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FACULDADES DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA FESP CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO CARLA PATRÍCIA SILVA DE ARAÚJO FACÇÃO CRIMINOSA “OKAIDA”: RELATO DE UM EX PRESIDIÁRIO CABEDELO PB 2017

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FACULDADES DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA – FESP

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

CARLA PATRÍCIA SILVA DE ARAÚJO

FACÇÃO CRIMINOSA “OKAIDA”: RELATO DE UM EX PRESIDIÁRIO

CABEDELO – PB

2017

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CARLA PATRÍCIA SILVA DE ARAÚJO

FACÇÃO CRIMINOSA “OKAIDA”: RELATO DE UM EX PRESIDIÁRIO

Projeto de Pesquisa elaborado para atender requisito da

disciplina Monografia Jurídica – TCC, ministrada no Curso de

Bacharelado em Direito da FESP Faculdades, como parte da

avaliação do 2o estágio da referida disciplina, período 2016.2.

Área: Direito Penal.

Orientadora: Prof. Dr. Bruno Cesar Azevedo Isidro

CABEDELO-PB

2017

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CARLA PATRÍCIA SILVA DE ARAÚJO

FACÇÃO CRIMINOSA “OKAIDA”: RELATO DE UM EX PRESIDIÁRIO

Artigo Científico apresentado a Banca Examinadora de

Artigos Científicos da Faculdade de Ensino Superior da

Paraíba – FESP Faculdades, como exigência para a

obtenção do Título de Bacharel em Direito.

APROVADO EM 13/11/2017.

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________

Prof. Dr. Bruno Cesar Azevedo Isidro

ORIENTADOR FESP

___________________________________________

Prof. Ms. Roberto Moreira de Almeida

MEMBRO FESP

___________________________________________

Profa. Ms. Maria do Socorro de S. Menezes

MEMBRO FESP

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Este trabalho a nosso DEUS pai celestial

que com sua bondade sempre nos guarda,

nos guiando para o caminho da LUZ.

DEDICO

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AGRADECIMENTOS

Nenhuma batalha é vencida sozinha, no decorrer desta luta algumas pessoas

estiveram comigo e percorreram este caminho como verdadeiros soldados, meus soldados de

guerra me estimulando sempre a não desistir.

Agradeço primeiramente a DEUS, pela oportunidade de realizar mais um sonho e

subir mais um degrau. O brigada meu pai por não me desamparar nunca...

Agradeço a minha "MAINHA" (Fatima Araújo) e meu "PAINHO" (Albergio Junior)

pelos esforços que o mesmo vem mostrando para as realizações dos meus ideais pelo amor a

mim dedicado de tal forma que seria incapaz de descrever. Obrigado por nunca desistirem de

mim...

Aos meus amigos que até aqui fiz em especial a MAGNO COSTA e ELIS REGINA

por me apoiarem nessa trajetória e me incentivarem a ser cada dia melhor, me ensinando o

verdadeiro valor de uma AMIZADE. (Meu muito abrigado) ...

Aos meus irmãos Albergio Neto e Luiz Carlos por me lembrarem sempre o quanto

sou capaz....

A meu namorado Charlianderson Cavalcante, por me aguentar em momentos de

estresse, meu muito obrigado pelo incentivo e credibilidade no meu potencial...

Ao meu orientador BRUNO AZEVEDO, pelo suporte, incentivo e cooperação para

que este trabalho tomasse os rumos corretos, mas também pelo sentimento de colaboração e

atendimento a mim prestado meu MUITISSIMO obrigado….

Ao meu amigo "DUDU" que abriu seu coração ao relatar seu cotidiano no respectivo

trabalho meu muito obrigado....

Agradeço a instituição de ensino FESP-FACULDADES que me encaminhou de

maneira correta e transparente para mais uma etapa concluída na minha vida...

Agradeço também aos meus anjos de guarda e mentores espirituais que junto com

minha avó (ANTONIETA ARAÚJO) estão me guiando e guardando sempre...

E a todos que direta ou indiretamente fazem parte da minha formação, muito

obrigado

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SUMÁRIO

RESUMO ...................................................................................................................... 09

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................. 09

2 ASPECTOS GERAIS A RESPEITO DA FACÇÃO CRIMINOSA ....................... 10

3 ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS E SEUS CONCEITOS .................................... 11

3.1 PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL – P.C.C ........................................................ 11

3.2 COMANDO VERMELHO – C.V ................................................................................. 14

3.3 AMIGO DOS AMIGOS – A.D.A ................................................................................. 16

3.3.1 Instalação das UPP’s....................................................................................................16

3.4 ESTADOS UNIDOS – E.U.A ....................................................................................... 19

4 FACÇÃO OKIDA – O.K.D ........................................................................................ 20

4.1 SURGIMENTO DA FACÇÃO O.K.D .......................................................................... 21

4.2 ESTRUTURA DA FACÇÃO O.K.D ............................................................................. 21

4.3 O.K.D VERSUS E.U.A ................................................................................................... 23

4.4 MAPA DA ATUAÇÃO DA O.K.D E DOS E.U.A NOS BAIRROS DA CAPITAL ... 23

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 25

ABSTRACT .................................................................................................................. 27

REFERÊNCIAS............................................................................................................27

