fala kephas edição 11

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jornal [Fala Kephas] Fortalecendo a comunicação entre a escola e a comunidade Edição nº 11 - Ano IV – Junho de 2011 – Distribuição gratuita Obras de Vik Muniz inspiram alunos da Adolfina pág. 4 | O arco-íris mobiliza 3º ano da Campos pág. 5 | Clube Cidadão Júnior na Rodrigues pág. 7 Comunidade comemora aniversário da Eugênio Integração família-escola é a marca da festa dos 23 anos Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT.

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Jornal Fala Kephas, Edição Nº 11, 2011

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Page 1: Fala Kephas Edição 11

jornal [Fala Kephas] Fortalecendo a comunicação entre a escola e a comunidade

Edição nº 11 - Ano IV – Junho de 2011 – Distribuição gratuita

Obras de Vik Muniz inspiram alunos da Adolfina pág. 4 | O arco-íris mobiliza 3º ano da Campos pág. 5 | Clube Cidadão Júnior na Rodrigues pág. 7

Comunidade comemora aniversário da EugênioIntegração família-escola é a marca da festa dos 23 anos

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Page 2: Fala Kephas Edição 11

2 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

EDITORIAL

EXPEDIENTE:

Universidade Feevale Realização: Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA) – Curso de Comu-nicação Social. Este jornal é uma produção do projeto de extensão NOSSO BAIRRO EM PAUTA. PRofessoRas ResPonsáveis: Marta Oliveira dos Santos, Letícia da Rosa, Saraí Schmidt, Raul Graf de Miranda e Vera Dones. TexTos: Caroline Costa, Daniel Gruber, Jéssica Scherer e Mariana John. DiagRamação: Caroline Costa, Caroline Pilger, Daniel Gruber, Jéssica Scherer, Mariana John e Xavier Martinez. foTogRafias: Caroline Costa, Daniel Gruber, Jéssica Scherer, Leon-ardo Bach e Mariana John. TRaTamenTo De imagens: Daniel Gruber, Leonardo Bach e Xavier Martinez. foTo Da CaPa: Jéssica Scherer. anúnCio: Xavier Martinez. Conselho eDiToRial: Andrea Zimmer, Cláudia Cunha, Jaqueline Goetz, Carlos Bach e Jandira Petry. imPRessão: Impressos Portão TiRagem: 2.500 exemplares Fale com o Jornal Fala Kephas (51) 3586 8800 ramal 9095 - [email protected]

Contando nossa história

A vida continua! É as-

sim mesmo! A natu-

reza quis assim! Foi

uma fatalidade! O importante

é seguir em frente! Tudo pas-

sa! Estas são algumas explica-

ções que banalizam a dor de

uma família pela perda de três

crianças e de uma escola pela

perda de três alunos, essas

mesmas três crianças, de uma

forma trágica. Esta edição do

Fala Kephas marca um mo-

mento difícil e doloroso para

todos os moradores do lotea-

mento Kephas e do bairro São

José, e de todos aqueles que

acreditam que a vida de uma

pessoa não tem preço e que a

morte violenta de três crian-

ças é algo que não deve ser

esquecido.

Este luto nos provoca um

sentimento de incompetên-

cia como cidadãos e mostra

o quanto estamos a cada dia

menos humanos. Acreditar

que o ocorrido foi uma sim-

ples fatalidade e que é com-

preensível uma família viver

numa zona de risco é apostar

na possibilidade de que a chu-

va forte possa também lavar

a nossa alma. É deixar escoar

o nosso sentimento mais caro

como humanos: a indignação.

Que a lembrança das três

crianças moradoras do Ke-

phas/São José nos motive

para o resgate do espírito de

coletividade de uma comuni-

dade. Que possamos juntos:

escola, famílias, poder públi-

co, universidade, construir

um caminho onde a indigna-

ção pela falta de humanidade,

em que muitos dos nossos

ainda vivem, nos fortaleça e

nos una. Que a chuva que tan-

ta tristeza trouxe a nossa gen-

te não tenha carregado nossa

capacidade de lutar por uma

vida digna para todos.

Esta edição também marca

um momento em que a mídia

nacional decidiu olhar para

nossa cidade e em especial

para a escola Eugênio. Muitos

foram os comentários, grande

a euforia. Mas, o que apareceu

na televisão em rede nacio-

nal é que ela é a pior escola

do município. De uma forma

inconsequente, aligeirada, a

reportagem e o especialista

em educação (que ficaram me-

nos de duas horas na escola)

fizeram afirmações categóri-

cas e julgaram uma situação

que de fato não conhecem.

Para aqueles que não conhe-

cem a Eugênio bem de perto

pode parecer verdade. Mas

justamente o que nos con-

tagia na Eugênio é que essa

escola tem um grupo de pro-

fessores comprometidos e

que não desistiram de conti-

nuar nela. Assim como esta

comunidade é formada por

famílias, que apesar de todas

as dificuldades, de todas as

mazelas impostas por uma

condição econômica pouco

privilegiada, não desistiram

de criar seus filhos. Isto vai

muito além de qualquer dado

estatístico que pretende fragi-

lizar a relação de cumplicida-

de, a parceria, entre e a escola

e sua comunidade. E é por

isto que este jornal tem como

proposta transformar em no-

tícia aquilo que de fato acon-

tece nas escolas públicas do

Kephas/São José. Queremos

contar a história que somen-

te os professores comprome-

tidos, os alunos e as famílias

que vivem o cotidiano da es-

cola podem contar. Este jornal

tem orgulho de fazer parte da

história da Eugênio. Uma boa

leitura para todos!

Envie seus comentários

para [email protected].

Agora contamos também com

um site onde compartilhamos

as ações do projeto de exten-

são Nosso Bairro em Pauta

e multiplicamos a leitura do

nosso Fala Kephas. Acesse:

http://www.feevale.br/nosso-

bairro.

Equipe Nosso Bairro em Pauta

Page 3: Fala Kephas Edição 11

3 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

POR ONDE ANDA ?

A coragem de abrir o próprio negócio

Nessa edição, a seção Por onde anda vai contar a

história de dois ex- alunos, Jair Ulrich da Silva e

João Eduardo Diehl. Dois empresários que, mesmo

com o passar do tempo, não perderam o vínculo

com a escola. Jair estudou na EMEF Eugênio Nelson

Ritzel e João Eduardo estudou na EMEF Campos

Salles.

MARIANA JOHN| JORNAL FALA KEPHAS

Jair, hoje dono do mer-

cado Pão Quente, já

trabalhava no ramo ali-

mentício quando estudava na

Eugênio. “Desde pequeno me

criei no ramo. Aprendi e op-

tei por seguir”. Com quinze

anos, administrava o mercado

da irmã. Assim, juntou econo-

mias, adquiriu conhecimentos

e com dezoito anos abriu o

seu primeiro negócio.

Porém, aos vinte anos, foi

Assim como Jair, João

Eduardo,conhecido

como Seu Cuca, tam-

bém tem lembranças de ami-

zades construídas na escola.

“Lembro bem da diretora,

Dona Eva. Naquela época, não

tinha merendeira e ela repar-

tia sua merenda conosco”,

conta emocionado. “Só exis-

tiam duas salas de madeira,

não tinha esses brinquedos

que têm hoje”, lembra.

