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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA
DE ARACAJU – ESTADO DE SERGIPE.
Processo nº. 201711000403. Requerente: Manoel Luiz Oliveira. Requeridos: Confederação Brasileira de Handebol e Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Handebol.
“A mais bela função da humanidade é a de
ministrar justiça” – Voltaire.
MANOEL LUIZ OLIVEIRA, já devidamente qualificado nos autos
do feito em epígrafe, por conduto de seus advogados regularmente constituídos,
vem, ante a honrosa presença de Vossa Excelência, cumprindo a determinação
judicial disponibilizada em 19.10.2017, apresentar MANIFESTAÇÃO em forma de
RÉPLICA, com fundamento nos arts. 351 e seguintes do Código de Processo Civil (Lei
13.105/15), nos termos arrazoados a seguir, formulando os pedidos doravante
esmiuçados.
I. DAS CONTESTAÇÕES OFERTADAS. IMPOSSIBILIDADE DE DEFENDER O INDEFENSÁVEL.
As peças contestatórias atestam como é difícil a tarefa de
defender o indefensável.
A defesa apresentada pelos requeridos, em especial pelo
STJD-Handebol, demonstra que a presente demanda se encontra completamente
dissociada de elementos fáticos e jurídicos que possibilitem o seu êxito.
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Os substratos que foram fartamente colacionados pelo autor
quando da exposição proemial e de suas manifestações acostadas ao longo do
feito representam um direito tão cristalino e tão respaldado pela doutrina e pela
praxis forense que chega a ser natural e compreensível a ausência de veiculação
de teses defensivas aptas a desconstituir a tese dos demandados.
As posteriores linhas argumentativas servirão para ratificar, de
forma enfática, os termos da exordial e demonstrar que as contestações
apresentadas pelos requeridos, em especial pelo STJD-Handebol acabam por
atestar a necessidade de se reconhecer a procedência total dos pleitos autorais.
II. DA VEICULAÇÃO DE PRELIMINARES:
2.1. DA SUPOSTA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM SUSCITADA POR PARTE DA
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL PARA ATUAR NA PRESENTE LIDE. MATÉRIA
ULTRAPASSADA PELA EXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO
UNITÁRIO ENTRE CBHB E O STJD-HANDEBOL. PRELIMINAR INSUSTENTÁVEL.
Consoante se verifica da contestação apresentada pela
Confederação Brasileira de Handebol – CBHb (fls. 819/828), devidamente
representada na presente demanda pelo seu Diretor jurídico, nos termos do art. 34
do Estatuto Social anexo, defendeu a requerida sua ilegitimidade para figurar no
polo passivo da lide ajuizada perante essa Vara Cível.
Alegou, equivocadamente, que não seria parte legítima para
integrar a demanda, por não ter praticado qualquer ato “que pudesse ao menos
equivaler à reclamatória do Autor, devendo, contudo, ser excluída da lide, nos
termos do artigo 485, IV, do Código de Processo Civil.”
Todavia, referida argumentação da CBHb não merece
procedência, haja vista o caso em apreço se tratar de litisconsórcio passivo
necessário unitário entre ambas as partes requeridas, de tal modo que, se tem como
inquestionável a legitimidade passiva da Confederação Brasileira de Handebol –
CBHb para figurar na presente feito.
Segundo leciona a mais abalizada doutrina quanto ao tema,
será caracterizado o litisconsórcio necessário “quando houver disposição legal ou
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quando a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser
litisconsortes, pela natureza da relação jurídica controvertida”1. (Grifo nosso)
Assim, tem-se que há litisconsórcio necessário unitário quando,
pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender
da citação de todos os litisconsortes, de tal modo que a necessariedade do
litisconsórcio, nesse último caso, decorre da unitariedade.
Logo, nas hipóteses de litisconsórcio necessário unitário,
deverá o magistrado decidir a lide de maneira uniforme para todos os litisconsortes,
sob pena de nulidade da sentença, nos termos do previsto no art. 115, do CPC/2015,
razão pela qual se mostra impossível a procedência da preliminar de ilegitimidade
da CBHb.
Nesse mesmo sentido entendeu o STJD-Handebol, em
manifestação às fls. 872/874, ao alegar sobre a legitimidade da CBHb que, “toda e
qualquer decisão a respeito da elegibilidade de seu Presidente cassado, terá
impacto direto a ela, razão pela qual, como já se demonstrou é litisconsorte passiva
necessária, assim como deveriam ser os requerentes do Processo arbitral”.
Destarte, não há qualquer fundamentação que sustente o
pleito da Confederação Brasileira de Handebol de ilegitimidade passiva ad causam,
posto que existe litisconsórcio passivo necessário unitário entre a CBHb juntamente
com o STJD-Handebol.
2.2. DA CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM ALEGADA PELO STJD-HANDEBOL. MATÉRIA
COMPLETAMENTE ULTRAPASSADA PELA EXISTÊNCIA DE SENTENÇA ARBITRAL ÀS FLS.
261/268 PROLATADA ANTES DA CONTESTAÇÃO. PROCESSO ARBITRAL Nº 001/2017
IRREGULAR E EM VIAS DE REVISÃO (ART. 112, DO CÓDIGO BRASILEIRO DE JUSTIÇA
DESPORTIVA). PRELIMINAR IMPROCEDENTE.
Em análise à contestação apresentada pelo Superior Tribunal
de Justiça Desportiva do Handebol – STJD-Handebol (fls. 326/343), devidamente
representado na demanda pelo seu Presidente, Dr. Genisson Cruz Silva – OAB/SE
1 STRECK, Lenio Luiz; NUNES, Dierle; CUNHA, Leonardo Carneiro da; FREIRE, Alexandre. Comentários ao código de processo civil. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 240.
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2094, que tomou posse em 03.07.2017, defendeu o requerido, a aplicação do
princípio “kompetenz-kompetenz” à arbitragem esportiva.
No que diz respeito a esse princípio, pode-se dizer que dele
irradiam dois efeitos na arbitragem: o positivo, que permite ao árbitro decidir sobre
sua própria competência; e o negativo, que implica no fato de o árbitro não ser o
único a dizer sobre sua jurisdição, mas, sim, o primeiro a decidir, cabendo ao
Judiciário, eventualmente, a revisão da decisão2.
Corroborando esse efeito negativo, elencou o STJD-Handebol,
à fl. 332 de sua manifestação defensiva que “somente após o proferimento da
sentença arbitral, a parte poderá propor medidas perante o poder judiciário para
discutir a competência do Juízo Arbitral”.
Ora, Excelência, considerando que a sentença arbitral,
juntada às fls. 261/268, fora prolatada em 03 de maio de 2017, ou seja, antes mesmo
da juntada da Contestação do STJD-Handebol, que se deu em 19 de maio de 2017,
tem-se como totalmente esvaziada e incoerente a alegação de tal preliminar, em
especial quando a própria parte suscitante admite a possibilidade de intervenção
do Poder Judiciário para discutir a competência do juízo arbitral, após a prolação
da sentença arbitral.
