faculdade tecsoma curso de fisioterapias/2016/tuane.pdf · livros e artigos para o tcc. enfim, a...

72
FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia EFEITOS DOS EXERCÍCIOS CINESIOTERAPÊUTICOS NO FORTALECIMENTO MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES E NO EQUILÍBRIO DE IDOSOS Paracatu MG 2016

Upload: ngodiep

Post on 27-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FACULDADE TECSOMA

Curso de Fisioterapia

EFEITOS DOS EXERCCIOS CINESIOTERAPUTICOS NO

FORTALECIMENTO MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES E NO

EQUILBRIO DE IDOSOS

Paracatu MG

2016

Tuane Cristina da Silva Santos

EFEITOS DOS EXERCCIOS CINESIOTERAPUTICOS NO

FORTALECIMENTO MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES E NO

EQUILBRIO DE IDOSOS

Trabalho de Concluso de Curso apresentado a disciplina de

Trabalho de Concluso de Curso II como requisito parcial para

obteno do ttulo de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade

Tecsoma, Paracatu, MG.

Orientadora Temtica: Prof M Sc. Michelle Faria Lima

Orientadora Metodolgica: Prof M Sc. Ceclia Maria Dias

Nascimento

Paracatu MG

2016

Santos, Tuane Cristina da Silva Efeitos dos exerccios cinesioteraputicos no fortalecimento

muscular de membros inferiores e no equilbrio de idosos. / Tuane Cristina da Silva Santos. Paracatu, 2016.

72f. Orientadora: Prof. Msc.. Michelle Faria Lima Co-orientadora: Prof. Msc. Ceclia Maria Nascimento Dias Monografia (Graduao) Faculdade Tecsoma, Curso de

Graduao em Fisioterapia.

1. Cinesioterapia. 2. Idosos. 3. Fora muscular. I. Lima, Michelle Faria; Dias, Ceclia Maria Nascimento. II. Faculdade Tecsoma. III. Ttulo.

CDU: 615.8

TUANE CRISTINA DA SILVA SANTOS

Efeitos dos exerccios cinesioteraputicos no fortalecimento muscular de

membros inferiores e no equilbrio de idosos

Trabalho de Concluso de Curso apresentado a disciplina de

Trabalho de Concluso de Curso II como requisito parcial para

obteno do ttulo de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade

Tecsoma, Paracatu, MG.

Orientadora Temtica: Prof M Sc. Michelle Faria Lima

Orientadora Metodolgica: Prof M Sc. Ceclia Maria Dias

Nascimento

Paracatu, 07 de junho de 2016.

_________________________________________________________

Prof M. Sc. Michelle Faria Lima Orientadora temtica

Faculdade Tecsoma

_________________________________________________________

Prof M. Sc. Ceclia Maria Dias Nascimento Orientadora metodolgica

Faculdade Tecsoma

minha me Francina pelo apoio, compreenso e amor incondicional.

AGRADECIMENTOS

Agradeo primeiramente a Deus, por me dar fora e nimo para seguir em

frente mesmo com obstculos no caminho.

minha me Francina e a minha me/madrinha Ftima por todo o apoio,

carinho, compreenso e ajuda, indispensveis nessa jornada. meu pai Antnio

Haroldo (in memoriam) pelo amor incondicional! Amo vocs!

meu av Raimundo, meus tios, tias, primos e primas pelo apoio e carinho de

sempre.

Aos pacientes, que foram essenciais para a realizao deste trabalho. Meu

muito obrigado.

Aos meus companheiros de jornada e amigos, especialmente Bianca, Caroline

e Jssica, por toda a ajuda, compreenso, companheirismo e risadas.

As minhas amigas Brenda e Fabola por sempre estarem comigo nos

momentos felizes e nos difceis, apoiando-me e estimulando-me a sempre seguir em

frente.

Aos professores por toda a ajuda e conhecimento compartilhado.

s funcionrias da biblioteca, especialmente Ceclia, pela ajuda na busca pelos

livros e artigos para o TCC.

Enfim, a todos que de forma direta ou indireta contriburam para a realizao

deste trabalho.

E mesmo quando a viso se turva, e o corao s chora, na alma h certeza de

vitria (Padre Fbio de Melo)

RESUMO

O Brasil um pas que convive com um aumento expressivo do nmero de idosos. O envelhecimento traz diversas alteraes que podem prejudicar a funcionalidade dos idosos, e quando associadas ao sedentarismo, podem piorar sua qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos dos exerccios cinesioteraputicos na fora muscular de membros inferiores e no equilbrio de idosos. A pesquisa foi realizada com um grupo de nove idosos, com idades entre 61 e 81 anos, que realizaram exerccios cinesioteraputicos trs vezes na semana, durante nove semanas, de fevereiro a abril de 2016, na clnica escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, localizada no municpio de Paracatu/MG. Para avaliar o equilbrio foi utilizado a escala de equilbrio de Berg e para avaliar a fora muscular de membros inferiores foi utilizado o timed up and go test. Os resultados demonstraram que houve melhora no equilbrio visto que todos os participantes obtiveram ndices melhores na escala de equilbrio de Berg; manuteno e/ou melhora na fora muscular dos membros inferiores sendo que todos os participantes realizaram o timed up and go test em menos de vinte segundos. Concluindo-se que os exerccios cinesioteraputicos so eficazes na melhora do equilbrio e da fora muscular de membros inferiores em idosos.

Palavras chave: Cinesioterapia. Idosos. Fora muscular

ABSTRACT

Brazil is a country that cohabits with a meaningful increase in the number of the old age people. The ageing brings several alterations which may harm the old peoples functionality, and when it is associated with the sedentary lifestyle, it may worsen their quality of life. The aim of the present study is to evaluate the effects of the kinesiotherapics exercises in the muscular strength in the inferior limbs and in the balance. The survey was conducted with a group of nine seniors, aged between 61 and 81years old, who did kinesiotherapics exercises three times a week, for nine weeks, from February to April 2016, in the Clinical School of Physiotherapy of Tecsoma College, located in Paracatu/MG. In order to evaluate the balance was used the Berg balance scale and to evaluate the muscle strength of the lower limbs was used timed up and go test The results showed that there was an improvement in the balance since all participants had better rates in the Berg Balance Scale; maintenance and/or improvement in the muscular strength of the lower limbs and all the participants performed the test timed up and go in less than twenty seconds. This research concluded that kinesiotherapics exercises are effective in improving the balance and the muscular strength of the lower limbs in the old aged people.

Keywords: Kinesiotherap. Old age. Muscular Strength.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa de localizao da cidade de Paracatu/MG .........................................................................................................

31

Figura 2: Patologias apresentadas pelos pacientes........................................ 34

Figura 3: Porcentagem de quedas apresentadas pelos idosos ..........................................................................................................

36

Figura 4: Pontuao total obtida na escala de equilbrio de Berg ..........................................................................................................

37

Figura 5: Tempo para realizao do timed up and go test ............................... 39

LISTA DE SIGLAS

AVE Acidente vascular enceflico

HDL Lipoprotena de alta densidade

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

LDL Lipoprotena de baixa densidade

SNC Sistema Nervoso Central

SUMRIO

1 Introduo .......................................................................................................... 14

2 Objetivos ............................................................................................................ 16

2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 16

2.2 Objetivos Especficos ....................................................................................... 16

3 Justificativa ......................................................................................................... 17

4 Referencial Terico ............................................................................................ 18

4.1 Envelhecimento ............................................................................................... 18

4.2 Alteraes decorrentes do envelhecimento ...................................................... 18

4.2.1 Sistema musculoesqueltico ......................................................................... 18

4.2.2 Sistema cardaco .......................................................................................... 19

4.2.3 Sistema respiratrio ...................................................................................... 19

4.2.4 Sistema nervoso ........................................................................................... 20

4.2.5 Equilbrio ....................................................................................................... 20

4.3 Patologias presentes na terceira idade ............................................................ 21

4.3.1 Hipertenso arterial sistmica ...................................................................... 21

4.3.2 Diabetes mellitus .......................................................................................... 22

4.3.3 Doena de chagas ....................................................................................... 23

4.3.4 Acidente vascular enceflico ....................................................................... 24

4.3.5 Hipercolesterolemia .................................................................................... 25

4.4 Sedentarismo ................................................................................................... 26

4.5 Exerccio fsico ................................................................................................. 27

4.6 Fisioterapia ...................................................................................................... 28

4.6.1 Alongamentos ............................................................................................... 28

4.6.2 Exerccios cinesioteraputicos ...................................................................... 28

4.6.2.1 Exerccios para ganho de fora muscular ................................................... 29

4.6.2.2 Exerccios para equilbrio ........................................................................... 29

5 Metodologia ........................................................................................................ 31

5.1 Grupo de estudo ............................................................................................... 31

5.2 Materiais e mtodos ......................................................................................... 31

6 Resultados e discusso ....................................................................................... 34

7 Concluso ........................................................................................................... 41

8 Referncias Bibliogrficas ................................................................................... 42

Anexos ................................................................................................................... 49

Apndices ............................................................................................................... 51

14

1. INTRODUO

Pases em crescimento como o Brasil convivem com um aumento cada vez

maior da populao idosa. A Organizao Mundial de Sade (2006) citada por Ferreira

e Yoshitome (2010, p. 992):

Prev que em 2025, existiro 1,2 bilhes de pessoas com mais de 60 anos, sendo que as pessoas com 80 anos ou mais constituem o segmento populacional que mais cresce. No Brasil, a previso de que, em 2020, existiro 30,8 milhes de idosos, ou seja, 14,2% de todos os brasileiros. O Brasil j considerado o sexto pas do mundo em taxa de envelhecimento populacional.

Segundo o IBGE (2008a), em 2050, cerca de 29,75% da populao brasileira

ser composta por pessoas com 60 anos ou mais. Esse aumento da populao idosa

leva a maiores gastos relacionados sade visto que h um aumento na procura dos

servios de sade (VERAS, 2009).

Ainda segundo o IBGE (2008b), a expectativa de vida da populao brasileira

pode chegar em 2050 a mdia de 81,29 anos. Uma mdia maior que a mundial que

ser de 75,4 anos (FERNANDES et al., 2012). Avanos da medicina, realizao de

tratamentos fisioteraputicos, melhora na qualidade nutricional, controle de doenas

crnicas e aumento de adeptos realizao de exerccios fsicos so variveis que

tem garantido uma maior qualidade de vida e consequentemente uma maior

expectativa de vida (MACEDO; GAZZOLA; NAJAS, 2008).

