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1 Pressclipping em 10.agosto.2015 "Para o triunfo dos maus, basta que os bons não façam nada." Por favor, cliquem nesse link e assinem esse manifesto contra a corrupção, o nosso pobre Brasil precisa: http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10-medidas Inflação acumulada em sete meses atinge 6,83%, a maior para o período desde 2003 16:34 7/08 - Nielmar de Oliveira / Agência Brasil A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou - no acumulado dos últimos doze meses - o índice de 9,56%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula nos primeiros sete meses do ano elevação de 6,83%, acima da taxa de 3,76% de igual período de 2014, registrando o índice mais elevado para o período de janeiro a julho desde 2003, quando a taxa alcançou 6,85%. A taxa de 9,56%, correspondente ao período de um ano, ficou acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando o acumulado atingiu 8,89%. Esse foi o total acumulado em 12 meses mais elevado desde novembro de 2003, quando atingiu 11,02%. Em julho deste ano a alta do IPCA foi 0,62%, resultado 0,17 ponto percentual inferior à taxa de 0,79% da variação de junho. O IPCA – produzido pelo IBGE – é o indicador oficial do governo para aferição das metas inflacionárias. O índice mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal entre um e 40 salários mínimos. Os dados foram divulgados hoje (7) pelo IBGE e indicam que a variação de julho foi a mais alta para o mês desde 2004, quando atingiu 0,91%. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Pressclipping em 10.agosto.2015

"Para o triunfo dos maus, basta que os bons não façam nada."

Por favor, cliquem nesse link e assinem esse manifesto contra a corrupção, o nosso pobre Brasil precisa: http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10-medidas

Inflação acumulada em sete meses atinge 6,83%, a maior para o período desde 2003 16:347/08 - Nielmar de Oliveira / Agência Brasil

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou - no acumulado dos últimos doze meses - o índice de 9,56%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula nos primeiros sete meses do ano elevação de 6,83%, acima da taxa de 3,76% de igual período de 2014, registrando o índice mais elevado para o período de janeiro a julho desde 2003, quando a taxa alcançou 6,85%.

A taxa de 9,56%, correspondente ao período de um ano, ficou acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando o acumulado atingiu 8,89%. Esse foi o total acumulado em 12 meses mais elevado desde novembro de 2003, quando atingiu 11,02%.

Em julho deste ano a alta do IPCA foi 0,62%, resultado 0,17 ponto percentual inferior à taxa de 0,79% da variação de junho.

O IPCA – produzido pelo IBGE – é o indicador oficial do governo para aferição das metas inflacionárias. O índice mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal entre um e 40 salários mínimos.

Os dados foram divulgados hoje (7) pelo IBGE e indicam que a variação de julho foi a mais alta para o mês desde 2004, quando atingiu 0,91%.

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Em quatro pontos: Por que a inflação disparou este ano?Ruth Costas Da BBC Brasil em São Paulo

7 agosto 2015

Por que os preços sobem? A pergunta é prosaica, mas a resposta rende páginas e páginas de debate econômico.

Os preços podem subir se a demanda por determinado produto aumentar sem que haja uma expansão da oferta. Também se os custos de produção crescerem ou mesmo como resultado de um processo de indexação de contratos - no qual a alta de preços passada impulsiona os preços futuros.

A recente aceleração da inflação no Brasil é em parte uma combinação de todos esses processos, segundo especialistas consultados pela BBC, mas também sofre influência de outros mais específicos da atual conjuntura econômica e política deles - sendo o principal deles a liberação dos aumentos dos preços administrados, como luz, água e combustíveis, que haviam sido represados no ano passado.

Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, só em julho, a alta de preços medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,62%, contra 0,79 % de junho e 0,01% do mesmo período do ano passado.

Assim, a inflação oficial acumulou alta de 9,56% em 12 meses, a maior desde novembro de 2003 - quando o acumulado em 12 meses foi de 11,02%.

Analistas e governo já admitiam uma inflação na casa dos 9% em 2015, o que estourará o teto da meta definido pelo Banco Central, de 4,5%, com limite de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo.

Abaixo, confira as quatro razões apontadas por especialistas consultados pela BBC Brasil para explicar a disparada de preços em 2015:

Preços administradosA alta dos preços administrados, como telefonia, água, energia, combustíveis e transporte público, é a que mais tem puxado a inflação em 2015, segundo economistas.

Em julho, em particular, houve um reajuste de 17% para a tarifa de energia elétrica em São Paulo e de 14%, em Curitiba. Também foram registrados aumentos na conta de água e esgoto em Porto Alegre, Recife, São Paulo, Fortaleza e Campo Grande.

"Os preços livres até estão cedendo, em função do desaquecimento da demanda, mas ainda temos uma pressão grande nos monitorados", explica Thiago Biscuola, economista da RC Consultores.

"A questão é que o governo evitou subir esses preços no ano passado por que era ano eleitoral, mas em algum momento eles precisariam ser repassados ao consumidor."

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Segundo o economista, só a tarifa de luz chega a registrar altas de até 70% - em parte em função do regime de chuvas desfavorável, que levou ao uso de energia de termelétricas, mais caro que a de hidrelétricas.

Em 2015, além de o governo ter autorizado reajustes para o setor, também entrou em vigor o chamado sistema de bandeiras tarifárias, nos quais as cores verde, amarela e vermelha determinam patamares diferentes de preços de acordo com as condições de geração de energia no país.

Ou seja, se não chove e os reservatórios ficam vazios, a energia fica mais cara.

CâmbioO dólar já acumula uma valorização de 21,7% frente ao real neste ano e de 33% nos últimos 12 meses. Só no mês passado, a alta foi de 10%.

Já era de se esperar que essa mudança de patamar tivesse um impacto sobre os produtos importados. Mas, além disso, também parece haver um efeito sobre os preços dos "exportáveis".

"Como os exportadores ganham mais vendendo seus produtos para fora, em geral acabam cobrando um preço um pouco mais alto para mantê-los no mercado interno", diz Biscuola.

"Isso pode ser observado, por exemplo, com os produtos agrícolas. A câmbio torna-se mais um fator de pressão (sobre os preços)", completa o professor e colunista econômico Samy Dana.

Para Paulo Picchetti, especialista em inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o efeito da alta do câmbio sobre os preços de exportáveis poderia ser maior.

"De certa maneira, o repasse desse ajuste está sendo limitado pelo enfraquecimento do mercado interno", explica.

Pressão de custosAs altas da energia e da água têm ampliado os custos da indústria e prestadores de serviço que, quando podem, acabam repassando esses reajustes para os consumidores para manter sua margem de lucro.

"A indústria têxtil, por exemplo, usa muita água, e a energia é um componente importante do custo de todas as indústrias", diz Dana.

Produtores que dependem de máquinas, equipamentos e insumos importados também estão tendo um aumento substancial de seus custos.

"Toda a cadeia acaba tendo de se ajustar e mudar seus preços em função dessa alta dos custos", completa Biscuola.

Gastos do governo e indexaçãoPara alguns analistas, o fato de o governo ter ampliado seus gastos e adotado uma série de medidas para estimular a economia nos últimos anos teria contribuído para colocar a inflação em trajetória de ascensão.

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O problema, segundo eles, é que, apesar de a demanda ter crescido, os investimentos resistiram e a oferta não cresceu na mesma medida.

"Hoje, apesar dos esforços para se promover um ajuste fiscal, as despesas do governo continuam elevadas, como mostram os dados do orçamento do primeiro semestre - e isso está ajudando a segurar a demanda e a inflação em um patamar mais elevado", acredita Biscuola.

"Também temos uma inflação inercial, que vem da indexação dos contratos de aluguel e prestação de serviços, e da cultura brasileira de renegociações salariais. Com isso, o fato de a inflação ter ficado muito perto do limite superior da meta no ano passado contribui para que ela extrapole a meta este ano."

No ano passado, o IPCA ficou em 6,41%. O teto da meta era 6,5%.

"Esses mecanismos de indexação foram criados como uma forma de evitar que a economia se paralisasse em período de inflação alta. O problema é que eles nunca foram totalmente desmontados depois da estabilização do Plano Real", diz Picchetti.

Receita Federal alerta para novas fraudes envolvendo títulos da dívida pública brasileira 7 ago 2015 - Simples Nacional

A Receita Federal do Brasil alerta os contribuintes para uma nova fraude envolvendo títulos da dívida pública externa e interna brasileira emitidos no início do Século XX. Dessa vez, a falsa promessa é que os tributos federais serão extintos por meio de compensação com supostos 'créditos' que estariam em poder dos ofertantes da fraude e alocados junto ao Ministério da Fazenda. A promessa é de um suposto pagamento “via Tesouro Nacional”, quando será disponibilizado um 'crédito na conta-corrente fiscal do cliente'. Os fraudadores orientam também os contribuintes a retificarem as declarações já apresentadas à Receita Federal.

O poder judiciário tem, reiteradamente, decidido pela prescrição dos referidos títulos públicos, que não se prestam ao pagamento de dívida fiscal, tampouco à compensação tributária.

A Receita Federal realiza rigoroso levantamento das empresas que estão indevidamente retificando as declarações para suprimir ou reduzir os débitos informados ou ainda que não estão informando tais débitos. Orienta os contribuintes a regularizarem imediatamente todos os débitos, a fim de evitar autuação com multas que podem chegar a 225% e ainda sofrerem Representação Fiscal para Fins Penais ao Ministério Público por crime contra a ordem tributária e lesão aos cofres públicos.

As empresas optantes pelo Simples Nacional estarão sujeitas à exclusão do regime por infração ao disposto na Lei Complementar nº 123/2006.

Em trabalho conjunto, a Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e Ministério Público da União desenvolveram uma cartilha com o objetivo de alertar os contribuintes sobre o perigo de serem vítimas de armadilhas envolvendo fraudes tributárias. A cartilha apresenta um breve histórico sobre os títulos públicos federais, a validade e a forma de aquisição e resgate desses títulos; trata da fraude tributária e suas consequências;  explica aos

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contribuintes como identificar e proceder diante de propostas que consistem na utilização de práticas irregulares para extinção de débitos junto à Fazenda Nacional, e apresenta referências eletrônicas e legais.

SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL

Fonte: Receita Federal do Brasil

Levy diz que culpa pela fraqueza da economia não é do ajuste fiscal

5 de agosto de 2015

Ministro da Fazenda argumentou que a desaceleração da economia já vinha ocorrendo antes do ajuste

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, saiu, mais uma vez, em defesa do ajuste fiscal e da presidente Dilma Rousseff. Durante discurso em seminário sobre cooperativas de crédito no Banco Central, Levy afirmou que o ajuste não causou a desaceleração da economia e que não podemos ter populismos fáceis. “O governo tomou a responsabilidade e assumiu o custo de popularidade para fazer o que é necessário. A presidente assume esse custo sem temor”, afirmou.

Levy argumentou que a desaceleração da economia já vinha ocorrendo antes do ajuste fiscal e ponderou que alguns economistas calculam que esse freio começou em 2014. “O ajuste é consequência da desaceleração. Portanto, a estratégia do governo é muito clara e queremos comunicá-la com muita transparência”, disse. “Não se pode prescindir do equilíbrio das contas públicas. Tem de ser um equilíbrio onde todos participam e, com isso, se diminui o peso que cada um terá de contribuir”, afirmou.

Para o ministro, o País vive em um novo ambiente e por isso é fundamental aumentar a produtividade e a eficiência da nossa economia. “Essa estratégia inclui as concessões de infraestrutura. Todo mundo sabe que estamos trabalhando e é fundamental termos sucesso”, disse. Levy ponderou ainda que o plano logístico só terá sucesso se os investidores olharem para o Brasil e tiverem confiança no setor fiscal.

Durante seu discurso, o ministro frisou que o Brasil precisa de reformas rapidamente. “Por isso, a política do governo, do Ministério da Fazenda, é de uma política que principalmente tem o compromisso de reforçar os fundamentos da economia, a segurança de todos os agentes econômicos e especialmente das famílias brasileiras”, concluiu.

Fonte: Estadão Conteúdo via DCI.

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Apenas 25% das empresas informam impostos em notas fiscaisagosto 7, 2015 em Geral por Karin Rosário

Das mais de 10 milhões de empresas brasileiras que devem informar o imposto na nota fiscal, conforme Lei 12.741 de 2012, apenas 25% estão cumprindo a legislação, sendo que a maioria delas está sediada no Sudeste do País.

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), das 4.905.845 empresas existentes na região, 1.344.544 estão cadastradas no sistema De Olho no Imposto, oferecido gratuitamente pela instituição.

Em seguida, vêm as empresas situadas na Região Centro-Oeste do País, com 219.689 das habilitadas; e depois, a Região Norte com 124.802 adesões ao sistema. As regiões Nordeste e Sul do Brasil obtiveram os menores percentuais de adesão à lei, com 23,9% e 22,7% de empresas cadastradas, respectivamente.

