fepiano (iv)

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Semana de Receção FEP Página 2 Erasmus em Itália Fausto Amaral, aluno de Economia na Faculdade de Economia do Porto, fez parte do programa ERASMUS, passando um semestre na Università di Pavia. Página 10 Como alcançar o sucesso na Universidade? Página 6 Agenda Cultural Página 8 20º Aniversário da Tuna Pág. 11 E tu: Já arranjaste boleia, hoje? Pág. 11 nº 4 • outubro 2013 • distribuição gratuita • Periodicidade: mensal www.fep.up.pt as we know it Disponível em: JOÃO PROENÇA, DIRETOR DA FEP, EM ENTREVISTA “A FEP é uma jóia escondida” Págs 4-5 A convite da eurodeputada e docente da Faculdade de Economia do Porto (FEP), Professora Doutora Elisa Fer- reira, entre os dias 21 e 23 de setembro, realizou-se uma viagem a Bruxelas, com o propósito de melhor co- nhecer e enraizar o modo de funcinamento e de atua- ção do Parlamento Europeu. Pág. 7 FEP em visita ao Parlamento Europeu

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Edição nº 4 - Outubro de 2013

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Semana de Receção FEP

Página 2

Erasmus em ItáliaFausto Amaral, aluno de Economia na Faculdade de Economia do Porto, fez parte do programa ERASMUS, passando um semestre na Università di Pavia.

Página 10

Como alcançar o sucesso na U niversidade?

Página 6

Agenda CulturalPágina 8

20º Aniversário da Tuna

Pág. 11

E tu: Já arranjaste boleia, hoje?

Pág. 11

nº 4 • outubro 2013 • distribuição gratuita • Periodicidade: mensal www.fep.up.pt

as we know it Disponível em:as we know it

JOÃO PROENÇA, DIRETOR DA FEP, EM ENTREVISTA

“A FEP é uma jóia escondida”

Págs 4-5

A convite da eurodeputada e docente da Faculdade de Economia do Porto (FEP), Professora Doutora Elisa Fer-reira, entre os dias 21 e 23 de setembro, realizou-se uma viagem a Bruxelas, com o propósito de melhor co-nhecer e enraizar o modo de funcinamento e de atua-ção do Parlamento Europeu.

Pág. 7

FEP em visita ao Parlamento Europeu

Nº 4 - outubro 20132

A Semana de Receção é sempre muito atribulada. Para alguns, a primeira vez na Faculdade; para outros, espera-se que seja o último ano. Esta semana fica sempre marcada pelo reaver de amigos, o desvendar do novo horário, o fim do descanso e, não para todos, o fim dos exames – época especial.

MARTA TISTA SANTOS

Esta corrida maluca e sempre animada merece ser relembrada e guardada pelos nossos leitores, por isso, para os mais esquecidos e para os au-sentes, fica convosco mais um rescaldo da me-morável semana de receção da nossa mui nobre faculdade.

• Primeiro dia, Mostra à FEP - Chegaram à FEP os novos rostos que, tiveram, neste dia, a oportunidade de conhecer melhor a sua nova casa.

• Segunda, dia dezasseis - Os caloiros pu-deram conhecer, por um dia, a cidade que os vai receber nestes próximos anos. Num

passeio pela cidade invicta, os “caloiros” entraram no estádio do Dragão e inte-graram uma visita guiada a uma das casas de vinho do Porto. Além disso, desfruta-ram, num passeio de barco, das margens encantadoras e banhadas pelo rio Douro. No fim do dia, o habitual churrasco pro-porcionou um ótimo momento de conví-vio, servindo de aquecimento para um dos momentos mais especiais da semana – as vozes da FEP.

• Terça, dia dezassete - O Porto parou ao som das músicas de economia e som das latas que ecoaram nas ruas da invicta. A noite trouxe o início de mais uma edição das festas de Economia, no Via Rápida. A casa encheu e a diversão, como sempre, esteve assegurada.

• Quarta, dia dezoito - Depois de uma noite recheada de histórias e peripécias, os recém-chegados lançaram-se à água e aproveitaram o calor com que Matosinhos os recebeu. Depois do fino barato na “Sa-bor autêntico”, tempo para jogar os dados em mais uma festa do Monopólio.

• Quinta, dia dezanove – A despedida fica sempre a cargo das oscilações e ritmos ins-táveis a que associamos a “FEP Street”.

SEM AMARRAS

GONÇALO SOBRAL MARTINS www.gsmartins.blogspot.pt

O novo ano lectivo acaba de iniciar e, a ele, juntam-se novas caras nesta Casa onde se con-cebem os melhores – porquê negá-lo? – economistas e gesto-res nacionais. Afi nal, a FEP é a faculdade da área que inscreve as médias de acesso mais altas do país e que, indiscutivelmen-te, assume a sua posição no pa-norama externo, ao se tornar a primeira escola portuguesa a realizar uma competição inter-nacional de casos de negócio. Como não poderia deixar de ser, num ano que se prevê repleto de êxitos, o (jovem) Fepiano regres-sa na máxima força, com inú-meras histórias para Vos contar. Para trás, fi cam as recordações de mais uma enérgica “Semana de Recepção” e, numa analepse maior, das férias inevitavelmen-te curtas.

Em boa verdade, Setembro poderá ser lembrado pelo seu incomparável clima festivo. Não só para nós – comunida-de Fepiana –, mas para toda a nação lusa. Num mês as-sinalado pela intensidade de eventos, surge um dia que se destaca, de forma evidente, graças aos metamorfi smos que se assinalaram em Portugal: 29 de Setembro. Neste quin-to (e longo) domingo do mês transacto, enterrámos defi ni-tivamente o estigma hedion-do – cómico, até – de que não há “heróis” para lá dos relva-dos. Em distintas modalidades incontornáveis do desporto mundial, contemplámos a es-crita de páginas d’Ouro. Na alvorada deste mítico dia, o te-nista João Sousa foi o primeiro a carimbar o selo de vitória, ao vencer o torneio ATP de Kuala Lumpur e, por consequência, alcançar a melhor posição por-tuguesa, de sempre, no ranking mundial de ténis – feito que nos possibilitou escutar um comentário (de apreço) vindo de quem tudo teme comentar: o presidente Cavaco Silva. Pela tarde, ainda a digerir a marca inédita do primeiro despor-tista, as atenções voltaram-se para o atleta Rui Costa, que se tornou campeão do mundo de ciclismo, em Florença. De forma incontornável, usufruí-mos de um dia dotado por um ímpar enaltecimento nacional, onde houve tempo, ainda, para contemplar os pilotos Ál-varo Parente e Félix da Costa a pisar o pódio.

Apesar dos êxitos desporti-vos despontarem com elevada autoridade, nem só de insíg-

nias se recheou o dia… 29 de Setembro será igualmente lembrado por um novo valor recorde de abstenção numas eleições autárquicas: uns inu-sitados 47,4%. Jamais se ha-via registado uma margem tão avultada de gente que preferiu não se deslocar às mesas de voto. Esta inércia generalizada não é tão-somente delatora do sinal manifesto de que o país segue pelos trilhos errados, como também indicia a des-crença, por parte dos portu-gueses, na grande maioria da classe política – aos seus olhos, incapaz de inverter o rumo actual dos acontecimentos. Poder-me-ia fi ar nos argumen-tos adiantados por uma parte signifi cativa dos partidos, que se desculpabilizaram do actu-al estado de descrença nacio-nal através dos aguaceiros que foram atingindo as distintas “paróquias” deste país. Posto isto, a chuva, que já era factor justifi cável – segundo o ex--ministro das Finanças – para a quebra da economia, é agora, também, a culpada da expres-siva margem de abstenção. Da classe política – gente porta-dora de tamanha retórica – es-perava um fundamento mais categórico, já que em certas eleições a absolvição é alcança-da pelo Sol resplandecente que conduz a maioria dos eleitores até às praias. Em auxílio à clas-se política, concedo uma ideia para a eventual justifi cação da elevada percentagem de pes-soas distanciadas das urnas: a estreia do reality sho w Casa dos Segredos. Apesar da emissão em horário nobre e da aposta avultada na cobertura nacio-nal das autárquicas, nenhum dos grandes canais conseguiu superar o share gigantesco e os 1,74 milhões de espectadores que consumiram a “casa” que, tão sabiamente, colecciona pessoas com elevados défi ces de Q.I. e de bom senso.

