fala roça - edição 5

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Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5 Delícia 06 Da Rocinha para o rap, a vida de MC Oz 03 Você conhece? MC Oz organiza batalhas de hip hop na quadra da Roupa Suja Baião de dois 04 Jornalistas comunitários do Rio e de Nova York participam de intercâmbio promovido pelo governo norte-americano Morador da Rocinha conquista clientes com a venda de tapiocas na entrada da favela Lixo acumulado a céu aberto pode causar doenças aos moradores Casos mais comuns registrados são infecções de pele e hepatite A Pág. 5 foto Michel Silva.

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Page 1: Fala Roça - Edição 5

Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

Delícia06

Da Rocinha para o rap, a vida de MC Oz

03 Você conhece?

MC Oz organiza batalhas de hip hop na quadra da Roupa Suja

Baião de dois04

Jornalistas comunitários do Rio e de Nova York participam de intercâmbio promovido pelo governo norte-americano

Morador da Rocinha conquista clientes com a venda de tapiocas na entrada da favela

Lixo acumulado a céu aberto pode causar doenças aos moradoresCasos mais comuns registrados sãoinfecções de pele e hepatite A

Pág. 5

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na comunidade como uma fonte confiável e respeita-da. Devemos isso a vocês, nossos leitores, colaborado-res e parceiros. Cada linha escrita aqui é para vocês. É uma honra poder resgatar a raiz nordestina da nossa querida Rocinha.

O design do jornal mudou. Com base nos comentários dos moradores, acrescenta-mos mais cores, inserimos empregos, abrimos espaço para outros assuntos,mas sem esquecer do Nordeste. Nesta edição, vocês irão conhecer a

Muitas emoções foram vi-vidas pela nossa comunidade em 2014, e vão ficar na nossa história para sempre. Episó-dios tristes e dolorosos - que não iremos relembrar aqui - mancharam mais uma vez as nossas recordações. Mesmo

-açúcar. Nos outros seis me-ses, ele voltava para a casa, em Campina Grande, na Paraíba. Apesar de trabalhar muito, o salário não era satisfatório.

“Passei seis longos anos da minha vida trabalhando muito e ganhando pouco, em média 10 reais por dia”, desabafa.

Cansado da jornada des-gastante e do baixo salário, Seu Ari decidiu se mudar para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor. A adaptação em um novo local foi difícil, mas com a aju-da de uma tia, que morava na Rocinha, ele começou a

Editorial

Mostra Nordeste

02 Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

Um em um milhãoA história do senhor que construiu sua vida vendendo especiarias típicas do Nordeste

VOCê saBia?

aDEUsaNO VELhO!O Fala Roça inicia mais um ano de vida com muitas histórias para contar

Entre becos e vielas, encontramos o mo-rador Ari da Silva,

40 anos, com as suas gomas de tapioca, queijos coalho, feijões brancos e vermelhos, rapaduras e outras especiarias típicas do Nordeste. Quem conhece o dono da barraca, que fica no Largo do Boiadei-ro, nem imagina o que ele já teve que passar para conse-guir chegar até aqui.

O primeiro emprego foi como boia-fria, em Pernam-buco. Ele ficava longe da família metade do ano, por causa da produção da cana-de-

trabalhar no comércio da fa-mília: uma barraca de espe-ciarias. O negócio se tornou o sustento e a herança dele depois que a tia morreu.

Hoje, 12 anos depois, a bar-raca de especiarias continua prosperando, trazendo para os moradores da Rocinha um pouco do Nordeste. Entre um e um milhão, Ari conquistou seu espaço e sua clientela com toda sua humildade e simpa-tia. Com a venda dos produtos nordestinos, o comerciante conquistou a tão sonhada casa própria e consegue sustentar a esposa e as duas filhas.

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por Fabrício Souza

por Redação

Ari vende diversas especiarias em sua barraca

sendo um clichê, o que pode-mos esperar de 2015, se não um ano melhor?