Logo, não há que se falar em acolhimento da preliminar
suscitada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Handebol, o qual, objetiva,
com a alegação indevida e completamente desnecessária da referida matéria,
levar este honrado juízo a erro, ao tentar manter intacto processo arbitral
equivocado, cuja sentença encontra-se eivada de error in procedendo e error in
judicando, o que levou à interposição de Pedido de Revisão às fls. 945/963, nos
termos do art. 112, inciso I, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Ademais, segundo será abordado em tópico pertinente desta
réplica, merece especial destaque a previsão contida no art. 5º, § 1º, do Estatuto
Social da CBHb, que elenca de forma cristalina os conflitos de competência do STJD
como órgão arbitral, e em nenhum inciso avista-se a previsão da competência de
atuação da justiça desportiva para dirimir questões eleitorais no âmbito da própria
CBHb, ressaltando a existência de uma Comissão Eleitoral especificamente
nomeada para esse fim, tendo atuado a contento.
Destarte, inexiste qualquer laivo de dúvida quanto ao
esvaziamento da preliminar indevidamente suscitada pelo STJD-Handebol, razão
pela qual sequer merece ser analisada, muito menos acolhida, considerando a sua
2 BERALDO. Leonardo de Faria. Curso de Arbitragem, nos termos da Lei nº 9.307/96. 1. ed.,São Paulo: Atlas, 2014, p, 193.
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total inadequação, haja vista a viabilidade jurídica de discussão da competência
do Juízo Arbitral perante o Poder Judiciário.
III. DA ARGUMENTAÇÃO APRESENTADA NA CONTESTAÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DESPORTIVA DO HANDEBOL (STJD – HANDEBOL).
O STJD-Handebol ora demandado apresentou contestação
acostada às fls. 326/343.
Em referida peça de defesa, argumentou, em síntese, a sua
competência para funcionar como órgão arbitral, nos termos da sua própria
interpretação do Estatuto da Confederação Brasileira de Handebol, mencionou,
ainda, irregularidades cometidas pelo autor, noticiadas na imprensa e a
necessidade de sua elucidação imperiosa, bem como, alegou suposta
irregularidade na presente demanda.
As linhas que se seguem demonstrarão a total inconsistência
jurídica das teses elencadas pelo STJD-Handebol.
3.1. Da incompetência absoluta da Justiça Desportiva para dirimir questões
atinentes ao processo eleitoral da Confederação Brasileira de Handebol.
A parte adversa, não obstante as reiteradas manifestações
autorais quanto à questão, insiste na tese de competência absoluta da Corte
Desportiva para tratar de questão eleitoral no âmbito da Confederação Brasileira
de Handebol.
Ocorre que, consoante manifestações carreadas ao presente
feito, dentre as atribuições do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Handebol,
estabelecidas no art. 59 do Estatuto da Confederação Brasileira de Handebol
anexo, lhe compete funcionar como órgão arbitral e de mediação apenas para
resolver conflitos de ordem associativa no âmbito da CBHb, o que não é a hipótese
do caso em apreço.
Pede-se vênia para transcrever o dispositivo acima
mencionado, in verbis:
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“Art. 59. A organização da justiça, do processo, das infrações e
respectivas penalidades, obedecerão às disposições contidas no
Código Brasileiro de Justiça Desportiva e na forma da Lei, sendo
exercida pelos seguintes órgãos
I - Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD);
II - Comissões Disciplinares Nacionais (CDN).
§ 1º Aos órgãos enumerados nos incisos I e II acima, unidades
autônomas e independentes da CBHb, compete processar e julgar
com exclusividade na modalidade de Handebol, as questões de
descumprimento de normas relativas à disciplina e às competições
desportivas, sempre assegurada ampla defesa e contraditório,
ressalvados os pressupostos processuais estabelecidos nos
parágrafos 1º e 2º do Art. 217 da Constituição Federal, sendo
igualmente competência sua funcionar como órgão arbitral e de
mediação para resolver conflitos de ordem associativa no âmbito
da CBHb, conforme previsto neste Estatuto.
§ 2º O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Handebol terá
como primeira instância tantas Comissões Disciplinares quanto se
fizer necessário, integrada cada uma por cinco membros de sua
livre nomeação, para a aplicação imediata das sanções decorrentes
de infrações cometidas durante as disputas e constantes das
súmulas ou documentos similares dos árbitros, ou, ainda,
decorrentes de violação ao regulamento da respectiva competição.
§ 3º Das decisões da Comissão Disciplinar caberá recurso ao STJD
que, de igual modo, processará e julgará em última instância, os
recursos originários dos Tribunais de Justiça Desportiva das
filiadas.”(Grifo nosso)
A controvérsia referente ao resultado das eleições para a
Confederação Brasileira de Handebol deve ser tratada no âmbito da Comissão
Eleitoral, designada para o exercício dessa função específica e, uma vez exaurida
a referida instância administrativa, deve tal matéria ser resolvida no âmbito do Poder
Judiciário Estadual.
Corroborando a tese de incompetência da Justiça Desportiva,
cumpre trazer à baila o disposto na Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui
as normas gerais sobre desporto, e cujo art. 50 estabelece que cabe à Corte do
Desporto processar e julgar as infrações disciplinares e competições desportivas, nos
seguintes termos:
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“Art. 50. A organização, o funcionamento e as atribuições da Justiça
Desportiva, limitadas ao processo e julgamento das infrações
disciplinares e às competições desportivas, serão definidos nos
Códigos de Justiça Desportiva, facultando-se às ligas constituir seus
próprios órgãos judicantes desportivos, com atuação restrita às
suas competições.” (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011).
(Grifo nosso)
Percebe-se, desde logo, que o Superior Tribunal de Justiça
Desportiva tem expressa competência para “processar e julgar as questões de
descumprimento de normas relativas à disciplina e às competições desportivas,
sendo igualmente competência sua funcionar como órgão arbitral e de mediação
para resolver conflitos de ordem associativa no âmbito da CBHb”.
O caso concreto, referente à discussão do processo eleitoral
da Confederação Brasileira de Handebol, não se amolda a nenhuma das hipóteses
estatutariamente previstas como sendo de competência da Corte Desportiva, uma
vez que a controvérsia em análise não se refere a infração disciplinar, competição
esportiva, muito menos a conflito associativo que possibilite arbitragem ou qualquer
interferência por parte do STJD.
Consoante evidenciado ao longo do processo, não
pretendeu a chapa impugnante ao provocar o STJD do Handebol debater
qualquer questão que envolvesse“competição desportiva”, nem tampouco se
apontou qualquer “conflito de ordem associativa no âmbito da CBHb”.
