e que era seu - "estado de espírito”, o de Joli, em tais momentos, completamente diferente do de quando quase desportivamente perseguia, acuava e matava um dos muitos timbus responsáveis pelo sumiço de gordas galinhas de minha avó. Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar.RESPONDAPodemos afirmar que este texto é um relato pessoal? Justifique.Quais são os tempos verbais que mais aparecem durante o texto? Exemplifique e explique por quê?

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Quem narra esta história? Qual é o assunto desse texto? Para Paulo Freire, o que significa ler?----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------II - USO DO PRESENTE DO INDICATIVO EM VERBOS REGULARESPresente: Indica fato que ocorre no dia-a-dia, corriqueiramente ou que expressa uma verdade. Também usamos para representar, em relatos, algo que hoje sabemos e que não sabíamos antes.Ex: Todos os dias, caminho na praia.Confio em meus amigos.EXERCÍCIO: Organize a sequência adequada das imagens abaixo, explique que tempo verbo será utilizado para descrever o cotidiano da personagem. Em seguida, escreva uma frase para cada figura, explicando o que acontece:

III - USO DOS PRETÉRITOS DO INDICATIVO EM VERBOS REGULARESPretérito: Indica fatos que já ocorreram.

PRETÉRITO PERFEITOIndica fato que ocorreu no passado em determinado momento e foi concluído no mesmo passado.Ex: Ontem caminhei na praia.Confiei em falsos amigos.OBSERVAÇÃO: Usar adjuntos adverbiais de tempo determinados como ontem, anteontem, ano passado, pela manhã, etc. confirma melhor o uso desse tipo de pretérito

PRETÉRITO IMPERFEITOIndica fato que ocorria com frequência no passado, ou fato que não havia chegado ao final no momento em que estava sendo observado.Ex: Naquela época, todos os dias, eu caminhava na praia.

Page 3: Atividade Diagnóstica 8 B

Eu estudava pelo Algo Sobre, quando conheci Magali.Eu confiava naqueles amigos.

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITOIndica fato ocorrido antes de outro no Pretérito Perfeito do Indicativo. Ou seja, algo que já ocorrera quando outro fato passado estava ocorrendo.Ex: Ontem, quando você foi a praia, eu já caminhara 6 Km.Eu já estudara pelo Algo Sobre, quando conheci Magali.Eu confiara naquele amigo que mentiu a mim.EXERCÍCÍCIO

1. Complete as lacunas com a forma verbal do pretérito PERFEITO, IMPERFEITO, MAIS QUE PERFEITO) do indicativo adequadas ao que está sendo relatado:

Olá, meu nome é Suraia!

Minha experiência de leitura _________________ (começa, começou, começara, começava) antes mesmo de ser alfabetizada. Lembro-me que minha mãe __________________ (contou, contava, contara) muitas histórias quando éramos crianças. Eu e minhas três irmãs_______________ (sentamos, sentávamos, sentáramos) ao redor dela, que ______________ (contou, contava, contara) histórias de seu avô, suas experiências quando criança, as histórias que seu avô lhe contava; enfim, nos conectávamos ao seu mundo infantil através de suas histórias. Aliás, ainda hoje, nos almoços de domingo, minha mãe conta suas histórias a quem estiver à mesa e todos ouvem com muito interesse porque ela põe vida em seus depoimentos. Meu pai também, do jeito dele, porque não ___________ (falou, falava, falara) bem português, contava suas histórias da viagem de navio até chegar ao Brasil - ele veio do Líbano -, dos lugares por onde ________ (passou, passava, passara) e das pessoas que___________ (conheceu, conhecia, conhecera). Isso despertou em mim a vontade de ler para conhecer o mundo. Aos 14 anos, comecei a escrever poesias, contos e histórias infantis e nunca mais parei. A leitura me___________ (proporcionou, proporcionava, proporcionara) o contato com mundos que eu não conhecia, com as fantasias, sonhos e o desejo de descobrir mais. Hoje, leio o que estiver à minha frente, desde uma bula a um livro de filosofia. Algumas leituras me interessam e vou até o fim; as que não, paro na metade e começo outra, mas ler é fundamental em minha vida e isso procuro passar ao meu filho, lendo e recontando histórias que já li.

2. Crie frases usando os tempos do pretérito que estudamos adequados para explicar o que acontece em cada uma das tiras:

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RESPONDA EM SEU CADERNO1. Aponte quatro razões pelas quais a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa foi implementada?2. Quais são os países lusófonos que acataram essa nova lei?3. Aponte três facilidades que a nova regra implantou.4. Aponte 4 razões pelas quais determinadas pessoas em Portugal são contra as novas regras da

Língua Portuguesa.