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FACULDADE ASSIS GURGACZ BRUNO CARLOS ALVES CESCONETTO BRUNO DIOGO SANTOS DE SOUZA LUANA RAFAELLI ALVES DE DEUS ROBERTA ZAGO A TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICA DAS COOPERATIVAS AGROINDUSTRIAIS DO OESTE DO PARANÁ. CASCAVEL 2010

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FACULDADE ASSIS GURGACZ

BRUNO CARLOS ALVES CESCONETTO

BRUNO DIOGO SANTOS DE SOUZA

LUANA RAFAELLI ALVES DE DEUS

ROBERTA ZAGO

A TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICA DAS COOPERATIVAS AGROINDU STRIAIS DO OESTE DO PARANÁ.

CASCAVEL 2010

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FACULDADE ASSIS GURGACZ

BRUNO CARLOS ALVES CESCONETTO

BRUNO DIOGO SANTOS DE SOUZA

LUANA RAFAELLI ALVES DE DEUS

ROBERTA ZAGO

A TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICA DAS COOPERATIVAS AGROINDU STRIAIS

DO OESTE DO PARANÁ.

Trabalho de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Administração da FAG, Faculdade Assis Gurgacz. Orientador: Léo Mathias Miloca

CASCAVEL 2010

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FACULDADE ASSIS GURGACZ

BRUNO CARLOS ALVES CESCONETTO BRUNO DIOGO SANTOS DE SOUZA LUANA RAFAELLI ALVES DE DEUS

ROBERTA ZAGO

A TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICA DAS COOPERATIVAS AGROINDU STRIAIS

DO OESTE DO PARANÁ.

Trabalho apresentado no Curso de Administração da FAG, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Administração, sob orientação do Professor Léo Mathias Miloca.

BANCA EXAMINADORA

________________________ Léo Mathias Miloca

FACULDADE ASSIS GURGACZ

________________________ Prof°. Avaliador: Mario Hermoso FACULDADE ASSIS GURGACZ

________________________ Prof°. Avaliador: Leonardo Levi Soares

FACULDADE ASSIS GURGACZ

Cascavel, 01 de dezembro de 2010

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus pela oportunidade de poder ampliar nossos conhecimentos, ao Professor Léo Mathias Miloca pelas orientações, nosso reconhecimento aos colegas de turma e ao grupo de estágio pela amizade incondicional e ajuda nos momentos difíceis desta longa caminhada com sucesso. Aos familiares, pai, mãe, irmãos, amigos, que foram assíduos aos nossos compromissos.

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RESUMO

Este estudo tem por finalidade levantar a terceirização logística das Cooperativas Agroindustriais do Oeste do Paraná, as quais a C Vale, Copacol, Coopavel, Lar, Primato e Copagril que estão situadas nesta região e que são registradas no OCEPAR o órgão superior do estado do Paraná a qual foi a fonte para a delimitação do estudo. As cooperativas basicamente são uma sociedade de pessoas que se unem voluntariamente sem fins lucrativos procurando beneficiar seus cooperados, industrializando seus produtos e oferecendo no mercado interno ou externo. Com o presente estudo pretende-se identificar o nível de terceirização das atividades logísticas destas cooperativas, analisar os fatores relevantes para a terceirização destas atividades, bem como as vantagens e desvantagens deste processo. Atualmente cada cooperativa tem um foco diferente, e a logística teve que se adaptar ao crescimento populacional das ultimas décadas. Pode-se dizer que a maioria de tais cooperativas destina boa parte de sua produção para países estrangeiros, desta forma para ser eficaz, um setor logístico bem planejado se torna essencial. Como trabalham com uma vasta quantidade de produtos e valores relativamente altos, cada detalhe pode gerar ganhos ou perdas significativas. A terceirização influencia neste quesito, utilizando desta opção as Cooperativas conseguem ganhar mais tempo para focar na sua atividade fim. As empresas que oferecem tais serviços são especializadas neste setor, proporcionam melhor eficiência e qualidade no desempenho destas atividades. Para um melhor entendimento foi realizada uma pesquisa quantitativa través de um questionário aplicado às Cooperativas em estudo, com o intuito de facilitar o entendimento da situação em questão serão apresentados gráficos e comentários.

Palavras – Chave: Cooperativas. Logística. Terceirização.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Logotipos de Cooperativas Agroindustriais selecionadas.......................14

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: Principal Produto Comercializado........................................................47

GRÁFICO 2: Transporte – Aquisição.......................................................................48

GRÁFICO 3: Transporte – Distribuição....................................................................49

GRÁFICO 4: Armazenamento .................................................................................50

GRÁFICO 5: Utilização dos transportes Aquaviário – Ferroviário – Aeroviário- na aquisição e na distribuição ........................................................................................51

GRÁFICO 6: Transporte Ferroviário – Distribuição..................................................52

GRÁFICO 7: Transportes Rodoviários – Aquisição .................................................53

GRÁFICO 8: Transportes Rodoviários – Distribuição ..............................................54

GRÁFICO 9: Obtenção de matéria prima .................................................................55

GRÁFICO 10: Forma de estocagem de produtos excedentes a capacidade ...........56

GRÁFICO 11: Interesse na terceirização das atividades logísticas ..........................57

GRÁFICO 12: Atividades logísticas com menor disponibilidade de terceirização.....58

GRÁFICO 13: Principal motivo da Terceirização no Transporte...............................59

GRÁFICO 14: Outras formas de obtenção de matéria-prima ...................................60

GRÁFICO 15: Motivo da utilização da terceirização nas atividades logísticas .........61

GRÁFICO 16: Interesse em ter logística própria.......................................................62

GRÁFICO 17: Vantagem Ferroviário - Distribuição ..................................................63

GRÁFICO 18: Desvantagens Ferroviário - Distribuição............................................64

GRÁFICO 19: Transporte Rodoviário – Vantagem – Aquisição................................65

GRÁFICO 20: Transporte Rodoviário – Vantagem – Distribuição ............................66

GRÁFICO 21: Transporte Rodoviário – Desvantagem – Aquisição..........................67

GRÁFICO 22: Transporte Rodoviário – Desvantagem – Distribuição.......................68

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................9

1.1 TEMA ..................................................................................................................10

1.2 PROBLEMA ........................................................................................................10

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................10

1.3.1 Objetivo geral ...................................................................................................10

1.3.2 Objetivos específicos........................................................................................11

1.4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................11

2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO............................ ..................................................12

2.1 COOPERATIVA ..................................................................................................12

2.2 COOPERATIVAS AGROINDUSTRIAIS..............................................................13

2.3 COOPERATIVAS AGROINDUSTRIAIS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ......14

2.3.1 C.Vale Cooperativa Agroindustrial ...................................................................14

2.3.2 Coopavel Cooperativa Agroindustrial ...............................................................16

2.3.3 Cooperativa Agroindustrial Consolata – COPACOL.........................................17

2.3.4 Cooperativa Agroindustrial Copagril - COPAGRIL ...........................................19

2.3.5 Cooperativa Agroindustrial LAR ......................................................................20

2.3.6 Primato Cooperativa Agroindustrial .................................................................21

3 REFERENCIAL TEÓRICO.............................. .......................................................23

3.1 EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL....................................................23

3.2 LOGÍSTICA EMPRESARIAL...............................................................................24

3.2.1 O papel da Logística Empresarial ....................................................................25

3.2.2 Missão da Logística Empresarial......................................................................26

3.3 ATIVIDADES DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL...................................................27

3.3.1 Suprimentos .....................................................................................................27

3.3.2 Aquisição..........................................................................................................28

3.3.3 Transporte ........................................................................................................29

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3.3.3.1 Transporte Aquaviário ...................................................................................31

3.3.3.2 Transporte Ferroviário ...................................................................................32

3.3.3.3 Transporte Rodoviário ...................................................................................32

3.3.3.4 Transporte Aeroviário ....................................................................................34

3.3.3.5 Transporte Dutoviário ....................................................................................35

3.3.4 Distribuição.......................................................................................................35

3.3.5 Armazenamento ...............................................................................................36

3.3.5.1 Estoque .........................................................................................................37

3.4 TERCEIRIZAÇÃO ...............................................................................................39

4 METODOLOGIA ...................................... ..............................................................42

4.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................................42

4.2 MÉTODO DE PESQUISA ...................................................................................43

4.2.1 Qualitativa e quantitativa ..................................................................................43

4.3 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS...........................................................43

4.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..............................................................................44

4.4.1 População e Amostra .......................................................................................45

4.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ................................................................................45

5 RESULTADOS....................................... ................................................................46

5.1 ANÁLISES GERAIS DAS COOPERATIVAS.......................................................46

5.2 IDENTIFICAR O NÍVEL DE TERCEIRIZAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS NAS COOPERATIVAS AGROINDUSTRIAIS DO OESTE DO PARANÁ ..................49

5.3 ANÁLISE DO FATOR RELEVANTE PARA A TERCEIRIZAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ...............................58

5.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS.......................................................................................62

6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................68

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................. ......................................................69

REFERÊNCIAS.........................................................................................................71

APÊNDICE 1...........................................................................................................734

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1 INTRODUÇÃO

A escolha de uma Logística que atenda as necessidades pode ser

fundamental para a qualidade dos serviços, ter o controle do fluxo físico de materiais

e produtos desde o ponto de origem até o ponto de consumo se torna um potencial

para a conquista do mercado.

Em Logística, a prestação de serviços denomina-se terceirização. Esta tem

como objetivo a busca por maior eficiência e eficácia no fluxo de produtos ao longo

da cadeia de suprimento, como resultado pode-se apresentar maior competitividade

frente aos seus concorrentes, uma vez que os serviços logísticos são, atualmente,

uma variável de decisão estratégica para o mercado. Dentre estes serviços,

destacam-se: agilidade, flexibilidade, qualidade e produtividade.

A globalização faz com que as empresas busquem novas estratégias a fim de

dar foco ao seu objetivo final, a terceirização desempenha um papel importante

neste sentido, isso faz com que as empresas direcionem seus esforços ao objetivo

principal ou sua razão para existir, por exemplo, as empresas industriais.

Neste cenário, encontram-se as cooperativas agroindustriais, que mesmo

apresentando propósitos sem fins lucrativos, visam à melhoria de vários processos,

sendo assim a terceirização logística pode se tornar um mecanismo de

desenvolvimento, pois para estas cooperativas, a terceirização destas atividades

pode, dentre outros fatores, viabilizarem investimentos em áreas produtivas, ao

invés de ter de despender altos ativos financeiros em infra-estrutura logística.

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1.1 TEMA

Levantar a terceirização logística das cooperativas agroindustriais do Oeste

do Paraná.