Segundo o tributarista do IBPT, Caio Arruda, a adesão à Lei 12.741 deve ser feita o quanto antes pelos estabelecimentos, a fim de evitar multas e penalidades. “A adaptação pode ser feita de maneira rápida e sem ônus à empresa no site do ‘Olho no Imposto’. Além de evitar notificações e pesadas multas, os estabelecimentos demonstram respeito pelo consumidor ao mostrar o quanto ele está pagando de imposto em cada produto ou serviço adquirido, e incentivam a transparência tributária, bem como o poder de reivindicação pelo retorno dos impostos recolhidos”, ressaltou o especialista, por meio de nota.

Conforme a Lei 12.741, as empresas estão obrigadas a informar a carga tributária nos cupons e notas fiscais, e estão sujeitas a auto de infração aquelas que não prestarem a informação ao consumidor. Nos casos em que não seja obrigatória a emissão de documento fiscal ou equivalente, a informação poderá ser prestada em cartaz ou painel.

Entre os impostos que precisam ser discriminados estão: o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) , o Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI), o Imposto Sobre Serviços (ISS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) .

As micro e pequenas empresas optantes do regime de tributação Simples Nacional podem informar apenas a alíquota a que se encontram sujeitas nos termos do referido regime. Além disso, devem somar eventual incidência tributária anterior (IPI, substituição tributária, por exemplo). Para o Microempreendedor Individual (MEI) , é facultativo prestar essas informações aos consumidores brasileiros.

De acordo com o Sebrae, para os optantes do Simples, o cálculo é feito a partir da soma da alíquota que incide sobre a faixa de receita do regime, relativa à tabela corresponde à atividade exercida pelo empresário acrescido do valor médio pago a título de substituição tributária para o segmento (se houver) na unidade federativa onde a empresa realiza suas atividades, estimado com base em estudos realizados pelo Sebrae e instituições de pesquisa especializadas no País.

Fonte: DCI – SP

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Importado:

Direitos iguais

TRF-3 concede visto a estrangeiro em relação homoafetiva com brasileiro4 de agosto de 2015, 12h00

Um estrangeiro que mantém uma relação estável homoafetiva com um cidadão brasileiro tem direito ao visto de permanência no território do Brasil. Assim decidiu a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, seguindo entendimento da desembargadora federal Marli Ferreira, relatora do acórdão. Ela afirmou que, nos casos de associação entre pessoas do mesmo sexo, com identidade de propósitos e com respeito e afeto pelo respectivo parceiro, deve ser considerada a hipótese de que dessa convivência resultem direitos para um dos parceiros.

A corte manteve a decisão da 2ª Vara Federal Cível de São Paulo, baseada nos termos do artigo 269, inciso I, do Código de Processo Civil, depois de a União ter apelado.

“Barreira intransponível”O artigo 226, parágrafo 3º, da Constituição Federal afirma que “é reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher”. Para a Advocacia-Geral da União, esse trecho seria uma “barreira intransponível” para que a relação entre o estrangeiro e o brasileiro tenha todos os direitos previstos em lei a um casal heterossexual.

Além disso, argumentou que a Lei 6.815/80, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, não ampara a pretensão do casal que entrou com o processo, pois não haveria na lei a possibilidade de concessão do visto pelo fato de estabelecerem uma convivência, sendo que o próprio estatuto do estrangeiro exige que tenha havido a celebração de casamento há mais de cinco anos.

Reconhecimento da sociedadeA decisão da desembargadora de confirmar a obtenção do visto se baseia no reconhecimento que a sociedade tem da relação entre as duas pessoas. "Se o que importa é a certeza de que essa convivência é permanente, nada impede que assim seja reconhecido o direito, desse estrangeiro, que não tem união estável ou mesmo família, nos termos da Carta Maior, mas tem uma união reconhecida pela sociedade onde vive e trabalha, como provam os depoimentos testemunhais, a receber o visto de permanência", declarou a juíza Marli Ferreira.

Ela apontou também que, ainda que o estatuto do estrangeiro não tenha previsão para o caso, a Resolução Normativa 77/2008 estabeleceu que a concessão de visto permanente, ou autorização de permanência, é deferido ao companheiro ou companheira, sem distinção de sexo. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-3.

Apelação/Reexame Necessário 0012564-20.2003.4.03.6100/SP

Revista Consultor Jurídico, 4 de agosto de 2015, 12h00

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Subway terá de indenizar por ofender direito ao sossego Publicado por Danielli Xavier Freitas e mais 2 usuários - 4 dias atrás

Moradora de condomínio onde restaurante foi instalado era perturbada por excesso de barulho.

O restaurante Subway terá de indenizar uma mulher por ofensa ao direito do sossego por excesso de barulho. A decisão é do juiz de Direito José Roberto Moraes Marques, da 4ª vara Cível de Taguatinga/DF.

A moradora alegou que, em março de 2010, o restaurante foi instalado no edifício residencial onde reside, exatamente abaixo de seu apartamento, e que o sistema de refrigeração a ar da loja era ligado de forma ininterrupta. Segundo a autora, o aparelho é de modelo ultrapassado e provocava grave poluição sonora.

O magistrado deferiu o pedido liminar e determinou que o réu se abstivesse de perturbar o sossego da autora, sob pena de multa arbitrada em R$ 1 mil por dia de descumprimento, limitada a R$ 30 mil. Como o réu não cumpriu a liminar, o juiz aplicou a multa.

O réu apresentou resposta, alegando que adotou as providências necessárias para que a perturbação ao sossego não mais se verificasse. Sustentou que não havia reclamação de outros moradores, apenas da autora, e afirmou a não ocorrência de ato ilícito.

Mas o magistrado entendeu que o dano foi comprovado. A indenização foi fixada em R$ 20 mil; a multa pelo descumprimento, revertida à autora, em R$ 30 mil; e a determinação para que deixasse de perturbar a autora em 24 horas estava sob pena de multa fixada em R$ 100 mil. Da decisão cabe recurso.

Processo: 2012.07.1.001685-6

Veja a sentença.

Opinião

Ajuste fiscal viola legítima expectativa de contribuintes: o caso do Reintegra6 de agosto de 2015, 6h37

Por   Rodrigo Veiga Freire e Freire   e   Laura Romano Campedelli

Artigo produzido no âmbito das pesquisas desenvolvidas no NEF/FGV Direito SP. As opiniões emitidas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.

O ajuste fiscal promovido pelo Governo Federal no ano de 2015, cujo objetivo é reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas, já foi responsável por gerar uma série de mudanças e insegurança jurídica para os contribuintes brasileiros.

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A redução dos subsídios tributários é um item estratégico da pauta de ajustes fiscais do ministro Joaquim Levy. Dentre tais medidas, em 27 de fevereiro de 2015, foi promovida a redução do Reintegra do percentual de 3% para 1%, com a edição do Decreto Federal 8.415, com vigência na mesma data de sua publicação no Diário Oficial e cujo impacto financeiro do corte é da ordem de R$ 2,36 bilhões em 2015.

O Reintegra consiste em um programa de política industrial com vistas a evitar a exportação de tributos dentro dos preços dos produtos brasileiros, garantindo a competitividade da indústria nacional no mercado global. As indústrias brasileiras assumem o compromisso de manufaturar bens com um conteúdo mínimo de insumos nacionais e, por sua vez, o governo devolve resíduos tributários incidentes sobre as cadeias econômicas, calculados sob o percentual de até 3% da receita de exportação.

Para todo o ano de 2015, o governo já havia projetado a renúncia fiscal no Projeto de Lei Orçamentária enviado ao Congresso Nacional e afiançado publicamente aos empresários o Reintegra sob o percentual de 3%, promessa atestada no Relatório de Gastos Tributários da Receita Federal do Brasil disponível em seu portal da Internet (Portaria MF 428/2014).

Criou-se, assim, a legítima expectativa das indústrias exportadoras brasileiras que poderiam contar com a integralidade do Reintegra em 2015 para fins de dimensionamento de seus preços, celebração de seus correlatos contratos comerciais e promoção das suas exportações, em prol da balança comercial brasileira.

Ocorre que o Decreto Federal 8.415 de 27 de fevereiro de 2015 quebrou o pacto com os contribuintes e reduziu abruptamente o Reintegra ao percentual de 1%, para o restante do ano em curso. A Administração Pública violou, pois, a confiança do contribuinte de contar com o Reintegra pelo menos durante o restante do ano de 2015.

Tradicionalmente o Supremo Tribunal Federal autorizava a diminuição ou revogação de incentivos fiscais com efeitos imediatos e sem a necessidade de observância da anterioridade nonagesimal e anual. Todavia, a nova composição do STF modificou esse entendimento, conferindo novos contornos jurídicos aos atos de revogação de incentivos fiscais, prestigiando o princípio da proteção à confiança e assegurando a aplicação da regra constitucional da anterioridade em casos semelhantes.

No recente julgamento do RE 564.225/RS, foram vencedores os votos dos ministros Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, no sentido de que o princípio da anterioridade tributária visa prestigiar a proteção à confiança dos contribuintes e é sim aplicável aos casos de revogações abruptas de incentivos fiscais.

Portanto, existem boas razões para que o Judiciário corrija os rumos dessa medida do ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy e conclua que a redução abrupta do Reintegra em 2015 é ilegal e inconstitucional, pelas razões a seguir sintetizadas. 

Primeiramente, metas de ajuste fiscal não legitimam a violação ao direito constitucional que protege a segurança jurídica, e, por consequência, a confiança dos contribuintes nos atos da Administração Pública. No caso concreto, a confiança estava materializada no Projeto de Lei Orçamentária e nos relatórios de Gastos Tributários divulgados pela Receita Federal do Brasil que, inclusive, já haviam dimensionado o impacto financeiro da renúncia tributária do Reintegra para todo o exercício de 2015.

Além disso, há clara violação à regra do artigo 150, inciso III, alínea “b”, da CF/88 e do artigo 104, inciso III do CTN (ainda que aplicada por analogia), que exigem a observância da regra da anterioridade anual para revogação de incentivos com prazo certo e em função de condições. No caso concreto, o prazo certo da renúncia de 2015 está exteriorizado na Portaria MF 428/2014 e as condições do Reintegra estão relacionadas ao compromisso da indústria de exportar com conteúdo mínimo nacional, para fins de ressarcimento dos resíduos tributários que o programa visa recuperar.

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Não se questiona a importância do ajuste fiscal para a retomada do crescimento econômico brasileiro. É sim necessário o aperfeiçoamento e eventuais cortes em subsídios como forma de eliminar distorções e ineficiências do mercado. Entretanto, nada justifica medidas extremadas do Governo que relativizem preceitos constitucionais basilares do ordenamento jurídico-tributário, tal como a segurança jurídica e a proteção à legítima expectativa dos contribuintes.

Não é demais relembrar as lições de José Gomes Canotilho sobre o tema: “O homem necessita de segurança para conduzir, planificar e conformar autônoma e responsavelmente sua vida. Por isso, desde cedo se consideraram os princípios da segurança jurídica e da proteção da confiança como elementos constitutivos do Estado de Direto”.1

A quebra de pactos poderá em um curto prazo repercutir no atingimento da meta fiscal de superávit, mas no médio e longo prazo deixará a contingência para as gerações futuras e mitigará qualquer possibilidade de um bom relacionamento entre Fisco e contribuintes, pautado na confiança e na cooperação, sendo este o caminho seguido por reformas tributárias bem sucedidas ao redor do mundo2. O Brasil não deve seguir na contramão.

1 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição, 7ª Edição, Coimbra – Portugal: Ed. Almedina, 2000, p. 257.

2 As Administrações Fiscais que têm atingido os melhores resultados ao redor do mundo são aquelas que aprenderam não só a realizar auditorias e aplicar multas de modo eficiente, mas também utilizam instrumentos capazes de impulsionar a construção de um relacionamento de confiança com contribuintes, alinhando normas tributárias e normas sociais. Nesse sentido recomenda-se a leitura de: ALM, James. Do ethics matter? Tax Compliance and Morality. Disponível em: http://econ.tulane.edu/RePEc/pdf/tul1207.pdf. Acesso em 12/07/2015.

Rodrigo Veiga Freire e Freire é advogado em São Paulo e na Bahia, aluno do Mestrado Profissional da FGV Direito SP, membro do Núcleo de Estudos Fiscais (NEF/FGV), Núcleo de Direito Tributário Aplicado da mesma instituição.

Laura Romano Campedelli é advogada, mestranda em Direito e Desenvolvimento pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Pesquisadora do Núcleo de Estudos Fiscais (NEF/FGV).

Revista Consultor Jurídico, 6 de agosto de 2015, 6h37

É casa coisa:IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Vereador de São Paulo propõe criação do 'Dia do Gol da Alemanha' Jota Silva diz que data é para lembrar 'tragédia' do futebol brasileiro.