Existe um grande cuidado com essa faixa etria da sociedade visto que

pessoas da terceira idade tem um nmero grande de doenas crnicas (VERAS,

2009). Ainda segundo Veras (2009, p.553), na populao, em cada trs indivduos,

um portador de doena crnica e, entre idosos, oito em cada dez possuem pelo

menos uma doena crnica.

Alm das doenas crnicas, os idosos ainda convivem com alteraes

decorrentes do prprio envelhecimento como diminuio da fora muscular, perda de

massa muscular, fragilidade ssea, diminuio do equilbrio, dificuldades na marcha,

problemas respiratrios e cardiovasculares, doenas neurolgicas graves,

incapacidades, depresso, perda da autoestima e isolamento (FECHINE;

TROMPIERI, 2012).

15

Visando minimizar as alteraes decorrentes do envelhecimento e prevenir

consequncias de doenas, programas de preveno esto sendo implantados alm

dos programas de reabilitao. A prtica de exerccios est sendo muito utilizada

nesse contexto (ACIOLE; BATISTA, 2013).

Conforme descrito por Tamayo e colaboradores(2001) citado por Balbinot

(2012, p.58), os exerccios fsicos bem dosados e cuidadosamente escolhidos, de

acordo com as especificidades e condies individuais, so a melhor ferramenta

contra o envelhecimento precoce.

A fisioterapia um recurso que pode atuar por meio de exerccios

cinesioteraputicos, melhorando as sequelas que podem ser decorrentes do prprio

envelhecimento ou tambm como consequncia de patologias ou do uso de alguns

medicamentos (MACEDO; GAZZOLA; NAJAS, 2008).

De acordo com Macedo, Gazzola e Najas (2008, p.182):

O tratamento fisioteraputico tem apresentado resultados significativos nessa populao, levando ao aumento da amplitude de movimento (ADM), melhor desempenho na realizao das AVD, melhora na velocidade da marcha, melhora do equilbrio, reduo do nmero de quedas e bem estar geral.

O presente estudo tem como objetivo demonstrar os efeitos dos exerccios

cinesioteraputicos em idosos para melhora no fortalecimento muscular de membros

inferiores e equilbrio, evidenciando que a cinesioterapia pode ser uma tcnica eficaz

para melhoria da qualidade de vida dos mesmos. Por meio de exerccios utilizando

materiais simples se pode conseguir grandes resultados.

16

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar os efeitos dos exerccios cinesioteraputicos no fortalecimento

muscular de membros inferiores e no equilbrio de idosos.

2.2 Objetivos Especficos

Avaliar o equilbrio dos idosos pela escala de Berg;

Analisar a fora muscular dos membros inferiores pelo timed up and go

test;

Realizar um programa de exerccios cinesioteraputicos para ganho de

fora de membros inferiores e equilbrio;

Relatar os efeitos alcanados com a realizao do programa de

exerccios cinesioteraputicos.

17

3. JUSTIFICATIVA

O aumento da expectativa de vida um fator perceptvel nos ltimos anos. Com

o aumento da expectativa de vida, aumenta a incidncia de patologias entre os idosos,

que podem levar a uma m qualidade de vida, uma diminuio no seu bem estar, alm

de levar a ndices cada vez maiores de depresso na terceira idade.

Alm das patologias comuns na terceira idade, algumas alteraes que

decorrem do prprio envelhecimento, podem, tambm, levar a uma m qualidade de

vida e aos maiores gastos relacionados a sade.

Se faz, ento, necessria a implantao de medidas que busquem melhorar a

qualidade de vida dessa populao, assim como dar-lhes auxlio para diminuir as

causas de problemas decorrentes do prprio envelhecimento.

Nesse aspecto, a fisioterapia pode auxili-los por meio de exerccios

cinesioteraputicos que aumentem a fora muscular dos membros inferiores e

melhorem o equilbrio, contribuindo assim para melhoria da sua independncia, da

sua autoestima, da sua funcionalidade e ainda prevenindo complicaes como

quedas, imobilidade, depresso, isolamento e morte. um tratamento de fcil

aplicao, por ser realizado com materiais simples e em grupo, o que estimula a

convivncia e a interao com outros idosos.

18

4. REFERENCIAL TERICO

4.1 Envelhecimento

O envelhecimento um processo natural e irremedivel que acomete toda a

populao e se torna mais visvel com o avano da idade, quando comea o declnio

de algumas capacidades como a funcionalidade. Os processos decorrentes do

envelhecimento variam de pessoa para pessoa, levando em conta fatores intrnsecos

e extrnsecos, como estilo de vida e presena de patologias (FILHO et al., 2010,

ARAUJO; FL; MUCHALE, 2010, ZAMBALDI et al., 2007).

Todo indivduo j inicia o processo de envelhecimento no nascimento, mas no

final da terceira dcada de vida que comeam as perdas funcionais mais visveis,

sendo que na quarta dcada de vida perde-se cerca de um por cento da funo dos

diversos sistemas orgnicos ao ano (CIOSAK et al., 2011).

Diversas teorias tentam explicar os processos decorrentes do envelhecimento,

mas a maioria delas contestada e tem pontos ainda no totalmente esclarecidos.

Acredita-se que esta dificuldade esteja principalmente no fato de ainda haver

diferentes opinies sobre quando se d, realmente, o inicio do envelhecimento

(FILHO; NETTO, 2006).

4.2 Alteraes decorrentes do envelhecimento

4.2.1 Sistema musculoesqueltico

Uma das principais alteraes decorrentes do envelhecimento neste sistema

a sarcopenia que se caracteriza pelo processo de atrofia muscular. Com o passar dos

anos, o msculo perde massa muscular devido a reduo da rea transversa,

aumento de tecido adiposo e conjuntivo e h uma reduo na sntese de protenas

(GUCCIONE, 2002, MACEDO; GAZZOLA; NAJAS, 2008).

As fibras musculares diminuem de tamanho e nmero, algumas atrofiam e

podem chegar a desnervao. Ocorre perda de fibras principalmente do tipo II b (fibras

de contrao rpida) que so substitudas por tecido fibroso e adiposo, levando a

presena de mais fibras no-musculares. As fibras tipo I b (de contrao lenta) no se

alteram com o envelhecimento (GUCCIONE, 2002, FILHO; NETTO, 2006).

19

Com a reduo da massa muscular h um decrscimo da fora muscular. Essa

diminuio mais acentuada nos membros inferiores do que nos membros

superiores, visto que msculos responsveis por aguentar grandes cargas so mais

afetados (GUCCIONE, 2002, FILHO; NETTO, 2006).

De acordo com Davini e Nunes (2003), as principais causas da diminuio da

fora muscular so a inervao deficiente da musculatura, a diminuio da quantidade

de tecido contrtil e atrofia muscular.

4.2.2 Sistema cardaco

O envelhecimento leva a substituio de algumas clulas do corao por tecido

fibroso, a um aumento das cmaras cardacas e do prprio corao. O ventrculo

esquerdo se torna mais espesso e o n sinoatrial passa a ser constitudo por fibras

colgenas e tecido adiposo (FILHO; NETTO, 2006).

Segundo Guccione (2002, p.35), h uma degenerao progressiva das

estruturas cardacas com o envelhecimento, inclusive perda da elasticidade,

alteraes fibrticas nas valvas do corao e infiltrao amiloide.

H um aumento de lipofuscina (substncia lipdica) nas clulas cardacas

levando a uma alterao da capacidade fisiolgica do rgo. As artrias se tornam

mais rgidas, aumentando a resistncia para a passagem do sangue e diminuindo a

capacidade de dilatao arterial. As paredes das veias tambm se tornam mais rgidas

(GUCCIONE, 2002).

Surgem com o envelhecimento arteriosclerose, aumento da presso arterial

sistlica e diastlica, aumento da frequncia cardaca em repouso e diminuio da

frequncia cardaca mxima (GUCCIONE, 2002).

4.2.3 Sistema respiratrio

O envelhecimento leva a alteraes em quase todos os componentes do

sistema respiratrio. Ocorre uma diminuio na expanso da caixa torcica, devido

uma rigidez muscular e uma perda da elasticidade. Diminuindo a capacidade de

expanso, a entrada e sada do ar se torna mais difcil, reduzindo assim o volume de

reserva inspiratrio e aumentando o volume residual (FILHO; NETTO, 2006).

Os pulmes podem apresentar uma diminuio da superfcie dos alvolos,

dilatao dos bronquolos e do saco alveolar, diminuio da complacncia pelo

20

aumento de colgeno, e diminuio da presso intrapleural negativa (FILHO; NETTO,

2006).

De acordo com Filho e Netto (2006, p.56), em consequncia da reduo da

superfcie alveolar, da ventilao alveolar, da perfuso capilar, da difuso alvolo-

capilar verifica-se reduo da presso parcial de oxignio no sangue arterial. Ainda

segundos estes autores, a concentrao de gs carbnico no se modifica.

Observa-se nos idosos uma diminuio do reflexo de tosse, uma menor ao

dos agentes de defesa do pulmo e uma diminuio dos movimentos ciliares e da

produo do muco (FILHO; NETTO, 2006).

4.2.4 Sistema Nervoso

Alteraes como diminuio do nmero de sinapses, de neurnios, de axnios,

de peso cerebral, de massa cerebral, reduo da resposta a estmulos, diminuio de

intensidade de reflexos, diminuio dos neurotransmissores, so fatores percebidos

com o envelhecimento (FECHINE; TROMPIERI, 2012).

Ocorre um grande acometimento do sistema nervoso central, e surgem

doenas incapacitantes como Alzheimer e Parkinson. Um fator preocupante em

relao ao envelhecimento do sistema nervoso que ele no se regenera (FECHINE;

TROMPIERI, 2012).

4.2.5 Equilbrio

De acordo com Tassa e Stefanello (2012, p.22), equilbrio pode ser definido

como a habilidade de manter o centro de massa do corpo na base de sustentao,

deslocando o peso do corpo, em diferentes direes a partir de seu centro. O

equilbrio um fator complexo visto que depende da interao da fora muscular, das

respostas neuromusculares, da viso, do sistema vestibular e dos comandos vindos

do SNC (SILVA et al, 2008).

Equilbrio pode ser classificado de dois modos, esttico e dinmico. O equilbrio

esttico caracterizado por manter uma postura com o mnimo de movimentao, e

o dinmico trata-se de manter a postura durante um certo movimento corporal

(TASSA; STEFANELLO, 2012).

O envelhecimento responsvel por alteraes nos principais sistemas

responsveis pela manuteno do equilbrio, como visual, vestibular, neuromuscular

21

e proprioceptivo (BECHARA; SANTOS, 2008). Ocorre com o envelhecimento uma

diminuio da capacidade desses sistemas em conseguir recolher as informaes

necessrias para a manuteno do equilbrio, como por exemplo, distrbios sensoriais

e sarcopenia (SOARES; SACCHELLI, 2008).

