exercicios professor tributario-145

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Esta obra tem os direitos de reprodução, distribuição e exploração cedidos ao Complexo de Ensino Andreucci Proordem. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma, ou por qualquer meio, ficando os infratores sujeitos às penas da lei. Coordenação: Dr.Ricardo Antonio Andreucci SÃO PAULO Nov/2011

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  • Esta obra tem os direitos de reproduo, distribuio e explorao cedidos ao

    Complexo de Ensino Andreucci Proordem. proibida a reproduo total ou parcial

    de qualquer forma, ou por qualquer meio, ficando os infratores sujeitos s penas da lei.

    Coordenao: Dr.Ricardo Antonio Andreucci

    SO PAULO

    Nov/2011

  • 2

    EXERCCIO 01

    Exame 115 Ponto 03 A empresa ABC LTDA. ajuizou ao de rito ordinrio contra a Unio Federal, visando ao

    reconhecimento da ilegitimidade da cobrana da contribuio previdenciria incidente sobre

    remunerao de autnomos e administradores, instituda pela Lei n. R 8.212/91, que recolheu

    durante o exerccio de 1999. O objeto da ao consiste ainda na repetio dos valores

    indevidamente recolhidos naquele perodo. Analisando a questo, o Juiz da 1a Vara Federal

    de So Bernardo do Campo SP, embora tenha reconhecido a inconstitucionalidade da

    exao, negou o direito repetio do indbito sob o fundamento de que a Autora deixou de

    comprovar que no repassou para o preo de seus produtos o custo da contribuio

    previdenciria recolhida indevidamente, como seria de rigor nos termos do art. 89, pargrafo

    nico, da Lei n 8.212/91, com a redao dada pela Lei n 9.032/95, que lhe impe semelhante

    mister.

    QUESTO: Como advogado da Autora, acione o instrumento processual conveniente tutela

    dos interesses de seu constituinte. Tenha, para tanto, que o ato judicial foi publicado na

    imprensa oficial h sete dias.

    GABARITO Pea adequada: Recurso de Apelao Endereamento: Juzo da 1 vara federal da subseo judiciria em So Bernardo do Campo/SP (encaminhamento ao TRF da 3 Regio) Plo passivo: Fazenda Nacional Tese(s): a contribuio em questo no tributo que por sua natureza comporta repasse do encargo a terceiro, logo no se exige a comprovao que alude o art. 166 do CTN, prevista apenas para os impostos indiretos.

  • 3

    EXERCCIO 02

    Exame 116 Ponto 01 No ms de abril de 2005, a sociedade Trs-os-Montes Participaes Ltda. recolheu, com

    atraso, a Contribuio para Financiamento da Seguridade Social COFINS, do ms de

    competncia maro, do mesmo ano. O recolhimento extemporneo foi efetuado com o

    acrscimo de multa e juros moratrios e a quantia devida foi corretamente informada

    Secretaria da Receita Federal, por meio da declarao apropriada (DCTF). Contudo, em

    dezembro de 2006, a Receita Federal, revendo suas bases de dados, lavrou auto de infrao

    contra a "Trs-os-Montes Participaes Ltda.", no qual reconhecia a exatido do crdito

    tributrio declarado, bem como a regularidade do pagamento efetuado, porm imps

    contribuinte a multa de 75% prevista na Lei n 9.430/96, relativa ao lanamento de ofcio.

    Como a sociedade no apresentou impugnao administrativa, o crdito foi inscrito na dvida

    ativa e a Unio Federal moveu execuo fiscal para cobr-lo.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da Trs-os-Montes Participaes Ltda., aja em favor

    dos interesses da cliente. Considere que a empresa foi intimada da penhora realizada sobre

    bens de sua propriedade h 20 (vinte) dias e que o processo tramita perante a 15 Vara de

    Execues Fiscais Federais da Subseo Judiciria de So Paulo.

    GABARITO Pea adequada: Embargos Execuo Fiscal Endereamento: Juzo da 15 Vara de Execues Fiscais Federais da Subseo Judiciria de So Paulo Plo passivo: Fazenda Nacional Tese(s): Multa pelo lanamento de ofcio s cabe quando este efetivamente realizado. No caso de concordar com o autolanamento efetuado, incabvel a multa prevista na lei 9.4330/96.

  • 4

    EXERCCIO 03

    Exame 116 Ponto 02 A sociedade Mirassol Agroindustrial S.A. vendeu, em maro de 2008, um imvel integrante

    de seu ativo imobilizado, pelo valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Esse imvel estava

    registrado na contabilidade da sociedade pelo mesmo valor de R$ 100.000,00, que

    correspondia ao preo de sua aquisio pela sociedade. No mesmo ano-base de 2008, a

    empresa contabilizou um prejuzo fiscal de R$ 70.000,00 e, portanto, no pagou Imposto de

    Renda (IRPJ). Contudo, a fiscalizao federal, revendo os livros contbeis, verificou que o

    valor da venda no foi lanado como receita e autuou a sociedade pelo valor correspondente,

    adicionando este ao resultado e cobrando o IRPJ no montante de R$ 4.500,00 (quatro mil e

    quinhentos reais), equivalente ao lucro lquido de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). A sociedade

    no se defendeu do auto de infrao e o crdito foi inscrito na dvida ativa, com a subseqente

    propositura de execuo fiscal.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da empresa, atue em seu benefcio. Considere que a

    constituinte tem sede na cidade de So Jos do Rio Pardo e que foi intimada da penhora de

    seus bens h 10 (dez) dias.

    GABARITO Pea adequada: Embargos Execuo Fiscal Endereamento: Juzo da Vara de Execues Fiscais Federais da Subseo Judiciria de So Jos do Rio Pardo (considere que o examinando no ter em mos a lei de organizao judiciria, nem o provimento da Justia Federal que desloca a competncia de So Jos do Rio Pardo justia federal mais prxima). Plo passivo: Fazenda Nacional Tese(s): Ausncia de fato gerador do IRPJ, pois a substituio de um capital por outro, sem acrscimo patrimonial no consubstancia receita tributvel pelo imposto em questo (art. 43 e segts. do CTN).

  • 5

    EXERCCIO 04

    Exame 118 Ponto 03

    A empresa Dragster Motors Ltda., dedicada ao comrcio de veculos novos e usados, venda

    de peas e servios, pretende a emisso de Certido Positiva de Dbitos com efeitos

    negativos, a fim de habilitar-se e participar de licitaes pblicas, pedido negado pela

    Delegacia da Receita Federal do Brasil em So Paulo/SP. Relata a empresa que a certido foi

    negada sob alegao de que existem dbitos pendentes. Entende a empresa que a recusa

    injustificada, uma vez que as pendncias existentes em relao contribuio ao PIS dos

    perodos de 07/03 a 11/03 e 03/04 a 07/04, referem-se ao processo n 000.00.12345-6,

    distribudo e processado na 14 Vara Federal em So Paulo, cuja sentena transitada em

    julgado h mais de um ms, aguarda converso em renda da Unio de depsitos existentes,

    procedimento no realizado em razo da omisso da Unio Federal, no podendo, assim, ser

    exigida a referida exao. A empresa o procura, fornecendo a certido de objeto e p da 14

    Vara Cvel Federal, comprovando a existncia dos autos da ao ordinria n 000.00.12345-6,

    bem como cpia de todos os depsitos realizados naqueles autos, solicitando as medidas

    judiciais cabveis, cujo prazo para habilitar-se e participar da licitao pblica encerrar-se-

    amanh.

    QUESTO: Como advogado da empresa Dragster, opere no sentido de afastar o bice

    licitao cujo prazo de vencimento iminente.

    GABARITO Pea adequada: Mandado de Segurana Endereamento: Juzo de uma das Varas Federais da Subseo Judiciria de So Paulo Plo passivo: Delegado da Receita Federal do Brasil em So Paulo Tese(s): Direito de obter certido: art. 5, XXXIV da CF; art. 206 CTN possibilitando a expedio de certido positiva com efeito de negativa (no caso de crdito suspenso art.151, II, CTN).

  • 6

    EXERCCIO 05

    Exame 119 Ponto 02

    A sociedade Magnlia Comercial Ltda. atuava no ramo de comrcio varejista de roupas

    infantis, mantendo loja na cidade de So Paulo, denominada "O Beb Feliz". Findo o prazo de

    locao, o estabelecimento comercial foi fechado e ali se instalou estabelecimento de venda

    de lustres e abajures, denominado "Lustres do Manolo", mantido por Manolo e Irmos Ltda.

    Porm, corria contra a Magnlia Comercial Ltda., execuo fiscal para cobrana do ICMS

    relativo aos meses de junho a setembro de 2004, no valor total de R$ 100.000,00 (cem mil

    reais). O Exeqente, constatando o fato, requereu a incluso, no plo passivo da execuo

    fiscal, da Manolo e Irmos Ltda., na qualidade de responsvel tributrio em virtude da

    aquisio de estabelecimento comercial, o que foi deferido pelo Juzo. H 15 (quinze) dias, a

    Manolo e Irmos Ltda. foi intimada da penhora de bens de sua propriedade.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da Manolo e Irmos Ltda., atue na defesa de seus

    interesses.

    GABARITO Pea adequada: Embargos Execuo Fiscal Endereamento: Juzo de uma das varas das Execues Fiscais da comarca de So Paulo/SP Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo Tese(s): Inexistncia de responsabilidade por sucesso, pois a Manolo e Irmaos Ltda. No prosseguiu no mesmo remo empresarial (art133, CTN).

  • 7

    EXERCCIO 06

    Exame 119 Ponto 03

    O Estado de So Paulo, por meio da Lei n o 4455/09, instituiu a cobrana do Imposto sobre

    Transmisso Causa Mortis e Doao, sobre quaisquer bens e direitos (ITCMD), aplicando

    sobre os respectivos fatos geradores alquotas progressivas que variam de 1,0 % (um por

    cento) para bens no valor de at R$ 10.000,00, a 5% (cinco por cento) para outros cujo valor

    supere o montante de R$ 150.000,00. Ricardo Altrusta deseja doar ao filho Trcio imvel de

    sua propriedade no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). O doador, inconformado com

    a disparidade de alquotas sobre o fato gerador, o procurou para saber da legitimidade ou no

    de tal cobrana.

    QUESTO: Como advogado(a) de Ricardo Altrusta, ingressar com a medida ou medidas

    pertinentes a proteo dos interesses do cliente.

    GABARITO Pea adequada: MS (preventivo) ou Ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria com pedido de tutela antecipada. Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de.../SP Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo (para MS: Delegado regional tributrio em... ou Chefe do posto fiscal em... ou Secretrio de Fazenda do Estado de So Paulo). Tese(s): impossibilidade de progressividade do ITCMD (art. 145 1 c/c 155 1 da CF que no permitem tal progressividade in casu ).