Muita coisa mudou, e ao mesmo tempo, não mudou nada! Mas, ainda assim, po-demos dizer que foi um ano de evolução. Muitas coisas influenciaram nisso, mas ressaltamos aqui o massivo uso da internet e das redes sociais como ferramenta de protesto e expressão.

E nosso jornal, que já nasceu com a morte decre-tada, cresceu também. O Fala Roça está se firmando

história do rapper MC Oz, do Ari das especiarias e do Lula da tapioca. A repórter Beatriz Calado preparou uma matéria sobre os males que as lixeiras espalhadas na Rocinha provo-cam na saúde dos moradores.

Para os foliões, dedica-mos um espaço para listar-mos os blocos de rua que irão desfilar na Rocinha, Gávea e São Conrado no carnaval de 2015. Destaque para o bloco Chifroroso que completa 30 anos em 2015. Sem esquecermos da moradora Rafaella Lemes,

22 anos, que conquistou um título importante na Cidade Maravilhosa.

O nosso repórter Michel Silva viveu uma experiência inédita durante um intercâm-bio de jornalismo comuni-tário entre Rio-NY e virou o entrevistado da vez, em uma matéria sobre os desafios de trabalhar com jornalismo nas favelas do Rio.

Você pode enviar sugestão de pauta, fotos e informações para nosso e-mail:

[email protected] uma boa leitura!

No início da Ro-cinha, na épo-ca da fazenda

Quebra-Cangalhas, toda a região onde respectiva-mente se situa o Largo do Boiadeiro pertenceu a um só dono, conhecido como Sr José Boiadeiro. Como o nome já diz, o ‘dono das terras’ criava muito gado na região, andava a cavalo, e corria atrás de seus bois com o laço na mão, daí a originalidade do apelido. A região, que na escritura pertencia ofi-cialmente a família Cas-tro Guidão, era uma gran-de chácara com muitas plantações, pés de frutas, criações de animais, e tinha até um córrego de água doce.

Nos tempos de hoje, no Caminho do Boiadeiro, es-

tão alojados três grandes bancos, o Itaú (antigo Ba-nerj), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Bra-sil. Até alguns anos atrás, dona Terezinha, viúva de Zé Boiadeiro, tocava sozi-nha um enorme armazém no coração do Largo do Boiadeiro, hoje, um conhe-cido centro comercial dos moradores da Rocinha.

Aos domingos, uma grande feira com produtos nordestinos é montada no local. Ela é considerada a segunda maior do Rio e só perde para a Feira de São Cristóvão. A feira aos domingos é também um grande ponto de encontro das pessoas que moram nos sub-bairros da favela, animados pelo som de vio-leiros e repentistas.

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Dizer o que tem que ser dito através da música. É assim

que podemos definir Luiz Rodrigues da Silva, 26 anos, mais conhecido como MC Oz. Filho de paraibanos e cria da favela, MC Oz conheceu o rap quando ainda era peque-no, por meio da televisão. Fã de Gabriel O Pensador, 2Pac, Racionais e Sabota, ele não tinha noção do espaço que o rap iria ter na sua vida.

Em curto tempo, o rapper fez parceria em dois grupos – ALIADOS e PensAtivus – mas por problemas inter-nos, os grupos chegaram ao fim. Em um deles, chegou a abrir um show de Mar-celo D2 na Rocinha, para um público de aproximada-mente 15 mil pessoas.

“Foi emocionante ver tanta gente reunida e cantando o re-frão da música do meu antigo grupo”, lembra ele. Sem gru-po, Oz decidiu seguir carrei-

Da Rocinha para o rap, a vida de MC OzMC Oz organiza batalhas de hip hop na quadra da Roupa Suja

“Eu nasci pobre, por isso minhapalavra vale minha vida”

por Michel Silva

Você conhece? 03 Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

ra solo e lançou seu primeiro álbum, intitulado “Prus Ver-dadeiros” com participações especiais de amigos. O cantor decidiu ir além das rimas e formou uma banda de rock, a Transporte Coletivo, que unia o peso das rimas com a letra agressiva dos reefs do hard-core. O projeto durou cerca de dois anos.