De acordo com Gonalves, Ricci e Coimbra (2009, p.317), o processo de

envelhecimento afeta os componentes do controle postural, sendo difcil diferenciar

os efeitos da idade daqueles causados pelas doenas e estilo de vida.

A perda da capacidade funcional um fator presente no envelhecimento. A

reduo da fora muscular, da flexibilidade, da agilidade e dos reflexos so fatores

que predispem o indivduo a uma diminuio do equilbrio corporal seja ele dinmico

ou esttico (TASSA; STEFANELLO, 2012).

Arajo, Fl e Muchale (2010, p.278), acrescentam que os sistemas

responsveis pelo equilbrio so alterados com o envelhecimento, vulnerabilizando os

idosos a dficits funcionais.

4.3 Patologias presentes na terceira idade

4.3.1 Hipertenso arterial sistmica

a patologia crnica mais comumente encontrada entre os idosos. As

alteraes que o envelhecimento produz no sistema cardiovascular, levam o idoso a

uma maior predisposio a esta doena. A hipertenso arterial torna-se um fator de

risco para outras patologias como insuficincia cardaca, doena arterial coronariana

e disfuno diastlica (MIRANDA et al., 2002).

Trata-se de uma doena com origem multifatorial, que necessita de um correto

diagnstico e tratamento, principalmente em pacientes com idade superior a 60 anos,

pelo seu risco em provocar alteraes cardacas e cerebrais (CONTIERO et al., 2009).

Para diagnosticar um paciente com hipertenso arterial necessrio um

controle da presso arterial, que deve ser aferida vrias vezes ao dia, por diferentes

profissionais e em diferentes locais. Para um paciente ser considerado hipertenso

deve apresentar a presso arterial sistlica de 140-159mmHg e diastlica 90-99

mmHg. Valores acima so considerados estgios mais avanados de hipertenso

arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2007).

22

Uma alternativa para auxiliar no diagnstico de pacientes com hipertenso o

MAPA (medida ambulatorial da presso arterial). Trata- se de um mtodo que permite

que a presso arterial seja aferida indiretamente durante o sono e durante as

atividades de vida diria do paciente por 24 horas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CARDIOLOGIA, 2007).

Existem, hoje, altos ndices de hipertenso arterial no controlada, devido a

no adeso do paciente ao tratamento (BARBOSA et al., 2012). Segundo Barbosa e

colaboradores (2012, p. 341), a adeso ao tratamento, definida como a correta

execuo da prescrio do mdico, incluindo alteraes em medicamentos e/ou no

estilo de vida, um fator significativo no sucesso do tratamento.

O tratamento e controle da hipertenso se faz por meios farmacolgicos e no

farmacolgicos. Dentre os farmacolgicos esto os medicamentos anti- hipertensivos,

que so prescritos aps a realizao de alguns exames, e que devem levar em

considerao outras patologias apresentadas pelos idosos, medicaes que o idoso

j faz uso, e quantas vezes ao dia o idoso precisara ingerir o medicamento. Muitas

vezes um s medicamento no capaz de controlar a presso arterial, sendo

necessrio o uso concomitante de mais de um medicamento (MIRANDA et al., 2002).

Dentre as alternativas no farmacolgicas para o controle da hipertenso

arterial temos a prtica de exerccios fsicos, alimentao correta, abandono de vcios

como o tabagismo e reduo do consumo de bebidas alcolicas (ZAITUNE et al.,

2006). O exerccio deve ser prescrito de forma individual, levando em considerao

as limitaes apresentadas pelo paciente, e deve ser iniciado aos poucos. Para se

controlar a hipertenso arterial, so mais indicados os exerccios aerbicos e

resistidos leves (BUENO et al., 2008, GRAVINA; GRESPAN; BORGES, 2007).

4.3.2 Diabetes mellitus

Diabetes mellitus se caracteriza por um aumento anormal da concentrao de

glicose no sangue, e vem sendo considerado um problema de sade pblica devido

ao aumento de sua incidncia em todas as faixas de idade da populao. Com o

aumento da expectativa de vida, a sua prevalncia vem se tornando maior entre os

idosos (TAVARES et al., 2007).

Segundo Pereira, Rodrigues e Machado (2008, p. 366), Entre os idosos, no

Brasil, a prevalncia de diabetes elevada, acometendo 17,3% das pessoas com 60

23

a 69 anos. Fatores como sedentarismo, m alimentao e ritmo acelerado do

processo de envelhecimento, levam aos altos ndices de diabetes mellitus na

populao, e consequentemente aos altos ndices de mortalidade por essa doena

(FRANCISCO et al.,2010).

O diabetes, se no tratado corretamente, pode apresentar consequncias

como cegueira, amputaes, problemas cardiovasculares e nefropatias. Devido a

esses fatores, se faz necessrio a implantao de programas diagnostico, preveno

e controle do diabetes em todas as faixas etrias da populao (FRANCISCO et al.,

2010, TRENTINI et al., 2005).

De acordo com Tavares e colaboradores (2007, p. 1342):

A interveno na ateno sade do idoso portador de diabetes deve

objetivar manter os nveis glicmicos normais, visando evitar as leses micro

e macro vasculares, bem como controlar os fatores de risco cardiovasculares,

rastrear e tratar as sndromes geritricas comuns. Ademais, deve procurar

mant-los na sua capacidade mxima, de forma a resguardar sua

independncia fsica e mental, nos mbitos da comunidade e de suas

famlias.

O tratamento de um paciente diabtico envolve interveno medicamentosa e

no medicamentosa, incluindo dentre as no medicamentosas mudanas nos hbitos

de vida e prtica de atividades fsicas. O tratamento medicamentoso tem por objetivo

manter os nveis de glicemia mais prximos do normal (SILVA et al., 2006).

4.3.3 Doena de chagas

A doena de chagas resulta da infeco pelo protozorio Trypanossoma cruzi,

na maioria das vezes transmitida ao ser humano pelas fezes do protozorio, podendo

tambm ocorrer por transfuso de sangue e alimentos contaminados (MATSUDA et

al.,2014).

Os portadores da doena de chagas tm cerca de 40% de chances de

desenvolver problemas cardacos como insuficincia cardaca congestiva, arritmias

ventriculares, tromboembolismo sistmico ou pulmonar, bradiarritmias e morte sbita

(BRAGA et al., 2006). De acordo com Matsuda e colaboradores (2014, p. 347):

O pior prognstico dos pacientes com insuficincia cardaca por doena de Chagas devido aos seguintes fatores: maior destruio miocrdica em comparao com as outras etiologias; maior frequncia de disfuno ventricular direita; maior intensidade e gravidade de arritmias ventriculares;

24

distrbios no sistema nervoso autnomo e na perfuso miocrdica; privao

social; maior ativao do sistema renina e das citocinas.

uma doena que apresenta, na sua fase clnica, de maneira aguda e crnica.

A fase aguda aquela em que o parasita detectvel no exame de sangue, se

estendendo de dois a quatro meses aps infeco. Em adultos pode ser

assintomtica, e quando apresenta sintomas geralmente so cefaleia, febre, mal

estar, hepatoesplenomegalia, entre outros (MATSUDA et al., 2014).

A forma crnica pode ser indeterminada ou crnica propriamente dita. Na fase

indeterminada o paciente assintomtico e geralmente s descobre ser portador da

doena quando procura o mdico por outro problema. J a forma crnica propriamente

dita, aquela em que os pacientes so infectados mas no desenvolvem a doena,

alguns desenvolvem apenas comprometimento cardaco e no apresentam grandes

sintomas (MATSUDA et al., 2014).

O tratamento envolve as caractersticas de cada paciente em relao as

caractersticas laboratoriais e clinicas. O tratamento medicamentoso oferecido a

todos os pacientes, exceto em casos de gestao, insuficincia heptica e renal, e

quando no possuem doena cardaca avanada. Outros medicamentos so

oferecidos aos pacientes para o controle das alteraes cardacas (MATSUDA et al.,

2014).

4.3.4 Acidente vascular enceflico

Trata-se de um dficit neurolgico, que ocorre de forma sbita, originrio de

uma leso vascular, devido a alteraes nos vasos sanguneos, nos elementos

sanguneos e nas variveis hemodinmicas. Pode ser isqumico, quando as

alteraes acima provocam uma obstruo no vaso, levando a uma isquemia e a no

perfuso sangunea; ou hemorrgico, quando ocorre a ruptura de um vaso e uma

hemorragia intracraniana (CRUZ; DIOGO, 2009).

Segundo Teixeira (2008, p. 2172) A incidncia do acidente vascular enceflico

(AVE) duplica a cada dcada de vida a partir dos 55 anos, sendo a hemiparesia um

dficit importante decorrente da leso.

As sequelas deixadas pelo AVE podem comprometer a qualidade de vida das

pessoas, provocando alteraes esfincterianas, na marcha, no controle dos

movimentos, na linguagem, na alimentao, na atividade sexual, na funo cognitiva,

25

nos cuidados pessoais, nas atividades profissionais e na conduo de veculos.

Devido a estas alteraes os pacientes tendem a se isolar, ficando depressivos

(CRUZ; DIOGO, 2009).

A reabilitao um processo nico e pessoal, e seu sucesso depende do

empenho do paciente, da equipe multidisciplinar e da famlia do paciente

(CARVALHIDO; PONTES, 2009). Ainda de acordo com Carvalhido e Pontes (2009, p.

143) a reabilitao consiste num processo nico, continuo, progressivo, global e

precoce, no apenas mdico, social ou profissional, mas sempre complexo,

interdisciplinar e efectuado na perspectiva do indivduo.

4.3.5 Hipercolesterolemia

A hipercolesterolemia ou colesterol alto, um distrbio metablico das

lipoprotenas plasmticas, que tendem a se tornar elevadas com o avano da idade.

As taxas de LDL e colesterol total so os lipdeos plasmticos que mais tendem a se

tornar elevados (MAIA; NICOLATO; LOPES, 2011).

De acordo com Maia, Nicolato e Lopes (2011, p. 254), ocorre uma diminuio

da absoro de colesterol, diminuio do fracionamento catablico de LDL circulante,

reduo da atividade da lipase heptica e aumento de LDL.

uma patologia mais predominante em mulheres do que em homens, que

surge mais frequentemente de 65 a 74 anos, tendendo a diminuir aps os 75 anos

(MAIA; NICOLATO; LOPES, 2011).

