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Dance Campinas comemora 2 anos DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO III - Nº 12 - SETEMBRO/OUTUBRO 2007 EDITORA REGIONAL:LUIZA BRAGION - EDITOR NACIONAL: MILTON SALDANHA - [email protected] Edição de Aniversário! Casa da Dança inaugura nova sede O melhor jornal de dança do interior de SP! Dance Campinas comemora 2 anos Expoflora também é dança! Entrevista com o salseiro Ricardo Melo Fotos: Divulgação T odos nós conhecemos a tradicional Expoflora, em Holambra, região de Campinas, que oferece aos milhares de visitantes muitas opções em flores, paisagismo, atrações holandesas e muito mais. A cidade, com apenas dez mil habitantes, é referência nacional em floricultura. O evento, que atrai turistas de todo o país, acontece de quinta à domingo, até dia 23 de setembro. O jornal Dance Campinas não poderia deixar de registrar o que rola por lá em relação às danças típicas, atrações que mais encantam o público que visita a exposição. O grupo de dança de Holambra é o único no mundo a reunir coreografias de distintas regiões da Holanda. As coreografias chegam a Holambra por meio de um trabalho de intensa pesquisa. O repertório escolhido pela equipe de coordenadores do grupo da dança liderada por Piet, mestre de cerimônia da Expoflora, tem por objetivo preservar as raízes culturais holandesas e mostrar coreografias que datam de 1600 até a atualidade, inspiradas na natureza (dança da chuva, do pica-pau e a polca no gelo, que lembra a patinação), nas profissões e ofícios (sapateiro, lavadeiras, marinheiro, do ato de bombear água, da preparação da cerveja), nas colheitas (carregador de feijão, cevada madura) ou mesmo em histórias que contam a origem e as tradições do povo holandês, representadas por meio de valsas, marchas, mazurcas e o schots (que virou xote). Os 300 integrantes da companhia ensaiam semanalmente por sete meses (de fevereiro a agosto) para a apresentação. A maior parte dos dançarinos é morador da cidade e descendente de holandeses que fundaram a antiga colônia. As aulas são gratuitas. Leia mais na pág. 8 A Expoflora é o maior evento de paisagismo e cultura holandesa da região de Campinas. A dança também está presente.

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Dance Campinas comemora 2 anosDISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O III - Nº 12 - SETEMBRO/OUTUBRO 2007

EDITORA REGIONAL:LUIZA BRAGION - EDITOR NACIONAL: MILTON SALDANHA - [email protected]

Edição deAniversário!

Casa da Dançainaugura nova sede

O melhor jornal de dança

do interior de SP!

Dance Campinas comemora 2 anosExpoflora também é dança!

Entrevista com o salseiroRicardo Melo

Fotos: Divulgação

Todos nós conhecemos atradicional Expoflora, emHolambra, região de Campinas,

que oferece aos milhares de visitantesmuitas opções em flores, paisagismo,atrações holandesas e muito mais. Acidade, com apenas dez mil habitantes,é referência nacional em floricultura. Oevento, que atrai turistas de todo o país,acontece de quinta à domingo, até dia23 de setembro. O jornal DanceCampinas não poderia deixar deregistrar o que rola por lá em relação àsdanças típicas, atrações que maisencantam o público que visita a

exposição. O grupo de dança de Holambraé o único no mundo a reunir coreografiasde distintas regiões da Holanda. Ascoreografias chegam a Holambra por meiode um trabalho de intensa pesquisa. O repertório escolhido pela equipe decoordenadores do grupo da dançaliderada por Piet, mestre de cerimônia daExpoflora, tem por objetivo preservar asraízes culturais holandesas e mostrarcoreografias que datam de 1600 até aatualidade, inspiradas na natureza (dançada chuva, do pica-pau e a polca no gelo,que lembra a patinação), nas profissões eofícios (sapateiro, lavadeiras, marinheiro,

do ato de bombear água, da preparaçãoda cerveja), nas colheitas (carregadorde feijão, cevada madura) ou mesmo emhistórias que contam a origem e astradições do povo holandês,representadas por meio de valsas,marchas, mazurcas e o schots (que virouxote). Os 300 integrantes da companhiaensaiam semanalmente por sete meses(de fevereiro a agosto) para aapresentação. A maior parte dosdançarinos é morador da cidade edescendente de holandeses quefundaram a antiga colônia. As aulas sãogratuitas. Leia mais na pág. 8

A Expoflora é o maior evento de paisagismo e cultura holandesa da região de Campinas. A dança também está presente.

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Milton Saldanha Luiza Bragion

Dance Campinase seu segundoaniversário:novas propostas

Setembro e Outubro/2007

Salsa, tango &campeonatos

Chegamos no segundo aniversário dojornal Dance Campinas. A dataoficial de lançamento foi 25 de

setembro de 2005. Parece ontem, mas paramuitos é tempo suficiente para reconhecer ocrescimento do jornal e sua consolidação comoprincipal veículo impresso de comunicaçãoespecializada em dança do interior de SãoPaulo. Quando o projeto teve início, emparceria com meu grande mestre e amigo MiltonSaldanha, confesso que tive preocupações emrelação a sua continuidade e se o jornalrealmente “vingaria”. Muitos profissionais dedança em Campinas, grandes amigos até hoje,chegaram a duvidar que este jornal iria parafrente, não por falta de competênciaprofissional, mas devido aos percalços diáriosno contato com o público e clientes quetrabalham com dança. O jornal vingou. Estamos completando dois anos de muitotrabalho e, sem dúvida, muitos e muitospercalços, já anunciados antes do projetocomeçar. Gostaria de citar alguns, comoreflexões que sejam construtivas para oandamento do jornal Dance Campinas pormuitos anos, a perder de vista. No início, como é sabido por leitores queacompanham nosso trabalho desde as primeirasedições, tivemos, naturalmente, que conquistar acredibilidade dos profissionais de dança da regiãoe do público que usufruiria de todas asinformações divulgadas. O mundo da mídia étraiçoeiro e hoje é muito difícil, perante a tecnologiae maus profissionais na área de comunicação,distinguir a informação verdadeira do que ésensacionalista, impreciso e mal fundamentado(principalmente em textos críticos). Assim, nossoprimeiro passo foi fazer um trabalho sério,baseado em constantes entrevistas, leitura, diálogocom profissionais e, acima de tudo, respeito.Conseguimos essa tal “credibilidade”. Hoje ojornal é mencionado em todas as escolas de dança,é lembrado por aqueles que desejam divulgar seustrabalhos, seja como anunciante ou colaborador.Sabemos a importância de tal conquista, feitacom tempo e graças ao empenho dos editores empreocupar-se sempre com a informação e a funçãosocial do jornalismo. Outros passos para consolidação do jornalainda encontariam pedras no caminho. Escreversobre dança não é fácil, embora prazeroso. Exigeconhecimento da área, entrevistas compersonalidades de renome e por ser uma arte (epor isso subjetiva), lidamos com uma linhamuito tênue entre a crítica e o “achismo”. Aomesmo tempo, não difere tanto de escrever

sobre política, economia ou cidades. Requeraprofundamento na área, estudos constantes,bons relacionamentos no meio. E umaparticularidade a mais: saber lidar com egos evaidades. Vejo que o Dance Campinas temalcançado essas metas com sucesso. Logicamente, pensar em datas comoaniversário nos desperta reflexões do tipo “oque poderíamos mudar”, “o que poderia sermelhor” etc. Acredito que no caso deste jornal,mais do que mudanças (que são naturais, com opróprio desenvolvimento da dança), buscamossempre melhorar em algum aspecto, seja eleeditorial, logístico ou comercial. Algumas metas,como ampliar tiragem, locais de distribuição (quealcancem mais cidades próximas), assim comoalavancar o lado comercial do jornal, ainda nãoforam alcançadas. O jornal Dance Campinasainda tem muito trabalho a fazer e vejo essecrescimento como algo que acompanhará opróprio desenvolvimento das danças na região,que aliás, está crescente e em ritmo vertiginoso.Prova disso são alguns planos que temos paraum futuro próximo. Pretendemos, em parceriaDance Campinas e Dance nacional, ampliar apromoção de eventos de dança de salão,modalidade que cada vez conquista mais adeptose pede eventos com qualidade. As Noites doTango, promovidas por nós, é sucesso emCampinas. O Dance, que já promove o Dançandoa Bordo, dá mais um passo com a promoção daviagem Tango & Relax, em Assunção. Tambémestamos caminhando rumo à criação da AgênciaJornal Dance, portal sobre dança na internetque divulgará notícias de última hora, artigos,etc. e que enviará newsletters aos cadastradospor todo o país. Vemos na internet umatecnologia sem limites para armazenar dados e,ao mesmo tempo, mais veloz do que um jornalimpresso que sai a cada dois meses. Isso nãosignifica o fim do jornal, mas alcance de umnúmero de leitores ainda maior, diversificado e osuprimento de envio de informações com umavelocidade mais rápida. O projeto deve serimplantado ainda este ano, revolucionando acomunicação de dança em todo o país. Como se vê, o saldo de dois anos de trabalhosó poderia ser positivo: a dança cresce, o públicofica informado e ganha momentos de uma leituragostosa, o jornalismo se desenvolve em âmbitoespecializado, a política é criticadaconstrutivamente. Enfim, ganham todos. Nessesentido, não vejo outra conclusão para esteeditorial: agradecer o apoio de todos oscolaboradores e anunciantes do jornal por estes24 meses e a todos os outros que estão por vir.Continua na próxima edição

