exacerbaÇÃo da doenÇa gengival na gravidez

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EXACERBAÇÃO DA DOENÇA GENGIVAL NA GRAVIDEZ Autores*: Neto B.G., Camargo C.R.C, Pinto M.R., Oba R. Y., Bertolini P.F.R., Biondi Filho O, Meulman T [email protected] Orientadores**: Profa. Dra. Patrícia Bertolini e Prof. Ms. Oswaldo Biondi Filho Referências : Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontologia Oral – Jan Lindhe,Niklaus P. Lang,Editora Guanabara Koogan Ltda, 5ª Edição, http://www.hs- menezes.com.br/gestante_38.html - 01/09/2013; http://ohigienistaoral.blogspot.com.br/2012/11/gengivite-gravidica-e-partos-prematuros.html#.UiPza38po_4– 01/09/2013; http://abenfo.redesindical.com.br/arqs/manuais/083.pdf - 16/09/2013; http://www.perionews.com.br/materia-capa/Perio-mat-v.2-n.2.pdf- 15/09/2013; http:// www.chrisflores.net/gravidez/1/materia/1227/atencao-a-gengivite-gravidica.html- 16/09/2013 * Estudantes do Curso de Odontologia da Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba - São Paulo. **Professores do curso de graduação em Odontologia, disciplina de Odontologia – UNIP. A gravidez é uma condição sistêmica onde ocorrem mudanças fisiológicas no organismo, destinadas a prepará-lo para o parto e amamentação, modificando o equilíbrio normal da cavidade bucal provocando um grande número de alterações periodontais devido ao aumento dos hormônios progesterona e estrógeno, sendo responsáveis por algumas condições patológicas durante a gestação como a Gengivite Gravidíca e o Granuloma Piogênico. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Odontologia – Campus SOROCABA Gengivite Gravídica → É iniciada pela placa bacteriana e exacerbada por alterações hormonais no segundo e terceiro trimestre da gravidez. Na gravidez, a gengivite é transitória, quando os níveis hormonais voltam às suas taxas iniciais, os tecidos gengivais retornam à situação de saúde Granuloma Piogênico → É uma combinação da resposta vascular induzida pela progesterona, geralmente em locais com gengivite preexistente. O tratamento deve ser postergado e em alguns casos podem regredir consideravelmente de tamanho como também podem se resolver espontaneamente após o parto → Mulheres com doença periodontal preexistente ou não , assim que engravidam, devem consultar um cirurgião-dentista, para terapia básica, profilaxia e remoção mecânica de placa bacteriana, a fim de prevenir o comprometimento das estruturas mais sérias de sustentação dos dentes → Além das alterações hormonais , também estão diretamente relacionados fatores como deficiências nutricionais, presença de biofilme (placa bacteriana), assim como o estado transitório da imunodepressão (baixa imunidade). A higiene bucal da gestante também deve ser levada em consideração, visto que uma boa higiene ajuda na prevenção ou redução dessas alterações inflamatórias. O tratamento consiste na instrução para uma escovação adequada e o uso do fio dental regularmente. Partos Prematuros Com Baixo Peso. → As gestantes portadoras de doença periodontal podem apresentar sete vezes mais riscos de nascimento de um bebê prematuro (antes da 37º semana de gestação) e abaixo do peso normal (2.500 g). Microorganismos ou suas toxinas, como endotoxinas (lipopolissacarídeos) podem alcançar a cavidade uterina durante a gestação pela corrente sangüínea, a partir de um foco não-genital ou por meio de uma rota ascendente do trato genital inferior. Esses microorganismos ou seus produtos, ao interagirem com as membranas ovulares, estimulam a produção de mediadores químicos inflamatórios as prostaglandinas e o fator de necrose tumoral, pela gestante, que alcançam níveis elevados (durante a presença de processos infecciosos), promovendo a dilatação cervical, a contração do músculo uterino e o início do trabalho de parto e nascimento propriamente dito.