O diagnstico depende de exames de sangue, que avalie os nveis plasmticos

de colesterol. Segundo Maia, Nicolato e Lopes (2011, p. 254) considera-se

hipercolesterolemia quando o colesterol total e o LDL-colesterol so respectivamente

> 240 mg/Dl e >160 mg/Dl.

A hipercolesterolemia um fator de risco para o desenvolvimento de

aterosclerose, uma patologia crnica que responsvel por causar incapacidades e

poder levar morte de pacientes idosos. Portanto imprescindvel um correto

diagnstico e tratamento da hipercolestrolemia (MENDONA et al, 2004).

O tratamento da hipercolesterolemia em idosos compreende mtodos

farmacolgicos e no farmacolgicos. Os mtodos no farmacolgicos, em idosos,

so a primeira opo de tratamento, sendo a pratica de exerccios fsicos uma

26

alternativa eficiente. Outras medidas como diminuio do consumo de bebidas

alcolicas, suspenso do tabagismo e um melhor aporte nutricional tambm so

necessrias (MAIA; NICOLATO; LOPES, 2011).

4.4 Sedentarismo

Com o avanar da idade, a capacidade funcional diminui e as pessoas vo se

tornando cada dia mais sedentrias, o que influencia na qualidade de vida dos idosos

(NETO; CASTRO, 2012). O sedentarismo caracteriza-se pela diminuio ou a falta de

prtica de algum tipo de exerccio fsico que leve a uma queima de calorias

considervel (RIBEIRO et al., 2013).

Apesar das perdas enfrentadas na velhice, os declnios biolgicos normais do processo de envelhecimento no so os principais responsveis pelas doenas e dependncia fsica na velhice, mas sim, o desuso do corpo que acentua essas perdas. Sendo assim, o sedentarismo pode acelerar o processo normal de envelhecimento, tornando o organismo mais propenso a contrair doenas e a encontrar dificuldades na realizao das atividades bsicas e instrumentais da vida diria (TEIXEIRA et al., 2007, p. 107).

Estudos apontam que a maioria da populao sedentria, sendo que as

maiores taxas de sedentarismo esto entre os idosos. Acredita-se que o sedentarismo

seja um dos fatores que influenciem o aumento da taxa de doenas cardiovasculares

e de doenas crnicas na terceira idade (ZAGO, 2010).

Um idoso sedentrio tende a apresentar de forma mais acentuada os declnios

que decorrem do envelhecimento. So geralmente mais fracos, tem uma perda de

massa muscular mais acentuada, o equilbrio torna-se ainda mais prejudicado, a

mobilidade menor, tende a ser um idoso que se cansa facilmente, e que muitas

vezes necessita de ajuda para realizar suas atividades do dia-a-dia de forma mais

eficiente (ZAGO, 2010).

Juntamente com os problemas que decorrem do envelhecimento e do

sedentarismo, aparecem em grande parte dos idosos as doenas crnicas e

cardiovasculares. A juno desses fatores tende a diminuir ainda mais a qualidade de

vida do idoso (ALVES et al, 2004, APARCIO; PINHEIRA, 2014).

A juno do sedentarismo e da presena de doenas crnicas predispe o

idoso as quedas, que trazem consequncias fsicas e mentais aos idosos, alm de

diminuir a qualidade de vida e a independncia dos mesmos (SIQUEIRA et al., 2007,

GUIMARES et al, 2005). A incidncia de quedas em idosos atualmente, tem

27

aumentado, tornando-se um problema de sade pblica no Brasil (PADOIN et al,

2010).

Quedas em idosos so decorrentes de vrios fatores, dentre eles fatores

intrnsecos (relacionados a alteraes sofridas pelo prprio idoso, como por exemplo

no sistema musculoesqueltico) e extrnsecos (relacionados ao ambiente que o idoso

convive). Desta forma, se faz necessrio um acompanhamento do idoso, alm da

adaptao do ambiente em que ele vive, visando a preveno das quedas (STREIT

et al., 2011).

4.5 Exerccio fsico

O exerccio fsico um fator visto como benfico para a qualidade de vida de

qualquer pessoa. A pessoa que pratica exerccio fsico tem uma melhor

funcionalidade, e menos limitaes fsicas. Desse modo, o exerccio fsico

considerado um fator importante na vida dos idosos, que juntamente com outras

medidas de melhora da sade diminuem os efeitos trazidos pelo envelhecimento

(FRANCHI; JUNIOR, 2005, FERNANDES et al, 2012).

Muitos so os benefcios proporcionados pela atividade fsica na terceira idade,

como melhora da funcionalidade, da fora muscular, aumenta a densidade ssea,

aumenta a fora nos membros inferiores reduzindo leses, melhora a captao do

colesterol (LDL e HDL), diminui a ansiedade, melhora a capacidade respiratria, se

tornam mais resistentes a atividades simples do dia a dia, melhora a capacidade

cardaca, diminui as dores, ajuda no controle das doenas crnicas, entre outras

(MATSUDO, 2009).

perceptvel o aumento do nmero de idosos adeptos a prtica de exerccios

fsicos, seja em grupos de idosos ou no. Os idosos perceberam os inmeros

benefcios que os exerccios podem trazer para sua qualidade de vida, e esto

buscando maneiras mais saudveis de viver (MELO; MELO, 2014, BITTAR; LIMA,

2011).

Muitos autores citavam que o melhor tipo de exerccio para o idoso era o

exerccio aerbio, pela sua capacidade de promover benefcios em relao as

doenas crnicas. Hoje j se v necessidade dos exerccios de fora e flexibilidade

na promoo de maiores benefcios na sade da terceira idade (FRANCHI; JUNIOR,

2005).

28

4.6 Fisioterapia

4.6.1 Alongamentos

Alongamento se caracteriza por um exerccio fisioteraputico que visa

aumentar a amplitude de movimento e alongar os msculos que esto encurtados

devido a alguma patologia ou por desuso (KISNER; COLBY, 2005).

O auto alongamento, tambm conhecido como alongamento ativo, aquele em

que o prprio paciente realiza os alongamentos depois de uma instruo cuidadosa

do fisioterapeuta. importante que o fisioterapeuta esteja sempre observando a

realizao do alongamento para corrigir postura incorretas e compensaes. Este tipo

de alongamento permite que o paciente aumente ou mantenha a amplitude de

movimento (KISNER; COLBY, 2005).

4.6.2 Exerccios cinesioteraputicos

Exerccios cinesioteraputicos so tipos de exerccio que utilizam materiais

simples para promover um esforo fsico na busca da preveno ou do tratamento de

patologias ou incapacidades (DELISA; GANS, 2002). Possuem inmeros benefcios,

assim como os exerccios fsicos, como melhora da fora muscular, do equilbrio, da

funcionalidade, diminuio de quedas, alm de atuar preventivamente em alguns tipos

de patologias, diminuir sintomas decorrentes de doenas crnicas e ainda auxiliar na

reabilitao (FILHO; NETTO, 2006).

A prescrio de exerccios cinesioteraputicos para os idosos deve levar em

considerao toda a histria clnica do paciente, alm de ser realizada uma avaliao

minuciosa de cada paciente. Devem sempre estar acompanhados por um profissional

competente e relatar qualquer incmodo que passe a apresentar aps o incio da

realizao dos exerccios (FILHO; NETTO, 2006).

Um programa de exerccios voltado para a terceira idade deve ser

implementado de uma maneira que desperte o interesse dos idosos na sua realizao.

Eles devem se sentir bem e prazerosos na realizao da atividade (FILHO; NETTO,

2006). Nesse aspecto, esto sendo realizados exerccios em grupos, para alm dos

inmeros benefcios conseguir-se tambm uma melhor socializao entre os idosos,

diminuindo assim casos de depresso, aumentando a autoestima e estimulando a

convivncia (VENTURA; RODRIGUES, 2014).

29

4.6.2.1 Exerccios para ganho de fora muscular

Quando se busca o ganho de fora em idosos, o principal tipo de exerccio que

apresenta inmeros benefcios e que tem resultados comprovados o exerccio

contra resistncia progressivo. Neste tipo de exerccio, medida que o idoso vai

apresentando ganhos, a resistncia vai sendo aumentada, mas sempre em uma

quantidade que no gere leses ou provoque dores intensas, respeitando sempre os

limites do paciente. O exerccio resistido progressivo utiliza as contraes isotnicas

na realizao dos exerccios. Entre seus benefcios esto a melhora da fora

muscular, o ganho e a manuteno da massa muscular, proteo contra outras leses

como quedas, melhora da captao de insulina, melhora do equilbrio, da marcha e

da independncia (GUCCIONE, 2002, PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Contraes isotnicas podem ser concntricas, quando h uma diminuio do

comprimento muscular, ou excntricas, quando h um aumento do comprimento

muscular. Na realizao de exerccios resistidos progressivos para ganho de fora

devem ser utilizados as duas formas de contrao, mas a contrao excntrica deve

ser maior do que a concntrica, visto que o msculo fadiga mais rapidamente com a

contrao concntrica (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Equipamentos como pesos livres podem ser utilizados nos treinos de ganho de

fora, e tem como vantagens poderem ser utilizados para realizar exerccios em vrias

direes, alm de ser fcil aumentar ou diminuir o peso. Faixas elsticas, como

theraband, tambm so utilizadas, podendo-se realizar exerccios em planos mais

funcionais (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Com o ganho de fora em membros inferiores o idoso se torna mais confiante,

independente para realizar suas atividades de vida diria. Para o ganho de fora

muscular em membros inferiores, materiais como caneleiras, pesos livres, aparelhos,

faixas elsticas, podem ser utilizados. Os exerccios devem ser prescritos em sries

de doze repeties, sendo realizadas com aumento progressivo da resistncia

(FILHO; NETTO, 2006).

4.6.2.2 Exerccios para equilbrio

Outro tipo de exerccio que tambm traz inmeros benefcios para os idosos

so os exerccios que melhoram o equilbrio (SOARES; SACHELLI, 2008). Filho e

30

Netto (2006), ressaltam que em todo tipo de programa de exerccios para a terceira

idade, exerccios de equilbrio devem ser includos, diminuindo assim os altos ndices

de quedas encontrados nessa faixa da populao.

Os exerccios para equilbrio visam uma reeducao do SNC atravs da

neuroplasticidade, fazendo com que o corpo se acostume novamente com as

mudanas que podem ser geradas pelo movimento de parte ou de todo o corpo,

melhorando com isso o controle postural e o equilbrio (SOARES; SACCHELLI, 2008).