Publicado por Pedro Magalhães Ganem - 2 dias atrás

E quando parece que já vimos o suficiente, vem um sujeito desse e faz esse tipo de proposta!

Não há mais nada a ser feito?

Inexistem outras propostas mais importantes?

Sei não, mas talvez tenhamos que rever toda a nossa política e todos os nossos políticos.

Será que tem como "resetar" e começar tudo de novo? Não dá pra repetir o "play"?

Uma polêmica começa a surgir em Campinas, São Paulo, e pode ganhar o Brasil com a criação do 'Dia do Gol da Alemanha', numa referência à derrota de 7 a 1 do Brasil para o time europeu na Copa do Mundo de 2014. Embora o projeto de lei esteja no singular, todos sabem que foram bem mais do que apenas um gol.

Copia e cola

Ao achar na internet texto apontado como prova, Moro decreta prisão preventiva6 de agosto de 2015, 20h54

Por   Felipe Luchete

Dois artigos aparentemente copiados da internet ajudaram a fundamentar a prisão preventiva do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear. Ele estava em prisão temporária (válida por cinco dias), mas o juiz federal Sergio Fernando Moro decidiu deixá-lo mais tempo atrás das grades nesta quinta-feira (6/8), ao fazer uma consulta na web e concluir que a filha dele tentou “ludibriar” sua análise.

Silva virou alvo da “lava jato”, que agora investiga um suposto esquema de cartel no setor elétrico. Isso porque a Aratec Engenharia, que ele gerenciava, recebeu pagamentos de empreiteiras investigadas — cerca de R$ 784,3 mil foram depositados entre 2004 e 2013 pelas empresas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e UTC, por exemplo.

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A defesa diz que ele deixou a empresa em 2005, passando o bastão para sua filha Ana Cristina Toniolo. Ela afirmou no processo que todos os pagamentos bancaram traduções de textos técnicos feitas por ela mesma. A defesa anexou notas fiscais e dois artigos para comprovar esses serviços, com o timbre da Aratec.

Moro então percebeu, em “exame sumário”, que houve “mera reprodução” de outros artigos disponíveis na internet. O texto “Processos de produção de combustíveis sintéticos: Análise das trajetórias tecnológicas” é assinado por outros autores e foi apresentado em um congresso de petróleo e gás. A publicação em inglês “Electromechanical Assemblage of Fuel Activation Device” pode ser encontrada em uma página do Google.

“Os documentos apresentados pela defesa de Ana e Othon, no prazo fixado pelo juízo, não comprovam a efetiva prestação de serviços pela Aratec a CG Consultoria, ao contrário, aparentam ser fraudulentos, em tentativa de ludibriar este juízo”, diz a decisão.

Conjunto de indíciosAo fundamentar a prisão, o juiz ainda apontou ainda que o nome de Othon Luiz foi citado por delatores e no acordo de leniência celebrado entre o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a empreiteira Camargo Corrêa. Diante das “inconsistências” e dos “documentos aparentemente fraudulentos” apresentados, ele afirmou que “o quadro probatório [da acusação] foi novamente reforçado”.

A decisão também determina a prisão preventiva Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez responsável por representar a construtora no consórcio de Angra 3.

A revista Consultor Jurídico não conseguiu contatar a defesa de Othon e da filha dele na noite desta quinta. Nos autos, o almirante afirmou que a construção de Angra 3 foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União. Disse que não faria sentido participar de esquema de propinas, pois, como "expoente do fomento e da inovação em tecnologia de energia nuclear no Brasil", ganharia mais prestando consultoria. 

Ana Cristina nega que a Aratec seja uma empresa de fachada, alegando que produz diversas pesquisas privadas voltadas para a produção de tecnologias na área de engenharia naval e mecânica.

Clique aqui para ler a decisão.

Felipe Luchete é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 6 de agosto de 2015, 20h54

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Nova fonte

Dilma sanciona lei que transfere depósitos judiciais para Executivo6 de agosto de 2015, 12h35

Por   Pedro Canário

A presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou nesta quinta-feira (6/8) a lei que determina a transformação do dinheiro dos depósitos judiciais em receita do Executivo. A Lei Complementar 151 foi publicada com alguns vetos, mas mantém a transferência de 70% do dinheiro dos depósitos judiciais e administrativos para os cofres da União, dos estados e dos municípios. Os outros 30% serão destinados a um fundo de provisionamento, justamente para custear litígios judiciais.

Depósitos judiciais são os feitos durante discussões na Justiça. Não são apenas os depósitos feitos em garantia nos litígios tributários, são os feitos em todos os casos. A lei, proposta no Congresso pelo senador José Serra (PSDB-SP), é uma demanda de governadores para aumentar os caixas estaduais e pagar precatórios.

O principal interessado nessa medida é o governo de São Paulo, responsável pela maior fatia da dívida entre público e particular. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, o Brasil tinha, até o primeiro semestre de 2012, R$ 96 bilhões em precatórios, e o estado de São Paulo respondia por R$ 24,4 bilhões — estado e municípios, juntos, chegavam a R$ 51,1 bilhões.

A lei foi usada como ponto de negociação entre os governos federal e estaduais. Com a cassação, pelo Supremo Tribunal Federal, do regime especial de pagamento de precatórios, que dava ao Executivo até 15 anos para honrar suas dívidas, os estados pediam uma forma de "alívio". A regra da Constituição Federal é que o ente público responsável pelo precatório tem um ano para pagá-lo, a partir de seu reconhecimento.

Para a Procuradoria-Geral da República, no entanto, medidas de transferência de depósito judicial são inconstitucionais. Em manifestações em casos no Supremo que discutem a questão, a PGR afirma que esse tipo de medida ofende o direito à propriedade dos titulares dos depósitos e estabelece um "empréstimo compulsório", o que é vedado pelo artigo 148 da Constituição Federal.

Questões financeirasA lei também muda a regra de administração dos depósitos. Hoje, só quem podem administrá-los são os bancos públicos federais, o que se resume à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil. E de acordo com os balanços dos bancos do primeiro trimestre deste ano, o Brasil tem R$ 174 bilhões em depósitos judiciais: R$ 118,6 bilhões no BB e R$ 55,2 bilhões na Caixa.

Mas, pelo texto da nova lei complementar, essa responsabilidade agora ficará dividia entre bancos oficiais federais, estaduais e municipais. De acordo com o senador José Serra, a lei resultará numa receita de R$ 21 bilhões aos cofres estaduais e municipais já neste ano e de R$ 1,6 bilhão anuais.

É um negócio que vale a pena para os estados. Em 2014, por exemplo, enquanto os depósitos totais no Banco do Brasil caíram 4,6% em relação a 2013, os depósitos judiciais subiram 13% e ficaram em R$ 115 bilhões — o que também permite concluir que entre dezembro de 2014 e março de 2015 o volume de depósitos saiu de R$ 115 bilhões para R$ 118 bilhões. Na Caixa o crescimento foi próximo dos 20% nesse mesmo período.

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Mas é um negócio que não é tão bom assim para os tribunais. A maioria dos grandes tribunais de Justiça usa um mecanismo de remuneração que se baseia nos depósitos judiciais. É a taxa de administração dos depósitos recursais. Significa que o banco que administra os depósitos paga uma taxa ao tribunal correspondente em troca de ter o dinheiro em seus cofres.

Em São Paulo, cujo TJ é o maior do país, em agosto de 2012, os depósitos recursais chegavam a R$ 36 bilhões, o que rendia uma remuneração mensal de R$ 840 milhões. Naquela época, o Banco do Brasil pagava uma taxa de 0,235% ao TJ-SP em troca da administração dos depósitos. E os presidentes dos tribunais garantem que, sem essa taxa, o caixa dos Judiciários locais ficará seriamente comprometido.

VetosO principal veto da presidente Dilma Rousseff foi ao parágrafo que permitia a utilização de até 10% do fundo de reserva (aqueles 30% do bolo total dos depósitos) pelo Estado para a remuneração de parcerias público-privadas nas áreas de infraestrutura e logística.

A presidente seguiu a sugestão dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. E para eles, a regra “resultaria em redução do mínimo necessário para constituir o Fundo de Reserva, elevando o risco de insuficiência para se honrar resgates”.

Pedro Canário é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Revista Consultor Jurídico, 6 de agosto de 2015, 12h35

E... a "Veja" finalmente se retratou com o 'Peixe' Publicado por Fátima Burégio - 2 dias atrás

Nada como saborear um pedido de desculpas.

Saborear o doce sabor de vitória após ter experimentado um vendaval em sua vida íntima e pública deve ter sido um dos maiores e melhores momentos vividos pelo Senador Romário Farias ao receber o pedido de desculpas da imbatível Revista Veja.

Nós, brasileiros, estávamos ávidos para sabermos o desfecho da polêmica, que, se verdade fosse, findaria por liquidar de forma abrupta com a carreira do 'baixinho' que derretia nossos corações quando desviava competidores no campo, fazendo tremendos e inesquecíveis gols.

E não é que o 'baixinho" chutou a rede novamente! A revista 'equivocada' que o diga!

A matéria do G1 afirma que:

O senador Romário (PSB-RJ) publicou em suas redes sociais nesta quarta-feira (5) uma nota do banco suíço BSI que atesta ser falso o extrato da suposta conta bancária com o saldo de R$ 7,5 milhões.

Após a divulgação, a “Veja”, que em edição de julho afirmou que o valor constava de um extrato de uma conta bancária em nome de Romário, publicou uma retratação.

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A revista, que dizia que o extrato estava em poder do Ministério Público Federal, reconheceu o erro e pediu desculpas a Romário. “Estamos revisando passo a passo o processo que, sem nenhuma má fé, resultou na publicação do extrato falso nas páginas da revista, evento singular que nos entristece e está merecendo toda atenção e cuidado para que nunca mais se repita”, diz nota de “Veja”.

O Ministério Público Federal do Brasil também emitiu certidão comprovando que não há nenhuma apuração de suposta conta bancária mantida pelo senador na Suíça.

Nota de banco suíço confirma que extrato de revista é falso (Foto: Reprodução/cdn. Romario. Org)

No comunicado do banco suíço, a instituição informa que apresentou queixa para o Ministério Público de Genébra pedindo que o crime seja apurado."Nós estabelecemos como certo que este extrato bancário é falso e que o Sr. Romário de Souza Faria não é o titular desta conta em nosso banco na Suíça”, diz a nota do banco divulgada pelo senador.

Na última quarta-feira (29), Romário informou em redes sociais que foi à Suíça e "descobriu" que não é dono de R$ 7,5 milhões em uma conta num banco local.

A assessoria do senador informou que ele viajou com recursos próprios.

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Atualmente, Romário preside no Senado a CPI do Futebol, criada em maio para investigar contratos da CBF relacionados a campeonatos organizados pela entidade, à Copa das Confederações de 2013 e à Copa do Mundo de 2014.

O que aconteceria com a Revista Veja se os seus crimes fossem cometidos nos Estados Unidos? Revista produziu um falso extrato de uma conta bancária inexistente do senador Romário e divulgou uma delação inexistente.

Publicado por Geison Paschoal - 2 dias atrás

Em novembro, a revista americana Rolling Stone publicou uma matéria "um estupro no Campus" onde uma aluna da Universidade de Virgínia havia sofrido um chocante estupro coletivo no Campus da Universidade.

A reportagem teve uma repercussão incrível, instantânea, e obviamente chocou toda a sociedade norte-americana.

A Universidade e seus dirigentes, sofreram ataques furiosos, pois foram omissos para lidar com a situação.

O problema é que após a publicação da história, os investigadores não foram capazes de encontrar provas de que o estupro tenha de fato ocorrido. A história se baseou principalmente em uma única fonte anônima, a alegada vítima, Jackie.

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Uma revisão externa, feita pelos professores Columbia Journalism School, encontrou falhas da revista o que segundo eles, "pode ter se espalhado a ideia de que muitas mulheres inventam acusações de estupro."

Quando a avaliação foi publicada, a revista Rolling Stone se retratou oficialmente e pediu desculpas.

A situação gerou um enorme debate nos meios de comunicação americanos. A revista retirou o texto do site, e em seu lugar colocou uma quilométrica análise produzida pela consagrada escola de jornalismo.

O fato é que hoje foi anunciada a demissão do diretor de redação da Rolling Stone americana, Will Dana.

Ainda não está claro se a saída de Dana está ligada à história de estupro, contudo, a queda do diretor de redação ocorre no momento em que várias ações na Justiça correm contra a revista por causa dessa reportagem.

A reitora da universidade por exemplo, reivindica 7,5 milhões de dólares de indenização por danos à imagem e reputação da escola e dela mesma.

Nos Estados Unidos, as cifras são altas para obrigar a imprensa a tomar cuidado antes de publicar denúncias.

É uma história exemplar para nós, brasileiros.