Há vinte anos, Seu Cuca

trabalha com o mercado cal-

çadista. “Eu sempre gostei de

couro, do cheiro dele, tinha

uma fabriqueta perto da mi-

nha casa. Entrei nesse mer-

cado porque ele sempre foi

predominante aqui em Novo

Hamburgo. Atualmente, tra-

embora para o Paraná tentar

novos investimentos. Além

disso, lá ele estaria perto da

sua família. “Investi o que eu

tinha e acabou não dando cer-

to. Optei por voltar. Aqui, eu

já tinha um bom conhecimen-

to, tinha fornecedores, bom

crédito. Foi muito batalhado

para eu dar a volta por cima.

Quando tu cais um degrau, às

vezes, tu perdes pessoas que

estavam do teu lado. Às vezes,

tu achas que tem amigos, mas

não tem. Mas graças a Deus eu

balho com palmilhas para tê-

nis”, conta o dono da empresa

Cris e Wagner.

João Eduardo procura vir

todos os anos na Campos

Salles. “Eu ajudo sempre que

posso. Ajudo na Páscoa e já

cantei aqui na escola, na fes-

ta do dia das crianças e das

mães”, conta ele.

Ao perguntar que dicas

eles dariam para os alunos,

Seu Cuca menciona o estudo.

“Estudar sempre, procurar

técnicos. O SENAI, por exem-

plo, lá você já sai com o em-

prego garantido”.

Jair ressalta a perseveran-

ça, “Em tudo que vamos fazer

tem que haver determinação.

Por trás de uma grande vitó-

ria, vem uma grande luta.”

“SEMPRE GOSTEI DE COURO”

“COM QUINZE ANOS JÁ ADMINISTRAVA”

tive bastante apoio, força para

lutar e conseguir de novo”, de-

clara Jair emocionado.

Das lembranças da Eugê-

nio, Jair guarda a amizade que

sempre teve com os professo-

res. “Todos eles eu me lem-

bro bem. Além de aluno, eu

era amigo, a gente tinha uma

boa convivência. Hoje, segui-

damente, eu visito o colégio,

converso com os professores.

E eles também vêm ao meu

estabelecimento”, comenta o

empresário. Seu Cuca , dono da empresa Cris e Wagner Foto: Mariana John

Jair, hoje dono do mercado Pão Quente Foto: Jéssica Scherer

Page 4: Fala Kephas Edição 11

SALA DE AULA É NOTÍCIA

04 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

Inspirada na obra de Vik Muniz, a pro-fessora de artes da escola Adolfina, Eva

Monalisa Quadro, lançou para seus alunos de 8º ano o desafio de transfor-mar o trivial em obra de arte. A proposta inicial do trabalho era fazer com que os alunos pensassem na mesma linha do artista. Depois de conhecerem um pouco sobre Vik Muniz, as turmas puderam soltar a imaginação e mostrar que tudo pode ser transforma-do em belas obras de arte.

O resultado dos tra-balhos foi a utilização de materiais recicláveis e até mesmo perecíveis, usados de forma criativa pelos alunos, que fizeram a releitura de obras clás-sicas de autores famosos. Como a inspiração inicial era Vik Muniz, a segunda parte do trabalho foi fo-tografar as obras prontas, mesma técnica utilizada pelo artista para registrar

seus trabalhos. A profes-sora Monalisa comenta que se surpreendeu com o envolvimento e empenho da maioria dos alunos.

VIK MUNIZ PASSO A PASSO

Primeiro, estudar as obras

e vida de Vik Muniz. Em seguida, criar algo inspi-rado no autor. Terceiro, fotografar o trabalho fi-nal. Pensa que acabou? A professora Monalisa pediu ainda para os alunos pro-duzirem um vídeo contan-do como foi a preparação do trabalho e, o mais im-portante, que entrevistas-sem um catador de lixo. O objetivo era despertar a consciência da gurizada e derrubar preconceitos. A proposta era que seus alu-nos refletissem o porquê dessa situação: falta de oportunidade ou estudo? Fica aí uma questão a ser pensada por todos.

O resultado de se-manas de trabalho em cima do mesmo tema é

Vik Muniz é tema em sala de aulaO objetivo é trabalhar a arte no sentido de repensar a valorização humana

CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS

Sobre Muniz...

trabalhar a arte no sentido de repensar a valorização humana. Derrubar preconceitos injetados na sociedade e transformar esses adolescentes em adultos com uma visão diferente da realidade do país. Incentivar que usem a criatividade como fonte de transformação e de valorização da pessoa para que criem um olhar diferente sobre tudo o que parece cotidiano.

Os trabalhos

realizados pelos

alunos tiveram

como inspiração

as obras de Vik

Muniz.

Vicente José de Oliveira Muniz é fotógrafo,

pintor, desenhista e escultor. Natural de São

Paulo, Vik Muniz, como é conhecido, mora des-

de 1988 em Nova York e vê em materiais inu-

sitados, e até no lixo, o que muitos não vêem:

a arte. É com coisas cotidianas, como katchup,

por exemplo, que o artista recria diversas pos-

sibilidades de perceber e apresentar o mundo.

Vick Muniz é autor do filme Lixo Extraordinário,

que recentemente concorreu ao Oscar de me-

lhor documentário.

Page 5: Fala Kephas Edição 11

professora descobriu um modo de introduzir essa diferença na vida escolar dessas crianças. “Escolhi o arco-íris, pelo fato de ser colorido e envolvido por fantasias, o que desperta o interesse dos alunos trabalhando o assunto de forma que abrangesse di-versas áreas”. Para o estu-dante Jonny Michael dos Santos, 8 anos, a surpresa do arco-íris deixou uma boa impressão e muito en-tusiasmo para aprender.

Para a professora, a experiência do projeto Arco-íris tem proporcio-nado a troca entre profes-sor e aluno, que dividem experiências e conheci-mento nas aulas. “Em dois meses consegui trabalhar assuntos variados. Os alunos realizaram leituras relacionadas ao arco-íris, tiveram a oportunidade de montar encenações teatrais e fizeram a expe-riência de como o arco-íris se forma, utilizando água e espelho”. A turma foi premiada com um bolo colorido, em que a receita virou conteúdo de aula. Segundo Adriana, o impor-tante é trazer um tópico que chame a atenção das crianças para trabalhar. Os pais percebem a di-ferença, como a dona de casa Rosemeri Aparecida Barbosa da Silva, mãe de Patrick Barbosa Silva, alu-no participante do proje-to. “O comportamento do meu filho melhorou muito e o interesse pela escola também aumentou. Não somente o comportamen-

SALA DE AULA É NOTÍCIA

5 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

Todo encanto do Arco-íris na sala de aulaO fenômeno é usado como tema para introduzir nova fase escolar dos alunos

Você imaginou entrar na sala de aula e atravessar um arco-íris?

Pois, os alunos do 3º ano da EMEF Campos Salles estão vivendo esta expe-riência desde o início do ano. A professora Adriana recebeu sua turma com esta surpresa, ao deco-rar a porta de entrada da classe com nuvens de algodão e um colorido arco-íris. O projeto Arco--íris tem como principal objetivo despertar um olhar diferenciado e a criatividade dos estudantes, fazendo com que os momentos em sala de aula tenham mais ligação com a realidade.

