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Histórias da FEP Ladie, a veterana economista Página 7 Erasmus em França Todos os meses, o Fepiano traz uma nova aventura de ERASMUS, desta vez contada por Gabriel Gonzaga que esteve em França. Página 10 Como criar um CV de sucesso Página 7 Agenda Cultural Página 9 O (sempre) controverso Nobel da Economia Página 8 UPORTO International Case Competition O rescaldo da primeira competição de resolução de casos de negócio, em Portugal, organizada pela FEP. Página 3 FEP League A análise das primeiras jornadas. Página 11 Prefácio de Júlio Magalhães Guia Prático EMPREGO Bom e Já! O trabalho existe e há empresas a contratar. Saiba como conquistar essas vagas! Autor: Ricardo Peixe Págs.: 232 nº 5 • novembro 2013 • distribuição gratuita • Periodicidade: mensal www.fep.up.pt NILTON RODRIGUES O (RE)CONHECIDO HUMORISTA, EM ENTREVISTA “Estamos num país em que há mais cromos do que gajos com juízo” Págs 4-5

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Edição nº 5 - Novembro de 2013

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  • Histrias da FEP

    Ladie, a veterana

    economista Pgina 7

    Erasmus em FranaTodos os meses, o Fepiano traz uma nova aventura de ERASMUS, desta vez contada por Gabriel Gonzaga que esteve em Frana.

    Pgina 10

    Como criar um CV de sucesso

    Pgina 7

    Agenda CulturalPgina 9

    O (sempre) controverso Nobel da Economia

    Pgina 8

    UPORTO International Case CompetitionO rescaldo da primeira competio de resoluo de casos de negcio, em Portugal, organizada pela FEP.

    Pgina 3

    FEP League A anlise das primeiras jornadas.

    Pgina 11

    Prefcio de Jlio Magalhes

    Guia PrticoEMPREGO Bom e J!O trabalho existe e h empresas a contratar.

    Saiba como conquistar essas vagas!

    Autor: Ricardo Peixe Pgs.: 232

    n 5 novembro 2013 distribuio gratuita Periodicidade: mensal www.fep.up.pt

    NILTON RODRIGUESO (RE)CONHECIDO HUMORISTA, EM ENTREVISTA

    Estamos num pas em que h mais cromos do que gajos com juzo

    Pgs 4-5

  • 2 N 5 - novembro 2013

    E, por estes dias, l regressaram o frio, a chuva e os cortes. No, ainda no es-to includos os das pernas, como acredi-to que j se tenha sugerido. Estes, de que vos falo, ainda se efectuam na carteira dos portugueses. Em todo o caso, melhor no nos fiarmos na boa-f de quem realiza os Oramentos do Estado: gente habituada a cortar tudo o que seja imaginvel, excepto as suas prprias regalias. At ver, os artigos da Constituio da Repblica Portuguesa para alm de caricatos so demasiada-mente vagos e, apesar de declararem que Portugal uma Repblica soberana, base-ada na dignidade da pessoa humana, no nos chegam a definir o conceito de alguns vocbulos dbios como dignidade. Numa anlise mais aprofundada, garan-tem, conjuntamente, que em terreno na-cional a vida huma-na inviolvel e que em caso algum ha-ver pena de morte. Nos dias que correm, graas aos avanos da Medicina, per-feitamente possvel amputar-se um dos membros sem que para isso se viole o direito vida. Ora, salvaguardada esta parte, uma questo que se revela essen-cial ver respondida se algum perde a dignidade humana pelo governo lhe cor-tar uma perna. At ver, julgo que no. certo que pode ser doloroso, mas no , de todo, inconstitucional. E nem que fos-se Bem vistas as coisas, no nosso pas a Constituio existe para ser suplantada, no fssemos ns os recordistas de inconstitu-cionalidades.

    Pelo meio de tanto corte, no ms tran-sacto, ainda houve tempo para contem-plarmos uma suspenso partidria justifi-cada pela diferena descoberta na deciso de voto. Tenhamos o atrevimento de re-correr, de novo, extensa lista da Cons-tituio nacional: no seu primeiro artigo podemos ler que Portugal , tambm,

    uma Repblica soberana empenhada na construo de uma sociedade livre, justa e solidria. C est a referncia a outro termo ambguo liberdade. Ao que pare-ce, a sociedade livre. Todavia, nunca to livre ao ponto de poderem surgir dois pareceres distintos vindos da mesma bancada parlamentar. Dentro de um par-tido, todos, de forma impretervel, devem compartilhar das mesmas ideias. Certos deputados tm de compreender que, em Portugal, no se pode ter vontade pr-pria. E muito menos opinio [Olha-me que atrevimento!] Um elemento de uma bancada parlamentar, to-somente, tem

    de ocupar uma cadeira e encarnar o papel de cordeirinho ou ento de camelo, dada a forte competncia de reteno de vencimentos lquidos que caracteriza a maioria. No tempo actual, no se com-preende o porqu da manuteno de uma cfila to grande. Afinal, se todos esto forados a votar de forma igual dos seus colegas de bancada, porque que no se opta por ter, meramente, um representan-te de cada partido, nesse parlamento to atpico?

    Neste enredo rebuscado, ainda se tornou possvel escutar Paulo Portas, nessa humo-

    rstica Assembleia da Repblica, a aludir que este Oramento o ltimo do pro-grama assinado pela troika, encontrando--se o pas na recta final de um pesadelo. Aqui h atrasado, o vice-primeiro-ministro portugus havia referido que estvamos a comear a subir a escada. Pelos vistos, a escada possui demasiados degraus, dado que extensas semanas aps a sua declara-o ainda no ultrapassamos o pesadelo. Em todo o caso, ptimo saber que, salvo prova em contrrio, estamos a momentos de o ultrapassar. Nem tenho a ousadia de duvidar das dissertaes, aparentemente, irrevogveis de Paulo Portas. Julgo, at, que

    o prximo ano ser indubitavelmente melhor. Para alm de figurar uma portu-guesa no calendrio de 2014 da Ryanair, o governo ir sorte-ar, semanalmente e a partir de Janeiro, automveis para incentivar os consu-midores a pedirem facturas. A oposio desconfia que os ve-culos em causa se tratam de monolu-gares. Ainda assim, creio que no se deva descurar o perigo de adio considera-velmente superior ao do Totobola , que encaminhar todos os que pretendem ter um nmero avul-tado de facturas no sorteio a consumir muito para l das suas possibilidades.

    Se este risco se revelar eficaz, ento abre-se portas ao surgimento de uma nova insti-tuio denominada por V.A.R.A. Via de Apoio aos Recibticos Annimos. Fora disto, o nico pormenor que nos resta sa-ber o dia da semana em que decorrer o sorteio. No ser difcil adivinhar: Lotaria Clssica segunda, Euromihes tera, Totoloto quarta, Lotaria Popular quin-ta, Euromilhes (novamente) sexta, Joker ao domingo Totocarros ao sbado, que tal vos parece? Bem se forem sorteadas as magnficas viaturas do governo, ainda vale a pena tentarmos a nossa sorte!