  • 8

    EXERCCIO 07

    Exame 120 Ponto 03 Empresa do ramo automotivo denominada Concessionria Bassan Distribuidora de Veculos

    S/A, sediada no Municpio de So Paulo, recebe veculos da montadora Lopes do Brasil

    LTDA., atualmente com iseno de IPI, para portadores de deficincia fsica. A legislao do

    IPI (Lei n. 3333/08 - fictcia) define como "portador de deficincia fsica" toda pessoa que

    possuir deficincia motora nos membros inferiores e superiores, afastando desta definio as

    pessoas que possuem deficincia visual (cegueira e outras doenas de viso). Jos Maria,

    portador de cegueira congnita, quer adquirir veculo da Concessionria Bassan para uso

    pessoal, contratando motorista particular para dirigi-lo e, mesmo assim, soube que sofreria

    incidncia do IPI.

    QUESTO: Como advogado de Jos Maria, manipule o meio judicial garantia de seus

    direitos.

    GABARITO Pea adequada: MS (preventivo) ou Ao Declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria com pedido de tutela antecipada Endereamento: Juzo de uma das varas federais da subseo judiciria em So Paulo/SP Plo passivo: Fazenda Nacional (MS: Delegado da Receita Federal do Brasil em So Paulo) Tese(s): Violao ao princpio da isonomia (igualdade tributria) art. 5 e 150 II, CF.

  • 9

    EXERCCIO 08

    Exame 122 Ponto 01

    Alfredo foi eleito para exercer o cargo de Diretor Administrativo da Transportes Seabra S.A.

    na assemblia geral ordinria de 29.04.2004 e desempenhou essa funo at abril de 2008.

    Pouco depois de assumir o cargo, a sociedade foi autuada pelo no recolhimento do Imposto

    sobre Circulao de Mercadorias e Servios devido por seus clientes, em operao pela qual

    era responsvel tributria nos anos de 2000 a 2003. O auto de infrao fora lavrado em maio

    de 2003 e foi definitivamente julgado na esfera administrativa em novembro de 2006, aps a

    apresentao de defesa da autuada. Em seguida, a Fazenda do Estado moveu execuo fiscal

    contra a sociedade e vrios de seus diretores, para cobrana do mencionado dbito, dentre os

    quais Alfredo. Alfredo recebeu, h 10 (dez) dias, a visita de um oficial de justia, que o

    intimou da penhora de bens de sua propriedade para pagamento da dvida.

    QUESTO: Na qualidade de advogado de Alfredo, tome a medida necessria para defender

    seus interesses. Considere que a execuo fiscal foi proposta em So Paulo, sede da

    sociedade.

    GABARITO Pea adequada: Embargos execuo Fiscal. Endereamento: Juzo de uma das varas das Execues Fiscais da comarca de So Paulo/SP Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo Tese(s): irresponsabilidade tributria pela no aplicao do disposto no artigo 135 do CTN.

  • 10

    EXERCCIO 09

    Exame 122 Ponto 02

    A Unio Federal, por meio da Lei n. 9.999 (fictcia), instituiu contribuio previdenciria

    incidente sobre pagamentos efetuados a pessoas jurdicas prestadoras de servios, base de

    20% (vinte por cento) do montante efetivamente pago, a cargo do tomador. Com base nesse

    permissivo legal, o Banco Industrial S.A. foi autuado pela Receita Federal do Brasil em

    Curitiba, em razo de no ter recolhido a citada contribuio nos anos de 2007 e 2008,

    incidente sobre os pagamentos efetuados Bits Informtica Ltda., empresa responsvel pela

    manuteno de sistemas do banco. A notificao fiscal de lanamento de dbito (NFLD) no

    foi impugnada na esfera administrativa e o dbito, no valor atual de R$ 200.000,00 (duzentos

    mil reais), est prestes a ser inscrito na dvida ativa.

    QUESTO: Na qualidade de advogado do Banco Industrial S.A., tome as medidas judiciais

    necessrias para defesa de seus interesses. Considere que o Banco tem sede em Curitiba/PR,

    ao passo que a Bits Informtica Ltda. tem sede em So Paulo/SP.

    GABARITO Pea adequada: MS (repressivo) ou Ao Anulatria de dbito fiscal com pedido de tutela antecipada (ou depsito suspensivo da exigibilidade do CT). Endereamento: Juzo de uma das varas Federais da Subseo Judiciria em Curitiba/PR Plo passivo: Fazenda Nacional (para MS: Delegado da receita Federal do Brasil em Curitiba). Tese(s): Inconstitucionalidade da criao de Contribuio social residual por lei ordinria, conforme art. 1954, CF (demonstrar que residual por no se enquadrar em nenhuma das hipteses dos incisos do art. 195 da CF). Ainda, inconstitucionalidade da Contribuio social residual que tenha mesmo fato gerador ou base de clculo de imposto (in casu o ISS).

  • 11

    EXERCCIO 10

    Exame 122 Ponto 03

    O Presidente da Repblica, por intermdio da Lei Complementar n. 22.222, de 31 de agosto

    de 2008 (lei fictcia), instituiu o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), passando a exigir, a

    partir de 01 de janeiro de 2009, das pessoas jurdicas e fsicas, esse tributo, elegendo como

    base de clculo exclusivamente o valor da aquisio de imveis urbanos adquiridos que

    supere, mensalmente, o importe de R$ 100.000.000,00 (cem milhes de reais), mediante a

    incidncia da alquota de 0,3% sobre o montante estimado a esse ttulo. O Partido Poltico

    ABC, sediado em So Paulo Capital, no concorda com esta incidncia tributria sobre

    imveis que adquire para o exerccio de suas atividades.

    QUESTO: Como advogado, ajuze medida cabvel para defesa dos interesses de seu cliente.

    GABARITO Pea adequada: MS (preventivo) ou Ao Declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria. Endereamento: Juzo de uma das varas Federais da Subseo Judiciria em So Paulo/PR Plo passivo: Fazenda Nacional (para MS: Delegado da receita Federal do Brasil em So Paulo). Tese(s): Imunidade (art.150 VI c, CF).

  • 12

    EXERCCIO 11

    Exame 124 Ponto 01 Determinada Cmara de Direito Pblico do Eg.Tribunal de Justia do Estado de So Paulo,

    em ao ordinria, negou provimento apelao interposta pelo Estado de So Paulo ao

    entendimento de que aplicvel a imunidade tributria importao de filmes de laminao

    para capas de livros (Polmero de Polipropileno, Filme BOPP). O acrdo porta a seguinte

    ementa:

    Tributos ICMS Declaratria Imunidade Filme de laminao de capas de livros

    (Polmero de Polipropileno, Filme BOPP) Material que se integra no produto final,

    incorporado ao papel das capas dos livros, tem a mesma natureza deste, gozando de sua

    imunidade. Honorrios fixados de acordo com o tempo e trabalho exigidos do advogado.

    Negado provimento aos recursos.

    O Estado de So Paulo interpe Recurso Extraordinrio, tempestivamente, sustentando, em

    sntese, o seguinte: (i) que foi ofendido mandamento constitucional de imunidade, j que o

    polmero de polipropileno (filme de laminao para capa de livro) no consumido no

    processo de impresso de livros; (ii) que a deciso contraria a jurisprudncia, que vem

    excluindo da proteo constitucional mquinas e mercadorias que tecnicamente so

    consideradas da famlia dos plsticos; (iii) que o insumo polmero de polipropileno, da

    famlia dos plsticos, no consumido imediatamente no processo produtivo, mas desgasta-se

    paulatinamente na produo; (iv) que as atividades praticadas pela empresa no se restringem

    edio, comercializao, importao e exportao de livros, jornais e revistas, mas tambm

    explorao da indstria grfica em suas diversas modalidades.

    QUESTO: Na qualidade de advogado do contribuinte, elabore a pea adequada para

    apreciao pelo tribunal competente.

    GABARITO Pea adequada: Contrarrazes em Recurso Extraordinrio. Endereamento: Presidente (ou relator) do Egrgio Tribunal de Justia do Estado de So Paulo (com remessa ao STF) Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo. Tese(s): rebater os argumentos fazendrios argumentando no sentido da manuteno da deciso de segundo grau que confere a imunidade no caso. Colacionar smula 657 do STF e falar da ausncia de pr-questionamento do item iv.

  • 13

    EXERCCIO 12

    Exame 125 Ponto 02 A empresa Pricles Txi Areo, proprietria de trs aeronaves, recebeu a notificao de lanamento do Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores IPVA relativo ao exerccio de 2005, emitida pela Secretaria dos Negcios da Fazenda do Estado de So Paulo. A empresa Pricles vendeu uma das aeronaves em 2004, tendo realizado o devido registro junto s autoridades aeroporturias competentes. Inconformada com a exigncia do imposto, a empresa ajuizou ao anulatria de dbito fiscal em face do Estado de So Paulo, que foi julgada procedente pelo juiz de 1 C instncia. No julgamento da remessa oficial (art. 475 do Cdigo de Processo Civil) e do recurso de apelao interposto pelo Estado de So Paulo, a Cmara de Direito Pblico do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo manteve parcialmente a sentena recorrida, por maioria de votos, pronunciando Acrdo com a seguinte ementa: TRIBUTRIO. CONSTITUCIONAL. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE

    VECULOS AUTOMOTORES. AERONAVES.

    1. O lanamento do imposto deve indicar o sujeito passivo previsto em lei. In casu, o Apelante

    vendera uma de suas aeronaves antes da ocorrncia do fato gerador. Exigncia descabida do

    imposto, no que tange aeronave vendida.

    2. A Constituio define, de forma genrica, o campo de competncia dos impostos. O termo

    Veculo Automotor abrange, como a expresso j o indica, qualquer veculo que possua

    motor e se locomova. Inteligncia do Art. 155, III da Constituio Federal.

    3. O art. 158, III da Constituio Federal norma de Direito Financeiro, irrelevante para a

    matria tributria.

    4. Recurso parcialmente provido. Vencido o Desembargador Fulano de Tal.

    QUESTO: Como advogado da empresa Pricles Txi Areo, interponha o recurso

    competente.

    GABARITO Pea adequada: Recurso Extraordinrio (no possvel confeccionar embargos infringentes por no se ter, in casu, o ter do voto vencido). Endereamento: Desembargador presidente (ou relator) do Eg.Tribunal de Justia do Estado de So Paulo (remessa ao STF) Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo Tese(s): Inconstitucionalidade da exigncia do IPVA sobre veculos aeromotores e hidromotores. Alterao da hiptese de incidncia prevista na diviso de competncias tributrias pela CF

  • 14

    EXERCCIO 13

    Exame 126 Ponto 01

    Em sede de Execuo Fiscal ajuizada pela Fazenda do Estado de So Paulo perante o Juzo de

    Direito da Vara das Execues Fiscais da Comarca de So Paulo, a Distribuidora Igreji Ltda.

    foi surpreendida, na ltima sexta-feira, por o Juiz de Direito haver determinado a expedio

    de ofcio ao Banco Central, requisitando informaes sobre a existncia de ativos financeiros

    em nome da executada, com o bloqueio e transferncia, em caso positivo, das quantias ou

    importncias depositadas at o limite do dbito exeqendo. A referida ordem foi dada no

    obstante a existncia de penhora, no prprio processo, de bens imveis na Capital, acolhendo

    manifestao da Exeqente. Com efeito, esta informou nos autos que quando aceitara a

    primeira penhora, no havia notcia de que os referidos bens no despertariam o interesse de

    eventuais arrematantes, inexistindo razo para procurar outros bens j que notrio que a

    atividade da Executada implica em grande movimentao financeira, permitindo rpida e

    eficaz garantia do crdito tributrio. Ademais, segundo se argumenta na deciso, ao nosso

    ordenamento no arrepia a penhora de faturamento, em tudo semelhante ao bloqueio de

    contas bancrias, exceto pelos entraves burocrticos que a primeira impe. A referida

    Distribuidora depende de recursos financeiros para a sua atividade, j no dispondo de crdito

    na praa.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da Distribuidora Igreji Ltda., tome a medida judicial

    cabvel para permitir que ela possa movimentar livremente seus recursos.