Neste meio tempo, fundou com amigos do hip hop, o C.A.S (Coletivo Arsenal So-noro) na luta pelo fortaleci-mento dos artistas. Atuando na área social, criou a oficina Cultura Pincelando Rimas, inspirado pelo projeto ‘’Tro-que uma arma por um pin-cel’’, do Tio Lino, que morreu em maio do ano passado. A oficina era voltada para ensi-nar crianças da favela os prin-cípios do hip hop, com o uso de acontecimentos históricos e do cotidiano. Por meio da leitura, Oz muitas vezes exer-cia um papel de educador.

O fim do trabalho com as crianças na ONG do Tio Lino não afastou Oz da área social. Ele é um dos funda-dores do Encontro de Ideias e Rimas, criado em parceria

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com o rapper M. Souza e a TV Tagarela. Um encontro de artistas para improvisos, em um evento sociocultu-ral e realizado todo mês de graça na Roupa Suja.

O evento atrai muitos jo-vens – não só da Rocinha – e já recebeu atrações como Crente Crew, RAPadura, Filipe Ret e MC Marechal, mas também abre oportu-nidades para artistas com menor expressão no meio. Além do rap, são realizadas batalhas de MCs, B-boys, discotecagem e grafite.

O rap é uma paixão in-condicional na vida de Oz. Ele já trabalha em uma nova mixtape chamada “V.I.D.A” (Voluntária e In-tegral Dedicacação a Arte) com participação de gran-des nomes do rap brasileiro como Nocivo Shamon, RA-Padura, Shawlin e o ango-lano Kid Mc. O futuro de Oz é promissor, suas letras chamam a atenção de quem ouve. O lema escolhido por ele, “Eu nasci pobre, por isso minha palavra vale mi-nha vida”, é o eixo central da vida no rap.

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O Consulado Geral dos Estados Uni-dos no Rio de

Janeiro promoveu no ano passado a segunda edição do Programa Vozes Urba-nas: um intercâmbio. Rio-Nova York em jornalismo comunitário. O programa foi criado com o objetivo de promover uma troca de experiências entre jovens jornalistas comunitários dos dois países e visa forta-lecer os laços entre pessoas no Brasil e nos EUA e tem forte componente cultural.

Um dos principais objeti-vos é dar aos jovens a opor-tunidade de visitar e conhe-cer comunidades de baixa renda em outro país e fazer reportagens através de mí-dias sociais e eletrônicas.

Ano passado, os cario-cas escolhidos foram Mi-chel Silva, integrante do Jornal Fala Roça e Daiene Santos, do coletivo Ale-mão em Cena do Comple-xo do Alemão, zona norte do Rio. Eles receberam no Rio os jovens Veralyn Williams, 28, e Frank Lo-pez, 30, ambos jornalistas comunitários das periferias de Nova York, EUA.

Em terra estrangeira, os jovens cariocas foram re-cebidos pelo coordenador

Você gosta de ler o Fala Roça? Além do papel, nós tam-

bém estamos na internet, no site www.falaroca.com.

No site, é possível ler as outras edições do jornal, co-nhecer a equipe, o que sai na mídia sobre o Fala Roça, um mídia kit para os anunciantes

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do projeto Brotherhood Sister Sol, Jason Warin.

“A Irmandade foi criada em 1994 por Jason e seu amigo Khary Lazarre-Whi-te para oferecer programas de apoio para jovens ne-gros e latinos em comuni-dades carentes em Nova York”, conta Michel.

Os jovens ficaram hospe-dados durante uma semana em uma casa no Harlem, em Manhattan, e tiveram a ajuda de dois tradutores para se comunicar.

Além de visitas em mu-seus, como o Museu da Cidade de Nova York e o Museu do Brooklyn, os jo-vens visitaram a sede da TV pública MNN El Barrio no Harlem; o jornal Amster-dam News que é dedicado a cultura afro-americana; Youth Communications e o musical STOMP!, na Broa-dway. Eles também tiveram a oportunidade de conhecer a Universidade de Colum-bia, os estúdios da Time Warner e a Wall Street - o coração comercial de NY; as redações dos jornais New

York Times; a TV Globo In-ternacional e a Academia de Cinema de Nova York.