Reitera-se que a demanda deflagrada no âmbito do STJD pela
Chapa vencida no pleito eleitoral tinha como objetivo invalidar o processo eleitoral
e o consequente resultado das eleições, apontando supostas irregularidades na
prestação de contas da atual gestão.
Em razão da natureza do requerimento apresentado pela
Chapa derrotada, observou-se que não se mostrava viável enquadrá-lo na
competência administrativa da Justiça Desportiva, no âmbito da Confederação
Brasileira de Handebol, visto que o STJD somente pode apreciar questões
disciplinares e referentes a competições desportivas, nos moldes do art. 217, § 1º da
CF/88, c/c art. 50 da Lei nº 9.615/1998.
Ademais, não se pode olvidar que o Código Brasileiro de
Justiça Desportiva (Resolução nº. 29, de 10.12.2009 – Conselho Nacional do Esporte),
ao se debruçar sobre a competência da Justiça Desportiva afirma em seu art. 25,
quais são os atos de competência do STJD, não se avistando qualquer possibilidade
de discussão de matéria eleitoral. Senão vejamos:
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“Art. 24. Os órgãos da Justiça Desportiva, nos limites da jurisdição
territorial de cada entidade de administração do desporto e da
respectiva modalidade, têm competência para processar e julgar
matérias referentes às competições desportivas disputadas e às
infrações disciplinares cometidas pelas pessoas naturais ou
jurídicas mencionadas no art. 1º, § 1º.” (Redação dada pela
Resolução CNE nº 29 de 2009).
Art. 25. Compete ao Tribunal Pleno do STJD:
I - processar e julgar, originariamente:
a) seus auditores, os das Comissões Disciplinares do STJD e os
procuradores que atuam perante o STJD;
b) os litígios entre entidades regionais de administração do
desporto;
c) os membros de poderes e órgãos da entidade nacional de
administração do desporto;
d) os mandados de garantia contra atos ou omissões de dirigentes
ou administradores das entidades nacionais de administração do
desporto, de Presidente de TJD e de outras autoridades
desportivas;
e) a revisão de suas próprias decisões e as de suas Comissões
Disciplinares;
f) os pedidos de reabilitação;
g) os conflitos de competência entre Tribunais de Justiça
Desportiva;
h) os pedidos de impugnação de partida, prova ou equivalente
referentes a competições que estejam sob sua jurisdição;
i) as medidas inominadas previstas no art. 119, quando a matéria
for de competência do STJD;
j) as ocorrências em partidas ou competições internacionais
amistosas disputadas pelas seleções representantes da entidade
nacional de administração do desporto, exceto se procedimento
diverso for previsto em norma internacional aceita pela respectiva
modalidade;
II - julgar, em grau de recurso:
a) as decisões de suas Comissões Disciplinares e dos Tribunais de
Justiça Desportiva;
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b) os atos e despachos do Presidente do STJD;
c) as penalidades aplicadas pela entidade nacional de
administração do desporto, ou pelas entidades de prática
desportiva que lhe sejam filiadas, que imponham sanção
administrativa de suspensão, desfiliação ou desvinculação;
III - declarar os impedimentos e incompatibilidades de seus
auditores e dos procuradores que atuam perante o STJD;
IV - criar Comissões Disciplinares, indicar seus auditores, destituí-
los e declarar sua incompatibilidade;
V - instaurar inquéritos;
VI - uniformizar a interpretação deste Código e da legislação
desportiva a ele correlata, mediante o estabelecimento de súmulas
de jurisprudência predominante, vinculantes ou não, editadas na
forma do art. 119-A;
VII - requisitar ou solicitar informações para esclarecimento de
matéria submetida à sua apreciação;
VIII - expedir instruções às Comissões Disciplinares do STJD e aos
Tribunais de Justiça Desportiva;
IX - elaborar e aprovar o seu regimento interno;
X - declarar a vacância do cargo de seus auditores e procuradores;
XI - deliberar sobre casos omissos;
XII - avocar, processar e julgar, de ofício ou a requerimento da
Procuradoria, em situações excepcionais de morosidade
injustificada, quaisquer medidas que tramitem nas instâncias da
Justiça Desportiva, para evitar negativa ou descontinuidade de
prestação jurisdicional desportiva.
Parágrafo único –(Revogado pela Resolução CNE nº 29 de 2009).”
(Grifo nosso)
Os dispositivos supra destacados servem para demonstrar a
incompetência absoluta do STJD-Handebol para apurar questões referentes a
eventual inconformismo relativo ao resultado do pleito eleitoral realizado no âmbito
da Confederação Brasileira de Handebol.
Segundo entendimento consolidado pela doutrina e
jurisprudência, quando a matéria é analisada pelo Poder Judiciário, verifica-se que
a competência da justiça desportiva limita-se aos litígios oriundos de infrações
disciplinares ou aos regulamentos das competições desportivas, sendo, portanto,
uma competência mitigada.
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Sobre a matéria, citam-se os seguintes precedentes, in litteris:
“APELAÇÃO CÍVEL. Ação de cobrança. Sentença de improcedência.
Agravo retido. Incompetência da justiça comum para processar e
julgar o caso. Não cabimento. Competência mitigada da justiça
desportiva. Ação de cunho pessoal fundada na necessidade de
cumprimento de uma obrigação. Cunho obrigacional que impede o
a declaração de incompetência. Interpretação sistemática dos arts.
5º, inciso XXXV e art. 217, §1º da Constituição Federal. Apelação da
parte autora. Pleito para a aplicação das disposições do Código Civil.
Observância das disposições contratuais. Necessidade. Regulamento
da FIFA que não detém força cogente para interferir nas relações
contratuais entre jogador e agente. Princípio da legalidade. Ausência
de Lei regulamentadora. Incidência da cláusula penal. Minoração da
porcentagem pleiteada a título de luvas, salário e direitos de
imagem. Obrigação excessivamente onerosa. Inversão do ônus
sucumbenciais. 1. A competência da justiça desportiva limita-se aos
litígios oriundos de infrações disciplinares ou aos regulamentos das
competições desportivas. [...] 22. Recurso provido em parte, sendo
prejudicada a análise do recurso adesivo.” (TJPR; ApCiv 1305077-8;
Curitiba; Décima Segunda Câmara Cível; Rel. Juiz Conv. Luciano
Carrasco Falavinha Souza; J. 01/06/2016; DJPR 20/06/2016; p. 145).
“AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ELEIÇÃO C/C PRESTAÇÃO CONTAS. LIGA
ESPORTIVA. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA COMUM. JUSTIÇA
DESPORTIVA. Competência apenas para ações relativas à disciplina
e competições desportivas. O poder judiciário só admitirá ações
relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-
se as instâncias da justiça desportiva, regulada em Lei. Não
havendo discussão sobre disciplina e competições esportivas, a
competência será da justiça comum.” (TJMG; APCV
1.0517.12.000581-7/001; Rel. Des. Cabral da Silva; Julg. 28/01/2014;
DJEMG 07/02/2014)(Grifos nosso)
Considerando que a competência da Justiça Desportiva se
limita tão somente a processar e julgar as matérias relativas à disciplina e
competições desportivas, a partir do momento em que for constatada a
inexistência de discussão sobre infrações disciplinares e torneios esportivos, a
competência será da Justiça Comum.
