festival do turismo 2014

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FOLHA DO TURISMO Edição Especial Festival do Turismo Gramado Novembro 2014 EVENTOS Movimentação chegou a R$ 209,2 bilhões em 2013 AVIAÇÃO Em um ano, país registra 109,2 milhões de passageiros E MAIS Novas pesquisas revelam dados da cadeia turística Superadas as incertezas, setor estima fechar 2014 com balanço positivo Um ano histórico para o Turismo

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Festival do Turismo 2014

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Gramado Brasil

Novembro 2014

MERCADO & EVENTOS Edição Especial Festival do Turism

o

FOLHA DO TURISMO

Edição Especial Festival do TurismoGramado Novembro 2014

EVENTOSMovimentação chegoua R$ 209,2 bilhões em 2013

AVIAÇÃOEm um ano, país registra 109,2 milhões de passageiros

E MAISNovas pesquisas revelam dados dacadeia turística

Superadas as incertezas, setor estima fechar 2014 com balanço positivo

Um ano histórico para o Turismo

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 3

Bons negócios a todosA realização desta 26ª edição do Festuris traz como novidade a primeira versão do Buyers Club, com caravanas dos Estados Unidos, Europa e América do Sul. É mais uma iniciativa da organização no sentido de focar nos negócios e investir na internacionalização. Nunca é demais lembrar que Porto Alegre tem, a cada dia, fomentado os voos internacionais com novas operações. Com o desenvolvimento do programa de aviação regional, apresentado neste ano pelo Governo, devem crescer também os voos de fronteira.

Tudo isso dá a Região Sul um impulso maior no processo de captação do fl uxo internacional de turistas. E nada melhor do que um evento da natureza do Festuris para promover e divulgar a região, que vem investindo num extenso calendário que inclui o Natal Luz, de Gramado; o Sonho de Natal, de Canela; sem esquecer do tradicional Natal de Curitiba (PR) e do novo Natal Felicidade, em Lages (SC).

Independente das festas regionais, Gramado por si só tem se revelado um modelo bem sucedido de como fazer turismo com profi ssionalismo e competência. Não há como questionar a receita de sucesso que transformou a cidade no principal carro-chefe de turismo do estado. E esse sucesso acabou se refl etindo em toda a região, benefi ciando também cidades vizinhas. Numa pesquisa sobre os 500 destinos turísticos mais procurados no Brasil, divulgada em abril deste ano pelo TripAdvisor, Gramado foi considerado o terceiro destino do país mais reconhecido por turistas brasileiros e estrangeiros, perdendo apenas para Rio de Janeiro e São Paulo.

Por outro lado, o Festuris conseguiu ao longo de mais de duas décadas e meia consolidar uma imagem de credibilidade junto ao mercado em função de ter se tornado uma feira profi ssional de negócios, e cuja modelagem, segmentada em seus nove salões, abre espaço para áreas com grande potencial, como é o caso dos parques temáticos, que tem, este ano, sua primeira edição.

Nesta edição do MERCADO & EVENTOS constam, além de destinos nacionais, como Santa Catarina, uma abordagem sobre o Turismo de Lazer e o segmento MICE, que cresce a cada ano no país. Com a defi nição das eleições presidenciais e estaduais é tempo de retomar os programas, estratégias e o processo de crescimento deste setor, que inicia, no próximo mês, mais uma temporada de férias e verão. Bons negócios a todos.

FOLHA DO TURISMO

Presidente Adolfo MartinsVice-presidente Executivo Roy [email protected] - (55-21) 3233-6319Diretora de Marketing Internacional Rosa Masgrau [email protected] - (55-21) 3233-6316Diretora Geral de São Paulo Mari [email protected] - (55-11) 3123-2247Editora-chefe Natália Strucchi [email protected] - (55-21) 3233-6353Editor-executivo Luciano [email protected] - (55-11) 3123-2240Chefe de Reportagem Luiz Marcos [email protected] - (55-21) 3233-6262Chefe de Reportagem SP Anderson [email protected] - (55-21) 3123-2239 Diretor de Internet Fernando MartinsDiretora de Planejamento Andréa MartinsDiretor Jurídico José Manuel Duarte CorreiaGerência de Tecnologia GRMFotógrafo Eric RibeiroDesigner Daniel Costa

Reportagem Rio (55-21) 3233-6353Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 Caroline Lainara - [email protected]

Lisia Minelli - [email protected] Menezes - [email protected] Massadar - [email protected] Chuva - [email protected] Cardoso - [email protected]

Departamento Comercial São Paulo - (55-11) 3123-2222Departamento Comercial Rio de Janeiro - (55-21) 3233-6319

Rio de Janeiro - Rua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014Telefone e Fax (55-21) 3233-6201

São Paulo - Rua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - CentroCEP 01.042-001 - Telefone (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095

Representante Comercial em BrasíliaCPM Consultoria Planejamento Mídia Ltda. ([email protected])(55-61) 3034-7448 / SHN Quadra 2 - 15 Andar - Salas 1514/1515Executive Offi ce Tower - Brasília / DF - CEP 70702-905

Representante Comercial nos Estados UnidosBrazil Travel Media - Claudio Dasilva(www.braziltm.com - [email protected])+1 (954) 647-6464 / 401 E Las Olas Blvd # 130 Fort Lauderdale - Florida - 33301 - USA

Os artigos e opiniões de terceiros publicados na ediçãonão necessariamente refl etem a posição da revista.

Mercado & Eventos é uma publicação do

FOLHA DO TURISMO

Índice6 Informações sobre o turismo no Brasil

ENTREVISTAS8 Vinicius Lages (MTur)

10 Luciana Fernandes (MTur)12 Vicente Neto (Embratur)13 Marco Lomanto (Embratur)14 Eduardo Zorzanello, Marta e Vinícius Rossi

(Festuris)16 Claudia Pessôa (Anseditur)18 Oreni Braga (Fornatur)20 Adonai Arruda Filho (Abottc)22 Mario Carvalho (Tap)

MATÉRIAS ESPECIAIS24 Aviação26 Hotelaria28 Turismo de Negócios 31 Turismo LGBT32 Turismo de Eventos34 Impactos do Carnaval36 Cruzeiros38 Tecnologia40 Gastronomia42 Turismo Corporativo

ESPORTES44 Olimpíadas 201646 Copa do Mundo 2014

ATRATIVOS DOS ESTADOS

REGIÃO NORDESTE48 Pernambuco (PE)50 Bahia (BA)51 Ceará (CE)52 Alagoas (AL)54 Paraíba (PB)

REGIÃO CENTRO-OESTE55 Distrito Federal (DF)56 Mato Grosso do Sul (MS)

REGIÃO NORTE 58 Amazonas (AM)59 Pará (PA)

REGIÃO SUDESTE60 Minas Gerais (MG)62 São Paulo (SP)63 Espírito Santo (ES)64 Rio de Janeiro (RJ)

REGIÃO SUL66 Santa Catarina (SC)68 Rio Grande do Sul (RS)70 Paraná (PR)

CADERNO ESPECIAL71 Santa Catarina

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4 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 5

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6 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

INFORMAÇÕES Brasil

6 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Receita CambialGastos de Turistas no Brasil ( US$ milhões ) - jan 2012 a Ago 2014

Dados em milhões 2012 2013

Chegadas de turistas ao Brasil 5,7 5,8

Desembarques voos nacionais 85,5 88,9

Desembarques voos internacionais 9,4 9,5

Receita cambial (US$) 6.644,86 6.710,71

País sediará 2,2 mil feiras em 2014O mercado de feiras de negócios deverá fechar o ano com a realiza-ção de 2,2 mil eventos no país, mantendo a média anual, segundo levantamento inédito realizado pela União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe). O setor vive um momento de recuperação das atividades, depois da retração do mercado registrada no primeiro semestre. O estudo “Feiras de Negócios no Brasil” mostra que mais de 48% das feiras e exposições são realizados na região Sudeste. Em segundo lugar permanece a região Sul, como 30,6% dos eventos, seguida das regiões Nordeste (10,4%), Centro-Oeste (6,8%) e Norte (3,9%). O presidente executivo da Ubrafe, Armando Campos de Mello, afi rma que o país tem “vasto e qualifi cado” calendário, que começa a ser ampliado para cidades fora do eixo Rio-São Paulo. Segundo ele, o objetivo da pesquisa foi dotar a Ubrafe e o mercado de feiras de negócios com números que permitam planejar de maneira mais adequada, o desenvolvimento e fortalecimento do setor. O Ministério do Turismo contribui para a expansão do turismo de negócios, reali-zando investimentos em infraestrutura em todas as regiões do país. Com o lançamento do PAC do Turismo, em 2013, por exemplo, R$ 460 milhões foram direcionados para a construção e ampliação de centros de convenções e eventos em 11 municípios. Hoje, o Brasil é o 9º maior mercado de eventos internacionais do mundo, segundo a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA).

Grandes templos impulsionam Turismo ReligiosoCom uma capacidade de reunir até 150 mil fi éis em um único evento, como ocorreu durante a visita do Papa à Aparecida do Norte, templos de grande porte impulsionam o turismo religioso no Brasil. O número de visitantes deve crescer ainda mais em 2015 puxado por novas construções, como o recém-inaugurado templo evangélico de Salomão (SP), o santuário católico Mãe de Deus (SP) e o Memorial Chico Xavier (MG), ambos ainda em construção. As viagens religiosas são experiências do turismo cultural, que representa 12% do total de viajantes pelo país, e também inclui o turismo cívico e o enoturismo, entre outros. Estima-se que 15 milhões de brasileiros se viajam pelo país todos os anos movidos pela fé, de acordo com dados do Ministério do Turismo. O Santuário Mãe de Deus, em São Paulo, ainda em construção, já abriga missas para até 60 mil pessoas. Assim que estiver concluído, vai comportar cerca de 35 mil pessoas na área interna e 100 mil no total, o que inclui também o ambiente externo. Em Uberada (MG) está em a construção a segunda etapa do Memorial Chico Xavier, atração que promete transformar a cidade em um polo de turismo religioso. A obra conta com repasse de R$ 2,9 milhões do MTur. O memorial funcionará como um museu e contará também com espaço para o estudo e a prática da doutrina espírita. Os novos templos somam-se a pontos de peregrinação consagrados no país, como a Basílica de Aparecida do Norte, que tem capacidade de celebrar missas para até 35 mil pessoas na área interna e até 300 mil na área externa. O levantamento mais recente da administração da Basílica aponta que o número de visitantes ao templo cresceu 9% entre 2011 e 2013.

Sobe intenção de viagens dos brasileiros No mês de agosto o MTur registrou a maior intenção de viagem do ano: 28,8%, o que refl ete a proximidade das férias de fi m de ano. O índice mede a probabilidade do brasileiro de viajar durante o próximo semestre. Os demais meses do ano registra-ram percentuais inferiores: janeiro (27,1%), fevereiro (26,7%), março (27,1%), abril (26,3%), maio (24,6%), junho (24,3%) e julho (23,9%). Esses dados fazem parte da “Sondagem do Con-sumidor - Intenção de Viagem” feita pelo Ministério do Turismo e Fundação Getúlio Vargas. Foram ouvidos dois mil moradores de sete cidades do país: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, que representam 70% do fl uxo de turistas do país. A maior parte dos entrevistados que manifestou intenção positiva de viajar o fará pelo próprio país (73,6%). Os meios de hospedagem mais requisitados são os hotéis e pousadas (52,3%), seguidos pela casa de amigos e parentes (37%) e outros (10,7%). O meio de transporte preferido é o avião (61%), seguido pelo automóvel (25,1%), o ônibus (10,2%) e demais meios (3,7%). A região apontada como destino favorito pela maioria dos entrevistados é a Nordeste (48,1%), seguida pelo Sul (21,2%), Sudeste (19,2%), Norte (7,3%) e Centro-Oeste (4,2%).

Cresce Desempenho Econômico do TurismoDe acordo com o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, os percentuais do setor estão mais elevados este ano e registraram, no primeiro trimestre de 2014, um incremento nos segmentos de parques e atrações turísticas (15,8%); turismo receptivo (15,3%), meios de hospedagem (15,1%) e transporte aéreo (11,6%). O salto na arrecadação das empresas do setor (11,1%) é o maior dos últimos seis anos. No mesmo período (abril, maio e junho) houve também aumento médio de 15% no quadro de pessoal das empresas. O resultado foi atribuído aos investimentos realizados no ano e na maior divulgação dos atrativos e roteiros turísticos. Os segmentos de transporte aéreo e de parques temáticos sentiram os

efeitos positivos da realização da Copa do Mundo, ainda que a pesquisa tenha captado somente resultados

da primeira metade do Mundial, que começou em 12 de junho e teve um mês de duração. O

boletim, produzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), se baseia em informações fornecidas por gestores de 678 empresas, com faturamento de R$ 8,2 bilhões no tri-

mestre e quadro de 72.367 funcionários.

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 7

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8 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Foco em novas estratégias de marketing

para ampliar a comercialização do produto

Brasil para os brasileiros. Esta tem sido a

missão do ministro do Turismo, Vinicius

Lages, desde que assumiu a pasta, em março

deste ano. “A nossa estratégia é utilizar o

marketing do MTur em apoio à comercia-

lização de produtos e destinos ligados ao

turismo em todo o país”, comentou. Além

disso, o incremento da economia no turismo

nacional é, de fato, um instrumento que

aponta o avanço do setor como excelente

oportunidade para transformar o turismo

na nova ferramenta de desenvolvimento do

Brasil, como foi a agricultura em décadas

passadas. O faturamento médio das empre-

sas do setor de turismo cresceu 11,1% no

segundo trimestre de 2014, em comparação

com o mesmo período de 2013.

MERCADO & EVENTOS - O que os novos governantes devem priorizar para que o Brasil venha a receber mais turistas e ganhe uma posição de destaque no cenário internacional?Vinícius Lages - Temos de transformar as

nossas vantagens comparativas em vanta-

gens competitivas. Ou seja, transformar em

negócios o nosso ganho de imagem com a

Copa do Mundo. Os nossos ativos naturais,

por exemplo, devem ser melhor trabalhados

como atrativo turístico. É preciso repensar

o turismo como um setor estratégico para

o desenvolvimento econômico, uma área

que vem apresentando, nos últimos anos,

crescimentos acima dos registrados pela

economia global brasileira. Turismo é um

setor atraente para novos empreendedores,

gera emprego, renda e divisas.

M&E - De que modo o Brasil pode apro-veitar a experiência da Copa do Mundo para garantir o fortalecimento da indústria do turismo? Vinícius Lages - O mundial de futebol atraiu

a atenção da imprensa internacional para o

nosso país. Mais de 19 mil profi ssionais de

mídia se cadastraram para cobrir os jogos.

Metade da população mundial, em algum

momento, olhou para o Brasil ao longo

dos últimos 30 dias. A vocação turística

do país fi cou escancarada para o mundo.

Os estrangeiros fi caram encantados com a

nossa hospitalidade, gastronomia e nossos

ativos naturais. É preciso agora pensar neste

novo ciclo do turismo junto com parcei-

ros estratégicos, como a iniciativa privada.

Depois de mais de 11 anos desde a criação

do MTur e com o fi m da Copa do Mundo,

temos de otimizar os nossos instrumen-

tos de promoção e precisamos repensar o

modelo da Embratur, por exemplo. Toda

a visibilidade que tivemos com o mundial

ajuda nesse debate.

M&E - No caso da atração do turista es-trangeiro. Como fi caria o posicionamento do MTur com a criação de uma “nova Em-bratur”, algo que vem sendo defendido por muitos integrantes do trade?Vinicius Lages - Hoje o país precisa de co-

ragem política e disposição para mudar o

modelo de gestão e promoção da Embratur

no exterior. Vamos tentar, ainda este ano,

um projeto de Lei ou uma medida provi-

sória para converter o modelo utilizado

atualmente ao proposto há mais de 10 anos

quando foi criado o Ministério do Turismo.

Nossa expectativa é ainda utilizar o desenho

proposto em 2004 - que será a base para a

nova “Embratur” – porém com atualizações,

incorporando o desenvolvimento da política

de turismo que hoje é moderna e foca no

debate econômico para o desenvolvimento

de práticas aceitáveis para a divulgação

no exterior. O país e o turismo estão em

um momento de transição. A mudança

na política de promoção é inevitável para

o incremento do fl uxo de estrangeiros no

país. Nossa ideia é dar continuidade ao

compromisso de posicionar a entidade para

a promoção do país.

M&E - Como o MTur vislumbra o desenvol-vimento do turismo no Brasil nos próximos anos?Vinicius Lages - O turismo tem crescido

historicamente em percentuais mais robus-

tos que a economia brasileira. Temos uma

excelente oportunidade para transformar

o turismo na nova fronteira de desenvolvi-

mento no Brasil, como foi a agricultura em

décadas passadas. Para isso, no entanto, te-

mos de desatar alguns nós, criar um ambiente

de negócios mais favorável, com marcos

regulatórios amigáveis, linhas de crédito mais

acessíveis e uma promoção mais agressiva em

sinergia com a iniciativa privada. Estamos

trabalhando na estruturação desse novo ciclo

do turismo. Essa é a nossa prioridade. Todas

as novas ações do MTur estão baseadas na

campanha #PartiuBrasil, lançada em junho

deste ano. Como a participação diferenciada

nas feiras como o Festival de Turismo de

Gramado, por exemplo, vamos buscar a

apresentação ao país que é possível viajar

internamente com baixo custo e qualidade.

MTur - Vinicius LagesENTREVISTA

MTur defende marketing e maior infraestrutura para aprimorar o Turismo

“A nossa estratégia é utilizar o marketing do MTur em apoio à comercialização de produtos e destinos ligados ao turismo em todo o país”

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 9

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10 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Às vésperas de mais uma temporada

de férias e verão, o Ministério do Turismo

vem investindo, neste segundo semestre, na

campanha de fomento ao turismo doméstico.

Durante a última edição da Abav Expo, em

São Paulo, o programa #PartiuBrasil foi am-

plamente divulgado. Segundo Luciana Fer-

nandes, diretora de Marketing do Ministério

do Turismo, a campanha tem como objetivo

mostrar que é possível aos brasileiros conhe-

cerem seu país. A campanha ganhou adesão

de alguns estados, bem como de operadoras

de turismo e será estendida até o verão.

MERCADO & EVENTOS - Nos últimos anos os brasileiros passaram a optar mais pelas viagens ao exterior em função do alto custo do turismo doméstico. Como reverter esse quadro?Luciana Fernandes - Sempre se imaginou que

as viagens ao exterior eram mais baratas que

as viagens domésticas. Queremos mostrar,

por meio da campanha #PartiuBrasil, que

teve uma enorme adesão tanto por parte de

estados e municípios como pelas principais

operadoras do país e empresas aéreas, que

nunca foi tão fácil viajar pelo Brasil. Com isso,

quem acaba ganhando é o consumidor bra-

sileiro. Inicialmente, nossa meta era limitar a

campanha apenas aos períodos de baixa tem-

porada, mas os resultados superaram nossa

expectativa em função da grande procura

pelo público e decidimos estender as pro-

moções também para a temporada de verão.

M&E - Apesar dos números extremamente positivos para o setor nesta última Copa, o Brasil ainda tem que avançar. Como fazer desta experiência um legado capaz de elevar o turismo do país a outro patamar?Luciana Fernandes - A partir deste interesse

maior, tanto por parte dos brasileiros como

dos estrangeiros, em conhecer melhor o

nosso país, temos pela frente um grande

desafi o, que é alimentar esse sonho e mos-

trar que o Brasil de hoje tem uma melhor

infraestrutura. Para isso, existem aspectos a

serem explorados, como a riqueza da nossa

cultura, a gastronomia e tantas outras coisas.

É justamente essa diversidade que tem de ser

formatada em produtos e serviços. Para os

estrangeiros, o importante é fomentar esse

interesse despertado no estilo de vida dos

brasileiros, que cativou a muitos durante a

Copa. Pudemos comprovar que os estran-

geiros se surpreenderam positivamente e

essa maior visibilidade tem que ter uma

continuidade. Vamos, inclusive, colocar,

como grande foco das futuras campanhas no

exterior, esse estilo de vida dos brasileiros.

M&E - Em outubro, tivemos eleições no país. De que modo os novos governantes eleitos devem perceber o setor como fator de desenvolvimento econômico e tornar o país mais atraente para os estrangeiros?Luciana Fernandes - Devemos procurar

explorar nossos produtos e segmentos eco-

nômicos relacionando-os ao turismo. Isso

representa vender a moda, a gastronomia, a

produção de bens e serviços atrelando-os ao

turismo. Produtos como café ou a cachaça,

por exemplo, podem ser comercializados

trazendo consigo uma imagem capaz de

despertar nos estrangeiros um interesse no

nosso país. Claro que precisamos avançar

em alguns aspectos, como a qualidade do

nosso turismo, e isso passa também pela

melhor qualifi cação da nossa mão de obra.

Nós temos que trabalhar cada vez mais

essa qualifi cação do nosso receptivo, com

treinamentos, cursos e todo um trabalho

de médio e longo prazo. Tudo isso é respon-

sabilidade tanto do Governo como do setor

privado. Podemos observar que muitas vezes

são oferecidos programas e oportunidades

para que o setor se qualifi que melhor, mas

essa oferta nem sempre tem uma resposta

por parte dos prestadores de serviços na

área do turismo. Essa cultura tem que ser

mudada. Precisamos de investimentos e

uma integração maior entre governo e setor

privado. É preciso também aproveitar esse

bom momento da imagem do país gerada

no exterior. Estamos até elaborando um pro-

grama de visitas e ações promocionais junto

a alguns dos principais destinos emissores

com ênfase para os países da América do Sul.

M&E - Como os agentes de viagens podem aproveitar o crescimento na demanda do turismo interno para ter um ganho maior em suas vendas?Luciana Fernandes - Nas novas campanhas

que o Ministério está elaborando estamos

reforçando, em muito, a importância do tu-

rismo regional. Neste sentido, as operadoras

e agências de viagens têm que procurar se

integrar a essas ações com a formatação de

produtos e serviços, de modo a despertar no

cliente o desejo cada vez maior de viajar. E

isso se consegue com pacotes que tenham

produtos que atendam à expectativa do

cliente e, ao mesmo tempo, sejam compe-

titivos em comparação com os praticados

nas viagens internacionais.

MTur - Luciana FernandesENTREVISTA

Nova campanha quer demonstrarque nunca foi tão fácil viajar pelo país

“Temos pela frente um grande desafio, que é alimentar esse sonho e mostrar que o Brasil de hoje tem uma melhor infraestrutura”

Page 11: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 11

Page 12: Festival do Turismo 2014

12 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> A Embratur, no seu trabalho de promoção

do Brasil no exterior, busca manter diálogo

permanente com os players envolvidos na

cadeia do turismo. O intuito é garantir que o

turista que aqui chegue tenha a melhor expe-

riência possível. De acordo com o presidente

do órgão, Vicente Neto, as ações realizadas

atualmente visam promover toda a diversida-

de encontrada no Brasil e, ao mesmo tempo,

foca em segmentos de extrema relevância,

como o Turismo de Negócios e Eventos. Já

o trabalho de promoção turística do país

como sede de grandes eventos esportivos,

que começou em 2010, continua por conta

dos excelentes resultados obtidos com a Copa

do Mundo e visando Olimpíadas de 2016.

MERCADO & EVENTOS - Recentemente o ministro Vinícius Lages defendeu um novo papel para a Embratur e a transformação do Instituto numa agência de promoção. Como vê essa ideia? Vicente Neto - Sou favorável a ideia que

vai dotar a Embratur de maior agilidade e

meios para atrair investimentos e promover

a comercialização de serviços do setor. Isso

certamente facilitaria o trabalho já realizado na

promoção do Brasil como destino turístico. O

trabalho de promoção turística do país como

sede de grandes eventos esportivos começou

em 2010, sempre buscando ampliar o conhe-

cimento do Brasil e de toda sua diversidade,

mostrando os nossos atrativos para viagens

de negócios, lazer, família, esporte, aventura

e natureza. Se tivermos mais recursos e liber-

dade de ação certamente isso contribuiria em

muito para ajudar na promoção e divulgação

do nosso país junto aos destinos emissores.