Para os jovens, a viagem serviu de aprendizado no jornalismo.

“Nunca pensei que fos-se conhecer a CNN, o The New York Times, e outros lugares e pessoas tão legais e experientes, profissionais que servem de inspiração para eu crescer na profis-são que escolhi seguir.”, conta Daiene.

Para Michel, a viagem ajudou a pensar nos futuros planos que pretende realizar.

“Tudo que aprendi du-rante a viagem foi impor-tante para aumentar minha experiência sobre o jorna-lismo comunitário. Espe-ro aplicar algo que vi em Nova York aqui no Rio de Janeiro, mas precisamos de políticas públicas para a comunicação comunitária no Brasil”, exalta Michel.

Em 2013, o programa Vozes Urbanas levou Rene Silva e Daiene Mendes, ambos do Jornal Voz das Comunidades e moradores do Complexo do Alemão, para os Estados Unidos. E trouxe para o Rio, Marsha Jean-Charles e Nicholas Pe-art, que são ligados à ONG Brotherhood/Sister Sol.

Um silva em Nova YorkJornalistas comunitários do Rio e de Nova York participam deintercâmbio promovido pelo governo norte-americanopor Redação

Moradores podem ler o jornal na internetA versão web está disponível no site do projetopor Redação

Baião de dois04 Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

Michel e Daiene em visita a redaçãodo jornal New York Times

Para os jovens, a viagem serviu de aprendizado nojornalismo.

e as formas de contato que os moradores podem ter com o projeto. Isso tudo em ape-nas um site. Além disso, os leitores podem interagir com o projeto nas redes sociais, como facebook e twitter.

“Esse recurso é importante porque o Fala Roça poderá alcançar públicos em esfera

global, tornando os proble-mas e boas iniciativas da Rocinha conhecidos por di-ferentes públicos, sobre tudo jovens conectados e os paren-tes nordestinos do seu público alvo, que moram longe e não têm acesso ao conteúdo im-presso.”, conta Petter Olivei-ra, gestor de mídias sociais.

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cientes contaminados por hepatite A, que é transmi-tida pela contaminação da água pelo lixo ou pelo es-goto’’, explica.

A médica também des-taca que atende, com fre-quência, a casos de mor-didas de rato. Para evitar o problema, Cássia faz um alerta para que as pessoas não coloquem ração para gatos perto de casa, pois isso pode atrair ratos.

Para diminuir as doen-ças, a médica aposta em um esforço coletivo de toda a comunidade.

Reportagem Ímpar 05 Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

Lanes, de 33 anos, que tra-balha na Clínica da Família Maria do Socorro há três anos, afirma que as doenças mais comuns atendidas na unidade são as de infecção de pele e de hepatite A.

‘’O lixo muitas vezes acaba atraindo animais, como gatos e ratos. E isso gera uma contaminação do local onde estão esses resí-duos. Às vezes, uma pessoa machuca uma unha e acaba encravando, ai temos que fazer drenagem, para tirar o líquido que fica. Também temos muitos casos de pa-

Cerca de 36 mil to-neladas. Essa foi a quantidade de lixo

retirada da Rocinha em 2013 pela COMLURB (Compa-nhia Municipal de Limpeza Urbana). Apesar de a coleta ser regular, o volume de re-síduos sólidos que estão es-palhados por toda a comuni-dade assusta os moradores. Todo esse lixo, que não é retirado, pode ser o ponto de partida para algumas doenças, como infecções de pele, hepatite A, leptos-pirose e dengue.

A médica Cássia Kirsch

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por Beatriz Calado

“ É preciso educar a popu-lação para não jogar lixo nas ruas, colocar mais caçambas em pontos da comunidade e também melhorar a coleta de lixo’’, aconselha.