O colorido e o encanta-mento também servem como lições de cidadania. No envolvimento com o arco-íris as crianças vão descobrindo que a va-lorização da escola e o respeito ao próximo são questões tão importantes quanto os experimentos de ciências e a tabuada.

O projeto Arco-íris, que é trabalhado com os terceiros anos da EMEF Campos Salles, surgiu da ideia de fazer com que o ensino se torne ainda mais atraente. Como ex-plica Adriana: “no terceiro ano as aulas começam a ser divididas por classes específicas como, por exemplo, Matemática, Português e Ciências”. Foi com o projeto que a

CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS

“Fiquei muito

entusiasmado

quando vi a porta

da sala de aula

decorada com o arco-

íris”. Jonny Michael

dos Santos (8)

to de Patrick mudou, mas de toda turma”, comenta a mãe .

Melhorar a convivên-cia entre os alunos e despertar o interesse e a curiosidade pelo saber são os desafios lançados por Adriana, que encontrou no encantamento do arco-íris a chave para abrir as por-tas de um belo caminho a ser trilhado junto aos seus alunos. Um projeto que tem refletido seus resultados nos trabalhos feitos em sala de aula e na convivência entre os cole-gas e, até mesmo, entre os familiares.

Turma do terceiro ano em frente ao arco-íris produzido em aula Foto: Caroline Costa

A criança descobre

a valorização da

escola e o respeito

ao próximo.

Patrick e a mãe Rosemeri da Silva

Page 6: Fala Kephas Edição 11

CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS

SALA DE AULA É NOTÍCIA

6 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

Cálculos e exercícios saudáveisProfessores encontram na alimentação maneiras de trabalhar diversos assuntos em sala de aula

Professor Rogério Perini fazendo as medições com os alunos. Foto: Jéssica Scherer

Quem disse que matemática não combina com alimentação? Os

professores da EMEF Eugê-nio Nelson Ritzel afirmam que um pode ter tudo a ver com o outro, mesmo dentro da sala de aula. Preocupados com a ali-mentação de seus alunos, os professores decidiram trabalhar o tema em dife-rentes aspectos e tentar encaixá-lo no contexto de suas aulas. O projeto está em fase

inicial e tem como objeti-vo comprovar a afirmação “Você é aquilo que come”, buscando a influência da alimentação na saúde dos alunos. A iniciativa foi do professor de Educação Física Rogério Perini, que realizou a medição do peso e altura das crianças, a fim de montar um per-fil geral de seus alunos. “A princípio o trabalho estava direcionado para a alimentação das crianças, combinada com exercícios físicos. Decidimos traba-lhar o assunto relacionado a outras áreas de aprendi-zagem, como a matemáti-ca, por exemplo”.Isso mesmo, matemática.

Os professores Andrea Pavani e Claudiomir Feus-tler acreditam que há uma grande relação entre os dois assuntos. Nas aulas de matemática as crianças aprendem a calcular o ín-dice de massa corporal e as calorias. “O aluno hoje não é instigado a pensar, por isso a proposta do

projeto é fazer com que os estudantes aprendam a analisar e interpretar as questões dadas em aula”. Assim como na ma-temática, o professor de geografia, Marcos André Hans, também encontrou um meio de encaixar a alimentação em suas au-las, trabalhando os pratos típicos de cada região do país. Para esse grupo de pro-

fessores da EMEF Eugênio Nelson Ritzel, a alimen-tação e a saúde deveriam ser os primeiros temas abordados nas escolas, para que as crianças co-mecem sua vida escolar esclarecendo dúvidas e recebendo orientações

sobre uma alimentação saudável. Outra ideia do grupo é levar para a escola palestras com profissio-nais da saúde, como uma nutricionista, um médico e um enfermeiro, falando da importância de se alimen-tar bem.Uma forma que os pro-

fessores encontraram para se comunicar foi através do blog www.kephas1.blo-gspot.com , que foi feito para acompanhar os tra-balhos desenvolvidos em sala de aula. O blog pode ser acessado por pais e alunos que desejam ter mais informações sobre o projeto.

O Índice de Massa Corporal (IMC) é um número calculado a partir do peso e altura da pessoa e é padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. Apesar de não discriminar os componentes gordo e magro da massa corporal total, este é o método mais prático para avaliar o grau de risco associado à obesidade. O Índice de Massa Corpórea (IMC) é considerado normal quando maior de 18,5 e menor do que 24,9. Para calcular o IMC é simples, basta dividir o peso pela altura ao quadrado (IMC = peso ÷ altura2).

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC):

Page 7: Fala Kephas Edição 11

CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS

SALA DE AULA É NOTÍCIA

7 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

Aprendendo e praticando a cidadaniaAlunos integrantes do Clube do Cidadão Júnior são exemplo na Rodrigues Alves

Alunas com o crachá do Clube do Cidadão Júnior. Foto: Jéssica Scherer

Os alunos da EMEF Rodri-gues Alves têm na sua rotina

escolar aulas que vão mui-to além da matemática e do português. Diariamen-te os professores traba-lham para desenvolver a cidadania na escola. O trabalho faz parte de um amplo projeto que aconte-ce o ano inteiro realizado por meio do programa “Aprendendo e praticando a cidadania”. A professo-ra Jandira Petry é quem coordena o trabalho feito na Rodrigues Alves com as turmas de quarto ano.O Clube Cidadão Júnior

foi formado para ajudar

a desenvolver a cidada-nia em vários aspectos. Ao fazer parte do clube a criança recebe um crachá de identificação, contendo seus dados e foto.

“Ajudar as crian-

ças a se tornar

cidadãos é uma

prática importan-

te em todas as

escolas”

A professora Jandira comenta que o crachá não tem somente o papel de identificar cada integran-te, ele existe também para que as crianças sintam a responsabilidade de se

portar de maneira exem-plar. “Ajudar a criança a se

tornar cidadão é uma prá-tica importante em todas as escolas” afirma a pro-fessora. Segundo ela “nos-sas crianças têm muito tempo para aprender a ta-buada, mas o cidadão que a criança vai ser quando adulto é formado ainda na infância e é dever da escola trabalhar desde cedo a questão da cidada-nia dos alunos”. O foco do trabalho está voltado para o aprendizado da ci-dadania dentro da cidade de Novo Hamburgo. Como ela mesma afirma, existe nos adultos de hoje uma falta desse conhecimento, já que muitos nem mesmo

conhecem as leis do muni-cípio, por exemplo.O Clube do Cidadão

Júnior acontece o tempo todo durante as aulas e existem regras para que o “jogo” funcione. A pro-fessora avalia o compor-tamento das crianças no recreio, nas aulas e tam-bém nas saídas de campo realizadas para estudo, percebendo uma grande melhora no comporta-mento dos integrantes do clube. O principal objetivo de

todo trabalho realizado na escola Rodrigues Alves com o Clube do Cidadão Júnior é transformar os pequenos em grandes cidadãos ainda quando criança, para que cheguem à fase adulta conscientes da importância do bom comportamento e respeito ao próximo.

Crachá da aluna Betina Moraes, participante do projeto.