Os exerccios devem ser seguros e estimular o paciente a conseguir execut-

los, devem ser realizados em todos os planos possveis, desenvolver estratgias

multissensoriais, iniciar os exerccios em superfcies mais estveis, onde o paciente

possa obter apoio bilateral em caso de desequilbrio e depois ir progredindo para

superfcies instveis, com menos apoio e mais dinmicas. Um programa de ganho de

equilbrio deve ser criativo visando estimular das melhores maneiras o paciente,

visando sua recuperao (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Devem ser includos em um programa de melhora ou ganho de equilbrio,

exerccios que mudem a base de apoio do paciente, que necessitem de vrios

movimentos coordenados e rpidos, que vo sendo progressivamente dificultados,

para assim estimular o centro de gravidade e trabalhar os msculos necessrios na

manuteno da postura (TASSA; STEFANELLO, 2012).

Uma outra opo para treino de equilbrio so os circuitos multissensoriais de

equilbrio, que alm de atuar no equilbrio esttico e dinmico, com tarefas mais fceis

e mais difceis de serem executadas, ainda ajudam no fortalecimento muscular. Os

circuitos so fceis de serem montados por utilizarem materiais de fcil acesso e

podem ser utilizados em grupos (COSTA et al., 2009).

Os exerccios multissensoriais so desenvolvidos em forma de um circuito composto por treze estaes que consistem em movimentos de cabea, pescoo e olhos; exerccios de controle postural em vrias posies (sentado, em apoio bipodal e unipodal, andando de frente, de costas, lateralmente, em flexo plantar e calcanhar); exerccios com olhos vendados e uso de superfcie instvel (COSTA et al., 2009, p.1).

31

5. METODOLOGIA

5.1 Grupo de estudo

Foi realizado um estudo com um grupo de pessoas com idade igual ou superior

a 60 anos, de ambos os sexos, residentes na cidade de Paracatu MG, que aceitaram

realizar vinte e trs sesses de exerccios cinesioteraputicos. Foram critrios de

excluso da pesquisa pessoas que contabilizassem mais de quatro faltas, pacientes

com diagnstico de trombose venosa, ou que no conseguiram realizar os exerccios

e que no conseguiram entender os comandos.

Segundo dados do IBGE (2015), a populao estimada de Paracatu MG em

2015 de 91.027 pessoas. uma cidade situada no noroeste de Minas Gerais, tendo

como limites municipais Una, Vazante, Guarda Mor, Joo Pinheiro, Lagoa Grande e

Cristalina (IBGE, 2015). A figura 1 ilustra sua localizao.

Figura 1: Mapa de localizao da cidade de Paracatu- MG

FONTE: IBGE, 2016

5.2 Materiais e mtodos

Trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, que analisou os efeitos dos

exerccios cinesioteraputicos na fora muscular de membros inferiores e no equilbrio

em idosos.

Um estudo quantitativo-descritivo consiste em investigaes de pesquisa emprica cuja finalidade o delineamento ou anlise das caractersticas de

32

fatos ou fenmenos, a avaliao de programas, ou o isolamento de variveis principais ou chaves (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 70).

O estudo foi realizado no primeiro semestre de 2016, trs vezes por semana,

na Clnica Escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma situada na cidade de

Paracatu MG.

Os pacientes foram informados sobre o estudo e depois de esclarecida

qualquer dvida assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (anexo A),

elaborado conforme as exigncias do captulo IV do Conselho Nacional de Sade,

resoluo 196/96 (BRASIL, 2012). Depois foi realizada uma avaliao individual de

cada indivduo componente da pesquisa, atravs de uma ficha de avaliao (apndice

A). Ao final, foi realizado a reavaliao dos indivduos (apndice B).

Para avaliar o equilbrio foi utilizado a escala de equilbrio funcional de Berg. A

escala de Berg consiste em quatorze perguntas, com score de 0 a 4 cada uma,

avaliando equilbrio esttico e dinmico (PERES; SILVEIRA, 2010). Segundo Peres e

Silveira (2010) Os escores absolutos so obtidos por meio de 14 testes avaliando a

habilidade do indivduo de se sentar, ficar de p, alcanar, girar em volta de si mesmo,

olhar por cima de seus ombros e ficar sobre apoio. Foi utilizado neste teste materiais

como uma cadeira, um banco, um degrau, uma caneta esferogrfica da marca BIC e

um cronmetro.

O Time up and go test um teste utilizado para avaliar indiretamente a fora

muscular de membros inferiores (TEIXEIRA et al., 2007). um teste que avalia

tambm a mobilidade dos idosos (MACIEL; GUERRA, 2005). Consiste em o paciente

levantar de uma cadeira, andar por trs metros sobre uma linha reta, virar-se e andar

at a cadeira e sentar-se. Quanto maior for o tempo que o idoso leva para realizao

do teste, menor ser o seu grau de fora em membros inferiores (SILVA et al., 2008,

BETRAN et al, 2013). Para realizao deste teste foi utilizada uma cadeira com 30 cm

de altura sem encosto de braos, fita crepe, fita mtrica, cronmetro e caneta

esferogrfica da marca BIC.

Depois foram realizadas s sesses, que tiveram tempo de durao de

cinquenta minutos e foram realizadas em grupo. Ao final das sesses, no ltimo dia

de encontro, os pacientes foram reavaliados. As sesses foram compostas por

33

alongamentos, exerccios cinesioteraputicos para ganho de fora de membros

inferiores e treino de equilbrio, e relaxamento (Apndice C).

34

6 RESULTADOS E DISCUSSO

A pesquisa ocorreu entre fevereiro e abril de dois mil e dezesseis, trs vezes

na semana, durante nove semanas, totalizando 23 sesses, sendo destas, duas

destinadas a avaliao e uma a reavaliao.

A amostra foi composta por nove pacientes de ambos os sexos, sendo um do

sexo masculino e oito do sexo feminino, residentes na cidade de Paracatu/ MG, com

idades entre 61 e 81 anos, com mdia de idade de 68 anos.

O protocolo de exerccios cinesioteraputicos foi composto por exerccios para

fortalecimento muscular de membros inferiores e equilbrio, e cinco minutos de

relaxamento ao final de cada sesso, tendo cada sesso, cinquenta minutos de

durao.

Percebeu-se durante a pesquisa que a maioria dos pacientes possui patologias

crnicas (Figura 02). Gravina e colaboradores (2007), ressaltam que a aposentadoria

leva o idoso a um crescente sedentarismo e aos maus hbitos alimentares o que

acarreta o surgimento de problemas como obesidade, esteatose heptica, diabetes

mellitus, colesterol elevado e hipertenso arterial.

Figura 2: Patologias apresentadas pelos pacientes

FONTE: o autor

11,10%

22,20%

66,60%

11,10%

22,20%

Hipercolesterolemia Diabetes mellitus Hipertenso arterialDoena de Chagas Nenhuma

35

O envelhecimento traz consigo o aumento das doenas crnicas, devido as

alteraes ocorridas no corpo decorrentes do prprio envelhecimento somadas aos

maus hbitos de vida dos idosos (VERAS, 2009).

Bueno e colaboradores (2008) realizaram um estudo com um grupo de 82

idosos, onde 46,3% dos idosos possuam hipertenso arterial, representando a

doena crnica mais comum, tendo a idade avanada como um fator de risco. Outras

patologias crnicas foram encontradas como hipercolesterolemia, mas em incidncia

menor, como encontrado no presente estudo.

No estudo realizado por Betran e outros (2013), a incidncia de doenas

crnicas em um grupo de idosos foi, tambm, alta. Dentre as patologias mais

encontradas destacam-se a hipertenso arterial, o colesterol aumentado e a diabetes,

o que condiz com os resultados do presente estudo, visto que foram estas mesmas

patologias as mais encontradas entre os participantes deste estudo.

Siqueira e outros (2007), apontam que o crescente aumento no nmero de

idosos e de ocorrncia de doenas crnico-degenerativas nessa faixa da populao,

requerem um maior treinamento e adequao dos servios de sade para uma

ateno rpida e correta a nova demanda.

O diagnstico precoce e a preveno so imprescindveis para proporcionar

uma melhor qualidade de vida e uma independncia fsica e mental aos idosos.

Quando diagnosticadas essas doenas, os idosos precisam fazer um controle do

estilo de vida para evitar situaes mais graves (TRENTINI et al., 2005).

A prtica de exerccios, como exerccios cinesioteraputicos, tem sido

apontado como fator no farmacolgico para o controle de doenas crnicas. Tem

entre seus principais efeitos a reduo do nvel de triglicrides, da presso arterial, do

peso corporal, alm de melhorar a captao de glicose, aumentar os nveis de HDL

no sangue, aumentar a flexibilidade e a fora muscular (GRAVINA; GRESPAN;

BORGES, 2007).

No presente estudo no foram vistos benefcios dos exerccios

cinesioteraputicos no controle das doenas crnicas, j que no foram utilizados

mtodos para se verificar ou no esta eficcia.

Dentre os pacientes deste estudo, quatro relataram ter sofrido alguma queda

no ltimo ano, sendo que destes quatro apenas dois referiram ter tido alguma

36

repercusso funcional. Aps o incio da realizao dos exerccios, nenhum idoso

relatou ter sofrido alguma queda (Figura 3).

Figura 3: Porcentagem de quedas apresentadas pelo idosos

FONTE: o autor

Uma das principais consequncias do sedentarismo aliado a doenas crnico-

degenerativas so as quedas. Elas acontecem principalmente em idosos sedentrios,

com comprometimentos funcionais, ou que apresentem alguma doena que provoque

uma alterao do equilbrio e da mobilidade (GUIMARES et al., 2004).

Um estudo realizado por Guimares e colaboradores (2004), comparou o risco

de quedas de um grupo de idosos que realizavam atividades fsicas trs vezes na

semana e idosos sedentrios. Eles concluram que a pratica de atividades fsicas

reduz consideravelmente o risco de quedas em idosos, visto que idosos sedentrios

possuem cerca de 80% de risco mdio de sofrerem alguma queda, enquanto que

idosos ativos possuem cerca de 5% de risco mdio de cair.

O estudo realizado por Streit e colaboradores (2011), avaliou o ndice de

quedas em idosos, antes e aps a realizao de um protocolo de exerccios que

envolviam exerccios para fortalecimento muscular de membros inferiores e equilbrio,

realizado trs vezes na semana. Chegaram concluso que houve uma reduo no

nmero de quedas aps a realizao dos exerccios, corroborando com os achados

do presente estudo.

66% 100%

44%0

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Antes Depois

Nu

me

ro d

e Id

oso

s

No caram

Caram

37

Constata-se na figura 4 que houve uma melhora significativa no equilbrio dos

idosos participantes deste estudo, comparando-se os valores obtidos antes e depois

da realizao do protocolo de exerccios cinesioteraputicos.