    A lotaria dos cortes

    SEM AMARRAS

    GONALO SOBRAL MARTINS www.gsmartins.blogspot.pt

  • 3N 5 - novembro 2013

    Depois de uma preparao exigente, mas ao mesmo tempo enriquecedora, a nossa equipa viveu uma experincia de grande valor, durante a semana da competio. Surpreen-dentemente, gerou-se com alguma facilidade um ambiente propcio ao contacto entre as diferentes escolas que marcaram presena na ICC, muito graas s atividades dinamizadas pela organizao. Alm disso, no foi s uma oportunidade para conhecer grandes figuras do mundo empresarial, mas tambm para fa-zer crescer algumas capacidades associadas s soft-skills. Ainda assim, salientaria a amizade que surgiu entre os membros da nossa equi-pa como uma grande conquista. Em nome da equipa, gostaria de deixar uma palavra de agradecimento nossa advisor Catarina Ro-seira e a toda a equipa que nos apoiou.

    INS ROCHA

    A ICC Porto 2013 foi um experincia fan-tstica por vrias razes. A primeira das quais foi a possibilidade de participar na pri-meira competio deste tipo organizada em Portugal e testemunhar a excelncia da or-ganizao liderada pela minha colega Rena-ta Blanc. A segunda foi a troca de experin-cias com pessoas das escolas de outros pases, particularmente com os advisors das outras equipas. A terceira, e no menos importan-te, a oportunidade de acompanhar a equipa da FEP e de ver o seu progresso ao longo das semanas de trabalho que antecederam a com-petio. A sua motivao, formao slida e capacidade de trabalhar em equipa resultou numa tima prestao na competio. Foi um prazer trabalhar com a equipa. Parabns Ca-rolina, Ins, Guilherme e Jos Maria!

    PROFESSORA CATARINA ROSEIRA

    O facto de ter sido Ambassador na ICC foi memorvel para o Ambassador Daniel Cunha, que teve a seu cargo a BI Norwegian Business School. O estudante da nossa facul-dade afirma que o ingls no foi um entrave ao desenvolvimento do projeto e que guarda memrias e experincias muito gratificantes.

    O seu principal objetivo era proporcionar uma boa experincia aos participantes e satis-fazer todas as suas dvidas e curiosidades que, segundo ele, foram muitas.

    Referiu que a multiculturalidade um dos fatores mais presentes e mais vantojosos neste tipo de iniciativas, pois permite compreender um pouco melhor melhor as outras culturas. Felicitou ainda a organizao pelo excelente trabalho desenvolvido e aguarda com alguma expetativa a repetio de eventos como este, em Portugal e na FEP.

    DANIEL CUNHA

    TESTEMUNHOS

    ALICE MOREIRACAROLINA REIS

    A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) promoveu, de 21 a 25 de Outubro, a primeira edio da FEP U.Porto Internatio-nal Case Competition (FEP U.PORTO ICC 2013), a pri-meira competio de resoluo de casos de negcio, em Por-tugal.

    De salientar que a FEP j tem um reputado historial nestas competies. Em 2012 venceu a Asian Business Case Competition, em Singapura e apurou se para a final do Global Business Case Compe-tition, em Seattle, e em 2011 e 2013 venceu a competio em Maastricht.

    Participaram nesta compe-tio, para alm da FEP (que foi representada por Carolina Silva, Ins Rocha, Jos Gui-lherme Sousa e Jos Maria An-tunes e liderada pela professo-ra Catarina Roseira Faculty Advisor da FEP), algumas das mais reputadas universidades e Business Schools de todo o mundo: IE Business School (Espanha), BI Norwegian Bu-siness School (Noruega), John Molson School of Business (Canada), McGill University (Canada), Nanyang Business

    School (Singapura), Universi-ty of New South Wales (Aus-tralia), University of Otago (Nova Zelndia) e University of Washington (EUA).

    A competio, que adoptou o formato Live Case como ele-mento diferenciador das com-peties j existentes, consis-tiu no lanamento ao vivo do desafio por parte das empresas EDP Renovveis (caso princi-pal) e Vinho do Porto Ramos Pinto, seguido da entrega do caso de estudo (documento so-bre a situao actual da empre-sa e desafios estratgicos para o futuro).

    O trabalho teve de ser feito em equipas de quatro estudan-tes que tiveram que resolver o caso em 40 horas, em regime de no comunicao com o ex-terior (tendo os estudantes fi-cado isolados durante o pero-do de resoluo, alojados num hotel).

    As equipas fizeram uma apresentao das recomenda-es desenhadas para o jri presente composto por empre-srios de empresas de elevada reputao como McKinsey & Company, Deloitte, Sonae, Li & Fung, Rui Teixeira CFO da EDP Renovveis e docentes da FEP, os quais avaliaram as propostas em causa e deram o respectivo feedback s equipas

    participantes.Os critrios valorizados fo-

    ram a capacidade de identifi-cao de problemas, viabilida-de das solues recomendadas, adequao da anlise apresen-tada s implicaes financeiras e operacionais, desempenho na apresentao, entre outros fac-tores.

    Toda a apresentao foi fei-ta em ingls composta por um perodo de perguntas e respos-tas por parte do jri e equi-pas tendo sido realizada a final da competio a 25 de Ou-tubro, pelas 15h00, no Salo Nobre da FEP. Esta foi aber-ta ao pblico e foi transmitida em directo pela TVU (Tv da

    U.Porto).As trs equipas apuradas

    para a final da FEP - UPorto International Case Competi-tion - foram a McGill, John Molson e Otago sendo que a equipa vencedora foi a McGill University.

    Esta iniciativa teve o apoio de empresas como Sonae, De-loitte, Li & Fung, Ramos Pin-to, Nobrinde e Vista Alegre.

    De salientar que estas com-peties desenvolvem as soft skills dos estudantes, a sua capacidade empreendedora, estimulam a proximidade com o mercado de trabalho e prepa-ram-nos para uma vida futura completa e de elevado sucesso.

    UPORTO International Case Competition

  • 4 N 5 - novembro 2013

    Este ms, o Fepiano saiu da Faculdade e encontrou-se com o Nilton, o (re)conhecido humorista portugus, no edifcio da Alfndega. Num tom mais srio mas sempre informal, o homem do 5 para a meia noite partilhou algumas das suas histrias e deixou uma mensagem aos nossos leitores: Independentemente do que faam, sejam felizes.

    GONALO SOBRAL MARTINS JOS GUILHERME SOUSA

    Normalmente, s o entrevistador. Aqui surges como entrevistado. Onde que te sentes mais vontade e o que te d mais prazer?

    Tanto num como noutro. Enquanto entrevis-tado s mais surpreendido a surpresa algo de que gosto. No entanto, aprecio ouvir os outros e sinto que aprendes mais a ouvir do que a falar.

    A tua carreira comeou como DJ no Algarve. Porque respondeste quele anncio do Expresso?

    Eu nasci em Angola, mas vim para Portu-gal Proena-a-Nova com a minha famlia quando tinha apenas quatro anos. Aos treze anos, comecei a fazer rdio, mas sempre tive dificuldade em aceitar o que me era oferecido por uma terra pequena. Alm disso, sempre orientei a minha vida em funo de uma pre-missa faz tudo o que te apetece. E aos dezas-sete anos apeteceu-me ir para o Algarve e por l fiquei durante mais doze.

    Como foi essa aventura de 480 km que te levou desde Proena-a-Nova at ao Algarve, numa moto DT LC?