(1ª parte)

Aoutrora quase obscura salsa bra-sileira, noranking internacional, mudou bruscamente e começa a ganhar projeção, disputan-

do espaço entre os melhores do mundo. O saltofoi no 11º Puerto Rico Salsa Congress, de 22 a 28de julho, com a brilhante participação de três ca-sais brasileiros: Patrick Oliveira e Fabiana Terra,Ricardo Melo e Kleire Tavares, Rodrigo Oliveirae Karina Carvalho. Disputando com feras de maisde vinte países, num certame de grande repercus-são na mídia local, os brasileiros alcançaram asetapas finais, sendo que Patrick e Fabiana volta-ram com o quinto lugar, seguidos por Ricardo eKleire, com o sexto lugar. Os grandes campeõesforam Adrian Rodriguez e Anita dos Santos, daEspanha. Os anfitriões, famosos na modalidade,uma febre em Porto Rico, ficaram com o segundolugar, nas mãos de Kelvin Hernandez e LicelottMaldonado.

Reunidos para uma conversa informal comDance, durante um almoço, os novos expoen-tes da salsa brasileira comentaram esses resulta-dos e outros temas ligados a esta dança tipica-mente caribenha e que hoje é coqueluche emdezenas de países, abrangendo os cinco conti-nentes. Na visão deles, a competição é uma for-ma muito eficiente para estimular o progressodos dançarinos. Ricardo e Kleire, com agendaapertada, não puderam comparecer, mas é quasecerto que compartilham dos mesmos pontos devista.

As primeiras lições deste avanço em PortoRico é que nenhum sucesso cai do céu. A turmateve que suar muito a camisa, ralar mesmo, emensaios que duravam horas, todos os dias. E nãoapenas ensaios, como se verá por suas declara-ções.

“A gente vai competir, tem um objetivo, en-tão tem que pesquisar muito”, observa FabianaTerra. “A competição força os profissionais acorrer em busca de informações, melhorar, cuidardo corpo, conhecer música, estudar anatomia”.

Rodrigo Oliveira concorda: “O desenvolvi-mento é bem maior e muito mais dinâmico paraquem compete, porque você tem que procurarsuperar todos os seus limites. Quando se faz umtrabalho, sem o compromisso da competição, aevolução ocorre num andamento bem mais len-to. A evolução, quando motivada pela competi-ção, é muito mais rápida e geralmente leva aresultados muito bons no aprimoramento do dan-çarino”.

Karina Carvalho acrescenta aspectos que paraalguns passam desapercebidos: “É fundamentalsaber quais são as grandes orquestras, como era adança nos anos cinqüenta, como é a dança hoje, oque eu preciso fazer, hoje, para ganhar”.

Existe um consenso de que a competição éinerente ao ser humano e acontece até entre ama-dores, que dançam apenas como esporte e entrete-nimento. Karina lembra que os recentes campeo-natos na TV, no Faustão, Silvio Santos e outros,contribuíram para o crescimento da dança de salãono Brasil. Mas para que isso seja saudável, no pon-to de vista de Karina, e com a concordância geral,é preciso estar preparado também para não ven-cer: “O profissional tem que ter essa visão. Ele nãotem que achar que se não ganhar vai ser o pior dosprofissionais. O trabalho dele já está ali. Quem

compete tem que saber que se trata de um momen-to. Ele está sendo julgado por aquele momento enão pelo conjunto do seu trabalho e muito menospor seu passado”.

“E a gente tem que partir do pressuposto queos jurados serão imparciais”, acrescenta Fabiana.

Embora reconhecendo que tudo isso é verda-de, no plano da motivação, este repórter continuatambém questionando os concursos de dança. Atégosto da adrenalina dos concursos, da alegria dastorcidas, mas continuo achando que dança é algoimpossível de julgar, exceto quando a disparidadeentre os competidores é abissal. Mas, neste caso,o concurso será sem graça e sem sentido. Qualquercompetição só é interessante quando todos estãonivelados.

Costumo dizer nos últimos tempos que exis-tem vagas na dança de salão para inovadores. Quemse habilitar aos riscos de assumir atitudes criativase ousadas, que rompam com determinadosparadigmas, com certeza terá um lugar diferencia-do na história do segmento. Vivemos uma contra-dição: ao mesmo tempo em que a dança de salão,em todos os ritmos, vive um grande momento,cristalizado no sucesso dos grandes festivais, noBrasil e em muitos países, como neste caso dePorto Rico, paira também uma sensação de letar-gia. Tudo continua igual, ou quase igual, e tudo serepete. A evolução da salsa brasileira, representa-da por estes casais trabalhadores e batalhadores,vencedores e acima de tudo de grande talento,desponta como uma exceção neste cenário. Vê-los crescendo é animador.

Outro aspecto que questiono nos concursos éque eles engessam a dança em regulamentos, ge-ralmente elaborados por minorias conservadoras.Vejo os regulamentos como jaulas. Arte, para fa-zer jus à sua própria definição e essência, não podeser confinada entre grades. Tem que estar livre esolta, com amplas asas, sem limites. Arte é antesde tudo rompimento com aquilo que já se tornoubanal. É criação, de algo até então inexistente,absolutamente novo e revolucionário. É a estéti-ca da subversão.

Acabo de chegar de Buenos Aires, pela vigési-ma vez, agora da cobertura do V CampeonatoMundial de Baile de Tango, nos pavilhões do cen-tro de exposições conhecido como La Rural. No-vamente passou por ali uma grande multidão, de16 a 26 de agosto, cerca de cem mil pessoas, entreargentinos e visitantes de dezenas de países. Se meperguntarem se foi lindo, garanto que sim. Comosempre. Mas se me perguntarem qual foi sua gran-de novidade, qual casal surpreendeu com algo to-talmente inédito, realmente criativo e de grandeimpacto no público, não acharei a resposta.

A música, em todas as áreas, tanto eruditacomo popular, vive a crise da falta de novos cria-dores. Qual foi a última grande revelação de com-positor, em termos de fenômeno de massa, emqualquer parte do mundo? A dança, de certa forma,segue a crise da música. Nada contra as grandescomposições, belas e eternas. Poderemos dançá-las, com emoção, ainda por cem anos, ou mais, degeração em geração. O problema é que são sempreelas. Está nos fazendo falta ouvir e dançar algonovo e também magistral.

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3Setembro e Outubro/2007

Lançamento em Breve!

Agência Jornal Dance

Espaço Núcleo Girassol é inaugurado em Barão Geraldo

2º Aniversário do jornal2º Aniversário do jornal2º Aniversário do jornal2º Aniversário do jornal2º Aniversário do jornalIV Noite do Tango

Data: 29 de setembro, sábado - 20hLocal: Clube Nipo BrasileiroMilonga - tango e outros ritmosApresentação de dançaBolo de aniversário

Dia 22 de setembro, sábado, o InstitutoCultural Nipo Brasileiro realiza o Baile BonsTempos, com a banda Os Nisseis. A temáticado evento é Festa Anos 60. As reservas, commesa incluída e um prato de salgado por pessoa,já podem ser feitas no endereço R. CamargoPaes, 118 – Guanabara. (19) 3241-1213.

Baile Bons Tempos no Clube Nipo Escola de música abre turmasde dança de salão

Fotos: Luiza Bragion

Informações: 3241-5399/9125-4015 (jornal)

Baile comemora 20 anos decarreira de Amaury Fernandes

Amaury Fernandes, um dos mais tradicionaisprofessores de dança de salão de Campinas,comemora vinte anos de carreira no dia 6 deoutubro, sábado, no salão Estação Primavera.O baile é comandado pela banda Ferro Velho,das 21h à 1h. Haverá desconto no ingresso paraalunos de associados da APDS (Associação deProfissionais de Dança de Salão). Reservasestão abertas pelos telefones (19) 3521-4849.A entrevista completa com Amaury Fernandese sua história na dança saiu na edição nº10(maio/junho 2007) do Dance Campinas.

Inauguração doNúcleo Girassol:tango não poderiafaltar...

