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Fabrício Tinôco Alvim de Souza SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: TERAPIA COM ESTIMULAÇÃO SALIVAR MECÂNICA, QUALIDADE DE VIDA E TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS BELO HORIZONTE FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFMG 2011

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Fabrício Tinôco Alvim de Souza

SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: TERAPIA COM ESTIMULAÇÃO SALIVAR

MECÂNICA, QUALIDADE DE VIDA E TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS

BELO HORIZONTE

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFMG

2011

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Fabrício Tinôco Alvim de Souza

SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: TERAPIA COM ESTIMULAÇÃO SALIVAR

MECÂNICA, QUALIDADE DE VIDA E TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS

Dissertação apresentada ao Colegiado do

Programa de Pós-graduação da Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal de

Minas Gerais como requisito parcial para

obtenção do título de Mestre em Odontologia

– Área de concentração em Estomatologia.

Orientadora: Profª. Drª. Tarcília Aparecida da

Silva

Co-orientadores: Prof. Dr. Mauro Henrique

Nogueira Guimarães de Abreu

Prof. Dr. Arthur Melo e Kummer

BELO HORIZONTE

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFMG

2011

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S729s Souza, Fabrício Tinôco Alvim de

2011 Síndrome da ardência bucal: terapia com estimulação salivar mecânica,

T qualidade de vida e transtornos psiquiátricos / Fabrício Tinôco Alvim de

Souza. 2011.

138 f.: il.

Orientadora: Tarcilia Aparecida da Silva

Co-orientadores: Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu,

Arthur Melo e Kummer

Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal de Minas Gerais,

Faculdade de Odontologia.

1. Síndrome da ardência bucal – terapia – Teses. I. Silva, Tarcília

Aparecida da. II. Abreu, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de. III.

Kummer, Arthur Melo e. IV. Universidade Federal de Minas Gerais.

Faculdade de Odontologia. V. Título.

BLACK D047

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Aos meus estimados pais

Ademir e Vânia pelos

constantes ensinamentos de

vida, e por darem o exemplo

da existência do verdadeiro

amor.

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AGRADECIMENTOS

Ao bom Deus por sua onipresença em minha vida.

A toda minha família, meus pais e irmãos Marcelo e Pauliane por todo apoio e

carinho.

A minha orientadora Tarcília Aparecida da Silva, pessoa e pesquisadora brilhante,

toda minha gratidão.

Aos meus co-orientadores, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu e Arthur

Melo e Kummer pela maneira amiga e os ensinamentos transmitidos durante a orientação.

Aos professores, Antônio Lúcio Teixeira e Tânia Mara Pimenta Amaral, pela grande

contribuição na concepção e desenvolvimento desta pesquisa.

Ao Vitor Machado, meu grande amigo e irmão, pela convivência amigável e por ter

cedido sua residência para eu morar.

Aos meus amigos de Lafaiete e da faculdade de Diamantina por todos os momentos de

alegrias compartilhados.

Às acadêmicas Tálita e Maysa pela grande ajuda na coleta e processamento dos dados

e amostras deste trabalho.

Aos meus colegas de pós-graduação pela agradável convivência e por sempre estarem

dispostos a darem um apoio nos momentos necessários.

A todos os professores da pós-graduação em Odontologia pelos ensinamentos gerados,

em especial aos da Estomatologia e Patologia.

A todos os pacientes que muito contribuíram para realização deste estudo, meu sincero

agradecimento.

Ao CNPQ pela concessão da bolsa.

E a todos que de alguma maneira, estiveram presentes em minha vida.

Obrigado!

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“Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.

Estão paralisados, mas não há desespero,

há calma e frescura na superfície intata.

Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.

Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.

Espera que cada um se realize e consume

com seu poder de palavra

e seu poder de silêncio.

Não forces o poema a desprender-se do limbo.

Não colhas no chão o poema que se perdeu.

Não adules o poema. Aceita-o

como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada

no espaço.”

(Carlos Drummond de Andrade)

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RESUMO

Introdução: A síndrome da ardência bucal (SAB) é um transtorno crônico caracterizado pela

sintomatologia de ardência bucal constante com mucosa de aspecto clínico aparentemente

normal e ausência de achados laboratoriais que possam diagnosticar outra doença. Múltiplos

fatores têm sido associados com o desenvolvimento dessa doença, incluindo alterações

salivares e transtornos psiquiátricos. Essa condição pode afetar a qualidade de vida dos

indivíduos acometidos. Objetivo: Avaliar os efeitos da terapia de estimulação salivar sobre o

fluxo salivar, a qualidade da saliva e os sintomas em pacientes com SAB; avaliar a qualidade

de vida e a presença de transtornos psiquiátricos em indivíduos com SAB. Materiais e

Métodos: De uma amostra total de 30 pacientes com SAB e 31 controles saudáveis,vinte e

seis pacientes com SAB foram submetidos a tratamento com estimulação salivar mecânica,

utilizando um sialogogo mecânico. Saliva em repouso e estimulada foram coletadas antes,

durante e após 90 dias de terapia. Os níveis salivares de proteína total, fator neurotrófico

derivado do cérebro (BDNF), interleucina-10 (IL-10), fator de necrose tumoral-α (TNF-α),

IL-6 e fator de crescimento neural (NGF) foram avaliados antes e 90 dias após a terapia, por

ELISA. Uma avaliação clínica da sintomatologia da SAB foi realizada 6 meses após o início

da terapia. Vinte e seis pacientes com SAB e vinte e sete indivíduos controles foram pareados

por sexo e idade, e realizadas entrevistas através dos questionários SF-36 e OHIP-49. Para

avaliação psiquiátrica os grupos contaram com trinta indivíduos com SAB e trinta e um

indivíduos controle. Em ambos os grupos foram feitas entrevistas empregando o MINI–Plus

para diagnósticos psiquiátricos e em seguida aplicados os seguintes questionários: Escala de

Avaliação de Depressão de Hamilton, Inventário de Depressão de Beck, Inventário de

Ansiedade Traço-Estado (IDATE), Escala de Sonolência de Epworth, Dutch Fatigue Scale

(DUFS), Dutch Exertion Fatigue Scale (DEFS). A intensidade dos sintomas foi medida

através de duas escalas: escala verbal (EV) e escala visual análoga (VAS) Resultados: Uma

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redução significativa na sensação de queimação e número de sítios de ardência foi verificada

pelas escalas de dor empregadas (EV e VAS), bem como uma melhora de distúrbios do

paladar e xerostomia foram observadas após a terapia. O fluxo salivar não foi

significativamente modificado. No entanto, a terapia resultou em uma diminuição

significativa nos níveis salivares de proteínas totais e um aumento de TNF-α. Os escores do

SF-36 e OHIP-49 dos indivíduos com SAB foram significativamente piores em todos os

domínios que os indivíduos controle (P≤0,05). A análise psiquiátrica mostrou que indivíduos

com SAB possuem mais quadros de transtorno depressivo maior atual e passado, transtorno

de ansiedade generalizada, hipocondria, cancerofobia, e que essas morbidades podem estar

associadas (P≤0,05). Nas escalas psicométricas aplicadas indivíduos com SAB tiveram piores

escores na Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton, Inventário de Depressão de Beck,

IDATE e DUFS (P≤0,05). Conclusões: Pacientes com SAB que fizeram uso de estimulação

salivar mecânica tiveram uma redução clínica da sintomatologia. A SAB tem um impacto

negativo sobre a qualidade de vida dos pacientes. Pacientes com SAB possuem maior

presença de transtornos psiquiátricos.