.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

P.C.C Primeiro Comando do Norte

C.V Comando Vermelho

A.D.A Amigo dos Amigos

O.K.D Okaida

E.U.A Estados Unidos

T.C Terceiro Comando

T.C.P Terceiro Comando Puro

C.V.R.L Comando Vermeljo Rogério Lemgreuber

P.G.C Primeiro Grupo Catarinenese

F.D.N Família do Norte

S.D.C Sindicato do Crime

C.P Comando de Paz

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FACÇÃO CRIMINOSA “OKAIDA”: RELATO DE UM EX PRESIDIÁRIO

CARLA PATRÍCIA SILVA DE ARAÚJO1*

BRUNO CÉSAR AZEVEDO ISIDRO**

RESUMO

O presente estudo busca tecer considerações acerdada da “facção criminosa Okaida: relato de

um ex presidiário” tem como base analisar o crescimento desta facção mostrando como surgiu

em tese relatando outras facções conhecidas como base para melhor entendimento e

esclarecimento os atos e estruturas da mesma. Também foi realizada uma entrevista com um

ex presidiário pertencente a facção que junto com pesquisas bibliográficas nos confirmou de

maneira breve como a O.K.D se mantem. Percebe-se ao decorrer do estudo que não é possível

haver total entendimento no tocante à complexibilidade da violência existente em nossa

sociedade, causadas e criadas por várias situações que carregamos no nosso cotidiano,

costumes que não podem ser apenas responsabilizados, mas também agravados não só pela

desigualdade social, pela pobreza como também pelas diversas omissões do Estado em

negligenciar a implantação de políticas públicas que acarretam em melhores moradias,

empregos, lazer ,segurança etc. Com essa falta de estrutura o surgimento de facções

criminosas vem ocupando o lugar dos entes públicos, promovendo ações sociais que seriam

dever do Estado. Com desenvolver deste artigo percebo que a facção criminosa denominada

de Okaida tem como alvo jovens de classe média baixa, sem estudo, inicialmente solteiros,

sem estrutura familiar, moradores de bairros onde o índice de pobreza é notório.

PALAVRAS-CHAVE: Facção. Responsabilidade. Violência. Estado. Estrutura.

1 INTRODUÇÃO

Com base nos dias atuais, a sociedade vem sendo vitimada por práticas criminais,

influenciando de forma direta o convívio social nos lares. Tais práticas, de caráter ofensivo,

são praticados tanto por menores infratores bem como por parte dos de maior idade, cuja a

influência deste sobre aquele é tão incidente que os levam a trilhar o caminho da

criminalidade, consequência disto é a inclusão destes menores a determinados grupos de

proteção criminosa, a exemplo da Okaida, objeto de estudo deste trabalho.

1* Concluinte do Curso de Bacharel em Direito pela Faculdade de Ensino Superior da Paraíba - FESP

Faculdades, semestre 2017.2. E-mail: [email protected]. **

Doutor pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, em Transformações do Direito Privado, Cidade e Sociedade.

Possui mestrado em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Ceará e Especialização em Processo Civil. Atualmente

é professor da Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional e

Processual. Juiz de Direito, autor do Projeto sobre o Monitoramento Eletrônico de Presos, que criou no Brasil as Tornozeleiras

Eletrônicas para presos e de um novo instituto em Direito Processual Penal, a Progressão Virtual da Pena. Coordenador do

Centro de Conciliação e Mediação em João Pessoa. Criador do Projeto Selo Amigo da Conciliação. Autor do livro O

Monitoramento Eletrônico de Presos e a Paz Social no Contexto Urbano - nova política de contenção da modernidade a partir da

visão da microfísica do poder e da sociedade de controle. Dentre outros projetos de repercussão nacional. Atuou como

orientadora desse TCC. E-mail: [email protected].

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Devido a estes fatores e ao forte crescimento de tais práticas criminosas, como

também a influência de determinadas facções sobre os menores, levantamos a seguinte

questão: quais seriam as causas para o surgimento e aumento destes grupos criminosos? É de

se convir que a falta de estrutura social vivida em nossa sociedade vem a contribuir e muito

para a demanda no crescimento da criminalidade, visto que é observado a precariedade com

que as políticas públicas vêm aplicando sua metodologia para, de certa forma, maquiar a

máquina da sociedade, marginalizando a educação, a saúde e a moradia, pontos impares para

tolher o cidadão a partir de sua infância.

Portanto nosso intuito principal com este trabalho é demonstrar como a facção

denominada de Okaida se tronou um instrumento de corrupção e manipulação dentro o nosso

Estado, fazendo uma análise com base em relatos de um ex presidiário, estudando de forma

local a causa do crescimento desta facção para no geral verificar como a referida facção vem

crescendo no meio de crianças e adolescentes já iniciando a fase adulta. A metodologia

adotada foi a pesquisa bibliográfica adicionada a pesquisa de campo, tomando como base a

doutrina e a legislação vigente adaptada a pesquisa de campo para a análise da situação

específica correspondente ao trabalho de pesquisa.

Vamos analisar no século XXI as questões sociais que envolvem de maneira geral

nossa sociedade, as ligações entres estas e outras facções, estas transformações globais da

economia que faz como que gere efeitos grandiosos sobre a nossa sociedade atual e que

podem desencadear novos conflitos em nossa sociedade.

Vamos abordar também sobre o PCC (Primeiro Comando da Capital), fazendo breve

esclarecimento sobre a mesma situando ainda um breve relato do CV (Comando Vermelho) e

da ADA (Amigo dos Amigos) chegando enfim nas facções do Estado da Paraíba EUA

(Estados Unidos) e OKD (Okaida) a grande incentivadora deste estudo.

2 ASPECTOS GERAIS DAS FACÇÕES CRIMINOSA

Podemos definir facção criminosa como um grupo de três ou mais indivíduos que se

organizam de forma paramilitar, com hierarquia e bastante disciplina entre eles para cometer

crimes, geralmente como base o tráfico de drogas, como bem dispõe o art. 288 do Código

Penal, sobre a associação criminosa descrevendo que “associarem-se 3 (três) ou mais pessoas,

para o fim específico de cometer crimes.” (BRASIL, 2013).

Logo, não podemos confundir facção criminosa com organização criminosa, visto

que são grupos distintos, onde podemos definir de organização criminosa, aquele grupo que

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no sua formação existem algumas precauções, a exemplo de seus integrantes, que para

fazerem parte são selecionados, no que diz respeito a hierarquia, a mesma é conquistada,

existe um certo controle com as finanças e por fim quando se trata da questão familiar, todos

são reparados caso algo aconteça, dentre outros exemplos que poderíamos aqui citar.

Art. 1o Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação

criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o

procedimento criminal a ser aplicado.

§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas

estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que

informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de

qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas

sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional (BRASIL,

2013).