Em nota, a assessoria da COMLURB informa que para garantir a limpeza e a co-leta de lixo na Rocinha dispo-nibiliza 91 garis e um agente de limpeza urbana. Ao todo, são cinco contêineres para depósito de lixo. Ainda se-gundo o comunicado, a em-presa reconhece a necessi-dade de aumentar os pontos de coleta de lixo e informa

Lixo espalhado pelas ruas da Rocinha pode gerar doenças em moradores

Casos mais comuns registrados são infecções de pele e hepatite A

Moradora caminha perto de uma lixeira, na entrada da Rua 1

que em breve esse número será aumentado.

Já a Secretaria Municipal de Saúde informa que não há consolidação dos dados de hepatite A na Rocinha e que não existem estatísticas de pessoas com infecções de pele. Em 2013, a Rocinha teve um caso de leptospiro-se confirmado, segundo da-dos da Secretaria.

“ “É preciso educar a população para não jogar lixo nas ruas

Cássia Kirsch Lanes

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Delícia06 Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

Exploraçãode sabores com Lulada Tapioca

Se você já passou pela Via Apia à noite, per-to do Hortifruti, com

certeza você já viu o Adail-ton da Silva, mais conheci-do como “Lula da Tapioca”, trabalhando em seu carrinho. O comerciante é de Acari, cidade do interior de Natal, no Rio Grande do Norte. Ele veio para o Rio para trabalhar como cozinheiro, mas logo decidiu largar a profissão e montar um negócio próprio.

Na barraca, ele oferece diversos sabores para pre-parar a tapioca. Tem leite condensado, cheddar, carne seca, manteiga da terra e etc. Mas a tapioca que mais vende é a de peito de frango desfiado com queijo mussa-rela e linguiça calabresa.

Para alguns moradores, a barraca é parada obriga-tória para quem passa pelo local à noite.

Feche a tapioca, doure os dois lados e sirva ainda quente.

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por Raquel Magalhães

Ingredientes● 400g de goma de tapioca pronta● 150g de peito de frango desfiado

RECEiTa

● 150g de queijo mussarela ralado● 150g de linguiça calabresa● 50 ml de manteiga de garrafa

● Um tablete de caldo knor de frango● Sal a gosto

Em uma panela coloque a manteiga e o tablete de caldo knor junto com o peito de frango e deixo-o cozinhar por alguns minutos.

Depois de cozido, separe o frango em uma vasilha e doure a linguiça calabresa.

Peneire a goma de tapioca até ela ficar fina e solta. Adicione sal a gosto.

Em uma frigideira, coloque um pouco da goma de tapioca e a es-palhe com uma colher até obter uma superfície fina e uniforme.

Deixe a goma assar por um minuto ou dois, virando os dois lados da tapioca.

O próximo passo é colocar o frango desfiado, o queijo mussa-rela já ralado e a linguiça calabresa para rechear a tapioca.

“ “As pessoas acham minhas tapiocas saborosas, tanto que compram e voltam.

DEsCUBRa aBaixO O passO a passO paRa pREpaRaR Essa DELÍCia.

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Moradora da Rocinha é eleita rainha do Rio450

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O tradicional carna-val carioca com os desfiles de blocos

de rua e das escolas de samba na Marquês de Sapucaí pro-metem agitar a cidade. E na Rocinha não poderia ser dife-rente. Os blocos, que atingem todas as idades, prometem encher as ruas da comunida-de e a orla de São Conrado. O Pragradar da Rocinha, que completa 15 anos esse ano, é um dos blocos mais antigos da comunidade. Com cerca de 80 ritmistas, os foliões vão poder curtir os desfiles em dois dias, no domingo e na terça-feira de carnaval.

A folia desse ano tam-bém será de comemorações para o bloco Chifroroso, que completa 30 anos. No

A carioca da Rocinha é a nova rainha do RIO450. Rafaella Lemes, 22 anos, foi eleita na noite de sá-bado (17/01), a musa ofi-cial das comemorações do aniversário de 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, que acontece em março de 2015. A partir de agora, Rafaella ocupará o trono de rainha pelos próximos

início, os instrumentos eram feitos de latas e pane-las velhas, hoje, o desfile é equipado com carro de som, puxador de samba, rainha de bateria, mes-tre-sala e porta-bandeira. A diversão fica por conta dos 100 ritmistas que com-põem a bateria.