Palavras Chave: Síndrome da ardência bucal, terapia com estimulação salivar mecânica,

qualidade de vida, transtornos psiquiátricos.

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ABSTRACT

Introduction: Burning mouth syndrome (BMS) is a chronic disorder characterized by

symptoms of oral constant burning with aspect of the mucosa appears normal and no clinical

laboratory findings that can diagnose other diseases. Multiple factors have been associated

with the development of this disease, including changes in salivary and psychiatric disorders.

This condition can affect quality of life of affected individuals. Objective: To evaluate the

effects of salivary stimulation therapy on the salivary flow, quality of saliva and symptoms in

patients with BMS; assess the quality of life and psychiatric disorders in individuals with

BMS. Materials and Methods: Twenty-six BMS patients underwent treatment with salivary

mechanical stimulation, using mechanical sialogogue. Resting and stimulated saliva were

collected before, during and after 90 days of therapy. Salivary levels of total protein, brain-

derived neurotrophic factor (BDNF), interleukin-10 (IL-10), tumor necrosis factor-α (TNF-α),

IL-6 and nerve growth factor (NGF) were assessed before and 90 days after therapy by

ELISA. A clinical evaluation of symptoms of SAB was performed 6 months after initiation of

therapy. Twenty-six BMS patients and twenty-seven subjects’ controls were matched by sex

and age and interviewed by the SF-36 and OHIP-49. For psychiatric groups counted thirty

individuals with SAB and thirty-one control subjects. Both groups were interviewed using the

MINI-Plus for psychiatric diagnoses and then applied the following psychometric scales:

Rating Scale Hamilton Depression, Beck Depression Inventory, Inventory trait anxiety state

(STAI), Epworth Sleepiness Scale, Dutch Fatigue Scale (DUFS) Dutch Exertion Fatigue

Scale (DEFS). The intensity of symptoms was measured using two scales: verbal descriptor

scale (VDS) and visual analog scale (VAS). Results: A significant reduction in burning

sensation and number of sites for burning was verified by the used pain scales (VDS and

VAS), as well as an improvement of taste disturbances and xerostomia were observed after

therapy. The salivary flow was not significantly modified. However, the therapy resulted in a

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significant decrease in levels of salivary protein and an increase in TNF-α. The scores of the

SF-36 and OHIP-49 were significantly worse in all domains than control subjects (P ≤ 0.05).

The analysis showed that individuals with psychiatric SAB have more pictures of current and

past major depressive disorder, generalized anxiety disorder, hypochondriasis, cancer phobia,

and that may be associated with morbid (P ≤0.05). In questionnaires given to subjects had

worse scores on Hamilton Rating Scale Depression, Beck Depression Inventory, STAI and

DUFS (P≤0.05). Conclusions: Patients with BMS who used treatment with salivary

mechanical stimulation had a reduction of clinical symptoms. The BMS has a negative impact

on quality of life of patients. Patients with BMS have a higher presence of psychiatric

disorders.

Keys words: Burning mouth syndrome, mechanical salivary stimulation, quality of life,

psychiatric disorders.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Terapia com Hiperbolóide entre pacientes com SAB (n=26)..................................33

Figura 2 – Avaliação da qualidade de vida entre pacientes com SAB (n=26) e não-SAB

(n=27)........................................................................................................................................33

Figura 3 – Avaliação de transtornos psiquiátricos entre pacientes com SAB (n=30) e não-SAB

(n=31)........................................................................................................................................33

Artigo 1

Figura 1. Sialogogo mecânico Hiperbolóide............................................................................59

Figura 2. Fluxo salivar em repouso (A) e estimulado (B) em pacientes com SAB antes (dia 0)

e depois (30, 60 e 90 dias) da terapia com estimulação salivar mecânica (P˃0,05 usando o

teste de Friedman).....................................................................................................................60

Figura 3. Níveis de proteína total (A), BDNF (B), IL-10 (C), TNF-α (D), IL-6 (E) e NGF (F)

no fluxo salivar estimulado dos pacientes com SAB antes (dia 0) e depois de 90 dias do uso

da terapia com estimulação salivar mecânica. *P<0,05 quando comparado com dia 0 ( teste de

Wilcoxon)..................................................................................................................................61

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LISTA DE TABELAS

Artigo 1

Tabela 1. Principais achados clínicos em pacientes com SAB.................................................54

Tabela 2. Qualidade do fluxo salivar em repouso e estimulado antes e 90 dias após a terapia

com estimulação salivar mecânica............................................................................................56

Tabela 3. Parâmetros clínicos da avaliação da terapia..............................................................57

Artigo 2

Tabela 1. Comparação das características sociodemográficas e clínicas de indivíduos com

SAB e controles, Brasil, 2009-2010..........................................................................................72

Tabela 2. Escores do SF-36 para 26 indivíduos com SAB e 27 controles saudáveis, Brasil,

2009-2010.................................................................................................................................73

Tabela 3. Escores do OHIP-49 para 26 indivíduos com SAB e 27 controles saudáveis, Brasil,

2009-2010.................................................................................................................................74

Artigo 3

Tabela 1. Características clínicas e demográficas dos pacientes com SAB e controles...........91

Tabela 2. Frequência de diagnósticos psiquiátricos em pacientes com SAB e controles.........92

Tabela 3. Frequência de comorbidades psiquiátricas em pacientes com SAB com diferenças

estatisticamente significantes....................................................................................................93

Tabela 4. Comparação dos escores de pacientes com SAB e controles em diferentes escalas

psicométricas.............................................................................................................................94

Tabela 5. Análise de correlação de Spearman das escalas psicométricas que tiveram

diferenças estatisticamente significantes em pacientes com SAB............................................95

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LISTA DE ABREVIATURAS

BDNF Fator neurotrófico derivado do cérebro

COEP Comitê de Ética em Pesquisa

EDTA Ácido etilenodiamino tetra-acético

ELISA Ensaio imunoenzimático

DEFS Dutch Exertion Fatigue Scale

DUFS Dutch Fatigue Scale

FAN Fator antinuclear

FO Faculdade de Odontologia

IDATE Inventário de ansiedade traço-estado

Ig Imunoglobulina

IL Interleucina

Mg Miligramas

Ml Mililitros

MINI Mini International Neuropsychiatric Interview

mM Milimolar

NGF Fator de crescimento neural

OHIP-49 Perfil do impacto de saúde bucal 49

Pg Picograma

Rpm Rotações por minuto

SAB Síndrome da ardência bucal

SF-36 The medical outcomes study-36 item short form health survey

SPSS Statistical Package for Social Sciences

TNF Fator de necrose tumoral

TSH Hormônio estimulante da tireóide

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UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

