ficha de filosofia 6o ano marista

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ficha de filosofia pora alunos do 6o ano do colegio marista

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    FICHA DE FILOSOFIA N 3

    Lembrando a unidade anterior: pensamento abstrato, linguagem e smbolos Vejamos o esquema do que estudamos nos quadrinhos abaixo, da quadrinhista Margreet de Heer

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    A IMAGINAO SIMBLICA Dando prosseguimento aos nossos estudos sobre o homem e sua relao com a natureza, tcnica e cultura, vimos na unidade anterior que a capacidade dos humanos em desenvolver inteligncia abstrata de modo complexo, os permite elevar a experincia concreta a um nvel simblico, ou seja, a transformar o momento vivenciado do aqui e agora em uma percepo, sensao, memria ou imagem. Mas o que imaginao? De modo geral, a imaginao a condio do desejo que temos de

    criar uma verdade. Assim, o artista imagina a sua verdade na obra de arte. A criana imagina a sua verdade no faz-de-conta e cria um mundo ideal. No podemos nos esquecer de que o homem um animal imaginrio, na medida em que capaz de inventar o novo a partir de sua imaginao criadora. E em meio a esse processo que os humanos produzem smbolos, cujos mltiplos significados correspondem as suas respectivas culturas.

    A VISO MTICA DO MUNDO

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    MITOS DE CRIAO: COSMOGONIAS Uma coisa que todas as mitologias concordam que o mundo foi criado por um ato deliberado de um ser divino, e que

    homens e mulheres foram gerados especialmente para viver nesse mundo. Cada cultura tem a sua histria da criao para

    explicar como o mundo foi feito. Muitos mitos falam do Caos, a partir do qual o mundo se formou. Outros dizem que ele foi

    chocado de um ovo ou surgiu no lombo de um animal.

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    A CULTURA E O IMAGINRIO COLETIVO A FUNO ONTOLGICA DOS MITOS E A QUESTO DA VERDADE

    A palavra mito deriva do grego mythos, que significa fbula ou histria. De acordo com o filsofo e mitlogo Mircea Eliade*, o mito conta uma histria sagrada e relata um acontecimento ocorrido no tempo primordial, o tempo fabuloso do princpio. Os personagens dos mitos so os Entes Sobrenaturais, e graas as suas faanhas narra como uma realidade passou a existir. sempre, portanto, a narrativa de uma criao. Ele relata de que modo algo foi produzido e comeou a ser. O mito considerado uma histria sagrada e, portanto, uma histria verdadeira, por que sempre se refere a realidades.

    Muitas mitologias existem desde a origem dos tempos, com a conscincia de um Deus criador. O tempo mitolgico cclico, ao contrrio do tempo real, que linear. Ele pressupe o que Mircea Eliade chamou de mito do eterno retorno.

    Os egpcios esperavam renascer em uma vida no Campo dos Juncos, uma verso perfeita do Egito que eles conheciam. Eles eram mantidos nessa crena pelo renascimento cotidiano de R, o sol. Os Vinkings acreditavam que os guerreiros mortos em batalhas eram convidados ao salo dourado do Valhala, onde festejavam ao lado dos deuses antes de lutar por Odin, o senhor dos exrcitos, na batalha final de Ragnarok.

    O poeta romano Virglio nos conta que o heri Enias encontrou seu pai, Anquises, nos Campos Elsios do mundo dos mortos. Mas, quando tentou abra-lo, ele se desmanchou no ar. Ento, quando viram as almas beber a gua do esquecimento para esquecer sua vida passada e nascer de novo, perguntou a Anquises o que estava acontecendo. Anquises lhe explicou que, no princpio, o mundo era esprito puro, mas nos ligamos a vida pelo amor e pelo medo. Alguns so capazes de descansar na vida aps a morte, aguardando que o ciclo do tempo se complete, quando voltaro a ser espritos puros. A maioria anseia voltar ao mundo.