Debruçando-se sobre a matéria, pede-se vênia para
transcrever entendimento de doutrina especializada na matéria, in litteris:
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“No mesmo sentido e em capítulo próprio, a Lei 9.615/98 define a
competência das instâncias desportivas, ressaltando a necessidade
de previsão de infrações disciplinares em códigos.
Sob esse aspecto haverá vício de competência na realização de um
ato perante a Justiça Desportiva quando este for praticado com
abuso de competência, ou seja, além dos limites permitidos pela
codificação ou, ao contrário, por simples ausência de competência,
quando o código não a confere ao órgão judicante ou ao membro
que, ilegalmente, praticou o ato.”3 (Grifo nosso)
Verifica-se in hoc casu aquilo que a doutrina especializada
batizou de “vício de competência” entendido como a prática de atos não previstos
no rol de atribuições institucionais da Corte Desportiva.
Com efeito, o ato de abertura do “Processo Arbitral nº
001/2017” fora formalizado pelo Presidente do STJD do Handebol à época, Dr. Caio
Pompeu Medauar de Souza, atuando de forma a conspurcar direitos do autor,
sobrepujando os limites traçados pela Confederação Brasileira de Handebol em seu
Estatuto, e menosprezando as normas contidas no Código Brasileiro de Justiça
Desportiva, notadamente em razão da ausência de disposição estatutária
estabelecendo poderes que legitimem ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva do
Handebol a discutir questões de natureza eleitoral.
Reitere-se que as questões eleitorais da Confederação
Brasileira de Handebol devem ser estabelecidas pelo Estatuto da Confederação,
conduzidas por Comissão Eleitoral especificamente constituída com referido
propósito, não se apresentando como cabível deflagrar procedimento no âmbito
do STJD com o intuito de rediscutir ou revisar as decisões da Comissão Eleitoral.
Eis o que se observa no caso vertente, pois a demanda
ajuizada perante essa Vara Cível almeja a declaração da incompetência do STJD
para proferir qualquer julgamento acerca do processo eleitoral da Confederação
Brasileira de Handebol, e a invalidação dos atos já praticados pela autoridade
incompetente (vide exposto na exordial de fls. 04/20).
Insta deixar consignado que a Confederação Brasileira de
Handebol apontou a ausência de legitimidade do STJD para atuar nesse diapasão,
uma vez que a Lei Pelé o define como órgão “com competência apenas para
processar e julgar as questões previstas nos Códigos de Justiça Desportiva” (Lei
Federal nº. 9.615/98, art. 52).
3 SCHMITT, Paulo Marcos. Curso de Justiça Desportiva. São Paulo: QuartierLatin, 2007, pp. 90-91.
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Relevante destacar que essa mesma norma federal, limita a
atuação do STJD, ao estabelecer que “a organização, o funcionamento e as
atribuições da Justiça Desportiva, limitadas ao processo e julgamento das infrações
disciplinares e às competições desportivas, serão definidos nos Códigos de Justiça
Desportiva, facultando-se às ligas constituir seus próprios órgãos judicantes
desportivos, com atuação restrita às suas competições”.
Portanto, inexiste qualquer dispositivo legal que invista o STJD
no poder de decidir, através de um procedimento arbitral, unilateral, sobre questões
eleitorais (de competência da assembleia geral da Confederação Brasileira de
Handebol e da Comissão Eleitoral), sendo totalmente viável o pleito autoral de
declaração de incompetência do STJD para proferir qualquer julgamento acerca
do processo eleitoral da Confederação Brasileira de Handebol.
3.2. Da interpretação do Estatuto da Confederação Brasileira de Handebol.
Existência de questão eleitoral que não pode ser dirimida pelo STJD-Handebol.
Como se não bastassem os vastos argumentos jurídicos em
favor do pleito autoral de incompetência da justiça desportiva para dirimir matéria
referente a eleições no âmbito da Confederação Brasileira de Handebol, a parte
adversa tenta trazer para si a competência ao buscar, erroneamente, transformar
o cerne da presente demanda em questão de interpretação e cumprimento de
estatuto.
Nota-se que o STJD-Handebol, nos itens 4.10 ut 4.23 da
Contestação defende de maneira insistente a sua competência arbitral tomando
por base a sua própria e inadequada interpretação do Estatuto da Confederação
Brasileira de Handebol.
Quanto a essa questão, merece especial destaque a previsão
contida no art. 5º, § 1º, do Estatuto Social da Confederação Brasileira de Handebol,
que elenca, de forma cristalina, quais são os conflitos de competência em que o
Superior Tribunal de Justiça Desportiva atuará como órgão arbitral.
Nesse ínterim pede-se vênia para transcrever o art. 5º, § 1º do
Estatuto da CBHb que possui a seguinte redação, ad litteram:
Art. 5º. A CBHb é constituída pelas Entidades Estaduais de
Administração do Handebol (Federações, Ligas ou Associações),
por filiação direta, reconhecidas como exclusivas entidades
dirigentes do handebol no âmbito dos Estados e do Distrito Federal
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e forem organizadas na forma do presente Estatuto em
consonância com a disposição legal vigente.
§ 1º. As filiadas e a CBHb elegerão o Superior Tribunal de Justiça
Desportiva, como órgão arbitral para dirimir quaisquer
controvérsias de ordem associativa, cabendo ao órgão dirimir
quaisquer conflitos decorrentes:
I – da interpretação e cumprimento deste estatuto;
II – das relações de ordem associativa entre os membros dos
Poderes da CBHb;
III – das relações de ordem associativa entre os Poderes da CBHb;
IV – das relações de ordem associativa entre os membros de
Poderes distintos da CBHb;
V – das relações de ordem associativa entre a CBHb e qualquer de
suas Filiadas;
VI – das relações de ordem associativa entre as Filiadas da CBHb;
VII – das relações de ordem associativa entre as pessoas físicas e/ou
jurídicas vinculadas às Filiadas da CBHb e esta;
VIII – das relações de ordem associativa entre as pessoas físicas
e/ou jurídicas vinculadas às Filiadas da CBHb e estas;
IX – das relações de ordem associativa entre as pessoas físicas e/ou
jurídicas vinculadas às Filiadas da CBHb;
X – das relações de ordem associativa entre as pessoas físicas e/ou
jurídicas vinculadas à CBHb e esta;
XI – das relações de ordem associativa entre as pessoas físicas e/ou
jurídicas vinculadas à CBHb”. (Grifo nosso)
A partir da leitura do aludido dispositivo, infere-se que em
nenhum inciso avista-se a previsão da competência de atuação do STJD do
Handebol para dirimir questões eleitorais no âmbito da própria Confederação
Brasileira de Handebol, ressaltando a existência de uma Comissão Eleitoral
especificamente nomeada para esse fim, tendo atuado a contento.