Os anfitriõesTeresa Villas Boase Henrique Diniz

Setembro começou animado na dança desalão campineira. Após meses de reformae árduo trabalho de planejamento, foi

inaugurado o Espaço Núcleo Girassol, nodistrito de Barão Geraldo, em Campinas, pelosprofessores Henrique Diniz e Teresa Villas Boas.O espaço oferece aulas de dança de salão e tangoargentino, além de proporcionar bailesperiódicos, a serem oportunamente divulgadospelos coordenadores. As matrículas para aulasjá estão abertas. Teresa é professora de Educação Física e desde1988 ensina dança de salão e tango para a terceiraidade, por meio da Secretaria de Esportes,Cultura e Lazer de Campinas, o que lheproporcionou visibilidade e reconhecimento.Costumava freqüentar bailes e percebeu aqualidade de vida dos que praticavam dança,melhorando a auto-estima, sociabilidade econdição física. Entrevista, Teresa conta comotudo começou: “Na verdade, quando falamosem Espaço Girassol, estamos falando de umareinauguração. Comecei esse núcleo em 1996,com sede na Cidade Universitária, em parceriacom os coordenadores da Cooperativa Brasil,tradicional casa de forró da cidade. Levávamosmuitas pessoas para praticar dança de salão.Com o passar dos anos, alguns problemassurgiram e o espaço se perdeu”, explica. Desde2005, Teresa também ensina em outros locais,como a academia de ginástica Chris Sports, e dácontinuidade ao trabalho com dança, pelaPrefeitura. Neste ano, a professora “crioucoragem” e reconstruiu o núcleo.

Nessa nova etapa, Teresa já está com diversosprojetos em andamento. Além das aulas de tangoe dança de salão, ministradas todas as noitesdurante a semana e aos sábados pela tarde, aidéia é promover milongas pelo menos uma vezpor mês, no primeiro sábado. “Campinas estáprecisando de um espaço voltado para práticado tango. Aqui por enquanto não temos lugarpara reunir amigos tangueiros e dançarregularmente”, enfatiza Teresa. Os professores, extremamente atuantes notango, também comandam o grupo Amantes doTango, formado por amigos que se reúnem todosos sábados para treinar e trocar experiênciassobre o ritmo. Tudo começou há dois anos,quando Diniz, que conheceu Teresa nos bailespaulistanos, foi convidado por ela para dar aulassemanais em Campinas. Para um pequeno grupode amigos, as aulas também passaram a ser trocasde experiência e amizade. Ao final de cada ano,no aniversário de Diniz, comemorado sempreem São Paulo, os Amantes do Tango apresentama coreografia ensaiada ao longo do ano. “Valeressaltar que a elaboração da coreografia não épura e simples. Ao longo de todos os mesesestudamos cada passo, suas variações, sincroniaetc. Acaba sendo um grupo de estudos e prática,mais amplo do que a coreografia, já que envolvepesquisa”. Para aprimoramento e atualização, ocasal viaja periodicamente para Buenos Aires etrazem ao Brasil o que aprenderam por lá: “Nãosomos portenhos, então alguma variação sempreexiste quando adaptamos os passos para arealidade brasileira”, explica a professora.

Serviço

Espaço Núcleo Girassol(aulas de dança de salão e tango e

espaço para milongas)Av. Jorge Bierrenbach de Castro, 155

Bairro Bosque de Barão GeraldoCampinas - SP(19) 9653-6088

E-mail: [email protected]

A Associação dos Meninos Bailarinos Atoresde Campinas (Abamba), comandada pelobailarino Beto Regina, promove curso de dançalivre às segundas e quartas, das 18h30 às 20h.Trata-se de uma mistura de diversas técnicascorporais, com a qual se trabalha a musculaturapor meio de alongamento, relaxamento,improviso, respiração, dança modernae contemporânea, yoga, jazz e acrobacias. R.Rodrigo Ribeiro de Melo, 80 - Real Parque/Barão Geraldo – Campinas. (19) 3289-0651 [email protected].

Abamba oferece cursos de dançalivre para adultos

A Escola de Música Paulo Fontes, tradicionalem seu segmento, está dando início a turmas dedança de salão, já que conta com espaço físicodisponível e excelente localização. R. CândidoGomide, 584 – Guanabara. (19)3579-4459

Mariela Maia, professora de dança do ventreem Campinas, lançou seu primeiro livro sobrea modalidade em setembro, no restaurante LaArabyan. Por conta do rápido esgotamentodos convites, a bailarina marcou relançamentopara 28 de outubro. O evento conta compresença de Téo Versiani (Grupo Nujum AlFan), bailarino de danças folclóricas emUberaba (MG). O profissional faráapresentações e ministrará workshop de saaid.(19) 3342-8362/ 9738-7135/9219-7659.

Notícias e artigos sobre dançana internet, em tempo real

Uma parceria:

&

Mariela Maia lança livro

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4 Setembro e Outubro/2007

Paulo Zanandré abre escola em Paulínia

Jussara Miller lança livrosobre corpo e expressividade

A dança de Rodrigo Vecchi

Serviço“A escuta do corpo – sistematização da

técnica Klauss Vianna”Autora: Jussara Miller

Editora Summus - (11)3865-9890Preço: R$26,90

À venda na principais livrarias de Campinasou pelo e-mail

[email protected]

A bibliografia sobre dança no Brasil está emritmo de crescimento e adeptos dessa arte

já têm boas fontes de informação em dançacontemporânea, clássica e outras modalidades.A dica de leitura desta edição do DanceCampinas é a obra “A escuta do corpo –sistematização da técnica Klauss Vianna”,escrito pela coreógrafa e pesquisa JussaraMiller. O livro é baseado na dissertação demestrado da bailarina, que apresenta, de formaclara e objetiva, os conceitos que embasam ametodologia dos Vianna e os conteúdos que acompõem. Aqui o plural é utilizado no sentidomais amplo, pois um dos méritos do trabalhoda autora é destacar que Klauss não foi o únicoresponsável pelo desenvolvimento da pesquisacorporal, acompanhado por Angel (suaesposa), Rainer (seu filho) e tantos outros“Viannas” – não necessariamente herdeiros desangue, mas herdeiros de estudo e convicção.A obra representa a concretização de uma etapada pesquisa iniciada muito antes de Milleringressar na pós-graduação, quando partiu paraSão Paulo a fim de trabalhar com Rainer Vianna,na Escola Klauss Vianna. Eusébio Lobo, professor do Instituto deArtes da Unicamp e membro da banca dedefesa, ao assistir ao trabalho cênico intituladoCorpo sentado, que integra a dissertação,afirmou que “alguém precisava sentar eescrever para que muitos pudessem dançar”.Assim fez Jussara Miller e esta é sua valiosa

contribuição à dança no Brasil. Atualmente apesquisadora segue seus trabalhos de criaçãono Salão do Movimento, em Campinas, alémde fazer doutorado, cujo tema é a aplicação datécnica de Vianna para bailarinos e atores.

Andrew de Souza, ícone do sambarock, dá aulas em Campinas

Rodrigo Vecchi, bailarino, professor e ex-sócio-proprietário do ZAP Centro de

Danças, está com sua vida profissional agitadadevido a diversos projetos, culturais eacadêmicos. Vecchi, em bate papo informalcom o Dance Campinas, afirma que decidiufocar sua vida profissional no ensino superior(atualmente é professor no curso de EducaçãoFísica da Metrocamp, em Campinas): “Adoroa Formação Profissional e decidi abrir meushorizontes”, afirma o professor. Entre os dias 26 e 29 de setembro, Vecchiparticipa do I Congresso Metropolitano deEsporte, que acontece na Metrocamp. Dentreos mini-cursos oferecidos no evento, oprofessor leciona “A compreensão domovimento na dança esportiva”, abordandotemas como características da dança de salãointernacional e suas especificidades, dança desalão brasileira X dança esportiva, o ProgramaMundial de Dança de Salão (World DanceProgram - WDP), a atuação profissional comuma perspectiva da compreensão domovimento, a dança de salão como lazer, práticade atividade física e esporte. Para participardo evento, é possível inscrever-se pela internet,no site, mediante taxa : www.metrocamp.edu.br/congresso Além das atividades na faculdade, emoutubro, Vecchi, juntamente com sua parceiraPatrícia Rezende, viaja para Londres e Holandaonde ministra diversas aulas e workshops de

zouk no período de um mês. O casal participado terceiro Brazilian Dance Congress-Amsterdam 2007 – Holland, tambémensinando professores em modalidadesespecíficas, como pedagogia do movimentona dança, musicalidade, ODIZ “Other DancesInside Zouk”, entre outras. Maioresinformações sobre o congresso estão no site:congress2007.brasazouk.com

Foi inaugurada nova unidade da Escola deDança de Salão Paulo Zanandré em Paulínia,

dia 1 de setembro, situada à Av. José Paulino,2959. Os sócios Paulo Zanandré, Loiziana eSeishi estão felizes com o novo empreendimento.Voltada somente para dança de salão, a Escola deDança Paulo Zanandré conta hoje com dezoitoprofessores especialistas nos mais diversosritmos. Todos os profissionais investem em aulasem São Paulo e no Rio de Janeiro compersonalidades. Periodicamente muitos desses mestres vêm àEscola para ministrar aulas. O tempo empregadopelos professores, aprendizado eaperfeiçoamento estimulam Paulo Zanandré, quesempre buscou atualização e qualidade para suaescola e contato da mesma com os melhoresdançarinos do Brasil. Com tantos professorestrazendo informações de fora e de diferentesritmos ganham os alunos, os própriosprofessores, a Ca de Dança e o público que assiste

ao shows. A academia, que atrai cada vez maisalunos interessados no que há de mais atual nadança de salão, se consolida como uma dasmaiores e melhores de Campinas e região.Turmas assíduas, eventos lotados. Zanandré também investe em shows de suacompanhia de dança. Em agosto, os eventosrealizados renderam novas contratações epatrocínios. A escola está sempre comnovidades a cada mês. Confirmando o sucessodos últimos jantares dançantes que promove,no dia 26 outubro, sexta, às 21h, os alunos dePaulo Zanandré participam de um baile de galano salão Gigabyte, em Campinas. Já estãopreparando o “figurino”, baseado em vestidoslongos para as damas e terno e gravata para oscavalheiros. Devido à procura, novos cursosde salsa iniciante e forró universitário iniciantetambém serão abertos aos sábados.Interessados devem entrar em contato com asecretaria da escola. (19) 3242-0186.