1.2 PROBLEMA

No Paraná os indicadores mostram que 53% da sua economia agrícola está

relacionada ao cooperativismo agropecuário, isso envolve mais de dois milhões de

trabalhadores em 228 cooperativas registradas na OCEPAR (Organização das

Cooperativas do Estado do Paraná). (COPAGRA, 2010)

Indicadores mostram que o crescimento da produção agrícola, pecuária,

suinocultura e avicultura na Região Oeste estão aumentando a cada safra com o

aumento da tecnologia, isso está criando um impasse no setor logístico das

cooperativas que recebem diretamente essa oferta de produto. Analisando essa

situação as cooperativas estão procurando uma maneira de resolver a viabilidade

desse processo. (COPAGRA, 2010)

Diante disto levanta-se a seguinte questão: Qual o nível de terceirização das

atividades logísticas nas cooperativas agroindustriais da Região Oeste do Paraná?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Analisar a terceirização das atividades logísticas nas cooperativas

agroindustriais do Oeste do Paraná.

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1.3.2 Objetivos específicos

a) Identificar o nível de terceirização das atividades logísticas nas cooperativas

agroindustriais do Oeste do Paraná.

b) Analisar o fator relevante para a terceirização das atividades logísticas nas

cooperativas agroindustriais da Região Oeste do Paraná.

c) Analisar de acordo com as cooperativas, quais as vantagens e desvantagens do

processo de terceirização das atividades logísticas.

1.4 JUSTIFICATIVA

A terceirização tem como objetivo, reduzir custos e oferecer melhor qualidade

de uma maneira que os gestores possam dedicar mais tempo a estratégias

relacionadas à sua atividade fim.

Segundo BALLOU (1993), existem muitos fatores que agregam custos ao

setor logístico, não só internamente, mas pode-se dizer que em uma escala mundial.

Os desafios logísticos devem ser solucionados para que todos possam se beneficiar

de melhor qualidade e menor custo.

No decorrer dos anos o histórico da terceirização, demonstra que ela

proporciona um diferencial competitivo entre as empresas que atuam no mesmo

nicho.

Como as cooperativas agroindustriais geralmente são grandes

empreendimentos, ressalta-se a necessidade de uma logística bem planejada, e a

terceirização é uma ferramenta essencial neste caso.

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2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO

2.1 COOPERATIVA

Cooperativa é uma empresa de propriedade coletiva que tem como conceito

uma sociedade de no mínimo vinte pessoas que se unem voluntariamente sem fins

lucrativos para suprir suas necessidades econômicas, sociais e culturais. (OCEPAR,

2010)

A finalidade da cooperativa é viabilizar a compra, venda, armazenagem,

industrialização, prestação de serviços, assistência social, educacional e de crédito

dos seus cooperados, e colocar no mercado seus produtos com valor agregado em

condições vantajosas que os mesmos não teriam isoladamente. (OCB, 2010)

As cooperativas são divididas em ramos para melhor organização no Sistema

Cooperativo:

• Cooperativa Agropecuária

• Cooperativa de Consumo

• Cooperativa de Crédito

• Cooperativas Especiais

• Cooperativa de Habitação

• Cooperativa de Infra-Estrutura

• Cooperativa de Mineração

• Cooperativa de Produção

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• Cooperativa de Trabalho

Neste trabalho, serão focos de estudo, as cooperativas agroindustriais

inseridas no ramo agropecuário, apresentadas na próxima seção.

2.2 COOPERATIVAS AGROINDUSTRIAIS

Segundo OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) a cooperativa

agroindustrial está inserida no ramo Agropecuário que atualmente contém o maior

número de Cooperativas e de Cooperados registrados no Brasil.

As Cooperativas Agroindustriais possibilitam aos seus produtores rurais ou

agropastoris e de pesca uma organização melhor na sua cadeia produtiva. Na

agricultura ajuda desde o preparo da terra para o plantio até a entrega do produto

final, esse processo ocorre também na pecuária, suinocultura e avicultura,

recebendo, transportando, classificando, padronizando, armazenando até a

beneficiação ou industrialização desses produtos agregando valor para comercializá-

los no mercado interno ou externo. (OCB, 2010)

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2.3 COOPERATIVAS AGROINDUSTRIAIS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

Apresentam-se as Cooperativas em sua razão social como Agroindustriais do

Oeste do Paraná registradas na OCEPAR (Organização das Cooperativas do

Estado Paraná). (OCEPAR, 2010)

FIGURA 1: Logotipos de Cooperativas Agroindustriais selecionadas Fonte: Dados da pesquisa

2.3.1 C.Vale Cooperativa Agroindustrial1

A Cooperativa foi fundada por 24 agricultores em 1963 com a razão social

Cooperativa Agrícola Mista de Palotina Ltda (Campal). A Campal expandiu-se da

Região de Palotina e em 1974 por alguns motivos levou seus associados a mudar a

razão social para Cooperativa Agrícola Mista Vale do Piquiri Ltda (Coopervale).

1 Os dados foram coletados no site institucional da cooperativa, http://www.cvale.com.br.

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Em 1997 foi inaugurado o complexo avícola C. Vale que deu início à nova era

da cooperativa com produção em grande escala com agregação de valores aos

produtos primários.

E em 2003 uma alteração no estatuto da cooperativa fez mudar a razão social

de Cooperativa Agrícola Mista Vale do Piquiri Ltda (Coopervale) para C.Vale –

Cooperativa Agroindustrial.

A cooperativa é de produção agropecuária instalada em Palotina - PR com

atuação nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

e Paraguai e está entre as duas maiores cooperativas singulares do Brasil.

• Associados: 10174 cadastrados.

• Número Funcionários: 5.504.

• Unidade: 65 unidades de recebimentos de produtos.

• Produtos: Soja, Milho, Trigo, Mandioca, Leite e Suínos, Frangos, Amido

modificado de mandioca e Rações.

• Produção: 1,66 milhões de toneladas recebidas no ano de 2009

• Atividades: Concentram-se na agroindústria e também financiam a produção

garantindo crédito aos cooperados, comercializa insumos, peças, acessórios

e revende máquinas agrícolas, produz semente de soja em Santa Catarina,

que é comercializada em todo Brasil. A cooperativa dispõe de uma rede de

supermercados com sete lojas no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do

Sul.

• Diferencial: A cooperativa disponibiliza a prestação de serviços com mais de

150 profissionais que dão assistência agronômica e veterinária aos

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associados, para manter os cooperados atualizados tecnologicamente,

disponibiliza cursos, palestras, treinamentos e dias de campo.

• Agroindústria: Complexo avícola com abatedouro cuja capacidade para mais

de 500 mil frangos por dia, possui fábrica de rações e produz amido

modificado de mandioca.

• Mercado: Interno e Externo.

2.3.2 Coopavel Cooperativa Agroindustrial2

A Coopavel situada em Cascavel-Pr foi fundada em 1970 e comercializa seus

produtos em todo o território brasileiro e atende a Europa, Oriente Médio e Ásia.

• Associados: 3000 famílias.

• Número Funcionários: 3500.

• Unidade: 11 indústrias instaladas em Parque Industrial próprio e 26 filiais

instaladas na região oeste e Sudoeste do Paraná.

• Produtos: Aves, Suínos, Bovinos, Laticínios e Cereais.

• Produção: A cooperativa exportou 50% da sua produção ano passado que foi

de 42 milhões de toneladas de produtos.

• Atividades: A cooperativa disponibiliza a prestação de serviços de assistência

técnica, agronômica e veterinária.

2 Os dados foram coletados no site institucional da cooperativa, http://www.coopavel.com.br.

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• Diferencial: Universidade Corporativa e o Show Rural Coopavel.

• Agroindústria: Frigorífico de Suínos, Frigorífico de Aves, Frigorífico de

Bovinos, Indústria de Laticínios, Indústria de Rações, Unidade de

Esmagamento de Soja, Unidade de Reciclagem de Subprodutos Vegetais e

Indústria de Fertilizantes.

• Mercado: Interno e Externo.

2.3.3 Cooperativa Agroindustrial Consolata – COPACOL3

A Copacol foi fundada no dia 23 de outubro de 1963 na Região Oeste do

Paraná pelo Padre Luís Luise e mais 32 agricultores imigrantes do sul do Brasil, os

mesmos se uniram para dar um basta nos intermediários que exploravam seus

produtores, cada vez pagando menos pelas suas colheitas.

Com o tempo estava se tornando inviável à produção agrícola na região, e

outros confrontos aconteceram, mais a união dos pequenos agricultores pela

constituição da cooperativa ajudou e a fortaleceu para sua construção. Em 17 de

setembro o Padre Luis Luise presidiu a primeira reunião e no dia 23 de outubro deu

se início as suas atividades. No dia 30 de outubro de 1963 foi fundada a Copacol,

que foi à primeira Cooperativa do Oeste do Paraná.

3 Os dados foram coletados no site institucional da cooperativa, http://www.copacol.com.br/copacol/Portugues.

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A Copacol localiza sua matriz em Cafelândia - PR e atua na Região Oeste do

Paraná, nos municípios de Cafelândia, Nova Aurora, Iracema do Oeste, Jesuítas,

Formosa do Oeste, Tupãssi (Distrito de Jotaesse) e Goioerê.

• Associados: 4.572 associados cadastrados na cooperativa

• Número Funcionários: 6.492 diretos.

• Unidade: 11 unidades

• Produtos: Frango, Peixe, Bovinos Leite, Suínos, Cereais, Agronegócio.

• Produção: 600 mil toneladas de cereais entre soja, milho, trigo, café, 300 mil

aves abatidas por dia, 7000 suínos produzidos por mês, 600 mil litros de leite

por mês, produção de 10 mil kg de peixe da espécie Tilápia por dia.

• Atividades: Principal atividade o Complexo Integrado Avícola, compra de

sementes e insumos, complexo Integrado de Piscicultura

• Diferencial: Programa Cooperjovem, Projeto Escola no Campo, Proerd -

Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, Jovem

Aprendiz Cooperativo entre outros.

• Agroindústria: Frigorífico de aves corte e industrialização de carnes, indústria

de rações.

• Mercado: Interno e Externo.

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2.3.4 Cooperativa Agroindustrial Copagril - COPAGRIL4

Em 1970 foi fundada a Copagril em função das dificuldades que os

suinocultores tinham na compra de insumos e também na comercialização da sua

produção, a cooperativa localiza-se em Marechal Cândido Rondon.

• Associados: 4034

• Unidade: 18 entrepostos de recebimento de grãos no Paraná e Mato Grosso

do Sul

• Produtos: Cereais, Aves e Suínos.

• Produção: 1 400.853 sacas de soja, 2 525.333 sacas de milho, 154.390 sacas

de trigo, 32 362.100 cabeças de aves, 235.321 suínos, 43 900.625 litros de

leite, 250.600 toneladas de rações no ano de 2009.

• Atividades: Além da Agroindústria a cooperativa disponibiliza lojas de vendas

de insumos e produtos da linha veterinária, máquinas e implementos

agrícolas, ferramentas e utensílios.

• Diferencial: Um supermercado moderno e dois postos de combustíveis para

atender os associados e clientes de toda a região.