M&E - Um dos desafi os para atrair mais turistas diz respeito ao alto custo da hote-laria, da aviação e outros serviços. Como mudar esse quadro e tornar o país mais competitivo?Vicente Neto - Eu diria que os altos preços

são um obstáculo sim. No ano passado a

Embratur liderou, dentro do Governo Fe-

deral, uma iniciativa de combate a preços

fora do padrão. Isso resultou na criação de

um comitê nacional de acompanhamento,

que hoje é coordenado pelo Ministério da

Justiça. Criamos um canal de diálogo com

os diversos segmentos da cadeia para evitar

que o Brasil fi que marcado como um destino

caro. Recentemente, por ocasião da Copa,

operadores da Argentina sinalizaram para a

Embratur a difi culdade da venda de pacotes

por conta dos preços. Então, estamos em

um processo de diálogo permanente, espe-

cialmente com companhias aéreas e redes

hoteleiras para evitar este tipo de problema.

O Governo Federal recebeu dos segmentos

organizados uma pauta para desoneração.

Parte dela já foi atendida e estamos discu-

tindo agora outros temas. No caso das com-

panhias aéreas, não foi possível ainda tratar

Embratur - Vicente NetoENTREVISTA

Campanhas da Embratur querem enaltecer diversidade do Brasil

Turismo de Negócios e EventosO Turismo de Negócios e Eventos tem ganhado cada vez mais atenção da Embratur. Em recente artigo, Vicente Neto ressaltou que na América Latina, como sede de eventos internacionais, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos, que recebeu 829 eventos em 2013, segundo dados da International Congress and Convention Association (Icca). Os 315 eventos realizados no ano passado trouxeram ao país cerca de 126 mil visitantes estrangeiros, gerando um movimento de US$ 137 milhões. De acordo com ele, “em um mundo cada vez mais globalizado, esse tipo de reunião contribui não apenas para movimentar a economia, mas também para ampliar o intercâmbio de conhecimento, ajudando com isso a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Em 2012, por exemplo, os encontros da área de ciências médicas representaram 17%, seguido da área de tecnologia, com 14,5%”. Segundo Vicente Neto, as expectativas para os próximos anos em relação ao segmento são promissoras. “Além do trabalho desenvolvido pela Embratur nos últimos anos para captar esses eventos para cidades brasileiras, os grandes eventos internacionais (Rio 2012, Copa das Confedera-ções, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo 2014 e Olímpiada 2016) projetaram o Brasil no mundo e vão alavancar o mercado. Por outro lado, o aumento da renda do brasileiro, fruto da inclusão social de milhões de pessoas, fez crescer a demanda por eventos artísticos e culturais”.

da temática relativa ao combustível, que elas

alegam ser algo que difi culta a redução dos

preços. Mas o debate em si já provocou a

sensibilização de duas das maiores aéreas

do país. Não é a mão do estado, mas sim a

busca de um diálogo permanente.

M&E - O que muda no processo de comer-cialização e as campanhas da Embratur em função do sucesso da Copa?Vicente Neto - A imagem do Brasil foi modi-

fi cada após a realização do evento. Pesquisa

realizada pelo Ministério do Turismo revela

que 95% dos visitantes internacionais têm

intenção de retornar ao país e que 61% dos

turistas brasileiros visitaram as cidades pela

primeira vez. Além disso, a experiência tu-

rística superou ou atendeu plenamente as

expectativas de todos que estiveram no Brasil

durante o Mundial. Não restam dúvidas que a

Copa ajudou a consolidar o Brasil como grande

organizador de eventos internacionais. Posso

afi rmar que o sucesso na realização do evento

nos permitiu oferecer ao mundo e ao Brasil

uma experiência turística fantástica. Temos

uma diversidade de produtos que deve ser

valorizada. A gastronomia é uma excelente

maneira de mostrar a cultura de um povo. Além

da alegria e da receptividade do povo brasileiro,

elogiadas durante a Copa do Mundo, a nossa

cultura é o que mais agrada o estrangeiro e de-

vemos procurar explorar isso de forma positiva.

Page 13: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 13

>> O ciclo olímpico já começou para a Embra-

tur. Desde o fi nal de outubro o órgão deu início

a promoção do Brasil com o mote dos Jogos

Olímpicos Rio 2016, incluindo a logomarca

do evento nos estandes do país nas feiras

internacionais. De acordo com o diretor de

Produtos e Destinos da Embratur, Marco Lo-

manto, tanto as Olimpíadas como o segmento

MICE ganham mais importância nas ações

do órgão. Veja abaixo a entrevista completa:

MERCADO & EVENTOS - Quais são as es-tratégias da Embratur na promoção do destino Brasil em 2015?Marco Lomanto - Estamos em fase de plane-

jamento para o ano que vem e vamos delinear

com a Diretoria de Mercados e a Diretoria

de Marketing a nova estratégia para 2015 e

em quais mercados e feiras iremos atuar. O

presidente da Embratur vai dividir isso com

o Fornatur no fi nal de novembro.

M&E - As ações envolvem uma nova edição do Goal to Brasil e a promoção dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro?Marco Lomanto - Teremos o lançamento do

programa Goal to Brasil para 2015 e também

todas as nossas estratégias. O programa irá

incluir uma agenda MICE, com um dia dedi-

cado a este setor em algumas edições. A ideia

é que estejam presentes, não apenas os CVBx

e operadoras, mas também - aproveitando

o legado da Copa do Mundo - as arenas e

os seus concessionários. Isso também vai

valer para os centros de convenções e hotéis.

M&E - O que muda em relação ao modelo anterior? Como será a dinâmica do evento?Marco Lomanto - Será um evento de apoio

à comercialização, com rodadas de negócios

e workshops. Serão atingidos os nossos

mercados emissores prioritários e no caso

do MICE, os principais para este segmento,

como a Europa e Estados Unidos e alguns

países da América do Sul. Algumas edições

terão, também, ações voltadas ao público

fi nal, com uma exposição que também vai

foco nas Olimpíadas. Este é o projeto que

passamos a denominar “Brasil Olímpico

Sensacional”. Todas as nossas ações, a partir

de agora, terão foco nas Olimpíadas.

M&E - A promoção dos Jogos Olímpicos também vai acontecer nas feiras? Como isso será feito?Marco Lomanto - Sim. Teremos um es-

paço nas feiras destinado às Olimpíadas.

Estamos customizando isso para que os

nossos estandes tenham a marca do evento

plotada. Começamos agora na FIT Buenos

Aires, em outubro, depois em novembro

na WTM de Londres e seguimos em 2015.

Aproveitaremos a nossa agenda para divulgar,

também, as Olimpíadas, mas o foco não será

este. Teremos o calendário tradicional de

promoção do Brasil e vamos introduzir nele

os Jogos Olímpicos. Deveremos ter, ainda,

alguns outros eventos próprios, que vamos

discutir com o Comitê Organizador, Turisrio

e Riotur. Um exemplo é o Panamericano

do Canadá, que deveremos participar com

algum tipo de ação.

M&E - Além da promoção, que outras ações a Embratur realizará com foco nos Jogos Olímpicos?Marco Lomanto - Estamos fazendo, em Lon-

dres, um programa de benchmarking para o

setor de incentivo com foco em Olimpíadas.

É uma ação que tem parceria com o Minis-

tério do Turismo e o Sebrae Rio de Janeiro,

visando capacitar operadores, agentes e tam-

bém hotelaria e organizadoras de eventos.

M&E - O setor MICE tem ganhado cada vez mais importância na promoção do Brasil no exterior. Além da participação no Goal to Brasil, que outras ações serão deitas voltadas para este mercado?Marco Lomanto - Estamos acompanhando

a tendência do segmento MICE. Por isso

estamos participando das principais feiras

do setor e temos notado um interesse muito

grande pelo Brasil, até pela vitrine gerada

com a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. É

o momento de se posicionar também como

um destino de incentivos e de mostrar a

nossa capacidade para os grandes eventos.

Temos priorizado esta agenda com uma

série de ações, com campanhas focadas

neste segmento. Lançamos, por exemplo,

um novo site, totalmente atualizado, onde

o visitante pode, não apenas ter uma visão

do país, como também simular um evento

no país e em cada um dos seus destinos,

incluindo informações como capacidade e

conectividade aérea.

Embratur - Marco LomantoENTREVISTA

“Todas as nossas ações, a partir de agora, terão foco nas Olimpíadas”

“Estamos acompanhando a tendência do segmento MICE. Por isso estamos participando das principais feiras do setor e temos notado um interesse muito grande pelo Brasil, até pela vitrine gerada com a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos”

Page 14: Festival do Turismo 2014

14 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Nesta 27ª edição do Festuris mais de 400

expositores divulgam, numa área de 19 mil

metros quadrados, perto de 2.500 marcas,

produtos e serviços. Mas além dos nove salões

temáticos, incluindo o dos Parques, que estréia

nesta edição, a grande novidade é a Rodada

de Negócios do Buyers Club, com sua nova

modelagem de encontros agendados entre

buyers e suppliers. A empresária Marta Rossi,

idealizadora do evento, destaca que o foco

principal continua a ser os negócios.

MERCADO & EVENTOS - Como será a par-ticipação internacional nesta edição?Marta Rossi - Nos últimos anos investimos

na participação do mercado internacional,

de modo a estreitar laços com destinos e em-

presas de todos os continentes. Este ano foi

um período atípico por conta das eleições e

da Copa, com um mercado recessivo. Mesmo

assim vamos manter o volume de participan-

tes do ano passado. Em 2015, esperamos que

mais de 65 destinos estejam representados

no evento. A cada ano, buscamos trazer as

tendências do mercado turístico e agregar

serviços que promovam a agilidade nos

relacionamentos e negócios. Mesmo assim

estão confi rmadas caravanas dos Estados

Unidos, Itália e países da América do Sul.

M&E - Neste ano os participantes têm opor-tunidade de participar de uma rodada de negócios diferenciada. Como vai funcionar

o Buyers Club ?Marta Rossi - O foco da nova ferramenta que

denominamos como Clube de Compradores

é potencializar o fl uxo de negócios gerados

durante o evento, aproximando profi ssionais

do trade e expositores, que poderão fazer

um planejamento de reuniões dentro da

feira com antecedência. Somos pioneiros

neste sistema, e o mais importante é que

é um sistema opcional. Esta é mais uma

oportunidade de aumentar os negócios entre

buyers e suppliers em encontros previamente

agendados.. A ideia é criar o hábito do agen-

damento fomentando essa cultura, pois isso

facilita e agiliza as reuniões de negócios.

M&E - O que os agentes de viagens podem

esperar da edição deste ano em relação à programação e expositores?Marta Rossi - Essa edição será, sem sombra

de dúvidas, o melhor dos eventos já realiza-

dos até o momento. Trabalhamos não através

de terceiros, mas por nossa própria conta.

Sabemos que a expectativa de negócios é

sempre grande e estamos atentos a esse fato.

Será uma grande oportunidade para que o

agente possa debater temas importantes.

Aqui posso garantir que o agente e o expo-

sitor vão poder conhecer produtos, tratar de

negócios e participar de um grande evento.

Sempre buscamos estar atualizados com as

grandes tendências do mercado, trazendo,

inclusive, conceitos como a sustentabilidade,

acessibilidade, saúde, entre outros, além de

focar em nichos em expansão

M&E - E para 2015, o que está sendo pen-sado e planejado em relação à próxima edição do Festuris?Marta Rossi - Em alguns segmentos pre-

cisamos abrir mais espaços, como é o caso

do turismo de luxo e também o setor da

gastronomia, que cada vez mais é valorizado

na área de segmentação. Em relação aos te-

mas é preciso aguardar como o mercado irá

se posicionar frente às mudanças políticas.

Também temos que avaliar melhor a questão

da data da edição, já que este ano fi camos

muito próximos a outras feiras.

Festuris - Eduardo Zorzanello, Marta e Vinícius RossiENTREVISTA

Festuris conta com 2.500 marcase inova ao implantar o Buyers Club

Vanguardismo e inovação Tido como um evento de referência no mercado, o Festuris vem, a cada ano, aprimorando a sua qualidade e trazendo à luz discussões de temas importantes que impactam no desen-volvimento do setor. “O principal do Festuris é a inovação. Buscamos quebrar paradigmas e inovamos sempre com o objetivo criar oportunidades de otimizar os negócios aos participantes na feira. Temos o Buyers Club como principal ferramenta, potencializando seus negócios”, afi rma Marcus Vinícius Rossi, um dos organizadores. Ele lembra ainda que nesta edição o agente tem à disposição um aplicativo que proporciona ao expositor estar conectado com os acontecimentos da feira (Into Digital). Já Eduardo Zorzanello, por sua vez, ressalta o aspecto vanguardista do Festival. “O Festuris é considerado como um evento vanguardista e neste quesito trazemos vida ao debate com temas como o Salão de Parques Temáticos. “A cada edição procuramos oferecer aos agentes de viagens e demais representantes do trade novos produtos e serviços que têm se destacado no mercado pelo seu potencial. Isso faz com que sempre haja por parte dos participantes um interesse crescente já que é fundamental estar atualizado com as tendências do mercado”, ressalta.

Page 15: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 15

Page 16: Festival do Turismo 2014

16 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Responsável pela gestão de fomento dos

65 destinos indutores, a Associação Nacional

dos Secretários e Dirigentes de Turismo das

Capitais (Anseditur) decidiu pela mudança

de estatuto, de modo a ampliar o seu leque de

atuação junto aos principais municípios com

vocação turística. A medida deve ser adotada

já na próxima reunião da diretoria, durante

esta edição do Festuris. De acordo com a

presidente da entidade, Claudia Pessôa, é

preciso que os futuros governantes valori-

zem a diversidade cultural e gastronômica,

respeitando as características regionais, e

que o programa de aviação regional seja

implantado, gradativamente, como forma

de melhorar a acessibilidade às cidades com

vocação turística.

MERCADO & EVENTOS - Como você vê a importância do processo de municipalização no turismo como fator de desenvolvimento econômico e social, bem como o fomento do próprio turismo doméstico?Claudia Pessôa - Não restam dúvidas que o

turismo em nosso país começa pelas cidades

e municípios. O Ministério do Turismo preci-

sa ter um olhar mais atento para políticas de

fomento em destinos com vocação turística.

O próprio ministro Vinícius Lages reco-

nheceu que o turismo deve ser visto como

vetor de desenvolvimento de fronteiras. A

campanha #PartiuBrasil já é um primeiro

passo, mas é preciso fazer mais. Tanto na

questão dos investimentos em infraestrutura

como capacitação dos gestores públicos e do

setor privado. A própria Anseditur, atenta

às carências do mercado, vem propondo

uma mudança de estatuto no sentido de

incluir além dos 65 destinos indutores, ou-

tros municípios que não fazem parte desta

relação como forma de ampliar a ação das

políticas públicas de modo uniforme para

desenvolvimento desta atividade. Ter assim

um novo mapa do turismo brasileiro com

experiências ampliadas.

M&E - Você acredita que os megaeventos, como a Copa, trouxeram um novo olhar para essa atividade por parte dos governantes, de modo a entender o turismo como fator

de inclusão social e de desenvolvimento?Claudia Pessôa - Creio que sim. Eu diria

que é importante aos governantes terem

este novo olhar percebendo que por meio

do turismo se pode gerar emprego e ren-

da, promovendo deste modo a inclusão

social e também oportunidades para novos

investimentos com retorno garantido. A

experiência da Copa foi gratifi cante neste

sentido, mostrou que tendo um calendário

de eventos bem estruturado e serviços que

atendam ao consumidor, isso movimenta

a economia. Isso implica no envolvimento

de outros setores que passam da economia

criativa até o artesanato. Mas tudo isso

também envolve um planejamento ade-

quado. A Anseditur tem uma proposta que

estamos formatando de modo a obter dados

e informações que auxiliem neste planeja-

mento e isso passa pela elaboração de um

programa baseado num Observatório do

Turismo, onde se possa ter a categorização

da pesquisa turística brasileira. Com isso

poderemos ter uma unidade de indicadores

e ter um planejamento adequado.

M&E - Um dos grandes gargalos para o desenvolvimento do turismo doméstico tem sido a questão da acessibilidade. Acredita que com a implantação do programa de regionalização do turismo possamos ter um ganho maior no fomento ao turismo?Claudia Pessôa - Estou certa de que o progra-

ma de aviação regional é fundamental. Essa

é uma discussão que não é nova e representa

um pleito antigo. Num país de grandes dis-

tâncias continentais, como é o caso do Brasil,

não se pode restringir a política de aviação

comercial apenas a um segmento, como

acontece atualmente. Os voos regionais vão

facilitar as redes de negócios, como também

criará facilidades de deslocamentos tanto a

lazer como a negócios.

M&E - Acredita que já é hora de inserir nos programas de divulgação no exterior toda a diversidade cultural e gastronômica, como já vem acontecendo este ano?Claudia Pessôa - O MTur e a Embratur perce-

beram que essa diversidade é um patrimônio

que deve ser divulgado junto aos nossos

principais destinos emissores. É preciso

haver uma continuidade nesta promoção

diversifi cada, pois se trata de produtos que

têm seu apelo. São elementos que servem

de pilares na política promocional. Já essa

diversidade deve ser trabalhada de modo

que se tenha um padrão de qualidade capaz

de atender ao mercado internacional. Isso

passa por um processo de capacitação onde

devem ser incluídos todos os atores, desde o

Sebrae ao Senac, passando pelo Cefet e outros

órgãos e entidades, no sentido de valorizar

o produto regional e dar a ele um padrão

de qualidade que possa ser um atrativo aos

turistas que nos visitam. É preciso que se

criem fatores motivacionais aos profi ssio-

nais, pois o conhecimento é a grande arma

da nossa atividade.

M&E - Como os futuros governantes que foram eleitos no último mês devem entender o turismo? Claudia Pessôa - Acredito que as secre-

tarias de Turismo e o próprio ministério

devem ter sempre uma equipe capacitada

na elaboração das políticas. Infelizmente,

em muitos governos, não têm sido assim

e os interesses políticos acabam sendo co-

locados como prioridade. O turismo tem

que ser uma atividade com um programa

suprapartidário. O próprio ministério tem

procurado estabelecer uma interface com o

mercado de modo a ouvir suas demandas.

Anseditur - Claudia PessôaENTREVISTA

Anseditur: o Turismo no Brasil deve começar pelos municípios

Page 17: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 17

Page 18: Festival do Turismo 2014

18 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Independente dos rumos políticos do

país, o Fornatur tem estimulado o diálogo

com o Ministério do Turismo com o obje-

tivo de buscar alternativas que viabilizem

recursos direcionados para infraestrutura

e promoção dos estados. O tema chegou a

ser discutido durante a última Abav. Uma

das medidas que deve ser discutida durante

o Festuris é a mudança de estatuto do pró-

prio Fornatur, defendida por Oreni Braga,

presidente do Fórum, como forma de dar ao

Fornatur maior representatividade, agilidade

e recursos. Confi ra aqui sua entrevista onde

destaca também a necessidade da redução

do chamado Custo Brasil.

MERCADO & EVENTOS - Durante a última reunião do Fornatur foram discutidos te-mas como a mudança de estatuto e uma maior parceria com o MTur. Como está esse processo?Oreni Braga - De fato essa mudança de

estatuto do Fornatur pretende tornar nosso

Fórum mais eficiente nas decisões. Isso

também vai permitir que possamos buscar

novos recursos a fi m de atender as reivin-

dicações dos estados. Quanto à parceria

com o Ministério do Turismo, creio que

é fundamental esse trabalho conjunto, de

modo que os estados possam receber in-

vestimentos em infraestrutura, bem como

tenham possibilidade de ampliar suas ações

promocionais tanto no mercado doméstico

como internacional.

M&E - Uma das queixas dos estados diz respeito ao Custo Brasil. Como vê essa questão?Oreni Braga - Para fomento ao turismo do-

méstico é importante buscar alternativas que

venham estimular o brasileiro a viajar. Com

o alto preço das tarifas aéreas e hospedagem,

bem como os problemas decorrentes da má

distribuição da malha aérea e a falta de mais

produtos acessíveis ao brasileiro, isso fi ca

complicado. É importante que haja uma

política de desoneração das taxas públicas e

dos custos, que são altíssimos. É preciso que

a Infraero reveja a taxa de embarque, que é

a maior do mundo. É necessário que venha

a ser trabalhada também a desoneração do

querosene, do combustível da aviação, ou

seja, uma série de tributos que oneram agên-

cias de viagens, hotelaria e outros setores.

Para que realmente essa cadeia possa criar

musculatura, ter braços e fazer com que os

preços possam ser atrativos e, aí sim, tornar

o país mais competitivo. Não basta atrair o

turista. Os deslocamentos aéreos domésti-

cos têm um preço nas alturas. Precisamos

também criar mecanismos de sedução para

que os turistas brasileiros conheçam o país

e gastem mais aqui, encontrando um preço

acessível a seu bolso.

M&E - Com os novos governantes eleitos, qual o olhar que os novos secretários es-taduais devem ter sobre o turismo?Oreni Braga - Obviamente a gente sabe

que a maioria dos secretários de Turismo

do Brasil ocupa os cargos por indicação

política, assim como os ministros, assim

como qualquer outro cargo que demande

responsabilidade. Existem estados que, em

apenas um ano, registraram três, quatro

cinco secretários. Isso é péssimo para o

turismo brasileiro, porque não permite uma

política de continuidade. O ideal era que

houvesse uma relação de técnicos compe-

tentes, compromissados, éticos, para estar à

frente das secretarias de Turismo para que

tivessem um trabalho a médio e longo prazo.

Não se constitui e não se defi ne um destino

turístico em quatro anos, é preciso que seja,

no mínimo, uma década, para começarmos

a colher os frutos. Sem dúvida nenhuma,

o nosso olhar é de muita preocupação,

porque se não houver continuidade no

trabalho daqueles secretários nos estados

onde a coisa está dando certo, daremos um

passo para trás, aí, sem dúvida, o turismo

será extremamente prejudicado.

M&E - Como fazer para que o Brasil venha traduzir em divisas e volume de turistas o grande potencial que o país tem?Oreni Braga - Temos dois problemas para

resolver. O primeiro é a questão da exigên-

cia do visto para o mercado americano.

Um estudo que fi zemos há uma década e

apresentamos ao Ministério do Turismo

(na época o ministro era o Walfrido dos

Mares Guia) mostra que 119 países pobres

e miseráveis exigem visto para os Estados

Unidos, dentre eles está o Brasil, que é um

país emergente. Já 89 países ricos e pode-

rosos e que estão na linha da riqueza não

existem visto para os EUA, que é o maior

emissor de turistas do mundo. Então porque

vou querer reciprocidade com um país que

hoje conversa com 89 países no mundo? O

segundo desafi o é a questão do custo Brasil.

M&E - Como os agentes de viagens devem se posicionar diante do aumento da con-corrência e das novas tecnologias? Oreni Braga - Fontes jornalísticas e de pu-

blicidade, revelam que ainda se busca as

agências de viagens não só para consultas

mas também para comprar de pacotes tu-

rísticos. Obviamente que a tecnologia, em

especial a questão da compra direta nos

sites reduziu o ganho do mercado, mas 75%

dos turistas ainda procuram orientação do

seu agente de viagens e 50% fecha a viagem

com a agência, ou seja, existe ainda um po-

tencial muito grande para que as agências

de viagens possam se verticalizar, possam

se adaptar a esse mercado tecnológico. De

modo a garantir sempre maior segurança

ao turista. Lembro também que ela pode

oferecer outros ingredientes dessa viagem

que no site ou na venda direta esse turista

não vai poder ser contemplado.