VAS Escala visual análoga

VDS Escala verbal

ºC Graus Celsius

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA..................................................................................15

1.1 Aspectos epidemiológicos...............................................................................................16

1.2 Sintomatologia................................................................................................................16

1.3 Etiopatogenia..................................................................................................................17

1.4 Diagnóstico.....................................................................................................................19

1.5 Tratamento......................................................................................................................20

1.6 Qualidade de vida............................................................................................................20

2 OBJETIVOS...............................................................................................................................22

2.1 Objetivo geral..................................................................................................................23

2.2 Objetivos específicos......................................................................................................23

3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................................24

3.1 Aspectos éticos.................................................................................................................25

3.2 Pacientes..........................................................................................................................25

3.3 Avaliação da qualidade de vida......................................................................................26

3.4 Avaliação psiquiátrica.....................................................................................................27

3.5 Terapia de estimulação salivar mecânica........................................................................29

3.6 Avaliação clínica da terapia............................................................................................30

3.7 Coleta de saliva...............................................................................................................30

3.8 Avaliação do fluxo salivar e qualidade da saliva............................................................31

3.9 Avaliação bioquímica da saliva......................................................................................32

3.10 Análise estatística..........................................................................................................32

4 RESULTADOS..........................................................................................................................35

4.1 Artigo 1...........................................................................................................................36

4.2 Artigo 2...........................................................................................................................63

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4.3 Artigo 3...........................................................................................................................76

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................................97

6 CONCLUSÕES.........................................................................................................................101

8 REFERÊNCIAS........................................................................................................................103

APÊNDICES...............................................................................................................................114

ANEXOS....................................................................................................................................119

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15

INTRODUÇÃO E SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA

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16

1 INTRODUÇÃO E SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA

1.1 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

A Síndrome da Ardência Bucal (SAB) é um transtorno crônico, que ocorre mais

comumente em mulheres de meia idade, após a menopausa (Speciali et al., 2008; Scala et al.,

2003). Acomete de seis a sete vezes mais indivíduos do gênero feminino, com uma

prevalência na população estimada de 0,7 a 15,0 % (Speciali et al., 2008). A ampla variação

na prevalência ocorre provavelmente devido aos diferentes critérios utilizados para o

diagnóstico (Speciali et al., 2008; Scala et al., 2003). A ausência de alterações clínicas e

laboratoriais evidentes que possam diagnosticar outras doenças são fatores que devem ser

considerados para seu correto diagnóstico, o que nem sempre ocorre (Headache, 2004).

1.2 SINTOMATOLOGIA

A ardência relatada pelos pacientes pode ocorrer em toda a boca, mas normalmente os

sítios mais frequentes são a ponta e os dois terços anteriores da língua, o palato duro, o lábio,

e menos frequentemente a mucosa jugal (Lamey & Lamb,1988; Bergdahl & Bergdahl,1999).

Os sintomas são geralmente descritos como queimação, escaldamento, formigamento ou uma

sensação de dormência persistente. Alguns pacientes reclamam de inchaço dos lábios e/ou

língua sem evidência clínica de alteração. Também tem sido reportado pelos pacientes

alterações no paladar com aumento da percepção do gosto amargo, assim como sensação de

boca seca. A intensidade dos sintomas pode variar de leve a severa. Na maioria dos casos os

sintomas ocorrem durante o dia inteiro, com um aumento progressivo de intensidade durante

o dia, tendo seu pico entre o fim da tarde e início da noite (Speciali et al., 2008; Scala et al.,

2003; Lamey & Lamb,1988; Bergdahl & Bergdahl,1999). Sardela et al. (2006) em um estudo

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17

que acompanhou pacientes com SAB por um período de 5 anos observou que a completa

remissão dos sintomas ocorreu em somente 3% dos indivíduos, mesmo fazendo uso de

diversas terapias (Sardella et al., 2006).

1.3 ETIOPATOGENIA

A etiopatogenia da SAB é desconhecida, mas múltiplos fatores têm sido associados a

essa alteração existindo grande controvérsia na literatura.

Como essa alteração afeta mais frequente mulheres após a menopausa, foi postulado

que poderia estar relacionada a fatores hormonais, entretanto observou-se que a reposição

hormonal não alterava o quadro de evolução da desordem nessas mulheres, e que a grande

maioria das portadoras da síndrome não possuía alterações hormonais significativas em

relação a outros grupos de mulheres (Rivinus, 2008; Meurmana et al., 2009).

Os fatores psicológicos têm sido relatados como possíveis coadjuvantes no

desenvolvimento deste transtorno (Sardella et al., 2006; Al Quran, 2004; Bogetto et al.,1998).

Vários estudos têm relatado que é alta a prevalência de transtornos psiquiátricos na SAB,

principalmente apresentado como sintomas significativos de depressão, ansiedade,

cancerofobia e hipocondria. A depressão e a ansiedade são as morbidades psiquiátricas mais

prevalentes em pacientes com SAB (Sardella et al., 2006; Al Quran, 2004; Bogetto et

al.,1998). Apesar dos pacientes com SAB apresentarem elevados níveis de estresse

psicológico, o início dos sintomas da SAB não está necessariamente correlacionado com

eventos estressantes da vida (Eli et al., 1994). O estresse e a ansiedade são relacionados a

mudanças no metabolismo endócrino e poderiam, desta forma, afetar a sensibilidade do

sistema nervoso. Assim, pacientes que são submetidos a períodos de alternâncias em seu

estado psíquico estariam mais propícios a adquirirem a SAB (Amenábar et al., 2008; Tabolli

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18

et al., 2009). Os níveis de cortisol salivares têm se mostrado maiores nos pacientes portadores

dessa síndrome, e podem ser indicativos de um estresse biológico com uma elevação da

ansiedade e diminuição do limiar da dor (Amenábar et al., 2008).

Alguns estudos têm apontado um papel do sistema nervoso central para a SAB como

uma hiperatividade do precúneo e uma hipoatividade do tálamo (Albuquerque et al., 2006;

Fedele et al., 2007), ou ainda uma disfunção no caminho dopaminérgico nigroestriatal (Fedele

et al., 2007).

Outros estudos sugerem uma desordem sensorial periférica com um processo de

degeneração das fibras sensoriais trigeminais como parte da etiologia da síndrome (Forssell et

al., 2002; Lauria et al., 2005), ou disfunção do nervo corda do tímpano (Eliav et al., 2007).