• Agroindústria: Unidade Industrial de Aves que foi inaugurada em Janeiro de

2005, fábrica de rações,

• Mercado: Interno e Externo.

4 Os dados foram coletados no site institucional da cooperativa, http://www.copagril.com.br, e por telefone 45 – 3284 7547.

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2.3.5 Cooperativa Agroindustrial LAR 5

A Cooperativa Agroindustrial LAR foi fundada em 1964 por um grupo de

agricultores que se organizaram a fim de conseguirem maior vantagem para compra

de insumos agrícolas, e maior competitividade na comercialização da sua produção,

a sede foi em Missal - PR, e em 1972 transferiu-se para Medianeira - PR.

A área de atuação mais concentrada da LAR está na Região Extremo Oeste

paranaense, atuando em 12 municípios.

• Associados: 8.300 associados

• Número Funcionários: 4.400 funcionários

• Unidade: 14 unidades de recepção de produtos agropecuários

• Produtos: Aves, Cereais, Conservas, Comportas, Vegetais, Empanados,

Ovos, Cafés.

• Produção: 8 123.844 sacas de Soja, 9 465.633 sacas de Milho, 743.911

sacas de Trigo, 18 599 toneladas de Mandioca, 18 558 toneladas de

Vegetais, 20 959 toneladas de Suínos, 34 458,084 Litros de leite e 97 811

toneladas de Aves.

• Atividades: Além da Agroindústria, a venda de insumos e supermercados.

• Diferencial: A Cooperativa criou projetos de conscientização sobre o Álcool

e o Tabaco para seus Cooperados e funcionários, desenvolveram projetos

de prevenção a acidentes, hipertensão e outros.

5 Os dados foram coletados no site institucional da cooperativa, http://www.lar.ind.br

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• Agroindústria: industrialização de soja, mandioca, vegetais congelados,

aves.

• Mercado: Interno e Externo.

2.3.6 Primato Cooperativa Agroindustrial 6

A Primato é a nova marca da Cooperlac Cooperativa Agroindustrial, que foi

fundada em 1997 em Toledo, para estimular o desenvolvimento econômico e social

dos cooperados, a cooperativa abrange os municípios situados nos Estados do

Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso

do Sul.

• Associados: 1800 Associados

• Unidade: 9 unidades

• Produtos: Leite e Suínos, Ração Animal.

• Produção: A cooperativa já produz 5.000 toneladas de ração por mês

• Atividades: Supermercados e assistência técnica agropecuária, com

profissionais do segmento técnico, veterinário e agrícola.

• Diferencial: Cooperativa comercializa bens de fornecimento destinado ao

fomento da atividade agropecuária.

6 Os dados foram coletados no site institucional da cooperativa, http://www.primato.com.br.

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• Agroindústria: Rações suínas e bovinas nas apresentações a granel e

ensacadas

• Mercado: Interno.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Para Bowersox (2001, p. 26) “[...] as empresas executavam, normalmente, a

atividade logística de maneira puramente funcional. Não existia nenhum conceito ou

uma teoria formal de logística integrada”.

Ballou (1993, p. 36), apresenta que “Atualmente, a logística foca

principalmente operações manufatureiras ou militares”.

Segundo Ballou (1993) A logística teve que se adaptar ao crescimento

populacional das cidades que ocorreu no decorrer das últimas décadas, onde houve

uma migração das pessoas que viviam no campo para a cidade e ao mesmo tempo

das pessoas que viviam na cidade para os subúrbios.

A logística esta relacionada a vários procedimentos de uma empresa,

Movimentação de materiais, interna ou externa a empresa, incluindo chegada de matéria prima, estoques, produção e distribuição até o momento em que o produto é colocado nas prateleiras à disposição do consumidor final [...] (CHING, 2001, p.18).

Devido à logística ter uma natureza de processos, uma grande massa de

pessoas acaba executando tarefas básicas, no entanto Ching (2001, p. 20) comenta

que “A logística deve ser uma área independente para que sejam evitadas

manipulações”.

“Para que a empresa possa sobreviver em um ambiente turbulento, precisa

oferecer resultados [...], A logística pode tornar-se um diferencial competitivo para a

empresa.” (CHING, 2001, p.17)

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No entanto Ching (2001) comenta que a concorrência faz com que as

empresas procurem reduzir custos, tornar-se ágil e melhorar os seus processos. A

Logística assume um papel muito importante nesta questão, ajudando a empresa

alcançar os seus objetivos.

Neste contexto Ballou (1993) explica que a logística não é tão simples, além

de buscar uma melhor rentabilidade nos serviços como distribuição aos clientes e

consumidores, procura focar em planejamento, organização e controle das

atividades do fluxo dos produtos.

Desta forma, onde as empresas necessitam reduzir custos e oferecer

resultados, a logística deve abranger algumas áreas da empresa.

Deve existir uma integração gerencial para alcançar tais objetivos, e para

esse âmbito gerencial existem algumas características principais como “Perfil de

senioridade; comunicação transparente e fluida; serviço ao cliente; trabalho em

equipe.” (CHING, 2001, p. 19).

3.2 LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Ao tratar do tema logística empresarial, Ballou (1993) a define como sem um

significado específico, pois cada pessoa pode ter uma visão diferente, assim como

os setores de marketing e produção.

Porém de acordo com Dias (1993, p. 12) “A logística compõe-se de dois

subsistemas de atividades: administração de materiais e distribuição física, cada

qual envolvendo o controle da movimentação e a coordenação demanda-

suprimento.”

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Para Ballou (2001), a definição de logística é o controle de entrada e saída de

matérias-primas, informações existentes do início até o consumo, para atender os

requisitos dos clientes.

Seguindo o mesmo raciocínio Novaes (2001), apresenta que a logística é o

processo de controle dos produtos, serviços e informações analisando desde sua

origem até o consumo, para atender as exigências dos consumidores.

A logística é uma operação integrada para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada, o que significa planejar, coordenar e executar todo o processo, visando à redução de custos e ao aumento da competitividade da empresa. (VIANA, 2002, p. 45).

Para Dias (1993), uma das seis razões para se estudar a logística no Brasil é

o aumento dos custos, principalmente em relação aos serviços de transporte e

armazenagem.

Em vista disso,

A logística não pode ser entendida apenas como suprimento e distribuição física de produtos ou serviços, mas em âmbito mais amplo, como atividade capaz de proporcionar à organização uma fonte de vantagem competitividade, em posição de superioridade duradoura frente aos concorrentes em termos de atendimento às preferências dos clientes. (ROCHA JR e MILOCA, 2007, p.158-159).

No entanto a logística empresarial moderna agrega valor de lugar, de tempo,

de qualidade e de informação, além de eliminar custos e tempo desnecessários.

(NOVAES, 2001).

3.2.1 O papel da Logística Empresarial

Segundo Bowersox (2001, p. 23) “A logística existe para satisfazer às

necessidades do cliente, facilitando as operações relevantes de produção e

marketing [...] O desafio é equilibrar as expectativas de serviços e os gastos [...].”

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Ching (2001), ao falar de logística alega que de frente a diversas alterações

de mercado interno ou externo, as empresas se obrigam a formar novas estratégias,

se adaptando assim ao mercado que lhe é imposto.

O objetivo da logística empresarial é:

“[...] incrementar a utilidade pela liberação do produto certo, nas condições, prazos, quantidades, locais, clientes e custos solicitados. O sistema logístico é composto de uma rede formada de instalações e informações que executam várias funções, a fim de conseguir um eficiente fluxo de produtos, onde se inclui transferência, estocagem, manuseio e comunicação”. (SEVERO, 2006, p.20).

Em vista destas alterações a moderna logística integra: prazos combinados

em sua cadeia de suprimentos; integração entre setores, fornecedores e clientes;

reduzir processos para diminuir custos; satisfação plena do cliente e sempre manter

o nível de serviços. (NOVAES, 2001).

3.2.2 Missão da Logística Empresarial

De acordo com Ballou (1993) A logística empresarial só existe por que não

existem bens e serviços prontos no lugar onde são consumidos. Cada região se

especializa no setor onde tem uma vantagem econômica. Tanto o tempo quanto à

distância são pontos relevantes no processo de movimentação do bem ou na

entrega de um serviço, pois é a eficácia em conjunto com a eficiência que formam a

logística.

Existem muitas definições para logística empresarial, uma delas é a seguinte:

A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável (BALLOU, 1993, p.24)

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3.3 ATIVIDADES DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL

3.3.1 Suprimentos

A cadeia de suprimentos existente na logística empresarial é apresentada

como:

O longo caminho que se estende desde as fontes de matéria-prima, passando pelas fábricas dos componentes, pela manufatura do produto, pelos distribuidores, e chegando finalmente ao consumidor através do varejista, constitui a cadeia de suprimento. (NOVAES, 2001, p.38).

Na visão de Slack et. al (1996) a rede de suprimentos envolve todas as

unidades produtivas que estejam ligadas para prover o suprimento de bens ou

serviços para uma empresa além de geral procura até chegar as mãos do

consumidor final.

No contexto de Suprimentos, Ching (2001), alega que este setor envolve

atividades para pesquisa e para o desenvolvimento de produtos, com garantia de

disponibilidade e qualidade de materiais relacionados ao processo de fabricação do

produto, de uma maneira que resulte em menor custo total da cadeia.

Ainda dentro da logística de suprimentos apresentam-se os seguintes

componentes desde a procedência da matéria-prima até o transporte; até a

manufatura; estocagem na fábrica, para serem manufaturados. (ALVARENGA E

NOVAES, 2000),

Ballou (1993, p.61), ainda apresenta que “[...] obtenção, embalagem de

proteção, armazenagem, manuseio de materiais e manutenção de informações”

também fazem parte das atividades que apóiam a administração de materiais.

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Contudo para Ching (2001, p.90), “Na logística de suprimento, são alinhados

planos estratégicos de fornecedores e empresas que direcionam recursos para

reduzir custos e desenvolver novos produtos.”

Mas apenas com a cooperação de todo o canal se pode satisfazer as

necessidades da logística para que a distribuição seja bem sucedida. (BOWERSOX,

2001).

A logística é um conjunto de atividades funcionais que é repetido muitas vezes ao longo do canal de suprimentos através do qual as matérias-primas são convertidas em produtos acabados e o valor é adicionado aos olhos dos consumidores. (BALLOU, 2001, p.21).

3.3.2 Aquisição

O processo de aquisição de materiais inclui vários fatores de escolhas como

qual fornecedor, o contrato com o fornecedor por isso este processo é considerado

complexo, e estratégico assim satisfazendo as necessidades de abastecimento de

curtos ou longos prazos. (BERTAGLIA, 2003).

Segundo Dias (1993, p.15), “No setor de compras, o principal objetivo de seu

gerente será garantir o material necessário, no tempo correto, na qualidade exigida,

no local exato, nas quantidades e preços certos.”