Figura 4: Pontuao total obtida na escala de equilbrio funcional de Berg

FONTE: o autor

O envelhecimento traz uma srie de alteraes ao organismo do idoso. Uma

dessas alteraes ocorre no sistema nervoso central, sistema vestibular,

proprioceptivo e tambm no visual. Essa srie de alteraes leva o idoso ao equilbrio

diminudo, dificultando a realizao de algumas tarefas e podendo levar a dificuldades

na marcha, instabilidade postural e at a quedas (SOARES; SACCHELLI, 2008).

O equilbrio dos participantes deste estudo foi avaliado a partir da escala de

equilbrio funcional de Berg. A escala de equilbrio funcional de Berg um instrumento

capaz de avaliar o equilbrio esttico e dinmico de idosos. Trata-se de uma maneira

simples de se avaliar o equilbrio, sendo composta por quatorze perguntas que

possuem um score de 0 a 4 pontos, com uma pontuao mxima de 56 pontos

(SOARES; SACCHELLI, 2008).

Soares e Sacchelli (2008), realizaram um estudo com um grupo de idosos

aplicando um protocolo de exerccios cinesioteraputicos por trs meses, totalizando

24 sesses e concluram que houve uma melhora no equilbrio dos mesmos, levando

0 0

2

0

7

9

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Antes Depois

Quantidade d

e idosos

Pontuao

Menor que 30 De 31 a 46 de 47 a 56

38

a um aumento na independncia e reduzindo o risco de quedas, estando de acordo

com os resultados do presente trabalho.

No estudo de Bechara e Santos (2008), foi avaliado a eficcia de um programa

de exerccios fisioteraputicos para melhora do equilbrio em dez idosos. Eles foram

submetidos a exerccios durante seis semanas. Aps a realizao do programa de

exerccios foi comprovada a eficcia dos mesmos na melhora do equilbrio de idosos.

Zambaldi e colaboradores (2007), realizaram um estudo com um grupo de seis

idosas durante oito semanas, aplicando um protocolo de exerccios visando a melhora

do equilbrio. Perceberam uma melhora significativa no equilbrio das idosas,

aumentando a pontuao total na escala de equilbrio de Berg, concluindo que o treino

de equilbrio simples capaz de melhorar o equilbrio em idosas da comunidade.

Um estudo realizado por Aparcio e Pinheira (2014), aplicou um programa de

exerccios com 30 indivduos idosos, durante oito semanas, visando avaliar a adeso

de idosos a programas de exerccios e a efetividade deste tipo de programa no ganho

de equilbrio em idosos. Verificaram que houve melhora significativa no equilbrio dos

idosos avaliados, mas ressaltaram em seu estudo que ainda h uma dificuldade de

adeso dos idosos a certos programas em grupo.

Na figura 05 possvel perceber que houve uma melhora tambm na fora

muscular dos membros inferiores, visto que houve uma diminuio no tempo de

realizao do timed up and go test, mostrando que os exerccios cinesioteraputicos

so eficazes no aumento e/ou na manuteno da fora muscular.

O timed up and go test avalia indiretamente a fora muscular dos membros

inferiores, alm de verificar tambm a mobilidade dos idosos. validado pelo tempo

que o idoso leva para levantar de uma cadeira, caminhar por trs metros, voltar e

sentar na cadeira (MACIEL; GUERRA, 2005).

Maciel e Guerra (2005), destacam que problemas relacionados a diminuio

da fora muscular em membros inferiores, diminuio do equilbrio e da viso so

fatores que afetam diretamente a mobilidade em idosos.

Betran e colaboradores (2013), fizeram um estudo aplicando o timed up and go

test em um grupo de 106 idosos, e verificaram que com o aumento da idade o tempo

para realizao do teste se torna maior, visto que com o aumento da idade a fora

muscular e a mobilidade dos idosos diminuem. No presente estudo, apenas um

39

participante com a idade mais avanada obteve diferena de tempo dos demais na

realizao do teste antes do protocolo de exerccios, sendo que aps a realizao dos

exerccios esta participante se igualou aos demais.

Figura 5: Tempo para realizao do timed up and go test

FONTE: O autor

Zambaldi e colaboradores (2007), avaliaram tambm o tempo gasto por um

grupo de idosos na realizao do timed up and go test antes e aps a realizao de

um protocolo de exerccios em grupo com seis idosas. Foi observado uma diminuio

no tempo de realizao, o que segundo eles representa uma melhora na fora

muscular e consequentemente no equilbrio das participantes do estudo.

No estudo de Padoin e colaboradores (2010), o timed up and go test foi aplicado

em 55 idosos que realizavam exerccios trs vezes na semana. Segundo os

resultados obtidos, os idosos que realizavam os exerccios, que envolviam exerccios

de fortalecimento muscular, apresentaram tempo de realizao do teste menor,

demonstrando que os exerccios trazem inmeros benefcios para a sade dos idosos.

Streit e colaboradores (2011) avaliou a fora muscular de membros inferiores

de um grupo de idosos que praticavam exerccios de fortalecimento muscular e

equilbrio trs vezes na semana, e concluram que a pratica de exerccios benfica

para os idosos, sendo capaz de melhorar a fora muscular e o equilbrio.

0 0

1

0

8

9

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Antes Depois

N

me

ro d

e id

oso

s

Tempo

30 segundos ou mais de 20 a 29 segundos menos de 20 segundos

40

A prtica de exerccios regulares diminui os efeitos provocados pelo

sedentarismo, aumentando a mobilidade fsica, a fora muscular, a estabilidade

postural e diminuindo os riscos de queda (GUIMARES et al., 2004). Exerccios

praticados em grupo estimulam o idoso a se socializar, trocar informaes e ampliar

seus vnculos sociais, alm de deixar a pratica de exerccios mais prazerosa (BITTAR;

LIMA, 2011).

41

7. CONCLUSO

Conclui-se que os exerccios cinesioteraputicos so capazes de trazer ganhos

a funcionalidade dos idosos, aumentando a fora muscular dos membros inferiores e

melhorando o equilbrio dos mesmos, alm de lhes trazer mais independncia e

qualidade de vida.

42

8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ACIOLE, G. G.; BATISTA, L. H. Promoo da sade e preveno de incapacidades funcionais dos idosos na estratgia de sade da famlia: a contribuio da fisioterapia. Sade em Debate, Rio de Janeiro, v. 37, n. 96, p. 10-19, jan-mar. 2013. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v37n96/03.pdf >. Acesso em 24 de agosto de 2015.

ALVES, R. V. et al. Aptido fsica relacionada sade de idosos: influncia da hidroginstica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Recife, vol. 10, n. 1, jan/fev. 2004. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n1/03.pdf >. Acesso em 15 de outubro de 2015.

APARCIO, M.; PINHEIRA, V. Resultados da adeso a um programa de exerccios para pessoas idosas. INFAD Revista de Psicologia, Portugal, v. 1, n.2, p. 63-70.2014. Disponvel em< http://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/2626/1/RESULTADOS%20DA%20ADES%C3%83O%20A%20UM%20PROGRAMA%20DE%20EXERC%C3%8DCIOS%20PARA%20PESSOAS%20IDOSAS.pdf >. Acesso em 26 de abril de 2016.

ARAUJO, M. L. M. de; FL, C. M.; MUCHALE, S. M. Efeitos dos exerccios resistidos sobre o equilbrio e a funcionalidade de idosos saudveis: artigo de atualizao. Fisioterapia e Pesquisa, So Paulo, v. 17, n. 3, p. 227-83, jul-set. 2010. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/fp/v17n3/16.pdf >. Acesso em 18 de agosto de 2015.

BALBINOT, A. D. Anlise da motivao para a prtica regular de exerccio fsico na terceira idade. Revista A Terceira Idade: estudos sobre o envelhecimento. So Paulo, v. 23, n. 53, p.58-72, mar. 2012.

BARBOSA, R. G. B. et al. Adeso ao Tratamento e Controle da Presso Arterial em Idosos com Hipertenso. Arquivo Brasileiro Cardiologia, Ribeiro Preto, p. 340-46, 2012. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/abc/2012nahead/aop05112.pdf >. Acesso em 10 de abril de 2016.

BECHARA, F. T.; SANTOS, S. M. S. Efetividade de um programa fisioteraputico para treino de equilbrio em idosos. Revista Sade e Pesquisa, Londrina, v. 1, n. 1, p. 15-20, jan-abr. 2008. Disponvel em < http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/701/573 >. Acesso em 22 de agosto de 2015.

BETRAN, O. et al. Risco de queda em idosos da comunidade: avaliao com o teste Timed up and go. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, So Paulo, vol.79, n.1, jan./feb. 2013. Disponvel em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1808-86942013000100004&script=sci_arttext >. Acesso em 15 de abril de 2016.

BITTAR, C.; LIMA, L. C. V. de. O impacto das atividades em grupo como estratgia de promoo da sade na senescncia. Revista Kairs Gerontologia, So Paulo, v.14, n.4, p. 101-118, setembro. 2011. Disponvel em <

http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v37n96/03.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n1/03.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/fp/v17n3/16.pdfhttp://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/701/573

43

http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/10053/7482 >. Acesso em 26 de abril de 2016.

BRAGA, J. C. V. et al. Aspectos Clnicos e Teraputicos da Insuficincia Cardaca por Doena de Chagas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Salvador, v. 86, n. 4, abril. 2006. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/%0D/abc/v86n4/28921.pdf >. Acesso em 16 de abril de 2016.

BRASIL. Ministrio da Sade. Conselho Nacional de Sade comisso nacional de tica em pesquisa. Resoluo n 196/96 verso 2012. Disponvel em < http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/aquivos/resolucoes/23_out_versao_final_196_ENCEP2012.pdf >. Acesso em 29 de abril de 2016.

BUENO, J. M. et al. Avaliao nutricional e prevalncia de doenas crnicas no transmissveis em idosos pertencentes a um programa assistencial. Cincia & Sade Coletiva, Alfenas, v.13, n.4, p.1237-1246. 2008. Disponvel em < http://www.scielosp.org/pdf/csc/v13n4/20.pdf >. Acesso em 18 de abril de 2016.

CARVALHIDO, T.; PONTES, M. Reabilitao domiciliaria em pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral. Revista da Faculdade de Cincias da Sade. Porto: Edies Universidade Fernando Pessoa, v.1646, n. 6, p. 140-150. 2009 Disponvel em < http://bdigital.ufp.pt/handle/10284/1278 >. Acesso em 18 de abril de 2016.

CIOSAK, S. I. et al. Senescncia e senilidade: novo paradigma na ateno bsica de sade. Revista da Escola de Enfermagem da USP, So Paulo, v.45, n. 2, dez. 2011. Disponvel em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000800022&lng=pt&nrm=iso >. Acesso em 19 de outubro de 2015.