    Percebi que foi apenas uma aventura par-va, porque teria feito melhor se tivesse ido de comboio. Eu adorava dizer que foi espetacu-lar, que passeei imenso, mas no. Ainda por cima, quando cheguei ao Algarve, fiquei sem a minha moto, apesar de ter acabado por apa-recer ao final de quinze dias. No sei se h relao, mas a Yamaha convidou-me para ser embaixador da marca, em Portugal. engra-ado como, passados tantos anos, temos este casamento. E, sim, diria que essa DT LC foi a minha primeira moto e aquela que, hoje, me permite ter uma garagem mais recheada.

    Como visto o mundo da noite por al-gum, como tu, que no tem qualquer ligao ao tabaco, ao lcool, a drogas e que tampouco toma caf?

    Aos dezasseis anos, apanhei uma bezana, mas depois percebi que era mais inteligente embebedar os meus amigos e eu ficar com as midas. Alm disso, a cocana cara para ca-raas e isso j no me envolvia s a mim, mas tambm minha famlia. Eu adorava poder orientar os sortudos da Santa Casa, porque tenho mesmo jeito para gastar dinheiro. Apesar deste talento, tenho juzo e sei fazer bons investimentos. Por isso, quando penso em cocana, vejo-me como uma pessoa ex-tremamente forreta. Mas no fiquem tristes, porque no falta gente a consumir a minha parte. Infelizmente, j tive que lidar com essa situao e apercebi-me que quem tomou essa opo acabou por se desviar dos seus objeti-vos. E, na minha opinio, h alguma incom-patibilidade entre uma ligao a tudo isso e uma carreira de sucesso com base no traba-lho.

    Como que surgem as tuas persona-gens?

    As minhas personagens so sempre cari-caturas do povo portugus. O que ests a

    fazer? uma stira do portugus curioso que quer sempre saber da vida dos outros. Eles surgem para avaliar a reao dos por-tugueses a essas perguntas. E consigo divi-dir essas reaes em trs grupos: a passiva, que normalmente no tem piada; a reativa, que requer algum cuidado no Porto, j levei com uma mo cheia de dedos na cara; e tens a ativa que gera uma abordagem par-ticipativa na conversa. Tenho um sketch do s o Fernando? em que abordo um Fernando desconhecido, que encontrei na rua, e o indivduo meteu na cabea que eu o conhecia e foi-me dando troco apenas por lhe ter perguntado, no seguimento do sketch, se ainda vives l em cima? e tra-balhas ali no coiso?. Espremendo tudo no disse nada, mas, por vezes, basta questionar algo vago e sem contedo para conseguir estar largos minutos conversa com algu-mas pessoas.

    H algum gnero de tuga que gos-tes mais?

    Gosto do tuga que afvel e que sabe brin-car consigo prprio. Embora o humor par-ta da degradao, no suporto o escrnio e o mundo em que tudo mau das redes so-ciais. O tuga parte do princpio que o outro

    O HOMEM DOS 5 OFCIOS, EM ENTREVISTA

    Cavaqueando com... Nilton Rodrigues

  • 5N 5 - novembro 2013

    sempre inferior e ns, humoristas, somos para eles muitas vezes burrinhos que esto ali para entreter e acabamos por sofrer um bo-cado com isso. Por outro lado, eu acabo por chocar com esta lgica, porque, para mim, as pessoas so sempre boas e vejo as coisas de uma forma muito positiva.

    Sendo um homem dos sete ofcios, qual deles te d mais gozo?

    Cada um deles tem a sua magia. Atuar ao vivo, num palco, d uma adrenalina brutal, porque no tens contracena. Tens que con-trolar uma plateia e procurar que reajam ao teu humor, o qual surge muitas vezes de im-proviso. Na rdio, podes despultar a maior mquina de efeitos especiais, que o teu c-rebro. No relato, este tem de estar ativo, tem que imaginar o bombeiro a descer a falsia para salvar a criana. Em relao televi-so, podes ir mais longe e fazer muitas mais coisas, porque tens tudo tua frente. No en-tanto, todos se complementam. Se tivesse mesmo que escolher, talvez a escrita com um pezinho no palco.

    Quais as pessoas e os trabalhos que mais marcaram, at agora, a tua carreira?

    As pessoas que mais marcam a tua vida so invariavelmente a famlia e os teus amigos. Ainda assim, sou e tenho de es-tar aberto a novas relaes, o que me tem permitido conhecer gente fantstica. Em relao a projetos, passei por inmeros e grandes que ocuparam a minha vida por vrios anos e apenas sinto a fora destes quando chega a despedida. Na SIC, es-tive trs anos; na RFM, estou quase h dois; na RTP1, no 5 para a meia-noite, h quatro anos; e todas estas experincias foram nicas e sempre envoltas de pes-soas incrveis. Como tal, acredito mesmo que ns devemos estar sempre abertos ao contacto com qualquer pessoa e no defi-nir um esteretipo assente em ideias pr--concebidas. Por exemplo, as pessoas mais inteligentes com quem privei at hoje fo-ram um relojoeiro que conheci numa ta-berna, em Portimo, e um empregado de hotel que tinha uma cultura e raciocnio soberbos.

    No h razo para o Noah se queixar da pouca presena do pai?

    No uma questo que goste de abordar, mas vocs no so uma revista cor de rosa. Por exemplo, hoje sbado e no vou poder estar com ele. Ainda assim, tenho feito um esforo para trabalhar durante a noite e tenho con-seguido lev-lo e ir busc-lo creche, todos os dias. A verdade que os meus horrios j so naturalmente anormais escrevo todas as noites das 4h s 5h30, para depois ir para a rdio.

    Como gostarias de ver o Noah daqui a uns anos?

    Feliz. Acho que os pais devem dar liberda-de aos filhos, mas orient-los, claro, com os princpios e premissas que vem como mais apropriados. Neste contexto, o Presidente da Cmara de Cascais, pai de cinco filhas, um bom exemplo para mim. Quando cada uma delas completa dezoito anos, este escre-ve-lhes um livro que passa uma mensagem muito simples: Vai, s feliz e volta a casa sempre que quiseres, independentemente do que faas. No entanto, podes sempre dizer ao teu filho que seria porreiro que ele fos-se cirurgio porque, normalmente, ganham para caraas e tm todos uma vida formi-dvel O chato que tambm trabalham muito.

    O HOMEM DOS 5 OFCIOS, EM ENTREVISTA

    Cavaqueando com... Nilton Rodrigues

    continua na pgina seguinte

    O reconhecimento deve surgir com base no trabalho e em algo que deste sociedade

  • 6 N 5 - novembro 2013

    Questes (in)existenciais

    Nada ocupa tanto os meus pensamentos como a descoberta do Eu, este enigma, o facto de existir isolado e separado dos outros. Este Eu, cujo sentido e Natureza eu quero conhecer, que vive tambm numa busca permanente da felicidade.

    E, nesta lgica, como posso definir o meu caminho sem que haja um conhecimento prvio e satisfatrio do Eu? E ser isto suficiente para afirmar que a nossa autodescoberta um meio necessrio para atingirmos um estado de plenitude?