Numa única edição, a Veja cometeu dois crimes jornalísticos:

Um que anunciou uma delação premiada que simplesmente não existia. Os advogados do personagem sequer foram ouvidos pela revista, como se viu antes mesmo da revista chegar às bancas. Quer dizer, ninguém se esforçou para verificar a veracidade da informação que alguma fonte maligna passou para a Veja.

O segundo crime foi contra o ex-jogador e Senador Romário, a quem a Revista Veja atribuiu uma milionária conta secreta na Suíça. Conta esta que era falsa.

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Mas nunca foi fácil marcar o baixinho. Romário negou a veracidade da informação, e foi a Suíça para provar isso, segundo ele, com seus próprios recursos.

Chegando lá, Romário constatou toda a fajutice da Veja. Ou seja, mais uma vez, ninguém checou a informação.

Romário publicou nas suas redes sociais a declaração do banco suíço de que o documento era falso. A revista se fez de morta, mas não foi suficiente.

Os autores da reportagem simplesmente sumiram das redes sociais, apagaram seus perfis, e a revista continuou a dar uma de 'joão sem braço". Até que o baixinho anunciou que estava processando a Revista pedindo dez vezes o valor que a Veja afirmou que ele tinha escondido na Suíça.

7,5 milhões x 10 = 75 milhões de reais!

Publicar um documento sem checar a autenticidade dele com o banco da Suiça é apenas a demonstração da degradação jornalística da Veja. Além disso, isso é crime, e dos graves, muito mais grave do que o cometido pela Rolling Stone.

A diferença é que a revista Rolling Stone vive um pesadelo. E a Veja está na maior tranquilidade.

Será que os Estados Unidos estão errados ao exigir seriedade e precisão da informação publicada pela imprensa?

Ou será que o Brasil é que está?

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Nos Estados Unidos, com este tipo de comportamento, a revista Veja estaria, há muito tempo, enterrada a 7 palmos abaixo da terra. Ou melhor, não teria a mínima condição de se estabelecer no mercado americano.

Will Dana, o editor da Rolling Stone, perdeu o seu cargo. Inevitavelmente, a revista ainda terá que pagar milhões de dólares em indenizações.

No Brasil, o diretor de redação da Veja permanece em sua posição, intocável, inderrubável, e não há nenhuma perspectiva de punição pela Justiça Brasileira.

Há muitas leis para proteger a liberdade de expressão, mas não há uma única lei que proteja as pessoas da imprensa. Especialmente no Brasil.

Com informações de CNN, Paulo Nogueira (DCM), e Gabinete do Senador Romário Faria.

Fazenda pública

Decisões políticas abalam a confiançado contribuinte3 de agosto de 2015, 9h40

Por   Gerson Tarosso   e   Fabriccio Petreli Tarosso

Historicamente, a cobrança de tributos sempre foi uma ferramenta eficaz para fortalecer exércitos e efetivar novas conquistas. Como se sabe, há muitos personagens e lendas que nascem dessa tensa relação. Conta-se que, na Inglaterra, nos idos de 1.200, um rei chamado Ricardo Coração De Leão deixou seu povo sendo governado por um parente chamado João Sem Terra, a quem era incumbido de comandar seus exércitos nas cruzadas.

Todavia, enquanto Ricardo viajava em guerra, João Sem Terra aproveitou para formar seu próprio exército, cobrando duas vezes mais tributos. Uma parte do dinheiro ia para sustentar as cruzadas e outra para custear o novo exército de João Sem Terra, que pretendia, com isso, não devolver o trono ao atual rei. E, para o povo, por certo, nada. Da revolta popular contra tanto abuso surgiu a lenda de Robin Hood, um herói que roubava dos ricos para dar aos pobres, distribuindo o dinheiro que a nobreza acumulava em seus cofres.

Nos dias atuais, o ímpeto das Fazendas Públicas e a sanha arrecadatória dos seus administradores devem – ou ao menos deveriam – ter como contrapeso a observância do princípio da confiança legítima em matéria tributária, o qual, nas palavras do professor Heleno Torres, “pode evidenciar-se pela prática de interpretação ou aplicação da lei pelo mesmo ou por vários contribuintes e que gera a expectativa de confiança em um agir legítimo e conforme a legalidade”.

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Ou seja, é com base nessa – infelizmente combalida – confiança legítima que os contribuintes depositam nas Administrações Fazendárias, de um modo geral, a esperança de que seus tão suados recursos tenham, pra dizer o mínimo, a destinação que lhes atenda em suas mais comezinhas necessidades.

Ademais, esse mesmo primado, quer nos parecer, é o que também norteia a expectativa de que os órgãos estatais – diga-se, custeados pelos próprios contribuintes – possam funcionar com o mínimo de segurança jurídica, mirando uma solução (também minimamente estável) das controvérsias entre as Administrações Fazendárias e os administrados.

Nas contendas administrativo-fiscais travadas entre contribuintes e fazenda pública nas três esferas de governo, invariavelmente a grande oportunidade do administrado em discutir tecnicamente as questões mais intrincadas está, justamente, no âmbito das segundas instâncias, dos Conselhos de Contribuintes ou Tribunais Administrativos, órgãos pertencentes ao Poder Executivo e, em âmbito estadual e municipal, geralmente vinculados às Secretarias de Fazenda. Em quase sua totalidade, são órgãos colegiados e marcados pela paridade, de modo que os setores público e privado têm igual número de assentos.

Naturalmente, o que se deve esperar, em relação às decisões emanadas por esses conselhos, são, pra dizer o mínimo, estabilidade e definitividade. Todavia, lastimavelmente, o hiato que separa o ideal do cotidiano é abissal.

A Lei Complementar Estadual 1 de 2 de agosto de 1972, que disciplina as regras sobre o julgamento de Processo Administrativo Fiscal em segunda instância no Paraná, estabelece em seu artigo 25:

O recurso à última instância, de decisões não unânimes e contrárias à Fazenda Pública Estadual, cabe ao representante da Fazenda Pública Estadual, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de publicação do acórdão no Diário Oficial do Estado.

Pelo mencionado dispositivo, observa-se de plano que, sendo a decisão do Pleno contrária à Fazenda Pública – mas não unânime – cabe à Representação da Fazenda a opção de recorrer da decisão do Colegiado ao Secretário da Fazenda, como última instância administrativa.

O Decreto 12.315 (D.O.E. nº 9.313 de 16/10/2014) estabeleceu uma limitação de alçada para interposição do Recurso Hierárquico de 1.000 UPF/PR (Unidade Padrão Fiscal do Estado do Paraná), R$ 79.900 em junho de 2015. Porém, como as autuações pelo Fisco Paranaense, via de regra, são de grande monta, esse dispositivo pouco fez diferença.

Com efeito, os julgamentos dos Processos Administrativos Fiscais pelo Conselho de Contribuintes do Paraná são analisados e apreciados em duas oportunidades, quais sejam (i) por uma das quatro Câmaras e (ii) ao final pelo Pleno, que é composto pelos julgadores das Câmaras.

Toda a composição do Colegiado, tanto cameral como plenária, é paritária, ou seja, os vogais atuam como julgadores representantes do fisco e dos contribuintes, estes indicados em lista tríplice pelas entidades de classe estaduais do Paraná, a saber: Federação do Comércio (Fecomércio), Federação das Empresas de Transporte de Cargas (Fetranspar), Federação das Associações Comerciais (Faciap), Federação das Indústrias (Fiep), Federação da Agricultura (Faep) e Organização das Cooperativas (Ocepar).

Os recursos à terceira instância ou hierárquicos, interpostos pela Representação da Fazenda, têm por finalidade a reforma total ou parcial do julgado do Pleno, caso tenha este concluído, por maioria ou desempate, pela improcedência da medida fiscal lavrada contra o Contribuinte. No entanto, tais recursos são apreciados pelo senhor Secretário da Fazenda, após parecer elaborado na maioria das vezes por auditor fiscal designado para esse fim.

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Observe-se que existem situações em que a Câmara julgadora reconheceu que o contribuinte tinha razão, opinando pelo cancelamento da exigência fiscal. Na sequência, recorre a parte vencida, no caso a Fazenda Pública, ao Pleno e este apreciando a matéria julgada na Câmara mantém o entendimento Cameral.

Ou seja, reconheceu-se, em duas oportunidades, que a medida fiscal foi totalmente improcedente, inclusive em alguns casos com o voto de representante do fisco, existindo, inclusive, situações em que, no julgamento, a Fazenda obteve um único voto.

No entanto, apesar de ambos julgamentos (cameral e plenário) terem reconhecido que a medida fiscal não tinha procedência, determinando o cancelamento da exigência e afastando, destarte, a responsabilidade do contribuinte para com a Fazenda Pública, existem situações em que a Representação da Fazenda, no uso de suas atribuições, interpõe recurso ao Secretário da Fazenda buscando a reforma do julgado do Pleno, sendo acolhida a pretensão fazendária.

O Poder Judiciário, inclusive o Tribunal de Justiça do Paraná, em várias oportunidades, já se manifestou acerca da questão. Em um voto emblemático, o Desembargador Jorge Vargas, com muita categoria, professou:

“A Fazenda Pública Estadual figura como parte perante o Conselho de Contribuintes, que atua como julgador; porém, como parte, só pode ganhar, porque se perder, de parte transforma-se em juiz superior e anula o que o juiz (Conselho) em segundo grau decidiu. Nada mais autoritário”.

O Tribunal de Justiça do Paraná, em outra oportunidade recente, analisou também a matéria em relação ao Recurso Hierárquico, assim se manifestando:

“A discussão dos autos gira em torno de verificar a possibilidade de análise, em sede de recurso hierárquico - da decisão administrativa proferida pelo Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais – CCRF.

Primeiramente, deve mencionar a insegurança jurídica que traria a reforma da decisão, tendo em vista que todos os recursos administrativos estariam a mercê da análise do Secretário da Fazenda.

Como bem salientou o Douto procurador às fls. 188: “... no caso em exame, é impossível o Secretário de Estado da Fazenda, por questões de política fiscal, reformar o mérito da decisão colegiada proferida pelo CCRF, servindo o recurso hierárquico tão somente para análise e supervisão aos atos administrativos viciados, acompanhados de nulidade flagrantes que prejudicam o bom andamento do processo administrativo.” Ressalta-se que a Administração poderá reaver seus atos, desde que sejam viciados de nulidade...”

No entanto, numa flagrante ofensa à estabilidade e à mencionada confiança legítima, foram publicados em vários Diários Oficiais do Estado (nº. 9461 de 28/05/15; nº. 9464 de 02/06/15; nº. 9465 de 03/06/15, entre outros) decisões em mais de 70 (setenta) Recursos Hierárquicos apreciados pela Fazenda Estadual, deploravelmente TODOS reformando as decisões do Pleno do Conselho de Contribuintes, algumas com recursos interpostos há mais de quatro anos que o contribuinte aguarda uma resposta da Administração.

Como se disse, todas essas decisões hierárquicas, sem exceção, foram no sentido de reformar a decisão do Colegiado, ou seja, foi restabelecida a exigência fiscal, tendo, inclusive, situações em que a Administração Fazendária já havia anteriormente se manifestado sobre a mesma matéria de direito e reconhecido como correto o julgamento do Conselho de Contribuintes. E mais, em nenhum dos casos se verificaram vícios e nulidades ocorridos no processo administrativo fiscal, condição única que poderia ensejar o manejo dos

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famigerados recursos hierárquicos, indo de encontro, então, ao entendimento já consolidado pelos Tribunais Pátrios.

Inclusive, pasmem, em decisões emitidas no final de 2014 (D.O.E. n. 9357 de 18-12-14 e n. 9361 de 29-12-14), a própria Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná já havia julgado alguns recursos hierárquicos em favor dos contribuintes de matérias rigorosamente idênticas àquelas indicadas acima, estas que tomaram, surpreendentemente, direção oposta, sem nenhuma razão jurídica para tanto.

Diante disso, se questiona: qual seria o motivo da mudança de entendimento? Já que a matéria não sofreu qualquer modificação, inclusive no Judiciário. Com todo o respeito, pode mudar o Administrador, mas Administração Pública é a mesma, sob pena de quebra da segurança jurídica, já que o contribuinte não pode estar inseguro em relação a seus investimentos, com eventuais interpretações isoladas.

Dos 27 Estados da Federação, incluindo o Distrito Federal, apenas 7 mantêm em suas legislações o Recurso Hierárquico (como apelo à terceira instância de julgamento no âmbito do contencioso administrativo tributário), havendo, inclusive, propostas de sua extinção no projeto do Código de Defesa do Contribuinte em tramitação na Câmara Federal.