Fornatur - Oreni BragaENTREVISTA

Fornatur busca parceria com MTur para fomentar recursos a estados

Page 19: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 19

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20 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Além do roteiro realizado entre as cidades

de Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, na Ser-

ra Gaúcha, o Turismo Ferroviário ganha em

2015 uma nova rota no estado do Rio Grande

do Sul, desta vez operada pela Serra Verde

Express. É o programa do Vale do Taquari,

interligando Estrela a Guaporé, num trecho

de cerca de 55 quilômetros que corta distritos

e municípios da região. O projeto faz parte

também do programa “Trem é Turismo”,

lançado este ano, como resultado de uma

parceria entre a Associação Brasileira dos

Operadores de Trens Turísticos e Culturais

(Abotcc) com o Sebrae. O presidente da

Abottc, Adonai Arruda Filho, destaca os

benefícios desta parceria e vai mais além,

ao planejar novas parcerias com o objetivo

de fortalecer a associação.

MERCADO & EVENTOS - Recentemente vocês anunciaram uma parceria com o Sebrae. Qual a importância do programa “Trem é turismo” para o setor?Adonai Arruda Filho - Temos dito que essa

parceria veio num bom momento porque o

setor vem respondendo de modo positivo,

com um crescimento de 15% a 18%, mas a

gente percebe que esse segmento tem um

potencial ainda inexplorado e, certamente,

os programas de capacitação e de gestão

vão ajudar muito. O programa contempla

também novos projetos que ainda não estão

em operação e que, com o apoio do Sebrae,

tornarão mais fácil a implantação dos mes-

mos. O projeto conta com um orçamento

de mais de R$ 2,2 milhões, repartido entre

o Sebrae; Abottc e seus 19 associados. No

total, o Trem é Turismo englobará 24 linhas

espalhadas por 11 estados, do Rio Grande

do Norte ao Rio Grande do Sul. Entre os

mais conhecidos estão o Trem do Corco-

vado (RJ); o Trem do Vinho (RS); o Trem

do Pantanal (MS); o Trem do Forró (PE);

Viação Férrea Campos do Jordão; Trem da

Vale Ouro Preto Mariana (MG) e o Trem

da Serra do Mar (PR).

M&E - Entre estes projetos o roteiro ferro-viário que estava sendo idealizado para o Vale do Taquari será um dos contemplados?

Adonai Arruda Filho - Sim, faz parte do

projeto e a ideia é reativar a linha de pas-

sageiros, atualmente utilizada apenas para

cargas, que deixou de operar em 1982. O

trajeto acontece entre as cidades de Estrela

e Guaporé, num trecho de pouco mais de

50 quilômetros num trajeto que deve levar

cerca de três horas. O investimento deve girar

entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão. O modelo

de vagão será Litorina Standard, que conta

com ar-condicionado, janelas panorâmicas,

motor Diesel e condutor próprio (indepen-

dente de locomotiva tracionadora) levando

cerca de 55 passageiros a cada viagem. Isso

vai dinamizar o turismo local.

M&E - Acredita que o turismo ferroviário poderia ser também um meio de transporte capaz de ajudar no fortalecimento do tu-rismo doméstico?Adonai Arruda Filho - Certamente que

sim. No momento em que o MTur diz que

pretende fortalecer o turismo doméstico, os

trens não podem ser esquecidos como meio

de transporte e atração turística. Apesar do

brasileiro ainda não ter a mesma cultura do

europeu no uso de trens, até mesmo por

falta de alternativas, o Turismo Ferroviário

regional deve ser incentivado e a própria

Associação vem trabalhando para buscar

novas parcerias. Existe um interesse crescente

dos brasileiros pelos passeios de trem e até

no exterior. Lembro que para a Serra Verde

Express o volume de turistas estrangeiros já

supera os 15%. Devemos fechar o ano com

10% a mais, transportando cerca de 230 mil

passageiros, que é um número signifi cativo.

M&E - Quais as ações previstas pela Abotcc para fortalecimento da Associação e do próprio Turismo Ferroviário?Adonai Arruda Filho - Estamos procurando

explorar mais comercialmente uma linha de

produtos que possa ter relação com o Turis-

mo Ferroviário. Neste sentido, estamos em

negociações com empresas para produção

de uma linha de produtos a serem comercia-

lizados junto aos passageiros que vão desde

DVDs, passando por artigos de lembrança

e presentes e que de alguma forma estejam

relacionados com os destinos onde os trens

passam e também com o próprio programa

em si, sempre relacionados aos trens. Tam-

bém estamos revendo o estatuto a fi m de

criar maiores facilidades que permitam o

ingresso de novos associados. Atualmente

temos um número ainda tímido que só chega

a 19 e a nossa meta é trazer novas empresas

do setor para nossa associação.

M&E - Como fazer com que os agentes possam incluir os trens nos pacotes de viagem?Adonai Arruda Filho - Um dos objetivos da

nossa parceria com o Sebrae é a capacitação

do agente de viagem e outros profi ssionais,

de modo a fazer com que eles possam vir

a conhecer melhor o nosso produto. Por

outro lado, estamos, no caso da Serra Verde

Express, já com o nosso portal em testes para

implementá-lo ao longo do próximo ano,

de modo a facilitar o acesso à informações

e à comercialização dos nossos produtos. O

Turismo Ferroviário pode e deve ser também

mais um produto a ser oferecido aos clientes

das agências e operadoras. Agora mesmo

estamos incluindo nos passeios de trem em

Paranaguá, bloqueios para hospedagem na

Ilha do Mel. Existe até mesmo a possibilidade

de se incluir passeios como opcionais e isso

passa até pelos passageiros de cruzeiros, setor

que a operadora BWT começou a trabalhar

recentemente. Enfi m, é todo um trabalho de

médio e longo prazo.

Abottc - Adonai Arruda FilhoENTREVISTA

Turismo Ferroviário no Sul ganharáuma nova rota a partir de 2015

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 21

Page 22: Festival do Turismo 2014

22 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> No ano passado, a Tap transportou

1.541.723 passageiros nas linhas do Brasil,

com uma taxa média de ocupação dos aviões

(load-factor) elevada, da ordem dos 84,2%.

Agora, a companhia portuguesa espera au-

mentar em até 5% esse número, de acordo

com o diretor no Brasil, Mario Carvalho.

Para ele, diante de um ano atípico no país,

marcado pela Copa do Mundo de 2014 e

pelas Eleições, que geraram incertezas no

mercado como um todo, o resultado estimado

pode ser considerado bom. Além de Manaus

e Belém, este ano a companhia reforçou o

número de voos para alguns destinos no

Brasil, como a rota entre Lisboa e Rio, com

mais 1 frequência, chegando a 14 voos por

semana. Salvador passou a ser diário; en-

quanto Natal e Porto Alegre ganharam mais

uma frequência cada, passando, respectiva-

mente, para quatro e cinco voos semanais.

MERCADO & EVENTOS - Neste ano de 2014, a Tap ampliou sua operação no Brasil com novas frequências em rotas já consolidadas. A rota que liga Porto Alegre a Lisboa, por exemplo, ganhou mais um voo. Esse é o caminho para que ele possa se tornar diário?Mario Carvalho - A nossa intenção é essa,

mas ainda não temos como afi rmar isso. Tudo

sempre vai depender da demanda existente.

No ano de 2013 foram transportados na

rota LIS-POA, 85.581 passageiros. A taxa de

ocupação da rota em 2013 foi de 87%. Já entre

janeiro e setembro de 2014 já foram transpor-

tados 87.538 passageiros, mais 18,54% do que

em igual período de 2013. A taxa de ocupação

taxa de ocupação da rota manteve-se em 87%.

M&E - Em junho a Tap começou a operar nas cidades de Manaus e Belém. Passados cinco meses, qual a avaliação que a companhia faz? Foi uma aposta certeira?Mario Carvalho - Sim. Esta nova operação

está indo bem, está dentro das nossas expec-

tativas. Por enquanto vamos manter esse mes-

mo número de voos e continuar avaliando.

M&E - Como o senhor avalia a infraestrutura aeroportuária do país atualmente e como vê os investimentos e privatizações que vem sendo feitos? Mario Carvalho - Vejo com bons olhos as

melhorias e investimentos que vem sendo

feitos na estrutura da aviação nacional. Mas

ainda sim estamos aguardando um pouco

mais para avaliar o real impacto disso tudo.

A infraestrutura atual está bem melhor em

relação ao passado, mas falta, por exemplo,

maior atenção a determinados aeroportos

importantíssimos para o país. Estamos acom-

panhando de perto tudo que vem sendo feito

porque os passageiros têm muito a ganhar

com isso, assim como as companhias.

M&E - A Tap já opera em Viracopos há alguns anos. No entanto, recentemente, temos visto a grande procura de outras companhias para operar voos neste ae-roporto. Como vê esse recente interesse e o que mudou desde que a Tap começou

a operar lá?Mario Carvalho - Esse interesse é consequên-

cia natural de ter infraestrutura adequada.

Havendo demanda, obviamente, que as com-

panhias se animam para lançar novas rotas.

Estamos lá há três anos e a coisa tem andando

bem. Numa avaliação geral, posso dizer que

perdemos um pouco, que os resultados pode-

riam ter sido melhores, caso houvesse melhor

infraestrtutura desde o começo. O fato é que

pagamos o preço por sermos pioneiros lá.

M&E - A Tap foi a primeira companhia internacional a se associar a Abear. Qual a motivação dessa decisão?Mario Carvalho - Nós somos um grande

player do Brasil e acreditamos ser importante

estarmos juntos com mercado nacional.

Essa é uma forma de todos contribuírem

para debater os entraves e tentar garantir

uma melhoria nas condições existentes

atualmente na aviação do Brasil.

M&E - Algum sinal de que o processo de privatização da Tap seja reaberto pelo Governo português em breve?Mario Carvalho - Tudo está nas mãos do

Governo português. Há a intenção de pri-

vatizar no momento oportuno, no momento

correto. Mas o único acionista da empresa,

que é o próprio Governo português, é que

vai decidir isso.

M&E - Como resume a atuação da Tap no Brasil em 2014? Mario Carvalho - A Tap transportou

1.541.723 passageiros nas linhas do Brasil

em 2013, com uma taxa média de ocupação

dos aviões (load-factor) elevada, da ordem

dos 84,2%. Nossa previsão é ter aumento

na ordem de 4% ou 5% neste ano. Dentro

da situação do país em 2014 acho este um

bom resultado.

Tap- Mario CarvalhoENTREVISTA

Voos que ligam Porto Alegre a Lisboa registram ocupação média de 87%

“Vejo com bons olhos as melhorias e investimentos que vem sendo feitos na estrutura da aviação nacional. Mas ainda sim estamos aguardando um pouco mais para avaliar o real impacto disso tudo”

Page 23: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 23

Page 24: Festival do Turismo 2014

24 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

País vem registrando, desde 2011, mais de um milhão de voos por ano, o que representa aumento de 81% em relação há dez anosA aviação brasileira registrou em 2013 um

recorde histórico, com 109,2 milhões de

passageiros. Desse total, 90 milhões foram

em voos domésticos e 21 milhões em voos

internacionais. No ano passado, a demanda

por voos domésticos cresceu 13% em rela-

ção a 2012. Quanto à demanda por voos

internacionais, o crescimento foi 8,4%. Os

dados fazem parte do Anuário do Transporte

Aéreo de 2013 divulgados pelo diretor-pre-

sidente da Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac), Marcelo Guaranys. Segundo

avaliação da Anac, em 2013 a aviação se

tornou o principal meio de transporte dos

brasileiros em viagens interestaduais, com

distância superior a 75 quilômetros. A taxa

de passageiros domésticos por 100 habitantes

no período foi a maior dos últimos dez anos,

com crescimento de 1,56% na última década.

Companhias brasileiras aumentaram participação no mercado internacional em 2013Em 2013, o mercado internacional atingiu o

maior nível de oferta dos últimos 10 anos, che-

gando a 140 mil voos realizados. As empresas

brasileiras foram responsáveis por 29,9% dos

voos internacionais, ante uma participação de

29,5% em 2012. Isto se deve a um aumento de

2,61% na quantidade de voos ofertados pelas

nacionais ante a um aumento de apenas 0,9%

do número de voos ofertados pelas estrangeiras.

O continente com o maior número de voos com

origem ou destino no Brasil foi a América do

Sul, seguido de América do Norte e Europa.

Considerando os países individualmente, o

maior volume de voos se concentrou entre Brasil

e Estados Unidos com 28,5 mil voos, sendo a

Argentina o segundo destino, registrando 26,8

mil voos. Europa, América do Sul e América do

Norte foram os continentes que registraram a

maior quantidade de passageiros pagos trans-

portados em voos internacionais com origem

ou destino no Brasil em 2013, com 5,76 milhões,

5,67 milhões e 5,40 milhões, respectivamente.

Estados Unidos (4,95 milhões), Argentina

(2,82 milhões) e Portugal (1,57 milhões) fo-

ram os países com a maior movimentação

de passageiros de ou para o Brasil em 2013.

Números do setorAVIAÇÃO

Brasil registra 109,2 milhões de passageiros na aviaçãoEvolução da quantidade de voos realizados -

mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Variação da quantidade de voos com relação ao ano anterior – mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Oferta de transporte aéreoVariação da quantidade de voos com relação ao mesmo mês

do ano anterior – mercados doméstico e internacional (2013)

Page 25: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 25

Números do setorAVIAÇÃO

Frota Ao fi nal de 2013, a frota das empresas brasileiras atingiu 563 aviões, um acrés-cimo de 8,7% em relação ao número apresentado em dezembro de 2012. Aeronaves com capacidade entre 101 e 150 assentos de passageiros repre-sentaram 31%, enquanto aquelas com capacidade de 151 a 200 assentos representaram 40%. A Airbus foi a líder em quantidade de aeronaves operadas por empresas brasileiras no país em 2013, com 37,3% do total, seguida da Boeing, com 32,5%. A Embraer foi a terceira fabricante com mais aeronaves em operação no Brasil em 2013, com 14,6% de participação.

Aeroportos de São Paulo Os 20 maiores aeroportos brasileiros abrigaram 79,61% das decolagens de voos domésticos do país em 2013. Destes aeroportos, oito encontram-se na Região Sudeste, quatro na Região Nordeste, três na Região Centro-Oeste, três na Região Sul e dois na Região Norte. Os dois aeroportos com maior número de decolagens foram os de Gua-rulhos e Congonhas, respectivamente, que juntos representaram 18,55% das decolagens em etapas domésticas de voos. Os aeroportos de São Paulo movi-mentaram cerca de 254 mil voos, mais do que o dobro dos registrados pelos aeroportos do Rio de Janeiro, estado que foi o segundo colocado do ranking de aeroportos com aproximadamente 106 mil voos movimentados.

Voos domésticos Um total de 147 aeroportos recebeu voos domésticos regulares e não-regulares em 2013. O estado com o maior número de aeródromos públicos utilizados foi o Amazonas, com 19, seguido por Minas Gerais (15), Pará (12) e São Paulo (11). A Região Norte movimentou cerca de 80.6 mil voos em 2013 e registrou o embarque de aproximadamente 5,6 milhões de pas-sageiros que pagaram por seus bilhetes. No transporte de cargas domésticas, a rota Manaus – Guarulhos (SP) foi a mais utilizada dentro do país, atingindo 43,7 mil toneladas transportadas.

Região Nordeste Os aeroportos do estado da Bahia fo-ram os que mais movimentaram voos domésticos na Região Nordeste do país em 2013. Foram cerca de 55,6 mil voos domésticos (entre decolagens e pousos) registrados contra 34,9 mil voos domésticos do segundo estado colocado, Pernambuco (PE). Em toda a Região Nordeste foram registrados cerca de 166 mil voos domésticos.

Participação das cinco maiores empresas no número de voos – mercado doméstico (2013)

Variação do ASK com relação ao ano anterior – mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Assentos - Quilômetros Ofertados (ASK)Evolução do ASK – mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Gol

TAM

Azul

Trip

Avianca

Outras

Page 26: Festival do Turismo 2014

26 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Números do setorHOTELARIA

Investimento e renovação modifi cam hotelaria brasileira>> Em 2013 o desempenho do

setor hoteleiro no Brasil já dava

sinais de sucesso. Em relação ao

ano anterior – 2012 - o RevPar

(receita média diária por quarto

disponível) tinha uma projeção de

crescimento entre 5% e 7%. Isso

tudo um ano antes da realização

da Copa do Mundo no país, que

impulsionou ainda mais o avanço

de performance e infraestrutura

no setor. O parque hoteleiro do

Brasil veio crescendo e se reno-

vando desde que foi anunciado

como sede do Mundial de 2014

e dos Jogos Olímpicos de 2016.

De acordo com dados do Fó-

rum de Operadores Hoteleiros do

Brasil (Fohb), os investimentos

entre 2009 e 2016 ultrapassam os

R$ 12 bilhões, o que representará

um crescimento de 21% em oito

anos na capacidade. O número

de empreendimentos terá um

avanço de 6% ao fi nal deste pe-

ríodo. Já após a realização deste primeiro

evento, a entidade mostra que a Copa do

Mundo impulsionou o segmento. A média

de ocupação dos hotéis das redes associadas

O aumento da demanda de hospedagem por visitantes estrangeiros foi um dos fatores que contribuíram para a expansão do faturamento dos hotéis brasileiros no segundo trimestre do ano, de acordo com o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, produzido pela Fundação Getúlio Vargas. O fl uxo deste público no período, que inclui os primeiros 18 dias de realização da Copa do Mundo, superou as expectativas dos empresários do setor. Mesmo com o aumento da ocupação dos leitos por estrangeiros, o turista nacional foi responsável por 80% da demanda por hospedagem no país no período de abril a junho. Na comparação com trimestre anterior (jan/mar) houve estabilidade na procura de hotéis por brasileiros, após três trimestres sucessivos de crescimento. Os empresários aponta-

ram também como fatores favoráveis ao aquecimento dos negócios o aumento de preços da hotelaria, os investimentos realizados pelas empresas e a maior divul-gação dos atrativos e roteiros turísticos. Para o terceiro trimestre, constatou-se otimismo em relação à evolução do faturamento para 47% e estabilidade para 23%. Desta vez, a projeção é de aumento da demanda de hospedagem pelo turista brasileiro. O boletim se baseia em informações fornecidas por gestores de 678 empresas, com faturamento de R$ 8,2 bilhões no trimestre e quadro de 72.367 funcionários. Os segmentos pesquisados são: parques e atrações turísticas; transporte aéreo; turismo re-ceptivo; meios de hospedagem; agências de viagens; organizadoras de eventos e operadoras de turismo.

Hotéis faturam mais com ajuda de turistas estrangeiros

à entidade foi de 61% durante todo o evento,

com mais de 980 mil diárias comercializadas.

Se forem considerados apenas as véspe-

ras e dias de jogos, a ocupação foi de 77%

nas cidades onde ocorreram as partidas.

Embora não tenha registrado a maior

taxa de ocupação entre as cidades-se-

de, São Paulo foi a que mais comerciali-

zou diárias no período. Foram, ao todo,

353.350, contra 181.596 do Rio de Janeiro.

O parque hoteleiro carioca, no entanto, foi

melhor aproveitado, com uma ocupação

média de 87%, seguida de Fortaleza, com

72%; Brasília com 68% e Recife com 68%.

A Copa é considerada como um grande

evento corporativo, com grupos de empresas

do mundo todo. Como exemplo, Match Co-

nections, do Grupo Águia e operadora bra-

sileira ofi cial do programa de hospitality da

FIFA, atendeu no país cerca de 2 mil grupos,

de aproximadamente 1,2 mil corporações,

o que demonstra a capacidade da infraes-

trutura do país para o segmento MICE.

Além das redes hoteleiras, setor MICE tam-

bém avança dentro dos resorts brasileiros.

Muitos deles chegam a registrar 70% do seu

faturamento neste segmento. As infraestruturas

e facilidades logísticas são os aspectos que mais

atraem os eventos para esses empreendimentos.

Segundo a Resorts Brasil, que representa 47 dos

maiores resorts do país, em média, os eventos já

representam 40% do faturamento dos resorts.

Page 27: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 27

Page 28: Festival do Turismo 2014

28 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS Números do setor

Cresce o Turismo de Negócios no Brasil>> Os turistas de Negócios e Eventos gastam

em média US$ 304 por dia no Brasil, segundo

a “Pesquisa de Impacto Econômico dos Eventos

Internacionais Realizados no Brasil”, feita pela

FGV (Fundação Getúlio Vargas) para a Embratur

(Instituto Brasileiro do Turismo). Esse valor é

quatro vezes maior que as despesas dos visitantes

internacionais que visitam o país em viagens de

Lazer, que tem um gasto diário de US$ 73,77.

A pesquisa foi feita em 16 eventos internacio-

nais realizados nas cinco regiões do país, entre

os meses de março e agosto deste ano, e ouviu

1.659 participantes. O estudo mostra que as ci-

dades mais visitadas por turistas estrangeiros de

Negócios e Eventos são: Rio de Janeiro (33,2%),

São Paulo (16,7%), Foz do Iguaçu (6%), Ma-

naus (6%), Belém (4,5%), Salvador (4,4%).

Primeira vez que visita o Brasil? Se não foi a primeira vez ao Brasil, qual razão da viagem anterior?

O fato do evento ter sido realizado no Brasil infl uenciou a sua vinda?

Primeira vez na cidade de realização do evento?

Para 64,6% dos entrevistados infl uenciou positivamente

59,8% viajaram anteriormente para o Brasil por motivos de negócios e/ ou eventos

Pergunta respondida apenas por aqueles que já visitaram o país anteriormente

SIM

NÃO

SIM

NÃO

SIM

NÃO

Eventos

Lazer

Negócios

Outros

28 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Pesquisa de Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados no Brasil feita pela FGV para a Embratur

Perguntados sobre a cidade sede do evento,

74% dos entrevistados disseram que a imagem

é positiva. Entre os que planejam fi car na cidade

do evento, a permanência média é de 3 dias.

A organização da viagem também foi tema

do estudo, que mostrou que para 64,6% dos

entrevistados, o fato do evento ter sido realizado

no Brasil infl uenciou positivamente a decisão

de participar. A maior parte dos entrevistados

(52%) tem a viagem organizada por eles mes-

mos. Ao todo, 45% dos participantes buscaram

a organização do evento no Brasil para colher

informações sobre serviços e produtos turís-

ticos, enquanto 20% procuraram a internet.

Os resultados mostram a importância que

o segmento tem para o turismo e como ele

deve ser priorizado nas políticas de promoção

turística do Brasil no mercado internacional.

Os grandes eventos esportivos realizados

confi rmam de vez a vocação do País como um

grande realizador de eventos estrangeiros.

Em dez anos, os congressos e conven-

ções de negócios realizados no Brasil re-

gistraram um aumento de 408%. Conforme

os dados divulgados em maio pela ICCA

(Internacional Congress and Convention

Association), entre 2003 e 2013, o total de

eventos passou de 62 para 315. No mesmo

período, o número de cidades que sediaram

esse tipo de evento subiu 145%, passando

de 22 para 54. O ranking divulgado mostra

que o Brasil permaneceu entre os dez países

que mais recebem congressos e convenções

associativas, liderado pelos Estados Unidos.

Page 29: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 29

Page 30: Festival do Turismo 2014

30 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 201430 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS Números do setor

Perfi l dos turistas

20,5% América do Norte; 15,7% América do Sul; 19,4% América Latina; 58% homens; 42% mulheres; 57,4% casados; 36,2% solteiros; 25 e 44 anos correspondem a 55%; 97,3% têm nível superior; 39 % têm renda acima de US$ 4.000; Gastos de Viagem: US$ 304,57, 316% a mais que a média de gastos de umturista a lazer (US$ 73,77); US$ 2.122,86 - Gasto médiono total da viagem, por pessoa,considerando a permanênciamédia de 7 pernoites no Brasil; Valor estimado de gastorealizado por esse total devisitantes internacionais nos 16 eventos, com 3.913participantes: US$ 8.306.751,18

A imagem em relação à cidade sede do evento após esta viagem?