O dançarino Andrew de Souza

Foto: DivulgaçãoMuitos leitores deste jornal, sejam eles deCampinas ou da Capital, já devem ter

ouvido falar de Andrew de Souza. O dançarino,de apenas 30 anos, é um dos ícones em nossomeio quando falamos de samba rock e suadifusão entre as danças de salão, nos últimosanos. Andrew, que é de São Paulo, veio paraCampinas em 2003 por motivos profissionaise acabou de participando de alguns eventos desamba rock, promovidos pela comunidade negrada cidade. Foi destaque por sua dança,qualificada, e hoje ensina o ritmo em diversasescolas da região, entre elas a Escola de Dançade Salão Paulo Zanandré. Nessa academia, dáaulas todos os sábados, às 14h, além dos cursosde samba rock particulares. Andrew está no meio da dança há 13 anos,mas garante que o sangue de dançarino semprecorreu em suas veias. Fundou a primeiraacademia de samba rock na zona leste de SãoPaulo. Foi seis vezes campeão de samba rockem diversas casas paulistanas de show,participou de programas de TV como VídeoShow (Rede Globo), videoclip da música“Agamamou”, do grupo de samba Art Popular,além de entrevistas em revistas de informaçãogeral, de circulação nacional. Em Campinas, pormeio do projeto Zazueira, de divulgação dosamba rock, chegou a ter cerca de 120 alunosem uma única turma, recebendo diploma dehonra pelo atual prefeito de Campinas, Héliode Oliveira Santos. “Agradeço a amigos,professores e alunos por todas essas conquistas.A comunidade de samba rock em São Paulo éespecialmente unida e por isso que o movimentoestá em crescente fortalecimento”, enfatiza oprofessor. Atualmente, Andrew está curioso emaprender outros ritmos de dança de salão, o queo levou a fazer aulas com Paulo Zanandré.Andrew também integra a companhia de dançada escola. (19) 9219-3585.

Samba rock não pára de crescer O Samba rock é uma modalidade relativamenterecente na dança de salão. Fortaleceu-se nacamada social mais baixa, dos negros da periferia,que rodopiavam majestosamente nos bailes.Atingiu sua maior força com os compositoresBebeto, Bedeu e Luís Vagner, que podem serconsiderados os verdadeiros representantes dessamúsica. São Paulo sempre foi o maiorrepresentante desse ritmo, porém este apareceuem menor escala também no Rio de Janeiro ePorto Alegre. O samba-rock como forma de dança sofreuinfluências do rockabilly dos anos 50 e 60, sóque com movimentos mais suaves, sem passosaéreos, porém com muitos giros. Nesta reediçãodo movimento, a modalidade está deixando seucaráter de periferia e atingindo um público cadavez maior. Hoje, podemos dizer que o sambarock está em ritmo crescente,há mais procurapor aulas e a introdução das músicas nos bailes.

Foto: Divulgação

O bailarino e pesquisador Rodrigo Vecchi

DICAS DE LEITURA

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5Setembro e Outubro/2007

ZAP Centro de Danças cresce e inova em suas atividades

Ricardo Melo, campeão da salsa noBrasil, ministra aulas em Campinas

Casa do Lago da Unicamprealiza 4ª Mostra de Dança

A conceituada escola ZAP Centro deDanças, localizada no CampinasShopping, passou a se chamar, desde

agosto, ZAP Centro de Danças e Artes. Cominstalações ampliadas e maior grade de cursos,além das diversas modalidades de dançasoferecidas aos alunos, a academia também estácom cursos de teatro, música e artesanato. As aulas de expressão e teatro ficam porconta do grupo Téspis. Segundo a proprietáriada escola, Vanea Santos, a intenção é trabalhardiferentes sentidos da interpretação e expressãocorporal, que inclusive, podem ser aplicados àdança: “Estamos contando com a qualidade eexperiência dos professores do Téspis paratrabalharmos conceitos e práticas deimprovisação, exercícios de corpo e voz,respiração, análise de texto e dramatização”,afirma. Laine Carvalho e Ricardo Saragioto, músicosrenomados na região, comandam os cursos deviolão, guitarra, flauta, percussão e cantoterapia.O artesanato, por sua amplitude de áreas, contacom diversos professores com especialização

em pintura, tear, bordados, decoupage, tricô,caixas,embalagens entre outros. Além dos diferentes cursos, o ZAP tambéminaugurou sua loja de roupas e acessórios paradança, que conta com marcas como Capézio, SóDança, Porto Free, Do Dance, Millenium econfecção própria e sob medida. Interessados eamigos estão convidados a conhecer o novoespaço. Campinas Shopping (ao lado do PoupaTempo), (19) 3229-1770.

Workshop de Zouk em outubro

O recém inaugurado Stúdio de Dança VitorFrança, de Jundiaí, e o ZAP Centro de Dançasacabam de firmar parceria e trazem paraCampinas, dia 27 de outubro, o casal bicampeãonacional e internacional de zouk, David eDeywylla, para workshop da modalidade. Oaulão acontece às 20h, no ZAP. A intenção dasduas escolas é unir-se e presentear seu públicocom importantes eventos. Informações(11)4522-2480 ou (19) 3229-1770.

Foto: Divulgação

Loja e recepção do ZAP Centro de Danças (e Artes): cursos de teatro,artesanato e música também compõem grade horária da escola

Cultura Inglesa Festival 2008 abreinscrição para projetos artísticos

Termina em 6 de novembro o prazo deinscrições de projetos nas áreas de Teatro

(adulto e infantil), Artes Visuais, Dança eCinema Digital de ficção e animação para o 12o

Cultura Inglesa Festival. Uma equipeindependente, formada por especialistas,acadêmicos, artistas e jornalistas, vai selecionartrês projetos por área para integrar aprogramação do festival, que acontece entre 06e 26 de maio de 2008. As produções devem serinéditas, voltadas para o público jovem einspiradas em artistas e obras britânicas. Ao todo, a Cultura Inglesa vai destinar R$430 mil para os projetos: R$ 405 mil para aexecução dos projetos selecionados e R$ 25mil para premiação das melhores obras porárea. Podem concorrer artistas de 58 cidadesdos estados de São Paulo, Paraná e Santa

Catarina. Os projetos selecionados serãoanunciados em 11 de dezembro em grande festano Centro Brasileiro Britânico. Podem concorrer ao festival grupos ecompanhias e artistas de São Paulo, GrandeSão Paulo, Araçatuba, Bauru, Campinas,Franca, Guarujá, Jundiaí, Piracicaba, PraiaGrande, Presidente Prudente, Ribeirão Preto,Rio Claro, Santos, São Carlos, São José dosCampos, São Vicente e Taubaté. No Paraná,podem concorrer artistas de Londrina e Maringáe de Santa Catarina, Blumenau, Itajaí eFlorianópolis. Os candidatos podem acessar o site econhecer o regulamento do processo seletivo,copiar ficha de inscrição e esclarecer dúvidasna seção “Fale Conosco”.www.culturainglesasp.com.br

DC: Como foi sua trajetória profissionalaté chegar onde está hoje?RM: Conheci Kleire Tavares, com quem fizmuitos trabalhos em parceria até este ano, naCompanhia de Dança Jô Passos. Com a mortede Jô, tivemos que caminharsozinhos, participamos do Salsa Open em2005 e ficamos em terceiro lugar. 2006 foi umano de muito trabalho e investimento. Partici-pei de eventos como Baila Floripa, BSB Sal-sa, Congresso Internacional da Argentina, eno fim do ano ganhei o primeiro lugar e a vi-agem para representar o Brasil em Puerto Rico,onde nos qualificamos em sexto lugar.DC: Como é sua rotina de treinamentopara competições?RM:Treino sempre três meses antes da com-petição, em média três vezes porsemana, quatro horas por dia. Quando a datavai se aproximando, aumento a carga e a inten-sidade dos ensaios, que pode chegar a 24 ho-ras semanais.DC: Como você vê o desenvolvimentoda salsa no Brasil, assim como o reconhe-cimento de profissionais da área?RM: A salsa no Brasil está se desenvolvendomuito rapidamente. Ela é completamente novaaqui e a cada ano vão surgindo mais pessoascom trabalho de qualidade e se ganha maisadeptos. Profissionais de dança no Brasil nãosão reconhecidos como deveria, principalmen-te porque os brasileiros valorizam mais es-trangeiros do que a si mesmos. Para ter um

bom trabalho muitas vezes é necessário um gran-de investimento financeiro, e o retorno é lento.Muitos eventos não tem verba para os profissi-onais, porque não conseguem patrocínio, enfimainda é difícil trabalhar aqui mas acreditamosque está melhorando e que podemos mudar isso.DC: Como será o trabalho no ZAP?RM: Ministrarei cursos de salsa por dois finaisde semana (os dois últimos de outubro), paraníveis iniciante, intermediário e avançado. Oobjetivo é atingir todos os públicos, passandoum pouco do nosso conhecimento e da experi-ência maravilhosa em Porto Rico. O Brasil nãodeve ser reconhecido apenas por São Paulo ca-pital, quando falamos de salsa. Todos temospotencial, só precisamos de um pouco mais detroca de informações.

