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BRASÍLIA-DF, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE NOVEMBRO DE 2012 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 14 | Número 2888 MARCIO GARCEZ Arte e folclore em Lambe-sujos e Caboclinhos A exposição Lambe-sujos e Caboclinhos apresenta quarenta fotografias da tradicional festa que narra o combate entre escravos e índios, na histórica cidade de Laranjeiras, em Sergipe, Patrimônio Histórico Nacional. Nas fotos da festa, que acontece sempre no segundo domingo de outubro, estão a dança do folguedo, comidas típicas, manifestações teatrais, gestos e performances. Os Caboclinhos, índios catequizados pelas missões jesuítas, participam do evento figurando como “auxiliares de captura” dos escravos fugitivos e refugiados nos quilombos – os Lambe-sujos. Fotógrafo premiado e com publicações em várias revistas, Márcio Garcez mostra os dois grupos com imparcialidade para buscar a melhor imagem da tradicional manifestação folclórica e cultural. Pontos da reforma política poderão ser votados em novembro, diz Marco Maia Página 3 Período: de 6 a 29 de novembro Horário: de 2ª a 6 ª feira, das 9 às 17 horas Local: Galeria do 10ºandar do anexo IV Entrada franca SERVIÇO:

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Page 1: Arte e folclore em Lambe-sujos e CaboclinhosArte e folclore em MARCIO GARCEZ Lambe-sujos e Caboclinhos ... tal cearense, argumentou Figueiredo, o candidato do PDT à prefeitura Heitor

BRASÍLIA-DF, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE NOVEMBRO DE 2012 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 14 | Número 2888MARCIO GARCEZ

Arte e folclore em Lambe-sujos e Caboclinhos

A exposição Lambe-sujos e Caboclinhos apresenta quarenta fotografias da tradicional festa que narra o combate entre escravos e índios, na histórica cidade de Laranjeiras, em Sergipe, Patrimônio

Histórico Nacional. Nas fotos da festa, que acontece sempre no segundo domingo de outubro, estão a dança do folguedo, comidas

típicas, manifestações teatrais, gestos e performances. Os Caboclinhos, índios catequizados pelas missões jesuítas, participam

do evento figurando como “auxiliares de captura” dos escravos fugitivos e refugiados nos quilombos – os Lambe-sujos. Fotógrafo

premiado e com publicações em várias revistas, Márcio Garcez mostra os dois grupos com

imparcialidade para buscar a melhor imagem da tradicional manifestação folclórica e cultural.

Pontos da reforma política poderão ser votados em novembro, diz Marco MaiaPágina 3

Período: de 6 a 29 de novembroHorário: de 2ª a 6 ª feira, das 9 às 17 horas

Local: Galeria do 10ºandar do anexo IVEntrada franca

SERVIÇO:

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Jornal da Câmara

Impresso na Câmara dos Deputados (DEAPA / CGRAF) em papel reciclado

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - 54a Legislatura SECOM - Secretaria de Comunicação Social

Diretora: Sueli Navarro (61) 3216-1500 [email protected]

[email protected] | Redação: (61) 3216-1660 | Distribuição e edições anteriores: (61) 3216-1827

1ª Vice-PresidenteRose de Freitas (PMDB-ES)2º Vice-Presidente Eduardo da Fonte (PP-PE)1º SecretárioEduardo Gomes (PSDB-TO)2º Secretário Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP)3º SecretárioInocêncio Oliveira (PR-PE)4º SecretárioJúlio Delgado (PSB-MG)

Presidente: Marco Maia (PT-RS) SuplentesGeraldo Resende (PMDB-MS), Manato (PDT-ES), Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE) e Sérgio Moraes (PTB-RS)Ouvidor Parlamentar Miguel Corrêa (PT-MG)Procurador Parlamentar Nelson Marquezelli (PTB-SP)Diretor-Geral Rogério VenturaSecretário-Geral da MesaSérgio Sampaio de Almeida

2POLÍTICA

Brasília, 5 de novembro de 2012

Disque - Câmara 0800 619 619www.camara.leg.br

Diretor de Mídias IntegradasFrederico SchmidtCoordenadora de Jornalismo Patricia Roedel

Editora-chefeRosalva NunesEditoresMaria Clarice DiasRachel Librelon

DiagramadoresGilberto MirandaRoselene GuedesIlustradorRenato Palet

SERVIÇOCanto das Letras Data: 8 de novembroHorário: 19 hLocal: Auditório da TV Câmara Entrada franca

SEGUNDA-FEIRA5 de novembro de 2012

agenda

Pedido de CPI para investigar erros em pesquisas eleitorais é protocolado

Marcello Larcher

O líder do PDT na Câmara, depu-tado André Figueiredo (CE), apresen-tou oficialmente na quarta-feira (31), na Secretaria-Geral da Mesa, pedido de instalação de Comissão Parlamen-tar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação de institutos na divulgação de pesquisas nas últimas eleições mu-nicipais. O requerimento contém 225 assinaturas, que ainda serão conferidas pela Mesa para confirmar se, de fato, foi atingido o número mínimo exigido, de 171 deputados.

Figueiredo, que recolheu as assina-turas em três dias, disse contar com o André Figueiredo

GUSTAVO LIMA

apoio de 80% dos líderes partidários. Segundo o deputado, o primeiro pas-so da futura CPI seria requisitar dados junto ao Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE) sobre pesquisas registradas e que tiveram erros maio-res que o esperado.

Regulamentação - Com a CPI, André Fi-gueiredo pretende ouvir os institutos, especialmen-te os envolvidos em casos em que houve discrepân-cia entre as sondagens e o resultado final, e espera que a comissão proponha

uma nova regulamentação para a divul-gação de pesquisas eleitorais.

Ele ressaltou que o pedido de CPI foi motivado por sonda-gens feitas em geral por pequenos institutos e que apontavam candidatos em situação muito diferente da verificada nas urnas, inclusive na véspera da eleição. “Não estamos dizendo que houve ato ilícito, mas é preciso ave-riguar”, declarou.

