fernanda marinela - direito administrativo (2013)

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DIREITO ADMINISTRATIVO (^ fem anck çM arinek 7a edição Revista, ampliada, reformada eatualizada até 01/01/2013 Niterói, RJ 2013

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  • DIREITO ADMINISTRATIVO(^ fem anck M arinek7a edioRevista, ampliada, reformada eatualizada at 01/01/2013

    N iteri, RJ 2013

  • 2013, Editora Impetus Ltda.

    tllllM

    Editora Impetus Ltda.Rua Alexandre Moura, 51 - Gragoat - Niteri - RJ

    CEP: 24210-200-T elefax : (21) 2621-7007

    P r o je t o G r f ic o e E d it o r a o E l e t r n ic a : E d it o r a Im p e t u s L t d a .

    C a p a : C a r l o s B a t a l h a

    R e v i s o : C & C C r ia e s e T e x t o s L t d a .

    I m p r e s s o e e n c a d e r n a o : E d e l br a In d s t r ia G r f ic a e E d it o r a L t d a .

    M338mMarinela, Fernanda.

    Direito administrativo / Fernanda Marinela. - 7. ed. - Niteri: Impetus, 2013.

    1.216 p .; 1 7 x 2 4 cm.

    ISBN: 978-85'7626'683'9

    1. Direito Administrativo - Brasil. 2. Servio , pblico - Brasil. I. Ttulo.

    CDD: 345.81

    T O D O S O S D IR E IT O S R E SE R V A D O S - proibida a reproduo, salvo pequenos trechos, m encionando-se a fonte. A violao dos direitos autorais (Lei nu 9.610/1998) crime (art. 184 do Cdigo Penal). Depsito legal na Biblioteca N acional, conforme Decreto nfl

    1 .825, de 20/12/1907.

    O autor seu professor; respete-o: no faa cpia ilegal.

    A Editora Impetus informa que quaisquer vcios do produto concernentes aos conceitos doutrinrios, s concepes ideolgicas, s referncias, originalidade e atualizao da obra so de total responsabilidade do autor/atualizador.

    www.impetus.com.br

  • D e d i c a t r i a

    Este livro dedicado ao meu sobrinho Joaquim Santos Pessoa de Andrade, exemplo de inocncia aliada persistncia, de fragilidade unida fora interior, de sorriso aliado coragem, e de alegria na adversidade. Obrigada por me permitir conhec-lo, am-lo e admir-lo.

  • A A u t o r a

    Fernanda Marinela de Sousa Santos Especialista em Direito Pblico pela Universidade de So Paulo B Professora de Direito Administrativo no Instituto Luiz Flvio Gomes - LFG Professora de Curso de Ps-Graduao na Universidade Federal da Bahia 0 Professora de Curso de Capacitao em diversos rgos pblicos Coordenadora do Curso de Ps-Graduao em Direito Pblico no Instituto Luiz

    Flvio Gomes - LFGs Membro-Fundadora do Instituto Cultural para a Difuso do Conhecimento Jurdico -

    INJUR Conselheira Federal da Ordem dos Advogados do Brasil OAB Advogada atuante

    Autora dos livros: Prtica Administrativa Vol. I e Vol. II, Editora Premier (coautoria) Grandes Temas de Direito Administrativo em Homenagem ao Professor Paulo Henrique

    Blasi, Editora Millennium (obra coletiva, coautora) Leituras Complementares de Direito Administrativo - Advocacia Pblica, Editora

    Juspodivm (coordenadora e coautora)0 Leituras Complementares de Direito Administrativo - Licitaes e Contratos

    Administrativos, Editora Juspodivm (coordenadora) Manual do Direito Homoafetivo, Editora Saraiva (obra coletiva, coautora) Servidores Pblicos, Editora Impetus

    www.marinela.ma

  • A p r e s e n t a o

    O Direito Administrativo brasileiro, a partir da dcada de 1990, tomou-se o cenrio de uma ntida rediscusso epistemolgica. A tradicional influncia da Escola Francesa, baseada no trip servio pblico-administrao pblica-ato administrativo, notabilizou-se em todo o sculo XX, seja nas academias, seja na jurisprudncia. Gaston Jze, Lon Duguit e Louis Josserant, expoentes mximos dessa escola, encontraram no Brasil a integral aceitao nas obras de Hely Lopes Meirelles, Celso Antonio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Modernamente, a Escola Anglo-Sax tem obtido grande desenvolvimento terico no Pas, com a liderana de Carlos Ari Vieira Sundfeld e da Sociedade Brasileira de Direito Pblico. Novos institutos e figuras jurdicas, como as parcerias pblico-privadas, as agncias reguladoras e o princpio da eficincia, passaram a integrar o referencial terico do Direito Administrativo, rompendo com a antiga hegemonia francesa.

    E nessa realidade de acomodao entre dois modelos diferentes que se observa o surgimento de novos doutrinadores no Direito Administrativo, cujo mrito est na ultrapassagem do momento atual e na formulao de um modelo terico - ainda pouco claro e nada definido - para essa importante cincia, responsvel pelo perfil jurdico das mais importantes instituies do Estado contemporneo. Assim pode-se dar as boas-vindas sexta edio do livro Direito Administrativo, de autoria da Professora Fernanda Marinela, publicado pela Editora Impetus.

    O livro que chega s mos do leitor no apenas a atualizao da ltima estampa.A estrutura da obra muito interessante para os que buscam aprofundar seus

    conhecimentos em ateno aos concursos pblicos, porque apresenta o estado-da- arte da jurisprudncia nacional sobre Direito Administrativo, ao passo que confere ao estudante uma viso completa dos mais importantes doutrinadores contemporneos na rea. No entanto, os operadores do Direito encontraram no livro da Professora Fernanda Marinela muitos elementos imprescindveis sua atuao profissional, seja pelo rigor metodolgico, seja pela maneira aprofundada com que ela aborda temas muito polmicos como Servidores Pblicos, Agncias Reguladoras e Estrutura do Estado.

    O Direito Administrativo foi fdnado conforme a tradio francesa. Parte de categorias gerais do Direito, sua diviso e suas provncias, e chega aos princpios gerais do Direito Administrativo para, ento, apresentar os vrtices de cada uma de suas mais

  • importantes subreas. O toque anglo-saxo, contudo, no esquecido, dada a adequada leitura de temas modernos como as parcerias pblico-privadas e os contratos de gesto. As licitaes e os contratos administrativos merecem grande destaque no livro, o que supre deficincias encontradias em obras do gnero, as quais, no raro, se dedicam s generalidades sobre esses temas, sem, contudo, fornecer ao leitor um instrumento eficaz para soluo de seus problemas quotidianos.

    Em cada Captulo, h diversos acrdos, com grande atualidade, sobre o tema abordado. A jurisprudncia, que a autora teve o cuidado de atualizar, serve de reforo - ou de necessrio contraponto - s concluses de cada Captulo, o que facilita a pesquisa do leitor, dispensado de confrontar as lies tericas com o pensamento dos tribunais.

    Fernanda Marinela, paulista por geografia, alagoana in pectore, autora de outros livros, entre os quais se ressaltam o Servidores Pblicos e Leituras Complementares de Direito Administrativo. Alm de prolfica autora, ela advogada e docente na ps-graduao em Direito Administrativo da Universidade Federal da Bahia. Seu contato com o universo dos concursos pblicos significativo. Fernanda Marinela tambm leciona na Rede LFG de Ensino Telepresencial, com transmisso para diversos estados brasileiros. Essa experincia fomeceu-lhe subsdios dos mais ricos para compreender as necessidades didticas dos que se submetem aos cada vez mais difceis exames de admisso para as carreiras jurdicas.

    O grande mrito dos prefcios e das apresentaes o de revelarem um pouco das qualidades da obra e de seu autor, sem, contudo, cansar os leitores com textos enfadonhos, porque longos. E a ambio deste apresentador a de cumprir, tanto quanto possvel, esse desafio imposto aos que se aventuram nesse mister. Da a imperatividade de abreviar a apresentao, no sem antes deixar algumas palavras ao destinatrio deste livro, o leitor. A obra de doutrina um exemplo de sacrifcio. O autor dedica seu tempo e sua inteligncia a sistematizar conceitos e condensar centenas de posies dogmticas e jurisprudenciais em poucos captulos. De outro lado, um exemplo de coragem, pois seu responsvel expe-se crtica, no pouco generosa, muitas vezes, de seus pares na universidade e da comunidade jurdica. Sacrifcio e coragem, eis o signo que rege toda a empreitada de oferecer ao prximo um pouco do conhecimento adquirido, por ventura prpria e pela graa de Deus. Receba o leitor esta obra com a certeza de que a professora Fernanda Marinela descometeu-se de seu objetivo com esses dois valores, e o resultado desse esforo, ao meu sentir, digno dos melhores encmios.