    Na Grcia antiga, o mito era narrado pelo poeta rapsodo, que escolhido pelos deuses transmitia o testemunho incontestvel sobre a origem de todas as coisas, oriundas das relaes amorosas entre os deuses, gerando assim, tudo que

    existe e que existiu. Os mitos tambm narram o duelo

    entre as foras divinas que interferiam diretamente na vida dos homens, em suas guerras e no seu dia-a-dia, bem como explicava a origem dos castigos e dos males do mundo. Ou seja, a narrativa mtica uma genealogia da origem das coisas a partir de lutas e alianas entre as foras que regem o universo. Na antiguidade clssica, o mito era tido como verdade, j que seu fundamento no se sustentava na razo ou na investigao, mas na autoridade do rapsodo.

    Por este motivo, todas as foras da natureza e mistrios da vida so personificados na forma de um deus ou imagem mitolgica. Como nesta poca a cincia ainda no havia sido inventada, os mitos, atravs da oralidade, buscavam dar sentido ao mundo, e transmitiam, de gerao a gerao, os hbitos, costumes e crenas de uma determinada civilizao. Ao conjunto de mitos d-se o nome de mitologia. Como a poesia, a mitologia oferece uma maneira de compreender o mundo por meio da metfora. As histrias se adaptam e mudam de acordo com o narrador e o contexto.

    O MITO COMO POTICA DA LINGUAGEM: OS SMBOLOS E SUAS METFORAS Mitologia, no mais elevado sentido da palavra, significa o

    poder que a linguagem exerce sobre o pensamento, e isto em todas as esferas possveis da atividade espiritual. A mitologia irrompe com maior fora nos tempos mais antigos da histria do pensamento humano, mas nunca desaparece completamente. Segundo o fillogo Max Muller*, tudo a que chamamos mito algo condicionado e mediado pela atividade da linguagem, como se esta colocasse o pensamento para fora. como se o pensamento se materializasse na linguagem de um jeito especial, potico, e as coisas do mundo a partir de ento passassem a ser explicadas e ter nomes. Esta a teoria segundo qual o mito teria a mesma origem da linguagem. Outra teoria diz que o contedo dos mitos teria sido influenciado pelos sonhos.

    Os mitos so narrativas cheias de smbolos e metforas. Metfora um termo que no latim, "meta" significa direo e phora significa "sem sentido". Esta palavra foi trazida do grego onde metaphor significa "mudana. Desse modo,

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    entendemos que metfora uma figura de linguagem que empresta o significado de uma palavra ou expresso para atribuir-lhe outro sentido. Por exemplo, quando dizemos para uma pessoa: - voc uma flor! no estamos querendo dizer que a pessoa seja um vegetal, mas emprestando da palavra flor a qualidade de bonita, delicada, cheirosa, etc. Assim, na metfora, a expresso nunca pode ser entendida em seu sentido literal, mas na comparao que subverte (muda) o seu sentido. (Texto adaptado do livro Mito e Linguagem, de Ernest Cassirer)

    A TEOGONIA, DE HESOSO Em sua obra Teogonia, Hesodo apresenta uma rvore

    genealgica dos deuses gregos, como metfora da origem das foras primordiais que regem universo. Desse modo, no podemos entender a construo dessa genealogia como se estivssemos tratando de seres naturais, como de humanos, por exemplo, mas de entes sobrenaturais que simbolicamente personificam as foras da natureza. Assim, quando Hesodo canta a origem dos deuses, celebra com isso as belas formas e criaturas que animam e povoam a natureza.

    Apesar do encantamento que as mitologias provocam nos jovens, ao evocar um universo maravilhoso cheio de aventuras, conflitos e paixes, no podemos de deixar de analisar de que modo o valores e formas de vida da civilizao grega e do pensamento europeu, esto inseridos na estrutura narrativa dos mitos. Tambm interessante observar o significado dos nomes dos deuses e sua conexo com as palavras que utilizamos no nosso dia-a-dia.