    Estas questes alimentaram uma conversa recente com um asitico que, num cenrio molhado pela chuva e por um bom Ros, quase me confirmou que no sou especial. As minhas dvidas e os meus anseios so os mesmos que o Jodl, um en-genheiro filipino, trouxe minha mesa, vindo do outro lado do mundo.

    Na voz de uma criana, a certa altura, perguntei-lhe o que fazia para ser feliz. Como se j tivesse pensado naquilo, re-torquiu, sem hesitar, que viajava e procurava ouvir noutras lnguas a resposta a essa mesma questo. E, ali, senti que

    era efectivamente aquilo que acontecia: a nossa felicidade conseguida enquanto a procuramos e o nosso objetivo encontr-la. No entanto, nessa procura pode acontecer que os olhos apenas vejam o que se procura e nada se encontre, por estarmos to fechados nesse objetivo. Como Hermann Hesse refere, em Siddhartha, procurar significa ter um objetivo, mas encontrar significa ser livre, manter-se aberto, no ter objetivos.

    Poucos dias depois, o Jodl fez-me chegar um report sobre os passos a tomar para se ser feliz. Algo que era to subjetivo tornava-se agora cientfico. Porque no ser, ento, a felici-dade um estado de esprito generalizado? E, se o fosse, como poderia ser reconhecida essa vitria do Homem?

    Porque no praticamos todos exerccio fsico se est de-monstrado que alivia o stress e liberta endorfina no nosso corpo? Esta ltima questo traz de novo tons de relatividade conversa. Se no tiver como comer, no terei energia para dis-pensar em exerccio fsico. H, portanto, condies primrias que tm de ser satisfeitas para que possamos sorrir? Diria que no, porque condies primrias transformam-se facilmente em ltimas. Num report sobre felicidade, no se pode impor um ceteris paribus em relao nossa disponibilidade, seja ela em que sentido for. Perdidos num deserto no podemos correr! Naufragados no podemos seno descer as guas com um sorriso de despedida. A nossa busca, essa, termina ali.

    E, ali, senti que era efectivamente aquilo que acontecia: a nossa felicidade conseguida enquanto a procuramos e o nosso objetivo encontr-la.

    JOS GUILHERME SOUSA

    Achas mesmo que em Por-tugal quem Papa nunca abdica?

    A verdade que, em Portugal, h muitos a ganhar pouco e os poucos que ganham muito que-rem, naturalmente, ficar agar-rados ao lugar. Aqueles de es-querda, por exemplo, antes de se sentarem na cadeira, garantem que no vo fazer isto e aquilo, mas, quando chegam Assem-bleia da Repblica e se sentam, percebem que a cadeira, afinal, at confortvel e quentinha e, como tal, at j se pode dizer que sim.

    Como vs um pas em que se candidatam mais pessoas Casa dos Segredos (80 mil pessoas) do que ao Ensino Superior (45 mil imbecis)?

    Estamos num pas em que h mais cromos do que gajos com juzo. Alm disso, pensam que ser famoso caminho para al-guma coisa. E esses famosos aca-bam por ser reconhecidos por se-rem, apenas, isso: cromos. A meu

    ver, o reconhecimento deve sur-gir com base no trabalho e em algo que deste sociedade, sendo como enfermeiro ou como ma-temtico. Ali tudo porque sim e constri-se um reconhecimen-to em cima de nada. Mas, como disse, que sejam todos felizes!

    Neste governo achas mes-mo que tudo grande?

    Diria que este governo est a fazer um dos trabalhos mais in-gratos, com polticas que se ba-seiam no cortar e no tirar. E aca-bam por levar por tabela quando so muito menos culpados do que aqueles que conduziram o pas ao estado actual. As pessoas tm memria curta e preferem criar pginas contra o Passos do que contra pedfilos.

    O que para ti a intelign-cia?

    Tens seres inteligentes que no se safam na vida e seres espertos que se safam na vida. Darwin di-zia que as espcies que avanam so as que se conseguem adaptar e no as mais fortes. Posto isto,

    avalio a inteligncia pelo desem-penho das capacidades de adap-tao de cada um.

    O que realmente vale a pena na vida?

    Quando chegares aos noventa anos, no vais pensar no dinhei-ro que ganhaste, nem no que gastaste, mas nas experincias e bons momentos que tiveste. Ento, isso mesmo que vale a pena na vida, desde que no en-tres em conflito com o bem-es-tar dos outros. Alm disso, po-der ajudar os demais tambm d sentido vida. Neste momento, estou num processo de legaliza-o de uma associao, em que procurarei ajudar pessoas que se encontrem em situaes de emergncia como ter necessi-dade de ser operado no prximo ms, na Alemanha.

    O que te move e comove?A felicidade e a tristeza. Por

    isso, acho que se deve brincar com tudo, mesmo com a des-graa. A minha me teve um

    cancro e fiz muitas piadas sobre o assunto. Costumo dizer que seria humorista, se no fosse humorista. Parece uma contra-dio, mas a verdade que te-ria o mesmo sentido de humor se fosse pedreiro. Portanto, vivo para ser feliz e para me divertir.

    fcil levar o Nilton a s-rio?

    Normalmente, sim. Mas no deixo de ser aquele maluqui-nho que diz umas palhaadas. Por exemplo, por estes dias, te-lefonei para o Blatter e encarnei uma personagem que tinha um ingls indecente. Pouco depois, j tinha as pessoas a queixarem--se, porque estava a pr em cau-sa o nvel de ingls dos portu-gueses e a denegrir a imagem que l fora tm de ns. No en-tanto, vou estar agora em Bruxe-las e na Irlanda para dar confe-rncias enquanto humorista, em ingls, e consequentemente pas-sar uma boa imagem de Portugal no estrangeiro. Por vezes, posso ser confundido com algumas das minhas personagens.

    Avalio a inteligncia pelo desempenho das capacidades de adaptao de cada um

  • 7N 5 - novembro 2013

    MARIA DE SOUSA

    PERSONALIZAR Quando envias um currculo

    para uma empresa, deves focar os aspectos que achas que encai-xam no perfil para o qual ests a concorrer. Se enviares o mesmo currculo para todas as empre-sas, mostras menos interesse e at podes estar a realar aptides que no tm nenhuma utilidade para o cargo em questo. Por exem-plo: no caso de te candidatares a professor de filosofia numa escola onde lecionada tica profissio-nal, ser-te- favorvel mostrares que tens conhecimento na rea.

    INOVARAs empresas recebem imensos

    currculos no mesmo formato, e torna-se complicado dar ateno a todos. Um currculo chamativo e original pode ser o nico que re-cebe ateno. Pensa se te suscitava alguma curiosidade, quando o vis-ses. Se optares por um formato em vdeo, tenta que no ultrapasse os dois minutos. Aqui tens o exem-plo do CV enviado por um can-didato a designer grfico:

    RESUMIR Na elaborao do currculo,

    tenta ser o mais especfico pos-svel. Indica apenas as tuas expe-rincias profissionais que mos-trem conhecimento na rea, ou que, no mostrando, achas que

    possam evidenciar qualidades tuas. Um currculo muito exten-so logo posto de parte, deve ter espaos em branco e ser muito objectivo, nunca ultrapassando as duas pginas. Por exemplo, se queres concorrer a gestor e j estiveste em dez empregos dife-rentes, coloca apenas os que te-nham relao com a rea.