    Humberto MartinsMinistro do Superior Tribunal de Justia

  • N o t a d a A u t o r a

    O que mais surpreende o homem, pois perde a sade para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a sade. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por no viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido.

    Dalai Lama

    Estimado leitor, mais uma vez estamos aqui juntos. Para os poucos de vocs que perdem tempo lendo minhas notas, um prazer especial que sinto ao escrev-las. Invariavelmente a redijo imediatamente aps o trmino da atualizao deste livro. um momento mpar, uma sensao indescritvel de dever cumprido aliado a um cansao extremo, mas um dos poucos momentos em que me desnudo e me permito falar um pouco de mim mesma, da minha vida, sempre no intuito de passar a frente a experincia de vida, na esperana de que ajude algum, que d fora para alcanar algum objetivo e alento em momentos difceis. Neste exato momento, mais uma vez o sol est nascendo no mar da Jatica, em Macei, e tenho o prazer de apreciar a paisagem enquanto escrevo, enquanto exponho brevemente minh'alma.

    As respostas sempre chegam no decorrer do ano e sinto uma grata satisfao com os e-mails e depoimentos lindos que recebo ao longo de todo o ano.

    Na ltima mensagem de natal que vocs assistiram na minha aula ou no youtube, eu falei que a vida sempre nos pe de joelhos, nos testa e sempre vai nos colocar para baixo. Tambm falei que cabe a ns mesmos fazer a diferena. a gente que tem de saber achar a fora para se levantar novamente, sem medo de apanhar de novo da vida. Acredite, a tal fora est l, s achar.

    O ano de 2012 representa uma etapa marcante em minha vida, pois, finalmente, aps 10 anos de LFG eu consegui a condio de poder dar minhas aulas a partir de um estdio em Macei. A alegria veio com muito trabalho e dedicao, especialmente de meu marido, Paulo Nicholas, que no mediu esforos para montar o estdio do jeito que o LFG e eu quisemos. Desde fevereiro de 2012 eu posso dizer que comecei a ter uma vida em famlia. Que alegria! Sem mais viagens semanais, sem mais hotis como moradia e, principalmente, sem ter de me separar dos meus mais que amados filhos.

  • Falando em filhos, neste 2012 eu tive (e ainda estou tendo) o privilgio de conviver com um serzinho muito iluminado. Em maro veio ao mundo meu sobrinho Joaquim, segundo filho da minha irm. Mas, Joaquim veio ao mundo somente com a metade do corao, o lado direito, e nem se sabia se ele nasceria vivo, as chances eram bem pequenas. J foram meses de U TI, quatro cirurgias, e ele continua na batalha. Nosso HERI, bebezinho que luta todos os dias para estar vivo e que nos ensina a cada minuto o quanto a vida preciosa, o quanto ns precisamos dar valor a tudo que temos.

    E sua vida terri sido uma lio muito especial para todos ns. Um serzinho to pequeno, to inocente, to frgil, com um lindo, sincero e genuno sorriso escancarando alegria em seus olhinhos brilhantes, exalando emoo e se mostrando para mim e para todos dizendo: Eis-me aqui, titia, sou uma prova viva de persistncia, de amor a vida, de viver sem medo um dia de cada vez, de saber amar e ser amado sem me importar com minha condio e com meu futuro. Futuro que vai contra todas as expectativas, mas que vale a pena pelo HOJE, por cada momento que passo com voc, por cada sorriso dado e recebido, por cada batida do meu coraozinho, por cada respirao.

    No sabemos por quanto tempo ele ficar entre ns, mas o legado que ele deixa em meu corao j est marcado no resto de minha vida: viver, aproveitar, sorver cada momento que a vida nos oferece.

    E ns, que temos o privilgio de estar sua volta, aprendemos como muitas vezes somos injustos com a vida, como reclamamos de besteiras, como somos intolerantes com as coisas que no saem exatamente como a gente quer, como temos pena de ns mesmos por banalidades...

    Mas sabemos do nosso potencial, sabemos que podemos ir luta...O que importa ser feliz a cada dia, viver intensamente cada momento, aproveitar

    cada instante que ns temos junto s pessoas que amamos. E beijar muito, abraar muito, agradar muito queles que esto do nosso lado. E respeitar os limites e defeitos do outro. suportar com resignao as contrariedades da nossa vida. E lutar com toda garra por aquilo que ns acreditamos e queremos...

    E com este esprito que coloquei a citao de Dalai Lama no incio, para tentar passar a voc, querido Leitor, a lio do Joaquim: de que devemos viver pensando no hoje, nos momentos presentes, curtindo quem est ao nosso lado hoje (filhos, pais, irmos, amigos...) e aproveitando o que temos AGORA.

    Vivemos uma vida cheia de incertezas, de ansiedades, de previses e de momentos em que nos sentimos pequeninos diante das adversidades da vida. No pense que isso um privilgio teu (rsrs). Todos ns temos os nossos momentos assim. Mas nestes momentos, quando estamos nos sentindo em uma tormenta, no fundo do poo, devemos procurar aquela luzinha no lugar onde geralmente nunca olhamos... Dentro dos nossos coraes.

    Tomem o exemplo desse gigante, que leva a vida sempre por um fio e que, ao mesmo tempo capaz de enfrentar tudo, de desafiar prognsticos e de no s se manter vivo, mas de ainda nos dar um sorriso genuno e um lindo brilho nos olhos!

    No concurso... No trabalho...A luta pelo sonho concurso algo muito bom, algo que deve ser visto com muita

    energia positiva. Ao contrrio do que muitos pensam, essa no uma carga pesada demais a ser carregada, no um problema, no algo negativo. Abra os olhos e veja

  • que chance maravilhosa que voc est tendo na sua vida, que bom que voc est aqui, que bom que voc est lutando, que bom que voc pode e quer lutar! Acredite, voc pode e vai conseguir! Acredite, a sua hora vai chegar!

    Podemos sim vencer nossos desafios pessoais, podemos sim alcanar nosso objetivo, mas podemos e devemos faz-lo vivendo e apreciando o presente. Claro que temos de pensar no futuro, mas no podemos, nunca, esquecer de aproveitar o presente.

    Nessa perspectiva, me faz um favor? Olha para o lado, ou pega o telefone ou entra na internet e diz para algum que voc gosta: s pra dizer que te amo. Depois me conta como foi pelo [email protected].

    No mais, alm do estdio e de Joaquim, muita coisa boa aconteceu e est para acontecer. Esta ser a primeira edio da revoluo! Estou atualizando este livro pensando na verso especial que sair no comeo de fevereiro na verso eletrnica, por meio do app iBuki, que estar disponvel, por enquanto, na APPSTORE apenas para usurios de ipad.

    Trata-se de um meio muito legal, que eu mesma j estou usando e todos vocs podero buscar mais informaes no site www.ibulci.com.br. Creio que estamos vivendo um momento mpar na histria da humanidade. Voc j parou para pensar h quanto tempo no revela uma foto? Ou vai a uma loja de CDs? Pois , em poucos anos nos perguntaremos h quanto tempo no vamos em uma livraria. J se imaginou levando 30, 40 livros na mo?! ?! ?!

    Outra boa nova a OAB. Ousei e me candidatei na chapa RENOVA OAB-AL, e ganhamos! Fao parte agora do Conselho Federal da OAB. Isso representa um novo desafio em minha vida, um ramo que no conheo e do qual nunca havia participado, mas me senti impelida a isso porque acho que os meus alunos, advogados concurseiros no esto devidamente representados na Ordem. Sempre entendi que a participao poltica necessria a todo cidado que vive em uma democracia. Temos a obrigao de, no mnimo nos inteirar e cobrar as aes devidas dos polticos, pois se ignorarmos, seremos condizentes com as injustias que entendemos serem cometidas.

    Deste modo, tomada pelo sentimento de que falta algum que levante a bandeira dos advogados-concurseiros, fui, eu mesma, assumir o posto, e me coloco disposio de cada um de vocs advogados, concurseiros ou no, jovens ou no para que me ajudem a defender seus interesses na Ordem.

    Mas... E o livro, Marinela?Bem, est mais uma vez atualizado at o dia 01.01.2013, com novas jurisprudncias,

    comentrios sobre a Emenda Constitucional 70 e o Regime Complementar de Previdncia, que interferem na vida dos servidores pblicos, alm das novas smulas, repercusses gerais e alteraes legislativas do ano de 2012.

    Espero que gostem e aproveitem!Olhem para o futuro, mas no se esqueam de aproveitar o presente.Um carinhoso abrao.

    Fernanda Marinela

  • R ir...Ria das coisas sua volta, de seus problemas, de seus erros.Ria da vida. E ame, antes de tudo a voc mesmo.A gente capaz de ser feliz quando capaz de rir de ns mesmos!