Com a dificuldade de resolver os conflitos existentes com o objetivo de conceituar e

definir crimes de organizações criminosas, foi promulgada a Lei 12. 850 de 02 de agosto de

2013 que alterou o decreto-lei no 2.848 de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal), revogou

também a legislação que tratava de sua matéria (lei no 9.034 de 03 de maio 1995), se

preocupando em definir o que vem a ser uma organização criminosa (BRASIL, 2013).

3 ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS E SEUS CONCEITOS

Atualmente, nossa sociedade está cada vez mais sendo tomada por facções

criminosas, grupos estes que não se intimidam com a atuação da força policial, como nem tão

palco do judiciário, visto que possuem um poderio de arma de fogo de grande calibre.

Podemos verificar que as facções criminosas se encontram ramificadas em todo o território

nacional, como também internacionalmente, através das chamadas rotas de drogas, no qual as

mais conhecidas falaremos a seguir.

3.1 PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL – P.C.C

Inicialmente, abordaremos o Primeiro Comando da Capital (PCC), que pode ser

conhecida também como 15.3.3 teve sua origem em meados dos anos 90, sendo mais preciso

dentro da casa de custódia (presídio) em Taubaté, no Piranhão (vulgarmente conhecido e

assim chamado o sistema carcerário de São Paulo naquela época). Em 2001, o sempre

conhecido como “pai” se tornou um líder de renome dentro deste grupo, por autorizar ataques

e provocar rebeliões em Bangu, através do uso de aparelhos celulares, sendo posteriormente

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espancado em sua própria cela, por cinco membros de sua própria facção, que disputavam o

comando da organização (GLENNY, 2015).

Em 2002 o grupo foi liderado por Marcola, também conhecido como Playboy, que

foi detido em 2003, por acusação de participação no assassinato do Juiz da Vara de Execução

Penal Antônio José Machado Dias. Em 2006 os atentados dos civis e contra a força de

segurança deram início, sendo até destaque na mídia. Em 2012 o PCC perdeu o medo e

começou a atacar a polícia, onde muitos foram assassinados até mesmo na presença de seus

familiares, amigos etc. (GLENNY, 2015).

Fonte: (http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/10/o-crime-esta-em-guerra-maiores-faccoes-brasileiras-romperam.html)

O PCC deixou de ser uma facção e começou a ser uma organização criminosa a

partir do momento em que o objetivo deles eram conseguir dinheiro para financiar o grupo e

os irmãos (sócios). Dinheiro esse que é usado para compra de armas, drogas etc. Para poder se

tornar um membro do PCC, o criminoso precisa ser apresentado por um irmão da facção e ser

batizado por três irmãos que serão denominados de padrinhos. Após esse batismo o criminoso

terá que cumprir com o estatuto de dezoito itens elaborados pela organização PCC, quais são:

1. Lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo ao Partido

2. A Luta pela liberdade, justiça e paz

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3. A união da Luta contra as injustiças e a opressão dentro das prisões

4. A contribuição daqueles que estão em Liberdade com os irmãos dentro da prisão

através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e ação de resgate

5. O respeito e a solidariedade a todos os membros do Partido, para que não haja

conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do Partido,

tentando dividir a irmandade será excluído e repudiado do Partido.

6. Jamais usar o Partido para resolver conflitos pessoais, contra pessoas de fora.

Porque o ideal do Partido está acima de conflitos pessoais. Mas o Partido estará

sempre Leal e solidário à todos os seus integrantes para que não venham a sofrerem

nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos (BRASIL, 2001).

Como podemos observar, os ideais da referida organização são pautados em

virtudes que trazem à baila o respeito mútuo entre os companheiros, como também a lealdade

entre os integrantes, uma vez que não se admite o uso do nome desta organização para

obtenção de status individual, pois a referida organização tem como ideologia a luta que busca

visar a benfeitoria para todos.

7. Aquele que estiver em Liberdade "bem estruturado" mas esquecer de contribuir

com os irmãos que estão na cadeia, serão condenados à morte sem perdão

8. Os integrantes do Partido tem que dar bom exemplo à serem seguidos e por isso o

Partido não admite que haja assalto, estupro e extorsão dentro do Sistema.

9. O partido não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo, interesse

pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, a hombridade, solidariedade e o interesse

como ao Bem de todos, porque somos um por todos e todos por um.

10. Todo integrante tem que respeitar a ordem e a disciplina do Partido. Cada um

vai receber de acôrdo com aquilo que fez por merecer. A opinião de Todos será

ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos fundadores do Partido (BRASIL,

2001).

Dando continuidade no estudo do estatuto da organização criminosa do P.C.C,

observamos nos itens de 7 a 10 que, se trata de como os integrantes devem se portar diante a

organização, buscando sempre no apoio mútuo de todos os integrantes, até mesmo daqueles

que se encontram encarcerados. Podemos frisar também que mentiras, condutas que venham a

denegrir ou maltratar pessoas de dentro do sistema da organização são inadmissíveis perante

eles, uma vez que a opinião de todos será ouvida e respeitada.

11. O Primeiro Comando da Capital PCC fundado no ano de 1993, numa luta

descomunal e incansável contra a opressão e as injustiças do Campo de

concentração "anexo" à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, tem como tema

absoluto a "Liberdade, a Justiça e Paz".

12. O partido não admite rivalidades internas, disputa do poder na Liderança do

Comando, pois cada integrante do Comando sabe a função que lhe compete de

acordo com sua capacidade para exercê-la.

13. Temos que permanecer unidos e organizados para evitarmos que ocorra

novamente um massacre semelhante ou pior ao ocorrido na Casa de Detenção em 02

de outubro de 1992, onde 111 presos foram covardemente assassinados, massacre

este que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira. Porque nós do

Comando vamos mudar a prática carcerária, desumana, cheia de injustiças, opressão,

torturas, massacres nas prisões.

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14. A prioridade do Comando no montante é pressionar o Governador do Estado à

desativar aquele Campo de Concentração " anexo" à Casa de Custódia e Tratamento

de Taubaté, de onde surgiu a semente e as raízes do comando, no meio de tantas

lutas inglórias e a tantos sofrimentos atrozes.

15. Partindo do Comando Central da Capital do KG do Estado, as diretrizes de

ações organizadas simultâneas em todos os estabelecimentos penais do Estado,

numa guerra sem trégua, sem fronteira, até a vitória final.