Qual foi o tipo de meio de hospedagem utilizado?

Qual sua percepção sobre o custo do meio de hospedagem?

Pretende retornar ao país dentro de quanto tempo?

Para 73,9% dos entrevistados a imagem é positiva

38,2% pretendem retornar em até 2 anos

Cidadesmais visitadas

Avaliação

Receptividade dosatendentes locais

Infraestruturada cidade

Sinalizaçãoda cidade

Muito boa Boa Regular Ruim Muito Ruim

Page 31: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 31

>> Organização líder em estudos de mercado

do Turismo LGBT em termos mundiais, a Out

Now Global anunciou que o segmento atingirá

em 2014 uma despesa superior aos US$ 200

bilhões pela primeira vez. Neste ano, o Brasil

e os Estados Unidos serão os dois países mais

procurados por turistas LGBT internacionais,

de acordo com a pesquisa, com previsão de

que quase metade do lucro com o Turismo

LGBT mundial será faturado pelos dois países.

Os Estados Unidos respondem por US$

56,5 bilhões desses gastos, de acordo com

os números, seguidos pelo Brasil, com US$

25,3 bilhões. Já os europeus devem gastar

US$ 66,1 bilhões em dólares em turismo.

Cerca de 26% dos visitantes de São Paulo

(SP), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC),

Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Manaus

(AM) são turistas LGBTs. O Brasil tem mais

de seis mil hotéis e albergues registrados

em agências de viagens voltados ao público

Números do setorTURISMO LGBT

Turismo LGBT cresce mais do que o dobro da média do setorLGBT e, principalmente, especializados em

sites orientados ao público gay, que são a prin-

cipal fonte de informações para os viajantes.

O fato é que o Brasil é o destino LGBT mais

importante da América Latina, recebendo,

principalmente, cidadãos norte-americanos,

britânicos, alemães, franceses e holandeses.

De acordo com o aplicativo gay Grindr, a

cidade do Rio de Janeiro tem a melhor praia

gay do mundo e a cidade de São Paulo tem a

melhor Parada Gay do mundo. A cada ano,

a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

tem a participação de cerca de 3,5 milhões

de pessoas, atraindo 400 mil turistas LGBTs,

movimentando cerca de US$ 70 milhões.

Na “Cidade Maravilhosa”, o turista LGBT

gerou impacto econômico direto de R$ 461

milhões durante o Carnaval 2014, respondendo

por 30,75% da receita da folia no Rio de Janeiro,

apesar de serem apenas 15% do público que

visitou a cidade no período, de acordo com

pesquisa da Riotur. O levantamento foi feito

pela primeira vez neste ano, e contou com a

colaboração da Coordenadoria Especial da Di-

versidade Sexual do município, e do Observa-

tório de Turismo da Universidade Federal Flu-

minense. Enquanto o turista médio gastou R$

198 por dia na cidade, os turistas homossexuais

e bissexuais brasileiros deixaram R$ 302,10,

e os estrangeiros R$ 548,82, ou seja, 270% a

mais que a média do público geral. Além de

consumirem mais, os LGBTs também fi caram

mais dias: enquanto o turista teve permanência

média de sete dias, os gays brasileiros fi caram

9,4 dias e os LGBT estrangeiros 12,4 dias.

Além do Brasil De acordo com uma pesquisa da Out Now

Consulting, realizada em 2010, os turistas

LGBT da Argentina gastaram um total de

US$ 4 bilhões em viagens de lazer. No Mé-

xico,o valor foi de US$ 8 bilhões.

Page 32: Festival do Turismo 2014

32 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

ABEOC Números do Setor

Eventos movimentam mais de R$ 200 bilhões ao ano no país>> Os números impressionam. O setor de

eventos cresceu, nos últimos 12 anos, apro-

ximadamente 14% ao ano, aumentando a

sua participação no PIB do país de 3,1%, em

2001, para 4,32%, em 2013. Somente no último

ano a movimentação econômica chegou a

R$ 209,2 bilhões. Os dados fazem parte do II

Dimensionamento Econômico da Indústria

de Eventos no Brasil. A pesquisa foi realizada

pelo Observatório do Turismo da Faculdade de

Turismo e Hotelaria da Universidade Federal

Fluminense, com apoio da Confederação

Nacional do Comércio de Bens, Serviços e

Turismo (CNC), da Federação Brasileira de

Hospedagem e Alimentação (FBHA) e Fo-

rEventos (Fórum do Setor de Eventos). A

iniciativa é da Associação Brasileira de Empre-

sas de Eventos e do Sebrae Nacional, através

do Programa de Qualidade ABEOC Brasil.

“Este estudo coloca à disposição do mercado

de turismo e eventos informações fundamen-

tais para o planejamento dos negócios”, analisa

a presidente da ABEOC Brasil, Anita Pires.

“Graças a visão da ABEOC Brasil, Sebrae,

CNC, FBHA e ForEventos podemos oferecer

ao país o cenário preciso de um dos setores que

mais cresce na economia nacional”, acrescenta.

Em entrevista ao M&E, ela afirmou que

ter um olhar inteligente para estes eventos e o

impacto que eles causam no país é fundamental

para perceber as oportunidades, potencializar

os negócios e ter uma ação de planejamento

de políticas de mercado e de políticas públicas

de promoção do Brasil. “É muito importante,

também, criar estratégias para desenvolvermos

um ambiente profi ssional, de bem receber, com

serviços de qualidade para que a gente possa

transformar estas oportunidades em negócios e

geração de emprego e renda. A ABEOC já tem

um plano em desenvolvimento, que é buscar

a qualifi cação e profi ssionalização do merca-

do através do Programa de Qualifi cação em

Gestão e Certifi cação de Empresas de Eventos,

além deste Dimensionamento Econômico

do setor de eventos, fundamental para traçar

qualquer planejamento e estratégia”, explicou.

Segundo ela, o Brasil já é um destino entre

os grandes de feiras internacionais e no merca-

do corporativo. “Diversas empresas europeias

e norte-americanas estão se instalando aqui

em busca do mercado brasileiro, que é o oitavo

no mundo no ranking mundial de viagens

corporativas e está em vias de ultrapassar a

Itália, França e o Reino Unido, nos próximos

dois anos, segundo o estudo da GBTA 2013

(Global Business and Travel Association). Isso

ocorre principalmente devido ao potencial do

mercado, estabilidade econômica e o Brasil

ter investimentos em tecnologia e pesquisa,

o que é fundamental para o setor”, justifi ca.

Para Anita, historicamente, o Brasil tem

mostrado vocação e competência para rece-

ber grandes eventos, como a Copa, a visita do

Papa, e mesmo o Rock in Rio e Carnaval. “O

Brasil tem know how para grandes eventos.

Mas, isso tudo tem que ser acompanhado

de políticas e incentivos do governo federal

e dos governos estaduais na promoção do

destino Brasil e com estímulo e fi nancia-

mento específi co do Ministério do Turismo”.

Dados mais relevantes:Em 2013, o Brasil sediou 590 mil eventos,

95% deles nacionais e metade realizada na

região Sudeste.

Participação de 202,2 milhões de

pessoas em eventos no país em 2013.

Gatos dos participantes em média

de R$ 161,80 por dia (o que somou

gastos de R$ 99,3 bilhões).

O país tem 9.445 espaços

para feiras, congressos e eventos

de diversas naturezas.

10,2 milhões de metros

quadrados e 9,2 milhões de assentos

para realização de eventos.

A locação desses espaços gerou,

em 2013, mais de R$ 37 bilhões.

Número de eventos segundoas regiões brasileiras - 2013

Locais contratados pelas empresas organizadoras para realização de eventos - 2013

Fonte: ABEO

C Brasil/Sebrae/Observatório do Turism

o-FTH-U

FF-2014

Page 33: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 33

Page 34: Festival do Turismo 2014

34 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Nesta época do ano já começam os ensaios

das escolas de samba e a expectativa para a

festa de 2015. E toda a ansiedade tem justi-

fi cativa.Quatro dias de folia, 6,6 milhões de

turistas e R$ 6,1 bilhões em receitas geradas

para o Brasil. Essa movimentação fi nanceira,

verifi cada pelo Ministério do Turismo em

levantamento preliminar sobre o Carnaval

de 2014, corrobora um fato cada vez mais

evidente: a solução para o Brasil fazer frente

à crise econômica mundial, gerar empre-

go e renda e continuar sustentando o seu

crescimento passa, necessariamente, pelo

desenvolvimento da atividade turística.

Considerando o trabalho necessário para

a preparação das festas e a recepção dos

visitantes, tanto por parte do setor público

quanto do privado, podemos afi rmar que

o Carnaval brasileiro já derrubou a velha

máxima de que, por aqui, o ano só começa

depois de encerrada a folia. O fato é que o

Brasil não descansa em sua tarefa de satisfazer

o turista. Trata-se de uma cadeia produtiva

que responde por 3,7% do Produto Interno

Bruto (PIB) e 2,9 milhões de empregos dire-

tos. E que deve à festa mais popular do Brasil

aproximadamente 5% de seu faturamento.

O levantamento do Ministério do Turis-

mo mostra que os turistas se distribuem de

maneira relativamente uniforme pelos sete

estados que mais atraem foliões, e consi-

dera um gasto médio de R$ 920,86, com

transporte e hospedagem pelos quatro dias.

O Rio de Janeiro é o estado que mais recebe

turistas: 1,280 milhão de pessoas, que respon-

dem por R$ 1,181 bilhão em movimentação

financeira. Quem ainda tem coragem de

duvidar de São Paulo quando o assunto é

samba pode se surpreender ao saber que o

estado tem o segundo maior carnaval do país:

atraiu neste ano cerca de 960 mil pessoas.

Os visitantes se distribuíram pelo litoral,

além da concentração tradicional na festa no

Anhembi e de um fenômeno novo na capital,

uma presença crescente dos blocos de rua.

Pernambuco, sobretudo Recife e Olinda,

vem logo atrás, com cerca de 850 mil visi-

tantes, seguido pela Bahia, com 690 mil.

A movimentação financeira em cada um

desses estados foi, respectivamente, de R$

787 milhões e R$ 639,4 milhões.

Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará

também respondem por contingentes sig-

nifi cativos de visitantes e vêm contribuindo

para o crescimento do turismo doméstico

a cada Carnaval. Minas contou com 190

mil visitantes que movimentaram R$ 177,1

milhões. Santa Catarina atraiu 180 mil tu-

ristas que geraram R$ 167,3 milhões. No

Ceará, os 140 mil turistas fi zeram circular

R$ 128,9 milhões. Outros estados receberam

2,3 milhões de turistas, e responderam por

um fl uxo fi nanceiro de R$ 2,133 milhão.

Outras pesquisas, realizadas pelos órgãos

locais, agregam informações que reforçam

a importância do turismo para a econo-

mia brasileira. O estudo Cadeia Produtiva

da Economia do Carnaval, de Luiz Carlos

Prestes Filho, superintendente da Secretaria

de Desenvolvimento Econômico do Estado

do Rio de Janeiro, aponta que os festejos

geram, a cada ano, mais de 250 mil novos

postos de trabalho, que respondem por 30%

da geração esperada de divisas.

Pesquisa da Riotur (Empresa de Turismo

do Município do Rio de Janeiro) com os

números coletados durante a folia deste

ano mostra que o turista que aproveita a

festa na capital fl uminense quer voltar, um

dado fundamental para subsidiar futuras

políticas e estratégias para o setor turístico.

Entre os entrevistados no Sambódromo,

95% recomendariam o Carnaval carioca

a algum amigo, percentual que sobe para

98% dos abordados nos blocos de rua. Já

89% pretendem retornar e 97% tiveram

expectativas superadas. Vinte transatlânticos

levaram à cidade 70 mil turistas, que por lá

deixaram US$ 21 milhões.

Se para o Rio o turista quer voltar, em

São Paulo ele quer fi car: uma pesquisa feita

pela prefeitura paulistana, no ano passado,

mostrou que os visitantes do Carnaval fi cam

cinco dias em média. O acréscimo de um

dia ao tempo de permanência, em relação ao

ano anterior, é mais um sinal do crescimento

do setor turístico no país. As pessoas que

“esticam” a estada na capital paulista são

em sua maioria mulheres assalariadas, com

idade entre 30 e 39 anos e nível superior

completo, com avaliação positiva tanto da

cidade quanto dos desfi les no Sambódromo.

IMPACTOS DO CARNAVAL Folia Rentável

Carnaval gera R$ 6,1 bilhões em receitas

Gary Yim

/ Shutterstock.com

Page 35: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 35

Page 36: Festival do Turismo 2014

36 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> A Temporada 2014/2015 de cruzeiros

marítimos no Brasil começa neste mês e vai

até abril do ano que vem com a presença de

dez navios no litoral do país. A expectativa

da Clia Abremar Brasil (Associação Brasi-

leira de Cruzeiros Marítimos) é de que 640

mil cruzeiristas aproveitem 239 roteiros

de viagens. A oferta será até 2% menor se

comparada aos 648 mil leitos disponíveis na

temporada 2013/2014. O número de roteiros,

no entanto, cresceu quase 4% na comparação

como último período de navios no país.

Mesmo com o número crescente de roteiros,

a temporada terá um navio a menos do que em

2013/2014, com isso, o setor deve experimentar,

pelo segundo ano consecutivo, uma queda de

dois dígitos em receita. “Teremos uma receita

10% menor do que a obtida na temporada pas-

sada. Com relação ao número de passageiros,

teremos uma queda de 1% a 2%. Essa queda

está ligada aos entraves ainda encontrados

no país, tirando a competitividade do Brasil

junto aos cruzeiros internacionais”, disse o

presidente da Clia Abremar, Roberto Fusaro.

“Os entraves estão ligados diretamente

Começa a Temporada

de Cruzeiros 2014/2015

Temporada 2014/2015CRUZEIROS

aos custos, infraestrutura e regulamentação.

Precisamos de uma regulamentação bem clara

e uniforme no Brasil. Hoje, a fi scalização nos

portos é diferente e os custos de ‘praticagem’

na América do Sul são muito caros”, emendou

Fusaro. Segundo ele, isso acontece não só

no Brasil, mas, por aqui, as taxas portuárias

também infl uenciam muito, uma vez que, a

maioria dos portos não possui infraestrutura

adequada para receber navios e passageiros.

Por outro lado - contra a corrente - os

armadores estão otimistas com o ano, prin-

cipalmente com o fechamento deste segundo

semestre. “Tivemos um bom início de ano,

antecipamos nossas vendas e mesmo com a

Copa não tivemos queda no volume de vendas,

ao contrário, tivemos um excelente primeiro

semestre”, disse o vice-presidente regional

América Latina da Royal Caribbean, Ricardo

Amaral. Ele ressaltou ainda que o cresci-

mento da Royal está ligado ao aumento de

oferta de 4% em relação a temporada anterior.

Para o diretor da Comercial da MSC Cru-

zeiros, Adrian Ursilli, as vendas já mostram

um reaquecimento. “Teremos cerca de 85

roteiros e uma previsão de 269 mil leitos

ofertados. Mesmo com uma queda de 9%,na

oferta total de leitos em relação à temporada

passada, o ano será bom”, afi rmou.

Com a maior aposta na temporada, a

Pullmantur incrementou em 41% a oferta

de leitos. “Isso fez com que déssemos um

salto de 140 mil e passamos para 180 mil

passageiros a serem embarcados no Brasil”,

disse o presidente da companhia no país,

Alexandre Zachello. “A expectativa é vender

os 180 mil passageiros que temos como oferta

para o mercado doméstico”, acrescentou.

Com o lançamento de temáticos, a tempora-

da 2014/2015 na América do Sul para a Costa

Cruzeiros está 43% maior em oferta. “Estamos

prevendo o embarque de 128 mil passageiros

durante toda a temporada. Segundo o diretor

geral da Costa Cruzeiros para a América do

Sul, Renê Hermann, como a temporada de

cruzeiros tem início somente no fi nal do ano

e início de 2015, o brasileiro normalmente

demora mais para defi nir sua próxima viagem.

Roberto Fusaro, presidente da Clia Abremar

Page 37: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 37

Temporada 2014/2015CRUZEIROS

Em enquete realizada durante a 42ª Expo Abav, em São Paulo, o M&E quis saber a opinião dos agentes de viagem sobre o mer-cado de cruzeiros no Brasil. As respostas tiveram um teor diversificado e mostram que algumas regiões ainda não estão bem cobertas pelas principais armadoras que aqui comercializam seus roteiros. Por outro lado, para alguns profi ssionais a diminuição da oferta de cruzeiros na costa brasileira está dentro da demanda e as vendas, tanto de rotas nacionais quanto internacionais, vão bem neste começo de temporada. Confi ra a opinião de alguns profi ssionais do segmento.

Edmílson Rodrigues, titular do Conselho Fiscal da Abav “O mercado brasileiro é muito promissor no segmento de cruzeiros. Só não pode-mos restringir essa oferta apenas ao eixo RJ-SP. Temos uma costa muito grande e não sabemos explorar isso. Se o mercado nordestino resolve fazer um cruzeiro, será necessário pagar passagem para viajar até o porto mais perto, que pode ser Salvador, Rio de Janeiro ou Santos, sendo que temos uma costa enorme para atracar mais navios e construir mais portos.”

Davi Cortada, da Yataro Turismo“Acredito que o grande problema do mer-cado de cruzeiros no Brasil tem a ver com a infraestrutura de nossos portos, como o Porto de Santos, por exemplo, que não é dos melhores. Apesar disso, creio que a redução

no numero de ofertas de cruzeiros na costa brasileira não atrapalhou minhas vendas, uma vez que a demanda encontra-se de acordo com a oferta.”

Elaine Carvalho, da Cariocas Tour“Acredito que o mercado de cruzeiros no Brasil está encolhendo. Inovar é preciso. Se parar-mos para pensar, as armadoras só realizam os mesmos roteiros há várias temporadas.”

Amynthas Dias, da Abeltour“Acredito, que antes de qualquer coisa, que está faltando representação para comercia-lizar cruzeiros em algumas áreas do país. Não podemos fi car nas mãos de quem tem exclusividade, já que estes, nem sempre, ofe-recem qualidade no atendimento e atenção para com o cliente.”

Afrânio Martins, da AM Viagens e Turismo“Acredito que o mercado brasileiro de cru-zeiros ainda tem uma boa condição de ex-pansão. Acredito, também, que para muitas pessoas que moram no interior, a questão do deslocamento até o porto sem um sistema ou auxílio das companhias pesa um pouco e isso poderia ser mudado.”

Augusto Moura, da Criar Viagens e Eventos“O mercado sempre esteve bem. Acho que agora estamos passando por um momento de crescente na qualidade de serviço. Não posso

me queixar do mercado de cruzeiros, já que tenho um nível bom de vendas e todo ano constato bastante procura dos meus clientes.”

Ana Paula Chagas, da FlyVip Viagens e Turismo, e Laura Prosdocimi,do Express Viagens e Turismo“Para se fazer um cruzeiro no Brasil, o preço desestimula o agente e o próprio cliente. Por exemplo, vender uma cabine externa para uma rota internacional, muitas vezes, é mais barato do que vender uma cabine interna para uma rota nacional. Não dá para competir. O fator preço somado a diminuição na oferta de cruzeiros faz com que o mercado apresente uma natural queda.”

Thais Maia, da TSM Viagens“Eu acredito que o mercado de cruzeiros está mais atingível atualmente. Acredito que essa redução na oferta de cruzeiros pela costa brasileira não afetou as vendas. Não pode-mos deixar passar essa redução na oferta de cruzeiros mas, também, não podemos deixar de citar a melhoria nas formas de pagamento junto às agências, operadoras e armadoras.”

Leila Cutrim e Ricardo Pestana, da T E B Turismo“Penso que deveríamos ter uma maior as-sistência na região Nordeste. Acredito que a oferta de minicruzeiros deveria aumentar. Nossos clientes não querem gastar sete noi-tes dentro da costa brasileira. Nos Estados Unidos, essa oferta é abundante.”

Para agentes, falta inovação e mais roteiros de curta duração

Costa Cruzeirowww.costacruzeiro.com

Navios: Costa Favolosa e Costa Pacifi ca. Números: Para a tem-porada 2014/2015 na América do Sul, a Costa Cruzeiros prevê transportar mais de 128 mil passageiros a bordo dos dois navios. Serão, ao todo, 34 cruzeiros visitando localidades como Ilhabela, Angra dos Reis, Porto Belo, Salvador, Rio de Janeiro, Búzios, Buenos Aires e Montevidéu, destinos bem procurados pelo público da Costa Cruzeiros. Na temporada anterior, a Costa embarcou um total de 102.277 passageiros.

Pullmantur Cruzeiroswww.pullmantur.com.br

Navios: Zenith, Sovereign e Em-press. Números: A companhia decidiu mudar o embarque dos cruzeiros que estavam previstos para a Argentina. Isso fez com que a armadora desse um salto de 140 mil para 180 mil passageiros a serem embarcados no Brasil. A expectativa é vender de novem-bro a fevereiro de 2015 cerca de 40% a 50% da temporada ou o equivalente a 90 mil pas-sageiros. A armadora anunciou ainda que os navios deixarão de ser all inclusive e passarão a vender pacotes de bebidas.

Royal Caribbean www.royalcaribbean.com.br

Navio: Splendour of the Seas. Números: Com uma oferta 4% maior em relação à tem-porada passada, a Royal Ca-ribbean acredita que - mesmo com a queda dos cruzeiros na costa brasileira - o ano será rentável ao setor. No mundo, a armadora apresentou um incremento recorde com os resultados do segundo trimestre do ano, em que obteve lucro de US$ 137,7 milhões, regis-trando crescimento acima de 456% se comparado ao mes-mo período do ano passado.

Iberostar www.thegrandcollection.com

Navio: Iberostar Grand Ama-zon. Números: O Grupo Ibe-rostar investiu cerca de R$ 2 milhões em melhorias no Iberostar Grand Amazon, o navio-hotel que faz itinerários a partir de Manaus. A ocupação média do navio é de 60% e a tripulação varia de acordo com o número de passageiros. O Iberostar Grand Amazon conta com 73 cabines e duas suítes, tendo capacidade para 150 pessoas. O navio já embarcou mais de 20 mil passageiros em nove anos de funcionamento.

MSC Cruzeiroswww.msccruzeiros.com.br

Navios: MSC Preziosa, MSC Poe-sia e MSC Lirica. Números: Na temporada 2014/2015 serão 85 roteiros e uma previsão de 269 mil leitos ofertados na região. A MSC Cruzeiros trará o MSC Poesia pela primeira vez ao Bra-sil, garantindo novidades aos clientes e hóspedes. Além disso, retornará ao Brasil com o MSC Lirica e MSC Preziosa. Haverá uma pequena redução, de 9%, na oferta total de leitos em rela-ção à 2013/2014, por razão da substituição do MSC Orchestra pelo MSC Lirica no Rio de Janeiro.

Renê Hermann Alexandre Zachello Ricardo Amaral Orlando Giglio Adrian Ursilli

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38 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> A internet está presente em todas as fases de uma viagem: da pesquisa à reserva, do registro das imagens ao compartilhamento de informa-ções. Para turistas estrangeiros e brasileiros, os meios digitais têm se consolidado, nos últimos anos, como a principal fonte de informações, de acordo com pesquisa do Ministério do Turismo (MTur). A cada hora, internautas de todo o mundo realizam 625 mil buscas no site Google sobre viagens, de acordo com dados da empresa.Segundo Leonardo Vieira e Vinicius Landucci, da área de Novos Negócios do Google, 105 mi-lhões de brasileiros estão conectados à Internet. Deste total, cerca de 82% a utiliza como fonte de informação para fechar a viagem.