    So exatamente 3:45 da manh, lua plena, silncio arrebatador intercalado pelo barulho das pequenas ondas do mar de Macei se desmanchando na areia. Estava completamente insone quando tive vontade de escrever esta nota. Aqui, sentada em meu escritrio, em casa, atualizando esta edio e pensando: SER QUE VOC SE TOCOU QUE QUEM ESCREVEU ESTE LIVRO FOI UMA PESSOA?

    Comecei a pensar sobre isso...A indagao mais profunda do que pode parecer. Falo de humanizao das coisas, de

    sabermos que um livro apenas um meio, um instrumento de comunicao de uma pessoa para com outras, mas de modo muito ntimo e pessoal.

    De fato, eu no conheo voc, e a recproca provavelmente verdadeira, contudo as coisas que estou colocando neste trabalho sero absorvidas de uma forma e em um momento todo especial, em que voc se despluga do mundo e entra num estgio de concentrao tal que permite que minhas palavras sejam fixadas na tua mente' de uma forma muito prpria e totalmente nica. E isso fantstico!

    Digo isso porque cria-se um elo muito especial ao qual nunca nos demos conta: eu FERNANDA estou agora falando com VOCE meu leitor, e voc vai me ouvir da forma e no tempo prprios e de um jeito nico, o seu. Assim, quando voc estiver lendo, lembre-se que tudo que est aqui foi escrito por algum, uma pessoa igualzinha a voc, com famlia, problemas, alegrias e tristezas, com momentos altos e baixos, mas que dedicou muito tempo, sacrifcio e esforo para expor em pginas todo o.seu conhecimento.

    Por isso a minha extrema preocupao com a linguagem utilizada nesta obra. Escrevo com o objetivo de facilitar a absoro do contedo. Meu marido costuma dizer que existem dois tipos de professores/autores: Aqueles que querem mostrar que sabem a matria e aqueles que querem transferir contedo. Tento sempre escrever para me encaixar na segunda opo, afinal, de que adianta ter um livro com toda a literatura cientifico-jurdica e que ningum (ou apenas poucos) entende(m)?

  • Escrevo para pessoas, gente como a gente, escrevo livremente, sem me preocupar com riqueza de vocabulrio, com estilo cientfico, tampouco com terminologia tcnica. Minha . maior preocupao com VOC que est lendo agora, que tirou dinheiro do bolso e comprou este livro para aprender Direito Administrativo. Afinal, por isso que voc est a lendo...

    Sabe, como todo ser humano, em alguns momentos da minha vida eu me pego escutando minha voz interior, aquela que os psiclogos costumam chamar de alter ego. Os famosos anjinho e diabinho do desenho animado de nossas infncias. O diabinho sempre dizendo: Voc no pode... voc no consegue... desista..., mas tambm tem o anjinho dizendo: Fora! Coragem! Se mexe e v se ajudar, porque TUDO s depende de voc! Procuro sempre repetir os ditos do meu anjo, inclusive nas aulas, porque TUDO s depende de voc, s depende do quanto voc quer mesmo.

    Ao longo da histria, pessoas normais se tornaram grandes, homens e mulheres transformaram este mundo movidos unicamente pela paixo, pela vontade de fazer algo diferente, calcados apenas na sua fora interior, na vontade de fazer acontecer algo em que acreditavam, algo que almejavam, por mais que os outros ou uma parte de sua mente dissessem ser impossvel, mas tiraram, do fundo d'alma a fora e a dedicao necessrias para seguir em frente, no fugir da luta e enfrentar o maior de todos os nossos obstculos... ns mesmos.

    Digo ns mesmos porque a vida dura, a vida cruel! Comigo, contigo, com outros menos ou mais privilegiados. A vida vai sempre tentar derrubar a gente, e vai conseguir. Mais cedo ou mais tarde a gente sempre toma uma rasteira, ou vrias. Mas ns temos uma escolha, e nossa escolha decidir se vamos ficar cados, de joelhos, ou se vamos nos levantar, e seguir em frente.

    Nossa mente capaz de coisas maravilhosas, basta querermos fazer alguma coisa, colocarmos isso em foco, corrermos atrs com dedicao e concentrao, que um belo dia, alcanamos a linha de chegada

    A vitria, o objetivo alcanado no depende de glrias, mas sim de fracassos anteriores, do quanto ns conseguimos aprender com eles. No existe ningum vitorioso de verdade que no tenha experimentado derrotas. A diferena a forma como conseguimos lidar com elas e aprender com nossos revezes.

    Problemas na vida, quem no os tem? Todos ns temos problemas, eu mesma tenho vrios, alguns aparentemente maiores, outros nem tanto. O que muda a forma de encararmos e o aprendizado que levaremos com eles. Os problemas, como tudo na vida, tem um lado bom. Cresa com eles, aprenda, chore, grite, fique triste... Mas enxugue as lgrimas, medite, levante a cabea, rena foras e coragem... E volte a perseguir o seu objetivo.

    A felicidade no garantida para todos, isso fato, mas ns temos o direito de busc-la, e disso que feita a vida, da nossa eterna busca por aquilo que nos faz simplesmente ser feliz. E por mais que nos esforcemos, por mais que a gente corra, talvez nunca consigamos encontrar at nos darmos conta de que a felicidade no est no mundo l fora, ela est neste mesmo lugar de tua mente em que estamos tendo este bate-papo: l dentro de voc. No lugar da mente onde esto o anjinho e o diabinho. S cabe a voc control-los, pr

  • as ideias em ordem e encontrar o caminho. Ela existe nas pequenas coisas da vida, em um beijo, em um carinho, em um olhar, em um momento de alegria, na existncia de coisas simples s quais nem damos valor e que nos so to caras: amor, carinho, afeto, caridade, sade, famlia, perdo. Ento, refaa sua mente, limpe seus pensamentos, ache sua fora interior, ela est a, e faa!!

    Ento vamos deixar de conversa e, AO TRABALHO!Nessa edio foram atualizados e includos pontos importantes do Direito

    Administrativo. Dentre eles o RDC - Regime Diferenciado de Contrataes introduzido pela Lei n9 12.462, de 05.08.2011, as novidades sobre os concursos pblicos e a posio do STF sobre o direito subjetivo nomeao. A obra conta tambm com a atualizao de jurisprudncia, incluindo as smulas correlatas e diversas repercusses gerais pertinentes a cada tema, algumas com simples declarao e outras com mrito j decidido.

    Aproveito tambm essa oportunidade, tal qual nas edies anteriores, para agradecer. Inicialmente, toda equipe da Editora Impetus, que cuida desse trabalho e de mim com tanto carinho e ateno. A revisora Carmem Becker, a sua participao fundamental para que a obra cumpra seus objetivos, muito obrigada. minha colaboradora, hoje grande amiga, Tatiany Brito, histria construda com anos de trabalho, muito estudo e dedicao, parabns. Ao amigo e sempre mestre, Luiz Flvio Gomes, obrigada pela confiana.

    A minha especial famlia obrigada pela colaborao e desculpe as ausncias. Aos meus dois Prncipes, Pedro Nicholas e Luiz Fernando, obrigada pela felicidade de ser me, obrigada pelo aprendizado de cada dia, obrigada pelo sorriso. Ao meu companheiro e marido, Paulo Nicholas, obrigada, obrigada, obrigada, todos os dias muito obrigada, pela compreenso, pela ajuda, pela ousadia. Aos nossos amigos agradeo o apoio. Por fim, a todos os meus leitores e fiis alunos, agradeo a colaborao e o carinho, sem vocs nada disso teria sentido.

    Em caso de dvidas, contatos e sugestes escrevam para: [email protected] Marinela

  • Nossas dvidas so traidoras e nos fazem perder o que, com frequncia, poderamos ganhar, por simples medo de arriscar.

    (William Shakespeare)

    E UMais uma edio, a quinta. Trata-se de uma vitria pessoal, pois neste exato momento

    estou grvida de meu segundo filho, saindo de uma cirurgia - graas a Deus bem-sucedida- do meu primognito, e trabalhando em pleno perodo de frias e festas em Macei! Resolvi esperar at janeiro para fechar a edio, pois o Legislador e o Judicirio tornaram- se experts em realizar importantes mudanas s vsperas do final do ano.

    Mas, vale a pena! Digo isso pelo carinho que recebo de vocs leitores, dos alunos queridos, das autoridades que me cumprimentam, daqueles que me escrevem, mandam mensagens, ou se manifestam das formas mais inusitadas que - tenham certeza - me enchem de felicidade e me do foras para seguir em frente (mesmo com menino, gravidez, praia, vero etc.), pois a vida feita de escolhas, e eu escolhi este caminho: estudar, escrever, ensinar.