A sensação de boca seca é muitas vezes relatada pelos pacientes. Por outro lado, em

algumas pesquisas não se verifica a diminuição da medida do fluxo salivar quando comparada

com um grupo controle (Moura et al., 2007; Granot & Nagler, 2005; Hershkovich & Nagler,

2004). Entretanto, as seguintes alterações na saliva também foram descritas em pacientes com

SAB: uma diminuição nos níveis de Mg (Pekiner et al., 2009) e sulfato de condroitina, e um

aumento da calicreína glandular (Loeb et al., 2008), K, Cl, proteína total., cálcio, albumina,

imunoglobulina G (IgG), IgM , IgA secretora, lisozima, Na e amilase (Granot & Nagler,

2005; Hershkovich & Nagler, 2004). Alterações nos níveis de citocinas salivares também têm

sido associadas com a SAB. Enquanto aumento dos níveis de interleucina-2 (IL-2) e IL-6

foram observados em pacientes com SAB (Simcić et al., 2006), outros estudos não

encontraram diferenças significativas nos níveis salivares de IL-1β, IL-8, IL-6 e fator de

necrose tumoral –α (TNF-α) (Suh et al., 2009; Boras et al., 2006). Tomados em conjunto,

estes dados podem indicar que a qualidade da saliva pode ser um fator contribuidor no

desenvolvimento deste transtorno (Granot & Nagler, 2005; Hershkovich & Nagler, 2004).

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19

Diminuição nos níveis séricos de CD28+ sugerem também que a SAB pode resultar de

desordem auto-imune (Pekiner et al., 2008).

Alterações nos níveis séricos de citocinas de pacientes com SAB quando comparados

com os controles como uma diminuição expressiva de IL-6 (Chen et al., 2007), IL-2 e TNF-α,

também têm sido descritas como fatores para uma alteração da nocicepção e uma consequente

hiperalgesia (Pekiner et al., 2008).

Polimorfismo genético associadas com a produção da citocina IL-1 (Guimarães et al.,

2006), fatores ambientais e comportamentais, como uso do tabaco, uso de prótese e hábitos

parafuncionais (Kho et al., 2009), alergias alimentares, uso contínuo de fármacos (Abetz &

Savage, 2009), infecções virais e bacterianas foram reportados ainda como fatores

importantes para o desenvolvimento da Síndrome da Ardência Bucal (Grushka et al., 2006).

1.4 DIAGNÓSTICO

O correto diagnóstico da SAB pode ser formulado somente depois de excluir possíveis

condições e processos patológicos que possam causar ardência bucal (Scala et al., 2003).

Dentre os processos que devem ser considerados no diagnóstico diferencial para SAB estão:

síndrome de sjogren, candidíase bucal, estomatite aftosa, líquen plano, herpes simples,

estomatite por contato alérgico, eritema migrans, gastrite crônica, refluxo gastroesofageal.,

xerostomia causada por medicação, reações a antibióticos e fármacos inibidores da enzima

conversora de angiotensina, diabetes, menopausa, anemias, deficiência de vitaminas (B1, B2,

B6, B12 e ácido fólico) e hipotireoidismo (Evans & Drage, 2005; Rivinus, 2008, Femiano et

al., 2008; Pigatto et al., 2009).

A realização de oroscopia criteriosa é importante para excluir algumas dessas

alterações além da solicitação de alguns exames complementares como: hemograma

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completo, níveis de glicose, ferritina sérica, níveis de vitamina B12 sérica, fator antinuclear

(FAN), ácido Fólico, anti-SSA, anti-SSB, testes de mensuração do fluxo salivar, citologia

esfoliativa, dosagem sérica dos hormônios T3, T4 e hormônio estimulante da tireóide (TSH)

são de grande importância para o diagnóstico correto da Síndrome da Ardência Bucal

(Rivinus, 2008; Bergdahl&Bergdahl,1999; Femiano et al., 2008).

1.5 TRATAMENTO

Devido à falta de consenso sobre a etiologia da SAB, o estabelecimento de um

protocolo de tratamento dos pacientes torna-se extremamente difícil. De acordo com a suposta

presença de um mecanismo periférico ou um mecanismo central neuropática na patogênese da

SAB, alguns autores têm proposto o uso de substâncias sistêmicas ou tópicas, como o ácido

alfa-lipóico, capsaicina, e lactoperoxidase, benzodiazepínicos, anticonvulsivantes,

antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, corticóides, ou a

associação de vários fármacos foram relatados na literatura (Patton et al., 2007; Marino et al.,

2010). Tem sido demonstrado os benefícios da psicoterapia de grupo e individuais em

pacientes com SAB e estas intervenções devem ser consideradas como uma opção para o

tratamento desta doença (Miziara et al., 2009). O uso de substitutos da saliva em pacientes

com SAB e redução do fluxo salivar têm propiciado uma melhora nos sintomas (Lamey &

Lamb,1988). Um estudo piloto em pacientes com SAB mostrou que o uso da estimulação

salivar mecânica ocasionou uma redução da sintomatologia de ardência bucal (Amaral et al.,

2010). No entanto, ensaios clínicos randomizados duplo-cegos e controlados com placebo que

avaliaram as diferentes terapias para SAB, têm gerado resultados conflitantes até o presente

momento (Patton et al., 2007; Marino et al., 2010).

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1.6 QUALIDADE DE VIDA

Tem sido demonstrado que a SAB exerce um impacto negativo na qualidade de vida

dos indivíduos afetados, essa piora muitas das vezes é associada à intensidade dos sintomas

apresentados pelos pacientes (López-Jornet et al., 2008; Ni Riordain et al. , 2010; López-

Jornet et al., 2011). Segundo Jornet López et al., os pacientes com SAB têm piores

pontuações em todas as escalas de mensuração da qualidade de vida. Por isso é necessário

identificar, explorar, discriminar e medir a qualidade de vida dos indivíduos com a SAB para

elaborar estratégias específicas para melhorar o cotidiano desses pacientes (López-Jornet et

al., 2008). Avaliação da qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento da SAB pode

ser um instrumento de medida da eficiência do tratamento e seu impacto na vida dos pacientes

com SAB (Ni Riordain et al. , 2010; López-Jornet et al., 2011).

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OBJETIVOS

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS PRIMÁRIOS

Avaliar a qualidade de vida, a presença de transtornos psiquiátricos e os efeitos de uma

terapia de estimulação salivar mecânica em indivíduos com SAB.

2.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS

Verificar a eficácia do hiperbolóide (sialogogo mecânico) na remissão de sintomas, no

fluxo e composição salivar em pacientes com Síndrome da Ardência Bucal.

Avaliar os níveis salivares de proteína total, fator neurotrófico derivado do cérebro

(BDNF), interleucina-10 (IL-10), fator de necrose tumoral-α (TNF-α), IL-6 e fator de

crescimento neural (NGF) antes e depois de 90 dias de terapia de estimulação salivar.

Avaliar o impacto da SAB na qualidade de vida dos pacientes acometidos por meio de

dois questionários, o SF-36 e OHIP-49, e determinar quais os domínios desses

instrumentos são associados com os resultados da SAB.

Avaliar os aspectos clínicos e sociodemográficos dos pacientes com SAB.

Avaliar a frequência de distúrbios psiquiátricos e a gravidade da psicopatologia na

SAB.

Avaliar a presença de comorbidades psiquiátricas nos indivíduos portadores da SAB.