Internet agregando valorComo principais oportunidades, verifi ca-se que a Internet permitiu aos agentes de viagens reservar seus serviços de forma muito mais rápida, segura e econômica, pois esse profi ssional pôde agora “visualizar” com mais facilidade o serviço que está intermediando, como um hotel ou casa de espetáculo através de suas homepages. Além disso, o agente de viagens pode se comunicar com meios de hospedagem, transportadoras, operadoras de viagens e destinos turísticos de forma mais simples e barata, através de e-mails, ao invés de ter que ligar para centrais de reservas ou diretamente em empresas localizadas, mui-tas vezes, em pontos distantes do mundo, por um custo altíssimo de ligação internacional ou interurbano em horário comercial. Outro ponto favorável propiciado pela Internet aos agentes de viagens consiste na rapidez e facilidade de informações, que estão disponíveis na rede de forma mais organizada, rápida e clara, tornado desnecessário o armazenamento nas agências de infi nitos folders empoeirados, que se desatua-

lizam e se deterioram em pouco tempo. Além disso, os GDSs puderam oferecer o acesso ao seu banco de dados pela Internet, sem a necessidade de disponibilizar seus terminais nas agências de viagens. Tal fato reduziu sensivelmente os custos de operação e manutenção de um GDS em uma agência de viagens, tornando esse produto mais acessível para essas empresas. Os custos de comunicação também reduziram-se sensivelmente nas agências de viagens através da utilização mais intensa da Internet.

OTAs x agentesNo turismo, a Internet, pela suas próprias carac-terísticas inerentes, representa uma mudança na distribuição dos produtos por meios diretos, excluindo, muitas vezes, os intermediários, como as agências de viagens, pois a Internet permite que os grandes fornecedores de turismo (opera-doras internacionais, cadeias hoteleiras, destinos internacionais, empresas aéreas) comercializem diretamente seu produto ao consumidor. Um tema que vem causado polêmica. As empresas aéreas tomaram a dianteira e passam a oferecer opções de compra direta de seus produtos pela Internet. Prova disso, são os grandes portais de viagens idealizados pelas empresas aéreas ame-ricanas e europeias. Esses portais permitem ao turista comparar os preços das empresas aéreas, além de reservar serviços inerentes às agências de viagens reais e virtuais, como hotéis, locação de carros e contratação de seguros. As agências de viagens devem se adaptar ao avanço dessa nova tecnologia, transformando esse potencial concor-rente em uma poderosa ferramenta de trabalho.

Redes Sociais e AplicativosO Ministério do Turismo investe em suas nove

mídias sociais, um meio importante de troca de informação com o cidadão e com o viajan-te. O MTur ultrapassou o número de 630 mil conexões, entre fãs, seguidores e assinantes. Signifi ca que uma informação divulgada pelas redes eletrônicas do MTur atinge meio milhão de perfi s de usuários, sem considerar os milhares de compartilhamentos. O número de seguidores no Instagram do Visit Brasil, por exemplo, cresceu 189% entre julho e agosto deste ano.

Viagem e Facebook De acordo com informações de uma pesquisa realizada pela Sparkle, o turista utiliza o Facebook em todos os estágios da viagem, por meio de cinco ciclos. O objetivo do estudo foi identifi car o comportamento dos viajantes, além de revelar que o tema “viagem” é o tópico mais discutido no Facebook. Sonhar é o primeiro ciclo detectado pela pesquisa, revelando que 80% das pessoas se infl uenciam por fotos de amigos para realizar uma viagem e 42% acessam os álbuns para conhecer mais sobre aquele destino. O segundo ciclo é o de planejamento, apontando que 85% dos usuários da rede social fi cam propensos a escolher um destino depois de conversar com os amigos que estiveram naquele local e 89% escolhem por indicação. Comprar compõe o terceiro ciclo da pesquisa, indicando que os indecisos buscam referências nos amigos antes de tomarem qualquer tipo de decisão. Viver o momento se refere ao quarto ciclo, indicando que os usuários estão a todos os momentos conectados ao Facebook, apontando que 98% se conectam durante as férias e 92% acessam a rede social todos os dias da viagem. Pastore apontou o quinto ciclo como o momento de relembrar a viagem, indicando que 93% com-partilham o álbum da viagem ao chegar em casa e 38% compartilha ainda em trânsito.

Internet, Redes Sociais e AplicativosTECNOLOGIA

Meios digitais têm se consolidado como a principal fonte de informações dos turistas

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 39

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40 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Café Colonial, tradição em GramadoGramado é conhecida também pela diversidade e riqueza da sua gastronomia, sem esquecer o chocolate, marca registrada para quem visita a cidade. Mas entre os produtos típicos tra-dicionais está certamente o café colonial, que continua a despertar o interesse e o apetite dos turistas. Um dos pioneiros foi o Café do Coelho, do empresário Zanis Coelho, e que hoje em dia segue a tradição familiar por meio de seus três fi lhos, Cleber, Claudio e Juliana. O Café vai oferecer 10% de desconto aos participantes deste Festuris. No café colonial, você paga uma taxa fi xa com direito a saborear e repetir os pratos que mais lhe agradarem, além das bebidas – sucos e vinhos, chás e chocolates - também já incluídos no preço. “Seguimos os padrões rigorosos estabelecidos pela Prefeitura e hoje em dia temos uma casa que é referência. Doces e salgados, dois tipos de vinho (branco seco e tinto suave), suco de uva natural, bebidas quentes como leite, café, chá e chocolate, ou geladas acompanham salgados quentes e frios e uma variedade que inclui picles, pães e geléias e os tradicionais doces coloniais, como bolos de laranja, chocolate, limão, cerveja, requeijão, rocambole e waffl es. São de tirar do sério e certamente a garantia de uns quilinhos a mais, mas também doces lembranças da rica gastronomia de Gramado”, ressalta Zanis.

OrigemO Café Colonial teve sua origem na cultura e cozinha dos primeiros imigrantes ale-mães. As mesas repletas eram apreciadas por viajantes e turistas, que ao chegarem tarde da noite em cidades onde não havia hotéis, ou mesmo restaurantes, eram re-cepcionados por colonos que ofereciam alojamento e refeições. Todas essas iguarias traduziam também a fartura à mesa das casas de colonos, que antes de irem cedo para seus afazeres em suas pequenas pro-priedades rurais, saboreavam as iguarias.

Café do Coelhowww.cafecoelho.com.brAv. das Hortênsias, 5433 - CarnielGramado - Telefone:(54)3286-2538Horário:10h/21h

Especialidades regionaisGASTRONOMIA

Cores e sabores: um passeio pela gastronomia brasileira>> Cada vez mais a

gastronomia tem se

destacado como um

importante ingre-

diente nas ações

promocionais

do Brasil no ex-

terior. A ideia da

Embratur é fazer

com que este segmento

possa ganhar maior representativida-

de entre os atrativos que o país oferece,

a exemplo do que já acontece em outros

países, como o caso da gastronomia pe-

ruana, um expoente entre os atrativos daque-

le país. De Norte a Sul do Brasil cada região

tem sua característica principal, fruto

das infl uências de colonização por parte

dos primeiros imigrantes, bem como em

função da miscigenação de raças e culturas.

Neste quesito foram escolhidos alguns dos

pratos típicos que se destacam na culinária

dos estados, numa mistura de ingredientes

que tiveram infl uência dos povos indígenas,

africanos e europeus.

Região NorteA forte infl uência indígena está presente

diretamente no tempero dos pratos a base

de peixes e frutas exóticas. Há que se sa-

borear receitas preparadas com tucunaré,

pirarucu, pacu, tambaqui e até outros menos

conhecidos como a Caldeirada de Filhote

servida nos restaurantes de Manaus, e o Pato

com Tucupi, tradicional na gastronomia

paraense. Nas sobremesas e sucos o uso

de frutas como cupuaçu, açaí e guaraná e

também os deliciosos tucumã e pupunha.

Região NordesteA presença de mariscos e os frutos do mar

dividem com a gastronomia regional a pre-

ferência nos restaurantes das nove capitais

nordestinas. Destaques para a tapioca, vatapá,

buchada de bode, carne de sol,entre outros.

Entre os frutos do mar a preferência pelas

caldeiradas e pratos a base de lagosta, camarão,

siri, caranguejo, entre outros. O tempero mais

forte certamente é o da Bahia, que em sua

cozinha inclui ingredientes como o leite de

coco, azeite de dendê e a tradicional pimenta.

Região Centro-OesteNa parte central do Brasil se tem também os

pratos a base de peixes de rio e a presença

da gastronomia regional, que tem entre seus

destaques o arroz carreteiro. O empadão

goiano e o arroz com pequi estão entre as

delícias da culinária goiana.

Região SudesteÉ certamente a região do país que tem a culi-

nária mais diversifi cada. Alguns dos pratos

podem ser considerados típicos. É o caso

da moqueca capixaba, no Espírito Santo, da

feijoda, no Rio de Janeiro, dos petiscos dos

botecos, do feijão tropeiro com lombo ou

galinha ao molho pardo em Minas. Já São

Paulo é conhecida como capital nacional da

gastronomia em função do grande número de

restaurantes. Entre os destaques a cozinha ita-

liana, onde a pizza é certamente uma referência.

Região SulNão há como negar a forte infl uência europeia

presente nas três capitais do sul. Tanto a colo-

nização alemã quanto a italiana estão presentes

no bairro típico de Santa Felicidade e nas casas

de massa em Curitiba. Em Santa Catarina, a

presença alemã na gastronomia local é inegável,

sobretudo nas festas típicas, que sofrem ainda

infl uência açoriana e de outros imigrantes. Na

região Sul, o prato típico gaúcho é o churrasco.

Região Norte

Região Centro-oeste

Região Sul

Região Nordeste

Região Sudeste

Page 41: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 41

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42 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

AGÊNCIAS DE VIAGENS CORPORATIVASA Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) repre-senta 31 agências especializadas neste segmento que estão entre as maiores do país. Somente no primeiro semestre de 2014 as suas vendas representaram R$ 6,45 bilhões, um aumento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passa-do. Para o presidente da entidade, Edmar Bull, o segundo semestre deve ser ainda melhor, com um avanço de dois dígitos, dada a retomada dos eventos e viagens corporativas após a Copa do Mundo. Ele acredita que no ano o incremento deve fi car na casa dos 10%.

Fonte: Gráfi cos retirados do estudo da A

bracorp

HOTELARIA Também no primeiro semestre, as agências Abracorp venderam 1,2% mais diárias em hotéis dentro do Brasil. O faturamento deste segmento cresceu 13,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os hotéis inde-pendentes ainda são a maioria com 50% do total e a diária mé-dia foi de R$ 232, 12% a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Entre os dados, o que chamou a atenção foi a forma de compra. Houve uma queda de 67,5% nas vendas feitas por meio de brockers. Já no internacional a venda de diárias cresceu 22,2% e o faturamento 18,5%.

Números da Abracorp

Turismo Corporativo no Brasil

ABRACORP

42 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 43

AVIAÇÃO Um recorte do primeiro semestre das vendas das agências Abracorp mostra que a maior fatia dos serviços ainda corresponde a passagens aéreas, com 71,6% do total. Somente no doméstico foram vendidas 4,5 milhões de bilhetes neste período, o que representou um montante de R$ 2,6 bilhões, cifra 7% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. A tarifa média também está em alta. Ela teve um incremento de 12,2%, chegando a R$ 595. Na primeira metade do ano foram emitidas 644.304 passagens internacionais, a um custo total de R$ 1,9 bilhão, um avanço de 4,9% em relação ao mesmo período de 2013. A tarifa média no período foi de R$ 3.050, um crescimento de 7%.

EVENTOS E DESTINOSA realização de eventos foi também um dos destaques da Abracorp no primeiro semestre deste ano. As agências associadas à entidade realizaram 30,6% mais eventos do que na primeira metade de 2013. Isso demostra a força que o segmento vem tomando no Brasil. Somente esta ativida-de gerou uma movimentação de R$ 272 milhões, contra R$ 208 milhões no mesmo período do ano passado. Em relação aos destinos mais visitados pelos executivos brasileiros, São Paulo e Rio de Janeiro são os líderes no nacional. Fora do país, a preferência fi ca por Buenos Aires e Miami.

ABRACORP Números da Abracorp

LOCAÇÃO E TRANSFERS A locação de automóveis vem ampliando a sua participação nas vendas das agências Abracorp. No nacional, o número de diárias comercializadas cresceu 19% em relação ao mesmo período do ano passado, ultrapassando a marca dos 700 mil. No internacional, no entanto, houve um decréscimo de 1,3%, também deviso a queda das viagens no período por conta da Copa do Mundo. Com um faturamento de R$ 12,7 milhões, os transfers também estiveram entre os destaques.

Aluguel de carros - mercado doméstico Aluguel de carros - mercado internacional

Outras

TOTAL TOTAL

Outras

EmpresaEmpresa Aluguéis em Aluguéis em

Aluguéis em Aluguéis em Var Var

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 43

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44 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Cidade agiliza os preparativos e investimentos já somam R$ 37,6 milhões

Contagem regressiva para Rio 2016

>> A Copa do Mundo da FIFA 2014 confi rmou o Brasil como

local com condições de organizar e sediar grandes eventos

internacionais. Os visitantes estrangeiros aproveitaram o Mundial

para conhecer o país, incluindo o Rio de Janeiro, sede das

Olimpíadas de 2016, e não economizaram elogios à capital

fl uminense. Mas, a dois anos do evento,

que ocorre entre os dias 5 e 21 de agosto

de 2016, a cidade corre agora para cumprir

os prazos e fazer jus às expectativas que

foram depositadas sobre ela. “A cada R$

1 investido em equipamentos olímpicos,

R$ 5 são aplicados em obras de legado.

Barcelona que me perdoe, mas nenhuma

outra cidade se transformará tanto em tão

pouco tempo quanto o Rio de Janeiro”,

garantiu o prefeito Eduardo Paes. De

acordo com ele, o investimento total já

chega a R$ 37,6 bilhões. Em relação às

hospedagens dos turistas, Eduardo Paes

lembrou que a cidade chegará ao início

dos jogos com 37 mil quartos, dez mil

a mais do que acordado com o Comitê

Olímpico Internacional (COI).

Números das Olimpíadas Serão quase 100 mil pessoas envolvidas diretamente na

organização do evento, até 60 mil voluntários, 36 mil colaboradores

terceirizados e quatro mil funcionários. Isso sem levar em conta

os serviços indiretos, como hotéis, restaurantes. E são esperadas

quase 500 mil pessoas no Rio, entre jornalistas e turistas e

aproximadamente 10 mil atletas.

Identidade VisualA identidade visual das Olimpíadas consiste na decoração de

todos os ambientes e instalações da competição. O projeto foi

desenvolvido pelas equipes de design e gestão de marca do Comitê

Rio 2016, demorando cerca de um ano para a conclusão. Segundo a

diretora do COI, Beth Lula, o look se inspirou em pontos turísticos

da capital fl uminense como o Corcovado, o Cristo Redentor e o

Pão de açúcar. A imagem é multicolorida, com predominância do

verde por ser a cor de destaque da bandeira nacional e lembrar

as paisagens do Rio. Para sua realização,

foram feitos estudos sobre na identidade

do Brasil presente no Rio. Além das quatro

outras cidades do futebol: Belo Horizonte,

São Paulo, Brasília e Salvador

MedalhasA dois anos da Cerimônia de Abertura

das Olimpíadas do Rio, o objetivo

do Brasil é dar um salto agressivo na

classifi cação geral, deixando o 15° lugar

para fi gurar no top 10. O número parte de

27 medalhas, 10 a mais do que a melhor

campanha da história - sem contar o total

de ouros -, em Londres 2012. O que pelo

estudo representaria a necessidade de

ter medalhistas em até 15 modalidades.

Para o COB, o ano-chave, capaz de dar

um bom retrato do cenário internacional

e do que poderá ser a campanha brasileira,

será 2015. O Brasil trabalha para repetir a teoria da vantagem em casa.

Na história olímpica, os países-sede deram um salto de qualidade

no quadro de medalhas devido ao investimento na preparação.

Nas duas edições anteriores, China e Grã-Bretanha brilharam. Os

chineses passaram de um total de 63 pódios (32 ouros) para 100

(51), em 2008. Já os britânicos saíram de 47 (19 ouros) para 65 (29).

Em tópicos Serão 18 dias de competição

São esperados 380 mil visitantes estrangeiros

55% dos locais de competição já estão prontos para o evento

ESPORTES Olimpíadas 2016

Page 45: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 45

Page 46: Festival do Turismo 2014

46 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Copa elevou ocupação dos resorts brasileirosA Copa do Mundo foi um bom negócio para o segmento de resorts. A taxa de ocupação em junho fi cou em 43%, um acréscimo de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Resorts (Resorts Brasil). O aumento se deve, sobretudo, pela presença de seleções e suas delegações no país. Os empreendi-mentos localizados próximos às cidades-sede foram os que mais se benefi ciaram, segundo a Associação Brasileira de Resorts. “De forma geral, os resorts tiveram um junho acima da média. Porém, foi uma alta localizada. O Nordeste e o Sudeste tiveram uma performance melhor que a do Sul”, afi rma Daniel Guijarro, presidente da Resorts Brasil. No ano passado, 1,45 milhão de pessoas se hospedaram em resorts no Brasil, das quais 164,8 mil eram estrangeiros. A Resorts Brasil, que reúne os maiores empreendimentos do gênero no país, aposta em mercados como Alemanha, Holanda, Chile, Argentina, Colômbia e Uruguai.

EconomiaOs estrangeiros nunca gastaram tanto no país quanto na Copa do Mundo. De acordo com balanço divulgado pelo Banco Central, os visitantes internacionais deixaram no Brasil US$ 1,406 bilhão, se somados os meses de junho completo e julho até o dia 23. O valor é 41,59% superior aos gastos feitos nos dois meses completos do ano passado (US$ 993 milhões).

A Visa revelou os gastos dos turistas internacionais com todos os produtos da empresa, incluindo crédito, débito e cartões de pagamento pré-pagos durante a Copa do Mundo no Brasil. Durante os 32 dias do evento (12 de junho a 13 de julho), os visitantes internacionais movimentaram U$380 milhões com seus cartões Visa no Brasil, um aumento de 143% em relação ao mesmo período do ano passado. Os turistas gastaram ainda US$ 122 milhões a mais se comparado à Copa da África do Sul, em 2010 (11 de junho a 11 de julho de 2010), onde U$ 258 milhões foram movimentados com cartões Visa.

>> O volume de turistas estrangeiros

no Brasil durante a Copa do Mundo

de 2014 superou a marca inicialmente

prevista (600 mil) e alcançou o patamar

de 1 milhão. Os dados estão sendo muito

comemorados pelo Governo. “Vivemos

nesses dias uma festa fantástica. Mais

uma vez o povo brasileiro revelou toda

sua boa capacidade de receber. Mais uma

vez, os brasileiros, o governo federal, os

governos estaduais, os prefeitos das 12

cidades-sede e, sem sombra de dúvidas,

os torcedores e todos os amantes do

futebol, asseguraram uma festa que,

tenho certeza, foi uma das mais bonitas

do mundo”, disse a presidente Dilma

Rousseff .

Já Vinícius Lages, ministro do Turis-

mo, destacou os avanços do Pronatec

e os fi nanciamentos que permitiram a

ampliação da oferta hoteleira no país.

“Creio que eventos desta magnitude são

importantes para a economia do país.

Fomos reconhecidos pela imprensa fran-

cesa como a melhor das Copas”, expli-

cou. O dirigente destacou uma pesquisa

com 6,2 mil turistas sobre a experiência.

“Desse total, 61% deles visitaram o país

pela primeira vez. Tivemos 202 países

representados e pudemos verifi car que

83% reconheceram que suas expectativas

foram superadas e 95% querem voltar”.

O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo,

completou: “A Copa foi um sucesso e foi a

melhor de todas as edições já realizadas”.

O dirigente destacou a segurança e a

acolhida do povo brasileiro aos turistas.

Lamentou o fracasso do desempenho da

seleção que classifi cou como “tragédia”.

Em 2010, cerca de 1,4 milhão de es-

trangeiros entraram na África do Sul no

período da Copa, sendo 310 mil exclu-

sivamente para o evento. Em 2006, na

Alemanha, foram cerca de dois milhões,

metade atraída pelo Mundial.

Evento supera previsão inicial e atrai um milhão de estrangeiros

ESPORTES Balanço da Copa do Mundo FIFA 2014

COPA DOMUNDO

Page 47: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 47

ESPORTES Balanço da Copa do Mundo FIFA 2014

Grande movimentação nos cartões-postaisO Cristo Redentor recebeu 295.917 visitantes durante a Copa do Mundo. A segunda semana do evento quase bateu o recor-de de visitação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Foram 73.716 visitantes entre 16 e 22 de junho no Mundial contra os 74.021 pessoas durante o evento religioso. O Corcovado tem uma média de cinco mil turistas por dia, mas durante a Copa foram registrados picos de até 12 mil visitantes/dia.

Com uma média diária de três mil turistas por dia na alta temporada, o Bondinho do Pão de Açúcar também não fi cou para trás. Na Copa, o atrativo turístico recebeu 174.830 visitantes, sendo o recorde de oito mil turistas em um único dia.

Filipe Costa / Riotur

Números fi nais do Mundial Mais de 1 milhão de estrangeiros de 202 países estiveram no Brasil Os turistas estrangeiros permaneceram em média 13 dias no país Cerca de 95% dos estrangeiros que vieram ao Brasil pretendem voltar no futuro 64% dos ingressos foram alocados para brasileiros e 36% para estrangeiros 378 municípios brasileiros foram visitados por estrangeiros Espaços das Fan Fests receberam 5,1 milhões de pessoas para os jogos Cerca de 16,7 milhões de passageiros estiveram nos aeroportos brasileiros Na aviação, o índice médio de pontualidade do período nas cidades-sede foi de 92,54%

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SERVIÇOCapital: RecifeRegião: NordesteClima: Tropical Atlântico no litoral e Semiárido no interiorSite: www.empetur.com.br/web/seturTelefone: (55-81) 3182-8300

>> Do Litoral ao Sertão, Pernambuco enche os olhos de seus visitantes devido sua

grande oferta de atrativos turísticos e beleza natural. Com uma costa de cerca de 187

km de extensão, as praias são apreciadas por suas águas mornas e cristalinas. Cenários

convidativos e paradisíacos como Tamandaré e Porto de Galinhas são apenas alguns dos

inúmeros atrativos que se sobressaem. A importância histórica do local, marcado por

prédios antigos e tombados, que contam um pouco do passado do Brasil, assim como

suas tradições culturais, a exemplo dos festejos carnavalescos e juninos, regados a muito

frevo, aliados à gastronomia única, fazem deste estado um dos preferidos tanto pelos

brasileiros quanto pelos turistas estrangeiros.

RecifeNo Recife Antigo, bairro mais tradi-cional da capital pernambucana, um verdadeiro polo cultural e de animação presenteia os visitantes com bares, restaurantes, boates e feirinha de arte-sanato. É neste local que está o Marco Zero da cidade. A capital do estado também se destaca pelo turismo de Sol e Praia. A praia de Boa Viagem é famosa no mundo inteiro por suas piscinas naturais e suas deliciosas águas mornas e transparentes. O Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife, conta com a ajuda da tecnologia para guiar os visitantes através da obra do cantor e compositor Luiz Gonzaga e da cultura do Sertão. Já o Museu Paço do Frevo é um espaço para perpetuar a riqueza de um dos principais ícones da identidade pernambucana, reconhecido pelo Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artísti-co Nacional (Iphan) como patrimônio cultural e imaterial brasileiro: o frevo.