Por fi m, gostaria de deixar duas notas de despedida. A primeira, ainda no âmbito eleitoral, no sentido de felici-tar o “nosso” novo presidente da Câmara, Rui Moreira, de-sejando-lhe a maior sorte para o seu árduo trabalho de enal-tecimento da cidade Invicta. O último comentário dirige-se àqueles que constituem esta enorme e fabulosa comunida-de Fepiana, desejando a todos os que a representam um ano, pelos prismas pessoal e acadé-mico, repleto de sucessos!

De volta à “Casa”

HISTÓRIAS DA FEP

Uma semana inesquecível...

HISTÓRIAS DA FEP

Semana da Receção

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Nº 4 - outubro 20134

Neste regresso às aulas, o Fepiano voltou aos “gabinetes” para conversar com o diretor da nossa faculdade. O Professor João Proença aproveitou a ocasião para dar as boas-vindas a quem chega e falar da “jóia” que tem guiado nos últimos anos. Privilegiando sempre as pessoas no seu discurso, o entrevistado não deixou de responder a questões de carácter pessoal.

GONÇALO SOBRAL MARTINS E JOSÉ GUILHERME SOUSA

Que mensagem gostaria de deixar aos novos rostos da FEP?

A responsabilidade que recai sobre os novos Estudantes da FEP e mesmo sobre nós, professores, é colossal. Os estudantes, se estão aqui, é porque fizeram um esfor-ço enorme e porque conseguiram muito bons resultados. No entan-to, devem estar preparados para um choque nesta nova etapa do seu desenvolvimento.

O que explica que, apesar da queda exorbitante das médias a nível nacional, as licenciaturas de Economia e Gestão, na FEP, registem uma subida?

Esta questão merece ser discu-tida e exaltada. Voltamos a ter as médias mais altas, a nível nacio-nal, nas licenciaturas de Econo-mia e Gestão. Além disso, fomos das poucas Escolas a subir a média num contexto de baixa generaliza-da, em particular na área da Eco-nomia e da Gestão, nomeadamen-te no grupo das melhores Escolas onde nos posicionamos. É gra-tificante verificar duas questões. Primeiro, de 2010 para 2013, me-lhoramos substancialmente a nos-sa posição relativa nas médias de acesso tanto na licenciatura Eco-nomia como na de Gestão. Segun-do, este ano o nº de candidatos à FEP em 1ª opção aumentou 10%, indicador que nos destaca a nível nacional e inclusivamente no seio da UP. Isto explica-se pela imagem da FEP. Conquistamos estudantes noutras zonas geográficas. O nosso trabalho é reconhecido, a imagem é muito boa e justifica a vinda dos melhores alunos. Por outro lado, o momento alto da Faculdade re-fletiu-se também nas candidaturas aos nossos mestrados.

O que destacaria no seu per-curso profissional e académico?

A par da minha carreira aca-

démica, desenvolvi uma carreira profissional. Por exemplo, quan-do me formei optei por ir para uma PME e não para um banco ou para uma consultora. Depois de um estágio na Ibersol, fui se-duzido para trabalhar nessa PME como chefe de vendas. Seguiram--se várias experiências, não con-secutivas, nos cargos de diretor comercial, de diretor geral, de administrador e, por fim, de presi-dente de conselho de administra-ção. Em paralelo, em 1988, iniciei a minha carreira na FEP como assistente. Pouco tempo depois, fiz o mestrado e acabei por fazer o doutoramento, experiências de

aprendizagem que passaram pelo estrangeiro e que foram sendo intercaladas com experiências no mercado de trabalho. Em 2000, mal me doutorei, deram-me na FEP, como “presente”, a direção da licenciatura. Aí comecei uma experiência de gestão na Univer-sidade que não mais parou até ao presente momento. Entre 2000 e 2006 fui diretor de licenciatura, depois diretor de mestrado e em 2008 eleito diretor do doutora-mento em gestão, até que, em 2010, vários elementos da AEFEP me desafiaram a ser diretor da Fa-culdade. Hoje, considero que o facto de ter estado dos dois lados, ligado ao mundo académico e ao terreno, está a ajudar-me bastante na gestão da FEP. Essa experiência permite-me retirar muitos contri-

butos do mundo empresarial, em particular dos cargos executivos que desempenhei. Contudo, per-mite perceber também que a ges-tão de uma faculdade é muito di-ferente da gestão de uma empresa. Aliás, as coisas aqui são bem mais complexas… Cumprimos obje-tivos sociais, mas estamos inseri-dos no “mercado” e os recursos à nossa disposição são cada vez mais escassos… por fim, controlamos menos variáveis do “negócio” se comparados com empresas e tudo o que fazemos tem que ser muito bem fundamentado, ou não fos-sem os nossos “operários” todos doutorados…

Como é que vê o jornal Fe-piano, que surgiu para servir meramente os interesses dos fepianos?

Há muito tempo que a Facul-dade tinha espaço para um jor-nal, portanto era uma questão de tempo. No entanto, isto teria de acontecer pelo lado dos alunos. Acabou por surgir esse espaço em que as pessoas são convidadas a re-fletir sobre a própria faculdade, o que é muito bom. Sei que é algo que exige muita força de vontade e a capacidade de retirar desta ini-ciativa algum prazer, mas essas ca-racterísticas são algumas das quais eu associo facilmente aos alunos da FEP. E a nós cabe, apenas, apa-drinhar e apoiar o dinamismo que se observa nas inúmeras iniciativas dos estudantes da nossa faculdade.

Como colocaria a FEP no pla-no internacional?

Existem escolas em Portugal que iniciaram o seu percurso in-ternacional com cerca de dez anos de antecedência sobre nós. A nível nacional, até recentemente, a FEP nunca sentiu a necessidade da sua internacionalização ou da obten-ção das acreditações internacio-nais, porque o rigor e a qualidade do nosso ensino são internamente reconhecidos. O problema é que a partir do momento em que ultra-passámos a nossa fronteira, esse re-conhecimento não tem qualquer valor. Em 2010, quando chega-mos à Direção, o processo de in-ternacionalização e, em particular, das acreditações internacionais da faculdade estava todo por fazer, apesar do nosso corpo docente já estar há muito internacionalizado. Lá fora, para sermos reconhecidos é necessário um “selo” que garan-ta a qualidade e nós ainda não o temos. Por exemplo, para fazer parte do ranking do Financial Ti-mes é necessária a acreditação in-ternacional EQUIS e/ou AACSB. Estou convicto que estamos bem colocados e no dia em que detiver-mos as acreditações internacionais estaremos em condições de dis-putar os rankings e começar a ser vistos pela comunicação social de uma forma diferente. Mesmo ago-ra, apesar de ainda não estarmos acreditados, temos conseguido estabelecer parcerias com facul-dades detentoras desses “selos”, o que mostra que essas Escolas per-cebem o nosso potencial. Algumas consideram-nos uma jóia escondi-da…

Não considera que a faculda-de está demasiado dependente das várias associações de que a FEP dispõe, para colmatar um

lado mais frágil do curso em termos de soft skills?

Boa pergunta! Essa oferta está articulada com os vários organis-mos estudantis, o que pode ser uma vantagem. Um dos meus maiores anseios era tentar intro-duzir, tanto em Economia como em Gestão, disciplinas relaciona-das com o desenvolvimento das competências comportamentais, o que acabou por ser introduzi-do apenas no novo plano de es-tudo de Gestão. Por isso, criamos a Academia de Competências, onde se incluem vários clubes de estudantes, nomeadamente, o FEP First Connection, o FEP Finance Club, o EXUP, o Start Up Buzz e o Clube de Casos, que exponenciam esse objetivo. Com esta inovação e aposta, os alunos da FEP têm tido muitas oportu-nidades. Os nossos alunos podem ter esta preparação, que não pre-cisa necessariamente de ser curri-cular. Claramente tem sido nossa política valorizar e reconhecer as experiências e atividades extra-curriculares que desenvolvem as soft skills nos estudantes.