Depreende-se do dispositivo acima transcrito que não se trata
o caso vertente de “controvérsias de ordem associativa”, nem de conflito
decorrente da “interpretação e cumprimento deste estatuto”, pois, conforme
explanado ao longo das manifestações juntadas a esse processo, inexiste
controvérsia quanto à interpretação e cumprimento do estatuto da CBHb, mas sim
questão de natureza eleitoral no âmbito da Confederação.
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Não obstante o previsto no estatuto, o STJD buscou enquadrar
a hipótese vertente, a todo custo, no âmbito de competência do Painel Arbitral, por
entender que a sua atuação seria no intuito de dirimir questões atinentes
aocumprimento ou descumprimento dos Estatutos.
Repise-se que a referida tese de competência da Justiça
Desportiva inicialmente destacada na sentença arbitral e reiterada em
contestação apresenta-se como esdrúxula, ao afirmar que existem divergências de
interpretação e cumprimento do estatuto, em especial se for levado em
consideração que a questão ora debatida é de natureza eleitoral e não de
entendimento ou cumprimento estatutário propriamente dito.
Ademais, insta ressaltar que, para a existência juridicamente
válida de um procedimento arbitral tem-se a necessidade legal de anuência de
ambos os lados, ou seja, as partes conflitantes têm de aceitar e indicar, cada uma,
um árbitro, o que não existiu na lide sub examine, posto que os árbitros foram
indicados pelo, à época, Presidente do STJD, configurando um verdadeiro absurdo,
eivando de vícios e de ilegalidade.
No escopo de legitimar sua competência, a Sentença Arbitral,
ora defendida pelo STJD, utiliza os seguintes fundamentos, verbis:
“A lei não impede, de forma alguma que o STJD funcione como
órgão arbitral, desde que haja cláusula compromissória em seus
estatutos. O que a lei proíbe, é que no âmbito da disciplina e da
competição, não poderá ser aplicada legislação estranha, ou ainda,
que não poderá dirimir outros conflitos sem que haja previsão
expressa nos estatutos das entidades.
Atribuir ao STJD outras funções além das previstas no CBJD,
depende exclusivamente da vontade das partes e dos filiados que,
em razão do princípio constitucional da autonomia da vontade
associativa (CF, art. 5º, inciso XVIII), livremente aprovaram o
Estatuto em Assembleia Geral com tal previsão, muito diferente
das decisões juntadas nos autos, em que não havia tais previsões.
E a arbitragem esportiva é uma realidade em todo o mundo, sendo,
inclusive, prevista nos Estatutos da Federação Internacional de
Handebol (IHF) em seu artigo 22, reconhecendo, inclusive o Código
do CAS (Court of Arbitration of Sport)”.
Resulta claro que o procedimento arbitral cuja legalidade é
defendida pelo STJD, não possui qualquer fundamentação legal, quer pela sua
inconsistência jurídica, pelo despropósito do pedido, ou ainda, pela ilegitimidade
de quem instaurou o referido procedimento.
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Destarte, observa-se que, diversamente do entendido pelo
STJD-Handebol, em sua manifestação defensiva, o total absurdo jurídico ao se
buscar no Estatuto Social da CBHb uma fundamentação inexistente, posto que não
dispõe sobredito diploma normativo acerca de sua aplicabilidade em certame
eletivo da própria Confederação, estando voltado para a relação a ser mantida
entre a Confederação e as demais federações e respectivos associados.
Inviável, portanto, a procedência da tese defensiva alegada
pelo STJD-Handebol.
3.3. Da ausência de irregularidade no presente processo em curso perante a 10ª
Vara Cível da Comarca de Aracaju/SE.
Por derradeiro, ainda no que se refere aos argumentos
elencados pelo STJD em sua contestação, cumpre salientar que não merece
guarida a alegação de irregularidade do presente processo, posto que o Estatuto
da CBHb em seu art. 34 assevera a possibilidade de representação da
Confederação por seu Diretor Jurídico, caso o presidente não possa fazê-lo, nos
seguintes termos:
“Art. 34 - Em caso de impedimento ou vaga do Presidente e dos
Vice-Presidentes da CBHb, os Diretores serão sucessivamente
chamados ao exercício da Presidência, conforme a ordem
previamente estabelecida pelo Presidente. Se a vaga definitiva
ocorrer na vigência do último ano do mandato eletivo, o
Presidente em exercício completará o mandato até a passagem
oficial do cargo do seu substituto que vier a ser eleito na forma deste
Estatuto.” (Grifo nosso)
Destaca-se, ainda, que diversamente do alegado, o autor não
objetivou obter a liminar para postergar o procedimento arbitral, muito menos criar
situações para arrastar o processo, ou sequer chegou a negar a vigência de normas
estatutárias ao explanar a tese de incompetência do painel arbitral e do próprio
STJD-Handebol.
No que diz respeito à alegação do item 7.3. da contestação,
de suposto litisconsórcio necessário que deveria ter sido formado entre Fabiano
Lima Cavalcante e a Federação Cearense de Handebol, os quais alegou-se terem
interesse jurídico direto na demanda, ressalta-se que tais afirmações não merecem
qualquer amparo, consoante será esmiuçado nos tópicos posteriores.
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Assim, em razão do exposto até então, tem-se como inviável,
portanto, a procedência das teses defensivas alegadas pelo STJD-Handebol.
3.4. Da impossibilidade de incluir Fabiano Lima Cavalcanti e a Federação Cearense
de Handebol na demanda. Ausência de legitimidade e interesse jurídico no deslinde
da presente ação cível.
Quanto à alegação trazida no item 7.3. da contestação,
relativo à suposta necessidade de inclusão, no litisconsórcio necessário já existente,
de Fabiano Lima Cavalcantie a Federação Cearense de Handebol, destaca-se que
tal argumento não merece guarida, em especial por não haver interesse jurídico
dessas pessoas no deslinde da presente ação cível.
Ademais, nota-se que ambas as partes elencadas no item 7.3.
da contestação – Fabiano Lima Cavalcanti e a Federação Cearense de Handebol
– não podem figurar como litisconsortes necessários por não haver disposição legal
que os obrigue, nem por restar configurada relação jurídica controvertida que
venha a influir na eficácia da sentença, de tal modo que são completamente
dispensáveis na integração da lide, a qual, já fora corretamente delimitada pelo
magistrado em momento oportuno, consoante será explanado nos dois subtópicos
seguintes.
3.4.1. Da existência de impugnação ao pedido de admissão como assistente
formulado por Fabiano Lima Cavalcanti.