    SABERES VENDER-TE Ao elaborares o currculo,

    tenta realar as tuas conquistas. Para alm disso, mostra porque que s uma pessoa com quem agradvel trabalhar - mostra que s optimista, compreensivo, simptico

    SER SINCERO Nunca mintas no teu currcu-

    lo! Admitires os teus defeitos mos-tra carcter e humildade, alm de que mentira pode ser facilmente apanhada. Tenta contornar as tuas falhas com outras qualidades. Faz questo de seres tu a faz-lo, tor-nando-o mais pessoal e nico, ao ter um toque teu.

    ORGANIZAR No teu currculo no deves

    misturar a experincia profis-sional com as tuas habilitaes. Faz com que quem o l encon-tre a informo que procura ra-pidamente. Rel o teu CV vrias vezes at teres a certeza que no tem nenhum erro.

    Como criar um CV de sucesso QUANDO ESTIVERES A FAZER O TEU CV DEVES DAR ATENO A VRIOS PORMENORES. L AS NOSSAS DICAS E TOMA NOTA!

    MARTA TISTA SANTOS

    Nesta edio, fomos desco-brir o que para muitos a his-tria mais intrigante da FEP. Es-tamos exactamente a referir-nos a todo um percurso que a nos-sa mais que veteranssima Ladie tem dentro e fora destas paredes. Acho que a nossa cadela favorita dispensa apresentaes

    Corria o ano de 2003, quando apareceram nas redondezas da FEP duas cadelas que estavam sempre juntas, que se defendiam mutuamente dos outros ces que por aqui passavam.

    Desde logo, foram bem aco-lhidas, no s porque eram mui-to meigas, como tambm faziam companhia aos seguranas da al-tura, principalmente ao fim-de--semana. Tinham os sentidos mais apurados e conseguiam de-tectar o mnimo barulho, dando sinal, o que facilitava o trabalho dos seguranas. Estes, por sua vez, davam-lhes de comer e tra-tavam delas.

    Com a permanncia da Ladie, pela nossa Faculdade, j que a outra cadela acabou por desapa-recer, a maioria do staff e at os

    estudantes comearam a aceit--la como mais um membro da nossa extensa comunidade.

    No entanto, sabemos que as histrias que mais intrigam os nossos leitores so as referentes s peripcias da Ladie...

    Tal como consta, ela foi atro-pelada. Estava perto da sada do parque das traseiras quando saiu disparada atrs de outro co, atravessando a rua para o lado do bairro. Nesse momento, um carro embateu-lhe, projectando--a para debaixo de um outro ve-culo, relativamente perto, que se encontrava estacionado.

    Mas, para surpresa de todos, saiu debaixo do carro a correr em direco faculdade, tendo ficado a mancar por uns tempos leso que posteriormente sa-rou.

    Agora que levantamos o vu, esperamos que a vossa curiosi-dade esteja ainda mais apura-da e aguardamos o surgimento de mais questes. Se pretendem faz-las prpria Ladie quem melhor para vos esclarecer? , podem recorrer ao mural do Fa-cebook que a nossa dignssima anfitri recentemente criou!

    HISTRIAS DA FEP

    Ladie, a veterana economista

  • 8 N 5 - novembro 2013

    JOO SEQUEIRA MATILDE ROSA CARDOSO

    A 14 de Outubro, os economistas nor-te-americanos Eugene F. Fama, Lars Peter Hansen e Robert J. Shiller foram laurea-dos com o Prmio Nobel de Economia de 2013 pela sua anlise emprica do preo dos ativos.

    Comummente apontado como Nobel da Economia, este prmio ofi cialmente de-signado Prmio de Cincias Econmicas em Memria de Alfred Nobel, tendo sido institudo pelo Banco Central da Sucia, no ano de 1968. Na verdade, esta distino no atribuda pela Fundao Nobel, sen-do o critrio de seleo e o valor monet-rio do prmio semelhantes aos dos prmios promovidos por esta fundao.

    Os trs galardoados deste ano fi zeram des-cobertas que, segundo a Academia Real, po- dem parecer contraditrias e surpreenden-

    tes. No passvel de ser previsto o preo de aes e obrigaes num curto espao de dias ou semanas, mas exequvel prever a tendncia alargada destes preos em pero-dos temporais mais longos.

    Aquando da divulgao da distino, Shil-ler partilhou que a teoria fi nanceira tem muitos aspectos controversos, mas tem tam-bm um slido leque de conhecimentos que so teis para a sociedade e que ajudam a melhorar o bem-estar humano, patentean-do a sua felicidade por tal ter acontecido. Alm disso, pronunciou-se sobre a atual cri-se fi nanceira, que considera ser resultado de erros e imperfeies do sistema fi nanceiro

    que j esto a ser corrigidos. No seu ponto de vista, a sociedade j passou por crises fi -nanceiras em pocas anteriores e, geralmen-te, aprendeu com elas.

    Desde o momento da divulgao dos resul-tados, surgiram muitas crticas deciso pela controvrsia das teorias defendidas por cada um, sobretudo a alegada antogonia entre Fama e Shiller. De facto, Fama formulou a Hiptese do Mercado Efi ciente, enquanto que Shiller es-creveu sobre a Exuberncia Irracional.

    Apesar dos estudos individualizados e dos comentrios mais ou menos positivos, o pr-mio ser entregue aos galardoados numa ce-rimnia, em Estocolmo, no dia 10 de de-zembro.

    O (sempre) controverso Nobel da Economia

    Eugene F. Fama Lars Peter Hansen Robert J. Shiller

    - 74 anos

    - Professor na Universidade de Chicago

    - Economia fi nanceira

    Contributos: Fama and French Three Factor Model, Effi cient Market Hypothesis

    Prmios: Deutsche Bank Prize in Financial Economics (2005), Morgan Stanley American Finance Association Award (2008)

    - 61 anos

    - Professor na Universidade de Chicago

    - Economia macroeconmica

    Contributos: Generalized Method of Moments Estimation, Controlo robusto aplicado Macroeconomia e Asset Princing

    Prmios: Nemmers Prizes (2006), CME Group-MSRI Prize (2008), BBVA Foundation Frontiers of Knowledge Awards (2010)

    - 67 anos

    - Professor na Universidade de Yale

    - Economia fi nanceira e fi nanas comportamentais

    Contributos: Irracional Exuberance (bestseller do New York Times), Case and Shiller index

    Prmios: Deutsche Bank Prize in Financial Economics (2009)

  • 9N 5 - novembro 2013

    Agenda Cultural

    Porto Jazz

    9, 16, 23, 30 de Novembro Edificio AXA

    - 19hTodos os sbados deste ms no quarto an-dar do edifcio AXA, na avenida dos Aliados, temos programa s 19h. Bom Jazz para um agradvel fim de tarde a custo 0. Certamen-te a no perder!

    Commedia la Carte - Commedia com Sotaque

    8 e 9 de Novembro Teatro S da Bandeira - 17h30 e 21h30

    Preo: 15 euros

    Os Commedia la Carte (Cesar Mouro e Carlos M. Cunha) juntam-se ao improvisa-dor brasileiro de renome na comdia Marco Gonalves. O resultado Commedia com Sotaque, um cocktail fresco e certamente diferente todos os dias de stand-up comedy.