Porque se tem adiado a intro-dução do ensino em inglês na nossa faculdade?

Devido a Bolonha, os nossos cursos foram reduzidos. Tivemos de fazer opções e optamos (e pen-so que muito bem) por manter disciplinas relacionadas com a So-ciologia, o Direito ou a História, áreas com forte tradição na FEP e onde temos vários professores a fazer investigação, o que não é o caso do inglês, que considera-mos um pré-requisito. Contudo, temos oferecido vários cursos li-vres de inglês para os estudantes que pretendem desenvolver essas competências que consideramos fundamentais. Até porque temos dois mestrados lecionados em in-glês que são nucleares na oferta da FEP: o Master in Management e o Master in Finance. Gostaria, tam-bém, que na FEP, fosse ensinado o Mandarim e acho que será uma questão de tempo. Contudo, não podemos ir a todo o lado ao mes-mo tempo…

Até que ponto a ICC (Interna-tional Case Competition) Porto surge no momento certo e é o enorme passo na projeção in-ternacional ambicionada pela FEP?

Nunca pensamos, em 2010, quando entramos para a direção da Faculdade, estar a organizar uma competição com esta proje-ção e com a qualidade das escolas que aderiram. Nós apostamos na Case Competition com uma ambição estruturada, através do FICT. Nos últimos anos, tra-balhamos uma série de fatores referentes às competições inter-nacionais e tivemos a felicidade

DIRETOR DA FEP, EM ENTREVISTA

Cavaqueando com... João

“Há muito tempo que a FEP é muito boa, se não a melhor, em termos de hard skills, mas havia um grande trabalho a fazer nas chamadas soft skills”.

5Nº 4 - outubro 2013

A bola colorida nas minhas mãos

Apenas por duas vezes, na minha curta existência, senti que, ao estender o braço direito, à altura da cintura, segurava o mundo na palma da minha mão. A posição cimeira e o distan-ciamento com que olhava aquela esfera envolviam-me numa sapiência digna de não ser absorvida pelo “regresso às aulas”. No entanto, depois de poucos dias, já me vejo tornado nova-mente uma gota de água conformada.

Os dias que entreguei à reflexão em Taizé, um paraíso perdi-do em terras francesas, não foram senão como aquele concerto que alimentou um sonho efémero. Curto, porque não me pro-videncei de algo que pudesse registar o momento em que, pela primeira vez, tinha a bola de cristal nas mãos.

Apesar de não me ter parecido provável que voltasse a ter oportunidade de varrer todos os cantos que se escondem por trás do meu rosto, fiz-me acompanhar, desde aí, por um peque-no caderno e por uma caneta. A segunda vez acabou mesmo por surgir – nos únicos dias em que tive dispensa da faculdade.

Desde há alguns anos que pedia aos “papás” para sair do meu cantinho, à boleia, e me juntar aos muitos jovens desse mundo que optam por uma aventura sazonal, num qualquer país do velho continente. Depois de fazer alguns contactos, parti com dois amigos para uma pequena cidade do Vallais, na Suíça.

Em Martigny, deixaram-nos numa encosta, onde se estendia uma quinta com uma enorme produção de damascos. Durante um mês, com folga nos dias em que trovejava e com doze horas de descanso diário, tínhamos de subir às árvores que cobriam cerca de sete hectares.

Por lá, convivemos com camaroneses que estudavam na Eu-ropa; eslovacos que formavam uma banda – Elections in the Deaftown – e que marcavam ali o fim de uma tour que passou por alguns festivais; e, finalmente, checos que chegavam com um único objetivo prático – o de se sustentarem.

Enquanto me abrigava da chuva, por baixo de uma árvore, comia dois ou três damascos e conversava com um camaronês sobre a figura de Mandela, via um veado a correr a poucos metros de mim. Este quadro idílico motivou algumas das re-flexões mais profundas e consequentes - até ver - dos meus dezanove anos, sempre potenciadas pelo permanente debate. Ali, a mais de mil metros de altitude, senti mesmo que todos parecíamos procurar a resposta para as mesmas questões.

Desta experiência, ficaram relações muito estreitas entre aqueles que se juntaram para apanhar damascos, uma conta bancária bem mais saudável, conhecimentos e horizontes alar-gados e muitas “certezas”:

- Os efeitos positivos do encontro maximizam-se perante uma base de tolerância muito sólida. Constatei que é mais di-fícil relacionarmo-nos com camaroneses do que com eslovacos, porque exige um nível de tolerância mais elevado. E, por outro lado, naquele quadro, pareceu-me que tendencialmente nos aborrecemos mais facilmente com o indivíduo com que nos relacionamos mais rápido.

- A lei da vida dita que tenhamos condições para subir a uma qualquer macieira, atender mesas num cruzeiro ou fazer um inter-rail em classe económica nos próximos anos. Posto isto, as grandes histórias que se desenlaçam com estas aventuras têm que ser agarradas no curto prazo. Assim, o meu gap year deve acontecer, e após a licenciatura.

- O meu tempo tem sido dado ao trabalho e a responsabili-dades. No entanto, apenas saltando fora do meu mundo, me vou apercebendo que os grandes prazeres, como comer e beber bem ou um passeio pela Ribeira, não são muitas vezes compa-tíveis com uma vida envolta em compromissos.

- Percebi que existe uma correlação positiva entre os meus níveis de realização e os dias dedicados à viagem e ao volun-tariado. Considerando a última ideia e o facto de que não é suposto abdicar dos estudos, nesta fase, constatei que oferecer a minha casa a viajantes responde à aparente impossibilidade de me sentir realizado e ser estudante ao mesmo tempo.

- A necessidade de nos encontrarmos com o próximo jus-tifica esta última conclusão – nós somos completos com os outros e não individualmente. Sermos um todo em cada coi-sa e estarmos em todo o lado ao mesmo tempo não é uma das impossibilidades da vida – apenas se o procurarmos so-zinhos.

de conseguir ganhar várias com-petições internacionais – o que só demonstra que os alunos da FEP são muito bons e os advisors também. A partir do momen-to em que tivemos uma série de vitórias, julgamos que este era o momento propício para a orga-nização de um evento desta di-

mensão, que terá, sem qualquer dúvida, um impacto enorme em termos internacionais.

Todos os anos são eleitos os “talentos” da FEP, através da POOL de Talentos. Um dos pré-mios atribuídos aos vencedores é um mestrado totalmente gra-tuito. A verdade é que nenhum deles, este ano, usufrui desse prémio. Qual será a razão para este facto?

Não podemos avaliar essa situ-ação num período de tempo tão reduzido. Há alguns estudantes que optam por deixar essa hipó-tese em standby. Já tivemos casos de alunos da Pool de Talentos que vão para o mercado de trabalho e que vêm fazer o mestrado um ou dois anos depois. Nós garantimos que a bolsa possa ser utilizada nos anos subsequentes. Posto isto, há alunos que acreditam que o me-lhor percurso para eles é, antes do mestrado, ganhar alguma experi-ência profissional e, como tal, só optam por fazê-lo posteriormen-te. Também é verdade que alguns dos nossos “talentos” têm ido para Escolas estrangeiras de grande re-putação, o que também nos deixa orgulhosos.

Sabia que a visita do Dr. Fi-lipe Meneses à FEP foi alvo de alguma polémica?

Imagino que sim, mas não faz sentido. Recebi o Dr. Filipe Meneses na FEP, a seu pedido, como receberia qualquer um dos candidatos à Presidência da C.M. do Porto que o tivesse so-

licitado. Aliás, fui também con-tactado pela equipa do Dr. Rui Moreira, mas já não foi possível conciliar as agendas dado que nessa altura estive ausente do país. Sobre isso deixe-me ainda dizer que fui contactado por vá-rias candidaturas à Câmara Mu-nicipal do Porto para as apoiar, e achei que não o deveria fazer

dado o cargo que exerço na Uni-versidade do Porto.