Aluna Pâmela Santa, com o seu crachá do Clube do Cidadão Júnior. Foto: Jéssica Scherer

Page 8: Fala Kephas Edição 11

8 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

SAÚDE

Não deixe de sorrirA importância do cuidado com os dentes

MARIANA JOHN | JORNAL FALA KEPHAS

“O flúor é o

único elemento

da natureza que

realmente previne e

trata a cárie”.

Dra. Maria Elena

DICAS

> Ir ao dentista pelo menos uma vez ao ano

> Escovar e usar o fio dental diariamente

> Usar flúor

> Escovar os dentes depois de ingerir alimentos com açúcar

CURIOSIDADE: Logo que mul-her desperte o desejo de ser mãe ou já está no início da gestação, é importante que ela vá fazer uma revisão no dentista. Pois, quando a mul-her está grávida, ela tem uma tendência maior a ter gengi-vite, inflamação da gengiva.

Mesmo os bebês devem ir ao dentista para receber orien-tações. “Quando mais cedo vir a dentista, melhor. Isso é promover saúde”, declara a dentista.

Os dentes têm impor-

tantes funções, tais

como a mastigação, a

estética e a fonética. Por isso,

é preciso cuidar dos dentes

desde criança. Para saber al-

guns cuidados básicos sobre

higiene bucal a seção Saúde

da Folha Martin Pilger foi até

a Unidade Básica de Saúde

Guarani, conversar com a

dentista Maria Elena Gageiros

Soares.

De acordo com Maria Ele-

na, é importante que desde

cedo os pais criem o hábito

da escovação em seus filhos,

escovando seus dentes com

uma escova macia e adequa-

da à idade. “Às vezes, os pais

compram uma escova de

adulto achando que vai durar

mais. Esse pensamento está

errado, porque a boca de uma

criança pequena sempre pre-

cisa de uma escova infantil

e ela deve ser trocada a cada

três meses mais ou menos”,

revela a dentista. Assim como

os adultos, a crianças tam-

bém devem usar o fio dental

e escovar os dentes no míni-

mo três vezes ao dia. O corre-

to é escovar após as refeições

e, principalmente, antes de

dormir.

E por falar em refeições,

os dentistas classificam os

alimentos em saudáveis e

cariogênicos, isso é, aqueles

que causam cárie. Entre os

alimentos saudáveis desta-

cam- se as frutas, verduras,

leite puro, ovos, queijos e

carnes. Segundo Maria Elena,

todas as frutas e verduras

são benéficas aos dentes. Já

os alimentos cariogênicos

são os açúcares e os carboi-

dratos em geral. “Dentre eles

o açúcar é o vilão da histó-

ria. Qualquer alimento que

tenha açúcar, não importa

a forma desse alimento. Os

refrigerantes, um chazinho

com açúcar, a bolachinha, o

chiclete...”, explica a dentista.

No entanto, se for feito um

controle de açúcar, não have-

rá problema. O correto é, no

mínimo, um intervalo de três

horas para voltar a consumir

esse tipo de alimento, pois

esse é o tempo que o dente

precisa para se recuperar

esTa RePoRTagem esTá senDo vei-CulaDa nos joRnais fala KePhas e folha maRTin PilgeR.

do ataque ácido que sofreu.

Após esse intervalo a própria

saliva repõe para o dente os

sais minerais perdidos.

Além de cuidar a alimen-

tação, é importante usar o

flúor. Comentando sobre a

aplicação de flúor nas escolas

do município, Maria Elena

destaca que essa é uma ação

excelente, já que “o flúor é o

único elemento da natureza

que realmente previne e trata

a cárie”.

Está precisando de den-

tista? Vá à Unidade Básica

de Saúde! Lá são oferecidos

gratuitamente para a comu-

nidade os seguintes serviços:

obturações, limpezas, apli-

cações de flúor, extrações e

restaurações estéticas.

Posto de Kephas

Endereço: Rua Bernardo Ludwig -

Vila Diehl, Novo Hamburgo / RS.

Page 9: Fala Kephas Edição 11

Tá na hora da merendaCaderno especial: Alimentação

Não é de hoje que os pais estão preocupados com a

alimentação das nossas crianças e adolescentes. No entanto, com as recentes pesquisas realizadas por nutricionistas (os profissionais que estudam a reação dos alimentos no nosso corpo e na nossa saúde), podemos perceber que a atual geração está se alimentando muito pior do que as gerações anteriores. E você sabe por quê?

Os fatores são muitos. Um deles poderia ser a pressa em que vivemos hoje em dia. Estamos sempre correndo, não queremos perder tempo, apressados com algum compromisso e se alimentar saudavelmente dá trabalho e exige tempo. A praticidade de um lanche rápido – os chamados fast foods – cheios de gordura e com quase nenhum nutriente é a principal causa do crescimento no número de pessoas acima do peso ou obesas. Esse número também está aumentando entre as crianças e isso

tem preocupado os médicos. Outro fator é a intensidade da publicidade destinada a esses produtos não saudáveis, especialmente voltada às crianças. Propagandas de lanches, doces, refrigerante, guloseimas, salgadinhos e bolachas estão por toda a parte, na televisão, nas revistas, nos cartazes de supermercado.

A própria embalagem desses produtos está mais viva e colorida, repleta de personagens conhecidos, cores que incitam a vontade de comer, imagens que dão água na boca... Você já se deu conta? Isso contribui para que

todos, especialmente as crianças, prefiram um produto industrializado e artificial a uma fruta, verdura, cereal ou até carne.

A equipe do jornal Fala Kephas foi até as escolas Eugênio Nelson Ritzel, Adolfina Diefenthaler e Campos Salles e perguntou a alunos e professores como eles estão cuidando da alimentação. Também entrevistamos profissionais (nutricionistas e merendeiras) para descobrir algumas soluções simples para uma alimentação mais saudável.

CONTINUA >>

DANIEL GRUBER | JORNAL FALA KEPHAS

Page 10: Fala Kephas Edição 11

CADERNO ESPECIAL

“Minha filha não tem o costume de comer nada de man-hã, só um leite achocolatado. Ela não gosta de carne, mas come legumes. Uma vez por semana invento comi-das diferentes, pra ela ter mais vontade de comer. Ela tem medo de engordar, mas eu falo que ela está abaixo do peso. Ela traz lanche para a escola, geralmente um sanduíche, um bolo ou uma fruta. No almoço eu sempre como junto com ela, para cobrar que ela coma bem. Acho que ela está comendo pouco.”Jaqueline da Silva, mãe da Gabrieli, aluna do 5º ano da Campos Salles

10 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2010

Você tem fome de quê?Mãe e filha na cozinha

A merendeira Isabel

Rosa dos Santos e

sua filha, também

merendeira, Taiara Rosa dos

Santos, trabalham juntas na

cozinha da escola Adolfina

Diefenthäler. A parceria entre

mãe e filha dá um sabor todo

especial à comida que elas

preparam para as crianças.

“Adoro trabalhar na cozinha,

a gente percebe que as

crianças gostam muito de

comer aqui”, conta a mãe,

Isabel, “muitos nem comem

em casa”, acrescenta ela. Já

a filha, Taiara, destaca que o

papel das “tias da cozinha”

não terminam no almoço:

“a gente sempre sempre

faz o possível pelos alunos.

Quando eles não estão muito

bem nós preparamos um chá,

e quando se machucam nós

colocamos gelo. Estamos bem

próximos deles”, ela conta.