O deputado citou pesquisas em Fortaleza, Curitiba e Manaus que

poderiam influenciar o resultado do primeiro turno das eleições. Na capi-tal cearense, argumentou Figueiredo, o candidato do PDT à prefeitura Heitor Férrer chegou a ser apontado em quar-to lugar, sem chances de passar para o segundo turno, porém terminou perto do segundo colocado.

Da mesma forma, disse o líder, o ex-deputado Gustavo Fruet, também do PDT, venceu as eleições no segun-do turno depois de ser apontado por sondagens como terceiro colocado ao final do primeiro turno.

Atualmente, outros oito pedidos de CPI aguardam análise na Secretaria-Geral da Mesa.

INSTITUCIONAL

Canto das Letras reúne escritores e compositoraA próxima edição do Canto das Le-

tras, promovido pelo Centro Cultural da Câmara dos Deputados, com o apoio da TV Câmara e do Sindilegis, terá a participação dos escritores Casimiro Neto e Vânia Moreira Diniz, além da cantora e compositora Ângela Bran-dão. Em formato de talk show, o ator Jones Abreu e a poeta e servidora da Câmara Isolda Marinho fazem a leitura dramatizada de textos dos escritores e conversam com o público sobre carrei-ra e processo de criação, entremeando com as composições.

Angela Brandão tem se destacado como uma das principais composito-ras da nova geração de Brasília. Com letras poéticas e melodias incomuns, vai do samba de raiz à música pop. Seu primeiro CD foi gravado no Rio de Ja-neiro com arranjos de Leandro Braga e participação especial do cantor Pau-linho Moska.

Autora de livros de poesia e crônica, Vânia Moreira Diniz é também divul-gadora e pesquisadora, além de mem-bro nacional vitalício da Academia de Letras do Brasil (ALB), com a cadeira

Inovação agropecuáriaA Comissão de Agricultu-

ra, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural promove a II Semana da Pesquisa e Inovação na Agropecuária, com o tema “Tecnologias aplicadas à sustentabilidade da agricultu-ra”. Será aberta a exposição “Tecnologias Sustentáveis”, e haverá degustação de pro-dutos de pesquisa. Espaço do Servidor (anexo II), 9h

Sessão soleneHomenagem do Congres-

so Nacional ao centenário de falecimento do Marquês de Paranaguá. Plenário do Senado Federal, 18h30

número 1 no Distrito Federal. Servidor da Câmara, Casimiro Neto é professor, pedagogo e historiador. Publicou livros com temas acadêmicos e literários, além de artigos em revistas especializadas, no portal da Câmara dos Deputados e em publicações da Casa.

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PLENÁRIOBrasília, 5 de novembro de 2012

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Marco Maia espera incluir pontos da reforma política na pauta de novembro

Wilson Silveira

Alguns dos principais pontos da reforma política poderão ser votados ainda em novembro. A previsão foi fei-ta na quinta-feira (1º) pelo presidente da Câmara, Marco Maia. Para que isso seja possível, ele acredita que apreciação da reforma deverá ser fatiada. A vota-ção está marcada para a última semana deste mês.

Marco Maia disse ter conversado so-bre o assunto com o relator da reforma, deputado Henrique Fontana (PT-RS), que considera possível chegar a um en-tendimento na comissão especial sobre algumas das propostas contidas em seu relatório. “Não trabalhamos com a pos-sibilidade de votar uma reforma política ampla, mas de avançar em alguns temas fundamentais para o Brasil e que têm ressonância com a sociedade”, afirmou Fontana.

Para ele, os temas que têm mais chances de aprovação no Plenário são a coincidência na data das eleições, de forma que não haja mais eleição de dois em dois anos; e o fim das coligações nos pleitos para deputados e vereadores, chamadas proporcionais.

O presidente da Câmara, no entan-to, tem dúvidas quanto à viabilidade de outros pontos da reforma. “O financia-mento público mobiliza o mundo políti-co, mas não tem aceitação na sociedade. A Câmara mesmo já fez uma pesquisa, e as pessoas majoritariamente se posi-cionaram contrárias, achando que não

Na quarta-feira (31), o presidente Marco Maia disse ao presidente da Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil, Warley Martins, que colocará em votação, até o dia 28 de novembro, o projeto que extingue o fator previden-ciário (PL 3299/08). Maia informou que, apesar da oposição do governo ao projeto, essa é uma decisão que caberá aos deputados. “Eu vou colocar na pauta e a Câmara vai votar. Agora, eu não tenho poder de votar nem de convencer os deputados a votar; eu coloco na pauta. Os líderes é que vão decidir”, ressaltou.

Maia pretende negociar com o Executivo um texto que não seja vetado posteriormente. “Do contrário, não adianta votar; não resolve o problema. Até o último momento, eu vou tentar buscar o entendimento com o governo. Já falei

é razoável que o Estado gaste bilhões de reais a cada dois anos financiando campanhas eleitorais”, argumentou.

Royalties - Marco Maia avaliou também que dificilmente serão desti-nados 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação, como quer a presidente Dilma Rousseff. “Não dá para tirar dinheiro que iria para os mu-nicípios ou para os estados e colocar exclusivamente na educação, porque há outras necessidades, como saúde, ciência e tecnologia, e infraestrutura”, afirmou.

“Se nós conseguirmos pegar a parte do governo federal e carimbar essa parte dizendo que os recursos todos devem ser investidos na educação, como pretende a presidenta Dilma, já estaremos, com isso, dando uma contribuição inestimá-vel”, acrescentou.

Expectativa é colocar fim do fator previdenciário em votação até dia 28

Câmara aprova acordo de reconhecimento mútuo de CNH com Moçambique

O Plenário aprovou na quinta-feira (1º) dois projetos de decreto legislativo (PDCs) que permitem a ratificação de acordos internacionais firmados pelo Brasil. Os textos aprovados seguem para análise do Senado.