Em outras palavras, Severo (2006) defini aquisição de materiais como um

processo sistemático para se adquirir materiais nos melhores preços, prazos,

quantidade e qualidade para atender as organizações.

Dias (2009) afirma que todos os tipos de atividades industriais necessitam de

matérias-primas, componentes, equipamentos e serviços durante o seu processo de

industrialização. Neste contexto, antes ainda de se iniciar o ciclo do processo, todos

estes materiais devem estar à disposição, e disponíveis durante todo o tempo até o

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término da fabricação. Para isso a quantidade e a qualidade desses materiais devem

ser compatíveis com o processo de produção.

Na mesma direção Slack et. al (1996) declara que é do gerente de compras a

responsabilidade de compreender as necessidades de todos os processos da

empresa, como a mesma pode precisar de forma rotineira ou vez por outra de

suprimentos o gerente deste setor em conjunto com o requisitante devem trocar

informações para decidir qual fornecedor terá preferência após terem recebido

diversas cotações. Ao receber o solicitado a responsabilidade de informar ao

gerente de compras sobre o recebimento e as condições do mesmo é do

requisitante.

3.3.3 Transporte

Para Ballou (2001, p. 24), “O transporte é essencial porque nenhuma

empresa moderna pode operar sem fornecer a movimentação de suas matérias-

primas e/ou de seus produtos acabados.”

Com isso o transporte é de grande importância para o desenvolvimento

econômico, pois ele distribui produtos para o mercado. (ARNOLD, 1999).

Então Rocha Jr e Miloca (2007, p. 178), apresentam que “O transporte é uma

das principais funções logísticas e representa em média 60% dos custos logísticos

totais de uma empresa.”

Algumas características de transporte :

[...] disponibilidade e condições atuais de infra-estrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos), condições de operação, nível tecnológico do serviço oferecido, velocidade, custo relativo do meio de transporte, mão-de-obra envolvida, as perdas, tempo de viagem etc... (DIAS, 1992, p. 327).

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O transporte é uma importante ferramenta na logística, pois segundo Rocha

Jr e Miloca (2007), antigamente quando não existia o sistema de transporte

adequado, só conseguia-se consumir produtos de regiões próximas, agora o

consumidor estando consciente que pagará mais pelo serviço investido em

transporte, mais poderá ter os produtos que desejar.

“O usuário do transporte tem uma larga faixa de serviços à sua disposição,

todo girando em torno dos cinco modais básicos (aquaviário, ferroviário, rodoviário,

aeroviário e dutoviário).” (BALLOU, 2001, p.120)

Seguindo o mesmo raciocínio sobre os modais Arnold (1999), apresenta que

cada um deles possui suas características diferenciadas para os tipos de produtos

que serão transportados.

Dados apontam a importância que o transporte apresenta,

[...] nada menos que 76,4% das cargas geradas no país são transportadas por rodovias, enquanto as ferrovias movimentam apenas 14,2% e a cabotagem 9,3% (incluindo-se neste valor o transporte hidroviário); a aviação tem participação desprezível de 0,1% do total. (DIAS, 1993, p. 322).

Para Keedi (2005), as operações de intermodalidade, multimodalidade e

transbordo são operações especiais, pois utilizam mais de um meio de transporte do

local de origem da carga até a chegada ao destino.

O transporte da empresa pode ser próprio ou ainda de empresas

terceirizadas, o usuário faz a escolha para obter um melhor desempenho e menores

custos, sendo que, a parte financeira é atingida por investimento em transporte ou

se comprometer em longo prazo. (BALLOU, 2001).

A carga transportada pode ser dividida em,

[...] duas categorias, a granel e carga geral, podendo ser sólida, líquida, gasosa, seca, refrigerada, congelada, etc., e pode ser embarcada e transportada de três maneiras, a granel (bulk), individualmente (breakbulk) ou agrupada (unitizada). (KEEDI, 2005, p. 51).

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Alguns dos problemas que as empresas têm com transportadoras são os

atrasos nas viagens, pois elas aguardam um maior volume de carga para seus

veículos, ou a quebra do mesmo, até o conserto ou também problemas com

rodovias, tempo, greves, etc. (ALVARENGA e NOVAES, 2000).

Quando for necessária a tomada de decisão na hora do transporte, “O nível

de serviço é fundamental para a tomada de decisão. Os critérios mais importantes

para a escolha do modal de transporte são: velocidade, segurança, consistência,

flexibilidade, disponibilidade, freqüência e substituição.” (ROCHA JR E MILOCA,

2007)

Para que a empresa consiga alcançar a meta que busca na hora de

transportar seu produto, ela precisa observar que,

[...] é necessário conseguir ao mesmo tempo a melhoria no nível de serviço prestado e redução de custo, sendo necessário, para isto, que exista a integração das atividades logísticas de distribuição de forma sistêmica. (ROCHA JR e MILOCA, 2007, p. 164).

3.3.3.1 Transporte Aquaviário

O transporte aquaviário pode utilizar as navegações em mares, rios e lagos

que são respectivamente marítimo, fluvial e lacustre, neste transporte podem ser

utilizados barcos, navios, barcaças, etc., para a navegação. (KEEDI, 2005).

Dias (1993, p. 326), apresenta que “Hidroviário e Marítimo: deverá levar

produtos de baixíssimo custo unitário, cujo tempo de realização da operação não

fosse fator predominante no encarecimento da mercadoria.”

As dificuldades nesse tipo de transporte aparecem quando,

[...] o transporte complementar entre as origens da carga e o porto e, no sentido inverso, do porto aos destinos finais, está sujeito a restrição diversas, tais como congestionamento, excesso de burocracia, atrasos nas chegadas e saídas dos navios, greves freqüentes, etc. (ALVARENGA e NOVAES, 2000, p.83).

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3.3.3.2 Transporte Ferroviário

Este tipo de transporte é mais eficiente para cargas volumosas e longas

distâncias, pois a velocidade para longas distancia é boa, também sendo flexível ao

tipo de mercadoria transportada, e geralmente o custo do transporte para

mercadorias volumosas é mais acessível que o rodoviário. (ARNOLD, 1999).

Segundo Alvarenga e Novaes (2000, p. 82), “[...] para escoar a produção

agrícola brasileira e transportar os produtos importados para o interior do território

nacional, foram implantadas em fins do século passado e início deste [...].”

O transporte ferroviário destina-se a maiores volumes com custos unitários

baixos, a velocidade média é de 12 km/h o que significa que o tempo não é um fator

relevante. (DIAS, 1993).

As razões para isso devem ser resumidas no seguinte: as operações de carga/descarga, despacho, triagem de vagões nos pátios, controle de tráfego, conferencia de carga, etc., são muito onerosos para produtos em pequenas quantidades. [...] melhor diluídos no custo médio global para distâncias mais longas. (ALVARENGA e NOVAES, 2000, p.83).

O transporte ferroviário é um modo com várias vantagens como: não possuir

pedágio, segurança com a mercadoria contra roubos, menos acidentes, menos

poluição no ambiente. (KEEDI, 2005).

3.3.3.3 Transporte Rodoviário

O transporte rodoviário destina-se ao transporte de mercadorias pequenas e

prazos rápidos para entregas, a rodovia para transporte apresenta velocidade de 30

a 40 km/h. (DIAS, 1993)

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Este modal rodoviário quando escolhido apresenta a melhor possibilidade,

pois ele pode trafegar até onde não existe estrada, sendo que o modal aeroviário

depende dos aeroportos, o ferroviário dos trilhos, o dutoviário atrás dos dutos e

aquaviário dos canais de navegação. (ROCHA JR E MILOCA, 2007).

“O transporte de cargas pelo sistema rodoviário no Brasil tem uma estrutura

respeitável e é responsável pelo escoamento, que vai desde safras inteiras da

agricultura até simples encomendas”. (VALENTE et al, 2003, p.02).

Umas das implicações para o uso deste modal é que,

Este tipo de transporte gera um custo alto a população, que não são notados,

o mesmo é o meio mais poluente comparado aos outros modais, e as estradas que

utilizam são pagas pelo poder público que pouco ou nada pagam para o uso.

(KEEDI, 2005).

Para Alvarenga e Novaes (2000, p. 82) “O modo rodoviário é o mais

expressivo no transporte de cargas no Brasil, e atinge praticamente todos os pontos

do território nacional. [...] hoje domina amplamente o transporte de mercadorias no

País.”

Mas segundo o que Dias (1993) apresenta o transporte rodoviário brasileiro

não possui uma estrutura adequada para sua importância, ele possui algumas

deficiências como: presença de carreteiros sem atendimento correto aos clientes,

por não possuírem outra forma de remuneração acabam transportando volume de

cargas excessivas e não conseguem concorrer com as transportadoras.

Gomes (2004) também descreve o transporte rodoviário como inadequado

quando é utilizado para pequenas cargas, pois o custo das operações para o

transporte do produto é elevado, porém quando o transporte for para grandes

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quantidades e longas distancias, estes mesmos custos ficam mais diluídos no valor

médio global.

A estrutura deste modal de transporte no Brasil é maior que na maioria dos

países, pois chega a aproximadamente 30 bilhões de dólares por ano, ou seja, 7,5%

do PIB (produto interno bruto). (VALENTE et al, 2003).

3.3.3.4 Transporte Aeroviário

Modal que utiliza aeronaves para transporte, que pode ser continental ou

intercontinental que são dentro do país ou com outros países, sendo que dentro do

país é doméstico nacional ou cabotagem e com outros países é internacional.

(KEEDI, 2005).

Dias (1993), para as “cargas nobres”, que são os pequenos volumes a

utilização do mesmo só deve ser feita quando os prazos forem imperiosos.

Acrescentando Keedi (2005, p. 110), esse transporte é para mercadorias

especiais, “[...] que precisam de um transit time privilegiado, como amostras, de alto

valor e aquelas com prazos de validade curtos.”

Em função da rapidez que este transporte oferece um dos tipos de

mercadorias que pode ser levado no transporte aéreo são as perecíveis (flores,

frutas, medicamentos etc.), e podendo ser comercializado em vários destinos.

(ALVARENGA E NOVAES, 2000).

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3.3.3.5 Transporte Dutoviário

Para Dias (1993, p 324), “As principais características econômicas do

transporte dutoviário são: a) elevados investimentos iniciais; b) elevados custos de

capital; c) baixos custos operacionais.”

Neste quesito, Gomes (2004) relata que o modo dutoviário é eficiente quando

for para transporte de líquidos, gases e materiais que podem ser movimentados

como fluídos. Com um custo para esta movimentação, relativamente baixo,

entretanto com uma linha de produtos limitada.

3.3.4 Distribuição

Para Bertaglia (2003), distribuição esta associada ao movimento do material

desde a produção até o destino final no cliente e esta tendo um foco nas

organizações devido a vantagem competitiva pelos custos elevados e a grandes

oportunidades.