Ricardo Melo, campeão do Brasil SalsaOpen 2006 e sexto lugar no mundial de

Porto Rico, estará em Campinas no mês deoutubro para ministrar workshops no ZAPCentro de Danças. Em breve entrevista para ojornal, o bailarino fala sobre sua trajetóriaprofissional e opina sobre o desenvolvimentoda salsa no Brasil.

O Espaço Cultural Casa do Lago, daUnicamp, realiza a quarta edição de sua

mostra de dança contemporânea no período de24 a 28 de setembro. São mais de vinteespetáculos solo ou em grupo, montados poralunos da faculdade de dança da universidadeou companhias de fora. Uma delas é a Packer Cia de Dança, que levaa conceituada coreografia adulta Até onde vaiquando anoitece, dia 27, às 12h. Também nestedia, acontece apresentação da bailarina PatríciaLeal, com o espetáculo Intenso, já noticiado naedição passada do Dance Campinas. Intensofocaliza no paladar seu estímulo central àcriação. Para o desenvolvimento da obra o vinhofoi utilizado como referência gustativa, quealiou à percepção dos sabores, as possibilidadestáteis. Percepções gustativas e táteis somaram-

se para uma estruturação solo que traz comotema o amor. Jussara Miller, pesquisadora doSalão do Movimento, apresenta a composiçãoPasseios, duo de dança que desenha umpercurso de estórias e relações humanas quesão explicitadas através de imagens poéticas.Juliana Hadler, coreógrafa e bailarina, apresentao espetáculo sólo Sentir é muito lento, além delevar o Grupo de Dança Corpo Cru, com amontagem Perseguir Desejos, de sua autoria edireção. Para conferir detalhes das outrasapresentações, acesse o sitewww.preac.rei.unicamp.br/casadolago. Aentrada é gratuita e uma belíssima oportunidadede conhecer diversificados trabalhos em dançacontemporânea, com intérpretes da região.

Foto: Divulgação

Ricardo Melo e Kleire Tavares, sexto lugarno Mundial de Porto Rico, em 2007

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6 Setembro e Outubro/2007

Escola de Dança de Salão Paulo Zanandré

Rua Inês de Castro, 574 – Taquaral Fone: (19) 3242-0186

tradiçãoconfiabilidade

ótima localização e espaço físicoexcelentes professores

todos os ritmos de dança desalão e bailes mensais!

Acesse o site: www.paulozanandre.com.br

Considerada a melhor escola de dança de salão pelarevista Veja 2006/2007, pela terceira vez consecutiva!

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7Setembro e Outubro/2007

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8 Setembro e Outubro/2007

Balé com bailarinos obesos é sucesso em Cuba

Danças holandesas da Expoflora e seus significados

Alunas de jornalismo da PUCClançam documentário sobre tango

A primeira bailarina do grupo DanzaVoluminosa pesa 130 kg e, ao deslizar

graciosamente pelo piso, empresta novosignificado à expressão “presença de palco”. Ocorpo dela é uma ruidosa celebração da idéia depeso, da barriga e seios amplos aos braços epernas grossos, provas da realidade esmagadorada gravidade. “Sempre gostei de dançar”, dizMailin Daza, a bailarina. “Queria fazer balêclássico, mas minha mãe me disse que as meninasgordas não podiam dançar. Com essa companhia,me sinto uma verdadeira bailarina”. Formada uma década atrás por Juan MiguelMas, essa companhia de dançarinos obesos setornou fenômeno cultural em Cuba, rompendoestereótipos sobre a dança, redefinindo a estéticada beleza e, ao longo do caminho, restabelecendoa auto-estima das pessoas corpulentas. Emborao grupo não seja o primeiro a empregardançarinos mais pesados, sua popularidaderepresenta uma surpresa em um país conhecidopor dançarinos esbeltos e musculosos em todosos gêneros, do balê clássico à salsa. Mas, o coreógrafo, que pesa 136 kg e se movecomo um gato, admite que usa o humorestereotipado que as proporções de seu corpode dançarinos desperta na audiência. O grupo éconhecido por sua paródia de “O Lago dosCisnes”, e freqüentemente exibe paródiashilariantes de estilos famosos de dança como ocan-can. No entanto, Mas e seu grupo levam adança muito a sério, e assim que as risadas seesgotam, provam sua capacidade de executarpeças comoventes que tratam de temas universais

como amor, morte e anseios eróticos. A platéiase esquece das brincadeiras e começa a sentir adança, diz ele. A arte da companhia de dança tenta encararas realidades da obesidade e dar às pessoas deporte mais reforçado uma chance de se expressarpela dança, algo que lhes é negado desde ainfância, na maior parte dos classes de dança.“Ainda que sejamos obesos e dancemos, somoscontra a obesidade”, explicou Mas. Devido aotamanho dos integrantes da companhia, otrabalho da Danza Voluminosa é mais humano,mais firme, enraizado. Os movimentos sãomuitas vezes mais lentos do que os dos colegasesbeltos, e parecem mais inclinados amovimentos pendulares, criando arcos e ondasque parecem percorrer o corpo de cadadançarino. A dança tem uma firme base no solo,em lugar de se distanciar dele; o centro degravidade é baixo, e muitas coreografias sãoconduzidas de joelhos ou por dançarinosdeitados. A reação das audiências em Cuba vem sendoimensamente positiva. O governo agora permiteque a companhia ensaie e se apresente no TeatroNacional. Mas passou a receber um salário do

Estado para continuar seu trabalho.

James C. McKinley Jr.(The New York Times)

Texto enviado pela dançarina Emine Elaine

O tango virou objeto de estudo e divulgaçãoentre estudantes de jornalismo que estão

concluindo a graduação na PUC-Campinas. Aequipe de estudantes, formada por DeborahChiari, Leidiana Palma e Priscila Hjort, adotoucomo projeto de final de curso um vídeo-documentário sobre o movimento tangueirode São Paulo. “Nosso objetivo é levar aoconhecimento do público algo que atraicentenas de pessoas à região de São Paulo paradançar tango, dança que faz parte da culturaportenha e é esquecida por muitos. O vídeotambém retrata a paixão que todos osdançarinos, músicos e organizadores nutrempelo ritmo”, explica Deborah Chiari, uma dasestudantes do grupo. O vídeo deve ser lançado no final denovembro, data em que começam as

apresentações dos trabalhos de conclusão decurso. Para que fosse concretizado, as alunasfizeram entrevistas com personalidades comoOmar Forte, Andressa e André Magro, Kátiae Alexandre, Olívia Teixeira, Moacir deCastilho e Confraria do Tango, representadapelo casal Thelma e Wilson Pessi. O grupotambém está freqüentando algumas milongascomo as que acontecem no clube Trianon, emSão Paulo e Club Homs. Em Campinas, serãoentrevistadas a bailarina Natacha Muriel eLuiza Bragion, divulgadora de dança e editoradeste jornal O documentário contará, porpartes, a história do tango, a paixão despertadapela dança, movimentos tangueiros e o futurodo tango. É provável que, após a conclusão dotrabalho, as alunas não resistam e sematriculem em escolas de dança...