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MATERIAIS E MÉTODOS

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ASPECTOS ÉTICOS

O projeto de pesquisa obedece ao que é exigido pela legislação brasileira, conforme as

resoluções CNS nº196/96 e 304/00 do Conselho Nacional de Saúde, sobre Diretrizes e

Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. A presente pesquisa

constitui um subprojeto do projeto “Estimulação do fluxo salivar e correlação dos fatores

psicogênicos em pacientes portadores da Síndrome de Ardência Bucal” aprovado pelo Comitê

de Ética em Pesquisa COEP-UFMG (Processo: ETIC-400/08) (Anexos A e B). Após

concordância dos pacientes em participarem do estudo, todos assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A).

3.2 PACIENTES

Foram inseridos nesta pesquisa pacientes referenciados à Clínica de Patologia e

Semiologia Odontológicas da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas

Gerais (FO-UFMG) e à clínica de Estomatologia do Hospital Odilon Behrens para tratamento

de alterações associadas à SAB entre agosto de 2009 e dezembro de 2010. O diagnóstico

desta condição foi realizado de acordo com a classificação Internacional das Cefaléias, que

descreve os seguintes critérios para o diagnóstico, tais como: dor, ardência, ou queimação na

boca presente diariamente e persistindo a maior parte do dia; mucosa oral com aparência

normal e ausência de doenças locais e sistêmicas que sabidamente possam ocasionar a

sintomatologia de ardência (Headache, 2004).

Para exclusão de outras alterações foram realizados anamnese e exame clínico bucal

com avaliação de todas as estruturas anatômicas bucais: vermelhão do lábio superior e

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inferior, comissuras labiais, mucosa labial superior e inferior, mucosa alveolar superior e

inferior, borda gengival e alveolar superior e inferior, palato duro, palato mole, orofaringe,

dorso da língua, borda lateral de língua, ventre de língua, soalho de boca, do lábio inferior.

Também foram solicitados a realização dos seguintes exames complementares: hemograma

completo, dosagem de ácido fólico, níveis de glicose, ferro, ferritina sérica, transferrina,

vitamina B12, anti-SSA, anti-SSB, Fator Antinuclear (FAN) , para a exclusão de outras

enfermidades que pudessem causar ardência bucal tais como: anemias, diabetes ou síndrome

de Sjogren (Lamey & Lamb, 1988; Grushka et al., 2006; Sardella et al., 2006; Mock &

Chugh, 2010; Evans & Drage, 2005).

Foi utilizado um prontuário (Apêndice B) para avaliação dos dados clínicos e

sociodemográficos. Abordando os seguintes itens: idade, gênero, trabalho, presença de

doenças sistêmicas, uso de medicamentos, uso de prótese dentária, uso de tabaco, uso de

álcool e duração dos sintomas.

Também foram incluídos no estudo um grupo controle, que constou de pacientes que

estavam em visita à Clínica de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais para

revisões periódicas de sua condição dentária. Eles não estavam recebendo tratamento e não

tinham histórico de dor crônica ou qualquer doença locoregional que causa dor orofacial no

momento do estudo. Os indivíduos selecionados sem quaisquer alterações bucais foram

pareados por idade e gênero com os pacientes portadores de Síndrome da Ardência Bucal.

3.3 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA

Após o diagnóstico de SAB, para avaliação de qualidade de vida foi realizada uma

entrevista aplicando-se os seguintes questionários: The Medical Out Comes Study 36-item

Short Form Healty Survey (SF-36) e o Perfil do impacto em Saúde Bucal 49 (OHIP-49).

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O SF-36 é um questionário genérico multidimensional formado por 36 itens,

englobado em oito componentes: capacidade funcional, aspectos físicos, dor estado geral de

saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais, saúde mental e mais uma questão de

avaliação comparativa entre as condições de saúde atual e a de um ano atrás, que é de extrema

importância para o conhecimento da doença do paciente. Esse instrumento avalia tanto

aspectos negativos (doença) como os positivos (bem-estar). Quanto maior os escores melhor é

a qualidade de vida relacionada à saúde. Foi utilizada uma versão traduzida e validada na

população brasileira (Anexo C) (Ciconelli et al., 1999).

O questionário OHIP-49 adaptado e traduzido na população brasileira é composto por

49 perguntas e aborda 7 subdivisões: limitação funcional., dor física, desconforto psicológico,

disfunção psicológica, disfunção social., disfunção física e incapacidade. A frequência é

indicada em uma escala de 5 pontos: nunca, quase nunca, algumas vezes, várias vezes, quase

sempre. Quanto maiores os escores, pior é o impacto da saúde bucal na qualidade de vida dos

indivíduos (Anexo D) (Farhat, 2001).

3.4 AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA

Os indivíduos de ambos os grupos passaram por uma consulta com um médico

psiquiatra na FO-UFMG. Foi empregado o MINI–Plus (Mini International Neuropsychiatric

Interview-Plus) que é uma entrevista estruturada que permite realizar de modo breve

diagnósticos psiquiátricos compatíveis com os critérios da Classificação Internacional de

Doenças (CID-10) e do Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-IV)

(Amorim, 2000).

Em seguida foi aplicado um protocolo pelo médico que contou com os seguintes

questionários: Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton, Inventário de Depressão de

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Beck, Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), Escala de Sonolência de Epworth,

Dutch Fatigue Scale (DUFS) e Dutch Exertion Fatigue Scale (DEFS) em suas versões

traduzidas e validadas no Brasil.

A Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton é o principal instrumento para

avaliação da gravidade da doença. De um modo geral são atribuídos escores a cada item da

escala individualmente, podendo variar de um valor mínimo de zero até um valor máximo de

4. Em uma versão que contém 24 itens, incluindo sintomas somáticos, cognitivos, motores,

ansiedade, humor e sociais, além de desesperança, desamparo e auto-desvalorização (Anexo

E) (Moreno et al., 2000)

O Inventário de Depressão de Beck trata-se de uma escala de auto-relato, para

levantamento da intensidade dos sintomas depressivos, composta por 21 itens, cuja

intensidade varia de 0 a 3 e estimativas de fidedignidade estabelecidas a partir de seis

amostras psiquiátricas. Os itens referem-se a: tristeza, pessimismo, sensação de fracasso, falta

de satisfação, sensação de culpa, sensação de punição, autodepreciação, auto-acusações,

idéias suicidas, crises de choro, irritabilidade, retração social, indecisão, distorção da imagem

corporal, inibição para o trabalho, distúrbio do sono, fadiga, perda de apetite, perda de peso,

preocupação somática e diminuição de libido. É um instrumento particularmente adequado

para uso com pacientes psiquiátricos que, porém, tem sido amplamente usado na clínica e em

pesquisa com pacientes não psiquiátricos e na população geral (Anexo F) (Gorenstein &

Andrade, 1998).

O IDATE é composto de 2 sub-escalas que avaliam o traço e estado de ansiedade. A

sub-escala traço avalia a tendência geral de uma pessoa perceber diversas situações como

ameaçadora. A sub-escala estado verifica a intensidade dos sentimentos em um momento

particular (Anexo G) (Biaggio, 1980).