16. O importante de tudo é que ninguém nos deterá nesta luta porque a semente do

Comando se espalhou por todos os Sistemas Penitenciários do estado e conseguimos

nos estruturar também do lado de fora, com muitos sacrifícios e muitas perdas

irreparáveis, mas nos consolidamos à nível estadual e à médio e longo prazo nos

consolidaremos à nível nacional. Em coligação com o Comando Vermelho - CV e

PCC iremos revolucionar o país dentro das prisões e nosso braço armado será o

Terror "dos Poderosos" opressores e tiranos que usam o Anexo de Taubaté e o

Bangú I do Rio de Janeiro como instrumento de vingança da sociedade na

fabricação de monstros.

Conhecemos nossa força e a força de nossos inimigos Poderosos, mas estamos

preparados, unidos e um povo unido jamais será vencido.

LIBERDADE! JUSTIÇA! E PAZ!

O Quartel General do PCC, Primeiro Comando da Capital, em coligação com

Comando Vermelho CV

UNIDOS VENCEREMOS (BRASIL, 2001).

Desta forma verificamos as normas a serem seguidas por aqueles que desejam

adentrar na organização PCC, onde os integrantes precisam seguir a risca cada uma dessas

normas deste estatuto, não podendo de maneira alguma cogitar em algum momento o não

cumprimento delas, uma vez que assim que assumem um compromisso com a organização

criminosa, tem pleno conhecimento das regras, seu cumprimento, e caso não venha a cumprí-

la, sofrem determinadas repreensões que vai desde banimento até mesmo podendo chegar ao

assassinato do membro como também do extermínio de sua própria família.

Em outubro de 1192, porém, a polícia militar e as forças especiais de São Paulo,

perpetraram um massacre dentro do Carandiru, causando a morte de 111 detentos,

abatidos como gado. Em reação, um grupo de presos formou uma organização

formada primeiro comando da capital (P.C.C). Em sua declaração inaugural sobre a

missão a que se propunha, em termos tomado a linguagem do movimento pelos

direitos humanos, o P.C.P afirmava que fora criado para defender os presos e

favelados. Mais tarde, o comando vermelho afirmou que havia orientado a cúpula do

P.C.C em suas fases iniciais, e sem dúvida e retórica da organização de São Paulo

refletia a antiga estratégia do comando vermelho em projetar uma imagem de

libertação social para as favelas (GLENNY, 2015, p. 100).

Portanto, de acordo com o que expõe Glenny (2015), o massacre do Carandirú, que

desencadeou na criação da organização P.C.C, serviu como intuito de melhoria para o sistema

carcerário, para ser mais exato na melhoria para os detentos, uma vez que a responsabilidade

foi do Estado visto que partiu dele mesmo a autorização para o extermínio dentro da referida

penitenciária.

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3.2 COMANDO VERMELHO – C.V

Surgido em meados dos anos 70 para final dos anos 80, na prisão Candido Mendes,

em Ilha Grande na cidade de Angra dos Reis/RJ, através da pessoa de Rogério Lemgruber,

donde suas siglas conhecidas são CV e CVRL, comando por presos (detentos) comuns e

presos políticos, que faziam parte da falange vermelha. Tiveram como integrantes e líderes o

famoso Fernandinho Beira Mar, Marcinho VP, Elias Maluco etc.

[....] Passou para o atacado criando vínculos próximos com a Farc na Colômbia. Até

então, grande parte da cocaína que entrava no Rio de Janeiro, era levado por

matutos, autônomos que transportavam eles mesmos, pequenas quantidades do

Paraguai e da Bolívia até o Rio de Janeiro (GLENNY, 2015, p. 119).

O comando vermelho surgiu no Brasil, mas teve expressão da prática dos seus atos

ilícitos para Bolívia, Peru, Paraguai e Colômbia, através dos laços feitos com a Farc (forças

armadas revolucionárias da Colômbia). As atividades ilícitas que regem essa facção são os

assassinatos, tráfico de drogas, assaltos, rebeliões e atividades terroristas.

É notório que o comando vermelho nos dias atuais não é considerado como facção

criminosa e sim como organização criminosa, uma vez que suas finanças são controladas e

conferidas. Como toda a facção (organização) o C.V também tem seus aliados e rivais. Como

aliados: PGC – primeiro grupo catarinense, criado em Santa Catarina, conhecido por

promover rebeliões, assaltos, sequestros, assassinato e narcotráfico. FDN – Família do Norte,

criado no Amazonas, tendo sua atividades o assassinato, o tráfico de drogas, a extorsão e as

rebeliões (nos registros da polícia federal, hoje essa facção conta com duzentos mil “narco-

soldados” efetivos).

Relatando ainda a disposição dos aliados temos, SDC – Sindicato do crime da

américa, tem a versão maligna da liga da justiça e colocam realmente a história e os

personagens em quadrinhos para fora quando vão praticar atos ilícitos. OKD – criado na

Paraíba, inspirado pela atividade da Al Qaeda (Islã), tendo suas atividades como assaltos,

assassinatos, tráfico de drogas extorsões e rebeliões. CP – Comando de Paz, criado em

Salvador, também conhecida como comissão a paz, com suas atividades de assaltos,

assassinatos, extorsões e rebeliões. Bonde dos 40 – criado em São Luiz do Maranhão, suas

atividades ilícitas são, assaltos, sequestros, atentados e tráfico de drogas.

Como visto, as facções que se aliam com o intuito de fortalecer o elo entre eles e

com a finalidade de ganhar e dividir territórios entre si, praticam basicamente atos ilícitos

parecidos. Em contrapartida, mesmo dentro de uma mesma organização existe a rivalidade

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entre as facções, do C.V(comando vermelho) são rivais a T.C.P (terceiro comando puro),

conhecido anteriormente como terceiro comando, a após a morte de Lulu, ex patrão, Dudu,

que agora faz parte do A.D.A(amigo dos amigos), saiu do T.C (terceiro comando), deixando

os aliados de Lulu, formando o novo T.C.P, sendo este criado na cidade do Rio de Janeiro, no

ano de 2002, tendo como atividades ilícitas assaltos, tráfico de drogas e homicídio.