Sobre a alegação do STJD-Handebol em sua contestação se
referir a suposta má-fé processual ao não incluir no litisconsórcio necessário já
existente Fabiano Lima Cavalcanti, cumpre reiterar algumas notas elencadas no
item 2.1 desta réplica, no sentido de que inexiste disposição de lei ou, ainda, relação
jurídica controvertida, que faça com que a eficácia da sentença dependa de sua
inclusão na lide.
Em verdade, sua presença em nada influenciará na presente
demanda, em especial por não haver interesse jurídico na lide e, pelo fato de não
depender a eficácia jurídica da sentença, de sua presença na causa, de modo
que não pode ser considerado litisconsorte necessário, nos termos do art. 114 do
CPC/2015.
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Insta relembrar que o autor já rechaçou (vide manifestação
de fls. 928/934) pleito de assistência elencado por Fabiano Lima Cavalcanti, o qual,
através de petição protocolizada em 04.07.2017, solicitou a sua admissão nos
presentes autos, na condição de assistente simples, alegando possuir interesse
jurídico no deslinde da presente ação cível.
Destacou-se, nesse segundo momento em que Fabiano Lima
buscou fazer parte do processo, que com relação à Intervenção de Terceiros, o
Código de Processo Civil vigente, a partir do seu artigo 119, pontua que para o
ingresso de um terceiro nos autos de um processo que já se encontra em curso, deve
haver a comprovação do interesse jurídico que o legitime como interveniente.
Segundo já explanado oportunamente no pedido de
assistência, a Intervenção de Terceiros deve ser entendida como a oportunidade
legalmente concedida à pessoa não participante de determinada relação jurídica
processual para nela atuar (ou ser convocado a atuar), na defesa de interesses
jurídicos próprios.
Não se verifica, no caso sub examine, qualquer interesse
jurídico da parte de Fabiano Lima na demanda, pois, para que haja a possibilidade
de assistência simples (arts. 121/123 do CPC) ou litisconsorcial (art. 124 do CPC) é
necessário que o terceiro possa vir a sofrer prejuízos jurídicos com a prolação de
decisão, conforme destaca eminente processualista pátrio cujo entendimento
segue transcrito in verbis:
“O interesse jurídico é pressuposto da intervenção. Não se autoriza
a assistência quando o interesse for meramente econômico ou
afetivo. O interesse jurídicomanifesta-se seja pelo fato de o terceiro
manter relação jurídica vinculada à queestá deduzida, seja por elese
afirmar titular da relação jurídica deduzida”4. (Grifo nosso).
Dessa forma, pode-se dizer que não é qualquer interesse que
autoriza a assistência, de tal modo que não basta a mera convicção pessoal do
terceiro ou sua insatisfação em relação aos contornos jurídicos da causa posta à
apreciação do Poder Judiciário.
A quaestio iuris da presente lide envolve o autor, os réus, a
Confederação Brasileira de Handebol e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do
Handebol, eis que, conforme já esclarecido na inicial, busca-se o reconhecimento
da incompetência do STJD do Handebol para decidir sobre questões inerentes ao
4 Didier Jr., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Introdução ao Direito Processual Civil, parte geral e processo de conhecimentoI.Fredie Didier Jr. -17. ed. - Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015.v. I. p. 480.
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pleito eleitoral realizado no âmbito da requerida Confederação Brasileira de
Handebol.
Os polos ativo e passivo da demanda já foram claramente
delimitados quando do ajuizamento da ação, sendo que este douto juízo, ao
conceder regular impulsionamento ao feito, já reconheceu as partes como
legítimas, restando preenchida essencial condição da ação.
Logo, não obstante a alegação errônea do STJD em sede
defensiva (item 7.3 da contestação) e apesar de o Sr. Fabiano Lima Cavalcanti ter
requerido, posteriormente, o ingresso como assistente no presente feito, é fato que
não há interesse jurídico para que possa intervir nesta causa, notadamente por não
ter sido oferecidas as razões fáticas e jurídicas que justificariam seu pedido.
A jurisprudência pátria se consolidou no sentido de que não
cabe deferimento do pedido de assistência quando não houver interesse jurídico
do solicitante, conforme se pode observar nos recentes julgados a seguir transcritos,
in verbis:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO DA
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA ESTABELECIDA POR
MEIO DE PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. INTERVENÇÃO DA
PATROCINADORA COMO ASSISTENTE LITISCONSORCIAL.
IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE
PATROCINADORA E BENEFICIÁRIO. EXTINÇÃO DO VÍNCULO
EMPREGATÍCIO. AUTONOMIA DE PATRIMÔNIO E DE
PERSONALIDADE JURÍDICA ENTRE A PATRO. CINADORA E O FUNDO
DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.Para que seja cabível a
assistência litisconsorcial, é preciso que haja um interesse jurídico
imediato do terceiro requerente na causa, de modo que este possa
vir a sofrer prejuízos jurídicos diretos e imediatos com a prolação
de decisão contra o assistido; não basta que os prejuízos sejam
reflexos ou mediatos. [...]Possível prejuízo econômico decorrente
de eventual condenação da entidade de previdência é insuficiente
para justificar o ingresso da patrocinadora no feito como assistente
litisconsorcial, hipótese que exige interesse jurídico direto e
imediato. (TJBA; AI 0003902-53.2017.8.05.0000; Salvador; Segunda
Câmara Cível; Relª Desª Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos;
Julg. 08/08/2017; DJBA 15/08/2017; Pág. 265). - Grifo nosso.
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO
ESPECIFICADO. AÇÃO DE COBRANÇA. CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL. EXECUÇÃO.
INVIABILIDADE. A assistência litisconsorcial é instituto que permite
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àquele que na origem não integra a lide e vem intervir no processo
visando sentença que possa influir na sua relação com o adversário
do assistido. - Circunstância dos autos em que a pretensão é de
direito de regresso e se impõe manter a decisão que não admitiu a
intervenção no momento processual. Recurso desprovido.” (TJRS;
AI 0128643-73.2017.8.21.7000; Porto Alegre; Décima Oitava Câmara
Cível; Rel. Des. João Moreno Pomar; Julg. 25/05/2017; DJERS
30/05/2017). - Grifos nosso.
O Tribunal de Justiça de Sergipe também tem entendimento,
verbis:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA.
CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO. PEDIDO DE INTERVENÇÃO
ASSISTENCIAL. LITISCONSÓCIO FACULTATIVO ULTERIOR.
IMPOSSIBILIDADE. ASSISTENCIA LITISCONSORCIAL. NÃO
CONFIGURADA. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS. PRECEDENTES DO
STJ. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1.
Não há interesse jurídico do recorrente no prosseguimento da
demanda quanto ao descumprimento da convenção de condomínio,
já que houve acordo realizado em assembleia, devendo imperar a
vontade da maioria, haja vista ser regra primitiva do estado
democrático de direito em que vivemos. 2. Não havendo comunhão
de direitos que permitam a assistência litisconsorcial, nos termos
do art. 46, I, do Código de Processo Civil.” (TJSE; AC 201500705015;
Ac. 9245/2015; Primeira Câmara Cível; Relª Desª Elvira Maria de
Almeida Silva; Julg. 16/06/2015; DJSE 19/06/2015). - Grifos nosso.