    A Teogonia toda escrita na forma de poemas, pois na poca dos deuses gregos, na Idade Arcaica, toda tradio literria repousava na poesia. Sendo o poeta rapsodo a autoridade responsvel por cantar os mitos gregos, sua inspirao nas musas, que segunda Hesodo so filhas de Zeus com Mnemosine, a deusa da memria, corresponde a representao dos princpios gregos necessrios para elaborao e recitao de um poema. Segue abaixo a lista das nove musas e seus respectivos significados:

    Clio confere a glria, o feito herico a um poema Euterpe que confere alegria ao canto Tlia une poesia festividade Melpmene e Terscore unem poesia msica e dana rato provoca nos homens o desejo de poesia Polmnia cria a rica alternncia dos ritmos Urnia eleva o canto acima do humano Calope beleza da voz na recitao

    Tambm vamos encontrar na Teogonia, um elenco de

    cinquenta nereidas, que so espcies de potncias divinas que se acham nas guas. So criaturas do mar que personificam uma concepo do pensamento grego sobre a navegao, e nos do uma imagem idealizada do comrcio martimo do incio do sculo VII. Segue abaixo algumas delas:

    Proto a que leva o termo ucrate a salvadora Eudora a dadivosa Galena a bonana rato a que suscita a nostalgia Eunice a virgem da boa rivalidade Eulmene a virgem do bom porto Doto a doadora Ploto a navegadora Ferusa a que leva Dinamene a poderosa Pnope a que tudo v Hiptoe veloz como um cavalo Hipnoe sagaz como um cavalo Cimatologe a que aplana as ondas Ligora a que rene os homens Evgora a que procura um bom mercado Laomedia a que se preocupa com o povo Eupompe a que d boa escolta Temisto a que prov a justia Prnoe a previdente Nemerte que sem falsidade

    A histria da sucesso entre os deuses na Teogonia dividida em trs partes. A primeira defende que o mundo divino evolua, pouco a pouco, de um estado primitivo e rude para um estado ordenado e justo. Isso est simbolizado na luta entre os deuses pelo comando do universo, que comea com os deuses primordiais at chegar em Zeus, que representa a ordem e harmonia do mundo. Na segunda parte, aparece uma idade paradisaca na qual no existia injustia, mas que s diz respeito ao mundo dos deuses, sem ligao com os humanos. Tambm encontramos na Teogonia uma terceira concepo, segundo o qual tanto as potncias ms quanto as boas existem lado a lado, em todos os tempos.

    Isso se explica na disputa pela sucesso de trono entre pai e filho: primeiramente entre Uranos e Cronos, e depois deste com Zeus. Uranos e Cronos foram derrubados em punio, segundo Hesodo, por sua violncia e injustia, j que personificam as foras brutas e primitivas da natureza. Zeus mostrou-se justo desde o incio, e por isso seu domnio perdura at hoje. O direito no qual cr Hesodo a ordem inviolvel e necessria, graas qual o justo recebe no final a recompensa, e o injusto, a pena. Embora em Homero j se encontre a convico de que o homem punido por sua cegueira, Hesodo , porm, o primeiro a julgar o agir humano segundo a nica e rgida norma do DIREITO.

    (Texto adaptado do livro A cultura grega e a origem do pensamento europeu, de Bruno Snell*)

    A ILADA E ODISSIA DE HOMERO Em Homero, os deuses promovem todas as mutaes. A

    Ilada tem incio com a peste mandada por Apolo. Agamnnon obrigado a devolver Criseida e, ao tomar Briseida para si, em compensao, provoca o desprezo de Aquiles. Desse modo encaminhada a ao do poema. No incio do segundo livro, Zeus manda a Agamnnon um sonho enganador para prometer-lhe a vitria e induzi-lo batalha, o que ocasio de lutas e infortnios para os gregos. E assim vamos em frente. No comeo da Odisseia, temos a reunio dos deuses, na qual se decide o retorno de Odisseu, e os deuses continuam intervindo at que, por ltimo, Odisseu, com ajuda de Atena, mata os pretendentes. Duas aes desenvolvem-se paralelamente: uma no mundo superior dos deuses, a outra na terra, e tudo o que sucede aqui embaixo acontece por determinao dos deuses.

    A ao humana no tem nenhum incio efetivo e independente. O que estabelecido e realizado obra dos deuses. E, j que a ao humana no tem em si o seu princpio, muito menos ter um fim prprio. S os deuses agem de modo a alcanar aquilo que se propuseram.