A seguinte rival da organização do C.V é a conhecida como A.D.A, criado em 1994,

porém apenas no em meados do ano de 2000 fez parceria com o T.C, tendo envolvimento em

diversas práticas criminosas como tráfico de drogas, assaltos e homicídios. E, por

conseguinte, a terceira rival dentre elas e a bem conhecida organização criminosa chamada de

P.C.C, que já se encontra citada nos parágrafos acima.

O comando vermelho por ser umas das primeiras facções (organizações) a terem um

certo espaço na mídia causou uma revolta muito grande entre outras facções como foi citada

acima. Por conta desta exposição, e do combate diário por território e trafico o C.V começou a

perder força e abriu oportunidade para o surgimento de outras facções. Essas mesmas

“amanhã” se tornariam suas próximas rivais.

3.3 AMIGO DOS AMIGOS – A.D.A

A facção A.D.A, surgiu entre 1994 e 1998, e logo se aliou ao T.C (que se formou

em um momento em que o C.V estava fragilizado), ligação este fruto de uma mesma

idealização, com o propósito de conquista de território, tendo como principais fundadores

Weslelinho, Escadinha e Celsinho da Vila Vintém. A aliança entre os referidos fundadores

surgiu no momento em que os integrantes da A.D.A conheceram o líder do T.C sendo

chamado de UÊ.

A A.D.A, rival mais recente do comando vermelho, está crescendo com uma rapidez

impressionante. Ao contrário do C.V, ela não tem uma hierarquia centralizada. È

uma coligação de favelas, cada qual com sua liderança própria. Além disso, seu

interesse principal se concentra no êxito através do comércio e não da coerção por

meio da violência - ainda que a violência continue a ser uma ferramenta

indispensável (GLENNY, 2015, p. 146).

Apenas em 2004, a facção A.D.A começou a dominar a rocinha depois da guerra

entre dois membros do C.V, que eram o Lulu e o Dudu. Os seguidores de Lulu sentiram-se

traídos pela organização do C.V depois do mesmo ter falecido nesta guerra na disputa de

territórios, entre a polícia e os traficantes, que logo após este acontecimento, os mesmos

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migraram para a facção A.D.A, ou seja, o grupo de Lulu começou a dominar a rocinha, uma

vez que já estavam fazendo parte desta facção. Este acontecimento deu muito destaque para a

referida facção, após noticiário relatar que a A.D.A estava crescendo e ganhando território.

3.3.1 Instalação das UPP’s

Em 2013, instalou-se várias UPP’s, tanto na Rocinha como em várias favelas da

Cidade do Rio de Janeiro. Interessante se faz frisar é que quando fazemos a leitura do mapa

das UPP’s, percebemos que elas não foram instaladas praticamente em favelas que tem

milícia e favelas em que o C.V atuam, sendo instaladas apenas nas favelas onde o A.D.A e o

T.C.P (antigo T.C) atuavam, ou seja, o governo do Rio de Janeiro focou nestas duas facções

especiais que dominavam a zona sul praticamente, localizando-se a área nobre do Rio de

Janeiro, interesse do governo em atuar nestas favelas.

Fonte: Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro/RJ. Disponível em: <http://www.rj.gov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=1843320>. Acesso em: 10 out. 2017.

Com a chegada da UPP, é notório que a A.D.A se enfraqueceu em parte, pois, no

momento seguinte instalou-se a crise no governo do Estado do Rio de Janeiro, e o projeto das

UPP’s que estava seguindo um curso positivo, tomou caminhos diferentes devido à crise,

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enfraquecendo o foco do governo, onde a A.D.A tornou a comandar novamente, apesar de

ainda existir UPP’s, tanto na Rocinha como em outras comunidades do Rio de Janeiro com

um poder coercitivo baixo.

Fonte: Arquivo pessoal da autora. Pesquisa própria. 2017.

A facção A.D.A está em constantes conflitos com todas as facções, menos com a

P.C.C (como dito desde a fundação e conflito eminente do T.C.P), que surgiu da divisão do

T.C, sendo esta briga com o C.V desde a fundação desta. Quando o C.V era aliado ao P.C.C

no passado e este aliado a A.D.A, a briga entre eles (C.V e A.D.A) gerava um certo

desconforto para o P.C.C, que mesmo assim deixava bem claro que isto era problema deles e

não se envolvia. Com o rompimento entre C.V e o P.C.C, criou-se uma forte parceria entre o

P.C.C e a A.D.A, que já era rival do C.V, estabelecendo com isso uma ajuda mútua entre eles,

que consistia no tráfico de drogas, armamento, divisão de territórios.

Como outras facções, a A.D.A vive do tráfico de drogas e do tráfico de armas, sendo

as armas compradas do dinheiro da venda de entorpecentes, ou seja, a origem do tráfico de

armas também acaba sendo a do tráfico de drogas. Em meados do ano de 2010, a A.D.A

começou a formar uma estrutura “empresarial”, guardando finanças, dividindo tarefas,

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seguindo em hierarquia entre outras atividades, atuando também em atividades como vendas

de gás, transporte coletivo e arrecadações.

A operação das forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro para a ocupação da

Rocinha desmontou a quadrilha do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o

Nem. Além do próprio Nem, ex “dono” do morro, muitos de seus principais

colaboradores foram presos pela polícia, durante o cerco e a tomada em novembro

(GOMIDE, 2011).

No ano atual o principal líder da A.D.A é o Antônio Francisco Bonfim Lopes

vulgarmente conhecido como Nem, também apontado como ex-´´dono´´ do morro que foi

preso em uma operação da Polícia Civil com ajuda dos demais órgãos policiais e junto com a

denúncia do Ministério Público que por vez bem acarretou na prisão dos demais integrante

desta facção. O tão conhecido chefe, Nem, foi preso dentro de um porta malas de um carro

durante a abordagem em uma blitz.

Agora iremos migrar nossas atenções para o Nordeste, local onde duas facções estão

tomando conta, e aterrorizando os moradores dessas regiões. A disputa de territórios vem se

alastrando para muitas cidades em especial João Pessoa, cidade cede das facções Estados

Unidos e Okaida.