Turismo de LazerEntre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados, o litoral de Pernambuco representa o principal atrativo turístico do estado. O arquipélago de Fernando de Noronha, formado por 21 ilhas, é um paraíso para os turistas que apreciam o Turismo Ecológico e de Aventura. Praias de água cristalina, enseadas, baías, rochedos, grutas, corais, trilhas e áreas para mergulho submarino, são apenas algumas das opções da região. Já para os sedentos por cultura, o Sítio Histórico de Olinda é uma atração à parte. A cidade recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco, e de primeira capital brasileira da cultura. Suas ladeiras contribuem para o charme da cidade, que também é palco de uma das festas mais populares do Brasil: o Carnaval. No Agreste pernambu-cano está o paraíso dos esportes radicais.

MICEO segmento de Eventos e Negócios vem crescendo muito nos últimos anos, e assumindo uma importante posição junto aos meses da baixa temporada de Pernambuco. Em Recife, uma nova campanha de marketing do Recife Con-vention & Visitors Bureau foi lançada para divulgar o Turismo de Negócios na cidade. O foco é mostrar que o estado é um dos mais preparados no país para receber viajantes deste seg-mento. Segundo pesquisa realizada pelo Recife CVB, 92,5% dos participantes de eventos realizados em 2013, na Região Metropolitana do Recife, afirmaram ter intenção de voltar a Pernambuco.

Pernambuco

Fotos: SETUR

Piscinas naturais de Porto de Galinhas, Carnaval em Recife e a Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha

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SalvadorConsiderada uma das cidades mais negras fora da África, Salvador con-centra uma grande diversidade étnica, marcada pela sua herança africana. No Centro Antigo estão os principais atrativos religiosos, como a Igreja e o Convento de São Francisco, além do famoso Pelourinho. Artesanato, manifestações populares e a tradicio-nal culinária afro-baiana também são encontradas com facilidade no Mercado Modelo e na Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa. Já a praia da Barra é o local ideal para descansar das intensas festas que acontecem todas as noites na cidade.

Turismo de LazerA Bahia também é palco de rara bele-za, onde a natureza reina absoluta e agracia os visitantes com todo o seu encanto. Com 90 quilômetros de praias, Porto Seguro é um dos destinos mais procurados. É onde começa o roteiro da Costa do Descobrimento. Formado pelos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Belmonte, a região é considerada o berço da história e da cultura brasileira. Tombada como patrimônio da humanidade, são 150 km de litoral, com lugares intactos desde 1500. Seus atrativos variam desde inúmeras atividades de Ecoturismo e passeios náuticos a hospedagens em pousadas de charme. Trancoso, Morro de São Paulo e Chapada Diamantina são outros exemplos de lugares imperdíveis.

MICEAo contrário do que muitos imaginam, a Bahia não é só lazer. É também capital dos negócios. O Turismo Corporativo tem registrado um crescimento contí-nuo nos últimos anos. No ranking da International Congress and Convention Association (Icca) divulgado este ano, a capital baiana ocupa o oitavo lugar entre as 10 cidades brasileiras que mais promoveram eventos padrão Icca em 2013. A hotelaria conta com centros de convenções equipados e o Convention and Visitors Bureau de Salvador e Região Norte captou 57 eventos no ano passa-do, dos quais 10 foram internacionais.

SERVIÇOCapital: SalvadorRegião: NordesteClima: Tropical Atlântico no litoral e Semiárido no interiorSite: www.setur.ba.gov.b/Telefone: (55-71) 3116-4131

>> Um dos destinos mais procurados no Brasil, a Bahia é conhecida pelo seu Axé, pelas

pessoas calorosas, por sua dança, cultura marcante e gastronomia única. Um estado

colorido, que contagia com sua festa e alegria. As praias estão entre as mais belas do país

e atraem, todo os anos, milhares de visitantes. Cachoeiras, riachos, trilhas em meio a

mata atlântica e cidades históricas tombadas pela Unesco também compõem o cenário

do estado. Conhecer a Bahia é se aventurar na cultura brasileira. Na Bahia vale degustar

o acarajé, provar da melhor cocada e experimentar a autêntica moqueca baiana, regada

a muito dendê. Certamente esse estado tem muito a oferecer aos seus turistas.

Bahia

Rita Barrreto/Bahiatursa

Praia de Trancoso, em Porto Seguro e toda natureza da Chapada Diamantina

Ministério do Turism

o

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 51

SERVIÇOCapital: FortalezaRegião: NorteClima: Tropical (região litorânea) e semi-árido (interior)Site: www.setur.ce.gov.br / www.fortaleza.ce.gov.br/turismoTel: (55-85) 3101- 4669 / (55-85) 3255-8300

>> O Ceará é o estado brasileiro com mais dias de sol por ano, sendo os meses de outu-

bro a fevereiro os mais quentes e ideais para aproveitar as dezenas de praias e os 25 km

de orla que o destino oferece. O estado é conhecido nacionalmente pela beleza de seu

litoral, pela religiosidade popular e pela alegria e receptividade de seu povo, que dá as

boas vindas aos turistas nacionais e internacionais. A jangada, ainda comum ao longo da

costa, é considerada um dos maiores símbolos do povo e da cultura cearense. O estado

também é muito procurado por seus festejos, recheados de comidas típicas, músicas,

roupas tradicionais e muita diversão. É durante os meses de junho e julho que o Ceará

recebe as festas juninas em homenagem a São João, sendo um dos estados com o maior

número de comemorações do país.

FortalezaA capital cearense proporciona uma variedade de opções para quem busca diversão. Em Fortaleza, o turista en-contra verdes mares e céu azul. Com temperatura média de 27° C, o destino possui o clima perfeito para um mer-gulho nas águas mornas da bela Praia do Futuro, cuja principal atração, além do mar, são as inúmeras barracas ao longo da areia que oferecem uma gas-tronomia diversifi cada. Praia de Iracema, Barra do Ceará, Praia do Náutico, Praia do Mucuripe e Praia do Meireles são outras opções que se destacam entre as preferidas dos visitantes. A ponte Metálica, cartão-postal da cidade, é uma excelente opção para ver o pôr do sol. Caminhar pelo calçadão da Av. Beira Mar ou passear de barco pela orla são algumas opções para quem visita Fortaleza.

Turismo de LazerAs praias são o principal produto turístico do Ceará, com seu céu claro, o leve ba-lanço das palhas do coqueiro e o barulho relaxante das ondas do mar quebrando na areia. Entre os destinos mais famosos do Ceará estão Jericoacoara, Canoa Quebrada e Cariri. O primeiro é um verdadeiro tesouro para os aventureiros. Graças aos seus ventos constantes, as praias do Litoral Oeste são excelentes para a prática de surf, windsurf e kite-surf. Já as dunas possibilitam a prática de sandboard. Em Canoa Quebrada, falésias e dunas avermelhadas, de até trinta metros acima do nível do mar, se elevam imponentes criando um ce-nário único. Marcado por sua vila de pescadores e sua beleza rústica, o local rejuvenesce o espírito. Já o Cairiri é ideal para a prática de Ecoturismo. Encravado na Chapada do Araripe, Cairiri é o berço da cultura nordestina, sendo um destino plural. Uma mistura de costumes, lendas, belezas, crenças e sabores.

MICEO Centro de Eventos do Ceará já recebeu mais de 220 encontros, incluindo sho-ws, convenções e feiras. Os refl exos do impulso no Turismo de Negócios, após a inauguração do complexo, se tradu-zem no surgimento de novos hotéis e empresas especializadas no segmento de serviços voltados a convenções e feiras. O PIB também cresceu 1% e o setor de eventos 300% nos últimos três anos. No ranking da International Congress and Convention Association (Icca) divulgado neste ano, Fortaleza, que em 2012 ocupava a 15ª colocação, subiu sete posições no ano passado.

Ceará

Praia de Canoa Quebrada, bairro de Iracema, em Fortaleza, e a Pedra Furada, em Jericoacoara

Setur CE

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MaceióOs cartões-postais mais tradicionais de Maceió, capital de Alagoas, são as praias de Pajuçara e Ponta Verde, que contam com uma boa infraestrutura para os turistas e paisagens belíssimas. O passeio mais tradicional é para as piscinas naturais, mas para chegar até elas é necessário contratar os serviços de um jangadeiro. Chegando lá, águas mornas e cristalinas represadas por corais dão visibilidade para milhares de peixinhos coloridos. A cidade conta ainda com outras praias, como Jatiúca, Cruz das Almas, Jacarecica, Guaxuma, Riacho Doce, Mirante da Sereia e Ipioca.

Turismo de LazerAs suas belas praias e piscinas naturais, com águas mornas e areia fi na, estão entre os principais atrativos. Ao norte do estado está a Costa dos Corais. Carro Quebrado e São Miguel dos Milagres são praias com pouca movimentação, que atraem visitantes em busca de tranquilidade. A 130 quilômetros de Maceió está a badalada Maragogi, o segundo destino mais procurado de Alagoas. Com uma rede hoteleira que agrega resorts e pousadas aconche-gantes e charmosas, a antiga vila de pescadores chama a atenção pelas suas piscinas naturais. Entre os passeios imperdíveis estão as chamadas Galés, localizadas a 6 quilômetros da costa. O sul do estado, o destaque é a Praia do Francês, localizada em Marechal Deodoro, que já foi capital de Alagoas. A 20 quilômetros de Maceió, ela é uma das mais frequentadas e se destaca pela estrutura, que inclui restaurantes e bares rústicos. Há ainda, a 34 quilômetros de Maceió, Barra de São Miguel, e a 45 quilômetros, a praia do Gunga, também muito procuradas pelos visitantes.

MICEAlagoas possui um moderno centro de convenções, o Centro Cultural e de Exposições de Maceió, que foi projetado com o que há de melhor em infraestru-tura de suporte. Com um pavilhão de feira de aproximadamente 7.400 m², o espaço está preparado para receber desde pequenos até megaeventos. No interior do Centro Cultural fi ca o teatro Gustavo Leite, com capacidade para 1.270 pessoas sentadas. A rede hote-leira também está bem equipada para receber pequenos e médios eventos. O Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares é um dos mais modernos do Brasil, oferecendo serviços com excelên-cia, sendo referência em acessibilidade.

SERVIÇOCapital: MaceióRegião: NordesteClima: Tropical quenteSite: www.turismo.al.gov.brTelefone: (55-82) 3315-5700

Alagoas

São Miguel dos Milagres, mergulho com snorkel e banho nas águas cristalinas de Alagoas

>> O turismo é uma das principais atividades econômicas do Alagoas. A cor do mar de

Alagoas é quase que indescritível. Por vezes azul, por vezes verde, e em muitos momentos

e lugares uma variação de tons entre essas duas cores. Além das praias, outros pontos

de atração turística se destacam. Na capital, vale conhecer o Museu Théo Brandão,

para conhecer a história alagoana, o bairro de Jaraguá, onde estão construções antigas

e históricas, a Catedral Metropolitana de Maceió, o Palácio Floriano Peixoto e o Pontal

da Barra, onde é possível ter contato com artesanato local.

Luiz Eduardo Vaz

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João PessoaUma das menores e mais antigas capitais do Nordeste, João Pessoa reúne ruas arborizadas, povo hospitaleiro, belas praias e badalação light. Com natureza impecável e mar azul turquesa, a capital da Paraíba se destaca por suas nove praias cristalinas e belíssima arquitetura. Considerada pela ONU uma das cidades mais verdes do mundo, João Pessoa possui parques que preservam a beleza natural brasileira. Embora emoldurada por uma bela orla, a cozinha da capital não se limita aos frutos do mar. As receitas do sertão, à base de carne de sol e de bode, macaxeira, arroz de leite, feijão-de-corda e manteiga de garrafa, também tem seu lugar na mesa. Para a sobremesa, dá-lhe rapadura!

Turismo de LazerNa região onde praia e sol andam de mãos dadas, os turistas aproveitam o clima tropical e se concentram, principalmente, nas praias urbanas de Tambaú, Manaíra e Cabo Branco, com barracas, bares e restaurantes. Na capital o turista pode conhecer ainda um rico acervo histórico arquitetônico que guarda imponentes construções barrocas datadas do século 16. A devo-ção, ainda nos dias de hoje, é bastante forte e representada pelo espetáculo da Paixão de Cristo, que atrai fi éis e turistas na Semana Santa. O frevo e maracatu animam o pré-carnaval nas ruas de João Pessoa e o forró marca presença nas festas juninas. A lagoa no centro do Parque Sólon de Lucena é um dos cartões-postais da cidade.

MICEJoão Pessoa está na lista dos destinos corporativos. A capital da Paraíba está entre as 15 cidades brasileiras que mais realizam eventos internacionais, segun-do o ranking da International Congress and Convention Association (Icca). Não é a toa que já é possível visualizar gran-des investimentos no segmento MICE. Um exemplo é a evolução da infraes-trutura constatada pelo estado durante os últimos anos. A cidade oferece um aeroporto internacional renovado e um recém-inaugurado centro de con-venções e exposições. O Novo Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima, com capacidade superior a 10.000 pessoas, lidera a lista dos principais em-preendimentos para receber médios e grandes eventos. O Espaço Cultural José Lins do Rêgo e o Centro de Convenções Tropical Hotel Tambaú integram uma lista recheada de opções.

SERVIÇOCapital: João PessoaRegião: NordesteClima: Tropical úmido no litoral e semi-árido no interiorSite: www.setde.pb.gov.br / www.pbtur.pb.gov.brTelefone: (55-83) 3218-4400 / (55-83) 3218-9852

Paraíba

Praia de Tambaú, Praia de Ponta do Seixas e a arborizada cidade de João Pessoa

>> O litoral do estado da Paraíba, com cerca de 130 km de extensão, está entre os mais

belos do Brasil, com muitas praias tranquilas, areia fi na e coqueirais. O interior faz

parte do sertão do Nordeste, onde predomina a caatinga. As paisagens mais rústicas e

bonitas, entretanto, encontram-se no litoral Sul. Águas mornas, areias douradas, muito

azul, verde, água de coco e gente interessante. É lá que está Tambaba, o mais consagrado

endereço naturista do Brasil. Já o litoral Norte é point dos surfi stas. As águas formam

excelentes ondas. Quem viaja com crianças deve incluir no roteiro um mergulho nas

piscinas naturais de Picãozinho, repletas de peixes coloridos.

Cacio Murilo

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 55

SERVIÇOCapital Federal: BrasíliaRegião: Centro-OesteClima: Tropical SazonalSite: www.setur.df.gov.br Telefone: (55-61) 3364-9102

>> A capital do Brasil é um marco da arquitetura e urbanismo moderno. Entre os monu-

mentos que merecem destaque estão as construções projetadas por Oscar Niemeyer,

arquiteto centenário consagrado, entre eles o Palácio da Alvorada, o Palácio Itamaraty,

o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a Catedral Metropolitana. Impossível,

porém, não incluir no circuito o Templo da Boa Vontade, a Feira dos Importados, a sede

do Ministério Público, do Superior Tribunal de Justiça e a Ponte JK, premiada como

uma das mais bonitas do mundo. Reserve seu tempo para outras atrações que devem

ser visitadas na capital, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Centro Cultural da

República e o Memorial dos Povos Indígenas, todos projetados por Niemeyer.

BrasíliaCapital federal, Brasília não é apenas a cidade do poder com seus majestosos monumentos. O destino tem roteiros ecológicos belíssimos que agradam a todos. O Cerrado é a vegetação típica da região e é adaptado ao clima seco, apresentando flora e fauna diferen-ciadas. Um dos grandes destaques do turismo de Brasília são os passeios em parques urbanos e nos arredores da cidade, onde podem ser visitadas fazendas e cachoeiras. A capital federal com sua arquitetura moderna foi plane-jada também com muitas áreas verdes. O Jardim Botânico, único jardim no cerrado, desenvolve vários projetos de conservação e é o lugar ideal para passar o dia e apreciar a abundante fauna.

Turismo de LazerIr de encontro à natureza, praticar esportes, ver de perto uma caverna e andar em uma gruta. São privilégios para quem deseja fazer ecoturismo nas diversas trilhas e cavernas na região que circunda o Distrito Federal, não muito distante de Brasília. Um bom exemplo é a Chapada Imperial. Uma proprieda-de particular cortada pela Chapada da Contagem, que dá origem a mais de 30 quedas d’água que, no quesito beleza, não perdem em nada para cachoeiras dos estados vizinhos. O contato direto com a natureza é um dos diferenciais. Uma parceria com o Ibama permite a criação de animais silvestres. O local é ideal para a prática de esportes radicais como o rappel, trekking e arvorismo. Sem praias, o Distrito Federal dispõe de cachoeiras, córregos, rios, lagos e lagoas.

MICEA cidade de Brasília dispõe de auditó-rios, clubes sociais, estádios, ginásios de esportes, salas e espaços em hotéis, business centers, salões de festa, salas de espetáculo, parques de exposição e mansões para encontros. A capital brasi-leira possui 460 pontos para eventos de todos os tipos e dimensões. No centro da cidade está o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com 54 mil metros quadrados distribuídos em três alas e com capacidade para 9,4 mil pessoas. O espaço, totalmente reformado e ampliado em 2005, está entre os três maiores do Brasil e conta com equipa-mentos de última geração. Fica a menos de 1 km dos setores hoteleiros e a 15 minutos do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

Distrito Federal

Palácio do Planalto, Catedral Metropolitana e passeio de bike pelo Cerrado de Brasília

SeturDFG

ov D

F

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56 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

SERVIÇOCapital: Campo GrandeRegião: Centro-OesteClima: Subtropical, tropical de altitude e tropicalSite: www.turismo.ms.gov.brTelefone: (55-67) 3318-7600

>> Flutuação em águas cristalinas, trilhas ecológicas, passeios de barco noturnos, ob-

servação de pássaros; são diversas as atividades que o Mato Grosso do Sul oferece aos

turistas interessados em imergir completamente na natureza. Paisagens de biomas como

o Pantanal e o Cerrado são deslumbrantes e frágeis, por isso, o cuidado com a sustentabi-

lidade desse paraíso natural é uma preocupação de governantes, empresários e moradores

do estado. O Mato Grosso do Sul é considerado referência nacional em ecoturismo,

prática que consegue aliar visitações turísticas ao cuidado integral com o meio ambiente.

Campo GrandeCidade limpa, organizada, planejada e arborizada. Não, não estamos falando de nenhuma região europeia. Essa é a cidade de Campo Grande, que tem seus costumes fracionados e misturados entre as tribos indígenas, com um belo artesanato que engloba peças de cerâ-mica, madeira e as coloridas tapeçarias, e o vizinho Paraguai, com sua infl uente e exótica culinária que vai desde a chipa - espécie de pão de queijo - e a sopa paraguaia - que na verdade mais se parece com uma torta salgada. Um dos pratos que mais chamam a atenção é o Sobá, macarrão com omelete desfi ado. A receita é japonesa e está presente no estado desde o início do século 20.

Turismo de LazerAlém do famoso City Tour para conhecer as particularidades de Campo Grande, a visita ao Parque das Nações Indígenas pode se tornar um bom passatempo. Lá é possível dar uma caminhada tran-quila e, com um pouco de sorte, ver animais como tatu, quati e capivaras. O Museu de Arte Contemporânea e o Museu das Culturas Dom Bosco, com bom acervo sobre os povos indígenas, também se encaixa no roteiro pela capital. Conhecida como a “capital brasileira do ecoturismo”, Bonito é um município com diversas atrações para quem gosta de estar em contato com a natureza e praticar atividades como mergulho, rapel, ciclismo e cavalgada.

MICEEm Bonito, a infraestrutura para even-tos é completa, com vários tipos de acomodação, um moderno centro de convenções e acesso por ar e por terra. O principal pilar MICE da cidade está instalado no Centro de Convenções de Bonito, que pode receber até 2000 pes-soas. Ainda no espaço, cinco auditórios e um grande pavilhão de exposições, ambos climatizados, completam a ofer-ta. Além disso, é possível encontrarmos salas multiuso, restaurantes, amplo estacionamento e área verde.

Mato Grosso do Sul

Vista Aérea do Pantanal do Mato Grosso do Sul e o Parque das Nações, em Campo Grande

Guto M

oreiraRico

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SERVIÇOCapital: ManausRegião: NorteClima: Equatorial úmidoSite: www.amazonas.am.gov.br / www.visitamazonastour.com Telefone: (55-92) 2123-3800

ManausManaus é a capital do estado e abriga uma boa parte da Floresta Amazônia. Este fato por si só já seria um belo mo-tivo para conhecer o destino, mas o que não faltam são atrativos turísticos a esta cidade que une uma rica cultura, moder-nidade e natureza. Além de ser palco do encontro das águas do Rio Negro e do Rio Solimões, Manaus tem também um dos teatros mais imponentes do Brasil, o Teatro Amazonas. São esses contrastes que fazem deste um destino especial. O Teatro Amazonas foi inaugurado em 1896. Ainda na capital, que tal pegar uma praia? Claro, não é uma praia tradicional, a praia de Ponta Negra é fl uvial e fi ca às margens do Rio Negro. O entorno conta com um amplo calça-dão, restaurantes e um mirante, além de ciclovia e quadras poliesportivas.

Turismo de LazerAo norte de Manaus, localizado a 107 quilômetros, com acesso pela BR 174, o município de Presidente Figueiredo compreende reservas ecológicas, re-servas indígena (Waimiri Atroari), sítio de mineração, a usina hidroelétrica de Balbina (distante 70 km de Figueiredo), cavernas, grutas, lagos, rios, igarapés e muitas cachoeiras e corredeiras. É pos-sível também fazer algumas trilhas de-marcadas em extensas áreas de fl oresta e pescar no Lago da hidrelétrica. Também em Presidente Figueiredo, a gruta do Maroaga é ponto de visitação de turis-tas que procuram aventura na Floresta Amazônica. Para chegar nela é preciso ainda caminhar um bom tempo por uma trilha na mata até chegar a boca da gruta. A entrada da caverna tem mais de 30 metros de altura e um fi lete de água cristalina escorre fi ltrado pelos sedimen-tos e pelas raízes da vegetação. O lugar é também preferido pelos amantes do rapel que descem pendurados em cordas do ponto mais alto até tocarem o solo.

MICEOs eventos em Manaus receberam uma casa nova com a inauguração, em julho de 2014, do Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques. O complexo recebeu investimentos de R$ 47,69 milhões, fi nanciados pelo governo es-tadual e pelo Ministério do Turismo. O local possui oito mil metros quadrados e capacidade para até 4,5 mil pessoas. O projeto inicial sofreu alterações para que o centro de convenções tivesse acesso integrado à Arena da Amazônia, estádio onde foram realizados jogos da Copa do Mundo e que fi ca ao lado do Sambódromo de Manaus e da Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira.

Amazonas>> O estado do Amazonas possui o cenário perfeito para quem busca Aventura e Ecotu-

rismo. Através de cruzeiros, todos os passeios nos rios da Floresta Amazônica levam para

paisagens deslumbrantes em um dos ecossistemas mais bonitos do mundo. Tais quais

desbravar os rios Amazonas, Negro e seus principais afl uentes. Para quem deseja sentir

como é diferente viver uns dias na selva Amazônica, os hotéis de selva são as melhores

opções. São construções feitas com base nas características arquitetônicas regionais. Em

termos de cultura, o Amazonas também se destaca através do Festival de Parintins, por

exemplo, uma das maiores manifestações folclóricas do Brasil.

Cachoeira na cidade de Presidente Figueiredo e o desfi le dos Bois Garantido e Caprichoso no Festival de Parintins

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 59

SERVIÇOCapital: BelémRegião: NorteClima: EquatorialSite: www.paraturismo.pa.gov.brTelefone: (55-91) 3223-8193 / 3212-0575

BelémA cidade de Belém tem inúmeros atra-tivos culturais e históricos, como o famoso complexo Ver-o-Peso, a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré e o Forte do Presépio. Para quem busca diversão, destaque para a Estação das Docas, que possui bares e restaurantes e atrai tanto visitantes quanto moradores de Belém. Mas a capital paraense tam-bém é um destino bastante procurado pelos amantes de ecoturismo. Explica-se: mesmo sendo uma metrópole, sua geografi a peculiar, entrecortada pelos rios Amazonas, Maguari e Guamá, re-sulta em uma série de reservas naturais ao redor da cidade. Dentro do perímetro urbano está o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, fundado em 1895 e instalado em uma área de 5,2 hectares.