No refeitório da Adolfina,

o prato predileto é o arroz

doce. “Eles sempre pedem,

mas não é sempre que tem.

O cardápio da escola é feito

pelas nutricionistas da

Prefeitura. E agora que tem o

almoço, os doces ficam mais

para o lanche da manhã”,

explica a tia Isabel.

“Minha filha come fruta, verdura e gosta bastante de feijão e arroz, e toma bastante leite puro. Ela pede doce, mas eu tento cortar. Acompanho ela sempre no almoço, e ela come quatro vezes ao dia. Também come o lanche da escola, e às vezes leva fruta, mas também bola-cha e bolo. Eu me preo-cupo com a alimentação dela, para ela não comer errado.” Cleidinara da Silva, mãe da Pauline, aluna do 2º ano da Eugênio “Como eles são pequenos, não trabalhamos

com a pirâmide alimentar, mas trabalhamos com a alimentação saudável. Digo para eles não comerem muito doce e salgados, também porque faz mal para os dentes. Eu sempre incentivo a turma a comer o lanche da escola. No lanche tem bastante fruta, eles gostam disso. Verdura, quando tem, eles comem também. Aqui na escola, onde podemos ter o controle do que eles comem, sabemos que eles estão comendo bem”.Viviana Cemin, professora do 2º ano na es-cola Eugênio

Como eles estão se alimentando?

As merendeiras Isabel e Taiara trabalham juntas na cozinha da Adolfina Foto: Daniel Gruber

Mães de alunos e professora contam o que andam comento a gurizada das esco-las Eugênio Nelson Ritzel e Campos Salles

Que fruta é essa?

a) Maracujáb) Carambola C) Banana

1.

a) Maça Verdeb) LimãoC) Kiwi

2.

a) Caquib) Carambola C) Tomate

3.

a) Ameixa seca b) NectarinaC) Uva

4.

Page 11: Fala Kephas Edição 11

Hora de gravar o que foi ensaiado. Em um segundo momento foi assistido com os alunos o teatro deles e analisado com eles tudo o que poderia ser melhorado.

Como de costume depois de gravar, hora de assistir tudo e analisar. No decorrer da oficina as crianças aprender-am noções de storyboard (desenhos da sequência das cenas do comercial).

Criar um produto inovador e pensar como vendê-lo não é tarefa fácil, mas eles tiraram de letra. Com muito bom humor os alunos pegaram pesado para colocar tudo isso no papel.

Agora com roteiro pronto, hora de ensaiar e gravar novamente e aperfeiçoar o que não estava bom. Essas turmas são boas em cria-tividade. Aos poucos o resultado vai melhorando e os sorrisos vão aparecendo.

Em grupos os alunos desenvolveram um comercial em forma de teatro a partir do que haviam trabalhado anteriormente. Hora de colocar a mão na massa e ensaiar.

Hora de aprender como se faz um roteiro de verdade. Todos atentos na atividade proposta. Aprenderam noções básicas, nomenclaturas, funções, tudo para poderem seguir em frente.

Os grupos novamente gravam o que foi ensaiado. Essas turmas são boas em criatividade. Aos poucos o resultado vai melho-rando e os sorrisos vão aparecendo.

Uma nova proposta foi apresentada às turmas e aceita. Os es-tudantes farão um comercial incentivando à leitura. Para isso os alunos assistiram cinco vídeos e começaram a trabalhar sobre o assunto.

9| Jornal Fala Kephas | SETEMBRO 2010

Salgadinhos, bolachas

recheadas, pasteis,

bolos, balas... Parece

delicioso! E todo

mundo sabe que criança

adora, e adora levar para

a escola, partilhar com os

colegas e lanchar no recreio.

Só que quando as

guloseimas começam a tomar

o lugar das refeições, está na

hora de ligar o alerta da boa

alimentação. Não é de hoje

que as escolas perceberam

que esse tipo de merenda

não é o mais adequado

para a rotina alimentar das

crianças e adolescentes

nas instituições de ensino,

estipulando assim que

somente um dia da semana

seria reservado para trazer

comida de casa. Esse dia

ficou conhecido como o Dia

da Porcaria.

Mas você não acha

que alguma coisa está

errada nessa história? A

coordenadora pedagógica

da Escola Municipal

Adolfina Diefenthäler,

Débora Jucinsky, é contra

esse dia. “A gente está

sendo contraditório”, ela

acredita, “pois trabalhamos

diariamente a questão

da alimentação saudável,

então por que ter esse dia?

O próprio nome já diz, é

uma coisa ruim”. Segundo

ela, algumas turmas ainda

mantém o dia por insistência

dos alunos e até dos pais.

Nas outras, porém, ele foi

cancelado.

Débora acredita que para

muitos pais é até conveniente

ter o Dia da Porcaria. “O

que acontece é que muitos

deles não têm tempo para

preparar a comida do filho e

acabam mandando um lanche

pronto, o que é muito mais

fácil”, explica ela. Por isso

a escola está trabalhando

desde as séries iniciais a

educação e a reeducação

alimentar. “Semana passada

reunimos os alunos e falamos

sobre os males dos doces,

especialmente o chiclete, que

o pessoal consome muito”,

conta a coordenadora. “O

chiclete estraga os dentes

e dá uma falsa sensação de

fome enquanto a criança está

mascando”.

A professora do 3º

ano da Adolfina, Deise

Nonnemacher, trabalha

muito com essa questão em

sala de aula. “Desde o ano

passado venho fazendo um

trabalho com essa turma

sobre a alimentação saudável.

Os pais apoiam. Dentro da

sala a gente tenta sempre

valorizar a importância da

boa alimentação”, ela conta.

Para Deise, muitos dos seus

alunos vieram dos anos

anteriores acostumados ao

Dia da Porcaria. Hoje eles já

sabem que comer porcaria

não faz nada bem para os

dentes e para a saúde. “Nos

reunimos numa roda e

conversamos muito sobre o

assunto”, ela conta.

De acordo com a

professora, hoje os seus

alunos já aprenderam a se

alimentar de forma correta e

a maioria começou a gostar

de frutas e verduras. “O prato

deles hoje é bem colorido”,

ela comemora. “Muitas

verduras eles conheceram

em aula, como brócolis e

couve-flor”. Agora as frituras

e guloseimas ficam só para

os dias de passeios. Mesmo

assim, a gurizada do 3º ano

está consciente: escola não

é lugar de comer porcarias.

Alimentação é coisa séria.

“Se o carro não tem gasolina,

ele não funciona”, reforça a

professora Deise.

Por que Dia da Porcaria?

“Doce faz mal para os dentes, pode dar cárie. A gente tem

que comer comida saudável, salada, frutas. Gosto da co-

mida da escola”Vanessa Francisca da Silva

8 anos

DANIEL GRUBER | JORNAL FALA KEPHAS

“Faz mal para os dentes e para o nosso corpo. Não sinto falta porque eu não gosto de doce. Como salada e frutas. Gosto de maçã, couve-flor e

beterraba.”Luís Henrique Medeiros

9 anos

“Gosto de pirulito, bala, chiclete, bolacha, salgadinho. Sei que faz mal, mas eu gosto mesmo assim. Mas também como comida saudável.”Gustavo Kemmerich9 anos

“Queria que tivesse, porque ia ser mais gostoso na escola. Daí a gente não precisava comer durante a semana, porque comia só naquele dia.”Kariny Milena dos Santos8 anos

Sou a favor! Sou contra!