    No incio mesmo da Ilada, quando explode a discrdia entre Agamnnon e Aquiles, Agamnnon prende Briseida, paixo de Aquiles, e este, ao se sentir provocado, agarra a espada e pergunta a si mesmo se deve ou no enfrentar Agamnnon. quando Atenas aparece (ela se manifesta apenas a Aquiles), conversa com ele e o aconselha a no deixar-se levar pela ira. Se conseguir dominar-se, a vantagem ser dele. Aquiles segue sem hesitar o conselho da deusa e coloca de novo a espada na bainha. Isso quer dizer que na obra de Homero, o homem ainda no se sente responsvel por suas prprias decises, atribuindo tal responsabilidade aos deuses e no a sua prpria vontade. O homem de Homero, portanto, livre diante de seu Deus. Se dele recebe um dom, orgulha-se disso, mas, continua modesto, pois est consciente de que toda grandeza provm da divindade.

    Em Homero, quando um deus aparece ao homem, no o reduz a p, pelo contrrio, eleva-o e o torna livre, forte, corajoso e seguro. Em suas duas obras Ilada e Odisseia, pode-se observar uma certa diferena: na Ilada, a ao dos deuses manifesta-se a cada guinada dos eventos, ao passo que, na Odisseia, os deuses funcionam mais como fieis acompanhantes da ao humana.

    (Texto extrado do livro A cultura grega e a origem do pensamento europeu, de Bruno Snell*

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    Bruno Snell foi um fillogo clssico alemo. Os fillogos estudam a origem das palavras.

    Ernest Cassirrer foi um filsofo alemo de origem judaica que pertenceu a escola de Marburg. Desenvolveu uma filosofia da cultura como uma teoria dos smbolos, baseada na fenomenologia do conhecimento.

    Jean-Pierre Vernant foi um historiador e antroplogo francs, especialista na Grcia Antiga, particularmente na mitologia grega.

    Mircea Eliade foi um professor das religies, mitlogo, filsofo e romancista romeno, naturalizado norte-americano em 1970.

    Homero foi um poeta pico da Grcia Antiga, ao qual tradicionalmente se atribuiu a autoria dos poemas Ilada e Odisseia

    Hesodo foi um poeta oral grego da antiguidade, geralmente tido como tendo estado em atividade entre 750 e 650 a.C., por volta do mesmo perodo que Homero.

    MITOLOGIA GREGA: TEOGONIAS DEUSES PRIMORDIAIS, TITS E DEUSES DO OLIMPO

    1 gerao Deuses Primordiais

    2 gerao Tits

    3 gerao Deuses do Olimpo

    Deuses Primordiais Caos, Gaia, Urano, Trtaro, Eros, Erebo, Nix, ter, Hemera.

    Tits Cronos, reia, Hirion, Teia, Mnemosine, Tmis, Oceano, Ttis, Crios, Cos, Febe, Jpeto, Prometeu, Atlas, Epimeteu

    Deuses do Olimpo Zeus, Hades, Poseidon, Hera, Hstia, Demter, Atena, Ares, Hefesto, Afrodite, Dionsio, Apolo, rtemis, Hermes

    Outros Deuses Persfone, Leto, Maia e Dione

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    ZEUS

    Deus dos raios e troves

    POSEIDON Deus dos mares e oceanos

    HADES

    Deus do mundo dos

    mortos

    HSTIA

    Deusa do lar e laos

    familiares

    HERA

    Deusa da fertilidade e matrimnio

    DEMTER Deusa da

    agricultura

    ATENA

    Deusa da estratgia e

    justia

    APOLO

    Deus do sol e da arte

    RTEMIS

    Deusa da caa e lua

    AFRODITE

    Deusa da beleza

    HEFESTO Deus da

    metalurgia

    ARES

    Deus da guerra

    HERMES

    Deus da magia e

    adivinhao

    DIONSIO Deus do vinho,

    festas e teatro

    A FILOSOFIA SURGE COM A PLIS GREGA: O LOGOS E A POLTICA

    AS Teorias Orientalista, do Milagre Grego e da Continuidade Teoria Orientalista: defende que a origem da filosofia est ligada ao contato que os gregos tiveram com a sabedoria oriental

    (egpcia, persa e babilnica). Vrios pesquisadores so categricos ao afirmar que as grandes civilizaes orientais mantiveram contato com as civilizaes gregas e essas determinaram formas da vida social, da religio, das artes e das tcnicas usadas pelos gregos.