    Jamie Cullum

    26 de Novembro Coliseu do Porto - 21h00

    Preo: 20 a 38 euros

    O coliseu do Porto vai receber o talentoso Jamie Cullum na apresentao do seu novo disco Momentum. Partindo do Jazz e da im-provisao livre no piano, consegue extravasar a sua msica dando-lhe uma roupagem pop atingindo as camadas mais jovens. Msico genial e concerto absolutamente imperdvel!

    Richie Campbell

    29 de Novembro no Coliseu do Porto22h00

    Preo: 18 a 22 euros

    Teremos oportunidade de assistir, nova-mente, ao mais meditico cantor reggae

    portugus da actualidade. Excelente enter-tainer e com temas que certamente ficaro para a histria, encerrar a sua digresso internacional aqui, pelo que poderemos esperar uma grande festa com alguns con-vidados.

    TAFEP 20 anos de histria

    em palco

    9 de Novembro Coliseu do Porto - 20h30

    Preo: 5 a 12 euros

    No ano em que celebra 20 anos, a Tuna Acadmica da Faculdade de Economia do Porto ir comemorar este marco com um grande espetculo no palco de exce-lncia da sua cidade, o Coliseu do Porto. Preparem-se para uma grande noite de festa cheia de surpresas e de ambiente acadmico.

    EVENTOS A NO PERDER

    ANDR SILVA

    Numa sociedade consu-mista, com padres estan-dardizados de consumo e onde cada vez mais somos cidados do mundo, assis-te-se, estranhamente, a um regresso s origens. Regresso este que reconfortante. Re-gresso este que acaba com o esbater da personalidade de cada pas. Regresso este que, pelo menos, no nosso jar-dim beira-mar plantado, trouxe toda a nossa portuga-lidade tona.

    na base disto que pres-sinto um futuro risonho

    no que toca nossa cultu-ra e ao surgimento de no-vos movimentos artsticos. Isto porque, tal como em qualquer bom equilbrio (necessrio ao crescimento sustentvel), so necessrias foras opostas que se har-monizam, produzindo efei-tos benficos. E, tambm na cultura, so necessrias diferentes personalidades vincadas que, quando pos-tas em confronto, levem a algo novo. A algo inovador. A algo refrescante.

    A prova disso est nos-

    sa vista. So uns Deolinda que, em melodias requinta-das com influncias de todo o mundo, trazem ao de cima o que de mais portugus h em ns. um Antnio Zam-bujo que faz fado que to portugus como do mundo. um Tiago Bettencourt que com enorme mestria reveste grandes autores portugue-ses de uma nova roupagem, de uma nova cor, trazendo--os de volta. Talvez algum o tenha ouvido quando can-tou em jeito de ltimo grito Acorda Portugal!.

    Regresso s origens

  • 10

    Gabriel Gonzaga, o primeiro a contar da esquerda.

    CAROLINA SILVAINS VASCONCELOS

    No ms de Novembro, o Fepiano traz-te uma nova aventura de ERASMUS, em Frana. Gabriel Gonzaga frequentou durante um semestre a faculdade INSEEC Business Schools, em Paris.O estudante apreciou esta jornada por terras parisienses e aconselhou, vivamente, a capital francesa como destino de ERASMUS.

    Quais foram as maiores di-ferenas que sentiste em ter-mos de ensino?

    A diferena que realmente mais me surpreendeu foi a relao pes-soal que havia entre os estudantes e o pessoal docente. Foi-me pos-svel obter uma tipologia de en-sino totalmente distinta daquela que existe na FEP. Em Paris, pude experimentar um constante de-bate de ideias nas diferentes dis-ciplinas entre professor e aluno, existia uma componente prtica muito mais forte (por exemplo, na resoluo de exerccios em es-pao de aula), e era, tambm, mais frequente a existncia de trabalhos de grupo de carcter expositivo.

    Conseguiste ter equivaln-cia a todas as cadeiras que escolheste?

    Felizmente sim! No entanto, tive de contactar com muitas pes-soas dentro da FEP.

    Relativamente integrao tiveste apoio por parte de al-guma organizao?

    A integrao foi bastante fcil, para ser sincero. A verdade que quando nos tentamos integrar num grupo de pessoas de diferen-tes nacionalidades mas todas com o mesmo esprito/propsito, as di-ficuldades so quase inexistentes. Porm, a existncia de um grupo de estudantes responsvel pelo aco-lhimento e integrao por parte da faculdade parceira, facilitou ainda mais a situao de recm-chegado.

    Sentiste dificuldades com a lngua francesa?

    Felizmente tive a sorte de fre-quentar uma instituio de ensi-no francesa que adoptou a lngua inglesa como sua principal. No entanto, fora da faculdade as di-ficuldades foram maiores. Como o atendimento pblico apenas em francs, tratar de assuntos bu-rocrticos no nada fcil.

    Tiveste a possibilidade de visitar outras cidades, tanto em Frana como noutros pa-ses?

    Sim, assim que soube que o meu futuro passaria por Paris pen-sei logo em tirar proveito da sua localizao a nvel Europeu. No entanto, fiquei-me apenas por Londres - a eterna rival de Paris.

    O que que te levou a es-colher Frana?

    J conhecia o pas e, em parti-cular, a cidade, antes de me can-didatar. Cosmopolita como me considero, no ficaria realizado, a nvel pessoal, se no tivesse fei-to Erasmus numa cidade central a nvel Europeu. Para alm dis-so, Frana sinnimo de cultura, de intercmbio cultural. E, tendo presente no seu cdigo gentico uma forte componente anglo-sa-xnica, foi para mim factor deter-minante.

    Relativamente parte mais festiva da cidade, o que nos podes dizer sobre esta?

    Paris uma cidade com uma enorme tradio de vida noctur-na, no faltam espaos para todos os gostos, desde as famosas festas Erasmus, passando pelos diver-sos bares com vrios estilos mu-sicais at s ilustres discotecas nos Champs-lyses. Digamos que a noite brilha em Paris.

    Em Frana conseguiste en-contrar tanto um bom curso como uma boa vida social?

    Relativamente a este ponto, penso que seria impossvel en-contrar relao mais equilibrada entre um bom curso e uma boa vida social em Paris. O curso es-

    tava pensado para ser direciona-do a alunos de mobilidade inter-nacional. Relativamente vida social, a magia de Paris encarre-gava-se de no deixar ficar mal nenhum de ns.

    Consideras que Frana um bom local para incio de carreira?

    Penso que sim, em Frana exis-tem boas oportunidades de em-prego para mo-de-obra qualifi-cada. Est bem presente o setor industrial e um setor turstico, o que nos transmite um carcter de crescimento a nvel da carreira.

    Em que aspecto que achas que esta experincia te valorizou?

    Tive oportunidade de criar uma importante rede de con-tactos que j me trouxe algumas vantagens a nvel pessoal.

    Qual foi a experincia mais marcante que viveste?

    Conheci pessoas verdadeira-mente extraordinrias dos quatro

    cantos do planeta. Algumas de-las, sem dvida, marcaram o meu crescimento como pessoa.

    Qual foi a maior dificulda-de? O que aprendeste com isso?