    GABARITO Pea adequada: Agravo de Instrumento. Endereamento: Desembargador presidente (ou relator) do Eg.Tribunal de Justia do Estado de So Paulo. Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo Tese(s): Ilegitimidade da penhora on line que no respeitou os requisitos formais do art. 185-A do CTN

  • 15

    EXERCCIO 14

    Exame 127 Ponto 02

    A Empresa Globalcomunications Ltda, sediada no Municpio de So Paulo, autuada em

    decorrncia do no pagamento de Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza (ISSQN) em

    relao aos valores recebidos pela prestao de servios de comunicao. O prazo para

    impugnao administrativa expira sem que a empresa autuada tome qualquer iniciativa, tendo

    sido ento o dbito inscrito em Dvida Ativa h cinco meses.

    QUESTO: Por julgar indevido o ISS sobre servios de comunicao e, na iminncia de

    sofrer uma execuo fiscal, que poderia comprometer os seus negcios, a empresa o constitui

    como advogado para defender os seus interesses. Tomar as providncias cabveis.

    GABARITO Pea adequada: Ao anulatria de dbito fiscal. Endereamento: Uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de So Paulo Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de So Paulo Tese(s): Inconstitucionalidade da exigncia do ISS sobre servio de comunicao (fato gerador do ICMS)

  • 16

    EXERCCIO 15

    Exame 128 Ponto 01 Recentemente, a legislao do Municpio de So Paulo referente ao Imposto sobre a Transmisso de

    Bens Imveis (Lei 11.154/91) foi substancialmente alterada pelo Decreto Municipal n46.228, bem

    como pela Portaria n 81, da Secretaria de Finanas do Municpio de So Paulo, dispositivos estes que

    promoveram a alterao da base de clculo do tributo mencionado, que passou a ser fixada pelo

    Municpio com base na Planta Genrica de Valores. O referido decreto estabelece:

    Artigo 7 : A base de clculo do imposto o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Pargrafo

    1 : Considera-se valor venal, para efeitos deste imposto, o valor pelo qual o bem ou direito seria

    negociado vista, em condies normais de mercado.

    Artigo 8: A Secretaria Municipal de Finanas tornar pblicos os valores venais atualizados dos

    imveis inscritos no Cadastro Imobilirio Fiscal do Municpio de So Paulo.

    Pargrafo 1 : Os valores venais dos imveis sero atualizados periodicamente, de forma a assegurar

    sua compatibilizao com os valores praticados no Municpio, mediante pesquisa e coleta

    permanente, por amostragem, dos preos correntes das transaes e das ofertas venda no mercado

    imobilirio, inclusive com a participao da sociedade representada no Conselho de Valores

    Imobilirios.

    Pargrafo 3: O valor venal divulgado, em nenhuma hiptese, ser inferior base de clculo do

    Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) utilizada no exerccio da

    transao.

    O Sr. Guimares acabou de negociar a venda, mediante contrato formal e regular, com valor fixado em

    R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), de um imvel seu para o Sr. Machado, e cujo valor venal no

    carn de IPTU de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Todavia, segundo a Planta Genrica de

    Valores, este imvel valeria R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). As partes tm interesse em fazer o

    registro da transmisso da propriedade no cartrio de registro de imveis o mais rpido possvel, mas

    sabem que este ato no ser consumado na hiptese de o ITBI no ser recolhido consoante o Decreto

    Municipal no 46.228/05.

    QUESTO: Como advogado, tome as medidas judiciais cabveis visando assegurar o pagamento do

    tributo da forma menos onerosa possvel.

    GABARITO Pea adequada: MS (preventivo) ou ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria. Endereamento: Juzo de uma das varas da Fazenda Pblica da comarca de So Paulo Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de So Paulo (em caso de MS:Secretrio de Finanas do Municpio de So Paulo) Tese(s): Inconstitucionalidade pela violao ao princpio da legalidade tributria (art.150, I CF e 97 do CTN)

  • 17

    EXERCCIO 16

    Exame 128 Ponto 03 O Sr. Ubaldo, executivo consagrado no mercado, foi contratado para o cargo de diretor da

    Tokiofly Ltda., empresa do segmento de helicpteros e que passa por graves dificuldades

    financeiras, para promover o seu saneamento e torn-la novamente lucrativa. Para o exerccio

    da sua delicada funo, iniciada em janeiro de 2003, o Sr. Ubaldo recebeu amplos poderes dos

    scios. Em vista do delicado quadro financeiro da empresa e para que fossem adimplidos os

    compromissos com empregados e fornecedores, acabou-se por no pagar a contribuio

    previdenciria, parte patronal, nos exerccios de 2003 e 2004. A empresa sofreu autuao

    fiscal em setembro de 2008, sem ter, contudo, ingressado com recurso administrativo que

    pudesse suspender a exigibilidade do dbito envolvido. Seguiu-se a execuo fiscal com a

    penhora dos bens pessoais do Sr. Ubaldo, h 25 dias, uma vez que ele figurava no plo

    passivo da execuo fiscal.

    QUESTO: Na qualidade de advogado do Sr. Ubaldo, tome as medidas cabveis.

    GABARITO Pea adequada: Embargos Execuo Fiscal Endereamento: Juzo de uma das varas das execues fiscais federais da Subseo Judiciria em... Plo passivo: Fazenda Nacional. Tese(s): Irresponsabilidade do diretor por no se enquadrar nas hipteses do art. 135 a 137 do CTN.

  • 18

    EXERCCIO 17

    Exame 129 - Ponto 01 O municpio em que est estabelecida a empresa X editou lei instituindo taxa de limpeza

    pblica para o custeio do servio pblico municipal de limpeza de logradouros pblicos. Sua

    base de clculo o faturamento das empresas estabelecidas no municpio e sua alquota de

    0,5%. Referida taxa passar a ser exigida no dia 1. de janeiro do prximo ano.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da empresa X, tome as medidas judiciais cabveis

    para questionar a exigncia dessa taxa.

    GABARITO Pea adequada: Ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria (ou MS preventivo) Endereamento: Uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de.... Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de... (no caso de MS: Ilmo. Sr. Secretrio de finanas do municpio de... ou diretor do departamento de rendas do municpio de...) Tese(s): Inconstitucionalidade e ilegalidade de taxa instituda sobre servio indivisvel e com mesma base de clculo de imposto (art. 145, II, CF e art.77 do CTN).

  • 19

    EXERCCIO 18

    Exame 129 Ponto 03 Ex-procurador de empresa estrangeira foi citado por edital para pagar dvida fiscal de empresa

    sediada no Brasil, controlada pela empresa estrangeira da qual foi procurador, decorrente de

    falta de recolhimento de ICMS. Ao apreciar os autos da execuo fiscal, constata-se a revelia

    da empresa brasileira que, citada, teve seus bens penhorados e silenciou. A sentena nos autos

    da execuo transitou em julgado. Diante da insuficincia de bens da executada, porm, o juiz

    acatou petio da Procuradoria do Estado e determinou fosse citado, tambm, o ex-procurador

    de empresa estrangeira.

    QUESTO: Como advogado, adote as medidas judiciais cabveis, visando assegurar o

    patrimnio do ex-procurador da empresa.

    GABARITO Pea adequada: Exceo de pr-executividade Endereamento: Juzo de uma das varas das execues fiscais da comarca de... Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de... Tese(s): Irresponsabilidade tributria do ex-procurador por no se enquadrar nas hipteses do art. 135 a 137 do CTN.

  • 20

    EXERCCIO 19

    Exame 130 Ponto 02 Sua cliente, Fabbrica Automobili Ltda., uma subsidiria de um grupo italiano do setor

    automotivo recm constituda no Brasil. Um dos primeiros contratos celebrados entre a

    Fabbrica Automobili Ltda. e sua controladora refere-se licena para uso da marca da

    empresa. Ao analisar as incidncias tributrias aplicveis sobre esse contrato, o departamento

    jurdico da Fabbrica Automobili Ltda. deparou-se com a previso da Lei Complementar n.

    116, de 2003, de que o Imposto sobre Servios ISS tem como fato gerador a prestao de

    servios constantes de sua lista anexa, sendo que este imposto incide tambm sobre o servio

    proveniente do exterior do Pas ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior do Pas. Entre

    os servios constantes na lista anexa Lei Complementar n. 116, de 2003, encontra-se o

    seguinte item 3.02 Cesso de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda.

    Por no concordar com a exigncia do ISS sobre a cesso de direito de uso da marca em

    questo, sua cliente o contrata para propor uma medida judicial que impea tal exigncia.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da empresa, elabore a medida judicial solicitada por

    seu cliente.

    GABARITO Pea adequada: Ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria (ou MS Preventivo) Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de... Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de.. (em caso de MS: Secretrio de finanas do Municpio de...) Tese(s): Ausncia de fato gerador do ISS, pois a cesso de uso de marcas constitui-se numa obrigao de dar e no de fazer o que descaracteriza a prestao de servio.

  • 21

    EXERCCIO 20

    Exame 130 Ponto 03 A empresa de engenharia de informao Procomputer S.A., sucessora de outra empresa do

    mesmo grupo, porm atuante no ramo tecnolgico em mecnica de mquinas, Protecmaq

    Ltda., vem sofrendo problemas financeiros, agravada sua situao em virtude da falta de

    investimento por parte dos scios estrangeiros. Como resultado dessa circunstncia, a

    Procomputer se viu obrigada a atrasar o pagamento de tributos federais de modo deliberado,

    com o intuito de poupar caixa para fazer frente s despesas com empregados e fornecedores.

    No obstante impontual no cumprimento das obrigaes principais, a empresa manteve as

    obrigaes acessrias em dia, efetuando os lanamentos fiscais e prestando as informaes

    sobre os tributos impagos. Os dbitos fiscais da Procomputer foram inscritos na Dvida Ativa

    da Unio, dando-se incio s execues fiscais correspondentes. A Procomputer foi citada nas

    mencionadas execues fiscais. Inerte no prazo legal, teve bens penhorados para garantia do

    dbito e intimado o representante legal da penhora realizada, na qualidade de depositrio

    legal. Seu departamento contbil, porm, verificou que determinados tributos federais

    lanados h mais de seis anos foram inscritos na dvida ativa extemporaneamente.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da empresa, elabore a medida judicial solicitada por

    seu cliente.

    GABARITO Pea adequada: Embargos Execuo Fiscal Endereamento: Juzo de uma das varas das execues fiscais federais da Subseo Judiciria em... Plo passivo: Fazenda Nacional. Tese(s): Prescrio (art. 174, CTN).