Um dos fatores chaves para o sucesso de uma organização é um canal de

distribuição eficaz e eficiente considerando a opção da criação de um novo para

assim uma vantagem competitiva. (AAKER, 2001).

Um exemplo que o autor cita como canal de distribuição é a empresa Dell.

que vende seus produtos através de pedidos postais.

Apenas com a cooperação de todo o canal se pode satisfazer as

necessidades da logística para que a distribuição seja bem sucedida, depende de

todos que estão no mesmo âmbito, se um sofre uma perda ou uma recompensa,

isso vai afetar todo o canal. (BOWERSOX, 2001).

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As empresas de transporte descobriram que seu nicho de trabalho esta

relacionado na distribuição, e estão trabalhando também com a armazenagem,

sendo assim não sendo somente movimentação de carga. (BERTAGLIA, 2003).

3.3.5 Armazenamento

Foram desenvolvidos estudos para melhorias nas técnicas de armazenagem

na fábrica, com a intenção de diminuir estoques de material e capital para

funcionamento da fábrica. (DIAS, 1993)

Para Dias (1993), “Todo e qualquer armazenamento de material gera

determinados custos que são: juros; depreciação; aluguel; equipamentos de

movimentação; deterioração; obsolescência; seguros; salários; conservação.”

No entanto Dias (1993), apresenta que o conceito de armazenagem está

mudando, antes chamada de empilhamento agora de grande altura, com corredores

estreitos e empilhadeiras de grande elevação. O principal objetivo é o melhor acesso

para os produtos estocados, tanto para armazenar quanto para retirar os mesmos.

Ballou (1993, p. 153) ainda diz que “As empresas usam estoque para

melhorar a coordenação entre oferta e demanda e diminuir os custos totais.”

Segundo Ching (2001, p. 30) “Estabelecer os níveis de estoque e sua

localização é apenas uma parte do problema do controle de estoque [...] Quanto

maiores às quantidades estocadas, maiores serão os custos [...]”.

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3.3.5.1 Estoque

Dias (2009) comenta que o estoque funciona como um amortecedor entre o

processo da produção até a venda do produto ao consumidor final. Desta forma o

objetivo é usufruir da melhor maneira possível os investimentos realizados no

estoque (se forem realmente necessários), o estoque deve ser eficiente para

diminuir o capital que é investido nele.

Para Dias (1993, p.23), “[...] a administração de estoques deve minimizar o

capital total investido em estoque, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma

vez que o custo financeiro aumenta. [...].”

A gestão de estoques é considerada um elemento principal para a redução e

controle dos custos totais e melhoria nos serviços da empresa. (WANKE, 2003).

Ao falar de armazenamento, Ballou (1993) declara que se as empresas

soubessem exatamente a demanda e quais mercadorias pudessem ser fornecidas

instantaneamente, não haveria necessidade de existir estoque, porém nem sempre

é assim que acontece.

Uma empresa usa o espaço de estocagem por quatro razoes básicas: (1) para reduzir custos de transporte e de produção, (2) para coordenar oferta e demanda, (3) para auxiliar no processo de produção, e (4) para ajudar no processo de marketing. (BALLOU, 2001, p.202).

Segundo Dias (1993), a meta para utilização dos depósitos é para estocagem

de volumes pequenos com produtos de alta rotatividade, visto que grandes volumes

torna a estocagem cara e deve ser evitada.

Existem duas funções importantes para o estoque: manutenção de estoque

(estocagem) que é o acumulo de estoque por um determinado tempo e manuseio de

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matérias que são carregamento e descarregamento, movimentação dos produtos e

separação do pedido. (BALLOU, 2001).

Para Dias (1993), a coordenação do movimento de estoque de matéria-prima

é um dos sistemas de logística industrial, para coordenar os níveis de estoque para

assim o capital ser reduzido, o correto uso deste sistema irá minimizar os erros com

a produção e reduzir os problemas com o fluxo de caixa.

As decisões relacionadas a analise de estoque concentram-se na determinação dos melhores parâmetros de gerenciamento de estoque para atingir níveis de serviço desejados com os menores investimentos. (BOWERSOX, 2001, p.476).

Contudo Dias (1993) comenta que, existem várias técnicas para se gerenciar

os estoques, cada uma analisando o estágio em que a empresa se encontra,

verificando sempre o rigor das informações sendo uma das mais importantes, pois

podem afetar os níveis de eficiência.

Os maiores problemas relativos à imprecisão podem ser: má localização dos estoques; armazenamento inadequado; erros de cálculo nos relatórios de entrada e saída de matérias; erros gerados nos recebimento; esquecimento e atraso na emissão de documentos relativos à entrada e saída de material; procedimentos de contagem física inadequados. (DIAS, 1993, p.21).

Para Ballou (2001), manter estoque pode promover economias na compra e

no transporte, pois o departamento de compras pode comprar quantidades maiores

para conseguir desconto e o custo de frete reduzido pela quantidade maior.

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3.4 TERCEIRIZAÇÃO

Conforme Bertaglia (2003), terceirização é o fornecimento de bens ou

serviços executados por outra empresa, e hoje em dia com relação a globalização o

que era apenas teoria se tornou pratica em várias organizações.

Para Valente et al (2003), a terceirização é um processo muito conhecido e

utilizado, mas nem todos que utilizam dessa ferramenta analisam os impactos que

esta pode trazer.

Comenta ainda que a terceirização torna-se viável quando o tamanho da frota

própria, não pode aumentar ou diminuir de uma hora para outra frente à oscilação da

demanda por serviços.

Valente et al (2003), acrescenta que a terceirização é uma opção mais

vantajosa aos mercados que apresentam mais incertezas.

A terceirização é uma opção “[...] uma vez que elas tentam se concentrar

mais em suas competências essenciais, muitas companhias estão terceirizando

certas funções, como, por exemplo, armazenamento e distribuição [...].” (GAITHER,

2002, p 447.)

Para Pagnoncelli (1993), o que influência a empresa a tomar medidas

estratégicas como a implantação da terceirização, é se deter ao seu foco, àquilo que

ela faz melhor, ou seja, sua atividade fim, procurando aperfeiçoar a qualidade, a

produtividade e a competitividade. Ainda afirma que a partir do momento em que a

empresa consegue identificar as áreas que no seu setor, focam seus esforços nas

oportunidades disponíveis, tornam-se superior as outras, assim tornando-se

competitiva.

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Ao falar das razões para se terceirizar Dornier et al (2000, p.264), apresenta

que “Razões estratégicas: Melhorar o foco do negócio; Obter acesso a capacidades

de nível mundial; Acelerar os benéficos de reengenharia; Compartilhar os riscos;

Liberar recursos para outras finalidades.”

No caso Bertaglia (2003), explica que a terceirização é uma estratégia para

as organizações foquem seu serviço na atividade principal, assim tendo algumas

conseqüências como redução de custos, diferencial da concorrência, agilidade.

As empresas terceirizadoras,

[...] podem fornecer o que há de mais moderno em sistemas de informação logística, menores preços negociados para transportadores e espaço de armazenamento, e pessoal de logística altamente treinado. E também podem ajudar a projetar um sistema logístico mais eficiente para uma companhia em particular. (GAITHER, 2002, p. 448).

A terceirização ainda apresenta razões táticas que podem facilitar como, por

exemplo, o controle e a diminuição dos custos de operação, bem como tornar

disponíveis os fundos de capital, até mesmo gerar a introdução de capital, muitas

vezes balancear a falta de recursos internos e melhorar a gestão de funções difíceis

ou fora do controle. (DORNIER et al, 2000).

Em uma nova visão da terceirização o autor demonstra o seu entender,

Existe uma nova visão para a terceirização, baseada em uma filosofia de alinhamento e amaciamento do padrão de fluxo para otimizar a qualidade, flexibilidade, estoque, custo e tempo de resposta globalmente ao longo do sistema logístico. (DORNIER et al, 2000, p.264).

“As organizações estão procurando cada vez mais se concentrarem no que

de melhor sabem fazer”. (BERTAGLIA, 2003. p.130).

Em destaque existem três transformações que dentro dos negócios tem

reduzido seus custos fixos e tempo de respostas em operações de produção e

distribuição: [...] “a formação de parcerias entre clientes e fornecedores, a

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contratação de prestadores de serviços logísticos e a disseminação das tecnologias

da informação (TIs).” (WANKE, 2003, p.12).

Para Bertaglia (2003), a logística teve algumas mudanças como no caso de

algumas organizações que trocaram sua frota própria para terceirizar parcialmente

ou totalmente, pois manter a frota própria faz com que a empresa tenha várias

despesas com motoristas, ajudantes, manutenção entre outras.

Comenta ainda que a terceirização teve mudanças também na distribuição

com aluguel de centros para distribuição de produtos, controle de estoques,

faturamento entre outros.

Hofer (2010), no Brasil os gastos com terceirização chegam a 12% do

Produto Interno Bruto brasileiro de acordo com a revista Tecnologística e estima-se

que mais da metade desta porcentagem seja para pagamentos a terceiros.

Afirma ainda que “Terceirizar operações logísticas é uma estratégia que cada

vez mais será utilizada pelas empresas.” (2010, p.140).

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4 METODOLOGIA

Neste capítulo serão apresentados os meios mais utilizados para

fundamentar o trabalho e por fim, como analisar-se-á o resultado da pesquisa.

4.1 TIPOS DE PESQUISA

Vergara (2000) apresenta que os tipos mais utilizados e mais conhecidos

para a metodologia de trabalhos são as pesquisas: exploratórias, bibliográfica e

descritiva.

Esta pesquisa será exploratória, porque as informações que darão subsídios

para o seu resultado serão coletadas nas Cooperativas Agroindustriais do Oeste do

Paraná, tendo em vista que não possuímos informação na área.

A pesquisa exploratória é, segundo Vergara (2000, p.47), “A investigação

realizada em área na qual a pouco conhecimento acumulado e sistematizado.”

Para Andrade (2005) a pesquisa exploratória é uma base de preliminar para a

elaboração do trabalho. É a partir desta pesquisa que vai se descobrir maiores

informações sobre aquilo que esta sendo pesquisado, após esta pesquisa é possível

a visualização do desenvolvimento de uma boa pesquisa.

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4.2 MÉTODO DE PESQUISA

4.2.1 Qualitativa e quantitativa

Os dados de uma pesquisa podem ser tratados de duas formas específicas,

quantitativo ou qualitativo, o primeiro que é a forma que se utilizam dados

estatísticos para tratar os dados coletados, e a segunda que é a que se traduz em

palavras o que o entrevistado quer apresentar. (VERGARA, 2000)

O método de pesquisa quantitativo ajudará a levantar os dados estatísticos do

estudo, os quais possibilitarão a análise dos níveis de terceirização que as

Cooperativas Agroindustriais em questão aplicam em suas atividades logísticas.

Smith et al (1999) apresenta que os métodos quantitativos são distintos da

análise, isto por que este método visa apresentar dados estatisticamente coletados.