Com significados inusitados e divertidos,as danças holandesas, apresentadas porgrupos que têm nomes de flores, são a

principal atração cultural da Expoflora, emHolambra, e mostram a diversidade da culturadivulgada pelos imigrantes e seus descendentesque escolheram o Brasil para viver. O evento depaisagismo e cultura holandesa teve início dia30 de agosto e vai até 23 de setembro. Ainda dátempo de aproveitar as atrações, de quinta àdomingo, durante todo o dia. Os dançarinos ensaiam de fevereiro a agostopara o evento e o resultado são as divertidasdanças, como a Vleegerd, ou “jogue a sua mulherfora”, típica da província de Overijssel. Outracoreografia bastante apreciada é a Blie BlauwBlije, ou “Alegria”. É típica da primavera ecelebra a mais esperada estação na Holanda, jáque o inverno costuma ser bastante rigoroso. Ospassos remetem aos campos verdes, às flores eaos passarinhos que voltam a cantar na novaestação. A Boerenkermis, “quermesse doscamponeses”, também traz o sentimento decelebração. Todo ano se comemora na Holandao final da colheita. Até hoje a tradição é mantidae cada cidade tem, anualmente, a sua quermesse,regada a muitas brincadeiras, cerveja, música edanças. A coreografia dessa dança demonstra aalegria dos camponeses em festa. O repertório traz ainda coreografiasoriginárias de outros povos, como o SambaMixer, da Alemanha, o Patty Cake, uma polcade origem americana, e, entre outras, a Barnabé,

uma mazurca com valsa. O curioso desta dançaé que ela foi encontrada na França, tem origempolonesa e o nome é brasileiro. Caracterizados pelos tamancos de madeira,saias com aventais de renda ou coloridos,coletes e chapéus típicos, crianças, jovens eadultos entretêm os visitantes da Expofloraapresentando-se de hora em hora nos palcosespalhados pelo recinto ou surpreendendo opúblico que transita pelas alamedas e jardins,

convidando-o para também dançar.

Foto: Divulgação

Dança holandesa na Expoflora: ensaios e união do grupo garantem sucesso das 160 coreografias

Mais informações sobre a Expoflorahttp://eptv.globo.com/expoflora/

Os nomes das danças típicas holandesas sãodifíceis, mas cada uma delas tem seusignificado peculiar. Veja alguns exemplos:

Het Carrillon – significa “O carrilhão” – opovo holandês adora imitar tudo em suasdanças. Como os carrilhões são comuns nasigrejas da Holanda, esta dança tentarepresentar o som dos sinos de um carrilhão.

Significado das danças

Bromvlieg – significa “Mosca barulhenta”. –O texto da música diz: “Uma mosca e umbesouro patinaram sobre o gelo e ganharamum prêmio. Um comprou um bolinho dechuva, e o outro uma torta de maçã”.Doorgever – significa “O passador” – Valsasuave, que simboliza quando as criançasaprendem os primeiros passos da valsa.Wasvrouwtjes – significa “As lavadeiras”Nesta dança, as crianças aprendem a lavar,enxaguar, torcer e passar.Madlot – significa “O marujo” Em torno de1800, esta dança espalhou-se pela Holandacom muitas variações. Para o grupo, foiescolhida a variação que vem de Friesland,situada ao norte do país. É uma dança queexige bastante fôlego dos dançarinos.Zigeuner polka – “Polca dos ciganos” A dançajá foi interpretada por milhares de pessoas eo público presente é convidado a participar.Millie wals – significa “Valsa familiar”. Adança expressa a esperança de que um dia omundo inteiro vire uma só família emharmonia.Olde Step – significa “O passo velho” Oldestep parece uma palavra em inglês, mas édialeto holandês. Esta coreografia é um desfiopara os dançarinos, pois eles precisam de

muito equilíbrio e sintonia entre o casal.

As estudantes DeborahChiari e Priscila Hjort,integrantes da equipe cujotrabalho de conclusão decurso de jornalismo seráum vídeo-reportagem sobreo movimento tangueiroem São Paulo

Foto: Divulgação

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Setembro e Outubro/2007 9

7º Encontro 1001 Noites em setembro

Serviço7º Encontro das 1001 Noites

28 de setembro - 20hCampinas Hall Shows e EventosFones: (19) 3256 8629 / 9173 3093

www.cydasantos.t5.com.br

No dia 28 de setembro, a partir das 20h, noCampinas Hall, acontece o 7º Encontro

das 1001 Noites, evento de dança e culturaárabe promovido pela atriz e bailarina CydaSantos. Desde o dia 5 de julho, convites jáestão sendo vendidos, com reserva de mesas.Nesta edição, o público confere participaçãodo cantor Tony Mouzayek e banda,apresentação das bailarinas Dúnia La Luna eFadwa Sayide, Grupo de Dança FolclóricaÁrabe (Dãbke), Nasser Mohamed, bailarinase professoras de Campinas, além de outrassurpresas. O convite inclui shows e jantar. Inicialmente os encontros promovidospor Cyda Santos encerravam o ano letivo entresuas alunas da dança do ventre. Em 2004 oevento passou a ter novos rumos, passou aser um acontecimento de integração, trazendopara a região uma festa árabe com atrações,shows, cultura e entretenimento. Hoje oencontro tem repercussão e qualidade única,contanto com a presença de profissionais dealta competência no universo da dança e damúsica árabe. O “Encontro das 1001 Noites”

é referência do gênero na região de Campinas,atraindo a cada ano nomes ilustres e público detodo o Brasil, apresentando a cultura e a dançaárabe, benefícios, valorização e reconhecimento.

Cyda Santos,coordenadora do“Encontro das1001 Noites”

Foto: Divulgação

Casa da Dança inaugura nova sede

Karen Righetto homenageia alunas

Tinta e pincéis de parede: dançarinos e alunos da Casa da Dança “pegam no batente”na inauguração da nova sede, situada no bairro Castelo, em Campinas

As três faces da dança oriental

Com o intuito de promover um diferencial em arte e educação no mundo da dança,a Academia Karen Righetto Ballet desenvolve, há vários anos, aulas de balê clássicoatravés da metodologia Royal Academy of Dance, oferecendo oportunidades paraos estudantes que desejam seguir na carreira artística e profissional. É com muito orgulho e satisfação que parabenizamos nossas alunas pelos excelentesresultados obtidos nos exames da Royal realizados no mês de junho, através daexaminadora Anne Brown credenciada pela Royal Academy, onde obtivemos 100%de aprovação.

Parabéns, futuras bailarinas!!! Valeu o esforço e dedicação!

(Karen Righetto - professora e bailarina)

A Casa da Dança, conceituada escola sobcomando de Bruno Franchi, está de cara

nova e...nova localização. O professor acabade inaugurar a nova sede da academia, comamplo salão (que futuramente será divididoem duas salas), lanchonete e loja de artigospara dança. A festa de inauguração será dia 29de setembro, sábado e todos estão convidados. A academia oferece cursos regulares paragrupos ou particulares de dança de salão etango, todas as noites e aos sábados edomingos. O professor anuncia também avolta da “Forróda”, aula exclusiva da escolana região, para o mês de outubro. A Casa da Dança tem se destacado a cadadia, principalmente devido ao trabalhorealizado pela Companhia de Dança da escola.

“Gostaria de homenagear essas pessoas e dar osparabéns pelas recentes conquistas”, afirmaFranchi. E não é para menos: acabam de ganharprêmio com a coreografia de tango apresentadano Passo de Arte, em Indaiatuba. A escolatambém saiu na revista Veja Campinas (Guia2006/2007 – O Melhor da Cidade) entre asmelhores na categoria dança. Além dos shows eaulas, a companhia também está fazendotrabalhos de animação em eventos, empresariaisou particulares.

ServiçoCasa da Dança

R. Alberto Sarmento, 535(próximo ao Pão-de-Açúcar)

(19) 3213-7965/3387-2221/9134-5353

Foto: Divulgação

As professsoras Talis Vêsàli e Emine Elaine e a paixão pelas danças folclóricas árabes

Dia 1 de dezembro acontece em Campinas,no Teatro de Arte e Ofício, o espetáculo

“Alf Leila Wa Leila – As Três Faces da DançaOriental”, realizado pelo Dêhab GrupoFolclórico Árabe, sob coordenação das bailarinasEmine Elaine e Talis. O espetáculo mostra um viajante que,encantado pelo sonho das Mil e Uma Noites(em árabe Alf Leila Wa Leila), viaja pelo tempoe espaço visitando três países árabes (Egito,Líbano e Emirados Árabes Unidos), e observao povo em seu cotidiano por meio da dança. Afigura do viajante europeu representa o olhardo Ocidente sobre o Oriente. A viagem se iniciaem meados de 1930 no Egito, retratando asantigas e inesquecíveis bailarinas Samya Gamal,Taheya Karioka e Nayma Akef, musas de suaépoca que seguem inspirando ainda as atuaisgerações de bailarinas.

Em voga nas primeiras décadas do séculoXIX, diversos artistas partiam para o exóticoMundo Árabe em busca de inspiração. Oespetáculo mostra o desenvolvimento da dançaem formação no período (conhecia como Dançado Ventre hoje).Mesclada às diversasmanifestações populares, peculiares de cadapaís, cria-se um mosaico, com diversas dançastípicas e folclóricas, previamente adaptados auma divisão didática.