Turismo de LazerA ilha de Marajó está entre os mais importantes cenários ecológicos do Brasil. Com cerca de 3 mil ilhas e ilhotas, é o maior arquipélago fl úvio-marítimo do planeta e uma Área de Proteção Ambiental (APA). O viajante tem a opor-tunidade de se hospedar em fazendas tradicionais e viver experiências radicais, enfrentando as ondas da pororoca, por exemplo. Na ilha, o turista poderá conhecer uma diversidade de fauna e fl ora que a tornam um dos destinos turísticos mais cobiçados do Pará. Um dos principais cartões-postais do estado, o Marajó é o destino ideal para quem também aprecia uma rica culinária, complementada com queijos de leite de búfala, além de uma enorme variedade de peixes e frutas.

MICEO estado do Pará possui estrutura com-pleta para sediar eventos através do Hangar Convenções e Feiras da Ama-zônia. O espaço situado em Belém tem capacidade para abrigar reuniões e feiras de diferentes portes. É lá que acontece a Feira Internacional de Turis-mo da Amazônia (FITA). O município de Marabá, que fica a cerca de 500 quilômetros da capital, terá o segundo maior Centro de Convenções e Eventos do estado. O novo centro já tem 50% de suas obras concluídas.

Complexo Feliz Lusitânia, em Belém; búfalos em Marajó; e Alter do Chão, em Santarém

>> Diversidade Cultural. É assim que podemos defi nir o estado mais populoso do Norte

brasileiro, com atuais 7,8 milhões de habitantes, e que traz a todos os turistas aspectos da

profunda religiosidade da região, tendências dos países vizinhos, uma natureza exuberante

com encontro de rios, praias, fauna e fl ora, e claro, uma exclusiva e saborosa gastronomia.

Estamos falando do Pará, que investe signifi cativamente em atividades religiosas, acre-

ditando ser o principal pilar da promoção turística da região, sem deixar de lado a sua

musicalidade, culinária, natureza exuberante e o folclore, marcas registradas do estado.

Pará

Jean BarbosaJean Barbosa

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60 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Minas Gerais

Belo HorizonteBelo Horizonte é a capital de Minas Gerais e possui aproximadamente 2,4 milhões de habitantes. Com forte im-pacto cultural, econômico e político, BH é reconhecida nacional e interna-cionalmente. Em 2014, foi eleita a Capital Brasileira da Hora do Planeta, uma disputa entre cidades que visa amenizar os efeitos das mudanças cli-máticas. Possui importantes parques, museus e monumentos, tais como o Conjunto Arquitetônico e o Museu de Arte da Pampulha, o Mercado Central, Circuito Cultural Praça da Liberdade, entre outros. A cidade é hoje um dos maiores polos industriais do país, com empresas de conhecimento nacional nas mais diversas áreas.

Turismo de LazerSão muitas as opções de lazer e en-tretenimento no estado. Impossível não viajar no tempo e na história no sobe-e-desce das ladeiras de Ouro Preto. Entre um atrativo e outro, tudo remete ao período colonial - são igrejas que exibem a genialidade de Aleijadinho; minas de ouro exploradas com o suor dos escravos; museus que contam a saga dos inconfidentes. As vizinhas de Ouro Preto também guardam belas relíquias do barroco brasileiro. Enquanto Mariana exibe casario colonial preser-vado, além de minas de ouro abertas à visitação; Congonhas abriga uma das mais perfeitas obras de Aleijadinho - os 12 profetas, esculpidos em pedra-sabão. Os programas feitos em Tiradentes evi-denciam as principais características da região: as riquezas históricas e o clima de cidadezinha do interior de Minas.

MICEBelo Horizonte é a 3ª maior cidade do país e vem se destacando no turismo de negócios por sua capacidade e boa in-fraestrutura para acomodar os eventos. Possui cerca de 31 áreas prontas para receber congressos, feiras e exibições de diversos setores econômicos. Tem uma grande estrutura hoteleira com 232 hotéis (2 a 5 estrelas), outros em categorias abaixo de 2 e fl ats. O Mi-nascentro e Expominas se destacam como modernas locações com grande capacidade para realização de eventos. Além de Belo Horizonte, Minas possui outros cinco centros de turismo de negócios: Juiz de Fora, Ouro Preto, Araxá, Uberlândia e Uberaba.

SERVIÇOCapital: Belo HorizonteRegião: SudesteClima: Tropical de altitudeSite: www.turismo.mg.gov.brTelefone: (55-31) 3270-8501

Parque Municipal, Maria Fumaça na Estação de Tiradentes e o Passadiço da Glória, em Diamantina

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Robert Serbinenko

>> Minas Gerais é um grande estado, mas ainda guarda suas raízes. Oferece aos seus

visitantes cultura, variedade de atrativos naturais e um rico patrimônio histórico. Suas

cidades contam a história do país, como por exemplo, Diamantina, Ouro Preto, Tira-

dentes. Além do famoso Triângulo Mineiro, que tem Uberlândia e Uberaba como prin-

cipais cidades. “Beagá”, como a capital é chamada por seus moradores, possui botecos

espalhados por toda parte da cidade, sempre com o famoso pão de queijo, o torresmo e

a conhecida cachaça mineira.

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 61

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São Paulo

São PauloA cidade que “pulsa” concentra 15% do Produto Interno Bruto (PIB) e 6% da população do Brasil. A cidade possui, nada mais, nada menos, que o maior parque hoteleiro do país, com 42 mil quartos. São mais de 400 mil metros quadrados diários para realização de fei-ras, exposições e convenções. Números expressivos e que fazem a capital de São Paulo ser, também, a capital da econo-mia, infraestrutura e da abundância de serviços. Além de reuniões, eventos, congressos e tudo o que interessa ao mundo corporativo, São Paulo ainda oferece opções de diversão, gastrono-mia e entretenimento para todos os gostos, desde os menos exigentes até os mais requintados.

Turismo de LazerA cidade de São Paulo também é berço da diversão e do entretenimento. Em-bora muito atrelados à gastronomia, com cerca de 13 mil restaurantes, e às compras, concentradas nos cerca de 80 shopping centers, o lazer em São Paulo também faz o convite para as “nights paulistanas”. São boates, pub’s, restaurantes, pizzarias especiali-zadas e os bairros boêmios conhecidos por habitantes e turistas, como Vila Madalena e Vila Mariana. A arte e a história não fi cam de fora dessa. Entre os imperdíveis museus da cidade está o Masp, localizado na Avenida Paulista. Há ainda o Museu do Ipiranga, com objetos da Família Real Portuguesa e de Dom Pedro I, e o Museu do Futebol, atração localizada no Estádio do Pacaembu. E não se esqueça da Fórmula 1 invadindo Interlagos anualmente. O GP Brasil na cidade pode movimentar até R$ 260 milhões este ano.

MICEA capital paulista está entre as 10 cida-des mais bem colocadas no ranking das Américas – 2013, com 90 mil eventos anuais. Esse mercado é responsável por movimentar R$ 2,4 bilhões por ano só em equipamentos e serviços. Com uma média de uma feira de negócios a cada três dias, São Paulo ainda retém cerca de R$ 8 bilhões em viagens corporativas, meios de hospedagem e traslados. O Ca-lendário de Eventos do São Paulo Con-vention & Visitors Bureau, sempre reple-to, não deixa nenhuma dúvida quanto à vocação de São Paulo para o MICE.

SERVIÇOCapital: São PauloRegião: SudesteClima: Tropical Atlântico; Tropical de AltitudeSite: www.cidadedesaopaulo.com / www.spturis.comTelefone: (55-11) 2226-0400

Catedral da Sé, Parque da Independência e Teatro Municipal

>> Se a cidade de São Paulo já é grande e com centenas de atividades profi ssionais e de lazer,

imagine o estado inteiro? Com 44 milhões de habitantes espalhados por 645 municípios,

São Paulo oferece um leque de rotas e roteiros turísticos que não se reservam apenas a

capital. Muito pelo contrário, desde o litoral, com Ubatuba, Taubaté e Santos, até o acon-

chego de Campos do Jordão é possível encontrar atividades pelo caminho. O Caminho da

Fé, o Caminho das Águas Nascentes, o Caminho do Sol, o Circuito das Frutas, Circuito

da Mantiqueira são apenas alguns exemplos do segmento de lazer que se espalham por

todo o estado. É claro que o mundo corporativo não poderia fi car de fora. O estado tem a

segunda maior cidade no mundo dos negócios. O destino recebe mais de 20 grandes eventos

por ano e conta com um dos mais completos centros de convenções da América Latina.

Jose Cordeiro

Setu

r-SP

Setur-SP

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 63

SERVIÇOCapital: VitóriaRegião: SudesteClima: TropicalSite: www.es.gov.br Telefone: (55-27) 3636-4360

VitóriaA capital é limitada por dois importantes portos: o de Vitória e o de Tubarão, com isso, o turismo de negócios é um dos que mais se destaca, mas a dinâmica econômica da cidade também possi-bilita o turismo de eventos, o turismo náutico e o turismo gastronômico, no qual o prato mais pedido é a moqueca capixaba. Vitória possui três áreas prin-cipais: o Centro (Cidade Alta), onde se concentram as atrações históricas; o bairro Praia do Canto, que concentra hotéis, restaurantes e lojas e a Praia de Camburi, a mais famosa e movimentada da cidade.

Turismo de LazerA histórica Vila Velha, orla urbanizada da Praia da Costa e de Itaparica concentra atividades populares. Conceição da Bar-ra e Itaúnas, ao norte, e Guarapari, 65 quilômetros para o sul, têm aproveitado o movimento da capital e atraído mais turistas. Esta última é circundada por pequenas praias, umas mais escondidas e outras mais urbanizadas.

MICEO potencial turístico é marcado pela infraestrutura da rede hoteleira, res-taurantes e espaços para eventos, dos quais podemos destacar os eventos de entretenimento e os eventos culturais e musicais. Em Vitória, no mês de fe-vereiro, ocorre a Feira Internacional do Mármore e Granito, na qual os hotéis costumam fi car lotados e existe também a Vitória Stone Fair, maior exposição de Rochas Ornamentais do mundo. Um dos espaços mais utilizados é o Pavilhão de Carapina, que foi construído pelo governo do estado para sediar eventos no município de Serra.

Vista panorâmica de Vitória, Parque Nacional do Caparaó e a natureza marcante na capital capixaba

Espírito Santo>> O estado possui uma extensa faixa litorânea, formada por 73 ilhas. O turismo no

Espírito Santo está organizado em Rotas Turísticas, com caminhos que levam o turista

a desfrutar do litoral, do turismo religioso, náutico, ecoturismo e do agroturismo. Os

destinos são divididos em oito rotas, quatro delas com acesso pela capital Vitória, onde

fi ca localizado o principal aeroporto do estado.

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Rio de Janeiro

Rio de JaneiroA cidade do Rio de Janeiro dispensa apresentações. A Cidade Maravilhosa é a mais conhecida internacionalmente e serve de referência para a imagem do país. É a segunda maior metrópole do Brasil e tem o 2º maior PIB, somente atrás de São Paulo. Possui aproxima-damente 6,3 milhões de habitantes e abriga a maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca. O destino possui uma das sete novas maravilhas do mundo moderno, considerado o símbolo da cidade, o Cristo Redentor. Além disso, sua paisagem foi considera-da Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO e tem a maior rota de turismo internacional do Brasil.

Turismo de LazerO Rio de Janeiro conta com as mais variadas opções de lazer. Na capital, temos desde as mais famosas praias, como Copacabana, Leblon e Ipanema, até trilhas ao topo da Pedra da Gávea e Pedra Bonita, para os mais aventureiros. Os atrativos mais procurados e conheci-dos são o Cristo Redentor, o bondinho do Pão de Açúcar, o Jardim Botânico e o Maracanã, palco de grandes jogos e eventos. A cidade também oferece diversas opções culturais no Museu de Arte Moderna (MAM), no Theatro Municipal, entre outros. A noite carioca também é muito diversificada, com destaque para Lapa.

MICEO Rio de Janeiro, cada vez mais, se torna a porta de entrada para os executivos no Brasil. Isso se dá porque uma viagem de negócios consegue ser também uma viagem de lazer, pelas praias e outras atrações. Com isso, o Rio desbancou São Paulo e se tornou a capital de tu-rismo de negócios do Brasil. A capital fl uminense sediou a fi nal da Copa das Confederações 2013, alguns jogos e a fi nal da Copa do Mundo 2014 e em 2016 receberá as Olimpíadas e os Jogos Paralímpicos. Com uma infraes-trutura diversifi cada para eventos, tem o Riocentro como principal centro de convenções.

SERVIÇOCapital: Rio de JaneiroRegião: SudesteClima: Tropical marítimoSite: www.turisrio.rj.gov.brTelefone: (55-21) 2333-1073

Vista aérea da capital fl uminense, as palmeiras imperiais do Jardim Botânico e praia no Arpoador

>> A cidade do Rio de Janeiro é conhecida mundialmente, mas poucos conhecem as

belezas por trás das outras regiões do estado, que tem muito a oferecer além das atra-

ções turísticas da capital. O Rio de Janeiro conta com uma vasta costa litorânea, grande

diversidade de climas e paisagens e possui opções para todo tipo de público. Na Costa

Verde fi cam Angra dos Reis e Paraty. Na Costa do Sol destaque para Búzios e Arraial

do Cabo. Na Serra Verde Imperial, cidades como Petrópolis e Teresópolis se destacam.

Alexandre M

acieiraRiotur

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 65

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66 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

FlorianópolisNatureza, gastronomia, cultura, agita-ção e história. Um pouco de cada coisa encontramos na bela Florianópolis, capital de Santa Catarina. Com um ter-ritório de 436 quilômetros quadrados e com pouco mais de 400 mil habitantes, Floripa, como é chamada carinhosamen-te pelos amantes dessa cidade, é um destino muito procurado por sua beleza e atrativos variados, com destaque para as inúmeras praias de águas mornas e cristalinas que compõem o litoral do município. Ambientes calmos, rústicos, familiares e badalados compõem um catálogo com mais de 30 opções para se deslumbrar e aproveitar os dias de sol com estilo. Surfi stas, crianças, idosos, esportistas e jovens se dividem entre o sossego e as festas mais movimentadas da cidade, que transformam a areia fofa em grandes palcos culturais.

Turismo de LazerSanta Catarina dispõe de diversos parques e centros de lazer e entre-tenimento, bares, casas noturnas e muitos outros locais para passear, curtir o tempo livre e se divertir. Além das incontáveis praias ideais para descan-sar com a família e aproveitar os mais belos visuais naturais, ou se aventurar através dos esportes náuticos como surf, kitesurfe windsurf e stand-up paddle. A observação da baleia Franca, que visita o litoral para amamentar os fi lhotes, também é uma atividade bastante co-mum pela orla do Estado, em especial na praia do Rosa e na Ilha de Porto Belo. Seja no inverno ou no verão, a cultura europeia é muito presente nas festas tradicionais que acontecem o ano inteiro pelo estado. Festivais de cerveja, danças, músicas e comidas típicas são algumas das atividades desses festejos populares.

MICEVistos como uma alternativa para com-pensar o movimento fraco da baixa temporada, os congressos vêm de-sempenhando um papel indispensável no faturamento do setor. No ranking da Icca, Florianópolis ocupa a 4ª po-sição no Brasil, empatada com Porto Alegre, com 14 eventos realizados. Além da capital, há boa expectativa de crescimento em outros polos do estado. Balneário Camboriú trabalha com expectativa de expansão de 20% e Joinville vive um bom momento com realização de eventos tradicionais com a revitalização do Expoville. O Centro de Eventos de Canasvieiras, previsto para o fi m do ano, teve investimentos de R$ 50,6 milhões do governo estadual, o centro conseguirá receber 3 mil pessoas em um só local.

SERVIÇOCapital: FlorianópolisRegião: SulClima: Subtropical úmidoSite: www.turismo.sc.gov.br / www.santur.sc.gov.brTelefone: (55-48) 3212-6300

>> Com 560 km de extensão, o litoral catarinense possui praias belíssimas, com car-

acterísticas bem diferentes umas das outras. Algumas estão localizadas em balneários

movimentados. Outras, quase desertas, são acessíveis somente por trilhas no meio da

Mata Atlântica ou por barco. Para os mais aventureiros, o estado conta com alguns dos

melhores pontos do Brasil para a prática do raft ing. É o caso do Rio Itajaí-Açu e seus

afl uentes, no Vale do Itajaí, onde a emoção é garantida. Se é beleza natural e um pouco de

tradição que você procura, a diversidade do estado não vai lhe decepcionar. Os cânions

catarinenses impressionam por sua grandiosidade. Neste caso, a dica é o turismo rural,

com destaque para os passeios a cavalo que podem durar até uma semana.

Santa Catarina

Ponte Hercilio Luz, cartão-postal de Florianópolis, construções em Blumenau e a praia do Forte, na capital catarinense

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 67

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Porto AlegreA capital dos gaúchos é também a capital brasileira mais arborizada e oferece excelentes opções para os turistas: são belas paisagens, cultura, entretenimento e lazer. Há coisas im-perdíveis para quem quiser conhecer o melhor do destino, como o histórico Mercado Público Central, movimentado espaço de compras e gastronomia, ou os 72 km do Lago Guaíba e seu consa-grado pôr do sol. O cardápio gaúcho é diversifi cado e tem como tradição a carne de charque, o churrasco e as infl uências sofridas pela imigração ita-liana e alemã. E o clássico Chimarrão? A bebida característica, feita a base de mate, é um hábito legado. Difícil é encontrar quem não bebe por aqui. Reserve um dia para o famoso citytour. Para quem não sabe, Porto Alegre foi a primeira cidade brasileira a colocar em circulação um ônibus de dois andares panorâmico para passeios turísticos.

Turismo de LazerReserve um tempo para visitar o Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS. O ponto turístico foi vencedor do Tra-vellers’Choice 2014, do Tripadvisor, e mistura conhecimento, divertimento e interatividade. Um dia inteiro é pouco para conhecer todas as atrações do museu, que promete e transforma con-ceitos de química, física e matemática em brincadeiras com espelhos, sombras e até um leve choque elétrico. Não deixe de conhecer as cidades de Gramado e Canela. Em Canela, não deixe de ir até a Cascata do Caracol, com 131 m de altura, é a mais famosa do Rio Grande do Sul. Entre as belas paisagens do interior, as mais impressionantes estão nos arredores de Cambará do Sul, porta de acesso ao Parque Nacional de Apa-rados da Serra e à sua grande atração, o Cânion do Itaimbezinho.

MICENão só a capital, mas também as cidades próximas possuem uma rede hoteleira diversifi cada e oferecem espaços para eventos, congressos e convenções. É o caso do Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, do Expo Gramado e do Centro de Feiras e Eventos Serra Park, ambos em Gramado, com capacidade para 8 mil, 7 mil e 6 mil pessoas, res-pectivamente. Outros empreendimen-tos que se destacam são o Centro de Eventos PUC-RS e o Hotel Plaza São Rafael, ambos em Porto Alegre e com capacidade para até 3 mil pessoas.

SERVIÇOCapital: Porto Alegre Região: SulClima: Subtropical úmidoSite: www.turismo.rs.gov.brTelefone: (55-51) 3288-5400

>> O Rio Grande do Sul é um dos mais incríveis estados do Brasil, tanto por suas tradições

culturais quanto pelos seus recursos naturais. Sua posição geográfi ca reforça os laços

com argentinos e uruguaios, particularizando o estilo de vida dos gaúchos. A capital é

Porto Alegre, com 1,5 milhão de habitantes. As cidades da Serra Gaúcha, Gramado e

Canela, são clássicas e não poderiam passar despercebidas. Separadas apenas por 8 km,

ambas apresentam belezas naturais associadas a uma excelente rede hoteleira e a uma

variada gastronomia, fazendo da região um dos destinos turísticos mais desejados no

Brasil. Gramado e Canela preservam a cultura nas construções, culinária e festas típicas.

Rio Grande do Sul

Vista aérea de Porto Alegre, Lago Negro, em Gramado, e Praça da Matriz, na capital gaúcha

Alina Souza

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Camila D

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 69

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70 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

CuritibaA capital paranaense se destaca pela qualidade de vida e a diversidade de atrativos que começam pela sua grande área verde de 55 metros quadrados por habitante, concentrada nos mais de 25 parques como o Barigui e Tan-guá, ruas e bosques. Tudo isso com direito a saborear a rica culinária que se destaca, entre outras coisas, pelos rodízios de massa italianos do bairro de Santa Felicidade. No roteiro dos pontos turísticos o Jardim Botânico, a Ópera do Arame e o Teatro Guaíra fazem parte do programa da Linha Turismo, que é realizada diariamente por ônibus especiais que circulam pelos principais pontos turísticos da cidade. Com ela, é possível conhecer os parques, praças e atrações.

Turismo de LazerO eterno espetáculo das Cataratas é sempre um cenário capaz de tirar o fôlego de quem chega a Foz do Igua-çu. Seja a bordo de botes infl áveis ou mesmo por meio das passarelas, não há como fi car indiferente a magia deste cenário localizado no Parque Nacional do Iguaçu. Outros atrativos desta região incluem obrigatoriamente uma visita ao Parque das Aves, bem como a Usina Elétrica de Itaipu. Já o portão de entrada para o litoral paranaense é Paranaguá. De lá se chega às praias que enfeitam a Ilha do Mel. O acesso se dá a partir de Curitiba, seja pela Serra da Graciosa ou pela Serra do Mar. As belas paisagens que enfeitam esse roteiro fi cam ainda mais deslumbrantes a bordo da litorina da Serra Express, que diariamente deixe a capital paranaense para um passeio que inclui uma parada na estação de Morretes.

MICENo Paraná, duas cidades se destacam no turismo de negócios: Curitiba e Foz do Iguaçu. O maior centro de convenções em Curitiba é o Expo Unimed Curitiba, localizada a menos de 30 minutos do centro da cidade e do aeroporto. O centro de exposições e as salas multiuso somam 11.535 m² de área construí-da, distribuídos em dois pisos. Conta também com espaços menores como o Teatro Positivo - Grande Auditório, o maior teatro do Paraná. Em Foz do Iguaçu, além da estrutura, as atrações turísticas da região atraem visitantes. Os principais centros de eventos da cidade fi cam dentro de hotéis, além do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu.

SERVIÇOCapital: CuritibaRegião: SulClima: Frio e úmidoSite: www.turismo.pr.gov.brTelefone: (55-41) 3352-6443

>> O Paraná se localiza em um lugar estratégico para o turismo. Faz divisa com Argen-

tina e Paraguai, o que facilita aos brasileiros que pretendem viajar a algum desses países

de carro. Além disso, conta também com um grande número de parques nacionais,

em principal o Parque Nacional do Iguaçu. O Jardim Botânico de Curitiba possui um

dos famosos cartões-postais do estado, a estufa iluminada. O Museu Oscar Niemeyer,

por sua vez, tem um anexo em forma de ‘’olho’’ e desperta curiosidade dos visitantes.

Os principais destinos são Foz do Iguaçu, por suas cataratas consideradas Patrimônio

Natural da Humanidade, Ilha do Mel e a capital, Curitiba.

Paraná

Cataratas do Iguaçu, Jardim Botânico de Curitiba e Itaipu Binacional, em Foz

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 71

Praia da Solidão, em Florianópolis (SC)

Santa Catarinaespera por você

Santa Catarina oferece inúmeras opções de lazer e entrete-nimento aos turistas. O estado possui algumas das praias mais belas do país, onde esportes náuticos como surf,

winfsurd, kitesurf e stand up paddle vêm ganhando destaque a cada dia. O destino abriga uma das principais competições de surf do Brasil. Santa Catarina também se diferencia por sua área de preservação ambiental, sendo possível a observação de baleias, pássaros e animais marinhos. Próximo às tradições

alemãs, devido ao período de colonização, o estado também conta com o maior número de festas à moda europeia, que relembram e mantém a cultura viva. Torres de chope, danças e músicas folclóricas, comidas e roupas típicas são apenas algumas das atrações que nos transferem para outra época, e nos fazem acreditar que a Alemanha é “logo ali do lado”. Entre praias e festas, esportes e relax, Santa Catarina está pronta para o verão, pronta para receber você.