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A Escala da Sonolência de Epworth foi idealizada com base em observações

relacionadas à natureza e à ocorrência da sonolência diurna. Trata-se de um questionário

autoaplicável que avalia a probabilidade de adormecer em oito situações envolvendo

atividades diárias, algumas delas conhecidas como sendo altamente soporíficas (Anexo H)

(Bertolazi et al., 2010).

A DUFS mede a fadiga definida como uma sensação opressiva e sustentado de

exaustão e de capacidade diminuída de realizar trabalho físico e mental no nível habitual.

(Anexo I) (Fini & Cruz, 2010) A DEFS mede fadiga definida como a fadiga que é diretamente

relacionada a atividade (Anexo J) (Fini & Cruz, 2010).

3.5 TERAPIA DE ESTIMULAÇÃO SALIVAR MECÂNICA

Os pacientes portadores da SAB participantes desta pesquisa receberam um protocolo

de tratamento através de estimulação salivar mecânica com um instrumento denominado

hiperbolóide para a realização de movimentos mastigatórios balanceados. Após 10 minutos de

mastigação, o paciente permaneceu mais 5 minutos com o hiperbolóide na boca, porém sem

realizar movimentos de mastigação, apenas para realização de estímulos proprioceptivos. Os

pacientes fizeram o uso da terapia com o hiperbolóide 3 vezes ao dia, sempre após as

refeições durante 10 minutos, por um período de 6 meses. A vida útil do hiperbolóide é em

média de 6 (seis) dias. Os pacientes receberam cinco hiperbolóides por vez. O hiperbolóide

foi passado para o paciente através de vias de receituários da Faculdade de Odontologia da

UFMG com todas as informações adequadas.

O hiperbolóide é um instrumento de mastigação usado como auxiliar na Terapêutica

Ortopédica Funcional dos Maxilares. É um composto de silicone SILASTIC, macio, liso,

translúcido não peneirado e após ser curarizado, adquire uma dureza de 32 a 36 SHORE A,

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que permite exercícios mastigatórios não traumatizantes. Possui a forma de uma hipérbole

com ápices arredondados, é ainda atóxico, insípido e inodoro. Em qualquer posição de

mastigação, mantém a mandíbula em relação à maxila, produzindo excitações das glândulas

salivares responsáveis pela secreção de um volume de saliva considerável (Cheida, 2004). A

vantagem deste método em relação ao uso de goma de mascar é que o hiperbolóide possui

uma dureza padrão semelhante à dureza da mastigação, que produz estímulos neurais, mais

eficientes, aumentando o fluxo salivar (Cheida, 2004).

3.6 AVALIAÇÃO CLÍNICA DA TERAPIA

Os participantes portadores da Síndrome da Ardência Bucal foram avaliados antes, 30,

60, 90 e 180 dias após o início do tratamento. Para a avaliação da intensidade da ardência,

destes pacientes, foi utilizada uma escala visual análoga e escala verbal de dor proposta por

Jensen et al. (1986), adaptada para a sintomatologia de ardência. A escala visual análoga

consiste de uma linha de 10 cm com 2 extremos fechados. Um dos extremos apresenta

indicação, sem ardência, e o outro extremo, ardência insuportável. Cada paciente foi orientado

a marcar um único ponto que melhor corresponda à intensidade da ardência. Foi também

utilizada uma escala verbal de 4 pontos nos quais a sintomatologia será expressa pela escolha

de um dos adjetivos que mais se aproxima da ardência: 0 ausência de ardência, 1 ardência

leve. 2 ardência moderada, 3 ardência severa (Jensen et al., 1986).

Seis meses após o início da terapia, os pacientes foram avaliados por um examinador

externo que não sabia o estado inicial do paciente. Para avaliar o sucesso do tratamento, os

seguintes parâmetros foram considerados: xerostomia, número de sítios bucais com ardência,

freqüência dos sintomas e alterações do paladar. O examinador também realizou exame

clínico para confirmar a ausência de alterações na mucosa oral.

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3.7 COLETA DE SALIVA

Foram coletadas amostras de saliva dos pacientes com SAB antes (dia 0), 30, 60 e 90

dias após o início do tratamento. Foi avaliada a saliva produzida em 2 condições: repouso e

sob estímulo. No primeiro momento para a mensuração em repouso o paciente foi orientado a

permanecer 2 minutos sem realizar movimentos de mastigação, deglutição e fala, sentado,

com o tronco voltado para frente. Os pacientes permaneceram por 60 minutos sem

alimentação ou ingestão de líquidos, e foram orientados a lavar a boca bom água filtrada e a

engolir a saliva presente na boca antes de iniciar a coleta. A saliva foi coletada em tubo

milimetrado durante 5 minutos. A saliva estimulada foi coletada sobre os mesmos aspectos,

mas com o auxílio de um sialogogo (hiperbolóide) para estimular a produção e os pacientes

iniciavam a estimulação 5 minutos antes do início da coleta. Todas as coletas foram realizadas

no período da manhã.

3.8 AVALIAÇÃO DO FLUXO SALIVAR E QUALIDADE DA SALIVA

O volume salivar total foi medido através de uma micropipeta e foi dividido por cinco

para obter o fluxo salivar expresso em ml/min em 4 momentos (dia 0 e 30, 60 e 90 dias após

início da terapia). Foram observados os seguintes aspectos da saliva: viscosidade (foi

considerada saliva viscosa quando apresentou mais de 1 ml de espuma); coloração (foi

avaliada a presença ou não de sangue ou pigmento); turbidez: (a saliva foi considerada turva

quando apresentou muita célula descamada do epitélio em sua suspensão) (Conceição et al.,

2006) em 2 momentos: dia 0 e 90 dias após início da terapia.

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Em seguida a saliva foi centrifugada a 3000 rpm por 15 minutos a 4 º C e parte da

saliva coletada foi diluída 1:1 em uma solução de PBS (0,4 mM de NaCl e 10 mM de NaPO4)

contendo inibidores de proteases (0,1 mM de Fluoreto de Fenil metil sulfonil, 0,1 mM de

cloreto de benzetônio, 10 mM de EDTA e 0,01 mg/ml de aprotinina A) e 0,05% de Tween-20.

A solução foi homogeneizada, distribuída em alíquotas e congelada a -20ºC até análise.

3.9 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DA SALIVA

O ensaio imunoenzimático (ELISA) foi realizado para detecção das concentrações de

IL-10, TNF-α, IL-6, BDNF e NGF nas amostras de saliva, através da técnica de sanduíche

descrita por Ondrey et al. (1999) em dois momentos dia 0 e 90 dias após início da terapia. As

reações de ELISA foram realizadas com Kits (DuoSet, R&D Systems, Minneapolis, MN,

USA), de acordo com especificações do fabricante. A quantidade total de proteínas nas

amostras de saliva foi mensurada por meio do método de Bradford (Bradford, 1976) usando

reagente de Bradford (Sigma, Saint Louis, MO, USA) e curva padrão de BSA (Fermentas Life

Sciences, Vilnius, Lithuania). As concentrações foram expressas em mg/ml. A concentração

total de proteína em cada amostra de saliva foi usada para corrigir os respectivos níveis de IL-

10, TNF-α, IL-6, BDNF e NGF. Os valores corrigidos pelo valor total de proteína nas

amostras de saliva foram expressos em pg/mg de proteína.