O que o move e o comove?Movem-me as pessoas e como-

vem-me as pessoas. Gosto de tra-balhar com elas e em prol delas. E é esse facto que me entusiasma. Não se faz um projeto como este que desenvolvemos para a FEP para nos situarmos num ranking... Faz-se porque há pessoas, jovens, e há necessidade de os formar e desenvolver. São estes jovens que levarão em frente a história deste país... Julgo que o Homem é o centro de tudo e, portanto, é isso que me move e me comove.

Aproveitando a deixa, quem são as pessoas que mais o mo-vem e o comovem?

Bem… Ídolos propriamente ditos não tenho. Contudo, várias pessoas constituem, para mim, um exemplo, com um testemunho de vida que acredito ser um referencial. Destaco Gandhi, Martin Luther King, Xanana Gusmão, Gorbachev ou Abraham Lincoln. E em Por-tugal tenho saudades dos políticos pós 25 de Abril. Admiro muito os exemplos de Sá Carneiro e Álvaro Cunhal e, obviamente, a ousadia dos descobridores portugueses do séc. XV, tais como Vasco da Gama.

O que, realmente, vale a pena na vida?

Viver a vida com entusiasmo, dar o melhor de nós e acreditar nas pessoas. Julgo que vale realmente a pena acreditar nas pessoas. Eu, pelo menos, tenho tido essa sorte e não me tenho desiludido.

Qual a sua maior qualidade e o seu maior defeito?

Permitam-me salientar duas qualidades que revejo em mim: a boa disposição e o entusiasmo. Quanto ao meu maior defeito destacaria o facto de ser demasia-do frontal, o que por vezes pode sugerir sobranceria ou mesmo ar-rogância…

“Fui contactado por várias candidaturas à Câmara Municipal do Porto para as apoiar, e achei que não o deveria fazer dado o cargo que exerço”.

JOSÉ GUILHERME SOUSA

Respostas rápidasMomento: O minuto 92, no Dragão

Cidade: Porto

Livros: Não resisto a mencionar 3 livros, completamente distintos: “Assim falava Zaratustra”, de Nietzsche; “Arte de ser português”, de Teixeira de Pascoaes e “O fio da navalha”, de Somerset Maugham

Filmes: “Reds”dirigido pelo Warren Beatty e “O Padrinho” do Coppola

Bandas: The Doors e a fantástica Loreena McKnnitt

Música: Bobby Brown, de Frank Zappa

Prato: Bacalhau, mas no António em Perafita

Bebida: Um bom vinho tinto

Sonho: O milagre económico em Portugal

Hobbies: Praia, mar e passear…

Meios de transporte: Automóvel e Mota, claro

Desporto: Futebol

Citações: Duas de Nietzsche: “Nenhum vencedor acredita no acaso” e “Torna-te naquilo que és” e “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena” de Fernando Pessoa

Viegas Proença

Nº 4 - outubro 20136

FAÇA-SE SÓCIO: AS INÚMERAS VANTAGENS

ALICE MOREIRA E CAROLINA REIS

Uma das causas para o insucesso escolar e a falta de aproveitamento nas faculdades está ligado ao facto dos alunos não saberem estudar. Para além disso, a diferença de exi-

gência entre o secundário e a universidade é abissal, o que pode provocar ainda mais dificuldades, pois os alunos não estão prepa-rados para esta nova fase.

Deixamos-te algumas dicas:Antes de mais é fundamental para o suces-

so a motivação, que se pode expressar de vá-rias maneiras, por exemplo, teres uma atitu-de positiva e enfrentares os desafios aliando uma competitividade saudável com os que te rodeiam.

É importante frequentares as aulas e fazer os teus próprios apontamentos:

Retira a ideia completa;Não tentes escrever tudo o que o professor

diz mas sim palavras-chaves e ideias centrais que activem a nossa memória e nos auxiliem no estudo;

Prepara o teu estudo tendo em conta o

tipo de provas de cada cadeira;Reparte o teu estudo por partes e não es-

tudes tudo de uma vez.Ter o material de estudo adequado: livros,

sebentas, etc.Ter um mentor ou tutor: não só tens a

possibilidade de ouvires conselhos daque-les que já passaram pelas mesmas situa-ções, como estes poderão ser referências em termos académicos que te ajudem nos estudos

Encontra um local de estudo adequado às tuas necessidades: se preferes estudar em to-tal recolhimento deves procurar um lugar si-lencioso, uma biblioteca, por exemplo. Para quem prefere estudar no meio do barulho, com música de fundo, existem vários sítios possíveis, desde explanadas, bares, cafés, etc. É essencial que te sintas bem e não estejas sempre a olhar para o relógio a ver quanto tempo passou.

Arranja outros colegas com quem possas estudar. Um bom grupo de trabalho é essen-cial para a auto-motivação.

Define uma estratégia para os próximos

tempos de estudo, com objectivos claros e concisos, como por exemplo: quais as aulas a que não se podem mesmo faltar, horas de estudo por dia de forma a não se deixar tudo para a véspera dos exames, prazos de entrega dos trabalhos, etc.

Gerir bem o tempo: esta é uma das fases em que estão muitas coisas a acontecer de novo e é natural que te percas com saídas nocturnas, novos amigos e grupos de tra-balho, deixando os estudos para trás. Deves tentar definir prioridades, organizares bem o teu tempo e dedicares-te com todo o empe-nho a esta nova fase.

Pertenceres a grupos académicos/compe-

tições é muito importante para o teu desen-volvimento pessoal, profissional e académi-co, pois dá-te experiencia que será bastante útil no futuro, permite desenvolver contac-tos e as chamadas soft-skills.

Deves participar nas diversas actividades: pequenas formações, cursos, palestras, etc.

Se tiveres dificuldades, deves procurar o Gabinete de Apoio ao Estudante da tua Fa-culdade ou a Associação de Estudantes, pe-dires ajuda e tirares todas as dúvidas.

Atenção: Estas dicas têm de ser ajustadas ao aluno, uma vez que somos todos diferen-tes e, por isso, o efeito será distinto.

Como alcancar o sucesso na Universidade?“Um bom aluno, em bom rigor, constrói-se, vai-se formando ao longo do tempo. Portanto, para mim, um bom aluno é alguém que está permanentemente insatisfeito com o seu desempenho e procura sempre fazer melhor e superar o seu próprio trabalho e o dos outros.”Mariana Egídio (terminou o curso de Direito, em 2009, com uma média final de 18 valores)

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7Nº 4 - outubro 2013

FEP em visita ao Parlamento Europeu

Livros… Onde encontrá-los?

A convite da eurodeputada e docente da Faculdade de Economia do Porto (FEP), Professora Doutora Elisa Ferreira, entre os dias 21 e 23 de setembro, realizou-se uma viagem a Bruxelas, com o propósito de melhor conhecer e enraizar o modo de funcionamento e de atuação do Parlamento Europeu.

MATILDE CARDOSO

Nesta viagem, organizada pelo Professor Doutor Miguel Pimen-tel Fonseca, marcaram presença o Professor Doutor João F. Pro-ença, Diretor da FEP, bem como outros representantes da Faculda-de. A Associação de Estudantes, a AIESEC e a APA foram igual-mente representadas por alguns dos seus membros. Além deles, integraram, ainda, nesta viagem os alunos da FEP finalistas do Moot European Parliament.

Durante o fim de semana (dias 21 e 22), houve oportunidade para conhecer Bruxelas, Gent e Bruges, o que permitiu descor-tinar hábitos e tradições da po-pulação local e, assim, ampliar a noção de cultura europeia.

Na 2ª feira (dia 23), a Eurode-putada Elisa Ferreira recebeu o grupo no Parlamento Europeu. Após um breve discurso inicial em que referiu, nomeadamente, a importância do bom funciona-mento dos grupos políticos, do consenso e das alianças, sobre-tudo por nenhum grupo possuir maioria absoluta, a Eurodeputa-

da refletiu sobre questões econó-micas.