Para Marconi e Lakatos (2006, p. 18) coleta de dados quantitativos acontece

quando os dados são “[...] expressos com medidas numéricas.”

4.3 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS

Vergara (2000, p.42) apresenta duas formas básicas para a coleta dos dados,

estas que são dividas em: “[...] dados primários que são aqueles coletados em

campo responsável pelo estudo, para responder a pesquisa do problema.”, e

também os dados secundários que são aqueles dados que analisam objetos ou

estudos já descritos anteriormente.

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Esta pesquisa utilizar-se-á de dados de fontes primárias, estes que serão

coletados por meio de questionários aplicados aos responsáveis do setor logístico

das Cooperativas em estudo.

De acordo com Cervo e Bervian (2002) questionário é a forma de se coletar

dados, mais utilizada em trabalhos, pois possibilita que o entrevistado tenha mais

liberdade na hora de responder, e faz com que a pesquisa obtenha dados com mais

exatidão.

Andrade (2005) apresenta ainda que o questionário se bem elaborado, trará

ao pesquisador dados que poderão ser utilizados eficazmente no estudo em

questão, por isso é importante definir de maneira minuciosa qual serão os objetivos

que necessitarão ser alcançados.

O questionário é constituído por perguntas ordenadas, que geralmente são

respondidas pelo entrevistado sem a presença do entrevistador. (MARCONI E

LAKATOS, 2006).

4.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

A delimitação geográfica que este estudo apresenta, são as cooperativas

agroindustriais situadas no Oeste do estado do Paraná.

Como delimitação temporal, apresenta-se que a pesquisa deste trabalho será

realizada nos meses de Agosto e Setembro de 2010.

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4.4.1 População e Amostra

Para Vergara (2000) população não seria a quantidade de habitantes de

determinado local, e sim um conjunto de elementos como empresas, pessoas,

produtos que caracterizam o objeto em estudo.

Em contrapartida “Amostra é uma parte do universo (população) escolhida

segundo algum critério de representatividade.” (VERGARA, 2000, p.50).

Para ser desenvolvido o estudo, dentro do ramo agropecuário, não será

utilizada uma amostragem, pois, selecionou-se a população como sendo as

Cooperativas Agroindustriais registradas na OCEPAR, as quais já foram citadas na

organização em estudo no item 2.3 Cooperativas Agroindustriais do Oeste do

Paraná.

4.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Mesmo com todos os cuidados tomados com o objetivo de implantar uma

pesquisa que respondesse as questões levantadas neste trabalho, algumas

limitações dificultaram a obtenção de tais dados, dentre elas pode-se destacar:

• A dificuldade de obtenção dos dados no momento em que foi aplicado o

questionário, tendo em vista que os responsáveis pelos setores logísticos das

cooperativas são pessoas com pouco tempo disponível.

• Quanto à literatura necessária para elaboração do referencial teórico,

encontraram-se dificuldades em alguns tópicos por serem pouco estudados

anteriormente.

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5 RESULTADOS

Neste capitulo do trabalho, apresenta-se e analisa-se, as respostas

referente aos questionários aplicados aos responsáveis pelo setor logístico das

cooperativas da Região Oeste do Paraná já citadas no item 2 (organização em

estudo) do trabalho, nos meses de Setembro e Outubro de 2010.

5.1 ANÁLISES GERAIS DAS COOPERATIVAS

GRÁFICO 1: Principal Produto Comercializado

40%

26%

23%

3% 8%

CEREAIS

FRIGORIFICADOS

RAÇÕES

LATICÍNIOS

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

Constatou-se que o principal produto comercializado pelas cooperativas

agroindustriais da Região Oeste do Paraná são os cereais, que representam 40%,

seguido por produtos frigorificados que apresentam 26% a qual se pode destacar a

C-Vale Cooperativa Agroindustrial situada em Palotina - PR, que está entre as duas

maiores cooperativas singulares do Brasil também pela Coopavel que atende todo

território Brasileiro e vários países do mundo, conforme citado no capitulo 2.

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Podem-se apresentar também os 23% que representam as rações animais

produzidas por essas cooperativas e outros produtos que representam 8% são o

óleo vegetal, insumos agrícolas, e redes de supermercado das próprias cooperativas

e com apenas 3% os laticínios.

GRÁFICO 2: Transporte – Aquisição

0%0%

100%

0%

AQUAVIÁRIO

FERROVIÁRIO

RODOVIÁRIO

AEROVIÁRIO

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se através deste gráfico que 100% do transporte usado pelas

cooperativas na aquisição de seus produtos são através do transporte rodoviário,

isto possivelmente ocorre porque a maior parte de seus produtos é adquirida dos

seus cooperados, e em sua região o transporte rodoviário seria o mais acessível

para esse tipo de aquisição pelo fato de seus cooperados estarem situados em

regiões onde há baixa disponibilidade de outros modais.

Isso influenciará nas próximas respostas relacionadas ao transporte

aquaviário, ferroviário e aeroviário, pois como se pode verificar somente é usado o

transporte rodoviário na aquisição.

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GRÁFICO 3: Transporte – Distribuição

1%

99%

AQUAVIÁRIO

FERROVIÁRIO

RODOVIÁRIO

AEROVIÁRIO

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se através deste gráfico que 99% do transporte usado na

distribuição dos produtos também são rodoviários, pode ser devido a sua maior

acessibilidade desse modal do que os outros.

Na pesquisa realizada somente a Coopavel possui uma pequena parte da sua

distribuição que corresponde a 1% em transporte ferroviário, possivelmente por estar

localização próxima do terminal ferroviário.

Isto implica que considerando o baixo valor agregado dos produtos

agroindustriais, as competitividades das cooperativas da Região Oeste do Paraná

podem estar sendo corrompidas pela ausência de modais de transporte mais

eficientes e econômicos, como o hidroviário e principalmente o ferroviário.

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5.2 IDENTIFICAR O NÍVEL DE TERCEIRIZAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS NAS COOPERATIVAS AGROINDUSTRIAIS DO OESTE DO PARANÁ

GRÁFICO 4: Armazenamento

2%

95%

3%

GERAIS

PRÓPRIO

TERCEIRIZADO

Fonte: Dados da pesquisa

Observou-se através deste gráfico que a maioria das cooperativas em

questão armazena seus produtos em armazéns próprios, pois esta alternativa

apresenta 95%. Os outros 5% representados acima, são referentes aos armazéns

gerais e terceirizados, estes que são utilizados quando as cooperativas buscam

alternativas no momento da armazenagem, como um exemplo pode-se citar a

Copacol, que terceiriza sua armazenagem na empresa Espaço Frio - estandes para

frigorificados em Cascavel – PR.

Verifica-se que o nível de terceirização no momento da armazenagem é

relativamente pequeno, o que possivelmente acontece pela baixa disponibilidade de

empresas que oferecem este serviço no mercado atual, como apresentado no

gráfico 12.

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GRÁFICO 5: Utilização dos transportes Aquaviário – Ferroviário – Aeroviário- na aquisição e na distribuição

0 0 00

14

00

2

4

6

8

10

12

14

16

AQUAVIARIO FERROVIARIO AEROVIARIO

AQUISIÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

Fonte: Dados da Pesquisa

Referente a este gráfico, é possível perceber que tanto na aquisição como na

distribuição, os modais de transporte aquaviário e aeroviário, não são utilizados.

Apenas o transporte ferroviário é utilizado com baixa representatividade, isto se dá

em razão de que apenas a cooperativa Coopavel faz uso deste modal e

exclusivamente para a distribuição.

Os modais aquaviário e aeroviário apresentam grande baixa na utilização

devido à dificuldade do acesso aos mesmos, diferentemente do transporte ferroviário

que se tornaria viável se recebesse mais investimento, pois é um transporte que

apresenta um custo mais baixo é uma maior confiabilidade.

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GRÁFICO 6: Transporte Ferroviário – Distribuição

86%

0%

14% 0%0%

NÃO UTILIZA

FROTA PRÓPRIA

TERCEIRIZADA

FROTA COOPERADOS

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se que nesta questão 86% das cooperativas não utilizam o

transporte ferroviário no momento da sua distribuição, o que ocorre devido a sua

baixa disponibilidade. Apenas a cooperativa Coopavel utiliza este modal de

transporte no momento de sua distribuição, como visto anteriormente no gráfico 5.

Isto se dá possivelmente pela cooperativa estar localizada nas proximidades do

terminal ferroviário da cidade de Cascavel - PR.

Verifica-se que na ausência deste modal tanto na distribuição como na

aquisição, é gerada uma maior dependência no transporte rodoviário, o que pode

causar demoras, e preços mais altos na negociação no produto final.

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GRÁFICO 7: Transportes Rodoviários – Aquisição

0%18%

42%

40%

0%

NÃO UTILIZA

FROTA PRÓPRIA

TERCEIRIZADA

FROTA COOPERADOS

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

O transporte rodoviário é o modal mais utilizado pelas cooperativas como

apresentado no gráfico 2. Neste verifica-se que 42% do transporte usado pelas

cooperativas são terceirizados e que 40% é oriundo da frota dos cooperados,

possivelmente pelo fato de que compram produtos direto nos armazéns da

cooperativa, apenas 18% das cooperativas possuem e utilizam frota própria.

Observa-se que o nível de terceirização no transporte rodoviário é

relativamente alto, o que possivelmente é influenciado pelo fato de que o custo

desse tipo de transporte é baixo, e a ausência de outros modais causa dependência

na utilização deste transporte. Além disso, a dificuldade que as cooperativas têm

para manter uma frota própria faz com que seja necessário trabalhar com empresas

terceiras.

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GRÁFICO 8: Transportes Rodoviários – Distribuição

0%30%

70%

0%0%NÃO UTILIZA

FROTA PRÓPRIA

TERCEIRIZADA

FROTA COOPERADOS

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

Apresenta-se diante deste gráfico que a terceirização do transporte rodoviário

no momento da distribuição é o mais utilizado, representando 70%, o que ocorre

possivelmente pela insuficiência da frota no momento de transportar os produtos, e

também por que as cooperativas buscam a redução dos custos que possuem.

Observa-se então que o nível de terceirização no transporte rodoviário na

distribuição é o mais relevante, pelo fato de que as cooperativas apresentam apenas

30% de frota própria, o que se torna baixo diante de uma necessidade crescente, e

que ocorre pela dificuldade de investimento neste modal de transporte dentro das

cooperativas.

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GRÁFICO 9: Obtenção de matéria prima

68%

32%

SIM

NÃO

Fonte: Dados da Pesquisa

Diante do questionamento feito aos responsáveis pelo setor logístico das

cooperativas, sobre qual a forma de obtenção da matéria-prima, se direta dos

cooperados ou se buscam outras formas, observa-se diante do gráfico que 68% da

matéria-prima é oriunda dos cooperados, o que se justifica devido ao cooperativismo

existente.