    Fao isso no por status ou por dinheiro, fao isso por opo, esta a minha opo para ser feliz, esta a vida que escolhi para mim e que, felizmente, permite ajudar a quem quer aprender essa matria to fecunda que o Direito Administrativo brasileiro. E esta a mensagem que gostaria de passar para voc, exatamente para voc que est sentado agora numa mesa de estudos, no escritrio ou deitado no sof folheando o livro novo: FAA O QUE VOC GOSTA, no tenha medo de arriscar para ser feliz! Pois, mesmo que voc no atinja o seu objetivo, a mera tentativa j vale a pena.

    VO CEscolher um caminho difcil - principalmente se ele for tortuoso - mas seguir nele

    sempre bom, persistir ainda melhor, e alcanar o objetivo simplesmente indescritvel. Contudo, no esquea nunca, mas nunca mesmo, que, alcanando ou no a sua meta de vida, o objetivo de cada um de ns ... Ser feliz. Seja feliz escolhendo sua meta, seja feliz correndo atrs dela, e seja feliz ao alcan-la, pois assim as coisas ficam muito mais fceis, leves e acabam acontecendo naturalmente. Digo isso por experincia prpria.

    Escolha, faa, arrisque, persista, confie em voc, no tenha medo, erre, caia, levante, aprenda, tente de novo, e de novo e de novo... Pronto, voc acertou!

  • A O BRAO grande desafio desta quinta edio foi atingir todos os perfis. Digo isso porque o

    pblico leitor aumentou e se diversificou. Vrias pessoas que leram a primeira edio na qualidade de concurseiros, por exemplo, j so hoje operadores do Direito: funcionrios pblicos, advogados, consultores etc. Isso aumentou muito a minha responsabilidade, haja vista que hoje a obra no pode abarcar apenas o ponto de vista do concurso, mas tambm o do operador do Direito, do estudante de graduao e de quem lida com a Administrao Pblica ou, melhor, o livro hoje tem a misso de ensinar Direito Administrativo a qualquer um que queira aprend-lo. Tudo isso sem abrir mo do estilo da obra, que se destina a ensinar e transmitir o conhecimento da matria da forma mais didtica possvel, vez que de nada adianta, no meu entender, uma obra complexa, mas incapaz de transmitir as suas ideias.

    Essa edio, com todas as novidades do ano de 2010, conta com informaes importantes como a Lei na 12.232, de 29.04.10, que define as novas regras sobre licitaes e contrataes de servio de publicidade. Tambm j comentamos as mudanas introduzidas na Lei na 8.666/93, introduzidas pela Medida Provisria ne 495, convertida na Lei na 12.349, de 15.12.10. No tema servidores pblicos, tambm tivemos mudanas, a Lei na 8.112/90 foi alterada pela Lei ne 12.269, de21.06.10, que tambm j introduzimos nesse trabalho. O Decreto ne 6.944/09, que disciplina os concursos pblicos para o mbito federal, tambm foi alterado pelo Decreto ns 7.308/10. O Conselho Nacional do Ministrio Pblico publica novas regras para atividade jurdica com a Resoluo n2 57/10 (alterando a Resoluo ns 40).

    Alm desses diplomas legais, o ano de 2010 foi marcado por julgamentos importantes em nossos tribunais superiores. Novas smulas, como, por exemplo a Smula na 466, do STJ, publicada no dia 25.10.10. Inmeros assuntos em Direito Administrativo, que se apresentavam de forma muito divergente, foram enfrentados pelo STF, reconhecendo o Tribunal a repercusso geral para o tema e resolvendo com efeito vinculante a controvrsia. No STJ, os recursos com efeitos repetitivos tambm representaram instrumento eficaz na soluo de diversos temas polmicos.

    Creio que agora acertei a mo no tocante ao ritmo de trabalho de atualizao da obra, graas a um pouco de disciplina, ajuda da minha assessoria e ao especial mtodo de acompanhamento da Editora Impetus, que ajudou com tcnicas que eu desconhecia, permitindo-me imprimir um ritmo constante de atualizao e uma reviso paulatina e minuciosa do trabalho, acompanhando cada processo, analisando cada ponto e revisando o todo ao final, tudo de modo constante e incessante, porm sem pressa, pois o mais importante a qualidade da obra. Assim, muito humildemente, entrego este livro a voc, certa de que ainda h coisas a melhorar (como tem de ser todo livro), mas consciente de que dei o melhor de mim.

    O ano de 2011 comea para mim como tecnolgico, pois passei o segundo semestre de 2010 aprendendo a usar o universo digital disponvel para que agora o leitor, operador do Direito, possa contar com uma atualizao quase diria do Direito Administrativo, utilizando-se basicamente de trs ferramentas: meu site www.marinela.ma, meu twitter @

  • fermarinela, e ainda o mais importante, o INJUR - Instituto Cultural para a Difuso do Conhecimento Jurdico, www.injur.com.br.

    Este ltimo um projeto iniciado por 10 professores (Rogrio Sanches, Alexandre Gialluca, Marcelo Novelino, William Douglas, Agostinho Zechin, Daniel Assumpo, Flvio Tartuce, Tathiane Piscitelli e Renato Brasileiro), do qual tenho a honra de ser a Presidente, e que possui como objetivo primordial a difuso do conhecimento, por meio da publicao de vdeos, notcias e artigos das principais matrias do Direito, inclusive Direito Administrativo. Assim, alm deste livro, voc poder se atualizar e assistir a vrios vdeos meus na rea do www.injur.com.br, tudo de modo gratuito, basta apenas se cadastrar.

    Deste modo, de se julgar que esta obra evoluiu, no se limita mais ao livro fsico, mas a todo um conjunto de formas de transmisso de conhecimento que acessvel por meio da internet. Claro que o livro imprescindvel, porm, aquele que deseja complementar os conhecimentos pode faz-lo acessando o Injur.

    AS PESSOASEste livro fruto de um trabalho em equipe. E preciso toda uma estrutura para que uma

    pessoa possa elaborar uma obra tcnica como a presente. Tem de ter no s a compreenso, mas tambm o apoio da famlia, o incentivo dos amigos, o trabalho de secretariado, a assessoria tcnica para a realizao da triagem, a equipe de acompanhamento processual, a reviso de portugus e a equipe editorial para cuidar do acabamento e da apresentao da obra; alm daquelas pessoas, s vezes desconhecidas, que nos dizem coisas to bacanas e que costumo chamar de equipe emocional.

    Assim, aproveito essa oportunidade para mais uma vez agradecer ao meu editor, William Douglas, hoje tambm meu amigo pessoal. Obrigada sempre pelo apoio e pela confiana, obrigada pelo carinho com que cuidou na nossa quinta edio, obrigada. toda equipe da Editora Impetus, que me atende com tanta ateno, que se dedica com afinco aos nossos projetos, muito obrigada a cada um de vocs. A revisora Carmem Becker, que atenciosamente conferiu cada ponto desse trabalho, obrigada e parabns. A minha grande colaboradora Tatiany Brito que h anos est comigo nessa trajetria e que a cada dia se aperfeioa mais, obrigada pela sua dedicao e carinho, sou eternamente grata pela ajuda. Ao amigo e sempre mestre, Luiz Flvio Gomes, obrigada pela chance, obrigada pela confiana.

    A todos os meus familiares e amigos, sempre obrigada, pela ajuda, pela pacincia, pela cooperao. Com certeza, sem cada um de vocs, nada disso seria possvel. Ao meu filhinho, meu Prncipe, Pedro Nicholas, obrigada pela compreenso e espera. Ao meu amado marido, Paulo Nicholas, obrigada pela ajuda, pela ousadia e por suas grandes ideias. A todos os meus alunos e leitores, obrigada pelas colaboraes, pelo respeito e pelo carinho.

    Em caso de dvidas, contatos e sugestes escrevam para: [email protected] grande abrao e,Boa leitura!!!

  • Na vida, no existem solues.Existem foras em marcha: preciso cri-las e, ento,

    a elas seguem-se as solues.(Antoine de Saint-Exupry)

    Finalm ente! Aps tantos anos, tantos pedidos, tantos sacrifcios e contratempos... Eis aqui o meu Manual. E desta vez segue completo, sem diviso de volume, tomo etc.

    S para lembrar - e para aqueles que no me conhecem - esta a quarta edio do que considero meu primeiro filho. A histria comeou em 2004, quando firmei o compromisso com os meus alunos de lanar meu livro. Fechei contrato com a Editora e parti para esta aventura. Porm, no incio de 2005 me mudei para Salvador, e o tempo foi se esgotando, at o momento em que decidi dividir a obra em dois volumes e publicar no primeiro semestre de 2005 o primeiro, ficando o volume II para o segundo semestre.

    Assim, em meados de 2005, lancei meu Direito Administrativo, volume 1, com oito Captulos. Ocorreu que, para minha surpresa, a edio se esgotou em apenas trinta dias!

    Diante do sucesso, confesso que senti ainda mais o peso da responsabilidade, pois foi justamente na poca em que o Direito Administrativo comeou a passar por reformas profundas e freqentes. Todos os meses havia uma deciso importante ou uma nova lei. Assim, meu tempo foi todo tomado para atualizar o volume , e quando dei por mim, no tive mais tempo para escrever o volume II.