O primeiro deles, PDC 539/11, ratifica acordo firmado com a República de Moçambique para o reconhecimento mútuo de carteiras de habilitação. O texto foi assinado em junho de 2010 e pretende melhorar as condições de vida e de trabalho dos brasileiros radicados em Moçambique e dos moçambicanos residentes no Brasil.

O acordo autoriza os titulares de documento de habilitação emitido por um país a conduzir veículos no território do outro por até 180 dias. Após esse período, os motoristas poderão requerer novo documento no país em que tenham fixado residência apresentando apenas exames de aptidão física e avaliação psicológica, sendo dispensados exames teóricos e práticos.

O outro projeto aprovado, PDC 562/12, aprova acordo entre o Brasil e a Bósnia-Herzegovina para permitir a isenção parcial de vistos. Conforme o acordo, assinado em Saravejo no ano de 2010, fica dispensada a exigência de visto por até 90 dias, prorrogável por mais 180 dias, no caso de viagem de turismo ou de negócio.

Participação de modelos em desfiles é condicionada a atestado médicoA Câmara con-

dicionou à apresen-tação de atestados médicos a participa-ção de modelos em desfiles, eventos e campanhas. A proposta, aprovada em caráter conclu-sivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-nia (CCJ), também obriga as agências a oferecer acompa-nhamento físico e mental periódico aos modelos, responsabilizan-do-se inclusive pelos custos.

O objetivo é incentivar um ideal de beleza mais saudável e combater distúrbios alimentares. A medida está prevista em substitutivo ao Projeto de Lei 7574/06, do deputado Enio Bacci (PDT-RS). O relator na CCJ foi o deputado Pastor Marco

CONSTITUIçãO E JUSTIçA

Pastor Marco Feliciano

ALExANDRA MARTINS

Enio Bacci

GUSTAVO LIMA Feliciano (PSC-SP), que analisou a matéria apenas quanto aos aspec-tos jurídicos, cons-titucionais e de téc-nica legislativa. O projeto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário.

A proposta já havia sido apro-vada pelas co -missões de Se-

gur idade Social e Família; e de Traba-lho, de Administração e Serviço Público. Conforme o texto, um regulamento definirá os critérios da equipe a ser contratada pela agência, da periodicidade das avaliações e dos dados obrigatórios que devem constar do atestado médico.

Confira o calendário de referência para votações na segunda semana deste mês

Projeto Ementa AutoriaPL

84/99Dispõe sobre os crimes cometidos na área de informática, suas penalidades e dá outras providências. (Hackers na internet)

Luiz Piauhylino

PL 2126/11

Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil (Marco Civil da Internet) (Apensado ao PL 5403/01)

Poder Executivo

PL 301/07

Define condutas que constituem crimes de violação do direito internacional humanitário, estabelece normas para a cooperação judiciária com o Tribunal Penal Internacional e dá outras providências

Dr. Rosinha(PT-PR)

PL 865/11

Altera a Lei nº 10.683/03, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, cria cargo de Ministro de Estado e cargos em comissão, e dá outras providências.

Poder Executivo

PL 5476/01

Modifica a Lei nº 9.472/97, determinando que a estrutura tarifária dos serviços de telefonia fixa comutada, prestados em regime público, seja formada apenas pela remuneração das ligações efetuadas. (Proíbe a cobrança de assinatura básica)

Marcelo Teixeira

PL 7177/02

Altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, para dispor sobre a obrigatoriedade de fornecimento de bolsas de colostomia pelos planos e seguros privados de saúde.

Jandira Feghali(PCdoB-RJ)

com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves. Devemos fazer uma reunião nos próximos dias aqui na Câmara com os técnicos da Previdência e da Fazenda para conversar sobre o tema”, explicou.

Warley Martins afirmou que confia na aprovação do pro-jeto pois, segundo ele, a maioria dos deputados reconhece que o índice prejudica todos os aposentados do Regime Geral da Previdência: “Não tem deputado a favor do fator previdenciário. Então, não é justo mantê-lo. Já que o governo não quer abrir as portas para negociar um outro fator, então que seja votado esse projeto.”

A proposta em tramitação na Câmara fixa o valor da aposentadoria a partir da média aritmética das últimas contribuições, até o máximo de 36.

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ECONOMIABrasília, 5 de novembro de 2012

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Comissão mista define roteiro para analisar MP das Concessões de Energia

Jaciene Alves

A comissão mista que analisa a Medida Provisória 579/12 apre-sentou na quarta-feira (31) o plano de trabalho para analisar a proposta. A MP altera o marco regulatório do setor elé-trico brasileiro, trata da renovação de concessões e define a redução, entre 6,2% a 28%, das contas de luz a partir de 2013. A intenção é votar o pa-recer na comissão até 25 de novembro.

De acordo com a MP, a nova tarifa de luz será composta apenas por custos de operação, tributos e encargos se-toriais reduzidos e pela remuneração do uso das redes de transmissão e distribuição.

O plano de trabalho foi apresentado pelo rela-tor, senador Renan Ca-lheiros (PMDB-AL). A ideia é promover quatro audiências públicas para discutir a proposta, que também permite a reno-vação antecipada, por até 30 anos, de contratos de concessão com empresas de geração, transmissão e distribuição de energia.

No dia 6 de novembro, devem ser ouvidos representantes das empresas que

produzem e distribuem a energia elétrica no País. No dia seguinte, será a vez de

representantes de con-sumidores, indústria e comércio, além de insti-tuições de pesquisa. No dia 13 de novembro, os parlamentares vão rece-ber governadores de di-versos estados e, no dia 14, a comissão espera ouvir representantes do governo federal e fechar o ciclo de debates.

Para o senador Re-nan Calheiros, a MP é fundamental porque vai reduzir custos de produção e elevar o poder de compra dos salários. “Pode signifi-car um avanço para o consumo com repercus-sões importantes para a economia”, assinalou.