A Al-Qaeda e os Estados Unidos são inimigos na Paraíba. Batizados com os nomes

do grupo terrorista islâmico e seu principal oponente, as duas facções agem a partir

dos presídios e disputam o controle do tráfico de drogas no Estado. A atuação desse

tipo de facção criminosa, que controla o crime a partir de presídios, não se restringe

ao estado da Paraíba ou São Paulo, com o P.C.C (FOLHA DE SÃO PAULO, 2011,

p. 01).

Portanto, como relatado pela Folha de São Paulo, as facções criminosas existentes na

cidade de João Pessoa, se deu com a migração de integrantes da cidade de São Paulo para

nossa Capital devido a necessidade de expansão das organizações criminosas, com o intuito

de ganhar território e aumento de seu quadro de integrantes, buscando ganhar novos mercados

e novos líderes para ingressarem na sua hierarquia.

3.4 ESTADOS UNIDOS – E.U.A

Para podermos entender como se dá a empresa Okaida, precisamos falar da facção

EUA, também existente na Paraíba, na cidade de João Pessoa, facção esta que veio surgir

após o surgimento de outras facções que foi titulada com a ajuda do P.C.C na época, devido

ao desentendimento entre este e a O.K.D.

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Surgida após um ano da criação daquela, que se deu devido as invasões que a mesma

estava realizando em vários pontos de drogas, que em consequência disto as referidas “bocas

de fumo”2 se juntaram e resolveram fazer uma versão do conflito que ocorre entre a Al-Qaeda

e os Estados Unidos da América, fazendo surgir assim a facção EUA. Vale salientar que a

briga destas facções não se dá devido a religião. O EUA é aliado ao PCC para o fornecimento

de drogas e armas, e a relação entre o P.C.C e o EUA é bastante estreita, devido ao grande

reconhecimento desta por consequência da violência cometida por seus atos ilícitos, e as

outras facções, não têm interesse nesta aliança, pois a investigação midiática e política é

muito acirrada, atrapalhando assim suas atividades.

[...] Os estados unidos logo surgiram para fazer frente e dar início a um confronto

que, a julgar pela nomenclatura, tem um que de megalomania. As comunidades de

Mandaru e Novais passaram a ser disputadas entre as gangues rivais. O membro dos

Estados Unidos, a exemplo dos inimigos, tem sinais característicos: usam tatuagens

com a bandeira americana ou desenham carpas, espécie de peixe, também adotadas

por líderes do P.C.C (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que age

nos presídios de São Paulo.

O delegado afirma que os Estados Unidos viraram uma espécie de filial do P.C.C na

Paraíba. Os traficantes do grupo recebem em torno de 50 quilos de crack por mês da

quadrilha paulista, conforme investigação da Policia Civil (SARMENTO, 2012,

p.1).

Surgida na cidade de Joao Pessoa/PB tendo como principal ponto o bairro de

Mandacaru a facção EUA, veio se fortificando quando seus membros encarcerados foram

transferidos para presídios no interior do estado, fortalecimento este que começou a ganhar

membros nos devidos presídios, fazendo com que a facção conquistasse novos territórios e

novos aliados, não existindo um líder definido, onde as pessoas consideradas de respeito nesta

facção são os conhecidos como Neguinho, Coroa Daniel, Mago Daniel e Coroa Nino, não

sendo taxados como líderes, mais sim “poderosos”, com seu respeito assegurado pelos

membros desta facção.

Fonte: Arquivo pessoal da autora. Pesquisa própria. 2017.

2 Local onde os viciados em drogas frequentam para o uso/consumo.

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O meio de se conquista a ser membro desta facção criminosa, é preciso ser

apresentado por um integrante na ativa e ter práticas de atos ilícitos, onde as idades dos

integrantes variam, que vai desde as crianças de periferia, usuários de drogas dentre outros. O

símbolo utilizado para identificar a referida facção é uma carpa, como mostra figura a cima.

4 FACÇÃO OKAIDA – O.K.D

Tendo em vista que estas três facções foram apresentadas de tal forma que

pudéssemos entender e ter uma noção de como elas estão tomando conta de nossa sociedade

nos dias atuais, iremos agora relatar e desenvolver a respeito da facção criminosa denominada

de Okaida, através do relato de um ex presidiário, que trouxe para o referido trabalho a

veracidade dos fatos realmente condizentes do que ocorre dentro da determinada facção a ser

neste momento abordada, sendo este o ponto chave deste trabalho.

4.1 SURGIMENTO DA FACÇÃO O.K.D

Como relatado por Bezerra (2012) a O.K.D começou em meados do final do ano 2000

e início do ano de 2001, quando os presos, com o intuito de comandar e controlar os pontos de

drogas na cidade de João Pessoa, através e atos de estrema violência, dicas de passagem,

espelhando tal violência do gripo de terrorista Islã (“Al-Qaeda”), que adaptado ficou

conhecido como Okada. Quando perguntado à Alan Murilo Terruel, delegado da polícia civil,

responsável pela delegacia de repressão e entorpecentes, o mesmo argumentou que “idéia da

Al-Qaeda se alastrou e virou até funk. Eles se inspiraram no Osama Bin Laden e pretendiam

realizar ações camicase”.

A facção se propagou por alguns bairros de João Pessoa como Mandacaru, São José,

Novaes, Alto do Mateus e Ilha do Bispo, e nestes locais uma estrutura de tráfico de

drogas. O grupo, segundo as investigações, vendia de 20 a 30 Kg por semana de

crack, droga fornecida pelo P.C.C(primeiro comando da capital), organizações que

agem no presídio de São Paulo.

No ano passado, após sucessivas ações da polícia, para reprimir o tráfico, integrantes

da okaida, chegaram a promover badernas na cidade, como a queima de dois ônibus.

Um dos seus principais líderes criminosos conhecidos como Fão, acabou transferido

para o presídio federal de Porto Velho-RO (SANTOS, 2015, p. 66).