Os 32% representado em outras formas, ocorre quando as cooperativas

compram produtos de terceiros devido à volatilidade da qualidade e do preço dos

produtos, e pela busca de suprir suas necessidades.

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GRÁFICO 10: Forma de estocagem de produtos excedentes a capacidade

34%

22%11%

33%CONSTRÓI NOVOS SILOS

TERCEIRIZA

NÃO COMPRA ACIMA

USO OUTROS METODOS

Fonte: Dados da Pesquisa

O que este gráfico apresenta referente à estocagem é que as

cooperativas buscam estarem sempre em constante crescimento, com 34% elas

buscam a construção de novos silos.

O nível de terceirização das cooperativas na questão de estocagem dos

produtos é de 22%, o que não representa uma grande quantidade quando 33%

das cooperativas utilizam outros métodos de armazenagem, como por exemplo,

a grande maioria delas constrói piscinas no em seu próprio pátio para

armazenagem de grãos, silos bolsas.

As Cooperativas COOPACOL, LAR, em relação à armazenagem de

frigorificados, utilizam a empresa Espaço Frio, situada em Cascavel – PR,

especializada em armazenagem de Frios. Já as cooperativas menores, como a

Primato, não compram acima de sua capacidade, e que por conseqüência,

anula a necessidade da armazenagem por terceiros.

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GRÁFICO 11: Interesse na terceirização das atividades logísticas

33%

19%25%

23%

TRANSPORTE

AQUISIÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

ARMAZENAMENTO

Fonte: Dados da Pesquisa

Analisando o gráfico verifica-se que a atividade mais visada pelas

cooperativas com o intuito de terceirizar tanto na aquisição quanto na

distribuição, é o transporte que representa 33%.

A distribuição à segunda opção com 25%. O armazenamento com 23% e

por último a aquisição com 19%. Possivelmente, não haja necessidade de

terceirizar muito essa atividade, por conseqüência de que as cooperativas

compram a maior parte dos produtos de seus cooperados.

Observa-se então, que o transporte é a atividade que possui o maior

nível de terceirização, pelo fato de ser usado tanto na aquisição quanto na

distribuição e as cooperativas utilizam esse transporte terceirizado conforme

será observado no gráfico 13.

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GRÁFICO 12: Atividades logísticas com menor disponibilidade de terceirização

27%

29%

20%

24%

TRANSPORTE

AQUISIÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

ARMAZENAMENTO

Fonte: Dados da Pesquisa

Como apresenta o gráfico à aquisição com 29% é a que tem menor

disponibilidade de terceirização, pelo fato que a cooperativa compra os

produtos, possivelmente de seus cooperados. Além disso, apresenta-se

dificuldade na terceirização no momento da distribuição que representa 20% e

no armazenamento com 24%.

Como se verificou no gráfico 9, o nível de terceirização da aquisição de

matéria prima nas cooperativas é relativamente baixo, as cooperativas vinculam

a compra de seus produtos aos seus associados, fornecem as semente, adubo

e até mesmo o crédito para colheita, assim garantindo que o produtor venda sua

produção para a mesma, não necessitando a terceirização para compra, salvo

alguns casos como verificou-se na pesquisa.

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5.3 ANÁLISE DO FATOR RELEVANTE PARA A TERCEIRIZAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

GRÁFICO 13: Principal motivo da Terceirização no Transporte

17%

17%

17%24%

25%0%

GRANDES VOLUMES

MENOR CUSTO

FROTA INSUFICIENTE

FOCO PRODUTO FINAL

AGILIDADE

OUTROS

Fonte: Dados da Pesquisa

Analisando o gráfico e o questionamento aplicado aos responsáveis por

cada cooperativa, o um fator relevante para a terceirização é a agilidade que

aparece como um dos principais motivos com 25%, em seguida é possível

observar que 24% delas usufruem deste serviço como uma opção de focar no

seu produto final, trazendo melhores resultados aos seus cooperados.

Além das preferências apresentadas que levam as cooperativas a

terceirizar seu setor logístico, é possível perceber que 17% delas buscam

diminuir custos, outros 17% terceirizam por ter uma frota insuficiente tanto para

aquisição quanto para distribuição, um exemplo é a cooperativa Coopavel que

possui frota própria, terceiriza pouco do seu transporte quando vende em

grandes volumes para entregar ao porto.

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Ainda a Primato Cooperativa situada em Toledo – PR terceiriza 100% da

distribuição de seus produtos visando ficar no produto final.

GRÁFICO 14: Outras formas de obtenção de matéria-prima

81%

7%12% 0%

COMPRA DIRETA

EMPRESA ESPECIALIZADAS

CORRETORES

OUTROS

Fonte: Dados da Pesquisa

Este gráfico apresenta que a compra direta da matéria prima utilizada

pelas cooperativas chega a 81%, porém, algumas vezes os cooperados não

suprem as necessidades e a cooperativa se obrigam a comprar de corretores

que representa neste gráfico 12%. A outra possibilidade apontada pelas

cooperativas, é a compra de empresas especializadas, para manter sua

qualidade, buscam sempre novas opções.

Analisou-se que o fator relevante para aquisição dos produtos através de

corretores ou empresas especializadas é a falta de qualidade dos produtos

obtidos e volume insuficiente, isso move as cooperativas a buscarem fora da

sua cartela de associados, matéria-prima para que possam produzir seus

produtos.

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GRÁFICO 15: Motivo da utilização da terceirização nas atividades logísticas

37%

25%

13%

25%0%

MINIMIZAR CUSTOS

FOCAR NO PRODUTO FINAL

ESTRATÉGIA CONCORRÊNCIA

NÃO TER OUTRA OPÇÃO

OUTROS

Fonte: Dados da Pesquisa

O fator relevante que leva as cooperativas a terceirizar, é apontado neste

gráfico com 37% e representa a minimização dos custos pelas cooperativas

entrevistadas, tanto no transporte, como no armazenamento, aquisição,

distribuição. Em seguida percebe-se que 25% são as cooperativas que

terceirizam por não terem outra opção, por exemplo, o transporte com frota

insuficiente, ou por pensarem em seus cooperados quando dão maior atenção

no produto final.

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GRÁFICO 16: Interesse em ter logística própria

27%

25%24%

24%

TRANSPORTE

AQUISIÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

ARMAZENAMENTO

Fonte: Dados da Pesquisa

O transporte com representatividade de 27% neste gráfico é a atividade

que as cooperativas têm maior interesse em ter logística própria, em seguida

com 25% apresenta-se a aquisição e por fim com 24% aparecem à distribuição

e o armazenamento, pelo motivo de serem áreas com maiores dificuldades na

disponibilidade de terceirização como vimos nas outras questões.

Como se verifica nas questões anteriores o custo baixo é o que influência

as cooperativas a terceirizarem essa área, entretanto a dependência das

transportadoras torna se uma desvantagem para as cooperativas, a oscilação

nos preços de frete deixa escassa a estabilidade desse setor.

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5.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS

GRÁFICO 17: Vantagem Ferroviário - Distribuição

86%

0%0%0%0%

14%

NÃO UTILIZA

CONFIABILIDADE

CUSTO BAIXO

MAIOR EFICIÊNCIA

ENTREGAS NO PRAZO

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

Verifica-se na pesquisa que somente a Coopavel utiliza o transporte

ferroviário para distribuição de seus produtos, a vantagem que a mesma informou é

que este modal é mais viável quando se tem grandes volumes entregues no porto.

Assim como não disponibiliza uma frota de transporte para exportação,

terceiriza a mesma de Cascavel - PR para porto de Paranaguá - PR.

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GRÁFICO 18: Desvantagens Ferroviário - Distribuição

86%

0%14% 0%0%0% NÃO UTILIZA

FALTA DE CONFIABILIDADE

CUSTO ALTO

MENOR EFICIÊNCIA

ATRASO NAS ENTREGAS

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se que 86% das cooperativas não utilizam o transporte ferroviário, e

as mesmas não opinaram em alguma desvantagem nesse transporte, a Coopavel

como citada na questão anterior é a única que utiliza esse tipo de transporte na

distribuição, e informou através do questionário que a desvantagem encontrada está

ligada ao custo deste transporte, falta de vagões, demora nas entregas.

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GRÁFICO 19: Transporte Rodoviário – Vantagem – Aquisição

0% 10%

50%10%

30%0% NÃO UTILIZA

CONFIABILIDADE

CUSTO BAIXO

MAIOR EFICIÊNCIA

ENTREGAS NO PRAZO

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

Este gráfico mostra que 50% das cooperativas terceirizam o transporte na

aquisição devido ao custo baixo, na seqüência às entregas no prazo com 30%

seguido pela busca de maior eficiência e confiabilidade no transporte com 10%

ambas. Verifica-se então que a vantagem das cooperativas terceirizarem seu

transporte é pelo custo baixo, entregas no prazo com eficiência e confiabilidade.

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GRÁFICO 20: Transporte Rodoviário – Vantagem – Distribuição

0% 10%

40%

20%

20%

10% NÃO UTILIZA

CONFIABILIDADE

CUSTO BAIXO

MAIOR EFICIÊNCIA

ENTREGAS NO PRAZO

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

O gráfico apresenta que na distribuição o custo baixo ainda prevalece, pois

representa 40%, seguido de entregas no prazo e maior eficiência ambas

apresentando 20% e com 10% representam a confiabilidade e outros.

A descrição de outros na questão pode se citar como exemplo a Coopavel,

que na época da safra exporta grandes volumes de cereais e a entrega é direta no

porto, está precisa ser em curto prazo, e a frota disponível pela cooperativa não

consegue atender esta rapidez na entrega.

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GRÁFICO 21: Transporte Rodoviário – Desvantagem – Aquisição

0% 17%

17%

0%

17%

49%

NÃO UTILIZA

FALTA DE CONFIABILIDADE

CUSTO ALTO

M ENOR EFICIÊNCIA

ATRASO NAS ENTREGAS

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

Uma desvantagem citada em outros na questão do transporte rodoviário na

sua aquisição seria que as cooperativas dependem dos transportadores e das

empresas de transporte e ficam inseguras também com a volatilidade do preço do

frete, com isso, possivelmente não conseguem se programar em preços futuros, este

é um fator que influencia 49% da pesquisa. A falta de confiabilidade, custo alto e

atrasos na entrega apresentaram 17% ambas.

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67

GRÁFICO 22: Transporte Rodoviário – Desvantagem – Distribuição

0%0% 17%0%

33%

50%

NÃO UTILIZA

FALTA DE CONFIABILIDADE

CUSTO ALTO

MENOR EFICIÊNCIA

ATRASO NAS ENTREGAS

OUTROS

Fonte: Dados da pesquisa

O gráfico acima apresenta que 33% no atraso das entregas é uma grande

desvantagem na distribuição que o transporte rodoviário pode oferecer, além disso,

o custo alto com 17%. Mas a maior desvantagem apontada pelas cooperativas

referente a este modal é apresentada em outros, onde são citados os encargos,

tributos e outras taxas cobradas pelas empresas que terceirizam este transporte.