Recentemente, em maio do corrente ano, na posse do novo Presidente do Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais do Paraná (CCRF) e dos Conselheiros dos setores público e privado, o senhor Secretário da Fazenda, após ter conhecimento dos valores do crédito tributário pendentes e aguardando julgamento, manifestou no sentido de solicitar agilidade na apreciação dos processos e recomendou aos julgadores que fossem imparciais na análise dos lançamentos, sendo que, caso o contribuinte tivesse razão, fosse de imediato cancelada a exigência, com a eliminação do passivo pendente do contribuinte. Em contrapartida, se devido o tributo, fosse imediatamente colocado o débito à disposição da Fazenda para obter os recursos financeiros inerentes.

No entanto, pelo que se viu, a determinação emanada pela autoridade máxima da Fazenda Estadual, recomendando imparcialidade no que toca às exigências fiscais apreciadas pelo Pleno do Colegiado, sequer foi seguida pelo próprio senhor Secretário, basta verificar a quantidade de Decisões Hierárquicas (mais de 70...), reformando o que foi decidido pelo Conselho de Contribuintes.

Cabe neste ponto uma indagação: será que em todas essas Decisões do Pleno, realmente os contribuintes estavam errados? Pois todas que foram apreciadas, foram reformadas pelo Hierárquico.

Se realmente isto for procedente, cabe outra pergunta: valeria a pena manter o funcionamento do Conselho de Contribuintes, com toda a sua estrutura? Não seria mais econômico – e mais confiável - tanto para o Contribuinte como para Administração Pública, extinguir os Tribunais Administrativos e especialmente o nosso Conselho do Paraná? Indiscutivelmente, permitir que as decisões emanadas por um órgão técnico, em exercício contínuo há mais de 40 anos, em sentenças colegiadas, possam ser banalizadamente desfeitas por uma deliberação política, monocrática, com interesses eminentemente arrecadatórios, certamente seria permitirmos o sepultamento da tão propalada confiança legítima que o cidadão-contribuinte deposita em seus administradores.

E o que será mais grave – e provavelmente a Procuradoria do Estado tem custado a enxergar - estes julgados do Colegiado que foram reformados pelos Hierárquicos certamente irão desaguar no judiciário, com a inscrição do débito em Dívida Ativa, fazendo com que o contribuinte, para que possa discutir a validade do julgamento tenha que desembolsar valores até superiores aos dos créditos tributários em apreço, ou dar bens em garantia para discutir a pretensão fiscal. No entanto, muitos casos poderiam – e deveriam - ter sido finalizados nos Conselhos de Contribuintes. Ou seja, mais e mais congestionamento das vias judiciais.

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Vale destacar que a administração pública do Paraná, preocupada com os encargos - especialmente de sucumbência - advindos de julgamentos desfavoráveis nos Processos Administrativos Fiscais na esfera judicial, editou em 22 de dezembro de 2.000 a Lei nº. 13.023, que em seu art. 7º, acrescentou a letra “d” ao inciso, XIV, art. 56, da Lei nº. 11.580/96 que trata do Processo Administrativo Fiscal de Instrução Contraditória, ao dispor que “os créditos tributários serão cancelados, com observância do disposto em decreto do Poder Executivo, no caso de o Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais ter proferido decisão final e irreformável, por mais de uma vez, sobre a mesma matéria, de forma favorável ao mesmo sujeito passivo da obrigação tributária, comprovado por certidão do referido órgão”.

O Decreto editado para esta finalidade foi o nº 3.341/2000 (DOE de 28.12.2000). Este procedimento vigeu até 28 de dezembro de 2005, quando foi revogado pela Lei 14.979.

Como se pode ver, administração sempre deve estar imbuída na obtenção de baixo custo, quer para o fisco, quer para o contribuinte, especialmente na escassez de recursos que nos encontramos. Essa é a mensagem contida no Código Paranaense de Defesa do Contribuinte (Lei Complementar 107/2005) nos seguintes dispositivos:

“A administração tributária deve ser de baixo custo, quer para o fisco, quer para o contribuinte” (Art. 2º, § 2º);

“Administração Fazendária, no desempenho de suas atribuições, pautará sua atuação de forma a impor o menor ônus possível aos contribuintes.” (Art. 27, “caput”).

Assim, pode-se concluir que a expedição de inúmeras decisões monocráticas, baseadas unicamente nas razões trazidas pela Fazenda, que levou o senhor Secretário da Fazenda acolhê-las, sem uma minudente análise das contrarrazões, com todo o respeito, andou na contramão dos discursos e no fundamento da essência da coisa pública.

Gerson Tarosso é advogado, sócio do Escritório Tarosso Advogados Associados, conselheiro e ex-presidente do Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais do Estado do Paraná, ex-auditor fiscal e delegado da Receita Estadual e membro do Instituto de Direito Tributário (IDT-PR).

Fabriccio Petreli Tarosso é advogado, sócio do escritório Tarosso Advogados Associados. Professor em Direito Tributário, com atuação no Processo Administrativo Fiscal. Membro do Instituto de Direito Tributário do Paraná (IDT-PR) e da Comissão de Direito Tributário da OAB-PR.

Revista Consultor Jurídico, 3 de agosto de 2015, 9h40

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Direito à intimidade

TV é condenada a indenizar por reportagem sem interesse público31 de julho de 2015, 8h40

Reportagens que não apresentam interesse público fogem do objetivo da imprensa e ofendem a honra e a imagem dos envolvidos. Assim decidiu a desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, do Tribunal de Justiça de Goiás,  ao condenar um veículo de comunicação a pagar indenização de R$ 12 mil por dano moral a moradores de um condomínio.

No caso, um dos moradores se envolveu em uma confusão com supostas garotas de programa dentro de seu apartamento. Depois que o caso foi denunciado, a Polícia Civil foi ao local e, junto com as autoridades, os repórteres do veículo jornalístico entraram no imóvel sem a autorização dos donos e fizeram uma reportagem televisiva.

Condenada em primeiro grau pela 16ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, a empresa ajuizou apelação alegando que a ocorrência adquiriu relevância jornalística, porque atingiu toda a coletividade. Também disse que o desfecho policial tornou o fato público e que a reportagem não emitiu nenhum juízo de valor ou comentário depreciativo em relação aos envolvidos.

Para a desembargadora do TJ-GO, a publicação ofendeu a honra e os sentimentos dos autores, uma vez que basear a reportagem apenas em boletim de ocorrência não justifica o interesse público ou a exposição dos envolvidos. A magistrada observou ainda que os jornalistas entraram na residência sem autorização.

“A sociedade democrática exige igual proteção à liberdade de expressão e à dignidade da pessoa humana, cujos valores, de mesma envergadura constitucional, devem ser balanceados, caso a caso, pelo Poder Judiciário, com observância ao princípio da proporcionalidade”, explicou a desembargadora. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-GO

Clique aqui para ler a decisão.Apelação Cível 121430-80.2013.8.09.0051

Revista Consultor Jurídico, 31 de julho de 2015, 8h40

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Dano moral

Caixa indenizará cliente que foi obrigado a entrar na agência de meias31 de julho de 2015, 14h40

A Caixa Econômica Federal foi condenada a pagar indenização por danos morais a um cidadão que foi bloqueado na porta giratória de uma agência. A condenação não ocorreu pelo fato, mas pela maneira como os funcionários da agência lidaram com a situação. A decisão é da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que ressalta a falta de habilidade dos envolvidos em lidar com situação.

No caso, o autor da ação tentava entrar no posto de atendimento quando foi barrado pelo equipamento, que constatou a presença de metais. O problema é que o material detectado compunha o calçado da vítima. Com isso, a pessoa foi obrigada a entrar sem os sapatos na agência, ou seja, de meias.

Em sua análise, o relator da ação, desembargador federal Hélio Nogueira, explicou que o travamento da porta giratória não constitui conduta ilícita, porém, o comportamento dos funcionários do banco fez com que as consequências do evento aumentassem de proporção. Segundo ele, o ocorrido ultrapassou “aquilo que determina a boa-fé, como regra de comportamento que obriga ambas as partes contratantes a agirem em conformidade com os deveres anexos a qualquer relação jurídica negocial”.

Nogueira ressalta que o banco tinha condições de apresentar uma solução melhor para o fato, mas a conduta dos funcionários constrangeu o autor da ação, de maneira desnecessária e abusiva. O julgador cita, ainda, que, para solucionar a situação, os funcionários envolvidos poderiam ter passado o detector de metais no autor para confirmar que era o revestimento de metal da bota o responsável pelo travamento automático, ou poderiam ter feito a transação por meio de terceiros.

“O que não poderia, de modo algum, é ter contribuído, por meio do comportamento negligente de seus prepostos, para a situação constrangedora pela qual passou o autor, que foi praticamente compelido a passar de meias pela porta giratória e ser atendido nessas condições”, finalizou o desembargador. Com esse entendimento, a Turma condenou a Caixa a pagar R$ 5 mil de indenização por danos morais. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-3.

Clique aqui para ler o acórdãoProcesso 0004805-62.2009.4.03.6110

Revista Consultor Jurídico, 31 de julho de 2015, 14h40

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US$ 30 milhões

Taurus faz acordo nos EUA para encerrar ação coletiva contra armas com defeito1 de agosto de 2015, 13h48

Por   João Ozorio de Melo

A Taurus, maior fabricante de armas do Brasil, aceitou fechar um acordo de US$ 30 milhões para encerrar uma ação coletiva, movida contra três empresas do grupo nos Estados Unidos. Os autores da ação acusam a empresa de vender pistolas com defeito na trava de segurança do gatilho.

Eles se queixam que a pistola pode disparar quando o gatilho é puxado involuntariamente mesmo que o dispositivo de segurança esteja ativado. E, no caso de algumas pistolas, quando caem no chão ou sofrem um impacto, a arma também pode disparar acidentalmente.

A ação foi movida contra três empresas do grupo, incluindo a matriz brasileira e duas subsidiárias estrangeiras, e levou meses de contencioso — incluindo seis sessões de mediação infrutíferas.

Segundo o acordo aprovado por um tribunal federal em Miami (Flórida), ainda pendente de homologação final, a empresas Taurus negaram “com veemência” todas as alegações de mau funcionamento das armas, de que tenham feito alguma coisa errada e que possam ser responsabilizadas civilmente.

A ação envolve nove modelos de pistolas semiautomáticas com trava de segurança, fabricadas desde 2000. Os modelos são os seguintes: PT-609, PT-640, PT-42/7, PT-111 Millennium, PT-132 Millennium, PT-138 Millennium, PT-140 Millennium, PT-145 Millennium e PT-745 Millennium (foto). A ação não envolve as pistolas do modelo G2.

A Taurus ressalta que o acordo “não implica em confissão ou admissão de culpa quanto às alegações de defeitos em certas pistolas”. Porém, a empresa decidiu aceitar o acordo para evitar um longo e custoso julgamento, que poderia se estender para tribunais superiores e comprometer recursos financeiros da empresa bem maiores que o valor estabelecido no acordo.

Nos EUA, quase a totalidade das ações coletivas contra empresas termina da mesma forma, com as mesmas justificativas indicadas no processo. Sob os termos do acordo, as empresas Taurus terão de pagar aos demandantes os seguintes valores:

— Se menos de 10.000 pistolas forem retornadas, o pagamento a cada proprietário será de US$ 200.— Se 10.001 a 20.000 pistolas forem retornadas, o pagamento a cada proprietário será de US$ 175.— Se 20.001 a 200.000 pistolas forem retornadas, o pagamento a cada proprietário será de US$ 150.— Se mais de 200.000 pistolas forem retornadas, o pagamento a cada proprietário será de US$ 150 e deve ser igual ao limite agregado de US$ 30 milhões, divididos pelo número de pistolas retornadas.

Assim, cada demandante só saberá quanto poderá receber pelo retorno da arma depois de esgotado o prazo de devolução, ainda a ser marcado pelo administrador do acordo nomeado pelo juiz. Em comunicado ao mercado, a Taurus afirma que poderá desistir do acordo caso uma parcela significativa de proprietários de pistolas optem por não aderir aos termos.

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A empresa também se comprometeu a oferecer aos proprietários de suas armas uma inspeção do equipamento, sem custos para o comprador, garantia vitalícia e um treinamento sobre segurança na manipulação da arma.

O juiz irá determinar o valor dos honorários, taxas e despesas dos advogados dos demandantes na ação coletiva, movida em 22 de setembro de 2014. O valor será no máximo de US$ 9 milhões e deverão ser pagos pela Taurus em três parcelas anuais, a contar do primeiro ano após o fechamento do acordo.

João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.

Revista Consultor Jurídico, 1 de agosto de 2015, 13h48

A difícil missão de defender amigos e parentes Publicado por Canal Ciências Criminais - 2 dias atrás

Por Anderson Figueira da Roza

Há anos ressalto em conversas informais e também em artigos os prazeres e alegrias que a advocacia criminal proporciona na vida dos seus praticantes, várias profissões precisam lidar com as emoções, mas ouso a dizer que somente o advogado criminalista é capaz de experimentar e conduzir a pior delas: tocar o telefone, você olha e sorri porque é de um amigo, um colega de profissão, ou um familiar seu, atende na esperança de uma conversa agradável, mas aquela pessoa ou alguém que ela ama está com um grande problema criminal.