Prazos - Para o de-putado Arnaldo Jardim (PPS-SP), além do con-teúdo da MP, os parla-mentares devem se pre-

ocupar com prazos que estão vencendo, como o de manifestação das empresas e o de determinação dos valores de refe-rência para a Aneel. Caso a MP 579 não seja transformada em lei até 19 de feve-reiro de 2013, perderá sua validade.

Arnaldo Jardim também defen-de uma discussão aprofundada com o governo, tendo em vista que metade

dos investimentos do País foi na área de energia. “Uma discussão superficial pode levar a uma instabilidade de regras que afaste o investidor”, afirmou.

Apagões - O debate sobre a redução da tarifa de energia elétrica, na avaliação de alguns parlamentares, deve ser acom-panhado de discussões sobre os apagões e a segurança do setor de transmissão e distribuição de energia.

Desde o dia 22 de setembro, foram registrados cinco apagões. O último, em 26 de outubro, atingiu o Distrito Federal e mais nove estados das regiões Norte e Nordeste do País.

Para Arnaldo Jardim, com a entra-da em vigor da MP 579/12, o risco de apagão pode aumentar. “Com a baixa

Alguns parlamentares defendem que o debate sobre tarifas venha acompanhado de discussão sobre os apagões e sobre a segurança do setor de energia; na foto, hidrelétrica de Itaipu

Debates na OMC poderão ser acompanhados por parlamentares As negociações pro-

movidas pela Organiza-ção Mundial de Comércio (OMC), que reúnem apenas integrantes dos governos dos países-membros, po-derão passar a ser acom-panhadas por delegações parlamentares.

A proposta foi apre-sentada na quarta-feira (31) pelo deputado francês Jean-Pierre Audy e aceita pelo deputado brasileiro Dr. Rosinha (PT-PR), que presidiu encontro de inte-grantes do Parlamento Eu-ropeu e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul). “O que nos preo-cupa é a participação parlamentar no debate sobre o comércio internacional.

É preciso criar uma dimensão parlamentar na OMC”, sugeriu Audy.

Ex-presidente do Parlasul, Dr. Rosi-

nha considerou importante a discussão sobre o acom-panhamento das nego-ciações sobre o comércio internacional. Ao concluir a reunião, que contou com a presença de cinco integran-tes do Parlamento Europeu, ele propôs que a pauta seja aprofundada.

Ainda sobre o comércio internacional, o deputado ita-liano Gianluca Susta, relator da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu, lembrou que a União Europeia tem incluído em todas as negociações comerciais as questões

dos direitos humanos e sociais, como premissas para se chegar a um acordo. Este foi o caso, como informou, de ne-

gociações com a Coreia, a Colômbia e o Peru. “Os acordos comerciais não são um fim, mas um instrumento”, afirmou Susta.

Educação e tecnologia - Durante os debates, o deputado Newton Lima (PT-SP) propôs que o Parlamento Europeu e o Parlasul promovam discussão sobre a cooperação nas áreas de educação, ciência, tecnolo-gia e inovação. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) pediu que os temas sociais estejam sempre na pauta dos dois parlamentos.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) quis saber dos colegas europeus como a crise econômica afeta seus trabalhos. Em resposta, Jean Pierre-Audy disse que a crise não é da Europa, mas sim dos países que integram o bloco. “A União Europeia não é um problema, mas uma solução.”

da rentabilidade das empresas, sem um critério claro de remuneração, elas po-dem investir menos na segurança do sistema.”

De acordo com o líder do PT, de-putado Jilmar Tatto (SP), essa não é a questão central da medida provisória porque existem outras comissões onde o debate é mais apropriado, como a de Minas e Energia. “Mas nenhum assunto está proibido”, adiantou.

O ministro de Minas e Energia, Ed-son Lobão, deve ser ouvido na comissão no dia 21 de novembro. Os deputados querem esclarecimentos sobre os apa-gões ocorridos no País e sobre a seguran-ça do setor de transmissão e distribuição de energia.

Arnaldo Jardim

LEONARDO PRADO

Jilmar Tatto

ALExANDRA MARTINS

ITAIPU

A proposta de que parlamentares participem das discussões sobre comércio mundial foi debatida entre integrantes do Parlasul e do Parlamento Europeu

PEDRO FRANçA-AGêNCIA SENADO

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COMISSÕESBrasília, 5 de novembro de 2012

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Seguridade aprova mais rigor em denúncia de abusos contra menores

Foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família propos-ta que obriga institui-ções que trabalham com crianças e adolescentes a contar com profissionais treinados para identificar efeitos de abusos e maus tratos.

O texto também espe-cifica maus tratos e define que pessoas serão obriga-das a comunicar casos suspeitos ou confirmados ao Conselho Tutelar, sob pena de sofrer as punições previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).

Em regime de prioridade, o texto segue para análise conclusiva da Co-missão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Proposta inicial - Foi aprovado subs-titutivo do relator, deputado Vitor Paulo (PRB-RJ), ao Projeto de Lei 4569/08, do

Senado. O texto original determina apenas que abrigos para menores, as-sim como entidades atu-antes nas áreas de cultura, lazer, esportes, diversões e espetáculos, e todas que atuem junto a crianças e adolescentes, devem ter profissionais qualificados para identificar possíveis abusos.

Ainda conforme o projeto inicial, o Conse-

lho Tutelar deverá promover cursos de treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus tratos em crianças e adolescentes.

Substitutivo - Já o substitutivo aco-lheu sugestões dos dois projetos apen-sados, PL 6362/09 e 800/11, ambos do Senado.

