família e escola

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Família e Escola

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Família e Escola

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Família

A família é considerada a instituição social básica a partir da qual outras se desenvolveram dada a complexidade da vida social. A família apresenta-se com um caracter universal embora as formas de vida familiar variem de sociedade para sociedade e de geração para geração. O tempo e o espaço surgem como condicionantes da estrutura do grupo familiar.

Aspectos em que podemos encontrar mudanças em relação a família tradicional incluem:

Novos tipos de família, como as famílias monoparentais, recompostas e homossexuais;

Novas relações entre gerações, implicando uma participação mais ativa dos avos nas funções habitualmente entregues a família nuclear;

Novo relacionamento entre os membros do casal, em que se destaca uma aproximação dos papéis familiares e a democratização das relações conjugais;

Nova forma de “Família” naturalmente diferente;

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O que é a Família ?

A família é um grupo social doméstico baseado em relações de parentesco entre os seus membros (sangue, casamento ou adopção) formado pelo pai, mãe e filhos, em que os pais são os componentes básicos e os filhos, os complementares.

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Estrutura de famíliaA família assume uma estrutura característica. Por estrutura entende-se, uma forma de organização ou disposição de um número de componentes que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente.

Existem dois tipos de “família”: família extensa ou consanguínea e família conjugal ou nuclear. Família extensa ou consanguínea – estende-se por mais de duas gerações, incluindo

os pais, os filhos casados ou solteiros, os genros e noras, os netos, os tios e os primos. Família conjugal ou nuclear- é usualmente pensada em termos de um grupo mais

distinto, isto é o homem (pai), a mulher (mãe), e os filhos.

Os dois elementos institucionais centrais da família são o casamento e a paternidade/ maternidade. O casamento é o padrão socialmente aprovado para que duas ou mais pessoas

estabeleçam uma família, e envolve as regras que governam as relações entre marido e mulher.

Para a sociedade ocidental apenas existe um casamento – o monogâmico – um homem para uma mulher. No entanto, a maioria das sociedades do mundo já conheceu a família compostas, isto é a família que se baseia no casamento polígamo que permite a pluralidade de cônjuges.

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 Tipos de Família

AGREGADOS DOMESTICOSAgregado doméstico de famílias

simplesInclui as famílias formadas a partir do 1º casamento e as famílias recompostas:Casal com filhos:Casal sem filhos.

Famílias monoparentais Agregado doméstico de famílias

complexasInclui as famílias simples alargadas e os agregados domésticos de famílias múltiplas.

Agregado doméstico sem núcleo familiar

Inclui pessoas a viver sós ou varias pessoas sem laços familiares entre si.

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Funções sociais da Família A explicação para o carácter universal de família reside na própria sociedade. A

família, pelas funções que exerce, mantem continuidade da existência social organizada.

Função sexual e a socialização A família é a principal instituição através da qual a sociedade regula a satisfação das

necessidades sexuais e organiza a procriação. Se a satisfação sexual fora do casamento é tolerada, já procriação fora da família é

menos aprovada socialmente. Esta justificação prende-se não só com os modelos familiares instituídos como na necessidade da função socialização ser exercida de forma mais próxima e afectiva.

Os valores, os hábitos de vida, as normas que a criança interioriza contribuem para a sua colocação social.

A função económica Nas sociedades ditas tradicionais, a família constituía a unidade economia

fundamental. A revolução industrial veio alterar as relações sociais de produção, originando uma nova ordem económica e social.

Por isso a família, hoje, já não constitui unidade-base da produção, é apenas ´a unidade base do consumo. A empresa produz para o consumo das famílias e consumo torna-se assim, numa das funções das famílias e condição de sustentabilidade das modernas economias industrializadas, as sociedades de consumo.

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Família portuguesa – alguns indicadores demográficos

Desde os anos 60 que as famílias têm sofrido alterações nos seus padrões de nupcialidade e da conjugalidade. De entre estas alterações destaca-se, na área da nupcialidade:

O aumento do casamento civil contra o religioso; O aumento dos divórcios; A queda das taxas da nupcialidade; O aumento do número de filhos fora do casamento; O aumento da idade media do primeiro casamento para ambos os

sexos.

Na área das formas de conjugalidade, verifica-se: A existência de outras formas de conjugalidade, como união de facto

como experiência de pré-casamento ou como alternativa ao casamento;

Uma mudança na forma como é vivida a conjugalidade assumindo o afeto, a intimidade, a partilha e a “protecção”, valores estruturantes.

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Novos tipos de família  A família sofre alterações da sociedade que a rodeia tanto na

sua estrutura interna como nas suas funções . esta instituição social encontra-se, pois, num processo continuo de mutação.

O divorcio tornou-se uma pratica comum; a divisão do trabalho no seio da família alterou-se; os filhos são desde pequenos entregues aos cuidados de outras instituições , isto é as funções sociais da família foram afectadas pelas recentes mudanças sociais.

Esta crise da família tem levado á divulgação de forma de vida familiar alternativas á família nuclear tradicional. Os grupos domésticos conheceram profundas alterações , dando origem a novas formas de família é o caso das famílias nucleares sem vinculo matrimonial, das famílias recompostas e das famílias homossexuais.

Mais recentemente aumentou o numero de pessoas a viverem sós.