    Arranjar casa em Paris pode ser uma verdadeira aventura. A procu-ra superior oferta em larga esca-la e por isso passamos momentos complicados. No entanto, foi mais um daqueles exemplos na vida que nos ensinam a nunca desistir.

    Agora que j tiveste tem-po para reflectir sobre todo o teu percurso em Frana, achas que valeu a pena? Se soubesses o que sabes hoje, voltavas a escolher a mesma faculdade?

    O meu percurso em Paris su-perou as minhas expectativas em todos os aspetos. Voltava a esco-lher a mesma cidade e sem d-vida que optaria pela mesma fa-culdade. Creio que dificilmente tomaria deciso mais acertada do que aquela que tomei.

    EM ENTREVISTA COM GABRIEL GONZAGA

    ERASMUS em Frana

  • 11N 5 - novembro 2013

    Comeada a FEP League 2013/2014, possvel afirmar-se que nos espera um ano repleto de emoes e de grandes jogos. Os campees em ttulo fizeram a sua estreia perdendo para os Siga Maluco, demonstrando esta equipa que a FEP League ser bastante renhida e que mui-

    tas equipas podero surpreen-der. Os campees da FEP Cup tambm escorregaram, tendo na 2 jornada cedido um empate para uma equipa nova na com-petio, os Pi100P. De realar tambm o facto dos Bleque Mambas terem arrancado a todo o gs, mostrando-se preparados

    defensivamente e cientes das suas oportunidades, conquistan-do algum respeito num grupo potencialmente muito forte.

    No Grupo B, assistimos es-treia dos CTT, equipa emblemti-ca da FEP League, tendo estes per-dido para os A.R.M.A, causando alguma surpresa. Ainda assim, na

    2 jornada protagonizaram talvez o jogo da jornada, ao empatarem a 3 com o Atltico Atum, potenciais favoritos conquista das competi-es da FEP. tambm notrio o bom arranque dos Jocivalter e dos IPM, equipas tambm a ter em conta no que respeita a candidatos ao ttulo.

    FEP League: classificaes AFONSO VIEIRA

    GRUPO AJ V E D GM GS DG P

    1 Bleque Mambas 2 2 5 1 4 6

    2 Xerifes Utd 2 1 1 8 4 4 4

    3 JAS 2 1 1 10 4 6 3

    4 Siga Maluco 2 1 1 6 6 0 3

    5 Prescritos 2 1 1 7 8 -1 3

    6 Botafogo e Deixa Arder 2 1 1 6 7 -1 3

    7 TAFEP SMMM 1 1 4 4 0 1

    8 Talhantes 2 1 1 5 8 -3 1

    9 Pi100P 2 1 1 3 10 -7 1

    10 TAFEP SAD 1 1 1 3 -2 0

    GRUPO BJ V E D GM GS DG P

    1 Jocivalter 2 2 14 6 8 6

    2 Atltico Atum 2 1 1 12 3 9 4

    3 IPM 1 1 7 1 6 3

    4 Team Rocket 1 1 3 0 3 3

    5 A.R.M.A 2 1 1 2 7 -5 3

    6 CTT 2 1 1 3 4 -1 1

    7 Zs 2 1 1 9 11 -2 1

    8 Montanelas 2 1 1 5 14 -9 1

    9 Galasataray 2 2 2 11 -9 0

    PRIMEIRA SEMANA DE JOGOS DAS SELEES DA FEP

    Futsal Feminino AEFEP 1-0 AEFFUP

    Futsal Masculino AEFEP 0-4 AEISMAI

    Basket Feminino AEFEP 18-46 IPP

    Andebol Masculino AEFEP 0-15 AEFADEUP

    Voleibol Feminino AEFEP 0-2 Catlica Porto

    Voleibol Masculino AEFEP 1-2 AEFEUP

    de destacar a alma e o cora-o com que as atletas do futsal feminino da FEP representaram as nossas cores, sendo que a nossa equipa apenas contou com 4 elementos e o sacrifcio saiu recompensado com a vitria por 1-0 sobre a Faculdade de Far-mcia. Marcamos na primeira parte e a garra a defender fez o

    resto, segurando o resultado at ao final do jogo. Por outro lado, a nossa seleo de andebol per-deu por falta de comparncia. Na prxima semana, esperam-se resultados melhores, sendo que a primeira fase dos Campeonatos Acadmicos do Porto constitu-da por poucos encontros e so todos muito importantes.

  • 12

    LIVROS O Homem de ConstantinoplaJos Rodrigues dos Santos

    MSICA ImpossibleJames Arthur

    VDEO Wrecking BallMiley Cyrus

    PERFUME Light BlueDolce & Gabbana

    FILMECapito PhillipsPaul Greengrass

    RESTAURANTE CufraPorto

    TOP DO MS

    NOVIDADES PERSONALIDADES

    Merkel esteve sob escuta da NSA desde 2002, segundo a revista Der SpiegelO nmero de telemvel da chanceler alem constava de uma lista de registo

    de escutas desde 2002 e ainda l estava semanas antes de Obama visitar Berlim em Junho deste ano.

    Marcelo Rebelo de Sousa admi-te candidatura s presidenciais de 2016O ex-lder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa admitiu uma eventual candida-tura s eleies presidenciais de 2016,

    afirmando que no se exclui da corrida a Belm.

    Obama interrompe discurso para evitar desmaioDurante um discurso de Barack Oba-ma, uma mulher quase desmaiou, sendo amparada pelo Presidente dos EUA.

    Na Noruega, as bebidas que contenham mais de 4,75% de lcool no podem ser vendidas nas eleies.

    Enquanto Fidel Castro go-vernou Cuba, proibiu o uso de telemveis. Somente quem trabalhasse com questes inter-nacionais ou para o governo de

    Fidel estava autorizado a us--los. A proibio, segundo ele, acontecia porque se tratavam de sacrifcios necessrios na batalha de ideias contra os EUA. A lei s foi revogada quando Ral Castro assumiu o controlo do pas, em 2008.

    Na Dinamarca, no s obri-gado a pagar pela tua comida, a menos que, na tua opinio, estejas satisfeito ao final da re-feio

    Uma cidade remota do rti-co, Longyearbyen, proibiu as pessoas de morrerem. Isto por-que os corpos no se decom-

    pem de forma devida, graas ao clima e ao solo local. Por isso, o cemitrio local parou de receber corpos nos ltimos 70 anos. Quem fica doente e cor-re o risco de morrer precisa de ser despachado e enterrado noutro local.

    APARTES ECONMICOSLEIS BIZARRAS

  • 13N 5 - novembro 2013

    Janet Yellen, a primeira presidente nos 100 anos de histria do FED

    MATILDE ROSA CARDOSO

    1. Licenciada em economia pela Universi-dade de Brown e doutorada na mesma rea por Yale.

    2. No final do liceu, quando era direto-ra do jornal da Fort Hamilton High School e, como era da praxe, tinha de entrevistar o melhor aluno, entrevistou-se a si prpria.

    3. Os seus apontamentos das aulas com o professor que mais a marcou, James Tobin (economista keynesiano de Yale que venceu um Nobel), foram to bem escritos que v-rias geraes de estudantes os usaram como guia de estudos sobre este autor.

    4. Lecionou em Harvard e Berkeley. Escre-veu sobre tpicos como causas de desempre-go, desigualdade de rendimentos, o valor da liberalizao do comrcio, nascimentos fora do casamento e a Alemanha Oriental.

