evora imaterial (em construção)

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CME Este texto propõe pontos de partida para um processo de gestão participada. Apresenta-se como base de trabalho para a reunião de 11 de Fevereiro que conta com todos os agentes interessados. 201 4 Sumário : 1. Ponto de partida 2. Como surge o novo programa cultural ? 2.De quem e para quem um programa assim? 3.Quem propõe, organiza, promove, e suporta o programa? 4.Quando começa e acaba este programa? 5.Onde acontece este programa ? 6.Como se designa, ou com que marca se afirma este programa ? 7.Qual a estrutura orgânica do programa ? 8.Que conteúdos se inscrevem neste programa? 9.Passos seguintes 10.Nota para o futuro Programação Cultural de Évora

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Page 1: Evora imaterial (em construção)

C M E

E s t e t e x t o p r o p õ e

p o n t o s d e p a r t i d a

p a r a u m p r o c e s s o d e

g e s t ã o p a r t i c i p a d a .

A p r e s e n t a - s e c o m o

b a s e d e t r a b a l h o p a r a

a r e u n i ã o d e 1 1 d e

F e v e r e i r o q u e c o n t a

c o m t o d o s o s a g e n t e s

i n t e r e s s a d o s .

2 0 1 4

Sumário :

1. Ponto de partida

2. Como surge o novo programa cultural ?

2.De quem e para quem um programa assim?

3.Quem propõe, organiza, promove, e suporta o

programa?

4.Quando começa e acaba este programa?

5.Onde acontece este programa ?

6.Como se designa, ou com que marca se afirma

este programa ?

7.Qual a estrutura orgânica do programa ?

8.Que conteúdos se inscrevem neste programa?

9.Passos seguintes

10.Nota para o futuro

Programação Cultural de Évora

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Programa Évora Criativa

1. Ponto de partida O presente texto pretende configurar uma proposta, promotora da reflexão conjunta, com o propósito de consensualizar um modelo de gestão participada, incluindo os diferentes agentes constituintes da comunidade eborense: agentes culturais, económicos, e outros socialmente responsáveis. A criação desta estrutura de participação tem como objetivos conceber, desenvolver e implementar um novo programa cultural que potencie a imagem positiva de Évora no exterior, mas que seja em primeiro lugar gerador de novas dinâmicas internas, e de caminhos de resposta para os difíceis e diversos desafios que hoje se colocam à comunidade Eborense.

Propõe-se como ponto de partida que a estrutura e os processos de gestão participada aqui desenhados se constituem no terreno como laboratório para a incrementação de três vertentes estruturantes: programação; financiamento; estratégias de cooperação e complementaridade. Apoiados nos resultados a gerar neste laboratório, já em funcionamento, damos inicio ao processo de elaboração da candidatura a apresentar ao programa Europa Criativa para o período de programação 2015-2019. Outros programas, projetos e dinâmicas culturais poderão vir a beneficiar e incorporar as experiências conseguidas neste contexto.

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2. Como surge o novo programa cultural ? Considerando: - A relevância identificada nos tempos histórico e contemporâneo, da dimensão cultural da cidade de Évora; - A vocação reconhecida a esta cidade para gerar e desenvolver múltiplas linguagens criativas e formas de expressão, reforçando assim os traços identitários comuns; - O contexto de crise que se manifesta com dureza no plano local, não dissociada dos tempos e intensidades das dimensões global, europeia e nacional. Uma plataforma de agentes, reconhecidos pela cidade, de natureza diversa - económica, cultural, socialmente responsável - assume o desafio de construir e implementar um programa de cariz cultural, que emerge da capacidade e necessidade dos diferentes agentes e sectores de atividade, presentes neste território, cooperarem entre si, numa perspetiva de transversalidade e complementaridade. Apostamos conjuntamente, convictos de que só assim são possíveis respostas para um vasto conjunto de necessidades identificadas no contexto da realidade cultural, social, económica, e política que atravessamos.

3. De quem e para quem um programa assim? Trata-se de um programa de oferta criativa a ser experimentado, em todas as suas dimensões, pelos habitantes da cidade. A participação social é a condição fundadora deste programa. Quanto mais reconhecido e apropriado pelos cidadãos, pelas instituições e pelas redes que conjuntamente constituem Évora, maior será: a) o potencial gerador de oportunidades e vantagens a partilhar e multiplicar por todos os que participam na fruição, na construção e no desenvolvimento deste programa. b) a capacidade atrativa deste programa junto do sector do turismo. c) a projeção positiva da imagem de Évora, enquanto cidade reconhecida no mundo contemporâneo.

4. Quem propõe, organiza, promove, e suporta o programa? Na sua dimensão criativa o programa será realizado com recurso quase exclusivo a agentes culturais locais; Nas dimensões, conceptual, organizativa e logística, este programa será desenhado, promovido e implementado pelos próprios agentes culturais, contando com um empenhado apoio à coordenação por parte do município; Os financiadores serão agentes da comunidade local. Neste sentido, propõe-se que o Município desenvolva esforços de captação de investimentos promocionais junto de um número alargado de agentes representados,

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sediados e constituintes da cidade e do concelho, Serão convidadas a participar empresas e outras entidades investidas nos mais diversos sectores de atividades, sempre que tenham presença ou relação com o território do concelho de Évora.