  • 22

    EXERCCIO 21

    Exame 131 Ponto 01

    A empresa estatal A, criada por Lei e prestadora de servios pblicos mediante delegao

    da Unio, recebeu, no ms prximo passado, vrios lanamentos do IPVA (carns),

    relativos sua frota de veculos. Os referidos lanamentos referem-se aos fatos geradores

    ocorridos de janeiro de 2000 a janeiro ltimo. Cabe ressaltar que a empresa A nunca havia

    recebido qualquer cobrana de IPVA sobre a propriedade de seus veculos. Caso seja obrigada

    a pagar a mencionada exao, ter um forte impacto no seu caixa. QUESTO: Por no

    concordar com a exigncia do IPVA acima mencionado, a aludida empresa contrata- o, aps

    processo licitatrio, para propor uma medida judicial que afaste a cobrana do IPVA de

    imediato. Pede o cliente que a referida medida judicial seja a mais clere possvel e que no

    acarrete maiores nus em caso de perda da ao. Como advogado, redija a pea adequada.

    GABARITO Pea adequada: MS (repressivo) Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas pblicas da comarca de... Plo passivo: Delegado regional tributrio em... ou chefe do posto fiscal em... Tese(s): Imunidade recproca que se estende aqueles que prestam servio de carter estritamente pblico em nome da pessoa poltica por delegao. Ainda h decadncia do perodo anterior ao ltimo qinqnio.

  • 23

    EXERCCIO 22

    Exame 131 Ponto 02 Sua cliente, Aluguel de Mveis e Decorao de Interiores S.A, sediada na cidade de So

    Paulo, empresa dedicada : a) locao de mveis para residncias; b) decorao de

    interiores. Desde sua fundao, em 1990, por orientao de seu contador, a referida empresa

    sempre pagou o ISS devido sobre a locao dos mveis para residncias e sobre o servio de

    assessoria na rea de decorao. Basicamente, seu faturamento est dividido entre as duas

    atividades antes mencionadas. Contudo, ciente do posicionamento adotado pelo Supremo

    Tribunal Federal no sentido da no incidncia do ISS sobre a operao de locao de bens

    mveis, sua cliente pretende recuperar todo o imposto pago nos anos antecedentes, bem como

    pretende deixar de pagar o tributo a partir dos meses subseqentes. No tocante aos valores

    pagos indevidamente, sua cliente requerer, por intermdio de seu contador, a restituio

    administrativa.

    QUESTO: Como advogado contratado pela empresa, ingresse com a medida judicial

    tendente a evitar o pagamento futuro de ISS sobre o valor das locaes de mveis

    residenciais.

    GABARITO Pea adequada: Ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria (ou MS Preventivo) Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de... Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de So Paulo (no caso de MS: Secretrio de Finanas do municpio de So Paulo ou diretor do departamento de rendas mobilirias em So Paulo) Tese(s): Ausncia de fato gerador do ISS (Locao de bens mveis no est mais na lista anexa LC 116/03 e no constitui uma obrigao de fazer, no enquadrando-se no conceito de servio).

  • 24

    EXERCCIO 23

    Exame 131 - Ponto 03 A empresa Comex Exportadora S.A. tem por objeto social a exportao de produtos na rea

    de tecnologia avanada e a comercializao de produtos de informtica no mercado

    domstico. O diretor financeiro da referida empresa consulta-o a respeito da

    constitucionalidade da incidncia da CSLL sobre o lucro obtido com as operaes de

    exportao. Segundo informao do aludido diretor financeiro, inmeros concorrentes da

    Comex Exportadora S.A. deixaram de tributar os lucros auferidos com a exportao de

    produtos, tendo em vista a edio da Emenda Constitucional n. 33/01. Ele, porm, tem

    receio de deixar de recolher tal tributo e sofrer sanes do Fisco Federal, uma vez que

    participa de vrias concorrncias para venda de seus produtos no mercado nacional, inclusive

    para empresas pblicas.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da empresa, ingresse com a medida judicial mais

    apropriada para afastar a exigncia da CSLL. O cliente, contudo, no pretende deixar de

    recolher a referida exao tributria, desde j, pois teme pelo insucesso da tese tributria que

    envolve o caso. Assim, solicita-lhe que ingresse com medida judicial apenas para resguardar

    os seus direitos.

    GABARITO Pea adequada: Ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria (sem pedido de tutela antecipada) Endereamento: Juzo de uma das varas federais da subseo judiciria em... Plo passivo: Fazenda Nacional Tese(s): Imunidade (art. 149 2, I, CF).

  • 25

    EXERCCIO 24

    Exame 132 Ponto 01

    A instituio de educao Colgio dos Mares S/C ingressou com consulta perante

    determinada municipalidade, com o intuito de ver confirmado o seu entendimento no sentido

    de que est imune do IPTU sobre imveis de sua propriedade, locados para terceiros (um

    imvel est locado para uma padaria e outro, para um hotel). A resposta do referido municpio

    foi negativa. Entendeu a ilustre consultoria do municpio que somente estariam albergados

    pela imunidade aludida os imveis utilizados na consecuo dos fins essenciais da

    mencionada entidade de educao. Portanto, no entender da municipalidade, a locao de

    bens a terceiros no constituiria uma atividade essencial da aludida instituio.

    QUESTO: Como advogado do Colgio dos Mares S/C, formule a medida judicial mais

    clere e menos custosa possvel, com o objetivo de no se ver constrangido, de imediato, ao

    pagamento do referido tributo.

    GABARITO Pea adequada: MS Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de... Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de... Tese(s): Imunidade.

  • 26

    EXERCCIO 25

    Exame 132 Ponto 02 O Estado de So Paulo decidiu realizar a desapropriao de grande rea urbana e, para tanto,

    obedeceu a todos os trmites e requisitos exigidos pela legislao pertinente. Alguns

    contribuintes que tiveram seus imveis desapropriados, aps receber todos os valores

    indenizatrios, incluram-nos em suas declaraes de rendimentos como ganhos no

    tributveis. Ocorre que o Fisco Federal intimou os referidos contribuintes para o pagamento

    do IRPF dos valores recebidos a ttulo de indenizao por desapropriao e realizou o

    respectivo lanamento do tributo. Alegou que os valores recebidos pelos referidos

    contribuintes a ttulo de desapropriao so superiores ao custo de aquisio original dos

    respectivos imveis. Os contribuintes consultam-no a respeito da legalidade dessa cobrana e

    solicitam medidas urgentes que impeam a cobrana do mencionado crdito tributrio.

    QUESTO: Como advogado de todos os contribuintes, ou qualquer deles, redija a medida

    judicial adequada.

    GABARITO Pea adequada: MS (repressivo) ou Ao anulatria de dbito fiscal com pedido de tutela antecipada. Endereamento: Juzo de uma das varas Federais da subseo judiciria em... Plo passivo: Fazenda Nacional (em caso de MS: Delegado da Receita Federal d Brasil em... Tese(s): Ausncia de fato gerador do IR (Art. 43 CTN) a verba paga pela desapropriao no representa acrscimo patrimonial, mas mera indenizao.

  • 27

    EXERCCIO 26

    Exame 133 Ponto 02: A empresa B, sediada na cidade de So Paulo, com filiais em vrias cidades do referido

    Estado, pretende realizar, daqui a dois meses, transferncias de mercadorias de seu

    estabelecimento situado na cidade de Sorocaba para o estabelecimento situado na cidade de

    Ourinhos. A aludida transferncia tem por intuito concentrar parte do estoque hoje existente

    em rea vizinha ao Estado do Paran, tendo em vista estratgia comercial da empresa.

    Contudo, a empresa B tem conhecimento de que a legislao do ICMS do Estado de So

    Paulo exige o referido tributo nas transferncias de mercadorias entre estabelecimentos

    comerciais dentro do prprio Estado. A empresa B, entendendo incorreta tal situao

    jurdica, contrata-o com o intuito de se ver desobrigada de fazer incidir o ICMS sobre as

    futuras operaes de transferncia de mercadorias. Para tanto, solicita que a medida judicial

    referida seja a mais clere possvel e no acarrete risco de pagamento de honorrios de

    sucumbncia.

    QUESTO: Como Advogado de B, tome as medidas judiciais cabveis, visando assegurar o

    no pagamento de ICMS nas operaes de transferncias de mercadorias entre

    estabelecimentos comerciais situados no Estado de So Paulo.

    GABARITO Pea adequada: MS (preventivo). Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas pblicas da comarca de Sorocaba Plo passivo: Delegado regional tributrio em Sorocaba ou chefe do posto fiscal em Sorocaba Tese(s): Ausncia de fato gerador do ICMS (LC 87/96) a circulao da mercadoria pressupoe circulao econmico jurdica (venda) o que no ocorreu.

  • 28

    EXERCCIO 27

    Exame 134 - Ponto 01

    A Instituio Financeira A.A., sediada no municpio de So Paulo, foi surpreendida como

    aumento de 9% para 15% - da alquota da contribuio social sobre o lucro (CSLL),

    previsto no artigo 17 da Medida Provisria n 413, publicada na semana passada, a qual, por

    determinao de seu artigo 18, entraria em vigor na data de sua publicao, produzindo

    efeitos, com relao ao aumento da referida alquota, a partir do primeiro dia do quarto ms

    subseqente ao da respectiva publicao. Inconformados com o referido aumento, por

    entend-lo inconstitucional, os diretores da A.A. resolveram contratar advogado para ajuizar

    medida judicial competente para evitar o pagamento da mencionada majorao de CSLL e

    para, desde o primeiro momento, discutir toda a questo de mrito. Por cautela, a diretoria

    achou por bem solicitar que seja oferecido ao juzo competente o depsito do montante

    integral, com fim de suspender a exigibilidade do crdito tributrio, nos termos do disposto no

    artigo 151 do CTN.

    QUESTO: Considerado a situao hipottica descrita, redija, na condio de advogado

    contratado pela instituio financeira A.A., a medida judicial que entender cabvel com

    fundamentao na matria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a

    pea exigir.

    GABARITO Pea adequada: Ao Declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria Endereamento: uma das varas federais da subseo judiciria em So Paulo. Plo passivo: Fazenda Nacional Tese(s): violao do princpio da legalidade (art. 150, I CF; art.62 par.2 CF, art. 246 CF, art.97 CTN) na majorao das alquotas da CSLL por MP. Obs.: no cabe argumento de violao ao princpio da anterioridade por ser a CSLL nonagesimal art.196 par. 6 CF). Obs.: gabarito fornecido pela OAB fala em violao ao princpio da isonomia, no tendo porm como ser fundamentado diante da falta de informaes no problema (o fato verdico que deu origem ao problema discutia o aumento ocorrido apenas para as instituies financeiras e no para as demais pessoa jurdicas do mesmo segmento).