Alunos do 3º ano aprenderam que uma alimentação saudá-vel influencia no aprendizado na escola Foto: Caroline Costa

RESPOSTAS:1) b2) c

3) a4) c5) c

6) b7) b8) c

Que fruta é essa?

a) Morangob) FramboesaC) Amora

5.

a) Açaíb) JabuticabaC) Uva

6.

a) Maçãb) Romã C) Ameixa

7.

a) Mamãob) LaranjaC) Tomate

8.

11 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

Page 12: Fala Kephas Edição 11

Antigamente, quan-

do a criança comia

bastante, a vovó

vinha apertar as

bochechas e dizer “ele está

tão corado”. As nossas avós

só ficavam satisfeitas quando

estávamos bem cheinhos.

Mas hoje a gente sabe

que comer bastante não é o

mesmo que comer bem, e a

criança não precisa ser magri-

nha para estar anêmica. “Ela

pode até ser obesa e mesmo

assim estar com anemia”, ex-

plica a nutricionista Cláudia

Denicol Winter, professora do

curso de Nutrição da Feevale.

Isso acontece porque a crian-

ça hoje em dia ingere muita

caloria e poucos nutrientes,

levando à falta de ferro no

organismo.

A diferença dos dias de

hoje para a época da nossa

avó é que agora os alimentos

industrializados e artificiais

estão entrando muito cedo

no cardápio. A nutricionista

ressalta os alimentos que en-

gordam, mas que não trazem

nenhum nutriente. Isso existe

muito nos condimentos que

as crianças gostam de colocar

no sanduíche: maionese,

ketchup, mostarda. A criança

está ingerindo comida, en-

chendo o estômago, agregan-

do gordura, energia e calorias

ao corpo, porém, nenhum

Professora de Nutrição da Feevale Cláudia Winter Foto: Daniel Gruber

nutriente. Esses produtos

estão repletos de corante e

tudo isso faz muito mal ao

organismo da criança em

formação.

As pesquisas referentes

à comercialização de alimen-

tos e de publicidade voltada

ao público infantil mostram

que a maioria dos produtos

industrializados dobrou o

tamanho das suas porções (os

pacotes, os vidros e as latas

estão maiores e com mais

conservantes) e o marketing

voltado às crianças se tornou

muito mais intenso. Isso

quer dizer que as marcas se

tornaram muito mais conhe-

cidas dos pequenos e estão

seduzindo ainda mais com

seus corantes e sabores arti-

ficiais. Por isso os nutricio-

Saiba os problemas que estão se agravando entre as crianças devido à má alimentação

Alguns dados sobre obesidade

* A incidência triplicou entre adolescentes de 5% para 17% no mundo inteiro; quadruplicou de 4% para 19% na faixa dos 6 a 11 anos; e dobrou de 5% para 14% na faixa entre 2 a 5 anos.

* Nos EUA, em torno de 30% das crianças estão com obesidade, e entre bebês de 6 meses a 2 anos a obe-sidade é de cerca de 12%.

* As causas não são somente ambientais ou genéticas, mas é verdade que os fatores ambientais comprometem mais que os genéticos. As brinca-deiras (gastos de energia da criança) são reduzidas. A Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças não assistam mais do que 2 horas por dia de TV.

* As porções comerciais de alimentos dobraram de tamanho nos últimos anos e o marketing é muito forte para atingir as crianças.

* A obesidade aos 3 anos não parece determinar obe-sidade no adulto, mas se a criança é obesa aos 6 anos, ela tem 50% de chance de se tornar um adulto obeso. Na adolescência essa chance sobe para 70% a 80 %.

nistas estão tão preocupados

com o que comem as nossas

crianças e adolescentes. “A

alimentação está inadequada

desde muito cedo, isso é o

que preocupa”, explica a pro-

fessora Cláudia. A formação

do corpo acontece de forma

muito intensa até os 7 anos

e é preciso muita atenção

nessa fase para garantir uma

educação alimentar correta

para a criança.

De olho na alimentação

E você sabe quais os pro-

blemas que isso causa à sua

saúde? A obesidade infantil,

além de trazer problemas à

imagem e à convivência da

criança (a maioria dos gordi-

nhos são vítimas de brin-

Dicas da nutricionista

Refeições acompanhadas: os pais devem participar das refeições dos filhos e saber o que eles comem, evitando os alimentos que fujam da uma dieta saudável.

Definir horários: os pais de-vem estipular horários fixos para as crianças comerem. Isso evita que eles tenham

uma alimentação irregular.

Tomar leite puro: na fase escolar, a criança deve tomar pelo menos meio litro por dia. O leite é rico em cálcio, evitando que a criança fique com os ossos frágeis.

Comer fruta: é importante, pelo menos duas por dia. Elas possuem as vitaminas necessárias para a criança

crescer saudável. Comer fruta desde cedo ajuda ela a ter uma boa educação alimentar.

Coma carne: pelo menos 80 gramas por dia. A carne é o alimento mais rico em ferro, indispensável para o cresci-mento da criança.

Coma vegetais: entre 3 e 5 porções por dia. Cru ou cozidos, de preferência bem

variados.

Ponha hora no açúcar: doces e produtos industrializados podem ser muito saborosos, mas não são nada nutritivos. Estipule horários para comer doce. O ideal seria não mais do que uma vez por semana.

Muito arroz e feijão: a re-feição típica dos brasileiros ainda é a mais indispensável

às crianças. É barata, simples e nutritiva, rica nas vitaminas necessárias ao crescimento. De preferência, coma todos os dias.

Aproveite as folhas: não coloque os talos e as folhas dos vegetais fora. A folha da beterraba e da cenoura, por exemplo, são ricas em ferro. Corte bem e tempere a comida com elas.

cadeiras nas escolas), pode

trazer consequências à saúde

na idade adulta, como pro-

blemas no coração, pressão

arterial, excesso de colesterol

entre outros. Além disso, os

jovens de hoje estão mais

sedentários. Quando eles

ficam horas e horas sentadas

na frente da TV, do videoga-

me ou do computador, estão

acumulando caloria sem ter

gasto de energia e isso vai

fazer com que fiquem gordi-

nhos. Para evitar essa situa-

ção, além de ingerir menos

produtos artificiais, é preciso

fazer mais exercícios físicos.

Segundo a professora

Cláudia, nos Estados Unidos,

por exemplo, cerca de 30% de

todas as crianças estão acima

do peso. Ou seja, uma a cada

três crianças está gordinha.

Os pacotes de batatinha

frita são enormes por lá, e as

redes de lanchonetes fast-

-food estão por toda a parte.

E isso está acontecendo no

mundo inteiro. O resultado

é que o número de casos de

obesidade infantil triplicou

em adolescentes e quadripli-

cou em crianças no mundo

inteiro. Por isso, família e

escola devem ficar atentas

aos salgadinhos, doces, mas-

sas, refrigerantes e produtos

industrializados. É preciso

cuidar desde cedo da alimen-

tação, pois no futuro você se

sentirá aliviado de ter tido

esse cuidado.