5. Quando começa e acaba este programa? Acolhendo a expressão da necessidade urgente de operar mudanças, manifesta por vários agentes do concelho, no inicio deste processo, propõe-se que a primeira edição deste programa seja calendarizada entre 1 de Maio e 30 de Setembro de 2014. Esta proposta implica a imediata tomada de decisões, tendo em vista a concretização no terreno da estrutura do referido programa. Assumindo-se 2014 como ano propedêutico, este programa perspetiva-se para 2014/15- 19.

6. Onde acontece este programa? O programa de atividades culturais desenvolve-se nos diferentes lugares do território correspondente ao concelho de Évora. As Praças e ruas do Centro Histórico são palcos privilegiados; as salas de espetáculo, as sedes das associações envolvidas, os equipamentos de uso público serão pontos de encontro complementares entre si.. O centro da cidade acolherá o maior número de acontecimentos, Porém, a identificação, reconhecimento e valorização de centros alternativos e de outros lugares de encontro no concelho é também um dos objetivos do programa.

7. Como se designa, ou com que marca se afirma este programa ?

A escolha de um nome para o programa proposto equivale à criação de uma marca ( na linguagem do marketing). O nome é o elemento essencial da marca. É uma peça central da identidade do programa proposto. No nome convergem o conceito de base, a sua comunicação, e todas as suas outras expressões.

Propõe-se, assim como designação genérica ou marca deste programa:

a) “Évora Imaterial” Acrescentando e sublinhando a grandeza imaterial de um património mundial reconhecido pela Unesco na sua expressão material.

b) “1001 noites ” Aludindo implicitamente a um património de expressões e saberes condensados num clássico da literatura mundial com origem no Oriente.

c) “ Évora - todos os sentidos”

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Expressando a coincidência ou encontro de todos os sentidos em Évora. Apelando à polissemia de “todos os sentidos”: o sentido simultaneamente como adjetivo e como substantivo.

8. Qual a estrutura orgânica do programa ?

Com o objetivo de conceber, promover e produzir o programa em apreço, propõe-se a seguinte estrutura, a validar pelos agentes participantes, e a enquadrar nos termos de um protocolo a assinar por todas as partes constituintes.

8.1. Promotor: O Município de Évora. Cabe ao Município o acompanhamento e apoio permanente ao longo de todo o processo, desde o momento da conceção, implementação, até à avaliação e projeção de evoluções futuras. Este apoio será expresso em meios técnicos, logísticos.

8.2. Organizadores: Diretório de agentes vocacionados para a produção criativa.

a) A eleger ou a consensualizar pelos agentes participantes na plataforma inicial de lançamento deste programa, a partir da declaração do seu interesse em integrar o diretório. b) O diretório incluirá um número mínimo de três agentes e máximo de cinco.

c) Cabe a este diretório a programação e contratação e o pagamento de serviços aos agentes e prestadores.

8.3. Financiamento: A demonstrar vantagens de envolvimento aos gentes económicos, entidades socialmente responsáveis, e outras instituições locais e regionais.

8.4. Regras e normas para o funcionamento e implementação: A

definir no quadro de um protocolo de cooperação a subscrever pelo Município de Évora, pelo diretório de agentes organizadores, e pelos agentes participantes do programa.

9. Que conteúdos se inscrevem neste programa?

Neste programa em construção deverá inscrever-se uma grande diversidade de expressões artísticas, de tendências filosóficas e conceptuais, de entidades locais e regionais, de cidadãos participantes. A cooperação e complementaridade na diversidade, traduz o posicionamento estratégico no programa. Considera-se aplicável às formas de expressão artística, aos participantes, aos espaços e às ações.

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Num calendário que se estende por cinco meses consecutivos, durante os quais o sol, a luz, a temperatura atmosférica, marcam extraordinariamente o nosso território, apelando ao encontro, à fruição de todos os patrimónios e à reconfiguração de sonhos e soluções para o nosso quotidiano, propomos reunir programações de natureza distinta, umas já existentes, outras a criar. No que se refere às programações a criar, desenha-se um festival de múltiplas expressões, de produção local/regional, a decorrer durante os meses de Julho e Agosto, Este festival terá um nome ou designação própria. Incluirá quatro ciclos de inspiração que permitem acolher propostas em torno de :

1. A luz; 2. O som;

3. As formas; 4.Os afetos / os encontros Esta programação a integrar o programa mais vasto deverá ser igualmente concebida, gerida e articulada pela estrutura criada para o programa alargado. O perfil deste festival permitirá incluir diferentes propostas. Contudo, outras ideias e projetos serão possíveis de desenvolver para além deste, com possibilidades de inclusão no grande programa. 10. Passos seguintes

No caso desta proposta vir a merecer o acolhimento por parte dos elementos desta estrutura de gestão participada, impõe-se a identificação de alguns passos impulsionadores do processo, e de formas para a sua concretização. São exemplos desses passos necessários: 10..1. - Identificação do Diretório de agentes organizadores do programa. 10.2.- Redação e assinatura do protocolo de cooperação entre o promotor (CME), a organização (Diretório de agentes) e os agentes participantes (todos os interessados). 10.3. Escolha do nome do programa; 10.4. Criação de marca, desenho da identidade corporativa, incluindo o logotipo, o lettering, as cores que conjuntamente projetam uma imagem que deve ser reconhecida e apropriada pelo amplo conjunto de agentes promotores deste programa. 10.5. Desenho de um plano de comunicação para o grande programa 10.6. Desenvolvimento dos processos de conceção, produção e articulação dos vários programas a acrescentar aos já existentes (ex. Feira de S. João), nomeadamente: a) Festival de Julho e Agosto b) Ciclo de debates temáticos c) Exposição plástica na cidade 10.7 Outras prioridades a identificar

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