CONTIERO, A. P. et al. Idoso com hipertenso arterial: dificuldades de acompanhamento na Estratgia Sade da Famlia. Revista Gacha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 30, n. 1,p. 62-70, mar. 2009. Disponvel em < file:///E:/Downloads/4227-36323-1-PB.pdf >. Acesso em 10 de abril de 2016.

COSTA, J. N. de A. et al. Exerccios multissensoriais no equilbrio e na preveno de quedas em idosos. Efde esportes. Revista Digital, Buenos Aires, ano 14, n. 135, agos. 2009. Disponvel em < http://www.efdeportes.com/efd135/exercicios-multisensoriais-em-idosos.htm > Acesso em 29 de outubro de 2015.

CRUZ, K. C. T. da; DIOGO, M. J. D. E. Avaliao da capacidade funcional de idosos com acidente vascular enceflico*. Acta Paulista de Enfermagem, Campinas, v. 22, n. 5, p. 666-72. 2009. Disponvel em < http://www2.unifesp.br/acta/pdf/v22/n5/v22n5a11.pdf >. Acesso em 18 de abril de 2016.

DAVINI, R.; NUNES, C. V. Alteraes no sistema neuromuscular decorrentes do envelhecimento e o papel do exerccio fsico na manuteno da fora muscular em indivduos idosos. Revista Brasileira de Fisioterapia, Campinas, vol. 7, n. 3, p.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000800022&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000800022&lng=pt&nrm=isohttp://www.efdeportes.com/efd135/exercicios-multisensoriais-em-idosos.htmhttp://www.efdeportes.com/efd135/exercicios-multisensoriais-em-idosos.htm

44

201-207. 2003. Disponvel em < http://www.rbf-bjpt.org.br/files/v7n3/v7n3a03.pdf>. Acesso em 22 de setembro de 2015.

DELISA, J. A.; GANS, B. M. Tratado de Medicina de Reabilitao: princpios e prtica. Volume 1, 3 ed, So Paulo: Manole, 2002, cap. 28, p. 735-784.

FECHINE, B. R. A.; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: as principais alteraes que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Revista Cientfica Internacional, Castelo Branco, ed. 20, vol. 1, artigo 7, janeiro maro 2012. Disponvel em < http://ucbweb2.castelobranco.br/webcaf/arquivos/15482/10910/envelhecimento.pdf >. Acesso em 12 de agosto de 2015.

FERNANDES, A. M. B. L. et al. Efeitos da prtica de exerccio fsico sobre o desempenho da marcha e da mobilidade funcional em idosos. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 25, n. 4, p. 821-830, out./dez. 2012. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/fm/v25n4/a15v25n4.pdf >. Acesso em 01 de setembro de 2015.

FERREIRA, D. C. de O.; YOSHITOME, A. Y. Prevalncia e caractersticas das quedas em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Enfermagem, Braslia, v. 63, n. 6, p. 991-7, nov-dez. 2010. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n6/19.pdf >. Acesso em 22 de setembro de 2015.

FILHO, E. T. de C.; NETTO, M. P. Geriatria: fundamentos, clnica e teraputica. 2 ed. So Paulo: Atheneu, 2006. Cap.4. Pag. 43-61.

FILHO, M. L. M et al. Atividade fsica e envelhecimento humano: a busca pelo envelhecimento saudvel. Revista Brasileira de Cincias do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, v. 7, n. 1, p. 97-106, jan-abr. 2010. Disponvel em < http://www.perguntaserespostas.com.br/seer/index.php/rbceh/article/view/448/926 >. Acesso em 22 de agosto de 2015.

FRANCHI, K. M. B.; JUNIOR, R. M. M. Atividade fsica: uma necessidade para a boa sade na terceira idade. Revista Brasileira em Promoo da Sade, Fortaleza, v. 18, n. 3, p. 152-156. 2005. Disponvel em < http://www.redalyc.org/pdf/408/40818308.pdf >. Acesso em 14 de outubro de 2015.

FRANCISCO, P. M. S. B. et al. Diabetes auto-referido em idosos: prevalncia, fatores associados e prticas de controle. Caderno de Sade Pblica, Rio de Janeiro, v.26, n.1, p.175-184, jan. 2010. Disponvel em < http://www.scielosp.org/pdf/csp/v26n1/18.pdf >. Acesso em 09 de abril de 2016.

GONALVES, D. F. F.; RICCI, N. A.; COIMBRA, A. M. V. Equilbrio funcional de idosos da comunidade: comparao em relao ao histrico de quedas. Revista Brasileira Fisioterapia, So Carlos, v. 13, n.4, p. 316-23, jul/ago. 2009. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n4/aop042_09.pdf >. Acesso em 14 de outubro de 2015.

GRAVINA, C. L.; GRESPAN, S. M.; BORGES, J. L. Tratamento no-medicamentoso

da hipertenso no idoso. Revista Brasileira de Hipertenso, So Paulo, vol.14, n.1,

p. 33-36. 2007. Disponvel em <

https://www.researchgate.net/profile/Claudia_Gravina/publication/240616988_Tratam

http://ucbweb2.castelobranco.br/webcaf/arquivos/15482/10910/envelhecimento.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/fm/v25n4/a15v25n4.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/reben/v63n6/19.pdfhttp://www.perguntaserespostas.com.br/seer/index.php/rbceh/article/view/448/926http://www.redalyc.org/pdf/408/40818308.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n4/aop042_09.pdf

45

ento_no-medicamentoso_da_hipertenso_no_idoso_Non-

pharmacological_treatment_of_hypertension_in_the_elderly/links/02e7e52a1316d32

ed5000000.pdf >. Acesso em 12 de abril de 2016.

GUCCIONE, A. A. Fisioterapia Geritrica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Cap. 3. Pag. 27-46.

GUIMARES, L. H. C. T. et al. Comparao da propenso de quedas entre idosos que praticam atividade fsica e idosos sedentrios. Revista Neurocincias, Lavras, v. 12, n.2, abr/jun. 2004. Disponvel em < http://services.epm.br/dneuro/neurociencias/Neurociencias12-2.pdf#page=11 >. Acesso em 15 de abril de 2016. IBGE. Cidades: Minas Gerais Paracatu, 2016. Disponvel em < http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=314700 > Acesso em 11 de maio de 2016. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Histrico de Paracatu Minas Gerais, 2015. Disponvel em < http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=314700&search=minas-gerais|paracatu|infograficos:-historico >. Acesso em 09 de outubro de 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Projeo da Populao Grupos especiais de idade 1980 2050 Reviso 2008a. Disponvel em < http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP305&t=revisao-2008-projecao-populacao-grupos-especiais >. Acesso em: 22 de setembro de 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Projeo da populao esperana de vida 1980-2050 Reviso 2008b. Disponvel em < http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP321&t=revisao-2008-projecao-populacao-esperanca-vida >. Acesso em 22 de setembro de 2015.

KISNER, C.; COLBY, L. A. Exerccios Teraputicos: fundamentos e tcnicas. So Paulo: Manole, 2005, cap. 5, p. 171-188.

MACEDO, C.; GAZZOLA, J. M.; NAJAS, M. Sndrome da fragilidade no idoso: importncia da fisioterapia. Arquivos Brasileiros de Cincias da Sade, So Paulo, v. 33, n.3, p.177-84. 2008. Disponvel em < http://www.saudedireta.com.br/docsupload/134036680533abcs177.pdf >. Acesso em 12 de agosto de 2015.

MACIEL, A. C. C.; GUERRA, R. O. Fatores associados alterao da mobilidade

em idosos residentes na comunidade. Revista Brasileira de Fisioterapia, So

Paulo, vol. 9, n. 1, 2005. Disponvel em <

https://www.researchgate.net/profile/Alvaro_Maciel4/publication/242197495_FATOR

ES_ASSOCIADOS__ALTERAO_DA_MOBILIDADE_EM_IDOSOS_RESIDENTES_N

A_COMUNIDADE/links/55e85d7808ae3e12184230bb.pdf >. Acesso em 15 de abril

de 2016.

http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=314700&search=minas-gerais|paracatu|infograficos:-historicohttp://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=314700&search=minas-gerais|paracatu|infograficos:-historicohttp://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP305&t=revisao-2008-projecao-populacao-grupos-especiaishttp://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP305&t=revisao-2008-projecao-populacao-grupos-especiaishttp://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP321&t=revisao-2008-projecao-populacao-esperanca-vidahttp://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP321&t=revisao-2008-projecao-populacao-esperanca-vidahttp://www.saudedireta.com.br/docsupload/134036680533abcs177.pdf

46

MAIA, I. C. M. P.; NICOLATO, R.; LOPES, A. C. S. Aconselhamento nutricional a idosos dislipidmicos. Revista Mdica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 21, n. 3, p. 253-259. 2011. Disponvel em < http://rmmg.org/artigo/detalhes/167 >. Acesso em 29 de abril de 2016.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Tcnicas de pesquisa: planejamento e execuo de pesquisas, amostragens e tcnicas de pesquisa, elaborao, anlise e interpretao de dados. 7 ed. So Paulo: Atlas, 2011. Cap. 3. Pag. 70-71.

MATSUDA, C. N. et al. Como diagnosticar e tratar Doena de Chagas. Revista Brasileira de Medicina, So Paulo, v. 71, n. 10, pag. 347-353, out/2014. Disponvel em < http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5937 >. Acesso em 16 de abril de 2016.

MATSUDO, S. M. M. Envelhecimento, atividade fsica e sade. Boletim do Instituto da Sade, So Paulo, n.47, abr. 2009. Disponvel em < http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-18122009000200020&lng=es&nrm=iso&tlng=es >. Acesso em 28 de outubro de 2015.

MELO, A. C. S.; MELO, C. F. Grupos sociais: instrumento na manuteno da sade do idoso?. Mais60- Estudos sobre o Envelhecimento, So Paulo, v. 25, n. 61, p.26-41, nov. 2014.

MENDONA, T. T. de. et al. Risco cardiovascular, aptido fsica e prtica de atividade fsica de idosos de um parque de So Paulo. Revista Brasileira de Cincia e Movimento, Braslia, v. 12, n. 2, p. 19-24, junho. 2004. Disponvel em < http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/551/575 >. Acesso em 26 de abril de 2016.

MIRANDA, R. D. et al. Hipertenso arterial no idoso: peculiaridades na fisiopatologia, no diagnstico e no tratamento. Revista Brasileira de Hipertenso, So Paulo, v. 9, p. 293-300. 2002. Disponvel em . Acesso em 10 de abril de 2016.