  • 29

    EXERCCIO 28

    Exame 134 - Ponto 02

    A sociedade de advogados A, estabelecida na capital de So Paulo h mais de 20 anos,

    resolveu adquirir um imvel para onde pretende transferir suas atividades. A referida

    sociedade, durante todos os anos de sua existncia, auferiu, to somente, receita decorrente do

    exerccio da advocacia. Ao pretender realizar a operao de compra e venda do referido

    imvel com a lavratura da competente escritura pblica, A surpreendeu-se com a notcia de

    que teria de pagar imposto previsto no artigo 156, inciso II, da CF. No se conformando com

    tal exigncia, os scios de A por no atuarem na rea tributria, resolveram contratar

    advogado especializado nessa rea, para ingressar com medida judicial que vise a inibir essa

    exigncia da municipalidade de So Paulo. Segundo solicitao dos scios de A, a medida

    judicial no deve causar qualquer contingncia pecuniria futura, no que se refere aos

    honorrios da parte contrria.

    QUESTO: considerando a situao hipottica acima, redija, na condio de advogado

    contratado pelos scios de A, a medida judicial que entender cabvel, com fundamentao

    na matria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a pea exigir.

    GABARITO Pea adequada: MS Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de So Paulo Plo passivo: Secretrio de Finanas do Municpio de So Paulo Tese(s): Imunidade (art. 156 2 CF).

  • 30

    EXERCCIO 29

    Exame 134 - Ponto 03

    A empresa B tem por objeto social atividade de arrendamento mercantil equiparada

    atividade das instituies financeiras, para fins de tributao de vrios tributos (IR, CSLL,

    PIS, COFINS, etc.). Contudo, enquanto vigia a legislao da CPMF, as empresas de

    arrendamento mercantil estavam obrigadas a pagar CPMF sobre as operaes previstas no seu

    objeto social (operaes prprias de arrendamento), o que j no ocorria com as instituies

    financeiras, que estavam desobrigadas do pagamento da referida exao tributria. A empresa

    B, durante todos os anos de vigncia da CPMF, pagou o referido tributo, que incidia sobre

    as operaes de arrendamento mercantil. Alertada da eventual inconstitucionalidade da

    cobrana, B pretende reaver os valores pagos indevidamente.

    QUETO: Considerando a situao hipottica acima, redija, na condio de advogado

    contratado pela empresa B, a medida judicial que entender cabvel, com fundamentao na

    matria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a pea exigir.

    GABARITO Pea adequada: Ao de repetio do indbito tributrio. Endereamento: Juzo de uma das varas Federais da subseo judiciria em... Plo passivo: Fazenda Nacional. Tese(s): Violao ao princpio da igualdade tributria (Isonomia) art.150, II CF.

  • 31

    EXERCCIO 30

    Exame 135 Ponto 02 Durante o exerccio de 2006, 30% do total das vendas de papel efetuadas pela Fbrica de

    Papel Paulista S.A. foram destinados impresso de livros e jornais, com sadas cobertas pela

    imunidade tributria do ICMS, nos termos do art. 150, VI, d, da Constituio Federal. Em

    fiscalizao, o agente fiscal estadual de So Paulo autuou a empresa, exigindo valores de

    imposto, multa e juros, por considerar que ela deveria ter feito o estorno proporcional de 30%

    dos crditos de ICMS pelas compras de matrias-primas e componentes, utilizados na

    fabricao dos papis vendidos. Entendeu o agente fiscal tratar-se de hiptese de no-

    incidncia ou iseno do tributo, que, nesse caso, se confundiria com a imunidade. O processo

    administrativo teve trnsito em julgado, tendo o rgo administrativo de julgamento de

    segunda instncia Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de So Paulo (TIT) , em

    deciso no-unnime, mantido a cobrana do ICMS e acrscimos. O dbito foi inscrito em

    dvida ativa, mas ainda no foi ajuizada a execuo fiscal. Em face da situao hipottica

    apresentada, na qualidade de advogado da Fbrica de Papel Paulista S.A., considerando que a

    empresa necessita, com urgncia, de certido negativa ou positiva com efeitos de negativa

    para a participao em licitaes pblicas, e considerando, ainda, que a empresa possui

    recursos financeiros para efetuar o depsito judicial do dbito, redija a medida judicial

    cabvel, com a devida fundamentao legal, para fins de se pleitearem, em juzo, a certido

    citada e o cancelamento da cobrana fiscal.

    GABARITO Pea adequada: Ao Anulatria de dbito fiscal com depsito (admite-se tambm a impetrao de MS) Endereamento: Uma das varas das Fazendas Pblicas (ou cvel) da comarca de.../SP Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo (ou no caso de MS ato do Ilmo. Senhor Secretrio de Fazenda do Estado de SP ou ato do presidente do TIT) Tese(s): Art. 155, par.2, II, b da CF que s determina a anulao dos crditos de ICMS nas hipteses de iseno ou no incidncia, no cabendo tal anulao em caso de imunidade (diferenciar tais institutos).

  • 32

    EXERCCIO 31

    Exame 135 Ponto 03 Considere a publicao de portaria ministerial determinando a incidncia do imposto sobre

    operaes de crdito, cmbio e seguros ou relativas a ttulos e valores mobilirios (IOF) sobre

    as operaes de crdito das instituies de assistncia social sem fins lucrativos. Considere,

    ainda, que os dirigentes da Associao Criana Feliz, por entenderem indevido o referido

    imposto, alegando que as operaes financeiras da associao so direcionadas ao

    atendimento de suas finalidades, requeiram o ajuizamento de ao que obste imediatamente a

    cobrana do tributo. Em face dessa hiptese, na qualidade de procurador da Associao

    Criana Feliz, proponha a medida judicial que entender cabvel, com fundamento na matria

    de direito aplicvel ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes.

    GABARITO Pea adequada: Ao Declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria ou MS preventivo Endereamento: uma das varas federais da subseo judiciria em... Plo passivo: Fazenda Nacional ou Delegado da Receita Federal do Brasil em... (no caso de MS) Tese(s): Imunidade (art.150, VI, c, da CF) mostrar pelo entendimento jurisprudencial que esta imunidade tambm se aplica ao IOF.

  • 33

    EXERCCIO 32

    Exame 136 Ponto 02 A Fazenda Pblica Municipal da cidade de So Paulo promoveu o lanamento do imposto sobre servios de qualquer natureza (ISS) em razo dos servios prestados pelos scios-gerentes de Amina Farmacutica S.A. a esta pessoa jurdica. Foi aplicada a alquota de 5% sobre o valor dos servios, o que resultou no dbito de R$ 4.500,00. Os dirigentes de Amina Farmacutica S.A. entendem indevido o lanamento tributrio e anseiam por medida que suspenda a exigibilidade do crdito tributrio. QUESTO: Considerando a situao hipottica acima apresentada, na qualidade de procurador(a) dos dirigentes de Amina Farmacutica S.A., elabore a medida judicial cabvel em defesa de seus clientes, com fundamento na matria de direito aplicvel ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes. GABARITO Pea adequada: MS (repressivo) ou Ao anulatria de dbito fiscal com pedido de tutela antecipada(ou com depsito). Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da Comarca de So Paulo. Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de So Paulo (em caso de MS: Secretrio de Finanas do Municpio de So Paulo ou diretor do departamento de rendas mobilirias de So Paulo). Tese(s): Iseno (art. 2 da LC 116/03) na prestao de servios em relao de emprego.

  • 34

    EXERCCIO 33

    Exame 137 Ponto 01 Snia, domiciliada em Limeira SP adquiriu, em meados de 2007, um veculo automotor importado. No incio de 2008, foi notificada a efetuar o pagamento do imposto sobre a propriedade de veculos automotores (IPVA) alquota de 6% sobre o valor venal do bem. Entretanto, ao consultar a legislao aplicvel, Snia constatou que as alquotas do imposto variavam da seguinte forma: I 1% para veculos de carga com lotao acima de 2.000 kg, caminhes-tratores, micro-nibus, nibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos; II 2% para ciclomotores, motocicletas, motonetas, quadriciclos e triciclos; III 3% para automveis, caminhonetes, caminhonetas e utilitrios; e IV 6% para os veculos relacionados no inciso anterior, de fabricao estrangeira. Assim, por considerar indevida a cobrana, Snia requereu autoridade fazendria delegado tributrio da receita estadual a aplicao da alquota de 3%. Em setembro prximo passado, foi proferida deciso que indeferiu o pedido de Snia, sob o argumento de que a aplicao da alquota de 6% est em consonncia com o princpio da capacidade contributiva. Em face da situao hipottica apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Snia, que entende ter direito lquido e certo de pagar o IPVA alquota de 3%, proponha a medida judicial que entender cabvel, de carter mais urgente e eficaz, para a defesa dos interesses de sua cliente. Aborde, em seu texto, todos os aspectos de direito material e processual pertinentes, com fulcro na doutrina e na jurisprudncia. GABARITO Pea adequada: Ao anulatria de dbito fiscal com pedido de tutela antecipada (prazo MS j expirou, mas OAB aponta MS com adequado...). Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de Limeira. Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo Tese(s): Violao ao princpio da isonomia tributria (discriminou origem do bem e a CF probe). Vd. Arts. 150 II e 152 da CF. quando ao princpio da capacidade contributiva, incabvel para aplicao de progressividade no IPVA (imposto real) j se perfazendo pelo valor do veculo.

  • 35

    EXERCCIO 34

    Exame 137 Ponto 02

    A empresa XZ Indstria Comrcio de Confeces Ltda., com sede em So Paulo SP, deixou de pagar as contribuies sociais devidas ao INSS (cota patronal), no perodo de 1./1/1996 at 31/12/2004, tendo recolhido apenas os valores das contribuies retidas dos empregados. A fiscalizao do INSS lavrou notificao fiscal (auto de infrao) em 1./1/2006, exigindo o dbito relativo ao perodo supracitado, acrescido de multa, juros e correo monetria. A empresa no apresentou defesa administrativa, e o dbito foi inscrito na dvida ativa, tendo a Receita Federal do Brasil proposto execuo fiscal perante a 5. Vara da Justia Federal em So Paulo. Em dezembro de 2006, a empresa, que no possua bens, encerrou suas atividades legalmente, ficando pendente apenas o referido dbito perante o INSS. Os scios diretores Paulo e Antnio foram citados em 1./3/2007, para pagar o referido dbito e apresentar bens penhora, entretanto eles se recusaram a oferecer bens a penhora para garantir a execuo, pretendendo ingressar com embargos. QUESTO: Em face da situao hipottica apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelos scios da mencionada empresa, e com fulcro nos artigos 173 e 174 do Cdigo Tributrio Nacional (CTN), bem como no artigo 134, combinado com o artigo 135, ambos do CTN, proponha a medida judicial que entender cabvel com vistas a excluir a responsabilidade dos scios pela solidariedade e a cancelar a cobrana, abordando todos os aspectos pertinentes com base na lei, doutrina e jurisprudncia.

    GABARITO Pea adequada: Exceo de pr-executividade Endereamento: Juzo de uma das varas das Execues Fiscais Federais da subseo judiciria em So Paulo Plo passivo: Fazenda Nacional Tese(s): Irresponsabilidade tributria dos scios por no se enquadrarem nas hipteses permissivas do art. 134 e 135 do CTN; Decadncia parcial dos fatos geradores anteriores ao qinqnio do lanamento.