Como consequência, a facção O.K.D, em primeiro instante de seu surgimento teve

como sede os bairros citados, porém quando perguntamos para qualquer integrante todos

afirmam que o seu surgimento se deu dentro da comunidade do Bairro São José, ocorrendo

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após a expansão para os demais bairros da capital, com a intenção de fortalecer sempre esta

facção ganhando novos integrantes.

4.2 ESTRUTURA DA FACÇÃO O.K.D

O delegado relata o símbolo de cada facção que os integrantes atuam, sendo ele

O.K.D – um palhaço (bobo da corte) e o boneco assassino, conhecido como Chuck, o símbolo

da facção dos E.U.A, e o mesmo ainda comenta que aquela facção recruta o que eles chamam

de (exército dos viciados), que são pessoas sem faixa etária mínima, podendo ser de crianças

até adultos, que são usuário de entorpecentes, como vislumbramos nas imagens abaixo

relacionadas.

Fonte: Jornal da Paraíba. Disponível em:

<http://www.jornaldaparaiba.com.br/vida_urbana/noti

cia/96481_criancas-sao-recrutadas-para-o-trafico--diz

pm>. Acesso em: 05 out. 2017 .

Fonte: PB Atual. Disponível em:

<http://pbatual.com.br/single.php?page=1886>.

Acesso em: 05 out. 2017.

Como disse anteriormente a facção é conhecida por atuar com bastante violência,

não sente represália nenhuma quando se trata do poder de polícia, nem tampouco quanto aos

seus rivais, uma prova disto, o entrevistado relata bem, quando fala, “rapaz, quando agente

pega o povo dos E.U.A leva para mata, decepa, tora a cabeça, arranca os braços, faz um

estrago absurdo, tudo isso a mando do patrão. Nois temo que fazer. O que ele falar ta falado”

(ENTREVISTADO, 2017).

Como toda facção e organização criminosa, a O.K.D também dispões de algumas

regras que precisam ser seguidas, para que se possa ingressar nessa facção é preciso seguir as

mesmas e ser indicado por um integrante deles que tenha um bom “conceito”. Quando

perguntado, o entrevistado fala sobre essas regras e como funciona.

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Existem regras sim, com certeza você precisa roubar, depois se precisar matar.

Quando o patrão precisa agente precisa sempre esta a disposição pra tudo. Artigo

127 e artigo 121 são essenciais. Não admitimos de hipótese alguma estuprador ou

pedófilo. Somos os aviãosinhos dos cara mesmo. Ele manda e nois faz

(ENTREVISTADO, 2017).

É perceptível que a O.K.D recruta pessoas sem estrutura alguma, pessoas estas que

não tiveram uma base familiar sólida e que não possuem percepção nenhuma do futuro,

pessoas com certo defeito na sua formação educacional, geralmente menores criados em rua,

sem a represália de seus pais quando necessária. Na verdade, eles criam uma suposta ilusão de

vida relativamente boa para seus membros, que com pouco tempo percebem a volta que o

mundo dá. A O.K.D não costuma ter chefes, e patente usada por eles é o suposto respeito que

alguém carrega consigo, que também é chamado de “conceito”.

4.3 O.K.D VERSUS E.U.A

Quando se trata da rivalidade entre E.U.A e O.K.D é notório que a disputa de

território e de tráfico de droga seja bastante acirrada uma vez que tomam isso como trabalho e

tiram deste seu sustento para a vida pregressa desta vida. O entrevistado com toda certeza

afirmar como trata um membro de outra facção quando capturado pela mesma relatando

sempre que toda ação seja a mando do “patrão”.

cara quando a gente pega leva pra mata decepa o cara tora a cabeça tira as pernas faz

o máximo de estrago tudo isso a mando por que tudo isso é a mando do PATRÃO

porque o que ele falar ta falado nois e OKD e Estados não tem vez aqui não OKD

sempre zero boi (ENTREVISTADO, 2017).

O entrevistado partir do princípio de que tudo que assim lhe mandarem fazer tem que

ser feito, percebo que parte também de uma questão que está ligada ao orgulho do mesmo,

uma vez que não sente intimidado em falar que faz parte desta facção. É como se fosse uma

gratidão do mesmo aos idealizadores conceituado desta facção, a reciprocidades do

entrevistado é nítido o tempo todo na entrevista.

4.4 MAPA DA ATUAÇÃO DA O.K.D E DOS E.U.A NOS BAIRROS DA CAPITAL

Logo essa rivalidade vem tomando maiores proporções no sistema carcerário, como

dito anteriormente essas facções citadas tiveram início nos grandes presídios da nossa Joao

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Pessoa. Tanto o entrevistado como pesquisas afirmam que, ao entrar em sistema carcerário o

indivíduo que foi preso necessita escolher alguma facção para se aliar, tendo visto que

pavilhões são separados por cada facção presente Segundo Pontes Jornalismos. Dando ainda

mais força a esta afirmação o entrevistado relata:

Quando você chega no presidio não tem essa de você dizer que não é de nenhuma

facção não, ou sou da facção de jesus ou você é da OKD ou é do EUA não existe

isso não ou você é de um lado ou é do outro. De todo jeito você tem que ir por mais

que você não seja você precisa se aliar a uma facção é guerra que a pessoa compra

com os outros pessoal não tem jeito depois que você entrar dentro de um presidio

rapaz a pessoa vai embora (ENTREVISTADO, 2017).

Sendo assim essas rivalidades que começam entre as grades dos presídios vão muito

além dos muros destes atingindo também os bairros subsequentes de cada cidade. Como

mostra a figura abaixo os bairros e suas respectivas facções criminosas na grande Joao Pessoa.

O crescimento é perceptível se torna avassalador a maneira como ganham território.

Fonte: Notícias policiais. Disponível em:

<http://www.wscom.com.br/noticias/policial/portal+ig+repercute+nacionalmente+o+mapa+da+criminalidade+e

m+joao+pessoa-121486>. Acesso em: 30 out. 2017

Este mapa mostra como as facções presentes no Estado da Paraíba, localizados

precisamente na cidade de João Pessoa, eram no ano de 2012. Percebe-se que, a atuação das

facções eram consideradas moderadas, tendo em vista que atuação das mesmas não se

apresentavam em todas as localidades, e sim em bairros, denominadas comunidades

periféricas.