    Mais uma grata surpresa, a segunda edio se esgotou em quarenta e cinco dias, e os alunos queriam mais! Porm, sempre tive a conscincia da minha responsabilidade em manter o livro o mais atual possvel e, confesso, tudo isso aliado ao meu perfeccionismo, me fez esquecer um pouco o sonhado volume II para criar meu filho ainda pequeno (refiro-me ao volume 1).

    Pelos mesmos motivos, a terceira edio saiu em 2007 apenas com o volume I e, novamente se esgotou em quarenta e cinco dias, motivo que fez a editora lanar, de imediato, uma segunda tiragem, que se esgotou no mesmo prazo.

  • A partir da ocorreu um turbilho de coisas na minha vida. Voltei a morar em Macei, minha querida Macei..., engravidei e experimentei a maior experincia, acreditem, a maior, melhor e mais sensacional aventura pela qual um ser humano pode passar: tive um filho.

    Pedro se tomou o centro das atenes de minha vida, nada mais interessava para mim, muito menos o primognito livro. Confesso que cheguei mesmo a pensar em largar a atividade acadmica e me tomar dona de casa.

    Mas, a vida continua, as coisas entram nos eixos e os meus queridos alunos... No poderia deix-los na mo. Assim, tive a grata oportunidade de conhecer William Douglas, um verdadeiro mestre na arte de se atingir objetivos e de superao pessoal, que felizmente veio a se tornar meu editor. Graas s suas palavras, s nossas conversas e ao seu estmulo, finalmente saiu esta quarta edio.

    Trata-se de uma nova obra, pois de 2007 at 2010, muita coisa nova aconteceu, o que levou os Captulos que constavam do volume I a uma reforma profunda, inclusive em determinados conceitos. E mais, agora a obra est completa, pois a ela foram acrescentados mais sete Captulos que envolvem o programa do Direito Administrativo ptrio.

    Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a algumas pessoas especiais que, a cada dia, contribuem para realizao do meu sonho de escrever. Primeiramente ao meu editor e amigo William Douglas que tambm me incentivou, abriu portas e cuidou com muita ateno do nosso trabalho. A minha equipe de trabalho, Maria Carolina Sales Rodrigues e Alene Trindade Bandeira, que participam do meu grupo de estudos e me ajudam no rduo trabalho de pesquisa, obrigada pela dedicao. A minha revisora de portugus, professora Lgia Dalva Atade Lima Silva, que j me acompanha h algum tempo, obrigada pelo carinho e responsabilidade nesse trabalho. A tambm revisora de portugus, que dividiu esse trabalho, em razo do exguo tempo para entrega editora - a professora Ivanilda Soares de Gusmo Verosa - obrigada por ter aceitado esse desafio, obrigada pela ajuda.

    Aproveito ainda para expressar minha gratido e meu amor aos meus familiares e amigos. Aos meus pais, Eduardo e Conceio, obrigada pelos exemplos, obrigada pela vida. A todos os meus familiares, irmos, cunhados, sobrinhos, sogros, avs, tios, primos, que sempre acreditaram no meu potencial e sempre estiveram do meu lado, cada um a seu modo, obrigada pelo respeito. Ao meu sempre amado marido Paulo Nicholas, obrigada pela compreenso e pelo apoio nos momentos mais difceis. Obrigada, meu filhinho lindo, meu Prncipe Pedro, obrigada por estar comigo nessa trajetria. A todos que estiveram do meu lado nessa fase to especial da minha vida, que esperaram pacientes dias e noites na frente do computador, que me deram apoio e muita energia positiva, meu muito obrigada.

    Dizem que na vida a pessoa, para ser realizada, deve plantar uma rvore, ter um filho e escrever um livro. Se isto for verdade, j cumpri meu ciclo. Saibam que esta obra, este livro, continua sendo um filho para mim, meu primognito fruto de muita concentrao, sacrifcio, esforo e dvidas muito grandes de minha parte, pois, como diz Orson Welles, E preciso ter dvidas. S os estpidos tm uma confiana absoluta em si mesmos. Esta

  • obra resultado de uma abdicao de vida pessoal, da privao de horas de sono, de estresse, de conflitos internos e de muita, mas muita dedicao e amor ao que se faz.

    Tal qual o filho e a rvore, esta obra mais uma semente que planto, mais um gro que semeio na esperana de que renda bons frutos.

    No acredito na histria da rvore-filho-livro, creio mesmo na semeadura do bem, acredito que recebemos de volta na vida tudo aquilo que plantamos e que se nos dedicarmos prtica do amor desinteressado, a sim, podemos nos considerar uma pessoa realizada. Pois o homem no morre quando deixa de viver, e sim quando deixa de amar" (Charles Chaplin).

    E dentro deste conceito que entrego este livro a voc, leitor, seja voc aluno de graduao ou de ps, seja aluno da OAB, seja concurseiro, seja advogado, juiz, promotor, procurador, ou operador do Direito. Peo que tenha este livro como uma ferramenta, fruto de muita dedicao e esmero de minha parte, no intuito de ajud-lo a alcanar o seu objetivo. Deposito em cada exemplar muita energia positiva, seja para voc que est lendo esta nota na mesa de seu escritrio, na sua casa, na sala de estudos do cursinho, na sala, deitado num sof, num avio, ou em qualquer lugar, imerso em seus pensamentos, lembre-se dessa frase: NUNCA DESISTA! NO DEIXE QUE NINGUM CONSIGA TIRA R A SU A CHAMA IN TERIO R!!!

    Saiba que justamente quando estamos na pior fase da luta para realizarmos os nossos sonhos que conseguimos nos superar e ultrapassar os limites, e pense sempre no mais importante: VOC.

    Esclareo que este livro no (e espero que nunca seja) um trabalho acabado. O Direito Administrativo est em plena ebulio, os Tribunais Superiores resolveram tomar as rdeas onde o legislador foi omisso, enquanto os demais Poderes encontram formas e formas de modificar vrios conceitos h muito solidificados. E um excelente momento para o nascimento de um novo Direito Administrativo, o que exige uma constante e minuciosa atualizao.

    Nestes termos, submeto humildemente minha obra a crticas, sugestes e opinies pelo e-mail [email protected], bem como sugiro ao leitor que no deixe de acompanhar as novidades mais recentes em meu site: www.marinela.ma, onde voc poder se cadastrar e receber periodicamente as notcias mais recentes e importantes para se manter atualizado. No mais, desejo uma BOA LEITURA!

  • E sta segunda edio foi cuidadosamente atualizada com importantes discusses doutrinrias e recentes jurisprudncias. Corrigimos erros, introduzimos pequenos acrscimos, alm das inovaes normativas editadas neste perodo, inclusive as novas Emendas Constitucionais at a de nmero 52.

    Em seguida, uma breve lista dos novos diplomas que foram objeto de estudo ou referncia nesta edio:

    - Lei t f 11.182, de 27.09.2005, que institui a Agncia Nacional de Aviao Civil (AN AC);

    -L e i t f 11.196, de 21.11.2005, que institui o Regime Especial de Tributao e altera a Lei na 8.666/93 e a Lei t f 8.987/95, dentre outras leis;

    - Lei n2 11.204, de 05.12.2005, que altera a estrutura da Presidncia da Repblica e seus Ministrios, alm de outras providncias;

    -Resoluo nfl07, de 18.10.05 eResolues t f 01 (de 07.11.05) e t f 07 (de 17.04.06) que objetivam impedir o nepotismo no Poder Judicirio e no Ministrio Pblico;

    - Decreto t f 5.504, de 05.08.2005, que determina a adoo do prego como modalidade licitatria sempre que se tratar de contratao de bens e servios comuns, apontando a sua forma eletrnica como procedimento preferencial.

    Aproveito ainda a oportunidade para agradecer imensamente aos meus queridos alunos e leitores que tanto colaboraram com as adaptaes deste trabalho e sempre me incentivaram na realizao deste sonho. Obrigada por todas as palavras de carinho, por todas as manifestaes de apreo e todo o respeito pelo meu trabalho. E saibam sempre que...

    Na construo da nossa histria preciso ter coragem e no desistir jamais.

    A caminhada em busca de nossos sonhos, nem sempre tranqila e breve, exige, na maior parte de seu percurso, muita fora interior e resistncia para superar os obstculos e colher bons frutos mesmo nas piores crises. A vida nos apresenta inmeras lies difceis, e ns precisamos ter a capacidade de compreender e crescer em situaes adversas, o que s os sbios conseguem.