Pronto, acabou o seu dia, ou sua noite, tanto faz, uma onda de pensamentos invade a sua cabeça, perguntas fazem sacudir seu cérebro. E você rapidamente precisa se recompor também desse choque, pois não pense em dizer para o mundo que por ser advogado criminalista, está preparado para qualquer situação, que você é gelado e nada te faz perder seu equilíbrio. Mentira, nas suas veias corre sangue, você também tem sentimentos e dentro do seu peito bate um coração.

É fundamental você estudar muito para atuar como advogado criminalista. Existe uma complexidade de conhecimentos a explorar, as ciências criminais se desdobram em múltiplas disciplinas, e em algumas vezes a chave para a absolvição de um caso é muito específica, outras vezes você vai precisar discorrer sobre uma grande variedade de matérias que poderão resolver o processo. Porém, nenhuma delas vai te ensinar a se portar quando o próximo caso é de alguém que você tem uma relação muito próxima.

Na teoria, muitos dirão que se você aplicar todo o seu conhecimento, não há com o que se preocupar, tudo dará certo e você seguro no que sabe, vai conduzir a situação da melhor forma possível. Mas, existe um ingrediente que fica machucando você o tempo inteiro numa situação dessas, que é o seguinte: você já resolveu tantos casos de pessoas estranhas, muito mais complexos que o atual, com pressão de familiares o tempo inteiro, e nada te afetou, mas nos casos em que você atua para uma pessoa muito próxima, não tem jeito, você vai querer vencer mais do que qualquer outro, porque além da expectativa dos outros, você também estará esperando isso de você mesmo, e aí é o maior perigo destas situações.

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Na minha vida profissional já experimentei essas emoções algumas vezes. Já representei amigos, colegas e parentes que tiveram acusações desde ameaças, lesões corporais, delitos de trânsito, violência doméstica, passando por tráfico de drogas e associação para o tráfico (aqui de advogados), falta de restituição de processos (recentemente de dois amigos advogados), até uma única vez de homicídio.

De todos estes casos particulares pelas minhas relações pessoais, o que mais mexeu com a minha estrutura emocional ocorreu quando numa dessas ligações do passado, tive a alegria de identificar o número de uma querida colega de graduação, porém a surpresa para mim que seu companheiro (que era bacharel em direito) tivera sua casa visitada por policiais e que encontraram drogas dentro da residência dele, e como o mesmo não estava em casa, o delegado representou pela prisão preventiva dele.

Ao assumir o caso, a prisão preventiva foi decretada pelo juiz, e assim foi mantida até o final do processo, para ele e para todos os demais acusados. Lembro que a decisão de ser apresentado foi tomada em conjunto com seus familiares, e que seria apenas no dia da audiência, distante ainda quatro meses do dia dessa conversa. Os demais réus já estavam presos desde o dia da operação policial, e nenhum deles foi colocado em liberdade durante o processo, sendo que todos eram primários, de bons antecedentes, residência fixa e tinham vínculo de trabalho. Logo, não caia na sedução de discursos midiáticos que a polícia prende e a justiça solta quando o suspeito é primário e de bons antecedentes, tem muita gente presa no Brasil com essas condições favoráveis, lotando os presídios.

Sem dúvida alguma a grande discussão desse processo se deu por conta das drogas encontradas nessas residências serem para fins de tráfico de drogas, ou se eram meninos de classe média usuários de drogas. A justiça os condenou indistintamente por tráfico de drogas e associação para o tráfico, alguns deles sequer se conheciam, mas isso é um detalhe de menos importância para o presente artigo.

As lições deste processo são inúmeras, e duras para mim subjetivamente até hoje. Infelizmente um dos únicos casos que não obtive qualquer êxito. Eu queria e briguei muito por uma absolvição, nada funcionou. Embora tenha adquirido a simpatia e amizade por parte de todos os familiares do companheiro desta minha colega de graduação, amizades estas que permanecem, cobro de mim demais durante o tempo, pensando o que poderia ter feito melhor para diminuir a dor das pessoas envolvidas, o sofrimento de cada um vendo aquele rapaz se despedindo das pessoas que mais amava no dia da audiência, já que ele havia decidido enfrentar o processo e suas consequências em caso de insucesso.

Ressalto aqui também que este rapaz suportou calado o sofrimento de alguns anos de reclusão desde o regime fechado, passando pelo regime semiaberto, liberdade condicional e extinção de pena pelo tempo, jamais buscou se envolver com algo ilícito novamente, felizmente não foi abandonado por seus familiares e sua companheira, hoje é um exemplo de homem que errou, foi preso, cumpriu sua pena, trabalha normalmente, bom marido e bom pai. Comprovei que há recuperação para quem tem estrutura, mesmo quando se perde por um tempo na vida, sem dúvida, não ser abandonado pelos parentes e amigos ainda é a forma mais eficaz nesses casos.

Como advogado, concluo apenas que com muita dedicação você terá inúmeros sucessos, alguns insucessos, mas quando você tiver que defender alguém de suas relações pessoais tenha muito mais cuidado, pois mesmo que você seja um leão na profissão, vai querer o sucesso nestes casos muito mais do que em qualquer outro, mas as feridas e cicatrizes geradas nestes processos singulares te incomodarão eternamente.

Fonte: Canal Ciências Criminais

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Comissão de corretagem - uma cobrança abusiva Publicado por Advocacia Martinez de Oliveira - 6 dias atrás

Vamos nos manifestar pela prática usual que está sendo utilizada pelas construtoras, qual seja, a cobrança da comissão de corretagem do profissional que está fazendo a venda do bem imóvel.

Esta se observando na jurisprudência que a posição majoritária é a de que quem deve pagar a comissão é sempre o vendedor e não comprador, aliás como sempre foi.

Ocorre que o poderio econômico das construtoras, que praticam lobby perante os Tribunais, o entendimento está sendo alterado. Todavia, quando se está diante de uma compra realizada no plantão de vendas da construtora, a única solução possível é a que quem deve pagar a comissão de corretagem é a vendedora e não o consumidor, bem como, no nosso entendimento o pagamento a título de comissão de corretagem realizado pelo consumidor é indevido, cabendo sua restituição, sendo necessário o ajuizamento de uma ação judicial.

Os nossos tribunais entendem dessa forma:

"DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE COMPRA DE VENDA DE IMÓVEL. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA. CONSTRUTORA / INCORPORADORA IMOBILIÁRIA. COMISSÃO DE CORRETAGEM. AGENTES ATUANDO SOB AS INSTRUÇÕES DO FORNECEDOR. DESNATURAÇÃO DO CONTRATO DE CORRETAGEM. TRANSFERÊNCIA AO CONSUMIDOR DE SERVIÇO QUE NÃO LHE FOI PRESTADO. ABUSIVIDADE DE CLÁUSULA EM CONTRATO DE ADESÃO. COMISSÃO DE CORRETAGEM. COBRANÇA INDEVIDA. (...) 2. A obrigação de pagar a taxa de corretagem pressupõe a prestação de serviço de mediação imobiliária, como definido no art. 722 doCódigo Civil:"pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas". 3. A comissão de corretagem é ônus de quem contratou os serviços do intermediador. O fornecedor não pode transferir esse encargo aos consumidores, se optou por não incluir esse custo no preço cobrado, sobretudo quando não os informou adequadamente sobre esse ônus. 4. Se o consumidor procura o próprio vendedor para a realização do negócio, descaracteriza-se a mediação imobiliária, conforme define o art. 726 do Código Civil. 5. Assim, é abusiva, por representar vantagem exagerada (art. 51, incisoIV. Do CDC), a existência de cláusula, em contrato de adesão, que impõe o pagamento de valor, a título de taxa de corretagem, se não há prova da intermediação imobiliária concretizada por iniciativa do comprador. 6. Em verdade, sequer houve a prestação de serviços de corretagem, mas simples atuação de prepostos da empresa, uma vez que a corretagem exige que o corretor não esteja subordinado por qualquer relação de dependência com o contratante, violando o disposto no art. 722 do Código Civil. 7. Recurso CONHECIDO. PRELIMINAR REJEITADA. IMPROVIDO. Sentença mantida pelos seus próprios fundamentos. Custas e honorários advocatícios pela recorrente, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação. Acórdão elaborado de conformidade com o disposto no art. 46 da Lei nº 9.099/1995. (Acórdão n.653407, 20120910254374ACJ, Relator: ISABEL PINTO, 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Publicado no DJE: 15/02/2013. Pág.: 227)".

DIREITO DO CONSUMIDOR. REJEITADA A PREJUDICIAL DE MÉRITO DE PRESCRIÇÃO. PRETENSÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL E DEVOLUÇÃO EM DOBRO DOS VALORES INDEVIDAMENTE COBRADOS. AUSÊNCIA DE HIPÓTESE ESPECÍFICA NO ART. 206 DO CÓDIGO CIVIL. PRAZO DECENAL. ART. 205 DO CÓDIGO CIVIL. IMÓVEL. COMISSÃO DE CORRETAGEM. COMPRA E VENDA. TRANSFERÊNCIA AOS CONSUMIDORES DE SERVIÇO QUE NÃO LHES FOI PRESTADO. CLÁUSULA ABUSIVA. VIOLAÇÃO À BOA-FÉ

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OBJETIVA. INFORMAÇÃO INADEQUADA. VIOLAÇÃO AO DEVER DE INFORMAÇÃO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO DEVIDA. ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. RECURSO IMPROVIDO. (Acórdão n.710934, 20130110371697ACJ, Relator: HECTOR VALVERDE SANTANA, 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de Julgamento: 13/08/2013, Publicado no DJE: 13/09/2013. Pág.: 308)~ CONSUMIDOR. AQUISIÇÃO DE IMÓVEL NA PLANTA. COMISSÃO DE CORRETAGEM. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE PASSIVA E INÉPCIA REJEITADAS. COBRANÇA ABUSIVA. ÔNUS DO VENDEDOR. (...) 4. MÉRITO: É abusiva a cláusula que transfere ao adquirente o ônus do pagamento de comissão de corretagem sob o argumento de que o serviço foi por ele contratado, pois é sabido que a contratação foi pactuada entre a construtora e o corretor, não havendo liberdade de escolha pelo consumidor. 5. O consumidor não aufere qualquer proveito com a suposta intermediação empreendida pelo corretor, pois a aquisição é pactuada diretamente com a construtora. O corretor não age, nesta hipótese, como intermediário ou prestador autônomo de serviço, mas como verdadeiro preposto da construtora, de modo a facilitar a atividade empresarial desta. 6. Tratando-se de cobrança indevida feita a consumidor, a devolução deve ser dobrada, conforme preceitua o art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor. 7. Os fornecedores consorciados para a realização de atividade comercial conjunta respondem solidariamente pelos danos causados ao consumidor, a teor do art. 7º, parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor. Portanto, uma vez demonstrada a cobrança abusiva da comissão de corretagem, o consumidor pode exigir a devolução tanto à construtora como à empresa vendedora, que auferiram proveito com a venda. 8. Recurso conhecido e desprovido. Sentença mantida pelos seus próprios fundamentos. 9. Arcará a recorrente com as custas processuais e os honorários advocatícios, estes fixado em 10% (dez por cento) do valor atualizado da condenação, conforme art. 55 da Lei 9.099/95. (Acórdão n.713140, 0130310159430ACJ, Relator: ANTÔNIO FERNANDES DA LUZ, 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de Julgamento: 17/09/2013, Publicado no DJE: 20/09/2013. Pág.: 312)

DIREITO DO CONSUMIDOR. CONSTRUTORA/ INCORPORADORA IMOBILIÁRIA. COMISSÃO DE CORRETAGEM. AGENTES ATUANDO SOB AS INSTRUÇÕES DO FORNECEDOR. DESNATURAÇÃO DO CONTRATO DE CORRETAGEM. TRANSFERÊNCIA AOS CONSUMIDORES DE SERVIÇO QUE NÃO LHES FOI PRESTADO. PRÁTICA ABUSIVA. VIOLAÇÃO À BOA-FÉ OBJETIVA. CONSUMIDORES NÃO INFORMADOS ADEQUADAMENTE. VIOLAÇÃO AO DEVER DE INFORMAÇÃO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO DEVIDA. ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, CDC. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1 - A controvérsia deve ser solucionada sob o prisma do sistema jurídico autônomo instituído pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), que por sua vez regulamenta o direito fundamental de proteção ao consumidor (art. 5º, XXXII, da Constituição Federal). 2 - Fixadas as normas e princípios que regulam o caso concreto, a pretensão dos recorrentes deve ser amparada com base no princípio da boa-fé, art. 4º, III, e art. 51, IV, do Código de Defesa do Consumidor, e no princípio da informação adequada, art. 6º, III, também do Código de Defesa do Consumidor. 3 - O fornecedor tem o dever de informar qualificado, em que não basta o mero cumprimento formal do oferecimento de informações, mas o dever substancial de que o consumidor efetivamente as compreenda. 4 - A conseqüência do descumprimento de cláusula que viole o dever da boa-fé objetiva e o dever de informar adequadamente é a declaração de nulidade da respectiva cláusula, reconhecimento que pode ser feito a pedido ou de ofício. 5 - A comissão de corretagem é ônus de quem contratou os serviços do intermediador. O fornecedor não pode transferir esse encargo ao consumidor, se optou por não incluir esse custo no preço cobrado, sobretudo quando não lhe informou adequadamente sobre esse ônus. 6 - As recorridas não comprovaram que os serviços de corretagem foram efetivamente prestados aos consumidores. 7 - Nas relações de consumo é desnecessária a prova da má-fé para aplicação da sanção do art. 42, parágrafo único, doCódigo de Defesa do Consumidor, porquanto basta a falha na prestação do serviço, consubstanciada na cobrança indevida (ato ilícito) do fornecedor, para que seja devida a reparação. 8 - Recurso provido. Sentença parcialmente reformada. (Acórdão n.663243, 20120710218185ACJ, Relator: HECTOR VALVERDE SANTANA, 3ª