    Teoria do Milagre Grego: afirmava que o surgimento da filosofia na Grcia se deve a uma espcie de milagre grego, ou seja, os gregos foram um povo excepcional, sem nenhum outro semelhante a eles, nem antes nem depois deles, e por isso somente eles poderiam ter sido capazes de criar a filosofia, as cincias e dar s artes uma elevao que nenhum outro povo conseguiu.

    Teoria da continuidade: a Filosofia surge como um prolongamento do pensamento mtico por influncia dos acontecimentos histricos e postulado da dvida a verdade do mito.

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    GORA Praa pblica onde as decises eram tomadas

    A GRCIA NO PERODO ARCAICO A inveno da escrita: com o ressurgimento da escrita, entre os sculos IX e VIII a.C., esta se desliga da influncia religiosa,

    passando a ser utilizada para formas mais democrticas de poder. A escrita gera uma nova idade mental porque a postura de quem escreve diferente daquela de quem apenas fala.

    O surgimento da moeda: inventada na Ldia (Turquia), aparece na Grcia por volta do sc. VII a.C., vindo facilitar os negcios e impulsionar o comrcio. Com a democratizao de um valor, a moeda supera os smbolos sagrados e afetivos, racionalizando uma medida comum.

    A lei escrita: sc. VII a.C., proporcionou a criao de regras comum a todos, de forma racional, sujeita discusso e modificao. Antes dela, a justia era dependente da interpretao da vontade divina ou da arbitrariedade dos reis.

    O cidado da plis e a consolidao da democracia: com o nascimento da plis grega (modelo das antigas cidades) que estava centralizada na gora (praa pblica), lugar onde se debatiam os problemas de interesse comum. Contribuiu para a autonomia da palavra, no mais a palavra mgica dos mitos, dada pelos deuses, mas a humana do conflito, da discusso, da argumentao. O hbito da discusso pblica estimulou o pensamento racional, argumentativo, distanciando-se cada vez mais das tradies mticas.

    DO MITO RAZO A Filosofia, por outro lado, trata de problematizar o porqu das coisas de maneira universal, isto , na sua totalidade.

    Buscando estruturar explicaes para a origem de tudo nos elementos naturais e primordiais (gua, fogo, terra e ar) por meio de combinaes e movimentos.

    Enquanto o mito est no campo do fantstico e do maravilhoso, a Filosofia no admite contradio, exige lgica e coerncia racional e a autoridade destes conceitos no advm do narrador como no mito, mas da razo humana, natural em todos os homens.

    TRAGDIA GREGA

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    MITOS DA ATUALIDADE: OS DOLOS E SUPER-HERIS

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    ATIVIDADES DE FILOSOFIA

    1) Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo est ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no cu etreo foi expulso, ou para a priso do Trtaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem so eles? (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire dAguiar. So Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)

    O texto acima parte de uma narrativa mtica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.

    a) A verdade do mito obedece a critrios empricos e cientficos de comprovao. b) O conhecimento mtico prova sua verdade de maneira lgica e argumentativa. c) O mito busca explicaes sobre o homem e o mundo, e no depende de provas. d) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional. 2) O mito grego uma narrativa sobre a origem das coisas, fundamentando a ordem do mundo segundo as leis, relaes e feitos dos deuses. Sobre o mito, assinale a nica alternativa INCORRETA: a) A rvore genealgica o modo pelo qual o mito narra a gerao dos Deuses, das coisas, das qualidades, por outros seres

    que so pais ou antepassados. b) O mito narra acontecimentos na Terra como consequncia de alianas e rivalidades entre Deuses, a exemplo da Guerra de

    Tria e Fria dos Tits. c) O mito narra a origem das coisas no mundo encontrando recompensas e castigos que os Deuses do aos que o obedecem

    ou desobedecem. d) Os mitos so cosmologias e teologias, na medida em que explicam o surgimento das coisas e dos Deuses atravs do

    conhecimento cientfico. 3) Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo est ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no cu etreo foi expulso, ou para a priso do Trtaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem so eles? (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire dAguiar. So Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)