    Lembremo-nos de que nem sempre vai ser assim, j dizia uma antiga fbula oriental. Conta a histria que um rei pedira ao homem mais sbio de seu reino que escrevesse

  • algo para ser lido apenas num momento realmente desafiador, nas situaes mais difceis. Tempos depois, o reino foi atacado, e o rei teve de partir, sem nada, para o exlio. Na solido amargurada, leu enfim a frase que o sbio lhe escrevera: nem sempre vai ser assim. Mais tarde, o rei reconquistou o que perdera. Ao v-lo triunfante, o velho bit disse-lhe para se lembrar da frase tambm nos perodos de jbilo. E que o homem sbio deve estar preparado para o xito e o fracasso.

    E, completando, escreveu Sneca, filsofo romano: Para quem est preparado, a violncia de todas as desgraas se abranda; e somente acham seus golpes terrveis os que no tinham diante de si seno perspectivas felizes.

    Tenhamos sempre coragem para enfrentar as dificuldades, no desistir de nossos objetivos e fora para recomear a longa trajetria.

    Na verdade, a vida assim: altemam-se vitrias e derrotas para as quais devemos estar preparados, convivendo com os triunfos e os reveses. Devemos nos proteger buscando sempre a mesma atitude sbria e contida em toda situao, pois quem se eleva exageradamente quando vence, facilmente despenca no abismo no momento da perda. Devemos, portanto, estar preparados para os futuros acontecimentos.

    Assim, para a realizao de nossos sonhos, preciso pacincia e perseverana, como tambm capacidade para suportar com resignao os incmodos para os quais no temos remdio. E, mais do que tudo, fundamental manter a paz de esprito, controlando os pensamentos e no fixando as coisas que nos perturbam, apagando as ideias inoportunas, pensando positivamente e acreditando sempre.

    Sinceros agradecimentos a Lgia Dalva Atade Lima Silva pelo importante trabalho de reviso desta obra. Agradeo tambm a Tatiany Santos de Brito pelo relevante trabalho de pesquisa. E ao amigo Ricardo Didier, meu editor, parabns pelo trabalho desenvolvido na primeira edio e obrigada pela compreenso.

    Por fim, agradeo antecipadamente a todos os futuros leitores desta obra, ratificando- lhes que receberei humildemente todas as opinies a respeito deste trabalho no e-mail: [email protected], colaborao que, antecipadamente, tambm agradeo.

    Salvador, julho de 2006.

    A Autora

  • E ste livro objetiva conduzir o estudioso das Cincias Jurdicas a um dilogo criativo com as dvidas e interrogaes da realidade brasileira deste tempo conturbado pelas improbidades administrativas, numa viso de formao continuada da cidadania nacional, por meio da conscientizao de novos valores ticos no campo da Administrao Pblica real, cujo propsito final : conferir a todos os seus direitos fundamentais.

    O Direito Administrativo, com suas bases no servio pblico, no poder de polcia, na atividade de fomento e de interveno na atividade privada, alimenta a constitucionalidade destas aes, ao tempo em que delas se valem para se alimentar tambm, adequando-se realidade temporal que, hoje, mais do que ontem, urge por um imperativo de responsabilidade mxima, onde a conscincia crtica e reflexiva da humanidade seja identificada com os Direitos Humanos Universais.

    A sociedade precisa acordar e lutar por seus direitos civis, jurdicos e sociais, contextualizando-se no mundo, conectando-se com seus semelhantes, com a natureza e com a emoo, gerando, assim, o sentimento de solidariedade universal, com intuito de compreender que o entendimento do universo e da vida passa pela expresso humanitria do bem-estar coletivo, que necessita ser cobrado, urgentemente, no nosso pas.

    Visa tambm a aj udar o meu leitor a ampliar o conhecimento do Direito Administrativo, como necessidade premente de apreenso das doutrinas norteadoras, que humanizam as relaes mtuas e as influncias recprocas entre os cidados e o Estado, exigindo respeitabilidade humana e justia social como condio de realizar a cidadania brasileira, via estudo, compreenso, interferncia, conscincia e prtica coletiva e responsvel do Direito Administrativo.

    Para a elaborao deste trabalho, inmeros desafios foram superados. Primeiro, as dificuldades de uma primeira obra a escolha do que realmente importante para ser objeto de discusso, a organizao do material para que a didtica adotada sejabem acolhida pelos seus leitores e a utilizao da linguagem simples a fim de que os que buscam apoio neste trabalho consigam uma melhor compreenso do Direito Administrativo. Disciplina que, muitas vezes, se coloca na vida dos alunos como um obstculo instransponvel, o que no verdade. Surge tambm o desafio da atualizao e, na tentativa de ter sempre uma obra atual, tomei a difcil e arrojada deciso de dividir a disciplina em dois volumes. Durante a elaborao deste material urgia, no Congresso Nacional, a aprovao da Emenda

  • Constitucional na 47/05, com conseqncias relevantes para o regime previdencirio dos servidores pblicos, sem contar nas inmeras aes de inconstitucionalidade que tramitam no Supremo Tribunal Federal que, com certeza, vo interferir em assuntos como teto remuneratrio dos servidores pblicos, desapropriao e, principalmente, improbidade administrativa.

    Em razo da impossibilidade de esperar mais, decidi deixar estes assuntos que tendem a se resolver nos prximos tempos para um segundo volume, que j est sendo preparado.

    Tomadas estas difceis decises, nasce ento o que eu denominei meu primeiro filho, o meu livro. No representa um trabalho concludo, consiste somente num momento de estudo, mas foi elaborado com o escopo de ajudar aqueles que me acompanham nesta tarefa rdua de construo do conhecimento, meus queridos alunos. Eu s espero que ele cumpra a sua misso, ajudando todos aqueles que esto na perseguio de um sonho.

    importante lembrar que o aprendizado uma construo e no se faz de uma hora para outra, necessrio colocar uma pea de cada vez e certamente chegaremos l. Nesta trajetria, apesar das dificuldades e dos desafios, no se admite desistir. Talvez, voc j esteja colocando as ltimas peas para realizao do seu sonho. Abrir mo, neste momento, significa uma renncia vitria, desistir de uma batalha j vencida.

    E preciso aprender a cair, levantar a cabea e ter coragem para comear tudo de novo. E indispensvel focar os olhos no seu sonho e impedir que algo desvie o seu olhar. Ns no podemos deixar que nada prejudique a nossa trajetria de vida, a realizao dos nossos sonhos, a busca da felicidade.

    O crescimento pessoal exige sempre muita calma e o controle da ansiedade, qui o emocional seja o grande segredo do sucesso. Ter muita pacincia, persistncia e disciplina s pode fazer dar tudo certo. Ter coragem para recomear. Ter sempre esperana.

    Esperana que se fortalece, em cada dia de estudo, em cada jovem que evolui intelectualmente, energizado na vontade ferrenha de realizar coisas velhas por caminhos novos, interferindo ou sugerindo, defendendo ou condenando, mas participando do universo jurdico que est aberto a todos aqueles ousados e persistentes, criativos e tempestivos, estudiosos e determinados, curiosos e comprometidos com seus desafios pessoais na busca da excelncia e do sucesso, que requer muita dedicao e renncia.

    No caminho do triunfo, duas situaes so proibidas: sentir medo e desistir.Lembre-se de que para que o mal triunfe, basta que os bons no faam nada.

    Sinceros agradecimentos a Elisa Maria Pinto de Sousa e Amanda G. Lopes, que muito me ajudaram na pesquisa. Ao amigo Francisco Fontenele, que me proporcionou inmeras oportunidades de crescimento, obrigada por acreditar na minha capacidade. Ao Ricardo Didier, meu querido editor, pela pacincia e compreenso. E, finalmente, ao meu amigo Robrio Nunes dos Anjos Filho, por ter aceitado o convite de apresentar este livro para vocs, de forma to carinhosa, meu muito obrigada.

    Agradeo ainda aos meus pais, Eduardo e Conceio, por terem plantado a semente e proporcionado as bases para a construo deste sonho. Ao meu av Manoel, que j no

  • est mais entre ns, porm deixou registrada uma histria de determinao, de luta pela vida e pela felicidade, obrigada pelo exemplo.

    Aos meus irmos Mareei, Fabielle e Francielle e ao meu sobrinho Eduardo, obrigada por todo amor. Aos meus sogros, Paulo e Ruth, obrigada pela forma como me acolheram e por todo carinho. A todos os meus familiares, avs, tios, primos, cunhados que sempre acreditaram no meu potencial, obrigada pelo respeito. E, ao meu querido marido, Paulo Nicholas, que sempre me apoiou em todos os momentos difceis, que me ajudou em todas as minhas decises e me esperou paciente, dias e noites na frente do computador, amor, muito obrigada.

    E, para encerrar, ressalto, novamente, que esta obra representa um momento na construo dos meus estudos e que todos os posicionamentos e orientaes aqui apresentados podem ser modificados ou adaptados aos novos conhecimentos que vier adquirir. Por fim, agradeo antecipadamente a todos os futuros leitores desta obra e saibam que receberei humildemente todas as opinies a respeito no e-mail: contato@ marinela.ma. Afinal de contas, aprender a viver filosofar a vida, interrogando, refletindo o conhecimento, a condio humana e os grandes problemas do homem e do Universo, enfrentando suas incertezas e com elas dialogando.