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Atuação da facção da O.K.D Atuação da facção E.U.A

Fonte: pesquisa própria. Adaptada pelo autor, 2017.

Como podemos observar, o mapa acima mostra a expansão territorial das facções

situadas em João Pessoa. Observa-se também que, a facção denominada de O.K.D, tem um

maior poder de concentração dentro do território de João Pessoa/PB, fato este que podemos

perceber através da interligação que tem os bairros e a força conjunta que a referida facção

possui em expandir seus ideias e atos, que desta forma aumenta cada vez mais o poder de

força e seus integrantes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho vários aspectos das facções foram citadas. Percebe-se que as

organizações criminosas existentes abrem um espaço muito grande de oportunidades para o

nascimento de outras, contudo analisa-se que o PCC primeiro comando da capital. Por ser

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umas das organizações criminosas mais conhecidas nos dias atuais, quando abre esta

oportunidade estreita seus laços mediante a uma suposta aliada. Tendo em vista que ao entrar

nessa organização regras precisam ser seguidas com o objetivo de fortalecer a mesma. Por

esta ter vindo depois do CV comando vermelho, entende -se que a ajuda na época foi de

enorme valia pata ambas ad organizações conseguirem o crescimento atual e repercussão.

Quando nos referimos ao comando vermelho CV entendemos e percebemos que esta

organização é totalmente influenciada pelas prisões dos presos políticos de esquerda que junto

com os presos comuns originaram a mesma. Fazendo as vezes entendermos que talvez o

crime organizado tenha surgido através da omissão do estado em não se preocupar.

A OKD (OKAIDA) e os EUA (ESTADOS UNIDOS) se originaram na Paraíba por

conta dessa omissão. Após surgimento desta e daquela que vem ganhando força em

comunidades periféricas, comunidade esta que é perceptível a não ajuda do estado através de

políticas públicas, acarretando uma má base estrutural familiar onde o grau de escolaridade

não ultrapasse o nível fundamental e que a falta de oportunidade é visivelmente observada.

Nos dias atuais vemos que o estado não se empenha em buscar soluções para os

lemas comuns da sociedade, tendo em vista que cada estado vive um contexto de sua própria

cultura, sendo ligados a seus costumes, tradições e seus padrões de vida. Que não justifica de

hipótese alguma o envolvimento com crime organizado. E daí que a OKD se originou nos

presídios? Por acaso “ressocializar” é algo novo? Ou simplesmente não saiu do papel? São

essas questões que levam menos e adolescentes continuarem nesse mundo.

A OKD vem tomando proporções inadmissíveis em nosso estado, esse poder que ele

tem de se expandir e ganhar novos integrantes para sua suposta facção, nos faz ficar com

receio de que esses mesmos integrantes venham a ser nossos irmãos, filhos, primos, sobrinhos

e entre outros. Vê-se também que a referida facção age de maneira parecida com a EUA (sua

rival), ambas demostrando bastante violência nos seus atos ilícitos diários. Possuem também o

mesmo alvo que são integrantes que são viciados em droga, geralmente moradores de

comunidades.

Tendo em vista tudo que foi abordado neste trabalho percebo e continuo acreditando

que a causa maior do surgimento e do aumento repentino seja a falta de estrutura educacional,

social, psicológica, que os entes públicos não veem oferecendo. Ainda mais a falta de

oportunidade somada a tudo isso desencadeia a opção de ver o tráfico como um trabalho

comum sendo esta a única opção de subir ou crescer sobrevivendo nessa vida.

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"OKAIDA" CRIMINAL FACTION: REPORT OF AN EX-REPORT

ABSTRACT

The present study, titled "OKAIDA criminal faction: an ex-prisoner's report", is based on

analyzing the growth of this faction, showing how it emerged in thesis, reporting other

factions known as the basis for a better understanding and clarification of the acts and

structures of the faction. An interview was also held with a former prisoner belonging to the

faction who along with bibliographical research confirmed us briefly as O.K.D maintains. It is

understood during the course of the study that it is not possible to have a total understanding

regarding the complexity of violence existing in our society, caused and created by various

situations that we carry in our daily lives, customs that can not only be blamed but also not

only aggravated social inequality, poverty as well as the various omissions of the State in

neglecting the implementation of public policies that lead to better housing, jobs, leisure,

security, etc. With this lack of structure, the emergence of criminal factions has been taking

the place of public entities, promoting social actions that would be the duty of the State. With

the development of this article, I realize that the criminal faction known as Okaida targets

low-middle-class young people, with no study, initially single, without family structure,

residents of neighborhoods where the poverty index is notorious.

KEYWORDS: Faction. Responsibility. Violence. State. Structure.

REFERÊNCIAS

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veja o mapa de atuação da AL-QAEDA e EUA. Portal Correio, João Pessoa, 28 Fev 2012.

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<http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/policia/diversos/2012/02/28/NWS,204324,8,165,NO

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CRIMINOSAS-VEJA-MAPA-ATUACAO-QAEDA-EUA.aspx>. Acesso em: 03 Out 2017.

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Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e

reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à

produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-

2006/2006/Lei/L11343.htm#art75>. Acesso em: 01 nov. 2017.

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set. 2017.

______. Lei no 12.850, de 02 de agosto de 2013. Define organização criminosa e dispõe sobre

a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o

procedimento criminal; altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código

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Penal); revoga a Lei no 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm>. Acesso em: 25

out. 2017.

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SARMENTO, Wagner. Al-Qaeda x EUA na Paraíba: Facções rivais que disputam o controle

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A658f Araújo, Carla Patrícia Silva de.

Facção criminosa: relato de um ex presidiário / Carla Patrícia Silva de Araújo. – Cabedelo, 2017.

29f.

Orientador: Prof. Dr. Bruno César Azevedo Isidro.

Artigo Ciêntifico (Bacharelado em Direito) Faculdade de Ensino Superior da Paraiba.

1. facção. 2. responsabilidade. 3. violência. 4. estado. 5. estrutura I. Título.

BC/FESP CDU: 341

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publicação.