NETO, M. G.; CASTRO, M. F. de. Estudo comparativo da independncia funcional e qualidade de vida entre idosos ativos e sedentrios. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, So Paulo, v. 18, n 4, Jul/Ago. 2012. Disponvel em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922012000400003>. Acesso em 15 de outubro de 2015.

PADOIN, P. G. et al. Anlise comparativa entre idosos praticantes de exerccio fsico e sedentrios quanto ao risco de quedas. O Mundo da Sade, So Paulo, vol. 34, n.2, p.158-164. 2010. Disponvel em < http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/75/158a164.pdf >. Acesso em 15 de abril de 2016.

PEREIRA, A. P. F. V.; RODRIGUES, R. N.; MACHADO, C.J. Fatores associados prevalncia de diabetes auto-referido entre idosos de Minas Gerais. Revista

http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-18122009000200020&lng=es&nrm=iso&tlng=eshttp://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-18122009000200020&lng=es&nrm=iso&tlng=eshttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922012000400003

47

Brasileira de Estudos da Populao, So Paulo, v. 25, n. 2, p. 365-376, jul./dez. 2008. Disponvel em < http://www.rebep.org.br/index.php/revista/article/view/165/pdf_158 >. Acesso em 10 de abril de 2016.

PERES, M.; SILVEIRA, E. da. Efeito da reabilitao vestibular em idosos: quanto ao equilbrio, qualidade de vida e percepo. Cincia & Sade Coletiva, So Paulo, v.15, n.6, p.2805-2814. 2010. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n6/a18v15n6 >. Acesso em 01 de setembro de 2015.

PRENTICE, W. E.; VOIGHT, M. L. Tcnicas em reabilitao musculoesqueltica. Porto Alegre: Artmed, 2003, cap. 5, p. 61-68.

RIBEIRO, R. F. et al. Avaliao do equilbrio dinmico em idosos ativos e sedentrios. Revista Fisioterapia Brasil, So Paulo, v. 14, n. 5, set/out 2013, p. 382-87.

SILVA, A. da et al. Equilbrio, Coordenao e Agilidade de Idosos Submetidos Prtica de Exerccios Fsicos Resistidos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, So Paulo, v. 14, n. 2, Mar/Abr. 2008. Disponvel em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151786922008000200001 >. Acesso em 29 de agosto de 2015.

SILVA, T. R. et al. Controle de Diabetes Mellitus e Hipertenso Arterial com Grupos de Interveno Educacional e Teraputica em Seguimento Ambulatorial de uma Unidade Bsica de Sade. Sade e Sociedade, So Paulo, v.15, n.3, p.180-189, set-dez. 2006. Disponvel em < file:///E:/Downloads/7503-10000-1-PB.pdf >. Acesso em 08 de abril de 2016.

SIQUEIRA, F. V. et al. Prevalncia de quedas em idosos e fatores associados.

Revista de Sade Pblica, So Paulo, v.41, n. 5, p.749-56. 2007. Disponvel em <

file:///E:/Downloads/32309-37460-1-PB.pdf >. Acesso em 12 de abril de 2016.

SOARES, M. A.; SACCHELLI, T. Efeitos da cinesioterapia no equilbrio de idosos. Revista Neurocincias, So Bernardo do Campo, v. 16, n. 5, p. 97-100, jun. 2008. Disponvel em . Acesso em 01 de setembro de 2015.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, So Paulo, v.89, n.3, Sept. 2007. Disponvel em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2007001500012&script=sci_arttext&tlng=pt >. Acesso em 10 de abril de 2016.

STREIT, I. A. et al. Aptido fsica e ocorrncia de quedas em idosos praticantes de exerccios fsicos. Revista Brasileira de Atividade Fsica & Sade, So Paulo, v. 16, n. 4, p. 346-352. 2011. Disponvel em < https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/view/632 >. Acesso em 26 de abril de 2016.

http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n6/a18v15n6http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151786922008000200001http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2008/RN%2016%2002/Pages%20from%20neuro_vol_16_n2-5.pdfhttp://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2008/RN%2016%2002/Pages%20from%20neuro_vol_16_n2-5.pdf

48

TASSA, K. O. M. el; STEFANELLO, J. M. F. Efeitos de um programa de imaginao sobre o equilbrio em idosos: uma reviso de literatura. Revista A Terceira Idade: Estudos sobre Envelhecimento, So Paulo, v. 23, n. 53, p. 18-29, mar. 2012.

TAVARES, D. M. dos S. et al. Caracterizao de idosos diabticos atendidos na ateno secundria. Cincia & Sade Coletiva, So Paulo, v.12, n.5, p. 1341-1352. 2007. Disponvel em < http://www.scielosp.org/pdf/csc/v12n5/26.pdf >. Acesso em 09 de abril de 2016.

TEIXEIRA, D. de C. et al. Efeitos de um programa de exerccio fsico para idosas sobre variveis neuro-motoras, antropomtrica e medo de cair. Revista Brasileira de Educao Fsica e Esporte, So Paulo, v.21, n.2, p.107-20, abr./jun. 2007. Disponvel em < http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16648/18361 >. Acesso em 29 de agosto de 2015.

TEIXEIRA, I. N. D. A. O. O envelhecimento cortical e a reorganizao neural aps o acidente vascular enceflico (AVE): implicaes para a reabilitao. Cincia & Sade Coletiva, So Paulo, v. 13, n.2, p. 2171-2178. 2008. Disponvel em < http://www.scielosp.org/pdf/csc/v13s2/v13s2a22.pdf >. Acesso em 18 de abril de 2016.

TRENTINI, M. et al. Enfrentamento de situaes adversas e favorveis por pessoas idosas em condies crnicas de sade. Revista Latino-americana de Enfermagem, Paran, v. 13, n. 1, p. 38-45, jan-fev. 2005. Disponvel em < http://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/1991/0 >. Acesso em 15 de abril de 2016. VENTURA, T. S.; RODRIGUES, G. M. Muito alm do encontro: as percepes de idosos e a prtica de exerccios fsicos em grupo. Mais60 Estudos sobre o Envelhecimento, So Paulo, v. 25, n. 61, p. 74- 91, nov. 2014.

VERAS, R. Envelhecimento populacional contemporneo: demandas, desafios e inovaes. Revista Sade Pblica, So Paulo, v.43, n. 3, p. 548-54, maio-junho. 2009. Disponvel em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102009005000025&script=sci_arttext >. Acesso em 25 de agosto de 2015.

ZAGO, A. S. Exerccio fsico e o processo sade-doena no envelhecimento. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 13, n.1, p. 153-58. 2010. Disponvel em < http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v13n1/a16v13n1.pdf >. Acesso em 13 de outubro de 2015.

ZAITUNE, M. P. do A. et al. Hipertenso arterial em idosos: prevalncia, fatores associados e prticas de controle no Municpio de Campinas, So Paulo, Brasil. Caderno de Sade Pblica, Rio de Janeiro, v. 22, n.2, p. 285-294, fev.2006. Disponvel em < http://www.scielosp.org/pdf/csp/v22n2/06.pdf >. Acesso em 10 de abril de 2016.

ZAMBALDI, P. A. et al. Efeito de um treinamento de equilbrio em um grupo de mulheres idosas da comunidade: estudo piloto de uma abordagem especfica, no sistematizada e breve. Revista Acta Fisitrica, So Paulo, v. 14, n.1, p. 17-24. 2007. Disponvel em

49

gle&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=536575&indexSearch=ID >. Acesso em 15 de abril de 2016.

50

ANEXOS

ANEXO A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Conselho Nacional de Sade, Resoluo 196/96).

Eu, _______________________________________, RG _________________,

abaixo qualificado (a), declaro para fins de participao em pesquisa, que fui

devidamente esclarecido sobre o projeto de pesquisa intitulado: Efeitos dos exerccios

cinesioteraputicos no fortalecimento muscular de membros inferiores e no equilbrio

de idosos, desenvolvido pela aluna Tuane Cristina da Silva Santos, do curso de

bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma em Paracatu/MG.

O treinamento de equilbrio e fora em idosos uma abordagem eficaz na melhora da

sua funcionalidade, da auto estima, da qualidade de vida, alm de atuar como fator

preventivo em alteraes decorrentes de patologias ou do prprio envelhecimento.

Sero realizadas vinte sesses de exerccios cinesioteraputicos duas vezes na

semana. Este estudo tem o intuito de analisar os efeitos dos exerccios

cinesioteraputicos na melhora do equilbrio e da fora de membros inferiores em

idosos.

O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participao em qualquer fase da

pesquisa, sem penalizao alguma e sem prejuzo ao seu tratamento e cuidado.

garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os

dados e informaes provenientes deste trabalho sero utilizados com fins de

publicao e produo de trabalho de concluso de curso para grau de bacharel.

Declaro, outrossim, que depois de esclarecida pela pesquisadora e ter entendido o

que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.

Paracatu, _____ de ____________ de 2016.

51

Qualificao do declarante

Termo de esclarecimento livre e esclarecido

Objeto de pesquisa

Nome:__________________________________________________________

RG_______________________ Data de nascimento ___/___/___ sexo F( ) M( )

Endereo:_______________________________________________________

n______ Bairro:____________________ Cidade _______________________

CEP___________ Telefone ____________________________

Assinatura do declarante

Declarao do pesquisador

Declaro, para fins de realizao de pesquisa, ter elaborado este termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigncias contidas

no capitulo IV da resoluo 196/96 e que obtive de forma apropriada e voluntaria, o

consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para realizao

desta pesquisa.

Paracatu, ______ de ___________ de 2016.

Tuane Cristina da Silva Santos

Assinatura do pesquisador

52

APNDICES

APNDICE A FICHA DE AVALIAO

Data: ____________

Nome: ______________________________________________________________

Idade: _______ Sexo: ( ) M ( ) F Data de Nascimento:_____________________

Profisso: ______________________ Telefone: ____________________________

Endereo: ___________________________________________________________

Sinais vitais

Presso Arterial ________________

Frequncia Cardaca _______________

Frequncia Respiratria ________________

Medicamentos em uso

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Patologias

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Marcha

( ) Sozinho ( ) Ajuda ocasional ( ) Ajuda frequente ( ) Muleta ou bengala

( ) Andador ( ) Cadeira de rodas ( ) Imobilidade completa

Quedas

Histrico de quedas no ltimo ano ( ) Sim ( ) No

Nmero de quedas ______

Repercusso funcional ( ) Sim ( ) No

TESTES

Escala de Berg

1-Da posio sentado para a posio de p

(4) Capaz de levantar-se sem utilizar as mos e estabilizar-se independentemente

53

(3) Capaz de le