    Seja ousado, e foras poderosas o auxiliaro.(Goethe)

    Julho de 2005.Fernanda Marinela de Sousa Santos

  • S u m r i o

    Captulo 1 - Noes Prelim inares................................................................................................. 1

    1. Direito.................................................. .............................................................................................1

    2. Direito Administrativo..................................................................................................................22.1. Conceito............................................................................................................................. 22.2. Relao com outros ramos do Direito...........................................................................62.3. Fontes do Direito Administrativo.................................................................................. 82.4. Codificao do Direito Administrativo.......................................................................112.5. Interpretao de regras do Direito Administrativo................................................. 122.6. Evoluo Histrica do Direito Administrativo..........................................................122.7. Sistemas Administrativos............................................................................................. 13

    3. Estado, Governo e Administrao Pblica - conceitos distintos.................................... . 143.1. Estado............................................................................................................................... 14

    3.1.1. Poderes e funes do Estado........................................................................153.1.2. Organizao do Estado.................................................................................. 17

    3.2. Governo............................................................................................................................ 173.3. Administrao Pblica...................................................................................................18

    4. Atividade Administrativa........................................................... .'...............................................19

    5. Quadro sinptico..........................................................................................................................20

    Captulo 2 - Regime Jurdico Administrativo......................................... :............................ 23

    1. Conceito se Regime Jurdico Administrativo..........................................................................23

    2. Distino entre Princpios e Regras......................................................................................... 24

    3. Princpios do Direito Administrativo.......................................................................................263.1. Princpio da supremacia do interesse pblico..........................................................273.2. Princpio da indisponibilidade do interesse pblico............................................... 28

    3.2.1. Conceito de interesse pblico...................................................................... 283.3. Princpio da legalidade.................................................................................................. 303.4. Princpio da impessoalidade.........................................................................................343.5. Princpio da finalidade.................................................................................................. 383.6. Princpio da moralidade................................................................................................39

  • 3.7. Princpio da publicidade................................................................................................403.8. Princpio da eficincia....................................................................................................443.9. Princpio da isonomia.................................................................................................... 473.10. Princpio do contraditrio............................................................................................ 513.11. Princpio da ampla defesa.............................................................................................523.12. Princpio da razoabilidade............................................................................................ 543.13. Princpio da proporcionalidade................................................................................... 563.14. Princpio da continuidade.............................................................................................5 73.15. Princpio da autotutela.................................................................................................. 633.16. Princpio da especialidade............................................................................................653.17. Princpio da presuno de legitimidade.................................................................... 653.18. Princpio da motivao.................................................................................................. 663.19. Princpio da segurana jurdica................................................................................... 68

    4. A inobservncia de um princpio..............................................................................................68

    5. Quadro sinptico..........................................................................................................................69

    6. Smulas correlatas...................................................................................................................... 736.1. STF - Smulas vinculantes........................................................................................... 736.2. Smulas STF.................................................................................................................... 736.3. Smulas STJ..................................................................................................................... 74

    7. Jurisprudncias Interessantes.................................................................................................. 75

    Captulo 3 - Organizao da Administrao............................................................................93

    1. Administrao Pblica - organizao administrativa..........................................................931.1. Princpios fundamentais da Administrao Pblica Federal................................. 941.2. A manifestao de vontade da pessoa jurdica - Teorias sobre as relaes

    com seus agentes............................................................................................................95

    2. Formas de prestao da atividade administrativa................................................................ 962.1. Formas de descentralizao......................................................................................... 98

    3. rgos pblicos.........................................................................................................................1003.1. Principais caractersticas........................................................................................... 1013.2. Classificao..................................................................................................................105

    4. Administrao direta............................................................................................................... 107

    5. Administrao indireta............................................................................................................1085.1. Caractersticas gerais.................................................................................................. 1095.2. Autarquias..................................................................................................................... 113

    5.2.1. Conceito e outras consideraes.............................................................. 1135.2.2. Regime jurdico............................................................................................1145.2.3. Autarquias profissionais............................................................................ 1295.2.4. Autarquias territoriais................................................................................1385.2.5. Autarquias de regime especial..................................................................138

  • 5.3. Agncias reguladoras..................................................................................................1385.3.1. Conceito e funo........................................................................................ 1385.3.2. Espcies de agncias...................................................................................139

    5.3.3. Regime especial......................................................................................... 1405.3.4. Caractersticas............................................................................................. 142

    5.4. Fundao pblica.........................................................................................................1465.4.1. Conceito.........................................................................................................1465.4.2. Natureza jurdica......................................................................................... 1475.4.3. Fundao pblica de direito privado....................................................... 1505.4.4. Fundao pblica de direito pblico........................................................151

    5.5. Agncias executivas.....................................................................................................1535.6. Empresas estatais........................................................................................................ 154

    5.6.1. Conceitos....................................................................................................... 1555.6.2. Finalidades....................................................................................................1555.6.3. Regime jurdico............................................................................................1565.6.4. Principais semelhanas e diferenas entre as empresas pblicas

    e as sociedades de economia mista..........................................................177

    6. Setores da economia nacional................................................................................................ 178

    7. Entes de cooperao.................................................................................................................1797.1. Servios sociais autnomos....................................................................................... 1807.2. Entidades de apoio...................................................................................................... 1827.3. Organizaes sociais....................................................................................................1847.4. Organizaes da sociedade civil de interesse pblico..........................................189

    7.4.1. Semelhanas e distines entre OS e OSCIP...........................................190

    8. Quadro sinptico.......................................................................................................................191

    9. Smulas correlatas................................................................................................................... 1979.1. STF - Smulas vinculantes........................................................................................ 1979.2. Smulas d STF.........................................................................:..................................1989.3. Smulas do STJ............................................................................................................. 199

    10. Jurisprudncias interessantes......................................... ......... .............. ............... .............. 200

    Captulo 4 - Poderes da Administrao e dos Administradores.....................................215

    1. Conceito......................................................................................................................................215

    2. Caractersticas........................................................................................................................... 216

    3. Poder vinculado e poder discricionrio............................................................................... 217

    4. Poder regulamentar.................................................................................................................2184.1. Consideraes sobre atos normativos, leis e regulamentos............................... 2184.2. Tipos de regulamento............................................................ .-................................... 2194.3. Controle dos Atos Administrativos.......................................................................... 222

    5. Poder hierrquico........... .'........................................................................................................ 224

  • 6. Poder disciplinar........................................................................................................................226

    7. Poder de polcia......................................................................................................................... 2297.1. Conceito......................................................................................................................... 2297.2. A expresso "poder de polcia..................................................................................2307.3. Fundamento e essncia do poder de polcia.............................. :............................2317.4. Atos por meio dos quais se expressa o poder de polcia.............'.........................2327.5. Delegao dos atos de polcia.................................................................................... 2337.6. Atributos do poder de polcia.................................................................................... 2357.7. Poder de polcia e o princpio da proporcionalidade............................................2367.8. Controle dos atos de polcia.......................................................................................2377.9. Setores da polcia administrativa............................................................................. 2377.10. Polcia administrativa e polcia judiciria............................................................... 238

    8. Poderes e deveres do administrador pblico...................................................................... 2388.1. Deveres do administrador..........................................................................................2388.2. Uso e abuso de poder.................................................................................................. 2398.3. Formas de abuso de poder.........................................................................................2398.4. Abuso de poder e legalidade...................................................................................... 240

    9. Quadro sinptico....................................................................................................................... 241

    10. Smulas correlatas....................................................................................................................24410.1. STF - Smulas vinculantes.........................................................................................24410.2. Smulas STF..................................................................................................................24410.3. Smulas STJ...................................................................................................................245

    11. Jurisprudncias interessantes................................................................................................ 245

    Captulo 5 - Ato Administrativo................................................................................................ 261

    1. Introduo e conceito.............................................................................................................. 2611.1. Ato e fato jurdico........................................................................................................ 2611.2. Ato da administrao e ato administrativo.............................................................2641.3. Conceito de ato administrativo................................................................................. 265

    2. Vinculao e discricionariedade............................................................................................268

    3. Elementos do ato administrativo........................................................................................... 2703.1. Sujeito competente.................................................................................. ...................271

    3.1.1. Principais regras.......................................................................................... 2723.2. Forma............................................................................................................................. 275

    3.2.1. Princpio da solenidade..............................................................................2753.2.2. Silncio administrativo...............................................................................2763.2.3. Vcio na forma...............................................................................................278

    3.3. Motivo............................................................................................................................ 2793.3.1. Legalidade do motivo................................................................................. 2793.3.2. Principais distines................................................................................... 2803.3.3. Teoria dos motivos determinantes..........................................................284