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EXACERBAÇÃO DA DOENÇA GENGIVAL NA GRAVIDEZ EXACERBAÇÃO DA DOENÇA GENGIVAL NA GRAVIDEZ

Autores*: Neto B.G., Camargo C.R.C, Pinto M.R., Oba R. Y., Bertolini P.F.R., Biondi Filho O, Meulman [email protected]

Orientadores**: Profa. Dra. Patrícia Bertolini e Prof. Ms. Oswaldo Biondi Filho

Referências : Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontologia Oral – Jan Lindhe,Niklaus P. Lang,Editora Guanabara Koogan Ltda, 5ª Edição,  http://www.hs-menezes.com.br/gestante_38.html - 01/09/2013;  http://ohigienistaoral.blogspot.com.br/2012/11/gengivite-gravidica-e-partos-prematuros.html#.UiPza38po_4– 01/09/2013; http://abenfo.redesindical.com.br/arqs/manuais/083.pdf - 16/09/2013;  http://www.perionews.com.br/materia-capa/Perio-mat-v.2-n.2.pdf- 15/09/2013;  http:// www.chrisflores.net/gravidez/1/materia/1227/atencao-a-gengivite-gravidica.html- 16/09/2013

* Estudantes do Curso de Odontologia da Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba - São Paulo.**Professores do curso de graduação em Odontologia, disciplina de Odontologia – UNIP.

A gravidez é uma condição sistêmica onde ocorrem mudanças fisiológicas no organismo, destinadas a prepará-lo para o parto e amamentação, modificando o equilíbrio normal da cavidade bucal provocando um grande número de alterações periodontais devido ao aumento dos hormônios progesterona e estrógeno, sendo responsáveis por algumas condições patológicas durante a gestação como a Gengivite Gravidíca e o Granuloma Piogênico.

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPOdontologia – Campus SOROCABA UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPOdontologia – Campus SOROCABA

Gengivite Gravídica → É iniciada pela placa bacteriana e exacerbada por alterações hormonais no

segundo e terceiro trimestre da gravidez. Na gravidez, a gengivite é transitória, quando os níveis hormonais voltam às suas taxas iniciais, os tecidos gengivais retornam à situação de saúde

Granuloma Piogênico → É uma combinação da resposta vascular induzida pela progesterona, geralmente em locais com gengivite preexistente. O tratamento deve ser postergado e em alguns casos podem regredir consideravelmente de tamanho como também podem se resolver espontaneamente após o parto

→ Mulheres com doença periodontal preexistente ou não, assim que engravidam, devem consultar  um cirurgião-dentista, para terapia básica, profilaxia e remoção mecânica de placa bacteriana, a fim de prevenir o comprometimento das estruturas mais sérias de sustentação dos dentes

→ Além das alterações hormonais, também estão diretamente relacionados fatores como deficiências nutricionais, presença de biofilme (placa bacteriana), assim como o estado transitório da imunodepressão (baixa imunidade). A higiene bucal da gestante também deve ser levada em consideração, visto que uma boa higiene ajuda na prevenção ou redução dessas alterações inflamatórias. O tratamento consiste na instrução para uma escovação adequada e o uso do fio dental regularmente.

Partos Prematuros Com Baixo Peso.

→ As gestantes portadoras de doença periodontal podem apresentar sete vezes mais riscos de nascimento de um bebê prematuro (antes da 37º semana de gestação) e abaixo do peso normal (2.500 g).

→ Microorganismos ou suas toxinas, como endotoxinas (lipopolissacarídeos) podem alcançar a cavidade uterina durante a gestação pela corrente sangüínea, a partir de um foco não-genital ou por meio de uma rota ascendente do trato genital inferior. Esses microorganismos ou seus produtos, ao interagirem com as membranas ovulares, estimulam a produção de mediadores químicos inflamatórios as prostaglandinas e o fator de necrose tumoral, pela gestante, que alcançam níveis elevados (durante a presença de processos infecciosos), promovendo a dilatação cervical, a contração do músculo uterino e o início do trabalho de parto e nascimento propriamente dito.