Em primeiro lugar, referiu-se às origens da crise, que considera se-guirem uma lógica de causa/con-sequência: crise dos Estados, crise do Euro, crise financeira, econó-mica e social. Acrescentou que “a desregulação do sistema finan-ceiro esteve na origem da crise”. A sua eclosão, defende, “ocorreu numa fase de redefinição (reu-nificação alemã, alargamento da União Europeia, adopção do Euro, reorganização institucional com o Tratado de Lisboa) e numa época de intensificação da glo-balização, o que agudizou uma dinâmica de crescimento insufi-ciente e o agravamento das dispa-ridades intra-UE”. No contexto do Conselho Europeu, onde a tomada de decisão é por unani-midade, o peso alemão agravou--se com a unificação.

Antes de se pronunciar sobre as respostas à crise, apresentou a dimensão comunitária do Plano Europeu de Recuperação Eco-nómica, que equivale a 30 mil milhões de euros, pouco mais de 0,2% do PIB europeu. Os restan-tes 170 mil milhões ficam a cargo dos Estados-membros, conse-

quentemente, com capacidades assimétricas de combate à crise.

A Eurodeputada apresentou uma comparação entre a pos-tura da União Europeia e a dos Estados Unidos da América face ao relançamento da economia: enquanto que a UE procura re-equilibrar as contas públicas para crescer, os EUA crescem para re-equilibrar as contas públicas. Do seu ponto de vista, o relançamen-to da economia deve passar pelo “reforço da regulação financeira e da supervisão, pelo reforço da governação e supervisão macroe-conómica e pela solidariedade na defesa da Zona Euro”.

Apesar do cenário de crise, apontou sinais de progresso, como a união bancária, eviden-ciada por regras comuns e pela resolução comum de crises em bancos. De facto, considera que “a união bancária é vital para quebrar o ciclo vicioso da dívi-da pública”, que afeta os bancos, motivando bailouts e, consequen-temente, originando mais dívida pública. Para combater esta situa-ção, referiu medidas como o Me-canismo de Supervisão Único, a Estrutura Comum de Fundos de Garantia e Depósitos e o Regime

Comum de Recuperação e Reso-lução Bancária.

A propósito do caso português, referiu que “todo o Sul da Eu-ropa tem um grande problema de competitividade”. Revelou que, na sua Tese de Mestrado, problematizou as vantagens e os inconvenientes da adesão de Por-tugal à União Europeia. Por um lado, seria uma forma de garantir a estabilidade democrática e go-vernativa e beneficiaríamos dos fundos estruturais, mas, por ou-tro lado, deixaríamos de ser tão competitivos, designadamente na agricultura e na indústria. Chega-da a estas conclusões, confrontou o Doutor Mário Soares, ao que este lhe respondeu que “não é uma questão económica, é uma questão política”.

Durante este seminário, houve oportunidade, ainda, para ouvir alguns comentários do Professor Doutor Rui Alves, recentemente nomeado Conselheiro Técnico Principal e Coordenador do Nú-cleo de Economia e Finanças da REPER (Portugal). Referiu que “a existência da UE é necessária, no mínimo, como forma de ga-rantir a paz na Europa, de forma semelhante a que é necessário vo-

tar para, no mínimo, garantir a democracia”.

Durante a tarde, o grupo assistiu ao Monetary Dialogue com Mario Draghi, Presidente do Banco Cen-tral Europeu, que afirmou que “a atividade económica da Zona Euro deve manter a retoma lenta, mas o desemprego na Zona Euro conti-nua demasiado elevado”. Acrescen-tou que “a UE reforçou a vigilância fiscal e macroeconómica e criou um mecanismo permanente de gestão da crise”. A Eurodeputada do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu, Elisa Fer-reira, evidenciou algumas reservas sobre as exigências para com os países intervencionados: “Portugal cumpriu a essência do que lhe foi recomendado e acabou com uma recessão duas vezes superior ao pre-visto”.

Esta interessante viagem a Bruxelas foi um excelente ensejo para os participantes conhece-rem, mais de perto, a atual rea-lidade da Comunidade Europeia, bem como para compreenderem melhor o contexto e as circuns-tâncias que conduziram à crise europeia e assimilar o espírito europeu.

Chegamos a uma altura em que é necessário recor-rer aos diversos materiais de estudo e os livros são um fantástico apoio. Exis-tem várias alternativas a que podes recorrer, tendo em conta os diferentes cus-

tos e adaptando-os às tuas necessidades e ao que con-sideras mais vantajoso.

De forma a auxiliar-te nessa escolha, fomos ana-lisar o custo de algumas alternativas para o seguinte livro:

Esta análise pode ser efectuada para todos os restantes livros, seguindo o mesmo método. Pela aná-lise dos custos e optando pela opção mais vantajosa para os estudantes, o ideal será o livro emprestado. A não ser possível esta última hipótese, ficaria mais em conta comprar o livro usa-do (mesmo que de edições anteriores), seguindo-se a compra do livro novo. Para o caso em estudo, o custo mais elevado recairia sobre as fotocópias. No entanto, esta situação é variável, es-tando dependente do custo do livro, uma vez que em certas situações será mui-to mais vantajoso e barato recorrer a um livro fotoco-piado.

Como obter o livro Informações Custo Estado

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para a edição 2012/2013, que se encontra actualizada para efeitos de estudo, ronda os 7J tanto no OLX

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Nº 4 - outubro 20138

Agenda Cultural

Outono em Jazz 1 de Outubro - 20h30 Casa da Música – Sala SuggiaPreço: 50 J (todos os concertos)

No Outono temos o melhor do Jazz na Casa da Mú-sica, com um cartaz muito agradável e diversificado, capaz de agradar até aos mais cépticos. No entanto, o Jazz não é só para quem quer e o preço dos bi-lhetes é capaz de não agradar a todos. Porém, para quem quiser perder a cabeça, é certo que fica sem ela ao som da improvisação livre e do experimentalis-mo que vão ser dominantes ao longo da noite.

Pablo Alborán | 25 de Outubro | 21h30 | Coliseu do PortoPreço: 18 J a 40 J

Pablo Alborán estará de volta, dia 25 de Outubro, ao

país que considera a sua segunda casa. O seu álbum “Tanto”, que entrou direto para os tops portugueses e já é disco de platina (em conjunto com o seu dueto com a fadista portuguesa da nova geração, Carmi-nho), conquistou o coração do público português, de-monstrando um grande talento e uma sensibilidade especial no mundo do espetáculo.

Urban Trail Night Race12 de Outubro - 21h30Praça da RibeiraPreço: 15 J a 20 J

Porque não aproveitar esta oportunidade para cor-rer em comunhão com o Rio Douro por trilhos, es-cadarias e ruelas há muito esquecidos? De salientar a lucidez associada à atividade, sendo que esta não é inerente ao local onde se realizam as embriagadas noites de segunda-feira que nos dão os “baldes” a preço de estudante.

Miguel Araújo18 e 19 de Outubro - 20.30 (com jantar) ou 22.30 (sem jantar) Hotel Casino Chaves e Casino de Espinho Preço: 35 J (com jantar)

15 J (sem jantar)Não há mais agradável serão do que jantar ao som das trovas de Miguel Araújo Jorge. Dia 18 e 19 de Outubro temos a oportunidade de ter essa experien-cia, e de ouvir as histórias cantadas que este “erran-te bardo” tem para nós, por um preço relativamente acessível.

Azeitonas2 de Novembro | 22.00hColiseu do PortoPreço: 18 J a 22 J “Nestes dias de cepticismo e de asceticismo, manda

a polícia da estética que se refreie a pompa e o garbo. Nada de arrebites barrocos nem grandes festins de romantismo”. Certamente podemos esperar o contrá-rio no Coliseu do Porto, dia 2 de Novembro, dos AZ. Aconselho-vos a começarem a aquecer as gargantas pois estes músicos de “alto gabarito” certamente vão requisitar a participação de todos para que em unís-sono as nossas vozes cheguem a “Hollywood”.