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72 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> Natureza, gastronomia, cultura, agitação e

história. Um pouco de cada coisa encontramos

na bela Florianópolis, capital de Santa Catarina.

Com um território de 436 quilômetros quadra-

dos e com pouco mais de 400 mil habitantes,

Floripa, como é chamada carinhosamente

pelos amantes dessa cidade, é um destino

muito procurado por sua beleza e atrativos

variados, com destaque para as inúmeras praias

de águas mornas e cristalinas que compõem

o litoral do município. Ambientes calmos,

rústicos, familiares e badalados compõem

um catálogo com mais de 30 opções para se

deslumbrar e aproveitar os dias de sol com

estilo. Surfi stas, crianças, idosos, esportistas

e jovens se dividem entre o sossego e as festas

mais movimentadas da cidade, que transfor-

mam a areia fofa em grandes palcos culturais.

LagoinhaNo extremo Norte da Ilha, Lagoinha é uma

pequena praia com característica de enseada,

por ser protegida por costões. Abriga uma

tradicional colônia de pescadores e um visual

estonteante. É ideal para aqueles que desejam

ter sossego, fi car longe da agitação e curtir

a simplicidade das praias de Florianópolis.

A região abriga poucas casas residenciais,

muitas delas à beira da praia, e possui poucos

serviços de hotelaria e utilidades. Entretanto,

fica próxima de zonas que possuem forte

infraestrutura para receber turistas, dando

tranquilidade e sossego para quem deseja

descansar durante o dia, mas quer curtir a

noite agitada da cidade.

Praia MoçambiquePraia mais extensa de Florianópolis e uma das

maiores de Santa Catarina, Moçambique possui

8,5 km de areias claras e macias que garantem

uma beleza natural intocada. Parte do Parque

Florestal do Rio Vermelho, uma reserva de

aproximadamente 400 mil m², não há nenhuma

construção no local e nem no caminho. A paisa-

gem torna-se ainda mais deserta com as dunas,

que cortam a linha entre a vegetação rasteira e

o oceano. Por sua tranquilidade e boas ondas,

a praia é um dos principais points dos surfi stas,

que são os principais frequentadores do local.

JurerêJurerê conta com ondas longas e calmas, areia

fi na em tom amarelo-claro e uma água morna e

agradável durante o verão. O lugar é ideal para

famílias e idosos, que aproveitam para descan-

sar ao som suave do mar. Durante a noite, Ju-

rerê é palco de atrações musicais e boas festas.

Jurerê InternacionalA praia de Jurerê Internacional tem ares de

Miami Beach. O bairro é planejado, com

mansões milionárias e desfi le de carrões. O

pedaço é o epicentro do luxo em Florianópolis,

sede de descolados beach lounges onde, no

verão, as festas fervem regadas a espumante

e ao som de batidas eletrônicas.

Praia da JoaquinaPróxima à Praia Brava fi ca a Praia da Joaquina

ou Joaca, como é apelidada pelos moradores.

Conhecida por suas ondas perfeitas, geral-

mente geladas, Joaquina é o lugar preferido

de muitos surfi stas, sendo sede de campeo-

natos nacionais e até mundiais. Os eventos de

surfe, realizados desde a década de 70, deram

reconhecimento internacional à Joaquina.

Praia do ForteUma pequena estrada separa a Praia do Forte

dos grandes centros turísticos do Norte da

ilha de Florianópolis. O local é um recanto de

Convention & Vistors Bureau de Florianópolis

Jurerê Jurerê Internacional Forte

Lagoinha

Qlitoral

Epa Machado/Santur

Praias de Florianópolis

descansar e badalarAREIAS PARA

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Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 73

tranquilidade, com uma paisagem única e águas

mornas. Por ser uma região onde há cultivo

de ostras e mariscos, os frutos do mar chegam

fresquinhos aos restaurantes, dando um toque

especial na gastronomia local. A prática de espor-

tes na areia, como corrida, alongamento e yoga

são comuns e muito procurados por turistas e

habitantes da cidade ligado à saúde e bem-estar.

Praia BravaÁguas límpidas, gente bonita na areia, música,

eventos e uma comunidade ativa, este é o

universo que envolve a Praia Brava, que ganha

destaque no verão de Florianópolis pela boa

infraestrutura, além, é claro, do visual privile-

giado. Nos meses de verão, muitos jovens em

busca de diversão ocupam as areias da praia,

pois é lá que se realizam eventos com DJs e

bandas. Sempre há música e lugares que servem

bebida e petiscos. O mar é local de diversão

de surfi stas, uma vez que as ondas criam um

ambiente perfeito para a prática do esporte.

ArmaçãoA apenas 25 km do centro de Florianópolis,

a Praia da Armação ainda mantém um clima

de pequena vila. É um dos principais núcleos

de pesca artesanal da ilha, com várias comu-

nidades pesqueiras que exploram o mar. Junto

a Campeche e Pântano do Sul, forma o maior

complexo pesqueiro da cidade. Convivendo

com esta pitada de antiguidade, estão bares,

restaurantes, empresas de turismo e surfi stas.

As noites de verão são caracterizadas por muita

movimentação nas ruas do centrinho. Passear

a pé, observar artistas de rua e escolher um es-

tabelecimento para jantar é a atividade de lazer

preferida de quem escolheu o Sul da ilha para viver.

Lagoa da ConceiçãoFormada pelo Canto da Lagoa, Canto dos Ara-

çás, Sertão Grande e Retiro da Lagoa, a Lagoa

da Conceição reúne praias, dunas, montanhas

e a maior lagoa de Florianópolis. Piqueniques,

caminhadas, passeio de pedalinho, escunas e

caiaque fazem parte do cenário composto por

construções preservadas da época colonial,

fazendo um belo contraste com a natureza

rústica e os dias movimentados do local.

Para quem vem em turma e quer badalação à

noite, o Centrinho da Lagoa é a aposta certa.

NaufragadosNo extremo Sul da ilha, antes das águas do

mar tomarem conta da paisagem, uma última

praia guarda mistérios históricos, ruínas de

edifi cações de outros séculos e uma natureza

praticamente intocada. É a Praia Naufragados,

em que só é possível chegar por trilha ou por

barco. Sua areia branca é tomada por alguns

poucos restaurantes e bares locais que ofere-

cem bebidas e pratos típicos dos pescadores

aos visitantes. Por ser mais isolada, não há

carros, barulho de cidade ou poluição, ideal

para esquecer os problemas na civilização e

se renovar com a natureza exuberante.

Ribeirão da IlhaLocalizada na Baía Sul, tem um mar calmo

e de pouca profundidade, fugindo à regra

das praias do Sul. A areia é grossa e escura,

formada por pedaços de conchas. Na orla,

a arquitetura dos séculos 18 e 19 se destaca

aos olhos e dá um charme especial a esse

pequeno pedaço paradisíaco. Tradicional-

mente açoriana, a cultura, os hábitos e as

tradições da população lusitana se mantêm

vivos nas pequenas ruelas que se misturam

com a modernidade. Os restaurantes de

tradição familiar servem frutos do mar de

boa qualidade.

Moçambique Praia Brava Joaquina

Lagoa da Conceição Armação Naufragados

Qlitoral

Florianópolis C&VB Florianópolis C&VB Lolita Cunha

Convention & Vistors Bureau de Florianópolis

Page 74: Festival do Turismo 2014

74 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

>> O surfe e suas variações – windsurf e

kitesurf – são muito praticados em Santa

Catarina, atraindo legiões de adeptos com

um estilo de vida diferente, que valorizam

o contato e o respeito com a natureza. No

total, o estado oferece 560 km de costa e

cerca de 130 praias indicadas para o esporte.

É difícil destacar qual a melhor praia para a

prática do surf, devido à quantidade de opções.

Entre as mais conhecidas e populares estão

Joaquina, Mole, Moçambique, Morro das

Pedras e Campeche, em Florianópolis; Guar-

da do Embaú, em Palhoça; Vila (única praia

da América Latina que sedia o Campeonato

Mundial de Surfe – WCT) e praia do Rosa, em

Imbituba; Silveira e Ferrugem, em Garopaba;

Prainha, em São Francisco do Sul; Atalaia e

Brava, em Itajaí; Estaleiro, no Balneário Cambo-

riú; e Mariscal e Quatro Ilhas, em Bombinhas.

Já para os outros esportes, como o wind-

surf e o kitesurf, a praia preferida dos pra-

ticantes é Ibiraquera, com destaque para a

Lagoa de Ibiraquera, em Imbituba. Com um

cenário composto por dunas, rios, ilhas e

lagoas, Ibiraquera abriga uma tranquila vila

de pescadores. O local é muito procurado

por suas pousadas de charme e por seus bons

restaurantes, onde se destacam os pratos com

camarões-rosa, que são pescados à moda

artesanal, na própria Lagoa de Ibiraquera.

A região é considerada uma das melhores em

ondas para a prática do kitesurf e do windsurf

em todo o Brasil. A cada ano, no mês de outubro,

a elite mundial de ambos os esportes se reúnem Sobr

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Page 75: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 75

Trekking, rapel e tirolesa: aventurapara todos os perfi sUm dos principais destinos para a prática do trekking e do rapel, Urubici conta com uma grande variedades de lugares, montanhas e serras para serem exploradas. Emoções fortes aguardam quem pretende conhecer a Serra do Corvo Branco. Situada a 30 quilômetros do centro de Urubici, tem um visual impressionante, que começa na fenda que corta dois enor-mes paredões de pedra. A estrada que desce em direção a Grão Pará é vertiginosa, revelando paisagens deslumbrantes e inteiramente selva-gens. O destino encanta os turistas, proporcionando atividades como trek-king, rapel e outros esportes radicais. No Balneário Camboriú, o destaque fi ca para o parque Unipraias. O local oferece percurso de arvorismo com 130 metros, culminando em uma tirolesa de 32 metros de extensão e 15 metros de altura. Dispõe tam-bém de passarelas suspensas para caminhadas ecológicas pela mata Atlântica. Por fim, com 998 m de altitude, o Castelo dos Bugres, em Joinville apresenta boas condições para a prática de escalada. Há duas trilhas que levam ao topo, passando por cavernas, corredores rochosos e mirantes, como a Pedra do Sofá. No cume, é possível avistar toda a região norte de Santa Catarina e parte do território paranaense.

nas areias de Ibiraquera para a mais esperada

competição de vela wave latino-americana, o

Ibiraquera Wave Contest. Aqueles que arriscam

manobras nas ondas de Ibiraquera podem,

inclusive, dar de cara com o campeão mundial

de WIND 2005, Kauli Seadi, que mora no local.

Por sua vez, a Lagoa de Ibiraquera pos-

sui excelentes condições para a prática de

Slalom (manobras em ziguezague), além de

ser ótima para o stand-up paddle (esporte

realizado em cima de uma prancha de surf

com remos). O entorno da Lagoa conta com

operadoras que oferecem aluguéis de equi-

pamentos para práticas de esportes náuticos.

RaftingDescidas de corredeiras em botes de borracha

infl áveis proporcionam grandes emoções em

contato direto com a natureza. O raft ing, es-

porte procurado pelos viciados em adrenalina,

movimenta, cada vez mais, o Ecoturismo e o

Turismo de Aventura. Santa Catarina ofere-

ce diversas opções de passeios, com vários

níveis de dificuldade, disponibilizados por

operadoras credenciadas, que incluem treina-

mento básico e os equipamentos de segurança

necessários. O ducking (caiaque infl ável para

duas pessoas) e a canoagem em rios e lagoas

também são uma boa opção para quem deseja

entrar em contato com a natureza catarinense.

O raft ing do rio Itajaí-Açu e seus afl uentes,

no Alto Vale do Itajaí, na região turística do

Vale Europeu, é considerado um dos melhores

do Brasil. O trecho básico possui 7,5 km, inter-

calando corredeiras nervosas, trechos calmos,

cachoeiras e paisagens espetaculares. Existem

percursos leves para iniciantes e outros radicais,

que devem ser feitos somente por veteranos

no esporte. Os 350 metros de altitude podem

ser vencidos por diferentes trilhas. No topo, o

mirante do Cânion do Rio Itajaí-Açu propor-

ciona uma bela vista da Cachoeira Santa Luzia,

que possui 100 metros de altura e vários lances

de quedas-d’água, algumas delas favoráveis

ao rapel e ao cascading. Na parte inferior, há

piscinas naturais formadas pela cachoeira.

Cachoeira em Itoupava, rafting na Praia dos Ingleses,

trekking e canoagem pelas belas paisagens de Santa Catarina

AdrenailhaAdrenailha

Mak

ito

Page 76: Festival do Turismo 2014

76 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Observação de baleias e o Museu do Marestão entre os atrativos do estado

Das areias da Praia do Rosa é possível avistar as baleias

Makito

Vista da Orla de Porto Belo Centro Histórico de São Francisco do Sul

Ilha de Porto BeloLugar único no litoral Sul do Brasil, a Ilha

de Porto Belo encanta pela beleza paradi-

síaca. Sua natureza preservada é um atra-

tivo especial em meio à comodidade da

infraestrutura oferecida ao visitante. Sua

capacidade máxima diária é de apenas

1.879 pessoas. A trilha ecológica da “Pedra

da Cruz” é o passeio ideal para conhecer a

ilha. Repleto de belezas da fl ora e da fauna

nativas, o trecho é circular e possui, apro-

ximadamente, 1.300 metros de distância

em meio a Mata Atlântica. O ponto alto da

visita guiada são as curiosidades e lendas

contadas pelos guias, relacionadas à história

de ocupação da ilha. O mergulho também

tem destaque na Ilha de Porto Belo. Em

alguns pontos é possível observar uma

infi nidade de espécies. Elefantes marinhos,

orcas e baleias Francas também já foram

avistadas na baía. Outros esportes aquáti-

cos, em especial os radicais, estão entre os

preferidos dos visitantes que buscam um

pouco de adrenalina e aventura durante a

estadia. Passeios de caiaque, esqui-aquá-

tico, tirolesa, passeios de lancha, banana

boat e disco maluco, são apenas algumas

das opções que são oferecidas na ilha.

São Francisco do Sul São Francisco do Sul é um dos destinos

turísticos mais visitados de Santa Catarina.

A cidade respira história em seu conjunto

urbanístico e arquitetônico, com mais de

400 imóveis tombados pelo Instituto do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(IPHAN). O município ainda preserva o

clima tranquilo de outros tempos, apesar

de possuir um dos mais importantes e

movimentados portos do país. Além do

Centro Histórico, outras atrações merecem

ser apreciadas, como as praias, cachoeiras,

manguezais, dunas, restingas, lagoas e fl o-

restas de Mata Atlântica. Entre os muitos

destaques da cidade, está o único museu de

embarcações do Brasil, o Museu Nacional

do Mar. O espaço possui exemplares de

várias regiões do país, modelos exclusivos

como o usado por Amyr Klink para atraves-

sar o Oceano Atlântico a remo, miniaturas

de barcos e instrumentos de pesca e nave-

gação. Há também uma biblioteca e cenas

do cotidiano do mar em tamanho natural.

Praia do RosaReconhecida pela Unesco como uma das

mais belas baías do mundo, a Praia do Rosa

ainda lembra uma antiga vila de pescado-

res, com suas canoas, carros de boi, pesca

artesanal de tainha e pousadas rústicas,

que dão um charme ao local. Localizada a

22 km do centro de Imbituba e a 18 km de

Garopaba, o Rosa faz divisa com a Praia

Vermelha, ao Norte, e com a Praia do

Portinho, ao Sul. O destino foi descoberto

pelos surfi stas na década de 70 e hoje é

um dos principais points para a prática

do esporte, especialmente ao Sul do Rosa,

na Praia da Vila. No período de agosto a

novembro é possível avistar a baleia Fran-

ca que migra para a Praia do Rosa para

alimentar seus fi lhotes nos seus primeiros

meses de vida. O local vira uma espécie

de berçário natural e atrai muitos curio-

sos, movimentando o turismo da região.

MakitoAureo Berger

Page 77: Festival do Turismo 2014

Novembro 2014 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 77

>> Muitas belezas naturais e emoções aguar-

dam os turistas nas trilhas de mountain bike

catarinenses. O litoral e o interior do estado

possuem centenas de locais para serem ex-

plorados sobre uma bicicleta, verdadeiros

paraísos à beira-mar ou nas encostas de

montanhas, cânions, vales e campos.

Na maioria das localidades, há operadoras

de turismo que organizam passeios, expedi-

ções e alugam bicicletas e acessórios. Santa

Catarina é também pioneira no cicloturismo

brasileiro, que consiste em viagens curtas de

bicicleta, normalmente acompanhadas de

guias e empresas especializadas. Os roteiros

ligam várias cidades, passando por trilhas e

estradas secundárias, com pouco movimento.

O circuito mais conhecido é o do Vale Eu-

ropeu, que passa por Timbó (a cerca de 30 km

de Blumenau), Pomerode, Indaial, Rio dos

Cedros, Benedito Novo, Doutor Pedrinho,

Rodeio, Apiúna e Ascurra. Já Circuito Costa

Verde & Mar traz a possibilidade de conhecer,

de bicicleta, um dos mais recortados e belos

litorais do país, percorrendo ainda tranquilas

cidades do interior, com matas preservadas,

rios e cachoeiras. É o primeiro circuito de

cicloturismo do Brasil a abranger uma região

do litoral. E, ao mesclar trechos de litoral com

o interior, oferece uma grande diversidade

cultural e de paisagens. O roteiro passa ainda

por pontos turísticos de destaque nacional e

locais de incomparável beleza cênica. Praias

badaladas alternam-se com outras desertas

e rodeadas pela verde mata atlântica. Entre

uma praia e outra, estão os morros, que

dão o desafi o da viagem e também ofere-

cem visuais magníficos. De colonização,

principalmente açoriana, o litoral guarda

fortes traços culturais portugueses, expressos

principalmente nos festejos e na culinária.

No interior, a paisagem dos arrozais e as

casas de madeira dão o tom da viagem. São

marcantes aqui outras infl uências culturais,

notadamente a alemã e a italiana.

Ao percorrer o circuito, o cicloturista passa

por 11 municípios, sendo oito no litoral:

Balneário Camboriú, Balneário Piçarras,

Bombinhas, Itapema, Itajaí, Navegantes,

Penha e Porto Belo e mais três no interior:

Camboriú, Ilhota e Luís Alves. Num total

de 270 km, o percurso dá preferência a es-

tradas de terra e vias urbanas, evitando ao

máximo as estradas asfaltadas. O Circuito

foi planejado para ser finalizado em seis

dias, para dar tempo sufi ciente para curtir

as inúmeras opções que a região oferece.

Em cada trecho existem inúmeras oportu-

nidades de praticar outras atividades como

caminhadas, mergulho, caiaque, surf, wind-

surf, voos de ultraleve, entre outras. Há ainda

riquezas culturais e ecológicas a serem explo-

radas, como sítios arqueológicos, construções

históricas e trilhas para observação de aves.

Pedalando, explore as belezas naturais de Santa Catarina

É possível conhecer o Estado pedalando. São diferentes rotas montadas para o Cicloturismo

Page 78: Festival do Turismo 2014

78 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2014

Beto Carrero WorldO Beto Carrero World foi considerado o sexto

melhor parque de diversões do planeta e o

primeiro da América Latina segundo pesquisa

do TripAdvisor. Por ano, o lugar recebe mais de

dois milhões de visitantes. E não é para menos.

As atrações encantam pais e fi lhos. Situado

numa área de 14 milhões de m², o complexo

está localizado no município da Penha. As

famílias, com crianças pequenas ou não, vão

se divertir nesse espaço que conta com mais

de 100 atrações, incluindo zoológico, circo,

shows temáticos e brinquedos de avançada

tecnologia. O parque é dividido em sete áreas:

Avenida das Nações, Mundo Animal, Vila Ger-

mânica, Velho Oeste, Ilha dos Piratas, Aventura

Radical e Terra da Fantasia, onde cada espaço

possui decorações e brinquedos temáticos, que

ambientam os visitantes em um mundo que

parece ter saído da imaginação. Quem gosta

de aventura não pode deixar de experimentar

a Big Tower (maior torre de queda livre do

Brasil) ou os elevadores da Torre do Terror e

a FireWhip (primeira montanha-russa inver-

tida do Brasil e a maior da América Latina).

O Beto Carrero abriga também um zoológi-

co, com diversas opções de animais, inclusive

espécies em extinção. Além de um impressio-

nante parque aquático, o Império das Águas,

onde botes deslizam num rio sinuoso de quase

um quilômetro de extensão, com subidas e des-

cidas entre cachoeiras, redemoinhos, cavernas,

desfi ladeiros, cenários e efeitos de luz e som.

Para os adultos, o parque oferece um

grande número de lojas e até um outlet.

E ainda, shows e espetáculos com padrão

Se aventure nos parques de Santa Catarinada Broadway que vão encantar, não só os

pequenos, mas toda a família.

UnipraiasAs palavras ecoturismo e adrenalina defi nem

o Unipraias. O parque é um complexo tu-

rístico com trilhas, circuitos de arvorismo,

mirantes, auditório ao ar livre, anfi teatro,

quiosques de alimentação e completa in-

fraestrutura de lazer, compras e serviços.

Situado entre duas praias – Central e de

Laranjeiras -, o parque possui teleférico com

acesso a ambas e uma parada intermediária

no alto de um morro de onde se tem uma

vista deslumbrante da cidade.

A estação inicial de Barra Sul conta com

um centro de compras e lazer. O espaço é

interativo e de múltiplo uso, comportando

exposições artísticas, artesanato e manifesta-

ções populares. A vista é panorâmica. Já a es-

tação Mata Atlântica reúne quiosques, loja de

souvenirs, circuito de arvorismo, o Auditório

Ângelo Bogo e o Parque Ambiental, que pos-

sui 500 metros de passarela em meio à mata.

Ao longo do caminho, dois mirantes recar-

regam as energias com o visual estonteante.

Já a estação Laranjeiras, a última parada,

leva os visitantes à praia de mesmo nome da

estação. Sendo considerada uma das praias

mais bonitas de Santa Catarina, o mar é tran-

quilo, de águas claras. Na orla, uma estrutura

completa de bares e restaurantes atendem aos

turistas. O melhor programa é degustar um

cardápio de frutos do mar, culinária típica

da região, ou alugar caiaques e boias para se

divertir nas águas de Laranjeiras.

Mais duas paradas são obrigatórias: o You-

hooo!, um trenó de montanha com um per-

curso de 710 metros em meio à Mata Atlânti-

ca. O brinquedo pode atingir uma velocidade

de até 60 km/h, oferecendo um sistema de

freios que permitem ao condutor controlar

a velocidade. E o ZipRider, uma tirolesa que

desce 710 metros em velocidade de 60km/h.

Castelo das Nações no Parque Beto Carrero e

esportes como arvorismo no Parque Unipraias

Page 79: Festival do Turismo 2014
Page 80: Festival do Turismo 2014

Gramado Brasil

Novembro 2014

MERCADO & EVENTOS Edição Especial Festival do Turism

o

FOLHA DO TURISMO

Edição Especial Festival do TurismoGramado Novembro 2014

EVENTOSMovimentação chegoua R$ 209,2 bilhões em 2013

AVIAÇÃOEm um ano, país registra 109,2 milhões de passageiros

E MAISNovas pesquisas revelam dados dacadeia turística

Superadas as incertezas, setor estima fechar 2014 com balanço positivo

Um ano histórico para o Turismo