Serviço“Alf Leila Wa Leila – As Três Faces da

Dança Oriental”Teatro de Arte e Ofício

R. Conselheiro Antonio Prado, 529 Vila Nova - Campinas

Data: 01 de dezembro, às 20h.Informações: (19) 3243-4414 ou 3279-9279

Fotos: Divulgação

Karen Righetto,Anne Brown eFernanda Barbosa

Informação publicitária

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LEVEZA DO SERSetembro e Outubro/200710

O segundo aniversário do jornal DanceCampinas será dia 29 de setembro, sábado, noclube Nipo Brasileiro. Os participantes terãodireito a baile de tango com seleção musical deprimeira e bolo de aniversário. Reservas (19)3241-5399

Caminito Tango Bar está sendo construídocom muito carinho para acolher os tangueirosde Campinas e região. A previsão de inauguraçãoé ainda em 2007.

Centro Luis de Camões, na região central deCampinas, está promovendo bailes, queacontecem às terças, sextas e domingos, das 14hàs 19h, com a banda Souza Show. Entrada:R$5,00 (preço único e mesa grátis). Informaçõescom Amaury Fernandes, (19) 3521-4849

Baile de Aniversário do professor “Jura”Thelma e Wilson Pessi mal sacudiram apoeira da Milonga de Gala e já trabalham napreparação do 36º baile da Confraria do Tango,a Milonga de Confraternização, última do ano,dia 24 de novembro, sempre no Club Homs.(11) 6914-9649.

A o som da banda La Tubatango,intensamente aplaudida após cada

seleção, e com a extraordinária apresentaçãodos tagueiros argentinos Aurora Lubiz e HugoDaniel, a Milonga de Gala deste ano, no salãonobre do Club Homs, foi um dos grandesmomentos da dança de salão brasileira efestejou os 13 anos do jornal Dance nacional.O baile, já tradicional, é promovido pelaConfraria do Tango, jornal Dance e CostaCruzeiros. A sempre rápida solenidade reuniuno palco o casal Thelma-Wilson Pessi, MiltonSaldanha e Francisco Ancona. La Tubatango veio de Buenos Airesespecialmente para tocar no baile e encantoumais ainda quando, apenas sob a luz de umpequeno poste em estilo antigo, tocou nocentro da pista, com os dançarinos circulandoem volta. A cena, uma surpresa ao público,lembrava um baile de pracinha do interior efoi momento de grande emoção. A Milonga de Gala, como as anteriores, foium desfile de elegância e requinte, nos mínimosdetalhes, com decoração típica,recepcionistas, telões com cenas em temporeal, drink de boas vindas, bolos e biscoitosfinos, arranjos de flores vermelhas nas mesascom toalhas brancas, sistemas de som e luz -- além do principal – música de alta qualidade,mesclando tangos e milongas com outrosritmos.

Milonga de Gala, comosempre, foi uma grande noite

Centro de Dança Leonardo Bilia está em ritmode preparação de seu Festival de Final de Ano.O espetáculo será A Ilha das Sombras, cujo enredofoi escrito por Leonardo Bilia, com histórias deterror e muita ousadia nas coreografias, luzes,figurino e maquiagem. Tudo indica que serárealmente um show. Em breve maioresinformações.

Olívia Teixeira está no elenco de “OsProdutores”, musical dirigido por MiguelFalabella, que estreiou dia 15 de setembro noTom Brasil.

Solange Cazzaro, diretora do Ateliê de ArteSolange Cazzaro e professora de dança de salão,viajou para o Suriname e em breve retorna àCampinas. Segundo a dançarina, o país se destacana salsa e no zouk, com ótimos dançarinos dosexo masculino.

Willians Ribeiro e Sirley, professores do Riode Janeiro, estiveram na Escola de Dança deSalão Paulo Zanandré ministrando um cursointermediário de Samba Quebrado. Os alunos,que disputaram uma vaga na sala lotada,aguardam o retorno destes professores e outrosdo que ainda virão até o final do ano para oscursos de bolero, salsa, lindy rock.

Cia de Dança Leonardo Bilia já publicouselecionados no site www.leonardobilia.com.br

Ângelo Tchê, professor de dança de salão emJaguariúna, promove o 13º Encontro deCaravanas, em comemoração à chegada daprimavera. Será dia 25 de setembro, terça, às14h30, na Red Eventos. A animação fica porconta da banda Help e de Tchê e seus freedancers. Por ser aniversário da cidade e semanado idoso, o evento presenteia os convidadoscom a dois cantores tenores, famosos porparticiparem do Programa Raul Gil. Durante obaile, haverá eleição para o concurso MissPrimavera. Informações: (19) 3806-3731 ou9762-0427.

Nelson Lima, Marcelo Cunha, KarinaSabah e Márcia Mello organizam em SãoPaulo o tradicional baile La Milonga, dia 22 desetembro, sábado, às 22h. Haverá show de tangoe som comandado por Nelson Lima. Reservasde mesa (11) 5561-5561.

Associação de Profissionais de Dança deSalão de Campinas e região (APDS) acabade divulgar seu estatuto social. A equipe está emplanejamento das atividades de 2008, que devemser publicadas em fevereiro. Enquanto isso éorganizado o baile de final de ano, com dataprevista para 1 de dezembro e muitas surpresas.Mais informações na próxima edição.

IV Noite do Tango29 de setembro(19) 3241-5399

Quasar Cia. de Dança, uma das maisdestacadas companhias de dança contemporâneadentro e fora do Brasil, foi atração do ConexãoCultural Ano V, no Parque D. Pedro Shopping,em setembro. A companhia apresentou amontagem “Só tinha de ser com você“,espetáculo de tom poético inspirado no álbumde Elis Regina e Tom Jobim, “Tom & Elis”,gravado em 1974, com 13 canções clássicas damúsica brasileira.

Jurandir Nascimento, professor de dança desalão do Centro de Danças Wagner Axé

Rodrigues, comemorou dia 18 de agosto, 50anos de idade. A fim de compartilhar a alegriado momento com amigos e dançarinos da região,o professor organizou um baile no clube Uniãodos Veteranos, com apoio dos organizadoresAdolfo Tuffaile, Mirna e Carlão.

O público presente curtiu a noite ao som dabanda Força Nobre, além de saborear umdelicioso bolo de aniversário. O auge do eventoforam as apresentações, seguidas deagradecimentos por parte do aniversariante.Muitos aplausos fecharam as apresentações,interessantes pela mescla de ritmos de dança desalão com elementos do jazz e clássico.

William Lima e Filipe Frederico, ambos com17 anos e jovens bailarinos de Campinas, foramselecionados para estudar na Alemanha e eacabam de embarcar. A dupla, que se conheceuna Companhia de Dança de Campinas, ganhoubolsa de estudo para dançar e fazer faculdade eMannhein e Berlim. Enquanto isso, mais jovenscarentes e talentos da dança aguardam patrocíniopara viajarem, a convites internacionais.

Jura, aniversariante, faz discurso deagradecimento a todos os presentesGrupo iniciante de tango da escola de

Wagner axé “arrasou” no milongueiro

Aresentação quemistura jazz e forró.......E o casal mirim com

o samba de gafieira

Jurandir Nascimento e, apresentação de dança de salão com ponta de balê clássico

Fotos: Luiza Bragion

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Setembro e Outubro/2007 11

Espaço Cultural Dakhini KellerRua Conceição, 250 – Centro

www.dakhinikeller.com.br (19) 3232-3589

Reservas: (19) 3241- 5399ou 912515, Luiza

Tangueiros se reúnem em AssunçãoTípica Tango realiza workshopTango, uma filosofia do abraço

Evento fará homenagem à Astor Piazzolla

Novidades no Espaço CulturalDakhini Keller, em Campinas

Brilhante participação de Danivel Oviedoe Mariana Casagrande, que viajaram deBuenos Aires para Assunção, como

convidados especiais; mais o DJ Moacir deCastilho, com impecáveis seleções musicais;duas orquestras; show de conjunto de harpas;dois jantares dançantes; workshops de tango emilonga e... Realmente muito repouso. Tudonum clima descontraído e alegre, entre amigosbrasileiros, paraguaios e argentinos. Assim, em resumo, foi o primeiro Tango &Relax, de 6 a 9 de setembro, no resort Yacht yGolf Club, às margens do rio Paraguai, emAssunção. Promovido pela LM Eventos eTurismo, que representa o resort no Brasil, emparceria com o jornal Dance e apoio da Confrariado Tango, o Tango & Relax, como o próprio nomejá sugere, teve como objetivo proporcionarmomentos de total descontração aos participantes.

Tango & Relax

As aulas, por exemplo, foram em ambiente muitoalegre e de passos que até não tangueiros podiamexecutar, para brincar nos bailes. A Milonga Guarani, nome escolhido emhomenagem ao Paraguai, com show de harpas,reuniu o maior público, em salão com vistapanorâmica para o rio e para o vasto campo degolf do hotel. Nos dois jantares dançantes,Mariana e Daniel, artistas de carreirainternacional e muito conceituados, encantaramo público com a magia do seu tango e milonga.Os organizadores já estudam novidades para asegunda edição, em 2008, entre elas a ampliaçãodos bailes para estimular maior participaçãodo público local. O Tango & Relax foi destacado

no principal jornal paraguaio, o “ABC Color”.