DANIEL GRUBER | JORNAL FALA KEPHAS

Tá na hora de cuidar

CADERNO ESPECIAL

12 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

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13 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

MARIANA JOHN JORNAL FALA KEPHAS

Os alunos Júlia, Elisandra, Bibiana e Denner na Fundação Liberato Foto:Leonardo Bach

Com a finalidade de aprofundar o estudo da matemática, a professora Tânia Mara de Barros realizou aulas de apoio direcionadas para alunos que tinham um objetivo: aprova-ção na Fundação Liberato. Dos dez alunos que realizaram

a prova, cinco foram aprovados: Julia Josiane de Mello Felizardo, Elisandra Torma Rocha, Denner Sperafico e Bibiana da Costa D’ Ávi-la. As aulas de apoio ocorreram ao longo do ano, duas vezes por se-

mana. “Nas semanas que tinham feriados, as gurias já ficavam pre-ocupadas, elas queriam ter aulas nos feriados e até recusavam con-vites de festas”, comenta a professora. Além das aulas, a professora acredita que o apoio da família foi

importante. “Eu notei uma diferença nos alunos que tem o amparo dos pais, ajudou a motivá-los e a mim também. Não só a família, mas também a vontade de querer aprender”.

Alunos da Adolfina aprovados na Liberato

DICAS DA GALERA

A aluna Alexsandra Arnold, indicou o livro “As meninas e o poeta” e sua amiga Bruna Stoffel, sugeriu o filme “Barbie e as 12 balarinas”.

A aluna Thalia Karolina adora as músicas do can-tor sertanejo Luan Santa-na, assim como maioria da garotada.

“ Eu escolhi estudar aqui por

causa das oportunidades que

posso ter no futuro, posso entrar

no mercado de trabalho com mais

facilidade”. Elisandra Torma

Rocha, 14, cursa eletrônica.

“Eu sou uma das alunas que

ficava preocupada quando não

tinham as aulas de apoio, porque

era uma matéria a menos que

nós aprenderíamos”.

Julia Josiane de Mello

Felizardo, 14, cursa eletrônica.

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Alunos da Eugênio aproveitaram a grande festa num dia de muito divertimento para todas as idades. Brinquedos infláveis, tatuagens e shows de talentos mobilizaram a comunidade escolar Fotos: Jéssica Scherer

Discoteca, brinquedos infláveis, refrigerantes, bolos e apresenta-ções foram as atrações da festa de aniversário que a EMEF Eugênio

Nelson Ritzel organizou para comemorar seus 23 anos.

Uma das mais sorridentes da festa era a professora Eliane Vanti, que já leciona na escola há 21 anos. Emocionada, a ela reve-la: “Eu amo trabalhar aqui, eu amo esta es-cola”. A educadora, que se aposenta daqui a quatro anos, não pensa em parar de tra-balhar na Eugênio. “É muito bom estar aqui, a realidade é diferente, as pessoas são dife-rentes. Já conheço os filhos dos meus anti-gos alunos, conheço as famílias da escola.”

Em 1995, Tatiane Batista estudava na Eugênio e agora quem estuda é a sua filha, Giovana. Durante a comemoração, Tatiane lembra como era a escola. “Não tinha muro e nem tantas festas. Eu gostava dos pas-seios para Porto Alegre.” Giovana, que está há três anos na escola, aproveitou bastante a festa, principalmente as pinturas no ros-to.

Além dos alunos, as famílias também aproveitaram a festa. Dona Carmelinda da Silva Machado veio trazer seus dois netos. “Estou gostando de tudo”, comenta Carme-linda.

MARIANA JOHN| JORNAL FALA KEPHAS

23 anos é motivo para comemorar!

Elias Matheus da Silva da turma 6ºC

14 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

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15 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

FALA LEITOR

Inspirados na vida e na Literatura do escritor Monteiro Lobato, o projeto Monitores Literários, que trabalha com dança, litera-tura e teatro, tem como objetivo incentivar a leitura, potencia-lizar o desenvolvimento artístico e estimular à escrita. A partir

de uma pesquisa feita sobre o autor, os alunos dos 4º ano realizam uma poesia coletiva com danças e interpretações.

Coordenado pela professora Jaqueline Camila Goetz, o projeto acontece uma vez por semana, durante o turno contrário ao das aulas. Entre as atividades dos Monitores Literários o destaque está para a leitura de poesias, realização de pesquisas, trabalhos com o computador, arrumação da biblioteca e dos murais. Como repre-sentantes da escola, os alunos irão se apresentar na EMEF Adolfina Diefenthäler, criando assim laços com outros alunos do bairro.

Realizar entrevistas, interagir com a tur-ma, pesquisar e produzir os murais são algumas das tarefas dos Repórteres Mi-rins. O projeto, coordenado pela profes-sora Michele Krummenauer, tem o obje-

tivo de incentivar a leitura, a escrita e melhorar o vocabulário dos estudantes do 5º ano. Entre as tarefas do grupo está a elaboração do jornal com notícias da escola e da comunidade.

Monitores Literários: literatura, teatro e dança

Pequenos jornalistas

“Eu gosto de ser

Repórter Mirim, é

bem legal. Melhora a

escrita e a leitura. Sou

repórter desde o início

desse ano”.

Luis Gustavo Ribeiro

dos Santos.

DICAS DA GALERA

O aluno Eduardo Rodri-gues sugeriu o livro “O Fantasma de Canter-ville”.

O criador deste desenho é a aluna Maysa da turma 2°B

O projeto acontece uma vez por semana, durante o turno contrário ao das aulasFoto: Mariana John

O aluno Andrew Gabriel Nunes Dias indicou o fil-me “Coração de tinta”.

A aluna Aline Lacerda Bonfim é fã do cantor Jus-tin Bieber. Ela e metade das meninas da Campos.

MARIANA JOHN| JORNAL FALA KEPHAS

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16 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

Délcio Tavares conversando com os alunos da Rodrigues Foto: Divulgação escola

MARIANA JOHN | JORNAL FALA KEPHAS

Para fechar a semana do aniversário de Novo Hamburgo e da Escola Rodrigues

Alves, no sábado, dia 09 de abril, os professores orga-nizaram a “Festa da Famí-lia”. A roda de chimarrão, sorteios, brincadeiras e o bazar da troca solidária fo-ram as principais atrações.

Segundo a diretora

Adriane Lazzarin, o obje-tivo era criar uma opor-tunidade para que os pais pudessem conhecer e con-viver mais na escola. “A ideia é envolver a família, que eles não venham aqui só na entrega de boletins ou nas reclamações”, destacou Adriane. Além disso, a escola aproveitou a ocasião para oferecer

alguns serviços básicos à comunidade, tais como a medição de pressão.

Entre as atrações, as alunas Eduarda Stella da Silva e Cristine Monique Maus destacaram o gosto pelos sorteios. “Os brindes eram legais, tinha bolsa, agenda... mas não ganhei nada”, revela Eduarda Stella da Silva.

Durante a festa, uma atração teve um des-taque especial: o Bazar da Troca Solidária que com roupas, sapatos e brinquedos trocados pelos alunos e professores, ale-

grou a comemoração. “Todos se divertiram. A im-portância é ter novos objetos sem gastar dinheiro”, declara uma das professoras que participou do Ba-zar, Liria Pasini.