O primeiro deles obriga os cursos de formação de professores da educação básica e de pedagogia a oferecer capaci-

A Comissão de Seguridade Social também aprovou proposta da deputada Sueli Vidigal (PDT-ES) que inclui na Lei Orgânica da Saúde (8.080/90) a atividade física e o transporte como fatores determinantes da sanidade. O transporte já consta na lei, mas havia sido retirado do texto quando da aprovação do projeto (PL 1266/07) original pela Câmara. A proposta segue para análise conclusiva da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O relator, deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), no entanto, acolheu também o substitutivo do Senado que reinclui esse fator na legislação. Para o deputado, “a situação de transporte de um país, estado ou região é determinante para a saúde da população”.

Qualidade de vida - Paulo Rubem Santiago argumenta ainda que está consolidada a noção da importância da atividade física para a prevenção, por exemplo, de problemas cardíacos, de coluna, osteoporose e obesidade. “A ati-vidade física ainda proporciona melhor qualidade de vida ao liberar substâncias que trazem bem-estar e tornam o sono mais reparador”, acrescenta.

Vitor Paulo

tação que permita ao profissional identi-ficar possíveis sintomas de abusos.

O outro define maus tratos e obriga o Ministério Público a criar um sistema nacional de informações sobre esses ca-sos. No projeto, constam da definição de maus tratos: agressões físicas, psico-

lógicas e sexuais; negligência; abandono; privação de alimentos; e rapto.

Para Vitor Paulo, essas alterações aprimoram a legislação em vigor. “Criam-se novos instrumentos para o combate desses atos nefastos que vêm sendo per-petrados em todo o País”, afirmou.

Propaganda de medicamentos e terapias deverá ser restritaO Projeto de Lei 1402/99, aprovado

pela Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática, res-tringe a propaganda de medicamentos e terapias em veículos de comunicação. De autoria do ex-deputado Dr. Evilá-sio, a proposta mantém a liberação apenas para a publicidade de remé-dios genéricos, em campanhas patro-cinadas pelo Ministério da Saúde ou em locais autorizados a distribuí-los. Foram aprovados ainda seis projetos apensados que regulamentam o mes-mo assunto. Outros doze apensados foram rejeitados.

A matéria, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidada-nia.

O texto foi aprovado na forma do substitutivo do relator, deputado Josias Gomes (PT-BA). Ele afirmou que as proposições em exame tentam aper-feiçoar, com distintas abordagens, as disposições vigentes. Mas esse esfor-ço deve ser realizado com a devida cautela. “A propaganda responsável, informativa, que orienta o consumi-dor quanto ao uso correto do medi-camento, é fator de redução de riscos sanitários e de racionalização no uso da fórmula”, destacou.

O texto aprovado prevê que a peça publicitária não poderá incluir imagens de celebridades fazendo o uso de medica-mentos ou recomendando sua utilização, nem se referir de forma abusiva ou enga-nosa a testemunhos de cura. E permite, nos meios de comunicação social, a pro-paganda de medicamentos de venda sem exigência de prescrição médica, desde que registrados no órgão responsável pela fis-calização sanitária.

Já o projeto original permitia a pro-paganda de medicamentos e terapias de qualquer tipo ou espécie somente em pu-blicações especializadas, dirigidas direta e especificamente a profissionais e institui-ções de saúde.

A legislação atual (Lei 9.294/96) per-

mite a propaganda de medicamentos clas-sificados pelo Ministério da Saúde como anódinos (paliativos) e de venda livre, desde que inclua advertências quanto ao seu abuso. Todo anúncio de remédio tem que informar, por exemplo, que o médico deverá ser consultado caso os sintomas persistam.

Josias Gomes disse que a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem alertan-do para o perigo do mau uso de medica-mentos. “De acordo com a OMS cerca de metade dos medicamentos é usada de forma incorreta. Até 70% dos gastos em saúde, nos países em desenvolvimento, correspondem a medicamentos, enquanto que, nos países desenvolvidos, esse índice é menor que 15%”, destacou o deputado.

Proposta que fixa a carga horária máxima de trabalho dos psicólogos em 30 horas semanais, proibindo ainda a redução de salário, foi apro-vada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já passou Comissão de Seguridade Social e Família e agora será examinada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania.

A medida está prevista no substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3338/08, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ). A proposta ante-riormente aprovada pela Câmara estabelecia apenas que a jornada de trabalho deveria ser fixada em acordo ou convenção coletiva. Como sofreu alterações no Senado, o texto retornou para nova análise dos deputados.

O relator, deputado Roberto Santiago (PSD-SP), foi favorável ao substitutivo do Senado. Ele defendeu a necessidade de definir, em lei, uma carga de trabalho digna para os psicólogos, “cuja atividade é de elevada complexidade, exigindo intenso preparo para o desempenho de suas atribuições”.

Atividade física como fator determinante de sanidade

Projeto que estabelece carga de 30 horas semanais para

psicólogos avança na Câmara

O texto aprovado prevê que a peça publicitária não poderá incluir imagens de celebridades recomendando o uso de remédios

BLOGSPOT

LARISSA PONCE

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Disque - Câmara 0800 619 619

DISCURSOSBrasília, 5 de novembro de 2012

www.camara.leg.br

Carlos Souza (PSD-AM) disse que apoia o projeto que altera a distribuição dos royalties do petró-leo. O parlamentar defendeu que o texto não seja mudado na Câmara, “porque beneficia os municípios mais pobres do Amazonas”. Ele afirmou que, mesmo com a perda de recursos para Manaus, o estado vai receber mais de R$ 190 milhões ecom isso, a capital também vai ser beneficiada.

O cenário é de desolação, disse o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), ao descrever, em Plenário, os efeitos da estiagem na Região Nor-deste. Segundo o parlamentar, 1.243 municípios estão em situação de emer-gência. Ele relatou que o gado está mor-rendo e que safras foram perdidas.

O deputado Efraim Filho (DEM-PB) alertou para os problemas que os nor-destinos vêm enfrentando “com a falta absoluta de esperança diante da seca”. Segundo o parlamentar, são necessárias políticas públicas estruturantes, ao invés de assistencialistas, para a solução do problema da estiagem. “Clamamos para que deixemos as políticas assistencialis-tas ou emergenciais de lado para buscar realmente políticas estruturantes, polí-ticas públicas que tornem o Nordeste capaz de enfrentar a seca”, afirmou.