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Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de Julgamento: 12/03/2013, Publicado no DJE: 25/03/2013. Pág.: 455)

A cláusula que atribui ao consumidor o ônus do pagamento da Comissão de Corretagem em Contrato de Promessa de Compra e Venda de Imóvel é nula de pleno direito, pois transborda abusividade consumerista, infringindo o artigo 51, inciso IV da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). O consumidor não é obrigado a arcar com um serviço que não contratou, muito menos, remunerá-lo por isso, pois não irá aferir qualquer proveito em seu benefício. Condicionar a venda do imóvel ao corretor que esteja vinculado à empresa (mesmo que informalmente) é praticar Venda Casada, conduta proibida por nossa legislação. (art. 39, I do CDC).

Assim, caso tenha adquirido um imóvel e pago alguma quantia a título de comissão de corretagem, ou mesmo uma entrada que não está sendo computada no valor do imóvel, entre em contato conosco, você pode ter sido vítima de prática abusiva contra o consumidor.

Sindicância detecta mais 3 supostos falsos médicos em PS de Franca, SP Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 11:31 hs.

07/08/2015 - Apuração veio após prisão de suspeito de usar registro de médico do RN.

Prefeito diz que pedirá que ressarcimento a instituto que terceirizou médicos.

Uma sindicância realizada pela Prefeitura de Franca (SP) concluiu que pelo menos quatro supostos falsos médicos atuaram no Pronto-Socorro "Dr. Álvaro Azzuz". O prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) confirmou na quarta-feira (5) que, além de Pablo do Nascimento Mussolim - preso após o Conselho Regional de Medicina apurar que ele usava registro profissional de outra pessoa -, mais duas mulheres e um homem atenderam pacientes no município usando números inválidos.

Todos, segundo a administração municipal, foram contratados por intermédio do Instituto Ciências da Vida (ICV), empresa que terceirizou os profissionais depois que a Prefeitura alegou dificuldades em contratar por meio de concursos públicos.

Embora ainda não tenham sido constatados danos à saúde dos pacientes atendidos, Ferreira informou que pretende notificar a entidade para devolver os salários que foram pagos aos profissionais irregulares.

"Essa empresa trouxe mais de 100 médicos para trabalhar nos nossos prontos-socorros, contratados de fora de Franca. Quatro deles a gente levantou e chegamos a essa conclusão, de que eram médicos que não tinham o número do Conselho Regional de Medicina validado. Agora, a Polícia Civil, o Ministério Público e a nossa sindicância, todos trabalhando para que a gente levante essas informações e coloque na cadeia esses falsários", afirmou o prefeito.

De acordo com o Cremesp, a falta de registro pode invalidar eventuais documentos assinados por esses profissionais, como atestados de óbito.Em nota, o ICV informou que instaurou auditoria interna sobre o caso, que também é vítima das irregularidades e que colabora com as investigações.

A apuração dentro da Prefeitura começou depois da prisão de Mussolim, suspeito de ter recebido, em um IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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mês, R$ 80 mil e de ter se passado por Pablo Galvão, médico do Rio Grande do Norte. Ele foi detido em 16 de julho com outra suposta falsa médica após investigação do Cremesp na região de Sorocaba (SP).

A suspeita da polícia é de que ele utilizava CRM de um terceiro porque seu diploma - de uma faculdade estrangeira - não tem validade no Brasil. O Ministério Público em Franca instaurou inquérito para avaliar se houve improbidade no contrato entre o ICV - pelo qual ele foi terceirizado - e a Prefeitura.

Mais três suspeitosDepois da prisão de Mussolim, a Prefeitura de Franca abriu uma sindicância e confirmou, após 20 dias, que mais três pessoas - duas mulheres e um homem - atuaram no Pronto-Socorro "Dr. Álvaro Azzuz" com CRMs de outras pessoas. Seus nomes não foram revelados.

Estes, assim como o primeiro suspeito, tinham sido contratados por intermédio do ICV. "Nós fizemos em Franca vários concursos públicos para colocar mais médicos na cidade e não conseguimos, os concursos foram vazios.

Aí contratamos uma empresa para trazer médicos de fora. Nós somos vítimas de pessoas inescrupulosas que trabalhavam aqui na nossa cidade e em toda a região, em outros hospitais, com número do CRM falso", disse Ferreira.

Segundo o chefe do Executivo, os pacientes atendidos pelos suspeitos estão sendo chamados a prestar depoimentos, assim como estão sendo analisados seus prontuários. Até o momento, no entanto, não foram encontrados indícios de erro médico.

Além de apurar as consequências desses atendimentos, Ferreira quer reaver os salários pagos a essas pessoas.

"Não há indício algum de que eles tenham feito um trabalho técnico errado nesses pacientes até que pudesse levá-los à morte. Não houve isso e a gente não está encontrando nada que possa desabonar o trabalho deles, só que eles não têm registro no Conselho Regional de Medicina e, portanto, não podem trabalhar como médicos."

Documentos sem validadeO delegado regional do Cremesp, Ulisses Martins Minicucci, explicou que, além dos riscos aos pacientes, a prática adotada pode ocasionar problemas burocráticos. Com números de CRM inválidos, qualquer documento que tenha sido assinado pelos supostos falsos médicos não tem validade.

"Se eles assinaram atestados de óbito, esses atestados não têm valor algum, porque não foram assinados por médicos."Fonte: Do G1 Ribeirão e Franca

Governo fecha cerco para receber dívidas de R$ 40 bi já julgadas pelo Carf

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6 ago 2015 - IR / Contribuições

Nos próximos dias, o Ministério da Fazenda inicia os trâmites legais para cobrar R$ 40 bilhões em dívidas de empresas. Os débitos já foram julgados, mas ficaram parados na burocracia do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), espécie de tribunal onde contribuintes podem recorrer contra a cobrança de tributos que considerem injustificável. Segundo fonte ouvida pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a maior parte de empresas e bancos devedores está em São Paulo.

Com a cobrança, a Fazenda, além de melhorar a arrecadação, pretende demonstrar que reagiu às irregularidades apresentadas pela Operação Zelotes, da Polícia Federal. A investigação revelou um esquema de corrupção no conselho, que atua como última instância administrativa para recursos sobre débitos tributários. A apuração da PF mostrou que conselheiros recebiam propinas para anular ou reduzir punições aplicadas pela Receita Federal. Depois disso, o Ministério iniciou a reestruturação do Carf.

Processos Os R$ 40 bilhões serão inscritos na dívida ativa. Na sequência, o contribuinte ainda pode recorrer judicialmente. Muitas vezes os juízes decidem que os contribuintes depositem os valores contestados em juízo. Para que as dívidas sejam pagas o quanto antes, o governo decidiu invalidar a certidão negativa dos contribuintes que não quitarem o valor devido no prazo. Sem o documento, as empresas ficam impedidas, por exemplo, de participar de licitações.

Para reduzir o tempo de permanência dos processos no Carf, o conselho passará a julgar os processos em lotes, ou seja, processos com teor semelhante poderão fazer parte de um mesmo julgamento.

Na semana passada, durante a sessão solene para a reabertura do Carf, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse estar contando com os recursos do Conselho. "Eu ando caçando esses R$ 100 bilhões que o Carf mandou", disse Levy, em referência ao montante em processos já julgados na primeira instância do Carf. Pela declaração do ministro, os R$ 40 bilhões são apenas a uma parte da cobrança prevista.

Reformulação Após a reformulação do Carf, ficou decidido que a remuneração dos conselheiros será de R$ 11,3 mil, o equivalente aos cargos de direção e assessoramento superior número 5 (DAS-5). Esta é a maior remuneração para um trabalhador não concursado, o que inviabiliza a fixação de salários mais elevados, como pedem alguns advogados.

Os pedidos de vista e adiamento das votações também sofreram mudanças. A partir de agora, quando um conselheiro pedir vistas de um processo, todos os outros poderão utilizar o tempo, evitando que o julgamento seja adiado diversas vezes. Os conselheiros só poderão pedir adiamento dos processos antes da sessão, o que evita que um julgamento seja adiado.

Com a reformulação, o Carf diminuiu o número de conselheiros, passando de 216 para 120. Metade dos conselheiros é indicada pela Receita Federal. O contribuinte é representado por confederações patronais do comércio (CNC), da indústria (CNI), das instituições financeiras (CNF) e da agricultura (CNA). Outra mudança foi a redução do tempo de registro profissional para exercer a função no Carf: passou a ser de três anos. Para o tributarista Gustavo Brigagão, a experiência do ministro Levy na área pesou a favor. "A experiência do Levy no Conselho do Rio foi muito boa e as mudanças promovidas no Carf por ele também", diz. Fonte: UOL

"Falha" em site de vendas debita quase R$ 40 mil em cartão de cliente

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Erro causava um congestionamento no site e suas vendas passavam do 1º lote - o mais barato - direto para o 4º, bem mais caro

Reprodução/Instagram

Uma falha no site de vendas da TJ - Tamo Junto Entretenimento, que comercializa ingressos para a festa Réveillon dos Milagres, causou revolta nas redes sociais. O problema fez com que os ingressos, que valiam para seis festas diferentes, não fossem confirmados mas, mesmo assim, fossem debitados nos cartões dos clientes.

O erro causou um congestionamento no site e fez a ofertar passar do 1º lote - o mais barato, cujos ingressos custavam R$ 2.490 para homens e R$ 1.890 para mulheres - direto para o 4º, de R$ 3.990 para ambos os sexos, em poucos minutos. Assim, os clientes que tentavam comprar acabavam pagando mais caro por um ingresso que dava erro. A usuária Gabi Straliotto reclamou que a compra havia sido debitada no cartão, porém não havia sido confirmado no site.

A festa, que ocorre em São Miguel dos Milagres, Alagoas, a 99 km da capital Maceió, tem seus ingressos vendidos a altos preços, assim como hotéis e viagens para o local - que devido à baixa infraestrutura, precisavam ser reservadas com bastante antecedência. Em uma das reclamações, o usuário Luis Campiglia comentava sobre ter gasto R$ 100 mil com hospedagem, além de passagens aéreas para um grupo de amigos. "Depois de 1 hora apareceram 16 convites confirmados! [...] Fui checar meu cartão! A brincadeira estava em 37 mil reais! (sic)", escreveu ele.

De acordo com a TJ Entretenimento, em e-mail enviado a alguns clientes, a demanda superou todas as expectativas e o gateway do site teve problema em processar pagamentos. Para os usuários que conseguiram estar entre os primeiros a entrar no site, uma senha será enviada para que haja continuidade do processo.

Tentamos entrar em contato com a Tamo Junto para esclarecer o assunto, mas até o fechamento da matéria a empresa ainda não havia respondido.

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Confira algumas das reclamações:

Tipos de adoção no Brasil Publicado por Ieda Schlossarecke - 5 dias atrás

De acordo com o entendimento da Ilustríssima Professora Maria Helena Diniz, a adoção vem a ser o ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém estabelece, independentemente de

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qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que, geralmente, lhe é estranha.

A posição de filho adquirida pelo adotado será definitiva para todos os efeitos legais, tendo em vista que suprime qualquer vínculo com os pais biológicos - salvo em relação à matéria de impedimentos para o casamento, com fulcro no art. 227, §§ 5º e 6º da Constituição Federal - criando verdadeiros laços de parentesco entre o adotado e toda família do adotante.