Organizado pela professora de artes, Nanci dos Santos, a ideia do Bazar era retomar hábitos anti-gos, quando não havia dinheiro e as compras eram realizadas através de trocas. E ainda, fazer com que os alunos participarem de um ato solidário.

Realizado pela primeira vez na escola, as profes-soras trouxeram a maioria dos objetos. “Trouxemos para os alunos terem uma ideia de como vão fun-cionar os próximos bazares, verificar que nenhum objeto estava estragado e se a troca estava sendo justa. Não da para trocar uma bola de gude por uma de futebol”, comenta a professora Jandira Petry.

E m comemoração aos 84 anos de emancipação de Novo Hamburgo e aos 49 anos da EMEF Pres. Rodrigues Alves, duas personalidades impor-

tantes para a cidade visitaram o colégio. Logo no primeiro dia, 04 de abril, Délcio Tavares, compositor do hino de Novo Ham-burgo, presenciou a entoação dos hinos da cidade e da escola.

E no dia 07 de abril, Alceu Feijó, jorna-lista e fotógrafo, participou de uma roda de conversa sobre a Emancipação de Novo

Hamburgo. “Alceu atraiu os alunos maiores e interagiu com as crianças”, comenta a di-retora Adriane Lazzarin.

Segundo Adriane, o objetivo das visitas era aumentar o conhecimento dos estudan-tes. “Com a presença do Alceu, os alunos conheceram a evolução da cidade. Já com o Tavares, eles perceberam a importância da criação do hino, além de conhecer o autor. Eles são figuras da nossa cidade”, declara a diretora.

Grandes personalidades presentes na semana da escola

Festa da Família é destaque na Rodrigues

Troca Solidária

DICAS DA GALERA

A aluna Morgana Regi-na Ramos Borba indicou o livro “Vovô foi via-jar”.

A aluna Vitória Beatriz Gottlieb sugeriu o filme “Saga Crepúsculo- Lua Nova”.

A aluna Cristine Monique Maus Carlesso adora as músicas do cantor Justin Bieber.

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17 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

OFICINAS

JÉSSICA SCHERER|JORNAL FALA KEPHAS

Alunos da Adolfina e Eugênio discutem a publicidade de alimentos

Desde o início de março os alu-nos das escolas Adolfina e Eu-

gênio estão tendo a opor-tunidade de participar de Oficinas de Mídia e Educa-ção. Neste ano o trabalho tem como tema a alimen-tação saudável. Nos pri-

“O que mais gosto nas

oficinas é a possibili-

dade de aprender mais

sobre a publicidade e

propaganda, e entender

melhor o que estamos

consumindo”.

Rafaela Damasceno, 6º B

“O interessante de par-

ticipar das oficinas é

que aprendemos muitas

coisas como, por exem-

plo, a importância da

alimentação saudável”.

Betina Roberta da Silva, 6º B

meiros encontros foram apresentados comerciais veiculados na televisão, quando os alunos pude-ram perceber que a propa-ganda televisiva é voltada para alimentos não saudá-veis. Após assistir os co-mercias os jovens discuti-ram aquilo que eles estão ensinado. Na sequência os alunos

produziram um peça pu-

blicitária utilizando como produto uma fruta. Este exercício foi a primeira primeira experiência na criação de anúncios. A proposta é desmistifi-

car o mundo da Comuni-cação e compreender as diferentes etapas de cons-trução de uma propagan-da. A professora do curso de Publicidade e Propagan-da Feevale Marta Santos

lembra a importância de discutir os ensinamentos da mídia na escola. “É um trabalho muito significati-vo quandos os jovens são motivados para fazer uma leitura crítica. Nas ofici-nas eles estão refletindo e ainda desenvolvendo uma nova proposta expressan-do a sua opinião”, comen-ta a professora. As oficinas fazem parte

do Projeto Nosso Bairro em Pauta da Feevale e estão integradas com as aulas de Língua Portuguesa dos professores Sara Beltrame e Carlos Bach. O trabalho continuará no segundo se-mestre quando os alunos construirão uma campa-nha publicitária de cons-cientização sobre a im-portância da alimentação saudável.

Estudantes confeccionaram pastas para guardar os materiais produzidos nas oficinas Foto: Jéssica Scherer

Anúncios criados pelos alunos, a partir do tema alimentação saudavél.

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Pequenos assistem filmes na Feevale

Alunos assistindo ao filme Cócóricó Foto: Leonardo Bach

O cinema como fer-ramenta para au-xiliar a educação.

Este é o tema das oficinas que os alunos das escolas Adolfina, Eugênio, Rodri-gues estão participando desde o início do ano. Os encontros acontecem nas sexta-feiras quinzenalmen-te na Feevale. O trabalho é realizado em parceria com o professor regente da turma.

Após o filme, na sala de aula, os alunos realizam atividades voltadas ao tema principal daquela semana. Estes traba-lhos são fotografados e pro-jetados no telão na próxima sessão. Além das três escolas do bairro São José, também participam alunos de três escolas do bairro São José e uma escola de Canudos. Cerca de 200 alunos da Edu-cação Infantil e 1º ano estão participando.

A equipe do projeto Nos-so Bairro em Pauta selecionou

Trabalho feito pelo aluno Gustavo Otto da Silva Berving sobre o filme Pingu.

Trabalho feito pelo aluno Giéser Daniel Gonçalves dos Santos sobre o filme Cócóricó.

Trabalho feito pelo aluno Alexandre Ray da Silva sobre o filme Charlie e Lola.

filmes infantis que tenham uma proposta interessante e diferenciada. “Buscamos fil-mes que não tenham a lógica da princesinha ou cenas de violência. A ideia é incenti-var o consumo de filmes que tenham uma narrativa que promova valores éticos”, comenta a professora Saraí Schmidt.

Neste semestre os filmes foram organizados em três blocos: produção nacional; séries que veiculam na TV; filmes de natureza. Os aca-dêmicos participam de todas as etapas do tra.balho. Leo-nardo Bach, acadêmico de Publicidade considera que as oficinas são uma opor-tunidade para aproximar as crianças da rede pública da beleza da sétima arte: “É muito gratificante ver o en-cantamento das crianças du-rante a projeção e o orgulho deles quando apresentamos o trabalho que eles produzi-ram a partir de cada filme”, comenta o jovem.

JÉSSICA SCHERER|JORNAL FALA KEPHAS

OFICINAS

18 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

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19 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011

INSTITUCIONAL

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Alimentação saudável em foco Alunos da Rodrigues e Campos participam de oficinas de fotografia

Mostrar o bairro a partir do olhar dos alunos das Escolas Campos Salles e Rodrigues

Alves. Este é o objetivo das oficinas Imagens do São José com o tema Alimentação

Saudável. Neste ano, os alunos do 4º e 5º ano aprendem noções básicas de como fazer

fotografias. Os alunos divididos em grupos de trabalho desenvolvem sua técnica fotográfica,

com exercícios simples, usando os colegas como modelos. A partir deste conhecimento inicial,

serão realizadas saídas de campo e visitas aos vizinhos da escola que tenham hortas ou cultivem

alguma árvore frutífera. Estas fotos são o registro de frutas do bairro São José produzidas pelos

alunos da Campos Salles.

Momentos de produção das fotografias na Rodrigues Alves e Campos Salles.Fotos: Leonardo Bach