Um dos fundadores do Chifroroso Jorge Ricardo Souza dos Santos lembra a origem do nome do bloco. “O Chifroroso foi fundado por um grupo de amigos do Pocinho da Roupa Suja em uma reunião de bar. Todos os bêbados paravam nesse bar para zoar os chifrudos e horrorosos daquela época. Fizemos a mistura e daí sur-giu o nome”, explica ele.

Diversão & arte 07 Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

Blocos de rua prometem agitar ocarnaval na RocinhaPragradar e Chifroroso são alguns dos blocos que vão desfilar esse ano

por Beatriz Calado e Michel Silva

A Acadêmicos da Roci-nha, que foi rebaixada para a série B ano passado, será a penúltima escola a desfilar na terça feira de carnaval, dia 17/02, na Estrada Inten-dente Magalhães, em Cam-pinho. O enredo “Borbole-tando nos destinos da vida! O que te desafia, te trans-forma” vai falar sobre as transformações da humani-dade ao longo dos anos. Nas fantasias, animais como co-rujas e joaninhas ganharão vida durante o desfile.

Confira abaixo a lista completa dos blocos que vão desfilar na Rocinha, em São Conrado e na Gávea.

50 anos. O último concur-so aconteceu em 1965, no quarto centenário do Rio e foi vencido por Solange Dutra Novelli, de Botafo-go. “É um sonho pegar esse legado de rainha, represen-tando o Rio, representando a Rocinha, onde eu nasci e sempre morei.”, conta ela. Parabéns Rafaella!

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www.falaroca.com /falaroca @fala_roca

Repórteres EditorFelipe MachadoMichele Silva

Michel SilvaBeatriz Calado Contato

[email protected]

Anderson da SilvaDesign e Diagramação

Expediente

Da minha janela posso ver...

Oportunidades & empregos

08 Ano 2 | Rio de Janeiro - Fevereiro de 2015 | Edição 5

Reservamos um espa-ço para você, morador, mostrar, em forma de

fotografia, o que vê pela janela da sua casa, seja uma vista para o mar, a janela do vizinho, o Cristo Redentor, um beco, um valão, etc.

O objetivo desta coluna é per-mitir que você expresse seus sen-timentos através da fotografia - se-jam eles bons ou ruins. Envie sua foto com nome, local onde mora e uma breve legenda para o email [email protected].

Preencha o campo assunto com a frase da minha janela posso ver.

Nikole anchieta

Deocleciano alvesDa minha janela posso ver entre duas casas apertadas um pedaço do céu mora na Rua 4

mora na Rua 2

Da minha janela posso ver as casas dos meus vizinhos e parte da pedra que divide a Rocinha e o Vidigal

Rodrigo FreitasDa minha janela posso ver uma lixeira que recebe toneladas de lixo e gera um odor desagradável

O Favela Jobs é uma plataforma virtual de informação que pretende divulgar vagas de empregos, cursos profissionalizan-tes e outras oportunidades. Visite www.favelajobs.com

Curso de extensão pela PUC-Rio: Cinema, Criação e Pensamento.

Curso de Montagem eManutenção de computadores na Fábrica Verde da Rocinha.

Aulas de Inglês na Rocinha Surf Escola

Enviar nome completo, telefone e endereço do candidato para o e-mail:[email protected] até o dia02 de março.

Destinado para pessoas com idade entre 15 anos e 35 anos. Os interessados devem preencher um formulário na internet dis-ponível no link:http://goo.gl/TjWXlk

As aulas acontecem de segunda a quinta, das 14h às 15h, na sede do projeto. Local: Complexo Esportivo da RocinhaFalar com Ricardo Ramos - 98317-8783

mora naVila Verde

CONFiRa as iMagENsEsCOLhiDas paRaEsTa sEçãO.