3.10 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram armazenados em um banco de dados. A análise estatística foi

realizada com a ajuda dos programas Statistical Package for Social Sciences (versão 18.0,

SPSSInc, Chicago, IL, EUA) e GraphPad Prism (versão 5.0, em San Diego, Califórnia, EUA).

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Métodos de estatística descritiva foram utilizados para a avaliação dos dados. Os testes

estatísticos de Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov foram utilizados para avaliar a

normalidade das variáveis. Os testes do qui-quadrado, teste exato de Fisher, teste de Mann-

Whitney, teste T, Friedman, Wilcoxon, McNemar e Bapkar, foram utilizados quando

indicados. Valores de p ≤ 0,05 foram considerados estatisticamente significativos, exceto

quando houve indicação de Correção de Bonferroni. O coeficiente de correlação de Spearman

foi calculado para as variáveis das escalas psicométricas no grupo de pacientes com SAB.

Para clarear melhor as três etapas do estudo serão apresentadas as Figuras de 1 a 3.

Figura 1 – Terapia com Hiperbolóide entre pacientes com SAB (n=26)

Figura 2 – Avaliação da qualidade de vida entre pacientes com SAB (n=26) e não-SAB

(n=27)

Período Dia zero Dia 30 Dia 60 Dia 90 Dia 180

Mensuração Avaliação

clínica;

Coleta de

saliva

(fluxo,

qualidade,

citocinas);

EV e VAS;

Coleta de

saliva

(fluxo)

Coleta de

saliva

(fluxo)

Coleta de

saliva

(fluxo)

Avaliação

clínica;

Coleta de

saliva

(fluxo,

qualidade,

citocinas);

EV e VAS

OHIP;

SF-36;

Avaliação

clínica e

demográfica.

OHIP;

SF-36;

Avaliação

clínica e

demográfica.

SAB Não-SAB

IDATE;

Inventário de

depressão de

IDATE;

Inventário de

depressão de

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Figura 3 – Avaliação de transtornos psiquiátricos entre pacientes com SAB (n=30) e não-SAB

(n=31)

Beck;

Escala de

avaliação de

depressão de

Hamilton;

Escala de

sonolência de

Epworth;

DUFS;

DEFS;

Mini-Plus.

Avaliação

clínica e

demográfica.

Beck;

Escala de

avaliação de

depressão de

Hamilton;

Escala de

sonolência de

Epworth;

DUFS;

DEFS;

Mini-Plus.

Avaliação

clínica e

demográfica.

SAB Não-SAB

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RESULTADOS

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4 RESULTADOS

4.1 ARTIGO 1

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4.2 ARTIGO 2

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4.3 ARTIGO 3

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A saliva possui propriedades reológicas, como resultado de suas características físicas,

químicas e características biológicas, essas propriedades são essenciais para a manutenção de

condições equilibradas dentro da boca (Schipper & Silletti, 2007; Pramanik, 2010). Enquanto

alguns estudos relatam alterações do fluxo salivar em pacientes com SAB (Lamey & Lamb,

1988; Chimenos-Kustner & Marques-Soares, 2002) outros estudos que utilizaram controles

têm mostrado que esses indivíduos não apresentam alterações no fluxo salivar (Hershkovich

& Nagler, 2004; Moura et al., 2007) .

A homeostase bucal é dependente da concentração de proteínas salivares (Schipper &

Silletti,2007; Pramanik, 2010). Alguns estudos têm relatado uma retenção e aumento de

proteínas na superfície da mucosa bucal em indivíduos que se queixam de boca seca, sendo

incerta a integridade funcional destas proteínas (Pramanik, 2010; Zussman, 2007). Neste

estudo a maioria dos indivíduos com SAB queixava-se de xerostomia e alteração de paladar,

entretanto a medida do fluxo salivar encontrava-se dentro dos padrões de normalidade. Após

o uso da terapia com estimulação mecânica salivar houve uma redução da queixa desses

sintomas, todavia não houve um aumento do fluxo salivar no período de 90 dias. Nesta

pesquisa observou-se, através das análises bioquímicas da saliva, que houve uma diminuição

dos níveis salivares de proteína total e um aumento de TNF-α após a terapia.

Diferenças nos níveis salivares de TNF-α não haviam sido observadas em pacientes

com SAB (Suh et al., 2010; Boras et al., 2006). Entretanto uma redução significativa desta

citocina foi observada no soro desses pacientes (Pekiner et al., 2008). Os autores sugeriram

que os baixos níveis de TNF -α levava a um consequente aumento de células auto-reativas

devido à menor eficácia da apoptose (Pekiner et al., 2008). O TNF-α é também uma

importante molécula neuroinflamatória envolvida no mecanismo da dor e é crucial para os

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caminhos da dor neuropática em níveis central e periférico e está ligado diretamente a

produção de caspases e posterior ativação da via apoptótica (Leung & Cahill, 2010). Vimos

que o tratamento melhorou os sintomas e parâmetros da saliva e isso pode ter impactado a

qualidade de vida desses pacientes. Entretanto 2 pacientes que fizeram uso do hiperbolóide

por um período superior a 10 minutos consecutivos (resultados não apresentados), relataram,

como efeito adverso, a dor temporomandibular. Esse quadro cessou 3 dias após

descontinuidade da terapia, não retornando com a continuidade do uso do hiperbolóide.

O termo “qualidade de vida” foi definido pela Organização Mundial de Saúde como a

percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto dos sistemas de cultura e valores

nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações

(WHO, 1995). No entanto, quando a qualidade de vida esta relacionada à saúde, há um foco

mais específico sobre o agravamento da doença (Guyatt et al., 2007). A qualidade de vida tem

sido medida através da aplicação de diversos instrumentos, incluindo aqueles relacionados à

saúde (Németh, 2006). Poucos estudos abordam qualidade de vida em paciente com SAB,

entretanto tem sido demonstrado que a SAB exerce um impacto negativo na qualidade de vida

dos indivíduos afetados (López-Jornet et al., 2008; Ni Riordain et al., 2010). Nesta pesquisa

foram utilizados dois questionários amplamente utilizados o SF-36 e o OHIP-49 e a

população de pacientes com SAB, de fato, possui pior qualidade que pessoas sem SAB. Essa

piora na qualidade de vida pode ser relacionada à sintomatologia presente na SAB.