De acordo com Efraim Filho, “já é mais do que sabido” que as secas no Nordeste são periódicas e que, enquanto fenômeno natural, não há como com-batê-las. Para ele, é preciso haver uma discussão sobre a redução dos impactos causados pelo fenômeno natural, “não a partir de políticas nas quais as pessoas dependem de provedores e de programas emergenciais, mas em busca de soluções definitivas, por meio do investimento no desenvolvimento de tecnologias”.

O deputado afirmou que a falta

d’água, a rigor, não é um problema na região, mas sim a sua má distribuição e as dificuldades do seu aproveitamento. “A presidente Dilma Rousseff anuncia mais um programa de governo de com-bate à seca. Vá lá. Numa hora dessas, quando 26 milhões de pessoas estão sem água, o jeito é mandar centenas de car-ros-pipa para o sertão nordestino. Mas certamente essa não é a solução para o problema”, criticou.

Estiagem deixa 1.243 municípios do Nordeste em situação de emergência,

alerta Raimundo Gomes de MatosPara Gomes de Matos,

o problema é grave e afeta diretamente 10 milhões de pessoas. “Ceará e Piauí tive-ram perdas de 90% na agri-cultura, nesta que é conside-rada a pior seca das últimas décadas”, disse.

Na opinião do deputado, a tão espe-rada transposição do rio São Francisco

está paralisada. “Essa obra tão sonhada não se concretizou. E o mais triste é que essa obra bilionária está parada e não levou uma gota de água, até o momento, ao povo nordestino. Verifica-mos o andamento das obras, e elas estão no mesmo estágio”, de-nunciou.

O parlamentar legenda

LEONARDO PRADO

disse ainda que o governo federal não está executando alguns recursos pre-vistos no Orçamento. Segundo ele, no Programa Integração das Bacias Hidro-gráficas, por exemplo, só foram aplica-dos 7,5% dos recursos. “O governo fica editando medidas provisórias ao invés de executar o Orçamento. Esses progra-mas amenizariam a situação do povo nordestino”, avalou.

Para Gomes de Matos, as obras anunciadas contra a seca ainda conti-nuam sem definições. É necessáriose-gundo o deputado, fortalecer o Dnocs e a Sudene, e descontingenciar recursos dos fundos constitucionais.

Efraim Filho critica políticas assistencialistas e defende ações

estruturantes para enfrentar a seca

LEONARDO PRADO

Guarani-kaiowá Reforma políticaMauro Benevides (PMDB-CE)

lamentou que, até o momento, o Plenário não tenha pautado a re-forma política. O parlamentar teme que esta legislatura se encerre sem ter sequer discutido pontos impor-tantes, em especial a legislação eleitoral. A participação de pessoa física no financiamento das campa-nhas, ou o financiamento público, na opinião de Benevides, é um dos pontos principais da reforma, além da relação de candidatos definida pelo partido, conhecida como lista fechada.

A Comissão de Direitos Huma-nos aderiu oficialmente à campanha em favor da etnia guarani-kaiowá. Integrante do colegiado, Janete Capiberibe (PSB-AP) participou na quinta-feira (1º) de audiência pública no Senado visando buscar soluções para a situação que, em sua avalia-ção, significa “o genocídio do século 21”. Na opinião da deputada, tirar o poder público do imobilismo e criar um pacto social é o primeiro passo para uma possível conscientização sobre a real situação das comunida-des indígenas e a solução de seus problemas.

O conflito entre índios guara-ni-kaiowá e fazendeiros no Mato Grosso do Sul foi repudiado por Ivan Valente (Psol-SP). O deputado afirmou existir um genocídio no local e pediu providências imediatas e auxílio da sociedade contra o emba-te. Ele avaliou ainda que a decisão judicial de expulsar os indígenas foi feita para beneficiar fazendeiros. “O estado está sendo tomado por pasto e não existem mais árvores na região”, denunciou.

Neste ano, em São Paulo, 88 policiais militares foram assassinados, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, citada por Roberto de Lucena (PV-SP). Os dados, segundo o parlamentar, são alarmantes e pre-ocupam. Ele fez um apelo para que os governos federal, estadual e municipal façam um pacto de ações integradas de combate a esses crimes. Se este ciclo não for quebrado, de acordo com o deputado, haverá aumento descontrolado da violência no estado.

Taumaturgo Lima (PT-AC) elogiou o processo eleitoral deste ano e destacou o desempenho do PT, que conquistou 635 prefeituras no pleito municipal. Uma das maiores conquis-tas do PT, na opinião do deputado, foi a prefeitura de São Paulo. Não menos importante, complementou, “foi a vitória expressiva do partido em Rio Branco”, capital do Acre.

RoyaltiesO projeto de lei que trata da partilha dos

royalties (PL 2565/11) pode ser votado nas próximas semanas. Paulo Feijó (PR-RJ) voltou a defender que os contratos de distri-buição dos royalties já em vigor permaneçam como estão, e que somente os royalties do pré-sal sejam partilhados por todos os entes federados. Paulo Feijó justificou que os royal-ties são uma espécie de indenização para os estados produtores, que arcam com os danos ambientais e estruturais provocados pela exploração do petróleo.

EleiçõesClaudio Cajado (DEM-BA) destacou

a vitória do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) para a prefeitura de Salvador. Ele ressaltou as propostas do candidato, “que determinaram a escolha dos eleitores”, e também pediu que a administração federal seja justa na distribuição de recursos para obras e projetos, não discriminando prefeitos eleitos pela oposição.

Assassinatos de PMs

JOSÉ CRUZ_ABR

Manifestação em repúdio à situação dos indígenas

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ECONOMIABrasília, 5 de novembro de 2012

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Em audiência pública da Co-missão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, na quarta-feira (31), especialistas debateram os resultados dos planos nacionais relacionados ao tema e as alterna-tivas econômicas para reduzir os efeitos das mudanças no clima.