  • 36

    EXERCCIO 35

    Exame 137 Ponto 03

    O estado de So Paulo editou a Lei n. 123, de 4 de junho de 2010, estabelecendo o

    pagamento de taxa pela prestao do servio de segurana pblica em estdios de futebol

    (eventos esportivos), entrando a lei em vigor 90 dias aps sua publicao. Os dirigentes do

    Sport Club Bola Azul, clube de futebol sediado no estado de So Paulo, consideram ilegal a

    cobrana dessa taxa, cujo valor corresponde a 30% do valor do bilhete de entrada.

    QUESTO: Em face dessa situao hipottica, na qualidade de advogado(a) contratado(a)

    pelos dirigentes do Sport Club Bola Azul, proponha a medida judicial que entender cabvel,

    diversa de mandado de segurana, para a defesa dos interesses do clube, com fundamento na

    matria de direito aplicvel ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes.

    GABARITO Pea adequada: Ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria com pedido de tutela antecipada Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de... Plo passivo: Fazenda Pblica do Estado de So Paulo Tese(s): Inconstitucionalidade e ilegalidade da taxa por tributar servio indivisvel (art. 145 II CF e art. 77 CTN) e por no respeitar a anterioridade no que tange ao exerccio financeiro seguinte (art. 150 III b CF).

  • 37

    EXERCCIO 36

    Exame 138 A igreja So Francisco, sediada no municpio de Natal RN, possui um extenso imvel,

    dividido em vrios prdios. Um desses prdios destinado aos cultos e os demais esto

    alugados, sendo o valor dos aluguis revertido para a manuteno das finalidades essenciais

    da igreja. Por entender que o aluguel do imvel a afastava da imunidade constitucional, o

    administrador da igreja realizou o pagamento do IPTU referente a todos os imveis alugados.

    Certo dia, tendo tomado conhecimento de que outro templo no pagava tal imposto, nem

    mesmo com relao aos imveis alugados, o administrador, entendendo indevido o

    pagamento que vinha efetuando, resolveu consultar profissional da advocacia.

    Em face dessa situao hipottica, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela referida

    igreja, proponha a medida judicial que entender cabvel para a defesa de seus interesses,

    abordando os aspectos de direito material e processual pertinentes, com fulcro na doutrina

    e(ou) jurisprudncia.

    GABARITO Pea adequada: Ao declaratria de inexistncia de relao jurdica tributria cumulada com repetio do indbito Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de Natal/RN Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de Natal Tese(s): Imunidade (art.150, II, CF) e possibilidade de restituio dos valores pagos indevidamente (art. 165 CTN).

  • 38

    EXERCCIO 37

    Exame 139: A sociedade empresria RN Ltda., inscrita no CNPJ com o nmero 000.000.000-0 e com sede na Rua Santo Antnio, n. 1.001, no Municpio de Tai SC, foi notificada, em 1./3/2009, pelo municpio de Rio do Sul SC, para recolher o ISS relativo aos servios de transporte escolar realizados entre os municpios citados, no perodo de 1./1/2004 a 31/12/2008. O tributo no foi pago nem foi oferecida impugnao administrativa. Em 10/11/2009, o responsvel legal da referida empresa procurou escritrio de advocacia com o objetivo de propor uma nica ao judicial visando ao cancelamento da notificao fiscal e obteno, urgente, de certido de regularidade fiscal para participar de procedimento licitatrio no municpio de Rio do Sul SC. A execuo fiscal foi proposta em 10/8/2009, com base na certido de dvida ativa lavrada em 10/5/2009. QUESTO: Em face dessa situao hipottica, na qualidade de advogado(a) constitudo(a) pela empresa RN Ltda., proponha a ao judicial cabvel, considerando que a sociedade empresria no foi citada e no quer pagar o tributo nem sofrer qualquer constrio de bens. GABARITO Pea adequada: Ao anulatria de dbito fiscal (no cabe MS, pois o prazo j esgotou) Endereamento: Juzo de uma das varas das Fazendas Pblicas da comarca de Rio do Sul (gabarito OAB) Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de Rio do Sul Tese(s): Ausncia de fato gerador do ISS (Transporte intermunicipal fato gerador do ICMS); decadncia parcial (jan/fev de 2004).

  • 39

    EXERCCIO 38

    Joo adquiriu, em 1980, imvel ento situado na zona rural do Municpio de Serra Negra. Em

    2009, a Cmara Municipal aprovou lei que alterou o permetro urbano do Municpio,

    passando a incluir o imvel de Joo. Porm, a rea manteve caractersticas tpicas de zona

    rural, sem apresentar qualquer espcie de equipamento urbano, tal como a gua encanada,

    iluminao pblica, saneamento bsico ou calamento. Recentemente, Joo recebeu

    notificao de lanamento do IPTU relativo ao exerccio de 2010, com vencimento para daqui

    a duas semanas, no valor de R$ 1.320,00 reais.

    QUESTO: Aja na qualidade de advogado de Joo.

    GABARITO Pea adequada: MS (repressivo) ou Ao Anulatria de dbito fiscal com pedido de tutela antecipada (ou depsito suspensivo da exigibilidade do CT). Endereamento: Juzo de uma das varas cveis da comarca de Serra Negra/SP Plo passivo: Fazenda Pblica do Municpio de Serra Negra (para MS: Secretrio de finanas do municpio de Serra Negra). Tese(s): Ausncia de fato gerador do IPTU (vd. requisitos do art. 32, 1 R do CTN).

  • 40

    PROBLEMA 39

    A empresa XPTO, sediada na cidade de So Paulo, atravs de fiscalizao realizada pela

    Fazenda Estadual em 15.02.2006, teve contra ele lavrado um auto de infrao e imposio de

    multa (AIIM) relativo falta de pagamento do imposto sobre a propriedade de veculo

    automotor (IPVA) cujo fato gerador ocorreu em 1o. de janeiro de 2002. Pela falta de

    pagamento do IPVA na data aprazada, foi cobrado o valor originrio de R$ 3.500,00 (trs mil

    e quinhentos reais) mais a multa de 20% (vinte por cento) com base na lei n 4.589 de

    12.8.2006, que estava em vigor na data da fiscalizao. Na data da ocorrncia do fato gerador

    estava em vigor a lei n 6.538 que fixava o valor originrio do IPVA em R$ 1.750,00 (um mil,

    setecentos e cinqenta reais) e a multa em 30% (trinta por cento) sobre o valor do imposto no

    pago.

    QUESTO: Como advogado de XPTO promova a medida judicial cabvel para resguardar os

    interesses dos seus clientes.

    Gabarito: O lanamento tributrio ocorreu aps o decurso do prazo para a constituio do crdito tributrio previsto no artigo 173, I do CTN. A medida judicial mais adequada a propositura de Ao Anulatria de Dbito Fiscal tambm denominada de Ao Anulatria de Lanamento Tributrio, conforme artigo 38 da Lei 6.830/80, pelo fato de o lanamento ter sido efetuado de ofcio. Se fosse por homologao, ento seria cabvel ao declaratria. Poder, ainda, ser impetrado Mandado de Segurana, com base na Lei 1.533/51. A competncia para tais aes ser do Juzo da Vara da Fazenda Pblica, onde houver.

  • 41

    PROBLEMA 40

    O Poder Executivo Federal, por intermdio do Decreto n. 82.357, publicado no Dirio Oficial

    da Unio na semana passada, elevou a alquota de IPI incidente sobre calados de couro

    fabricados no Estado do Rio Grande do Sul, passando a exigir o referido aumento j a partir

    da publicao do ato normativo.

    A empresa WYZ Produtos de Couro Ltda., com sede em So Paulo, mas com

    estabelecimento industrial que produz calados de couro, situado no Municpio de Caxias

    RS, entende que tal exigncia seja inconstitucional.

    QUESTO: Como advogado da empresa WYZ Produtos de Couro Ltda., ingressar com

    medida judicial apropriada que objetive resguardar os interesse do seu cliente.

    Gabarito: O candidato poder optar entre duas peas, no entanto, com Foro de ajuizamentos diferentes: Ao Declaratria, com pedido de tutela antecipada, o Foro competente o da sede da empresa, ou seja, So Paulo. Ou Mandado de Segurana, o forro competente o do Municpio do Rio Grande do Sul. Obs.: Vale lembrar que nesse caso, a autoridade coatora o Delegado da Receita Federal desta cidade. - A Principal Argumentao em Ambas as situaes: a violao ao princpio da uniformidade geogrfica, previsto no art. 151, I da CF. Nota: Apontar ofensa ao princpio da anterioridade nonagesimal previsto no artigo 150, inciso II, alnea c, combinado com o pargrafo 1 do mesmo artigo.

  • 42

    PROBLEMA 41

    Exame 126 Ponto 03

    A Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Estado de So Paulo impetrou ao anulatria

    de dbito em que contende com a Fazenda Pblica do Estado de So Paulo, na qual buscava o

    cancelamento de crdito tributrio decorrente de auto de infrao lavrado em seu desfavor,

    por transportar 12.300 kg. de queijo prato, com o acobertamento de nota fiscal de valor aqum

    da pauta mnima estabelecida na regio. O Juiz de primeiro grau julgou improcedente o

    pedido. Aviado recurso de apelao, o Tribunal a quo manteve a sentena, em Acrdo

    publicado h dez dias, argumentando que:

    a) Ocorrendo o fato gerador na sada da mercadoria, a base imponvel (base de clculo), a ser

    considerada, a existente quando da aludida sada. Se tal base de clculo for inferior da

    pauta de valores j vigente, possvel sua aplicao;

    b) O art. 148 do CTN, bem como os artigos 2o, II, do Decreto-lei no 4061968 e 8o, I , do

    Convnio ICMS 6688 possibilitam ao Fisco valer-se de arbitramento para estabelecer

    valores;

    c) H previso legal no Estado de So Paulo para a utilizao de pauta de valores, podendo o

    Fisco valer-se dela sempre que o preo declarado pelo contribuinte for consideravelmente

    inferior ao de mercado;

    d) No h qualquer incompatibilidade das pautas com a CF88, pois sua utilizao no

    importa em aumento de tributo (art. 97, I, do CTN), mas, como j dito alhures, em adequao

    da base imponvel sobre a qual incidir a alquota.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da Cooperativa, apresente o recurso cabvel, visando

    reforma do acrdo acima referido.

    Gabarito: Medida Judicial Cabvel: Recurso Especial, dirigido ao Superior Tribunal de Justia. Mrito: (1) violao do art. 97 do CTN, j que somente a lei pode fixar a base de clculo do tributo. (2) Violao do art. 148 do CTN, j que o arbitramento pressupe processo regular, incompatvel com o regime de pauta de valores mnimos; ademais, nos termos do mesmo dispositivo, a autoridade administrativa pode valer-se do arbitramento somente quando no merecer f ou for omissa a declarao do contribuinte.