  • 3.4. Objeto............................................................................................................................. 2853.4.1. Requisitos de validade................................................................................2863.4.2. Discricionariedade e vinculao............................................................... 286

    3.5. Finalidade........ ............................................................................................................ -..2873.5.1. Distines: motivo, objeto e Finalidade....................................................288

    3.6. Quadro comparativo....................................................................................................288

    4. Mrito administrativo...............................................................................................................2904.1. Possibilidade de controle pelo Poder Judicirio....................................................291

    5. Atributos do ato administrativo.............................................................................................2935.1. Presuno de legitimidade, legalidade e de veracidade.......................................2945.2. Autoexecutoriedade.............. ..................................................................................... 2955.3. Imperatividade.............................................................................................................2965.4. Tipicidade...................................................................................................................... 296

    6. Classificao............................................................................................................................... 2976.1. Quanto aos destinatrios............................................................................................ 2976.2. Quanto ao alcance.........................................................................................................2976.3. Quanto manifestao de vontade...........................................................................2986.4. Quanto ao grau de liberdade......................................................................................2986.5. Quanto ao objeto.......................................................................................................... 2996.6. Quanto formao................................................................................ ...................... 3006.7. Quanto estrutura do ato.......................................................................................... 3016.8. Quanto aos efeitos........................................................................................................3016.9. Quanto aos resultados na esfera jurdica................................................................ 3026.10. Quanto situao jurdica que criam.......................................................................302

    7. Modalidades de atos administrativos................................................................................... 3027.1. Atos normativos........................................................................................................... 3027.2. Atos ordinatrios......................................................................................................... 3047.3. Atos negociais............................................................................................................... 3057.4. Atos enunciativos......................................................................................................... 3087.5. Atos punitivos...............................................................................................................310

    8. Formao e efeitos....................................................................................................................3108.1. Perfeio........................................................................................................................ 3108.2. Validade.................................. ...................................................................................... 3118.3. Eficcia................................................... ....................................................................... 3118.4. Possveis combinaes................................................................................................312

    9. Extino do ato administrativo...............................................................................................3139.1. Formas de extino......................................................................................................3149.2. Invalidao....................................................................................................................315

    9.2.1. Formas de invalidao................................................................................3169.2.2. Anulao........................................................................................................ 317

  • 9.2.3. Convalidao e sanatria........................................................................... 3219.2.4. Estabilizao de efeitos..............................................................................3229.2.5. Possveis vcios do ato administrativo.................................................... 327

    9.3. Revogao..................................................................................................................... 3289.4. Coisa julgada administrativa..................................................................................... 331

    10. Quadro sinptico.......................................................................................................................332

    11. Smulas correlatas....................................................................................................................33811.1. STF - Smulas vinculantes.........................................................................................33811.2. Smulas STF..................................................................................................................33811.3. Smulas STJ...................................................................................................................339

    12. Jurisprudncias interessantes................................................................................................ 340

    Captulo 6 - Licitao....................................................................................................................353

    1. Conceito e finalidades.............................................................................................................. 353

    2. Competncia para legislar...................................................................................................... 354

    3. Sujeitos licitao.................................................................................................................... 358

    4. Princpios bsicos..................................................................................................................... 362

    5. Contratao direta - dispensa e inexigibilidade.................................................................3655.1. inexigibilidade..............................................................................................................367

    5.1.1. Pressupostos para a realizao da licitao...........................................3675.1.2. Objeto licitvel e a pluralidade..................................................................368

    5.1.2.1. Bem singular..............................................................................3685.1.2.2. Servios singulares...................................................................3695.1.2.3. Hipteses legais de inexigibilidade....................................... 370

    5.2. Dispensa de Licitao..................................................................................................3715.2.1. Hipteses de licitao dispensvel...........................................................372

    5.3. Imperfeies.................................................................................................................377

    6. Registros de preos...................................................................................................................377

    7. Registros cadastrais..................................................................................................................378

    8. Modalidades...............................................................................................................................3798.1. Concorrncia.................................................................................................................3838.2. Tomada de preos....................................................................................................... 3858.3. Convite........................................................................................................................... 3858.4. Concurso........................................................................................................................3878.5. Leilo..............................................................................................................................3888.6. Prego............................................................................................................................ 389

    8.6.1. Prego eletrnico........................................................................................ 3918.7. Outras modalidades.....................................................................................................392

  • 9. Algumas licitaes.................................................................................................................... 3939.1. Licitaes de grande vulto e alta complexidade tcnica.......................................3939.2. Licitaes internas e internacionais.........................................................................3949.3. Licitaes das microempresas e empresas de pequeno porte..........................-... 3959.4. Licitao para contratao de servio de publicidade............. .............................3989.5. Regime Diferenciado de Contrataes [RDC].........................................................399

    10. Comisses de licitao............................................................................................................. 401

    11. Procedimento............................................................................................................................ 40311.1. Procedimento da concorrncia................................................................................. 403

    11.1.1. Fase interna..................................................................................................40411.1.2. Fase externa..................................................................................................411

    11.2. Procedimento para tomada de preos.....................................................................42211.3. Procedimento para convite....................................................................................... 42311.4. Procedimento para concurso.....................................................................................42311.5. Procedimento para leilo...........................................................................................42411.6. Procedimento para prego........................................................................................ 42411.7. Procedimento do prego eletrnico.........................................................................42 7

    11.7.1. Fase interna..................................................................................................42811.7.2. Fase externa..................................................................................................429

    12. Recursos.....................................................................................................................................433

    13. Quadro sinptico.......................................................................................................................434

    14. Smulas correlatas................................................................................................................... 43914.1. Smulas STF..................................................................................................................43914.2. Smulas STJ...................................................................................................................439

    15. Jurisprudncias interessantes................................................................................................ 439

    Captulo 7 - Contratos Administrativos................................................................................. 459

    1. Conceito........................................ ............................................................................................. 459

    2. Caractersticas........................................................................................................................... 460

    3. Formalismo............................................... ................................................................................462

    4. Clusulas necessrias...............................................................................................................465

    5. Garantia.......................................................................................................................................467

    6. Durao do contrato.................................................................................................................468

    7. Pagamentos devidos ao contratado...................................................................................... 471

    8. Clasulas exorbitantes............................................................................................................ 472

    9. Alterao contratual.................................................................................................................4749.1. Teoria da impreviso..................................................................................................479

    10. Responsabilidades................................................................................................................... 480

  • 11. Regras para entrega do objeto do contrato..........................................................................484

    12. Formas de extino...................................................................................................................484

    13. Sanes........................................................................................................................................489

    14. Dos crimes..................................................................................................................................491

    15. Contratos em espcie............................................................................................................... 49215.1. Contratos propriamente ditos................................................................................... 49215.2. Contrato de concesso................................................................................................ 49315.3. Contrato de permisso de servio pblico............................................................. 49415.4. Contrato de gesto.......................................................................................................494

    16. Convnios e consrcios............................................................................................................497

    17. Consrcios pblicos..................................................................................................................499

    18. Quadro sinptico....................................................................................................................... 507

    19. Smulas correlatas....................................................................................................................51219.1. Smulas STF..................................................................................................................51219.2. Smulas STJ...................................................................................................................513

    20. Jurisprudncias interessantes................................................................................................ 513

    Captulo 8 - Servios Pblicos.................................... ...............................................................531

    1. Conceito e elementos definidores.......................................................................... ...............531

    2. Princpios................................................................................................................................... 5332.1. Princpio da continuidade............ ............................................................................. 535

    2.1.1. Instrumentos para garantir a continuidade...........................................5352.1.2. Possibilidades de interrupo do servio............................................... 538

    3. Determinao constitucional..................................................................................................545

    4. Classificao............................................................................................................................... 546

    5. Delegao do servio pblico................................................................................................. 5505.1. Concesso comum de servio pblico..................................................................... 551

    5.1.1. Fundamento legal........................................................................................ 5515.1.2. Conceito.........................................................................................................5525.1.3. Poder concedente........................................................................................ 553

    5.1.3.1. Direitos e obrigaes do poder concedente.........................5535.1.4. O concessionrio.......................................................................................... 555

    5.1.4.1. Direitos e obrigaes do concessionrio..............................5555.1.5. Direitos e obrigaes do usurio.............................................................. 5585.1.6. Natureza jurdica......................................................................................... 5595.1.7. Distines......................................................................................................5605.1.8. Formalidades da concesso....................................................................... 560

    5.1.8.1. Procedimento licitatrio..........................................................561

  • 5.1.8.2. Contrato de concesso............................................................. 5635.1.8.3. Possibilidades de transferncia..............................................564

    5.1.9. A remunerao e a poltica tarifria.........................................................5655.1.10. Formas de extino...................................................................................-...566

    5.2. Parcerias do Poder Pblico com os particulares.........................................