O relator da comissão, senador Sergio Souza (PMDB-PR) questio-nou os participantes sobre o impacto da mudança climática e dos eventos extremos no clima do planeta na produção agrícola no Brasil.

O coordenador-geral de agrometeorologia do Ministério da Agricultura, Alaor Moacyr Dall’Antonia Júnior, afirmou que “catástrofes sempre ocorreram”, e sublinhou os ciclos de ocorrências desses fenô-menos. No entanto, apresentou dados que indicam a correlação entre a concentração de gases do efeito estufa e a elevação da temperatura, e ressaltou que o Brasil precisa conhecer melhor as áreas de risco e reforçar a segurança diante dos desastres. “Ocorre que a população cresceu muito e é agredida por essas manifestações”, disse.

O especialista espera que o governo se sensi-bilize para haver maior liberação de recursos para o aumento de produtividade e estímulo de práticas alternativas de agricultura.

Vulnerabilidade - Já o coordenador de mudan-ças climáticas e energia da WWF Brasil, Carlos Edu-ardo Rittl, assegurou que a realidade dos eventos extremos confirma os modelos matemáticos sobre a influência do ser humano no clima, e alertou a vulnerabilidade do Brasil neste aspecto. Segundo ele, a geografia agrícola do País corre risco de mudar em função da mudança do clima.

Rittl ressaltou a oportunidade de revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, prevista

Comissão estabelece cota mínima de compra pela União de produtos da agricultura familiar

Proposta aprovada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público fixa uma cota mínima de 30% de produtos da agricultura familiar entre os alimentos comprados pela administração pública federal. A medida, prevista no Projeto de Lei 2588/11, do deputado Mar-con (PT-RS), vale para os órgãos que fa-zem esse tipo de compra regularmente.

As compras de merenda escolar feitas com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) já cum-prem essa cota. A proposta estende essa obrigação a outros órgãos, como quartéis e prisões. O projeto altera a Lei 11.326/06, que estabelece a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimen-tos Familiares Rurais.

De acordo com o texto, não haverá necessidade de licitação para a aquisição desses produtos, desde que os preços com-binados sejam compatíveis com aqueles

praticados no mercado local. Além disso, os agricultores familiares deverão atender a normas de higiene padronizadas.

Para o relator da proposta, deputado Eudes Xavier (PT-CE), a medida “se tra-duzirá em um incenti-vo sem precedentes à agricultura familiar e aos empreendimentos familiares rurais”.

Exceções - Pelo texto, em apenas três hipóteses a cota de 30% poderá ser redu-zida ou até dispensada: se não for possível o fornecimento regular dos produtos; se os produtores não puderem emitir notas fiscais; ou se os alimentos não estiverem em condições sanitárias apropriadas.

De caráter conclusivo, a proposta já

Para o relator, deputado Eudes xavier (foto no detalhe), a medida incentiva a agricultura familiar e os empreendimentos familiares rurais

LUIZ ALVES

foi aprovada pela Comissão de Agricul-tura, Pecuária, Abastecimento e Desen-volvimento Rural, e agora segue para

a análise das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

LEONARDO PRADO

Codevasf tem área de atuação ampliadaA Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desen-

volvimento Regional incluiu o Vale do Mucuri, todo o estado da Paraíba e a bacia do rio Paraguaçu na jurisdição da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).

A matéria foi aprovada conforme substitutivo do deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) ao Projeto de Lei 2351/11, do de-putado Zé Silva (PDT-MG). No texto original, somente o Vale do Mucuri passava a integrar na jurisdição da Codevasf. O relator incluiu o estado da Paraíba e a bacia do rio Paraguaçu na jurisdição da Codevasf ao acolher sugestões de outros dois projetos que tramitam em conjunto (PLs 3717/12 e 3813/12).

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Mucuri - Composto por 27 municípios, o Vale do Mucuri é uma região do norte de Minas Gerais sujeita a longos períodos de estiagem, que inviabilizam sistematicamente a sustentabilidade das atividades agropecuárias. Já a bacia do rio Paraguaçu é a principal responsável pelo abastecimento de Salvador.

“A Codevasf estimula a adoção de políticas preventivas e corretivas dos impactos ambientais decorrentes do uso e ocupação do solo. Sua atuação pode, assim, levar desenvol-vimento para o vale do Mucuri, atender o estado da Paraíba em suas novas demandas decorrentes da transposição do rio São Francisco, bem como melhorar a qualidade da água que abastece a capital da Bahia”, afirmou Queiroz.

O Vale do Mucuri (foto), o estado da Paraíba e a bacia do rio Paraguaçu podem começar a receber o apoio da Codevasf para se desenvolverem

Mudanças climáticas exigem adaptação da produção agrícola, dizem especialistas

para 2013. Segundo ele, os atuais planos setoriais são semelhantes a uma “colcha de retalhos”. “Não existe uma plena harmonização desses planos. Poderemos olhar dentro de cada um o que é necessário fazer para compará-los, somar seus esforços e identificar lacunas.”

O coordenador do Departamento de Clima do Ministério do Meio Ambiente, Adriano San-thiago de Oliveira, lembrou os estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que apontam, no mínimo, para uma “muito provável” influência do homem sobre o clima, o que agravaria eventos extremos. “Ainda que exista qualquer tipo de incerteza, mesmo que pequena, temos que contar com o princípio da precaução”, afirmou Oliveira.

Oliveira se mostrou otimista com o aumento de produtividade na agropecuária. “É possível hoje, em áreas em que se tem uma cabeça de gado por hectare, colocar quatro com investimentos tecno-lógicos não muito robustos”, afirmou.

A comissão mista é presidida pelo deputado Márcio Macêdo (PT-SE). A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) é a vice-presidente e o senador Sérgio Souza (PMDB-PR), o relator.