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A coabitação É uma forma de vida familiar em que o casal mantem uma relação

sexual estável, vivem em conjunto mas não efectuam o casamento.

Famílias homossexuais É um novo tipo de família em que o casal é formado por indivíduos do

mesmo sexo. A educação de crianças pelas famílias homossexuais é a área mais discutida, tendo particular acuidade no caso da adoção.

A economia industrial afastou da família os papeis e as relações profissionais tradicionais.

A produção deslocou-se para a fabrica, para a loja e para o escritório. A família já não se encontra unida pelo trabalho em conjunto, uma vez que os seus membros trabalham separadamente.

A própria família conjugal tornou-se menor, á medida que os processos de industrialização e de urbanização se desenvolveram.

A tecnologia moderna, exigindo estudos mais prolongados, implica que a família não possa preparar convenientemente os filhos para o desempenho dos seus futuros papeis de elementos produtivos da sociedade.

por outro lado, o ingresso das mulheres no mercado de trabalho operou uma das maiores mudanças na vida familiar. O emprego remunerado que veio aumentar a independência da mulher em relação ao marido, pois o seu sustento já não depende deste. A família já não é dominada pela autoridade do homem, mas baseia-se numa relacão igualitária.

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A criança em casa e na sociedade

O lugar da criança na sociedade actual é bem diferente daquele que ocupava há seculos .

A sociedade pré - industrial exigia dos mais novos os seus braços para os trabalhos no campo e outras actividades necessárias á sua difícil sobrevivência.

Com a evolução da sociedade industrial e o desenvolvimento económico, muitos aspectos mudaram nas párticas sociais e uma dessas áreas foi atenção posta na criança e na sua educação.

Ao longo do seculo XX surge todo um conjunto de documentos com normas especificas, consagrando essa atenção a dar a criança, em termos de crescimento educação e afecto.

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A violência intrafamiliar A violência domestica e os abusos sobre as mulheres, crianças e

idosos , são situações de desrespeito humano no seio da família. A violência domestica é praticada em casa , longe dos olhares da

sociedade , dentro da maior “intimidade”. Por força do controlo social , da vergonha ou de outras formas de constrangimento, como a dependência económica ou considerar-se que “ o que se passa em casa não é para se saber lá fora”, as vitimas calam-se.

Os abusos sobre crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se e todos os estados sociais. Podem envolver os seguintes aspectos: Negligencia Abusos físicos Abusos emocionais Abusos sexuais

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A escola A escola exerce então dois tipos de socialização. Uma

socialização formal ,através do ensino de conhecimentos, capacidades e competências relacionadas com conteúdos científicos específicos , mas também exigindo atitudes consentâneas como determinados modelos sociais.

Por outro lado, a escola, ao proporcionar o contacto entre grupos sociais diferentes, permite um tipo de socialização complementar, por imitação, ou por tentativas e erros, o conjunto de comportamentos sociais específicos de outros papeis sociais. É a socialização informal.

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A escola e a mudança social

 A sociedade contemporânea, sociedade industrial capitalista, na maioria dos países vai exigir a preparação de novos membros para a reprodução desse modelo de organização económica e social.

Essa reprodução implicará a aceitação do modelo de sociedade vigente. A escola será um dos agentes encarregados dessa tarefa e, por isso, será um agente de reprodução social.

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Escolaridade obrigatória

A escola pode ser um poderoso instrumento de mudança desejada socialmente.

Reconhecendo-se, então, o papel da escola da mobilidade social e no combate ás grandes desigualdades sociais, foi alargada a escolaridade a todos os jovens, instituindo-se a escolaridade obrigatória, e consagrou-se o direito de todos á educação da nova constituição da republica de 1976.

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Insucesso e abandono escolar A massificação do ensino é a generalização do ensino a todos,

com base numa certa padronização, uniformidade e conformidade a modelos generalizados.

Os níveis de conhecimentos e os modelos pedagógicos terão de se ajustar. Não se ajustando, poderemos ter um afastamento e a exclusão dos menos preparados, normalmente dos menos favorecidos, cultural e socialmente, e a reprodução das desigualdades sociais existentes.

Da mesma maneira, uma escola de sucesso terá de considerar as diferentes culturas dos seus alunos, ajustando o ensino e as suas estratégias pedagógicas a realidade que sejam significativas, de modo a conseguir a motivação e o empenho para a consecução dos objectivos definidos, uma sociedade mais democrática.

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Educação ao longo da vida

A educação é sempre um ato inacabado. A formação ao longo da vida, como estratégia de adaptação ás novas tecnologias e conhecimentos, e a necessidade de inovação e criação, como forma de aumentar a competitividade d um país são condições para o desenvolvimento económico e o consequente aumento de bem-estar da sua população.

A escola deverá preparar esse caminho, mas também acompanhá-lo em articulação com outras instituições, como as empresas e o estado de modo articulado e projectivo, responder ás necessidades de formação do país

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Impactos de qualificação

A qualificação dos recursos humanos é considerada como um dos factores determinantes do crescimento económico moderno, a par de outros, como o alargamento dos mercados, o progresso técnico e o investimento económico.

Portugal tem feito um esforço evidente neste trilho, tendo apresentado algumas dificuldades, após 2009, por força dos programas de restrição orçamental.

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Ana Filipa Pereira Bárbara Alexandre

12ºD2015/2016