No Brasil, de acordo com o Código Civil de 1916 destacava-se a adoção simples. A adoção denominada adoção plena foi instituída através da Lei de Legitimação adotiva e do código de menores. A adoção simples impunha relação de filiação entre adotante e adotado, porém essa relação não se estendia aos familiares do adotante, mantendo os vínculos do adotante com sua família biológica. O tipo de adoção referido podia ser revogado pela vontade das partes a qualquer tempo. Constituía-se através de um contrato assinado expresso em escritura pública. Através dessa modalidade de adoção que frequentemente os pais adotantes partilhavam o filho adotivo com a família biológica que nasce a famosa adoção à brasileira que também será estudada mais a frente.

Ao lado da forma tradicional, a adoção simples, passou a coexistir a denominada adoção plena. A adoção plena é era um instituto, no qual o adotado é tido como filho do adotante e os vínculos se estendem para a família do adotante, como se o individuo fosse filho biológico do adotante. O adotado perde todas as ligações com a sua família consanguínea com exceção dos impedimentos matrimoniais conforme mencionado anteriormente, todavia, apenas o menor em “situação irregular”, poderia usufruir dessa modalidade de adoção.

A adoção de crianças e adolescente é regida atualmente pela Lei Nacional da Adoção (Lei n. 12.010, de 3 de agosto de 2009) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990). As referidas leis, fazem menção apenas a adoção plena, ou melhor, se referem à adoção estatutária, outrora chamada de plena, tendo em vista a sua característica de irrevogabilidade e pelo fato de integrar completamente o adotado na família do adotante, trazendo vínculos para todos os envolvidos. A adoção passou a trazer modificações e consequências para ambas as partes no âmbito de direitos da personalidade e direitos sucessórios.

De acordo com o ECA, há duas espécies de adoção: unilateral ou conjunta. A adoção unilateral, por sua vez, está prevista no artigo 41 § 1º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Apesar de sua nomenclatura a adoção unilateral não consiste na adoção por parte de pessoas solteiras. Esse tipo de adoção, conforme previsto na legislação vigente, ocorre quando um ou ambos os nubentes possuem filhos de uniões anteriores, e o novo parceiro vem a adotar o filho do outro.

Outro tipo de adoção é a adoção bilateral, antigamente denominada de adoção conjunta. No tipo de adoção em questão não há mais vínculos do adotando com a família consanguínea, salvo os casos de impedimentos matrimoniais. A adoção bilateral é regulamentada pelo artigo nº 42, § 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente, e conforme a legislação estabelece é indispensável que os adotantes sejam casados ou mantenham união estável, sendo necessário comprovar a estabilidade da família para que possam se tornar aptos a adotar.

Contudo, a lei ainda insere no artigo 42, § 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente, a possibilidade de que os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros possam adotar em conjunto, contanto que estágio de convivência tenha se iniciado durante o período de relacionamento do casal, que seja demonstrada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, e ainda, que os adotantes concordem com o regime de guarda da criança ou adolescente.

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A chamada adoção póstuma ocorre quando o adotante vier a falecer durante o procedimento da adoção, ou seja, antes de proferida a sentença. Caso a manifestação de vontade no sentido de se constituir o ato jurídico da adoção tenha ficado clara e sem nenhuma obscuridade ou dúvida quanto a sua intenção, a adoção poderá ser deferida ao adotante, nos conformes do artigo. 42, § 6º do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Adoção afetiva, ou simulada mais comumente conhecida por adoção à brasileira, é um reconhecimento voluntário de filho alheio, é o registro de filho alheio como sendo seu próprio e constitui crime. Na esfera cível causa a nulidade do registro.

O Código Civil de 2002 define no artigo 1.618 que a adoção de crianças e adolescentes deveria ser feita de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, e consequentemente pela Lei 12.010/09, chamada Lei da Adoção, aprimorando a sistemática para garantia do direito à convivência familiar a todas as crianças e adolescentes.

Ao tratar do assunto, o Código Penal tipifica crime contra o estado de filiação, conforme observamos no artigo 242 do Código Penal, o ato de: dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil.

No entanto, ainda é valido ressaltar que embora esse tipo de adoção configure crime tipificado no Código Penal e constitua uma das modalidades de crime de falsidade ideológica, vários casais são absolvidos pelas autoridades competentes pela inexistência de dolo específico. O juiz poderá deixar de aplicar a pena se for este o caso, conforme destaca a jurisprudência.

APELAÇÃO CRIMINAL - CRIME CONTRA A FAMÍLIA - REGISTRO DE FILHO ALHEIO COMO PRÓPRIO (CP, ART. 242, CAPUT)- RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ALEGADA "ADOÇÃO À BRASILEIRA" - PLEITO DE CONDENAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - MOTIVAÇÃO NOBRE EVIDENCIADA - GENITORA QUE NÃO DESEJA FICAR COM A FILHA RECÉM NASCIDA - APLICABILIDADE DO ART. 242, PARÁGRAFO ÚNICO,

DO CÓDIGO PENAL - CONCESSÃO DO PERDÃO JUDICIAL - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.

(TJ-SC - APR: 20130740582 SC 2013.074058-2 (Acórdão), Relator: Salete Silva Sommariva, Data de Julgamento: 23/06/2014, Segunda Câmara Criminal Julgado).

A denominada adoção intuitu personae, expressão latina que significa "por ânimo pessoal", consiste na entrega da criança pelos próprios pais biológicos (geralmente apenas a mãe) a determinado individuo, que é na maioria dos casos, alguém conhecido e de confiança da família consanguínea. Embora o adotante seja uma escolha direta da família biológica, os requisitos legais a serem preenchidos não devem ser ignorados. O candidato a pai normalmente procura o judiciário quando já é detentor da guarda de fato da criança.

A maior problemática desse tipo de adoção é o não cadastro no CNA (Cadastro Nacional de Adoção), dessa forma o artigo 50, § 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente, elenca as possibilidades de adoção que poderão ser deferida pela justiça mesmo sem o cadastro.

§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:

I - se tratar de pedido de adoção unilateral;

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II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade;

III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.

Essas limitações foram impostas pelo legislador com o intuito de minimizar os casos de venda e tráfico de crianças dentre outras ilegalidades provindas da adoção intuitu personae. No entanto, existem posições doutrinárias e jurisprudência que se colocam contra o disposto na Lei, em prol do melhor interesse do menor, tendo em vista que na maioria dos casos, a criança acaba por estabelecer vínculos de afetividade com o seu adotante.

A modalidade de adoção internacional é regulamentada pelos artigos 52 e 52-D do Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Convenção de Haia aprovada em 29 de maio de 1993.

A adoção deve ser deferida preferencialmente aos brasileiros, ou ainda à brasileiros residentes no exterior, porém ainda há casos que estrangeiros podem adotar uma criança ou adolescente, por exemplo, em casos que tragam mais vantagens para o adotado. O interessado estrangeiro em adotar um brasileiro deverá conviver por no mínimo trinta dias com o futuro filho, conforme o artigo 46, § 3º do Estatuto da Criança e do adolescente. O casal interessado deverá necessariamente ter o certificado de habilitação expedido pela Comissão Judiciária de Adoção para que tenha validade o processo de adoção.

Após o preenchimento dos requisitos necessários, é expedido o laudo de habilitação à adoção internacional, que terá validade por um ano. Os documentos devem ser submetidos à Autoridade central do país de acolhida que irá emitir um relatório e o encaminhará à Autoridade Central Estadual e para a Autoridade Federal brasileira. Em alguns casos especiais é possível a concessão da adoção sem o laudo ser fornecido. Se há vínculos afetivos entre o casal estrangeiro e o menor; se eles fixaram residência fixa no Brasil, com visto permanente; se a criança ou adolescente foi criada desde o nascimento, entre outras razões responsáveis por dar preferência à adoção pelo casal estrangeiro.

STF condena três perigosos ladrões: de 1 par de chinelos, de 15 bombons e de 2 sabonetes Publicado por Luiz Flávio Gomes - 3 dias atrás

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O Brasil enfrenta efetivamente profundas crises (econômica, política, social, jurídica e, sobretudo, ética). Quando a Corte Máxima de um país é chamada para julgar três ladrões (um subtraiu 1 par de chinelos de R$ 16, outro 15 bombons de R$ 30 e o terceiro 2 sabonetes de R$ 48) e diz que é impossível não aplicar, nesses casos, a pena de prisão, ainda que substituindo-a por alternativas penais, é porque chegamos mesmo no fundo do poço em termos de desproporcionalidade e de racionalidade. Usa-se o canhão do direito penal para matar pequenos pássaros (Jescheck).

Em países completamente civilizados, para esse tipo de questão adota-se a chamada “resolução alternativa de conflitos” (RAC). O problema (enfrentado por equipes de psicólogos, assistentes sociais etc.) nem sequer vai ao Judiciário (desjudicialização). Do que é mínimo não deve se encarregar o juiz (já diziam os romanos, há mais de 2 mil anos). O fato não deixa de ser ilícito, mas a cultura evoluída se contenta com esse tipo de solução (que faz parte de um contexto educacional de qualidade). É exatamente isso o que acontece nas faixas ricas no Brasil. Muitos filhos de gente rica, nos seus respectivos clubes ou nas escolas, praticam subtrações de pequenas coisas. Tudo é resolvido caseiramente (sem se chamar a polícia). A vítima pobre não tem a quem chamar, salvo o 190. Daí a policialização e judicialização de todos os conflitos, incluindo os insignificantes. Coisa de paiseco atrasado, de republiqueta (marcadamente feudalista).

Vivemos a era da emocionalidade (J. L. Tizón, Psicopatologiía del poder). No campo penal, por força da oclocracia (governo influenciado pelas massas rebeladas), dissemina-se (com a intensa ajuda da mídia) o populismo penal irracional centrado no uso e no abuso da prisão desnecessária. A explosão do sistema penitenciário é uma tragédia há tempos anunciada. Agrava-se a cada dia (somente em SP, o saldo dos que entram e dos que saem chega a 800 novos presos por mês).

A pena de prisão para fatos insignificantes conflita com o bom senso (com a racionalidade). Os países desenvolvidos aplicam outros tipos de sanção. Em sistemas acentuadamente neofeudalistas como o nosso, tenta-se disseminar o chamado princípio da insignificância, que elimina o crime (evitando a condenação penal). Mas o legislador brasileiro nunca cuidou desse assunto (salvo no Código Penal militar). Cada caso então fica por conta de cada juiz. O STF tratou do tema em 2004, no HC 84.412-SP. Aí fixou vários critérios, mas todos “abertos” (sujeitos a juízos de valor de cada juiz). Uma “jabuticabada” (como diz Rômulo de Andrade Moreira).

O Plenário do STF voltou a enfrentar o tema em 3/8/15 (nos HCs 123734, 123533 e 123108): réu reincidente pode ser beneficiado com o princípio da insignificância? Se o furto é qualificado, pode incidir o citado princípio? O STF fixou algumas orientações (não vinculantes aos juízes do país). Os três casos julgados, somados, davam R$ 94. Pobre que furta é ladrão, rico que rouba é barão.

O min. Luís Roberto Barroso, no princípio, votava pela incidência do princípio da insignificância. Mudou de posicionamento a partir do voto-vista do ministro Teori Zavascki, que firmou orientação no sentido oposto (de não aplicar referido princípio nesses casos). O Pleno apenas sinalizou o caminho a ser seguido. Não fixou entendimento vinculante. Porque, em direito penal, cada caso é um caso.

Para o ministro Zavascki a não aplicação do princípio da insignificância (nos casos citados) se deve ao seguinte: (a) são crimes com circunstâncias agravadoras; (b) apenas a reparação civil é insuficiente (para a prevenção geral); (c) reconhecer a licitude desses fatos é um risco (risco do justiçamento com as próprias mãos); (d) a imunidade estatal pode se converter em justiça privada (com consequências graves); (e) cabe ao juiz em cada caso concreto reconhecer ou não a insignificância assim como fazer a individualização da pena.

Nos três casos concretos analisados não houve reconhecimento do princípio da insignificância, mas, tampouco se admitiu o encarceramento do agente. A saída para evitar a prisão é a aplicação de penas substitutivas (CP, art. 43 e ss.) ou a aplicação do regime aberto (que hoje, na quase totalidade das

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comarcas, é cumprido em domicílio, em razão da ausência de estabelecimentos penais adequados). Mesmo em se tratando de reincidente, nos casos de pouca repercussão social, pode-se aplicar o regime aberto (para evitar a prisão). Qualquer outro regime seria (mais ainda) desproporcional. País que não cuida da prevenção (e que conta com escolaridade média ridícula de apenas 7,2 anos, exatamente a mesma de Zimbábue) tem que se expor internacionalmente ao ridículo. Chega na sua Corte Máxima o furto de bombons, de um par de chinelos, dois sabonetes, um desodorante, duas galinhas etc. O País e os juízes que julgam penalmente coisas pequenas jamais serão grandes.

Saiba mais

Do livro de Rogério Sanches (Direito penal-PG) extraímos, resumimos e atualizamos o seguinte quadro sobre o panorama jurisprudencial do princípio da insignificância (p. 74): Veja a tabela aqui.

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