EVENTOS A NÃO PERDER

ANDRÉ SILVA

Ora há muito que nos deparamos com a di-ficuldade de seguir vias alternativas aos cur-sos “clássicos” em Portugal. Quando somos crianças? Sonhamos! Sonhamos ser cantores, atores, dançarinos e dançarinas. Mas quando chega o dia… “Ora bem meu filho, esse curso não é para ti”, menosprezam os pais. “Isso é sequer um curso?”, agoiram os vizinhos. E nós, acertadamente talvez, optamos por uma via mais segura e com “saída assegurada”.Acertadamente (digo eu), porque não há em Portugal uma estrutura que consiga sustentar e empregar uma classe artística com força suficiente para dinamizar cul-turalmente o nosso país. Economicamen-

te falando, estamos perante um mercado com uma procura extremamente inelástica face à oferta de “trabalho artístico” que há. Talvez pela falta de fundos, dizem uns, talvez pelo ambiente recessivo que se vive em Portugal, dizem outros. Efetivamente, não importa tanto a razão, o que importa realmente é perceber a solução!A solução é muito simples. Empreendedo-rismo. E não, não é conversa de “chacha”! Com o avanço tecnológico ao longo do tempo, várias atividades foram-se tornan-do obsoletas e qual foi a solução? Encon-traram-se novos nichos de mercado, sufi-cientemente especializados e inovadores

para que outras empresas quisessem en-trar nesse mercado. Ora, de forma análoga, observei muito recentemente um vento de esperança vindo de Londres. Um conjunto de jovens músicos portugueses, reunidos por Dinis Sousa (estudante da Guildhall School of Music, na área de direção de or-questra), avançou com um projeto chama-do “Orquestra XXI”. Este consistia em criar uma orquestra formada unicamente por músicos portugueses na diáspora que es-poradicamente voltariam à sua terra natal para dar uma série de concertos nas gran-des salas de norte a sul do país. Ora, tive o prazer de assistir ao concerto na Casa da

Música e fiquei maravilhado perante uma sala Suggia cheia, aparentemente jovem e com reações muito positivas à música que, digamos, não é costume ouvir no rádio quando vamos para a faculdade.Sim, é verdade, a conjuntura económica não está favorável e, sim, talvez haja falta de apoios para ideias empreendedoras. No entanto, quando combinados o talento, a re-siliência e a astúcia podemos obter projetos como este, que não passam despercebidos nem aos escassos apoios do Estado, pois, neste caso, obteve o prémio FAZ no valor de 25.000 euros do próprio presidente da Re-publica.

Músico em Portugal? Não, obrigado! “Caso Orquestra XXI”

9Nº 4 - outubro 2013

Na reedição de uma meia-final da FEP Cup da época passada, onde a vitória sorriu aos Xerifes, esta equipa voltou a defrontar a

equipa dos Prescritos, novamente no pavilhão do IPP, mas desta feita a contar para a super-

taça da FEP. No passado dia 26 de Setembro, a equipa vencedora da FEP Cup (Xerifes) levou a melhor sobre a vencedora da FEP

League, por uma bola a zero. Num jogo de futsal atípico, que terminou com apenas um

golo, foi evidente o combate no meio-campo, sendo portanto um jogo muito mais físico e muito menos visualmente atraente.

A equipa dos Xerifes foi um tanto melhor, merecedora da vitória, mas aquando do inter-valo o resultado permanecia intacto (0-0). No entanto, a segunda parte viria a marcar uma estreia promissora do jogador João Lopes, novo jogador dos Xerifes, que apenas preci-sou de um jogo nas competições oficiais da AEFEP para marcar o golo da vitória. Não

podia pedir uma melhor estreia! Por outro lado, os Prescritos ainda tentaram respon-der, jogando com guarda-redes avança-do ou, por outras palavras, de cinco para quatro, conseguindo ameaçar a baliza dos Xerifes, ao enviar uma bola ao poste. Re-sultado final: vitória dos Xerifes por 1-0. Parabéns à equipa vencedora, aos Prescri-tos pela boa prestação e ao jogador Pedro Monteiro pelo prémio de melhor em cam-po.

O testemunho de Diogo Barbosa, campeão da FEP LEAGUE (2012-2013) pelos Prescritos

“Fundada no ano de 2005, a equi-pa PRESCRITOS tem deixado a sua marca na FEP League, liga de futsal académica, bem como na “Casa” que ajudou a reunir este grupo, a Facul-dade de Economia da Universidade do Porto.

Sucintamente, somos um grupo de amigos que tem em comum a

vontade de vencer. Apesar da com-petição aguerrida, podemos afirmar orgulhosamente que fomos campe-ões no ano de 2010/2011 e nesta última época, de 2012/2013. Para a nova temporada, de 2013/2014, pretendemos prosseguir com a nos-sa caminhada de sucesso e manter a notoriedade da marca PRESCRI-TOS, reconhecida integralmente por toda a faculdade.

Nesta época, juntamos experiência e juventude, conseguindo alcançar o tão desejado título de campeões. Fo-mos a única equipa a estar presente

nas meias-finais da FEP League e da FEP Cup.

Na FEP League, a competição rainha, ficamos inseridos no grupo B, onde apresentamos alguma irre-gularidade, conseguindo, ainda as-sim, passar à fase seguinte. Nas fases a eliminar, com a participação de elementos mais velhos, mostramos a nossa qualidade e conseguimos ultrapassar todos os nossos adversá-rios… inclusive na final, onde der-rotamos os CTT nas grandes penali-dades, após um jogo de futsal repleto de emoção até ao último instante.”

Supertaça – Xerifes vs PrescritosAFONSO VIEIRA

QUARTOS-DE-FINALPrescritos 3-2 Xerifes United

MEIAS-FINAISPrescritos 8-3 Quimquipa

FINALPrescritos (vitória em gp) 3-3 CTT

Xerifes 1-0 PrescritosNome CA CV Golos (0-0 HT) Nome CA CV Golos

Pedro Silva Rui OliveiraRui Costa TrindadeDiogo Afonso XavierFiga CarlosAndré Anjo Diogo BarbosaFaneca José PerfeitoBernardo Alba Miguel MarquesAndré Costa Carlos LeãoJoão Lopes 1 José GuilhermePedro Monteiro X

Faltas 1ª Parte 1 Faltas 1ª Parte 1Faltas 2ª Parte 2 Faltas 2ª Parte 2

Melhor em campo: Pedro Monteiro

Árbitro: Gonçalo

Mesa: Vasco Moreira e Vanessa D‘orey

Diogo Afonso, jogador dos Xerifes“O resultado de 1-0 foi justo na medida em que dominamos a partida por completo, tendo falhado apenas a finalização. É verdade que perto do final sofremos uma bola ao poste, no entanto, além do nosso golo, o nosso jogador João Lopes também já tinha efetuado um remate à trave”.

José Guilherme, jogador dos Prescritos“Num jogo que foi quase sempre dominado pela equipa adversária, o resultado pareceu-me justo. No entanto, houve ocasiões para levar o jogo para prolongamento, mas a sorte, desta vez, não nos sorriu”.

Desporto Universitário

Gostas de praticar desporto? Queres praticar desporto? A entrada na Universidade por vezes leva-te a pensar que não vais ter tempo para mais nada exceto as aulas e os estudos. Desengana-te! Muito do teu sucesso académico deve-se ao que conquistas fora dos 70 metros, ou seja, sem ser nas pautas. A par da praxe, ou dos grupos em que pensas entrar para complementar o teu currículo, o desporto univer-sitário também é extremamente compensador. Conheces pessoas novas, em muitos casos das várias faculdades, evoluis como pessoa e, acima de tudo, fazes o que gostas!Gostas de jogar futebol, voleibol, andebol, futsal ou basquetebol? Podes juntar-te às nossas seleções e representar a FEP! Apenas precisas de ir a www.aefep.pt e lá encontrarás o formulário de ins-crição nas seleções. Não precisas de ser nenhum Cristiano Ronaldo para participar, acima de tudo pede-se vontade e boa disposição! Se preferes outras modalidades, tens sempre a hipótese de repre-sentar a Universidade do Porto contra as outras universidades, ou mesmo só praticar o desporto por opção, sem competir. Neste caso, a AEFEP também te pode ajudar, ou se quiseres ser mais preciso contacta diretamente o GADUP (Gabinete de Apoio ao Desporto da Universidade do Porto). No passado ano letivo, a Universidade do Porto conseguiu conquistar 121 medalhas em campeonatos nacio-nais universitários, nas diversas modalidades, sendo a universidade líder neste capítulo.Além das hipóteses acima apresentadas, ainda há mais opções para quem não quer ficar parado. A FEP League, uma competição já emblemática da nossa faculdade, está de volta, sendo que as ins-crições serão já neste mesmo mês de Outubro. Já são muitas as equipas habituais, criando-se alguma tradição. Arranja um grupo de amigos e inscreve-te, pela diversão e para fazer história! A FEP League disputa-se ao longo do ano letivo, começando agora e termi-nando apenas em finais de Maio. A par da FEP League, disputa-se também a FEP Cup, que terá um formato de taça, complementar à liga, como é habitual.Se não tens jeito para a “bola” e preferes correr, podes também jun-tar-te ao grupo do Facebook que a AEFEP criou (CORRIDAS FEP), grupo destinado a proporcionar o convívio durante as corridas, ou seja, para não teres de correr sozinho. Basta criares um post alusivo ao teu plano para correr, indicas o local e a hora e muito provavel-mente encontrarás companhia para um treino.