  • 43

    PROBLEMA 42

    Exame 129 Ponto 02

    A empresa X aderiu ao Programa de Recuperao Fiscal REFIS, em maro de 2005. Alm

    do recolhimento das parcelas mensais do REFIS, a empresa deveria manter o pagamento

    regular dos demais tributos em dia. Ocorre que a empresa recolheu pontualmente, por 4

    (quatro) meses consecutivos, PIS e COFINS, porm, com os cdigos de receita invertidos. Por

    tal motivo, a empresa foi notificada da lavratura de auto de infrao relativo falta de

    recolhimento integral da COFINS. A impugnao ao auto de infrao foi protocolada

    extemporaneamente, resultando na inscrio do dbito em dvida ativa e intimao da

    empresa para imediato pagamento do dbito, sob pena de excluso do REFIS.

    QUESTO: Como advogado, adote as medidas judiciais cabveis, visando assegurar a

    reincluso da empresa no REFIS.

    Gabarito: Ajuizamento da ao anulatria de dbito em divida ativa, com pedido de antecipao dos efeitos da tutela jurisdicional, ou mandado de segurana repressivo, com pedido de liminar, pleiteando a anulao do ato de inscrio do dbito em dvida ativa.

  • 44

    PROBLEMA 43

    Exame 126 Ponto 02

    A Telecelular S/A, sediada na Capital do Estado de So Paulo, onde opera servios de

    telefonia mvel, impetrou Mandado de Segurana preventivo, perante o Tribunal de Justia

    do Estado de So Paulo, visando a no ser constrangida ao pagamento de ICMS sobre o valor

    cobrado de seus assinantes a ttulo de habilitao do aparelho mvel celular, baseando-se no

    Convnio ICMS no 69/98, que dispe a esse respeito. O acrdo recentemente proferido pelo

    Tribunal denegou a ordem, alegando que o legislador ordinrio pode definir prestao de

    servios de comunicao, para efeitos tributrios, e o Secretrio de Estado da Fazenda,

    executor da poltica tributria e financeira do Estado, pode determinar a imposio tributria

    em relao ao fato gerador estabelecido no Convnio ICMS no 69/98. Alm disso, a definio

    de servios de telecomunicaes (art. 60, Lei no 9.472/97) no impede a compreenso da

    habilitao como uma de suas modalidades, se o respectivo servio justamente o conjunto

    de atividades que possibilitam a respectiva oferta. Ademais, no h razo para no se dar

    habilitao o tratamento tributrio dos servios de comunicao a ela relacionados.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da Telecelular S/A, apresente o recurso cabvel

    contra a deciso, com os fundamentos jurdicos para sustentar a no incidncia do ICMS

    sobre a taxa de habilitao dos aparelhos mveis celulares.

    Gabarito: Medida Judicial Cabvel: Recurso Ordinrio em Mandado de Segurana, endereado ao Superior Tribunal de Justia (art. 105, II, b, da Constituio Federal) Mrito: (1) inexistncia de prestao de servio no mero ato de habilitao: o ICMS pressupe a efetiva prestao do servio de comunicaes, o que inocorre quando da mera disponibilizao do servio ao usurio (2) proibio de analogia gravosa em matria tributria (art. 108, 1 do CTN), que impede a extenso do tratamento tributrio dado aos servios de comunicao habilitao que os precede. (3) a definio de prestao de servios de comunicao no pode ser alterada exclusivamente para fins tributrios, j que se trata de conceito empregado para a demarcao de competncias tributrias (art. 110 do CTN). Precedente: STJ, Recurso Ordinrio em MS 11.368-MT, Relator Ministro Francisco Falco (DJU 9.2.2005).

  • 45

    PROBLEMA 44

    Exame 112

    A Virtual Ltda., localizada na cidade de So Paulo-SP, empresa prestadora de servios de

    acesso rede mundial de computadores (provedora de internet) e nessa qualidade foi autuada

    e multada pelo Fisco Municipal, em razo do no recolhimento do Imposto Sobre Servios

    ISS relativo aos meses de janeiro a dezembro de 2003. De acordo com o auto de infrao

    lavrado no ms de janeiro pp., seria de rigor o recolhimento do imposto sobre as receitas

    decorrentes das mensalidades pagas pelos associados, tendo em vista a previso especfica de

    tributao do servio de acesso internet na Lei Municipal n 9.999 aprovada em 31 de

    dezembro de 2000. A empresa no apresentou defesa administrativa, mas ainda no foi

    executada judicialmente.

    QUESTO: Considerando-se que o servio em questo no consta da lista anexa ao Decreto-

    lei n 406/68, nem da Lei Complementar n 56/87, adote, em nome da contribuinte, a medida

    judicial cabvel para desconstituir o indigitado auto de infrao e assegurar o direito do

    contribuinte de obter certides de regularidade fiscal durante o trmite da ao. Os objetivos

    devero ser perseguidos em uma nica ao.

    Gabarito:

  • 46

    PROBLEMA 45

    Exame 112

    De acordo com a Lei n 11.154/91 do Municpio de So Paulo, a alienao inter vivos de bem

    imveis est sujeita incidncia do Imposto de Transmisso de Bens Imveis ITBI, a ser

    pago pelo adquirente. A cobrana do imposto feita sob o regime de alquotas progressivas

    de 2, 3, 4 e 6%, incidentes sobre as parcelas do preo divididas em faixas de valor em tabela

    especfica. Caio est adquirindo um bem imvel situado no Municpio de So Paulo, cuja

    escritura dever ser outorgada em 10 dias, ocasio em que, necessariamente, dever

    apresentar a competente guia de recolhimento do imposto deidamente quitada.

    Ciente de que o valor da operao supera o limite da menor faixa de valor, atraindo a

    incidncia das alquotas superiores a 2%, Caio impetrou Mandado de Segurana, com pedido

    de liminar, contra o Diretor do Departamento de Rendas Imobilirias da Prefeitura do

    Municpio de So Paulo, para calcular e recolher o tributo alquota de 2% sobre o valor total

    da operao. A medida liminar foi negada, sob o argumento de que o Municpio tem

    competncia para definir a alquota do imposto, inclusive no regime de alquotas progressivas,

    tendo em vista o princpio constitucional contributiva (art. 145, 1 da Constituio Federal).

    QUESTO: Considerando que a deciso denegatria da medida liminar foi publicada na

    imprensa oficial h 5 (cinco) dias, adote a medida adequada para viabilizar a outorga da

    escritura de compra e venda do imvel no prazo fixado, mediante o pagamento do ITBI pela

    menor alquota.

    Gabarito:

  • 47

    PROBLEMA 46

    Em 25.04.2007 a Fazenda do Estado de So Paulo, lavrou um Auto de Infrao e Imposio

    de Multa contra a Empresa Importao e Exportao de Bolachas Nordeste Ltda., exigindo

    pagamento do ICMS e penalidade pecuniria relativa a sadas de mercadorias de seu

    estabelecimento sem emisso de nota fiscal. Ao tomar cincia do Auto de Infrao, a empresa

    apresentou imediatamente a sua defesa administrativa, argumentando que o crdito tributrio

    era inexigvel, porque ficou provado em inqurito policial e em processo penal, que a culpa

    pela irregularidade era de seu empregado Joaquim Jos, inclusive demitido por justa causa,

    por haver furtado mercadorias. A administrao tributria, todavia, manteve a exigibilidade

    que tambm foi confirmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas, cuja deciso administrativa

    transitou em julgado em 05.07.2008. Pela falta de pagamento, o crdito tributrio foi inscrito

    na Dvida Ativa em 16.10.2008, aps o que a Fazenda Estadual ingressou com a Execuo

    Fiscal, sendo a empresa citada para pagar o referido dbito em 23.12.2009. H 15 dias, o

    Oficial de Justia levou a efeito a penhora de bens da empresa para garantia da execuo.

    QUESTO: Como advogado da contribuinte, ingresse com a medida judicial cabvel para

    defender os interesses da cliente.

    Gabarito:

  • 48

    PROBLEMA 47

    EXAME 108

    O contribuinte A foi autuado pelo Fisco Estadual por suposto no pagamento do ICMS

    relativo ao ms de outubro de 2007. Contra referida autuao, o contribuinte promoveu ao

    anulatria de dbito fiscal, sem ter, no entanto, efetuado o respectivo depsito judicial do

    montante constante no AIIM em questo. Diante da ausncia desse depsito, o MM. Juzo de

    1 instncia extinguiu a ao promovida, sem anlise do mrito.

    QUESTO: Como advogado do contribuinte, tome a providncia judicial cabvel.

    Gabarito:

  • 49

    PROBLEMA 48

    EXAME 104

    A empresa Casa de Madeira, Indstria e Comrcio Ltda., deixou de recolher o ICMS (18%)

    em operao de venda de produto industrializado realizada em 24.05.94. Em 28.03.2000, a

    fiscalizao identificou a irregularidade e lavrou Auto de Infrao passando a exigir o

    pagamento do imposto, calculado pela aplicao da alquota de 25%, constante da lei

    9999/99. Irresignada com a exigncia, imediatamente ingressou com defesa administrativa,

    mas no teve sucesso, sendo que a deciso que lhe foi desfavorvel, transitou em julgado em

    31.12.02. Por falta de pagamento, o crdito tributrio foi inscrito na Dvida Ativa e em

    10.12.2004, a Fazenda Pblica props a Execuo Fiscal, sendo deferida a inicial pelo MM

    Juzo, nesta mesma data, ocorrendo h 10 dias a penhora.

    QUESTO: Como advogado da Empresa Casas de Madeiras, Indstria e Comrcio Ltda.

    propor a medida judicial cabvel.

    Gabarito:

  • 50

    PROBLEMA 49

    A Construtora Paris Ltda., estabelecida no Municpio de So Paulo, foi contratada, atravs de

    contrato da empreitada, pelo Banco ABC S/A, para construir o prdio da sua filial, no

    Municpio do Rio de Janeiro. O Municpio de So Paulo entendeu que seria o titular da

    competncia territorial para cobrar o ISS, uma vez que a construtora estava estabelecida no

    seu territrio. Em razo da notificao do Fisco Paulista, a Construtora Paris Ltda. efetuou o

    pagamento do ISS.

    QUESTO: Na posio de advogado, redija a pea correspondente medida judicial mais

    adequada para obter a devoluo dos valores pagos.

    Gabarito:

  • 51

    PROBLEMA 50

    EXAME 124

    O Hotel da Manh Ltda., pleiteou, em juzo, a restituio de PIS e Cofins, que entendia ter

    sido recolhido em excesso, tendo em vista haver includo, em sua base de clculo, o valor das

    gorjetas, cobrado de seus hspedes juntamente com o valor dos servios. A ementa da deciso

    proferida pelo Tribunal Regional Federal da 3 Regio tinha o seguinte teor:

    Tributrio Gorjetas: No-integrao Base de Clculo de Exaes Fiscais Prescrio

    Correo Monetria e Juros: Taxa Selic.

    1. As gorjetas, por serem parte integrante do salrio, no integram a base de clculo das

    exaes fiscais que oneram as empresas (precedentes do STF).

    2. Prescrio quinquenal que, em relao s exaes autolanadas , tem prazo contado em

    dobro, dez anos, da data do fato gerador (precedentes majoritrios do STJ).

    3. Expurgos inflacionrios que integram os ndices de correo monetria (precedente da

    Corte Especial).