Dentre as alterações associadas à SAB, tem sido relatado que fatores psicológicos

poderiam explicar os sintomas de ardência bucal (Sardella et al., 2006; Al Quran, 2004;

Lamey, 2005). A prevalência de morbidade psiquiátrica é alta na SAB, sendo que os pacientes

apresentam principalmente sintomas significativos de depressão, ansiedade, cancerofobia e

hipocondria (Sardella et al., 2006; Bogetto, 1998). Vários estudos consideram que a depressão

é o transtorno psiquiátrico mais prevalente em pacientes com SAB (Sardella et al., 2006;

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Bogetto, 1998; Lamey, 2005). Corroborando com esses achados, nesta pesquisa os pacientes

com SAB apresentaram maior freqüência de transtorno depressivo atual e passado, transtorno

de ansiedade generalizada, hipocondria e cancerofobia que os indivíduos controle. Observou-

se também que esses transtornos podem apresentar-se associados e que os pacientes com SAB

possuem piores escores nas escalas de depressão, ansiedade e fadiga geral utilizadas.

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CONCLUSÕES

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6 CONCLUSÕES

A partir dos resultados obtidos podemos concluir que:

Os pacientes desta pesquisa que fizeram uso da terapia com estimulação salivar

mecânica tiveram uma redução dos sintomas e melhora dos parâmetros clínicos

avaliados (xerostomia, alteração de paladar e sensação de ardência), entretanto o fluxo

salivar não foi alterado, um estudo com uso de indivíduos controle é necessário.

Alterações nos níveis salivares de proteínas totais e TNF-α dos pacientes com SAB

que participaram desta pesquisa indicam que a terapia resultou na modificação

bioquímica da saliva.

A SAB tem um impacto negativo sobre a qualidade de vida dos indivíduos afetados,

como pôde ser mostrado através dos instrumentos SF-36 e OHIP-49.

Pacientes com SAB podem ter um determinado perfil psicológico e/ou psiquiátrico e

que essas morbidades presentes podem-se apresentar associadas.

Escalas psicométricas podem ser úteis no rastreamento dos transtornos psiquiátricos,

bem como no acompanhamento dos pacientes com SAB e na avaliação de resultados

do tratamento.

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REFERÊNCIAS

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114

APÊNDICE A

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Hiperbolóide)

Estou fazendo um estudo que tem o título “Efeito de sialogogos mecânico e elétrico na

estimulação do fluxo e na composição salivar.” Estou querendo saber se o tratamento que vou

experimentar é bom para melhorar os sintomas dos pacientes portadores de Ardência Bucal.

Preciso de sua colaboração para verificar a quantidade de saliva que você tem antes e depois

do tratamento que vamos fazer. Este tratamento é feito com uma borrachinha chamada

hiperbolóide, para mastigar 3 vezes ao dia, em qualquer lugar que você estiver.

Deveremos coletar a sua saliva, que é um procedimento rápido e fácil, não tem incômodo nem

dor. Mastigar a borrachinha também não incomoda. Sua colaboração é muito importante.

Você não pagará nada por este exame nem pelo tratamento. Você participa se quiser, e não

terá nenhum prejuízo no tratamento que você já faz. Se você assinar concordando em

participar e se arrepender, você pode desistir a qualquer momento. É só falar comigo. Seu

nome não será identificado em nenhum momento.

Agradeço muito se você puder colaborar.

Se você ainda tiver alguma dúvida, pode procurar o Comitê de ética da UFMG, Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Clínica, Patologia e

Cirurgia Faculdade de Odontologia/UFMG, Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha, Belo

Horizonte/MG - CEP - 31270-901, Tel: 55 31 3499-2478 , 32413831 ou 888280321, para

esclarecimentos. Endereço do COEP: Av. Antônio Carlos, 6627-Unidade Administrativa II-2º

ANDAR-SALA 2005-Campus Pampulha BH-MG: Tel: 31-34094592

Fabrício Tinôco Alvim de Souza- Telefone

Belo Horizonte, ______ de __________________ de 200

_________________________

Eu, _______________________________________________________, declaro ter

entendido como é e para que é este estudo. Sei que participo se quiser e se não quiser não terei

nenhum prejuízo. Sei também que não pagarei nada por isto e posso desistir quando quiser.

Sei que os dados coletados serão utilizados no estudo, mas meu nome não será identificado.

Sei que a coleta de saliva não tem dor nem incômodo e o tratamento é simples e posso fazer

em qualquer lugar. Sei que se tiver alguma dúvida, tenho onde me informar. Por isto,

concordo em participar deste estudo.

___________________, _____/____/_____________________

Assinatura (em duas vias, uma para o paciente e uma para o pesquisador)

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115

APÊNDICE A

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Teste Emocional)

Estou convidando você a participar de um estudo que tem o título “Efeito de sialogogos

mecânico e elétrico na estimulação do fluxo e na composição salivar da pacientes com

Síndrome da Ardência Bucal”. Estou querendo saber se existe algum fator psicológico ou

emocional que possa estar relacionado com a ardência que os pacientes sentem na boca, e

também conhecer um pouco do perfil de personalidade dos pacientes que sofrem de boca seca

e de Ardência Bucal. Para isto é necessário que você responda alguns testes e perguntas que

iremos fazer. Quatro testes serão aplicados por mim mesmo, e os outros testes serão aplicados

por um profissional mais especializado. As perguntas são simples e não causam nenhum tipo

de constrangimento. Você irá responder as perguntas no início do tratamento e no final do

tratamento. Se você assinar concordando em participar e se arrepender, você pode desistir a

qualquer momento. Seu nome não será identificado em nenhum momento.

Agradeço muito se você puder colaborar.

Se você ainda tiver alguma dúvida, pode procurar o Comitê de ética da UFMG, Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Clínica, Patologia e

Cirurgia Faculdade de Odontologia/UFMG, Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha, Belo

Horizonte/MG - CEP - 31270-901, Tel: 55 31 3409-2478 , 32413831. para esclarecimentos.

Endereço do COEP: Av. Antônio Carlos, 6627-Unidade Administrativa II-2º ANDAR-SALA

2005-Campus Pampulha BH-MG: Tel: 31-34094592

Belo Horizonte, ______ de __________________ de 200________________________

Fabrício Tinôco Alvim de Souza- Telefone :

_________________________________________________________________________Eu

, _______________________________________________________, declaro ter entendido

como é e para que é este estudo. Sei que participo se quiser e se não quiser não terei nenhum

prejuízo. Sei também que não pagarei nada por isto e posso desistir quando quiser. Sei que os

dados coletados serão utilizados no estudo, mas meu nome não será identificado. Sei que as

perguntas não me causarão nenhum tipo de constrangimento, e o tratamento é simples e posso

fazer em qualquer lugar. Sei que se tiver alguma dúvida, tenho onde me informar. Por isto,

concordo em participar deste estudo.

__________________, _____/____/______

_____________________________

Assinatura

(em duas vias, uma para o paciente e uma para o pesquisador)

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APÊNDICE B

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117

APÊNDICE B

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ANEXO A

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ANEXO B

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ANEXO C

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122

ANEXO C

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123

ANEXO C

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ANEXO C

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125

ANEXO D

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ANEXO D

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127

ANEXO D

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128

ANEXO D

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129

ANEXO D

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130

ANEXO E

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131

ANEXO E

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132

ANEXO F

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133

ANEXO F

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134

ANEXO G

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135

ANEXO G

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136

ANEXO H

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137

ANEXO I

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ANEXO J