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL. Decisão que acolheu a impugnação
e indeferiu o pedido de assistência. Irresignação. Ausência de
demonstração de interesse jurídico de terceiro. Requisito constante
do art. 50 do código de processo civil. Julgado do Superior Tribunal
de Justiça. Manutenção da decisão. Recurso conhecido e improvido.”
(TJSE; AI 2012203524; Ac. 12324/2012; Segunda câmara Cível; Rel.
Subst. Des. José dos Anjos; DJSE 24/08/2012; Pág. 12)(Grifo nosso)
Ademais, consoante já ressaltado na parte inicial dessa
réplica, não há que se falar em inclusão de Fabiano Lima Cavalcanti no polo passivo
da presente lide, em especial por não atender aos requisitos relativos à formação
do litisconsórcio necessário, de tal modo que a sua dispensa da lide em nada
afetará a eficácia da sentença, além de não haver interesse jurídico que justifique
a sua inclusão na demanda.
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Portanto, seguindo-se os entendimentos jurisprudenciais e
doutrinários transcritos ao longo dessa réplica, bem como, as teses defendidas em
manifestação de fls. 928/934, roga o autor da presente actio civilis pela
improcedência da argumentação do STJD, em especial da errônea necessidade de
inclusão no litisconsórcio necessário existente, de Fabiano Lima Cavalcanti, bem
como, pela denegação do pedido de habilitação como assistente na lide em
epígrafe.
À vista do exposto, roga o autor da presente ação cível pelo
indeferimento tanto da alegação do STJD referente à necessidade de inclusão no
litisconsórcio passivo necessário de Fabiano Lima Cavalcanti, assim como, do pleito
de assistência formulado pelo Sr. Fabiano Lima Cavalcanti, eis que não se
vislumbram, no presente caso, os requisitos aptos a justificar as admissões solicitadas.
3.4.2. Da ilegitimidade da Federação Cearense de Handebol para figurar na
presente demanda.
Além da manifesta incompetência da Justiça Desportiva, e
dos demais argumentos elencados na exordial e reiterados ao longo das
manifestações processuais acostadas aos autos, tem-se como relevante registrar a
total inviabilidade da argumentação trazida no item 7.3 da contestação do STJD,
referente à falta de inclusão da Federação Cearense de Handebol como
litisconsorte necessária na presente lide.
Em primeiro lugar, importa reiterar que a impugnação do
registro da candidatura do Presidente da Confederação Brasileira de Handebol fora
formulado pelo Sr. Fabiano Lima Cavalcanti, sendo que referido pleito administrativo
recebera detida análise pela Comissão Eleitoral, órgão vinculado à Confederação
Brasileira de Handebol, responsável por receber o pedido de registro das chapas,
pedido de impugnação, homologação ou deferimento dos registros, eleição e
proclamação do resultado da disputa eleitoral prevista nos moldes do Estatuto
Social da entidade.
Repise-se que a douta Comissão Eleitoral decidiu fundada na
votação de todos os presentes, inclusive de representantes do STJD.
Portanto, registra o requerente que a FEDERAÇÃO CEARENSE
DE HANDEBOL não dispõe de legitimidade para figurar no polo passivo da presente
demanda, notadamente em razão de não ter sido incluída na impugnação que
originou o objeto da referida ação de ver declarada a incompetência do STJD para
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proferir qualquer julgamento acerca do processo eleitoral da Confederação
Brasileira de Handebol.
Cumpre reiterar que a presente ação decorre da formação
equivocada de Painel Arbitral nº. 001/2017, provocado por impugnação de chapa
da qual o autor era integrante sagrou-se vencedor, perante a Comissão Eleitoral
constituída para essa finalidade, em Assembleia Geral realizada na cidade de
Aracaju/SE (31.01.2017 e 01.02.2017).
Destaca-se que o procedimento de impugnação fora
subscrito apenas e tão somente pelo Sr. Fabiano Lima Cavalcanti, não havendo
qualquer manifestação da referida Federação Cearense, a qual não possui
qualquer relação com o Painel Arbitral em si, nem com a Impugnação e, por via de
consequência, não possui legitimidade nem interesse para figurar na presente lide.
Logo, tem-se que a aludida Federação em nenhum momento
figurou como autora da impugnação da chapa HANDBRASIL NOVOS DESAFIOS
perante a Comissão Eleitoral, restando evidente a carência de legitimidade, posto
que no momento oportuno não se insurgiu contra o registro da candidatura da
chapa vencedora do Autor.
Portanto, tem-se como flagrantemente ilegítimo o pleito de
inclusão da Federação Cearense de Handebol na presente demanda quando
referida federação não apresentou qualquer insurgência perante a Comissão
Eleitoral, anuindo com o resultado do pleito eleitoral devidamente homologado em
assembleia geral realizada pela Confederação Brasileira de Handebol.
Ademais, cumpre registrar que ao ser deflagrado o Painel
Arbitral não foram apresentados documentos que comprovassem deliberação da
Diretoria ou qualquer Conselho da FederaçãoCearense de Handebol no escopo de
manejar pedido perante o STJD, restando evidente a ilegitimidade e falta de
interesse da federação, tanto no processo arbitral como na demanda.
Destarte, tendo em vista o exposto, pugna-se pela
improcedência do pleito elencado pelo STJD-Handebol em no item 7.3 de sua
contestação, especialmente no que refere à inclusão ilegítima da Federação
Cearense de Handebol na presente demanda, como litisconsorte necessária, posto
que carente de interesse e legitimidade para tanto.
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IV. DA NOVA COMPOSIÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO HANDEBOL.
NECESSIDADE DE EXCLUSÃO DO NOME DO DR. CAIO POMPEU MEDAUAR DE SOUZA
DOS AUTOS E INTIMAÇÃO DO NOVO PRESIDENTE DO STJD DO HANDEBOL – DR.
GENISSON CRUZ SILVA – OAB/SE 2094 PARA PROMOVER A REGULAR HABILITAÇÃO NO
PRESENTE FEITO.
Por derradeiro, cumpre reiterar o disposto em manifestação
juntada às fls. 916 ut 918, referente ao pedido de exclusão do antigo representante
do STJD-Handebol, pelo novo presidente, o Dr. Genisson Cruz da Silva, a fim de que
passe a integrar a presente demanda, a qual, como se sabe, fora ajuizada pelo
requerente em desfavor da Confederação Brasileira de Handebol e de seu órgão
interno autônomo – Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Handebol.
Relembrando os fatos, tem-se quando da realização do
protocolo da inicial da presente lide (fls. 04/20) figurava como Presidente do STJD
da CFBH o Dr. Caio Pompeu Medauar de Souza – OAB/SP nº. 162.565.