    5. Foi na cantina da diviso de Finan-as Internacionais do FED que conheceu o seu marido, George Akerlof (Nobel da Economia em 2001).

    6. Aps ser me, desenvolveu a teoria de que as pessoas mais bem pagas trabalham melhor, tendo comprovado este pressu-posto com as sucessivas babysitters que contratou.

    7. Em 2007, detectou precocemente problemas no mercado imobilirio norte--americano, tendo comparado a grave si-tuao com um gorila de 270 quilos pre-sente na sala de reunies do FED: Sinto a presena de um gorila de 270 quilos na sala que representa o sector imobilirio. O risco para a continuao da sua dete-riorao, com os preos de casas a cair e o crdito malparado a subir, angustia-me bastante.

    8. partidria de uma poltica monetria expansiva, estando atualmente mais preocu-pada com o elevado desemprego do que com um possvel aumento da inflao.

    9. Acredita que aumentar as taxas de juro o instrumento errado para prevenir bolhas especulativas nos mercados quando a econo-mia est fraca e acredita que a superviso e regulao a principal linha de defesa.

    10. A sua experincia no FED vasta, tendo ocupado vrios cargos desde 1977. Foi governadora entre 1994 e 1997 sob o mandato de Alan Greenspan; chefe do Conselho de Assessores Econmicos de Bill Clinton entre 1997 e 1999, onde lidou com a crise asitica; presidente do FED de So Franciso entre 2004 e 2010. Desde a, ocupa o lugar de vice-presidente da Reserva Federal. Liderou o sub-comit da Reserva Federal que recomendou mais transparncia na instituio.

  • 14

    PEDRO SANTOSTIAGO FONSECA*

    Pouco antes da meia-noite do dia 30 de Setembro, ocorreu nos Estados Unidos da Amrica o primeiro shutdown gover-namental dos ltimos 17 anos. As agncias federais deram in-cio a um processo de suspen-so de servios pblicos fede-rais no essenciais que viria a prolongar-se por 16 dias. Este encerramento est temporaria-mente resolvido com o acordo no Senado norte-americano do aumento do tecto da dvida, ou seja, do limite mximo de endi-vidamento do pas.

    De uma forma sistemtica o governo dos Estados Unidos da Amrica gasta mais do que as receitas que consegue gerar, sendo essa discrepncia finan-ciada por dvida. No entanto, a legislao americana prev desde 1974 um limite mximo para o valor da divida pblica, conhecido como tecto da dvi-da. Na histria dos EUA, foram registadas 18 paralisias gover-namentais durante as Adminis-traes Ford, Carter e Clinton, desde que este procedimento de oramentao federal foi insti-tudo.

    A dvida norte-americana tem vindo a crescer exponen-cialmente nos ltimos anos, como pode ser observado no grfico apresentado, e durante estes anos foram vrias as vezes em que o Congresso aprovou

    um aumento do tecto da dvi-da pblica.

    Em Maio de 2013, a dvida acumulada pelos EUA atingiu o valor de 16.7 bilies de d-lares, alcanando novamente o tecto mximo que esta poderia ter. Contudo, no cenrio pol-tico, democratas e republicanos apresentavam divergncias rela-tivas a diversas questes. De en-tre estas destacava-se a vontade do Presidente Obama em mu-

    dar o sistema de sade america-no, com um pacote de medidas vulgarmente conhecido como ObamaCare, para as quais os republicanos se opunham a providenciar financiamento, dados os custos elevados que acarretavam. Sendo assim, as negociaes do oramento para o prximo ano fiscal falhou e o Governo federal entrou em shutdown.

    Durante pouco mais de duas semanas, o impasse permane-ceu, com alguns membros do Congresso a dizerem que o tec-to da dvida devia ser elevado para o governo retomar o nor-mal funcionamento, enquan-to outros insistiam que tinha chegado a hora de o Tio Sam aprender a sobreviver com o nvel de endividamento que ti-nha.

    Neste contexto, 17 de Outu-

    bro constituiu-se como um re-ferencial para a data limite de um acordo entre as duas par-tes, tendo sido este alcanado no dia anterior. Caso isso no acontecesse, o tesouro norte--americano teria nessa dia em mos 30 mil milhes de dla-res de compromissos que no conseguiria cumprir. Adicio-nalmente, no dia 1 de Novem-bro, 43 mil milhes de dlares

    relativos a pagamentos da Se-gurana Social e da Medicare, bem como as remuneraes dos trabalhores federais, seriam de-vidos sem que houvesse fundos para serem liquidados.

    Sendo as obrigaes do te-souro norte-americano consi-deradas o activo mais seguro a nvel mundial, um incumpri-mento causaria um golpe muito duro na confiana que as pesso-as e instituies tm nos mer-

    cados financeiros. Por outro lado, existiria a possibilidade de ocorrer um rpido decresci-mento da actividade econmi-ca norte-americana, que pode-ria resultar numa crise mundial significativamente pior que a de 2007-2008.

    * ANLISE PELOS ASSOCIADOS DA FEP FINANCE CLUB

    O Tecto da Dvida Norte-Americana

    http://www.fep.up.pt/conferencias/fepmasterclass/inscricao.php

  • 15N 5 - novembro 2013

    No dia 26 de no-vembro, pelas 20h30,

    acontecer no Salo Nobre da FEP, pela

    primeira vez, o De-safio Final. O con-curso seguir os mol-des dos tradicionais concursos televisivos do gnero e selecio-nar o FEPiano com mais cultura geral da faculdade. O prmio ser aliciante e a apre-sentao ficar a cargo de uma personalida-de portuense! Haver ainda muita anima-o e algumas surpre-sas preparadas.

    Portanto, se te consideras um de-vorador de cultura e gostas de um ver-dadeiro desafio, pre-para-te e inscreve-te at dia 19 de no-vembro!

    O EXUP e a AEFEP vo colocar a tua cultura geral prova!

    O teu primeiro desafio :

    Quantos filmes teve a saga Harry Potter?

    a)6 b) 7 c) 8 d) 9

    Inscries: www.exup.pt | www.aefep.pt

    A soluo do desafio da edio anterior encontra-se disponvel

    no nosso Facebook:

    www.facebook.com/fepianojornal

    Os nmeros inteiros x e y satisfazem a

    igualdade 2x = 5y. Apenas uma das op-

    es seguintes pode ser x + y. Qual ?

    (A) 2011

    (B) 2010

    (C) 2009

    (D) 2008

    (E) 2007

    soluo no prximo nmero

  • 16 N 5 - novembro 2013

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    Coordenao: Gonalo Sobral Martins e Jos Guilherme SousaRedao: Afonso Vieira, Alice Moreira, Andr Silva, Carolina Reis, Carolina Silva, Ins Vasconcelos, Joo Sequeira, Maria de Sousa, Marta Tista Santos e Matilde Rosa CardosoPaginao: Clia Csar - Grupo Editorial Vida Econmica, S.A.Impresso: PapelicpiaMorada: Rua Dr. Roberto Frias, 4200-464 (Porto, Portugal) Contacto: [email protected] Facebook: www.facebook.com/fepianojornal

    TIRAGEM DESTA EDIO:500

    70 metros

    APOIOS:

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