    4. Juros calculados pela taxa Selic.

    5. Honorrios reduzidos.

    6. Recurso e remessa oficial parcialmente providos.

    A Fazenda nacional, em recurso prprio, alega que as parcelas do PIS e da Cofins, recolhidas

    h mais de cinco anos da propositura da ao, esto prescritas, nos termos do artigo 168,

    inciso I c/c 156, inciso I, do Cdigo Tributrio Nacional. Sustenta que os fatos de as gorjetas

    integrarem o salrio no as excluem da base de clculo do PIS e da Cofins. Entende que as

    leis que tratam do PIS e Cofins, por serem leis especiais, prevalecem sobre a legislao

    trabalhista, que tem um carter geral. Inconforma-se, ainda, com a aplicao da taxa Selic, eis

    que os ndices a ela referentes no possuem natureza moratria, e sim remuneratria.

    QUESTO: Na qualidade de advogado do Hotel da Manh Ltda., elabore o instrumento

    processual adequado.

    Gabarito:

  • 52

    PROBLEMA 51

    A JET Transportes Areos Ltda. impetrou Mandado de Segurana visando obter provimento

    assegurando o desembarao aduaneiro de uma aeronave Boeing 737-400 e dois motores, sem

    o pagamento do ICMS, tendo em vista tratar-se de operao internacional de arrendamento

    mercantil. No obtendo a medida liminar pretendida, foi elaborado Agravo de Instrumento,

    perante o Tribunal de Justia de So Paulo, em acrdo assim ementado:

    Agravo de Instrumento ICMS Desembarao aduaneiro de uma aeronave Boeing 737-400 e

    dois motores alegada ilegalidade da incidncia do ICMS Indeferimento da tutela

    antecipada Ausncia dos requisitos da verossimilhana da tese e do ano de difcil reparao

    Recurso no provido.

    Embora tenha sido efetuado o recurso prprio, este foi admitido exclusivamente em seu efeito

    devolutivo. Tendo em vista que as aeronaves se encontram, ainda, pendentes de desembarao,

    sua cliente, a JET Transportes Areos Ltda. vem tendo constantes vos cancelados.

    QUESTO: Elabore medida judicial adequada para pleitear o imediato desembarao das

    aeronaves, sem o pagamento do imposto, mesmo antes do julgamento do recurso proposto.

    Gabarito:

  • 53

    PROBLEMA 52

    EXAME 120

    A sociedade Copiadora do Mestre Ltda. dedica-se atividade de reproduo de documentos e,

    nessa qualidade, contribuinte do ISS Imposto sobre Servios), inscrita no cadastro

    especfico do Municpio de So Paulo, onde tem sede. Em maio de 1998, recebeu encomenda

    excepcionalmente vultuosa de cliente, para reproduo de 100.000 cpias de panfleto

    publicitrio. Essa operao levantou suspeita perante a fiscalizao estadual, que entendeu ter

    havido, de fato, operao de venda dos panfletos, inclusive em razo de ter sido o papel de

    sua impresso fornecido pela prpria Copiadora do Mestre Ltda. Assim, em janeiro ltimo,

    recebeu autuao por falta de recolhimento do Imposto sobre Circulao de Mercadorias e

    Servios ICMS, no impugnada na esfera administrativa e geradora da inscrio do dbito

    respectivo como dvida ativa.

    QUESTO: Na qualidade de advogado da Copiadora do Mestre Ltda., proponha a medida

    pertinente defesa de seus interesses.

    Gabarito:

  • 54

    PROBLEMA 53

    EXAME 121

    A sociedade A&C Servios de Limpeza Ltda. tem sede em So Paulo e filial na Cidade de

    Taboo da Serra. Para efeitos fiscais, ambos os municpios apenas prestam servios dentro

    dos territrios municipais em que esto localizados. No entanto, o estabelecimento de So

    Paulo recebeu notificao da Prefeitura, de que doravante dever recolher aos cofres

    municipais tambm o imposto relativo aos servios prestados em Taboo da Serra, uma vez

    que a sede da contribuinte em So Paulo. De seu turno, a Prefeitura de Taboo da Serra,

    exige o tributo e, no sendo pago, proceder inscrio do dbito na dvida ativa e

    consequente execuo fiscal.

    QUESTO: Como advogado da A&C Servios de Limpeza Ltda., aja para defender seus

    interesses e, diante das pretenses contempladas na hiptese, manter sua regularidade fiscal j

    a partir desse ms, em que o imposto questionado atinge o valor de R$ 10.000,00 (dez mil

    reais).

    Gabarito:

  • 55

    PROBLEMA 54

    EXAME 127

    Aps o trnsito em julgado de deciso favorvel ao contribuinte em ao de repetio de

    indbito, foi expedido precatrio tendo a Unio Federal, em 2003, depositado integralmente o

    valor a que havia sido condenada a pagar. Contudo, no momento em que o contribuinte

    requereu o levantamento do depsito judicial, o juiz da... Vara Federal de So Paulo indeferiu

    o pedido alegando no ter o contribuinte apresentado as certides negativas de Tributos

    Federais, Estaduais, Municipais, bem como a certido de regularidade para com a Seguridade

    Social, nos termos do artigo 19 da Lei 11.033/2004.

    QUESTO: Como advogado do contribuinte, ingresse com a medida cabvel para reformar o

    despacho que indeferiu o levantamento do depsito judicial do precatrio, apresentando a

    adequada fundamentao.

    Gabarito:

  • 56

    PROBLEMA 55

    Seu cliente, Mario Caetano, empresrio, proprietrio de imvel urbano cuja certeza da

    localizao ainda est sendo discutida em litgio que envolve os municpios de Ribeiro Preto

    e Sertozinho. Em razo disto, sofre o seu cliente, lanamento de IPTU de 2009 de dois

    municpios no valor de R$ 1.000,00 por Ribeiro Preto e de R$ 800,00 por Sertozinho.

    QUESTO: Diante da incerteza que paira sobre o verdadeiro credor, proponha judicialmente

    a medida cabvel.

    Gabarito: Ao de Consignao em Pagamento a ser proposta em uma das Varas da Fazenda de Ribeiro Preto ou em Vara Civil da Comarca de Sertozinho. Alegar dvida quanto ao pagamento, art. 164, III, CTN, explicitando que deseja recolher o IPTU para o Municpio que mantm ou fornece as melhorias dispostas no art. 32, 1, CTN.

  • 57

    PROBLEMA 56

    Exame 98 Empresa com sede em So Paulo, Capital, que tem por objetivo o servio de transporte urbano

    de passageiros promoveu o recolhimento do ICMS incidente sobre alienaes eventuais de

    veculos de seu ativo fixo. Embora indevido o pagamento, f-lo em virtude da postura adotada

    pela fiscalizao estadual.

    QUESTO: Postular judicialmente a devoluo dos valores pagos, fundamentado a medida

    eleita.

    Gabarito: Ao de Repetio de Indbito a ser endereada a uma das Varas da Fazenda Pblica da Capital. Fundamentar na no ocorrncia do fato gerador do ICMS, uma vez que a venda de mercadoria do ativo fixo no se tratar de circulao, no ocorrendo, portando, elemento caracterizador de tal tributo (transferncia habitual com intuito de lucro).

  • 58

    PROBLEMA 57

    Exame 127 Ponto 01 Uma empresa sofre execuo fiscal promovida pela Procuradoria da Fazenda do Estado de

    So Paulo e, nos cinco dias indicados pelo juiz para quitar a dvida ou oferecer bens

    penhora, a empresa executada permanece inerte. Todavia, transcorrido o prazo indicado, a

    executada oferece penhora bens de sua propriedade, como mquinas utilizadas em sua linha

    de produo. Aps tomar cincia da relao de bens indicados pela executada, a Fazenda

    Pblica protocola petio rejeitando os bens oferecidos, argindo a baixa liquidez destes bens

    no mercado e, paralelamente, solicita a penhora de 30% do faturamento da executada, pedido

    que integralmente deferido pelo juiz. Contra a referida deciso, a executada interpe,

    perante o Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, agravo de instrumento contestando a

    falta de liquidez e pedindo o levantamento da penhora sobre o faturamento, recurso que, por

    votao unnime da turma julgadora, foi declarado improcedente.

    QUESTO: Considerando a penhora de 30% do faturamento da executada, o que poderia

    comprometer as suas atividades e o fato de ter a executada indicado outros bens que julga

    terem liquidez, como advogado da empresa, tomar as medidas cabveis nos autos do agravo

    de instrumento.

    Gabarito: recurso especial perante o Superior Tribunal de Justia;

    - segundo entendimento de grande parte da jurisprudncia, especificamente do STJ, a penhora sobre o faturamento somente tem cabimento na ausncia de oferecimento de bens alternativos, uma vez que o gravame dever importar o menor nus ao contribuinte executado;

    - a penhora sobre o faturamento poder conduzir a empresa insolvncia

    - Trecho do Julgado: Inicialmente, esta Turma entendeu que poderia penhorar 30% do rendimento da empresa, mas, depois, a Turma e a prpria Seo mudaram a orientao e no permitem mais a penhora do rendimento da empresa, porque isso equivale a penhorar a prpria empresa (...) Se houver penhora do faturamento ou do rendimento, a empresa pode ficar invivel.

  • 59

    PROBLEMA 58

    Exame 121 Ponto 01

    Em janeiro de 2009, a Sociedade "Carlos Ferreira ME", inscrita no CNPJ sob n.

    222.332.444-0001-00, foi regularmente notificada de lanamento relativo a crdito tributrio

    de IPTU, referente ao exerccio de 2009, ocasio em que constatou que a alquota utilizada

    para apurao do valor do imposto era de 2%, especfica para imveis destinados a fins

    comerciais. Na mesma ocasio, a Municipalidade de So Paulo, alterando lanamentos

    anteriores, exigiu IPTU relativo aos exerccios de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008,

    uma vez que, nos lanamentos anteriores, fora adotada por engano a alquota de 1% especfica

    para imveis residenciais.

    QUESTO: Diante dessa situao, elabore a medida judicial apropriada para defender os

    interesses da Empresa "Carlos Ferreira ME", e que impea eventual execuo fiscal por

    parte da Fazenda Pblica Municipal.

    Gabarito: Para defesa do contribuinte, o candidato dever elaborar Ao Anulatria de

    Lanamento Fiscal, acompanhada de depsito do valor do dbito conforme artigo 38 da lei n

    6.830/80 ou, alternativamente, de pedido de tutela antecipada nos termos do artigo 273 do

    CPC c.c. art. 151, inciso V, do CTN. Como fundamentos jurdicos dever alegar: a)

    inconstitucionalidade da progressividade instituda pela destinao do imvel; b) decadncia

    em relao ao exerccio de 1997, e; c) inalterabilidade do lanamento tributrio relativamente

    aos exerccios de 1997 a 2002, nos termos do art. 149 do CTN.

    * Gabarito do ponto 1 de Direito Tributrio corrigido em 25/09/2003.

  • 60

    PROBLEMA 59

    Exame 120 Ponto 03 Empresa do ramo automotivo denominada Concessionria Bassan Distribuidora de Veculos

    S/A, sediada no Municpio de So Paulo, recebe veculos da montadora Lopes do Brasil

    LTDA.,