Milton Saldanha(saiba mais em www.jornaldance.com.br)

Sob a coordenação da professora NatachaMuriel López-Gallucci, acontece em

outubro o o seminário teórico e prático “Tango,uma filosofia do abraço”. O evento, que seráem dois domingos, 7 e 21 de outubro, das 9 à 14h, terá sede na Unicamp (Auditório do Institutode Artes Rua Elis Regina 50 - B. Geraldo,Campinas). Trata-se de uma oportunidadeinédita na região de estudar a cultura do tango,preocupando-se não apenas com sua prática,mas história e divulgação. Como destaque doevento, os organizadores e participantesprestam homenagem ao compositor AstorPiazzolla, e terá vários diferenciais da sua ediçãoem 2006, que aconteceu noMemorial daAmérica Latina em São Paulo. A proposta, queparte fundamentalmente da pesquisa sobre acorporeidade e a cultura do “Grupo de Trabalhode Tango da Unicamp”, é dirigida a todos osinteressados em Tango. Esse ano se soma àdança, à música e à poesia, o trabalhohistoriográfico do cinema documentário. No domingo, dia 7, às 9h, a Conferência deAbertura: “Tango, uma filosofia do abraço”, porNatacha Muriel, dá início aos trabalhos eworkshops. Às 9h30, acontece o primeiroworkshop de tango e milonga: Abraço,Comunicação e Improvisação. Às 10h30,professore ministram o curso Tango: Boleos eGanchos em seqüências enfeitadas sobre temasde Astor Piazzolla. Após o coffee break, haveráexibição de trabalhos de pesquisa do GT deTango da Unicamp. Às 12h30, participantespodem experimentar a Prática de Tango Grupalsobre o palco, baseada na música de Piazzollacomposta nos anos 40. Dia 21, segundo domingo do seminário, seráprojetado o vídeo-documentário AstorPiazzolla, seguido de comentários e debatesobre Corpo, criação e percepção domovimento na cena contemporânea do Tango.O evento conta com presença das pesquisadorasAndrea Molfetta (Instituto de Artes da

Unicamp) e Oneide Martinini. Às 11h, aconteceo workshop de tango novo, por meio debrincadeiras com o eixo, colgadas, sistemaselásticos e diagonais. Às 12h, tem início omódulo de Tango show: Seqüências de cenário,com ensino de técnicas de saltos até às 14h. Oseminário prático e teórico termina comconfraternização entre os presentes. Osinscritos recebem certificado de participação,desde que tenham tido 75% de presença,somando os dois dias de evento. A inscriçãopode ser feita por depósito bancário oupessoalmente, na Típica Tango Studio ou naAcademia de Ginástica e Dança GoldenFitness, em Barão Geraldo.Maiores informações ou inscrições: (19) 3289-1752/ (19)9707-4857/(19)9730-4269E.mail: [email protected] [email protected] .Site do Workshop: www.jornaldetango.com

O jornal Dance Campinas é bimestral e distribuído gratuitamente nas principais instituições de dança, públicas e privadas, da RegiãoMetropolitana de Campinas. Com tiragem de 5 mil exemplares, pode ser encontrado nas melhores academias, bailes, casas noturnas,festivais de dança, eventos, restaurantes e outros locais, inclusive não dançantes, como bares, padarias, lojas, etc. Está também completona Internet.

Editor nacional e idealizador: Milton Saldanha (MTb. 3.419; matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4). Editora Regional eresponsável: Luiza Bragion (Mtb. 43.249). Repórter Especial: Rubem Mauro Machado (Rio). Editoração Eletrônica: LuizaBragion e Alexandre Barbosa da Sila. Impressão: LTJ Editora Gráfica. Reg. INPI: 820.257.311.

Endereço: Avenida Brasil, 1544 - Guanabara Campinas-SP Cep:13073-001 Tels./Fax (19)3241-5399 ou (19)91254015

Site: www.jornaldance.com.br (Parceira na Internet: Agenda da Dança de Salão Brasileira)E-mail: [email protected] reprodução total ou parcial, exceto quando autorizada pelo editor. Nenhuma pessoa que não conste neste Expediente estáautorizada a falar em nome do jornal.

O Espaço Cultural Dakhini Keller, sediadona região central da cidade, oferece várias

novidades ao público nos próximos meses.Além de difundir a cultura árabe e cursos dedança do ventre, a escola também trabalhacom outras modalidades de dança e teatro.Entre 15 de setembro e 24 de novembro,convidados podem assistir aos sábados, às21h, a peça “Duas faces Uma Paixão”, sobdireção de Batista Mendes e com fragmentosde Fernando Pessoa e Carlos Drumond comJoaquim Andrade. Os ingressos podem seradquiridos no local. Dia 21 de outubro, a escola promoveworkshop de dança indiana com a professoraClaudia Jardim, que já se apresentou emdiversas cidades do Brasil, Europa e Ásia.Com “apenas” onze visitas à Índia, teve aoportunidade de estudar a dança em NovaDéli, com a renomada intérprete Ranjana

Gauhar. Além dos cursos, o Espaço CulturalDakhini Keller também participa, de 11 a 14de outubro, da IV Mostra Cultural ÁrabeIslâmica de Campinas, no Centro deConvivência.

Ranjana Gauhar, ícone da dança indiana

- 40Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Serviço

Daniel Oviedo e Mariana Casagrande foram destaque no Tango & Relax

Aulas sem complicação: o que valeu foi a alegria

Page 12: Expoflora também é dança! · registrar o que rola por lá em relação às danças típicas, atrações que mais ... aniversário nos desperta reflexões do tipo “o que poderíamos

12 Setembro e Outubro/2007

Dance Campinas lança tirinhas de humor Obrigado pela dança!Meu corpo estático, duro

O seu leve, solto, flutuando

Minha mente brava, insatisfeita

A sua alegre, prazerosa

A música começa...Pra mim silêncio

Pra você cântico divino

Não ando, me arrasto

Você desliza, voa, voa

Concluo que não dará certo

Você me convence que dará

Dois pra lá, dois pra cá?!?!?

Veja você, nasceu dançando!

Agora estou mais feliz

Sua mão guia-me pelo salão

Acho que estou gostando

Seu sorriso leva meu corpo

Estou dançando! Dançando!

Você dizia que era fácil...

Perco-me, tropeço. Não sei!

Sinta a música você diz...

Como? Não sinto nem meus pés.

Paciência! você grita

Está certo vamos novamente...

Seus olhos brilham...Você conseguiu!

O movimento é sublime, lindo!

A música penetra em nossos corpos

E as pernas como batutas

Regem nosso desenho no chão

O ambiente se eleva, minha mente se alegra

Até que enfim estou dançando...graças a você

Obrigado pela dança

Obrigado pelo esforço e paciência

Sinta música, sinta a música!

Lembrarei-me, pode acreditar...

Deixo pra você um beijo com swing

Um abraço com merengue

Um sorriso de gafieira e um tango pra recordar

Um veículo de comunicaçãoimpresso é formado por diversoselementos que, juntos,

transmitem informações e formamopiniões entre os leitores: texto,fotografias, títulos, ilustrações, capa.Tudo isso integra o processo decomunicação e são interdependentespara que a notícia seja levada aopúblico em sua completude. Mas não podemos deixar de mencionara charge/cartum/tira, que, por meio detextos engraçados ou satíricos aliadosàs ilustrações, conseguem atrair aatenção do leitor e embutir idéias ouinterpretação de um fato.

A fim de comemorar seu segundoaniversário, o jornal Dance Campinaslança, a partir desta edição, um espaçode humor, apropriado para um periódicoque fala sobre arte, entretenimento, deforma leve e cotidiana. Ilustrada eproduzida pelo professor de dança desalão (e também cartunista) BrunoFranchi, da Casa da Dança, nossaprimeira tirinha de humor, que adota adança como tema central, pode serconferida abaixo por nossos leitores. Assunto de moda, os quadrinhos são,como afirma o estudioso ThierryGroensteen, uma matéria poucoconhecida. Thierry reforça o conceitodos quadrinhos como arte, ao destacarseus códigos particulares, sua linguagemprópria, seja representada pelos cortes,

pelas elipses, seja pela paginação, eacrescentamos a invenção do balão nosdiálogos, das onomatopéias e osinúmeros sinais gráficos tão plenos derepresentatividade. Após a leitura, aguardamos opiniõesde nossos leitores para que possamosdar continuidade ao projeto. Sugestõesde temas para os quadrinhos? Entre emcontato conosco por telefone ou e-maile dê sua opinião. Com o objetivo depresenteá-los neste aniversário, além datirinha, publicamos ao lado um poemaescrito por Marcel Fernandes, emhomenagem às amigas Grazy, Jamille,Marília e Tatiana. O texto foi enviado àredação pela professora de dança desalão e artista plástica SolangeCazzaro.