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6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Para que cooperativas pudessem focar no produto final seria interessante que

o processo de terceirização recebesse um maior investimento. Algo como buscar

empresas parceiras e que trabalham com seriedade, são sugestões que expõem se

neste estudo relacionado à terceirização logística, visto que a partir do momento que

as cooperativas podem confiar em terceiros, o seu trabalho teria maior rendimento e

os resultados conseqüentemente seriam satisfatórios, o que se torna uma grande

vantagem competitiva no mercado em que atua.

Analisa-se que setor logístico deve estar bem preparado para lidar com

possíveis terceirizações, visto que esta descentralização do trabalho é um processo

complexo, e quando bem aproveitado se torna vantajoso.

Atualmente as cooperativas sofrem com a volatilidade dos seus custos por

estar na dependência de empresas terceiras, uma recomendação que influenciaria

no valor agregado para as cooperativas é conhecerem minuciosamente as

empresas terceiras que lhe prestam serviços, podendo fixar contratos,

conseqüentemente ter custo fixo em determinado período, assim poder passar os

preços futuros para seus clientes tornando um diferencial contra a concorrência.

Um exemplo seria que as cooperativas firmassem contratos com as

transportadoras para não sofrerem com oscilações repentinas no preço do frete.

É importante que a cooperativa esteja atualizada com as mudanças que

ocorrem diariamente nas atividades logísticas, para que possa competir de igual

para igual com concorrentes.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo relacionado à terceirização logística das cooperativas

agroindustriais do Oeste do Paraná apresentou que as cooperativas necessitam de

um setor logístico bem estruturado, pois esse segmento influência várias atividades

dentro da empresa e è necessário que haja um bom desempenho neste para que

não afete o seu ciclo de produção.

Na Região Oeste do Paraná as Cooperativas apresentam um nível médio de

terceirização nas suas atividades logísticas, isto ocorre, pois como exemplo

enquanto na armazenagem apresenta apenas 5% de terceirização no transporte

apresenta 70% de terceirização na distribuição. Podendo então ter um foco maior no

seu produto final e reduzir custos elevados ou desnecessários o qual foi analisado

como o fator de maior relevância para que as mesmas terceirizem. Mas não são só

estes fatores que influenciam a terceirização, a falta de estrutura necessária também

é uma delas, influenciando desde a aquisição, armazenagem, transporte e

distribuição.

Buscando uma melhor eficiência nestas atividades as cooperativas procuram

a terceirização como uma opção ou como uma necessidade, já que algumas vezes

não há outra forma de desempenhar a atividade solicitada.

Quando a terceirização não for planejada corretamente as cooperativas

correm o risco de estarem na dependência de terceiros, e caso as mesmas não

desempenhem seu trabalho correto torna-se uma desvantagem essa opção.

Abre-se a questão, as cooperativas terceirizam suas atividades logísticas para

reduzir custo mas conseqüentemente dependem de empresas terceiras, porque as

cooperativas não formam uma cooperativa entre elas para suprir suas atividades

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logísticas, assim usando toda a estrutura de ambas cooperativas para diminuir o

nível de terceirização e retornar o valor pago para essas empresas terceiras para

possivelmente investimento nesse setor logístico ampliando-o.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE 1

QUESTIONÁRIO

Prezada Cooperativa, somos acadêmicos do Curso de Administração da Faculdade Assis Gurgacz.

Esta pesquisa tem como objetivo Analisar a terceirização das atividades logísticas nas cooperativas agroindustriais do Oeste do Paraná, buscando com isso entender melhor este setor existente nas cooperativas.

Solicitamos que leia todas as alternativas antes de optar por uma delas, no intuito de minimizar enganos indesejados.

Desde já nossos sinceros agradecimentos.

1- Qual o principal produto que a cooperativa comer cializa?

( ) Cereais (_______%). ( ) Frigorificados (_______%). ( ) Rações (_______%). ( ) Laticínios (_______%). ( ) Outros _____________________.(_______%).

2- No setor de armazenamento, os produtos são estoc ados de qual maneira.

*Caso utilize mais um tipo dos apresentados abaixo, indique o percentual aproximado.

( ) Armazém, Silos, Barracões “Gerais” (_______%). ( ) Armazém, Silos, Barracões da Própria Cooperativa. (_______%). ( ) Armazém ou silos Terceirizados. (_______%). ( ) Outros _____________________.(_______%).

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3- Qual o principal meio de transporte utilizado na logística da cooperativa.

*Caso utilize mais um tipo dos apresentados abaixo, indique o percentual aproximado.

Na aquisição Na Dis tribuição

( ) Aquaviário (_______%). ( ) Aquaviário (_______%). ( ) Ferroviário (_______%). ( ) Ferroviário (_______%). ( ) Rodoviário (_______%). ( ) Rodoviário (_______%). ( ) Aeroviário (_______%). ( ) Aeroviário (_______%).

3.1 - Referente a questão anterior, caso utilize o transporte Aquaviário , a cooperativa trabalha com:

*Caso utilize mais um tipo dos apresentados abaixo, indique o percentual aproximado.

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Outros__________(_______%). ( ) Outros________(_______%).

3.2 - Qual a Vantagem de terceirizar o transporte Aquaviario ?

Na aquisição Na Dis tribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Confiabilidade ( ) Confiabilidade ( ) Custo Baixo ( ) Custo Baixo ( ) Maior Eficiência ( ) Maior Eficiência ( ) Entregas no Prazo ( ) Entregas no Prazo ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

3.3 - Qual a Desvantagem de terceirizar o transporte Aquaviario ?

Na aquisição Na Dis tribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Custo Alto ( ) Custo Alto ( ) Menor eficiência ( ) Menor eficiência ( ) Atraso na entregas ( ) Atraso na entregas ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

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3.4 Caso seja usado o transporte FERROVIÁRIO , a cooperativa utiliza:

*Caso utilize mais um tipo dos apresentados abaixo, indique o percentual aproximado.

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Outros__________(_______%). ( ) Outros_________(_______%).

3.5 - Qual a vantagem de terceirizar o transporte Ferroviário ?

Na aquisição Na Dis tribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Confiabilidade ( ) Confiabilidade ( ) Custo Baixo ( ) Custo Baixo ( ) Maior Eficiência ( ) Maior Eficiência ( ) Entregas no Prazo ( ) Entregas no Prazo ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

3.6 - Qual a Desvantagem de terceirizar o transporte Ferroviário ?

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Custo Alto ( ) Custo Alto ( ) Menor eficiência ( ) Menor eficiência ( ) Atraso na entregas ( ) Atraso na entregas ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

3.7 - Caso seja usado o transporte Rodoviário , a cooperativa utiliza:

*Caso utilize mais um tipo dos apresentados abaixo, indique o percentual aproximado.

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Outros__________(_______%). ( ) Outros_________(_______%).

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3.8 - Qual a vantagem de terceirizar o transporte Rodoviário ?

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Confiabilidade ( ) Confiabilidade ( ) Custo Baixo ( ) Custo Baixo ( ) Maior Eficiência ( ) Maior Eficiência ( ) Entregas no Prazo ( ) Entregas no Prazo ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

3.9 - Qual a Desvantagem de terceirizar o transporte Rodoviário ?

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Custo Alto ( ) Custo Alto ( ) Menor eficiência ( ) Menor eficiência ( ) Atraso na entregas ( ) Atraso na entregas ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

3.10- Caso seja usado o transporte Aeroviário , a cooperativa utiliza:

*Caso utilize mais um tipo dos apresentados abaixo, indique o percentual aproximado.

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Frota Própria (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Terceirizada (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Frota Cooperados (_______%). ( ) Outros__________(_______%). ( ) Outros_________(_______%).

3.11- Qual a vantagem de terceirizar o transporte Aeroviário ?

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Confiabilidade ( ) Confiabilidade ( ) Custo Baixo ( ) Custo Baixo ( ) Maior Eficiência ( ) Maior Eficiência ( ) Entregas no Prazo ( ) Entregas no Prazo ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

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3.12- Qual a Desvantagem de terceirizar o transporte Aeroviário ?

Na aquisição Na Distribuição

( ) Não Utiliza. ( ) Não Utiliza. ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Falta de Confiabilidade ( ) Custo Alto ( ) Custo Alto ( ) Menor eficiência ( ) Menor eficiência ( ) Atraso na entregas ( ) Atraso na entregas ( ) Outros _________________. ( ) Outros _________________.

4- Referente à terceirização do transporte, se a co operativa terceiriza (independente do tipo de transporte), qual o princi pal motivo dessa decisão?

( ) Grandes Volumes (Importação ou Exportação) ( ) Menor Custo ( ) Frota Insuficiente ( ) Opção da cooperativa em focar investimento e gestão (produto final) e não em infra-estrutura logística. ( ) Agilidade ( ) Outros _______________.

5- As matérias-primas (soja, milho, trigo) são obti dos exclusivamente dos cooperados?

( ) Sim. Caso seja esta sua resposta, dirija-se para a questão 7. ( ) Não. ______% aproximado.

6- Quais outras formas de obtenção de matéria-prima ? ( Indique o percentual)

( ) Compra direta (Cooperativa- Produtor Rural)____________% ( ) Empresas especializadas em comercialização ____________% ( ) Corretores ____________% ( ) Outros _______________%

7- Na questão de armazenamento, se a oferta das mat érias-primas for maior do que o espaço físico disponível, como a coo perativa estoca esses produtos excedentes á sua capacidade?

( ) Constrói novos silos, armazéns, barracões ( ) Terceiriza o armazenamento em outros locais (_________%). ( ) Não compra acima do espaço disponível ( ) Usa Outros métodos para armazenamento. Quais:________________________________________________________

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8- Porque a empresa usa a terceirização em suas ati vidades logísticas?

( ) Minimizar custos ( ) Focar no Produto final ( ) Estratégia contra concorrência ( ) Por não ter outra opção ( ) Outros __________________.

9- Quais atividades logísticas a cooperativa têm i nteresse em terceirizar (ou ampliar) no futuro:

*Caso tenha interesse em mais de uma atividade, enumere da maior ao menor grau de interesse.

( ) Transporte ( ) Aquisição ( ) Distribuição ( ) Armazenamento

10- Atualmente, das atividades abaixo, quais delas existem menor disponibilidade de terceirização, de acordo com sua percepção?

*Caso tenha interesse em mais de uma atividade, enumere da maior ao menor grau de interesse.

( ) Transporte ( ) Aquisição ( ) Distribuição ( ) Armazenamento

11- Qual área de atividade teria interesse em dese nvolver logística própria?

*Caso tenha interesse em mais de uma atividade, enumere da maior ao menor grau de interesse.

( ) Transporte ( ) Aquisição ( ) Distribuição ( ) Armazenamento