Ocorre que às fls. 259/260 do presente feito pode ser avistada
petição subscrita por referido advogado, apresentando-se como Presidente do
Superior Tribunal de Justiça do Handebol e solicitando que as intimações oriundas
deste respeitável Juízo fossem a ele endereçadas.
Sobredito advogado (buscando em seu entendimento
defender os interesses do STJD-Handebol) ofertou contestação nos presentes autos
(fls. 326/343), sendo que em referida manifestação, por duas oportunidades, admitiu
que seu mandato de Presidente do STJD do Handebol já estava se expirando.
Colhe-se à fl. 327 a assertiva da “iminência de término do
mandato dos membros atuais do STJD”, sendo sobredita informação corroborada
às fls. 329, quando assevera que “seu mandato se encerra nas próximas semanas,
e por tal motivo, já apresenta a contestação”.
Portanto, desde a apresentação de sua contestação em
nome do STJD-Handebol que o advogado Caio Pompeu Medauar de Souza possuía
plena ciência de que seu mandato na condição de Presidente de referido Tribunal
da Justiça Desportiva encontrava-se na proximidade do término, razão pela qual
antecipou a apresentação da contestação (fls. 326/343), abrindo mão do prazo
processual de que dispunha.
Consoante comprovam os documentos de fls. 346/350 o
mandato da anterior composição do STJD do Handebol se iniciou em 23.05.2013,
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sendo certo que a duração de referido mandato é de 04 (quatro) anos, nos termos
do artigo 55, § 2º, da Lei nº. 9.615/98, vencendo-se, portanto, em 23.05.2017.
No escopo de dar cumprimento à legislação sobre a matéria
(Lei Pelé) a Confederação Brasileira de Handebol por intermédio de seus dirigentes
provocou todas as entidades que possuíam assento no Tribunal Desportivo (OAB,
árbitros, atletas e clubes) para que indicassem nomes a serem nomeados,
constituindo-se nova composição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da
Confederação Brasileira de Handebol.
Nesse contexto, após todas as indicações e respectivas
nomeações, deu-se no dia 03.07.2017 a posse aos novos integrantes do STJD-CBHb,
tendo sido realizada Sessão Ordinária, promovendo-se, inclusive, a eleição para os
cargos de Presidente e Vice-Presidente do STJD do Handebol (vide ata em anexo,
devidamente registrada no Cartório do 10º Ofício da Comarca de Aracaju/SE).
Extrai-se do documento anexo a eleição do ilustre advogado
Dr. Genisson Cruz Silva – OAB/SE 2094 para o cargo de Presidente e do Dr. Fábio
Rodrigo de Paiva Henriques para o cargo de Vice-Presidente do STJD do Handebol.
Consigne-se que na mesma solenidade foram eleitos os Drs.
Francisco Antony Robson da Silva Lima e Josan Gois Martins Neto respectivamente
para os cargos de Procurador Geral e Procurador Adjunto do STJD do Handebol.
Considerando que a posse dos eleitos se deu na mesma data
(03.07.2017), passou o STJD-Handebol a contar a partir de referido momento com
novos representantes, destacando-se que os mandatos terão vigência pelo
interstício compreendido entre julho de 2017 a julho de 2021.
O requerente, objetivando zelar pelo regular andamento da
presente demanda, reitera na presente réplica a nova composição do Superior
Tribunal de Justiça do Handebol da Confederação Brasileira de Handebol, a fim de
que se promova a exclusão do nome do Dr. Caio Pompeu Medauar de Souza dos
presentes autos, considerando que referido profissional não mais representa o STJD-
Handebol, haja vista não mais possuir legitimidade para atuar na presente lide,
devendo-se desentranhar qualquer manifestação processual que venha a ser por
ele apresentada nos autos.
Por derradeiro, pugna o autor que seja realizada a imediata
intimação do novo Presidente do STJD do Handebol – Dr. Genisson Cruz Silva –
OAB/SE 2094, para promover a regular habilitação no presente feito, devendo
sobredito advogado vir a ser intimado de todos os atos processuais a serem
praticados por este competente e ínclito Juízo.
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IV. DOS REQUERIMENTOS:
À vista do exposto, roga o requerente:
a) Pelo recebimento da presente manifestação
processual em forma de réplica, eis que oportuna e
tempestiva;
b) Que se promova a rejeição in totum das
preliminares suscitadas pelo STJD-Handebol e pela
Confederação Brasileira de Handebol, ora requeridos,
haja vista a inviabilidade jurídica da fundamentação
nelas trazida, consoante se depreende das
argumentações demonstradas no início dessa réplica;
c) Que se promova a rejeição in totum da pretensão
de resistência oposta pelo STJD-Handebol e pela
Confederação Brasileira de Handebol, ora requeridos,
por serem suas teses carecedoras de quaisquer alicerces
jurídicos, consoante se depreende das argumentações
alhures demonstradas;
d) Que seja, desde logo, reconhecida a inexistência
de litigância de má-fé na conduta do requerente, posto
que vem atuando na lide com lealdade, confiança e
respeito à legislação processual;
e) Que seja denegado o pleito do STJD de inclusão no
litisconsórcio necessário existente, de Fabiano Lima
Cavalcanti, bem como, que se promova a denegação
do pedido deste de habilitação como assistente, visto
que os polos ativo e passivo da demanda foram
claramente delimitados quando do ajuizamento da
ação, tendo este douto juízo reconhecido as partes
legítimas;
pág.25 de 25
f) Que seja reconhecida a ilegitimidade da Federação
Cearense de Handebol para figurar na demanda, como
litisconsorte necessária, posto que carece de interesse
jurídico para tanto, visto que jamais chegou a ser parte
na impugnação que originou a propositura da presente
ação, devendo ser mantida a sua exclusão da lide;
g) Que se promova a exclusão do nome do Dr. Caio
Pompeu Medauar de Souza dos presentes autos, posto
que referido profissional não mais representa o STJD-
Handebol, haja vista não mais possuir legitimidade para
atuar na presente lide, devendo-se desentranhar
qualquer manifestação processual que venha a ser por
ele apresentada nos autos;
h) que seja realizada a imediata intimação do novo
Presidente do STJD do Handebol – Dr. Genisson Cruz Silva
– OAB/SE 2094, para promover a regular habilitação no
presente feito, devendo sobredito advogado vir a ser
intimado de todos os atos processuais a serem praticados
por este competente e ínclito Juízo.
i) Reiteram-se, no atual estágio do feito, os pedidos
formulados na exordial em sua totalidade.
Nestes termos, crédulos na justiça que aflora de seus petitórios,
aguardam deferimento.
Aracaju/SE, 31 de outubro de 2017.
EVÂNIO JOSÉ DE MOURA SANTOS MATHEUS MEIRA DANTAS
OAB/SE 2.884 – OAB/BA 19.306 OAB/SE 3.910