    O texto acima parte de uma narrativa mtica. Considerando que os mitos no perodo arcaico da Grcia Antiga eram considerados histrias sagradas que explicam o mundo e definem nosso papel na criao por uma ordem divina, sua verdade era revelada a) diante da comprovao de teorias cientficas fundadas na racionalidade b) no enredo das tragdias gregas de entes naturais da antiguidade clssica c) nas histrias dos Deuses que narram como uma realidade passou a existir d) nos arrobos poticos deaedos como Homero que escreveu a obra Ilada 4) Eros, enquanto um dos quatro elementos que so a Origem, ao ser nomeado e ao presentificar-se ao seu domnio, envolve j a referncia a todos os homens e todos os Deuses, que surgiram depois dele. Tal como a Terra, a ser nomeada como Origem, traz com sua nomeao a presena dos mortais que tem o Olimpo nevado E como potncia cosmognica, como fora de acasalamento e da multiplicao da vida, Eros est mais perto e aparentado ao Cu e Terra. Quanto ao Trtaro, por sua natureza noturna e letal, est mais aparentado ao Khos com sua descendncia tenebrosa e mortfera. (Texto extrado da Teogonia, de Hesodo. Trad. de Jaa Torrano. Iluminuras: So Paulo, 1991. P. 42).

    O texto acima, extrado do livro Teogonia, do poeta Hesodo, est se referindo a qual gerao dos Deuses gregos? a) Primeira gerao ou gerao dos Deuses primordiais b) Segunda gerao ou gerao da ordem dos Tits c) Terceira gerao ou gerao dos Deuses Olimpianos d) Quarta gerao ou gerao dos Deuses Olimpianos

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS CASSIRER, Ernest, 1874-1945. Linguagem e mito. Traduo de J. guinsburg. So Paulo: Perspectiva, 2013. DORLING, Kindersley. Mitos e Lendas para Crianas. Trad. Ana Ban. 1 ed. So Paulo: Publifolhinha, 2013. ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. Trad. PolaCivelli. So Paulo: Perspectiva. 2010. (Coleo Debates: 52). HESODO. Teogonia: a origem dos deuses. Estudo e traduo de Jaa Torrano. So Paulo: Iluminuras, 1991. HER, Margreet de. Filosofia para principiantes. Traduo de Daniel Eiti Missato 1 Ed. So Paulo: Cultrix, 2013. HOMERO. Iliada. Introduo e notas de Eugne Lasserre. Traduo do francs de Octvio Mendes Cajado. So Paulo: Difel Difuso

    Editorial S.A. NEIL, Philip. Mitos e Lendas em detalhes. Trad. Eliana Rocha. So Paulo: Publifolhinha, 2010 (Coleo em detalhes). OLIVEIRA, Raimundo Nonato de./SILVA, Jos Ferreira da. Filosofia: Pensar preciso para agir melhor 1ed. Editora Edjovem:

    Fortaleza, 2014. SANTOS, Fernanada (org.). Enciclopdia Recreio de Mitologia Grega. So Paulo: Editora Abril, 2013. SNELL, Bruno. A cultura grega e a origem do Pensamento Europeu. Traduo de Prola de Carvalho. So Paulo: Perspectiva, 2012. SOUZA, Maurcio. Saiba mais sobre a Pr-Histria com a Turma da Mnica. Editora PaniniComics, n 78.

    INDICAO DE FILMES, VDEOS E DOCUMENTRIOS

    Deuses gregos documentrio completo - https://www.youtube.com/watch?v=52x1veAdYMo Deuses Gregos documentrio completo Filosofia - https://www.youtube.com/watch?v=X6DKMbup-MQ Gigantes: Mistrios e Mitos - https://www.youtube.com/watch?v=seK5qHPWWAY Documentrio Confronto dos Deuses Zeus - https://www.youtube.com/watch?v=ut020I9k-zw

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    Documentrio Confronto dos Deuses Hades - https://www.youtube.com/watch?v=w1aL0hrlpKk Documentrio Confronto dos Deuses Minotauro - https://www.youtube.com/watch?v=1PnM3qjXcrY Documentrio Confronto dos Deuses Medusa - https://www.youtube.com/watch?v=weKqdACl19w