Debatedores abordaram resultados dos planos nacionais ligados às mudanças climáticas e as alternativas para reduzir o impacto dessas alterações

PEDRO FRANçA-AGêNCIA SENADO

GOVERNO DE MINAS GERAIS

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ADMINISTRAçãO PÚBLICABrasília, 5 de novembro de 2012

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Relator do Orçamento entrega parecer preliminar e vincula emendas à saúde

Sílvia Mugnatto

O relator da proposta de Orça-mento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR), entregou na noite da última quarta-fei-ra (31) o seu relatório pre-liminar, mantendo o valor de até R$ 15 milhões para o total de emendas indi-viduais que cada senador e deputado tem direito a apresentar. Esse valor é o mesmo do ano passado. Jucá também determina que cada parlamentar des-tine pelo menos R$ 2 milhões de suas emendas para a área da saúde.

O prazo de apresentação de emen-das ao relatório preliminar foi aberto na quinta-feira (1º) e vai até o dia 6. Ao projeto do Orçamento, os parla-mentares podem apresentar emendas individuais e coletivas. As coletivas se dividem em emendas de bancadas es-taduais e de comissões permanentes.

Para o Orçamento de 2013, Rome-ro Jucá explicou que os recursos para emendas serão de R$ 28,7 bilhões - R$ 22 bilhões vêm da reestimativa das re-

ceitas aprovada pela Comissão Mista de Orçamento, e R$ 6,7 bilhões, da reserva de contingência que já estava no projeto original.

A proposta orçamentá-ria tem um valor total de R$ 1,25 trilhão. Ou seja, as emendas que os parlamen-tares podem apresentar mexem com uma pequena parte do Orçamento, pois ele já está comprometido com várias despesas obri-gatórias, como pagamento de pessoal e previdência.

Relatórios setoriais - No total, as emendas individuais fi-carão com R$ 8,9 bilhões, e o relator-geral, com R$ 9,5 bilhões. Na fase de apresentação dos relatórios setoriais do Orçamento, as bancadas estaduais poderão apresentar emendas no valor de R$ 2,58 bilhões, e os próprios rela-tores setoriais terão R$ 5,68 bilhões para atender demandas.

Na fase do relatório final, o relator-geral ainda terá outros R$ 2 bilhões para ajustes. Outros recursos poderão vir do remanejamento de dotações dentro do Orçamento.

R$ 28,7bilhões

é o valor previsto de

recursos para emendas

parlamentares

TCU - Na última semana, o Tri-bunal de Contas da União (TCU) também encaminhou ao Congresso o relatório sobre as obras com indícios de irregularidades graves. Das 124 obras nesta situação, o TCU recomenda que a Comissão Mista de Orçamento blo-

queie os recursos de 22 na proposta de 2013.

Entre as sete obras que entraram na lista pela primeira vez, estão quatro obras para a construção de terminais portuários fluviais no estado do Ama-zonas.

O parecer preliminar determina que cada parlamentar destine pelo menos R$ 2 milhões de suas emendas para a área da saúde

Trabalho autoriza reajuste salarial para servidores do Judiciário

Lara Haje

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou projeto do Supremo Tri-bunal Federal (STF), que prevê re-ajuste salarial para os servidores do Judiciário. A proposta (Projeto de Lei 4363/12) é resultado do acordo com o governo federal que permi-tiu o fim da recente greve dos ser-vidores da Justiça. Pelo acordo, os recursos necessários para o reajuste foram incluídos na proposta de Lei Orçamentária para 2013, encami-nhada pelo Poder Executivo.

De caráter conclusivo, o projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania.

A Gratificação Judiciária pas-sará de 50% para 72,5% a partir de 1º de janeiro de 2013; para 86,5% a partir de 1º de janeiro de 2012;

e, finalmente, para 100%, a partir de 1º de janeiro de 2015. O projeto também deverá extinguir a possi-bilidade de pagamento in-tegral dos valores das fun-ções comissionadas, níveis FC-01 a FC-06, cujo saldo orçamentário remanescen-te será utilizado para incre-mentar valores na primeira parcela da proposta de re-visão do Plano de Cargos e Salários.

Além disso, foram aglutinados os três padrões iniciais das classes de cada cargo das Carreiras de Servidores do Poder Judiciário da União de modo a elevar a remuneração dos cargos po-sicionados nos dois primeiros padrões de cada cargo. O projeto altera a Lei 11.416/06.

Defasagem salarial - O parecer do relator, deputado Policarpo (PT-DF),

foi favorável à matéria, com emendas. Para ele, a proposta fornece as con-dições legais e objetivas necessárias à recomposição remuneratória desses servidores públicos. “Os valores apre-sentados têm o mérito de amenizar a defasagem salarial que atualmente ocorre em relação a outras carreiras da administração pública federal”, disse.

Uma das emendas aprovadas confe-

A base do acordo entre o governo federal e representantes dos servidores é um reajuste escalonado da Gratificação Judiciária (GAJ), que chegará a 100% em 2015. Segundo a mensagem encaminhada pelo STF ao Congresso, serão beneficiados os servidores com menor remuneração

DIóGENIS SANTOS

re aos servidores do STF, do Conselho Nacional de Justiça, do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Terri-tórios a possibilidade de remoção, no âmbito de sua justiça especializada, sem precisar aguardar o prazo do estágio proba-tório. Remoção é o des-locamento do servidor, a pedido ou de ofício, no

âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Segundo o autor, a intenção é conferir trata-mento isonômico em relação aos demais servidores integrantes dos outros ramos do Poder Judiciário da União, sem estabelecer qualquer acréscimo orçamentário à propos-ta. O relator também apresentou emendas de redação.

RENATO ARAÚJO

Os valores apresentados têm o mérito de amenizar

a defasagem salarial que atualmente

ocorre em relação a outras carreiras da administração pública federal

Policarpo