FASE DE GRUPOSEquipa Jogos Vitórias Empates Derrotas GM GS DG Pontos

Atlético Atum 10 9 1 49 15 34 28Jocivalter 10 9 1 54 15 39 27Prescritos 10 6 2 2 48 25 23 20Quimquipa 10 6 1 3 78 33 45 1970 m 10 6 1 3 44 21 23 19ADR Mamutes 10 4 1 5 34 57 -23 13Team Rocket 10 3 1 6 41 36 5 10Talhantes 10 3 1 6 19 48 -29 10Fepaólicos 10 3 7 27 33 -6 9Zééé‘s 10 2 8 14 44 -30 6eCOROballA.M.U.S. 10 10 8 87 -79 0

A caminhada dos Prescritos até à derradeira final na FEP LEAGUE...

Nº 4 - outubro 201310

CAROLINA SILVA E INÊS VASCONCELOS

O que te levou a escolher Itália como destino?

A grande riqueza cultural do país, o fac-to de ter a certeza que durante 6 meses te-ria sempre mais pontos a descobrir a uma distância relativamente curta de Pavia, o clima ameno, um nível de preços similar ao português e a gastronomia italiana, cla-ro, que adoro!

Na tua opinião, quais foram as maio-res diferenças entre a faculdade onde estiveste em Pavia e a Faculdade de Economia do Porto?

A universidade e as suas faculdades são parte integrante da cidade. Fazem parte da razão de existir de Pavia e são um impor-tante elo de ligação entre todas as forças vivas da urbe. Esta forte união, que eu te-nha conhecimento, em Portugal, só tem comparação com Coimbra.

Relativamente ao curso, conseguiste equivalências a todas as cadeiras que escolheste?

Não. Tive mesmo de escolher algu-mas cadeiras que lá são leccionadas no segundo semestre mas que aqui perten-cem ao primeiro semestre. É importan-te, quando escolheres o teu destino de ERASMUS, optares por um que te cause o mínimo transtorno ao teu plano de estudos da FEP. Antes de fazeres a tua lista de faculdades-destino tenta ver se as disciplinas e os semestres em que são leccionadas estão de acordo com o teu percurso na FEP.

Sentiste que existia uma grande bar-reira linguística?

Para um português é uma língua bastan-te acessível. Não tão fácil como compre-ender espanhol, mas nada de preocupante.

Foi-te possível visitar outras cidades, tanto em Itália como noutros países?

Em ERASMUS tens bastantes possibili-dades para conhecer os locais à tua volta. Como Pavia está no norte de Itália, é fácil viajar de avião ou de comboio para o centro da Europa, e existe um aeroporto base da Ryanair a cerca de uma hora e meia de com-boio/autocarro. A ESN (Erasmus Student Network) local funciona muito bem… Foi organizando ao longo do semestre várias viagens às cidades mais importantes: fui a Veneza no Carnaval, à Sicília e a Nápoles em excursões da ESN Pavia, onde conheci melhor outros elementos de ERASMUS do meu e doutros cursos. Por minha conta, fui conhecendo as cidades importantes mais próximas de Pavia: Milão, Parma, Bolonha, Florença, Génova, Siena, etc.. Consegui ainda viajar até à zona sul da Suíça, com mais 3 colegas da FEP.

Como foi a integração em Itália? Ti-veste algum tipo de apoio por parte de uma organização?

Tive um pouco de sorte na casa onde fiquei, dado que a compartilhei com ou-tros estudantes lisboetas. Em todo o caso, quem mais me ajudou neste processo de integração foi, sem dúvida, a ESN Pavia, pelos “aperitivos” (buffets de final de tarde tipicamente italianos), jantares, festas, nos quais os estudantes de ERASMUS se fo-ram conhecendo.

Agora, algo que interessa à maioria dos nossos leitores: relativamente à parte festiva da cidade, o que nos po-des revelar sobre ela?

Bastante interessante! As ruas es-tão sempre cheias de vida, das 9:00 às 24:00. Não existem centros comerciais por perto, por isso a única alternati-va é o comércio de rua/tradicional. O centro é vedado ao trânsito automóvel e existem coisas para todos os gostos. A agenda cultural também é intensa, e na cidade ou nas vilas vizinhas é fácil encon-trar festivais, concertos, amostras gastro-nómicas, concursos, … Os restaurantes e bares são bastante variados e estão es-palhados pela cidade, mas concentram-se essencialmente numa parte da praça prin-cipal, Piazza Vittoria. Existem umas pou-cas discotecas, mas se quiseres variar podes sempre ir até Milão, que fica a 25 minutos de comboio por apenas 3,85J.

Em Itália conseguiste encontrar tan-to um bom curso como uma boa vida social?

Sim! Basta ires às aulas e falares com os teus colegas!

Aconselhavas Itália aos nossos leito-res como destino de ERASMUS?

Aconselho vivamente a parte turística de ERASMUS, mas Itália e as suas universi-dades não são um destino tão fácil quan-to isso para se obter sucesso escolar como algumas universidades localizadas no leste europeu, que se tornaram por isso conhe-cidas. Se fores com a ideia que vais ter de te esforçar tanto como na FEP, então é um destino excelente.

EM ENTREVISTA COM FAUSTO AMARAL

ERASMUS em Itália

Neste início de ano lectivo, o Fepiano decidiu trazer-te um destino diferente: Itália.Fausto Amaral, aluno de Economia na Faculdade de Economia do Porto, fez parte do programa ERASMUS, passando um semestre na Università di Pavia. Como tal, nesta entrevista vamos ficar a saber um pouco mais sobre a sua estadia por terras italianas. Università di Pavia é uma universidade que integra nove faculdades e está localizada na região de Lombardia, a 35 km de Milão. Os principais locais de interesse da Universidade são o Orto botanico dell’Università di Pavia, o jardim botânico mantido por esta instituição, e o University History Museum, o seu museu de história.

Fausto Amaral (segundo a contar da esquerda) com os amigos da FEP e da FEUP, em Florença.

11Nº 4 - outubro 2013

A Tuna Académica da Faculdade de Economia do Porto (TAFEP) celebra este ano (2013) o seu vigésimo aniversário. Marcado por inúmeros espetáculos e comemorações, dois mil e treze envolveu distintas acções por parte da TAFEP. Entre outras atividades, foi organizado um mês de acções de solidariedade, em que foram revisitadas associações de solidariedade com quem já havia colaborado. Além disso, a TAFEP teve o privilégio de ser convidada para o FIMU - Festival International de Musique Universitaire, que con-tou com mais de 2500 músicas, de mais de 30 países. Esta digressão a Belfort, local onde se realizou o festival, contou com cerca de 50 tunos, por parte da TAFEP. Agora, está a ser preparado um espectáculo no Coliseu do Porto, para o dia 9 de Novembro. O objectivo do espectáculo é visitar o passado da tuna, adicionando-lhe novos elementos, onde se destacam convidados especiais, quer em grupo, quer indivi-dualmente. Esperam ter em palco mais de 100 elementos, tendo reservado todo o Coliseu do Porto, ou seja, a expec-tativa é que a sala encha com alunos, ex-alunos, professores e familiares que viram os seus caminhos associados à FEP, bem como amantes da cultura tuneril.

JOÃO SEQUEIRA

Ideias e argumentos são o que não falta por lá. Opiniões divergentes e estimulantes trocas de impressões criam momentos de reflexão e formação de consciências. Os debates servem para isso mesmo, discutir pensamentos, de-fender opiniões e dar voz aos jovens.

A Sociedade de Debates da Universidade do Porto (SdDUP) é uma organização sem fins lucrativos, criada por estudantes des-ta universidade, que pratica o debate como meio de promoção do espírito crítico e de-senvolvimento de competências de expressão e comunicação, a tolerância intelectual, a par da capacidade de análise e pensamento críti-co, valorizando as ideias e as palavras.

Nasceu, em 2010, da fusão de dois projetos de debates existentes na academia até então, na Faculdade de Direito e na Faculdade de Economia. Contando, actualmente, com cer-ca de seiscentos e cinquenta associados, desde estudantes da U.Porto dos diferentes níveis de ensino até docentes, a organização promove debates e treinos de formação, a par da in-tegração de competições internacionais com sociedades de debates semelhantes.

A internacionalização está na vocação desta

associação desde o início, tendo logo no pri-meiro ano de actividade havido participação numa academia de debates na Eslovénia. Desde então, foram dezenas as competições e eventos internacionais em que a SdDUP marcou presença, em particular nos maiores torneios mundiais. De Manila a Israel, de Macau a Oxford, de Viena a Budapeste, mui-tos foram os torneios que contaram com a participação da SdDUP, culminando, em Ja-neiro deste ano, na vitória obtida no World’s Universities Debating Championship, em Berlim, onde a Universidade do Porto se sa-grou campeã mundial.

Proporcionando o convívio entre os estu-dantes da universidade de forma alternativa e em ambiente extracurricular, a SdDUP propõe aos seus membros provas que permi-tem trabalhar no sentido de auto-superação de medos e desconfortos relacionados com a exposição pública de opiniões e aumentar a capacidade de escutar os outros e construir raciocínios através do acesso a diferentes pon-tos de vista.

O processo de inscrição como sócio realiza--se online. Podes consultar mais informações sobre esta organização em: www.sdd.up.pt e no Facebook (www.facebook.com/sddup).

20º Aniversário da Tuna

Sociedade de Debates, a arte da retóricaE tu: Já arranjaste boleia, hoje?

JOÃO SEQUEIRA

O Departamento do Estudante da Associação de Estudantes da Faculdade de Economia do Porto lançou, no início deste ano letivo, o grupo Boleias AEFEP. Implementado através de uma rede social – o Facebook –, este projeto tem como objetivo facilitar a troca e partilha de boleias entre os estudantes da referida faculdade.Para aceder ao grupo basta fazer um pedido de admissão e, após confirmação, os estudantes podem efetuar a oferta ou os pedidos de boleia, de modo a encontrar colegas que percorram os mesmos trajetos. “A ideia é simples, se ofereces ou procuras boleia: cria um post com, obrigatoriamente, local de partida, local de chegada, dia(s) e hora!”, lê-se na página do referido grupo.Inspirado em projetos nacionais semelhantes, como o Boleias Porto-Lisboa, esta iniciativa permite a partilha de despesas, tornando a utilização de automóvel particular economicamente mais eficiente e amiga do ambiente, enquanto possibilita a promoção do convívio entre alunos que até então não se conheciam. Atualmente, já conta com mais de 880 membros, tendo-se verificado uma afluência “caótica” nos primeiros dias de admissão, em que se chegaram a registar “100 alunos por hora a pedir para aceder ao grupo”, como refere André Anjo, coordenador do Departamento do Estudante.Segundo o próprio, o recurso a este mecanismo de partilha de boleias tem registado um aumento. A projeção obtida através “das notícias que têm surgido nos últimos tempos tem estimulado as iniciativas por parte dos estudantes”.

Nº 4 - outubro 201312

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO:400

Coordenação: Gonçalo Martins e Guilherme Sousa

Redação: Afonso Vieira, Alice Moreira, André Silva, Carolina Reis, Carolina Silva, Inês Vasconcelos, João Sequeira, Maria de Sousa, Marta Santos e Matilde Cardoso

Paginação: Célia César - Grupo Editorial Vida Económica, S.A.

Morada: Rua Dr. Roberto Frias, 4200-464 (Porto, Portugal)

Contacto: [email protected]

70 metros

A solução do desafio da edição anterior

encontra-se disponível no nosso Facebook:

www.facebook.com/fepianojornal

A soma dos primeiros n números inteiros positivos é um número de três algarismos, sendo estes todos iguais. Qual é a soma dos alga-rismos de n?

solução no próximo número

ANA SANTOS CRISTIANO PEREIRAPHIL ROSE *

A crise de 2008, mais do que ter abalado o mundo financei-ro, alterou irreversivelmente o panorama financeiro mundial, assim como provocou uma al-teração no paradigma socioe-conómico dos países desenvol-vidos.

A crise europeia

Para países como os EUA ou a Espanha deixou de ser pos-sível crescer graças à constru-ção desmedida de habitações.

Contudo, a situação mais gra-vosa viveu-se e vive-se na Zona Euro, com taxas de desemprego recorde em décadas e um cres-cimento anémico nos últimos anos.

Os desajustamentos econó-micos internos, a falta de uma união bancária para colmatar as falências dos bancos devido à crise do subprime, seguida do excessivo endividamento dos Estados (com os casos extremos de Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda) para resgatar estes mes-mo bancos levou a Zona Euro a ter de lutar diariamente pela sua união e estabilidade, antes mes-mo de pensar em crescimento.

Neste campo, as mudanças es-truturais que a crise teima em forçar tardam em chegar.

Regulação

Algo que mudou para durar, e que por norma muda sempre que existe uma crise financei-ra, foi a regulação. Corrigindo erros do passado, os Estados foram céleres em aumentar a regulação e as limitações do sector financeiro no pós-crise de 2008.

Viragem para os mercados emergentes

Durante os últimos anos, os mercados emergentes têm mantido a economia mundial em movimento, perspetivando--se que estes venham a liderar o desenvolvimento global. No entanto, investir em mercados tão voláteis, numa altura como a que atravessamos, é arriscado. Por sua vez, e apesar da insta-bilidade política a que estão sujeitos, estes mercados apre-

sentam elevadas taxas de cresci-mento e alta rendibilidade para os investidores.

Nível de risco e taxa de retorno

As taxas de retorno têm cres-

cido como resultado sobretudo da assunção de posições mais arriscadas, por parte dos in-vestidores, para financiarem os seus investimentos, devido à dificuldade de financiamento através de empréstimos.

Confiança

Imediatamente a seguir à crise, a confiança no sistema financeiro declinou de forma continuada. Investidores de todo o mundo perderam a con-fiança no mercado bolsista, o que resultou na venda massiva de ativos e conduziu à perda de milhões. Como se a perda de confiança não bastasse, os ban-cos têm estado bastante relu-tantes em emprestar dinheiro, devido à situação económica e

ao elevado risco de incumpri-mento. Vários governos têm implementado fortes estímulos ao crédito, para apoiar o cres-cimento económico, mas estes têm tido pouco sucesso.

Porém, como restaurar a con-fiança dos investidores? Mesmo que muitos dos principais ban-queiros de Wall Street – res-ponsáveis em larga medida pela crise e cujas empresas sofreram grandes perdas, tenham falido ou sido salvas pelo governo – estejam desempregados, en-contram-se, neste momento, ocupados a gastar o seu tempo livre entre mansões, ouro, ski e ténis. Nenhum está na ca-deia, nem sequer foi acusado e, muito menos, está com fal-ta de dinheiro. Afinal, quando estes banqueiros de empresas “too big to fail” podem sempre contar com a salvaguarda do di-nheiro dos contribuintes, o que é que os impede de causarem outra crise igual?

* ANÁLISE PELOS ASSOCIADOS DA FEP FINANCE CLUB

5 anos depois da crise

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